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Relatório e Contas
Siemens, S.A.
2016
www.siemens.pt
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ÍNDICE
Actividade Siemens, S.A.…………………………..03
Actividade Divisões de negócio............................04
Balanço 2016
Demonstração de Resultados ..............................14
Certificação Legal de Contas ...............................47
Relatório de Parecer do Conselho Fiscal .............48
FICHA TÉCNICA Este Relatório e Contas contém afi rmações orientadas para o futuro, baseando-se em suposições e estimativas da Direção da Siemens S.A. Apesar de considerarmos que as expetativas destas previsões são realistas, não podemos garantir que elas sejam comprovadas como certas. As suposições podem correr riscos e incertezas que podem levar a resultados fatuais que se desviem na sua essência das provisões. Entre os fatores que poderão causar os referidos desvios constam, entre outros, alterações no ambiente económico e comercial, oscilações nos câmbios e nas taxas de juro, introdução de produtos concorrentes, falta de aceitação de novos produtos e serviços e alienações na estratégia da atividade. Não está prevista, pela Siemens, S.A., nenhuma atualização das previsões, nem assumimos nenhuma obrigação nesse sentido. É princípio nosso publicar todas as informações essenciais sem limitações e numa base não seletiva. As designações usadas neste relatório poderão ser marcas registadas. O uso por terceiros poderá violar os direitos dos seus proprietários. Contacto: Corporate Communications · Paula Baixinho [email protected]
Siemens, S.A. Sede: Rua Irmãos Siemens S.A, nº1 2720-093 Alfragide Capital Social: 65.435.000,00 EUR Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Amadora Pessoa coletiva Nº: 500 247 480
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Atividade Siemens, S.A.
Em 2016, ano em que perfez 111 anos de presença no
País, a Siemens continuou a participar em importantes
projetos, em todas as suas áreas de atividade –
Energia, Indústria, Infraestruturas, Mobilidade e Saúde
- e a escrever novos capítulos da sua já longa história,
mantendo-se como uma das mais icónicas referências
quando se fala de investimento estrangeiro direto em
Portugal.
A presença da Siemens em Portugal inclui as empresas
Siemens, S.A., Siemens Healthcare, Lda. e Siemens
Postal, Parcel e Airport Logistics Unipessoal, Lda. O
presente relatório só contempla obviamente a
Siemens,S.A.
No ano de 2016, a Siemens, S.A, que conta com 1449
colaboradores próprios, terminou o ano com o montante de
cerca de 269,8 milhões de euros em vendas, um resultado
líquido de 5,7 milhões de euros e exportações que
atingiram um valor superior a 90,1 milhões de euros.
Sustentabilidade e Cidadania
Porque a Siemens, em todos os países em que atua, fá-lo
com uma perspetiva Business 2 Society - defendendo que
o negócio só faz sentido se estiver ao serviço da sociedade
- foram desenvolvidas várias iniciativas de relevo nas
importantes áreas da cidadania e da sustentabilidade.
Em Portugal, na área do voluntariado, por exemplo, foram
alcançadas 3.640 horas de voluntariado empresarial, um
número que ultrapassou largamente o do ano passado
(3.120 horas), envolvendo quase 717 colaboradores da
Siemens. Em suma, estas iniciativas tiveram um impacto
positivo nas vidas de quase 7.000 pessoas, através da
colaboração com entidades como a aldeia SOS de
Bicesse, Serve the City, Entreajuda e a Novo Futuro, entre
outras.
Neste âmbito merece destaque o projeto social que a
Siemens desenvolveu para a instituição Novo Futuro, ainda
em 2015, e que teve a duração de dois anos. A empresa
proporcionou a reabilitação de três dos atuais lares da
associação e tem vindo a acompanhar o ensino das
crianças e jovens que esta instituição acolhe através de
apoios à sua educação. Este projeto envolve igualmente
uma forte componente de voluntariado através de várias
atividades planeadas ao longo dos anos de parceria. Como
resultado, a taxa de aproveitamento escolar das crianças e
jovens apoiadas pela Siemens foi de 96.7%, tendo
contribuído para a melhoria da taxa de aproveitamento
escolar global da instituição que passou de 69%, 2014,
para 89%, em 2016.
Para além disso, a colaboração com a Siemens teve ainda
um impacto positivo na visibilidade da instituição. A título
de exemplo, no último concurso aberto para recrutamento,
foram rececionadas 554 candidaturas, muito diferente da
médias de 10 a 80 candidaturas por concurso.
Adicionalmente, a taxa de retenção mensal chegou aos
100%, um feito alcançado, pela primeira vez na história da
associação, em Setembro de 2016.
A associação Novo Futuro é uma instituição fundada em
1996 que acolhe 74 crianças e jovens privados de um
ambiente familiar seguro, facultando-lhes um lar, melhores
cuidados quotidianos, bem como atenção, apoio e afeto
redobrados.
Recorde-se que, todos os anos, a Siemens dá 16 horas a
cada uma das suas pessoas para que estas participem em
ações de voluntariado.
No mesmo ano, a empresa fez donativos e patrocínios no
valor de 150.000 euros a várias instituições de cariz social,
ou científico.
Em Angola foi feita uma ação de voluntariado para 500
alunos da escola Dom Bosco, que a Siemens apoia desde
2014 através de um protocolo celebrado com o Grupo da
Amizade. Nesta iniciativa, os alunos e professores desta
instituição de ensino tiveram novamente a oportunidade de
interagir com os Kits de Experiências da Siemens, que
permitem a realização de um conjunto de experimentações
simples que ajudam os jovens a aproximarem-se das áreas
das ciências e engenharia, e entender alguns fenómenos
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do dia-a-dia. A escola Dom Bosco acolhe 2.000 alunos do
ensino pré-primário ao secundário, incluindo educação e
formação profissional de adultos.
Em Moçambique, o grande destaque da empresa em
termos de responsabilidade corporativa foi a inauguração
das novas instalações da Escola Primária Completa de
Matibane, em Nampula. A inauguração contou com a
presença do Diretor Provincial de Educação de Nampula,
de mais de 800 alunos do primeiro ao sétimo ano de
escolaridade, e dos representantes das duas entidades
responsáveis pela construção da escola: Rui Marques,
Diretor Geral da Siemens em Moçambique e Carlos
Almeida, Country Manager da HELPO. Garantindo o apoio
necessário à construção da escola de Matibane, a Siemens
reforçou também o seu posicionamento face à relevância
da educação para o desenvolvimento económico e social
deste país, e à necessidade de formar e apoiar os
estudantes moçambicanos.
Certificações e Prémios
Em 2016, a Siemens Portugal obteve o Zero Harm
Culture@Siemens Label, uma distinção, atribuída pela
sede da empresa na Alemanha, relativamente ao
desempenho de excelência no âmbito da Segurança. Este
reconhecimento traduz o sucesso na implementação dos
princípios do programa Zero Harm Culture e na abordagem
utilizada para atingir uma cultura de zero incidentes na
organização.
Para além disso, a empresa renovou as certificações dos
sistemas de gestão do Ambiente e de Investigação,
Desenvolvimento e Inovação e manteve as certificações
dos sistemas de gestão da Qualidade e da Segurança e
Saúde no Trabalho.
Recorde-se que, em Angola, a empresa também detém as
certificações dos seus sistemas de gestão da Qualidade,
do Ambiente e da Segurança e Saúde no Trabalho.
No que concerne a distinções, a Siemens Portugal recebeu
um Reconhecimento pelas Práticas de Responsabilidade
Social 2015, entregue pela Associação Portuguesa de
Ética Empresarial (APEE), e a Distinção Municipal
“Empresa Solidária 2015” atribuída pela Câmara Municipal
da Amadora, onde está localizada a sede da empresa.
Foi ainda considerada uma das melhores empresas para
trabalhar em Portugal, tendo ficado no Top 20 do Randstad
Award 2016, à semelhança do que já tinha acontecido a
nível internacional. A empresa, não obstante ser Business
to Business, ficou no 7º lugar no Global Randstad Award
2015, tendo-se posicionado à frente de empresas como a
IBM ou a Coca-Cola.
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Atividade das Divisões de negócio
Energy Management
Na área da energia, a atividade da divisão Energy
Management (EM) e as competências das suas
equipas, foram fundamentais para que a Siemens
Portugal voltasse a destacar-se pela sua veia
exportadora. Quer através dos seus Centros de
Competências, quer através da Fábrica de Quadros
Elétricos de Corroios, a divisão participou com
sucesso em projetos de grande importância em
diferentes geografias. Paralelamente, manteve a forte
presença no mercado Português, participando em
grande parte dos projetos mais relevantes
desenvolvidos no nosso país, não só na área das redes
de transporte e distribuição de energia, mas também
nos setores das infraestruturas, indústria e terciário.
Do ano comercial em análise, destaca-se a participação da
Siemens Portugal no maior projeto de sempre alguma vez
adjudicado à Siemens AG na área da energia. A Siemens
Portugal, através da sua fábrica localizada em Corroios, foi
escolhida para assegurar o fornecimento de 350 quadros
de média tensão e 370 quadros de comando e controlo de
turbinas para as Centrais de Ciclo Combinado que a
empresa está a construir no Egipto, muitos dos quais já
foram entregues ao cliente final.
Estas centrais elétricas a gás natural, altamente eficientes,
fazem parte de contratos assinados pelo estado egípcio e
a Siemens AG, no valor de 8 mil milhões de euros, que
ainda prevêem a construção de parques eólicos. Estas
infraestruturas permitirão reforçar a capacidade de
produção de energia do Egipto em mais de 50 por cento,
disponibilizando um adicional de 16,4 gigawatts (GW) à
rede elétrica nacional do Egipto, necessários para apoiar o
rápido desenvolvimento económico do país e satisfazer a
procura crescente de energia pela população.
Em Cabo Verde, a empresa de eletricidade estatal –
Electra, recebeu um estudo da Siemens sobre o modelo
energético a adotar para a produção e distribuição de
energia em três das nove ilhas habitadas (Santiago, São
Vicente e Sal), tendo como base um software de simulação
para o planeamento de redes energéticas.
Graças a esta solução, a Electra adquirirá um
conhecimento cresente sobre a produção de energia e o
balanceamento das fontes de energia renováveis mais
eficazmente, melhorando a qualidade e a continuidade do
serviço em Cabo Verde. Este software permite ainda
adquirir um conhecimento crescente sobre o
comportamento da rede – contribuindo deste modo para o
aumento da eficiência da rede e para a otimização dos
investimentos públicos em matéria de aumento da
penetração das renováveis e de fiabilidade da rede.
Ao longo do período em análise, a Siemens também
participou em diversos projetos que visaram reforçar e
renovar a rede de transporte e distribuição de energia
portuguesa. A construção, em regime chave-na-mão, da
Subestação do Alto de São João para a REN, foi uma
dessas referências.
Com o objetivo de reforçar a capacidade de transporte e
distribuição de energia elétrica à zona oriental de Lisboa,
que abrange Chelas, Olaias e a zona da baixa da cidade,
esta nova infraestrutura conta com a tecnologia mais
evoluída do mercado, totalmente blindada e do tipo GIS
(Gas Insulated Substation). Para fazer face ao rápido
crescimento que Lisboa tem experienciado nos últimos
tempos, esta subestação foi concebida de forma a
assegurar uma resposta eficaz para os consumos previstos
nos próximos 50 anos nas áreas referenciadas.
A intervenção da Siemens não se esgotou na subestação
supracitada, tendo a EDP Distribuição confiado à Energy
Management a intervenção nas subestações do Zambujal
e de Moscavide, construídas em 1996, fulcrais no equilíbrio
do fornecimento de energia da capital. Através da
modernização dos vários equipamentos instalados nas
duas subestações, a Siemens contribuiu para melhorar a
respetiva performance, garantindo que a EDP possa operar
6
estes ativos de rede sem qualquer tipo de
constrangimento.
O histórico da Siemens, o seu comprovado conhecimento e
equipas qualificadas, foram determinantes para que a REN
(Redes Energéticas Nacionais) e a EEM (Empresa de
Electricidade da Madeira) confiassem à Energy
Management os projetos mais estratégicos dos planos de
desenvolvimento das suas redes de transporte de energia,
respetivamente a Subestação do Carregado e a
Subestação do Amparo.
Ainda na área do transporte de energia, a divisão participa
no projeto de construção de infraestruturas elétricas dos
aproveitamentos de Gouvães, Alto Tâmega e Daivões, da
responsabilidade da Iberdrola, através do fornecimento,
montagem e comissionamento do posto de corte de Fonte
de Mouro e da subestação de Gouvães.
No campo da Investigação e Desenvolvimento, a Siemens
assinou um acordo de cooperação com o Instituto de
Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e
Ciência (INESC TEC) para a área das micro-redes, através
do qual as duas entidades vão desenvolver um modelo de
simulação e metodologias de cálculo que vão suportar o
desenvolvimento deste negócio a nível mundial. A
utilização eficiente de micro-redes tem impacto não só na
redução de emissões de CO2, mas também na diminuição
dos custos totais do sistema elétrico, uma vez que com a
integração segura de fontes de energia renovável é
possível reduzir significativamente os custos associados
aos combustíveis fósseis que estão tipicamente na base da
operação destas redes. A participação da Siemens neste
projeto está a ser assegurada pelo Centro de Competência
da empresa para a área das Micro-redes e
Armazenamento de Energia.
Este ano foi inaugurado o Regional Engineering Center, da
divisão Energy Management, caracteriza-se por possuir
uma estrutura operacional de engenharia capaz de
colaborar e apoiar outras regiões da Siemens no
desenvolvimento dos seus próprios projetos de proteção e
automação de subestações, do desenvolvimento de
software ao comissionamento de serviços no local. Do
vasto leque de regiões com as quais este centro trabalha
fazem parte a Espanha, França, Reino Unido e Alemanha,
entre outras.
Em Angola, a empresa elétrica local (ENDE) irá usufruir de
uma subestação renovada junto à sua sede social, através
do fornecimento pela Siemens, em regime chave-na-mão,
de uma extensão à instalação existente, que já
apresentava enormes dificuldades para fazer face às
necessidades do desenvolvimento da rede elétrica de
Luanda.
Adicionalmente, a Siemens forneceu à Indergola postos de
transformação compactos e equipamento diverso (quadros
de distribuição de média e baixa tensão e transformadores
de distribuição), que permitiram reforçar a rede de
distribuição da ENDE e assegurar o fornecimento
energético fiável a algumas infraestruturas públicas e
zonas residenciais.
Em Angola, a Siemens deu igualmente seguimento às suas
operações no Service Center Subsea nas actividades
locais com várias operadores e prestadoras de serviço na
area do Subsea Oil & Gas.
Em Moçambique, país onde apenas cerca de 25% da
população tem acesso permanente a energia e onde se
registam cortes sistemáticos no fornecimento da energia
elétrica, a Siemens está a instalar tecnologia de ponta nas
subestações de Matola, Matambo e Tete, que permitirão
reforçar e dar estabilidade ao fornecimento de energia nas
regiões onde estão implementadas. Matola, por exemplo, é
particularmente importante para a zona de Maputo, capital
do país. A abordagem integrada da Siemens teve em linha
de conta o desenvolvimento sustentável do país, não
obstante ter sido um dos parceiros privilegiados para a
resolução imediata dos problemas mais prementes da rede
elétrica moçambicana, como se comprova pelo contrato
assinado para o fornecimento de duas subestações móveis
de muito alta tensão. A elaboração de estudos de
desenvolvimento da rede, reuniões bilaterais de
aconselhamento técnico e formação de quadros técnicos
locais são alguns dos exemplos da presença da empresa
na economia e sociedade de Moçambique.
No ano comercial em análise, a empresa terminou a sua
intervenção num dos edifícios mais emblemáticos e
símbolo da modernidade do país, o Banco de Moçambique.
Este projeto incluiu o fornecimento de diversas soluções e
equipamentos de ponta nas áreas da distribuição de
energia e segurança, através do conceito Totally Integrated
7
Power (TIP), garantindo uma integração total e otimizada
de todas as soluções instaladas neste edifício.
Power and Gas, Power Generation
Services (PG/PS)
Depois de, em 2015, o Centro de Competências de
Energias Renováveis da Siemens Portugal ver as suas
competências reconhecidas pela Siemens AG, foram
vários os projetos hídricos, eólicos e de biomassa em
que as suas equipas de engenharia, altamente
qualificadas, participaram com grande sucesso.
Na área da energia eólica, estas equipas desenvolveram
um projeto para o Parque do Guardão. Este parque,
situado na Serra do Caramulo, tem 14 aerogeradores e
uma potência total de 30 MW. O fornecimento deste
projeto, em regime chave-na-mão, incluiu o posto de corte
20/60 kV, bem como uma linha de transmissão de 60 kV
que interligou o parque eólico com a subestação da REN,
em Tábua, localidade situada a 30 quilómetros de
distância.
O projeto do Parque Eólico do Guardão é mais uma
importante referência na longa de lista de projetos eólicos
realizados pela Siemens em Portugal, resultado da elevada
experiência e das excelentes competências da equipa
deste Centro de Competências.
No que diz respeito a projetos hídricos, a Siemens
continuou os trabalhos no projeto de reforço de potência de
Venda Nova II e III – Frades II, uma das maiores centrais
hidroelétricas reversíveis do mundo que está prestes a ser
concluída nas margens dos rios Cavado e Rabagão. A
central de Frades II, que constitui o segundo reforço de
potência do aproveitamento de Venda Nova, é um dos
mais ambiciosos projetos do Plano Nacional de Barragens,
para o qual a EDP Produção tem contado com a Siemens
como uma das principais parceiras, em consórcio com a
Voith Hydro, empresa sua participada.
Contudo, para além da participação nos novos projetos,
como é o caso da Central de Frades II, a Siemens
participou também, de forma ativa, nos projetos que a EDP
Produção promove anualmente, para a manutenção e
remodelação do seu parque de centrais, algumas das
quais, com muitos anos de operação. Este parque de
geração de energia hídrica é composto por mais de setenta
centrais, entre grandes e pequenas, localizadas
maioritariamente no norte do país.
Estes projetos são complexos já que promovem a
alteração de sistemas elétricos, mecânicos e de
automação, em fim do seu ciclo de vida de funcionamento,
requerendo um elevado grau de conhecimento nesta área
e elevadas competências de engenharia e de integração.
Também aqui o Centro de Competências em Energias
Renováveis da Siemens teve uma importante intervenção
no ano comercial em análise. Ao longo deste período foram
feitas remodelações em Vila Nova, Valeira, Crestuma,
Belver, Rei Moinhos, Carrapatelo, Cefra e Srª do Porto,
entre muitas outras.
