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DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA RELATÓRIO ANUAL 2017

RELATÓRIO ANUAL 2017 · Os três sistemas de transmissão objeto da concessão são os seguintes: (1) Sistema Santa Maria 3, localizado no Rio Grande do Sul (RS), e composto pela

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DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTALDAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO ANUAL 2017

Torre autoportante - LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (Circuito 1)

Empresas Controladoras

DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICARELATÓRIO ANUAL 2017

MENSAGEM DA DIRETORIA

Vista aérea do Setor LT 230 kV, Subestação Pinhalzinho 2

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A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A - FOTE, criada em 20 de dezembro de 2013 como uma sociedade de propósito específico, tem como acionistas as empresas Eletrosul Centrais Elétricas S. A. (51%) e a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT (49%), sendo responsável pela construção, operação e manutenção dos três sistemas de transmissão do setor elétrico no sul do Brasil, licitados no “Lote I” do Leilão 007/2013 e objeto do contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), assinado em 29/01/2014.

Os três sistemas de transmissão objeto da concessão são os seguintes: (1) Sistema Santa Maria 3, localizado no Rio Grande do Sul (RS), e composto pela ampliação da Subestação San-ta Maria 3 e pelo seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 1, ramal para Santa Maria 3, com 2 km de exten-são; (2) Sistema Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2, localizado nos Estados do Rio Grande do Sul (RS) e de Santa Catarina (SC), composto pela ampliação da Subestação Foz do Chapecó LT 230 kV, implantação de 2 circuitos da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzi-nho 2 (C1 e C2) com 36km de extensão cada circuito, e implantação da Subestação Pinhal-zinho 2, 230/138 kV - 3x150MVA; (3) Sistema Santo Ângelo - Maçambará, localizado no RS, composto pela ampliação da Subestação San-to Ângelo LT 230 kV, ampliação da Subestação Maçambará LT 230 kV - 30MVAr e implantação da Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2), com 199 km de extensão.

O plano inicial de negócios foi estruturado para viabilizar a implantação dos três sistemas

de transmissão não contou com o esperado enquadramento na linha de financiamento pelo BNDES. Como consequência, o ano 2016 foi marcado pela falta de recursos financeiros com decisão de paralisação parcial e temporária das obras e utilização do equity para conclusão do Sistema Santa Maria 3, objetivo alcançado em 19/05/2016 com sua entrada em operação comercial e receita para atender as despesas operacionais e administrativas. Para 2017, o plano de negócios foi reestruturado com 2 metas desafiadoras: concluir as obras do Circuito 1 do Sistema Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 e viabilizar um financiamento de longo prazo para continuidade das restantes obras a partir de 2018.

Ambas as metas foram perseguidas com sucesso neste ano de 2017: as obras do Circuito 1 do Sistema Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 estão com conclusão para energização, prevista para janeiro de 2018; foi iniciada uma consulta ao mercado, em dezembro de 2017, para o financiamento de longo prazo, colocando a empresa já em um novo patamar operacional e financeiro, sendo esperada a viabilização deste financiamento ao longo do primeiro trimestre de 2018. Ficam assim lançadas as metas e o cronograma para 2018 / 2019, que abrangem: estruturar e obter o financiamento de longo prazo; executar as obras do Sistema Santo Ângelo - Maçambará até maio de 2019; e as obras do circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 até outubro de 2019, concluindo todos os três Sistemas objeto da concessão.

Na Dimensão Ambiental, parte fundamen-tal de suas atividades, a FOTE continuou zelan-do pela obtenção das respectivas licenças am-bientais exigidas por lei, bem como pela gestão eficiente dos programas ambientais condicio-nantes da implantação e operação dos sistemas de transmissão de sua concessão.

Para o seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 3, empreendimento de pouca complexidade ambiental, foi mantido o acompanhamento ambiental e atendimento

MENSAGEM DA DIRETORIA

às condicionantes da Licença de Operação. Em 27/12/2018, foi protocolado na Prefeitura Municipal de Santa Maria - RS, solicitação da renovação da Licença de Operação, com a antecedência exigida.

A partir de 02/05/2017, com a emissão da Licença de Instalação (LI nº. 1153/2017) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), foi possível iniciar a construção Circuito 1 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2. Durante a construção foram implantados com qualidade os diversos programas ambientais e atendidas todas condicionantes da Licença de Instalação emitida. Prevendo-se a conclusão das obras, foi protocolado em 24/10/2017 junto ao IBAMA o pedido da Licença de Operação. Já para o Circuito 2, foi concluído o processo de licitação e contratada empresa de consultoria ambiental para iniciar o processo de licenciamento junto ao IBAMA a partir de 2018, com a elaboração do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).

Para a LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2), houve significativo avanço no licenciamento ambiental com prévia aprovação pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - RS (FEPAM) dos Programas Ambientais (PBA) e aprovação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio Grande do Sul (IPHAN-RS) do Projeto de Salvamento e Monitoramento Arqueológico. Desta forma aguarda-se para o início de 2018 a emissão da Licença de Instalação, possibilitando o início das obras.

Da mesma forma, a FOTE manteve sua responsabilidade social com as questões fun-diárias, apresentando um bom nível de desem-penho nas negociações, indenizações e regula-rização documental da parte territorial afetada pela implantação dos empreendimentos. Para o seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 3, 60% das 15 propriedades foram inde-nizadas, para o Circuito 1 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2, foram indenizadas 98% das 175 propriedades, e para a LT 230 kV Santo

Ângelo - Maçambará (C2), 67% das 308 proprie-dades. Para as áreas das subestações, 100% das propriedades foram indenizadas.

No cômputo geral, 388 (78%) das propriedades privadas foram indenizadas, outras 90 (18%) encontram-se em negociação e 22 (4%) com embargos judiciais. Para o Circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2, está prevista a contratação de empresa de consultoria fundiária no último trimestre de 2018, para início dos trabalhos de regularização fundiária em 2019.

Ressaltamos a relevância e importância estratégica dos três sistemas de transmissão para o crescimento e desenvolvimento socioe-conômico das regiões onde estão sendo implan-tados: (1) o reforço energético e estabilidade de tensão no Centro Oeste do RS com o siste-ma Santa Maria 3, implantado desde maio/2016; (2) a estabilidade e confiabilidade do sistema no Oeste de SC, retirando restrições de forneci-mento de energia para as atividades agrícolas e industriais, o que é esperado como decorrência da implantação do Circuito 1 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2, já no início de 2018; e (3) o reforço no atendimento energético da Fronteira Oeste do RS, necessário para aten-der a demanda pelos levantes hidráulicos e pela instalação de pivôs para irrigação das lavouras de arroz e de soja, o que deve ocorrer após a conclusão do Sistema Santo Ângelo - Maçam-bará (C2), prevista para maio de 2019.

Ao concluir seu quarto ano de atividades, a FOTE manifesta o seu reconhecimento ao em-penho e à participação dos acionistas, colabo-radores, fornecedores, seguradora e demais agentes do Setor Elétrico. O atual Relatório do-cumenta de forma objetiva e acessível a política de responsabilidade da empresa no que refere aos cuidados técnicos e operacionais visando à excelência dos empreendimentos e, especial-mente, as ações que empreende levando em conta as dimensões sociais e ambientais dos projetos já em operação ou em implantação.

A Direção

SUMÁRIO

Mensagem da diretoria .....................................................................................................................................6

1 - Dimensão Geral .........................................................................................................................................11 1.1 - A empresa ...........................................................................................................................................12 1.1.1-Perfil .............................................................................................................................................12 1.1.2-Identidadeorganizacional ............................................................................................................12 1.1.3-Abreviaturas,siglaseacrônimos ..................................................................................................13 1.1.4 - Linha do tempo ............................................................................................................................14 1.2-Responsabilidadecomaspartesinteressadas .....................................................................................17 1.3-Indicadoresdedesempenhooperacionaledeprodutividade ...............................................................18

2 - Dimensão Governança Corporativa ........................................................................................................21 2.1 - Estrutura administrativa ........................................................................................................................22 2.2 - Auditoria independente ........................................................................................................................22 2.3 - Organograma .......................................................................................................................................23

3 - Dimensão Econômico-financeira ............................................................................................................25 3.1-Indicadoreseconômico-financeiros-detalhamentodaDVA-DemonstraçãodoValorAdicionado .......26 3.2-Resultadoeconômico-financeiro ..........................................................................................................27 3.3 - Investimentos na concessão ................................................................................................................27

4 - Dimensão Social e Setorial ......................................................................................................................29 4.1 - Indicadores sociais internos .................................................................................................................30 4.2-Outrasinformaçõessociaisrelevantes ..................................................................................................30 4.2.1-Justificativasdosempreendimentos ............................................................................................30 4.2.2-Clientes/Consumidores ...............................................................................................................32 4.2.3-Mapasdasregiõesabrangidaspelaslinhasdetransmissãoesubestações ..................................32 4.2.4 - Importância e benefícios do empreendimento ...............................................................................33 4.2.5-Breveperfildos14municípiosabrangidospelosempreendimentosdaFOTE ...............................35 4.2.6-Relaçãocomosproprietáriosdeterras .........................................................................................40

Ampliação da Subestação Santa Maria 3 (Setor 138 kV) visando o reforço da segurança energética da Região Central do Estado do Rio Grande do Sul

5 - Dimensão Ambiental..................................................................................................................................43 5.1-Indicadoresdedesempenhoambientalparaempresasde distribuiçãoe/outransmissãodeenergiaelétrica .......................................................................................45 5.2-Estudoselicençasambientais ............................................................................................................46 5.2.1 - Sistema de transmissão 138 kV Seccionamento Santa Maria 3 ....................................................47 5.2.2-SistemadetransmissãoLT230kVFozdoChapecó-Pinhalzinho2 ..............................................48 5.2.3-SistemadetransmissãoLT230kVSantoÂngelo-MaçambaráC2 ..............................................49 5.3 - Programas ambientais .........................................................................................................................51

6 - Balanço Social ............................................................................................................................................53

7 - Limites de Escopo .....................................................................................................................................59

8 - Declaração de Validação do Relatório .....................................................................................................61

9 - Demonstrações Financeiras .....................................................................................................................65

Lançamento de cabos condutores - LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

DIMENSÃO GERAL 1

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1.1.1 - PERFIL

1.1 - A EMPRESA

A empresa Fronteira Oeste Transmissora de Ener-gia S.A. - FOTE foi constituída em 20 de dezem-bro de 2013 com o propósito específico de cons-trução, operação e manutenção das instalações de transmissão, nos Estados do Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC), caracterizadas no Lote I do Leilão nº 07/2013 - ANEEL, e compostas por:

• Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2), no RS, de extensão apro-ximada de 199 km, com origem na Subesta-ção Santo Ângelo e término na Subestação Maçambará.

• Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chape-có-Pinhalzinho 2, no RS e em SC, de exten-são aproximada de 36 km, em circuito sim-ples (C1), com origem na Subestação Foz do Chapecó e término na futura Subestação Pi-nhalzinho 2.

• Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chape-có-Pinhalzinho 2, no RS e em SC, de exten-são aproximada de 36 km, em circuito sim-ples (C2), com origem na Subestação Foz do Chapecó e término na futura Subestação Pi-nhalzinho 2.

• Subestação Pinhalzinho 2, em 230/138 kV, em SC, prevendo a implantação de três unidades transformadoras de 150 MVA cada.

• Ampliação da Subestação Santa Maria 3, no RS, com a implantação do novo pátio 230/138 kV, com duas unidades transformadoras de 83 MVA.

São ainda de responsabilidade da FOTE a imple-mentação de um enlace de 138 kV e duas entra-das de linha em 138 kV entre o ponto de seccio-namento da “LT Santa Maria 1 - Alegrete 1, em 138 kV”; as duas entradas de linha corresponden-tes na Subestação Santa Maria 3; e a aquisição

dos equipamentos necessários às modificações, substituições e adequações nas entradas de li-nha das Subestações Santa Maria 1 e Alegrete 1.

O sistema da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE integrará a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, cuja coordenação da operação é o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, com o qual foi celebrado o res-pectivo Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão - CPST nº 003/2014.

1.1.2 - IDENTIDADE ORGANIZACIONAL

Missão• Implantar, operar e manter suas instalações

de transmissão de energia elétrica, com qua-lidade e segurança, satisfazendo as partes interessadas de acordo com os princípios de responsabilidade socioambiental, gerando retorno adequado aos acionistas e contri-buindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

Visão• Ser uma empresa referência no sul do Brasil,

reconhecida pela qualidade da prestação de serviços de transmissão de energia elétrica.

Valores• Ética: Ter coerência entre o discurso e a prá-

tica, desenvolvendo atitudes e ações trans-parentes.

• Integridade: Honrar os compromissos e agir com transparência e honestidade.

• Responsabilidade Social: Transmitir energia de forma segura e confiável, contribuindo para o desenvolvimento sustentável brasi-leiro, sempre atuando responsavelmente no meio cultural e social.

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L12

1.1.3 - ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÔNIMOS

• ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica

• ANM - Agência Nacional de Mineração

• CPST - Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão

• CNA - Centro Nacional de Arqueologia

• DAER/RS - Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem

• DIT - Demais Instalações de Transmissão

• DEFAP - Departamento de Florestas e Áreas Protegidas

• DEINFRA/SC - Departamento Estadual de Infraestrutura

• DOU - Diário Oficial da União

• DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

• DUP - Declaração de Utilidade Pública

• EIA/RIMA - Estudo e Relatório de Impacto Ambiental

• EPE - Empresa de Pesquisa Energética

• FEPAM/RS - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - RS

• FOTE - Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A.

• IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

• IPHAN/RS - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Rio Grande do Sul

• LI - Licença Ambiental de Instalação

• LP - Licença Ambiental Prévia

• LT - Linha de Transmissão

• MME - Ministério de Minas e Energia

• ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico

• RAS - Relatório Ambiental Simplificado

• Rede Básica - Instalações de Transmissão pertencentes ao Sistema Interligado Nacional

• SE - Subestação

• SEMA/RS - Secretaria de Estado do Meio Ambiente

• SIN - Sistema Interligado Nacional

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1.1.4 - LINHA DO TEMPO20

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Sistema de Transmissão 138 kV Santa MariaComposto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e do Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE Santa Maria 1 - SE Santa Maria 3.

• Processo de Indenização e regularização documental dos terrenos envolvidos no traçado do Seccionamento da LT.

• FEPAM emite a Renovação da Autorização Geral da Ampliação da SE Santa Maria 3.

• Conclusão das obras de implantação e testes de energização da “Ampliação da SE Santa Maria 3.

Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2Composto pela Ampliação da SE Foz do Chapecó, LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1 e C2) e Implantação da SE Pinhalzinho 2.

• Manifestação do IPHAN/DF favorável à Licença Prévia da Linha de Transmissão e à Licença de Instalação da Subestação Pinhalzinho 2.

• IBAMA emite a Licença de Instalação da Subestação Pinhalzinho 2 (SE PIN2) / Início das obras da SE PIN2.

• Entrega da versão final do EIA/RIMA da Linha de Transmissão FCO-PIN2 (C1) no NLA/IBAMA-SC.

• ANEEL emite a Declaração Autorizativa nº. 5.321/2015 (DUP) da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

• Audiência Pública / Vistoria Técnica (IBAMA) da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

• Abertura no IBAMA/SC e no IPHAN do processo de licenciamento ambiental do Circuito 2 da LT FCO-PIN 2.

• Recebimento do Termo de Referência para elaboração do EIA/RIMA do Circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C2).

• IBAMA emite a Autorização de Coleta e transporte de Fauna silvestre (necessária para a realização das campanhas de campo do meio biótico do EIA) do “Circuito 2” da LT Pinhalzinho.

• Início da elaboração do EIA/RIMA do Circuito 2 da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C2).

Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - MaçambaráComposto pela Ampliação da SE Santo Ângelo, LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2) e ampliação da SE Maçambará.

• Aprovação do EIA/RIMA da LT STA-MBR (C2).

• IPHAN/RS manifesta-se favorável à Licença Ambiental de Instalação da Ampliação da SE Maçambará.

• Início das obras da Ampliação da Subestação Maçambará (autorizada pela FEPAM em outubro / 2014).

• Audiências Públicas (03) / Vistoria Técnica (FEPAM) da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2).

• IPHAN/RS manifesta-se favorável à Li-cença Ambiental Prévia LT Santo Ânge-lo - Maçambará (C2) e fornece orienta-ções metodológicas para solicitação da Anuência para Licença Ambiental de Ins-talação.

• FEPAM emite a Licença Ambiental Prévia (LP nº. 378/2015-DL) da LT Santo Ângelo - Maçambará (C2).

• Protocolo na FEPAM da Solicitação da Licença Ambiental de Instalação (LI) da LT Santo Ângelo - Maçambará (C2).

• FEPAM emite a Renovação da Autorização Geral da Ampliação da SE Maçambará.

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L14

2016

Sistema de Transmissão 138 kV Santa MariaComposto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e pelo Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE Santa Maria 1 - SE Santa Maria 3.• Protocolado na FEPAM “Relatório Final de

Supervisão Ambiental” da “Ampliação da Subestação Santa Maria 3” (Jan/2016).

• Prefeitura de Santa Maria/RS (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) emite a Licença de Instalação (LI) nº 001/2016 - autorizando a implantação do “Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE SMA1-SE SMA3” (Jan/2016).

• Entrada em operação do “Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE SMA1-SE SMA3”, interligando ao Sistema Integrado Nacional de Transmissão de Energia (Maio/2016).

• FEPAM emite a “Dispensa de Licença de Operação” para a “Ampliação da Subestação Santa Maria 3” (Junho 2016).

Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2Composto pela LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1 e C2), Implantação da SE Pinhalzinho 2 e Ampliação da SE Foz do Chapecó.

• Interrupção (temporária) da implantação da “Subestação Pinhalzinho 2”.

• IBAMA emite a Licença Ambiental Prévia (LP nº. 526 / 2016) da Linha de Transmissão FCO-PIN2 (C1).

• Protocolado no NLA/IBAMA-SC a “Solicitação da Licença Ambiental de Instalação (LI) da Linha de Transmissão FCO-PIN2 (C1).

Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - MaçambaráComposto pela Ampliação da SE Santo Ângelo, LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2) e ampliação da SE Maçambará.

• Licitação para contratação de empresa especializada para desenvolvimento das atividades de “Salvamento, sinalização, monitoramento do patrimônio arqueológico e educação patrimonial” da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2).

• Conclusão das obras de “Ampliação da Subestação Maçambará” (autorizada pela FEPAM através da AutGer 331/2015). Os testes de energização serão realizados somente após a conclusão da Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2). Protocolado na FEPAM “Relatório Final de Supervisão Ambiental” da “Ampliação da Subestação Maçambará” (Processo nº. 4280-05.67/15-9).

15

2017

Sistema de Transmissão 138 kV Santa MariaComposto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e do Seccionamento da LT 138 kV Alegrete 1 / SE Santa Maria 1 - SE Santa Maria 3.

• Continuidade da operação comercial dos dois empreendimentos interligados ao Sistema Interligado Nacional de Transmissão de Energia.

Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2Composto pela LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1 e C2), Implantação da SE Pinhalzinho 2 e Ampliação da SE Foz do Chapecó.

• Continuidade na construção da “Subes-tação Pinhalzinho 2” integrando os proce-dimentos de funcionamento à construção do Circuito 1 da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1). Previsão de conclusão dos testes desta subestação: fevereiro/2018.

• Em maio o IBAMA emite a Licença Am-biental de Instalação (LI nº. 1153 / 2017) autorizando a construção da Linha de Transmissão FCO-PIN2 (C1).

• Em maio inicia as obras da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pi-

nhalzinho 2 (C1). Previsão de conclusão: fevereiro/2018.

• Em outubro foi protocolado no NLA/IBAMA-SC a “Solicitação da Licença Ambiental de Operação (LO” da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

• Em dezembro ocorreu Vistoria Técnica do IBAMA na Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - MaçambaráComposto pela Ampliação da SE Santo Ângelo, LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2) e ampliação da SE Maçambará.

• Em julho e dezembro foram entregues na FEPAM complementos relacionados à conclusão da análise da Licença de Instalação (LIER) da Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2). A LIER nº. 039/2018 foi emitida em 15/01/2018.

• Em dezembro o IPHAN aprovou o projeto de “Salvamento, sinalização, monitoramento do patrimônio arqueológico e educação patrimonial” da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2), emitindo a “Anuência para instalação deste empreendimento”.

Vista aérea dos transformadores 230/138 kV - 150MVA - SE Pinhalzinho 2

1.2 - RESPONSABILIDADE COM AS PARTES INTERESSADAS

A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. busca um bom relacionamento com as partes interessadas, comunicando-se com estes de forma clara, organizada e transparente.

PARTES INTERESSADAS DETALHAMENTO CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Acionistas e investidores- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Companhia Estadual de Geração e Transmissão

de Energia Elétrica - CEEE - GT

Por meio de um comitê gestor formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais para transparência e integridade das informações, disponibilização de informativos contábeis e de andamento da obra.

Clientes

A concessionária atende ao SIN - Sistema Integrado Nacional, gerenciado pela ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.O empreendimento está em fase de implantação e, portanto, sem clientes.

Não houve no período.

Fornecedores

- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Consórcio Weg/Caramuru- IG Transmissão e Distribuição de Eletricidade Ltda. - Cotesa Engenharia Ltda.- ABG Engenharia e Meio Ambiente Ltda.- Polígono Consultoria em Gestão Fundiária e

Avaliação Ltda.- Fucri/Unesc - Fundação Educacional de

Criciúma/ Universidade do Extremo Sul Catarinense

- Preservar - Arqueologia e Patrimônio- Geo Consultores Engenharia e Meio Ambiente

Por meio de um comitê gestor, formado por representantes dos acionistas, com reuniões mensais.

Empregados, colaboradores, estagiários, parceiros

A empresa não possui funcionáriospróprios. São todos tercerizados.

São realizadas reuniões semanais ou quando houver necessidade.A comunicação é direta ou via e-mail, com permanente comunicação, permitindo que os terceirizados sejam informados quanto às ações desenvolvidas pela empresa.

Órgãos e programas públicos

(Veja o significado das abreviaturas, siglas e acrônimos ao lado em 1.1.3)

- MME - ANEEL - ONS - IBAMA - CNA- DNIT- ANM- Governo do Estado do RS- SEMA/RS- FEPAM/RS- IPHAN/RS - DEINFRA/SC - DAER/RS - Prefeituras Municipais

O relacionamento é formal, por meio de correspondência protocolada. Em alguns casos utilizam-se fax ou e-mail e, em seguida, as dúvidas ou comunicações são formalizadas por meio de documento oficial.

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PARTES INTERESSADAS DETALHAMENTO CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Organizações sociais, ambientais e comunidades

Não há nenhum compromisso direto com associações ou ONGs. Os contratos são feitos especificamente para o desenvolvimento de alguns projetos, visando atender às condicionantes ambientais.

Ofícios, e-mails, reuniões esporádicas, de acordo com o desenvolvimento do projeto. Entrega dos documentos necessários para a obtenção e manutenção das licenças ambientais.

Seguradoras BTG Pactual Seguradora S/A Ofícios e outros documentos.

Entidades de Pesquisa Parceria com a Eletrosul para a elaboração e execução de projetos de pesquisa em P&D.

Não houve no período, pois a empresa está em fase pré-operacional.

1.3 - INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E DE PRODUTIVIDADE

INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E DE PRODUTIVIDADEDados Técnicos (insumos, capacidade de produção, vendas, perdas) 2017 2016 2015 2014

Número de Empregados Próprios - - - -Número de Empregados Terceirizados 200 80 200 30Número de Escritórios Comerciais 2 2 2 2Subestações em construção (em unidades) 1 1 1 1Subestações em ampliação (em unidades) 4 4 4 4Capacidade Instalada (MVA) 616 616 616 616Linhas de Transmissão em construção (em km) 273 273 273 273

1.2 - RESPONSABILIDADE COM AS PARTES INTERESSADAS

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L18

Conexão de linhas de transmissão em 138 kV da Distribuidora Celesc-D na Subestação Pinhalzinho 2

Entrada da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1) e C2 na SE Foz do Chapecó

DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA 2

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2.1 - ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

2.2 - AUDITORIA INDEPENDENTE

A estrutura da Administração da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE é formada pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pela Diretoria. O Conselho de Administração é composto por quatro membros efetivos, eleitos na Assembleia Geral, com mandato de três anos, admitida a reeleição por igual período.

Terminado o prazo do mandato, os membros do Conselho de Administração permanecerão nos cargos até a posse dos sucessores. A escolha do seu Presidente dar-se-á pela maioria de seus membros, não cabendo a quaisquer dos conselheiros voto de qualidade. O Conselho Fiscal integra a sociedade em caráter permanente, o qual exercerá as atribuições impostas por lei. É composto por quatro membros efetivos e quatro suplentes, sendo admitida a reeleição.

A Diretoria é composta por dois membros, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração, residentes no País, sendo um Diretor Administrativo/Financeiro e um Diretor Técnico. O mandato dos membros da Diretoria é de três anos, sendo admitida a reeleição.

A FOTE é uma sociedade anônima de capital fechado, composta integralmente por ações ordinárias nominativas subscritas pelos referidos acionistas, tendo como acionista majoritária a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., como demonstrado na tabela a seguir:

A auditoria independente é selecionada anualmente por meio de cotações e mediante a escolha da melhor proposta. O auditor que

atestou a fidedignidade das Demonstrações Contábeis da FOTE, no ano de 2017, foi a Berkan Auditores Independentes S/S.

CAPITAL SOCIAL

Acionista Ações ordinárias subscritas R$ %

Eletrosul Centrais Elétricas S. A. 27.984 27.983.550,00 51

Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE - GT) 26.886 26.886.155,88 49

Total 54.870 54.869.705,88 100

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L22

2.3 - ORGANOGRAMA

Atualmente a empresa conta com uma estrutura interna composta por dois diretores, Administrativo/Financeiro e Técnico, conforme

o organograma apresentado a seguir, sendo que o setor Financeiro/Contábil, Secretaria e Engenharia são terceirizados.

DIRETORADMINISTRATIVO /

FINANCEIRO

SETOR FINANCEIRO / CONTÁBIL

DIRETOR TÉCNICO

ENGENHARIA

SECRETARIA

23

Torre do Seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 1/ Subestação Santa Maria 3

DIMENSÃOECONÔMICO-FINANCEIRA 3

25

3 - DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

3.1 - INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS - DETALHAMENTO DA DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Em função da adoção da ICPC-01 - Contratos de Concessão, a FOTE passou a reconhecer os custos e receitas de construção, conforme requerido pela ICPC-01, OCPC-05 e CPC 17, da receita de operação e manutenção e da receita com o ativo financeiro, visando o atendimento das Normas Internacionais de Contabilidade IFRS (Internacional Financial Reporting Standards), conforme as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.

A Demonstração do Valor Adicionado tem como principal atribuição a identificação e divulgação do valor da riqueza gerada por uma entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os

diversos elementos/setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração, como uma remuneração aos esforços dos empregados pelo fornecimento da mão-de-obra, dos investidores pelo fornecimento do capital, dos financiadores pelo empréstimo dos recursos e do governo pelo fornecimento da lei e da ordem, infraestrutura socioeconômica e serviços de apoio.

