Relatório e Contas 2009 - EDP Distribuição · das redes de baixa tensão e a ERSE, na revisão do Regulamento Tarifário de Agosto de 2008, estabeleceu que os proveitos permitidos

Sede: Rua Camilo Castelo Branco, 43, 1050-041 LISBOA

Capital Social: 1 024 500 000 Euros

Matriculada Conservatória do Registo Comercial de Lisboa

Nº de identificação de pessoa colectiva: 504 394 029

Relatório e Contas 2009

EDP Distribuição – Relatório e Contas 2009

EDP Distribuição – Energia, S.A.

2

Índice Principais Indicadores da Actividade 3

Órgãos Sociais 8

Organigrama 9

Enquadramento Legislativo e Regulatório 10

Factos Relevantes na vida de empresa 12

Factos Relevantes ocorridos após o termo do exercício 14

Riscos e incertezas associadas à actividade 15

Actividade operacional e comercial 16

Energia distribuída

Preços

Clientes

Processos, Gestão, Inovação

Investimentos 29

Activos da Rede

Microprodução

Ligação de Produtores em Regime Especial

Qualidade do Serviço 36

Comercial

Técnica

Ambiental

Pessoas 42

Quadro de Pessoal

Programas e Acções

Formação Profissional

Prevenção, Segurança e Sinistralidade

Análise económica e financeira 48

Considerações Finais 57

Demonstrações Financeiras 62



3

Principais Indicadores da Actividade

Do nosso negócio

3637

39

41

44

45

4746 46

34

36

38

40

42

44

46

48

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

mil

GW

h

Evolução da Energia Distribuída

3,1% ano

Dos nossos clientes

5 542

5 666

5 7685 823

5 9075 988

6 0446 088 6 120

5 400

5 500

5 600

5 700

5 800

5 900

6 000

6 100

6 200

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Milh

ares

Evolução do número total de clientes(Mercado Regulado + Mercado Livre)

1,25%/ano



4

Das qualidades do nosso serviço

454420

341

215175 176

109 113 121

050

100150200250300350400450500

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Min

uto

s

Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada em Média Tensão (minutos)

70

80

90

100

Orçamentos de ramais de BT

(até 20 dias úteis)

Execução de ramais(até 20 dias úteis)

Ligações à rede BT(até 2 dias úteis))

Atendimento nos centros de atendimento

(até 20 min. espera)

Atendimento telefónico centralizado

(até 60 seg. espera)

Pedidos de informação por escrito


Clientes com reposição de serviço até 4 horas

(na sequência de interrupções de

fornecimento acidentais)

Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço - 2009(valores em %)

Padrão (%) 2009(%)



5

Do nosso preço

2,42,52,62,72,82,93,03,13,23,33,4

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

cent

imos

/kW

h. P

reço

s 20

09

Preços do Uso da Rede de Distribuição

Uso da Rede de Distribuição. -3,2%/ano

Osanos de 2002 a 2008 incluem o Comercial de Redes

Do nosso investimento

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

milh

ões d

e eu

ros

Investimento a Custos Técnicos(preços correntes)

AT e MT

BT

Outros



6

Da nossa flexibilidade e nossos empenhos

4 613 4 4714 184

3 9313 695

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

2005 2006 2007 2008 2009

Colaboradores no Activo

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

0,00

200,00

400,00

600,00

800,00

1 000,00

1 200,00

1 400,00

1 600,00

1 800,00

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

GWh

Clientes/Colaborador

Clientes/ColaboradorEnergia/Colaborador

Clientes/Colaborador Energia/Colaborador (GWh)



7

Dos nossos números

PRINCIPAIS ELEMENTOS ESTATÍSTICOS

Rubricas Unidades 2008 2009 ENERGIA ELÉCTRICA ENTRADA NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO (MR + ML) GWh 50 102 49 422 Distribuição de energia eléctrica ao Mercado Regulado GWh 45 289 37 626 Distribuição de energia eléctrica ao Mercado Livre GWh 1 180 8 520 ENERGIA ELÉCTRICA DISTRIBUÍDA (MR + ML) GWh 46 469 46 146 PERDAS NA REDE DE DISTRIBUIÇÃO (MR + ML) GWh 3 633 3 276 PROVEITOS DE VENDA DE ACESSOS (a) Milhões euros 2 376 1 663 INVESTIMENTO TOTAL Milhões euros 318 318 INSTALAÇÕES EM SERVIÇO (final do ano) Subestações-Potência de transformação MVA 15 726 16 083 Linhas AT e MT km 66 072 66 706 Cabos subterrâneos AT e MT km 15 081 15 581 Postos de Transformação-Potência instalada MVA 18 170 18 571 Redes BT km 133 701 135 939 Contadores milhares 6 320 352 6 351 978 NÚMERO DE CLIENTES (final do ano) b) 6 088 179 6 119 805 Nº TRABALHADORES (final do ano) 3 931 3 695

a) Inclui uso de redes por parte dos clientes do Mercado Livre e exclui Desvio Tarifário. b) Mercado Regulado + Mercado Livre.

Balanço

RUBRICA 2008 2009 VariaçãoACTIVO Imobilizado 4 742 4 774 0,7% Circulante 910 674 -25,9% Acréscimos e diferimentos 561 498 -11,2%Total 6 213 5 946 -4,3%CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCAPITAL PRÓPRIO 1 576 1 604 1,8%PASSIVO 4 637 4 342 -6,4% A médio e longo prazo 2 273 1 523 -33,0% A curto prazo 695 1 057 52,1% Acréscimos e diferimentos 1 669 1 762 5,5%Total 6 213 5 946 -4,3%

Demonstração dos resultadosmilhões de euros

2008 2009 VariaçãoVendas de acessos * 2 376 1 663 -30,0%Compras de acessos 1 198 450 -62,5%Margem Bruta de electricidade 1 178 1 213 3,1%Prestação de serviços 34 15 -54,8%Trabalhos para a própria empresa 179 165 -7,9%Reversões de ajustamentos 6 10 55,1%Outros proveitos operacionais 120 122 1,6%Proveitos Operacionais Líquidos 1 517 1 525 0,5%Consumo de materiais 98 87 -10,4%Fornecimentos e serviços externos 226 229 1,1%Pessoal 314 329 4,7%Amortização de imobilizado 361 366 1,4%Ajustamento de dívidas a receber 7 2 -67,5%Provisões 154 103 -32,8%Rendas das concessões 228 240 5,3%Outros custos operacionais 27 29 6,6%Custos Operacionais Líquidos 1 415 1 385 -2,1%Resultados Operacionais 102 140 37,3%Resultados Financeiros - 85 - 70 -16,8%Resultados Extraordinários 143 151 6,0%Resultados antes de impostos 160 221 37,9%* Inclui ajustamento tarifário

milhões de euros



8

Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Dr. Nuno Pedro Collares Pereira Galvão Teles

Presidente

Dra. Maria Teresa Isabel Pereira

Secretário

Conselho de Administração

Engº João José Saraiva Torres

Presidente

Engº Ângelo Manuel de Melo Sarmento

Administrador

Engº Miguel Stilwell d’Andrade

Administrador

Órgão de Fiscalização

ROC Efectivo: KPMG & Associados – SROC, S.A., representada por Dr. Jean-éric Gaign

ROC Suplente: Dr. Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho



9

Organigrama

* Avocado

EDP DistribuiçãoJoão Torres

Ângelo SarmentoMiguel Stilwell d'Andrade

Secretariado

AdjuntosMachado VazValdemar TabordaRodrigues da CostaCunha Pinheiro

AssessoresRibeiro dos SantosAntónio TabordaGarcia MonteiroBarreira Paulino

Direcção de Organização e Desenvolvimento

Ganso Barão

Direcção de Recursos Humanos

Jorge Gouveia

Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração

CA

Gabinete de Ambiente e Sustentabilidade

Garcia Monteiro *

Direcção de Planeamento de Rede

Ribeiro da Silva

Direcção de Projecto e Construção

Vieira de Sousa

Direcção de Despacho e Condução

Vítor Tomás

Direcção de Manutenção

António Chaleira

Direcção de Redes e Clientes Norte

Mário Guimarães

Direcção de Redes e Clientes Porto

Santos Ferreira

Direcção de Redes e Clientes Mondego

Garcia Mendes

Direcção de Redes e Clientes Tejo

Pais Rocha

Direcção de Redes e Clientes Lisboa

José A. Teixeira

Direcção de Redes e Clientes Sul

José A. Marmé

Direcção de Gestão de Contagens

António Amorim

Direcção Comercial

Joaquim Teixeira

Direcção de Tecnologia e Inovação

Francisco Mira

Direcção de Gestão de Fornecedores

Jorge Ventura

Direcção de Automaçãoe Controlo

Aurélio Blanquet

Direcção de Planeamento e Controlo de Gestão

M. Stilwell d'Andrade *

Gabinete de Regulação e Autarquias

Carlos Abreu

Gabinete Jurídico

Virgínia Santos

Gabinete de Comunicação

Maria A. Fonseca

Áreas de Apoio à Gestão

Áreas Operacionais

Áreas Comerciais

Áreas de Apoio à Gestão



10

Enquadramento legislativo e regulatório

O ano de 2009 foi marcado pela publicação de diversa legislação e regulamentação com

impacto directo na actividade exercida pela EDP Distribuição.

Contadores

A revisão tarifária concretizada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em 2009,

determinou a criação de novas tarifas para os clientes de Baixa Tensão Normal (BTN) e de Baixa

Tensão Especial (BTE), assim como alteração dos períodos horários aplicáveis em ciclo diário para

este segmento de clientes.

Neste âmbito, a ERSE publicou o Despacho nº 14251/2009 que determinou o início, ainda em 2009,

de uma campanha para adequação do parque de contadores às novas opções tarifárias.

Diferenciação da imagem

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), na revisão regulamentar de 2005, introduziu

algumas alterações ao Regulamente de Relações Comerciais (RRC) com novas disposições

regulamentares relativas à independência no exercício das actividades de uso das redes de

distribuição e da comercialização de último recurso, à elaboração dum Código de Conduta e à

realização de auditorias à observação dos princípios gerais a respeitar no desempenho das

actividades anteriormente referidas.

Na revisão regulamentar de 2008, a ERSE reforçou a análise realizada 3 anos antes no sentido de

serem criados os mecanismos de diferenciação da imagem das empresas reguladas relativamente

ao Grupo e às empresas entre si – EDP Distribuição e EDP Serviço Universal, nomeadamente em

termos de logótipo e de páginas na internet autónomas.

Em consequência, implementou-se em 2009 um novo logótipo para a EDP Distribuição, aceite a

título provisório pela ERSE, e, concluindo os trabalhos desenvolvidos em 2008, concretizou-se o

lançamento de uma página autónoma da EDP Distribuição na Internet. Foram ainda desenvolvidos

trabalhos no sentido da individualização da identidade da Empresa, nomeadamente na área da

formação de colaboradores e de prestadores de serviços, na alteração da identificação da

Empresa nos cartões de colaborador, brochuras, envelopes, impressos e formulários, na

actualização das “Páginas Amarelas e Brancas” e respectiva página da Internet, e na

identificação clara das empresas que utilizam as lojas e que estão a ser contactadas através do

Call Center.



11

Rendas dos Municípios

Aplicado o disposto no Decreto-Lei nº 230/2008 de 27 de Novembro, relativo ao cálculo das rendas

a pagar aos municípios pelas concessões em baixa tensão. A nova fórmula de cálculo que

determina o valor das rendas a liquidar em cada ano, tem em conta a variação do índice de

preços ao consumidor publicado pelo INE, excluindo habitação, e a variação de consumos de

energia eléctrica em baixa tensão verificada em cada concelho relativamente ao ano anterior em

que ocorre o pagamento. Os valores das rendas continuam a ser repercutidos nas tarifas de uso

das redes de baixa tensão e a ERSE, na revisão do Regulamento Tarifário de Agosto de 2008,

estabeleceu que os proveitos permitidos da Empresa passarão a ser ajustados em função do valor

das rendas de concessão efectivamente pagas.

Revisão Regulamentar

Com o objectivo de tornar equivalentes, em termos de regras, os mercados regulado e

liberalizado, a ERSE procedeu à publicação de um novo Regulamento de Relações Comerciais em

que ficaram estabelecidas as regras que permitirão aos comercializadores, em regime de

mercado, solicitar ao Operador da Rede de Distribuição a interrupção do fornecimento dos seus

clientes no caso de existência de dívidas. Até à data, esta prerrogativa existia apenas para o

Comercializador de último recurso.

Também de acordo com aquele Regulamento, em 2010 ter-se-á que, conjuntamente com a REN,

proceder à revisão do Guia de Medição, Leitura e Disponibilização de Dados. A revisão deste

documento a enviar à ERSE, visa a adequação do mesmo aos novos processos, procedimentos e

tecnologias entretanto surgidas.

Mobilidade Eléctrica

A Resolução do Conselho de Ministros nº 81/2009 de 7 de Setembro, estabelece os objectivos e

novas medidas do Programa para a Mobilidade Eléctrica em Portugal e aprova o respectivo

modelo.

Uma das medidas preconizadas estabelece a criação de três fases para a implementação deste

Programa, sendo que a primeira, Fase Piloto em curso até ao final de 2011, inclui a construção de

uma infra-estrutura experimental abrangendo 25 municípios e fixando como metas a criação de

320 pontos de carregamento, já em 2010, assegurando-se a integração desta rede piloto e a rede

de distribuição de energia eléctrica.



12

Factos Relevantes na Vida da Empresa

O ano de 2009 foi o ano de consolidação e total implementação dos novos processos e da

reorganização das actividades decorrente dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Programa

Distribuição 2010.

Procedeu-se ao encerramento deste Programa e, simultaneamente, ao lançamento dos trabalhos

para a concepção de um novo, designado Programa Distribuição 2012, adaptado aos novos

desafios que se desenham à actividade da EDP Distribuição como operador da Rede de

Distribuição e perseguindo o objectivo, que constitui a visão da Empresa, de ser o operador líder de

redes de distribuição de electricidade a nível ibérico e uma referência a nível europeu. Tendo

presente estes desafios e objectivo, elaborou-se também o Plano de Negócios 2010-2012, com

recurso a uma equipa multidisciplinar e transversal a toda a Empresa.

Para o desenvolvimento destes trabalhos, foram definidas as principais prioridades estratégicas da

Empresa com a colaboração de praticamente todos os Quadros da Empresa. Face ao actual

contexto económico, assegurou-se uma política de procura de eficiência nos custos e de forte

disciplina no investimento, paralelamente com uma adequada política de gestão de activos

assegurando excelentes níveis de qualidade de serviço.

Teve forte desenvolvimento o Projecto InovGrid dando continuidade aos trabalhos iniciados em

2008. É um projecto que se enquadra na necessidade de alterações nas redes que as empresas de

distribuição sentem, induzidas pelas alterações ao nível da oferta e procura de energia eléctrica,

nomeadamente a redução do nível de emissão de gases de estufa. Integra-se na política seguida

pela Empresa de apostar fortemente na inovação tecnológica e de ideias, a qual constitui um dos

quatro objectivos estratégicos definidos, nomeadamente Inovação Constante.

No âmbito da mobilidade eléctrica, a EDP Distribuição tem uma participação maioritária no

consórcio Mobi.E para o desenvolvimento de uma rede de abastecimento de veículos eléctricos

em Portugal, estando prevista a instalação de 300 postos de abastecimento até ao final de 2010.

Na área da actividade operacional, destaca-se o projecto e negociação de uma nova

Empreitada Contínua (EC2010) a implementar em 2010 e os esforços significativos no lançamento

de medidas no sentido de redução das assimetrias regionais, ainda existentes, em termos de

qualidade técnica de serviço.

À semelhança do ano anterior, verificou-se uma forte adesão à microprodução, no âmbito da

legislação específica, com a ligação à Rede de Distribuição de 3 485 novos microprodutores.



13

Verificou-se também um forte incremento de ligação de novos Produtores em Regime Especial

(PRE) totalizando 84 instalações.

As condições atmosféricas verificadas durante o ano foram significativamente marcadas pelas

duas tempestades que se registaram em Janeiro e Dezembro, nomeadamente a tempestade Klaus

que afectou o norte de Portugal Continental em 23 e 24 de Janeiro, e a intempérie do dia 23 de

Dezembro, com chuvas intensas e rajadas de vento com velocidades superiores a 200 km/h,

afectando predominantemente as regiões do Barlavento Algarvio e do Oeste do país, com

especial significado nesta última região em que se verificou a interrupção de fornecimento de

energia eléctrica a 424 mil consumidores.

A EDP Distribuição activou de imediato o Plano Operacional de Actuação em Crise (POAC), com o

consequente reforço do número de operadores dos Centros de Despacho e o accionamento de

todas as equipas de intervenção no terreno disponíveis em cada região, socorrendo-se também

de elementos de outras regiões e da mobilização de um número significativo de equipas de

prestadores de serviços. Os meios envolvidos para a reparação das avarias foram muito

significativos, traduzindo-se essencialmente em 750 pessoas, 360 viaturas e mais de 50 geradores

móveis.

O período de regime perturbado do POAC manteve-se activado na região Oeste até ao dia 4 de

Janeiro de 2010, data em que o Centro Distrital de Socorro de Lisboa desactivou o estado de

emergência no concelho de Torres Vedras. Durante este período, a Empresa manteve contacto

permanente e presencial junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil e das autoridades civis

locais.



14

Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício

Após o termo do exercício, não estão identificadas ocorrências com repercussão relevante nos

resultados da Empresa no ano de 2010.



15

Riscos e Incertezas Associadas à Actividade

A actividade de distribuição de energia eléctrica e, consequentemente, os proveitos dela

resultante, é naturalmente afectada pelo desempenho da actividade económica do país, pelo

que o actual clima de diminuição desta actividade e a incerteza que ainda existe no que se refere

ao seu desenrolar, tem repercussões nos resultados da Empresa difíceis de prever e quantificar com

uma aproximação confortável.

Um desvio de 1% nas quantidades totais de energia distribuída, tem um impacte entre 5,0 e 5,5

milhões de euros nos proveitos resultantes desta actividade, função da estrutura da energia

entregue por nível de tensão.



16

Actividade Operacional e Comercial

Energia Distribuída

Preços

Clientes

Processos, Gestão, Inovação



17

Actividade Operacional e Comercial

Energia distribuída

A energia entrada na Rede de Distribuição no ano de 2009 para satisfação da procura de

electricidade nos Mercados Regulado e Liberalizado, registou um decréscimo de 1,4%

comparativamente com o ano de 2008. Esta tendência de redução, já verificada no ano anterior,

é o reflexo do contexto económico verificado.

A energia saída da rede apresentou uma quebra de 0,7% relativamente ao ano anterior. Contudo,

esta variação está influenciada pela recuperação de energia de anos anteriores. Corrigindo este

efeito, ter-se-ia uma variação negativa de 1,2%.

Excluindo ainda os efeitos extraordinários, traduzidos pelos efeitos associados à temperatura, ao

número de dias úteis e à paragem para testes do cliente Siderurgia Nacional, a quebra no

consumo de electricidade teria sido de 1,4%.

Crescimento do consumo em 2009 (%)

‐0,7

‐1,2‐1,4

‐0,5

‐0,2‐1,6

‐1,4

‐1,2

‐1

‐0,8

‐0,6

‐0,4

‐0,2

0

Energia saídaCorrecção anos anteriores

Energia Saída com correcções anos anteriores

Efeitos extraordinários

Consumo subjacente

A parcela da energia entrada correspondente à produção dos Produtores em Regime Especial

(PRE) tem sofrido nos últimos anos um aumento significativo, sustentado na legislação aplicável a

este tipo de produtores.



18

2,8 3,7

4,5

6,3

8,8

10,1

11,6

14,4

2

4

6

8

10

12

14

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

TWh

PRE. Evolução da Produção

26,4% / ano

O abrandamento que se tem verificado na procura de energia, situa-se nos níveis de Muito Alta

Tensão (-7,8%), Alta Tensão (-8,6%) e Média Tensão (-2,9%), explicado pelo maior impacto que a

recessão económica tem no sector produtivo.

Balanço de Energia Eléctrica Unid 2008 2009 2009/2008

Energia Entrada na Rede de Distribuição GWh 50 102 49 422 -1,4%Nota: inclui consumos MAT

Energia Saída da Rede de Distribuição GWh 46 469 46 146 -0,7%

Perdas da Distribuição GWh 3 633 3 276 -9,8%

Distribuição de Energia ao Mercado Regulado GWh 45 289 37 626 -16,9%Muito Alta Tensão GWh 1 667 1 330 -20,2%Alta Tensão GWh 6 358 3 723 -41,4%Média Tensão GWh 14 052 9 128 -35,0%Baixa Tensão Especial GWh 3 340 3 163 -5,3%Baixa Tensão GWh 18 364 18 740 2,0%Iluminação Pública GWh 1 508 1 542 2,2%

Distribuição de Energia ao Mercado Livre GWh 1 180 8 520 622,0%Muito Alta Tensão GWh 0 208Alta Tensão GWh 2 2 089Média Tensão GWh 263 4 770 1714,1%Baixa Tensão Especial GWh 219 413 88,4%Baixa Tensão GWh 696 1 040 49,6%

Distribuição de Energia GWh 46 469 46 146 -0,7%Muito Alta Tensão GWh 1 667 1 538 -7,8%Alta Tensão GWh 6 360 5 812 -8,6%Média Tensão GWh 14 315 13 898 -2,9%Baixa Tensão Especial GWh 3 559 3 576 0,5%Baixa Tensão GWh 19 060 19 780 3,8%Iluminação Pública GWh 1 508 1 542 2,2%



19

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

mil

GW

h

Evolução da Energia Distribuída

Mercado Regulado

Mercado Livre

BT2,8% ano

MAT,AT e MT3,5%ano

Mercado Livre

Mercado Regulado

Nos níveis de tensão mais altos inverteu-se a tendência de migração de consumos do Mercado

Regulado para o Mercado Livre, verificando-se uma forte adesão a este Mercado dos clientes

ligados a este níveis de tensão. Na Baixa Tensão Normal, à semelhança do ano anterior, manteve-

se o movimento de migração de consumos para o Mercado Livre registando-se, no entanto, um

incremento significativo.

No final do ano, a energia distribuída aos clientes do Mercado Livre representava 18,5% (2,5% em

2008) do total da energia distribuída.