Adicionalmente, para a Central térmica a biomassa
florestal, que está a ser construída na freguesia de
Fradelos, em Vila Nova de Famalicão, a Siemens ganhou
um contrato de fornecimento e instalação de uma turbina
de condensação de 15 megawatts (MW), bem como do
sistema de E-BOP (Electrical Balance of Plant). Graças a
esta intervenção, a central vai exportar um máximo de 11
MW através de uma linha de 15 KV. O início de exploração
desta central, da empresa Probiomass, está previsto para
o final de 2017.
Esta central térmica, que permitirá reduzir
significativamente o risco de incêndios no concelho, vai
consumir 18 toneladas por hora de biomassa florestal,
sendo constituída pela componente biodegradável dos
produtos gerados na floresta e pela matéria orgânica
residual gerada pelos processos das indústrias de
transformação da madeira.
Também no período em análise, a Siemens levou a cabo
um projeto de migração na Central Termoelétrica do
Ribatejo, no âmbito do qual foi modernizado o sistema de
controlo e proteção das turbinas instaladas nesta unidade.
A EDP conta agora com um sistema flexível e modular, que
cumpre as normas internacionais. A central do Ribatejo,
que tem cerca de 12 anos de vida, funciona com uma
potência instalada de 1176 megawatts (MW). É uma das
maiores centrais elétricas do país, juntamente com a
central a carvão que a EDP explora em Sines.
8
Em Angola, a Siemens assinou e/ou renovou no decorrer
do ano de 2016 e num contexto de clima económico
extremamente difícil e muito condicionado pela queda
acentuada do preço do petróleo, diversos contratos de
manutenção das frotas de turbinas a gás de clientes off-
shore nos blocos 0,15 e 18, assim como on-shore. Estes
equipamentos são fundamentais para o processo de
extração e refinação de petróleo e gás e seus derivados,
uma área de grande importância para a economia
angolana.
Em Moçambique, a Siemens levou a cabo o projeto de
revitalização da central de produção de energia elétrica da
Beira, cuja turbina a gás estava já há cerca de cinco anos
sem funcionar por apresentar alguns problemas técnicos. A
pedido da Empresa de Electricidade de Moçambique
(EDM) foram então feitos diversos trabalhos de intervenção
nesta infraestrutura que contribuíram para que pudesse ser
novamente utilizada. Em suma, e entre outras ações a
Siemens modernizou a estação de operação central, levou
a cabo uma ação de manutenção preventiva à turbina e
instalou um novo sistema de extinção de incêndios.
Building Technologies
Ao longo do ano comercial em análise, e como já vem
sendo habitual, a divisão Building Technologies fez
importantes intervenções em edifícios de diferentes
mercados verticais. Este ano os destaques vão para
projetos desenvolvidos para o setor farmacêutico, dos
serviços e espaços de arte e cultura.
No sector farmacêutico, a intervenção de destaque da
Siemens foi levada a cabo numa das instalações fabris da
Hikma. A parceria entre as duas empresas teve início há
cerca de 10 anos, altura em que a Siemens instalou o
sistema de gestão técnica centralizada Desigo Insight
Pharma Solution na fábrica Hikma II, que a farmacêutica
estava a construir e que contava com duas linhas de
produção de medicamentos.
Nesta última década, a Siemens remodelou a fábrica mais
antiga da empresa, a Hikma I. Depois do processo de
expansão e modernização, que contou com a participação
ativa da Siemens, esta unidade fabril passou a contar com
10 linhas de produção qualificadas e validadas pela Food
and Drugs Administration (FDA).
Atualmente as duas empresas estão a colaborar no projeto
de expansão da Hikma II, que passará a dispor de uma
terceira linha de produção, e de um edifício novo, o Hikma
IV, que está a ser planeado de acordo com os mais
elevados requisitos de qualidade.
No setor dos serviços, a Siemens recebeu importante
encomenda para a implementação, em diversas
instalações da EDP, de sistemas de videovigilância (CCTV)
com capacidade analítica. No total, o projeto abrangerá 28
edifícios de escritórios e 35 lojas da empresa de
eletricidade portuguesa, que passarão a estar ligadas a
uma sala central de gestão, monitorização e controlo.
A solução apresentada pela Siemens para este projeto
inclui um plataforma de gestão central que irá gerir,
monitorizar e gravar diversas camaras. Todas as câmaras
estarão equipadas com capacidade analítica, permitindo
fazer uma vigilância mais eficaz dos vários locais. Todo
o hardware, servidores e estações de trabalho, incluídos
no âmbito deste projeto, assim como a instalação
e Setup serão levados a cabo pelas equipas técnicas da
Building Technologies. Esta abordagem holística permitirá
ao cliente beneficiar de uma solução pronta a funcionar
desde o primeiro dia de entrada em serviço.
Ainda na mesma área, a nova sede em Portugal do BNP
Paribas, banco líder na zona Euro e uma das maiores
instituições bancárias a nível mundial, localizada na Torre
Ocidente do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, foi
equipada com tecnologia de ponta para edifícios da
Siemens. Este projeto, que incluiu o fornecimento e
instalação de soluções das áreas da segurança,
instalações elétricas e comunicações, permitiu à Siemens
reforçar a sua participação no mercado das soluções
integradas. A empresa foi responsável pelo fornecimento,
instalação e colocação em serviço dos sistemas de
controlo de climatização e iluminação, dos sistemas de
detecção e extinção de incendio, dos quadros elétricos, da
solução integrada do Data Center, da rede estruturada, da
iluminação e das tomadas.
Finalmente, no mercado das casas de espetáculos, no qual
a Siemens já tem importantes referências um pouco por
todo o país, merece realce a intervenção da empresa no
projeto de renovação do Tivoli, um dos teatros mais antigos
e emblemáticos de Lisboa. No âmbito desta remodelação,
da qual a Siemens foi parceira tecnológica, a empresa
9
ofereceu uma parte do Sistema de Gestão Centralizado de
Comando e Controlo do edifício, que já foi palco de
belíssimas peças de teatro, bailados inesquecíveis e da
exibição dos maiores filmes da história do cinema. O
fornecimento incluiu igualmente os Sistemas de Proteção e
Segurança, que abrangeram os sistemas de detecção de
incêndio, de intrusão e roubo, e Quadros Elétricos de Baixa
Tensão da Siemens.
Recorde-se que, já por diversas vezes, a Siemens foi o
parceiro tecnológico de eleição de importantes
infraestruturas culturais portuguesas, das quais fazem
parte, por exemplo, o Centro Cultural de Belém e a
Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, ou a Casa da
Música, no Porto.
Mobility
A equipa multidisciplinar da divisão Mobility esteve
empenhada, ao longo do ano comercial passado, no
desenvolvimento de soluções de transporte para o
futuro. Na área da manutenção, gestão de tráfego ou
mobilidade elétrica, foram vários os projetos em que a
divisão participou com excelentes resultados.
Um das áreas que esteve em foco, e na qual foram
reforçadas as competências locais, foi a da manutenção
ferroviária. Na senda da digitalização, foram feitas análises
de Big Data em colaboração com a sede mundial da
empresa na Alemanha, para que seja possível executar
uma manutenção cada vez mais inteligente, que permita
monitorizar e prever a ocorrência de avarias nos veículos e
infraestruturas ferroviárias com claras vantagens não só
económicas como também operacionais.
Ao analisar a vasta quantidade de dados disponíveis é
possível otimizar o trabalho das equipas de manutenção,
aumentando a disponibilidade dos veículos e
infraestruturas ferroviárias para exploração.
Ainda na mesma área, outro projeto em destaque foi o da
manutenção do sistema de sinalização ferroviária da
empresa Infraestruturas de Portugal, instalado em mais de
metade da rede ferroviária nacional. Estes trabalhos foram
levados a cabo por uma equipa alargada de técnicos
especialistas, distribuída de Porto a Faro, que assegura a
assistência técnica deste sistema 24 horas por dia/7 dias
por semana. Adicionalmente, a Siemens continuou ainda a
assegurar assistência técnica à operação do sistema
instalado no Metro de Lisboa.
No mesmo período, decorreram ainda atividades de
manutenção do SIMEF1 de locomotivas elétricas que em
2016 foram adquiridas pela empresa privada MedRail.
Também neste período decorreram as iniciativas de
manutenção
dos equipamentos de eletrificação da rede ferroviária da
Infraestruturas de Portugal, e da infraestrutura semafórica
de Lisboa e do Porto.
Na área da gestão de tráfego, a Siemens tem vindo a
trabalhar ativamente em todos os elementos necessários
para o controlo eficaz do trânsito urbano a partir de uma
única fonte, ajudando a melhorar, de forma mensurável, o
fluxo do mesmo nas cidades, reduzindo ao mesmo tempo a
poluição ambiental e aumentando a segurança rodoviária.
A título de exemplo, a pedido da Infraestruturas de
Portugal, as equipas da Mobility desenvolveram uma
proposta de melhoria de circulação do tráfego do nó da
Cruz Quebrada com o complexo desportivo do Jamor.
Inicialmente foi feito um estudo prévio que possibilitou a
implementação da programação/comissionamento de um
controlador de tráfego Siemens da nova geração Sitraffic
sX. Com a conclusão deste projeto foi possível alcançar
um acréscimo no desempenho de 25 por cento em termos
de débito de tráfego, nesta a intersecção, resultados estes
que vão ao encontro das expectativas do cliente. Além
disso e através da plataforma Sitraffic smartGuard, é agora
também possível fazer uma monitorização remota
constante do hardware em funcionamento, assim como do
estado do tráfego.
As mesmas tecnologias, Sitraffic smartGuard e sX,
estiveram na base da primeira fase do projeto de gestão
integrada de tráfego que a Siemens desenvolveu em
Vilamoura, no Algarve. Este ambicioso projeto visa
combinar a oferta de modos de transporte e, a partir desta,
informar os condutores relativamente a alternativas de
mobilidade, diminuindo a utilização de transportes
individuais e aumentando a fluidez do tráfego neste
popular destino turístico.
1 Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) de manutenção
criado entre a Siemens e a EMEF
10
No sentido de contribuir para tornar Lisboa numa cidade
mais inclusiva e segura, a Siemens instalou botoneiras
especiais em semáforos de três cruzamentos, como
demonstrador da nova geração de soluções para apoio aos
modos suaves de mobilidade e, em concreto, do tráfego
pedonal. Com estes equipamentos, os semáforos podem
ser utilizados por todos, incluindo cidadãos com deficiência
motora ou visual, prestando ainda especial apoio aos
milhares de turistas que todos os dias circulam por Lisboa
e não conhecem a cidade. Os semáforos de ruas como a
Alexandre Herculano, a Rua Castilho, a Rua Mouzinho da
Silveira ou a Rua Rodrigo da Fonseca têm estas novas
botoneiras instaladas, constituindo um protótipo agora em
fase de avaliação pelos técnicos do município e pela
população.
Já o centro de competências para os projetos mundiais de
eBus (autocarros elétricos) da Siemens Portugal
desenvolveu soluções para a China, tendo realizado a
entrega de um autocarro elétrico eCobus, e para o
Canadá, que incluiu o fornecimento do respetivo sistema
de carregamento.
Em Angola, na província de Malanje, a Siemens introduziu
as primeiras unidades dos novos controladores de tráfego
Sitraffic sX. Esta é a primeira instalação a nível mundial
deste tipo de controladores alimentados por um sistema
fotovoltaico, característica que permite diminuir a sua
dependência da rede elétrica nacional, aumentando a
disponibilidade dos equipamentos e a segurança rodoviária
das zonas intervencionadas.
Estes controladores cumprem as mais recentes normas
tecnológicas para a garantia da segurança rodoviária,
graças a um sistema inteligente que lê o tráfego através de
sensores na via e percebe quando deve mudar para verde
ou vermelho, evitando assim perdas de tempo, paragens
longas desnecessárias e garantindo a fluidez do trânsito.
Este tipo de equipamentos também contribui para a
redução do número de acidentes rodoviários, problema que
muito afeta a sociedade angolana.
Em Moçambique, o ano de 2016 ficou marcado pela
continuação dos trabalhos no projeto do corredor de
Nacala. A Siemens foi selecionada para fornecer a solução
de sinalização e de telecomunicações para a linha férrea
de via única, que inclui três ramais. A solução técnica
baseou-se em plataformas comprovadas e personalizadas
de hardware e software, de forma a satisfazer os exigentes
requisitos das aplicações ferroviárias para a exploração
mineira e do clima tropical que caracteriza o País.
A empresa forneceu os sistemas de controlo positivo de
comboios Trainguard Sentinel, de monitorização da
integridade dos comboios, de encravamentos SIL 4
Trainguard Westrace, bem como o sistema de
telecomunicações baseado numa rede de micro-ondas, o
sistema Tetra para a transmissão de dados via-comboio e o
Centro de Controlo Operacional instalado em Nacala.
Estes sistemas permitem aumentar a segurança, a
fiabilidade e a capacidade do transporte de carvão,
permitindo uma circulação mais frequente de comboios.
Isto permite aos operadores ferroviários aumentar a
capacidade da rede, minimizando o intervalo entre
composições e garantindo uma operação segura e
eficiente.
Digital Factory (DF) e Process Industries
and Drives (PD)
Este foi um ano particularmente entusiasmante para as
divisões da indústria da Siemens - Digital Factory (DF)
e Process Industries and Drives (PD) - com especial
destaque para a temática da Indústria 4.0, a nova
revolução industrial. Para além de ser uma área na qual
a Siemens tem vindo a focar-se e para a qual tem vindo
a desenvolver produtos, soluções e serviços,
nomeadamente cloud, Internet of Things (IoT) e
cibersegurança, este ano passou também a ser uma
prioridade do Governo Português.
Para tal lançou a iniciativa Indústria 4.0, da qual a Siemens
faz parte do Comité estratégico, e tem elementos
integrados em todos os grupos de trabalho, dedicados aos
importantes temas da agro-indústria, automóvel e moldes,
retalho e moda, e turismo. Esta iniciativa, que reúne 64
empresas, ambiciona ajudar a definir a estratégia nacional
e a preparar o futuro da Indústria.
Uma das áreas que a Siemens considera mais
importantes, para garantir que a indústria 4.0 é
implementada com sucesso em Portugal, é a da formação
e capacitação dos recursos humanos. Neste contexto, e no
período em análise, a empresa anunciou o vencedor do
11
Prémio Nova Geração | 15. Um aluno do ISEL venceu esta
iniciativa, lançada no âmbito do protocolo “Engenharia
made in Portugal” que a Siemens assinou com o Governo
Português, com um sistema de monitorização via Internet
de processos industriais controlados com autómatos
programáveis. O vencedor vai fazer um estágio de seis
meses na Siemens. Já o professor que o acompanhou no
desenvolvimento do projeto teve a oportunidade de visitar
a maior feira de indústria e engenharia do mundo, que se
realizou em abril, em Hannover na Alemanha.
Adicionalmente, a escola com mais trabalhos entregues, o
Instituto Politécnico de Leiria, vai receber Kits de
Automação da Siemens, para que as suas salas técnicas
estejam munidas de equipamentos modernos que
permitam a melhoria dos métodos de ensino.
Também no âmbito da Indústria 4.0, a ADIRA, um
fabricante de máquinas português, desenvolveu
equipamentos para fabrico aditivo de peças metálicas de
grande dimensão, recorrendo à tecnologia de deposição
direta de pó, bem como à tecnologia de fusão seletiva
(processamento seletivo de camadas de pó). Com este
projeto, a ADIRA é o primeiro fabricante, a nível mundial, a
posicionar-se na produção de peças metálicas de grande
dimensão, através da combinação de tecnologias de
Fabrico Aditivo, contribuindo para o sucesso dos seus
clientes nesta nova revolução industrial. A Siemens
Portugal é parceiro tecnológico deste projeto, tendo
fornecido diversos equipamentos, tais como drives,
motores, comandos numéricos, consultadoria, entre outros.
Na área da indústria automóvel, durante o mesmo período,
a Siemens deu continuidade ao projeto de modernização
das oito pontes rolantes da zona de prensas da
Autoeuropa. A solução proposta pela empresa baseou-se
na mais recente tecnologia regenerativa de controlo, o que
permitiu uma melhoria da performance e um aumento de
70 por cento na eficiência destes equipamentos. Todo o
projeto foi desenvolvido pela equipa de técnicos nacionais
do Hub Internacional de Engenharia de Sistemas de
movimentação de carga da Siemens, localizado em Lisboa.
Esta mesma equipa continuou o trabalho que tem feito na
área da modernização dos portos nacionais. A nível
nacional, as soluções da empresa para terminais
portuários instaladas contribuíram, desde 2001, para
diminuir as emissões de CO2 destas infraestruturas em 74
mil toneladas e poupar cerca de 8,7 milhões de euros.
Através destes projetos foi possível aumentar a
capacidade de movimentação de carga, assim como
melhorar o desempenho energético das infraestruturas
portuárias portuguesas.
A tecnologia utilizada é a mais recente que existe na área
de controlo de acionamentos regenerativos, uma vez que
os equipamentos da Siemens devolvem energia à rede
quando os contentores descem ou desaceleram. Esta
característica permite alcançar uma eficiência até 70%
superior à dos equipamentos não regenerativos. Já os
softwares de controlo utilizados permitem maximizar o
desempenho da máquina e otimizar os ciclos. Estes têm
funcionalidades que controlam o balanço dos contentores,
aumentando a segurança, o que permite encurtar os
percursos feitos pelos contentores e, por consequência, o
tempo que demora a completar um ciclo, aumentando a
produtividade.
Em Portugal, a Siemens não só está a apoiar a
modernização dos portos nacionais, como está, a partir do
nosso País, a participar em projetos mundiais nesta área.
Foi neste contexto que foi escolhida pela sede da empresa,
na Alemanha, como o Hub Internacional de Engenharia de
Sistemas de movimentação de carga, para os portos
marítimos, o que lhe confere um conjunto de oportunidades
de crescimento.
Neste âmbito, a Siemens Portugal tem exportado
conhecimento e fornecido todas as soluções de
engenharia, implementação e desenvolvimento nesta área
para países como a Grã-Bretanha, Espanha, França,
Turquia, Emirados Árabes Unidos, Egipto ou Aruba.
No mesmo período, a Siemens trabalhou também com a
Introsys, um parceiro dedicado essencialmente à indústria
automóvel e soluções de robótica, num projeto
desenvolvido no México para o grupo Volkswagen. No
âmbito deste projeto, a Introsys desenvolveu uma solução
completa de comando e controlo para a área da Estrutura
e Carroçarias, para a qual a Siemens forneceu os sistemas
de automação SIMATIC S7, as consolas de visualização e
comando e os sistemas periféricos e de controlo.