Constitui-se, portanto, em uma fonte rica em informações, permitindo vislumbrar as relações intersociais e apontar como determinada entidade agrega valor à economia do país ou da região onde está inserida.

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS - DETALHAMENTO DA DVAGeração de Riqueza (em Milhares de Reais ) 2017 2016 2015RECEITA OPERACIONAL (Receita bruta de vendas de energia e serviços) 58.576 9.621 57.254

Receita de O&M 1.195 348 Receita com Ativo Financeiro 12.869 13.018 2.604 Receita de Construção 44.512 6.255 54.650 Outras receitas do Serviço (-) INSUMOS (insumos adquiridos de terceiros: compra de energia, material, serviços de terceiros etc.) - 97.822 -22.913 -54.994

Resultado Não Operacional

= VALOR ADICIONADO BRUTO - 39.246 -3.292 2.260(-) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação, amortização) = VALOR ADICIONADO LÍQUIDO - 39.246 -3.292 2.260+ VALOR ADICIONADO TRANSFERIDO (Receitas financeiras) 1.229 74 425

= VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR - 38.017 -3.218 2.685Distribuição da Riqueza - Por Partes Interessadas 2017 2016 2015PESSOAL 865 832 166GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais) - 15.158 -192 -27FINANCIADORES 2.325 4.236 2.599ACIONISTAS - 26.049 -8.094 -53 = VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (TOTAL) (38.017) (3.218) 2.685

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L26

3.2 - RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO

3.3 - INVESTIMENTOS NA CONCESSÃO

Conforme Contrato de Concessão, a prestação do servido de transmissão se dará mediante o pagamento de Receita Anual Permitida (RAP) a partir da data da disponibilização das instalações para a operação comercial, reajustado anualmente no mês de julho de cada ano, pelo IPCA.

A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE apresentou no exercício de 2017 um Resultado Operacional Líquido de R$ (40,51) milhões e um prejuízo de R$ 26,05 milhões.

Construção dos seguintes empreendimentos: LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2); LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1 e C2); Implantação da SE Pinhalzinho 2; Ampliação da SE Foz do Chapecó e da SE Santa Maria 3.

R$ Mil Δ% R$ Mil Δ% R$ Mil

120.722 158% 76.210 109% 69.955

INVESTIMENTOS 2017 2016 2015

Construção da Subestação Pinhalzinho 2 - Setor 138 kV, importante reforço energético do oeste catarinense.

Área disponível da Subestação Santo Ângelo para implantação da entrada da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçarambá C2

DIMENSÃOSOCIAL E SETORIAL 4

29

4.1 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS

Os seguintes itens da tabela padrão da ANEEL sobre “Indicadores Sociais Internas” não estão contemplados, a seguir, porque as respectivas informações não se aplicam no que concerne à FOTE: a) Informações gerais, b) Remuneração, benefícios e carreira, c) Participação nos resultados, e) Saúde e segurança no trabalho, f) Desenvolvimento profissional, g) Comportamento frente a demissões e h) Preparação para aposentadoria.

A empresa FOTE não tem funcionários próprios, são todos terceirizados, por meio de contratos de empreitada global com dois grandes fornecedores na parte de obra e mais três contratos nos setores administrativo/financeiro/contábil, fundiário e ambiental.

INDICADORES SOCIAIS INTERNOSEmpregados/ empregabilidade/ ad-ministradores

2017 2016 2015 2014 2013d) Perfil da remuneração - Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários Faixas (R$)Até R$ 1.000,00 - - - - -De R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 - - - - -De R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 - - - - -Acima de R$ 3.000,00 - - - - -Por Categorias (salário médio no ano corrente) - R$ - - - - -

Cargos de diretoria 21.044 16.732 8.644 5.960 -Cargos gerenciais - - - - -Cargos administrativos - - - - -Cargos de produção - - - - -

4.2 - OUTRAS INFORMAÇÕES SOCIAIS RELEVANTES

A seguir, apresentamos as principais justificativas técnicas e sociais dos três empreendimentos sob a responsabilidade da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE.

No que refere ao empreendimento Sistema de Transmissão 138 kV Santa Maria 3, a implantação da “Ampliação da Subestação Santa Maria 3”, cujas obras foram entregues a operação em maio de 2016, tem como finalidade a conexão do ramal oriundo do Seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Alegrete 1 / Santa Maria 1 - para a SE Santa Maria 3, e a conexão

4.2.1 - JUSTIFICATIVAS DOS EMPREENDIMENTOS

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L30

da LT 138 kV - Formigueiro 2, da distribuidora RGE Sul, e realizando a conexão do sistema 138 kV através de transformação em 230/138 kV. A FOTE contratou a CEEE-GT para operação e manutenção. Este reforço energético para a região de Santa Maria (RS) reduzirá problemas de tensão e manterá a estabilidade do sistema Centro-Oeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Já a implantação do Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1) tem o objetivo de reforçar o atendimento de energia elétrica na região Oeste do Estado de Santa Catarina. Segundo estudos realizados, a região necessita de maior quantidade de energia especialmente durante o período de verão e em épocas de falta de chuvas. O referido empreendimento permitirá a transmissão de energia a Subestação Foz do Chapecó, em Alpestre (RS), para a Subestação Pinhalzinho 2 (em fase de comissionamento); melhorando o sistema de fornecimento de energia, principalmente para as atividades agrícolas e industriais, fomentando o desenvolvimento regional.

No que tange à implantação do Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2, esta linha de transmissão permitirá reforçar o atendimento energético na região da Fronteira Oeste do RS, através de nova interligação entre a Subestação Santo Ângelo, de propriedade da Eletrosul, e a Subestação Maçambará, de propriedade da CEEE-GT. Estudos da EPE demonstraram que há necessidade de reforço energético na região, principalmente para atender à demanda crescente de levantes hidráulicos para irrigação de lavouras de arroz e instalações de pivots (pivôs) centrais para irrigação de lavouras de soja. O empreendimento aumentará a confiabilidade da energia fornecida para estas atividades agrícolas e demais atividades industriais instaladas, dando condições para melhorar o desenvolvimento da região.

Vista aérea em planta da Subestação Pinhalzinho 2

4.2.2 - CLIENTES / CONSUMIDORES

No ano de 2017, os empreendimentos da FOTE associados à Subestação Santa Maria 3 (SMA3) obtiveram a seguinte taxa de disponibilidade média final:

• Transformador de Força 230 / 138 kV Santa Maria 3 AT1 - Rede Básica: 100,00%.

• Transformador de Força 230 / 138 kV Santa Maria 3 AT2 - Rede Básica: 100,00%.

• Módulo Geral - Santa Maria 3 - Rede Básica: 100,00%.

4.2.3 - MAPAS DAS REGIÕES ABRANGIDAS PELAS LINHAS DE TRANSMISSÃO E SU-BESTAÇÕES

As Linhas de Transmissão e as Subestações da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE - abrangem os três principais sistemas localizadas nos municípios relacionados a seguir.

O Sistema de Transmissão 138 kV Santa Maria é composto pela ampliação da SE Santa Maria 3 e da LT 138 kV ALE1 - SMA3 / LT 138 kV SMA3 - SMA1. A área abrangida pelo empreendimento concentra-se no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O referido sistema consiste da implementação em 138 kV, de um circuito duplo, entre o ponto de Seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 1 e a subestação Santa Maria 3, com aproximadamente 2 km, localizado inteiramente no município de Santa Maria.

O Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 é composto pela ampliação da SE Foz do Chapecó, LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1) e C2, e SE Pinhalzinho 2. As LT têm sua origem na Subestação Foz do Chapecó, localizada no município de Alpestre, no noroeste do Rio Grande do Sul (RS), e seu extremo oposto é no município de Pinhalzinho, no Estado de Santa Catarina (SC). As referidas LT terão extensão aproximada de 36 km e estarão localizadas parcialmente no RS e a maior porção no Estado de SC, conforme é apresentado no mapa a seguir. A linha abrange diretamente os municípios de Pinhalzinho, Saudades e São Carlos, em SC, e Alpestre, no RS.

O Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará é composto pela ampliação da SE Santo Ângelo, implantação da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2 e ampliação da SE Maçambará. A LT tem sua origem na Subestação Santa Ângelo, no município de mesmo nome, no Oeste do RS, e seu extremo oposto será no município de Itaqui, próximo ao Município de São Borja (RS), na Subestação Maçambará. A referida LT tem extensão aproximada de 199 km e estará localizada em sua totalidade no Estado do RS, conforme é apresentado no mapa a seguir. Os

Subestação Santa Maria 3 - Ampliação FOTE.

Santa Maria

PinhalzinhoSaudadesSão CarlosAlpestre

1234

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L32

municípios abrangidos pelo empreendimento são: Santo Ângelo, Vitória das Missões, São Miguel das Missões, São Luiz Gonzaga, Bossoroca, Itacurubi, São Borja, Maçambará e Itaqui.

4.2.4 - IMPORTÂNCIA E BENEFÍCIOS DO EMPREENDIMENTO

Os empreendimentos da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE - fazem parte de um conjunto de obras de Linhas de Transmissão que permitem o reforço eletroenergético na região Oeste dos Estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e contribuem para a melhoria da qualidade do abastecimento de energia nessas áreas. Estes reforços possibilitam um incremento significativo da transferência de energia de acordo com a necessidade energética das referidas regiões.

Durante o ano de 2017, os empreendimentos da FOTE mobilizaram um contingente de mão-de-obra que gerou 200 empregos terceirizados incluindo diretos e indiretos. As obras, em suas diversas etapas, exigiram profissionais, técnicos e engenheiros com diferentes habilitações e competências, além da expertise de outras equipes multidisciplinares.

As Linhas de Transmissão e Subestações fazem parte do Sistema Integrado Nacional (SIN) brasileiro, considerado um dos mais avançados do mundo. Isto é possível porque o SIN utiliza os benefícios da diversidade energética entre as regiões brasileiras, permitindo transferir excedentes de energia elétrica gerados em uma região para outras regiões com deficiência energética.

O Sistema Interligado Nacional é formado por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, segundo a ANEEL, o sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é caracterizado pela forte predominância de fontes hídricas (60,77%) e fósseis (16,20%), seguidas de biomassa (8,73%), eólica (7,52%), nuclear (1,20%), solar (0,68%) e importada (4,90%). Fonte: http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.cfm, consultado em 09/04/2018.

Santo ÂngeloVitória das MissõesSão Miguel das Missões

123

São Luiz GonzagaBossorocaItacurubi

456

São BorjaMaçambaráItaqui

789

33

O mapa abaixo ilustra a integração entre os sistemas de produção e transmissão para o suprimento do mercado consumidor de energia elétrica do Brasil. O mapa geral do Sistema de Transmissão publicado é o disponibilizado pelo Organizador Nacional do Sistema - ONS, com o “Horizonte 2017”. Outras variações de mapas mais detalhados podem ser consultadas na página do ONS: http://ons.org.br/pt/paginas/sobre-o-sin/mapas .

Fonte: Operador Nacional do Sistema - ONS.http://ons.org.br/_layouts/download.aspx?SourceUrl=http://ons.org.br/Mapas/SistemadeTransmissao_Horizonte2017.pdf

Peru

Argentina

Bolivia

Uruguai

Chile Paraguai

Colômbia

Fortaleza

Teresina

S.Luís

Natal

JoãoPessoa

Recife

Maceió

Aracaju

Salvador

Curitiba

Florianópolis

Rivera70 MW

Uruguaiana50 MW

Garabi2000 MW

Cuiabá

Manaus

C.Grande

Itaipu

Vitória

R.JaneiroSão Paulo

P.Alegre

Goiânia

GuianaFrancesa

Venezuela

GuianaSuriname

B.Horizonte

Rio Branco

Legenda

Número de circuitos existentesN

Horizonte 2017

A

33

3

4

25

22

2

4

2

8

2 2

22

2

2

2

22

22

26

2

3

2

2

2

2

32

22

2

2

2

2

2

2

2

3

3

2

3

23

2

2

2

22

22

2

2

2

2

2

2

2

2

2

22

2

2

33

3

3

3

3

3

2

4

2

2

2

22

2

2

4

3

32

4

3

2

2

2 3

3

3

2

2

2

7

D

2

32

22

2

2

2

2

2

2

B

4

22

2

2

2

2

2

2

2

2

2

22

Melo500 MW

2

3

2

2

Brasília

A

B

CD

E

Existente Futuro Complexo

Paraná

Paranapanema

Grande

Paranaíba

Paulo Afonso

138 kV 230 kV 345 kV 440 kV 500 kV 750 kV 600 kV cc 800 kV cc+-

+-

Boa Vista

Macapá

Belém

Porto Velho

Palmas

2

2

C

E

5

2Tucuruí

2

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L34

4.2.5 - BREVE PERFIL DOS 14 MUNICÍPIOS ABRANGIDOS PELOS EMPREENDIMENTOS DA FOTE

A seguir, apresenta-se uma sinopse dos 14 municípios abrangidos pelos empreendimentos da FOTE. As informações foram coletadas e sintetizadas a partir de três principais fontes: websites das respectivas prefeituras municipais, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Wikipédia.

RIO GRANDE DO SUL

Alpestre Com uma área de 324,98 km², o município tem uma população estimada de 7.533 habitantes (IBGE/2016). Faz parte da Microrregião de Fre-derico Westphalen, situando-se a aproximada-mente 433 km da capital Porto Alegre. Locali-zado a uma altitude de 467 metros, é banhado pelas águas do Rio Uruguai, que faz a divisa fluvial com o Estado de Santa Catarina (SC). A principal cultura agrícola de Alpestre é o fumo. A Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó está ins-

talada no Rio Uruguai, entre os municípios de Alpestre e Águas de Chapecó (SC). Com quatro unidades geradoras, a Usina tem uma potência instalada de 855 megawatts. Sua capacidade equivale a 25% do consumo de energia de SC ou 18% do consumo do RS, energia suficiente para abastecer mais de cinco milhões de lares.