Tem-se mantido constante a estrutura dos consumos por nível de tensão ao longo dos últimos anos,

com uma predominância das entregas de energia no nível de tensão BT (BTE + BTN + IP) a qual

representava 54% do total da energia distribuída em 2009.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2005 2006 2007 2008 2009

Estrutura por Níveis de Tensão

MAT AT MT BTE BTN IP



20

A repartição da energia distribuída em função do sector de actividade económica é a seguinte:

Residencial30%

Serviços33%

Agricultura2%

Indústria35%

Estrutura do Consumo por Sector em 2009

Durante o ano foram desenvolvidos esforços significativos na área da informação energética, com

o objectivo de se obterem melhorias significativas na qualidade deste tipo de dados e na

celeridade da respectiva disponibilização e poder de análise. Deu-se especial foco a uma

melhoria da estruturação e integração dos diversos sistemas, com realce para a implementação

de um novo algoritmo de estimativa da energia em contadores melhor adaptado à sazonalidade

dos consumos. Procedeu-se ainda ao upgrade da central de telecontagem, permitindo aumentar

o parque de equipamentos telecontados e melhorar a perfomance dos processos de recolha de

dados com reflexos positivos na rapidez, taxa de sucesso e controlo de qualidade dos fluxos de

informação residente nas equipas de contagem.

Preços

A EDP Distribuição compra à REN os acessos às Rede de Transporte (URT) e os custos com a gestão

do Sistema Eléctrico (UGS). Constituem ainda custos para a Empresa, os decorrentes do sobrecusto

relativo à compra de energia aos PRE e dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual

(CMEC).

Factura aos Comercializadores os acessos à Rede de Distribuição (URD), recuperando também os

seus custos com a UGS e a URT.

Os preços médios associados às actividades de distribuição de energia eléctrica têm apresentado

reduções significativas nos últimos anos. A preços constantes, os preços em 2009 foram 20,3% mais

baixos do que os verificados em 2002 para o Uso da Rede de Distribuição (URD).



21

2,42,52,62,72,82,93,03,13,23,33,4

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

cent

imos

/kW

h. P

reço

s 20

09

Preços do Uso da Rede de Distribuição

Uso da Rede de Distribuição. -3,2%/ano

Clientes

A EDP Distribuição tem mantido e reforçado nos últimos anos um conjunto de acções e políticas

com o objectivo de se ter o melhor relacionamento com o cliente, quer no âmbito comercial, quer

no âmbito técnico.

Inserem-se nestas acções os contactos regulares, de modo presencial, com os clientes MAT, AT, MT

e alguns BTE e com as entidades representativas de algumas empresas e clientes, tendo-se

concretizado 6 603 visitas em 2009. Internamente, reforçou-se a formação de colaboradores com

actividade nesta área e incrementou-se a divulgação de informação específica entre as

diferentes estruturas da Empresa.

Com o mesmo objectivo, concluiu-se o Projecto Link que procurou dotar a EDP Distribuição de

determinadas práticas facilitadoras do relacionamento com o cliente, diminuindo a carga

administrativa e tempos de execução na orçamentação e ligação à rede, e melhorando a análise

e resolução de reclamações aprendendo com elas e incorporando-as nos processos de decisão.

A evolução, nos últimos anos, do número de clientes tem-se mantido estável, com um ligeiro

abrandamento nos dois últimos anos.



22

5 2005 3005 4005 5005 6005 7005 8005 9006 0006 1006 200

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Milh

ares

Evolução do número total de clientes(Mercado Regulado + Mercado Livre)

MR ML Total

1,25%/ano (MR+ML)

A distribuição dos clientes pelos mercados Regulado e Livre nos últimos anos tem apresentado

diferentes tendências entre aqueles ligados aos níveis de tensão superiores e os ligados à baixa

tensão. Enquanto que para os primeiros essa distribuição tem sido muito irregular em cada ano,

para os segundos a migração para o Mercado Livre tem sido gradual. É, no entanto, de registar um

incremento significativo em 2009 de adesão a este Mercado para ambos os casos.

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Evolução do número total de clientes - MLMAT/AT/MT

0

50

100

150

200

250

300

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Milh

are

s

Evolução do número total de clientes - MLBT

MR ML Total

MAT (Muito Alta Tensão) 26 30 56AT (Alta Tensão) 193 69 262MT (Média Tensão) 17 681 5 457 23 138BTE (Baixa Tensão Especial) 28 246 5 014 33 260BTN (Baixa Tensão Normal) 5 746 352 266 438 6 012 790IP (Iluminação Pública) 50 299 0 50 299

Total 5 842 797 277 008 6 119 805

Número de Clientes no Final do Ano



23

A sua distribuição e o respectivo consumo médio pelas diferentes áreas geográficas operacionais

em que a Empresa está organizada, é a seguinte.

CARACTERIZAÇÃO REGIONALConsumos (GWh) / Número de Clientes (Milhares) / Consumo/Cliente (MWh/Cliente)

DRC Norte

DRC Porto

DRC Mondego

DRC Tejo

DRC Lisboa

DRC Sul

6 6671 0376,4

10 2621 1049,3

5 6678596,6

5 2027987,8

12 8541 6567,8

4 4946666,7

GWhMil clientesMwh/Cliente



24

Processos, Gestão e Inovação

Programa Distribuição 2012

O ano de 2009 foi o ano da consolidação e total implementação dos novos processos e da

reorganização das actividades decorrentes dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Programa

Distribuição 2010. Procedeu-se ao respectivo encerramento e, simultaneamente, ao lançamento

dos trabalhos para a concepção do novo Programa Distribuição 2012, melhor adaptado aos novos

desafios que se desenham aos operadores de redes distribuição, os quais estiveram também

subjacentes à elaboração do Plano de Negócios 2010-2012.

Tendo sempre presente a visão da Empresa ser o operador líder de redes de distribuição de

electricidade a nível ibérico e uma referência a nível internacional, e os quatro vectores que a

suportam, o “Accionista”, os “Clientes”, os “Colaboradores” e o “Meio Envolvente”, definiram-se as

principais prioridades estratégicas da Empresa que se consubstanciam num eficiente controlo do

risco na gestão dos desafios regulatórios e do capital humano, em articulação com o modelo de

outsourcing, assegurando bons sistemas, processos e informação de apoio à gestão, e

promovendo uma melhor cultura de inovação, sustentabilidade e responsabilidade social.

Foram definidos quatro eixos estratégicos - Risco Controlado, Rentabilidade Superior, Excelente

Qualidade de Serviço, Inovação Constante – que serviram de temas de base para reflexão

conjunta por cerca de 700 quadros da Empresa em quatro workshops, um por cada eixo

estratégico, com o objectivo de se delinearem as iniciativas a lançar no âmbito do novo

Programa. As conclusões retidas destes trabalhos, foram posteriormente apresentadas no Encontro

da Distribuição 2009.

Face ao actual contexto macroeconómico, exigiu-se um foco especial na eficiência de custos e

uma forte disciplina no investimento, paralelamente com uma adequada política de gestão de

activos assegurando excelentes qualidades de serviço.

A promoção da cultura de inovação esteve sempre presente, com especial atenção para a

evolução do negócio do Operador de Redes para o paradigma das “Smartgrids”.

Para a definição das principais prioridades da Empresa , contribuiu o Programa Ágora que consistiu

num conjunto de sessões de reflexão da Alta Direcção, com o objectivo de antecipar, debater e

construir ideias e grandes prioridades para os anos seguintes.



25

Projecto InovGrid

As alterações ao nível da oferta e procura de energia eléctrica decorrentes da satisfação dos

objectivos de política energética, nomeadamente a redução do nível de emissão de gases de

estufa, estão, e continuarão, a obrigar as empresas de distribuição a proceder a alterações

significativas, designadamente a progressiva instalação de mais informação e automação

conducentes a “redes inteligentes”, resultando também em claro benefício para o consumidor e

para o produtor. A EDP Distribuição está empenhada neste processo de inovação, no qual se

integra o Projecto InovGrid criado especificamente para o desenvolvimento e implementação das

soluções a aplicar na rede para se atingir aquele fim.

Este Projecto teve a sua continuidade de acordo com a solução desenvolvida em 2008, a qual

consistiu na especificação, desenho e implementação do protótipo da infra-estrutura tecnológica,

e na preparação das fases piloto a implementar durante 2009. A solução técnica adoptada é

baseada numa arquitectura a três níveis – locais de consumo, postos de transformação e

gestão/controlo central – que suportará os fluxos de informação bidireccionais de índole técnica e

comercial. Evidencia factores de inovação únicos e, no que se refere à cadeia de distribuição de

energia eléctrica, actua nas áreas de medição de energia mediante a introdução de sistemas

integrados de telegestão, e reforça de forma significativa as áreas de monitorização e automação

da rede, conferindo-lhe um maior nível de inteligência.

Durante o ano, após a conclusão dos testes de validação e subsequentes correcções às primeiras

versões dos equipamentos, foram instaladas várias unidades em diferentes pontos da rede de



26

distribuição e elegeu-se a cidade de Évora para a implementação do conceito de “Cidade

Inteligente” no âmbito deste Projecto.

Projecto LEANPlus

Este Projecto, com desenvolvimento já em anos anteriores, pretende interiorizar na Empresa uma

cultura para melhoria contínua e redesenhar os processos-chave do negócio, com suporte na boa

qualidade da informação e focados na optimização de recursos.

Prosseguiram os trabalhos associados aos diversos Programas que constituem este Projecto, os

quais consistiram essencialmente na consolidação de processos e acções implementadas no ano

anterior, destacando-se os associados à Gestão da Mobilidade de Equipas (WFM/GME), à

Qualidade da Informação SIT, à Gestão de Processos, de Projectos e de Operações, e à

Arquitectura de Informação.

Promoveu-se a realização dos projectos lean de forma alargada em toda a Empresa.

Continuou-se a prestar especial atenção à análise dos sistemas de informação, com o objectivo

de lhes introduzir melhorias e de os manter adaptados à evolução que se tem verificado nos

diversos processos associados à actividade da Empresa, garantindo fiabilidade, coerência e

integração, fundamentais para assegurar a qualidade da informação.

Gestão de Activos

Integrados no Programa Distribuição 2010, os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Projecto M2M

permitiram estruturar as bases para a implementação de um Sistema de Gestão de Activos

baseado na gestão da condição técnica dos activos da rede e na avaliação e gestão do risco.

Foram revistos critérios de manutenção recorrendo a metodologias mais eficazes de avaliação da

condição técnica, e o aprofundar da análise dos modos de falha e das respectivas causas

permitiu rever e ajustar as tecnologias utilizadas ao nível dos equipamentos, materiais e acessórios,

e alertar os projectistas e executantes para a respectiva correcta utilização e aplicação.

A experiência de aplicação destas medidas no decorrer do ano, permitiu confirmar a tendência

de redução dos custos associados às tarefas de manutenção e do número de incidentes de longa

duração, com a consequente melhoria da qualidade de serviço prestada.



27

Empreitada Contínua. EC2010

No âmbito da gestão de fornecedores, foi projectada e negociada uma nova Empreitada

Contínua a vigorar a partir de Fevereiro de 2010.

Procurou-se ajustá-la à nova organização da Empresa, fazendo corresponder o número de Áreas

de Empreitada ao número de Direcções de Redes e Clientes (DRC), integrando as tarefas a realizar

em actividades mais abrangentes com a consequente redução do trabalho administrativo e de

orçamentação, e alinharam-se os objectivos dos adjudicatários com os da EDP Distribuição

ficando-lhes associado um novo sistema de incentivos e penalizações. Promoveu-se a

concentração de fornecedores e um maior nível de outsourcing.

A logística de armazenamento e transporte dos materiais foi profundamente alterado, bem como

a metodologia de realização dos trabalhos de manutenção.

O concurso, que já obedeceu ao novo Código dos Concursos Públicos, teve como resultado a

adjudicação a oitos parceiros e os contratos foram celebrados por um período de três anos,

prorrogável por mais dois anos.

Gestão do Risco

Deu-se continuidade aos trabalhos na área da gestão do risco, com o objectivo de introduzir uma

visão global desta matéria na Empresa, de integrar as suas práticas na cultura dos seus

colaboradores, e de garantir o alinhamento com o Grupo e com as boas práticas internacionais.

Trabalhou-se para a criação de uma metodologia para potenciar o alinhamento dos diferentes

níveis de gestão com os objectivos estratégicos da Empresa, promovendo-se a definição de uma

Matriz de Risco comum, e aprofundou-se a temática de identificação e análise de riscos, assim

como das medidas actuais e futuras a considerar para a sua gestão e controlo.

Programa Ágora

Decorreu durante o ano o Programa Ágora , que consistiu num conjunto de sessões de reflexão da

Alta Direcção com o objectivo de antecipar, debater e construir ideias chave e grandes

prioridades para os anos seguintes. Os temas em análise versaram sobre cultura empresarial,

orientação para o cliente, gestão da inovação e do conhecimento, comunicação e negociação,

avaliação de perfomances, gestão de projectos e de operações, planos operacionais e gestão do

risco.



28

Foram identificados e discutidos os principais desafios da Empresa num horizonte até 2015, e

definidos os eixos e prioridades estratégicas para o período 2010-2012. Destes trabalhos resultou

ainda a necessidade de se estudarem e desenvolverem um conjunto de temas relacionados com

a cultura organizacional, para o que foi decidido realizar um questionário aos cerca de 700

quadros para conhecer as suas opiniões e percepções.

Programa Ligado ao Futuro

Foi concluída a primeira fase do programa “Ligado ao Futuro” que consistiu num “Diagnóstico” às

práticas actuais de gestão da prevenção e segurança, com identificação de oportunidades de

melhoria e o estabelecimento de um “Roteiro para a Melhoria” a implementar no médio prazo. Foi

ainda elaborado o projecto de “Definição de Necessidades e Especificação de Requisitos” para a

concepção de uma aplicação informática de suporte à gestão da prevenção e segurança, e foi

analisada a sua compatibilidade com as funcionalidades do módulo SAP/EH&S em articulação

com a Direcção de Sistemas de Informação e o Gabinete de Segurança e Saúde.



29

Investimentos

activos da rede

microprodução

ligação de produtores em regime

especial



30

Investimentos

Nos últimos anos a EDP Distribuição tem mantido um grande esforço no sentido de optimização dos

critérios de selecção dos investimentos na rede de Distribuição, tendo sempre presente a evolução

da procura e da oferta de electricidade, o fomento de uma cultura ambiental e de

sustentabilidade e a melhoria da qualidade de serviço prestada a todos os clientes.

O actual contexto económico conduziu a uma ainda maior disciplina neste âmbito, reforçando a

necessidade de uma criteriosa análise e adequação dos projectos de investimento e de

conjugação de esforços com uma política também de optimização na área da manutenção,

onde a gestão dos activos tem importância relevante. Neste âmbito, a renegociação da nova

empreitada contínua (EC2010) vai contribuir para a redução de custos na área da construção e

da manutenção.

A retracção na procura de electricidade conduziu a uma revisão, no 2º semestre do ano, dos

investimento previstos adaptando-os à nova realidade face ao inicialmente previsto.

O investimento de iniciativa da Empresa está dividido em diversos programas de investimento,

cada um deles com um âmbito específico, enquadrados num ou mais dos seguintes cinco

vectores – redução da energia de perdas, melhoria da qualidade de serviço técnica (QST),

Projecto InovGrid, renovação de equipamentos em fim de vida útil e preocupações ambientais.

Na gestão da melhoria da qualidade de serviço técnica, o foco principal tem incidido na

preocupação de eliminar as assimetrias regionais que ainda existem, através da monitorização dos

respectivos indicadores e elaboração de planos especiais para as zonas em pior situação.

Mantêm-se as dificuldades no estabelecimento de linhas AT e de subestações, com origem,

essencialmente, na temática dos campos electromagnéticos e no ruído. Estas dificuldades,

associadas às exigências de protecção ambiental, estão a conduzir cada vez mais para a

necessidade de equacionar o recurso mais significativo ao estabelecimento de linhas

subterrâneas.

A análise do Quadro seguinte permite observar os resultados desta política de optimização na

selecção dos investimentos.



31

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

milh

ões d

e eu

ros

Investimento a Custos Técnicos(preços correntes)

AT e MT

BT

Outros

Activos da rede

O Quadro seguinte reflecte a actividade em termos de realizações no ano de 2009 e os Activos no

final do ano.

Conclusões no Ano

No Final do Ano

SubestaçõesUnidades nº 5 399Transformadores nº 6 703Potência instalada MVA 155 16 083Linhas (inclui ramais) km 1 785 82 287Aéreas km 1 255 66 706

AT (60/132 kV) km 188 8 445MT (6/10/15/30 kV) km 1 067 58 261

Cabos Subterrâneos km 530 15 581AT (60/132 kV) km 12 468MT (6/10/15/30 kV) km 518 15 113

Postos de TransformaçãoUnidades nº 1 191 62 036Potência instalada MVA 429 18 571Redes BT (km) 3 953 135 939Aéreas km 2 856 104 225Subterrâneas km 1 097 31 714Contadores nº 6 351 978AT e MT nº 26 533BT e BTE nº 6 325 445

Instalações e Equipamentos em serviço

2009Rubrica Unid



32

O esforço de optimização da rede que a EDP Distribuição tem realizado, está patente na evolução

dos activos dessa rede a qual é, em geral, inferior à evolução dos trânsitos de energia. Esta

evolução foi recentemente atenuada com a retracção da procura de energia que se tem

verificado. A excepção a esta regra, verificada na evolução da potência instalada em postos de

transformação nos últimos anos, está relacionada com o esforço, bem sucedido, de melhoria da

qualidade de serviço técnica que se tem realizado.

(índices: 2001 = 100)Evolução da energia transitada na rede e dos equipamentos

100

105

110

115

120

125

130

135

140

145

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Potência em Postos de Transformação

Potª instalada em PT's

Consumo BT

100

105

110

115

120

125

130

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Rede de Baixa Tensão

Consumo BT

Linhas BT

100

105

110

115

120

125

130

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Rede de Média Tensão

Consumo MT e BT

Linhas MT

100

105

110

115

120

125

130

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Potência em Subestações

Consumo MT e BT

Potª instalada Subestações

100

105

110

115

120

125

130

135

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Rede de Alta Tensão

Consumo total

Linhas AT



33

A análise dos indicadores de utilização dos activos a seguir representados, leva-nos à mesma

conclusão atrás referida.

150

160

170

180

190

200

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

MW

h/km

Utilização da rede de BT

500

520

540

560

580

600

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

MW

h/km

Utilização da rede de MT

A evolução dos indicadores que reflectem a utilização da potência instalada em subestações e

postos de transformação, denota o esforço de garantir a manutenção dos bons níveis de

qualidade de serviço já atingidos com as acções implementadas em anos anteriores.

21002150220022502300235024002450250025502600

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

MW

h /

MVA

Utilização das Subestações(Consumo MT + BT / Potência Instalada)

1100

1150

1200

1250

1300

1350

1400

1450

1500

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

MW

h /

MVA

Utilização dos Postos de Transformação(Consumo BT / Potência Instalada)

No âmbito da actividade de protecção, comando e controlo de instalações, salienta-se o

investimento realizado no desenvolvimento de novas funcionalidades no sistema de controlo e

gestão da rede - SCADA/DMS e no início da integração das componentes associadas ao Projecto

InovGrid neste sistema.

Microprodução

A publicação do Decreto Lei nº 363/2007 veio facilitar o licenciamento e o relacionamento

comercial para o estabelecimento e ligação à rede de unidades de microprodução. Estas



34

unidades são instalações de produção de energia eléctrica que se caracterizam por serem de

pequena potência e ligadas à rede de baixa tensão.

Verificou-se assim, durante o ano, um forte incremento de ligação à rede destes tipos de

instalações totalizando no final do ano 3 967 unidades com uma potência instalada de 13 961 kW,

sendo o tipo de produção predominante o fotovoltaico.

Estas ligações induzem novos desafios à operacionalidade e à gestão da rede de distribuição, e a

necessidade de se desenvolverem novas funcionalidades mais avançadas, suportadas

essencialmente na recolha, análise e transmissão de informação, e na capacidade de

monitorização e automação da operação da rede. O Projecto InovGrid, em desenvolvimento na

Empresa, prevê a implementação destas novas funcionalidades através de sistemas integrados de

telegestão.

Ligação de Produtores em Regime Especial (PRE)

Comparativamente com o ano de 2008, o número de novas ligações de instalações de Produtores

em Regime Especial (PRE) é substancialmente superior, com uma predominância de tipos de

produção eólico (25 contra 13 em 2008), e fotovoltaico (27 contra 5 em 2008).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2005 2006 2007 2008 2009

Número de instalaçõesde PRE's ligados por anoPor tipo de Produção

Eólico Fotovoltaico Cogeração Hídrico RSU Outros resíduos Outros Total

Foram ligados à rede de distribuição 84 novas instalações (31 no ano anterior), às quais

corresponde uma potência instalada de 645,2 MVA, (368,1 MVA em 2008). A este valor de



35

potência instalada, 317,6 MVA correspondem a produtores com o tipo de produção eólica e 54,7

MVA a produtores com o tipo de produção fotovoltaico.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

2005 2006 2007 2008 2009

Potência instalada em MVA

Evolução da ligação de PRE's à Rede de Distribuição

Por tipo de Produção

Eólico Fotovoltaico Cogeração Hídrico RSU Outros resíduos Outros Total

1,12% ao ano



36

Qualidade do serviço

comercial

técnica

ambiental



37

Qualidade de Serviço Comercial

Indicadores e acções de melhoria

Os Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço Comercial do Regulamento da Qualidade de

Serviço (RQS) excederam claramente os valores padrão estabelecidos no Regulamento.

Padrão (%) 2009(%)Orçamentos de ramais de BT(até 20 dias úteis) 95 99,89Execução de ramais(até 20 dias úteis) 95 98,32Ligações à rede BT(até 2 dias úteis)) 90 98,56Atendimento nos centros de atendimento(até 20 min. espera) 90 96,78Atendimento telefónico centralizado(até 60 seg. espera) 85 96,61Pedidos de informação por escrito(até 15 dias úteis) 90 93,96Clientes com reposição de serviço até 4 horas(na sequência de interrupções de fornecimento acidentais) 90 95,5

EDP Distribuição - Indicadores Gerais do Relacionamento Comercial

70

80

90

100

Orçamentos de ramais de BT


Execução de ramais(até 20 dias úteis)

Ligações à rede BT(até 2 dias úteis))

Atendimento nos centros de atendimento

(até 20 min. espera)

Atendimento telefónico centralizado

(até 60 seg. espera)

Pedidos de informação por escrito


Clientes com reposição de serviço até 4 horas

(na sequência de interrupções de

fornecimento acidentais)

Indicadores Gerais de Qualidade de Serviço - 2009(valores em %)

Padrão (%) 2009(%)



38

As metas alcançadas foram fruto da manutenção e reforço de um conjunto de actividades na

área comercial, de âmbito interno e externo, com o objectivo de promover o serviço ao cliente e

potenciar os laços de afectividade e reconhecimento entre as partes.