Paralelamente, as divisões da Indústria da Siemens
Portugal ganharam ainda uma importante encomenda para
integrar na Central Térmoeléctrica da Graciosa, que fica na
Região Autónoma dos Açores, um sistema inovador de
12
produção mista renovável (eólica e solar) e de
acumulação de energia em baterias de lítio de 3,2 MWh.
Esta intervenção da Siemens vai contribuir para que 65 por
cento do total do consumo médio de energia da ilha seja
proveniente de fontes renováveis. O fornecimento da
Siemens prevê ainda a passagem a modo totalmente
automático da operação da Central da Graciosa.
Adicionalmente, para a Marinha Portuguesa foi ganho o
projeto de desenvolvimento e fornecimento da
modernização do sistema de comando e controlo da
plataforma de navios, envolvendo a engenharia da
Siemens.
Em Angola, dando seguimento à estratégia mundial, a
Siemens aumentou a sua presença junto do canal de
distribuição. Através do parceiro Electropanga a empresa
oferece produtos na área da automação industrial, controlo
industrial, acionamentos e instrumentação. De referir ainda
que esta entidade é também parceira da divisão Energy
Management através da oferta de produtos e soluções
para quadros elétricos em baixa tensão, entre outros.
Em Moçambique, e na esfera das parcerias que a
Siemens estabelece com o meio académico para melhor
preparar os alunos para o mercado de trabalho, foi
inaugurado um laboratório na área da automação,
oferecido pela Siemens, no Centro de Formação
Profissional Metalomecânica (CFPM). A inauguração deste
espaço, que decorreu no início de maio, contou com a
visita oficial do Presidente da Republica Portuguesa,
Marcelo Rebelo de Sousa.
O CFPM, que comemorou este ano o seu 17.º aniversário,
forma todos os anos 400 jovens nas mais diversas áreas
da metalomecânica, os quais, na sua maioria, ingressam
no mercado de trabalho. São já mais de 6.000 os ex-
formandos do Centro, em profissões como Soldadores,
Operadores de Máquinas Ferramenta, Eletricidade
Industrial, Manutenção e Eletromecânica Industrial,
Energias Renováveis, Desenho Assistido por Computador
– CAD, Automação Industrial, entre muitas outras.
Centros de Serviços Partilhados
Os Centros de Serviços Partilhados da Siemens em
Portugal, que trabalham nas áreas das tecnologias da
informação, financeira, compras e de recursos
humanos, contam com colaboradores de 23
nacionalidades e exportam brainware e serviços de
alto valor acrescentado para os 200 Países onde a
empresa está presente.
O Hub de Tecnologias de Informação que se destaca pelos
serviços nas áreas de Segurança de Informação, Analytics,
Reporting Financeiro e de Compliance, Desenvolvimento
de Software, Teste, Centros de Dados e Serviços de
Gestão de Infraestruturas, cresceu nos últimos 12 meses
em número de colaboradores, contando agora com
aproximadamente 250 profissionais altamente qualificados.
Este ano foi inaugurada uma nova unidade de
Cibersegurança Industrial que tem como principal função
proteger as instalações industriais. Estes especialistas,
destacados nos centros de Lisboa, Munique (Alemanha), e
Ohio (EUA) monitorizam instalações industriais em todo o
mundo em termos de ameaças cibernéticas, alertam as
empresas em caso de incidentes de segurança e
coordenam contramedidas proactivas.
Também recente na área dos serviços partilhados,
iniciámos em 2013 o suporte administrativo às vendas
(Business Shared Services) que tem como objetivo o
processamento de ordens de encomenda de clientes,
assim como o seguimento logístico até à entrega do
material e resolução de eventuais litígios que possam
existir após faturação. Estas equipas exercem os seus
serviços para o cliente externo e visam a melhoria contínua
em processos end-to-end, sendo factor importante a
atitude e a satisfação do cliente.
Igualmente no domínio do suporte ao negócio
providenciamos apoio ao Export Control and Customs na
Alemanha, no que diz respeito á classificação de materiais
para exportação.
Por seu turno, a área de Business Administration Services
criada o ano transacto com aproximadamente 50
colaboradores inclui uma equipa de especialistas em
matéria de Impostos indiretos (Center of Expertise VAT
Europe), que a partir de 2017 será responsável por
preparar e submeter as declarações fiscais de IVA de
quase 100 companhias europeias do grupo Siemens.
Ainda no que respeita aos Serviços Partilhados existem
vários centros que apoiam empresas do Grupo Siemens
em todo mundo, como por exemplo o Finance Shared
13
Services. Com aproximadamente 200 colaboradores, este
centro é responsável pelo fecho anual de contas de mais
de 60 companhias do grupo, garantindo a integridade,
qualidade e conformidade das demonstrações financeiras
da empresa.
Dos restantes centros merece também destaque a área de
compras (SCM Functional Shared Services) que expandiu
as suas atividades de processamento de encomendas de
material indireto para a Noruega e Polónia. Iniciou também
o serviço de criação de requisições no programa
informático oneSRM servindo atualmente países como
Portugal, Bélgica, França, Finlândia e Itália.
Na área dos serviços partilhados, a empresa tem centros
nas áreas financeira, recursos humanos e de Real Estate
que em conjunto com os centros de competência de
engenharia, perfazem 23 centros globais de operação
sedeados no País.
14
BALANÇO 2016
Demonstração de Resultados
Estrutura do Balanço da Siemens, S.A.
A soma do Balanço regista o montante de 217,8 milhões de
euros, representando os ativos fixos tangíveis, com 31,4
milhões de euros, 29,9 por cento do capital próprio. As
dívidas de terceiros a curto prazo e as disponibilidades
correspondem a 18,1 por cento do total do Balanço. Os
capitais próprios cifram-se neste exercício em 104,8
milhões de euros, correspondendo a 48,1 por cento do
Balanço.
Encomendas à Siemens, S.A.
O volume de encomendas (relativas ao negócio próprio)
recebidas pela Siemens S.A. em Portugal, neste exercício,
atingiu o montante de 247,9 milhões de euros.
Vendas da Siemens, S.A.
O valor das vendas da Siemens S.A. atingiu o montante de
269,8 milhões de euros.
Investimentos da Siemens, S.A.
Os investimentos realizados em imobilizado corpóreo pela
Siemens S.A. atingiram os 1,9 milhões de euros no período
em questão.
Exportações da Siemens, S.A.
As exportações de bens e serviços atingiram este ano o
montante de 90,1 milhões de euros, dos quais 51,9
milhões respeitantes aos centros de competência de
Accounting & Finance, Businees Administration Center,
Human Resources and Governance Accounting &
Controlling.
Resultado Líquido da Siemens, S.A.
O resultado líquido apresenta este ano o valor de 5,7
milhões de euros.
Colaboradores da Siemens, S.A.
Em 30 de setembro de 2016, a Siemens S.A. empregava
um total de 1.449 colaboradores.
Resultados da Siemens, S.A.
O valor da receita de negócio próprio registou o montante
de 269,8 milhões de euros.
Foram efetuadas todas as amortizações, ajustamentos e
provisões que a Administração entendeu necessárias para
a cobertura de riscos previsíveis.
Colocamos à disposição da Assembleia Geral 5.660.946,15
de euros, para o que propomos
que seja aplicado em resultados transitados.
O resultado líquido já inclui 8,1 milhões de euros em
gratificações aos colaboradores.
Não existem dívidas em mora ao setor público estatal,
incluindo Segurança Social.
As contas foram objeto de auditoria pela firma de auditores
independentes Ernst & Young Audit & Associados -
S.R.O.C., S.A..
Considerações Finais
As transferências da Siemens, S.A. para o Estado, no
período de 1 de outubro de 2015 a 30 de setembro de
2016, ascenderam ao montante de 17,3 milhões de euros
em impostos e de 15 milhões de euros para a Segurança
Social, tendo as nossas vendas gerado 37,7 milhões de
euros de IVA, o que perfaz um total de 70 milhões de euros
para os cofres do Estado.
A todos os colaboradores, de todas as unidades e serviços
internos e externos, que contribuíram para o
desenvolvimento da Empresa, agradecemos a dedicação e
o entusiasmo que demonstraram ao longo do ano.
Amadora, 17 de novembro de 2016
1
SIEMENS, S.A.
BALANÇO
(Montantes expressos em Euros)
set-16
set-15
Rubricas
Notas
ATIVO:
Ativo não corrente:
Ativos fixos tangíveis
7
31.370.099
32.797.219
Ativos intangíveis
8
61.132
0
Outras participações financeiras
9
20.876.938
23.986.052
Ativos por impostos diferidos
12
1.803.253
4.063.000
54.111.423
60.846.271
Ativo corrente:
Inventários
13
12.623.852
6.434.359
Clientes
14
32.615.719
29.155.139
Estado e outros entes públicos
15
920.174
1.206.508
Acionistas/sócios
11
89.174.857
113.033.542
Outras contas a receber
11
21.356.737
1.781.918
Diferimentos
16
299.229
11.461.051
Caixa e depósitos bancários
4
6.719.648
12.376.986
163.710.216
175.449.504
Total do Ativo
217.821.639
236.295.775
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital realizado
17
65.435.000
65.700.000
Prémio de emissão
16.090.000
16.090.000
Reservas legais
17
13.140.000
12.600.000
Outras reservas
17
11.118.771
11.138.990
Resultados transitados
17
-6.594.980
6.878.087
Resultado líquido do período
17
5.660.946
14.398.835
Total do Capital Próprio
104.849.737
126.805.912
PASSIVO:
Passivo não corrente:
Provisões
19
9.593.941
0
Passivos por impostos diferidos
12
752.338
810.000
10.346.279
810.000
Passivo corrente:
Provisões
19
3.836.000
12.975.239
Fornecedores
11
23.643.593
25.254.859
Adiantamentos de clientes
11
1.439.042
5.346.096
Estado e outros entes públicos
15
11.311.824
9.630.088
Acionistas/sócios
11
3.800.005
4.727.969
Outras contas a pagar
11
30.158.798
30.408.869
Diferimentos
16
28.436.361
20.336.743
102.625.623
108.679.864
Total do Passivo
112.971.902
109.489.864
Total do Capital Próprio e do Passivo
217.821.639
236.295.775
O Conselho de Administração
O Contabilista Certificado
2
SIEMENS, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
(Montantes expressos em Euros)
set-16
set-15
Rendimentos e Gastos
Notas
Vendas e serviços prestados
22
269.765.912
265.075.319
Subsídios à exploração
18
29.216
131.631
Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
9
119.463
1.453.249
Variação nos inventários da produção
13
5.626.750
-12.723.794
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
13
-93.297.631
-85.836.622
Fornecimentos e serviços externos
24
-94.861.063
-87.936.795
Gastos com o pessoal
21
-72.948.759
-67.118.888
Imparidade de inventários (perdas/reversões)
25
-102.982
24.411
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)
25
-257.646
139.889
Provisões (aumentos/reduções)
19
-1.427.823
5.335.485
Outros rendimentos e ganhos
26
5.114.870
6.607.935
Outros gastos e perdas
27
-3.472.253
-3.921.831
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA)
14.288.054
21.229.990
Gastos/reversões de depreciação e de amortização
28
-2.169.167
-2.207.779
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (EBIT)
12.118.887
19.022.211
Juros e rendimentos similares obtidos
29
27.212
11.159
Juros e gastos similares suportados
29
-180.536
-184.296
Resultado antes de impostos (EBT)
11.965.563
18.849.073
Imposto sobre o rendimento do período
12
-6.304.617
-4.450.238
Resultado líquido do período
5.660.946
14.398.835
Resultado por ação básico
0,41
1,10
O Conselho de Administração
O Contabilista Certificado
3
Descrição Capital
Realizado
Prémios de
Emissão
Reservas Legais
Outras Reservas
Resultados Transitados
Resultado Líquido
do Período
Total de Capital Próprio
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 01-10-2014 1 62.200.000 12.600.000 10.804.273 15.624.997 6.666.816 107.896.086
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Transferência de Resultado Liquido para Resultados Transitados 6.666.816 (6.666.816) -
2 - - - - 6.666.816 (6.666.816) -
ALTERAÇÕES NO PERÍODO
Impostos diferidos realizados resultantes de reservas de reavaliação
Outras alterações reconhecidas no capital
3 - - - - - - -
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 4 14.398.835 14.398.835
RESULTADO INTEGRAL 5=3+4 14.398.835 14.398.835
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO
Pagamento de Dividendos -
Realizações de prémios de emissão 16.090.000 16.090.000
Outras alterações reconhecidas no capital 3.500.000 334.716 (15.413.726) (11.579.010)
6 3.500.000 16.090.000 - 334.716 (15.413.726) - 4.510.990
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 30-09-2015
7=1+2+3+4+
6 65.700.000 16.090.000 12.600.000 11.138.990 6.878.087 14.398.835 126.805.912
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO 01-10-2015 7 65.700.000 16.090.000 12.600.000 11.138.990 6.878.087 14.398.835 126.805.912
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Transferência de Resultado Liquido para Resultados Transitados 14.398.835 (14.398.835)
Reforço da Reserva Legal 540.000 (540.000)
8 540.000 13.858.835 (14.398.835) -
ALTERAÇÕES NO PERÍODO -
Correções de Exercícios anteriores (6.594.980) (6.594.980)
Outras alterações reconhecidas no capital - - -
9 - - - - (6.594.980) (6.594.980)
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 10 5.660.946 5.660.946
RESULTADO INTEGRAL 11=9+
10 - - - - - 5.660.946 5.660.946
OPERAÇÕES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERÍODO -
Pagamento de Dividendos (20.736.922) (20.736.922)
Redução do Capital Social (265.000) - - - (265.000)
Outras alterações reconhecidas no capital (20.219) (20.219)
12 (265.000) - - (20.219) (20.736.922) - (21.022.141)
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO 30-09-2016
13=7+8+9+10+12 65.435.000 16.090.000 13.140.000 11.118.771 (6.594.980) 5.660.947 104.849.737
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
Período findo em 30 de Setembro de 2016
(Montantes expressos em Euros)
4
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
(Montantes expressos em Euros)
Rubricas
set-16 set-15
Fluxos de caixa das atividades operacionais - método direto
Recebimentos de clientes
275.950.062 238.439.135
Pagamentos a fornecedores
(212.900.069) (174.182.796)
Pagamentos ao pessoal
(41.322.873) (45.035.919)
Caixa gerada pelas operações
21.727.120 19.220.419
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
(1.371.801) 4.549.601
Outros recebimentos/pagamentos
(3.932.310) (15.006.911)
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
16.423.010 8.763.109
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis
(1.744.138) (1.633.861)
Ativos intangíveis
(61.132) 0
Investimentos financeiros
(2.619.308) 0
Dividendos
(20.736.922) 0
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis
267.348 105.000
Juros e rendimentos similares
27.212 0
Dividendos
2.976.959 2.492.542
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
(21.889.981) 963.681
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Juros e gastos similares
(190.367) (184.296)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
(190.367) (184.296)
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3)
(5.657.339) 9.542.494
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
(12.376.986) (2.834.492)
Caixa e seus equivalentes no fim do período
6.719.648 12.376.986
(5.657.338) 9.542.494
O Conselho de Administração
O Contabilista Certificado
5
ÍNDICE
1 — Introdução 9
2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 9
3 — Principais políticas contabilísticas 10
3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras: 10
(a) Ativos fixos tangíveis 11
(b) Ativos intangíveis 12
(b.1) Programas de computador 12
(c) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial 13
(d) Participações financeiras – outros métodos 13
(e) Imposto sobre o rendimento 13
(e.1) Imposto sobre o rendimento – corrente 13
(e.2) Imposto sobre o rendimento – diferido 13
(f) Inventários 14
(g) Ativos financeiros não incluídos nas alíneas anteriores 14
(g.1) Acionistas 14
(g.2) Clientes 14
(g.3) Adiantamentos a fornecedores 15
(g.4) Outras contas a receber 15
(g.5) Caixa e depósitos bancários e caixa e equivalentes de caixa 15
(h) Estado e outros entes públicos 15
(i) Diferimentos ativos e passivos 15
(j) Rubricas do capital próprio 15
(j.1) Capital realizado 15
(j.2) Reserva legal 15
(j.3) Outras reservas 15
(j.4) Resultados transitados 16
(j.5) Resultado líquido do período 16
(l) Provisões 16
(l.1) Provisões para garantias 16
(l.2) Provisões para matérias ambientais 16
(l.3) Provisões para contratos onerosos 16
(l.4) Provisões para reestruturação 17
(l.5) Outras provisões 17
(m) Transações e saldos em moeda estrangeira 17
(n) Responsabilidades por benefícios pós emprego e gastos com o pessoal 17
6
(n.1) Benefícios pós-emprego 17
(n.2) Férias e subsídio de férias 18
(n.3) Distribuição de lucros a empregados 18
(n.4) Remunerações com base em ações 18
(n.5) Benefícios de cessação de emprego 18
(o) Passivos financeiros 18
(o.1) Fornecedores 18
(o.2) Outras contas a pagar 19
(o.3) Adiantamentos de clientes 19
(o.4) Acionistas/sócios 19
(p) Vendas e prestações de serviços 19
(p.1) Vendas 19
(p.2) Prestações de serviços 19
(p.3) Contratos de construção 19
(q) Subsídios à exploração 20
(r) Juros e gastos similares suportados 20
(s) Ativos e passivos contingentes 20
(t) Efeito das alterações das taxas de câmbio 20
(u) Eventos subsequentes 20
3.2 — Juízos de valor (excetuando os que envolvem julgamentos e estimativas) que o
órgão de gestão fez no processo de preparação das demonstrações financeiras: 21
(a) Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveis 21
(b) Reconhecimento de prestações de serviços 21
(c) Provisões para impostos 21
3.3 — Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo
de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos
durante o ano financeiro seguinte): 21
(a) Imparidade das contas a receber 21
(b) Provisões 22
(c) Provisões para desmantelamento e restauro 22
(d) Pagamentos com base em ações 22
4 — Fluxos de caixa 22
5 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros 22
6 — Partes relacionadas 23
6.1 Empresa-mãe e participações financeiras 23
a) Empreendimentos conjuntos 23
b) Associadas e Subsidiárias 23
7
c) Outras participações 23
6.2 Remunerações do pessoal chave da gestão da empresa 23
6.3 Transações e saldos com partes relacionadas 24
7 — Ativos fixos tangíveis 27
8 — Ativos intangíveis 28
9 — Participações financeiras 29
a) Investimentos em Associadas e Subsidiárias 29
b) Investimentos em Entidades conjuntamente controladas 30
10 — Locações 31
10.1 Gastos com locações operacionais 31
a) Locações operacionais — a empresa como locatária: 31
11 — Outros ativos e passivos financeiros 31
11.1 – Ativos Financeiros 31
11.2 – Passivos financeiros 32
11.3 – Ganhos líquidos e perdas líquidas ativos e passivos financeiros 32
12 — Imposto sobre o rendimento 32
12.1 Ativos e passivos por impostos diferidos 32
12.2 Excesso ou insuficiência de estimativa para impostos 33
12.3 Imposto sobre o rendimento do período 33
13 — Inventários 34
13.1 Inventários 34
13.2 Variação nos inventários da produção 34
13.3 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 34
14 — Clientes 35
15 — Estado e outros entes públicos 35
16— Diferimentos 36
17 — Capital próprio 36
17.1 Capital Social 36
17.2 Outras Reservas 36
17.3 Dividendos 36
17.4 Resultados transitados 37
18 — Subsídios do Governo e apoios do Governo 37
18.1 Subsídios reconhecidos em resultados 37
19 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes 37
19.1 Provisões 37
19.2 Passivos contingentes 38
8
19.3 Ativos contingentes 38
20 — Matérias ambientais 38
21 — Benefícios dos empregados 38
21.1 Benefício pós-emprego 38
21.2 Gastos com o Pessoal 40
22 — Vendas e prestações de serviços 40
23 — Contratos de construção 41
24 — Fornecimentos e serviços externos 42
25 — Imparidade de ativos 42
26 — Outros rendimentos e ganhos 43
27 — Outros gastos e perdas 43
28 — Gastos/reversões de depreciação e amortização 43
29 — Rendimentos e Gastos de financiamento (líquidos) 44
29.1 Juros e rendimentos similares obtidos 44
29.2 Juros e gastos similares suportados 44
30 — Gestão do risco financeiro 44
30.1 Risco de mercado 45
a) Risco de taxa de juro 45
b) Risco de taxa de câmbio 45
30.2 Risco de crédito 46
31 — Acontecimentos após a data do balanço 46
32 — Divulgações exigidas por diplomas legais 46
32.1 Divulgação exigida pelo nº 1 do art. 66º – A do CSC 46
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1 — Introdução
A empresa foi constituída em 1922 com a denominação social de Siemens Companhia de Eletricidade, Lda. Em 1931 foi
transformada em sociedade anónima e com as alterações ao Código das Sociedades Comercias, tomou a presente
designação de Siemens, S.A..
