Relatório Conciso - Alfabetização Para a Vida

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    ediesUNESCO

    Educao para Todos

    Alfabetizao para a vida

    Relatrio Conciso

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    A anlise e as recomendaes feitas por este relatrio acerca de polticas pblicas nonecessariamente refletem os pontos de vista da UNESCO. O Relatrio uma publicaoindependente comissionada pela UNESCO em favor da comunidade internacional. frutode um esforo colaborativo que envolveu membros da Equipe do Relatrio e muitas outraspessoas, agncias, instituies e instncias governamentais. A responsabilidade geral pelos

    pontos de vista e opinies expressos no Relatrio de seu Diretor.

    As designaes empregadas e a apresentao do material contido nesta publicao noimplicam a expresso de qualquer opinio por parte da UNESCO a respeito do status legal dequalquer pas, territrio, cidade ou rea, ou de suas autoridades, ou da delimitao de suasfronteiras ou de seus limites.

    Publicado em 2005 pela Organizao das NaesUnidas para a Educao, a Cincia e a Cultura7, Place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP, FranaDesign grfico: Sylvaine BaeyensUNESCO 2005

    Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura

    Representao no BrasilSAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9 andar70070-914 - Braslia - DF - BrasilTel.: (55 61) 2106-3500Fax: (55 61) 3322-4261Site: www.unesco.org.brE-mail: [email protected]

    Relatrios anteriores de Monitoramento Global de Educao para Todos

    2005. Educao para Todos O IMPERATIVO DA QUALIDADE2003/4. Gnero e Educao para Todos O SALTO PARA A IGUALDADE

    2002. Educao para Todos O MUNDO EST NO CAMINHO CERTO?

    Equipe do Relatrio de Monitoramento Global de Educao para Todos EPT

    DiretorNicholas Burnett

    Steve Packer (Diretor Adjunto), Nicole Bella, Aaron Benavot, Lene Buchert, Fadila Caillaud,Vittoria Cavicchioni, Valrie Dijoze, Ana Font-Giner, Jude Fransman, Cynthia Guttman, KeithHinchliffe, Franois Leclercq, Delphine Nsengimana, Banday Nzomini, Ulrika Peppler Barry,

    Michelle Phillips, Ikuko Suzuki, Edna Yahil, Alison Kennedy (Lder, Observatrio de EPT,UIS/Instituto de Estatsticas da UNESCO), Agneta Lind (Consultora Especial para Alfabetizao)

    Para mais informaes a respeito do relatrio,

    favor contactar:

    DiretorEquipe do Relatrio de Monitoramento Global de Educao

    para TodosAos cuidados da UNESCO7 place de Fontenoy75352 Paris 07 SP, Franae-mail: [email protected].: 33 1 45 68 21 28Fax: 33 1 45 68 56 41www.efareport.unesco.org

    http://www.unesco.org.br/mailto:[email protected]:[email protected]://www.efareport.unesco.org/http://www.efareport.unesco.org/mailto:[email protected]:[email protected]://www.unesco.org.br/
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    Tendncias encorajadoras

    representam conquistas considerveis

    em muitos pases de baixa renda:

    O nmero de matrculas no ensinoprimrio cresceu significativamente tantona frica Subsaariana quanto no sul e nooeste da sia, e h mais de 20 milhes denovos alunos em cada uma dessas regies.

    Globalmente, 47 pases atingiram aUEP (dentre 163 sobre os quais existemdados disponveis).

    Projees mostram que outros 20pases (dentre 90 sobre os quais existeminformaes relevantes) esto no caminhopara atingir a UEP at 2015; 44 pasesesto progredindo bem, mas no provvel que atinjam o objetivo at 2015.

    A taxa de matrcula de meninas

    tambm tem aumentado rapidamente,especialmente em alguns dos pases demenor renda na frica Subsaariana e nosul e no oeste da sia.

    Medidas nas reas de gnero equalidade da educao so cada vez maisvisveis em planos nacionais de educao.

    Os gastos pblicos com educao tmaumentado em relao renda nacional emaproximadamente 70 pases (dentre os 110sobre os quais existem dados disponveis).

    A ajuda para a educao bsica maisque dobrou entre 1999 e 2003 e, aps oEncontro do G8, poder aumentar paraUS$ 3,3 bilhes por ano at 2010.

    A Iniciativa de Via Rpida (Fast TrackInitiative) surgiu como um mecanismo-chave de coordenao para agncias deajuda ao desenvolvimento.

    A UEP no est garantida:Aproximadamente 100 milhes de

    crianas ainda no esto matriculadasna escola primria, 55% das quais someninas.

    Vinte e trs pases correm o risco de noatingir a UEP at 2015 porque suastaxas lquidas de matrcula esto caindo.

    Taxas cobradas pelo acesso escolasprimrias, ainda so cobradas em 89 dos103 pases pesquisados e representamgrandes barreiras ao acesso.

    Altas taxas de fertilidade, HIV/Aids econflitos armados continuam a exercerpresso nos sistemas educacionais dasregies com os maiores obstculos narea de Educao para Todos.

    O objetivo de atingir igualdade entre osgneros em 2005 no foi alcanado

    por 94 dos 149 pases sobre os quaisexistem dados disponveis:

    Oitenta e seis pases correm o risco deno chegar igualdade entre os gnerosnem mesmo at 2015.

    De 180 pases, 76 no chegaram igualdade entre os gneros no nvelprimrio, e as disparidades quasesempre so desfavorveis para meninas.

    Cento e quinze pases (dentre 172sobre os quais existem dados disponveis)ainda apresentam disparidades no ensinosecundrio, estando os meninos sub-

    representados em quase metade donmero de pases um grande contrasteem relao ao ensino primrio.

    O nvel de qualidade muito baixo:A taxa de matrcula em programas de

    educao e cuidados para a primeirainfncia permaneceu a mesma.

    Menos de dois teros dos alunos doensino primrio chegam ltima srieem 41 pases (dentre os 133 sobre osquais existem dados disponveis).

    Viso Geral do RelatrioProgresso em direo Educao para Todos

    O progresso desde 1998 tem sido constante, especialmente em direo Universalizao

    da Educao Primria (UEP, Universal Primary Education) e igualdade entre os gneros nospases mais pobres, mas o ritmo insuficiente para que as metas estabelecidas para 2015sejam alcanadas nos dez anos restantes.

    Grandes desafios Educao para Todos ainda existem:

    Em muitos pases, o nmero deprofessores do ensino primrio teriaque aumentar em 20% para reduzir arazo aluno/professor a 40:1 e atingira UEP at 2015.

    A qualificao de muitos professoresdo ensino primrio no adequada.

    A ateno dada alfabetizao escassa:771 milhes de pessoas acima de

    quinze anos de idade vivem semhabilidades bsicas de leitura e escrita.

    O nvel de prioridade e financiamentodado por governos e agncias decooperao a programas de alfabetizaode jovens e adultos insuficiente.

    A ajuda dada educao bsicaainda inadequada:

    A ajuda bilateral educao

    US$ 4,7 bilhes em 2003, dos quais60% ainda so aplicados em educaosuperior tem aumentado desde 1998,mas continua bem abaixo dos US$ 5,7bilhes aplicados em 1990.

    A ajuda total educao bsicarepresenta somente 2,6% da AjudaOficial para o Desenvolvimento (AOD);dentro dessa categoria, a parte usadana alfabetizao de adultos minscula.

    provvel que a ajuda educaobsica aumente proporcio-nalmente ajuda geral, mas ela teria

    que dobrar para chegar aosUS$ 7 bilhes ao ano necessrios, deacordo com estimativas, para atingir aUEP e a igualdade de gnero.

    Volumes desproporcionais de ajudabilateral so dados a pasesde renda mdia com indicadores sociaissatisfatrios, incluindo taxas de matrculasrelativamente altas no ensino primrio.

    At a metade de 2005, a Iniciativa deVia Rpida havia resultado emcompromissos de doao de somenteUS$ 298 milhes.

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    Alfabetizao :

    Um direito que ainda negado a quase um quinto dapopulao mundial adulta.Essencial para que seja atingida cada uma das metas

    de Educao para Todos.Um fenmeno social e individual que merece atenoem ambas as dimenses.Crucial para a participao econmica, social epoltica e para o desenvolvimento, especialmente nassociedades do conhecimento de hoje.Um aspecto-chave para o melhoramento dascapacidades humanas cujos vrios benefcios incluempensamento crtico, melhores nveis de sade eplanejamento familiar, preveno ao HIV e aids,educao infantil, reduo da pobreza e cidadania ativa.

    O desafio da alfabetizao tem dimenses absolutas

    e relativas, afeta particularmente pessoas de baixa

    renda, mulheres e grupos marginalizados e muito

    maior do que medidas convencionais indicam:

    Em nmeros absolutos, indivduos que no possuemhabilidades de leitura e escrita encontram-seprincipalmente na frica Subsaariana, no sul e nooeste da sia, no leste da sia e no Pacfico. Asperspectivas de alcance do objetivo em 2015dependem amplamente do progresso dos dozepases onde vivem 75% das pessoas sem habilidadesde leitura e escrita.Relativamente, as regies com as menores taxas dealfabetismo so a frica Subsaariana, o sul e o oesteda sia e os Estados rabes, os quais tm taxas de

    alfabetizao em torno de sessenta por cento apesar deaumentos de mais de dez pontos percentuais desde 1990.O analfabetismo est associado de forma bastantesignificativa misria.Existem mais mulheres analfabetas do que homens:em todo o mundo, somente 88 mulheres adultas soconsideradas alfabetizadas para cada 100 homensadultos, e os nmeros so muito mais baixos em pasesde baixa renda como Bangladesh (62 para cada 100homens) e Paquisto (57 para cada 100 homens).Cento e trinta e dois dentre os 771 milhes deindivduos no-alfabetizados tm entre 15 e 24 anos,apesar de um aumento na taxa de alfabetizao

    desse grupo de 75% em 1970 para 85%.A testagem direta de habilidades de leitura e escritasugere que o desafio global muito maior do queindicam os nmeros convencionais, baseados emavaliaes indiretas. Tal testagem sugere tambmque o analfabetismo afeta tanto pases desenvolvidoscomo pases em desenvolvimento.

    O desafio da alfabetizao s poder ser superado se:

    Lderes polticos nos mais altos nveis secomprometerem a agir.Os pases adotarem polticas explcitas dealfabetizao para:

    Expandir a educao primria de qualidade, assimcomo os primeiros anos do ensino secundrio;

    Aumentar a escala dos programas de alfabetizaopara jovens e adultos;

    Desenvolver ambientes favorveis alfabetizao.

    O aumento da escala dos programas de

    alfabetizao para jovens e adultos requer:

    Responsabilidade ativa por parte do governo quanto poltica de alfabetizao de adultos e quanto ao seufinanciamento como parte do planejamento para osetor educacional.Estruturas claras para a coordenao da proviso deprogramas de alfabetizao pelos setores pblico eprivado e pela sociedade civil.Aumento nas dotaes oramentrias e naassistncia. Os programas de alfabetizao recebemsomente um por cento do oramento para aeducao em muitos pases. provvel que US$ 2,5bilhes adicionais sejam necessrios por ano at 2015para que seja feito progresso significativo em direoao objetivo de alfabetizao estabelecido em Dacar.Que os programas sejam baseados em umentendimento das demandas dos alunos,especialmente suas preferncias lingsticas e asrazes pelas quais eles vo aula, por meio deconsultas realizadas com as comunidades locais.Um currculo baseado nessas demandas, com objetivosde aprendizagem claramente estabelecidos e com aproviso de materiais de aprendizagem adequados.Pagamento adequado, status profissional e oportunidades

    para formao de educadores na rea da alfabetizao.Polticas apropriadas diversidade lingstica, j quea maioria dos pases que enfrentam desafiosextremos em alfabetizao so lingisticamentediversificados. O uso da lngua materna pedagogicamente apropriado, mas deve ofereceruma transio fcil a oportunidades deaprendizagem em lnguas regionais e oficiais.