Bossoroca

O município tem uma população de 6.801 habitantes (IBGE/2017) e uma área 1.596,219 Km². Situa-se na Mesorregião Noroeste Rio--grandense e à Microrregião de Santo Ânge-lo, tendo como municípios limítrofes: São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Capão do Cipó, Santiago, Itacurubi e Santo Antônio das Missões. Está distante 506 km da capital do Estado, Porto Alegre. A base da economia lo-cal é a agricultura e a pecuária, atividades mui-to fortes nas grandes extensões de terras ali existentes. A indústria e o comércio são tam-

Montagem torre autoportante - LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

35

bém fontes de recursos importantes da comu-nidade. Dentre os filhos ilustres de Bossoroca, destacam-se nomes como o do compositor Noel Guarany, do poeta Jayme Caetano Braun e do político Olívio Dutra.

Itacurubi

O município é integrante da Mesorregião Cen-tro Ocidental Rio-grandense e da Microrregião das Missões, tem uma área de 1.119,29 km² e al-titude de 174 metros. Sua distância até a capital Porto Alegre é de 540 km. Tem como municí-pios limítrofes: São Borja, Unistalda, Santiago, Bossoroca e Santo Antônio das Missões. Sua população é de 3.552 habitantes (IBGE/2016) e o IDH-M de 0,77 classifica-se como “elevado” (PNUD/2000).

Itaqui

Distante 670 km da capital gaúcha, Itaqui in-tegra a Mesorregião Sudoeste Rio-granden-se e a Microrregião Campanha Ocidental. O município está localizado às margens do Rio Uruguai, fazendo divisa com Alegrete, Maçam-bará, Manoel Viana, São Borja e Uruguaiana, no Brasil, e La Cruz e Alvear, na Argentina. Sua população estimada é de 39.049 habitantes (IBGE/2016). Sua principal atividade econômi-ca é o plantio de arroz. A cidade conta com um dos mais antigos teatros da América Latina, o Teatro Prezewodowski, construído em 1883. Itaqui foi a primeira redução jesuítica guarani do Rio Grande do Sul, fundada em 1657 por padres da cidade argentina de La Cruz. Seu IDH-M de 0,801 é classificado como “muito elevado” (PNUD/2000).

Maçambará

O município está localizado na Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense e Microrregião Campanha Ocidental, a uma altitude de 110 metros. Possui uma área de 1682,5 km² e sua população estimada é de 4.814 habitantes

(IBGE/2016). Tem como municípios limítrofes: Itaqui, São Borja, Alegrete, Unistalda e São Francisco de Assis. Seu IDH-M de 0,743 é clas-sificado como “elevado” (PNUD/2000). O nome Maçambará é de origem indígena e significa “capim de pasto onde acampam os tropeiros”, em função da vegetação muito comum na re-gião. Originou-se do município de Itaqui. Sua principal atividade econômica é a agricultura, com destaque para o cultivo de arroz.

Santa Maria

Município com 278.445 habitantes (IBGE/2017) e área de 1.779,556 km², tem grande influência na região central do RS, sendo o 5º mais popu-loso do Estado. Integra a Mesorregião Centro Ocidental Rio-grandense e a Microrregião San-ta Maria. Seus municípios limítrofes são: Itaara, Julio de Castilhos, São Martinho da Serra, São Gabriel, São Sepé, Silveira Martins, Restinga Seca, Formigueiro, São Pedro do Sul e Diler-mando de Aguiar. A distância de Santa Maria até a capital Porto Alegre é de 290 km. É con-siderada uma destacada cidade universitária, devido à presença da tradicional e conceituada Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Seu IDH-M de 0,784 está na faixa “elevado” (PNUD/2010). A estrutura e a principal vocação econômica do município estão voltadas para a prestação de serviços, incluindo serviços pú-blicos estatais e federais e um dinâmico co-mércio. Em seguida, em importância, situa-se o seu setor primário (agropecuário), além de um setor industrial composto principalmen-te de pequenas e médias empresas voltadas para o beneficiamento de produtos agrícolas, metalurgia, mobiliário, calçados, laticínios e outros segmentos.

Santo Ângelo

Com uma área de 680,498 km², o município pertence à mesorregião do Noroeste Rio-Gran-dense e à microrregião de Santo Ângelo. Tem uma população estimada de 79.101 habitantes

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L36

(IBGE/2017). A “Capital das Missões”, como é chamado, destaca-se como um centro de ser-viços públicos, por sediar vários órgãos das esferas estadual e federal. Seus municípios li-mítrofes são: Giruá, Catuípe, Entre-Ijuís, Vitória das Missões, Guarani das Missões e Sete de Setembro. Está distante 431 km da capital do Estado. Seu IDH-M de 0,821 é “muito elevado” (PNUD/2000). A base da economia de Santo Ângelo é a agropecuária. Os principais produ-tos cultivados são soja, milho e trigo. Na pe-cuária, destacam-se as criações de bovinos e suínos. A cidade possui também um comércio bem estruturado, sendo o turismo uma impor-tante atividade econômica do município.

São Borja

Com uma população estimada de 62.808 pessoas (IBGE/2017), o município integra a Mesorregião Sudoeste Rio-grandense e a Mi-crorregião Campanha Ocidental. Tem como municípios limítrofes: Garruchos, Santo Antô-nio das Missões, Maçambara, Itaqui, Itacuru-bi, Unistalda e Santo Tomé (este na Argentina). Sua área é de 3.616 km², e a distância até a ca-pital é de 594 km. Seu IDH-M de 0,736 situa-se na faixa “elevado” (PNUD/2000). São Borja foi fundada em 1682 pelos padres jesuítas, ten-do sido a primeira cidade dos Sete Povos das Missões. Situa-se na fronteira oeste do Esta-do, sendo banhada pelo rio Uruguai, que é a fronteira natural com a cidade de Santo Tomé, na província de Corrientes, Argentina. A lei es-tadual 13.041/2009 declarou oficialmente São Borja “Terra dos Presidentes”, por ser cidade natal de dois ex-presidentes do Brasil: Getúlio Vargas e João Goulart. O município é um dos maiores produtores de arroz da região sul.

São Luiz Gonzaga

Município integrante da Mesorregião Noroeste Rio-grandense e da Microrregião Santo Ânge-lo, tem uma área de 1.297,922 km² e dista 505 km da capital, Porto Alegre. Sua população

estimada é de 35.057 habitantes (IBGE/2017). Seus municípios limítrofes são: Roque Gon-zales, Rolador, Caibaté, São Miguel das Mis-sões, Bossoroca, Santo Antônio das Missões, São Nicolau e Dezesseis de Novembro. Seu IDH-M de 0,8 classifica-se como “muito eleva-do” (PNUD/2000). Originalmente batizado de São Luís das Missões, São Luiz Gonzaga foi fundado em 1687 pelo padre Miguel Fernan-des, no território das Missões. A agricultura e a pecuária continuam a ocupar uma posição importante na economia do município. Entre os produtos agrícolas destacam-se o trigo, a soja, a laranja, a tangerina e a uva. Na pecuá-ria, o rebanho bovino é predominante. A prin-cipal indústria é a de transformação, seguida da construção civil, que vem se desenvolvendo progressivamente.

São Miguel das Missões

O município pertence à Mesorregião do No-roeste Rio-Grandense e à Microrregião de Santo Ângelo. Tem como municípios limítro-fes: Vitória das Missões, Entre-Ijuís, Eu-gênio de Castro, Joia, Tupanciretã, Capão do Cipó, Bossoroca, São Luiz Gonzaga e Caibaté, Dista 483 km da capital do Estado. Sua área é de 1.229,844 km² e a população estimada é de 7.754 pessoas (IBFE/2017). O IDH-M de São Miguel das Missões, de 0,763, é classificado como “elevado” (PNUD/2000). No município, localiza-se o sítio arqueológico com as ruínas jesuítas da antiga redução de São Miguel Ar-canjo, declaradas Patrimônio Mundial, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), em 1983. O sítio abriga o Museu das Missões, com estátuas de imagens sacras feitas pelos índios Guarani. A economia baseia-se na agricultura (soja, trigo, arroz e milho) e na pecuária (bovi-nos, ovinos, equinos e suínos). Tem no turismo grande fonte geradora de empregos e desen-volvimento.

37

Vitória das Missões

Município pertencente à Mesorregião do No-roeste Rio-Grandense e à Microrregião de Santo Ângelo. É dividido em dois distritos: Vi-tória das Missões (sede) e São João Batista. Tem como municípios limítrofes: Santo Ângelo, Entre-Ijuís, São Miguel das Missões, Caiba-té e Guarani das Missões. Está distante 461 km da capital Porto Alegre. Com uma área de 259,609 km², tem uma população estimada de 3.422 pessoas (IBGE/2017). Seu IDH-M de 0,76 classifica-se como “elevado” (PNUD/2000)

SANTA CATARINA

PinhalzinhoO município integra a Mesorregião Oeste Cata-rinense e a Microrregião Chapecó. Tem como municípios limítrofes: Modelo, Saudades, Nova Erechim e Águas Frias. Dista da capital, Flo-rianópolis, 670 km. Sua área é de 128,298 km², com uma população estimada de 14.763 pessoas (IBGE/2017). Seu IDH-M, de 0,783, classifica-se como “elevado” (PNUD/2010). O município conta com um parque industrial diversificado, com destaque para o setor de agroindústrias, madeireiro, têxtil e mecânico. Pinhalzinho se transformou em Polo industrial de produção de leite, com as duas maiores fá-bricas da região.

São Carlos

Município integrante da Mesorregião Oeste Catarinense e da Microrregião Chapecó. Seus municípios limítrofes são: Saudades, Cunhataí, Águas de Chapecó, Palmitos, e Alpestre (RS). Sua distância até a capital Florianópolis é de 605 km. Com uma área de 158,988 km², sua população estimada é de 11.132 habitantes (IBGE/2017). Seu IDH-M de 0,769 está na fai-xa “elevado” (PNUD/2010). A cidade tem como seus pontos fortes as belezas naturais, a pro-dução agrícola, e o turismo de águas termais.

Na área industrial, o destaque é o segmento de corte e costura, com empresas de mate-riais esportivos, moda masculina e jovem. Re-gistra-se também a presença de empresas nas áreas moveleira, metalúrgica, de tintas e deri-vados de leite.

Saudades

Município pertencente à Mesorregião Oes-te Catarinense e à Microrregião Chapecó. Seus municípios limítrofes são: Cunha Porã, Nova Erechim e Pinhalzinho. Distante 650 km da capital de Santa Catarina, Saudades tem uma área de 205,554 km² e uma população estimada de 9.664 pessoas (IBGE/2017). Seu IDH-M de 0,755 classifica-se como “elevado” (PNUD/2010). A economia do município desta-ca-se, na agricultura, pelos culturas do milho, da soja, feijão e fumo. Na pecuária, destaque para os suínos, bovinos, aves e gado leiteiro. Na indústria e no comércio, os principais seg-mentos são os confecções, calçados, movelei-ro e eletrificação.

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L38

Vista lateral, setor dos transformadores - SE Pinhalzinho 2

39

4.2.6 - RELAÇÃO COM OS PROPRIETÁRIOS DE TERRAS

A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A priorizou, desde o começo de suas atividades, um relacionamento atento, sensível e respeitoso para com as comunidades residentes nas áreas aonde estão sendo ou virão a ser construídas as suas Linhas de Transmissão e as Subestações.

A Faixa de Servidão para Linhas de Transmissão (LT) com tensão de 230 kV - área de segurança de 40 metros de largura por onde passa a LT - abrange uma quantidade grande de propriedades privadas com diferentes tipos de benfeitorias, costumes e cultura. Nesta área, cujo domínio permanece com o proprietário, são definidas algumas restrições ao uso, necessárias para garantir a segurança das instalações da linha de transmissão e das pessoas que convivem com ela.

Apesar dos benefícios socioeconômicos decorrentes da implantação de uma LT para determinada comunidade e para o Sistema Interligado Nacional como um todo, há sempre um impacto e reação inicial dos moradores potencialmente atingidos por qualquer interferência em suas propriedades: seja pelo traçado da linha, pelas obras de construção ou

mesmo pela alteração provocada em benfeitorias e que exijam reparo ou compensação de danos.

Exclusivamente em Santa Maria, o Seccionamento da Linha de Transmissão 138 kV Santa Maria 1 - Alegrete 1 se desenvolve em 2 km de extensão por terras do Distrito Industrial do município de Santa Maria e terras do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, interceptando o Projeto de Assentamento Carlos Marighella.

Na LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2, o traçado se desenvolve em uma região montanhosa e acidentada, principalmente nas proximidades da Subestação Foz do Chapecó, caracterizando-se por sistema fundiário de pequenas e médias propriedades, em região de colonização tipicamente de origem europeia - no caso, alemães e italianos -, cuja ocupação predominante é a criação de suínos e aves na zona rural, assim como a existência de pequenas indústrias.

Já nos cerca de 199 km por onde se desenvolve a LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2, o traçado intercepta desde pequenas e médias propriedades, na região de Santo Ângelo até Bossoroca, até grandes propriedades situadas na região da campanha gaúcha, a partir do município de Itacurubi.