A empresa tem a sua sede na Rua Irmãos Siemens, nº1, Venteira, Amadora.
Dispõe, ainda, de instalações no Freixieiro e uma fábrica de quadros elétricos em Corroios. As instalações no Sabugo
encontram-se desativadas em virtude do fecho da fábrica, conforme já divulgado em demonstrações financeiras
anteriores.
A empresa está presente em diversos sectores de atividade, a saber:
Energia (Distribuição)
Indústria (Soluções integradas para a gestão e manutenção de edifícios e equipamentos industriais)
Infraestrutura e Cidades (Infraestruturas ferroviárias, smart grids, serviços e sistemas de proteção e controlo)
A empresa presta ainda serviços financeiros a 89 empresas do grupo de 22 países localizados em 3 continentes, através dos centros de competência instalados em Portugal. A sua atividade principal é o fabrico, desenvolvimento, reparação, aquisição e venda de produtos, pertencentes aos sectores acima descritos.
A empresa-mãe da Siemens S.A. denomina-se Siemens International Holding, B.V., que tem a sua sede em Haia, na
Holanda, detendo 100% das 13,087 milhões de ações com o valor nominal de 5 euros cada, que representam o capital
da Siemens, S.A.
A Siemens SA., optou por não apresentar as suas demonstrações financeiras consolidadas, ao abrigo da isenção
permitida pela alínea b) do nº3 do artigo 7º do Decreto- Lei n158/2009 de 13 de julho.
2 — Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram elaboradas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos
livros e registos contabilísticos empresa e de acordo com as Normas Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF)
previstas pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC) aprovado pelo Decreto Lei nº 158/2009 de 13 de julho com
as retificações da Declaração de Retificação nº 67-B/2009 de 11 de setembro e com as alterações introduzidas pela Lei
nº 20/2010 de 23 de agosto.
Não houve derrogações de disposições do SNC tendo em vista a necessidade de estas darem uma imagem verdadeira e
apropriada do ativo, do passivo e dos resultados da empresa.
A 1 de janeiro de 2016 consumou-se o projeto de Cisão-Fusão do negócio“ In-Vivo”, originando a Cisão da área de
negócio Healthcare dentro da Siemens S.A. e subsequente fusão com a Siemens Healthcare, Lda.
Consequentemente, os valores apresentados no Balanço e Demonstração de Resultados no exercício findo em 30 de
setembro de 2016 não são comparáveis com os valores apresentados nos respetivos comparativos.
Desta operação, resultou ainda, uma redução da participação financeira na Siemens Healthcare, Lda. para 94,95%
(100% no ano anterior).
À data da operação, os valores apresentados no Balanço, pela unidade de negócio cindida, eram os seguintes:
10
Adicionalmente, para efeitos de comparabilidade, o impacto da unidade cindida na Demonstração de resultados na
Siemens S.A., é o seguinte:
Nota *: Valor expurgado da unidade cindida
A Siemens, tendo um exercício económico diferente do ano civil (1 de outubro a 30 de setembro) superiormente
autorizado, adoptou as NCRF pela primeira vez em 1 de outubro de 2010 aplicando para o efeito a NCRF 3 – Adopção
pela primeira vez das Normas contabilísticas e de Relato Financeiro, tendo preparado o balanço de abertura a 1 de
outubro de 2009, considerando as isenções e/ou proibições de aplicação retrospetiva previstas na respetiva norma.
3 — Principais políticas contabilísticas
3.1 — Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras:
Na preparação das demonstrações financeiras a que se referem as presentes notas, a empresa adotou:
As Bases de Preparação das Demonstrações Financeiras constantes do anexo ao Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de julho, que instituiu o SNC;
As NCRF em vigor na presente data com as isenções descritas na Nota 2.
Assim, as demonstrações financeiras foram preparadas tendo em conta as bases da continuidade, do regime do
acréscimo, da consistência de apresentação, da materialidade e agregação, da não compensação e da informação
comparativa.
Tendo por base o disposto nas NCRF, as políticas contabilísticas adotadas pela empresa foram as seguintes:
11
(a) Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis referem-se a bens utilizados na produção, na prestação de serviços ou no uso administrativo.
A empresa adotou o custo considerado na mensuração dos ativos fixos tangíveis em referência a 1 de janeiro de 2009
(data de transição para as NCRF), nos termos da isenção permitida pela NCRF 3 – Adoção pela Primeira vez das NCRF.
A empresa adotou como custo considerado:
Para terrenos e edifícios, o valor de aquisição reavaliado ao abrigo da legislação publicada.
Para os restantes ativos fixos tangíveis, o valor constante das anteriores demonstrações financeiras preparadas de acordo com o POC, o qual incluía reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diversos diplomas legais que tiveram em conta coeficientes de desvalorização da moeda.
Os ganhos resultantes das revalorizações efetuadas encontram-se refletidos em “Outras reservas”.
Com exceção dos terrenos que não são depreciáveis, os ativos fixos tangíveis são depreciados durante o período de vida
económica esperada e avaliados quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo possa estar em
imparidade.
As depreciações são calculadas numa base duodecimal, a partir do momento em que os bens estão disponíveis para a
utilização para a finalidade pretendida, utilizando o método da linha reta.
Os ativos fixos tangíveis são depreciados em duodécimos durante as vidas úteis estimadas:
Considera-se que o valor residual é nulo pelo que o valor depreciável sobre o qual incidem as depreciações é coincidente
com o custo.
Os métodos de depreciação, a vida útil estimada e o valor residual são revistos no final de cada ano e os efeitos das
alterações são tratados como alterações de estimativas, ou seja, o efeito das alterações é tratado de forma prospetiva.
O gasto com depreciações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica “Gastos/reversões de depreciação e
amortização”.
Os gastos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e os gastos de restauro do local onde estes
estão localizados, em cuja obrigação se incorre quando os bens são adquiridos ou como consequência de terem sido
usados durante um determinado período para finalidades diferentes da produção de inventários, fazem parte do custo do
ativo fixo tangível correspondente e são depreciados no período de vida útil dos bens a que respeitam.
Os gastos de manutenção e reparação correntes são reconhecidos como gastos no período em que ocorrem.
Os gastos com substituições e grandes reparações são capitalizados sempre que aumentem a vida útil do imobilizado a
que respeitem e são depreciados no período remanescente da vida útil desse imobilizado ou no seu próprio período de
vida útil, se inferior.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo tangível (calculado como a diferença entre o
valor de venda menos gastos da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o
ativo é desreconhecido.
As “Outras reservas” relativas a reservas de reavaliação existentes nos anteriores PCGA não são transferidas para
resultados transitados por se referirem a reservas efetuadas ao abrigo de diplomas legais, as quais, apesar de realizadas
pelo uso ou pela venda, não podem ser distribuídas ao acionista único.
Os ativos fixos tangíveis em curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou
desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram
disponíveis para uso.
Edifícios e outras construções - 10 a 50 anos
Equipamento básico - 4 a 10 anos
Equipamento de transporte - 4 a 6 anos
Equipamento administrativo - 4 a 8 anos
Outros ativos fixos tangíveis - Até 1 ano
12
Imparidade
A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir
qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou
de uma unidade geradora de caixa menos os gastos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do
exercício a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico.
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações:
Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal;
Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado;
As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo;
A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado;
Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo;
Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera-se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada;
Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado.
Independentemente de haver indicações de estarem em imparidade, os bens que ainda não estão disponíveis para uso
são testados anualmente quanto à imparidade.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o ativo esteja escriturado pela quantia
revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do
bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.
(b) Ativos intangíveis
Ativos intangíveis adquiridos separadamente são mensurados, na data do reconhecimento inicial, ao custo.
Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis apresentam-se ao custo menos depreciações acumuladas e perdas
por imparidade acumuladas.
A vida útil do ativo intangível foi avaliada como finita.
Os ativos intangíveis com vidas úteis finitas são depreciados durante o período de vida económica esperada e avaliados
quanto à imparidade sempre que existe uma indicação de que o ativo pode estar em imparidade.
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.
As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados e não devem exceder a quantia escriturada do bem que
teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente.
Para um ativo intangível com uma vida útil finita, os métodos de depreciação, a vida útil estimada e o valor residual são
revistos no final de cada ano e os efeitos das alterações são tratados como alterações de estimativas i.e. o efeito das
alterações é tratado de forma prospetiva.
O gasto com depreciações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração de resultados na
rubrica de “Gastos/reversões de depreciação e amortização”.
Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o
valor de venda menos o custo da venda e o valor contabilístico) é incluído no resultado do exercício no ano em que o
ativo é desreconhecido.
(b.1) Programas de computador É reconhecido nesta rubrica o programa de computador GloRHia de gestão de recursos humanos, adquirido a terceiros.
Os gastos associados à manutenção e ao desenvolvimento dos programas de computador são reconhecidos como
gastos quando incorridos por se considerar que não são mensuráveis com fiabilidade e/ou não geram benefícios
económicos futuros.
O período de depreciação do ativo fixo intangível registado é de 5 anos.
13
(c) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial
Estão valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias, definindo -se
como tal as entidades nas quais a empresa exerce uma influência significativa e que não são nem associadas nem
empreendimentos conjuntos;
Imparidade
A imparidade destes ativos é determinada tendo por base os critérios descritos na alínea a) ativos fixos tangíveis.
(d) Participações financeiras – outros métodos
As participações financeiras da Siemens que não utilizam o método da equivalência patrimonial, respeitam a
participações em associações empresariais cujo objeto é de interesse económico para a empresa, mas em que não
existe participação na gestão das mesmas.
(e) Imposto sobre o rendimento
(e.1) Imposto sobre o rendimento – corrente
O imposto corrente é determinado com base no resultado contabilístico ajustado de acordo com a legislação fiscal em
vigor.
A empresa é tributada em sede de imposto sobre o rendimento à taxa de 21%, acrescida da taxa de derrama até à taxa
máxima de 1,5% sobre o lucro tributável, e acrescida de uma taxa de derrama estadual, aplicável a partir de 2013
inclusive, de 3% sobre o valor de lucro tributável entre os 1,5 e 7,5 milhões de euros e 5% no valor que exceda os 7,5 até
35 milhões de euros.
Nos termos da legislação em vigor, as declarações fiscais da Siemens, SA, estão sujeitas a revisão por parte das
autoridades fiscais durante um período de 4 anos, o qual pode ser prolongado em determinadas circunstâncias,
nomeadamente quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações.
O Conselho de Administração, suportado nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as
responsabilidades reconhecidas, entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão
correções materiais nas demonstrações financeiras.
(e.2) Imposto sobre o rendimento – diferido
Os ativos e passivos por impostos diferidos resultam do apuramento de diferenças temporárias (dedutíveis e tr ibutáveis)
entre as bases contabilísticas e as bases fiscais dos ativos e passivos da empresa.
Os ativos por impostos diferidos refletem:
As diferenças temporárias dedutíveis até ao ponto em que é provável a existência de lucros tributáveis futuros relativamente ao qual a diferença dedutível pode ser usada;
Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não usados até ao ponto em que seja provável que lucros tributáveis futuros estejam disponíveis contra os quais possam ser usados.
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias que são dedutíveis na
determinação do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escriturada do ativo ou do passivo
seja recuperada ou liquidada.
Os passivos por impostos diferidos refletem diferenças temporárias tributáveis.
As diferenças temporárias tributáveis são diferenças temporárias das quais resultam quantias tributáveis na determinação
do lucro tributável/perda fiscal de períodos futuros quando a quantia escri turada do ativo ou do passivo seja recuperada
ou liquidada.
A mensuração dos ativos e passivos por impostos diferidos:
É efetuada de acordo com as taxas que se espera que sejam de aplicar no período em que o ativo for realizado ou o passivo liquidado, com base nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço; e
14
Reflete as consequências fiscais decorrentes da forma como empresa espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos.
(f) Inventários
Os inventários são registados ao menor de entre o custo e o valor líquido de realização. O valor líquido de realização
representa o preço de venda estimado deduzido de todos os gastos estimados necessários para a concluir os inventários
e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor de custo é superior ao valor líquido de realização, é registado
um ajustamento (perda por imparidade) pela respetiva diferença.
O método de custeio dos inventários adotado pela Siemens consiste no custo médio ponderado.
(g) Ativos financeiros não incluídos nas alíneas anteriores
Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás e que não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao custo
amortizado (de acordo com o método do juro efetivo, o qual torna o valor contabilístico do ativo diferente do respetivo
valor nominal quando o prazo da realização dos ativos é significativo, geralmente superior a seis meses), líquido de
perdas por imparidade, quando aplicável.
No final do ano, a empresa avaliou a imparidade destes ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva de imparidade,
a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração de resultados.
A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos pode estar em imparidade tem em conta dados
observáveis que chamem a atenção sobre os seguintes eventos de perda:
Significativa dificuldade financeira do devedor;
Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortização da dívida;
As empresas englobadas na consolidação, por razões económicas ou legais relacionados com a dificuldade financeira do devedor, ofereceram ao devedor concessões que de outro modo não considerariam;
Tornar -se provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização financeira;
Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial.
Os ativos financeiros individualmente significativos foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade. Os
restantes foram avaliados com base em similares características de risco de crédito.
A imparidade apurada nos termos atrás referidos não difere daquela que é apurada com critérios e para efeitos fiscais.
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos tipos de ativos financeiros.
(g.1) Acionistas
Os empréstimos ao acionista único encontram-se valorizados ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo,
menos imparidade. Os restantes saldos com acionistas são também apresentados pelo respetivo custo amortizado,
deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável, determinada com base nos critérios definidos acima.
(g.2) Clientes
As contas a receber de clientes são mensuradas, aquando do reconhecimento inicial, de acordo com os critérios de
mensuração de “Vendas e prestações de serviços” descritos na alínea p) sendo subsequentemente mensuradas ao custo
amortizado menos imparidade;
A imparidade é determinada com base nos critérios definidos na alínea g).
A Siemens S.A. acordou com a sua casa mãe, através dos seus serviços financeiros (Siemens Financial Services) a
cedência dos créditos sobre clientes, denominado Siemens Credit Warehouse, sendo a dívida reclassificada para a conta
de associadas até á data do seu vencimento.
15
(g.3) Adiantamentos a fornecedores
Estes saldos são mensurados ao respetivo custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável,
determinada com base nos critérios definidos na alínea g).
(g.4) Outras contas a receber
As outras contas a receber que incluem as dívidas ativas dos colaboradores e os saldos devedores de fornecedores
encontram-se também valorizadas ao custo amortizado, menos eventuais imparidades calculadas com base nos critérios
definidos na alínea g).
(g.5) Caixa e depósitos bancários e caixa e equivalentes de caixa
Os saldos incluídos nesta rubrica estão mensurados da seguinte forma:
Depósitos sem maturidade definida - ao custo (equivalente ao valor nominal);
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de ‘‘Caixa e equivalentes de caixa’’ compreende depósitos,
vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de
valor.
(h) Estado e outros entes públicos
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor.
No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável dada a
natureza específica do relacionamento.
(i) Diferimentos ativos e passivos
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral
reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de
períodos futuros.
(j) Rubricas do capital próprio
(j.1) Capital realizado
O capital encontra-se totalmente realizado nas datas de constituição da sociedade e respetivas escrituras de aumento e
redução de capital.
(j.2) Reserva legal
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da
reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social.
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois
de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art.º 296 do CSC).
(j.3) Outras reservas
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas na data de
transição, líquidas dos correspondentes impostos diferidos, e que não são apresentadas na rubrica de “Excedentes de
revalorização” pelo facto de a entidade ter adotado o custo na data de conversão para o SNC.
16
As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de diplomas legais, de acordo com tais diplomas, só estão disponíveis
para aumentar capital ou cobrir prejuízos incorridos até à data a que se reporta a reavaliação e apenas depois de
realizadas (pelo uso ou pela venda).
As reservas que resultam da revalorização efetuada na data de transição só estão disponíveis para distribuição depois de
realizadas (pelo uso ou pela venda).
(j.4) Resultados transitados
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição ao acionista único (que são líquidos de perdas
por reduções de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de Investimento),
correções de exercícios anteriores e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos
financeiros e propriedades de Investimento que, de acordo com o nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão disponíveis para
distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados.
(j.5) Resultado líquido do período
Esta rubrica representa o resultado da atividade comercial e industrial, bem como outros rendimentos e ganhos e outros
gastos financeiros.
(l) Provisões
Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos
passados, cuja liquidação se espera que resulte numa saída de recursos da entidade que incorporem benefícios
económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade.
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do
balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente dos
dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos
impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do
passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido
ajustadas.