    O desenvolvimento de ambientes de alfabetizao e

    de sociedades alfabetizadas requer ateno

    constante aos seguintes aspectos:

    Polticas de idiomas.

    Polticas de publicao de livros.Polticas de mdia.Acesso informao.Polticas para a introduo de livros e materiais deleitura em escolas e lares.

    A aquisio, o melhoramento e o uso de habilidades deleitura e escrita ocorrem em todos os nveis de educaoe em vrios contextos formais e no-formais. O alcancede cada uma das metas de Educao para Todos dependeamplamente de polticas que encorajem sociedadesalfabetizadas e estabeleam padres altos de alfabetizao:a base para a continuao do aprendizado.

    Alfabetizao

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    Quando 164 governos adotaram as seis metas deEducao para Todos (EPT Education for All) em2000, eles se comprometeram a apoiar uma visoholstica de educao que engloba desde osprimeiros anos de vida at a idade adulta. Na

    prtica, o alcance da UEP de qualidade e da igualdade entre osgneros, dois dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio dasNaes Unidas, tem sido dominante. medida que avana aDcada das Naes Unidas para a Alfabetizao, o Relatrio deMonitoramento Global de Educao para Todos 2006 tem oobjetivo de colocar no foco das polticas o objetivo maisnegligenciado de alfabetizao base no s para o alcance daEducao para Todos como tambm, mais amplamente, para oalcance da meta de reduo da pobreza humana.

    A alfabetizao a base do aprendizado. A frequncia escola a via principal para a aquisio de habilidades de leitura, escritae aritmtica, mas o foco exclusivo na educao formal para crianasignora realidades srias: em primeiro lugar, muitos alunos deixama escola sem terem adquirido habilidades mnimas de leitura eescrita. Em segundo lugar, um quinto da populao adulta domundo 771 milhes de adultos vive sem as ferramentasbsicas de aprendizagem para tomar decises baseadas em fatose participar de forma completa no desenvolvimento de suassociedades. As mulheres so a vasta maioria, o que aumentasua vulnerabilidade e a chance de que suas filhas no tenhamacesso aos benefcios da educao. Lidar com o desafio daalfabetizao global um imperativo moral e desenvolvimentista.A globalizao faz com que esse desafio seja ainda mais urgenteporque ela aumenta a demanda por conhecimentos de leitura e escrita em vrias lnguas.

    Introduo

    Em sincronia com o mandato amplo de monitoramento do Relatrio, a Parte I deste

    resumo avalia o progresso geral, inclusive aquele feito em direo UEP de qualidade e igualdade entre os gneros, enfatizando as estratgias nacionais para a acelerao detal progresso durante a dcada at 2015. A Parte II define e defende a importncia daalfabetizao, reconhecendo-a como um direito humano que confere profundosbenefcios a indivduos e sociedades. A Parte III traz um mapa detalhado do enormedesafio da alfabetizao, tendo como foco as regies, os pases e os grupos maisvulnerveis. Traz tambm uma crnica da notvel transio de vrias sociedades queatingiram a alfabetizao global: h 150 anos, somente dez por cento da populaomundial era alfabetizada em comparao a oitenta por cento hoje. Como isso foialcanado e quais lies so sugeridas para que possamos progredir em direo alfabetizao universal, essencial nas sociedades do conhecimento de hoje?Com base em tais pensamentos, a Parte IV aponta a necessidade de uma abordagem depolticas pblicas para alfabetizao em trs vias, englobando o alcance da UEP, o

    aumento da escala de programas de aprendizagem para jovens e adultos e odesenvolvimento e enriquecimento dos ambientes de alfabetizao. A Parte IV tambmdiscute as caractersticas essenciais de polticas slidas e o papel do governo no aumentoda escala dos programas de alfabetizao de adultos. A Parte V avalia ocomprometimento internacional com a educao bsica, inclusive a alfabetizao, emvista das expectativas considerveis que cercam os compromissos assumidos em 2005de aumento substancial do auxlio no curso dos prximos cinco anos.

    A quarta edio do Relatrio de Monitoramento Global de Educao para Todosbaseia-se em pesquisas extensas, estudos comissionados disponveis no websitee consultas inclusive na internet feitas comespecialistas em alfabetizao em todo o mundo.

    Metas de Educao para Todos de Dacar

    1. Expandir e melhorar a educao e os cuidados com a primeira infncia,principalmente para as crianas mais vulnerveis e em maior desvantagem.

    2. Assegurar que at 2015 todas as crianas, especialmente meninas,crianas em circunstncias difceis e aquelas que fazem parte deminorias tnicas, tenham acesso educao primria completa,gratuita, obrigatria e de boa qualidade.

    3. Assegurar que as necessidades de aprendizagem de todos os jovens eadultos sejam satisfeitas por meio do acesso eqitativo a programasapropriados de aprendizagem e de habilidades para a vida.

    4. Alcanar uma melhoria de cinqenta por cento nos nveis dealfabetizao de adultos at 2015, principalmente para as mulheres, e oacesso eqitativo educao bsica e continuada para todos os adultos.

    5. Eliminar disparidades entre os gneros na educao primria esecundria at 2005 e alcanar a igualdade de gneros na educao at 2015,com foco na garantia de acesso completo e igualitrio de meninas educaobsica de qualidade, assim como em seu desempenho pleno e eqitativo.

    6. Melhorar todos os aspectos da qualidade da educao e assegurar aexcelncia de todos eles para que sejam alcanados por todosresultados de aprendizagem reconhecidos e mensurveis, especialmenteem alfabetizao, aritmtica e habilidades essenciais para a vida.

    Objetivos de Desenvolvimento do Milnio relacionados

    Educao

    Objetivo 2. Alcanar a educao primria universal.Meta 3. Assegurar que, at 2015, as crianas em todo o mundo, tantomeninos quanto meninas, possam terminar um ciclo completo deeducao primria.

    Objetivo 3. Promover a igualdade entre os gneros e a autonomia dasmulheres.

    Meta 4. Eliminar as disparidades entre os gneros na educao primriae secundria preferencialmente at 2005, e em todos os nveiseducacionais at 2015.

    A Dcada das Naes Unidas para a

    Alfabetizao 2003 2012

    Resultados esperados:

    Progresso significativo em direo aoalcance das metas de Dacar,particularmente a terceira, a quarta e aquinta; aumento significativo nos nmerosabsolutos de pessoas do sexo femininoalfabetizadas (acompanhado pela reduo dedisparidades entre os gneros); aumento detais nmeros em bolses de exclusolocalizados em pases com altas taxas dealfabetizao e em regies altamentenecessitadas (frica Subsaariana, sul da sia epases do E-9).

    Alcance por todos os alunos, inclusive crianasmatriculadas em escolas, de nveis de pro-ficincia de aprendizagem em leitura, escrita,

    aritmtica, pensamento crtico, cidadaniapositiva e outras habilidades para a vida.

    Ambientes de alfabetizao dinmicos,especialmente nas escolas e comunidadesdos grupos prioritrios, para que aalfabetizao seja sustentada e expandidapara alm da Dcada de Alfabetizao.

    Melhoria da qualidade de vida (reduo dapobreza, aumento da renda, melhorias desade, aumento da participao, conscinciada cidadania e sensibilidade relativa ao gnero)entre aqueles que tm participado dos vriosprogramas educacionais desenvolvidos sob agide de Educao para Todos.

    http://www.efareport.unesco.org/http://www.efareport.unesco.org/
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    Acada ano, o Relatrio de MonitoramentoGlobal progride em direo s metasacordadas por 164 pases no Frum Globalde Educao realizado em Dacar no ano 2000.Neste ano, o Relatrio usa dados do ano

    letivo de 2002/2003 para fazer uma projeo a respeitode quais pases devero alcanar os objetivos de UEP,igualdade entre os gneros nos nveis educacionaisprimrio e secundrio e uma melhora de cinqenta porcento nos nveis de alfabetizao de adultos at o ano-alvo 2015. Apesar de essas projees no refletirem o

    impacto de mudanas recentes nas polticas, elas soum instrumento til de monitoramento.Em todas as reas, o progresso feito no curso de cincoanos foi constante, mas insuficiente para o alcance dasmetas de Educao para Todos ou mesmo para quecheguemos mais perto de seu alcance. Todas asevidncias apontam para a necessidade contnua deuma concentrao poltica intensa na fricaSubsaariana, no sul e no oeste da sia e nos Estadosrabes, assim como em pases menos desenvolvidosem outras regies. Estratgias nacionais focadas nas

    questes de gnero, nos professores, na sade e nosgrupos em situao de maior desvantagem so vitaispara a acelerao do ritmo de mudana.

    O ndice de Desenvolvimento de Educaopara Todos: 4 metas, 123 pases

    O ndice de Desenvolvimento de Educao para Todos(IDE Education for All Development Index), apresentadoem 2003, fornece uma medida concisa da situao de um

    dado pas em relao Educao para Todos. Eleengloba quatro metas: a UEP, a alfabetizao de adultos,a igualdade entre os gneros e a qualidade da educao.Os dados no esto suficientemente padronizados para aincluso da educao e cuidados na primeira infncia(meta 1) e das habilidades para a vida (meta 3). Cadameta do IDE tem um indicador principal: o indicadorprincipal da UPE a razo do total da matrcula lquida; oda alfabetizao de adultos a taxa de alfabetizao deindivduos acima de quinze anos de idade; o de gnero o ndice de Educao para Todos especfico para gnero;

    Parte I. Educao para Todos progresso e perspectivas

    O progresso foi constante, mas insuficiente de 1998 a 2002/2003

    O progresso foi bastante acelerado nos pases com os indicadores mais baixos

    O acesso educao primria continua a ser um obstculo

    Taxas cobradas pelo acesso ao nvel primrio continuam a ser uma barreira significativao progresso em quase noventa pases

    O baixo desempenho na aprendizagem generalizado

    O nmero de alunos no ensino secundrio cresceu quatro vezes maisrpido do que o nmero de alunos no ensino primrio desde 1998

    A meta de igualdade entre os gneros em 2005 no foi atingida e 86pases correm o risco de no alcan-la mesmo at 2015

    O HIV/Aids uma ameaa ao alcance da Educao para Todos na frica

    necessrio um grande nmero de novos professores

    Intervenes escolares de baixo custo nas reas de sade e nutrio melhoram oaprendizado e merecem maior ateno

    O gasto pblico com educao em termos de porcentagem da renda nacionalaumentou em dois teros dos pases entre 1998 e 2002

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    e o da qualidade da educao o nmero de alunosque chegam quinta srie (taxa de sobrevivncia). O IDEsitua-se entre 0 e 1; 1 sendo o alcance de Educao paraTodos. O ndice de 2002 foi computado considerando123 pases sobre os quais existem dados a respeito detodos os componentes. Os resultados mostram que:

    O IDE de 46 pases (mais de um tero dos pasessobre os quais existem dados disponveis) est acimade 0,95, e eles podem portanto ser consideradospases que alcanaram a Educao para Todos ou

    que esto perto de alcan-la. Tais pases estolocalizados, em sua maioria, na Amrica do Norte ena Europa, onde a educao obrigatria hdcadas.O IDE de 49 pases, localizado em todas regies,encontra-se entre 0,80 e 0,94. A qualidade continua aser um problema, especialmente na Amrica Latinae no Caribe. Nos Estados rabes, baixas taxas dealfabetizao de adultos fazem com que o IDE sejamais baixo.O IDE de 28 pases est abaixo de 0,80. Mais dametade desses pases localiza-se na fricaSubsaariana. Neles, os nveis de todos os quatro

    componentes do IDE so baixos. No provvel queeles alcancem a Educao para Todos at 2015 semque os esforos sejam aumentados drasticamente,inclusive por meio de apoio internacional, apesar dehaver uma mudana bastante rpida e encorajadoraem vrios dos pases com os indicadores mais baixos.(Tabela 1.1)

    Na provncia de Guizhou, na China, um aluno do ensino primrio ouve atentamente (o professor).