SITUAÇÃO DO ANDAMENTO FUNDIÁRIO DOS EMPREENDIMENTOS FOTE - DEZEMBRO 2017Empreendimentos Quantidade de propriedades

Avanço FísicoTotal Indenizadas Em

negociaçõesCom encargos

judiciais1 - LT 230 kV Foz do Chapecó -

Pinhalzinho 2, C1 e C2 175 171 4 0 98%

2 - LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2 308 206 80 22 67%

3 - Seccionamento LT 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 1 - Ramal Santa Maria 3

15 9 6 0 60%

4 - Subestações 3 3 0 0 100%Total 501 389 90 22 78%

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L40

Usos do solo (pastagens, agricultura e silvicultura) nas proximidades do Traçado da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

Cabe ressaltar que através da Resolução Auto-rizativa (DUP) n° 4.960, de 2 de dezembro de 2014, publicada no Diário Oficial da União nº 238, de 9 de dezembro de 2014 e da Resolução Autorizativa n° 5.321, de 30 de junho de 2015, publicada Diário Oficial da União nº 126, de 06 de Julho de 2015, os empreendimentos foram Declarados de Utilidade Pública em favor da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A., para fins de instituição de servidão adminis-trativa, abrangendo área de terra necessária à instalação das Linhas de Transmissão e das Su-bestações supracitadas.

No que tange à responsabilidade social com as questões de regularização fundiária, o processo é realizado pela Polígono Consultoria e Gestão

Fundiária e Avaliação Ltda., sob a supervisão da FOTE, e tem apresentando um bom nível de desempenho. Na área da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1), 99% das 175 propriedades já foram indenizadas; no Seccionamento da Linha de Transmissão Santa Maria / SE - SMA3, 60% das 15 propriedades foram indenizadas; e na área da Linha de Trans-missão Santo Ângelo - Maçambará (C2), 206 propriedades receberam indenização, repre-sentando 67% do total de 308. Na área das Su-bestações, 100% das propriedades estão inde-nizadas. No cômputo geral, portanto, 389 (78%) das 501 propriedades privadas estão indeniza-das, outras encontram-se em negociação (18%) e 22 com embargos judiciais (4%).

41

Gestão Ambiental da Fronteira Oeste Transmissora de Energia

DIMENSÃO AMBIENTAL 5

43

5 - DIMENSÃO AMBIENTAL

A dimensão ambiental possui especial relevância para a Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE - em todas as etapas de implantação e operação de suas linhas de transmissão e subestações objetos da concessão da ANEEL. A empresa procura tratar as questões ambientais dos empreendimentos de forma articulada entre as áreas de projeto e ambiental / fundiária, de forma a incorporar o tema aos processos de tomada de decisão.

A responsabilidade social e ambiental foi aplicada desde a definição das estratégias iniciais para viabilização dos empreendimentos, passando pelos estudos técnicos para desenvolvimento dos Projetos Básico e Executivo, com repercussão nas fases de implantação e operação.

O processo para desenvolvimento dos traçados das linhas de transmissão considerou como premissas socioambientais: atingir o menor número possível de benfeitorias; provocar a menor interferência ambiental, procurando utilizar áreas já antropizadas; evitar a interferência em áreas sensíveis e protegida (Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente e Terras Indígenas), bem como evitar a passagem das linhas nas proximidades dos perímetros urbanos dos municípios localizados ao longo dos traçados.

Gerenciamento de resíduos sólidos no Canteiro de Obras da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L44

A seguir são apresentados os Indicadores de Desempenho Ambiental utilizados na gestão do empreendimento da FOTE. Em 2017, ocorreram atividades construtivas somente na conclusão

da subestação de Pinhalzinho 2 (SE PIN 2) e na Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1).

5.1 - INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL PARA EMPRESAS DE DISTRIBUIÇÃO E/OU TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

INDICADORES DE DESEMPENHO

UNIDADES DE MEDIDA

OBJETIVO DO INDICADOR AÇÕES DA EMPRESA

Supressão vegetal - Fase de implantação

m² de área suprimida.

Medir/localizar as áreas de supressão

vegetal, para a construção de subestações e

abertura de faixa de servidão (LT).

• Localização precisa dos locais de supressão.

• Realização das atividades com profissionais especializados/treinados visando o menor impacto ambiental possível.

• Minimização máxima possível de atividades em Áreas de Preservação Permanente (APP).

• Reposição florestal dos volumes suprimidos.

Poda

Volume de resíduos

gerados em kg por mês.

Medir/localizar o volume de resíduos de poda gerados

na manutenção das redes.

Vazamento de óleoPontos de vazamento por mês.

Medir a eficiência das ações preventivas e corretivas dos

vazamentos de óleos de equipamentos.

• Instalação de caixas coletoras / segregação de óleos (para atender “possíveis” acidentes).

• Realização de atividades periódicas de monitoramento e manutenção com profissionais especializados/treinados visando o menor impacto ambiental possível.

Geração de resíduosQuantidade /

tipo de resíduo gerado

Avaliar os tipos de resíduo,

segregação e destinação adequada

dos resíduos gerados durante a implantação/operação do

empreendimento.

• Elaboração de plano de gestão de resíduos sólidos.

• Instalação de coletores de resíduos nas frentes de trabalho e canteiro de obras (armazenamento temporário).

• Destino adequado (com comprovação certificada) dos resíduos gerados no empreendimento.

• Realização de atividades periódicas de treinamento dos profissionais envolvidos.

45

5.2 - ESTUDOS E LICENÇAS AMBIENTAIS O Lote I do Leilão Nº 007/2013, realizado pela Aneel em novembro de 2013 e arrematado pela FOTE, é composto por três Sistemas de Transmissão localizados geograficamente distantes entre si e que possuem características próprias, o que resultou em processos distintos de licenciamento ambiental e desenvolvimento de estudos (a caracterização dos empreendimentos é apresentada nos capítulos anteriores).

Os Estudos Ambientais são documentos que contém informações dos empreendimentos e sua inserção na conjuntura social, econômica e ambiental ao qual está inserido, analisando e descrevendo os prováveis impactos gerados durante a implantação e operação. Estes documentos visam apontar medidas para diminuir e/ou compensar os impactos que poderão ocorrer, quando os empreendimentos forem autorizados pelos órgãos ambientais.

Após a aprovação do estudo ambiental é emitida a Licença Prévia (LP), que apresenta as condições básicas de viabilidade ambiental

Compatibilidade dos plantios anuais (Milho) na faixa de servidão da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L46

e locacional do empreendimento, bem como diretrizes e condicionantes a serem cumpridas para a obtenção da segunda licença, a Licença de Instalação (LI). Para obtenção da LI é apresentado o Plano Básico Ambiental (PBA), onde foram detalhadas as atividades dos Programas Ambientais que diminuirão os impactos decorrentes da implantação dos empreendimentos.

Somente com a emissão da Licença de Instalação é que poderão ser iniciadas as obras dos empreendimentos. Após a conclusão das obras e caso sejam atendidas todas as exigências ambientais da LI, será emitida a Licença de Operação (LO), permitindo o funcionamento dos empreendimentos.

A seguir são apresentados um resumo dos diferentes ritos de licenciamento ambiental adotados para cada Sistema de Transmissão, bem como os estudos ambientais desenvolvidos.

5.2.1 - SISTEMA DE TRANSMISSÃO 138 kV SECCIONAMENTO SANTA MARIA 3

O licenciamento ambiental do “Seccionamento da LT 138 kV ALE1 - SMA1 para SMA3 é conduzido pela Secretaria de Município de Meio Ambiente de Santa Maria, que emitiu todas licenças ambientais necessárias ao

seu funcionamento (LP 027/2014; LI 001/2016 e LO084/2016). Atualmente encontra-se em operação comercial. A renovação da LO (cuja validade encerra em 27/04/2018), foi solicitada em 27/12/2017 (120 dias antes da conclusão da sua validade, como recomenda a legislação ambiental brasileira).

A “Ampliação da Santa Maria 3” foi licenciada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental - FEPAM, através da Autorização Geral nº00303/2014-DL, cujas obras foram encerradas em novembro de 2015. Em 16/06/2016 a FEPAM emitiu a “Dispensa de LO” (Oficio DIGEN/FEPAM nº. 6422/2016).

As questões arqueológicas foram aprovadas pelo IPHAN/RS, com realização dos estudos de Diagnóstico e Prospecção Arqueológica In-terventiva pelo Setor Arqueológico da Univer-sidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC. Estes estudos confirmaram não haver artefa-tos, vestígios ou estruturas que indique a pre-sença de sítios arqueológicos na área direta-mente afetada pelo empreendimento. Desta forma obteve-se do IPHAN/RS anuência para instalação/operação de todo sistema (Amplia-ção da SE Santa Maria 3 e Seccionamento da LT Alegrete 1/Santa Maria 1).

Outro estudo importante desenvolvido foi o de levantamento paleontológico, tendo em vista que a região de Santa Maria é reconhecida como uma das mais ricas em material paleontológico do Brasil. O processo para desenvolvimento desses estudos foi tramitado junto ao ANM/RS, que emitiu autorização para as pesquisas. As coletas não indicaram a presença de fósseis na área diretamente afetada pelo empreendimento. Desta forma, obteve-se do ANM autorização para instalação / operação deste sistema de transmissão.

Corte da vegetação nativa para lançamento dos cabos da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

47

5.2.2 - SISTEMA DE TRANSMISSÃO LT 230 kV FOZ DO CHAPECÓ-PINHALZINHO 2

Este sistema é composto pela Ampliação da Subestação Foz do Chapecó, localizada no município de Alpestre (RS), pela implantação dos Circuitos 1 e 2 da Linha de Transmissão 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 e pela construção da subestação no município de Pinhalzinho (SC), denominada SE-Pinhalzinho 2. Por se tratar de um empreendimento que se desenvolve entre dois Estados da Federação, o licenciamento ambiental está sendo conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através do processo 02001.000243/2014-77, aberto em 09/01/2014.

Embora pudesse ter sido conduzido pelo rito simplificado (elaboração de Relatório Ambiental Simplificado - RAS) para todo Sistema de Transmissão, o Núcleo de Licenciamento Ambiental do IBAMA em Santa Catarina (NLA-IBAMA/SC) optou pelo rito mais complexo para processo de licenciamento ambiental da Linha de Transmissão (Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Audiência Pública), fato que causou maior complexidade e morosidade durante o referido licenciamento.

No licenciamento ambiental das subestações (Ampliação da SE FCO e Implantação da SE PIN2) foi mantido o rito simplificado, com emissão da licença de Instalação (LI 1058/2015) em 08/05/2015. As obras iniciaram ainda em maio do mesmo ano.

Para definição das alternativas de traçado do Circuito 1 da LT, a FOTE respeitou algumas as maiores complexidades socioambientais situados ao longo do “Corredor disponível entre a subestação de Foz do Chapecó e a área rural de Pinhalzinho (onde foi implantada a SE PIN 2). Desta forma, o traçado desta LT afastou-se o máximo possível da Terra Indígena Guarani do Araça’í e da Área Prioritária para a Preservação da Biodiversidade do Rio Chapecó (lado leste do corredor). Evitou-se transpassar remanescentes florestais de maior porte.

Outro ponto importante considerado foi a tra-vessia sobre o rio Uruguai, sendo determinado ao projetista que viabilizasse a passagem da LT sem a necessidade de locação de estrutu-ras em área de preservação permanente (AAP das margens deste manancial).

Em 25/08/2015 foi realizada “Audiência Pública” de apresentação do EIA/RIMA deste empreendimento no município de São Carlos (SC), ofertando transporte gratuito aos comunitários da área rural dos cinco municípios

Sinalização do Sitio Arqueológico (SC-CHA-006) situado nas proximidades da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1), preservado durante a implantação deste empreendimento.

Resgate do Sitio Arqueológico situado no traçado da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L48

envolvidos. Este evento teve ampla divulgação e um bom nível de participação de moradores e autoridades locais. Nos dias 26 e 27/08/2015 foi realizada Vistoria Técnica (incluindo sobrevoo) com analistas do IBAMA e representantes da FOTE e da equipe técnica responsável pela elaboração do EIA/RIMA. Por solicitação do IBAMA/SC, em novembro do mesmo ano foram entregues complementos deste estudo ambiental.

A Licença Prévia (LP nº. 526 / 2016) da Linha de Transmissão 230 kV FCO-PIN2 (C1) foi emitida pelo IBAMA/SC em 30/03/2016. A Licença de Instalação do Circuito 1 (LI nº. 1153 / 2017) foi emitida pelo IBAMA em 02/05/2017. As obras deste empreendimento iniciaram no mesmo mês com conclusão prevista para fevereiro/março de 2018. O Circuito 2 da “LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2” (Processo 02001.005707/2015-12, foi aberto em agosto de 2015 obtendo do NLA-IBAMA/SC (23/11/2015) o Termo de Referência (TR) para elaboração do EIA/RIMA deste empreendimento. Em dezembro de 2015 o IBAMA emitiu a “Autorização de Coleta/Captura da Fauna” necessária as campanhas de campo do meio biótico, sendo que as duas campanhas de fauna foram realizadas pela ABG em fevereiro e maio de 2016. Por falta de espaço no contrato da ABG, durante o ano de 2017 foi realizado licitação pública (Pregão Presencial) onde foi selecionada a empresa GEOCONSULTORES para realização do licenciamento ambiental completo (LP, LI e LO) do Circuito 2. Os estudos ambientais deste empreendimento iniciarão em 2018.

O Sistema de Transmissão LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 está integralmente inserido no Bioma Mata Atlântica, dentro da formação Floresta Estacional Decidual, podendo ocorrer elementos da Floresta Ombrófila Mista, como a Araucaria angustifolia. Os estudos realizados pela empresa consultora identificaram que as florestas ao longo do traçado da LT encontram-se extremamente

fragmentadas, resultado do processo de colonização e produção agrícola da região. Os maiores fragmentos florestais e os de maior dimensão estão localizados nas margens dos rios Uruguai e Saudades, em encostas mais íngremes e topos de morro. Foram identificadas 68 espécies florestais, das quais apenas cinco são consideradas como ameaçadas de extinção ou imunes ao corte.

Os resultados dos estudos de fauna registraram relevante diversidade de espécies (27 espécies de mamíferos terrestres, 174 de aves, 19 de anfíbios e 9 de répteis).