Seguem-se algumas especificidades relativas a provisões:
(l.1) Provisões para garantias
Estas provisões refletem a estimativa dos gastos em que se poderá vir a incorrer para solucionar problemas originados
por defeitos de fabrico que venham a ser detetados nos produtos vendidos que tenham sido fabricados pela empresa e
que venham a ser reclamados pelos clientes no prazo máximo de dois anos a contar da data da venda.
Estas provisões são mensuradas tendo por base a proporção histórica de gastos com garantias em relação ao valor
original das vendas, apurada de forma individualizada por tipo de produto, ao longo dos seis últimos anos de vendas.
Não são reconhecidas provisões para garantias relativas a produtos adquiridos à casa-mãe pelo facto de esta assumir os
gastos em que se possa vir a incorrer.
(l.2) Provisões para matérias ambientais
Estas provisões incluem os gastos das medidas tomadas para evitar, reduzir e reparar danos de carácter ambiental
decorrentes das atividades das entidades.
No caso em que referem a eventuais coimas por não conformidades com o cumprimento da legislação em vigor.
(l.3) Provisões para contratos onerosos
Estas provisões referem-se a obrigações relacionadas com contratos em que os gastos inevitáveis de satisfazer as
obrigações segundo os contratos excedem os benefícios económicos que se espera que venham a ser recebidos no
17
âmbito dos mesmos. Para este efeito, considera-se que os gastos inevitáveis segundo o contrato são o menor do custo
líquido de sair dos contratos que é o mais baixo do custo de os cumprir e de qualquer compensação ou de penalidades
resultantes da falta de os cumprir.
Antes de reconhecer uma provisão separada para um contrato oneroso, a empresa reconhece qualquer perda de
imparidade que tenha ocorrido nos ativos inerentes a esse contrato.
(l.4) Provisões para reestruturação
Estas provisões resultam de uma obrigação construtiva pelo facto de a empresa ter decidido levar a cabo um programa
planeado e controlado pelo órgão de gestão e que altera materialmente ou o âmbito de um negócio empreendido pela
empresa ou a maneira como o negócio é conduzido pela empresa.
Entende-se que a obrigação de reestruturação surge somente quando a empresa:
Tem um plano formal detalhado para a reestruturação que indica, entre outras situações: O negócio em questão; As principais localizações afetadas; A localização, função e número aproximado de empregados que receberão retribuições
pela cessação dos seus serviços; Os dispêndios que serão levados a efeito; e Quando será implementado o plano; e
Criou uma expectativa válida nos afetados de que levará a efeito a reestruturação por ter anunciado as suas principais características aos afetados por ele.
(l.5) Outras provisões
Esta rubrica inclui as provisões não previstas nas alíneas anteriores.
(m) Transações e saldos em moeda estrangeira
As demonstrações financeiras da Siemens são apresentadas em euros, sendo o euro a moeda funcional e de
apresentação.
As transações em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Siemens, S.A.) são registadas às taxas de
câmbio em vigor à data das transações. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários
denominados em moeda estrangeira são atualizadas às taxas em vigor à data de balanço.
Os ganhos ou perdas cambiais resultantes dos pagamentos ou recebimentos das transações bem como da conversão de
taxa de câmbio à data de balanço dos ativos e passivos monetários, denominados em moeda estrangeira são,
reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua natureza (operacional, investimento e financiamento) no
período em que são geradas.
(n) Responsabilidades por benefícios pós emprego e gastos com o pessoal
Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do
seu pagamento.
Seguem-se algumas especificidades relativas a cada um dos benefícios.
(n.1) Benefícios pós-emprego
Nos planos de contribuição definida, a mensuração das quantias a reconhecer não tem em conta quaisquer pressupostos
atuariais e a empresa procede ao seu reconhecimento de forma linear determinada pelas quantias a serem contribuídas
relativamente a cada exercício. As quantias são reconhecidas por valores não descontados por se vencerem
completamente antes de decorridos 12 meses após o final do período em que os empregados prestam serviço.
Os ativos dos planos não estão disponíveis para os credores da empresa nem podem ser pagos diretamente a esta.
O gasto do exercício respeita às contribuições feitas pela empresa.
18
(n.2) Férias e subsídio de férias
De acordo com a legislação laboral em vigor os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte
àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a
pagar no ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica “Outras contas a pagar”.
(n.3) Distribuição de lucros a empregados
As distribuições de lucros a empregados são reconhecidas em “Gastos com o pessoal” no período a que respeitam.
Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício uma dívida do montante a pagar após 30 de setembro, o qual se
encontra refletido na rubrica “Outras contas a pagar”.
(n.4) Remunerações com base em ações
Os benefícios concedidos a colaboradores ao abrigo de planos de incentivos de aquisição de ações ou de opções sobre
ações são reconhecidos de acordo com as disposições da IFRS 2 – Pagamentos com base em ações.
Assim, os benefícios concedidos são reconhecidos como gastos durante o período em que os serviços são prestados
pelos empregados.
Os benefícios a serem liquidados com base em ações são mensurados pelo justo valor na data de atribuição sendo
reconhecidos como gastos com o pessoal ao longo do período em que são adquiridos pelos beneficiários tendo em conta
a probabilidade de virem a ser adquiridos e, se for o caso, a probabilidade das opções virem a ser exercidas.
(n.5) Benefícios de cessação de emprego
A Siemens reconhece um passivo e um gasto por Benefício de Cessação de emprego quando já se comprometeu de
forma demonstrável a:
Cessar o emprego de um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de reforma; ou
Proporcionar benefícios de cessação como resultado de uma oferta feita a fim de encorajar a saída voluntária.
Considera-se forma demonstrável quando tem um plano formal pormenorizado para a cessação e não exista
possibilidade realista de retirada e quando o plano inclua, como mínimo:
A localização, a função, e o número aproximado de empregados cujos serviços estão para ser cessados;
O benefício de cessação para cada classificação ou função de emprego;
No caso de ofertas feitas para encorajar a saída voluntária, a mensuração dos Benefícios de Cessação de Emprego é
baseada no número de empregados que se espera que aceitem a oferta.
(o) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são reconhecidos quando a empresa se constitui parte na respetiva relação contratual.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são
canceladas ou expiram. Todos os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente ao justo valor e, no caso de
empréstimos, são também deduzidos os gastos de transação.
Os passivos financeiros estão mensurados nos termos indicados nas alíneas seguintes:
(o.1) Fornecedores
As contas a pagar a fornecedores são reconhecidas inicialmente pelo respetivo justo valor e, subsequentemente, são
mensuradas ao custo amortizado, de acordo com o método do juro efetivo.
19
(o.2) Outras contas a pagar
As outras contas a pagar estão mensuradas ao custo amortizado, utilizando o método do juro efetivo, sendo que nesta
rubrica estão registadas dívidas passivas ao pessoal e outros acréscimos de gastos.
(o.3) Adiantamentos de clientes
Os adiantamentos de clientes estão mensurados ao custo amortizado.
(o.4) Acionistas/sócios
O saldo da rubrica acionistas é apresentado ao custo.
(p) Vendas e prestações de serviços
As vendas e as prestações de serviços são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido
das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidas.
Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro infer ior à do
mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de
dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como
rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento.
Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia
é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado.
Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação
fluam para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrança de uma quantia já incluída no rédito, a quantia
incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma
imparidade saldo a receber, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido.
Seguem-se algumas especificidades relativas ao reconhecimento das vendas e das prestações de serviços:
(p.1) Vendas
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando estão satisfeitas todas as condições seguintes:
Tenham sido transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens;
Não se mantenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse, nem o controlo efetivo dos bens vendidos;
A quantia do rédito possa ser mensurada com fiabilidade;
Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a entidade; e
Os gastos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser mensurados com fiabilidade.
(p.2) Prestações de serviços
O rédito das prestações de serviços é reconhecido quando o desfecho da transação pode ser estimado com fiabilidade o
que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:
A quantia de rédito pode ser mensurada com fiabilidade;
É provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa;
A fase de acabamento da transação à data do balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e
Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
(p.3) Contratos de construção
Quando é possível estimar com fiabilidade o resultado de um contrato de construção, os correspondentes gastos e
rendimentos são reconhecidos por referência à percentagem de acabamento do contrato na data de relato. A
20
percentagem de acabamento é determinada de acordo com os gastos incorridos face aos gastos totais para concluir o
contrato.
Quando não é possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é reconhecido
até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se esperam recuperar. Os gastos do contrato são reconhecidos
no período em que são incorridos.
Quando for provável que os gastos totais do contrato excedam o rédito total do mesmo, a correspondente perda
esperada é reconhecida de imediato como um gasto. A quantia de tal perda é determinada independentemente de ter ou
não começado o trabalho do contrato ou da fase de acabamento da atividade do contrato.
(q) Subsídios à exploração
São reconhecidos nesta rubrica os subsídios não reembolsáveis que não estejam relacionados com ativos.
A empresa recebeu um subsídio respeitante à formação, que apenas foi reconhecido quando recebido.
(r) Juros e gastos similares suportados
Os gastos com financiamento são reconhecidos na demonstração de resultados do período a que respeitam e incluem:
Juros suportados determinados com base no método do juro efetivo;
(s) Ativos e passivos contingentes
Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada
pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de
rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo
futuro.
Um passivo contingente é:
Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade,
ou
Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque:
Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou
A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento
de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de
exfluxos futuros que não seja remota.
(t) Efeito das alterações das taxas de câmbio
As transações em moeda estrangeira são convertidas para o Euro às taxas nas datas das transações.
Os saldos que se mantenham em dívida no final do ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é reconhecida em
resultados.
(u) Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais.
21
3.2 — Juízos de valor (excetuando os que envolvem julgamentos e estimativas) que o órgão de gestão fez no processo de preparação das demonstrações financeiras:
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o SNC, o Conselho de Administração utiliza julgamentos,
estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas e montantes reportados.
As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros
fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as
estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. Os efeitos reais podem diferir dos
julgamentos e estimativas efetuados, nomeadamente no que se refere ao impacto dos gastos e rendimentos que venham
realmente a ocorrer.
Os principais julgamentos e estimativas contabilísticas e que tiveram maior impacto refletidas nas quantias reconhecidas
nas demonstrações financeiras são como segue:
(a) Vida útil dos ativos fixos tangíveis e intangíveis A vida útil de um ativo é o período durante o qual uma entidade espera que esse ativo esteja disponível para seu uso e
deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico.
O método de amortização/depreciação a aplicar e as perdas estimadas decorrentes da substituição de equipamentos
antes do fim da sua vida útil, por motivos de obsolescência tecnológica, é essencial para determinar a vida útil efetiva de
um ativo.
Estes parâmetros são definidos de acordo com a melhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em questão,
considerando também as práticas adotadas por empresas dos sectores em que a empresa opera.
(b) Reconhecimento de prestações de serviços A empresa utiliza o método da percentagem de acabamento no reconhecimento das suas prestações de serviços.
A utilização deste método requer que a empresa estime os serviços executados como uma percentagem do total de
serviços a serem executados os quais também necessitam de ser estimados.
(c) Provisões para impostos A empresa, suportada nas posições dos seus consultores fiscais e tendo em conta as responsabilidades reconhecidas,
entende que das eventuais revisões dessas declarações fiscais não resultarão correções materiais nas demonstrações
financeiras que requeiram a constituição de uma provisão adicional para impostos.
3.3 — Principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significat ivo de provocar ajustamento material nas quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte):
As estimativas são baseadas no melhor conhecimento existente em cada momento e nas ações que se planeiam realizar,
sendo permanentemente revistas com base na informação disponível.
Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas no futuro, pelo que os
resultados reais poderão vir a diferir das estimativas presentes.
As principais fontes de incerteza das estimativas (envolvendo risco significativo de provocar ajustamento material nas
quantias escrituradas de ativos e passivos durante o ano financeiro seguinte) são as seguintes:
(a) Imparidade das contas a receber O risco de crédito dos saldos de contas a receber é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a informação histórica
do devedor e o seu perfil de risco tal como referido no parágrafo 3.1g).
As contas a receber são ajustadas pela avaliação efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data do
balanço, os quais poderão divergir do risco efetivo a incorrer no futuro.
22
(b) Provisões O reconhecimento de provisões tem inerente a determinação da probabilidade de saída de fluxos futuros e a sua
mensuração com fiabilidade.
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de acontecimentos futuros e nem sempre sob o controlo da empresa pelo
que poderão conduzir a ajustamentos significativos futuros, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo
futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes.
(c) Provisões para desmantelamento e restauro As provisões para os gastos de desmantelamento e remoção de bens do ativo fixo tangível e para os gastos de
restauração do local onde estes estão localizados está dependente de pressupostos e estimativas que as tornam
sensíveis a:
• Expectativa de custo a ser incorrido;
• Data previsível da ocorrência dos gastos;
• Taxa de desconto utilizada no desconto das saídas de caixa esperadas.
(d) Pagamentos com base em ações Os compromissos de pagamentos com base em ações assumidos com os empregados encontram-se refletidos nas
contas por um valor que tem em conta, entre outros, o valor das ações, a probabilidade das condições de exercício virem
a ser atingidas e a probabilidade das opções virem a ser exercidas. Em contexto de crise estas variáveis podem sofrer
oscilações significativas.
4 — Fluxos de caixa
O saldo de Caixa e seus equivalentes constante da demonstração de fluxos de caixa é composto apenas por depósitos à
ordem, não existindo valores que não estejam disponíveis para uso, conforme quadro seguinte:
set-16 set-15
Caixa e Depósitos bancários 6.719.648 12.376.986
5 — Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
Não aplicável
23
6 — Partes relacionadas
6.1 Empresa-mãe e participações financeiras
A empresa é detida pela Siemens International Holding BV, com sede em Haia, na Holanda, sendo as Demonstrações
Financeiras consolidadas na empresa Siemens AG, com sede em Munique na Alemanha.
a) Empreendimentos conjuntos
A empresa participa nos empreendimentos conjuntos abaixo descriminados
ACE Actividade % de interesse % de interesse
set-16 set-15
SIEOCEAN Indústria 65% 65%
SIM III Manutenção instalações 90% 90%
SICMAN Indústria 95% 95%
GSH Indústria 50% 50%
ACIT Indústria 40% 40%
SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC Indústria 34% 34%
EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF) Manutenção material circulante 49% 49%
SIEMENS E TDGI Manutenção instalações 80% 80%
BIM-BUILDING INFRASTRUCTURE MAINTENANCE ACE Manutenção instalações 90% 90%
Estes empreendimentos utilizam o ano civil como exercício económico, pelo que existe uma disparidade de 9 meses
entre os finais dos exercícios equivalentes na Siemens, SA.
Os resultados dos ACE’s são incorporados nas contas da Siemens SA., em conformidade com a percentagem de
interesse.
Durante o exercício findo foi efetuado um ajustamento de modo a refletir os resultados destes ACE’S para o período de 9
meses até 30 de setembro de 2016.
b) Associadas e Subsidiárias
A empresa possui desde 1 janeiro de 2016, por efeito de cisão-fusão, uma participação de 94,95% do capital da Siemens
Healthcare, Lda., com sede na Amadora, cuja atividade principal é o negócio de diagnósticos médicos e biológicos,
incluindo o desenvolvimento e venda de reagentes, instrumentos , métodos e procedimentos de diagnóstico , sistemas
para laboratórios e serviços geralmente indispensáveis para o diagnóstico ou deteção de doenças ou prestação de
cuidados de saúde, incluindo ainda a distribuição , o fornecimento , o desenvolvimento , a montagem , a instalação, a
assistência técnica e a manutenção de equipamentos dos sistemas de terapia, incluindo a investigação e o
desenvolvimento nessas áreas.
c) Outras participações
Durante o corrente e anterior exercício a Siemens participa ainda nas sociedades seguintes:
Valor
Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos 10.000 euros
Esta participação não teve qualquer alteração, quer na percentagem, quer no valor relativamente a exercícios anteriores.
A empresa não exerce qualquer tipo de influência na gestão da participada.
6.2 Remunerações do pessoal chave da gestão da empresa
24
As remunerações do pessoal chave da gestão da empresa encontram-se discriminadas no quadro seguinte:
DDeessccrriiççããoo sseett--1166 sseett--1155
Remunerações e benefícios de curto prazo 1.105.858 1.206.183
Benefícios pós-emprego 3.245 2.191
Outros benefícios de longo prazo 82.009 0
1.191.111 1.208.374
6.3 Transações e saldos com partes relacionadas
As transações com entidades relacionadas estão discriminadas no quadro seguinte:
set-16
set-15
Entidades País Relação
Rendimento
s Gastos Saldos
Rendimento
s Gastos Saldos
Siemens L.L.C. ARE Mat/Serv 190.637 29.157 - 68.773 4.725 -
Siemens AG Oesterrei AUT Mat/Serv 2.333.407 665.579 - 1.727.590 744.947 -
Trench Austria GmbH AUT Mat/Serv - 52.550 - - 91.790 -
BIM Builging Infrastructure PRT Mat/Serv 161.778 4.393.921 -132.139 152.927 - 19.127
GSH - Gestão e Serviços de Manutenção
Hospitalar PRT Mat/Serv 255.991 - - 1.094.753 - 221.135
Siemens BEL Mat/Serv 3.097.174 174.672 - 3.916.243 935.532 -
Dade Behring S.A. BEL Mat/Serv 214.330 232.750 - 288.703 480.237 -
SICMAN-Serv.Oper.Mnut.Instal.
