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RELATÓRIOS E CONTAS EXERCÍCIO DE 2002 Sociedade Aberta Sede: R. Ribeiro Sanches, 65 - LISBOA Capital realizado: 72.000.000 €uros Cons. Reg. Com. de Lisboa - Matrícula Nº 1 519 Pessoa Colectiva Nº 502 437 464

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RELATÓRIOS E CONTAS EXERCÍCIO DE 2002

Sociedade Aberta Sede: R. Ribeiro Sanches, 65 - LISBOA

Capital realizado: 72.000.000 €uros Cons. Reg. Com. de Lisboa - Matrícula Nº 1 519

Pessoa Colectiva Nº 502 437 464

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RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2002

Senhores Accionistas 1 - A degradação do ambiente macro-económico ao longo de 2002, quer no panorama nacional quer no internacional, a par da retracção do consumo privado, teve efeitos negativos na actividade da comunicação social, que tem como principal receita a publicidade. Deste modo, a IMPRESA foi afectada pela quebra do investimento publicitário total em Portugal, que, no exercício em análise, apresentou uma queda de 9,1%, afectando todas as áreas de negócio. O exercício de 2002 foi marcado por um enorme esforço de redução de custos, na tentativa de compensar o impacto resultante da descida de receitas. De referir que, em termos de aquisições de participações, no final do exercício de 2002, a IMPRESA, em parceria com a Edipresse, adquiriu, por um montante 23 milhões de euros, os 33,33% detidos, indirectamente, pelo grupo Abril na sociedade Abril-Controljornal – Editora, Lda., aumentando, desta forma, a sua participação indirecta, de 33,33% para 50%, no capital daquela editora. Já no início de 2003 a Abril-Controljornal passou a designar-se Edimpresa. De referir, ainda, que, no final do primeiro semestre de 2002, foi concluído o processo de concentração da VASP com a Deltapress, no seguimento do qual a IMPRESA reduziu a sua participação de 50% para 33,33%. Para além do exposto, e tal como nos anos anteriores, passamos a indicar os factos de maior destaque ocorridos nas empresas do Grupo IMPRESA. Assim: Na área da Televisão

• a manutenção, pela SIC generalista, da liderança no mercado de televisão em termos de média anual de audiências, continuando, assim, como o canal mais visto em cada ano, desde 1995;

• o êxito dos canais temáticos da SIC, que, com 24,1 % da audiência total, são uma referência entre os canais de cabo, com especial destaque para a SIC Notícias que continuou a ser o canal temático mais visto da TV Cabo, com uma audiência média de

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14,9%, representando uma média total de 1.350.000 telespectadores, o que significa uma captação de mais 300.000 telespectadores do que em 2001, para a SIC Radical que se conseguiu estabelecer como líder incontestado no segmento dos 15 aos 24 anos, e para a SIC Gold que terminou o ano em 9º lugar de entre os canais temáticos da TVCabo, à frente de canais como o Odisseia, Eurosport, MTV e História;

• a manutenção e reforço da SIC Internacional junto das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo, através da renegociação dos acordos de distribuição na Europa, nomeadamente, em França, na Suíça e no Luxemburgo, da renegociação dos acordos de distribuição nos EUA, onde solidificou a sua presença através do crescimento no sistema DTH, e no Canadá, a continuação da distribuição em África, nomeadamente, em Angola, Moçambique e África do Sul, através da plataforma digital Multichoice, e, finalmente, a continuação da distribuição na Austrália e na Nova Zelândia, com possibilidade de abranger também Timor e Macau, através da plataforma digital TARBS;

• o bom desempenho das restantes empresas do “grupo” SIC. Na área da Imprensa

• na SOJORNAL, o excelente comportamento do jornal Expresso que registou, em 2002, o seu segundo melhor ano de sempre em circulação;

• igualmente na SOJORNAL, o lançamento de várias iniciativas, que irão marcar os próximos anos do Expresso, nomeadamente, a edição das primeiras revistas “extra”, moda e vinhos, o lançamento do primeiro Anuário Expresso, o lançamento do primeiro “Livro da Boa Cama e Boa Mesa, o lançamento do livro “Dicionário Político à Portuguesa” de José António Saraiva que inaugurou o que se espera venha a ser o início da edição de títulos de autores “da casa” a lançar sob a chancela do Expresso, e, finalmente o lançamento de outras iniciativas, como o Mapa de Portugal, o Guia dos Impostos, o Guia dos Museus e o coleccionável Rotas dos Castelos de Portugal;

• ainda na SOJORNAL, a alienação do seu edifício situado na Rua Duque de Palmela, bem como à permuta, com a Câmara Municipal de Lisboa, do edifício que possuía na Travessa do Poço da Cidade, por dois lotes de terreno no Alto da Belavista;

• finalmente, na SOJORNAL, a reformulação gráfica do Cartaz, no último trimestre, que permitiu importantes poupanças em termos de custos de produção, e que abriu caminho ao nascimento, já em 2003, do novo caderno de cultura com a designação “Actual”;

• na PUBLIREGIÕES, a efectivação de uma profunda reestruturação, com o encerramento de 2 edições em Lisboa, e, em Junho, das 3 edições do Norte (Porto, Matosinhos e Braga);

• na MEDIPRESS, um aumento do número de assinantes do jornal Blitz;

• na MEDIGER, editora do jornal Autosport, semanário automóvel que celebrou, em 2002, os seus 25 anos de existência, o reflexo da crise em que o sector automóvel se encontra mergulhado, pelo terceiro ano consecutivo, agravado pelo facto de o desporto motorizado não ter constituído grande motor de venda, uma vez que o campeonato de

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Fórmula 1 ficou praticamente decidido em Julho e o campeonato Mundial de Ralis perdeu interesse interno, pelo afastamento do Rali de Portugal;

• na PUBLISURF, a continuação de aumento de circulação da sua revista SurfPortugal;

• na CINFORMA, a consolidação da sua actuação enquanto empresa prestadora de serviços de pré-press aos jornais do grupo IMPRESA – Expresso, Blitz, Jornal da Região e AutoSport – e também a outros editores externos ao grupo, nomeadamente O Jogo, e diversos títulos clientes da Imprejornal;

• na IMPREJORNAL, a diminuição generalizada no número médio de páginas impressas, e ,por parte de alguns editores, a redução das suas tiragens;

• ainda na IMPREJORNAL, os investimentos efectuados, sendo de realçar a grande intervenção na rotativa, levada a cabo durante o mês de Agosto, sem afectar a produção normal da empresa;

• na ABRIL-CONTROLJORNAL, novo recorde de vendas da VISÃO, que ultrapassou a barreira dos 110 mil exemplares, tendo contribuído, para este nível de vendas, o sucesso do lançamento do Guia das Praias, durante os meses de Verão;

• de referir, ainda na ABRIL-CONTROLJORNAL, o relançamento da Cosmopolitan, que atingiu um novo recorde de vendas, o crescimento das vendas da Activa, que ultrapassou a barreira dos 80 mil exemplares, registando o segundo melhor ano de sempre, e a grande recuperação, principalmente no 2º semestre, da Exame Informática.

Noutras áreas de intervenção da IMPRESA

• na VASP, o crescimento de 55,3% nas receitas, fruto, não só do impacto da concentração da actividade no último trimestre, mas, também do aumento generalizado de venda dos títulos anteriormente distribuídos e da conquista de novos editores;

• na PORTAIS VERTICAIS.COM, onde a IMPRESA participa nos portais CasaGlobal e Exit, a decisão de suspender a actividade do primeiro daqueles portais, reduzindo todos os seus custos ao mínimo possível, até surgir um melhor timing para o seu relançamento no mercado;

• na LUSA, a reestruturação da sua actividade, o que lhe permitirá reduzir a sua estrutura de custos para os próximos anos.

2 - Para 2003 prevê-se: Na área da Televisão

• um ano de apostas da SIC, nomeadamente, a venda de publicidade regional, o lançamento já efectuado, no passado dia 8 de Março, de um novo canal temático − SIC Mulher, e o início de actividade da SIC Indoor;

• o lançamento, também já efectuado no início do ano, do serviço de teletexto;

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• a manutenção, quanto à SIC generalista, do ”power-ratio” (“share” do mercado publicitário/”share” de audiências) e implementação da redução da comissão de agência de 15% para 11,5%, no sentido da obtenção de uma melhor performance das receitas líquidas;

• uma estratégia de programação que passa por criar uma linha de produção de ficção nacional, definida em função dos públicos alvo, com vista à manutenção e reforço da liderança global das audiências obtida em 2002 e à melhoria dos resultados no horário nobre.

Na área da Imprensa

• um aumento do resultado e das margens operacionais da SOJORNAL, apesar da manutenção do fraco investimento publicitário, compensado, no entanto, com a descida do preço de papel, as reformulações editoriais, de que importa salientar o nascimento da “Única”, resultante da fusão entre a Revista e o caderno Vidas, e o aumento do preço de capa para 2,9 euros;

• a mudança da SOJORNAL para novas instalações no Edifício S. Francisco de Sales, em Paço de Arcos, já efectuada no corrente mês de Março;

• na PUBLIREGIÕES, o reforço do controle de custos e tentativa de encontrar novas formas de gerar proveitos, por forma a contrariar a quebra do mercado publicitário, em particular naqueles segmentos em que o Jornal da Região se posiciona, nomeadamente, emprego, imobiliário e comércio local, a par da crescente concorrência dos jornais diários na área dos classificados;

• na MEDIPRESS, o desenvolvimento de acções que permitam captar maior investimento publicitário e patrocínios, como o relançamento do Prémio de Música, aumentar a circulação e continuar com o processo de redução de custos;

• na MEDIGER, a possibilidade de encontrar parceiros que permitam lançar novas iniciativas, como reacção para inverter a situação actual, apesar da esperada continuidade da crise do sector automóvel;

• na PUBLISURF, a manutenção do objectivo primordial de aumentar a circulação e a notoriedade da sua publicação SurfPortugal e esperar a retoma do mercado publicitário;

• na CINFORMA, considerando as reduções de estrutura ocorridas, projecta-se uma exploração equilibrada, apesar do esperado contexto de mercado difícil;

• na IMPREJORNAL, a manutenção dos actuais clientes, embora se preveja uma redução das tiragens por parte de alguns deles, e o incremento de acções comerciais, na perspectiva de angariação de novos clientes, como forma de compensar uma eventual quebra de produção;

• na EDIMPRESA, nova designação da ABRIL-CONTROLJORNAL, a continuação da subida do resultado e das margens operacionais, fruto de um aumento das receitas, resultante da manutenção da dinâmica actual, conjugada com um controlo de custos e a descida do preço do papel, apesar da prevista conjuntura adversa no mercado publicitário.

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Noutras áreas de intervenção da IMPRESA

• neste conjunto de empresas, que as medidas tomadas em 2002 venham permitir uma melhoria dos seus resultados, principalmente com o regresso da Vasp aos resultados positivos.