No âmbito interno, dando continuidade aos bons resultados obtidos, manteve-se a aplicação das

linhas mestres definidas e dos planos de acção operacionais gizados anteriormente, tendo sempre

presente a preocupação de divulgação de toda a informação relevante relacionada com a

qualidade de serviço entre as diversas estruturas da Empresa com actividade nesta área, e entre

todos os colaboradores em geral. Esta actividade foi acompanhada das necessárias adaptações

decorrentes das alterações verificadas na regulamentação vigente, implicando algumas

modificações nos métodos e processos definidos e prestação de formação aos colaboradores.

Qualidade de Serviço Técnica

Indicadores e acções de melhoria

A qualidade de serviço técnica, medida pelo indicador Tempo de Interrupção Equivalente da

Potência Instalada (TIEPI), atingiu em termos globais 121 minutos, valor um pouco mais elevado do

que o registado em 2008 (113 minutos), mas dentro da mesma ordem de grandeza apesar das

condições atmosféricas mais adversas verificadas durante o ano. São valores perfeitamente

comparáveis com os verificados em redes de outros distribuidores com idênticas estruturas de rede

e de consumos.

A evolução deste indicador nos últimos anos apresenta uma redução significativa e sustentada,

fruto das acções específicas implementadas.

O ano de 2009 foi afectado por dois eventos excepcionais, nomeadamente a tempestade tropical

Klaus em 23 de Janeiro, que afectou o Norte de Portugal, e as condições atmosféricas

particularmente adversas, com velocidades do vento superiores a 200 km/h, verificadas em 23 de

Dezembro na região Oeste do país, os quais representaram 5,83 e 25,17 minutos, respectivamente,

em termos de TIEPI. O valor de 121 minutos indicado não inclui o impacte das interrupções de

serviço provocadas por estas duas tempestades.

O aumento dos furtos e consequentes interrupções de serviço e danos na rede, é um fenómeno

que continua a tomar proporções preocupantes afectando os indicadores que medem a

qualidade de serviço prestado.



39

454 420341

215 175 176109 113 121

050

100150200250300350400450500

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Min

utos

Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada em Média Tensão (minutos)

O TIEPI Interno, que mede o nível das interrupções com origem em acções da responsabilidade da

Empresa, fruto das condições atmosféricas adversas verificadas, teve um aumento de 1,4%, que se

traduziu num aumento de 92,1 minutos em 2008 para 93,4 minutos em 2009.

Os restantes indicadores gerais da qualidade de serviço, nomeadamente a energia não distribuída

(END), a frequência média de interrupções do sistema (SAIFI), a duração média das interrupções

do sistema (SADI) e o número de interrupções a clientes, acompanharam a evolução do Tempo de

Interrupção Equivalente da Potência Instalada (TIEPI), reflectindo também as consequências das

condições atmosféricas na rede de distribuição.

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

TIEPI MT (minutos) 454 420 341 215 175 176 109 113 121END (GWh) 29,4 28,1 23,0 15,3 13,5 13,9 8,4 9,0 8,6SAIFI MT (nº) 9,2 9,0 7,0 4,5 3,9 4,2 3,2 3,0 3,1SAIDI MT (minutos) 675 596 490 310 248 263 170 167 186SAIFI BT (nº) 7,8 7,6 6,2 4,0 3,6 3,7 2,8 3,0 3,5SAIDI BT (minutos) 588 520 448 268 222 236 144 166 238

28,1

9,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

MW

h

Energia não Distribuída

596

186

520

238

0

100

200

300

400

500

600

700

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

min

uto

s

SAIDI MT e BTDuração das Interrupções

MT

BT

9,0

3,1

7,6

3,5

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

nú

me

ro

SAIFI MT e BTFrequência da Interrupções

MT

BT



40

Manteve-se o esforço de melhoria da qualidade de serviço nas regiões do país com qualidade

inferior, continuando a aplicação dos planos desenvolvidos especificamente para este fim, os

quais constam, essencialmente, de acções de reforço, remodelação e manutenção das redes. A

monitorização que se tem feito aos níveis da qualidade de serviço nas diferentes regiões, mostra

que estas acções têm tido um efeito positivo.

Durante todo o ano, esteve em curso o processo de revisão e de actualização dos planos de

contingência. A aplicação destes planos nas situações de incidente, contribui significativamente

para a diminuição dos tempos de interrupção de serviço.

A qualidade e a continuidade da onda de tensão (QCT) da rede da EDP Distribuição, continuaram

a ser avaliadas em 2009 através da execução do Plano Anual de Monitorização (PAM) da QCT,

conforme previsto no Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS), que vigorou entre 2006 e 2009.

Desenvolveu-se de acordo com o previsto com monitorizações em 266 instalações (100

subestações de AT/MT num total de 164 barramentos MT e 166 postos de transformação), o que

representou um número total de 712 800 horas de monitorização da QCT das nossas instalações e

redes. Fora do âmbito do PAM, foram ainda efectuadas acções de monitorização da qualidade

da energia eléctrica (QEE) em Subestações de AT/MT e Postos de Transformação, que se

traduziram em 90 463 horas de monitorização. No total, o número de horas de monitorização da

QEE em MT e BT efectuadas em 2009 pela EDP Distribuição, foi de 803 263 o que representa um

acréscimo da ordem dos 2,9% em relação ao esforço desenvolvido em 2008 (780 546).

Ao nível dos sistemas de apoio à condução da rede, tratou-se do primeiro ano em que a gestão

de ocorrências foi assegurada pelo RedeActiva na totalidade da área geográfica da EDP

Distribuição. Trata-se de um sistema baseado na aplicação Power On que utiliza a informação

técnica e geográfica residente no SIT-Sistema de Informação Técnica.

Foi iniciado o projecto de renovação da plataforma tecnológica do DWS-SA. Este sistema gere

toda a informação de Qualidade de Serviço Técnica da EDP Distribuição, quer ao nível da

qualidade geral como individual. A nova plataforma, com recurso ao Business Objects (BO), vai

possibilitar um tratamento e consulta mais flexível da informação.

Utilizando a aplicação já existente na EDP Distribuição para análise de redes eléctricas, foram

desenvolvidos dois novos módulos para análise de trânsito harmónico na rede e análise do

comportamento dos sistemas de protecções ao nível da rede de média tensão.



41

Desempenho ambiental

A actividade da EDP Distribuição nos assuntos relacionados com o Ambiente e com a

Sustentabilidade foi particularmente intensa, envolvendo acções de âmbito interno e externo.

Assumiram especial importância as acções no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental (SGA),

com a obtenção da Certificação para as 1ª e 2ª fases deste sistema na área da manutenção de

subestações após a execução de uma auditoria por uma entidade externa, e a execução do 1º

ano do Plano de Promoção de Desempenho Ambiental 2009-2011 (PPDA), com o início do

acompanhamento por parte da ERSE e do Painel de Avaliação independente e a execução das

acções previstas neste Plano que decorreram, na sua generalidade, conforme o planeado.

São de assinalar os contactos e reuniões de trabalho estabelecidas com as diversas autoridades

ambientais, nomeadamente com as várias estruturas regionais do Instituto da Conservação da

Natureza e Biodiversidade e com a Agência Portuguesa de Ambiente, na sua maioria com a

presença de técnicos de várias direcções da EDP Distribuição.

Internamente, realizou-se uma acção sobre “Desafios Ambientais e Boas Práticas” com a

participação de cerca de 150 colaboradores, juntamente com a Fundação EDP que apresentou

uma comunicação sobre “A Responsabilidade Social e Corporativa da EDP”.

À semelhança de anos anteriores, continuaram a desenvolver-se acções nas áreas dos campos

electromagnéticos com a divulgação de estudos realizados na página da Internet da Empresa e a

realização de algumas medições a pedido de clientes, da avifauna com a conclusão da

Operação Cegonha Branca, da gestão de resíduos com o início do registo de informação no

Sistema Integrado de Resíduos APA (SIRAPA), e da gestão emissões de SF6 e de equipamentos com

PCB com a consolidação do levantamento e despistagem de equipamentos.



42

Pessoas

Quadro de Pessoal






43

Quadro de Pessoal

O número de colaboradores da EDP Distribuição em 31 de Dezembro de 2009 na situação de

activo, era de 3 695, dos quais 3 683 integravam o Quadro de Pessoal Permanente e os restantes 12

encontravam-se em regime de Contrato de Trabalho a Termo.

A este número de Activos, acrescem ainda 29 colaboradores com a relação de trabalho suspensa

por motivos vários, e 105 colaboradores em regime de requisição pela Holding. O número de

Efectivos, não incluindo os 3 membros do Conselho de Administração, perfaz assim 3 829.

2005 2006 2007 2008 2009Activo 4 613 4 471 4 184 3 931 3 695Efectivo 4 823 4 657 4 329 4 060 3 829

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

2005 2006 2007 2008 2009

Activo vs Efectivo

Activo Efectivo

O saldo da movimentação líquida ocorrida em 2009 foi de menos 236 colaboradores do que os

existentes em Dezembro de 2008, correspondente a 262 saídas e a 26 entradas.

Do total de saídas verificadas, 85,5% (224) respeitam à conclusão do Programa de Adequação de

Efectivos (PAE) que decorreu no período de 2007 a 2009, ao exercício do direito a antecipar a

situação de reforma nos termos previstos no Acordo de Empresa (81) e à concretização do Plano

de Gestão 2009 (33).

As restantes 38 saídas respeitam a motivos diversos com predominância nas situações de transição

à reforma natural e cedência ao Grupo.



44

Dez. 2005 Dez. 2006 Dez. 2007 Dez. 2008 Dez. 2009Quadro Permanente Activo 4 568 4 455 4 177 3 920 3 683Contratados a Termo 45 16 7 11 12

Total em Exercício 4 613 4 471 4 184 3 931 3 695Requisitados Holding 129 117 98 93 105Quadro Suspenso 81 69 47 36 29Total em Colocação 4 823 4 657 4 329 4 060 3 829

O impacto da movimentação e da gestão de carreiras está representado no Quadro seguinte:

Nº % Nº %Dirigentes 71 1,8 75 2,0 4Quadros Superiores 547 13,9 541 14,6 -6Quadros Médios 21 0,5 21 0,6 0Chefias de Secção 59 1,5 50 1,4 -9Altamente Qualificados 1 137 28,9 1 127 30,5 -10Qualificados 1 985 50,4 1 784 48,3 -201Especializados 100 2,5 85 2,3 -15Contratos a Termo 11 0,3 12 0,3 1

3 931 100,0 3 695 100,0 -236

2008 2009Variação

Dirigentes2,0%

Quadros Superiores

14,6% Quadros Médios0,6%

Chefias de Secção

1,4%

Altamente Qualificados

30,5%

Qualificados48,3%

Especializados2,3%

Contratos a Termo0,3%

Verificaram-se alterações de nível de qualificação em 92 colaboradores e promoveram-se, com o

objectivo de concentração geográfica de recursos, 123 movimentações com alteração de local

de trabalho, estando associadas a 76 delas a atribuição de montante de compensação.

Os indicadores que medem a produtividade nas redes da distribuição, nomeadamente o número

de clientes por colaborador e a energia distribuída por colaborador, têm evoluído de forma

significativa conforme se observa nos gráficos seguintes.



45

600

800

1 000

1 200

1 400

1 600

1 800

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Nº de clientes por Colaborador

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

GW

h/C

ola

bo

rad

or

Energia distribuída por Colaborador


No âmbito do Plano de Rejuvenescimento de Quadros Superiores da EDP Distribuição e

enquadrado no Programa On Top, procedeu-se ao recrutamento e selecção de quadros

superiores. Este processo desenvolveu-se em duas fases, resultando da primeira a contratação de

36 quadros e da segunda a selecção de 33 quadros. Estes processos encontram-se em fase de

homologação.

No âmbito do desenvolvimento das pessoas, foi implementado o Projecto Navegar com o

objectivo principal de promover a mobilidade e a polivalência dos quadros superiores.

Concretizaram-se 24 rotações destes colaboradores para novas áreas de actividade.

Deu-se continuidade ao programa corporativo Jovens com Elevado Potencial (JEP) com a

realização de fóruns de conhecimento de “Estratégia” e de “Liderança, de Desenvolvimento de

Equipas”, e com a apresentação dos Planos de Desenvolvimento Individual pelos elementos

envolvidos. No mesmo âmbito, lançaram-se os programas A2 – Quadros com Potencial com a

integração de 43 quadros superiores, e “Executive Development Program” em que todos os

participantes efectuaram o seu Plano de Desenvolvimento Pessoal com apoio da respectiva

hierarquia.


No âmbito da formação profissional, concretizaram-se 5 135 participações em acções de

formação, o que correspondeu a uma taxa de participação de 139%. A taxa de ocupação em

formação foi de 0,8% e a taxa de cobertura representou 72%.

A formação profissional assenta no domínio e actualização dos conhecimentos e competências

individuais dos colaboradores, como condição primordial para a respectiva satisfação e



46

realização profissional, fundamental para a sustentação de uma organização empresarial

inteligente, próspera e socialmente responsável.

O Plano de Formação esteve aderente aos conceitos “Proximidade”, “Determinação” e

“Inovação”, e a respectiva concretização assume um compromisso que assenta nos objectivos de

desenvolvimento individual com a participação de todos na aquisição de competências e

disponibilização de oportunidades e meios, na responsabilidade da organização garantindo

disponibilidade no acesso à formação, no alinhamento com o negócio, na gestão do

conhecimento e na partilha com a sociedade.

A cultura de segurança e a gestão do risco mantiveram um papel fulcral neste Plano de

Formação, e mereceram relevo especial a formação em liderança com destaque para o

Programa Arquimedes, programa de Coaching dirigido às chefias superiores, e para o Programa

Sextante, programa de Mentoring dirigido a jovens quadros superiores. De referir também a

formação em Negociação e Comunicação e o workshop Gerir a sua Energia, acção destinada à

gestão do stress individual e das equipas.


Os resultados traduzidos pelo número total de acidentes e pelos índices de frequência e

gravidade, sustentam o sucesso que as práticas de gestão da prevenção e segurança seguidas

pela EDP Distribuição têm obtido nos últimos anos.

45 47

32 33

21

5,78

3,32

0

1

2

3

4

5

6

7

0

10

20

30

40

50

60

70

2005 2006 2007 2008 2009

Po

r m

ilh

ão d

e h

ora

s tr

abal

had

as

To

tal

de

acid

ente

s

Acidentes de Trabalho

Total de acidentes Por milhão de horas trabalhadas

Nas actividades asseguradas por colaboradores internos, registaram-se 21 acidentes com baixa

que representaram 3,32 acidentes por milhão de horas trabalhadas e ausências ao serviço de 239



47

dias por milhão de horas trabalhadas. É de realçar a ausência de acidentes mortais pelo quinto

ano consecutivo.

Na linha da actividade da Empresa neste âmbito, a Autoridade para as Condições de Trabalho

atribuiu à EDP Distribuição o “Prémio de Mérito de Boas Práticas” pela realização, em 2008, da

campanha de sensibilização para o cumprimento das regras de consignação de instalações

eléctricas sob o lema “Ligado à Vida”. Esta campanha contribuiu, já em 2009, para uma redução

de 48% nos acidentes de origem eléctrica.

Na sinistralidade com prestadores de serviços externos, há a registar a ocorrência de 33 acidentes,

sendo que 5 foram mortais. Visando reforçar a relação contratual com os prestadores de serviços

externos, foi prestado apoio técnico na actualização dos requisitos de segurança e dos

indicadores de desempenho constantes no Caderno de Encargos para a Empreitada Contínua a

iniciar em 2010.

Manteve-se o envolvimento de toda a linha hierárquica nas acções desenvolvidas neste âmbito e,

com o objectivo de reforçar o papel e a responsabilidade das Direcções Operacionais cujas

actividades são de maior exposição ao risco, reforçou-se a estrutura organizativa com a

nomeação dos coordenadores dos Grupos de Actividade para a prevenção e segurança,

elegeram-se os representantes do colaboradores para estas matérias e procedeu-se à

reorganização da Comissão de Segurança e das subcomissões regionais de segurança.

Para resposta à situação de pandemia de Gripe A (H1N1) declarada pela Organização Mundial

de Saúde, foi actualizado o Plano de Contingência existente e activados os meios de resposta e

medidas de prevenção e sensibilização previstas.



48

Análise Económica e Financeira

Balanço

Demonstração de Resultados

Investimento

Conservação

Financiamento

Principais indicadores



49

Balanço

No final do exercício, a situação patrimonial totalizou 5 946 milhões de euros (M€), reflectindo uma

redução de 267 milhões de euros (M€), relativamente a Dezembro de 2008:

RUBRICA 2008 2009 ∆%ACTIVO Imobilizado 4 742 4 774 0,7% Circulante 910 674 -25,9% Acréscimos e diferimentos 561 498 -11,2%Total 6 213 5 946 -4,3%CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVOCAPITAL PRÓPRIO 1 576 1 604 1,8%PASSIVO 4 637 4 342 -6,4% A médio e longo prazo 2 273 1 523 -33,0% A curto prazo 695 1 057 52,2% Acréscimos e diferimentos 1 669 1 762 5,6%

Total 6 213 5 946 -4,3%

Milhões de euros

Em termos de Activo, a descida reflectiu-se, sobretudo, no Circulante, designadamente, na

diminuição do crédito a clientes - conta corrente (-96 M€) e, a médio e longo prazo, na liquidação

do empréstimo concedido à EDP Serviço Universal (-115 M€). A diminuição dos acréscimos e

diferimentos activos em 63 M€ deveu-se essencialmente aos seguintes efeitos: (i) redução do valor

dos acessos em contadores relativos a comercializadores do grupo e (ii) decréscimo dos impostos

diferidos.

O Imobilizado representou 80% do Activo e a taxa de cobertura pelos Capitais Permanentes passou

para 66%.

Assinala-se o acréscimo de 28 M€ do Capital Próprio, em resultado, grosso modo, do incremento

do resultado liquido do exercício. No gráfico seguinte, pode observar-se a composição daquele

agregado.

Capital Social64%

Prest. Suplement. 6%

Reservas 23%

Resultado Líquido10%

Dividendos Antecipados‐3%



50

A rendibilidade dos capitais próprios subiu para 9,7%, em 2009, e a solidez da estrutura financeira

melhorou, passando o respectivo rácio de 0,7 para 1,1.

No domínio do Passivo, verifica-se uma redução de 295 milhões de euros, em resultado do

decréscimo significativo observado no exigível a médio e longo prazo que superou o efeito, de

sinal contrário, no exigível a curto prazo e nos acréscimos e diferimentos. A diminuição do exigível

a médio e longo prazo deveu-se, nomeadamente, ao desempenho da rubrica de suprimentos

contraídos a empresas do Grupo (EDP, SA), cujo valor final registou uma descida de 715 M€. Por

outro lado, no passivo a curto prazo assinala-se o acréscimo da dívida a empresas do Grupo,

correspondente ao saldo resultante da utilização do sistema financeiro do Grupo EDP.

O incremento de 93 milhões de euros, observado nos acréscimos e diferimentos passivos, resultou

do aumento verificado não só nos proveitos diferidos (subsídios ao investimento), mas também nos

outros acréscimos de custos.

Demonstração dos Resultados

A evolução dos custos e proveitos em 2009 foi a seguinte:

Milhões de euros2008 2009 Variação

Vendas de acessos * 2 376 1 663 -30,0%Compras de acessos 1 198 450 -62,5%Margem Bruta 1 178 1 213 3,0%Prestação de serviços 34 15 -54,8%Trabalhos para a própria empresa 179 165 -7,9%Reversões de amortizações 6 10 55,1%Outros proveitos operacionais 120 122 1,6%Proveitos Operacionais Líquidos 1 517 1 525 0,5%Consumo de materiais 98 87 -10,4%Fornecimentos e serviços externos 226 229 1,1%Pessoal 314 329 4,7%Amortização de imobilizado 361 366 1,4%Ajustamento de dívidas a receber 7 2 -67,5%Provisões 154 103 -32,8%Rendas das concessões 228 240 5,3%Outros custos operacionais 27 28 5,1%Custos Operacionais Líquidos 1 415 1 385 -2,1%Resultados Operacionais 102 140 37,3%Resultados Financeiros - 85 - 70 -16,8%Resultados Extraordinários 143 152 6,0%Resultados antes de impostos 160 221 38,0%

* Inclui ajustamento tarifário



51

A margem bruta, registou um crescimento de 3%, atingindo o valor de 1 213 M€, que inclui o

acerto do desvio tarifário de 2008, no valor de 6 M€.

As vendas de acessos, no total de 1 663 M€, apresentaram uma redução de 30%, relativamente a

2008, não compensando, em valor absoluto, a diminuição de 63%, verificada nas compras de

acessos.

A quebra acentuada do valor das vendas de acessos, sem impacto na margem (proveitos

permitidos), deve-se ao efeito regulamentar (Decreto-Lei nº 165/2008, de 21 de Agosto) que prevê

mecanismos de estabilização tarifária aplicáveis em períodos de excepcionais variações de custos.

O impacto mais significativo observou-se na tarifa relativa ao Uso Global do Sistema.

As compras de acessos à REN ascenderam a 802 M€, amortecidas pela devolução à EDP

Distribuição do valor de 352 M€, como consequência do ajustamento do sobrecusto pago aos

produtores em regime especial, nos anos de 2007 e 2008, cujo preço médio de compra tinha sido

previsto em excesso nas tarifas de venda aos clientes finais do Mercado Regulado.

Os trabalhos para a própria empresa, que representam cerca de 11% dos proveitos operacionais

líquidos, verificaram uma redução de 8%, em relação a 2008, devido à diminuição do consumo dos

materiais para investimento.

Quanto aos restantes proveitos operacionais, há a destacar o valor dos subsídios ao investimento,

no montante de 88 M€, observando uma variação negativa de 3%, quando comparado com 2008.

No âmbito dos custos operacionais, vem-se observando, no último triénio, uma melhoria de

performance patente no gráfico.

1 509

1 485

1 415

1 385

2006 2007 2008 2009

Milhões de euros

-5%

-2%

-5%

-2%

-2%



52

Neste agregado de custos salienta-se:

• incremento de cerca de 5% nas naturezas custos com pessoal, rendas de concessões e nos

impostos e outros custos;

• diminuição de 10% no consumo de materiais e de 33% nas provisões.