    16 7 15 10 1

    2 1 23 7 2 1

    3 1

    1 20 4 11 7 81 12 4

    28 49 28 16

    Longe daEducao para

    Todos: IDEabaixo de 0,80

    PosioIntermediria:IDE entre 0,80

    e 0,94

    Perto daEducao paraTodos: IDE entre

    0,95 e 0,97

    Educao paraTodos alcan-ada: IDE entre

    0,98 e 1,00

    Tabela 1.1: Distribuio de pases por valor do IDE e por regio, 2002

    frica SubsaarianaEstados rabessia CentralLeste da sia e Pacfico

    Sul e Oeste da sia

    Amrica Latina/CaribeAmrica do Norte/Oeste da EuropaEuropa Central e Leste Europeu

    Total

    Fonte: Ver captulo 2 no Relatrio completo de Educao para Todos.

    R

    EUTERS

    As mudanas no IDE entre 1998 e 2002 forammoderadas. Em mdia, os pases aumentaram seusndices em 1,2%, e a configurao da classificao dospases permaneceu estvel. Progressos significativos(aumentos de mais de 10%) foram feitos pelo Camboja,pela Etipia e por Moambique. Dentre os pases combaixo IDE nos quais houve redues drsticas (de 5% a

    11%) esto Chade, Guiana, Trindade e Tobago, e PapuaNova Guin, onde a taxa de sobrevivncia at a quintasrie caiu. Em mais de trs quartos dos 58 pases sobreos quais encontram-se disponveis todos os quatroindicadores principais de Desenvolvimento de Educaopara Todos tanto para 1998 quanto para 2002, pelomenos um indicador moveu-se em direo oposta atodos os outros.

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    Um grande obstculo ao alcance da Educao para Todos o nmerode pases que atualmente enfrentam ou recentemente enfrentaramsituaes de conflito, desastres naturais (como o tsunami no Oceanondico em 2004) e instabilidade econmica. Em 2003, ocorreram 36conflitos armados, em sua maioria guerras civis, em 29 pases, amaioria de baixa renda, e 90% dasvtimas foi composta por civis. Taisconflitos e seus resultados abalam as

    bases dos sistemas educacionais,no somente causando destruiofsica como tambm traumas e medopara pais e filhos. Grandes nmerosde deslocados internos e derefugiados em pases vizinhostambm so resultado de conflitosarmados prolongados. Um estudorecente que englobou 118 campos derefugiados em 23 pases queoferecem asilo encontrou altas taxasde evaso durante o ano letivo.

    Conflitos violentos crnicos em partes da Repblica Democrtica doCongo, Burundi, Somlia e no sul do Sudo reduziram de formasignificativa o acesso educao. Aproximadamente 95% das salasde aula no Timor Leste foram destrudas nos conflitos violentos que seseguiram independncia. Na Colmbia, 83 professores foram mortos

    em 2003. Manter as escolasfuncionando durante conflitos eoutras emergncias uma forma de

    oferecer um pouco de estabilidade,normalidade e esperana no futuro.Em alguns contextos, comunidadesorganizaram escolas rudimentaresaps serem deslocadas duranteconflitos. O trabalho de agnciasinternacionais e organizaes no-governamentais (ONGs), queincluiesforos bem-sucedidos na distribuiode materiais educacionais e nodesenvolvimento da educao paraprofessores, crucial nesse aspecto.

    Quadro 1 .1 O preo dos conflitos e dos desastres naturais

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    Rutherford/Camera

    Press/Gamma

    Uma jovem aluna nas runas de sua escola em Galle, Sri Lanka, aps otsunami de dezembro de 2004

    Educao primria universal dequalidade: aes mais audazes sonecessrias em relao ao acesso,s taxas escolares e aos professores

    O progresso em direo UEP tem sido vagaroso deforma geral desde Dacar: mundialmente, a taxa lquidade matrcula aumentou somente um ponto percentual,de 83,6% em 1998 para 84,6% em 2002. No entanto, nafrica Subsaariana, no sul e no oeste da sia e nosEstados rabes as taxas de matrcula esto subindorapidamente e as diferenas entre os gneros estovagarosamente sendo extintas. Ainda assim, muitos

    pases ainda combinam baixas taxas de matrcula insuficincia em termos da capacidade de acomodaode todas as crianas, fazendo-se necessrio queexistam esforos contnuos na rea de polticas paraexpandir os sistemas e melhorar sua qualidade.

    O acesso educao primria continua a serproblema. As taxas de ingresso medem o acesso primeira srie da educao primria. Taxas brutas deingresso frequentemente ultrapassam 100%, o quesignifica que muitas crianas abaixo ou acima da idadeoficial de ingresso esto matriculadas no ensinoprimrio. A taxa bruta de ingresso pode tambm refletir

    obstculos matrcula na idade certa, como custosaltos ou falta de escolas. Quarenta por cento dos pasesna frica Subsaariana tm taxas brutas de ingressoabaixo de 95%, o que sugere que at mesmo o acesso aescolas primrias continua a ser problema,especialmente para crianas pobres em reas rurais epara meninas. Um sinal positivo o fato de alguns dospases com as menores taxas de ingresso teremregistrado aumentos de 30% ou mais entre 1998 e 2002(Guin, Nger, Senegal, Tanznia e Imen).

    Educao e cuidados na primeirainfncia: baixa prioridade empolticas pblicas

    A educao e os cuidados na primeira infncia (ECPI,Early Childhood Care and Education), tema especial doRelatrio de 2007, consistem em uma variedade deprogramas voltados ao desenvolvimento fsico, cognitivo,emocional e social das crianas antes de seu ingressona educao primria. O monitoramento do componentecuidados na infncia de ECPI particularmente difcilem virtude da escassez de dados. Nmeros atuaisconcentram-se nos nveis de participao em

    programas de educao pr-primria. Muitos pasesainda consideram ECPI uma rea da iniciativa privada eno de polticas pblicas. Com poucas excees, oprogresso foi limitado entre 1998 e 2002. Uma dasexcees foi a ndia, onde a taxa bruta de matrculaaumentou de 19,5% para 34%. A educao pr-primria bem desenvolvida na Amrica do Norte e na Europa,assim como em vrios pases na Amrica Latina, noCaribe, no leste da sia e no Pacfico. Tal realidadecontrasta significativamente com a situao na fricaSubsaariana (taxa bruta de matrcula abaixo de 10%,em mdia), nos Estados rabes (aproximadamente 18%),na sia Central (29%), e no sul e no oeste da sia (32%).

    As disparidadesentre os gneros na educao pr-primria so menores do que em outros nveiseducacionais e tendem a beneficiar as meninas, comexceo dos Estados rabes.

    Na frica Subsaariana, no sul e no oesteda sia e nos Estados rabes, as taxasde matrcula esto subindo rapidamente,e as diferenas entre os gnerosesto va garosamente sendo extintas

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    Aproximadamente dois teros dos pases sobre osquais existem dados disponveis registraram aumentosem suas taxas lquidas de matrculas entre 1998 e2002. Em sua maioria, os pases com taxas lquidas dematrcula abaixo de 80% em 1998 fizeram progressos(>20%) substanciais (sete pases na fricaSubsaariana alm de Marrocos e Imen). Em vrioscasos (incluindo Guin, Lesoto e Tanznia), os governosaboliram as taxas escolares. Em outros, incluindoNger e Benim, eles adotaram medidas para aumentara participao de meninas em reas rurais.

    A cobrana de taxas escolares continua a ser umagrande barreira ao progresso em direo UEP.Apesar do crescente reconhecimento dos ganhos queresultam da eliminao da cobrana de taxas escolares

    no nvel primrio, 89 dos 103 pases para os quaisexistem informaes disponveis sobre esse tpicoainda cobram taxas, algumas legalmente e outrasilegalmente. Mesmo quando as taxas diretas soeliminadas, outros custos s vezes permanecem altos,inclusive taxas de matrcula, uniformes, transporte emateriais. Fazer com que a escola se torne mais viveleconomicamente por meio da remoo desses custos edo fornecimento de transporte barato ou gratuito e derefeies escolares um incentivo poderoso para queos pais mandem seus filhos especialmente suasfilhas escola.

    Crianas fora da escola primria concentram-se emduas regies. Apesar do crescimento das taxas dematrcula, aproximadamente cem milhes de crianasem idade de freqncia escola primria ainda noestavam matriculadas em escolas primrias em 20021.

    655 343 671 359 16 015 2

    569 072 589 291 20 219 470 399 67 880 -2 519 -415 872 14 187 -1 685 -11

    81 319 100 670 19 351 2434 725 37 137 2 411 7

    6 891 6 396 -495 -7217 317 207 054 -10 263 -5158 096 175 527 17 431 11

    78 656 69 498 -9 158 -1252 856 51 945 -911 -225 484 23 133 -2 351 -9

    83.6 84.6 1.0

    82.0 83.2 1.296.6 95.6 -0.985.4 89.1 3.7

    56.2 63.5 7.378.1 82.6 4.588.9 89.9 1.095.7 92.1 -3.778.6 82.5 3.994.4 96.4 2.096.3 95.3 -1.087.2 89.0 1.7

    Matrcula total Taxas lquidas de matrcula

    Tabela 1.2: Matrcula no ensino primrio por regio, 1998 e 2002

    Mundo

    Pases em DesenvolvimentoPases DesenvolvidosPases em Transio

    fr ica SubsaarianaEstados rabessia CentralLeste da sia e PacficoSul e Oeste da siaAmrica Latina/CaribeAmrica do Norte/ Oeste da EuropaEuropa Central e Leste Europeu

    Fonte:Ver captulo 2 no Relatrio completo de Educao para Todos.