3 - Os nossos agradecimentos ao Conselho Fiscal, pela sua colaboração durante o exercício findo. 4 - O Conselho de Administração agradece, também aos bancos, Caixa Geral de Depósitos, Caixa Banco de Investimento, Banco Totta & Açores, Banco Comercial Português, Banco Português de Investimento, Deutsche Bank, Banco Espírito Santo e Banco Espírito Santo de Investimento, a colaboração prestada. 5 - Para o resultado líquido negativo de 27.965.188 €uros, propõe-se a sua transferência para a conta de Resultados Transitados. Lisboa, 17 de Março 2003

O Conselho de Administração

Francisco José Pereira Pinto Balsemão Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos

Alexandre de Azeredo Vaz Pinto Fernando Maria Costa Duarte Ulrich

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão

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ANEXO A QUE SE REFERE O ARTº 447º DO C.S.C. (Acções detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade)

Acções

Membros do Conselho de Administração Detidas em 31.12.01

Adquiridas Transmitidas Detidas em 31.12.02

Francisco José Pereira Pinto de Balsemão 986.279 0 0 986.279

Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos 35.707 0 0 35.707

Alexandre de Azeredo Vaz Pinto 60 0 0 60

Fernando Maria Costa Duarte Ulrich 60 0 0 60

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão 3.403 0 0 3.403

Francisco José Pereira Pinto de Balsemão – Na IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, sociedade que se encontra em relação de domínio com a IMPRESA, detinha, em 31.12.01, 1.587.960 acções; vendeu, em 11.06.02, 27.405 acções, ao preço de € 5,00, cada uma, pelo que, em 31.12.02, detinha 1.560.555 acções. Na SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA, sociedade com a qual a IMPRESA se encontra em relação de domínio, detinha, em 31.12.01, 49.411 acções; adquiriu 9.870 acções, ao preço de € 5,00, no aumento de capital realizado em 16.12.02, pelo que, em 31.12.02, detinha 59.281 acções. Sua mulher, Maria Mercedes Aliú Presas Pinto de Balsemão, detinha, em 31.12.01, 784 acções da IMPRESA; posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02. Na IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, sociedade que se encontra em relação de domínio com a IMPRESA, detinha, em 31.12.01, 2.295 acções, posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02. A Companhia de Seguros Allianz Portugal, S.A., de que é Administrador, detinha, em 31.12.01, 48.359 acções. Comprou, em 24.01.02, 10.000 acções, ao preço de € 2,20, cada uma; comprou, em 07.05.02, 5.000 acções, ao preço de € 2,43, cada uma; comprou, em 17.05.02, 10.000 acções, ao preço de € 2,78, cada uma; comprou, em 20.05.02, 10.000 acções, ao preço de € 2,70, cada uma; comprou, em 03.06.02, 7.215 acções, ao preço de € 2,74, cada uma; comprou, em 04.06.02, 5.000 acções, ao preço de € 2,70, cada uma; comprou, em 07.06.02, 3.000 acções, ao preço de € 2,58, cada uma. Vendeu, em 08.01.02, 10.000 acções, ao preço de € 2,30, cada uma; vendeu, em 24.01.02, 10.000 acções, ao preço de € 2,26, cada uma; vendeu, em 14.03.02, 20.000 acções, ao preço de € 2,08, cada uma; vendeu, em 15.03.02, 18.359 acções, ao preço de € 2,08, cada uma; vendeu, em 09.05.02, 5.000 acções, ao preço de € 2,90, cada uma; vendeu, em 26.08.02, 35.215 acções, ao preço de € 2,35, cada uma; em 31.12.02, não detinha qualquer acção. A IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, de que é Presidente do Conselho de Administração, detinha, em 31.12.01, 36.557.372 acções, posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02. A Sociedade Francisco Pinto Balsemão, Lda., de que é Gerente, detinha, em 31.12.01, 60 acções, posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02. Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos – Não fez nenhuma aquisição/alienação em 2002. Na IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, sociedade que se encontra em relação de domínio com a IMPRESA, detinha, em 31.12.01, 9.180 acções, posição que, por não ter tido qualquer aquisição ou alienação em 2002, se mantinha igual em 31.12.02. A IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA, de que é Vice-Presidente do Conselho de Administração, detinha, em 31.12.01, 36.557.372 acções, posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02. Alexandre de Azeredo Vaz Pinto – Não fez nenhuma aquisição/alienação em 2002. Fernando Maria Costa Duarte Ulrich – Sua mulher, Isabel Diana Ulrich, detinha, em 31.12.01, 60 acções da IMPRESA; posição que por não ter tido qualquer aquisição ou alienação no ano de 2002, se mantinha igual em 31.12.02.O Banco Português de Investimento, SA, de que é Vice-Presidente do Conselho de Administração, comprou, em 04.01.02, 595 acções, ao preço de € 2,35, cada uma; comprou, em 07.01.02, 2.856 acções, ao preço de € 2,31, cada uma; comprou, em 08.01.02, 1.190 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; comprou, em 09.01.02, 119 acções, ao preço de € 2,31, cada uma; comprou, em 15.01.02, 238 acções, ao preço de € 2,23, cada uma; comprou, em 16.01.02, 119 acções, ao preço de € 2,22, cada uma; comprou, em 17.01.02, 357 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; comprou, em 18.01.02, 476 acções, ao preço de € 2,28, cada uma; comprou, em 23.01.02, 595 acções, ao preço de € 2,29, cada uma; comprou, em 24.01.02, 1.904

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acções, ao preço de € 2,20, cada uma; comprou, em 28.01.02, 238 acções, ao preço de € 2,18, cada uma; comprou, em 29.01.02, 833 acções, ao preço de € 2,17, cada uma; comprou, em 30.01.02, 833 acções, ao preço de € 2,14, cada uma; comprou, em 31.01.02, 595 acções, ao preço de € 2,17, cada uma; comprou, em 07.02.02, 560 acções, ao preço de € 1,83, cada uma; comprou, em 18.02.02, 3.751 acções, ao preço de € 1,86, cada uma; comprou, em 19.02.02, 968 acções, ao preço de € 1,86, cada uma; comprou, em 20.02.02, 5.203 acções, ao preço de € 1,94, cada uma; comprou, em 21.02.02, 484 acções, ao preço de € 1,96, cada uma; comprou, em 22.02.02, 121 acções, ao preço de € 1,95, cada uma; comprou, em 01.03.02, 605 acções, ao preço de € 1,96, cada uma; comprou, em 04.03.02, 2.783 acções, ao preço de € 2,06, cada uma; comprou, em 05.03.02, 363 acções, ao preço de € 2,10, cada uma; comprou, em 07.03.02, 30.000 acções, ao preço de € 2,20, cada uma; comprou, em 11.03.02, 1.620 acções, ao preço de € 2,15, cada uma; comprou, em 13.03.02, 2.057 acções, ao preço de € 2,07, cada uma; comprou, em 15.03.02, 150.000 acções, ao preço de € 2,13, cada uma; comprou, em 20.03.02, 17.523 acções, ao preço de € 2,14, cada uma; comprou, em 28.03.02, 23.100 acções, ao preço de € 2,27, cada uma; comprou, em 02.05.02, 600 acções, ao preço de € 2,52, cada uma; comprou, em 08.05.02, 120 acções, ao preço de € 2,61, cada uma; comprou, em 21.05.02, 7.500 acções, ao preço de € 2,67, cada uma; comprou, em 22.05.02, 360 acções, ao preço de € 2,69, cada uma; comprou, em 23.05.02, 20.720 acções, ao preço de € 2,80, cada uma; comprou, em 07.06.02, 100 acções, ao preço de € 2,60, cada uma; comprou, em 11.06.02, 2.309 acções, ao preço de € 2,54, cada uma; comprou, em 12.06.02, 480 acções, ao preço de € 2,59, cada uma; comprou, em 13.06.02, 6.240 acções, ao preço de € 2,52, cada uma; comprou, em 17.06.02, 3.080 acções, ao preço de € 2,47, cada uma; comprou, em 19.06.02, 480 acções, ao preço de € 2,51, cada uma; comprou, em 27.06.02, 120 acções, ao preço de € 2,50, cada uma; comprou, em 28.06.02, 360 acções, ao preço de € 2,53, cada uma; comprou, em 03.07.02, 330 acções, ao preço de € 2,40, cada uma; comprou, em 04.07.02, 110 acções, ao preço de € 2,38, cada uma; comprou, em 05.07.02, 220 acções, ao preço de € 2,40, cada uma; comprou, em 08.07.02, 440 acções, ao preço de € 2,42, cada uma; comprou, em 09.07.02, 220 acções, ao preço de € 2,40, cada uma; comprou, em 15.07.02, 330 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; comprou, em 17.07.02, 550 acções, ao preço de € 2,37, cada uma; comprou, em 18.07.02, 1.650 acções, ao preço de € 2,42, cada uma; comprou, em 23.07.02, 440 acções, ao preço de € 2,39, cada uma; comprou, em 24.07.02, 550 acções, ao preço de € 2,30, cada uma; comprou, em 06.08.02, 318 acções, ao preço de € 2,30, cada uma; comprou, em 08.08.02, 424 acções, ao preço de € 2,29, cada uma; comprou, em 09.08.02, 318 acções, ao preço de € 2,27, cada uma; comprou, em 13.08.02, 2.332 acções, ao preço de € 2,27, cada uma; comprou, em 21.08.02, 636 acções, ao preço de € 2,31, cada uma; comprou, em 22.08.02, 424 acções, ao preço de € 2,35, cada uma; comprou, em 27.08.02, 1.060 acções, ao preço de € 2,36, cada uma; comprou, em 28.08.02, 530 acções, ao preço de € 2,34, cada uma; comprou, em 16.09.02, 424 acções, ao preço de € 1,86, cada uma; comprou, em 17.09.02, 3.286 acções, ao preço de € 1,82, cada uma; comprou, em 18.09.02, 636 acções, ao preço de € 1,80, cada uma; comprou, em 19.09.02, 106 acções, ao preço de € 1,83, cada uma; comprou, em 23.09.02, 10.424 acções, ao preço de € 1,83, cada uma; comprou, em 25.09.02, 212 acções, ao preço de € 1,77, cada uma; comprou, em 21.10.02, 210 acções, ao preço de € 1,58, cada uma; comprou, em 22.10.02, 210 acções, ao preço de € 1,59, cada uma; comprou, em 23.10.02, 3.675 acções, ao preço de € 1,55, cada uma; comprou, em 28.10.02, 105 acções, ao preço de € 1,66, cada uma; comprou, em 31.10.02, 1.050 acções, ao preço de € 1,61, cada uma; comprou, em 12.11.02, 735 acções, ao preço de € 1,55, cada uma; comprou, em 13.11.02, 2.625 acções, ao preço de € 1,52, cada uma; comprou, em 14.11.02, 315 acções, ao preço de € 1,51, cada uma; comprou, em 21.11.02, 38.652 acções, ao preço de € 1,59, cada uma; comprou, em 22.11.02, 11.873 acções, ao preço de € 1,57, cada uma; comprou, em 02.12.02, 1.155 acções, ao preço de € 1,84, cada uma; comprou, em 03.12.02, 105 acções, ao preço de € 1,89, cada uma; comprou, em 05.12.02, 525 acções, ao preço de € 1,92, cada uma; comprou, em 06.12.02, 1.260 acções, ao preço de € 1,95, cada uma. Vendeu, em 08.01.02, 16 acções, ao preço de € 2,31, cada uma; vendeu, em 10.01.02, 238 acções, ao preço de € 2,30, cada uma; vendeu, em 11.01.02, 3.213 acções, ao preço de € 2,28, cada uma; vendeu, em 14.01.02, 1.190 acções, ao preço de € 2,24, cada uma; vendeu, em 23.01.02, 357 acções, ao preço de € 2,28, cada uma; vendeu, em 01.02.02, 1.190 acções, ao preço de € 2,06, cada uma; vendeu, em 04.02.02, 1.547 acções, ao preço de € 1,98, cada uma; vendeu, em 05.02.02, 714 acções, ao preço de € 1,93, cada uma; vendeu, em 06.02.02, 4.719 acções, ao preço de € 1,91, cada uma; vendeu, em 08.02.02, 1.210 acções, ao preço de € 1,89, cada uma; vendeu, em 14.02.02, 121 acções, ao preço de € 1,84, cada uma; vendeu, em 22.02.02, 605 acções, ao preço de € 1,92, cada uma; vendeu, em 28.02.02, 242 acções, ao preço de € 1,90, cada uma; vendeu, em 07.03.02, 42.221 acções, ao preço de € 2,22, cada uma; vendeu, em 11.03.02, 1.983 acções, ao preço de € 2,17, cada uma; vendeu, em 12.03.02, 484 acções, ao preço de € 2,06, cada uma; vendeu, em 13.03.02, 242 acções, ao preço de € 2,06, cada uma; vendeu, em 18.03.02, 150.000 acções, ao preço de € 2,22, cada uma; vendeu, em 20.03.02, 17.523 acções, ao preço de € 2,16, cada uma; vendeu, em 04.04.02, 968 acções, ao preço de € 2,26, cada uma; vendeu, em 09.04.02, 363 acções, ao preço de € 2,40, cada uma; vendeu, em 10.04.02, 1.452 acções, ao preço de € 2,38, cada uma; vendeu, em 11.04.02, 23.100 acções, ao preço de € 2,43, cada uma; vendeu, em 30.04.02, 225 acções, ao preço de € 2,53, cada uma; vendeu, em 15.05.02, 1.320 acções, ao preço de € 2,70, cada uma; vendeu, em 16.05.02, 120 acções, ao preço de € 2,82, cada uma; vendeu, em 21.05.02, 8.100 acções, ao preço de € 2,67, cada uma; vendeu, em 31.05.02, 360 acções, ao preço de € 2,77, cada uma; vendeu, em 03.06.02, 1.920 acções, ao preço de € 2,73, cada uma; vendeu, em 04.06.02, 960 acções, ao preço de € 2,71, cada uma; vendeu, em 05.06.02, 120 acções, ao preço de € 2,70, cada uma; vendeu, em 07.06.02, 100 acções, ao preço de € 2,58, cada uma; vendeu, em 14.06.02, 3.240 acções, ao preço de € 2,44, cada uma; vendeu, em 20.06.02, 480 acções, ao preço de € 2,52, cada uma; vendeu, em 28.06.02, 1.870 acções, ao preço de € 2,50, cada uma; vendeu, em 02.07.02, 30.639 acções, ao preço de € 2,48, cada uma; vendeu, em 03.07.02, 550 acções, ao preço de € 2,36, cada uma; vendeu, em 09.07.02, 1.320 acções, ao preço de € 2,39, cada uma; vendeu, em 15.07.02, 110 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; vendeu, em 25.07.02, 1.158 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; vendeu, em 31.07.02, 848 acções, ao preço de € 2,33, cada uma; vendeu, em 01.08.02, 106 acções, ao preço de € 2,34, cada uma; vendeu, em 13.08.02, 318 acções, ao preço de € 2,26, cada uma; vendeu, em 16.08.02, 106 acções, ao preço de € 2,26, cada uma; vendeu, em 03.09.02, 106 acções, ao preço de € 2,16, cada uma; vendeu, em 05.09.02, 106 acções, ao preço de € 2,06, cada uma; vendeu, em 06.09.02, 106 acções, ao preço de € 2,04, cada uma; vendeu, em 18.09.02, 10.000 acções, ao preço de € 1,80, cada uma; vendeu, em 27.09.02, 4.982 acções, ao preço de € 1,75, cada uma; vendeu, em 01.10.02, 636 acções, ao preço de € 1,70, cada uma; vendeu, em 02.10.02, 2.650 acções, ao preço de € 1,68, cada uma; vendeu, em 09.10.02, 1.590 acções, ao preço de € 1,49, cada uma; vendeu, em 10.10.02, 106 acções, ao preço de € 1,45, cada uma; vendeu, em 11.10.02, 212 acções, ao preço de € 1,49, cada uma; vendeu, em 15.10.02, 1.166 acções, ao preço de € 1,52, cada uma; vendeu, em 17.10.02, 189 acções, ao preço de € 1,61, cada uma; vendeu, em 24.10.02, 105 acções, ao preço de € 1,55, cada uma; vendeu, em 28.10.02, 2.730 acções, ao preço de € 1,63, cada uma; vendeu, em 30.10.02, 840 acções, ao preço de € 1,64, cada uma; vendeu, em 05.11.02, 3.045 acções, ao preço de € 1,60, cada uma; vendeu, em 06.11.02, 315 acções, ao preço de € 1,61, cada uma; vendeu, em 07.11.02, 210 acções, ao preço de € 1,60, cada uma; vendeu, em 08.11.02, 210 acções, ao preço de € 1,58, cada uma; vendeu, em 11.11.02, 525 acções, ao preço de € 1,56, cada uma; vendeu, em 21.11.02, 2.205 acções, ao preço de € 1,59, cada uma; vendeu, em 26.11.02, 50.315 acções, ao preço de €