O aumento observado nos custos com pessoal está relacionado com as contribuições para o

fundo de pensões. Assinala-se um decréscimo de 51 M€ nas provisões, em consequência, por um

lado, das dotações constituídas no âmbito do Programa de Adequação de Efectivos (PAE): em

2008 provisionaram-se 38 M€ e, em 2009, não houve dotação; por outro lado, das provisões para

outros encargos que diminuíram cerca de 9 M€.

As amortizações e ajustamentos, não obstante terem aumentado ligeiramente o seu peso nos

custos operacionais, mantiveram-se nos 368 M€.

Os fornecimentos e serviços externos, que têm um peso estrutural de 17%, cresceram cerca de 3

M€.

Os Resultados Operacionais, prosseguindo a tendência crescente que vem desde 2007,

apresentaram um valor superior ao do ano anterior em 37%, devido, sobretudo, à melhoria da

margem bruta e à redução verificada nas provisões.

Analisando a evolução dos custos de exploração (OPEX) - definidos como o somatório do

consumo de materiais, dos custos com pessoal e dos FSE, excluindo os trabalhos para a própria

empresa expurgados dos encargos financeiros - por unidade de energia saída das redes, verifica-

se, a preços constantes, uma redução de cerca de 7% ao ano, entre 2004 e 2009, situando-se

neste último ano em 1,07 cêntimos por kWh, a preços de 2009, facto que reflecte um considerável

aumento da produtividade da empresa, no período em análise.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

2004 2005 2006 2007 2008 2009

cêntim

os €/kWh. Preços 20

09

OPEX/Energia Distribuída

-0,60

-0,40

-0,20

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

2004 2005 2006 2007 2008 2009

cên

tim

os/

kWh

Decomposição dos Custos Unitários

Materiais diversos FSE

Pessoal Trabalhos p/ própria empresa

OPEX



53

O quadro que se segue ilustra o impacto da evolução dos custos e proveitos no Valor

Acrescentado e nos Resultados da Empresa.

Conta de Resultados

2008 2009 Variação

Vendas de electricidade 2 376 1 663 -30,0%Outras vendas e prestações de serviços 38 21 -44,7%Trabalhos para a própria empresa (a) 165 153 -7,3%Proveitos Inerentes ao Valor Acrescentado (+) 2 579 1 837 -28,8%Compras de electricidade 1 198 450 -62,4%Consumo de materiais diversos 98 87 -11,2%Fornecimentos e serviços externos (b) 224 227 1,3%Impostos Indirectos 1 2 100,0%Consumos Intermédios (-) 1 521 766 -49,6%Valor Acrescentado Bruto (=) 1 058 1 071 1,2%Despesas com o pessoal (b) (-) 285 294 3,2%Outros encargos de exploração (-) 254 266 4,7%Outros proveitos de exploração (+) 116 117 0,9%Excedente Bruto de Exploração (=) 635 628 -1,1%Despesas financeiras (-) 112 85 -24,1%Receitas financeiras (+) 27 15 -44,4%Imputação de despesas financeiras a TPE (+) 13 11 -15,4%Resultados extraordinários (b) (+) 1 -3 -400,0%Estimativa de IRC (-) 46 65 41,3%Meios Libertos Líquidos (Cash-Flow) (=) 518 501 -3,3%Amortizações (-) 361 366 1,4%Ajustamentos - reversões de dívidas a receber (-) - -7 -Provisões (líquidas) (-) 43 -14 -132,6%Resultado Líquido (=) 114 156 36,8%(a) Sem encargos financeiros imputados a investimento

Milhões de euros

(b) Expurgados das regularizações de provisões, incluindo PAR, não consideradas nos resultados operacionais

O Valor Acrescentado Bruto (VAB) registou um acréscimo de cerca de 1%, em 2009. Com efeito, a

redução observada nos consumos intermédios (-50%), como consequência da acentuada

diminuição nas compras de acessos (-62%), reforçada pelo decréscimo no consumo de materiais

diversos (-12%), foi superior à variação, de igual sinal, verificada nos proveitos (-29%).

O Cash-Flow ascendeu a 501 M€ face aos 518 M€ do ano de 2008, representando uma quebra de

cerca de 3%.

Estes efeitos conduziram a um resultado líquido de 156 M€, verificando-se um acréscimo de 42 M€

em relação ao ano anterior, justificado, designadamente, pela redução nas provisões líquidas.



54

Investimento

O investimento em 2009, a custos totais, atingiu 318 milhões de euros, incluindo 11 milhões de euros

de encargos financeiros.

Investimento a Custos Totaismilhares de euros

Rubrica 2008 2009 Variação

Específico 285 791 283 183 -0,9%Alta Tensão 73 322 64 456 -12,1%Média Tensão 65 463 70 673 8,0%Baixa Tensão 112 990 109 031 -3,5%Iluminação Pública 18 440 20 933 13,5%Outros 15 576 18 090 16,1%Não específico 18 698 23 649 26,5%Sistemas informáticos 9 607 9 960 3,7%Outros 9 091 13 689 50,6%Investimento a custos técnicos 304 489 306 832 0,8%Encargos Financeiros 13 248 11 222 -15,3%Investimento a custos totais 317 737 318 054 0,1%

Foram subsidiados em numerário 58 M€, o que representou 20% do investimento específico a custos

técnicos, tendo-se observado um decréscimo de 4% relativamente ao valor destas

comparticipações no ano anterior. As comparticipações em espécie atingiram o montante de 79

M€, contra 44 M€ em 2008.

Conservação

Os custos totais de conservação, no ano 2009, ascenderam a 138 M€, correspondendo 61% a Baixa

Tensão.

Conservação a custos totais milhares de euros

Rubrica 2008 2009 Variação

AT 17 983 15 308 -14,4%

MT 31 057 31 513 1,5%

BT 81 047 83 651 3,2%Outros 7 533 7 176 -4,7%

Total 137 620 137 648 0,0%

AT11%

MT23%

BT61%

Outros5%



55

Considerando o imobilizado específico, os custos totais de manutenção em 2009 atingiram 2,9 €

por MWh entregue pelas redes de distribuição, contra 2,8 € no ano anterior.

Financiamento

A evolução da dívida da EDP Distribuição em 2009, no que diz respeito ao financiamento obtido

junto da EDP, é mostrada no quadro seguinte:

Dívida

Médio e Longo Prazo 1 343 56,6% 628 99,4%Curto Prazo 1 030 43,4% 4 0,6%

Total 2 373 100% 632 100,0%

milhões de eurosSaldo inicial Saldo final

Em 2009, a dívida à EDP teve um decréscimo de 1 741 M€. A de médio e longo prazo registou uma

redução de 715 M€, devido a reembolso parcial de suprimentos. A evolução favorável da dívida a

curto prazo traduz as liquidações efectuadas pelos recebimentos da EDP Serviços Universal,

referente à titularização dos défices tarifários de 2007/2008 e de 2009.

Os encargos financeiros com a dívida ascenderam a 79 M€, parcialmente compensados pelos

proveitos financeiros associados ao financiamento concedido à EDP Serviço Universal, no valor de

2 M€.

No final de 2009 as Disponibilidades em Caixa e Bancos totalizavam 0,9 M€.



56

Principais Indicadores

A rendibilidade e a estrutura financeira da empresa podem ser observadas através do conjunto de

indicadores constante no quadro seguinte:

INDICADORES 2008 2009

Rendibilidade dos Capitais Próprios

Resultado Líquido / Capital Próprio (%) 7,2 9,7

Rendibilidade Económica

Resultado Operacional / Activo Total (%) 1,6 2,4

Rendibilidade das vendas

Resultado Líquido / Vendas (%) 4,7 9,3

Rotação do Activo Total

Vendas/Activo ( %) 38,6 28,0

Autonomia Financeira

Capital Próprio / Activo Total ( %) 25,2 27,0

Liquidez Geral

Activo Circulante (*) / Passivo de Curto Prazo (%) 51,4 24,5

Estrutura Financeira

Capital Próprio / Passivo de Médio e Longo Prazo 0,7 1,1

Capacidade de Autofinanciamento

Cash Flow / Investimento a Custos Técnicos 1,7 1,6

Cobertura do Imobilizado

Capitais Permanentes / Activo Imobilizado (%) 81,2 65,5

Solvabilidade Total

Activo / Passivo 1,3 1,4

Prazo Médio de Recebimentos (dias) 40 33

Taxa de Cobertura das Existências

Existências/Consumos x12 2,0 2,5

VAB por trabalhador (milhares de euros)

VAB/Efectivos Médios (**) 264,5 284,4

Vendas por trabalhador (milhares de euros)

Vendas/Efectivos Médios(**) 603,4 446,7

(*) Deduzido dos Créditos de MLP (**) Sem os efectivos requisitados pela Holding

A análise do quadro permite destacar a performance da rendibilidade dos capitais próprios que foi

de 9,7%. A autonomia financeira aumentou de 25,2% para 27%. A produtividade melhorou cerca

de 8% no rácio Valor Acrescentado Bruto (VAB) por trabalhador.



57

Considerações Finais

Perspectivas para 2010

Proposta de Aplicação de Resultados

Nota Final



58

Considerações Finais

Perspectivas para 2010

O ano de 2010 manter-se-á como um ano de grandes desafios para a EDP Distribuição, em que a

sua actuação será marcada pelos novos desafios que os operadores de redes enfrentam num

contexto macroeconómico adverso.

Estes desafios estão associados à pressão a que o sector está sujeito, relacionada com temas

ambientais e tecnológicos, com repercussões importantes no planeamento e operação da rede,

na necessidade de prestar mais informação aos clientes e na utilização de novas tecnologias.

A Empresa estará fortemente empenhada no desenvolvimento e aplicação dos novos programas

e acções, já implementadas e a implementar no âmbito do Programa Distribuição 2012, que darão

resposta àqueles desafios, nomeadamente, o Projecto InovGrid promovendo a evolução do

negócio do Operador de Redes para paradigma das Redes Inteligentes, Veículo Eléctrico

assegurando o desenvolvimento de uma rede de abastecimento deste tipo de veículos, e

aplicação de novas tecnologias como, por exemplo, na Iluminação Pública.

É um esforço financeiro significativo que deverá ser reconhecido pelas entidades competentes, e

que terá que se desenvolver conjuntamente com uma política de forte disciplina a nível do

investimento e dos custos operacionais.

O actual contexto económico do País continuará a ter repercussões, entre outras, no nível de

consumo de energia eléctrica, cujos efeitos nos resultados da Empresa se manterão à semelhança

do verificado em 2009.

Por outro lado, a estrutura organizativa, recentemente revista, a plena implementação da

inovação conseguida na gestão de processos e utilização de novas tecnologias, e a adopção de

novos processos, manterão a operacionalidade da Empresa com os resultados positivos, já

demonstrados, na obtenção de ganhos acrescidos em eficiência e competitividade em todas as

áreas de actividade.

À semelhança do verificado nos anos anteriores, manter-se-á o empenho e dedicação dos

colaboradores, essencial para a concretização dos objectivos estabelecidos, mantendo-se assim o

esforço de tornar a EDP Distribuição uma Empresa cada vez mais “amiga” onde se goste de

trabalhar.



59

Proposta de Aplicação de Resultados

Nos termos do Artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais e do Artigo 27º dos Estatutos da

EDP Distribuição – Energia, o Conselho de Administração propõe que o resultado líquido do

exercício de 2009, no valor de 155 818 295 euros, tenha a seguinte aplicação:

Reserva legal 7 790 914,76

Dividendos 134 000 000,00

Distribuição de Resultados aos Corpos Sociais 290 000,00

Distribuição de Resultados aos Colaboradores 13 662 000,00

Resultados Transitados 75 380,44

Resultado Líquido de 2009 155 818 295,20

Nota Final

O Conselho de Administração agradece a todos os colaboradores da Empresa que, com grande

empenho, permitiram que esta tivesse enfrentado com sucesso os desafios que o mercado lhe tem

colocado.

O Conselho manifesta particular apreço ao Revisor Oficial de Contas pela inteira disponibilidade

demonstrada.

Lisboa, 25 de Fevereiro de 2010

O Conselho de Administração

João José Saraiva Torres

Ângelo Manuel de Melo Sarmento

Miguel Stilwell d’Andrade



60

Anexos

Anexo ao Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Documentos de Apreciação e Certificação



61

Anexo ao Relatório de Gestão

1) Artº 447º, Nº 5, do Código das Sociedades Comerciais

Participações que os membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade detêm

na EDP – Energias de Portugal, S.A., Holding do Grupo no qual se integra a EDP Distribuição –

Energia, S.A.: ACÇÕES DA EDP DETIDAS POR TITULARES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA EDP DISTRIBUIÇÃOAnexo referido no nº5 do Artigo 447º do CSC

Movimentosem

2009

Preço Médio Aquisição/Alienação

Saldo(Nº Acções)31/12/2009

em2009

Saldo(Nº Acções)31/12/2008

em2008

Conselho de Administração

João José Saraiva Torres 7 268 * - 31 724 24 456

Ângelo Manuel de Melo Sarmento 5 169 ** 2,840 37 314 32 145

Miguel Stilwell d'Andrade 16 396 ** 2,600 28 460 12 064

* Atribuição de parte do prémio em acções** Atribuição de parte do prémio em acções e aquisição em bolsa

2) Artº 448º, Nº 4, do Código das Sociedades Comerciais

Accionistas que, em 31 de Dezembro de 2009, eram titulares do capital da EDP Distribuição –

Energia, S.A.:

EDP – Energias de Portugal, S.A., com sede na Praça Marquês de Pombal, 12, Lisboa: 100%

do capital social.


O Conselho de Administração

João José Saraiva Torres

Ângelo Manuel de Melo Sarmento

Miguel Stilwell d’Andrade



62

Demonstrações Financeiras

31 de Dezembro de 2009 e 2008



63

EDP Distribuição - Energia, S.A.

Demonstração dos Resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Notas 2009 2008

Vendas 4 1.668.377 2.379.784Custo das vendas 4 (537.059) (1.295.791)

Margem bruta 1.131.318 1.083.993

Proveitos operacionais Prestação de serviços 4 15.359 34.000 Trabalhos para a própria empresa 5 164.685 178.715

6 37.466 30.377

217.510 243.092

1.348.828 1.327.085

Outros custos operacionais Fornecimentos e serviços externos 7 (228.643) (226.102) Custos com o pessoal 8 (329.135) (314.475) Outros custos de exploração 9 (268.365) (254.990)

(826.143) (795.567)

Resultados Operacionais Brutos 522.685 531.518

Provisões do exercício 11 (103.092) (153.500) Ajustamentos do exercício 10 (2.146) (6.600) Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 12 (366.015) (360.923) Compensações de amortizações 12 88.690 91.796

Resultados Operacionais 140.122 102.291

Resultados Financeiros 13 (70.395) (84.629)

Resultados Correntes 69.727 17.662

Resultados Extraordinários 14 151.277 142.469

Resultados Antes de Impostos 221.004 160.131

Imposto sobre o rendimento do exercício 15 (65.186) (46.010)

Resultado líquido do exercício 155.818 114.121

Resultado por acção (Básico e Diluído) - Euros 0,76 0,56

(Milhares de Euros)

Outros proveitos de exploração


O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração



64


Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Notas 2009 2008

Activo

Imobilizado corpóreo 16 4.668.597 4.636.565 Imobilizado incorpóreo 17 188 350 Investimentos financeiros 18 105.120 105.121 Activo por impostos diferidos 19 189.317 195.920 Clientes 21 82.580 82.042 Devedores e outros activos 22 332.718 470.946

Total de Activos Não Correntes 5.378.520 5.490.944

Existências 20 18.377 16.280 Clientes 21 185.306 281.191 Devedores e outros activos 22 47.634 23.705 Acréscimos e diferimentos activos 23 308.643 364.838 Impostos a receber 24 6.736 8.183 Caixa e equivalentes de caixa 25 880 27.883

Total de Activos Correntes 567.576 722.080

Total do Activo 5.946.096 6.213.024

Capitais Próprios

Capital 26 1.024.500 1.024.500 Prestações suplementares 26 95.000 95.000 Reservas e resultados acumulados 27 369.819 364.195 Resultado líquido do exercício 155.818 114.121 Dividendos antecipados 27 (41.000) (22.000)

Total dos Capitais Próprios 1.604.137 1.575.816

Passivo

Dívida financeira 28 628.125 1.343.125 Provisões para riscos e encargos 29 893.399 928.323 Passivo por impostos diferidos 19 65.188 66.750 Credores e outros passivos 30 1.256 1.542

Total de Passivos Não Correntes 1.587.968 2.339.740

Dívida financeira 28 - 90 Credores e outros passivos 30 1.044.138 673.301 Acréscimos e diferimentos passivos 31 1.696.396 1.602.444 Impostos a pagar 32 13.457 21.633

Total dos Passivos Correntes 2.753.991 2.297.468

Total do Passivo 4.341.959 4.637.208

Total dos Capitais Próprios e Passivo 5.946.096 6.213.024

(Milhares de Euros)


O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração



65


Demonstração dos Fluxos de Caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

2009 2008

Actividades OperacionaisRecebimentos de clientes 1.832.217 2.445.272Pagamentos a fornecedores (733.783) (1.296.253)Pagamentos ao pessoal (270.046) (266.583)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional (229.611) (147.613)

Fluxo gerado pelas operações 598.777 734.823

Recebimentos / (pagamentos) de imposto sobre o rendimento 32.332 (116.833)

Fluxo das Actividades Operacionais 631.109 617.990

Actividades de InvestimentoRecebimentos: Investimentos financeiros - 795 Empréstimos concedidos 115.090 - Imobilizado corpóreo e incorpóreo 2.399 8.059 Subsídios ao investimento 124.022 93.464 Juros e proveitos similares 2.121 26.738

243.632 129.056Pagamentos: Investimentos financeiros - (95.000) Imobilizado corpóreo e incorpóreo (392.167) (383.418)

(392.167) (478.418)Fluxo das Actividades de Investimento (148.535) (349.362)

Actividades de FinanciamentoRecebimentos: Empréstimos obtidos 448.963 - Prestações suplementares - 95.000

448.963 95.000Pagamentos: Empréstimos obtidos (715.090) (244.436) Amortização de contratos de locação financeira (784) (714) Juros e custos similares (63.016) (96.241) Dividendos pagos (179.650) (22.000)

(958.540) (363.391)

Fluxo das Actividades de Financiamento (509.577) (268.391)

Variação de caixa e seus equivalentes (27.003) 237

Caixa e seus equivalentes no início do período 27.883 27.646Caixa e seus equivalentes no fim do período (*) 880 27.883

(Milhares de Euros)

(*) Ver detalhe da composição da rubrica 'Caixa e equivalentes de caixa' na Nota 25 às Demonstrações

Financeiras



66


Mapa de Alterações aos Capitais Próprios em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Total dos ReservasCapitais Capital Prestações Reserva Outras e resultadosPróprios social suplementares legal reservas acumulados

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 1.462.137 1.024.500 - 114.428 247.255 75.954

Reforço da reserva legal - - - 2.088 - (2.088)

(14.081) - - - - (14.081) Pagamento de dividendos (22.000) - - - - (22.000) Imposto corrente e diferido 3.639 - - - - 3.639 Constituição de prestações suplementares 95.000 - 95.000 - - - Distribuição de reservas (41.000) - - - (41.000) Resultado líquido do exercício 114.121 - - - - 114.121 Dividendos antecipados (22.000) - - - - (22.000)

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 1.575.816 1.024.500 95.000 116.516 247.255 92.545

Reforço da reserva legal - - - 5.706 - (5.706)

(14.758) - - - - (14.758) Pagamento de dividendos (71.650) - - - - (71.650) Imposto corrente e diferido 3.911 - - - - 3.911 Distribuição de reservas (4.000) - - - - (4.000) Resultado líquido do exercício 155.818 - - - - 155.818 Dividendos antecipados (41.000) - - - - (41.000)

Saldos em 31 de Dezembro de 2009 1.604.137 1.024.500 95.000 122.222 247.255 115.160

Distribuição de resultados a colaboradores / Gratificações de balanço

Distribuição de resultados a colaboradores / Gratificações de balanço



67

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados

1. Actividade económica

a) Objecto e detentores de capital

A EDP Distribuição - Energia, S.A., pessoa colectiva nº 504394029, com sede na Rua Camilo Castelo

Branco, nº 43, em Lisboa, registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, com o nº

8847, foi constituída, nos termos do disposto no Decreto-Lei nº 4/2000, de 29/01, por fusão das

sociedades distribuidoras de energia eléctrica, CENEL – Electricidade do Centro, S.A., EN –

Electricidade do Norte, S.A., LTE – Electricidade de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. e SLE – Electricidade

do Sul, S.A., através da constituição de uma nova sociedade.

A EDP Distribuição - Energia, S.A., tem por objecto a distribuição e venda de energia eléctrica nas

áreas onde se encontra legalmente autorizada. O seu capital social é de 1.024.500.000 Euros e

encontra-se integralmente subscrito e realizado pela EDP – Energias de Portugal, S.A.

Com a publicação do DL 29/2006, complementado pelo DL 172/2006, foram estabelecidas as

novas leis de base do sector eléctrico, revogando-se o regime consagrado na legislação de 1995

e, procedendo-se simultaneamente à transposição para o ordenamento jurídico português da

Directiva nº 2003/54/CE. A figura de "Comercializador de Ultimo Recurso" (CUR), prevista na

Directiva, foi também enquadrada na ordem jurídica interna, tendo sido atribuída à EDP

Distribuição a obrigação de criar uma entidade autónoma para desempenhar aquela actividade.

Nestes termos, o Conselho de Administração da EDP Distribuição deliberou, no dia 15 de Dezembro

de 2006, constituir a sociedade anónima denominada EDP Serviço Universal, S.A. A partir do dia 1

de Janeiro de 2007, a EDP Distribuição centrou-se na operação de redes tendo transferido a

actividade de venda de electricidade para a nova empresa EDP Serviço Universal, que passou a

assegurar a continuidade do fornecimento de energia eléctrica aos consumidores no regime de

tarifa regulada.

As demonstrações financeiras da empresa são consolidadas pela EDP – Energias de Portugal, S.A.,

sua accionista e empresa mãe do Grupo EDP.



68

b) Regime de preços de venda de acessos

A comercialização de electricidade é livre, sujeita à atribuição de licença, sendo, para o efeito,

assegurado aos comercializadores o direito de acesso às redes de transporte e de distribuição,

mediante o pagamento de tarifas reguladas pela ERSE.