Aeroportuárias, ACE PRT Mat/Serv 104.405 - - 333.844 - -
Siemens Healthcare Diagnostics GmbH AUT Mat/Serv 41.515 - - - - -
Siemens Schweiz CHE Mat/Serv 4.325.105 1.341.356 - 3.638.067 921.044 -
SMEC - Prest.Serv.Manut.espaços
Culturais,ACE PRT Mat/Serv - - - 889 - -
Siemens Ltd. China
CH
N Mat/Serv 723.439 29.237 - 629.041 3.081 -
Siemens S.A. COL Mat/Serv - - - 8.801 - -
Siemens s r.o. CZE Mat/Serv 1.110.625 114.468 - 259.306 76.120 2.700
Siemens AG DEU Mat/Serv 33.153.085 84.626.840 -842 18.542.108 69.426.516 842
P.T. Siemens Indonesia IND Mat/Serv - - - 53.623 - -
Demag Delaval Industrial
GB
R Mat/Serv 30.000 - - 1.890 - -
Siemens Canada Ltd. CAN Mat/Serv - - - 79.161 2.353 -
Siemens Healthcare Diagnostics ApS DNK Mat/Serv 113.480 86.893 - - - -
HSP Hochspannungsger DEU Mat/Serv - 237.470 - - 25.720 -
Siemens Industriegetriebe GmbH DEU Mat/Serv - 157.897 - - 37.385 -
Siemens Corporation USA Mat/Serv 47.466 129.953 - 19.044 148.964 -
Siemens Transmission & Distribut Lt
GB
R Mat/Serv 70.769 - - - - -
Siemens S.A. COL Mat/Serv 693.765 301.428 - 163.599 - -
Siemens Healthcare Medical IRL Mat/Serv 48.268 - - - - -
Siemens Rail Automation Pte Ltd SGP Mat/Serv 89.914 - - 70.645 - -
Siemens Healthcare GmbH DEU Mat/Serv 40.180 3.086.960 - 105.473 7.331.347 -
Siemens Wind Power A DNK Mat/Serv - - - - 6.795 -
Siemens Holding S.L. ESP Mat/Serv 14.171 1.749.115 - 204.111 2.228.963 -
Siemens S.A. ESP Mat/Serv 8.527.133 3.554.690 - 7.194.825 6.788.394 -
25
Siemens Healthcare Diagnostics ESP Mat/Serv 424.272 945.743 - 940.577 932.706 -
Siemens S.A.S. FRA Mat/Serv 7.979.533 523.801 - 10.175.167 1.740.357 -
Siemens Healthcare Oy LVA Mat/Serv 32.357 - - - - -
Siemens Healthcare Nederland B.V. NLD Mat/Serv 220.864 41.173 - - - -
Siemens Healthcare AS
NO
R Mat/Serv 126.210 - - - - -
Siemens PLC
GB
R Mat/Serv 2.509.426 1.641.392 -11.359 1.119.202 1.017.782 -
IBS Aktiengesellschaft excellence, DEU Mat/Serv 225.506 - - 80.532 9.250 -
Siemens Healthcare SAS FRA Mat/Serv 373.435 423.855 - 718.110 426.180 -
Siemens Healthcare AG CHE Mat/Serv - - - 36.500 - -
Siemens Healthcare Diagnostics AB
SW
E Mat/Serv 174.536 412.304 - - - -
Siemens Ltd. IND Mat/Serv 75.229 3.554.594 -12.487 24.344 305.899 -
Siemens S.P.A. ITA Mat/Serv 5.133.049 287.873 - 7.315.800 315.919 -
Siemens Healthcare Diagnostics ITA Mat/Serv 666.382 249.563 - 1.552.303 656.045 -
TRENCH Italia SRL ITA Mat/Serv - 104.129 - - 122.121 -
Siemens, S.A.
MZ
N Mat/Serv 677.519 - - 74.245 - -
Siemens s r.o. SVK Mat/Serv 25.362 81.490 - - - -
Siemens (Proprietary) Limited ZAB Mat/Serv - - - 41.267 - -
Siemens AS
NO
R Mat/Serv 407.255 - - 3.164.207 6.737 -
Siemens Shanghai Medical
CH
N Mat/Serv - - - - 611 -
Siemens Switchgear Ltd. Shanghai
CH
N Mat/Serv - - - - 157.250 -
Siemens Helthcare Diagnostics PRT Mat/Serv 3.730.516 1.441.062 - 2.082.756 145.000 -
Siemens Industrial
SW
E Mat/Serv 200.000 4.911.399 - 49.274 446.831 -
Siemens AB
SW
E Mat/Serv 1.207.096 - - 869.662 198.305 -
NERTUS Mantenimiento ESP Mat/Serv - - - - 610 -
Siemens s r.o. SVK Mat/Serv - - - - 96.579 -
Siemens Sanayi ve Ti TUR Mat/Serv 553.634 3.000.403 - 467.812 1.311.371 -
Siemens Ltd. THA Mat/Serv 13.523 4.264 - 10.514 - -
Siemens Medical Solutions USA, Inc. USA Mat/Serv - 289.248 - - 1.146.937 -
Siemens S.A. CRI Mat/Serv 105.923 - - - - -
Siemens Industry, Inc USA Mat/Serv 16.301 336.900 - 4.564 29.801 -
Siemens Convergence Creators GmbH AUT Mat/Serv - -935 - - 10.155 -
Siemens Pakistan PAK Mat/Serv 53.382 - - - - -
SIM III -SIEMENS MAN PRT Mat/Serv 1.194.976 6.919.235
-
1.877.399 1.096.324 9.633.492 2.008.612
SIEMENS, SETAL DEGRE PRT Mat/Serv 172.520 369.956 -116.108 93.779 386.847 -141.925
Sieocean-Siemens O.S PRT Mat/Serv 78.254 - - 84.411 - 9.128
EMEF/SIEMENS ACE - S PRT Mat/Serv 5.360.223 16.107 - 2.798.361 11.836 279.451
Transtech Transformers LLC ARE Mat/Serv - - - - 18.587 -
Siemens Inc. PHL Mat/Serv 43.514 - - - - -
Siemens S.A.
AR
G Mat/Serv 9.773 - - 107.515 - -
Siemens Ltda. BRA Mat/Serv 65.826 2.148.289
-
2.116.135 1.466.615 172.723 -
Siemens A/S DNK Mat/Serv - 3.811 - - 10.004 -
RUGGEDCOM INC CAN Mat/Serv - 496 - - 124.429 -
SOREFAME Siemens ACE PRT Mat/Serv - 1.983 - - - 12
FEAG Fertigungscenter Fuer DEU Mat/Serv - - -42.341 - - 42.341
Siemens Ltd. AUS Mat/Serv 170.381 - - - - -
Siemens Bangladesh Ltd. IND Mat/Serv - - - - 44.964 -
Siemens SA TUN Mat/Serv 93.072 - - - - -
Siemens Healthcare Diagnostics DEU Mat/Serv - 102.217 - - 154.497 -
Siemens Healthcare Diagnostics OY FIN Mat/Serv 51.360 - - - - -
Siemens Industry Software Ltda BRA Mat/Serv 7.421 - - - - -
Siemens Osakeyhtioe FIN Mat/Serv 410.726 - - 267.661 - -
26
Industrial Turbine Company
GB
R Mat/Serv 147.609 - - - - -
Siemens Healthcare LLC ARE Mat/Serv 1.250 - - - - -
Siemens Rt
HU
N Mat/Serv 210.267 732.604 - 86.403 1.223.024 -
Siemens Malaysia Sdn
MY
S Mat/Serv 349.435 5.398 - 7.632 16.691 -
Siemens Nederland N. NLD Mat/Serv 539.378 1.891.899 - 957.461 683.806 -
Siemens S.A.C. PER Mat/Serv 17.533 - - 62.992 210 -
SIEMENS E TDGI ACE PRT Mat/Serv 3.536.227 2.739.661 -969.750 4.762.159 4.102.605 581.389
SIEMENSMAXICOFRE ACE PRT Mat/Serv - 98.353 - - 875.204 63.906
SIEMENS - Degremont Serviços de
Manutenção ACE PRT Mat/Serv - 677 - 116.786 85.125 -
Siemens Healthcare FZ LLC ARE Mat/Serv 1.250 - - - - -
Siemens Pte. Ltd. SGP Mat/Serv 79.224 209.855 - 202.565 - -
PT. Siemens Indonesia IDN Mat/Serv - 3.909 - - - -
Siemens SA CHL Mat/Serv - 7.045 - - - -
VVK Versicherungsvermittlungs- DEU Mat/Serv - 71.352 - - 141.381 -
Weiss Spindeltechnologie GmbH DEU Mat/Serv - 9.550 - - - -
Siemens Middle East ARE Mat/Serv - - - 2.500 - -
Siemens S.A.
AG
O Mat/Serv 2.258.584 234.746 - 1.206.481 1.206.481 -
Siemens Transformer Co. Ltd.
CH
N Mat/Serv - 2.059.513 - - - -
Siemens EOOD
BG
R Mat/Serv - - - 22.097 - -
Siemens High Voltage Switchgear
CH
N Mat/Serv - 3.068.356 - - - -
Flender-Graffenstaden SA FRA Mat/Serv - 331.307 - - - -
Trench LTD CAN Mat/Serv - 23.940 - - - -
Fabrica Electrotecnica JOSA, S.A. ESP Mat/Serv - 80 - - - -
Siemens A/S DNK Mat/Serv 2.073.700 - - 800.928 - -
Siemens Healthcare Diagnostics EGY Mat/Serv 2.500 - - 2.500 - -
SFS Holding DEU Mat/Serv - - - 58 - -
Siemens Healthcare Diagnostics FRA Mat/Serv 276.004 231.864 - 1.103.722 1.928.161 -
ETM professional control GmbH AUT Mat/Serv - 35.143 - - - -
Siemens Transformer (Wuhan) Company
CH
N Mat/Serv - 457.480 - - - -
Siemens A.E.
GR
C Mat/Serv 994.470 123.375 - 1.075.422 120.000 -
Siemens Healthcare Diagnostics
GR
C Mat/Serv 29.307 - - 205.705 - -
Siemens Ltd. IRL Mat/Serv - - - 7.142 - -
Siemens Israel Ltd. ISR Mat/Serv 69.081 2.546 - 110.289 1.612 -
Emeter Corporation USA Mat/Serv - 6.685 - - - -
Siemens Healthcare AG
CH
N Mat/Serv - 6.892 - - - -
ATOS IT Solutions ESP Mat/Serv - 3.860 -322 - 3.538 3.538
Siemens S.A.
MA
R Mat/Serv 320.292 51.515 - 350.952 - -
Siemens W.L.L. QAT Mat/Serv - - - 2.611 - -
Siemens S.R.L.
RO
U Mat/Serv 23.045 - - 111.683 - -
OOO Siemens RUS Mat/Serv 517.759 - - 1.826.380 - -
Siemens Ltd. SAL Mat/Serv 67.725 - - 34.075 - -
Siemens Healthcare Diagnostics USA Mat/Serv - - - 125.000 - -
ACIT Siemens - Operação ACE PRT Mat/Serv 5.781 - - 5.486 - -
Siemens d.o.o. SVN Mat/Serv - - - 269 - -
Siemens Ltd. EGY Mat/Serv 28.686 14.283 - 141.370 8.156 -
Siemens Westinghouse Power USA Mat/Serv 117.030 - - 82.609 - -
Siemens Innovaciones
ME
X Mat/Serv - - - 687 - -
Siemens L.L.C. OM Mat/Serv - - - 117.417 - -
27
N
Siemens Osakeyhtioe LVA Mat/Serv - - - 28.609 - -
SII, CSG, eMeter USA Mat/Serv - - - 115.699 - -
OOO Siemens Gas Turbine RUS Mat/Serv - - - 64.210 - -
ATOS IT SOLUTIONS AND PRT Mat/Serv - 2.585.581 -419.646 - 2.678.593 662.600
Atos IT Solutions and Services DEU Mat/Serv - 407 -312 - 414 -
Siemens Flow Instruments A/S DNK Mat/Serv - - - - 1.027 -
Siemens Transformers SPA ITA Mat/Serv - 1.928.210 - - 717.160 -
MWB (Shanghai) Co. Ltd.
CH
N Mat/Serv - - - - 20.400 -
Siemens Rail Automation S.A.U. ESP Mat/Serv 2.128.424 1.922.553 -52.589 1.101.363 6.305 -
Siemens Electrical & Electronic KW Mat/Serv - - - 12.617 - -
Siemens Sp. z o.o. POL Mat/Serv 124.266 26.629 - 338.393 - -
Siemens Information Systems Ltd. IND Mat/Serv 1.149 620.399 -9.218 1.591 593.821 -
Siemens Ltd.
KO
R Mat/Serv 65.612 169 - 29.374 4.061 -
Siemens Medical Solutions USA Mat/Serv - - - 3.200 - -
Siemens Servicios S.A. de C.V.
ME
X Mat/Serv 46.885 - - 46.997 - -
Trench France S.A. FRA Mat/Serv 1.020 256.218 - 860 976.803 -
Siemens Industry INC DEU Mat/Serv 6.412 102.499 - 994 30.068 -
Siemens Airport Logistics, Lisbon PTR Mat/Serv 1.228.706 49.591 - 1.539.038 75.787 -
Samtech Deutschland GmbH DEU Mat/Serv 7.624 - - 7.770 - -
103.252.228 148.689.429
-
5.760.646 90.017.014
124.388.17
3 3.752.854
7 — Ativos fixos tangíveis
A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada no quadro seguinte:
Valor de aquisição
set-14 Aumentos Abates e
Alienações
Correcções
e Transf. set-15 Aumentos
Cisão
Siemens
Healthcare
Abates e
Alienações
Correcções
e Transf. set-16
Terrenos e recursos
naturais 8.198.150 0 -122.261 0 8.075.889 0 0 0 0 8.075.889
Edifícios e outras
construções 55.512.694 909.902 -410.081 991.612 57.004.127 100.490
-194.333 22.638 56.932.922
Equipamento básico 4.869.953 84.583 0 0 4.954.535 47.510 -393.627 -62.472 83.420 4.629.366
Equipamento de
transporte 924.947 83.349 0 0 1.008.295 243.508 -193.497 -83.349 974.957
Equipamento
administrativo 6.579.462 399.132 -362.426 106.333 6.722.501 64.810 -214.347 -539.410 -28.101 6.005.454
Ativos fixos tangíveis
em curso 1.126.704 156.896 0 -1.097.945 185.654 1.480.643 0 0 -142.787 1.523.510
Outros ativos fixos
tangíveis 41.163 0 -85 0 41.078 0 -10.680 -2.390 0 28.008
77.253.072 1.633.861 -894.852 0 77.992.081 1.936.961 -618.654 -992.102 -148.179 78.170.104
Depreciações
acumuladas
set-14 Aumentos Abates e
Alienações
Correcções
e Transf. set-15 Aumentos
Cisão
Siemens
Healthcare
Abates e
Alienações
Correcções
e Transf. set-16
Edifícios e outras
construções 35.412.638 1.651.869 -371.326 0 36.693.181 1.611.029 0 -194.333 -85.784 38.024.094
Equipamento básico 1.999.556 126.771 0 0 2.126.327 113.744 -283.303 -62.472 1.067.940 2.972.686
Equipamento de
transporte 749.835 84.175 0 0 834.010 101.156 0 -193.497 -25.833 715.836
28
Equipamento
administrativo 5.462.608 398.827 -361.170 0 5.500.265 336.013 -206.642 -531.702 -28.101 5.059.381
Outros ativos fixos
tangíveis 41.163 0 -85 0 41.078 0 -10.680 -2.390 0 28.008
43.665.800 2.261.642 -732.581 0 45.194.862 2.161.941 -500.625 -984.394 928.222 46.800.005
33.587.272 32.797.219
31.370.099
A empresa procedeu às reavaliações autorizadas pelos diversos diplomas legais publicados, a saber:
D.L 430/78 de 27 de dezembro
D.L 219/82 de 2 de junho
D.L 399-G/84 de 28 de dezembro
D.L 118-B/86 de 27 de maio
D.L 111/88 de 2 de abril
D.L 49/91 de 25 de janeiro
D.L 264/92 de 24 de novembro
D.L 31/98 de 11 de fevereiro
Os ativos tangíveis em curso respeitam a obras de conservação e reparação dos edifícios.
Estes excedentes de revalorização, no valor de 11.118.771 euros, nos termos do nº 2 do art.º 32 do CSC, só estarão
livres para distribuição depois de realizados pela venda.
Quadro de reavaliações:
Rubricas Custos Históricos a) Reavaliações a) b) Valores Contabilisticos
Reavaliados a)
Ativos Fixos Tangíveis:
Terrenos e recursos naturais 4.331.040 4.021.425 8.352.465
Edifícios e outras construções 5.998.746 2.898.238 8.896.984
10.329.787 6.919.663 17.249.449
a) Líquidos de depreciações
b) Englobam as sucessivas reavaliações
8 — Ativos intangíveis
A reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período encontra-se detalhada no quadro seguinte:
Valor de aquisição
set-14 Aumentos Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
set-15 Aumentos Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
set-16
Programas de
computador 495.776 0 0 0 495.776 34.408 0 34.366 564.550
495.776 0 0 0 495.776 34.408 0 34.366 564.550
29
Amortizações acumuladas
set-14 Aumentos Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
set-15 Aumentos Abates e
Alienações
Correções
e Transf.
set-16
Programas de
computador 413.147 82.629 0 0 495.776 7.642 0 0 503.418
413.147 82.629 0 0 495.776 7.642 0 0 503.418
82.629 0 61.132
9 — Participações financeiras
As participações financeiras decompõem-se da forma indicada nos quadros seguintes:
Valor de aquisição
set-15 Aumentos Abates e
Alienações set-16
Investimentos em associadas 23.976.052 499.888 3.609.002 20.866.938
Investimentos noutras empresas 19.975 0 0 19.975
23.996.027 499.888 3.609.002 20.886.913
Imparidades
set-15 Aumentos Abates e
Alienações set-16
Investimentos em associadas 0 0 0 0
Investimentos noutras empresas 9.976 0 0 9.976
9.976 0 0 9.976
23.986.052 20.876.938
a) Investimentos em Associadas e Subsidiárias
Em 2012, a Siemens S.A. adquiriu 100% das quotas da Siemens Healthcare, Lda (SH) por 8.056.000 euros.
Anteriormente estas quotas eram detidas pela Siemens Diagnostics Holding II BV (34,78%) e Siemens Medical Solutions
Diagnostics Europe Limited (65,22%), sendo que ambos têm a mesma última casa-mãe, Siemens AG, que a Siemens,
S.A.
Em janeiro de 2016, fruto de uma cisão-fusão de negocio da Siemens SA na Siemens Healthcare, Lda, foi cedida à
Siemens International Holding BV uma participação de 5,05% passando a Siemens SA a deter 94,95%.
O preço de compra foi baseado numa avaliação feita, ao nível global para várias empresas do grupo, por um avaliador
externo.
Na data da aquisição, a Siemens, S.A. efetuou uma análise às demonstrações financeiras SH e não detetou quaisquer
casos em que:
30
i) o valor dos ativos da SH estavam sobreavaliados.
ii) passivos e/ou passivos contingentes da SH, foram omitidos ou os valores atribuídos a esses itens estavam
subavaliados.
Uma vez que todas, durante o ano de 2013, as entidades são controladas pela mesma parte ou partes antes e após a
compra, a NCRF 14 - Concentração de Atividades Empresariais não se aplica a entidades sob controlo comum e
tomando em consideração a substância económica das operações, a Siemens, S.A. registou o valor do seu investimento
na SH pelo valor correspondente ao total do capital próprio da mesma e a diferença entre o preço de compra de
8.056.000 euros e o valor de capital próprio da SH de 23.573.135 euros foi registado como um aumento para Resultados
Transitados.