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1,54, cada uma; vendeu, em 03.12.02, 210 acções, ao preço de € 1,87, cada uma; vendeu, em 05.12.02, 105 acções, ao preço de € 1,94, cada uma; vendeu, em 17.12.02, 210 acções, ao preço de € 1,86, cada uma; vendeu, em 19.12.02, 1.365 acções, ao preço de € 1,85, cada uma; vendeu, em 27.12.02, 210 acções, ao preço de € 1,83, cada uma; vendeu, em 30.12.02, 10.000 acções, ao preço de € 1,94, cada uma. Francisco Maria Supico Pinto Balsemão – Não fez nenhuma aquisição/alienação em 2002. Acções

Membros do Conselho Fiscal Detidas em 31.12.01

Adquiridas Transmitidas Detidas em 31.12.02

Maria do Carmo Pinto de Ruella Ramos 350 0 0 350

Freire, Loureiro e Associados (SROC) 0 0 0 0

António Dias e Associados (SROC) 0 0 0 0

Maria do Carmo Pinto de Ruella Ramos – Não fez nenhuma aquisição/alienação em 2002.

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ANEXO A QUE SE REFERE O ARTº 448º DO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

(Com referência a 31 de Dezembro de 2002)

Com mais de 1/2 do capital

Titular Quantidade de Acções Detidas

IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA 36.557.372 acções

Com mais de 1/10 e menos de 1/3 do capital

Titular Quantidade de Acções Detidas

BANCO BPI, SA 10.014.290 acções

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10LISTA DE TITULARES COM PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

A QUE SE REFERE A ALÍNEA E) DO ARTº 6º DO REGULAMENTO Nº 11/2000 DA C.M.V.M.

(Com referência a 31 de Dezembro de 2002)

Titular c/participação qualificada Quantidade de Acções Detidas

Percentagem de direitos de voto

IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

* Directamente * Através do Presidente do Conselho de Administração, Dr. * Francisco José Pereira Pinto de Balsemão * Através do Vice-Presidente do Conselho de Administração, * Engº Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos * Através do Administrador, Engº Francisco Maria Supico * Pinto Balsemão * Através da Presidente do Conselho Fiscal, Maria do * Carmo Pinto de Ruella Ramos

Total imputável

36.557.382

986.279

35.707

3.403 300

37.583.071

50,774%

1,370%

0,050%

0,005%

0,000%

52,199%

BANCO BPI, SA

* Através do Banco Português de Investimento, SA * Através do Banco BPI, SA * Através do BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento * Mobiliário, SA * Através do BPI Pensões – Sociedade Gestora de Fundos de * Pensões, SA * Através de clientes institucionais cuja carteira é gerida ao * abrigo de gestão discricionária * Através de clientes particulares cuja carteira é gerida ao * abrigo de gestão discricionária

Total imputável

310.816 7.380.687

45.790

2.266.423

10.514

60

10.014.290

0,431% 10,251%

0,064%

3,148%

0,015%

0,000%

13,909%

Banco Santander de Negócios Portugal, SA

* Através de fundos de investimento mobiliário geridos pelas * Santander – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento * Mobiliário, SA, e MC Fundos – Sociedade Gestora de * Fundos de Investimento Mobiliário, SA

Total imputável

1.812.939

1.812.939

2,518%

2,518%

AF Investimentos – Fundos Mobiliários SA

* Através do Fundo de Investimento Mobiliário AF PPA

Total imputável

1.534.819

1.534.819

2,132%

2,132%

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Anexo acerca do Cumprimento das Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas

(Com referência a 31 de Dezembro de 2002) A gestão e governo da IMPRESA – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA rege-se pelas normas constantes dos seus estatutos e demais legislação aplicável às sociedades. No que se refere às recomendações elaboradas pela Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) relativamente ao governo das sociedades cotadas em Bolsa, a IMPRESA encontra-se dentro dos parâmetros definidos, dando-se conta, em seguida, de alguns aspectos, para além dos já referidos no Relatório Consolidado de Gestão e respectivos anexos. Departamento de Relação com os Investidores A IMPRESA, com a admissão à Bolsa de Valores de Lisboa e Porto, criou o Departamento de Relação com Investidores, de modo a assegurar o relacionamento com os accionistas, os investidores e os analistas, para além da Euronext e da respectiva entidade reguladora – a CMVM. Este Departamento elabora comunicados sobre resultados trimestrais, semestrais e anuais, bem como sobre quaisquer factos relevantes que ocorram. Presta igualmente todo o tipo de esclarecimentos à comunidade financeira em geral. O Departamento de Relação com Investidores acompanha não só os investidores institucionais, como também os pequenos accionistas e investidores. O contacto pode ser feito através do serviço de e-mail disponível no site na internet (www.impresa.pt) no qual são também divulgados dados relevantes sobre a actividade do Grupo, tais como resultados, press releases ou novidades de natureza genérica. Este Departamento tem como responsável o Director de Investimento, Engº José Freire, e funciona na R. Ribeiro Sanches, 65, em Lisboa, telefone 213929780, fax 213929787. Exercício do direito de voto e representação de accionistas Na IMPRESA, o direito de voto é exercido na Assembleia Geral, não estando previsto no seu contrato de sociedade, o voto por correspondência, o qual tem sido reservado apenas para os assuntos a que a lei obrigue àquela forma de voto. No entanto, prevê-se que, a partir da próxima Assembleia Geral, a totalidade dos assuntos discutidos, possam ser objecto de voto por correspondência. Para poderem participar na assembleia geral, os accionistas devem comprovar, até oito dias antes da data estabelecida para a sua realização, a titularidade das suas acções, através de declaração dirigida ao Presidente da Mesa emitida e autenticada pelo intermediário financeiro depositário dos títulos, da qual deverá constar que as acções em causa se encontram registadas na respectiva

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conta desde, pelo menos, o 31º dia anterior ao da data da realização da referida assembleia, e de que as mesmas se encontrarão bloqueadas até ao encerramento da reunião da assembleia geral. A representação voluntária de qualquer sócio em assembleia geral poderá ser cometida: a) tratando-se de pessoa singular, a outro sócio, membro do conselho de administração, ou a pessoa a quem a lei o permitir; b) tratando-se de pessoa colectiva, a pessoa que para esse efeito seja nomeada por simples carta. Os instrumentos de representação voluntária dos sócios em assembleia geral deverão ser entregues na sociedade, dirigidos ao presidente da mesa da assembleia geral, com pelo menos 5 dias úteis de antecedência em relação à data marcada para a reunião. A cada 100 acções corresponde um voto. Não haverá qualquer limite ao número de votos expressos por cada accionista, quer ele intervenha por si, quer como procurador de outro ou outros accionistas. As propostas a submeter pelo Conselho de Administração à Assembleia Geral, bem como os relatórios que legalmente acompanham estas propostas e demais elementos de informação preparatória são disponibilizados a todos os accionistas, na sede social da IMPRESA, na R. Ribeiro Sanches, 65, em Lisboa, com a respectiva antecedência legal. De forma a facilitar o acesso por parte dos accionistas à referida informação, especialmente no que se refere a accionistas estrangeiros ou residentes fora da área metropolitana de Lisboa, procederá a IMPRESA ao envio das mesmas por correio, fax ou E-mail sob solicitação dos accionistas. Regras Societárias As regras societárias ou estatutos da sociedade constituem documentos de consulta pública, podendo ser disponibilizados a todos aqueles que assim o requeiram ao Departamento de Relações com Investidores da IMPRESA. Para além da necessidade de um mínimo de 100 acções para se poder exercer o voto, não existem: a) quaisquer limites ao exercício dos direitos de voto; b) direitos especiais de algum accionista; c) acordos parassociais conhecidos pela sociedade. Estrutura e funcionamento do órgão de administração A sociedade é administrada por um Conselho de Administração, composto por todos os elementos signatários do presente relatório, sendo 2 não executivos (Dr. Alexandre de Azeredo Vaz Pinto e Dr. Fernando Maria Costa Duarte Ulrich) e os restantes executivos. O Dr. Alexandre de Azeredo Vaz Pinto é o único administrador independente, considerando-se como tal em virtude de não representar qualquer accionista. Funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração, noutras sociedades:

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Dr. Francisco José Pereira Pinto de Balsemão:

Presidente do Conselho de Administração da IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Presidente do Conselho de Administração da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA

Presidente do Conselho de Administração da SOINCOM – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Presidente do Conselho de Administração da CONTROLJORNAL – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Presidente do Conselho de Administração da SOJORNAL – Sociedade Jornalística e Editorial, SA

Presidente do Conselho de Administração da Allianz Portugal, SA Presidente do Conselho de Administração da Nec Portugal, SA Administrador da CELBI – Celulose Beira Industrial, SA Gerente da ABRIL-CONTROLJORNAL – Editora, Lda. Gerente da HOGE – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Gerente da EDICONTROLJORNAL – Editora, Lda. Gerente da Sociedade Francisco Pinto Balsemão, Lda.

Engº Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos

Presidente do Conselho de Administração da IMPREJORNAL – Sociedade de Impressão, SA

Presidente do Conselho de Administração da IMPRESA.COM – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Vice-Presidente do Conselho de Administração da IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Vice-Presidente do Conselho de Administração da SOINCOM – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Vice-Presidente do Conselho de Administração da CONTROLJORNAL – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA

Administrador da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA Administrador do BPP – Banco Privado Português, SA Administrador da SOJORNAL – Sociedade Jornalística e Editorial, SA Gerente da ABRIL-CONTROLJORNAL – Editora, Lda. Gerente da HOGE – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Gerente da OMNIGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. Gerente da PUBLIREGIÕES – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. Gerente da EDICONTROLJORNAL – Editora, Lda. Gerente da Sociedade Agrícola da Carregueira do Mato, Lda.