5.2.3 - SISTEMA DE TRANSMISSÃO LT 230 kV SANTO ÂNGELO - MAÇAMBARÁ C2

Este Sistema de Transmissão prevê a implantação do Circuito 2 da Linha de Transmissão 230 kV Santo Ângelo - Maçambará e a ampliação da Subestação Santo Ângelo, de propriedade da Eletrosul, e a Ampliação da Subestação Maçambará, de propriedade da CEEE-GT.

O licenciamento ambiental é conduzido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM/RS), sendo dividido em dois processos distintos: (I) um para a implantação da LT e outro (II) para a ampliação da Subestação Maçambará. Por ser considerada uma obra de pequeno porte e sem interferências ambientais significativas, a “Ampliação da SE Santo Ângelo” foi dispensada do licenciamento ambiental.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, apresentou a caracterização ambiental da região de inserção da Linha de Transmissão e a identificação dos possíveis impactos do empreendimento sobre o meio ambiente, bem como a proposição das ações e programas ambientais recomendados para minimizar ou compensar estes impactos.

Este documento foi aprovado em março de 2015,

49

quando foi apresentado à comunidade local através das três Audiências Públicas realizadas nos municípios de Vitória das Missões (24/03), Bossoroca (25/03) e Maçambará (26/03) com expressiva participação de moradores e autoridades municipais. No mesmo período foi realizada Vistoria Técnica com representantes dos analistas ambientais da FEPAM (órgão licenciador), FOTE e membros da equipe técnica responsável pela elaboração do EIA/RIMA.

A Licença Prévia da linha de transmissão (LP 378/2015-DL) foi emitida pela FEPAM em 11/08/2015. A solicitação da Licença Ambiental de Instalação (LI) deste empreendimento, foi protocolada na FEPAM em 03/09/2015 (com complementos durante o ano de 2016 e 2017). A emissão da LIER 0039/2018 ocorreu em 15/01/2018.

A Ampliação da SE Maçambará foi submetida ao rito simplificado de “Autorização Ambiental” (Processo FEPAM nº 4280-05.67/15-9), sendo emitida pela FEPAM/RS em 09/06/2014 (AutGer 0297/2014-DL), renovada em outubro de 2015 pela AutGer 331/2015-DL. As obras desta subestação foram concluídas em março de 2016. A Ampliação da Subestação Santo Ângelo apresenta baixa complexidade estrutural, estando contida dentro do pátio já construído e com pequena movimentação de solo.

Desta forma, obteve-se da FEPAM isenção do licenciamento ambiental. Suas obras encontram-se concluídas, restando apenas realizar os testes de comissionamento e energização dos equipamentos. As obras civis foram realizadas durante 2015, faltando somente a instalação dos equipamentos (previstos para 2017).

A região de inserção do Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2 é composta pelos Biomas Mata Atlântica e Pampa, os quais, apesar de estarem bastante descaracterizados em função da ação humana, apresentam significativos remanescentes

conservados. Foram identificadas 150 espécies da flora local, das quais 12 são consideradas ameaçadas de extinção.

Com área total de 796 hectares, o traçado da linha de transmissão, selecionado em função do menor impacto ambiental, intercepta aproximadamente 83 hectares de vegetação nativa de porte florestal, dos quais se prevê a interferência direta em apenas 10 hectares. O Inventário Florestal, com maior detalhamento da vegetação a ser impactada pelo empreendimento foi realizado em 2015 e incluído na solicitação de “Licença de Instalação deste empreendimento” (protocolada na FEPAM em 03/09/2015).

Mesmo sendo uma região bastante descaracterizada em relação às suas formações originais, os registros de fauna apontaram relativa diversidade de espécies animais (24 espécies de mamíferos, 120 espécies de aves, além de anfíbios e répteis).

Patrimônio Arqueológico e Histórico

A implantação do Sistema de Transmissão LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará C2 se dará em uma região reconhecida mundialmente por seu alto valor histórico e cultural. Conhecida como Região das Missões ou Terra dos Sete Povos das Missões, diversos monumentos his-tóricos locais são protegidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-

Resgate do Sitio Arqueológico situado no traçadoda LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L50

cia e a Cultura (UNESCO), o que levou à FOTE considerar a localização desse patrimônio para definição do traçado da linha de transmissão. Somente em dezembro de 2017 houve aprova-ção do CNA/IPHAN do “Projeto de salvamento, monitoramento do patrimônio arqueológico” bem como manifestação de Anuência para im-plantação deste empreendimento.

5.3 - PROGRAMAS AMBIENTAIS

Baseado nas etapas de Diagnóstico Ambiental e Avaliação de Impactos desenvolvidas ao longo dos estudos ambientais, a Fronteira Oeste Transmissora de Energia apresentou aos órgãos ambientais competentes propostas de medidas e programas ambientais para evitar ou diminuir os impactos ambientais negativos e potencializar os impactos positivos. Tais medidas e programas serão implementados nas fases de implantação e operação dos empreendimentos, garantindo a qualidade ambiental dos mesmos. Os principais programas propostos foram:

• 1. Plano de Gestão Ambiental.• 2. Programa de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos e Efluentes Líquidos nos Canteiros e Frentes de Obras.

• 3. Programa de Salvamento, monitoramento do Patrimônio Histórico e Arqueológico e Educação Patrimonial.

• 4. Programa de Mitigação de Impactos sobre a Fauna.

• 5. Programa de Manejo e Conservação da Flora e Reposição Florestal.

• 6. Programa de Compensação Ambiental.• 7. Programa de Negociação e Indenização

para o Estabelecimento da Faixa de Servidão e Acessos.

• 8. Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social.

• 9. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas.

Educação Patrimonial com moradores das proximidadesda LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

Resgate das epífitas durante o corte da vegetação decorrente da implantação da LT 230 kV Foz do Chapecó-Pinhalzinho 2 (C1)

Outro exemplo de resgate do Sitio Arqueológico situado no traçado da LT 230 kV Foz do Chapecó--Pinhalzinho 2 (C1)

51

Cultivos anuais de trigo e soja nos solos férteis da região missioneira gaúcha, nas proximidades do traçado da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçarambá (C2)

BALANÇO SOCIAL 6

53

3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Educação

Cultura

Saúde e saneamento

Esporte

Combate à fome e segurança alimentar

Outros

Total das contribuições para a sociedade

Tributos (excluídos encargos sociais)

Total - Indicadores sociais externos

6 - BALANÇO SOCIAL

Balanço Social modelo IBASE Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE CNPJ Nº 19.438.891/0001-90

DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIALEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 2016, 2015 e 2014 (em milhares de reais)

1 - Base de Cálculo 2017 2016 2015 2014

Receita líquida (RL) 58.178 19.387 57.254 15.420

Resultado operacional (RO) -40.509 - 4.358 - 2.094 - 319

Folha de pagamento bruta (FPB) 865 832 166 9

2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Alimentação

Encargos sociais compulsórios 134 15,49% 0,23% 139 16,71% 0,72% 28 16,87% 0,05% 2 22,22% 0,01%

Previdência privada

Saúde

Segurança e saúde no trabalho

Educação

Cultura

Capacitação e desenvolvimento profissional

Creches ou auxílio-creche

Participação nos lucros ou resultados

Outros

Total - Indicadores sociais internos 134 15,49% 0,23% 139 16,71% 0,72% 28 16,87% 0,05% 2 22,22% 0,01%

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L54

Balanço Social modelo IBASE Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE CNPJ Nº 19.438.891/0001-90

DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIALEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 2016, 2015 e 2014 (em milhares de reais)

2017 2016 2015 2014

4 - Indicadores Ambientais Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Valor (mil)

% sobre FPB

% sobre

RL

Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa

Investimentos em programas e/ou projetos externos

Total dos investimentos em meio ambiente

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

5 - Indicadores do Corpo Funcional 2017 2016 2015 2014

Nº de empregados(as) ao final do período

Nº de admissões durante o período

Nº de empregados(as) terceirizados(as) 200 80 200 30

Nº de estagiários(as)

Nº de empregados(as) acima de 45 anos

Nº de mulheres que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

Nº de negros(as) que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empre-sarial

2017 2 016 2015 2016

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa - - - -

Número total de acidentes de trabalho - - - -

55

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial

2017 2 016 2015 2016

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

(X) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X ) dire-ção

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolverá

( ) seguirá as normas

da OIT

( ) incen-tivará e

seguirá a OIT

A previdência privada contempla:

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla:

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

( ) são exigidos

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

( ) são exigidos

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

( ) são exigidos

( ) não serão

considera-dos

( ) serão sugeridos

( ) serão exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá ( ) apoiará

( ) orga-nizará e

incentivará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa _____

no Procon ______

na Justiça ______

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas:

na empresa

_______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa

_______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa

_______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa

_______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2017: -R$38.017 Em 2016: - R$3.218 Em 2015: R$ 2.685 Em 2014: R$ 193

Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

39,87% governo(2,28)% colaboradores(as)

68,52% acionistas (6,12)% terceiros

5,97% governo(25,85)% colaboradores(as)

251,52% acionistas(131,63)% terceiros

(1,01)% governo6,18% colaboradores(as)

(1,97)% acionistas96,80% terceiros

15,54% governo53,89% colaboradores(as)

29,53% acionistas1,04% terceiros

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L56

Transformador Trifásico 230/138 kV - 83MVA da ampliação da Subestação Santa Maria 3

Transformador de corrente LT 230 kV - Setor 230 kV - Subestação Santa Maria 3

LIMITES DE ESCOPO 7

59

7 - LIMITES DO ESCOPO

A elaboração do presente relatório teve como base o “Manual de Elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas do Setor Elétrico”, que é parte integrante do “Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - Versão 2015”, publicado pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.

Devido ao fato de que alguns dos empreen-dimentos da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE são Linhas de Transmis-são, e que estavam em construção no ano de 2017, alguns itens presentes no Manual não se aplicam à sua condição. A seguir, são descritos os conteúdos não aplicáveis e sua referida jus-tificativa.

• Não se aplicam as informações referentes aos clientes e consumidores, assim como aqueles referentes ao gerenciamento de impactos da empresa na comunidade do entorno (governo e sociedade).

• Não se aplicam as informações de energia gerada, comprada, perdas elétricas globais e energia vendida.

• Na dimensão econômico-financeira, não se aplicam as informações quanto à inadimplên-cia, visto que a empresa tem cumprido com todos os seus compromissos de repasse dos encargos setoriais.

• Quadro de indicadores sociais internos: não se aplicam os investimentos em programa de participação nos resultados da empresa, bem como ações em poder dos empregados visto que a empresa possui apenas colaboradores terceirizados.

• Quadro de indicadores sociais externos: não se aplica a seção destinada a clientes e consumidores, com informações como perfil dos consumidores, índice de satisfação e reclamações do atendimento, visto que a empresa não atende aos consumidores finais.

• Os indicadores do setor elétrico, tais como Universalização, Tarifa de Baixa Renda, e Programa de Eficiência Energética - PEE, não são aplicáveis à FOTE, sendo estes indicadores comuns às geradoras e distribuidoras de energia.

• Recursos aplicados em P&D Tecnológico e Científico: a FOTE não possui investimento em P&D, contudo a FOTE retém os valores referentes a P&D para aplicação futura em projetos.

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L60

8 - DECLARAÇÃO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO

A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE, com sede em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999, bairro Pantanal, Contratos de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 07/2014 - ANEEL, referente ao lote I do Leilão 07/2013, inscrita no CNPJ sob o n° 19.438.891/0001-90, por meio dos representantes legais eleitos pelo Conselho de Administração, declara para os devidos fins que são válidas as informações constantes no Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental da Fronteira Oeste Transmissora de Energia S.A. - FOTE, relativas ao ano de 2017.Por ser verdade e para que se produzam os efeitos legais, firma a presente declaração.

Florianópolis, abril de 2018.

Wilson João CignachiDiretor Administrativo/Financeiro

Carlos Manuel Macedo de Matos Diretor Técnico

Chegada do Seccionamento das Linhas de Transmissão 138 kV Alegrete 1 - Santa Maria 3 e Santa Maria 1 - Santa Maria 3 na ampliação da Subestação Santa Maria 3.

61

FICHA TÉCNICA

Diretor Administrativo/Financeiro: Wilson João Cignachi

Diretor Técnico: Carlos Manuel Macedo de Matos

Coordenação Geral: Luiz Búrigo

Coordenação Ambiental: Marco Perotto

Coordenação Técnica: Gustavo Brendler Viecili

Coordenação Fundiário: Danielle Natally dos Santos

Produção Editorial e Gráfica: IMIA Consultoria e Projetos e Redactor Comunicação

Fotografias: Acervos das empresas FOTE, Cotesa, ABG, Caramuru, Polígono; e das instituições educacionais Fucri - Fundação Educacional de Criciúma e Unesc - Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Subestação Santo Ângelo: módulo disponível para a conexão da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2)

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L62

Empresas Controladoras

DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICARELATÓRIO ANUAL 2017

63

Vista aérea Subestação Pinhalzinho 2 (230/138 kV).