    (000)(pontos

    percentuais)%%(000)

    1998 2002 Diferena Diferena20021998

    (000)

    101 104 3.1

    100 104 3.6102 101 -1.5101 106 5.1

    80 91 11.290 94 4.199 102 2.7

    112 111 -0.695 102 7.4

    121 119 -2.0103 101 -1.8

    97 99 2.1

    Taxas brutas de matrcula

    (pontospercentuais)

    %%%

    Diferena20021998

    Participao no ensino primrio cresce. O total decrianas matriculadas no ensino primrio subiu de 655milhes em 1998 para 671 milhes em 2002. O aumentono nmero de matrculas foi particularmente significativona frica Subsaariana e no sul e oeste da sia: cada umadessasduas regies matriculou quase 20 milhes de crianasa mais. No entanto, altas taxas de fertilidade esto tornandomais srio o desafio de colocar todas as crianas na escola:na frica Subsaariana, a populao em idade escolardever aumentar em 34 milhes (32%) ao longo da prximadcada. A epidemia de HIV/Aids, outras doenas e conflitospolticos devero deixar rfs um dcimo dessas crianas at2010, fazendo com que sejam necessriasintervenes especiais(quadros 1.1 e 1.2). O sul e o oeste da sia e os Estadosrabes devero ter um aumento de 20% em suas populaesescolares at 2015, mas grandes redues so esperadas

    no leste da sia e no Pacfico (refletindo a taxa denatalidade decrescente da China), na Europa Centrale no leste europeu (17%) e na sia Central (23%).

    Na avaliao do progresso, instrutivo olhar tantoas taxas brutas de matrcula quanto as lquidas tabela1.2. A primeira a medida da capacidade total de matrculados sistemas educacionais em termos puramente quanti-tativos. A segunda capta em que medida as crianas quefazem parte da faixa etria oficial para um dado nveleducacional (por exemplo, o nvel primrio) encontram-se matriculadas. A taxa lquida de matrcula no leva emconsiderao crianas matriculadas que esto fora dafaixa etria oficial em virtude de matrcula prematura

    ou tardia ou de repetio de sries. H uma grandediscrepncia entre a taxa bruta e a taxa lquida dematrcula em muitos pases, o que indica que as crianasmatriculadas no progridem de uma srie para outraem um ritmo regular. Tal diferena indica tambm queos recursos poderiam ser usados de forma mais eficiente.A discrepncia evidente em muitos pases na fricaSubsaariana, assim como na ndia e no Nepal. Vriospases caracterizam-se por taxas brutas de matrculabem abaixo de 100% e taxas lquidas de 50% ou menos(Burquina Fasso, Djibuti, Eritria, Etipia, Mali e Nger).

    1. difcil computar o nmero de crianas fora da escola de forma precisa. Os 100milhes incluem todas as crianas em idade de freqncia escola primria queno esto matriculadas em escolas primrias, ou seja, aquelas que nofreqentam a escola e as que esto em outros nveis escolares que no oprimrio. Dados do Instituto de Estatstica da UNESCO indicam que 0,8% dascrianas em idade de freqncia escola primria encontravam-se matriculadasna educao pr-primria e 2,3% freqentavam escolas secundrias. Se nolevarmos em considerao as crianas matriculadas em escolas secundrias, onmero mundial diminui para 85.5 milhes.

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    A pandemia de HIV/Aids est deixando muitas crianas rfs(aps perderem um dos pais ou ambos). O sul e o leste da siaso regies particularmente afetadas, onde entre 31% e 71%dos rfos o so em razo do HIV. No resto da frica, asporcentagens vo de 4% a 39%. A menos que as escolasofeream apoio especial a essas crianas, elas correro orisco de no continuarem sua educao. A pandemia tambmest acentuando a carncia, como tambm interferindo nafreqncia escolar, especialmente na frica. Na melhor dashipteses, Zmbia, Repblica Unida da Tanznia e Quniatero perdido seiscentos professores cada um para o HIV/Aidsem 2005. Em Moambique, as faltas de professoresrelacionadas ao HIV/Aids possivelmente tero custadoUS$ 3,3 milhes em 2005, alm de US$ 0,3 milhes emformao adicional de professores.

    A educao tem um impacto documentado na pandemia. Umestudo feito em 32 pases descobriu que mulheresalfabetizadas tinham quatro vezes mais chances do quemulheres analfabetas de conhecer as principais maneiras deevitar o HIV/Aids. Em Zmbia, as taxas de infeco por HIVcaram quase pela metade entre mulheres formalmente

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    Quadro 1 .2 HIV/ Aids: o custo par a os sistem as educacionais

    Um trabalhador rural da iniciativa Mobilizao Total da Comunidade, emBotsuana, em uma visita casa de uma av que cuida de rfos do HIV/Aids.

    GIACOMO PIROZZI / PANOS / EDITINGSERVER.COM

    educadas, mas o declnio foi quase imperceptvel entre aquelas sem escolaridaformal. As escolas podem ter um papel ativo na reduo da propagaodoena por meio do fornecimento de informaes confiveis e deaconselhamento, alm de medidas para prolongar a educao das menin

    ltima srie do ensino primrio a completam. Baixosnveis de concluso do ensino primrio podem, em algunspases, refletir a aplicao de polticas exigentes deseleo em virtude do nmero limitado de vagasdisponveis nos primeiros nveis da educao secundria.A melhoria da qualidade da educao e a expanso doacesso educao secundria so, portanto, condiespara que a UPE seja alcanada.

    necessrio um maior nmero de professores, e necessrio que sejam mais bem formados. Lidarcom a falta de professores e com questes relativas

    sua formao uma prioridade alta para pases queainda precisam aumentar significativamente a coberturade seus sistemas de educao primria. Apesar de arazo alunos/professor ter decrescido entre 1998 e2002 em mais de dois teros dos 143 pases cominformaes disponveis, h excees. Na fricaSubsaariana, a razo alunos/professor tipicamenteexcede 40:1 e chega a 70:1 em alguns pases (comoChade, Congo e Moambique, por exemplo). A razoalunos/professor tambm aumentou em vrios pasesque eliminaram ou reduziram as taxas escolares (comona Repblica Unida da Tanznia, por exemplo).

    Projees foram feitas em relao ao nmero

    necessrio de professores para que as taxas brutas dematrcula cheguem a 100% at 2015 com uma razoaluno/professor de 40:1, para que a qualidade sejaassegurada. Em alguns pases no oeste da sia(Burquina Fasso, Mali e Nger, por exemplo), o nmerode professores teria que aumentar de forma drstica 20% ao ano. O aumento em nmeros absolutos teriaque ser substancial: vinte mil professores a mais emCamares e 167.000 em Bangladesh. Tais nmeros tmconsequncias bvias em termos de oramentos parasalrios e formao. Novos dados confirmam que

    Dentre elas, 55% eram meninas, porcentagem menordo que os 58% verificados em 1998. A fricaSubsaariana, o sul e o oeste da sia foramresponsveis por 70% do total mundial. Dezenovepases so o lar, cada um, de mais de um milho decrianas fora da escola primria. Dez deles localizam-se na frica Subsaariana, onde pases com populaesrelativamente pequenas, como Burquina Fasso, Mali eNger, enfrentam enormes desafios.

    Nem todas as crianas chegam ao ltimo nvel daeducao primria. Vrios indicadores fornecem

    informaes sobre a qualidade da educao e o desempenhodos alunos2. As regras de passagem de uma srie paraoutra variam, mas a repetio de sries um dessesindicadores: em mdia, menos de 3% dos alunosrepetiram de ano na educao primria em 2002. Noentanto, tal porcentagem, em mais da metade dos pasesda frica Subsaariana assim como no Brasil, na Guatemala,na Repblica Democrtica de Laos, na Mauritnia, emMarrocos e no Nepal, de mais de 15%. Iniciativas parareduzir a repetncia esto sendo desenvolvidas em vriospases (Burquina Fasso, Mali e Nger, por exemplo).

    Assegurar que as crianas permaneam na escolaat a ltima srie do ensino primrio outro grande

    desafio. Em aproximadamente um tero dos pasessobre os quais existem informaes disponveis, menosde dois teros dos alunos matriculados no ensinoprimrio chegam ltima srie. O problema particularmente grave na frica Subsaariana, mastambm srio em Bangladesh, no Camboja, na ndia,no Nepal e em alguns pases da Amrica Latina e doCaribe. Alm disso, na maioria dos pases com dadosdisponveis, nem todas as crianas que chegam

    2. Para uma discusso extensa sobre a qualidade da educao, ver o Relatrio de 2005.

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    grande parte dos professores de educao primria nopossui qualificaes adequadas: somente em um quartode aproximadamente cem pases em desenvolvimentocom dados disponveis, todos ou quase todos osprofessores primrios receberam algum tipo de formaopedaggica. Em alguns casos (como em Nger, porexemplo), a proporo de professores qualificados estcaindo em virtude da contratao de professores

    voluntrios para lidar com a demanda crescente poreducao primria. Vrios pases esto reduzindo onmero de anos letivos necessrios para que umindivduo se torne professor e introduzindo programasde formao acelerados: em Moambique, tais medidasaumentaram a porcentagem de professores formadosde 33% para 60%. Ruanda aumentou a porcentagem deprofessores treinados de 49% para 80% sem diminuiros padres de ingresso. Em regies caracterizadas porbaixas taxas de matrcula (sul e oeste da sia e fricaSubsaariana), ainda existem mais professores do queprofessoras tanto no nvel primrio quanto no secundrio.Em tais regies, os esforos para atrair mulheres paraa profisso podem influenciar fortemente o desempenhode aprendizado das meninas3.

    Educao secundria e superior: rpidosaumentos no nmero de matrculas

    Globalmente, o nmero de alunos na educaosecundria cresceu de 430 milhes em 1998 a quase500 milhes em 2002 um aumento quatro vezesmaior do que o aumento de alunos na educaoprimria. A taxa bruta de matrcula mundial para aeducao secundria aumentou de 60% para 65%. Ospases da OCDE hoje quase alcanam a educao

    secundria universal. Taxas brutas de matrcula altasso encontradas tambm na Europa Central e no lesteeuropeu, na sia Central, na Amrica Latina e noCaribe. Os nveis de participao so mais baixos nosEstados rabes (onde a mdia nacional de 65%), noleste da sia e no Pacfico (71%), no sul e no oeste dasia (50%) e na frica Subsaariana (28%). Ainda assim,as taxas de matrcula na educao secundriaaumentaram mais de 15% em mais da metade dospases da frica Subsaariana e dobraram em Uganda.

    O nmero de alunos na educao superiorcontinuou a aumentar rapidamente, de estimados 90milhes em 1998 a 121 milhes em 2002. A taxa de

    crescimento observada nos pases em desenvolvimento, em mdia, mais do que duas vezes maior do queaquela observada em pases desenvolvidos.

    O sucesso na aprendizagem continua a ser umapreocupao prioritria. Dados publicadosrecentemente sobre resultados de aprendizagemsugerem que os nveis mdios de sucesso tm decrescidoem anos recentes nos pases da frica Subsaariana.

    As Tendncias Internacionais no Estudo de Matemticae Cincias (TIMSS) de 2003 descobriram que a maioriados alunos pesquisados em Botsuana, Chile, Gana,Marrocos, Filipinas, Arbia Saudita e frica do Sulno alcanaram os padres mnimos em matemtica.

    Os resultados de 2003 do Programa para a AvaliaoInternacional de Estudantes (Pisa) revelam que maisde 40% dos alunos de 15 anos em pases de renda

    mdia (como o Brasil, a Indonsia, o Mxico e aTunsia, por exemplo) tiraram nota equivalente aoprimeiro nvel ou inferior nas escalas de matemtica,cincias e leitura. Em oito dos 26 pases e territriosde renda alta participantes do estudo, 20% ou maisdos alunos de 15 anos foram classificados comopertencentes ao primeiro nvel ou inferiores a ele naescala de leitura. Em matemtica, os alunos queapresentaram baixo desempenho foram de um quartodo total a mais de um tero na Grcia, na Itlia, emPortugal e nos Estados Unidos. Pesquisasdemonstram tambm que o desempenho dasmeninas melhor do que o dos meninos em pasesonde elas tm igual acesso ao sistema educacional,qualquer que seja o nvel de renda do pas.