Dr. Fernando Maria Costa Duarte Ulrich

Presidente do Conselho de Administração da BPI VIDA – Companhia de Seguros de Vida , SA

Presidente do Conselho de Administração da BPI FUNDOS – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliários, SA

Presidente do Conselho de Administração da BPI FENSÕES – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, SA

Presidente do Conselho de Administração da SOLO – Investimentos em Comunicações, SGPS, SA

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Presidente do Conselho de Administração da BPI Global Investment Fund Management Company, SA

Vice-Presidente do Conselho do Banco de Fomento, SARL (Moçambique) Vice-Presidente do Conselho do Banco de Fomento, SARL (Angola) Vice-Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do

BANCO BPI, SA Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco Português de

Investimento, SA Administrador do Banco BPI Cayman Limited Administrador do BPI Madeira, SGPS, Unipessoal, SA Administrador da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA Administrador da Companhia de Seguros Allianz Portugal, SA Administrador da PT, SGPS, SA Administrador da PT Multimédia, SGPS, SA Administrador da INTER RISCO – Sociedade de Capital de Risco, SA Administrador da BPI Capital Finance Limited

Engº Francisco Maria Supico Pinto Balsemão

Administrador da IMPREGER – Sociedade Gestora de Participações Sociais, SA Administrador da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, SA Administrador da PORTAIS VERTICAIS.COM – S.G.P.S., SA Administrador da CONTROLJORNAL – Sociedade Gestora de Participações

Sociais, SA Administrador da EXIT TRAVEL – Agência de Viagens e Turismo Online, SA Administrador da IMPREJORNAL – Sociedade de Impressão, SA Administrador da SOJORNAL – Sociedade Jornalística e Editorial, SA Administrador da IMPRESA.COM – Sociedade Gestora de Participações Sociais,

SA Administrador da PTDP – Plataforma de Televisão Digital Portuguesa, SA Administrador da SIC IN DOOR – Gestão de Suportes Publicitários, SA Administrador da VTL – Agência de Viagens, Turismo e Lazer Online, SA Gerente da SOJORNAL.COM – Consultoria Internet, Lda. Gerente da SIC ON LINE – Comunicação e Internet – Sociedade Unipessoal, Lda.

Durante o exercício em apreço, para além das constantes trocas de impressões e discussões sobre assuntos do interesse da sociedade, o Conselho de Administração reuniu formalmente, por sete vezes, constando do respectivo livro de actas os assuntos tratados naquelas reuniões. A remuneração dos titulares remunerados do órgão de administração não está dependente quer dos resultados da sociedade, quer da evolução da cotação das acções por esta emitidas. Irá ser incluído um ponto na próxima Assembleia Anual, prevendo a possibilidade de nomeação de uma comissão de accionistas, a que se refere o artigo 399º do Código das Sociedades Comerciais, na Assembleia Anual que apreciar as contas do exercício de 2002. Esta comissão terá como objectivo fixar os vencimentos de cada um dos administradores.

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

2002 2001Activo Activo Activo

Activo Notas bruto Amortizações líquido líquido Capital próprio e passivo Notas 2002 2001

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:Imobilizações incorpóreas: Capital 36 e 40 72.000.000 72.000.000

Despesas de instalação 8 e 10 7.677.370 (6.924.812) 752.558 2.842.588 Prémios de emissão de acções 40 89.982.257 89.982.257 Trespasses 10 76.766.958 (16.331.555) 60.435.403 64.273.752 Ajustamentos de partes de capital

84.444.328 (23.256.367) 61.187.961 67.116.340 em filiais e associadas 40 5.875.966 7.004.156 Imobilizações corpóreas: Reserva legal 40 281.051 281.051

Equipamento administrativo 10 292 (145) 147 219 Resultados transitados 40 (52.344.779) - Resultado líquido do exercício 40 (27.965.188) (52.242.826)

Investimentos financeiros: Total do capital próprio 87.829.307 117.024.638 Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 64.949.760 - 64.949.760 83.034.343 Partes de capital em outras empresas 10 - - - 4.000.000 PASSIVO:Empréstimos de financiamento 10 - - - 1.598.000 PROVISÃO PARA RISCOS E ENCARGOS 34 23.105.751 18.352.350

64.949.760 - 64.949.760 88.632.343 CIRCULANTE: DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo:

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazo: Dívidas a instituições de crédito 50 56.015.005 64.743.967 Empresas do grupo 16 55.987.276 - 55.987.276 54.034.776

DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:Dívidas de terceiros - Curto prazo: Dívidas a instituições de crédito 50 14.932.390 9.701.619

Empresas do grupo - - - 815.535 Fornecedores, conta corrente 28.312 45.517 Estado e outros entes públicos 48 14.446 - 14.446 46.623 Estado e outros entes públicos 48 47.737 37.564 Outros devedores 4.872 - 4.872 35.657 15.008.439 9.784.700

19.318 - 19.318 897.815 Depósitos bancários e caixa: ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Depósitos bancários 612.939 612.939 112.676 Acréscimos de custos 49 800.634 888.514 Caixa 1.205 1.205 -

614.144 614.144 112.676 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Custos diferidos 530 530 -

Total de amortizações (23.256.512) Total do passivo 94.929.829 93.769.531 Total do activo 206.015.648 (23.256.512) 182.759.136 210.794.169 Total do capital próprio e do passivo 182.759.136 210.794.169

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2002.

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DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2002 2001 PROVEITOS E GANHOS Notas 2002 2001

Fornecimentos e serviços externos 540.129 1.331.760 Proveitos e ganhos financeiros (B) 45 3.177.161 1.661.741 Custos com o pessoal:Remunerações 668.113 475.379 Proveitos e ganhos extraordinários 46 431.316 - Encargos sociais 144.264 100.578 Outros 6.409 7.532

818.786 583.489 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 2.106.387 2.147.041

3.465.302 4.062.290

Impostos 719 30 Outros custos e perdas operacionais 16.993 798

17.712 828 (A) 3.483.014 4.063.118

Custos e perdas financeiros 45 28.085.794 31.600.721 (C) 31.568.808 35.663.839

Custos e perdas extraordinários 46 20 18.240.372 (E) 31.568.828 53.904.211

Imposto sobre o rendimento do exercício 48 4.837 356 (F) 31.573.665 53.904.567

Resultado líquido do exercício (27.965.188) (52.242.826)3.608.477 1.661.741 (D) 3.608.477 1.661.741

Resultados operacionais: (A) (3.483.014) (4.063.118)Resultados financeiros: (B) - (C-A) (24.908.633) (29.938.980)Resultados correntes: (D) - (C) (27.960.331) (34.002.098)Resultados antes de impostos: (D) - (E) (27.960.351) (52.242.470)Resultado líquido do exercício: (D) - (F) (27.965.188) (52.242.826)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

(Montantes expressos em Euros)

Nota 51 2002 2001

Custos administrativos (a) (3.465.302) (4.062.290)Outros custos e perdas operacionais (b) (17.712) (828)

Resultados operacionais (3.483.014) (4.063.118)Custo líquido de financiamento (5.105.062) (2.816.334)Ganhos/perdas em filiais e associadas (15.965.222) (23.284.297)Perdas em outros investimentos (3.838.349) (3.838.349)

Resultados correntes (28.391.647) (34.002.098)Resultados não usuais ou não frequentes 431.296 (18.240.372)Impostos sobre os resultados correntes (4.837) (356)

Resultado líquido do exercício (27.965.188) (52.242.826)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 e 2001

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18IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Pagamentos a fornecedores (557.319) (1.283.615)Pagamentos ao pessoal (802.202) (522.381)

Fluxos gerados pelas operações (1.359.521) (1.805.996)

Recebimento do imposto sobre o rendimento 27.341 50.566Outros pagamentos relativos à actividade operacional (42.411) (19.768)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (1.374.591) (1.775.198)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 383.361 -Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (19) -

Fluxos das actividades operacionais (1) (991.249) (1.775.198)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 1 6.162.010 3.435.147Dividendos 2 1.500.000 1.370.836Reservas distribuídas 3 2.250.000 -Empréstimos concedidos 4 1.413.035 2.411.413Juros e proveitos similares 63.989 224.334

11.389.034 7.441.730Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 1 (50.000) (5.921.910)Imobilizações incorpóreas (16.285) -Imobilizações corpóreas - (289)Empréstimos concedidos 4 (2.550.000) (8.394.768)

(2.616.285) (14.316.967)Fluxos das actividades de investimento (2) 8.772.749 (6.875.237)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 5 950.000 1.970.252Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 5 (4.464.241) (2.344.350)Juros e custos similares (3.765.791) (3.088.382)

(8.230.032) (5.432.732)Fluxos das actividades de financiamento (3) (7.280.032) (3.462.480)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 501.468 (12.112.915)Caixa e seus equivalentes no início do exercício 6 112.676 12.225.591Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 6 614.144 112.676

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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IMPRESA – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO

FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em Euros) 1. Investimentos financeiros A rubrica “Recebimentos provenientes de investimentos financeiros”, no exercício findo em 31 de Dezembro

de 2002, tem a seguinte composição: Alienação de partes de capital: Alienação da participação na Gesco – Gestão de Conteúdos e Meios de Comunicação Social, S.A. 484.465 Alienação da participação na Oniway Infocomunicações, S.A. 5.677.545 -------------- 6.162.010 ======== A rubrica “Pagamentos respeitantes a investimentos financeiros” no exercício findo em 31 de Dezembro de

2002, respeita à aquisição de uma participação de 50% no capital da Edicontroljornal – Editora, Lda.. 2. Dividendos

A rubrica “Recebimentos provenientes de dividendos”, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 refere-se a dividendos recebidos da empresa participada Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A..

3. Reservas distribuídas A rubrica “Recebimentos provenientes de reservas distribuídas”, no exercício findo em 31 de Dezembro de

2002 refere-se a reservas recebidas a título de dividendos da empresa participada Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A..

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4. Empréstimos concedidos a empresas do grupo O valor dos recebimentos e pagamentos verificados durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002

têm a seguinte composição: Recebimentos relativos a empréstimos concedidos: Empréstimo concedido à Impresa.com – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 630.000 Empréstimo concedido à Omniger – Sociedade Gestora de Participações Socais, Lda. 783.035 ------------- 1.413.035 ======= Pagamentos relativos a empréstimos concedidos: Empréstimo concedido à Soincom – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 2.550.000 ======== 5. Empréstimos obtidos O valor dos empréstimos obtidos pagos durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 têm a

seguinte composição: Recebimentos relativos a empréstimos obtidos: Contas correntes caucionadas 950.000 ====== Pagamentos relativos a empréstimos obtidos: Contas correntes caucionadas 1.970.252 Empréstimo do Banco Totta & Açores, S.A. e Caixa Banco de Investimento, S.A. 2.493.989 -------------- 4.464.241 ======== 6. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 é como segue: 2002 2001 Numerário 1.205 - Depósitos bancários 612.939 112.676 ----------- ----------- Caixa e seus equivalentes 614.144 112.676 ====== ======

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Montantes expressos em Euros)

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1. NOTA INTRODUTÓRIA A Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (”Empresa” ou “Impresa”) tem sede em

Lisboa, foi constituída em 18 de Outubro de 1990 e tem como actividade principal a gestão de participações sociais noutras sociedades.

O Grupo Impresa (“Grupo”) é constituído pela Impresa e diversas sociedades por si participadas directa e indirectamente, as quais actuam na área dos media, nomeadamente através da difusão de televisão e da edição de publicações incluindo jornais e revistas e outros meios audiovisuais.

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As

notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis à Empresa, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas.

As demonstrações financeiras anexas referem-se à actividade da Empresa em termos individuais e não

consolidados. A Empresa irá igualmente preparar demonstrações financeiras consolidadas, as quais serão apresentadas em separado, nas quais são incluídas a Empresa e as suas empresas participadas (Nota 16).

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a

partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Estas demonstrações financeiras reflectem apenas as contas individuais da Empresa, preparadas nos

termos legais para aprovação em Assembleia Geral de Accionistas. Embora os investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, o que está de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites, estas demonstrações financeiras não incluem o efeito da consolidação integral ao nível dos activos, passivos, proveitos e custos, as quais reflectem, relativamente às contas individuais, as seguintes diferenças:

Aumentos/ (Diminuições) Total do activo líquido 245.042.106 Total do passivo (excluindo interesses minoritários) 232.214.458 Proveitos totais 266.733.706 Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os

seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, que compreendem despesas de instalação, estudos de reorganização e

trespasses decorrentes de aquisição de partes de capital, encontram-se registadas ao custo e são amortizadas pelo método das quotas constantes. As despesas de instalação são amortizadas num período de três anos, os estudos de reorganização são amortizados num período de seis anos e os trespasses são amortizados no período estimado de recuperação dos investimentos financeiros, actualmente fixado em 20 anos (Nota 10). As perdas de imparidade, quando existem, são imediatamente reconhecidas em resultados.