A informação financeira resumida da subsidiária, incluindo as quantias agregadas de ativos, passivos, rendimentos e resultados é a que se indica no quadro seguinte:
SHD Balanço Demonstração dos Resultados
Ativos
Correntes
Ativos Não
Correntes
Passivos
Correntes
Passivos
Não
Correntes
Rendimentos Resultados
set-16 35.016.473 9.104.197 20.375.133 1.768.772 61.900.095 505.662
set-15 18.698.221 9.096.640 2.985.717 622.568 28.009.476 1.602.171
A Siemens, S.A. não consolidou contas com a Siemens Healthcare, Lda., ao abrigo do nº3, do artigo 7º, do Decreto -Lei
158/2009 de 13 de julho, atendendo que a última empresa mãe da Siemens, S.A. é a mesma da Siemens Healthcare,
Lda. A entidade que procede à consolidação de contas é a Siemens, AG, com sede em Munique.
b) Investimentos em Entidades conjuntamente controladas
Foram reconhecidos na empresa os resultados, relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015, estando
ainda evidenciados nas demonstrações financeiras os resultados dos empreendimentos conjuntos a setembro de 2016,
conforme abaixo discriminado:
% de
interesse Resultado
Set-16
Resultado
Dez-15
SIEOCEAN Indústria 65,00% 0,00 0,00
SIM III Manutenção instalações 90,00% 0,00 0,00
SICMAN Indústria 95,00% 0,00 0,00
GSH Indústria 50,00% 0,00 0,00
ACIT Indústria 40,00% 0,00 0,00
SIEMENS, SETAL, DEGR. E EFACEC Indústria 34,00% 0,00 0,00
EMEF/SIEMENS ACE (SIMEF) Manutenção material circulante 49,00% 607.287,42 686.183,37
SIEMENS E TDGI Manutenção instalações 80,00% 0,00 0,00
BIM-BUILDING INFRASTRUCTURE MAINTENANCE ACE Manutenção instalações 90,00% 0,00 0,00
31
10 — Locações
10.1 Gastos com locações operacionais
a) Locações operacionais — a empresa como locatária:
Os contratos de locação operacional em que a empresa é locatária referem-se a viaturas colocadas à disposição de
colaboradores, para serviço da empresa.
Embora existam cláusulas de renovação nos contratos, a empresa tem por política proceder à efetiva substituição das
viaturas no fim dos contratos que têm uma duração de 4 anos.
Os contratos não contêm cláusulas de opção de compra e são canceláveis.
A empresa reconheceu como gastos de locação no exercício o valor de 1.629.035 euros (2.214.874 euros, no exercício
anterior).
O valor das rendas contingentes ascende a 3.320.197 euros (4.329.910 euros, no exercício anterior), sendo 1.488.948
euros até 30 de setembro de 2017 e 1.831.249 euros após 30 de setembro de 2017.
11 — Outros ativos e passivos financeiros
11.1 – Ativos Financeiros
A descriminação dos ativos financeiros pelas diferentes categorias consoante o seu critério de mensuração é a indicada
nos quadros seguintes.
Activo corrente: sep-16 sep-15
Valores brutos
Inventários:
Adiantamentos p/conta de compras 1.085.885 127.519
Clientes 33.664.607 30.150.415
Accionistas:
Empréstimos concedidos 65.927.413 90.500.000
Conta corrente 23.247.444 22.533.542
Estado e outros entes públicos 920.174 1.206.508
Outras contas a receber 21.372.467 1.796.908
Caixa e depósitos bancários 6.719.648 12.376.986
152.937.637 158.691.878
Imparidades
Clientes -1.048.888 -995.275
Outras contas a receber -15.729 -14.990
Líquido -1.064.617 -1.010.265
32
11.2 – Passivos financeiros
A discriminação dos passivos pelas diferentes categorias de passivos financeiros consoante o seu critério de mensuração
é a indicada nos quadros seguintes:
Passivo corrente: set-16 set-15
Fornecedores 23.643.593 25.254.859
Adiantamentos de clientes 1.439.042 5.346.096
Estado e outros entes públicos 11.311.824 9.630.088
Acionistas 3.800.005 4.727.969
Outras contas a pagar 30.158.798 30.408.869
70.353.261 75.367.881
11.3 – Ganhos líquidos e perdas líquidas ativos e passivos financeiros
Os ganhos líquidos e perdas líquidas de ativos e passivos financeiros por categoria de mensuração dos ativos e passivos
financeiros são os indicados nos quadros seguintes:
Ganhos set-16 set-15
Descontos de pronto pagamento obtidos 186.238 308.319
Recuperação dívidas incobráveis 1.000 0
Diferenças de câmbio favoráveis 307.168 430.385
Ganhos em alienações 8.097 68.584
Juros obtidos 27.212 11.159
529.714 818.447
Perdas
Descontos de pronto pagamento concedidos 335.081 348.732
Dívidas incobráveis 182.663 200.761
Diferenças de câmbio desfavoráveis 585.619 1.036.111
Perdas em alienações 2.712 124.629
Juros suportados 180.536 458.184
1.286.611 2.168.419
12 — Imposto sobre o rendimento
12.1 Ativos e passivos por impostos diferidos
As quantias de ativos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanço para cada período apresentado por
cada tipo de diferença temporária são as indicadas no quadro seguinte:
33
Ativos Passivos
sseett--1166 sseett--1155 sseett--1166 sseett--1155
Provisões 1.654.964 3.485.000 0 0
Prejuízo fiscal 0 575.000 0 0
Excedentes de revalorização 0 0 297.730 315.000
Activos fixos tangíveis
454.608
Diferimentos
Inventários
Outras contas a pagar 148.289 3.000
Outros 0 0
495.000
1.803.253 4.063.000 752.338 810.000
12.2 Excesso ou insuficiência de estimativa para impostos
A empresa reconheceu um ganho de 397.168 euros relativos a excesso de estimativa para impostos. No ano anterior
reconheceu um ganho de 340.396 euros.
12.3 Imposto sobre o rendimento do período
A quantia de gastos (rendimentos) por impostos correntes e diferidos reconhecidos na demonstração dos resultados
encontra-se indicada no quadro seguinte:
Base do imposto Taxa de imposto
sseett--1166 sseett--1155 sseett--1166 sseett--1155
Resultado antes de imposto 11.965.892
18.849.07
3
-
-
Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €) 337.500 367.500 22,5% 24,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 €< 7,500,000€) 1.530.000 1.650.000 25,5% 27,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 7,500,000€) 1.228.120 3.347.977 27,5% 29,5%
Imposto sobre o lucro à taxa nominal 3.095.620 5.365.477
-
-
Deduções para efeitos de apuramento do lucro tributável -2.773.835 -8.911.625
-
-
Acréscimos para efeitos de apuramento do lucro tributável 3.515.795 1.888.173
-
-
Ajustamento de transição 0 1.063.000
-
-
Lucro tributável 12.707.85
2
12.888.62
1
-
-
Prejuízos fiscais deduzidos 0 9.022.034
Taxa de imposto sobre o rendimento (< 1.500.000 €) 337.500 367.500 22,5% 24,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 1.500.000 €< 7.500.000€) 1.530.000 814.315 25,5% 27,5%
Taxa de imposto sobre o rendimento (> 7,500,000€) 1.432.069 350.260 27,5% 29,5%
Outros 0 26.238
Imposto calculado 3.299.569 1.558.313
-
-
Tributação autónoma 774.600 738.925
-
-
Efeito do aumento/reversão de impostos diferidos 2.230.448 2.153.000
-
-
Imposto sobre o rendimento/taxa efetiva 6.304.617 4.450.238 52,69% 23,61%
34
13 — Inventários
13.1 Inventários
A quantia total de inventários encontra-se descriminada no quadro seguinte:
set-16 set-15
VVaalloorr bbrruuttoo IImmppaarriiddaaddeess
VVaalloorr
LLííqquuiiddoo
VVaalloorr
bbrruuttoo IImmppaarriiddaaddeess
VVaalloorr
LLííqquuiiddoo
Matérias-primas e
consumíveis 2.180.184 374.854 1.805.330 2.027.926 279.970 1.747.956
Produtos e trabalhos em
curso 8.905.263 0 8.905.263 3.341.079 0 3.341.079
Produtos acabados 244.688 29.354 215.334 182.122 30.632 151.490
Mercadorias 757.685 145.646 612.039 1.293.327 227.012 1.066.315
Adiantamentos por conta de
compras 1.085.885 0 1.085.885 127.519 0 127.519
13.173.705 549.853 12.623.852 6.971.972 537.614 6.434.359
13.2 Variação nos inventários da produção
A variação nos inventários da produção decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte.
set-16 set-15
Produtos acabados
Saldo inicial 182.122 177.743
Saldo final 244.688 182.122
-62.566 -4.379
Produtos e trabalhos em curso
Saldo inicial 3.341.079 16.069.252
Saldo final 8.905.263 3.341.079
-5.564.183 12.728.173
Total -5.626.750 12.723.794
13.3 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
35
Mercadorias set-16 set-15
Saldo inicial 1.293.327 1.145.756
Compras 64.666.829 57.507.366
Regularizações 29.169 139.324
Saldo final 757.685 1.293.327
65.231.640 57.499.119
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Saldo inicial 2.027.926 4.346.123
Compras 28.238.998 26.024.755
Regularizações -20.749 -5.447
Saldo final 2.180.184 2.027.926
28.065.991 28.337.504
93.297.631 85.836.622
14 — Clientes
A quantia total de clientes discrimina-se da forma seguinte:
set-16 set-15
Clientes c/c 33.664.607 30.190.955
Imparidade -1.048.888 -1.035.815
32.615.719 29.155.139
Os clientes c/c decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
Não vencidas Vencidas
< 30 dias < 60 dias < 90dias >90 dias
Clientes c/c
set-16 27.721.733 1.637.791 1.965.447 240.955 2.098.681
set-15 24.146.360 2.798.844 453.529 737.191 2.014.490
15 — Estado e outros entes públicos
Esta rubrica decompõe-se da forma indicada no quadro seguinte.
A receber set-16 set-15
Imposto retido estrangeiro 35.960 107.201
Pagamentos por conta 629.569 0
Outros 254.645 1.099.307
920.174 1.206.508
A pagar
IRC 4.074.169 3.782.174
IVA 4.831.266 3.609.718
36
IRS 1.155.611 974.057
Segurança Social 1.174.840 1.191.705
Outros 75.938 72.433
11.311.824 9.630.088
10.391.651 8.423.581
16— Diferimentos
Os diferimentos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
Diferimentos ativos set-16 set-15
Gastos a reconhecer
Contratos de construção 297.571 11.329.832
Seguros 1.659 131.219
299.229 11.461.051
Diferimentos passivos
Rendimentos a reconhecer
Contratos de construção 28.036.271 12.717.982
Contratos de manutenção 270.026 7.488.697
Rendas 130.065 130.064
28.436.361 20.336.743
17 — Capital próprio
17.1 Capital Social
O capital social à data é de 65.435.000 de euros representado por 13,087 milhões de ações ao valor nominal de 5 euros.
No exercício anterior o capital social era de 65.700.000 de euros representado por 13,14 milhões de ações ao valor
nominal de 5 euros.
17.2 Outras Reservas
As outras reservas constantes no balanço compreendem as reservas de reavaliação.
17.3 Dividendos
No atual exercício foram distribuídos dividendos no valor de 20.736.922 euros de resultados de exercícios anteriores,
sendo que não haverá lugar a distribuição de dividendos no próximo exercício.
37
17.4 Resultados transitados
Os resultados transitados no valor de -6.594.980 euros correspondem a correções de saldos de balanço relativos a
exercícios anteriores a 2015, os quais, por via dos anos anteriores a que respeitam e não serem materiais, não originam
a reexpressão das contas de balanço.
18 — Subsídios do Governo e apoios do Governo
18.1 Subsídios reconhecidos em resultados
Foram reconhecidos no exercício 29.216 euros de subsídios recebidos do Instituto de Emprego e Formação Profissional,
referente a estágios profissionais concedidos pela empresa.
19 — Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes
19.1 Provisões
O movimento ocorrido nas provisões encontra-se refletido no quadro seguinte.
set-15 Constituição e
reforço
Reversões,
utilizações e
transferências
Nantucket set-16
Provisões correntes
Garantias a clientes 5.026.148 0 663.808 670.364 3.691.976
Processos judiciais em curso 253.416
0 0 253.416
Penalidades contratuais 1.913.776 0 671.982 0 1.241.794
Comissões 94.530 0 94.530 0 0
Despesas com pessoal:
Indemnizações 3.671.504 0 1.905.249 118.427 1.647.829
Jubileus 1.130.654 68.315 1.608 119.954 1.077.408
Outras 535.947 1.705.305 440.873 171.138 1.629.241
Outras despesas 321.812 127.010 0 448.822 0
Matérias ambientais 27.453 24.825 0 0 52.278
12.975.239 1.925.455 3.778.048 1.528.705 9.593.941
Provisões não correntes
Impostos 0 3.836.000 0 0 3.836.000
0 3.836.000 0 0 3.836.000
12.975.239 5.761.455 3.778.048 1.528.705 13.429.941
38
19.2 Passivos contingentes
Os principais compromissos e passivos contingentes são os seguintes:
Garantia a Alfândega: 50.000 euros
Garantias a clientes: 52.928.730 euros
Garantias a clientes: 1.568.256 USD
Garantias a clientes: 10.318.699 MZN
Contencioso comercial: 458.202 euros
19.3 Ativos contingentes
A empresa candidatou-se aos incentivos previstos no programa SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e
Desenvolvimento Empresarial) para os exercícios de 2013 e 2014, tendo a Comissão Certificadora para os Incentivos
Fiscais à I&D Empresarial aprovado os valores abaixo:
Exercício 2013: 108.712 euros
Exercício 2014: 123.078 euros
No que concerne ao exercício de 2014, o valor aprovado foi inferior ao requerido (162.401 euros), pelo que a empresa
apresentou alegações em sede de audiência prévia, cujo resultado se aguarda.
20 — Matérias ambientais
A empresa possui uma provisão para matérias ambientais relativa a levantamento de coimas associadas a não
conformidades de cumprimento de requisitos legais de Ambiente e Higiene Segurança e Saúde no Trabalho para:
- Sistema de Certificação Energética dos Edifícios: 23.695 euros
- Diretiva Máquinas: 2.888 euros
- Licenciamento do Gerador Fabrica de Corroios: 3.000 euros
- Normas aplicáveis à Gestão de Embalagens Resíduos de Embalagens: 22.695 euros
21 — Benefícios dos empregados
21.1 Benefício pós-emprego
A empresa tem constituído desde setembro de 2006 um Plano de Pensões de contribuições defin idas, aplicado num
Fundo de Pensões, gerido por uma terceira entidade e extensivo à generalidade dos colaboradores que nele queiram
participar, nos termos definidos no Plano.
No Plano a empresa contribui com uma quantia equivalente ao valor da contribuição do colaborador até ao máximo de
3% do salário deste.
A quantia reconhecida como gasto durante o período relativamente a planos de contribuição definida foi de 501.252
euros. (502.113 euros no exercício anterior).
39
a) Benefícios de cessação de emprego
Em caso de cessação de emprego, a empresa concede aos seus colaboradores uma indemnização cuja quantia é
determinada com base no número de anos de serviço e no salário mais recente multiplicado por um fator determinado
por análise casuística.
Estas provisões incluem um montante de 1.523.000 euros (ano anterior: 3.688.000 euros) para fazer face a Benefícios
por cessão de empregos que serão incorridos em consequência de reestruturação.
b) Pagamentos com base em ações
A casa-mãe oferece aos Administradores das empresas do seu grupo um programa de incentivos chamado “Stock
Options”, que consiste no direito de opção sobre ações daquela, resgatáveis em períodos futuros.
Existe, ainda, um outro programa de adesão voluntária por parte dos colaboradores, chamado de “Share Matching Plan”,
em que a casa mãe oferece uma ação sua, por cada três adquiridas, desde que os colaboradores as mantenham na sua
posse por um período de 4 anos.
A empresa reconheceu um gasto de 408.621 euros (ano anterior: 296.977 euros) relacionados com estes planos.
Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras
compreender o efeito das transações de pagamento com base em ações reconhecidos no passivo nos lucros ou
prejuízos da entidade e na sua posição financeira.
c) Outras informações
Não houve Pagamentos com base em ações a outras partes diferentes dos empregados pelo que não há lugar:
à divulgação da forma como o justo valor dos serviços recebidos teria sido mensurado em tais casos;
à divulgação de quaisquer eventuais factos ou circunstâncias que pudessem ter levado a empresa a refutar o pressuposto de que o justo valor dos bens ou serviços recebidos pode ser estimado com fiabilidade.
Não há outras informações consideradas relevantes para permitir aos utentes das demonstrações financeiras
compreender:
a natureza e a extensão dos acordos de pagamento com base em ações que existiram durante o período;
o efeito das transações de pagamento com base em ações nos lucros ou prejuízos da entidade e na sua posição financeira.
40
21.2 Gastos com o Pessoal
O detalhe dos gastos com o pessoal é o indicado no quadro seguinte.
set-16 set-15
Remunerações dos Órgãos Sociais 465.437 557.034
Remunerações do pessoal 49.062.965 44.478.885
Encargos sobre Remunerações 10.518.657 9.986.590
Seguro Ac. Trab. e Doenças Profi. 231.414 107.684
Estimativa para participação nos lucros 8.075.419 8.178.416
Outros gastos com Pessoal 4.594.867 3.810.278
72.948.759 67.118.888
set-16 set-15
Número de Colaboradores 1.449 1.434
22 — Vendas e prestações de serviços
As quantias de vendas e prestações de serviços descriminam-se da forma indicada no quadro seguinte.
Vendas set-16 set-15
Mercadorias e produtos 210.781.745 202.491.316
Devoluções e descontos -22.175.284 -19.048.870
188.606.460 183.442.446
Prestação de serviços
Serviços 81.159.452 81.632.873
81.159.452 81.632.873
269.765.912 265.075.319
As vendas e prestações de serviços por mercado geográfico significativo são as indicadas no quadro seguinte:
Vendas e prestações de serviços set-16 set-15
Mercado nacional 179.640.388 221.560.667
União Europeia 69.471.616 17.752.443
Fora da União Europeia 20.653.908 25.762.210
269.765.912 265.075.319
A margem bruta é a indicada no quadro seguinte.