    Intervenes escolares nas reas de sade enutrio melhoram a aprendizagem. O Relatrio de2005 analisou fatores-chave que tm impacto positivosobre o desempenho estudantil, de professores

    qualificados, currculo relevante e materiais deaprendizagem apropriados aprendizagem suficientee estratgias pedaggicas que promovem a interao.Um ambiente de aprendizagem seguro e acolhedor igualmente decisivo. Existem tambm fortesevidncias de que boa sade e nutrio sopr-requisitos para uma aprendizagem eficaz.Deficincia de ferro, causada por malria ou vermesintestinais, ocorre em 50% das crianas em pasesem desenvolvimento, e infeces parasitrias afetamentre 25% e 35% do total de crianas. Intervenesde baixo custo podem afetar de forma significativaessas perdas humanas e educacionais, melhorando

    o QI de quatro a seis pontos e a freqncia escolarem 10%, assim como o desempenho escolar geral.A proviso em massa de servios como vermifugaoe o oferecimento de suplementos alimentares comovitamina A, iodo e ferro podem reduzir a taxa deevaso escolar e resultar em 2,5 anos adicionaisde educao primria para os alunos, tendo,portanto, impacto significativo na aprendizagem.

    3. Para uma discusso profunda sobre questes relativas a gnero e educao, ver oRelatrio 2003/4.

    Existem intervenes escolares deba ixo custo na rea de sade q uepodem reduzir a ta xa de evaso eaumentar o desempenho escolar

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    A vagarosa extino das diferenasentre os gneros

    Tanto a agenda de Educao para Todos quanto osObjetivos de Desenvolvimento do Milnio pedem oalcance da igualdade do nmero de matrculas demeninos e meninas nos nveis primrio e secundrioat 2005, e da igualdade entre os gneros em todos os

    nveis educacionais at 2015. Do total de 180 pasescom dados disponveis em 2002, 104 haviam atingido aigualdade entre os gneros em matrculas no nvelprimrio. Disparidades significativas que impedem oacesso das meninas concentram-se nos Estadosrabes, no sul e no oeste da sia e na fricaSubsaariana. Vrios pases de baixa renda com baixastaxas de matrcula, notadamente Afeganisto, Benim,Chade, Etipia, Gmbia, Guin, Imen, ndia, Marrocose Nepal, tm feito progresso de forma bastante rpida.Ainda assim, mesmo antes de os dados para o ano de2005 estarem disponveis, est claro que a meta de2005 no foi alcanada por mais de setenta pases.

    No nvel primrio, as disparidades entre osgneros resultam principalmente do acesso desigual escola. A igualdade nesse nvel ainda no foi atingidaem 40% dos 159 pases com dados disponveis. Namaioria dos casos, so as meninas que enfrentamdiscriminao. No entanto, uma notria mudana estocorrendo. Vrios pases na frica Subsaariana registraramum progresso dramtico entre 1998 e 2002. A situao variada no sul e no oeste da sia: o Paquisto temuma das maiores diferenas em termos de acesso escola, com ndice de paridade entre os gneros4 de0,73%, enquanto na ndia e no Nepal quase tantas meninasquanto meninos so matriculadas no primeiro ano.

    No nvel secundrio, somente 57 dos 172 pasesalcanaram a igualdade entre os gneros em 2002. Asdisparidades nesse nvel podem favorecer tantomeninos quanto meninas. Em 56 dos 115 pasesrestantes, existem mais meninas matriculadas do que

    meninos. Quando o acesso no limitado pela falta derecursos, as meninas participam mais do que osmeninos, especialmente nos nveis mais avanados doensino secundrio, e seu desempenho melhor. Asdisparidades em favor dos meninos so amplas e soencontradas quase exclusivamente em pases de baixarenda. Aquelas que favorecem meninas so poucas eso observadas em um grande nmero de pases comdiferentes nveis de PIB per capita, da Dinamarca a

    Lesoto. Dos 79 pases que no devero alcanar aigualdade entre os gneros at 2015, 42 tm taxas dematrculas de meninos mais baixas do que de meninas.Esse ponto requer ateno em forma de polticaspblicas; ele explica a razo pela qual vrios pasesdesenvolvidos (inclusive Dinamarca, Finlndia, NovaZelndia e Reino Unido) correm o risco de no alcanara igualdade entre os gneros no nvel secundrio at

    2015. O problema das taxas mais baixas para meninosdo que para meninas tambm cada vez mais comumem pases em desenvolvimento de mdia renda,especialmente na Amrica Latina e no Caribe.

    A igualdade entre os gneros exceo na educaosuperior, sendo encontrada somente em quatro dos142 pases com dados disponveis para 2002. A expansodesse nvel desde 1998 tem beneficiado principalmenteas mulheres, e as disparidades as favorecem aindamais freqentemente do que na educao secundria.As disparidades de gnero que favorecem os homensso encontradas na maioria dos pases na fricaSubsaariana, no sul e no oeste da sia, em algunsEstados rabes e em alguns pases da sia Central.

    Estratgias integradas concentradas em aesdentro da escola, na comunidade e em nvel social maisamplo tm impacto em pases onde as meninas tm acessolimitado escola e param de estudar prematuramente.O Relatrio de 2003/4 apresentou uma defesa detalhadada igualdade entre os gneros e documentou meiostestados e aprovados de aument-la. Professoras dosexo feminino, educao gratuita, escolas mais perto decasa com saneamento bsico e sanitrios separados,proteo contra violncia sexual e apoio comunitrio educao de meninas so elementos essenciais deuma estratgia para o alcance de um maior nvel de

    igualdade entre os gneros. Ao assegurar que os professores,os currculos e os materiais didticos no reforcemesteretipos e sim criem modelos positivos parameninas, possvel influenciar o desempenho de formaprofunda. Bolsas de estudo para o ensino secundrioencorajam as meninas a continuarem sua educao. Aestratgia de Nger para eliminar o vis de gnero naeducao integra oito dimenses que vo de aeslocais em reas rurais para promover a matrcula demeninas formao de professores com base em questesde gnero e prmios para as meninas que tiram asmelhores notas em matrias ligadas s cincias.

    De forma mais ampla, as polticas pblicas devem ir

    alm de iniciativas focalizadas somente nas taxas dematrcula. Elas devem tambm promover oportunidadesiguais na sociedade e no mercado de trabalho. Esseobjetivo reconhece que a igualdade entre os gneros no simplesmente o conceito numrico de paridade a meta em direo qual todos os pases deveriam seguir.

    Perspectivas de alcance da UEP e da igualdadeentre os gnerosO progresso em direo UEP julgado pela taxalquida de matrcula total no nvel primrio. Dos 163

    No nvel primrio, as disparidadesentre os gneros resultamprincipalmente do acesso desigual escola. Na maioria dos casos, so a smeninas q ue enfrentam discrimina o

    4. A razo do valor mulher/homem de um dado indicador. Um ndice de Paridadeentre os Gneros entre 0,97 e 1,03 indica paridade entre os sexos.

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    Paridad

    eentreosgnerosnaeducaoprimria

    Nmero de pases 6 79

    Correndo o risco de no alcanara meta at 2015

    Nmero depases

    Provavelmenteser alcanada

    em 2015Alcanada em 2002

    Tabela 1.3: Perspectivas de alcance da UEP at 2015

    Perto ou emposiointermediria

    QUADRANTE I

    Em risco de no alcanar a meta20 pases

    frica do Sul, Albnia, Antilhas Holandesas, AutoridadePalestina, Barm, Eslovnia, Estnia, Ilhas Virgens Britnicas,Gergia, Guin Equatorial, Kuwait, Macednia, Malsia,Maldivas, Paraguai, Quirguisto, Repblica Checa, Romnia,Uruguai, Vietn

    QUADRANTE II

    Altas chances de alcanar a meta20 pases

    Arglia, Bielorrssia, Bolvia, Bulgria, Camboja, Colmbia,Cuba, Guatemala, Ilhas Maurcio, Indonsia, Irlanda, Jamaica,Jordnia, Lesoto, Litunia, Malta, Marrocos, Nicargua,Vanuatu, Venezuela

    DistnciadaTaxaLquidadeMatrculad

    e100%

    em2

    002

    QUADRANTE III

    Baixas chances de alcanar a meta

    44 pases

    Bangladesh, Benim, Botsuana, Burquina Fasso, Burundi,Chade, Chile, Costa do Marfim, Costa Rica, Crocia, Egito, ElSalvador, Emirados rabes Unidos, Eritria, Etipia, Gmbia,Gana, Guin, Imen, Ir (Repblica Islmica), Djibuti, Laos,Letnia, Lbano, Macau (China), Madagascar, Mali,Mauritnia, Monglia, Moambique, Myanmar, Nambia,Nger, Om, Qunia, Repblica da Moldvia, So Vicente eGranadinas, Senegal, Suazilndia, Tailndia, Tanznia,Trindade e Tobago, Zmbia, Zimbbue

    QUADRANTE IV

    Srio risco de no alcanar a meta3 pases

    Arbia Saudita, Azerbaijo, Papua Nova Guin

    Posiointermediriaou longe

    Em direo oposta ao alcance da meta Em direo meta

    Mudana no perodo de 1990 a 2002

    Provavelmenteser alcanada

    em 2005

    Paridade entre os gneros na educao secundria

    Tabela 1.4: Perspectivas por pas de alcance meta de paridade entre os gneros na educao primria e secundria at 2005 e 2015

    Alcanada em2002

    Provavelmenteser alcanadaem 2005

    Provavelmenteser alcanada

    em 2015

    Correndo orisco de noalcanar ameta at 2015

    Albnia, Alemanha, Anguila, Armnia,Austrlia, Azerbaijo, Bahamas,Barbados, Bielo-Rssia, Bulgria,

    Canad, Cazaquisto, Chile, China,Coria, Crocia, Chipre, RepblicaCheca, Emirados rabes Unidos,Equador, Eslovquia, Eslovnia, EstadosUnidos, Federao Russa, Frana,Gergia, Grcia, Hungria, Ilhas Maurcio,Indonsia, Israel, Itlia, Jamaica, Japo,Jordnia, Letnia, Litunia, Macednia,Malta, Noruega, Om, Pases Baixos,Quirguisto, Moldvia, Romnia, Srviae Montenegro, Seicheles, Ucrnia,Uzbequisto

    49

    Estnia

    1

    Cuba

    1

    El Salvador, Suazilndia, Paraguai

    3

    ustria, Bolvia,Guiana, Qunia

    4

    RepblicaIslmica do Ir

    1

    Egito

    1

    100

    9

    9

    31

    Sua,Argentina,Belize,

    Botsuana

    4

    Gana, ArbiaSaudita

    2

    frica do Sul,Camares,Macau (China),Vietn

    4

    Gmbia, Mauritnia, Myanmar, Peru,Polnia, Ruanda, Uganda, Zimbbue,Barm, Bangladesh, Blgica, Brunei

    Darussalam, Colmbia, Costa Rica,Dinamarca, Repblica Dominicana,Finlndia, Islndia, Irlanda, Kuwait,Lesoto, Luxemburgo, Malsia. Maldivas,Mxico, Monglia, Nambia, AntilhasHolandesas, Nova Zelndia, Nicargua,Autoridade Palestina, Filipinas, Catar,Santa Lcia, So Vicente e Granadinas,Samoa, Espanha, Suriname, Tonga,Trinidade e Tobago, Reino Unido,Vanuatu, Venezuela

    43

    ndia, Sria, Lbano, Panam, Tunsia

    5

    Nepal, Senegal, Tajiquisto, Togo,Zmbia, Brasil, Portugal

    7

    Benim, Burquina Fasso, Burundi,Camboja, Chade, Comores, Costa doMarfim, Eritria, Etipia, Guatemala,Djibuti, Laos, Malui, Mali, Marrocos,Moambique, Nger, Papua Nova Guin,Sudo, Turquia, Imen, Arglia, Aruba,Ilhas Virgens Britnicas

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    Nota: Nos pases em azul, so observadas disparidades em matrculas que desfavorecem meninos n a educao secundria.