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b) Investimentos financeiros Os investimentos financeiros em empresas do grupo são registados pelo método de equivalência

patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido ou reduzido da diferença entre aquele valor e o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, reportado à data da primeira aplicação do referido método, ou à data de aquisição, para os investimentos financeiros adquiridos posteriormente. Em consequência:

- A diferença entre o custo de aquisição dos investimentos financeiros e a proporção dos capitais

próprios das empresas participadas reportados a 1 de Janeiro de 1992 (data da primeira aplicação do método de equivalência patrimonial) foi registada em capitais próprios na rubrica “Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas”;

- A diferença entre o custo de aquisição dos investimentos financeiros e a proporção dos capitais

próprios das empresas participadas à data de aquisição, em datas posteriores a 1 de Janeiro de 1992, é registada na rubrica “Trespasses” (Nota 3.a)).

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos, ou outras variações nos capitais próprios das empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício, ou de ajustamentos de partes de capital, respectivamente.

Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

c) Especialização de exercícios

As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo

qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Nota 49).

d) Pensões

Conforme mencionado na Nota 31, determinadas empresas do Grupo assumiram o compromisso de conceder aos seus empregados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial ou uma percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário (2002). Em 31 de Dezembro de 2002, estas responsabilidades encontram-se parcialmente cobertas por um fundo de pensões autónomo criado pelo Grupo em 1987. No início do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo introduziu uma alteração no esquema de benefícios que resultou numa limitação no crescimento das responsabilidades. Nos termos da Directriz Contabilística nº 19 os custos com a atribuição destes benefícios são reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo, no final de cada período contabilístico o Grupo obtém um estudo actuarial elaborado por uma entidade independente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse exercício. As responsabilidades assim estimadas são comparadas com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças a registar no passivo. Os custos com pensões são registados na rubrica “Custos com o pessoal – Encargos sociais”, conforme previsto pela referida Directriz, com base nos valores determinados pelo estudo actuarial (Nota 31).

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e) Imposto sobre o rendimento

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos

para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas

de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante de impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

6. IMPOSTOS A Empresa encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas

Colectivas – IRC, à taxa de 30%, acrescida de Derrama à taxa de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 33%. Adicionalmente e face à sua forma jurídica, a Empresa está abrangida pela legislação fiscal que rege as sociedades gestoras de participações sociais. De acordo com esta legislação, os ganhos e perdas em empresas do grupo resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial, os dividendos recebidos das empresas participadas, bem como a amortização dos trespasses decorrentes da aquisição de partes de capital, não são considerados para efeitos fiscais.

A Empresa é tributada em sede de IRC pelo resultado fiscal consolidado, com as subsidiárias,

Soincom – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Soincom”), Hoge – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. (“Hoge”), Impresa.com – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Impresa.com”) e Controljornal – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Controljornal”) e as empresas por esta participadas, Sojornal – Sociedade Jornalística e Editorial, S.A. e sua participada Sojornal.com – Consultoria Internet, Lda., Medipress – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda., Imprejornal – Sociedade de Impressão, S.A., Cinforma – Centro de Informática, Lda. e Publisurf – Edições e Publicidade, Lda.. As restantes empresas subsidiárias da Impresa são tributadas individualmente.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte

das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 1999 a 2002 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002.

Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a Empresa

encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos

após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2002 os prejuízos fiscais reportáveis da Impresa e suas empresas subsidiárias tributadas pelo resultado fiscal consolidado ascendiam a, aproximadamente, Euro 8.664.000.

Os impostos diferidos a registar em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28 respeitam

essencialmente aos prejuízos fiscais reportáveis existentes nesta data. Uma vez que no entendimento do Conselho de Administração da Empresa não são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem esses prejuízos fiscais, a Empresa não registou os correspondentes impostos diferidos activos.

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7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, a Empresa teve ao seu serviço 7 e 6

empregados, respectivamente. 8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO

Em 31 de Dezembro de 2002, as despesas de instalação incluem despesas com aumentos de capital, no montante de Euros 5.468.017 e despesas com estudos de reorganização do Grupo, no montante de Euros 2.209.353.

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 o movimento ocorrido no valor das imobilizações

incorpóreas e corpóreas e dos investimentos financeiros, foi o seguinte:

Activo bruto

Saldo Equivalência Saldoinicial Aumentos Diminuições patrimonial final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação (Nota 8) 7.661.085 16.285 - - 7.677.370 Trespasses 76.766.958 - - - 76.766.958

84.428.043 16.285 - - 84.444.328

Imobilizações corpóreas: Equipamento administrativo 292 - - - 292

Investimentos financeiros: Partes de capital em empresas do grupo (Nota 16) 83.034.343 - (4.234.465) (13.850.118) 64.949.760 Partes de capital em outras empresas 4.000.000 50.000 (4.000.000) (50.000) - Empréstimos de financiamento 1.598.000 - (1.598.000) - -

88.632.343 50.000 (9.832.465) (13.900.118) 64.949.760

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Trespasses” tem a seguinte composição

Proporção doscapitais próprios

Custo de à data de Trespasse Abate Trespasse Amortização Valoraquisição aquisição original extraordinário corrigido acumulada líquido

Soincom - Sociedade Gestora de 137.506.080 23.897.912 113.608.168 (67.924.008) 45.684.160 (7.894.479) 37.789.681 Participações Sociais, S.A. ("Soincom")Controljornal - Sociedade Gestora de 34.011.372 5.253.736 28.757.636 - 28.757.636 (8.030.172) 20.727.464 Participações Sociais, S.A. ("Controljornal")Gesco - Gestão de Conteúdos e Meios de 2.566.390 241.228 2.325.162 - 2.325.162 (406.904) 1.918.258 Comunicação Social, S.A. ("Gesco")

174.083.842 29.392.876 144.690.966 (67.924.008) 76.766.958 (16.331.555) 60.435.403

Em 31 de Dezembro de 2000, a Empresa solicitou a uma entidade independente um estudo de avaliação para proceder à análise da imparidade dos trespasses decorrentes de aquisições de acções da Soincom (empresa cujo principal activo é a sua participação financeira de 51% no capital da SIC - Sociedade Independente de Comunicação, S.A. (“SIC”)), reportada a 31 de Dezembro de 2000. Em resultado desta análise, foi identificada uma diferença, face ao justo valor dessa participação financeira, no montante de 67.924.008 Euros, a qual originou uma amortização extraordinária do trespasse de igual montante registada em custos extraordinários, no final daquele exercício. Em 31 de Dezembro de 2002, a Empresa, suportada nos planos de exploração previsionais da SIC, efectuou uma análise de imparidade dos investimentos financeiros, directos e indirectos, detidos naquela participada, e concluiu que, naquela data, o seu valor contabilístico (incluindo o valor de trespasses, líquido de amortizações acumuladas) é inferior ao valor estimado de realização.

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Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 as diminuições ocorridas na rubrica “Partes de capital em empresas do grupo” respeitam: - À alienação, pelo seu valor contabilistico, da participação de 100% no capital da Gesco à Sojornal e à

Abril–Controljornal – Editora, Lda. em partes iguais, no valor de Euros 484.465. - Ao recebimento de dividendos e reservas livres por parte da sua participada Controljornal durante o

exercício de 2002 nos montantes de Euros 1.500.000 e Euros 2.250.000, respectivamente.

O aumento verificado na rubrica “Partes de capital em outras empresas” no montante de 50.000 Euros refere-se à constituição da Edicontroljornal – Editora, Lda. (“Edicontroljornal”) na qual a Empresa detém uma participação de 50% do capital. Em Novembro de 2002 esta empresa participada adquiriu uma participação de 50% do capital na Omniger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. (“Omniger”) (Nota 16).

A diminuição verificada nas rubricas “Partes de capital em outras empresas” refere-se à alienação da

participação de 4% no capital da Oniway Infocomunicações, S.A. pelo montante de 5.677.545 Euros. Adicionalmente aquela entidade reembolsou os “Empréstimos de financiamento” concedidos no montante de 1.598.000 Euros. Esta operação gerou uma mais-valia de 79.545 Euros registada na demonstração dos resultados na rubrica “Proveitos e ganhos extraordinários” (Nota 46).

Da aplicação do método de equivalência patrimonial aos investimentos financeiros nas empresas do grupo e

outras empresas em 31 de Dezembro de 2002 resultaram os seguintes movimentos:

Ajustamentos deGanhos em Perdas em partes de capital Provisões paraempresas empresas em filiais Resultados riscos edo grupo do grupo e associadas transitados encargos Investimentos(Nota 45) (Nota 45) (Nota 40) (Nota 40) (Nota 34) financeiros

Controljornal 2.523.442 - (466.465) (101.953) - 1.955.024 Edicontroljornal - (220.235) - - 170.235 (50.000)Hoge - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. ("Hoge") - (99.127) - - 24.901 (74.226)Impresa.Com - (3.099.769) - - 3.099.769 -Omniger 589.730 - - - - 589.730 Soincom - (15.659.263) (661.383) - - (16.320.646)

3.113.172 (19.078.394) (1.127.848) (101.953) 3.294.905 (13.900.118)

A diminuição de 466.465 Euros da rubrica “Ajustamentos de partes de capital” da Controljornal resulta de uma empresa participada ter efectuado correcções aos resultados transitados, ter atribuído gratificações de balanço aos seus colaboradores e a ajustamentos de conversão cambial numa participada. Igualmente a diminuição de 661.383 Euros originada na Soincom, resulta de ajustamentos de conversão cambial da sua participada SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A.. A diminuição de 101.953 Euros na rubrica de “Resultados transitados” originada na Controljornal resulta da atribuição de gratificações de balanço atribuídas aos orgãos sociais daquela participada. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido nas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

Amortizações acumuladasSaldo Saldoinicial Reforços Abates final

Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 4.818.497 2.106.315 - 6.924.812 Trespasses (Nota 45) 12.493.206 3.838.349 - 16.331.555

17.311.703 5.944.664 - 23.256.367

Imobilizações corpóreas: Equipamento administrativo 73 72 - 145

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16. EMPRESAS DO GRUPO Partes de capital em empresas do grupo:

Em 31 de Dezembro de 2002, a informação financeira relativa às partes de capital em empresas do grupo era como segue:

Provisão para

perdas emPercentagem Investimentos investimentos

Capital Proveitos Resultado de participação financeiros financeirosEntidade Sede Activo próprio totais líquido directa (Nota 10) (Nota 34)

Controljornal Lisboa 16.758.119 15.612.284 4.770.308 2.523.442 100 15.612.284 - Edicontroljornal (a) Oeiras 24.281.942 (340.470) 68 (440.470) 50 - 170.235 Hoge Lisboa 1.090.251 (24.901) 1.307 (99.127) 100 - 24.901 Impresa.com Lisboa 4.762.346 (3.744.279) 55.984 (3.099.769) 100 - 3.744.279 Omniger (b) Lisboa 3.256.535 3.245.795 1.199.397 1.179.460 50 1.590.398 - Soincom (c) Lisboa 99.395.213 47.747.078 192 (15.659.263) 100 47.747.078 -

64.949.760 3.939.415

(a) A Edicontroljornal detém uma participação na Omniger e esta detém uma participação de 66,67% do

capital da Abril – Controljornal. (b) A Edicontroljornal detém uma participação e 50% no capital desta Empresa, pelo que a Impresa detém

uma participação total de 75% do capital.

(c) A Soincom detém uma participação de 51% no capital da SIC, que em 31 de Dezembro de 2002 ascende a 99.341.478 Euros, incluindo 92.043.093 Euros registados na rubrica “trespasses”. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, os custos e perdas financeiros apurados por esta empresa com a SIC ascenderam a 15.625.531 Euros.

As informações supra referidas relativas às empresas do grupo foram extraídas das respectivas demonstrações financeiras auditadas em 31 de Dezembro de 2002. Empréstimos e prestações suplementares concedidos a empresas do grupo:

Em 31 de Dezembro de 2002, os empréstimos concedidos a empresas do grupo, são os seguintes: Médio e longo prazo:

Soincom (a) 51.631.713 Impresa.com (b) 4.323.063 Omniger (c) 32.500 ---------------- 55.987.276 =========

(a) Em 31 de Dezembro de 2002, este montante tem a seguinte composição:

Suprimentos concedidos 5.991.705 Empréstimo concedido à Soincom (Nota 50) 45.640.008 ---------------- 51.631.713 ========= Em 31 de Dezembro de 2002, os suprimentos concedidos à Soincom não vencem juros, não estando

previsto o seu reembolso no curto prazo. (b) Este empréstimo à Impresa.com respeita a suprimentos concedidos, os quais não vencem juros, não

estando previsto o seu reembolso no curto prazo. (c) Este empréstimo corresponde a prestações suplementares concedidas, as quais não vencem juros,

não estando previsto o seu reembolso no curto prazo.

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19. VALORES DE MERCADO DO ACTIVO CIRCULANTE

Em 31 de Dezembro de 2002, não haviam diferenças, que não estivessem cobertas por provisões, entre os valores das rubricas do activo circulante, calculadas de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pela Empresa, e o respectivo valor de mercado ou de realização.

29. DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS

Em 31 de Dezembro de 2002, as dívidas a terceiros com vencimento a mais de cinco anos são como segue (Nota 50): Dívidas a instituições de crédito: - Caixa Geral de Depósitos, S.A. 6.733.773 ---------------- 6.733.773 =========

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Determinadas empresas do Grupo (Impresa, Sojornal, Cinforma, Medipress e Imprejornal) assumiram o compromisso de conceder aos empregados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações são calculadas com base numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial ou numa percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário (2002). Em 1987 foi criado um fundo de pensões autónomo para onde foram transferidas as suas responsabilidades pelo pagamento das prestações pecuniárias acima referidas. De acordo com um estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades da Empresa por serviços passados dos seus empregados activos e reformados em 31 de Dezembro de 2002, foi estimado em 6.167.767 Euros, ascendendo o valor do fundo a essa data a 4.865.421 Euros.

O estudo foi efectuado utilizando o método actuarial denominado por “Projected Unit Credit” e considerou os seguintes principais pressupostos e bases técnicas e actuariais:

Taxa anual de rendimento do Fundo 4,5% Taxa de crescimento salarial 0%

Taxa de crescimento de pensões 0% Tábuas actuariais: Mortalidade TV 73/77 Invalidez EVK 80 Rotação de empregados Nula

Conforme referido na Nota 3.d), no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 aquelas empresas introduziram uma alteração no esquema de benefícios que resultou numa limitação no crescimento das responsabilidades totais. Nos termos da Directriz Contabilística nº 19, as responsabilidades não financiadas naquela data, no montante de 1.302.346 Euros, foram registadas pela empresa participada no balanço como uma conta a pagar por contrapartida de um custo diferido, que se encontra a ser amortizado pelo número de anos médio estimado de vida útil dos empregados activos ao serviço da Empresa e suas participadas que originaram aquela insuficiência (actualmente cinco anos). Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 a empresa participada responsável pela gestão destas responsabilidades, reconheceu como custo na rubrica “Custos com o pessoal” o montante de 777.500 Euros, dos quais 405.000 Euros correspondem a entregas feitas ao fundo durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 e 372.500 Euros relativos à amortização das responsabilidades não financiadas acima referidas.

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32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo mantém o penhor de 895.050 acções representativas de 51% do capital da Controljornal e promessa de penhor das acções representativas de 100% do capital da Sojornal, para garantir um empréstimo obtido junto do Banco Totta & Açores, S.A. e da Caixa Banco de Investimento, S.A. (Nota 50). Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa mantém o penhor de acções representativas de 51,66% do capital da Soincom para garantir um empréstimo contraído inicialmente por esta empresa participada junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., o qual foi transferido para a Impresa em 2001; adicionalmente, como garantia do referido empréstimo a Soincom tem empenhadas acções representativas de 25% do capital da sua participada SIC (Nota 50). Em 31 de Dezembro de 2002, a Empresa deu em penhor as quotas representativas de 50% do capital da Omniger para garantir um empréstimo contraído pela Edicontroljornal junto do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Nota 50). Adicionalmente, a Impresa obteve autorização para solicitar uma garantia bancária a uma instituição financeira nacional, em nome da sua participada Edimpresa, no valor de 1.200.000 Euros, com a consequente responsabilização solidária pelas obrigações emergentes daquela garantia, nomeadamente efectuar suprimentos junto da Edimpresa, no valor de 600.000 Euros, em caso de execução da dita garantia.

34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido nas provisões foi o seguinte:

Equivalência Saldo Aumentos patrimonial Saldoinicial (Nota 45) (Nota 10) final

Provisões para outros riscos e encargos (Nota 51) 17.707.845 1.458.491 - 19.166.336 Provisões para perdas em investimentos financeiros (Nota 16) 644.510 - 3.294.905 3.939.415

18.352.355 1.458.491 3.294.905 23.105.751

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2002 o capital da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e

ascendia a 72.000.000 Euros, estando representado por 72.000.000 de acções com o valor nominal de um Euro cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

A seguinte pessoa colectiva detém mais de 20% do capital subscrito em 31 de Dezembro de 2002: Impreger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 50,77%

40. MOVIMENTO OCORRIDO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nos saldos das rubricas do capital próprio durante o exercício findo em 31 de

Dezembro de 2002, foi o seguinte:

EquivalênciaSaldo patrimonial Transfe- Saldoinicial Diminuições (Nota 10) rências final

Capital 72.000.000 - - 72.000.000 Prémios de emissão de acções 89.982.257 - - 89.982.257 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 7.004.156 (342) (1.127.848) - 5.875.966 Reserva legal 281.051 - - 281.051 Resultados transitados - - (101.953) (52.242.826) (52.344.779)Resultado líquido do exercício (52.242.826) (27.965.188) - 52.242.826 (27.965.188)

117.024.638 (27.965.530) (1.229.801) - 87.829.307

Prémios de emissão de acções: O valor registado nesta rubrica, resulta dos ágios obtidos nos aumentos

de capital ocorridos em exercícios anteriores. Segundo a legislação em vigor, a utilização do valor incluído

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nesta rubrica segue o regime aplicável à reserva legal, ou seja, não pode ser distribuído aos accionistas, podendo contudo, ser utilizado para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporado no capital.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de

ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Aplicação de resultados: Conforme deliberado na Assembleia Geral realizada em 10 de Abril de 2002, o

prejuízo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2001 foi integralmente transferido para a rubrica “Resultados transitados”.

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foram atribuídas remunerações aos membros dos orgãos sociais da Empresa no montante de Euros 118.304.

45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercício findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte

composição: 2002 2001 Custos e perdas: Juros suportados 3.643.120 2.993.945 Perdas em empresas do grupo (Nota 10) 19.078.394 24.766.945 Amortização de trespasses (Nota 10) 3.838.349 3.838.349 Outros custos e perdas financeiros (a) 1.525.931 1.482 --------------- ------------- 28.085.794 31.600.721 Resultados financeiros ( 24.908.633 ) ( 29.938.980 ) -------------- -------------- 3.177.161 1.661.741 ======== ======== Proveitos e ganhos: Juros obtidos 63.989 179.093 Ganhos em empresas do grupo (Nota 10) 3.113.172 1.482.648 -------------- ------------- 3.177.161 1.661.741 ======== ========

(a) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica montante inclui 1.458.496 Euros (Notas 34 e 51) referente ao reforço da provisão para fazer face às responsabilidades contingentes decorrentes de Equity Swaps celebrados com duas instituições financeiras sobre acções da Impresa.

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46. PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte

composição: 2002 2001 Custos e perdas: Perdas em imobilizações - 532.527 Aumento de provisões - 17.707.845 Outros 20 - --- --------------- 20 18.240.372 Resultados extraordinários ( 431.296 ) ( 18.240.372 ) ----------- -------------- 431.316 - ====== = Proveitos e ganhos: Ganhos na alienação de investimentos financeiros (Nota 10) 79.545 - Benefícios de penalidades contratuais 156.303 - Outros 195.468 - ----------- -- 431.316 - ====== = 48. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2002, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composição: Saldos devedores: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (a) 14.446 ===== Saldos credores: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 20.906 Contribuições para a Segurança Social 26.831 --------- 47.737 =====

(a) Este saldo inclui os pagamentos por conta realizados em 2002 e as retenções na fonte deduzidos da estimativa de imposto, de acordo com o seguinte detalhe:

Retenções na fonte 12.799 Pagamentos por conta 6.484 Estimativa de imposto ( 4.837 ) ---------

14.446 =====

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49. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2002, estas rubricas têm a seguinte composição: Custos diferidos: Seguros 530

=== Acréscimos de custos: Juros a pagar (a) 695.732 Remunerações a liquidar 104.902 -----------

800.634 ======

(a) Este montante respeita à especialização de juros do empréstimo contraído junto do Banco Totta & Açores, S.A. e da Caixa Banco de Investimento, S.A. A pagar em 30 de Junho de 2003 (Nota 50.b)).

50. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2002, o saldo de dívidas a instituições de crédito, dizia respeito a:

Curto Médio e prazo longo prazo Total

Caixa Geral de Depósitos,S.A. (a) 10.973.553 34.666.455 45.640.008 Banco Totta & Açores, S.A. e Caixa Banco de Investimento, S.A. (b) 2.992.787 21.348.550 24.341.337 Contas correntes caucionadas (c) 966.050 - 966.050

14.932.390 56.015.005 70.947.395

(a) Em Novembro de 1999 foi celebrado pela Soincom um contrato de financiamento com a Caixa Geral

de Depósitos, S.A. no montante inicial de 54.867.769 Euros, que será reembolsado em prestações anuais que se vencem em 30 de Junho de cada ano. No exercício de 2001, a Soincom transferiu para a Impresa a sua posição contratual no referido empréstimo, tendo a Impresa registado um valor a receber dessa empresa participada de igual montante (Nota 16). Consequentemente, a Impresa assumiu perante a Caixa Geral de Depósitos, S.A. todas as obrigações da Soincom decorrentes do referido contrato. Em 31 de Dezembro de 2002, o plano de amortizações deste empréstimo é como segue:

2003 10.973.553

2004 6.234.9742005 6.733.7722006 7.232.5692007 7.731.3672008 6.733.773

34.666.45545.640.008

Este empréstimo vence juros à taxa Lisbor a seis meses adicionada de 1,25% e o seu pagamento é efectuado semestralmente. Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo a Empresa empenhou acções representativas de 51,66% do capital da Soincom e esta empresa participada empenhou acções representativas de 25% do capital da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A..

O contrato de financiamento referente a este empréstimo tinha originalmente considerados determinados covenants, os quais foram suspensos em 2001 por acordo com a Caixa Geral de Depósitos, S.A..

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Montantes expressos em Euros)

32

A Empresa acordou com a Caixa Geral de Depósitos, S.A. a prorrogação do período para pagamento de capital vencido durante 2002 por um prazo máximo de três meses.

(b) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído em 1998 junto do Banco Totta &

Açores, S.A., e da Caixa Banco de Investimento, S.A., no montante inicial de 34.915.853 Euros, que em 31 de Dezembro de 2002 vencia juros à taxa anual de 5,4966%, correspondente a uma taxa anual indexada à Lisbor a seis meses acrescida de 1,25% desde Novembro de 2002 (1% até essa data). O empréstimo é amortizado em prestações anuais no final do primeiro semestre de cada ano conforme segue:

2003 2.992.787

2004 3.491.5852005 3.990.3832006 4.489.1812007 9.377.401

21.348.55024.341.337

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo a Empresa empenhou 895.050 acções

representativas de 51% do capital da Controljornal e promessa de penhor das acções representativas de 100% do capital da Sojornal (Nota 32).

O contrato de financiamento referente a este empréstimo considera determinados covenants, que a

Empresa deve cumprir até ao integral pagamento destas responsabilidades. (c) Este montante corresponde a contas correntes caucionadas, as quais se vencem no curto prazo,

sendo os respectivos juros calculados a taxas normais de mercado.

51. PLANO DE INCENTIVOS / CONTINGÊNCIAS A Impresa está a estudar o estabelecimento de um plano de opções de compra de acções (Stock Options

Plan) a atribuir a alguns empregados do Grupo, envolvendo um total de 2.099.452 acções ordinárias da Impresa. Os termos específicos deste plano de opções estão presentemente em discussão e estão sujeitos à aprovação pelo Conselho de Administração da Impresa, esperando-se que os mesmos fiquem definidos no ano de 2003, aquando da conclusão do “Projecto Único de Gestão de Carreiras do Grupo Impresa”.

Para fazer face a este plano de opções, a Impresa estabeleceu em 2 de Junho de 2000 com o Deutsche

Bank AG um contrato de opções de compra e venda de 1.800.000 acções ordinárias da Impresa (Equity Swap), pelo qual a Empresa tem a opção de comprar (Call) e o Deutsche Bank a opção de vender (Put) essas acções durante o período contratual. Este contrato poderá ser exercido em 5 de Junho de 2003, sendo o preço de exercício desta opção correspondente à cotação inicial das acções da Impresa no IPO (10,25 Euros) ajustado com base numa taxa de juro anual indexada à EURIBOR acrescida de um spread de 0,70%. Adicionalmente, a Empresa estabeleceu em 5 de Janeiro de 2001 com o Banco Português de Investimento, S.A. (“BPI”) um Equity Swap correspondente a 299.452 acções ordinárias da Impresa, pelo qual a Empresa tem a opção de comprar (Call) e o BPI a opção de vender (Put) essas acções durante o período contratual. Este contrato poderá ser exercido em 5 de Junho de 2003, sendo o preço de exercício desta opção correspondente à cotação de 7,08 Euros ajustado com base numa taxa de juro anual de 5,334%. Estes contratos poderão ser liquidados através de um Physical Settlement ou de um Cash Settlement, podendo a Impresa optar por qualquer uma destas formas de liquidação.