Os preços de venda dos acessos à rede de distribuição de energia eléctrica (tarifas) para 2009

foram fixados pelo Despacho n.º 59/2009 da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE),

de 15 de Dezembro de 2008, publicado no Diário da República n.º 1 (2ª série), de 2 de Janeiro de

2009.

c) Regime de concessão da distribuição de energia eléctrica

Em Alta e Média Tensão

A distribuição de electricidade processa-se através da exploração da Rede Nacional de

Distribuição (RND), que compreende a rede em média e alta tensões e as redes de distribuição em

baixa tensão, e é exercida igualmente mediante a atribuição de uma concessão de serviço

público. A concessão para a exploração da RND em média e alta tensões é atribuída pelo Estado

por um prazo de 35 anos e é actualmente exercida pela EDP Distribuição.

Em Baixa Tensão

De acordo com o estabelecido em legislação específica (Decreto-Lei nº 344-B/82), o direito de

distribuir energia eléctrica em baixa tensão em Portugal está atribuído aos municípios. No entanto,

foi prevista a possibilidade desta actividade ser exercida pela Empresa, por concessão, através da

celebração do respectivo contrato de concessão, por períodos que vigoram de um modo geral

pelo prazo de 20 anos, podendo ser revogados com aviso prévio de 2 anos. No processo de cisão

da EDP, S.A., ocorrido em 1994, esta possibilidade foi mantida em relação às quatro Empresas de

Distribuição de Electricidade então criadas, posteriormente objecto de fusão no ano de 2000 na

EDP Distribuição, S.A. Estas concessões têm como contrapartida o pagamento de uma renda aos

municípios concedentes.

Em conformidade com o diploma legal acima referido, a concessão da distribuição de energia

eléctrica em baixa tensão não envolve a alienação dos patrimónios próprios dos Municípios

concedentes, os quais se conservarão na propriedade destes sem prejuízo da sua afectação à

exploração da Empresa.



69

Na base desta disposição, a Empresa considera o valor de tais patrimónios nas contas de

imobilizações corpóreas (Nota 16), sendo as mesmas compensadas por uma conta incluída no

passivo a médio e longo prazo (Nota 30), conforme referido na política contabilística definida na

Nota 2 d).

d) Bens de domínio público

Em Portugal, alguns imobilizados afectos à Produção e Distribuição de energia eléctrica no SEN

estão sujeitos ao regime de domínio público. Estes imobilizados estão afectos à actividade da EDP

Distribuição que os pode administrar livremente embora, no âmbito do domínio do comércio

jurídico privado, não possa dispor dos mesmos enquanto se mantiver a sua afectação ao regime

de domínio público.

2. Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

As demonstrações financeiras da Empresa foram preparadas de acordo com os princípios

contabilísticos geralmente aceites em Portugal, atendendo à sua relevância, fiabilidade,

comparabilidade, segundo a convenção dos custos históricos e na base da continuidade das

operações da empresa, em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da

prudência, da consistência, da substância sob a forma, da materialidade e de especialização dos

exercícios, de modo a que as contas evidenciem uma imagem verdadeira e adequada dos

resultados da empresa. Com vista a proporcionar uma apresentação mais adequada da posição

financeira da Empresa, o Conselho de Administração optou, à data de 31 de Dezembro de 2003,

pela adopção das Normas Internacionais nº 19 e nº 39, subsidiariamente de acordo com o

estabelecido na Directriz Contabilística nº 18.

As notas explicativas que se seguem respeitam uma numeração sequencial das rubricas de

balanço e da demonstração de resultados das peças contabilísticas incluídas nas Demonstrações

Financeiras. Toda a informação financeira exigida de acordo com o Plano Oficial de

Contabilidade e enunciada nos Elementos Contabilísticos Exigidos pelo POC, é integralmente

desenvolvida nas notas às demonstrações financeiras a seguir apresentadas.

As demonstrações financeiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de

Administração da EDP Distribuição, S.A. no dia 25 de Fevereiro de 2010. As demonstrações

financeiras são expressas em milhares de Euros, arredondadas ao milhar mais próximo.



70

A preparação das demonstrações financeiras requer que o Conselho de Administração formule

julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o

valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são

baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as

circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja

valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das

estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para

as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na Nota 3

(Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras).

b) Comparabilidade das demonstrações financeiras

Não existem situações que afectem a comparabilidade das demonstrações financeiras face ao

exercício anterior.

c) Participações financeiras em empresas do Grupo

Os investimentos financeiros em Empresas do Grupo estão registados ao custo de aquisição. Nos

casos em que o valor recuperável do investimento efectuado for inferior ao seu valor contabilístico

(custo de aquisição) será constituído um ajustamento para investimentos financeiros até ao limite

do mesmo.

d) Imobilizações corpóreas

Imobilizações de propriedade da empresa

As imobilizações corpóreas estão registadas pelos valores de custo (de aquisição ou construção)

líquidos das amortizações acumuladas, com excepção dos bens existentes à data da cisão da EDP

ocorrida em 1994, que se encontram registadas pelos valores resultantes da avaliação efectuada

no exercício de 1992. As imobilizações incluem encargos financeiros e diferenças de câmbio

capitalizados durante a fase de construção, resultantes de empréstimos contraídos para as

financiar, bem como encargos de estrutura, conforme indicado na alínea o) desta nota.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes por duodécimos, de acordo

com os limites das taxas legalmente fixadas para as empresas do Grupo EDP, em conformidade

com o Artº. 39º do Estatuto da EDP – EP, por despacho do Secretário de Estado da Energia e

Indústrias de Base de 1 de Fevereiro de 1979 e do Secretário de Estado do Orçamento de 28 de

Março de 1979, de forma a reintegrarem os activos durante a vida útil estimada para cada classe



71

de imobilizações. Os encargos financeiros e os encargos de estrutura imputados às imobilizações

são amortizados às mesmas taxas das classes de imobilizado que afectam.

É política da EDP Distribuição reconhecer como proveitos na rubrica de Outros proveitos

operacionais – Compensação de amortizações de imobilizados comparticipados, o montante

proporcional correspondente à amortização das imobilizações corpóreas comparticipadas por

clientes.

As despesas de reparação e manutenção corrente do imobilizado são consideradas como custos

do exercício no ano em que ocorrem. As despesas relacionadas com grandes reparações e

benfeitorias são consideradas como custos diferidos e transferidos para custos do exercício num

período máximo de 6 anos.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações das imobilizações corpóreas são calculadas

segundo o método das quotas constantes de acordo com os seguintes períodos de vida útil

esperada dos bens:

Número de

anos

Ao abrigo do regime do DL 344-B/82 10 a 30Edifícios e outras construções 8 a 50Equipamento básico: Distribuição de electricidade 10 a 30 Outro equipamento básico 5 a 10Equipamento de transporte 3 a 7Equipamento administrativo e utensílios 3 a 10Outras imobilizações corpóreas 10 a 50

Imobilizações corpóreas afectas às concessões da EDP Distribuição

Nos termos do Decreto-Lei nº 344-B/82, a concessão da distribuição de energia eléctrica em baixa

tensão não implica a alienação dos patrimónios dos Municípios concedentes, os quais se

conservarão na propriedade formal destes, sem prejuízo da sua afectação à exploração pela

Empresa. Em conformidade com o precedente, os imobilizados afectos à concessão são

evidenciados como imobilizações corpóreas, com contrapartida no passivo a médio e longo prazo

na rubrica de Credores e outros passivos (Conta de Regularização do DL 344-B/82), Nota 30.

As imobilizações corpóreas afectas às concessões (Rede de Distribuição de Baixa Tensão) estão

registadas ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade.

A amortização destes activos é calculada na mesma base e com as mesmas taxas de

amortização utilizadas para as imobilizações corpóreas propriedade da Empresa, utilizando o



72

método das quotas constantes. O custo desta amortização é compensado na rubrica de

amortizações (Nota 12), pela redução, em igual montante, da responsabilidade para com os

Municípios registada no passivo.

A manutenção e a reparação destas imobilizações corpóreas são da responsabilidade da

Empresa durante o período de vigência do contrato de concessão. Os custos de manutenção e

reparação são registados nos resultados do período em que são incorridos, em conformidade com

o princípio da especialização dos exercícios.

e) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas são constituídas por despesas de instalação, investigação e

desenvolvimento, estando valorizadas ao custo de aquisição, líquido das reintegrações

acumuladas.

As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, numa base mensal, a

partir do mês de entrada em exploração económica, de acordo com os seguintes períodos de

vida útil esperada dos bens:

Número de anos

55

Despesas de InstalaçãoDespesas de Investigação e Desenvolvimento

f) Locações

A Empresa classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações

operacionais em função da sua substância e não da sua forma legal. São classificadas como

locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um

activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas

como locações operacionais.

Locações financeiras

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo,

pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de

locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é registado nos

resultados e (ii) pela amortização financeira do capital, a qual é deduzida ao passivo. Os encargos



73

financeiros são reconhecidos nos resultados do período ao longo do prazo da locação, a fim de

produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em

cada período.

g) Subsídios ao investimento

Os subsídios atribuídos à Empresa, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações

corpóreas são registados, como proveitos diferidos, na rubrica de acréscimos e diferimentos, e

reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das

imobilizações corpóreas subsidiadas.

h) Existências

As existências são valorizadas ao menor entre o seu custo de aquisição e o seu valor realizável

líquido. O custo das existências inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros

custos incorridos para colocar as existências no seu local e na sua condição actual. O valor

realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado no decurso normal da actividade

deduzido dos respectivos custos de venda.

As saídas de armazém (consumos) são valorizadas ao custo médio ponderado.

i) Contas a receber

As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, o qual é, subsequentemente

deduzido dos ajustamentos de dívidas a receber que lhe estejam associadas.

Os ajustamentos de dívidas a receber são registados com base na avaliação das perdas

estimadas, associadas aos créditos de cobrança duvidosa na data do balanço. Os ajustamentos

são registados por contrapartida dos resultados, sendo subsequentemente revertidos também por

resultados caso se verifique uma redução da perda estimada, num período posterior.

j) Benefícios aos empregados

Pensões

A EDP Distribuição atribui benefícios pós-reforma aos seus colaboradores sob a forma de planos de

benefícios definidos, nomeadamente, planos de pensões que garantem complementos de

reforma por idade, invalidez e sobrevivência e pensões de reforma antecipada.



74

Planos de benefícios definidos

Para este efeito, o plano de benefícios definido é financiado através de um Fundo de pensões

fechado complementado por provisão específica. Neste fundo encontram-se incluídas as

responsabilidades com complementos de reforma, bem como as responsabilidades relativas a

reformas antecipadas.

O plano de pensões existente na empresa corresponde a um plano de benefícios definidos, uma

vez que define os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá

durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, os anos

de serviço e a retribuição à data da reforma.

As responsabilidades da Empresa com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data

de fecho de contas, por peritos independentes, com base no Método da Unidade de Crédito

Projectada. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de

mercado associadas a obrigações de empresas de “rating” elevado, denominadas na moeda em

que os benefícios serão pagos e com uma maturidade semelhante à data do termo das

obrigações do plano.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente, resultantes (i) das diferenças entre os

pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das

alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidas de forma sistemática nos resultados do

exercício através da amortização do montante que exceda, no ano anterior, o maior montante

correspondente a 10% do valor das responsabilidades ou dos activos do Fundo. Estas amortizações

são calculadas para o período correspondente ao tempo médio remanescente de trabalho

estimado da população activa.

O aumento de custos com serviços passados decorrente de reformas antecipadas (reformas antes

do empregado atingir a idade da reforma) é reconhecido nos resultados quando incorrido.

Anualmente, a Empresa reconhece como um custo, na sua demonstração de resultados, um valor

total líquido que inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o custo dos juros, (iii) o rendimento

esperado dos activos do fundo, (iv) o efeito das reformas antecipadas e (v) o efeito da

amortização dos ganhos e perdas actuariais.



75

Outros benefícios

Planos de cuidados médicos

A Empresa concede benefícios relativos a cuidados médicos durante o período de reforma e de

reforma antecipada, através de mecanismos complementares aos dos sistemas de segurança

social. Estes planos de cuidados médicos são classificados como planos de benefícios definidos

sendo as responsabilidades cobertas por provisões registadas no balanço da Empresa. A

mensuração e o reconhecimento das responsabilidades com os planos de cuidados médicos são

idênticos ao referido anteriormente para os planos de pensões de benefícios definidos.

Remunerações variáveis aos empregados

De acordo com as disposições estatutárias da Empresa, o accionista desta sociedade aprova

anualmente em Assembleia-Geral a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos

órgãos de Administração e demais colaboradores (bónus), de acordo com proposta do Conselho

de Administração.

k) Provisões

São reconhecidas provisões quando: (i) a Empresa tem uma obrigação presente, legal ou

construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) exista uma estimativa

fiável do valor dessa obrigação.

l) Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e proveitos são registados no período a que se referem independentemente do seu

pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos

exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e

despesas são registadas nas rubricas de Acréscimos e diferimentos activos ou passivos conforme

sejam valores a receber ou a pagar.

O rédito compreende os montantes facturados na venda de produtos ou prestações de serviços

líquidos de impostos sobre o valor acrescentado, abates e descontos. A facturação de vendas de

acessos é efectuada numa base mensal. As facturas mensais de acessos são baseadas em

contagens reais de consumo ou em consumos estimados baseados nos dados históricos de cada

consumidor. Em Portugal as tarifas de energia eléctrica para o mercado regulado são fixadas pela

ERSE.



76

Os proveitos respeitantes a acessos a facturar, por consumos ocorridos e não lidos até à data de

balanço, são acrescidos com base na média dos últimos consumos.

m) Responsabilidades por férias e subsídio de férias

O valor das responsabilidades por férias e subsídio de férias e respectivos encargos do exercício

corrente, a pagar no ano seguinte, são registados como custos do exercício por contrapartida da

rubrica de Acréscimos de custos.

n) Trabalhos para a própria Empresa

Os custos incorridos pela empresa na construção de imobilizados por administração directa,

essencialmente constituídos por materiais, custos com o pessoal e encargos financeiros, são

registados de acordo com as suas naturezas, na demonstração dos resultados, sendo

posteriormente imputados, com base em critérios específicos, em imobilizado por contrapartida

desta rubrica (Nota 5).

o) Encargos financeiros

Os encargos financeiros resultam dos empréstimos contratados para financiar os imobilizados em

curso, calculados pela aplicação de uma taxa de juro média sobre o valor médio dos

investimentos em curso, sendo imputados às respectivas rubricas de Imobilizado em Curso.

p) Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos impostos correntes e dos

impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração dos resultados excepto quando

relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, caso que implica o seu

reconhecimento nos capitais próprios.

Os impostos correntes correspondem ao valor esperado a pagar sobre o rendimento tributável do

período utilizando a taxa de imposto em vigor à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos

impostos de períodos anteriores.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço,

sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base

fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de



77

balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se

reverterem.

Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias

tributáveis com excepção das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e

passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal e de diferenças relacionadas

com investimentos em subsidiárias, na medida em que não seja provável que se revertam no

futuro. Os activos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros

tributáveis que no futuro absorvam as diferenças temporárias dedutíveis.

q) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os

valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço.

r) Activos e passivos regulatórios

Nas actividades sujeitas a regulação, o regulador estabelece atrvés do mecanismo do

ajustamento tarifário os critérios de alocação de determinados ganhos ou perdas verificados num

determinado ano às tarifas dos anos futuros. Os desvios tarifários registados nas demonstrações

financeiras da EDP Distribuição correspondem à diferença entre os valores efectivamente

facturados pela empresa (baseados nas tarifas publicadas pela ERSE em Dezembro do ano

anterior) e os proveitos permitidos calculados com base em valores reais. Os desvios tarifários

activos ou passivos são recuperados ou devolvidos através das tarifas de electricidade aplicáveis

aos clientes em períodos subsequentes.

O Decreto-Lei 165/2008 de 21 de Agosto veio confirmar o direito incondicional por parte dos

operadores regulados à recuperação dos desvios tarifários enquandrando-os num regime idêntico

ao do défice. Consequentemente, a EDP Distribuição registou nos resultados do período na rubrica

de Vendas os efeitos decorrentes do reconhecimento dos desvios tarifários por contrapartida das

rubricas de Acréscimos e diferimentos activos/ Acréscimos e diferimentos passivos. De acordo com

o referido Decreto-Lei, os ajustamentos tarifários apurados em cada ano que sejam devidos às

empresas reguladas, mantém-se mesmo em caso de insolvência ou cessação superveniente da

actividade de cada uma das entidades, devendo a ERSE adaptar as medidas necessárias para

assegurar que o titular desses direitos continua a recuperar os montantes em dívida até ao seu

integral pagamento. No âmbito deste Decreto-Lei podem ainda as empresas reguladas ceder a

terceiros, no todo ou em parte, o direito de receber os desvios tarifários através das tarifas de

energia eléctrica.



78

3. Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios

contabilísticos pela EDP Distribuição são discutidas nesta nota com o objectivo de melhorar o

entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados pela empresa e a sua

divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela empresa

é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado

pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela empresa poderiam ser diferentes

caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. O Conselho de Administração considera que

as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de

forma adequada a posição financeira da EDP Distribuição e o resultado das suas operações em

todos os aspectos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida

são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e

não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Desvios tarifários (ajustamentos tarifários)

Os desvios tarifários representam a diferença entre os custos e proveitos do Sistema Eléctrico

Nacional (SEN), estimados no início de cada período para efeitos de cálculo da tarifa, e os custos e

proveitos reais do Sistema Eléctrico apurados no final de cada período. Os desvios tarifários activos

e passivos são recuperados ou devolvidos através das tarifas de electricidade aplicáveis aos

clientes em períodos subsequentes.

Considerando a legislação actualmente em vigor que estabelece a incondicionalidade por parte

dos operadores regulados à recuperação ou devolução dos desvios tarifários, a EDP Distribuição

registou nos resultados do exercício na rubrica de Vendas os efeitos decorrentes do

reconhecimento do desvio tarifário, por contrapartida das rubricas de Acréscimos e diferimentos

activos/Acréscimos e diferimentos passivos. No âmbito da legislação em vigor as empresas

reguladas podem ainda ceder a terceiros, no todo ou em parte, o direito a receber através das

tarifas de energia eléctrica, os desvios tarifários.

O Decreto-Lei 165/2008, de 21 de Agosto, definiu as regras aplicáveis, em situações excepcionais,

ao reconhecimentos de ajustamentos tarifários pelo comercializador de último recurso e ainda o

direito incondicional à recuperação dos ajustamentos tarifários, por parte dos operadores

regulados, independentemente da forma da sua liquidação futura, mantendo-se este direito em

caso de insolvência ou cessação de actividade. Consagrou ainda a transmissibilidade a terceiros



79

do direito ao recebimento do ajustamento tarifário, de acordo com o regime estabelecido no

Decreto-Lei 237-B/2006, de 18 de Dezembro, que define as regras aplicáveis à recuperação e

transmissibildiade do défice tarifário.

Cobranças duvidosas

As perdas por imparidade relativas a créditos de cobrança duvidosa são baseadas na avaliação

efectuada pelo Conselho de Administração da probabilidade de recuperação dos saldos das

contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros factores. Existem

determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade

dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da

conjuntura económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação creditícia dos

principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a

diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a

determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos

resultados.

Reconhecimentos de proveitos/rédito

Os proveitos das vendas de acessos são reconhecidos quando as facturas são emitidas, baseadas

em contagens reais de consumo ou em consumos estimados baseados nos dados históricos de

cada consumidor. Os proveitos relativos a acessos a facturar, por consumos ocorridos, até à data

do balanço são registados com base em estimativas, que consideram como factores as médias de

consumo verificadas em períodos anteriores, as análises relativas ao balanço energético da

actividade desenvolvida e os perfis de consumo publicados pela entidade reguladora.

A utilização de diferentes estimativas e pressupostos poderá resultar num nível diferente de

proveitos e, consequentemente, em diferentes impactos nos resultados.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma e outros benefícios aos

empregados requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções

actuariais, taxas de rentabilidade estimada dos investimentos, taxas de desconto e de crescimento

das pensões e salários e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades

dos planos de pensões e dos planos de cuidados médicos. As alterações a estes pressupostos

poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.



80

Impostos sobre lucros

A determinação do montante global de impostos sobre lucros requer determinadas interpretações

e estimativas.

Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final do imposto a

pagar é incerto durante o ciclo normal dos negócios. Outras interpretações e estimativas poderiam

resultar num nível diferente dos impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no

período.

Em Portugal, as Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo efectuado da matéria

colectável, durante um período de quatro ou, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis,

durante um período de seis anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria

colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No

entanto, é convicção do Conselho de Administração da Empresa, de que não haverá correcções

significativas aos impostos sobre os lucros registados nas demonstrações financeiras.

4. Volume de negócios

A análise do Volume de negócios, por sector de actividade, é a seguinte:

Dez 2009 Dez 2008Euro'000 Euro'000

Vendas por sector de actividade: Acessos 1.663.203 2.375.770

Outros 5.174 4.014

1.668.377 2.379.784 Prestação de serviços por actividade: Associados a vendas de electricidade 2.541 2.384 Outros 12.818 31.616

15.359 34.000

1.683.736 2.413.784

Volume de negócios: Acessos 1.665.744 2.378.154

Outros 17.992 35.630

1.683.736 2.413.784



81

A rubrica de Vendas é analisada como segue:


Acessos: A comercializadores: - Em muito alta tensão 356 23.756 - Em alta tensão 17.060 108.551 - Em média tensão 224.225 436.677 - Em baixa tensão (>39,6 KVA) 136.002 194.883 - Em baixa tensão 1.138.521 1.523.420 - Em baixa tensão (Iluminação Pública) 32.862 57.683 Desvio tarifário 5.371 53.520 Transferência déficit tarifário gerado em 2006/2007 (23.514) (22.720) Diferencial tarifa social (79) - Correcção hidraulicidade 135.070 - Comparticipação PPDA (Planos Promoção Desempenho Ambiental) (2.671) -

1.663.203 2.375.770

Outras Vendas: 5.174 4.014

5.174 4.014

1.668.377 2.379.784

A rubrica desvio tarifário detalha-se como segue:


Recuperação do desvio tarifário gerado em 2006 - (54.965)Devolução do desvio tarifário gerado em 2007 17.265 3.452Devolução do desvio tarifário gerado em 2008 6.182 105.033Desvio tarifário gerado em 2009 (18.076) -

5.371 53.520

A rubrica “Transferência déficit tarifário gerado em 2006/2007” refere-se à transferência para o

titular do activo a receber do valor recuperado em 2008 e 2009 pela EDP Distribuição, na tarifa de

Uso Global de Sistema. Até Março de 2008, a empresa que detinha o activo referente ao déficit de

2006/2007 era a EDP Serviço Universal sendo que, no mês de Março, o déficit foi securitizado em

parcelas iguais para os bancos Caixa Geral de Depósitos e Banco Comercial Português.