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    5. Os pases que alcanaram a UEP no esto inclusos nesta anlise deperspectivas.

    6. H tambm sete pases que alcanaram a paridade entre os gneros no nvelsecundrio ou que tm a possibilidade de alcan-la at 2015, mas que nodevero alcan-la no nvel primrio.

    Menina de nove anos de idade fazendo sua tarefa de casa enquanto vendefrutas nas caladas de Calcut, na ndia.

    A

    FP

    asiticos de grande extenso territorial como a Chinae a Indonsia pertencem a essa categoria. Mais seispases devero alcanar ambas as metas at 2005, eoutros oito at 2015.Quarenta e trs pases alcanaram a paridade entreos gneros na educao primria (e doze outrosdevero alcan-la at 2005 ou 2015), masprovavelmente no a alcanaro na educao

    secundria at a data-alvo. Na maioria dessespases, as disparidades favorecem as meninas. Noentanto, existem tambm pases, como por exemploa ndia, onde o nmero de matrculas de meninasvem crescendo rapidamente no nvel primrio, masas taxas de transio feminina para a educaosecundria continuam baixas.Vinte e quatro pases no devero alcanar aparidade em nenhum dos dois nveis at 2015. Emtais pases, as disparidades favorecem os meninos, eos sistemas educacionais so subdesenvolvidos tantono nvel primrio quanto no secundrio.6

    Portanto, entre os 100 pases que no alcanaram aparidade entre os gneros no nvel primrio, nosecundrio ou em ambos at 2002, somente seisdevero alcan-la em ambos os nveis at 2005, eoutros oito at 2015, enquanto 86 pases correm o riscode no alcanar a paridade de gneros at 2015, dezanos aps o ano-alvo de 2005 (7 na educao primria,55 na educao secundria e 24 em ambas).

    Planejamento nacional efinanciamento para o alcance daEducao para Todos

    O aumento do ritmo da mudana para que as metas de

    Educao para Todos sejam alcanadas em dez anosrequer ateno urgente e contnua ao planejamento, sestratgias que lidam com o acesso e a qualidade e distribuio adequada de recursos domsticos. Oplanejamento e o financiamento pblico refletem atque ponto os pases esto vencendo o desafio daEducao para Todos. Um estudo recente envolvendoplanos nacionais de educao de 32 pases mostrouque aqueles localizados no sul da sia e na fricaSubsaariana claramente tm o alcance da UEP comouma prioridade alta. Nos locais onde as taxas dematrcula so relativamente altas, o alcance de gruposem cruel situao de desvantagem recebe maior nfase.

    Todos os 32 pases tm estratgias para melhorar aqualidade (melhor formao de professores, porexemplo) mas somente dezoito tm medidasdetalhadas para aumentar o acesso de meninas emulheres. Vinte e cinco do ateno alfabetizao.Somente sete tm planos que incluem todas as metasde Educao para Todos; outros oito do atenoexplcita a pelo menos cinco das seis metas.

    O estudo sugere tambm que os nveis gerais de

    pases com dados disponveis em 2002, 47 haviamalcanado a UEP. Podem ser apresentadas projeespara aproximadamente 90 dos 116 pases restantescom base nas tendncias observadas entre 1990 e20025 (Tabela 1.3). Tais tendncias mostraram que:

    Somente mais vinte pases devero alcanar a UEPat 2015 alm dos 47 que j o fizeram at 2002.Quarenta e quatro pases, a maioria dos quais partiude baixos nveis de matrcula, podem no alcanar aUEP apesar de estarem progredindo bem. Porexemplo, a taxa lquida de matrcula em BurquinaFasso subiu rapidamente de 26% para 36% entre1990 e 2002, mas ela continua muito baixa. A taxalquida de matrcula de Bangladesh subiu de 78% em1990 para 88% em 1998, mas permanece estagnadadesde ento.Vinte pases correm o risco de no alcanar a meta

    em virtude de redues em suas taxas lquidas dematrcula. Eles so, em sua maioria, pases emtransio na Europa Central, no leste europeu e nasia Central cujos sistemas educacionais ainda tmque se recuperar da extino da Unio Sovitica.Trs pases correm srio risco de no alcanar aUPE at 2015. Azerbaijo, Papua Nova Guin e ArbiaSaudita tm taxas lquidas de matrcula abaixo de80% que continuam a decrescer.

    As perspectivas de os pases alcanarem a paridadeentre os gneros so avaliadas com base emtendncias observadas de 1990 a 2002 em termos das

    taxas brutas de matrcula por sexo nos nveiseducacionais primrio e secundrio. Tais projees sofeitas tanto para 2005 quanto para 2015 para 149pases. (Tabela 1.4)

    Trs categorias principais emergem:Quarenta e nove pases alcanaram a paridade entreos gneros nas matrculas tanto na educaoprimria quanto na secundria. Todas as regies deEducao para Todos esto representadas, e pases

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    financiamento podem no estar altura das metasambiciosas de educao nacional dos pases. Dos trintapases com dados disponveis, dez investiram menos de3% do PIB em educao, quatorze investiram entre 3%e 5%, e seis entre 5% e 9%. Uma comparao dedocumentos preparados para as sesses de 2001 e2004 da Conferncia Internacional de Educao revelouque quase todos os pases do ateno consistente UPE e qualidade da educao, e houve um aumentosubstancial da ateno dada ao gnero e a questesrelativas incluso e ao HIV/Aids.

    O nvel apropriado de gastos depende de muitosfatores, mas apesar disso existe um nvel mnimo claroabaixo do qual a despesa governamental no pode cairsem que haja conseqncias srias para a qualidade.O gasto pblico com a educao em relao renda

    nacional mostra que as mdias regionais so maisaltas na Amrica do Norte e na Europa Ocidental,assim como no leste da sia e no Pacfico. Em novepases, inclusive ndia e Paquisto, o investimento estabaixo de 2% do PIB. Ele ultrapassa 6% emaproximadamente um quarto dos pases com dadosdisponveis. O gasto pblico com a educao comofrao da renda nacional aumentou entre 1998 e 2002em aproximadamente dois teros dos pases comdados disponveis, tendo dobrado em alguns casos(como Camares, Malsia e Madagascar, por exemplo).A parte do oramento nacional dedicada educao,uma indicao de sua posio em relao a outras

    categorias nacionais de gastos, tipicamente varia de10% a 30%. Mais da metade dos pases na fricaSubsaariana com dados disponveis usam mais de 15%do oramento governamental em educao. Pasesonde a educao responsvel por um quarto ou maisdo oramento pblico incluem Botsuana, Guin, Imen,Mxico, Marrocos e Tailndia. (Figura 1.1)

    Nveis mais altos de gastos nacionais nogarantem, sozinhos, boas prticas ou boa qualidade. Aeficincia em relao maneira como os recursos sousados no sistema educacional requer maior ateno.

    Recursos centrais de ministrios da educao nemsempre chegam s escolas: estudos mostram quesomente 16% dos recursos no vinculados a salrioschegaram s escolas no Senegal, e em Zmbiasomente 40% chegaram ao destino final. Fazer comque os controladores da educao sejam responsveispor seu desempenho pode ajudar a reduzir odesperdcio de recursos. Uganda, por exemplo, lanou

    um mapa de rastreamento de gastos pblicos em 1996,publicando e distribuindo informaes a respeito daquantidade de recursos distribudos a escolas a cadams. Uma avaliao da campanha mostrou grandesmelhorias na quantia per capita de subvenesmonetrias que chegaram s escolas entre 1995 e2001. A igualdade outra dimenso estratgica a serconsiderada em qualquer anlise de gastos pblicos:freqentemente, os gastos pblicos no so igualmentedistribudos geograficamente ou entre grupos comdiferentes nveis de renda. Em Moambique, porexemplo, a capital o lar de somente 6% da populao,mas recebe quase um tero do oramento pblico para

    a educao. Estratgias que incluem todas as crianase adultos, quaisquer que sejam suas circunstncias,so cruciais para a acelerao do progresso em direo Educao para Todos.

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    Lesoto

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    GuinEquatorial

    Zmbia

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    Monglia

    Azerbaijo

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    Tadjiquisto

    Gergia

    Vanuatu

    Palau

    lhasMarshall

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    Camboja

    Indonsia

    Myanmar

    Buto

    RepblicaIslmicadoIr

    Mdiaregional

    Bangladesh

    Paquisto

    SoVicente/Granadinas

    Guiana

    Cuba

    Mdiaregional

    Uruguai

    RepblicaDominicana

    Equado

    Dinamarca

    Islndia

    Israel

    Mdiaregional

    Alemanha

    Malta

    Espanha

    Bielo-R

    ssia

    Estnia

    Litunia

    Mdiaregional

    Romnia

    Macednia

    Srvia/Montenegro

    Gastosp

    blicosatuaiscom

    educaocomo

    porcentagemd

    oPIB,

    2002 rabes

    Sul e Oesteda sia

    Leste da siae Pacfico

    siaCentral

    fricaSubsaariana

    Amrica Latinae Caribe

    Amrica do Nortee Europa Ocidental

    Europa Centrale Leste Europeu

    Estados

    Figura 1.1: Gastos pblicos atuais com educao como porcentagem do PIB, 2002

    Fonte: Ver captulo 3 no Relatrio completo de Educao para Todos.

    O gasto pblico com a educaocomo frao da renda nacionalaumentou entre 1998 e 2002 emaproximadamente dois teros dospases com dados disponveis

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    Parte II.A razo pela qual aalfabetizao essencial

    Aquarta meta do Marco de Ao de Dacarconclama os pases a alcanarem umamelhora de 50% nos nveis de alfabetizaode adultos at 2015, especialmente para asmulheres, assim como acesso eqitativo

    educao continuada para todos os adultos. Apesar dea meta 3 no fazer nenhuma referncia explcita

    alfabetizao, o compromisso de satisfazer asnecessidades de aprendizagem de todos os jovens eadultos por meio do acesso eqitativo aprendizagemapropriada e a programas de habilidades para a vidatambm implica a necessidade de alfabetizao bsica.Essa parte traa um perfil da maneira como osentendimentos sobre alfabetizao tm evoludo,estabelece que a alfabetizao um direito e a chavepara o acesso a outros direitos e fornece provas dosseus mltiplos benefcios pessoais, sociais eeconmicos. Sozinha, no entanto, no garante outrosdireitos nem qualquer de seus benefcios. Estesdependem da implementao de leis e polticas

    relevantes em pases especficos.