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 9

65

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEBalanços patrimoniaisEm 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016(Em milhares de reais)

Ativo Nota 31/12/2017 31/12/2016Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa 4/16 2.822 472 Impostos a recuperar 5 274 17 Despesas antecipadas 17 8 26 Clientes 6 338 422 Estoque 428 407 Ativo financeiro - Amortizável RAP 7/16 5.584 3.324

9.454 4.668Ativo não circulante Ativo financeiro - Amortizável RAP 7/16 56.432 60.967 Ativo financeiro - Indenizável 7/16 15.070 10.311 Tributos Diferidos 11 24.141 426 Outros 17 - 4

95.643 71.708Total do Ativo 105.097 76.376

Balanços patrimoniais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L66

Passivo e patrimônio líquido Nota 31/12/2017 31/12/2016Passivo circulante Fornecedores 8/16 2.253 29.366Obrigações sociais e trabalhistas 9 96 83Obrigações tributárias 10 303 129Encargos setoriais 29 17Outras obrigações 59 1

2.740 29.596Passivo não circulante Tributos diferidos 11 8.161 -

8.161 -Patrimônio líquido 12 Capital social integralizado 54.870 23.215Recursos para aumento de capital 73.465 31.655Lucros/ Prejuízos acumulados (34.139) (8.090)Total do patrimônio líquido 94.196 46.780Total do passivo e patrimônio líquido 105.097 76.376

Balanços patrimoniais

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEBalanços patrimoniaisEm 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

67

Nota 01/01/2017 à 31/12/2017

01/01/2016 à 31/12/2016

Receita operacional líquida 13 58.178 19.387Custos de construção 14 (44.512) (6.255)Custo de operação (263) (92)Resultado bruto 13.403 13.040 Despesas administrativas 14 (1.693) (1.978) Impairment sobre o ativo financeiro (52.219) (15.420)Resultado antes do resultado financeiro (40.509) (4.358) Receitas financeiras 15 1.229 74 Despesas financeiras 15 (2.325) (4.236)Resultado antes dos impostos (41.605) (8.520) IR e CS 11 15.556 426Lucro/Prejuízo do exercício (26.049) (8.094) Quantidade de ações 54.869.705 23.215.000Lucro/Prejuízo do exercício por ação (em R$) (0,4747) (0,3487)

Demonstrações do resultado

Demonstrações do resultado abrangente

Lucro/Prejuízo do exercício (26.049) (8.094) Outros resultados abrangentes - -Lucro/Prejuízo do exercício (26.049) (8.094)

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEDemonstrações do resultadoPeríodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016(Em milhares de reais, exceto lucro/prejuízo por ação)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L68

Nota 01/10/2017 à 31/12/2017

01/10/2016 à 31/12/2016

Receita operacional líquida 13 16.812 4.307Custos de construção 14 (14.449) (495)Custo de operação (45) (36)Resultado bruto 2.318 3.776 Despesas administrativas 14 (475) (346) Impairment sobre o ativo financeiro (52.219) (15.420)Resultado antes do resultado financeiro (50.376) (11.990) Receitas financeiras 15 254 13 Despesas financeiras 15 - (873)Resultado antes dos impostos (50.122) (12.850)IR e CS 11 18.364 1.898Lucro/Prejuízo do exercício (31.758) (10.952)Quantidade de ações 54.869.705 23.215.000Lucro/Prejuízo do exercício por ação (em R$) (0,5788) (0,4718)

Demonstrações do resultado

Demonstrações do resultado abrangente

Lucro/Prejuízo do exercício (31.758) (10.952) Outros resultados abrangentes - -Lucro/Prejuízo do exercício (31.758) (10.952)

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEDemonstrações do resultadoPeríodos de três meses findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016(Em milhares de reais, exceto lucro/prejuízo por ação)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

69

Nota Capital Social

Reserva de lucros

Reserva legal

Recursos para futuro aumento de capital

Lucro/Prejuízos acumula-

dos

Patrimônio líquido total

Saldo em 31 de dezembro de 2015 23.215 1 3 26.654 - 49.873

Resultado do período - - - 5.001 - 5.001

Absorção dos prejuízos - (1) (3) - (8.090) (8.094)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 12 23.215 - - 31.655 (8.090) 46.780

Adiantamento para futuro aumento de capital

- - - 73.465 - 73.465

Resultado do período - - - - (26.049) (26.049)

Aumento de capital 31.655 - - -31.655 - -Saldos em 31 de dezembro de 2017 12 54.870 - - 73.465 (34.139) 94.196

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEDemonstrações das mutações do patrimônio líquidoPeríodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L70

Demonstrações dos fluxos de caixa

Fluxo de caixa das atividades operacionais 31/12/2017 31/12/2016Itens do resultado que não afetam o caixa:Resultado do período (26.049) (8.094)Tributos Diferidos (15.556) (426)Receita com Ativo Financeiro (12.869) (13.018)Recebimento RAP 2680 -Impairment sobre o ativo Financeiro 52.219 15.420

Variação nos saldos de ativos e passivosRedução/(aumento) dos impostos a recuperar (257) 115Redução/(aumento) de outros ativos 25 25Redução(aumento) de Concessionárias e permissionárias 84 (422)Redução(aumento) de Estoques (21) (407)Aumento/ (redução) de Partes Relacionadas - 23Aumento/(redução) de fornecedores (27.113) 4.782Aumento/(redução) de obrigações tributárias 187 (31)Aumento/(redução) de Encargos Setoriais 12 17Aumento/(redução) de outros passivos 58 (7)Caixa gerado (aplicado) nas atividades operacionais (29.280) (2.023)

Fluxo de caixa das atividades de investimentoAdições ao ativo financeiro - concessão (44.515) (4.330)Fluxo de caixa aplicados em atividades de investimento (44.515) (4.330)

Fluxo de caixa das atividades de financiamentoIngresso para futuro aumento de capital 41.810 5.001Capital social 31.655 -Fluxo de caixa líquido em atividades de financiamento 73.465 5.001

Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa 2.350 (1.352)Caixa, equivalentes e aplicações no início do período 472 1.824Caixa, equivalentes e aplicações no fim do período 2.822 472Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa 2.350 (1.352)

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEDemonstrações dos fluxos de caixaPeríodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

71

Demonstrações do valor adicionado

31/12/2017 31/12/2016Receitas Receita com ativo financeiro 12.869 13.018 Receita Serviços de O&M 1.195 348 Receita de construção 44.512 6.255

58.576 19.621Insumos adquiridos de terceiros Custo de O&M (263) 92 Serviços de terceiros (821) 1.132 Custos de construção (44.512) 6.255 Impairment sobre o ativo financeiro (52.219) 15.420 Outros (7) 14Valor adicionado bruto (39.246) (3.292)Valor adicionado líquido (39.246) (3.292) Receitas/despesas financeiras, líquidas 1.229 74Valor adicionado total a distribuir (38.017) (3.218)Distribuição do valor adicionado (38.017) (3.218) Honorário dos Administradores 865 832 Impostos, taxas e contribuições (15.158) (192) Remuneração do capital de terceiros 2.325 4.236 Lucro/Prejuízo do exercício (26.049) (8.094)

Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTEDemonstrações do valor adicionadoPeríodos findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016(Em milhares de reais)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia ElétricaR E L A T Ó R I O A N U A L72

1. INFORMAÇÕES GERAIS

A Fronteira Oeste Transmissora de Energia S/A - FOTE (a “FOTE” ou a “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída em 20 de dezembro de 2013 e está estabelecida na Rua Deputado Antonio Edu Vieira, 999, Sala Y - Pantanal - 88040-901 - Florianópolis, SC.

A Companhia tem por objeto social a construção, projeto, implantação, operação, manutenção e exploração, de instalações de transmissão de energia elétrica da rede básica do Sistema Interligado Nacional e demais instalações necessárias às funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle telecomunicação, administração, apoio e demais serviços complementares necessários à transmissão de energia elétrica. Essa atividade é regulamentada pela Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).

1.1 Contrato de concessão

Por meio do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica n° 07/2014 - ANEEL, datado de 29 de janeiro de 2014, foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica pelo prazo de 30 anos, que consiste na construção, operação, manutenção e pelas demais instalações necessárias às funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle, telecomunicação, administração e apoio dos seguintes empreendimentos:

• SE 230/138 kV Santa Maria 3 - 2 x 83 MVA (novo pátio);

• SE 230/138 kV Pinhalzinho - 3 x 150 MVA;• LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambara (C2),

199 km; • LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2 (C1),

36 km; • LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2 (C2),

36 km;

O Contrato de Concessão exige a entrada em operação comercial em 48 meses da SE Pi-nhalzinho e LT Pinhalzinho C2 e 30 meses para as demais instalações, após a assinatura do contrato.

A Subestação 230/138 kV Santa Maria 3, en-trou em operação comercial no dia 19/05/2016, sendo que, as demais instalações de transmis-são cujas obras estavam suspensas, foram retomadas a partir de março/2017 no sistema Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2.

A Receita Anual Permitida (RAP) foi determi-nada em 16.286, que será acrescido de PIS e COFINS. A RAP será corrigida anualmente pelo IPCA e será devida a partir do início da operação comercial. Em 27/06/2017, foi esta-belecida, através da resolução homologatória nº 2.258, a nova RAP da Companhia em 21.221, líquida de PIS e COFINS.

A Companhia ainda dependerá de quantias significativas em custo de organização, de-senvolvimento e pré-operação para conclusão dos lotes e subestação, os quais, de acordo com as estimativas e projeções, deverão ser absorvidos pelas receitas de operações futu-ras. A Companhia possuí capital autorizado de 150.000, sendo que as subscrições e integrali-zações ocorrem por deliberação do Conselho de Administração.

Fronteira Oestra Transmissora de Energia - FoteNotas explicativas às demonstrações financeirasEm 31 de dezembro de 2017 e 2016Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

73

As Licenças de Instalação contemplando as atividades a serem desenvolvidas para essa operação junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ainda não foram obtidas em sua totalidade, apenas as Subestações possuem as licenças necessárias para instalação. A licença de instalação da LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2 (C1), 36 km, ocorreu em maio/2017. Para a LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambara (C2), 199 km e LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2 (C2), 36 km devem ocorrer respectivamente em janeiro/2018 e maio/2019.

2. BASE DE PREPARAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS

As demonstrações financeiras foram elabora-das e estão sendo apresentadas em conformi-dade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as quais abrangem as disposições con-tidas na Lei das Sociedades por Ações, pro-nunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), que estão em conformidade com as IFRS emitidas pelo Inter-national Accounting Standards Board - IASB.

As demonstrações financeiras, foram elaboradas com base no custo histórico, exceto quando informado de outra forma, conforme descrito nas práticas contábeis das demonstrações financeiras anuais. O custo histórico é baseado no valor das contraprestações pagas em troca de ativos.

Todos os valores apresentados nestas demonstrações contábeis estão expressos em milhares de reais, exceto quando indicado

de outro modo. Os dados não financeiros incluídos nessas demonstrações contábeis, tais como volumes de energia, previsões ou estimativas, seguros, dentre outros, não foram revisados pelos auditores independentes.

A autorização para emissão destas informações trimestrais, ocorreu na reunião de diretoria realizada em 08 de março de 2018.

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS

3.1 Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras são apresenta-das em Reais (R$), a moeda do principal am-biente econômico no qual a FOTE atua (“moe-da funcional”).

3.2 Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas

Conforme o Ofício Circular CVM/SNC/SEP nº 03/2011, a Companhia declara que os julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas, bem como as principais práticas contábeis são as mesmas que as divulgadas nas demonstrações financeiras anuais do exercício de 2016. Portanto, as correspondentes informações devem ser lidas nas notas explicativas daquelas demonstrações financeiras.

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3.3. Principais práticas contábeis

A Companhia declara que as informações sobre as principais práticas contábeis, permanecem válidas para estas demonstrações financeiras, estando o conteúdo dessas informações na nota explicativa 3 das demonstrações financeiras.

3.4 Normas e interpretações novas e revisadas e ainda não adotadas

A Companhia adotou todos os pronunciamentos (novos ou revisados) e interpretações emitidas pelo CPC, quando aplicável, que estavam em vigor em 31 de dezembro de 2017. Não foram emitidos novos pronunciamentos além daqueles divulgados nas demonstrações financeiras do exercício de 2017. A Companhia adotará, se aplicável, tais normas quando elas entrarem em vigor divulgando e reconhecendo os impactos nas demonstrações financeiras que possam ocorrer quando da aplicação de tais adoções.

4. CAIXA, EQUIVALENTES DE CAIXA E APLICAÇÕES FINANCEIRAS

O saldo de caixa refere-se a suprimento para pagamento de despesas eventuais. O montante de R$ 2.819 refere-se a aplicações financeiras de renda fixa (CDB) no Banrisul com rendimento de 100% CDI.

As aplicações financeiras de liquidez imediata são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valores e, por essa razão, foram consideradas como equivalentes de caixa nas demonstrações dos fluxos de caixa.

5. IMPOSTOS A RECUPERAR

Esta rubrica, no curto prazo, refere-se ao IRRF retido sobre os rendimentos das aplicações financeiras. Ao final do exercício, este valor será transferido para saldo negativo de IRPJ para compensação com outros débitos administrados pela Receita Federal do Brasil.

31/12/2017 31/12/2016 Caixa 3 3Aplicações financeiras - Banrisul 2.819 469Total 2.822 472

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Ativo Circulante 31/12/2017 31/12/2016 IRRF 274 17Total 274 17

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6. CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS

Valores referentes ao faturamento da “Receita Anual Permitida” (RAP) e “Demais Instalações de Transmissão” (DITs), da parte que entrou em operação comercial, a receber em 3 (três) parcelas, vincendas nos dias 15 e 25 do mês subsequente ao faturamento, e 05 do segundo mês subsequente.

7. ATIVO FINANCEIRO (CONCESSÃO - AMORTIZÁVEL E INDENIZÁVEL)

A Companhia possui o contrato 07/2014 de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, datado de 29 de janeiro de 2014, celebrado com a União, por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Foi outorgada a Companhia a concessão para exploração do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos a contar da assinatura de cada um dos contratos. A Companhia reconheceu um recebível de concessão de serviço conforme o valor atual dos pagamentos mínimos anuais garantidos a serem recebidos do poder concedente.

A taxa utilizada pela Companhia para remunerar o ativo financeiro e o de indenização reflete o custo de oportunidade de um investidor à época da tomada de decisão de investir nos ativos de transmissão, e é apurado comparando o retorno esperado com o valor do investimento.