82

A análise da Margem bruta das vendas é a seguinte:


Vendas:Acessos 1.663.203 2.375.770Outros 5.174 4.014

1.668.377 2.379.784 Custo das Vendas:

Acessos 449.646 1.198.269Outros 87.413 97.522

537.059 1.295.791

Margem bruta das vendas 1.131.318 1.083.993

As rubricas de Custos com aquisição de electricidade e Variação nos inventários e custo das

matérias-primas e consumíveis são analisadas como segue:


Custos com acessos 449.646 1.198.269

Variação nos inventários e custo das matérias primas e consumíveis: Outros custos 87.413 97.522

537.059 1.295.791

O Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas no exercício de 2009, foi determinado

como segue:

Materiais Diversos

Euro'000 Euro'000 Euro'000

Existências iniciais - 16.633 16.633Compras e produções internas 449.646 89.969 539.615Regularização de existências - (648) (648)Existências finais - 18.541 18.541

449.646 87.413 537.059

Acessos Total



83

5. Trabalhos para a própria empresa

A rubrica de Trabalhos para a própria empresa é analisada como segue:


Consumo de materiais 75.716 86.094Encargos directos internos 1.848 2.187Encargos de estrutura 75.899 77.186Encargos financeiros 11.222 13.248

164.685 178.715

6. Outros proveitos de exploração

A rubrica de Outros proveitos de exploração é analisada como segue:


Proveitos suplementares 10.925 9.695 Subsídios à exploração 2.212 3.024 Redução de ajustamentos

- Cobranças duvidosas 9.323 5.691- Devedores e outros activos 24 101- Depreciação existências 189 359

Cedência de pessoal - Holding 7.625 6.723

2.515 1.700

Outros proveitos de exploração 4.653 3.084

37.466 30.377

Recuperação de benefícios sociais de trabalhadores cedidos a empresas do grupo



84

7. Fornecimentos e serviços externos

A rubrica de Fornecimentos e serviços externos é analisada como segue:


Água, electricidade e combustíveis 6.409 7.890 Utensílios e material de escritório 1.410 1.706 Rendas e alugueres 18.582 17.633 Comunicações 4.211 5.778 Seguros 8.863 7.389 Transportes, deslocações e estadias 1.649 1.591 Comissões e honorários 29 5 Conservação e reparação 53.011 49.085 Publicidade e propaganda 813 943 Vigilância e Segurança 1.939 1.897 Trabalhos especializados (i) 120.862 124.646 Outros fornecimentos e serviços 10.865 7.539

228.643 226.102

(i) Esta rubrica inclui 93.976 milhares de Euros de Serviços de Gestão (95.945 milhares de Euros em

2008), dos quais 53.301 milhares de Euros respeitam a serviços prestados pela EDP Soluções

Comerciais, 24.513 milhares de Euros respeitam a serviços prestados pela EDP Valor e 16.162

milhares de euros de serviços de gestão prestados pela Holding (49.849 milhares de Euros de

serviços prestados pela EDP Soluções Comerciais, 31.150 milhares de Euros de serviços prestados

pela EDP Valor e 14.946 milhares de euros de serviços de gestão prestados pela Holding em 2008).

8. Custos com o pessoal

A rubrica de Custos com o pessoal é analisada como segue:


Remuneração dos órgãos sociais 505 504Remuneração dos colaboradores 226.657 225.245Encargos sobre remunerações 63.912 49.586Outros custos 38.061 39.140

329.135 314.475



85

O número médio de colaboradores ao serviço da Empresa durante o exercício foi como segue:

Número médio de colaboradores ao serviço da empresa 3.886 4.103

3.886 4.103

Dez 2008Dez 2009

O número médio de colaboradores ao serviço durante o exercício de 2009 inclui 102

colaboradores que se encontravam cedidos à EDP S.A. (97 em 2008), 3 Corpos Sociais, 12

colaboradores cedidos à EME2 de Janeiro a Outubro e 10 em Novembro, bem como 8

colaboradores cedidos ao Projecto InovGrid a partir do mês de Outubro.

A 31 de Dezembro de 2009, as dívidas de pessoal totalizam 1.526 milhares de Euros (1.167 milhares

de Euros em 2008) conforme Nota 22, e as dívidas ao pessoal totalizam 41.664 milhares de Euros

(42.022 milhares de Euros em 2008) conforme Notas 30 e 31. Encontra-se incluído no valor a pagar

ao pessoal o montante de 41.654 milhares de Euros reconhecido pela Empresa no final do exercício

de 2009 em Acréscimos e diferimentos - Acréscimos de custos referente à estimativa para férias,

subsídio de férias de 2009 a liquidar em 2010 e férias não gozadas no exercício de 2009 pelos

trabalhadores.

As remunerações a órgãos sociais no exercício resumem-se como segue:


505 504160 160

665 664

Conselho de AdministraçãoFiscal Único/ROC



86

9. Outros custos de exploração

A rubrica de Outros custos de exploração é analisada como segue:


Rendas de concessões pagas às autarquias 240.226 228.208 Impostos directos 265 258 Impostos indirectos 1.609 1.448 Amortização do activo regulatório 23.935 22.666 Outros custos e perdas operacionais 2.330 2.410

268.365 254.990

10. Ajustamentos do exercício

A rubrica de Ajustamentos do exercício é analisada como segue:


Dotação de ajustamentos para cobranças duvidosas 1.205 5.339Dotação de ajustamentos para outros devedores 941 1.261

2.146 6.600

Os detalhes dos ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa, devedores e outros activos,

encontram-se nas Notas 20, 21 e 22, às demonstrações financeiras respectivamente.

11. Provisões do exercício

A rubrica de Provisões do exercício é analisada como segue:


Dotação de provisões para outros processos legais, laborais e outras contingências 4.710 3.327Dotação de provisões para responsabilidades e benefícios sociais 50.087 90.568Dotação de provisões para responsabilidades com cuidados médicos e outros benefícios 45.714 48.198Dotação de provisões para outros riscos e encargos 2.581 11.407

103.092 153.500



87

12. Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo e compensação de amortizações

A rubrica de Amortizações é analisada como segue:


Imobilizado corpóreo: Imobilizado ao abrigo do regime do DL 344-B/82 255 424 Edifícios e outras construções 2.861 2.884 Equipamento básico:

Distribuição de Electricidade 347.496 344.169 Outro equipamento básico 296 324

Equipamento de transporte 4.241 3.957 Equipamento administrativo e utensílios 9.145 7.248 Outras imobilizações corpóreas 1.559 1.566

365.853 360.572

Imobilizado incorpóreo: Despesas de investigação e desenvolvimento 162 351

162 351

366.015 360.923

Compensação de amortizações: Imobilizado corpóreo comparticipado (88.435) (91.372) Comparticipação do imobilizado DL 344-B/82 (255) (424)

(88.690) (91.796)

277.325 269.127

As imobilizações corpóreas comparticipadas por terceiros são amortizadas na mesma base e às

mesmas taxas das restantes imobilizações corpóreas do Grupo, sendo o respectivo custo

compensado pela amortização das comparticipações (registadas em Credores e outros passivos)

efectuada na mesma base e às mesmas taxas das respectivas imobilizações corpóreas

comparticipadas.



88

13. Resultados financeiros

A rubrica de Resultados financeiros é analisada como segue:


Custos financeiros Juros suprimentos contraídos junto da EDP SA 70.299 92.893 Juros de gestão de tesouraria 8.565 17.112 Outros juros suportados 952 1.818 Serviços bancários 21 24 Amortizações de investimentos em imóveis 1 4 Perdas na alienação de aplicações de tesouraria 4.999 - Outras perdas financeiras 161 -

84.998 111.851


Proveitos financeiros: Juros suprimentos concedidos à EDP SU 2.104 26.755 Juros de gestão de tesouraria 6.326 - Juros do desvio tarifário 5.721 - Aplicações financeiras - 2 Outros ganhos financeiros 452 465

14.603 27.222

Resultados financeiros (70.395) (84.629)

14. Resultados extraordinários

A análise dos Resultados extraordinários é como segue:


Custos e perdas extraordinárias: Donativos 2.278 3.700 Dívidas incobráveis 15 37 Perdas em existências 618 547 Perdas em imobilizações 996 595 Multas e penalidades 35 30 Correcções relativas a exercícios anteriores 227 3.820 Insuficiência de impostos 570 - Indemnização para despedimento 313 1.842 Valor a pagar referente a transferências entre empresas do grupo - 18.300 Rendas de concessão 7.873 - Outros custos e perdas extraordinárias 1.927 3.214

14.852 32.085



89


Proveitos e ganhos extraordinários: Restituição impostos 2 1 Recuperação de dívidas 8 - Ganhos em existências 22 67 Ganhos em imobilizações 1.247 7.069 Benefícios de penalidades contratuais 140 82 Reduções de provisões:

- Para processos legais, laborais e outras contingências 212 - - Para responsabilidades e benefícios sociais 76.504 69.665 - Para responsabilidades com cuidados médicos e outros benefícios 30.920 24.986 - Para plano de apoio à reestruturação 37.179 31.418 - Para outros riscos e encargos 9.237 15.769

Correcções relativas a exercícios anteriores 351 2.112 Valor excesso comparticipação clientes 8.201 9.179

- 12.621 Outros proveitos e ganhos extraordinários 2.106 1.585

166.129 174.554

Resultados extraordinários 151.277 142.469

Valor a receber referente a transferências entre empresas do grupo

15. Imposto sobre o rendimento do exercício

A EDP Distribuição, como empresa do Grupo EDP, é tributada em sede de IRC pelo regime especial

de tributação dos grupos de sociedades (RETGS), conforme autorização concedida pelo Ministério

das Finanças, por um período de cinco anos, com início em 2000 e renovável nos mesmos termos e

por iguais períodos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção

por parte da administração fiscal durante períodos subsequentes. Em Portugal esse período é de 4

anos (Segurança Social 5 anos), tendo o último ano considerado como definitivamente liquidado

pela administração fiscal sido o de 2005.

Os prejuízos fiscais apurados num determinado exercício, sujeitos também a inspecção e

ajustamento, podem ser deduzidos aos lucros fiscais nos 6 anos seguintes.



90

A análise do Imposto sobre o rendimento do exercício é a seguinte:


Imposto corrente Relativo ao exercício (56.080) (41.504) Relativo ao exercício anterior (154) 389

Total do imposto corrente (56.234) (41.115)

Imposto diferido (8.952) (4.895)

(65.186) (46.010)

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de IRC, é analisada como segue:

Taxa Base Fiscal Imposto Taxa Base Fiscal Imposto% Euro '000 Euro '000 % Euro '000 Euro '000

Taxa e imposto nominal sobre os lucros 26,50% 221.005 58.566 26,50% 160.131 42.435

Amortizações e provisões sem consequência fiscal 1,60% 13.303 3.525 2,16% 13.052 3.459Beneficios fiscais e reporte de prejuízos fiscais (0,10%) (853) (226) (0,15%) (915) (243)Diferenças entre mais e menos valias fiscais e contabilísticas 0,52% 4.357 1.155 (0,65%) (3.916) (1.038)Tributação autónoma e benefícios fiscais dedutíveis à colecta 0,57% 4.792 1.270 0,40% 2.464 653Alteração de estimativas 0,07% 583 154 (1,08%) (6.540) (1.733)Diferencial de taxa, variações de taxa e outros ajustamentos 0,34% 2.799 742 1,55% 9.347 2.477

Taxa e imposto efectivo sobre os lucros 29,50% 245.986 65.186 28,73% 173.623 46.010

Dez 2008Dez 2009

Decorrente da candidatura apresentada ao abrigo do Sistema de Incentivos Fiscais em

Investigação e Desenvolvimento Empresarial (“SIFIDE”), previsto na Lei n.º 40/2005, de 3 de Agosto,

entretanto alterada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de Março, referente ao exercício de 2007, a

Comissão Certificadora emitiu a sua decisão, no passado dia 2 de Março de 2010, que se traduziu

na certificação de um montante de despesas de I&D igual a Euro 1.538.166,44 e na atribuição de

crédito fiscal no montante de Euro 1.008.950,90.

Adicionalmente a Empresa encontra-se ainda a preparar as candidaturas, a dirigir à Comissão

Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, das actividades de I&D realizadas em

2008 e em 2009. Uma vez que os respectivos processos de candidatura não se encontram ainda

finalizados, não é possível estimar com rigor o montante que poderá vir a ser a ser certificado pela

Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial relativos aos exercícios de 2008

e 2009, razão pela qual não foi reflectido o respectivo montante no cálculo da estimativa de

impostos sobre os lucros para o referido exercício.



91

16. Imobilizado corpóreo

Esta rubrica é analisada como segue:


Valor bruto: Imobilizado ao abrigo do regime do DL 344-B/82 223.420 223.420 Terrenos e recursos naturais 16.929 16.929 Edifícios e outras construções 148.102 144.996 Equipamento básico:

Distribuição de electricidade 12.048.619 11.677.739Outro equipamento básico 8.048 8.146

Equipamento de transporte 38.392 36.353 Equipamento administrativo e utensílios 141.406 118.178 Outras imobilizações corpóreas 23.854 23.854 Imobilizações em curso 184.949 193.386 Adiantamento por conta de imobilizações corpóreas 367 602

12.834.086 12.443.603

Amortizações acumuladas Amortizações do exercício (365.853) (360.572) Amortizações acumuladas de exercícios anteriores (7.799.636) (7.446.466)

(8.165.489) (7.807.038)

Valor líquido contabilístico 4.668.597 4.636.565

O Equipamento Básico inclui todos os equipamentos relacionados com a distribuição de energia

eléctrica, conjuntamente com os respectivos terrenos, edifícios e instalações.

As imobilizações corpóreas ao abrigo do regime do DL 344-B/82 correspondem aos patrimónios

afectos à distribuição de energia eléctrica em baixa tensão transferidos das Autarquias Locais em

regime de concessão. Estes patrimónios, embora explorados pela Empresa, continuam

propriedade das Autarquias, relevando contabilisticamente os seguintes valores:


Imobilizado ao abrigo do regime do DL 344-B/82 223.420 223.420Amortizações acumuladas (222.881) (222.626)

Valor líquido 539 794

Parte destes patrimónios poderão vir a ser transferidos para a propriedade da Empresa para

liquidação, por encontro de contas, das dívidas dos respectivos Municípios ainda a aguardar

regularização.



92

Os movimentos na rubrica de Imobilizado corpóreo durante o ano de 2009, são analisados como

segue: Saldo em Alienações Saldo em1 Janeiro Aquisições / Abates Transferências Regularizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Valor bruto:

223.420 - - - - 223.420 Terrenos e recursos naturais 16.929 - - - - 16.929 Edifícios e outras construções 144.996 - (248) 3.354 - 148.102 Equipamento básico 11.685.885 79.665 (1.004) 292.121 - 12.056.667 Equipamento de transporte 36.353 8.607 (6.568) - - 38.392

118.178 2.924 (29) 20.333 - 141.406 Outras imobilizações corpóreas 23.854 - - - - 23.854 Imobilizações em curso 193.386 306.181 - (314.618) - 184.949 Adiantamento por conta de imob. corpóreas 602 955 - (1.190) - 367

12.443.603 398.332 (7.849) - - 12.834.086

Imobilizado ao abrigo do regime do DL 344-B/82

Equipamento administrativo e utensílios

Perdas/Saldo em Amortização do Reversões Alienações Saldo em1 Janeiro exercício de imparidade / Abates Regularizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

222.626 255 - - - 222.88179.181 2.861 (113) - - 81.929

Equipamento básico 7.379.692 347.792 (954) - - 7.726.53025.784 4.241 (6.314) - - 23.711

90.328 9.145 (21) - - 99.4529.427 1.559 - - - 10.986

7.807.038 365.853 (7.402) - - 8.165.489

Edifícios e outras construções

Equipamento de transporte

Imobilizado ao abrigo do regime do DL 344-B/82

Amortizações acumuladas:

Equipamento administrativo e utensílios Outras imobilizações corpóreas

À data de 31 de Dezembro de 2009, o valor bruto do activo corpóreo financiado por contratos de

locação financeira ascende a 3.187 milhares de Euros (31 de Dezembro de 2008: 2.544 milhares de

Euros), a amortização acumulada ascende a 1.283 milhares de Euros (31 de Dezembro de 2008:

1.130 milhares de Euros) e as respectivas rendas vincendas ascendem a 1.482 milhares de Euros (31

de Dezembro de 2008: 1.277 milhares de Euros).

Capital em Juros em Rendasdívida dívida Vincendas

Euro'000 Euro'000 Euro'000

Menos de um ano 594 22 616 Entre um e cinco anos 843 23 866 Mais de cinco anos - - -

1.437 45 1.482

Dez 2009



93

17. Imobilizado incorpóreo



Valor bruto:Despesas de instalação 340 340Despesas de investigação e desenvolvimento 2.857 2.857

3.197 3.197

Amortizações acumuladas:(162) (351)

Amortizações acumuladas de exercícios anteriores (2.847) (2.496)

(3.009) (2.847)

Valor Líquido 188 350

Amortizações do exercício

Os movimentos da rubrica de Imobilizado incorpóreo durante o ano, são analisados como segue:

Saldo em Saldo em1 Janeiro Aquisições Abates Transferências Regularizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Valor bruto:Despesas de instalação 340 - - - - 340Despesas de investigação e desenvolvimento 2.857 - - - - 2.857

3.197 - - - - 3.197

Perdas/

Saldo em Amortização Reversões de Saldo em1 Janeiro do exercício imparidade Abates Regularizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Despesas de instalação 340 - - - - 340Despesas de investigação e desenvolvimento 2.507 162 - - - 2.669

2.847 162 - - - 3.009

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade:



94

18. Investimentos financeiros

O detalhe desta rubrica é analisado como segue: Dez 2009 Dez 2008Euro'000 Euro'000

Partes de capital em empresas do grupo 105.100 105.100 Outros investimentos - Edifícios e outras construções 49 49

105.149 105.149

Ajustamentos do exercício (1) (4) Ajustamentos de exercícios anteriores (28) (24)

(29) (28)

105.120 105.121

O detalhe dos Investimentos financeiros em empresas do grupo é analisado como segue:

Valor Bruto Ajustamento Valor Bruto AjustamentoEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Partes de capital em empresas filiais:EDP Serviço Universal 105.100 - 105.100 -

105.100 - 105.100 -

Dez 2009 Dez 2008

O aumento do investimento financeiro na EDP Serviço Universal em 2008 realizou-se pela

concessão de prestações suplementares no valor de 95.000 milhares de Euros.

A EDP Serviço Universal, S.A. tem sede em Lisboa, sendo detida a 100% pela EDP Distribuição e

apresentou, com referência a 31 de Dezembro de 2009 um total de activo de 2.260.007 milhares de

euros, um total de Capital Próprio de 32.973 milhares de Euros e um Resultado Líquido do Exercício

de 16.532 milhares de Euros.



95

O movimento do ajustamento para investimentos financeiros em edifícios e outras construções, em

2009, é analisado como segue:

Saldo em Dotação Alienações/ Saldo em1 Janeiro do exercício Abates Transferências 31 de DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

28 1 - - 29

28 1 - - 29

Ajustamento para investimentos em edifícios e outras construções

19. Activo e Passivo por Impostos diferidos

A EDP Distribuição, regista nas suas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias

que se verificam entre os activos e passivos determinados numa óptica contabilística e fiscal, o

qual é analisado como se segue:

Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008 Dez 2009 Dez 2008Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Provisões e ajustamentos 180.230 188.198 - - 180.230 188.198Reavaliações contabilísticas - - 26.315 31.752 (26.315) (31.752)Desvio e défice tarifário 4.790 4.339 30.988 27.834 (26.198) (23.495)Outros 4.297 3.383 7.885 7.164 (3.588) (3.781)

Total 189.317 195.920 65.188 66.750 124.129 129.170

Activo por Impostos Diferidos Passivo por Impostos Diferidos Saldo líquido Impostos Diferidosd d l d d d f d d d l d d

Os movimentos ocorridos nos impostos diferidos, para os exercícios de 2009 e 2008, são os seguintes: Dez 2009 Dez 2008Euro '000 Euro '000

Saldo em 1 de Janeiro 129.170 130.426

Dotação a resultados (8.952) (4.895)

Dotação a reservas Outros 3.911 3.639

Saldo em 31 de Dezembro 124.129 129.170



96

20. Existências



Materiais diversos e outros 18.541 16.633

18.541 16.633

Ajustamentos do exercício - - Ajustamentos de exercícios anteriores (164) (353)

(164) (353)

18.377 16.280

O movimento do ajustamento para depreciação de existências, é analisado como segue:

Saldo Outras Dotação Saldo

1 Janeiro variações do exercício Reversões Utilizações Transferências 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

353 - - (189) - - 164353 - - (189) - - 164

Materiais diversos e outros

21. Clientes

A análise da rubrica de Clientes, por sector de actividade, é como segue:


Clientes Curto Prazo - Corrente : Clientes residenciais: Estado e organismos oficiais 361 448 Autarquias locais 1.943 1.305 Autarquias - Dívida de 31/12/88 com acordo 5.157 5.083 Sector empresarial e particulares 177.045 274.161

184.506 280.997 Ajustamento para clientes (141) (134)

184.365 280.863

Clientes de cobrança duvidosa 10.786 13.142 Ajustamento para clientes de cobrança duvidosa (9.845) (12.814)

185.306 281.191



97


Clientes Médio / Longo Prazo - Não Corrente: Clientes residenciais : Autarquias - Dívida de 31/12/88 com acordo 137.516 142.134 Autarquias - Dívida de 31/12/88 sem acordo 5.005 5.005

142.521 147.139

Ajustamento para clientes (59.941) (65.097)

82.580 82.042

267.886 363.233

A rubrica de ajustamento para clientes inclui a imparidade dos activos a receber das autarquias

com acordo de pagamento que, no final de 2009, ascende a 55.077 milhares de Euros, dos quais

54.936 milhares de Euros são de médio e longo prazo e 141 milhares de Euros de curto prazo. Este

ajustamento destina-se a cobrir a diferença entre o valor nominal da dívida e o valor actualizado

da mesma à data de 31 de Dezembro de 2009, considerando os prazos de pagamento previstos

nos acordos com as autarquias.