    Definies em processo de evoluorefletem o aumento das dimensesda alfabetizao

    A alfabetizao j foi interpretada e definida de vriasmaneiras. Essas maneiras tm evoludo ao longo dotempo, influenciadas por pesquisas acadmicas,agendas polticas internacionais e prioridades

    nacionais. Existe um ponto comum a todos essesentendimentos: a alfabetizao compreende ashabilidades de leitura e escrita. A aritmtica normalmente entendida como um componente daalfabetizao ou como um complemento a ela.Reconhecendo as limitaes de uma viso baseadaexclusivamente em habilidades, pesquisadores

    tentaram, na segunda metade do sculo vinte,concentrar-se nos usos e aplicaes de habilidades demaneira significativa. Nos anos sessenta e setenta, anoo de alfabetizao funcional ganhou terreno eenfatizou as ligaes entre a alfabetizao, a produtividadee o desenvolvimento socioeconmico geral.

    Perspectivas recentes envolveram tambm asformas de uso e prtica da alfabetizao em contextossociais e culturais diferentes. Muitos educadores vem-na hoje como um processo ativo de aprendizagem queenvolve conscincia social e reflexo crtica, o que podeconferir autonomia a indivduos e grupos para apromoo de mudanas sociais. O trabalho do

    educador brasileiro Paulo Freire integrou noes deaprendizagem ativa em cenrios socioculturaisespecficos. Como disse ele: toda leitura da palavra precedida por uma leitura do mundo.

    O escopo do termo alfabetizao foi aumentadopara que ele se tornasse uma metfora para vriostipos de habilidades. Alguns estudiosos sugerem que oconceito de alfabetizaes mltiplas relacionado acontextos de tecnologia, sade, informao, mdia ecincia e a contextos visuais, alm de outros melhoraplicado vida no sculo XXI. So enfatizadas no s a

    A alfabetizao um direito e a chave para o acesso a outros direitos

    H vrios entendimentos e definies de alfabetizao, com base emhabilidades (leitura, escrita e clculo), prticas (os usos da alfabetizao) etransformao (pessoal, social e poltica)

    A melhor maneira de ver a alfabetizao como uma sucesso ininterrupta de habilidadesem vez de consider-la uma simples dicotomia entre "alfabetizado" e "analfabeto"

    A alfabetizao no diz respeito somente a indivduos,mas tambm a comunidades e a sociedades alfabetizadas

    A alfabetizao requerida para uma grande variedade depropsitos individuais e metas de desenvolvimento

    Estruturas legais devem reconhecer o direito alfabetizao

    O investimento em programas para a alfabetizao de adultosassim como em escolas faz sentido economicamente

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    quando pode fazer parte de todas as atividades nas quais aalfabetizao necessria para o funcionamento de seugrupo e comunidade e tambm para tornar possvel que elacontinue a usar a leitura, a escrita e a aritmtica para seuprprio desenvolvimento e para o desenvolvimento de suacomunidade. A teoria de Freire a respeito daconscientizao, que via a alfabetizao como amanifestao fsica da conscincia social e da reflexocrtica e como um fator integrante da mudana social,ganhou popularidade em pases em desenvolvimento einfluenciou declaraes polticas.

    Nos anos oitenta e noventa, as definies de alfabetizaoforam ampliadas para que acomodassem os desafios da

    globalizao, inclusive o impacto de novas tecnologias emeios de informao e o aparecimento de economias doconhecimento. Em pases com altas taxas de alfabetizao,foi trazida ao primeiro plano a avaliao da amplitude daalfabetizao de adultos nos mercados de trabalho emevoluo e nas sociedades baseadas no conhecimento.Tambm foi dada mais ateno lngua ou s lnguas nasquais a leitura e a escrita so aprendidas e praticadas.

    Refletindo essas preocupaes, a Declarao Mundial deEducao para Todos, adotada em Jomtien, Tailndia, em1990, incluiu o desafio da alfabetizao no contexto maisamplo da satisfao das necessidades bsicas deaprendizagem de cada criana, jovem e adulto, afirmando:

    Tais necessidades envolvem tanto as ferramentas essenciaispara a aprendizagem (como a alfabetizao, a expressooral, a aritmtica e a soluo de problemas) quanto oscontedos bsicos da aprendizagem (como o conhecimento,as habilidades, os valores e as atitudes) necessrios para queos seres humanos possam sobreviver, desenvolverplenamente suas capacidades, viver e trabalhar com dignidade,participar de forma plena no desenvolvimento, melhorar aqualidade de vida, tomar decises e continuar a aprender.

    O Marco de Ao de Dacar e a resoluo da AssembliaGeral de 2002 sobre a Dcada das Naes Unidas para a

    A tecnologia atrai um grupo entusiasmado na vizinhana de baixa-renda de Dacar, no Senegal.

    leitura e a escrita como tambm habilidades e prticasrelevantes dinmica da vida em comunidade, que seencontra em processo de mudana.

    Desde os anos cinqenta, organizaes internacionais a UNESCO em particular tm tido um papel influente nodesenvolvimento de polticas de alfabetizao, fazendo usode entendimentos conceituais emergentes. Aps aSegunda Guerra Mundial, a UNESCO apoiou adisseminao da alfabetizao de adultos como parte deum esforo concentrado para o avano da educao bsica.A primeira pesquisa global sobre alfabetizao de adultos,que considerou mais de sessenta pases, foi publicada em1957. Naquela poca, os criadores de polticas pblicas

    estavam comeando a considerar como a educao e aalfabetizao em especfico poderiam tornar os indivduoscapazes de participar da economia em modernizao e sebeneficiar dela. Esta e outras publicaes contriburampara uma definio-padro de alfabetizao, a qual foiadotada pela Conferncia Geral da UNESCO em 1958:

    Durante as dcadas de sessenta e setenta, acomunidade internacional de polticas pblicas enfatizou opapel da alfabetizao no crescimento econmico e nodesenvolvimento nacional, especialmente em pasesindependentes h pouco tempo. Refletindo esseentendimento emergente, a Conferncia Geral da UNESCOem 1978 adotou uma definio de alfabetizao funcionalusada at hoje: uma pessoa funcionalmente alfabetizada

    alfabetizada uma pessoa que pode,com compreenso, tanto ler q uantoescrever uma frase curta e simples emsua vida diria. Tal definio tornou-se

    o guia para a mensurao daalfabetizao em censos nacionais.

    QuiduNoel/Gamma

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    Alfabetizao (2003-2012) reconheceramque a alfabetizao est no centro daaprendizagem por toda a vida. Comodito na resoluo: A alfabetizao crucial para a aquisio, por todas ascrianas, jovens e adultos, dehabilidades essenciais para a vida queos tornam capazes de lidar com

    desafios. Ela representa um passoessencial na educao bsica, que ummeio indispensvel para a participaoefetiva nas sociedades e economias dosculo XXI. A comunidade internacionalenfatizou tambm a dimenso social daalfabetizao, reconhecendo que Aalfabetizao est no centro daeducao bsica para todos, e a criaode ambientes e sociedades alfabetizadas essencial para o alcance das metas de erradicao dapobreza, reduo da mortalidade infantil, controle docrescimento populacional, alcance da igualdade entre osgneros e garantia do desenvolvimento sustentvel, da paz eda democracia.

    O direito alfabetizao

    O direito alfabetizao est implcito no direito educao reconhecido pela Declarao Universal dos DireitosHumanos de 1948. Outras convenes e declaraesinternacionais reiteram esse direito. A Conveno de 1960contra a Discriminao na Educao confrontaespecificamente a questo daqueles que no freqentaram ouno terminaram a educao primria. A Conveno sobre aEliminao de Todas as Formas de Discriminao contra as

    Mulheres de 1979 e a Conveno sobre os Direitos da Crianade 1989 reconhecem a alfabetizao, no s a educao,como um direito. Ambas contm referncias explcitas promoo da alfabetizao. Declaraes internacionais degrande relevncia so tambm marcos polticos. ADeclarao de Perspolis de 1975 descreve a alfabetizaocomo um direito humano fundamental, uma afirmaoreiterada na Declarao de Hamburgo de 1997.

    Vrios instrumentos so concentrados na linguagem daaquisio da leitura e da escrita. O Pacto Internacional sobreDireitos Civis e Polticos de 1966 delineia o direito daspessoas pertencentes a minorias de usar sua lngua prpria.A Conveno da Organizao Internacional do Trabalho sobre

    Povos Indgenas e Tribais de 1989 declara que, ondepossvel, as crianas devem aprender a ler e escrever em sualngua nativa, e medidas adequadas devem tambm sertomadas para assegurar que elas tenham a oportunidade dealcanar fluncia em uma lngua oficial.

    Muitos documentos permitem uma interpretao extensade alfabetizao que vai alm da leitura e da escrita e inclui,por exemplo, o acesso a conhecimentos cientficos e tcnicos,informaes legais, cultura e mdia.

    Os benefcios daalfabetizao: benefcioshumanos, sociais, culturais,polticos e econmicos

    A alfabetizao confere um vasto conjuntode benefcios a indivduos, famlias,comunidades e naes. No possvel

    fornecer, de forma direta, um relatobaseado em fatos sobre tais benefcios. Emsua maioria, as pesquisas no separam osbenefcios da alfabetizao em si dosbenefcios da mera frequncia escola ouda participao em programas dealfabetizao de adultos. Ainda no foramfeitas avaliaes rigorosas deste ltimoitem em termos de conquistas cognitivas eefeitos durveis. Alm disso, a

    mensurao de benefcios como conscincia poltica,conquista de autonomia e reflexo crtica intrinsecamente difcil.

    Com tais advertncias em mente, um espectro debenefcios associados alfabetizao pode seridentificado. Os primeiros so benefcios humanos,profundamente ligados auto-estima de um indivduo, sua confiana e sua autonomia. Tais benefcios

    trazem um sentido de que existe maior espao para arealizao de aes individuais e coletivas. Alunos naNambia, por exemplo, mencionam a autoconfiana e odesejo de no serem enganados como razes para seuinteresse em aulas de alfabetizao. Relacionado a issoest o aumento da participao cvica em sindicatos,atividades comunitrias ou na arena poltica que temcorrelao com a participao em programas dealfabetizao de adultos. Em El Salvador, mulheresrecentemente alfabetizadas em reas rurais tiverammaior facilidade em dar suas opinies em reuniescomunitrias. No Nepal, mulheres matriculadas emprogramas de alfabetizao controlados pelo Estado

    expressaram maior conhecimento a respeito da polticalocal e maior interesse em se candidatar a cargospblicos. Programas de alfabetizao podem tambmter impacto na paz e na reconciliao em contextosps-conflito. Na Colmbia, um projeto de alfabetizaodesenvolvido por uma ONG encorajouaproximadamente novecentos adultos quemigraram de reas rurais afetadas por conflitosarmados para Medelim a criarem textos baseadosem suas experincias, o que os ajudou a lidar comseus traumas.

    O s benefcios humanos daalfabetizao esto profundamenteligados auto-estima de umindivduo, sua confiana e suaautonomia pessoa l

    Em Dhaka, em Bangladesh, a me ajudasua filha com sua prtica em leitura.