Em 31 de dezembro de 2017 a Companhia possui os seguintes valores contabilizados como contas a receber do poder concedente:

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31/12/2017 31/12/2016

Circulante 338 422Total 338 422

Curto Prazo 31/12/2017 31/12/2016Ativo Financeiro - Amortizável RAP 5.584 3.324Total (a) 5.584 3.324Longo PrazoAtivo Financeiro - Amortizável RAP 124.072 76.387Ativo Financeiro - Indenizável 15.070 10.311(-) Impairment ( CPC 01 (R1) ) (67.639) (15.420)Total (b) 71.503 71.278Total (a + b) 77.087 74.602

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A movimentação da provisão de Impairment do ativo financeiro está demonstrada a seguir:

Impairment

A Companhia realizou em 31 de dezembro de 2017, avaliação individual de todas as suas unidades geradoras de caixa (UGC) quanto aos aspectos do impairment. Como a Companhia possui somente uma única concessão (nº 07/2014-ANEEL), foi considerado o teste para uma unidade geradora de caixa - UGC.

O valor recuperável da UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso, através de fluxos de caixas projetados, após o imposto de renda e a contribuição social, baseados nos orçamentos financeiros aprovados pela Administração.

Principais Premissas adotadas

Ativo financeiro - Amortizável RAP

As concessões das linhas de transmissão de energia da Companhia são remuneradas pela disponibilidade de suas instalações de transmissão, integrantes da Rede Básica, da Rede Básica

Curto Prazo 31/12/2017 31/12/2016Saldo no início do exercício (15.420) -Constituição - (15.420)Recuperações / reversão (52.219) - Saldo no final do exercício (67.839) (15.420)

DESCRIÇÃO 2016Taxa de desconto para o fluxo de caixa - Transmissão 5,15% pós-tax

Preço da receita anual permitida projetada De acordo com a resolução homologatória emitida pela ANEEL

PIS e Cofins 9,25% sobre a receita brutaPesquisa e desenvolvimento 1% da ROLTaxa de fiscalização da ANEEL 0,4% da receita brutaDepreciação Durante o prazo de concessão e/ou autorizações

Pessoa, materiais, serviços e outros Orçamento financeiro apurado por Unidade geradora de Caixa (UGC)

Prazos do Fluxo de Caixa Prazos das concessões e/ou autorizações

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de Fronteira e das Demais Instalações de Transmissão, não estando vinculada à carga de energia elétrica transmitida, mas sim ao valor homologado pela ANEEL quando da outorga do contrato de concessão.

A prestação do serviço público de transmissão se dará mediante o pagamento à transmissora da Receita Anual Permitida - RAP a ser auferida, a partir da data de disponibilização para operação comercial das instalações de transmissão.

Ativo financeiro - Indenizável

Conforme termo final do contrato de concessão, a extinção da concessão determinará, de pleno direito, a reversão, ao Poder Concedente dos bens vinculados ao serviço, procedendo-se aos levantamentos e avaliações, bem como à determinação do montante da indenização devida à transmissora, observados os valores e as datas de sua incorporação ao sistema elétrico.

A administração da Companhia considera que ao final da concessão caberá a transmissora uma indenização. O valor da indenização dos bens reversíveis será aquele resultante de inventário realizado pela ANEEL ou por preposto especialmente designado, e seu pagamento será realizado com os recursos do Tesouro Nacional. A Companhia não é obrigada a remunerar o Poder Concedente pelas Concessões das linhas de transmissão de energia por meio de investimentos adicionais quando da reversão dos bens vinculados ao serviço público de energia elétrica.

Receita Anual Permitida - RAP

Em conformidade com o Contrato de Concessão nº 07/2014, assinado em 29 de janeiro de 2014 com a União, por intermédio da ANEEL, foi outorgada à Companhia a concessão do Serviço de Transmissão de Energia Elétrica, pelo prazo de 30 anos, que consiste na implantação, manutenção e operação dos empreendimentos descritos na nota 1.

Após a data de assinatura desse contrato, a ANEEL procederá a revisão periódica da Receita Anual Permitida - RAP de transmissão de energia elétrica pela execução de reforços e ampliações nas instalações de transmissão. Pela disponibilidade das instalações de transmissão para operação comercial, a Companhia tem direito, a receita anual permitida (RAP) no valor original de R$ 16.286, resultante da sua proposta financeira, líquida de PIS e COFINS.

A Receita Anual Permitida - RAP, é reajustada pelo IPCA, anualmente, conforme descrito na cláusula 6ª do Contrato de Concessão. De acordo com o CPC 37, ICPC-01 e OCPC-05, a receita a ser contabilizada no resultado da empresa não deverá ser mais a RAP, fornecida pelo Operador Nacional do Sistema, e sim as receitas com o Ativo Financeiro, de O&M e de Construção. A RAP continua representando o montante a ser recebido pela empresa, e agora servirá para amortização do Ativo Financeiro não indenizável.

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9. PARTES RELACIONADAS

Em 31 de dezembro de 2017, a remuneração do pessoal chave da administração contempla:

Em 31 de dezembro de 2017 a Companhia mantém saldo em conta de fornecedores com a acionista Eletrosul Centrais Elétricas S/A.

Estes valores são derivados do contrato nº 110114007, datado de 25/08/2014, e são referentes a prestação de serviços de engenharia do proprietário.

Não existem demais saldos ativos e passivos registrados nessas demonstrações financeiras com Partes Relacionadas.

8. FORNECEDORES

Os valores abaixo estão demonstrados a seu valor original acrescidos de atualização monetária (IPCA), juros (1%) e multa (2%).

31/12/2017 31/12/2016 Materiais 8 25.398Outros 751 751Serviços 1.494 3.217Total 2.253 29.366

31/12/2017 31/12/2016 Diretoria 31 27Conselho Fiscal 16 19Encargos sobre remuneração das partes 49 37Total 96 83

31/12/2017 31/12/2016 Eletrosul Centrais Elétricas S/A 69 1.872Total 69 1.872

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11. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

a) O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.

Os saldos apresentados nos quadros acima referem-se ao imposto de renda e contribuição social dos exercícios, sendo os saldos do balanço patrimonial referente à soma dos impostos de ambos os períodos.

10. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

31/12/2017 31/12/2016 ICMS 19 -Cofins 23 25PIS 5 5IRRF 4 5Outros impostos retidos (ISS, INSS e CS) 252 94

Total 303 129

31/12/2017 31/12/2016 Ativo não circulanteProvisão para impairment (nota 7) 17.754 5.243Outras diferenças temporárias 1.144 3Total 18.898 5.246Passivo não circulanteDiferença ativo financeiro 3.342 4.820Total 3.342 4.820Saldo líquido no balanço 15.556 426

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31/12/2017 31/12/2016 LAIR (41.605) (8.520)IR/CS (34%) 14.146 2.897Adições/exclusõesReceita financeira por realização 1495 (5.246)

(85) 4.820Despesa Pré-Operacionais Diferidas - (2.045)Imposto de Renda no Resultado 15.556 426Corrente 259 -Diferido 15.297 426

12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital socialEm 31 de dezembro de 2017 o capital social autorizado é de 150.000.

b) Recursos para aumento de capitalO saldo no montante de 73.465 está composto por valores recebidos dos acionistas como segue:

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b) Conciliação do imposto de renda e da contribuição social com o resultado da aplicação direta da alíquota dos respectivos tributos sobre o resultado

A Companhia encerrou o período com R$ 760 em prejuízos fiscais e base negativa os quais encontram-se apresentados na Parte B do Lalur.

Quantidade de ações % do Capital SocialEletrosul Centrais Elétricas S.A. 27.984 51Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE/GT

26.886 49

Total 54.870 100

31/12/2017 31/12/2016 Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 39.917 16.144Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE/GT

33.548 15.511

Total 73.465 31.655

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13. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

14. DESPESAS POR NATUREZA

15. RESULTADO FINANCEIRO, LÍQUIDO

31/12/2017 31/12/2016 Receita com Ativo Financeiro 12.869 13.018Receita de O & M 1.195 348Receita de Construção 44.512 6.255Receita Operacional Bruta 58.576 19.621(-) Deduções (398) (234)Receita Operacional Liquida 58.178 19.387

Despesa por função 31/12/2017 31/12/2016 Custos de construção (44.512) (6.255)Custo de O & M (263) (92)Total (44.775) (6.347)

Despesa por Natureza 31/12/2017 31/12/2016 Pessoal (865) (832)Gerais e Administrativas (52.536) (15.582)Serviço de terceiros (767) (1.062)Tributos (7) (14)Total (54.175) (17.490)

Receita Financeira 31/12/2017 31/12/2016 Receita sobre juros de aplicações financeiras 1.223 64 Juros 6 10

1.229 74Despesas Financeiras Variações Monetárias (12) (1.449) Juros e multa (2.253) (2.774) Outros (60) (13)

(2.325) (4.236)Total (1.096) (4.162)

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16 INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os valores contábeis dos instrumentos financeiros ativos e passivos, quando comparados com os valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em mercado ativo ou, na ausência deste, com valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado, aproximam-se substancialmente de seus correspondentes valores de mercado. Em 31 de dezembro de 2017 a Companhia não possuía qualquer contrato que envolvesse operações com derivativos.

A Companhia está exposta a risco de mercado, de crédito e de liquidez. O conselho de administração é o responsável por supervisionar a gestão destes riscos.

Risco de mercadoO risco de mercado é o risco de que o valor justo dos fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro flutue devido a variações nos preços de mercado. Os preços de mercado englobam três tipos de risco: a) risco de taxa de juros; b) risco cambial; e c) risco de preço relativo às suas ações.

Risco de encargos financeiros/flutuação de taxa de câmbioEsse risco advém da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros de captação bem como pela exposição a oscilações de câmbio que aumentem as suas despesas financeiras relativas a empréstimos obtidos junto a instituições financeiras ou partes relacionadas. A Companhia monitora continuamente a volatilidade das taxas de mercado.

Risco regulatórioDesconsideramos quaisquer eventos de iniciativa do governo federal que possam afetar a continuidade da exploração da concessão. Em relação a um possível ato político que implique no rompimento da relação contratual, consideramos de probabilidade remota.

Quanto a eventos provocados pela natureza, importa ressaltar, que a Companhia encontra-se coberta com apólice de seguros para todos os efeitos.

Ativos Financeiros 31/12/2017 31/12/2016 Caixa, Equivalentes de Caixa e Aplicações Financeiras 2.822 472Ativo Financeiro - Amortizável RAP 129.656 79.711Ativo Financeiro - Indenizável 15.070 10.311(-) Impairment (CPC 01 (R1)) (67.639) (15.420)Total 79.909 74.074 Passivos FinanceirosFornecedores 2.253 29.366Total 2253 29.366

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Risco de créditoO risco de crédito é o risco de a contraparte de um negócio não cumprir uma obrigação prevista em um instrumento financeiro ou contrato com cliente, o que levaria ao prejuízo financeiro. A Companhia está exposta ao risco de crédito em suas atividades operacionais e de financiamento, incluindo depósitos em bancos e instituições financeiras, transações cambiais e outros instrumentos financeiros.

O risco de crédito de saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela diretoria da Companhia. A Companhia monitora os valores depositados e a concentração em determinadas instituições e, assim, mitigar o prejuízo financeiro no caso de potencial falência de uma contraparte. Em relação a contas a receber de clientes, a Companhia não tem concentração de recebíveis de forma relevantes.

Risco de liquidezA Companhia acompanha o risco de escassez de recursos por meio de avaliações regulares de sua administração. É notório que até a entrada de operação das linhas de transmissão e suas subestações, através de aportes financeiros e financiamentos com terceiros a operação da Companhia será mantida.

Gestão do capital socialO objetivo principal da administração de capital da Companhia é assegurar que este mantenha uma classificação de crédito forte e uma razão de capital livre de problemas a fim de apoiar os negócios e maximizar o valor ao acionista. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode ajustar o pagamento de dividendos aos acionistas, devolver o capital ou emitir novas ações. Não houve alterações quanto aos objetivos, políticas ou processos durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

17. CONTINGÊNCIA

A Companhia não possui contra si litígios trabalhistas, cíveis ou tributárias classificados por seus assessores jurídicos como riscos prováveis ou possíveis de perda, portanto em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, nenhuma provisão e ou divulgação é requerida.

18. COBERTURA DE SEGUROS

A Companhia mantém a cobertura de seguro garantia, levando em conta o grau de risco, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas sobre seus ativos e/ou responsabilidades. Os seguros contratados pela Companhia em garantia de suas obrigações com terceiros são:

Apólice nº 024372014000107750000095. Seguro da modalidade garantia, emitido em favor da ANEEL, no valor de R$ 11.100, com vigência a partir das 24hs do dia 23 de janeiro de 2014 até às 24hs do dia 03 de abril de 2018.

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DIRETORIA EXECUTIVA

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Carlos Manuel Macedo de Matos Diretor Técnico

Wilson João Cignachi Diretor Administrativo Financeiro

Angela Maria LeiteContadora CRC-SC 026253/O-7

Florianópolis, 08 de março de 2018.

Fronteira Oestra Transmissora de Energia - FoteNotas explicativas às demonstrações financeirasEm 31 de dezembro de 2017 e 2016Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

A Companhia mantém R$ 26 registrado como despesa antecipada no ativo circulante, referente ao seguro acima citado.

Não faz parte do escopo do trabalho de nossos auditores averiguar a razoabilidade da cobertura dos seguros contratados pela Companhia.

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Patrimônio histórico e arqueológico situado na região missioneira, distante do traçado da LT 230 kV Santo Ângelo - Maçambará (C2), preservado com a implantação do empreendimento.

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LT 230 kV Foz do Chapecó - Pinhalzinho 2 (Circuito 1).

DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTALDAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA

RELATÓRIO ANUAL 2017