Margem bruta set-16 set-15
Vendas 188.606.460 183.442.446
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -93.297.631 -85.836.622
Margem bruta 95.308.829 97.605.824
41
% Margem bruta 50,53% 53,21%
As vendas e prestações de serviços por sector de atividade encontram-se discriminadas conforme quadro abaixo:
set-16 set-15
Building Technologies 23.350.586 28.546.653
Energy Management 74.494.126 69.075.492
Healthcare 7.247.727 34.102.467
Hub infrastructure 65.432.975 45.293.496
Mobility 24.934.372 19.057.826
Power & Gas 43.420.240 34.719.907
Process Industries and Drives 14.796.844 18.125.663
Siemens Digital Factory 16.089.042 16.153.814
269.765.912 265.075.319
Vendas e prestações de serviços set-16 set-15
Projetos 106.976.391 132.517.204
Outros 162.789.521 132.558.115
269.765.912 265.075.319
23 — Contratos de construção
set-15 Division
Faturação
real
Receita
reconhecida
acumulada
Receita
reconhecida
período
Receita
diferida
Custo reais
acumulados
Custo reais
período
Adiantamentos
recebidos
Building
Technologies SBT 96.764.076 91.472.447 23.451.526 412.455 82.408.651 19.214.354 2.775
Energy
Management SEM 181.947.267 174.744.505 21.871.362 560.740 162.535.912 25.524.448 2.153.705
Healthcare HSC 74.236.500 76.135.843 1.001.929 0 65.336.688 533.084 1.618.078
Mobility SMO 70.899.166 63.615.649 74.217.732 1.406.175 56.248.807 49.810.624 816.856
Power & Gas SPG 495.450.615 424.439.795 10.029.864 77.344.392 379.813.087 25.417.735 1.729.405
Process
Industries and
Drives SPD 7.481.668 6.292.204 1.557.034 104.178 6.315.051 1.171.643 25.406
Siemens Digital
Factory SDF 81.121.213 81.064.599 387.757 56.614 73.775.601 518.807 47.225
Total
1.007.900.505 917.765.043 132.517.204 79.884.555 826.433.796 122.190.696 6.393.450
set-16 Division
Faturação
real
Receita
reconhecida
acumulada
Receita
reconhecida
período
Receita
diferida
Custo reais
acumulados
Custo reais
período
Adiantamentos
recebidos
Building
Technologies SBT 96.180.305 96.041.497 18.023.086 683.913 81.193.397 13.858.126 2.775
Energy
Management SEM 191.727.225 205.325.464 34.080.946 1.494.060 178.605.263 34.518.385 505.146
Healthcare HSC 64.974.987 66.344.270 4.918.342 0 56.996.166 2.282.601 0
Mobility SMO 103.622.335 101.462.048 18.985.959 2.827.264 80.370.317 15.678.521 433.869
Power & Gas SPG 515.762.193 456.355.556 30.063.810 64.385.808 407.643.878 29.616.534 0
Process
Industries and
Drives SPD 7.371.878 7.278.377 904.249 93.501 6.206.287 945.861 418.573
Siemens Digital SDF 64.141.111 64.013.231 0 127.879 58.614.528 93.554 33.951
42
Factory
Total
1.043.780.034 996.820.444 106.976.391 69.612.426 869.629.835 96.993.582 1.394.313
24 — Fornecimentos e serviços externos
Os fornecimentos e serviços externos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte:
set-16 set-15
Trabalhos especializados 44.306.864 41.218.014
Publicidade e propaganda 872.514 1.042.387
Vigilância e segurança 593.832 627.512
Comissões 2.820 0
Conservação e reparação 1.526.551 2.396.100
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 451.077 74.002
Livros e documentação técnica 7.038 13.442
Material de escritório 264.385 241.373
Artigos para oferta 48.054 16.456
Eletricidade 1.475.057 1.283.898
Combustíveis 728.676 884.736
Água 136.037 137.321
Deslocações e estadas 3.366.071 2.990.330
Transporte de mercadorias 1.606.736 2.057.955
Rendas e alugueres 2.027.474 2.400.899
Comunicação 4.250.862 5.317.596
Seguros 785.624 1.200.731
Royalties 5.963 237.349
Contencioso e notariado 150.908 280.436
Despesas de representação 96.796 94.792
Limpeza, higiene e conforto 441.901 427.662
Outros 31.715.824 24.993.804
94.861.063 87.936.795
25 — Imparidade de ativos
O movimento ocorrido nas perdas por imparidade acumuladas cujos movimentos de imparidade e reversão afetaram os
resultados é o indicado no quadro seguinte:
set-15 Aumentos Reversões
Cisão Siemens
Healthcare set-16
Participações
financeiras 9.976
0 0
9.976
Inventários 537.614
102.981 0 90.742 549.853
Clientes 1.035.815
709.155 452.248 243.834 1.048.888
Outros devedores 14.990
739 0 685 15.729
1.598.395 812.876 452.248 335.262 1.624.445
43
26 — Outros rendimentos e ganhos
Os Outros rendimentos e ganhos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
set-16 set-15
Rendas recebidas 2.158.780 1.927.316
Descontos de pronto pagamento obtidos 186.238 308.319
Recuperação de dívidas 1.000 0
Diferenças de câmbio favoráveis 307.168 433.190
Ganhos em alienações 8.097 68.584
Excesso de estimativa para impostos 1.280.739 340.396
Sinistros 146.833 225.894
Rendimentos serviços de cantina 257.687 480.730
Outros ganhos 768.329 2.823.506
5.114.870 6.607.935
27 — Outros gastos e perdas
Os outros gastos e perdas decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
set-16 set-15
Impostos indirectos 583.689 436.085
Descontos de pronto pagamento concedidos 335.081 348.732
Dívidas incobráveis 182.663 200.761
Perdas em inventários 8.420 133.876
Perdas em alienações 2.712 124.629
Donativos 36.109 79.357
Quotas 104.668 62.102
Gastos c/garantias 1.213.333 1.074.264
Diferenças de câmbio desfavoráveis 585.619 786.544
Outras perdas 419.960 675.480
3.472.253 3.921.831
28 — Gastos/reversões de depreciação e amortização
Os gastos/reversões de depreciação e amortização decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
set-16 set-15
Ativos fixos tangíveis 2.161.525 2.207.779
Ativos intangíveis 7.642 0
2.169.167 2.207.779
44
29 — Rendimentos e Gastos de financiamento (líquidos)
29.1 Juros e rendimentos similares obtidos
Os juros e rendimentos similares obtidos decompõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
29.2 Juros e gastos similares suportados
Os juros e gastos similares suportados compõem-se da forma indicada no quadro seguinte.
Juros pagos set-16 set-15
De descobertos bancários 7.064 18.959
De financiamentos obtidos de associadas 168.646 16.357
175.711 35.316
Outros gastos e perdas de financiamento 4.825 148.980
180.536 184.296
30 — Gestão do risco financeiro
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variar e de obter
resultados diferentes do esperado, sejam estes positivos ou negativos, alterando o valor patrimonial da empresa.
No desenvolvimento das suas atividades correntes, a empresa está exposta a uma variedade de riscos financeiros
suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza, podem agrupar -se nas
seguintes categorias:
Risco de mercado Risco de taxa de juro Risco de taxa de câmbio (ver detalhes abaixo)
Risco de crédito
Risco de liquidez
A gestão dos riscos acima referidos - riscos que decorrem, em grande medida, da imprevisibilidade dos mercados
financeiros – exige a aplicação criteriosa de um conjunto de regras e metodologias aprovadas pela Administração, cujo
objetivo último é a minimização do seu potencial impacto negativo no valor patrimonial e no desempenho da empresa.
Com este objetivo, toda a gestão é orientada em função de duas preocupações essenciais:
Reduzir, sempre que possível, flutuações nos resultados e cash flows sujeitos a situações de risco;
Limitar os desvios face aos resultados previsionais, através de um planeamento financeiro rigoroso;
Juros obtidos set-16 set-15
De depósitos 0 12
De financiamentos concedidos a associadas 0 7.588
De financiamentos a colaboradores 3.351 3.503
3.351 11.104
Outros rendimentos similares 23.861 55
27.212 11.159
45
A empresa não assume posições especulativas, pelo que geralmente as operações efetuadas no âmbito da gestão dos riscos financeiros têm por finalidade o controlo de riscos já existentes e aos quais a empresa se encontra exposta.
A Administração define princípios para a gestão do risco como um todo e as políticas que cobrem áreas específicas,
como o risco cambial, o risco de taxa de juro, o risco de liquidez, o risco de crédito e outros instrumentos financeiros não
derivados e o investimento do excesso de liquidez.
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a sua identificação, avaliação e cobertura - é conduzida pela Direção
Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Administração. A Direção Financeira avalia e realiza coberturas de
riscos financeiros em estrita cooperação com as unidades operacionais da empresa que dispõem de equipas
especializadas em termos de competência, experiência e supervisão.
30.1 Risco de mercado
a) Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro variar, devido
a alterações nas taxas de juro de mercado, alterando o valor patrimonial da empresa.
A empresa mitiga este risco utilizando a Siemens Financial Services.
b) Risco de taxa de câmbio
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor ou os fluxos de caixa de um instrumento financeiro variar em
resultados de alterações nas taxas de câmbio.
O carácter internacional da empresa obriga-a a estar exposta ao risco de taxa de câmbio das moedas de diferentes
países.
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta fundamentalmente das atividades operacionais com clientes e
fornecedores com moeda diferente do Euro.
O preço de alguns produtos no mercado mundial é tradicionalmente fixo em USD, pelo que a evolução do Euro face ao USD poderá ter um impacto nas vendas futuras da empresa, independentemente de essas vendas serem denominadas em euros ou noutra moeda;
Uma parte das vendas é denominada em moedas diferentes do euro, nomeadamente em USD entre outras com menor preponderância. Por esta via também a evolução do Euro face a estas moedas poderá ter um impacto significativo nas vendas futuras da empresa;
Uma vez concretizadas as vendas em moeda diferente do Euro, a empresa incorre em risco cambial até ao recebimento dos montantes das venda pelo que existe permanentemente no ativo da empresa um montante significativo de créditos a receber expostos a risco cambial (caso a empresa não contrate instrumentos de cobertura de risco cambial);
A variação das taxas de câmbio que afeta a exposição ao risco de taxa de câmbio é a indicada no quadro seguinte.
Quando se afigura oportuno, a empresa recorre à utilização de instrumentos financeiros para a gestão do risco cambial,
de acordo com uma política definida periodicamente pela Administração e que tem como objetivo limitar o risco de
exposição cambial associado às vendas futuras, aos créditos a receber denominados em moedas diferentes do Euro.
Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas de câmbio que se destinem a cobrir riscos de posições já existentes
ou contratadas e os termos da cobertura são negociados de forma a serem condizentes com os termos do instrumento
coberto de forma a maximizar a eficácia da cobertura.
46
Os ativos e os passivos registados em moeda estrangeira são valorizados à taxa de câmbio da data do balanço.
set-16 set-15
USD 1,1161 1,1203
SEK 9,621 9,4083
GBP 0.8610 0,7385
CHF 1,0876 1,0915
MOP 8,9148 8,9398
NOK 8,9865 9,5245
DKK 7,4513 7,4598
CAD 1,469 1,5034
ZAR 15,5238 15,4984
JPY 113,09 134,69
AED 4,0993 4,1146
BHD 0.4208 0,423
ILS 4,1996 4,4001
MZN 87,9264 47,5231
30.2 Risco de crédito
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instrumento financeiro
originando uma perda.
A empresa encontra-se sujeita a risco de crédito no que concerne às seguintes atividades:
Atividade operacional - Clientes e outras contas a receber.
Atividades de investimento - Depósitos na Siemens Financial Services;
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e outras contas a receber é efetuada da seguinte forma:
Seguindo políticas, procedimentos e controlos estabelecidos pela empresa para cada unidade operacional;
Os limites de crédito são estabelecidos para todos os clientes com base em critérios de avaliação interna;
A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com base em notações de crédito fornecidas por empresas especializadas externas à empresa;
Os valores em dívida são regularmente monitorizados e os fornecimentos para os clientes mais significativos estão normalmente cobertos por garantias;
A empresa tem em vigor um contrato denominado Siemens Credit Warehouse mediante o qual cede os créditos.
A antiguidade de clientes é a indicada na nota 14.
Dado que, conforme descrito anteriormente a Administração considera que a exposição efetiva da empresa ao risco de
crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
31 — Acontecimentos após a data do balanço
Até à data de conclusão deste relatório não ocorreram fatos significativos que não se encontrem refletidos nas
Demonstrações Financeiras.
32 — Divulgações exigidas por diplomas legais
32.1 Divulgação exigida pelo nº 1 do art. 66º – A do CSC
Não existem operações não incluídas no Balanço pelo que não há lugar à divulgação da respetiva natureza, objetivo
comercial, impacte financeiro ou riscos e benefícios.
47
Certificação Legal das Contas Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de
Siemens, S.A., as quais compreendem o Balanço em 30 de
setembro de 2016 (que evidencia um total de 217.821.639
Euros e um total de capital próprio de 104.849.737 Euros,
incluindo um resultado líquido de 5.660.846 Euros), a
Demonstração dos Resultados por Naturezas, a
Demonstração das Alterações no Capital Próprio e a
Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo
naquela data, e o Anexo.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a
preparação de demonstrações financeiras que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira da
Empresa, o resultado das suas operações, as alterações no
seu capital próprio e os seus fluxos de caixa, bem como a
adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma
opinião profissional e independente, baseada no nosso
exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efetuado de acordo com as
Normas Técnicas e Diretrizes de Revisão/Auditoria da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem
que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de
obter um grau de segurança aceitável sobre se as
demonstrações financeiras estão isentas de distorções
materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluiu:
• a verificação, numa base de amostragem, do suporte das
quantias e divulgações constante das demonstrações
financeiras e
a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios
definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua
preparação;
• a apreciação sobre se são adequadas as políticas adotadas e
a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
• a verificação da aplicabilidade do princípio da
continuidade; e
• a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a
apresentação das demonstrações financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da
concordância da informação Financeira constante do
Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma
base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas
apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
aspetos materialmente relevantes, a posição financeira de
Siemens, S.A., em 30 de Setembro de 2015, o resultado das
suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus
fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em
conformidade com os princípios contabilísticos aceites em
Portugal.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação financeira
constante do Relatório de Gestão é concordante com as
demonstrações financeiras do exercício.
Lisboa, 21 de novembro de 2016
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por
Ricardo Filipe de Frias Pinheiro (ROC nº 739)
104 Balanço | Demonstração de resultados 2015
48
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Exmos. Senhores Accionistas,
Em conformidade com o disposto na alínea g) do número 1
do artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais,
cumpre-nos, na qualidade de membros do Conselho Fiscal
da Siemens, S.A., apresentar o Relatório e Parecer sobre o
Relatório de Gestão, contas e proposta de aplicação de
resultados, apresentadas pelo Conselho de Administração
da Sociedade, relativamente ao exercício findo em 30 de
Setembro de 2016.
Através de reuniões e outros contatos com o Conselho de
Administração, bem como pelos esclarecimentos e diversas
informações recolhidas junto dos serviços competentes, o
Conselho Fiscal informou-se acerca da atividade da
Sociedade e da gestão dos negócios desenvolvida no
exercício findo em 30 de Setembro de 2016.
Procedeu também à verificação da informação financeira
produzida ao longo do ano, efetuando as análises julgadas
convenientes. Comprovámos igualmente a adequação das
políticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos
adotados.
Após o encerramento das contas, o Conselho Fiscal
apreciou o Relatório de Gestão elaborado pelo Conselho de
Administração, que traduz apropriadamente a atividade
desenvolvida neste exercício e a evolução previsível dos
negócios da Sociedade, bem como as demonstrações
financeiras apresentadas, que compreendem o Balanço, a
Demonstração dos resultados por naturezas, a
Demonstração de fluxos de caixa, a Demonstração das
alterações no capital próprio e o Anexo às Demonstrações
Financeiras.
O Conselho Fiscal verificou a observância da Lei e dos
estatutos da sociedade e concluiu também que as contas do
exercício satisfazem as disposições legais aplicáveis, tendo
levado em devida conta as contingências fiscais verificadas
no decurso do ano.
Finalmente, depois de ter sido elucidado pela Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas do trabalho realizado pela
mesma e das suas principais conclusões no âmbito da
revisão efetuada, tomou conhecimento da Certificação
Legal das Contas sem reservas e com cujo teor concorda.
Em resultado do trabalho desenvolvido e tendo em
consideração os documentos referidos no parágrafo
anterior, somos de Parecer que a Assembleia Geral Anual
da Sociedade aprove:
a) O Relatório de Gestão e as Demonstrações
Financeiras referentes ao exercício findo em 30 de
Setembro de 2016 e,
b) A Proposta de aplicação de resultados contida no
mencionado Relatório de Gestão.
Por último, propomos um voto de louvor ao Conselho de
Administração pela eficiência demonstrada no desempenho
das suas funções, bem como aos Diretores e demais
pessoal da Sociedade pela dedicação e resultados
alcançados no exercício.
Amadora, 22 de Novembro de 2016
O Conselho Fiscal
António Vitorino, Presidente
Franz Kiener, Vogal
José Rodrigo de Castro, Vogal
49
Siemens, S.A. Situação em Janeiro de 2017 Assembleia Geral: José Luís Fazenda Arnaut Duarte Presidente da Mesa Marta Maria Reynaud Pinto Leite de Areia Patrícia da Silva Campos Afonso Secretárias Conselho Fiscal: António Manuel de Carvalho Ferreira Vitorino Presidente José Rodrigo de Castro Vogal Franz Josef Kiener Vogal José Silva Jorge Suplente Revisor Oficial de Contas: Ernst & Young Audit & Associados - S.R.O.C., S.A. Representada por Ricardo Filipe de Frias Pinheiro Conselho de Administração: Miguel Angel López Borrego Presidente Pedro Miguel Pires de Miranda Administrador Delegado Peter Erhard Händel Vogal Dados adicionais sobre o Conselho de Administração: ⟩ Prazo de duração dos mandatos: 2 anos. ⟩ Datas da primeira eleição dos actuais membros do Conselho de Administração Miguel Angel López Borrego: 20/12/2013 Pedro Miguel Pires de Miranda: 19/12/2016 Peter Erhard Händel: 31/03/2015
50
Tel.: +351 214 204 200
Contactos Sede Rua Irmãos Siemens, 1 2720-093 Amadora Tel.: +351 214 178 000 www.siemens.pt E-mail: [email protected] Região Norte Av. Mário Brito, n.º 3570 – Freixieiro 4455-491 Perafi ta Tel.: +351 229 992 000 Fábrica de Quadros Eléctricos Quinta da Princesa Av. 25 de Abril, n.º 201 2845-547 Amora Tel.: +351 212 557 201 Bosch Siemens Household Rua do Alto do Montijo, n.º 15 2790-012 Carnaxide Tel.: +351 214 250 600 www.siemens-home.pt E-mail: [email protected] SPPAL: Edifício Restelo XXI Av. Ilha da Madeira, n.º 35 - 4º Piso 1400-023 Lisboa
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