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    A identificao dos benefcios culturais maisdifcil. Os programas de alfabetizao podemdesafiar atitudes por meio do desenvolvimento dehabilidades de reflexo crtica, uma marca daabordagem freireana. O acesso das mulheres leitura e escrita pode resultar em novas atitudes enormas. No Paquisto, por exemplo, estudos feitosem duas comunidades rurais descobriram que asmulheres mais jovens estavam tirando tempopessoal para ler e escrever e, como conseqncia,elas estavam questionando certos valores e papis.A diversidade cultural realada pelos programasde alfabetizao nas lnguas de povos minoritrios,melhorando a habilidade das pessoas departiciparem de sua prpria cultura. Isso tem sidoobservado em programas da Malsia NovaZelndia, nos quais os alunos desenvolvem histriasbaseadas em contos folclricos indgenas.

    A melhoria da alfabetizao traz benefciossociais potencialmente grandes. Pesquisas emvrios pases, inclusive Bolvia, Nepal e Nicargua,mostram que as mulheres que participam de

    programas de alfabetizao tm mais conhecimentossobre sade e planejamento familiar, e a probabilidadede essas mulheres adotarem medidas preventivasde sade, como vacinaes, ou de procurarem ajudamdica para elas mesmas ou para seus filhos maior. A correlao entre educao e taxas defertilidade mais baixas bem delineada, mas poucaspesquisas foram feitas at hoje sobre o impacto queos programas de alfabetizao de adultos tm sobreo comportamento reprodutivo. mais provvel quepais formalmente educados seja por meio daeducao escolar formal ou de programas paraadultos mandem seus filhos escola e os ajudem

    em seus trabalhos escolares.Em sua maioria, os programas de alfabetizaotm como alvo as mulheres e no ambos os sexos,limitando as maneiras por meio das quais asquestes relativas igualdade entre os sexos podemser abordadas de forma direta. A participao emprogramas de alfabetizao de adultos possibilita smulheres o acesso a reas dominadas peloshomens por meio da aprendizagem de lnguasoficiais ou do gerenciamento das finanas do lar. Pormeio dos programas de alfabetizao, as

    participantes tendem tambm a conquistar uma vozmais forte no lar em razo da experincia queadquirem quando falam em frente turma.Barreiras sociais podem impedir que as mulherestenham real igualdade, mas em vrias ocasies osprogramas de alfabetizao abordaram questes degnero em nvel comunitrio, como as campanhasna ndia contra o consumo masculino de lcool e o

    uso de medidas legais para lidar com o abuso.Os retornos econmicos da educao tm sidoestudados de forma extensa, especialmente emtermos do aumento da renda individual e docrescimento econmico. O nmero de anos deescolaridade continua a ser a varivel usada deforma mais freqente, mas estudos recentesconsideram tambm avaliaes de habilidadescognitivas, tipicamente notas em testes de leitura,escrita e aritmtica. Eles concluem que os nveis dealfabetizao tm maior impacto positivo na rendado que aquele causado pelos anos de escolaridade.Estudos sobre o impacto econmico de programasde alfabetizao de adultos so muito mais raros.

    Vrios estudos tm tentado separar o impactoda alfabetizao do impacto da educao. Usandodados da Pesquisa Internacional de Alfabetizao deAdultos, um estudo concluiu que as diferenas nosnveis mdios de habilidades entre pases da OCDEexplicam 55% das diferenas em termos decrescimento econmico de 1960 a 1994, o queimplica que o investimento no aumento dos nveismdios de habilidades poderia ter grandes retornoseconmicos. Um estudo sobre 44 pases africanosconcluiu que a alfabetizao estava entre asvariveis com efeitos positivos no crescimento doPIB per capita, enquanto uma pesquisa sobre 32

    pases em desenvolvimento predominantementeislmicos concluiu que os nveis de matrculasescolares e de alfabetizao de adultos tinhamimpacto positivo no crescimento. Outro estudosugere que uma taxa de alfabetizao de pelomenos 40% um pr-requisito para o crescimentoeconmico rpido e sustentvel.

    Como os retornos do investimento em educaobsica de adultos se comparam a aqueles doinvestimento em educao formal? A alfabetizaotem sido uma das mais negligenciadas metas deEducao para Todos, e esse fato, parcialmente, resultado da suposio de que a educao primria

    mais efetiva em termos de custo do que programaspara jovens e adultos. No entanto, todas as escassasprovas existentes indicam que os retornos dosinvestimentos em programas de alfabetizao paraadultos so geralmente comparveis, e comparveisfavoravelmente, a investimentos na educaoprimria. Por exemplo, uma reviso dos projetos dealfabetizao em Bangladesh, Gana e Senegalestimou que os custos por aluno adulto bem-sucedidoficavam entre 13% e 33% do custo de quatro anosde educao primria.

    Mulheres que participam deprogramas de alfabetizaotm ma is conhecimentossobre sade e planejamentofamiliar, e a probabilidade deessas mulheres adota remmedidas preventivas desade ma ior

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    NESCO/DominiqueROGER

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    Os dois desafios centrais apresentados pela

    meta de alfabetizao de Educao paraTodos so a diminuio significativa detodas as formas de analfabetismo e acriao de possibilidades, tanto para jovens

    quanto para adultos, de enriquecimento de suashabilidades e prticas de leitura e escrita. Para lidar comeles, os tomadores de deciso precisam de conhecimentosavanados a respeito dos locais onde a alfabetizao foialcanada em maior ou menor nvel, de como ela temsido (ou pode ser mais bem) medida e monitorada, e darazo pela qual certos grupos alcanaram altos nveis dehabilidade em leitura e escrita enquanto outros no o fizeram.

    Como a alfabetizao convencionalmente medida

    Os nmeros relativos alfabetizao de adultos devemser tratados com cautela. At recentemente, as avaliaesutilizadas em comparaes entre pases eram baseadasem nmeros contidos nos censos nacionais oficiais. Naprtica, os especialistas determinavam o nvel de alfabetizaode um dado indivduo usando uma das seguintes trsmaneiras: 1) autodeclarao, na qual os entrevistados

    relatavam seu nvel de alfabetizao em um questionrio

    do censo; 2) avaliao feita por terceiros, envolvendo orelato por um indivduo tipicamente o chefe de famlia sobre o nvel de alfabetizao dos membros dodomiclio; e 3) nvel de escolaridade na qual o nmerode anos de escolaridade era usado como parmetropara distinguir os alfabetizados dos no-alfabetizados.Cada um desses mtodos tem srias limitaes etende a usar uma abordagem dicotmica, definindo osindivduos como alfabetizados ou analfabetos.

    Desde os anos oitenta, preocupaes com asestatsticas sobre alfabetizao tm sido impulsionadas.Quo crveis e comparveis so esses dados? Medidasque no so baseadas em testes diretos tendem a

    representar o nvel de alfabetizao dos indivduos deforma imprecisa e resultam, portanto, em taxas dealfabetizao agregadas imprecisas. Estimativasbaseadas nos anos de escolaridade ficam cada vezmais problemticas medida que evidncias soacumuladas a respeito da qualidade da educao.

    Fundamentalmente, nem todos os pases usam amesma definio para classificar uma pessoa comoanalfabeta e nem mesmo usam a mesma definio depopulao adulta. Ainda assim, as definies compiladaspelo Instituto de Estatsticas da UNESCO em 105 pases

    Parte III. Alfabetizaodo passado ao presente

    Aproximadamente 18% dos adultos no mundo vivem sem habilidades de leitura e escrita

    Os maiores nmeros de analfabetos concentram-se no sul e no oeste dasia, na frica Subsaariana, no leste da sia e no Pacfico

    As mais baixas taxas de alfabetizao so encontradas na fricaSubsaariana, no sul e no oeste da sia e nos Estados rabes

    A frica e o sul da sia no esto no caminho certo para o alcance dameta de alfabetizao de 2015

    Para cada cem homens alfabetizados, somente 88 mulheres adultas so alfabetizadas

    Progressos significativos tm sido feitos em direo alfabetizao em massa depessoas entre 15 a 24 anos de idade

    Povos indgenas e pessoas com deficincias continuam a ser deixados de lado

    Repensando as estatsticas de alfabetizao: medidas convencionais subestimam otamanho do desafio da alfabetizao

    Como as sociedades fizeram a transio para a alfabetizao generalizada: opapel central da escolaridade e o impacto das campanhas de alfabetizao

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    Mapeamento do desafio da alfabetizao

    De acordo com dados obtidos de forma convencional relatadospelos pases a respeito do ano mais recente em relao aoperodo de referncia 2000-2004, existem no mundo 771milhes de adultos analfabetos, aproximadamente 18% dapopulao adulta. Desde 1990, o nmero de analfabetos caiuem cem milhes, em virtude principalmente de umasignificativa reduo (de 94 milhes) na China. (Tabela 3.1)

    A grande maioria dos 771 milhes de adultos que no tmhabilidades mnimas de leitura ou escrita mora em trsregies: sul e oeste da sia, leste da sia e Pacfico e frica

    demonstram que a grande maioria dos pases conceituama alfabetizao como a habilidade de ler e/ou escreverfrases simples na lngua materna ou na lngua nativa.

    Assim como variam as definies, varia tambm afreqncia de realizao dos censos: a regra nos pasesdesenvolvidos que eles sejam feitos a cada dez anos,mas ela muda em muitos pases em desenvolvimento.Estatsticas sobre alfabetizao baseadas em censospodem, portanto, estar desatualizadas em at duas

    dcadas. Alm disso, em muitos contextos, a lngua naqual as habilidades de leitura e escrita so medidasenvolve questes delicadas e muitas vezes controversas.

    871 750 771 129 75.4 81.9

    855 127 759 199 67.0 76.4

    14 864 10 498 98.0 98.71 759 1 431 99.2 99.4

    128 980 140 544 49.9 59.7

    63 023 65 128 50.0 62.7572 404 98.7 99.2

    232 255 129 922 81.8 91.4382 353 381 116 47.5 58.6

    41 742 37 901 85.0 89.711 500 8 374 96.2 97.411 326 7 740 97.9 98.7

    -100 621 -12 6.4

    -95 928 -11 9.4

    -4 365 -29 0.7-328 -19 0.2

    11 564 9 9.82 105 3 12.6

    -168 -29 0.5-102 333 -44 9.6

    -1 237 -0.3 11.2-3 841 -9 4.7

    -3 126 -27 1.2-3 585 -32 0.8

    Tabela 3.1: Estimativas do nmero de adultos analfabetos e das taxas de alfabetizao por regio, 1990 e 2000-2004

    Mundo

    Pases em Desenvolvimento

    Pases DesenvolvidosPases em Transio

    frica Subsaariana

    Estados rabessia CentralLeste da sia e PacficoSul e Oeste da sia

    Amrica Latina e CaribeEuropa Central e Leste EuropeuAmrica do N orte e Europa Ocidental

    Nota: A soma dos nmeros pode no resultar no nmero tot al mundial em virtude de arredondamentos.Fonte: Ver Captulo 2 no Relatrio de Educao para Todos completo.

    (000) (%)2000-200419902000-20041990(pontos

    percentuais)

    Nmero de analfabetosTaxas de

    alfabetizaoNmero de analfabetos (000) Taxas de alfabetizao (%)

    Mudana de 1990 a 2000-2004 em:

    Mulher jordaniana alista-se para votar com a digital de seu polegar em um local de votao em 2003.

    A

    FPPHOTO/LeilaGORCHEV

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