Os movimentos do Ajustamento para cobranças duvidosas, são analisados como segue:

Saldo Dotação Saldo

1 Janeiro do exercício Reversões Utilizações Transferências 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Sector empresarial e particulares 12.814 1.205 (4.174) - - 9.845

65.231 - (5.149) - - 60.082

78.045 1.205 (9.323) - - 69.927

Clientes - Autarquias - Dívida de 31/12/88



98

22. Devedores e outros activos

A rubrica de Devedores e outros activos é analisada como segue:


Devedores de Curto Prazo - Corrente: Adiantamentos a fornecedores 1.740 1.739 Suprimentos concedidos a empresas do Grupo EDP (iii) - 90 Outros devedores: - Dívidas referentes a pessoal 1.526 1.167 - Devedores por outros bens e serviços 12.251 16.118 - Empresas do Grupo 34.835 6.126 - Adiantamentos a pensionistas por conta de Inst. Previdência Social 1.835 1.804 - Adiantamentos a pensionistas por conta do Fundo de Pensões 3.147 3.233 - Cauções e depósitos vinculados 28 63 - Outros devedores e operações diversas 204 422

55.566 30.762

Ajustamento para Devedores Curto Prazo - Corrente (7.932) (7.057)

47.634 23.705Devedores de Médio / Longo Prazo - Não Corrente: - Imobilizações corpóreas em integração compensadas (i) 2.894 2.894 - Cauções e depósitos vinculados 2.171 2.171 - Plano de Racionalização de Recursos Humanos (ii) 330.492 353.678 - Suprimentos concedidos a empresas do Grupo EDP (iii) - 115.000

335.557 473.743

Ajustamento para Devedores M/L Prazo - Não Corrente (2.839) (2.797)

332.718 470.946

380.352 494.651

(i) As imobilizações corpóreas em integração compensadas representam os valores líquidos, à data

da integração, das dívidas das Autarquias Locais até 31 de Dezembro de 1988 compensadas com

os respectivos patrimónios em integração (Imobilizações corpóreas do regime do DL 344-B/82). A

transferência destes valores para imobilizações corpóreas está pendente de formalização dos

contratos de concessão ou de protocolos de regularização das dívidas a celebrar entre a Empresa

e as autarquias.

(ii) Na rubrica de outros devedores de médio e longo prazos encontram-se relevados os encargos

associados ao Plano de Racionalização de Recursos Humanos no montante de 330.492 milhares de

Euros (353.678 milhares de Euros em 2008) que foram aceites pela Entidade Reguladora dos

Serviços Energéticos como um investimento amortizável, por um período de 20 anos com início em

2005.



99

A rubrica respeitante ao activo regulatório PAR, com referência a 31 de Dezembro de 2009,

apresenta-se como segue:

Valor Valor

Activo regulatório (PAR) 1.229 353.678 (23.935) 749 1.215 330.4921.229 353.678 (23.935) 749 1.215 330.492

Reduções

Saldo inicial

Rubricas

Saldo finalTransferências e regularizaçõesNº de

ColaboradoresNº de

Colaboradores

Os valores constantes da coluna de Reduções são essencialmente explicados pela amortização

do activo regulatório prevista no documento da ERSE "Parâmetros, Tarifas e Preços para a energia

eléctrica e outras remunerações em 2009", a qual ascende para o exercício de 2009, a 23.935

milhares de Euros (ver Nota 9). A rubrica Transferências e Regularizações contém um aumento no

valor de 749 milhares de Euros resultante da regularização do activo regulatório de acordo com o

relatório de execução do PAR emitido pela ERSE.

(iii) A rubrica suprimentos concedidos a empresas do grupo em 2008 referia-se, no curto prazo, a

um suprimento concedido à EME2 e, no médio e longo prazo, a um suprimento concedido à EDP

Serviço Universal, os quais foram liquidados durante o ano de 2009.

Os movimentos do Ajustamento para Devedores de Curto Prazo - Corrente, são analisados como

segue:

Saldo Dotação Saldo1 Janeiro do exercício Reduções Transferências Utilizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Outros devedores 7.057 899 (24) - - 7.932

7.057 899 (24) - - 7.932

Os movimentos do Ajustamento para Devedores de Médio e Longo Prazo - Não Corrente, são

analisados como segue:

Saldo Dotação Saldo1 Janeiro do exercício Reduções Transferências Utilizações 31 DezembroEuro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000

Outros devedores 2.797 42 - - - 2.839

2.797 42 - - - 2.839



100

23. Acréscimos e diferimentos activos

Os Acréscimos e diferimentos activos são analisados como segue:


Acréscimos de proveitos:Juros a receber (referentes a suprimentos concedidos à EDP SU) - 17Acessos em contadores - comercializadores externos 118 72Acessos em contadores - comercializadores do Grupo 173.507 240.824Desvio tarifário 111.215 105.033Juros a receber de desvio tarifário 5.721 -Vendas e prestações de serviços a empresas do Grupo 9.477 8.159Benefícios sociais a trabalhadores cedidos a outras empresas do Grupo 1.784 1.700Outros acréscimos de proveitos 2.387 3.564

304.209 359.369

Dez 2009 Dez 2008 Euro'000 Euro'000

Custos diferidos:Encargos de concessões 3.637 4.789Rendas e alugueres 519 588Reparações e beneficiações do imobilizado 60 92Seguros 218 -

4.434 5.469

Total de acréscimos e diferimentos activos 308.643 364.838

d b d l b l d d dd l d l d dd l b l d f d l d d d d d b d l dd l b l d f d l d d d d d b d l d

A rubrica "Desvio Tarifário", no valor de 111.215 milhares de Euros (105.033 milhares de Euros em

2008), regista a diferença entre os proveitos permitidos e a margem real, a qual é recuperada

pelas tarifas futuras de acessos, de acordo o Regulamento Tarifário e a legislação aplicável.

Nos termos do Decreto-Lei nº344-B/82, a concessão da distribuição eléctrica em baixa tensão

compete aos municípios, os quais podem exercê-la em regime de exploração directa ou em

regime de concessão. Assim nos temos do Decreto-Lei, a empresa procedeu à celebração de

contratos de concessão com todas as autarquias de Portugal Continental por um prazo de 20

anos, renováveis por iguais períodos de tempo, os quais não envolvem a alienação dos

patrimónios próprios dos municípios concedentes. O montante registado na rubrica Encargos de

concessões respeita ao diferimento dos custos com a prorrogação dos contratos de concessão

celebrados com as autarquias de Braga, Santo Tirso e Vila do Conde, pelo período do referido

contrato.



101

24. Impostos a receber

A rubrica de Impostos a receber é analisada como segue:


Estado e outros entes públicos: - Imposto sobre o rendimento (IRC) 45 - - Imposto sobre o valor acrescentado (IVA) 6.691 8.183

6.736 8.183

25. Caixa e equivalentes de caixa

A rubrica de Caixa e equivalentes de caixa é analisada como segue:


Depósitos bancários : - Depósitos à ordem 880 27.883

Caixa e equivalentes de caixa 880 27.883

26. Capital

O Capital Social de 1.024.500 milhares de Euros, representado por 204.900.000 acções ordinárias de

valor nominal de 5 Euros, encontra-se integralmente realizado.

Durante o exercício de 2008, a EDP Distribuição registou no seu capital próprio 95.000 milhares de

Euros em prestações suplementares, concedidas pela EDP S.A.

Os resultados por acção (EPS) atribuíveis aos accionistas da Empresa, são analisados como segue:

Dez 2009 Dez 2008

Resultado Líquido em euros 155.818.295 114.121.028

Nº médio de acções durante o ano 204.900.000 204.900.000

Resultado por Acção (Básico e Diluído) em euros 0,76 0,56

A Empresa calcula o seu resultado básico e diluído por acção usando a média ponderada das

acções em circulação emitidas durante o período de relato.



102

27. Reservas e resultados acumulados

Esta rubrica é analisada como segue: Dez 2009 Dez 2008Euro'000 Euro'000

Reserva legal 122.222 116.516 Outras reservas e resultados acumulados 247.597 247.679

369.819 364.195

Reserva Legal

Em conformidade com o Art.º 295 do Código das Sociedades Comerciais e de acordo com os

estatutos da EDP Distribuição, a Reserva Legal é obrigatoriamente dotada com um mínimo de 5%

dos lucros anuais até à concorrência de um valor equivalente a 20% do capital da sociedade. Esta

reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou no aumento do capital social.

Reserva Livre

A Reserva Livre incluída nos capitais próprios da Empresa representa o património líquido,

transferido para a EDP Distribuição – Energia, S.A. no acto da reestruturação da EDP – Energias de

Portugal, S.A., não coberto pelo capital social.

Dividendos

Os dividendos a receber são reconhecidos na data em que se estabelece o direito ao seu

recebimento.

No decurso do exercício de 2009, a EDP Distribuição atribuiu dividendos antecipados ao accionista

único EDP, S.A. no montante de 41.000 milhares de euros, tendo igualmente efectuado uma

distribuição de reservas no montante de 4.000 milhares de euros.



103

28. Dívida financeira



Dívida financeira de curto prazo - Corrente

- Suprimentos da Holding - 90

- 90Dívida financeira de médio/longo prazo - Não corrente

- Suprimentos da Holding 628.125 1.343.125

628.125 1.343.125

628.125 1.343.215

A análise da rubrica de Dívida financeira, por maturidade, é a seguinte:


Dívida financeira: Até 1 ano - 90 De 1 ano a 5 anos 628.125 1.343.125

628.125 1.343.215

628.125 1.343.215

A dívida financeira de médio e longo prazo vence juros semestralmente à taxa Mid Swaps a 5 anos,

acrescida de spread fixo de 0,80 %.



104

29. Provisões para riscos e encargos

A rubrica de Provisões para riscos e encargos é analisada como segue:


Provisões para responsabilidades e benefícios sociais 122.467 141.722Provisões para responsabilidades com cuidados médicos e outros benefícios 460.080 445.286Provisões para outros processos legais, laborais e outras contingências 27.300 22.802Provisões para plano de apoio à reestruturação 248.219 276.524Provisões para outros riscos e encargos 35.333 41.989

Saldo no fim do período 893.399 928.323

l d k f b d d d b / d l b d b d lh db l d d d d lh dd b l d f d f l d b l d dd b l dd b l dd b l dd b ld l b l d b l h d dd d l d d d / l d dd l b l d b l h d d

O movimento da Provisão para responsabilidades e benefícios sociais é analisado como segue:


Saldo no início do período 141.722 141.023 Transferência para provisões para plano de apoio à reestruturação (8.125) - Dotação do exercício 65.374 93.529 Contribuição para o fundo de pensões - (2.961) Redução de provisões (76.504) (69.665) Utilização do adiantamento para o fundo de pensões - (19.194) Utilização de provisões - (1.010)


O movimento da Provisão para responsabilidades com cuidados médicos e outros benefícios é

analisado como segue:


Saldo no início do período 445.286 422.074 Dotação do exercício 45.714 48.198 Redução de provisões (30.920) (24.986)




105

O movimento da Provisão para processos legais, laborais e outras contingências é analisado como

segue:


Saldo no início do período 22.802 19.475 Dotação do exercício 4.710 3.327 Redução de provisões (212) -

Saldo no final do período 27.300 22.802

O movimento da Provisão para plano de apoio à reestruturação é analisado como segue:


Saldo no início do período 276.524 308.386 Regularização do activo regulatório 749 - Transferência de provisões para responsabilidades e benefícios sociais 8.125 - Redução de provisões (37.179) (31.418) Utilização de provisões - (444)


O movimento das Provisões para outros riscos e encargos é analisado como segue:


Saldo no início do período 41.989 44.858 Dotação do exercício 2.581 11.407 Redução de provisões (9.237) (15.769) Transferências - 1.493




106

30. Credores e outros passivos

A rubrica de Credores e outros passivos é analisada como segue:


Credores de curto prazo - Corrente: Fornecedores 138.786 255.418 Fornecedores de imobilizado 17.290 12.124 Accionistas - Distribuição de dividendos - 63.000 Credores - empresas do Grupo (i) 771.606 322.643 Outros credores - Colaboradores 10 8 - Rendas de concessão 4.182 2.180 Compensação venda de imobilizado 985 - Outros valores a pagar a empresas do Grupo 12.696 12.696 Estimativa intercalar IRC 94.619 - Outros credores e operações diversas 3.964 5.232

1.044.138 673.301


Credores de médio/longo prazo - Não corrente: (ii) Conta de Regularização - (Reg. DL 344-B/82) 539 794 Cauções recebidas de clientes e outros devedores 717 748

1.256 1.542

(i) O valor indicado em Credores - empresas do Grupo inclui o montante correspondente ao saldo

resultante da utilização do sistema financeiro do Grupo EDP.

(ii) O vencimento das dívidas a terceiros de médio e longo prazo é analisado como segue:

De 1 a 5 anos A mais de 5 anos Total

Euro'000 Euro'000 Euro'000Credores de médio/longo prazo - Não corrente: Conta de Regularização - (Reg. DL 344-B/82) 539 - 539 Cauções recebidas de clientes e outros devedores 717 - 717

1.256 - 1.256



107

31. Acréscimos e diferimentos passivos

A rubrica de Acréscimos e diferimentos passivos é analisada como segue:


Acréscimos de custos:Férias e subsídio de férias 41.654 42.014Compras e aquisições de serviços a empresas do Grupo 4.379 26.680Juros e encargos a liquidar (referentes a suprimentos da EDP SA) 9.948 6.471Desvio tarifário 18.076 15.528Juros a pagar desvio tarifário - 846Regulamento de Qualidade do Serviço 1.023 1.104Benefícios sociais a trabalhadores cedidos de outras empresas do grupo 33 27Valores a pagar de acessos à rede de transporte 72.140 6.211Outros acréscimos de custos 6.668 1.460

153.921 100.341


Proveitos diferidos:Subsídios ao Investimento 1.542.475 1.502.103

1.542.475 1.502.103

Total de acréscimos e diferimentos passivos 1.696.396 1.602.444

A rubrica de compras e aquisições de serviços a empresas do grupo, inclui, entre outros, 946

milhares de Euros referentes a serviços prestados pela EDP Soluções Comerciais (300 milhares de

Euros em 2008) e 904 milhares de Euros de prestação de serviços da Labelec (2.292 milhares de

Euros em 2008).

32. Impostos a pagar

A rubrica de Impostos a pagar é analisada como segue:


Estado e outros entes públicos: - Imposto sobre o rendimento (IRC) - 4.696 - Retenções na fonte 3.805 3.556 - Contribuições para a Segurança Social 4.686 4.679 - Outras tributações 4.966 8.702

13.457 21.633

33. Benefícios aos empregados



108

Plano de pensões Grupo EDP

A EDP Distribuição - Energia, S.A., à semelhança das restantes empresas do Grupo EDP resultantes

da cisão ocorrida em 1994, atribui aos seus colaboradores, sob a forma de planos de benefícios

definidos, alguns benefícios pós-reforma, nomeadamente, planos de pensões que pagam pensões

complementares de reforma por idade, invalidez e sobrevivência e pensões de reforma

antecipada, sendo também concedidos cuidados médicos durante o período de reforma e de

reforma antecipada, através de mecanismos complementares aos do Serviço Nacional de Saúde.

No exercício de 2009 foram reconhecidos os seguintes custos:


Custo dos serviços correntes 6.948 7.441 Custo dos juros 83.245 79.625 Retorno estimado dos activos do fundo de pensões (48.759) (56.117) Amortização do período inicial de transição 4.250 4.327 Amortização de perdas e ganhos actuariais 15.941 17.889

61.625 53.165

Adicionalmente, no decurso do exercício de 2009, a EDP Distribuição incorreu em custos com

racionalização de recursos humanos decorrentes da implementação do PAE – Programa de

Ajustamento de Efectivos em Portugal, no âmbito do qual foram efectivadas saídas de 110

trabalhadores para a pré-reforma, com um custo total de 15.286 milhares de Euros, os quais foram

considerados como “curtailment” no estudo actuarial do exercício e consequentemente como um

acréscimo à provisão para pensões.

Desta forma, o custo total do exercício associado ao Plano de Pensões ascendeu a 65.374 milhares

de Euros, os quais foram registados por contrapartida de provisões do exercício.



109

No apuramento das responsabilidades, associadas a estes planos de pensões no Grupo EDP, foram

utilizados os seguintes pressupostos financeiros e actuariais:

Dez 2009 Dez 2008

Pressupostos Taxa de rendimento dos activos 6,34% 6,34% Taxa de desconto 5,20% 5,75% Taxa de crescimento dos salários 3,70% 3,70% Taxa de crescimento das pensões 2,70% 2,90% Taxa de revalorização dos salários da Segurança Social 1,90% 2,10% Taxa de inflação 2,00% 2,20% Tábua de mortalidade <= 60 anos TV 99/01 TV 88/90 Tábua de mortalidade > 60 anos TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez 50% EKV 80 50% EKV 80 % expectável de adesão dos colaboradores elegíveis à reforma antecipada (a) (a)

(a) 40% da população elegível (colaboradores que estejam em condições de passagem à reforma

antecipada de acordo com o Acordo Colectivo de Trabalho: 36 anos de serviço com pelo menos

60 anos de idade ou 40 anos de serviço e qualquer idade).

Plano de Cuidados Médicos Grupo EDP

A EDP Distribuição concede cuidados médicos aos seus trabalhadores durante o período de

reforma, reforma antecipada e pré-reforma, enquadrados no Plano Grupo EDP, através de

mecanismos complementares aos do Serviço Nacional de Saúde, sendo suportados através de

uma provisão, onde se encontram incluídas a totalidade destas responsabilidades.

No exercício de 2009 foram reconhecidos os seguintes custos:


Custo dos serviços correntes 3.853 4.220 Custo dos juros 31.564 29.861 Amortização do período inicial de transição 3.337 3.401 Amortização de perdas e ganhos actuariais 3.697 5.304 Outros (mútua) - 2.805

42.451 45.591

Adicionalmente, no decurso do exercício de 2009, a EDP Distribuição incorreu em custos com

racionalização de recursos humanos decorrentes da implementação do PAE – Programa de

Ajustamento de Efectivos em Portugal, no âmbito do qual foram efectivadas saídas de 110

trabalhadores para a pré-reforma, com um custo total de 777 milhares de Euros, os quais foram



110

considerados como “curtailment” no estudo actuarial do exercício e consequentemente como um

acréscimo à provisão para actos médicos.

Desta forma, o custo total do exercício associado ao Plano de Cuidados Médicos ascendeu a

45.714 milhares de Euros, os quais foram registados por contrapartida de provisões do exercício.

Dez 2009 Dez 2008Pressupostos Taxa de desconto 5,20% 5,75% Taxa anual de crescimento dos custos com serviços médicos 4,00% 4,00% Despesas administrativas estimadas por beneficiário por ano (em euros) 150 150 Tábua de mortalidade <= 60 anos TV 99/01 TV 88/90 Tábua de mortalidade > 60 anos TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez 50% EKV 80 50% EKV 80 % expectável de adesão dos colaboradores elegíveis à reforma antecipada a) a)

(a) 40% da população elegível (colaboradores que estejam em condições de passagem à reforma

antecipada de acordo com o Acordo Colectivo de Trabalho: 36 anos de serviço com pelo menos

60 anos de idade ou 40 anos de serviço e qualquer idade).

34. Compromissos

Em 31 de Dezembro de 2009, os compromissos que não figuram no balanço, referentes a garantias,

são analisados como segue:


Garantias recebidas De clientes 13.583 15.746 De fornecedores 30.690 32.028

44.273 47.774 Garantias prestadas A outras Entidades 15.491 15.583

15.491 15.583

Total 59.764 63.357

Tipo

A responsabilidade da Empresa por garantias prestadas ascende a 15.491 milhares de Euros e são

constituídas por garantias bancárias (531 milhares de Euros) e seguros caução (14.960 milhares de

Euros). Estas garantias encontram-se contra-garantidas pela EDP, S.A.



111

No final do exercício encontravam-se por satisfazer encomendas relativas a aquisições de

imobilizado e serviços conexos, nos seguintes montantes:


De materiais 8.216 19.169De serviços 34.192 35.621

Total 42.408 54.790

Tipo



112

35. Partes relacionadas

As contas da EDP Distribuição - Energia, S.A., são consolidadas pela EDP - Energias de Portugal, S.A.,

com sede na Praça Marquês de Pombal nº12, 1250-162 Lisboa, detentora da totalidade do seu

capital.

Os saldos em 31 de Dezembro de 2009 e as transacções efectuadas durante o exercício findo

naquela data, com as principais empresas do Grupo EDP resumem-se como segue:

Outros Outros Clientes Outros Acréscimos Fornecedores Outros Suprimentos Acréscimos

C/C Devedores de Proveitos C/C Credores contraídos de Custos

EmpresasEDP, S.A. 1 1.927 1.008 14.875 98.581 628.125 10.511EDP Gás - SGPS, S.A. - - 33 - - - -EDP Produção, S.A. 49 - - 20 - - 32EDP Serviner, S.A. - - 3 - - - -Enernova, S.A. 1.523 (1) 19 - - - -Eneraltius, S.A. 1 - - - - - -Soporgen, S.A. 77 - - - - - -Energin, S.A. 12 - - - - - -EDP Produção Bioeléctrica, S.A. 1 - - - - - -EDP Serviço Universal, S.A. 148.239 32.109 179.668 212 771.915 - -EDP Comercial, S.A. 4.437 (3) 1.223 (24) - - -EME2, ACE - 562 1.315 1.138 - - 1.213INOVGRID, ACE - - 1.153 - - - 585EDP Imobiliaria, S.A. - 3 7 59 - - 16LABELEC, S.A. - 1.525 59 2.731 - - 904SÃVIDA, S.A. - 2.356 143 1.968 - - -EDP Internacional, S.A. - - 14 - - - -EDP Valor, S.A. - 67 (55) 2.227 - - -EDP Soluções Comerciais, S.A. - 149 - 137 (4.271) - 946EDP Estudos e Consultoria, S.A. - - 18 86 - - 117EDP Inovação, S.A. - - 44 - - - -Portgás, S.A. (22) 21 - - - - -EDP Sucursal, S.A. - - - - - - 36Eólica da Alagoa, S.A. 1 9 - - - - -

154.319 38.724 184.652 23.429 866.225 628.125 14.360

PassivoActivo

Outros Custos

CMVMC FSE Custos Financeiros

EmpresasEDP, S.A. - 39.325 (35) 76.396EDP Produção, S.A. - 33 - -EDP Serviço Universal, S.A. 351.638 2.032 - 2.468EDP Comercial, S.A. - 22 - -EME2, ACE - 1.901 - -INOVGRID, ACE - - - 161EDP Imobiliária, S.A. - 310 - -Labelec, S.A. - 5.228 - -Sãvida, S.A. - - 24.055 -EDP Valor, S.A. - 28.518 865 -EDP Soluções Comerciais, S.A. - 53.416 - -EDP Estudos e Consultoria, S.A. - 3.542 - -Portgás, S.A. - (11) - -EDP Sucursal, S.A. - 36 - -

351.638 134.352 24.885 79.025



113

Prestações Outros ProveitosVendas de Serviços Proveitos Financeiros

EmpresasEDP, S.A. - - 8.411 1.398EDP Gás, S.A. - - 33 -EDP Produção, S.A. - - 1 -EDP Serviner, S.A. - - 3 -Enernova, S.A. - 80 20 -EDP Produção Bioeléctrica, S.A. - 1 - -EDP Serviço Universal, S.A. 1.393.687 12.412 1.956 7.032EDP Comercial, S.A. 112.190 - 192 -EME2, ACE - - 518 88INOVGRID, ACE - - 730 -EDP Imobiliária, S.A. - - 49 -Labelec, S.A. - - 59 -Sãvida, S.A. - - 143 -EDP Internacional, S.A. - - 28 -EDP Valor, S.A. - - 565 -EDP Soluções Comerciais, S.A. - - 1.785 -EDP Estudos e Consultoria, S.A. - - 18 -EDP Inovação, S.A. - - 44 -Portgás, S.A. - - 3 -Eólica da Alagoa, S.A. - - 17 -

1.505.877 12.493 14.575 8.518

A coluna “Outros Proveitos” contém os valores das rubricas de proveitos suplementares e de outros

proveitos operacionais.