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Montantes expressos em Euros)

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Em 31 de Dezembro de 2001, para cobrir o risco associado a variações da cotação das acções prometidas comprar aos preços definidos nos contratos supra mencionados, a Impresa registou nas suas demonstrações financeiras uma provisão para outros riscos e encargos por contrapartida da rubrica “Custos e perdas extraordinários”, que corresponde à diferença entre o preço de exercício das opções e o preço estimado de aquisição das referidas acções com base no estabelecido nos equity swaps supra indicados, no montante de 17.707.845 Euros (Nota 34). Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa actualizou esta provisão considerando a cotação das acções naquela data e a contagem de juros desde 31 de Dezembro de 2001. Em 31 de Dezembro de 2002, a actualização da provisão resultou num aumento de 1.458.496 Euros que a Empresa registou por contrapartida da rubrica “Custos e perdas financeiros” (Notas 34 e 45).

52. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES A demonstração dos resultados por funções foi elaborada tendo em consideração o disposto na Directriz

Contabilística n.º 20, havendo os seguintes aspectos a salientar:

(a) A rubrica de “Custos administrativos” da demonstração dos resultados por funções (“DRF”) inclui diversas rubricas da demonstração dos resultados por naturezas (“DRN”), nomeadamente: “Fornecimentos e serviços externos” , “Custos com o pessoal” e “Amortizações do exercício”.

(b) A rubrica “Outros custos e perdas operacionais” da DRF inclui os valores registados nas rubricas

“Impostos” e “Outros custos e perdas operacionais” da DRN. 53. CONTINGÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2002, encontram-se a decorrer contra algumas empresas do Grupo diversas acções interpostas por terceiros, cujos montantes e desfechos não são conhecidos à data de preparação das demonstrações financeiras. Na opinião do Conselho de Administração/Gerência e dos advogados do dessas empresas do Grupo, não se prevê que dessas acções venham a resultar responsabilidades de valores significativos, que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 46).

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34FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS

SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS INSCRIÇÃO N.º 45

REGISTO NA CMVM nº 232 NIPC 501 829 288

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E

RELATÓRIO DE AUDITORIA

CONTAS INDIVIDUAIS

Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de

Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002 que evidencia um total de 182.759.136 Euros e capitais próprios de 87.829.307 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 27.965.188 Euros, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de demonstrações

financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos

de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

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FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Não examinámos as demonstrações financeiras da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. (“SIC”), em 31 de Dezembro de 2002, as quais, foram examinadas por outro Revisor Oficial de Contas, em cuja Certificação Legal das Contas baseamos a nossa opinião. Entendemos que o exame efectuado e a Certificação Legal das Contas desse Revisor Oficial de Contas proporcionam uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma

verdadeira e apropriada para os fins indicados no parágrafo 6 abaixo, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. em 31 de Dezembro de 2002, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

6. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, referem-se à actividade da Empresa a nível individual e foram elaboradas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. Embora os investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, através do qual são considerados no resultado líquido e no capital próprio os efeitos da consolidação das empresas participadas, as demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da consolidação integral a nível de activos, passivos e proveitos totais, o que será efectuado em demonstrações financeiras consolidadas a aprovar e publicar em separado.

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FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS

7. As demonstrações financeiras anexas, em 31 de Dezembro de 2002, foram preparadas no

pressuposto da continuidade das operações das principais empresas participadas e da recuperação dos investimentos (incluindo trespasses) relacionados com a sua aquisição. Pela análise das demonstrações financeiras da empresa participada SIC, verifica-se que, tendo apresentado nos dois últimos exercícios resultados negativos de aproximadamente 46.214.000 Euros, se encontra abrangida pelas disposições do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, capitais próprios abaixo de metade do seu capital. O balanço anexo inclui trespasses por amortizar, relacionados com aquisições, directas e indirectas, desta participada de, aproximadamente, 129.833.000 Euros. O Conselho de Administração da Empresa, baseado em análises internas decidiu não efectuar qualquer ajustamento por imparidade dos trespasses supra referidos. Estas análises basearam-se em pressupostos de evolução do mercado de publicidade e outros, que poderão não se verificar, podendo vir a ser necessários apoios adicionais a prestar pelos accionistas da SIC. Nestas circunstâncias, a recuperação dos activos, incluindo trespasses e a classificação dos passivos, dependem do sucesso futuro das operações da SIC e do apoio dos accionistas da Empresa.

Lisboa, 17 de Março de 2003 ________________________________________ FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS - SROC Representada por Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

CONTAS INDIVIDUAIS Aos Accionistas da Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Empresa”) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Acompanhámos a evolução da actividade e os negócios da Empresa, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Empresa todas as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções, examinámos o balanço em 31 de Dezembro de 2002, as demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a demonstração dos fluxos de caixa e o respectivo anexo, bem como o Relatório de Gestão, elaborado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos a Certificação Legal das Contas, elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, Vogal deste Conselho, a qual mereceu o nosso acordo e que se dá aqui como integralmente reproduzida, a qual não contém qualquer reserva e contém duas ênfases, uma das quais relacionada com a continuidade das operações da principal participada (SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A.) e a recuperação dos activos incluindo os trespasses relativos a aquisições de participações directas e indirectas, no capital dessa participada. Face ao exposto, apesar do teor do assunto referido no parágrafo 6 da Certificação Legal das Contas, somos de opinião que as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Lisboa, 17 de Março de 2003

Maria do Carmo Pinto de Ruela Ramos Presidente

ANTÓNIO DIAS E ASSOCIADOS – SROC

Representada por António Marques Dias Vogal

FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS – SROC

Representada por Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro Vogal

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RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO DE 2002 Dando cumprimento às exigências impostas por lei às sociedades abertas, o Conselho de Administração da IMPRESA – SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. vem apresentar o seu RELATÓRIO DE GESTÃO CONSOLIDADO relativo ao exercício do ano 2002. Ao fazê-lo, teve a natural preocupação de que o mesmo contenha elementos e informação suficientes para que os senhores accionistas e o público investidor em geral, possam avaliar, com clareza e objectividade, a actividade do GRUPO IMPRESA no respectivo horizonte de intervenção. 1. Principais Factos A degradação do ambiente macro-económico ao longo de 2002, quer no panorama nacional quer no internacional, a par da retracção do consumo privado, teve efeitos negativos na actividade da comunicação social, que tem como principal receita a publicidade. O investimento publicitário total em Portugal apresentou, em 2002, uma queda de 9,1%, afectando todas as áreas de negócio. A IMPRESA atingiu, em 2002, receitas consolidadas de 250,7 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 9,3% face às contas pro-forma de 2001, tendo em conta a alteração do perímetro de consolidação após a redução da participação na distribuidora Vasp de 50% para 33,33%. A evolução das receitas é explicada, essencialmente, pela descida de 12,3% nas receitas de publicidade, que, em 2002, representaram 67,6% do total das receitas consolidadas. É de realçar, no entanto, o excelente comportamento da venda de publicações, que cresceu 8,4%, representando quase 20% das receitas consolidadas. O Expresso registou o segundo melhor ano de vendas de sempre e novos máximos de vendas foram atingidos pelas revistas Visão e Cosmopolitan. A SIC manteve a liderança do share de audiências no mercado televisivo e continuou o seu esforço de diversificação. As receitas dos canais temáticos, com um crescimento de 18,1%, representaram já 8,5% do total de receitas consolidadas da IMPRESA.

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O ano de 2002 foi marcado por um enorme esforço de redução de custos, que incidiu principalmente sobre os custos de programação na televisão, sobre os custos com pessoal e num controle apertado dos custos variáveis. Deste modo, os custos operacionais consolidados desceram 15,9%, o que representou uma poupança de 43,9 milhões de euros. Esta redução permitiu compensar o impacto provocado pela descida das receitas. O cash-flow operacional (EBITDA) atingiu um valor positivo de 18,8 milhões de euros em 2002, comparativamente a apenas 220 mil euros em 2001. Este valor foi, contudo, afectado por custos de reestruturação, no montante de 6,4 milhões de euros, fruto das indemnizações pagas por rescisões de contratos de pessoal, nomeadamente, na SIC, no Expresso, na ACJ e no Jornal da Região. O número de trabalhadores ao serviço nas 3 principais áreas de negócio, que já em 2001 descera 11%, tinha sido reduzido, no final de 2002, em mais 9,3%. Os resultados operacionais negativos, no montante de 19,8 milhões de euros, registaram uma evolução favorável de 55,3% relativamente a 2001. Apesar da quebra nas receitas de publicidade, a redução dos custos operacionais e a melhoria da função financeira permitiram reduzir os resultados líquidos negativos consolidados de 52,2 milhões de euros, em 2001, para 27,9 milhões de euros em 2002, ou seja, uma melhoria significativa de 46,5%. 2. Mercado Publicitário Após a descida de 6,5% verificada em 2001, o investimento publicitário apresentou uma queda de 9,1% em 2002. A não concretização da recuperação esperada para a segunda metade do ano e a contínua degradação do ambiente macro-económico, nacional e internacional, obrigaram a maioria das empresas a reduzir os seus custos de marketing, numa tentativa de protecção das respectivas margens. Este facto originou cortes nos investimentos publicitários ao longo do exercício em análise. Para além das dificuldades gerais, verificaram-se reduções muito significativas de investimento publicitário em alguns dos sectores chave da economia, como Banca e Seguros (-40%), Telecomunicações (-20%) e Automóveis (-12%). A televisão “aberta”, que continua a ser o meio preferido dos anunciantes, representou 51,2% do investimento total, sofrendo uma descida de 10,2%. Esta queda foi influenciada pelo aumento da importância dos canais de cabo, que, em 2002, já representaram 2,5% do total do investimento publicitário, tendo crescido 51,2%, relativamente a 2001. A transmissão do Campeonato do Mundo de Futebol nos canais de cabo contribuiu para este crescimento. Foi, porém, no sector da imprensa que continuou a registar-se a pior situação. No caso particular da imprensa não diária, segmento que afecta particularmente a IMPRESA, esta descida atingiu os 12,5%. Os piores segmentos em 2002 foram a imprensa diária e a Internet que registaram descidas de, respectivamente, 15,4% e 14%.

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Tabela 1. Evolução Mercado Publicitário (valores em m€) 2002 Peso 2001 Peso Variação

TV 288.551 51,2% 321.500 51,9% -10,2% TV CABO 13.975 2,5% 9.240 1,5% 51,2% IMPRENSA Diária 48.460 8,6% 57.315 9,2% -15,4% IMPRENSA Não Diária 98.595 17,5% 112.735 18,2% -12,5% RADIO 36.801 6,5% 41.191 6,6% -10,7% OUTDOORS 69.816 12,4% 69.995 11,3% -0,3% CINEMA 4.292 0,8% 4.364 0,7% -1,6% INTERNET 3.200 0,6% 3.719 0,6% -14,0%

Total mercado 563.690 100% 620.059 -9,1%

Fonte: Agências de meios 3. Televisão 3.1. Receitas consolidadas

No ano de 2002, a SIC atingiu um volume de negócios consolidado de 130,3 milhões de euros, o que representou uma descida de 9,7% em relação a 2001. A queda do investimento publicitário continuou a penalizar a evolução das receitas da SIC. Tabela 2. Receitas da SIC

(valores em M€) 2002 2001 Variação

Vendas Consolidadas 130,3 144,4 -9,7% Publicidade 101,4 113,7 -10,8% Merchandising 1,8 2,3 -22,4% SIC Internacional 1,2 1,0 14,4% Canais Temáticos 21,6 18,3 18,1% Outras 4,3 9,1 -52,2% EBITDA Consolidado (1) 0,4 -11,8

Custos de Reestruturação 3,8 10,5 (1) Sem incluir custos de reestruturação. Em 2002, as receitas das novas áreas de negócio da SIC representaram 22,2% da facturação total, contra os 20,4% em 2001. Esta evolução, conseguida devido ao crescimento dos canais temáticos e da SIC Internacional, permitiu compensar, parcialmente, a quebra de receitas verificada no exercício, principalmente por parte da SIC Filmes.