36. Matérias ambientais

As despesas de carácter ambiental são as identificadas e incorridas para evitar, reduzir ou reparar

danos de carácter ambiental, que decorram da actividade normal da empresa.

As despesas de carácter ambiental são registadas nos custos do exercício.

Os investimentos de carácter ambiental reconhecidos em activos tangíveis, na EDP Distribuição,

decompõem-se nos seguintes domínios:


Protecção da biodiversidade e paisagem 6.614 7.977Gestão de resíduos 57 20Protecção do ar e do clima 19 11Protecção dos solos, águas subterrâneas e superficiais 51 1Redução de ruído e radiações 21 -Outras actividades de gestão e protecção do ambiente - 3

6.762 8.012



114

Os proveitos ambientais reconhecidos no exercício estão essencialmente relacionados com a

venda de resíduos e subprodutos de natureza ambiental no valor de 3.401 milhares de Euros (2.172

milhares de Euros em 2008).

Durante o exercício, a EDP Distribuição reconheceu despesas em resultados do exercício, que se

decompõem nos seguintes domínios ambientais:


Protecção da biodiversidade e paisagem 1.002 69Gestão de resíduos 1.572 1.086Protecção dos solos, águas subterrâneas e superficiais 1.384 15Gestão de radiações electromagnéticas 43 47Protecção do ar e clima 73 -Eficiência Energética 150 -Outras actividades de gestão e protecção do ambiente 44 217

4.268 1.434



115

Elementos contabilísticos exigidos pelo Plano Oficial de Contabilidade (POC)

31 de Dezembro de 2009



116



(Milhares de Euros) 2008

Activo BrutoAmortizações e ajustamentos Activo líquido Activo líquido

IMOBILIZADO: Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 340 340 - - Despesas de investigação e desenvolvimento 2.857 2.669 188 350

3.197 3.009 188 350 Imobilizações corpóreas: Imobilizações corpóreas (DL 344-B/82) 223.420 222.881 539 794 Terrenos e recursos naturais 16.929 - 16.929 16.929 Edifícios e outras instalações 148.102 81.929 66.173 65.815 Equipamento básico 12.056.667 7.726.530 4.330.137 4.306.193 Equipamento transporte 38.392 23.711 14.681 10.569 Ferramentas e utensilios 3.799 3.139 660 672 Equipamento administrativo 137.607 96.313 41.294 27.178 Diferenças de câmbio 10.375 5.735 4.640 4.984 Outras imobilizações corpóreas 13.479 5.251 8.228 9.443 Imobilizações em curso 184.949 - 184.949 193.386 Adiantamento por conta de imobilizações corpóreas 367 - 367 602

12.834.086 8.165.489 4.668.597 4.636.565 Investimentos Financeiros: Investimentos em empresas do grupo 105.100 - 105.100 105.100 Investimentos em imóveis 49 29 20 21

105.149 29 105.120 105.121CIRCULANTE: Existências: Matérias primas subsidiárias e de consumo 18.541 164 18.377 16.280

18.541 164 18.377 16.280 Dívidas de terceiros - Médio L/Prazo: Autarquias-dívida de 31/12/88 s/ acordo 5.005 5.005 - - Autarquias-dívida de 31/12/88 c/ acordo 137.516 54.936 82.580 82.042 Empresas do grupo - empréstimos - - - 115.000 Imobilizados em integração compensados 2.894 2.839 55 97 Outros devedores 332.663 - 332.663 355.849

478.078 62.780 415.298 552.988 Dívidas de terceiros - Curto Prazo: Autarquias-dívida de 31/12/88 c/ acordo 5.157 141 5.016 4.949 Clientes - conta corrente 179.349 - 179.349 275.914 Clientes de cobrança duvidosa 10.786 9.845 941 328 Empresas do grupo - empréstimos - - - 90 Adiantamento a fornecedores 1.740 - 1.740 1.739 Estado e outros entes públicos 6.736 - 6.736 8.183 Outros devedores 53.826 7.932 45.894 21.876

257.594 17.918 239.676 313.079 Depósitos bancários e caixa: Depósitos bancários 880 - 880 27.883

880 - 880 27.883ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 304.209 - 304.209 359.369 Activo por impostos diferidos 189.317 - 189.317 195.920 Custos diferidos 4.434 - 4.434 5.469

497.960 - 497.960 560.758

Total de Amortizações 8.168.527 Total de Ajustamentos 80.862 Total do Activo 14.195.485 8.249.389 5.946.096 6.213.024

2009



117



(Milhares de Euros)

2009 2008

CAPITAL PRÓPRIO: Capital 1.024.500 1.024.500 Prestações suplementares 95.000 95.000 Reservas: Legais 122.222 116.516 Outras 247.255 247.255 Resultados transitados 342 424 Subtotal 1.489.319 1.483.695 Resultado líquido do exercício 155.818 114.121 Dividendos antecipados (41.000) (22.000) Total do Capital Próprio 1.604.137 1.575.816

PASSIVO: Provisões Pensões 122.467 141.722 Outras provisões 770.932 786.601

893.399 928.323 Dívidas a terceiros - Médio L/Prazo: Empresas do grupo - empréstimos 628.125 1.343.125 Outros credores 717 748 Conta de regularização (DL 344-B/82) 539 794

629.381 1.344.667 Dívidas a terceiros - Curto prazo: Empresas do grupo - empréstimos - 90 Dividendos a distribuir - 63.000 Fornecedores c/c 119.860 219.960 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 18.926 35.458 Fornecedores de imobilizado c/c 17.290 12.124 Estado e outros entes públicos 13.457 21.633 Outros credores 888.062 342.759

1.057.595 695.024ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de custos 153.921 100.341 Passivo por impostos diferidos 65.188 66.750 Proveitos diferidos 1.542.475 1.502.103

1.761.584 1.669.194

Total do Passivo 4.341.959 4.637.208

Total do Capital Próprio e do Passivo 5.946.096 6.213.024



118


Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(Milhares de Euros)

Custo das mercad. vendidas e das matérias consumidas: Electricidade 449.646 1.198.269 Materiais diversos 87.413 97.522

537.059 1.295.791

Fornecimentos e serviços externos 228.643 226.102

Custos com o pessoal: Remunerações 227.162 225.749 Encargos sociais: Complemento pensões reforma 2.730 213 Prémios para pensões 15.292 2.961 Encargos sobre remunerações 45.890 46.412 Custos de acção social 29.417 29.544 Outros 8.644 329.135 9.596 314.475

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 366.015 360.923Ajustamentos 2.146 6.600Provisões 103.092 471.253 153.500 521.023

Impostos: Impostos indirectos 1.609 1.448 Impostos directos 265 1.874 258 1.706Outros custos e perdas operacionais 26.265 25.076Rendas de concessões e c.electroprodutores 240.226 228.208

( A ) 1.834.455 2.612.381Custos e perdas financeiras Juros 79.816 111.823 Amortizações de investimentos em imóveis 1 4 Out. custos e perdas financ. e similares 5.181 84.998 24 111.851

( C ) 1.919.453 2.724.232Custos e perdas extraordinárias Donativos 2.278 3.700 Dívidas incobráveis 15 37 Perdas em existências 618 547 Perdas em imobilizações 996 595 Multas e penalidades 35 30 Correcções relativas a exercícios anteriores 227 3.820 Outros custos e perdas extraordinárias 10.683 14.852 23.356 32.085

( E ) 1.934.305 2.756.317

Imposto sobre o rendimento do exercício 65.186 46.010

( G ) 1.999.491 2.802.327

Resultado líquido do exercício 155.818 114.121

2.155.309 2.916.448

2009 2008



119


Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(Milhares de Euros)

Vendas De energia eléctrica 1.663.203 2.375.770 Outras 5.174 4.014

Prestacões de serviços 15.359 1.683.736 34.000 2.413.784

Trabalhos para a própria empresa 164.685 178.715Proveitos suplementares 10.925 9.695Subsídios à exploração 2.212 3.024Reversões de amortizações e ajustamentos 9.536 6.151Outros proveitos e ganhos operacionais 103.228 290.586 102.879 300.464

( B ) 1.974.322 2.714.248

Proveitos e ganhos financeiros Rendimentos títulos negociáveis e aplicações financeiras - 2 Outros juros e proveitos similares 14.151 26.755 Outros proveitos e ganhos financeiros 451 462 Diferenças de câmbio 1 14.603 3 27.222

( D ) 1.988.925 2.741.470

Proveitos e ganhos extraordinários Recuperação de dívidas 8 - Ganhos em existências 22 67 Ganhos em imobilizações 1.247 7.069 Redução de provisões 154.052 141.838 Correcções relativas a exercícios anteriores 351 2.112 Outros proveitos e ganhos extraordinários 10.704 166.384 23.892 174.978

( F ) 2.155.309 2.916.448

Resultados Operacionais (B) - (A) 139.867 101.867Resultados Financeiros ((D)-(B))-((C)-(A)) (70.395) (84.629)Resultados Correntes (D) - (C) 69.472 17.238Resultados Extraordinários ((F) - (D)) - ((E) - (C)) 151.532 142.893Resultados Antes de Impostos (F) - (E) 221.004 160.131Resultado Líquido do Exercício (F) - (G) 155.818 114.121

2009 2008



120


Demonstração dos Resultados por Funções

para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

(Milhares de Euros)

2009 2008

Vendas e prestações de serviços 1.683.736 2.413.784Custo das vendas e das prestações de serviços (741.414) (1.485.171)

Resultados Brutos 942.322 928.613Outros proveitos e ganhos operacionais 210.023 205.819Custos de distribuição (268.037) (262.676)Custos administrativos (338.961) (381.688)Outros custos e perdas operacionais (259.198) (259.018)

Resultados operacionais 286.149 231.050Custo líquido de financiamento (60.145) (70.917)Ganhos (perdas) em outros investimentos (5.000) (2)

Resultados correntes 221.004 160.131Imposto sobre os resultados correntes (65.186) (46.010)

Resultados correntes após impostos 155.818 114.121

Resultados líquidos 155.818 114.121

Resultados por acção 0,76 0,56



121

Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2009

As alíneas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de

Contabilidade para as demonstrações financeiras individuais.

1) As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas, em todos os seus aspectos

materiais, em conformidade com o Plano Oficial de Contabilidade (POC).

2) As demonstrações financeiras do exercício são comparáveis, em todos os aspectos

materialmente relevantes, com as do exercício anterior, não se tendo verificado alterações nas

políticas contabilísticas.

3) As políticas e critérios valorimétricos estão apresentados na Nota 2 das Demonstrações

Financeiras.

4) Não existem elementos incluídos nas demonstrações financeiras, que se encontravam

originalmente expressos em moeda estrangeira.

5) O resultado do exercício não foi afectado com vista a obter vantagens fiscais.

6) As situações com impacto significativo nos impostos futuros são analisadas nas Notas 15 e 19 às

Demonstrações Financeiras.

7) O efectivo médio de trabalhadores ao serviço da EDP Distribuição - Energia, S.A. encontra-se

referido na Nota 8 às Demonstrações Financeiras.

8) A informação sobre as despesas de instalação e de investigação e desenvolvimento é

apresentada nas Notas 2 e 17 às Demonstrações Financeiras

9) Não existem elementos incluídos nas demonstrações financeiras relativos a amortização de

'goodwill' (trespasses).

10) Os movimentos ocorridos no activo imobilizado são exibidos nas Notas 16 e 17 às




122

11) De acordo com o critério contabilístico definido na Nota 2 o), foram capitalizados, no exercício

de 2009, em imobilizações em curso, os seguintes montantes:

2009 2008

Edifícios e outras construções 191 174Equipamento técnico específico 10.299 12.237Outras imobilizações 732 837

11.222 13.248

12) As imobilizações Corpóreas foram reavaliadas pela EDP – Energias de Portugal, S.A.,

anteriormente ao processo de cisão, ao abrigo dos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei nº 430/78 Decreto-Lei nº 111/88


Decreto-Lei nº 399-G/84 Decreto-Lei nº 49/91


Decreto-Lei nº 118-B/86

O Decreto-Lei nº7/91, de 8 de Janeiro, que determinava a formação de novas sociedades

anónimas constituídas por meio de cisão simples a partir da EDP, dispunha no seu art. 8º que se

promovesse à avaliação do património da empresa. Desta forma, o património da EDP foi avaliado

ao abrigo do decreto-lei nº 22/92, de 14 de Fevereiro, o qual releva para efeitos fiscais. Na

sequência do processo de cisão acima referido, foram constituídas diversas empresas, entre as

quais a EDP Distribuição, mediante destaque de património da EDP, nomeadamente dos activos

previamente reavaliados. Os activos incorporados na EDP Distribuição realizaram o respectivo

capital social e reservas livres à data da cisão.



123

13) O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e investimentos em

imóveis e correspondente reavaliação em 31 de Dezembro de 2009, líquidos de amortizações

acumuladas, é o seguinte:

Custos ValoresHistóricos Reavaliações ReavaliadosEuro'000 Euro'000 Euro'000

Imobilizações corpóreasImobilizações (Regime DL 344-B/92) 307 232 539Terrenos e recursos naturais 5.499 11.430 16.929Edificios e outras construções 51.307 14.866 66.173Equipamento básico 4.108.470 221.667 4.330.137Equipamento de transporte 14.681 - 14.681Ferramentas e utensílios 660 - 660Equipamento administrativo (excepto informática) 4.324 - 4.324Equipamento informático 36.970 - 36.970Diferenças de câmbio 4.640 - 4.640Outras imobilizações corpóreas 8.214 14 8.228

4.235.072 248.209 4.483.281

Custos Valores

Históricos Reavaliações ReavaliadosEuro'000 Euro'000 Euro'000

Investimentos financeirosInvestimentos financeiros - empresas do grupo 105.100 - 105.100Investimentos em imóveis 3 17 20

105.103 17 105.120

14) A classificação das imobilizações corpóreas e em curso por afectação, é a seguinte:

2009Imobilizações corpóreas

Afectas à Distribuição de Electricidade 4.497.854Não especificadas 168.919Implantadas em propriedade alheia 1.285Reversíveis 539

4.668.597

As imobilizações reversíveis correspondem aos patrimónios afectos à Distribuição de energia

eléctrica em Baixa Tensão em regime de concessão, transferidos das Autarquias Locais.

15) Os bens utilizados em regime de locação financeira são apresentados na Nota 16 às


16) O detalhe dos investimentos financeiros em empresas do Grupo, com a indicação da fracção

de capital detido, bem como dos capitais próprios e do resultado do último exercício, encontra-se

divulgado na Nota 18 às Demonstrações Financeiras.



124

17) Não existem "Títulos Negociáveis".

18) A EDP Distribuição não detém qualquer fundo.

19) Não se verificam diferenças materialmente relevantes entre o custo dos elementos de activo

circulante, calculados de acordo com os critérios valorimétricos adoptados e as quantias

correspondentes aos respectivos preços de mercado.

20) Não foi atribuído a quaisquer elementos do activo circulante um valor inferior ao mais baixo

entre o custo e o valor de mercado.

21) Os movimentos que ocorreram durante o exercício, nas rubricas de ajustamentos ao activo

circulante encontram-se expostos nas Notas 20, 21 e 22.

22) Não há existências que se encontrem fora da empresa.

23) O valor das dívidas de cobrança duvidosa corresponde aos valores evidenciados no balanço.

24) Não foram concedidos empréstimos ou adiantamentos aos membros dos órgãos de

administração ou de fiscalização da EDP Distribuição.

25) O valor das dívidas activas e passivas respeitantes ao pessoal da empresa encontra-se

resumido na Nota 8 às Demonstrações Financeiras.

26) Não existem dívidas tituladas.

27) Não foram emitidas quaisquer obrigações convertíveis, títulos de participação ou direitos

similares.

28) A EDP Distribuição não tem débitos em mora ao Estado ou a outros entes públicos.



125

29) As dívidas para com terceiros que tenham um prazo de vencimento superior a cinco anos são

analisadas como se segue:

Empresas do Grupo Empréstimos da Holding 628.125 - 628.125

Outros Credores Outras cauções recebidas 717 - 717

Conta de regularização (DL 344-B/82) 539 - 539

629.381 - 629.381

2009

De 1 a 5 anos A mais de 5 anos Total

30) Não aplicável.

31) A informação sobre o valor dos compromissos financeiros que não figuram no balanço consta

da Nota 34 às Demonstrações Financeiras.

32) As responsabilidades da EDP Distribuição por garantias prestadas estão discriminadas na Nota

34 às Demonstrações Financeiras.

33) Não ocorreu qualquer situação em que se tenha verificado uma diferença entre as

importâncias das dívidas a pagar e as correspondentes quantias arrecadadas.

34) A exposição dos movimentos ocorridos nas várias contas de provisões acumuladas é feita na

Nota 29 às Demonstrações Financeiras.


36) O Capital Social é representado por 204 900 000 acções escriturais nominativas com o valor de

cinco Euros cada uma, encontrando-se totalmente subscrito e realizado.

37) O Capital Social da empresa é detido a 100% pela EDP – Energias de Portugal, S.A.





126

40) O movimento ocorrido em cada uma das rubricas de capital próprio, em base individual, é

analisado no mapa de alterações dos capitais próprios.

41) A demonstração do custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas é analisada na

Nota 4 às Demonstrações Financeiras.

42) A demonstração do custo das vendas e prestações de serviços é analisada como segue:

Materiais Diversos

Euro'000 Euro'000 Euro'000 Euro'000Existências iniciais - 16.633 - 16.633Entradas 449.646 89.969 11.846 551.461Regularização de existências - (648) - (648)Saídas para imobilizado - (75.716) - (75.716)Existências finais - 18.541 - 18.541Outros custos das vendas 268.225 - - 268.225

717.871 11.697 11.846 741.414

Acessos Prestação de Serviços Total

43) A indicação global, para cada um dos órgãos de administração e de fiscalização da EDP

Distribuição, das remunerações atribuídas aos seus membros consta da Nota 8 às Demonstrações

Financeiras.

44) A repartição do valor líquido das vendas e das prestações de serviços por actividades está

exposta na Nota 4 às Demonstrações Financeiras.

45) Os resultados financeiros são decompostos na Nota 13 às Demonstrações Financeiras.

46) Os resultados extraordinários podem ser analisados na Nota 14 às Demonstrações Financeiras.

47) Nos termos do nº 1 do artº 21º do Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de Outubro, deve registar-se que

a EDP Distribuição não é devedora de quaisquer contribuições vencidas à Segurança Social.

48) Outras informações relevantes para a compreensão dos resultados e da posição financeira

podem ser analisadas nas Notas às demonstrações financeiras, nomeadamente na Nota 35.



127

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2009

As alíneas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida na Directriz Contabilística nº

14.

1) Não aplicável.

2) A discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes é apresentada na Nota 25 às


3) Não aplicável.

4) Não aplicável.

5) Não aplicável.

6) Não aplicável.

7) Não foram consideradas relevantes para a compreensão da demonstração dos fluxos de caixa

quaisquer outras informações.



128

Anexo à Demonstração dos Resultados por Funções em 31 de Dezembro de 2009

A Demonstração dos Resultados por Funções foi preparada em conformidade com o estabelecido

pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários

diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a preparação da

Demonstração dos Resultados por Naturezas. Assim, o valor dos resultados extraordinários POC de

151.532 milhares de Euros, foi reclassificado para a rubrica de outros proveitos e ganhos

operacionais no montante de 166.384 milhares de Euros, para custos administrativos no montante

2.760 milhares de Euros, para custos de distribuição 1.924 milhares de Euros e para custos

operacionais no montante de 10.168 milhares de Euros.

Os resultados financeiros POC no montante negativo de 70.395 milhares de Euros foram

reclassificados para custo líquido de financiamento no montante negativo de 71.367 milhares de

Euros, para outros custos e perdas operacionais no montante negativo de 201 mil Euros, para

ganhos (perdas) em outros investimentos no montante negativo de 5.000 milhares de Euros e para

outros proveitos e ganhos operacionais no montante de 6.173 milhares de Euros.

O custo das vendas e da prestação de serviços foi determinado considerando o custo associado

às compras de energia e à reparação de avarias da linha de distribuição. Adicionalmente, foram

considerados os custos com as amortizações do equipamento específico associado aos centros de

custos relativos à actividade de distribuição de energia e venda de acessos, bem como os

respectivos subsídios ao investimento.

Os trabalhos para a própria empresa foram alocados ao custo das vendas, aos custos de

distribuição e ao custo líquido de financiamento, de acordo com a sua função.

A rubrica outros custos operacionais inclui, entre outros, o valor das rendas de concessão pagas

aos municípios valorizadas na Nota 9.

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Relatório e Contas 2009 - EDP Distribuição · das redes de baixa tensão e a ERSE, na revisão do Regulamento Tarifário de Agosto de 2008, estabeleceu que os proveitos permitidos