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3.2. Evolução das quotas de audiências e de investimento publicitário

Em 2002, ano em celebrou o seu décimo aniversário, a SIC generalista liderou o mercado de televisão em termos de média anual de audiências, mantendo-se assim como o canal mais visto, em cada ano, desde 1995. No universo total da televisão, o share anual de audiências foi de 31,5%, contra 31,4% da TVI, 21,1% da RTP, 9% dos canais temáticos do cabo e 1,7% do satélite e vídeo. Em 2002, a SIC sofreu uma erosão das suas receitas publicitárias, que desceram 10,8%, deviso à queda de investimento, que afectou todo o mercado publicitário. O mercado de publicidade em televisão aberta apresentou um decréscimo na ordem dos 10,2% em 2002, após a queda de 8,4% verificada em 2001. A SIC conseguiu, no entanto, absorver o impacto da redução do share de audiências de 34% para 31,5% em 2002, tendo mesmo logrado aumentar a sua quota de mercado de facturação líquida do volume total de investimento no sector, de 41,6%, em 2001, para 42,1%. Este facto ficou a dever-se, não só à implementação da estratégia de motivação do mercado, para aumentar a ocupação publicitária nos meses de “baixa”, como, principalmente, ao ganho de audiências no período do “prime-time”, durante o último trimestre. Como resultado, as receitas de publicidade no 4º trimestre desceram apenas 2%, contra uma descida de 10% do mercado no mesmo período. 3.3. Estratégia de Programação

A descida das receitas publicitárias obrigou a um esforço grande de redução de custos, mas, mesmo com essa condicionante, a estratégia de programação delineada atingiu os seus objectivos. A SIC recuperou a liderança durante 5 meses consecutivos, para o que o reality show “Masterplan” teve papel relevante, reduzindo, comparativamente ao final de 2001, a diferença para a TVI no prime-time e garantindo, assim, a liderança global da SIC, na audiência anual de 2002. Importa ainda destacar outros dois eixos centrais da estratégia de programação − a reabilitação do prestígio da novela brasileira e a implementação de uma política sistemática de produção nacional. Com a exibição de “Coração de Estudante”, a SIC recuperou a liderança num período essencial, o acesso ao horário nobre. Com a novela “O Clone” atingiu também níveis de audiência importantes, no prime-time, garantindo a fidelização de um público muito consistente. Face a estes resultados, a SIC renovou, por mais 4 anos, a terminar em 2007, o seu contrato de compra (em exclusivo) de programas com a Rede Globo. Quanto ao segundo eixo, por forma a fazer face à necessidade de redução de custos, produziram-se, ao longo de 2002, internamente em co-produção ou por encomenda a produtores independentes, os seguintes novos programas:

• Na primeira metade do ano, “Fúria de Viver”, “Às 2 por 3”, “Fora de Série”, “Masterplan”, “Catarina.com”, “Super Sábado”, “Linha da Sorte”, “Especiais Herman”;

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• Na rentrée, a partir de Setembro, “Não há Pai”, “Olhar da Serpente”, “Fun Totil” “Totil Total”, o novo “Disney Kids”, “Iô-Iô”, “Mentes Brilhantes”, “75 Horas de Hipnotismo”, “101 Horas de Dança”, “O meu nome é Ágata”, “A casa do Toy”.

A SIC continuou a garantir uma forte adesão popular, que se reflectiu nas suas audiências muito equilibradas em todos os períodos horários e, em especial, a preferência dos públicos-alvo mais jovens (dos 4 aos 34 anos). A política de eventos, posta em prática no final do ano, deu igualmente bons frutos, pela curiosidade gerada e pela criação de uma imagem de dinamismo. De realçar, igualmente, a renovação de caras em antena, com o aparecimento de novas personalidades televisivas, como foram os casos de Marisa Cruz, Jorge Mourato, Fernanda de Freitas, Maria João Simões, ou o relançamento do actor Camacho Costa (infelizmente, entretanto falecido). Na área da Informação, a SIC acompanhou os grandes acontecimentos nacionais e internacionais, mantendo o seu perfil de estação de referência dos portugueses. A nível nacional, a SIC esteve em todos os eventos que marcaram o ano. A SIC inovou na cobertura da campanha eleitoral e garantiu o único frente-a-frente entre os principais candidatos a primeiro-ministro. Foi um debate ímpar e decisivo, entre Durão Barroso e Ferro Rodrigues, que mereceu o aplauso geral. A SIC destacou-se na revelação dos principais acontecimentos que abalaram a justiça portuguesa: o "caso Moderna", as demissões na Polícia Judiciária; as detenções na GNR, na PSP e nas Finanças. Foi a SIC que revelou, numa investigação em parceria com o Expresso, a rede de pedofilia, envolvendo crianças da Casa Pia, que marcou sem dúvida o ano noticioso. Foi, também, a SIC a única estação a cobrir a “Volta a Portugal em Bicicleta”, um outro evento que aproxima a estação e a marca SIC ao "país real", tal como sucedeu com a itinerância do “Primeiro Jornal” da SIC, que, na última semana de cada mês, foi emitido, em directo, a partir das principais cidades portuguesas, levando a todo o país as especificidades, os problemas e a cultura particular de cada região. No ano de 2002, a SIC manteve a tradição: cinco prémios de jornalismo foram atribuídos aos seus repórteres:

• "Condomínio Privado" , de João Ferreira - Grande Prémio Reportagem de Televisão, do Clube Português de Imprensa;

• "Morte Anunciada", de Luís Garriapa - Prémio de Jornalismo da Rede Portuguesa de Cidades Saudáveis;

• "A Leste do Paraíso", de Augusto Madureira - duas menções honrosas pelos prémios AMI 2001 - o Jornalismo contra a indiferença;

• "A Leste do Paraíso", de Augusto Madureira, prémio "O futuro da Europa", da Comissão Europeia;

• "A Leste do Paraíso", de Augusto Madureira - prémio de Direitos Humanos, da Comissão nacional dos Direitos Humanos.

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O ano de 2002 foi também um ano de mudança na informação da SIC: a imagem gráfica e os cenários foram renovados, os métodos de gestão e de trabalho reorganizados, o quadro de pessoal reduzido e, finalmente, concretizaram-se poupanças operacionais significativas. 3.4. Venda de Conteúdos

Na área da venda de conteúdos, além do fornecimento regular de imagens de arquivo a produtoras nacionais e internacionais, a SIC reforçou a sua intervenção no mercado, destacando-se as seguintes operações:

• Venda de telenovelas e mini séries como “Ganância”, “A Viúva do Enforcado”, “Médico de Família” ou “Grande Reportagem”, para emissão em vários países como: Angola, Cabo Verde, Koweit, Estados Unidos, etc.

• Rentabilização de direitos de cabo assegurados por contratos com produtores estrangeiros, fornecendo longas metragens para os canais premium da TV Cabo.

• Venda de imagens de informação diária e apoio técnico em eventos para as principais estações de televisão e agências noticiosas do mundo (Eleições em Portugal, Mundial de Futebol na Coreia/Japão, etc).

• Renegociação do contrato com a TAP relativo à emissão do "Jornal da Noite a bordo", com reforço da parceria através da negociação de um novo vídeo turístico (Azulejo).

• Continuação do contrato com a CP para o fornecimento de programas para exibição nos comboios desta empresa.

3.5. Canais Temáticos

Os canais temáticos da SIC, 30 meses após o lançamento do primeiro projecto, são uma referência entre os canais de cabo, com cerca de 24,1% da audiência total do cabo. Os três canais, considerando receitas de subscritores e publicidade, representaram 16,6% das receitas totais da estação em 2002. 3.5.1. SIC Radical

O ano de 2002 foi de afirmação da SIC Radical. O canal conseguiu estabelecer-se como líder incontestado no segmento 15/24 anos, no âmbito dos canais temáticos da TV Cabo. A nível global da audiência dos canais temáticos, a SIC Radical conseguiu uma audiência de 5,9 % e um óptimo 4º lugar na lista dos canais mais vistos. Foi o ano de estreia do programa “Cabaret da Coxa”, que é, actualmente, o programa de maior audiência do canal. A produção nacional mereceu destaque em 2002: “Curto Circuito”, “Nutícias”, “Cine XL”, “Curtas”, “Dance TV”, “Ah Leão” e “Rec” são os melhores exemplos do esforço de produção de conteúdos falados em português. O apoio aos novos projectos de música portuguesa foi outro dos destaques de 2002. A SIC Radical lançou discos no mercado, fomentou o aparecimento de novos valores, apoiou concertos, esteve em directo nos principais Festivais de Verão, estabelecendo sinergias com a SIC, SIC Notícias e SIC Online.

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O cinema teve, também, um papel decisivo na SIC Radical em 2002. O canal passou a transmitir filmes, com assinaláveis resultados de audiências, e apoiou e promoveu passatempos relacionados com estreias nacionais nas salas de cinema. 3.5.2. SIC Gold

Em 2002, a SIC Gold passou por um período de transição - foi implementada uma nova estratégia de se assumir como um canal de clássicos da televisão para toda a família e não apenas um canal de multidifusão de programas originais da SIC. A partir de Abril de 2002, com o slogan "SIC sempre Gold" e um novo pacote gráfico, o canal passou a conter produção estrangeira, originalmente transmitida no território nacional por outros canais de televisão. "Raízes", "Fama", "Alf" e "Falcon Crest" foram as primeiras apostas, que conviveram com a programação de arquivo SIC. Foi ainda neste ano que o "Jornal da Noite" da SIC passou a ser repetido na SIC Gold, todos os dias à meia-noite. A SIC Gold terminou o ano em 9º lugar de entre os canais temáticos da TVCabo, à frente de canais como o Odisseia, Eurosport, MTV e História. 3.5.3. SIC Notícias

Dois anos depois do seu início, a SIC Notícias continuou a ser o canal temático mais visto da TV Cabo, com uma audiência média de 14,9%. No ano de 2002, a SIC Notícias obteve uma audiência média total de 1.350.000 telespectadores, tendo captado mais 300.000 do que em 2001. Em 2002 a SIC Notícias acompanhou, a par e passo, o Mundial de Futebol com o programa “Linha-do-Oriente”, criou a “Edição da Tarde” e a “Edição do Meio-Dia”, reestruturou o “Jornal das 9” e criou um “Frente-a-Frente” diário, com diversos convidados. Os acontecimentos de relevo da agenda nacional e internacional mereceram, naturalmente, um acompanhamento especial, em directo e com aproveitamento de sinergias com a SIC generalista. No Verão, a SIC Notícias foi ao encontro dos seus telespectadores, realizando, ao longo da costa portuguesa, o programa diário “Heróis do Mar”. O espaço para debate foi privilegiado com emissões especiais, de que foi exemplo o caso “Moderna”, o debate sobre o avanço da extrema-direita na Europa, a “Festa da Música” e ainda o destino do Parque Mayer. No entanto, apesar do sucesso de audiências, a SIC Notícias conheceu um ano difícil em termos económico-financeiros, tanto por acréscimo de custos, como por diminuição de receitas. Os desinvestimentos de alguns patrocinadores de programas representaram variações significativas no orçamento de receitas – na ordem dos 400 mil euros - e fizeram com que o ano fechasse com cash-flow operacional positivo mas com resultado líquido negativo.

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3.6. SIC Internacional

Prosseguindo a aposta de internacionalização da sua actividade, durante o ano de 2002 a SIC Internacional consolidou a sua presença junto das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo, através das seguintes acções:

• Renegociação dos acordos de distribuição na Europa, nomeadamente, em França (TPS e NOOS) na Suíça (Télégenève e Cablecom) e no Luxemburgo (Eltrona).

• Renegociação dos acordos de distribuição nos EUA (SPT) e no Canadá (FP-TV). Nos EUA solidificou a sua presença através do crescimento no sistema DTH.

• Continuação da distribuição em África, nomeadamente, em Angola, Moçambique e África do Sul, através da plataforma digital Multichoice.

• Continuação da distribuição na Austrália e na Nova Zelândia, com possibilidade de abranger também Timor e Macau, através da plataforma digital TARBS.

3.7. SIC Online

Em 2002, a SIC Online procedeu a uma reestruturação da sua actividade, reduzindo substancialmente as equipas editorial, multimédia e técnica. Alterou o sistema de publicação, manteve a linha editorial, reforçada com a aposta na colocação de vídeos online, com uma oferta claramente orientada para a banda larga e com uma qualidade de emissão inigualável em Portugal. Obteve, em Outubro e Dezembro, os maiores níveis de audiências de sempre. Ainda numa óptica de total racionalização de meios e de diversificação do modelo de negócio, lançou, já no início de 2003, o serviço de teletexto da SIC. A SIC Online continua, cada vez mais, a orientar a sua política para os conteúdos pagos, tendo sido pioneira ao disponibilizar micro-pagamentos por SMS para acesso por apenas 24 horas. Lançou, também, assinaturas, mensais e anuais, para acesso a conteúdos exclusivos em vídeo ou multimédia. Apesar destes sucessos, as receitas continuaram abaixo do previsto, pelo que a SIC Online teve de proceder a cortes nos custos de estrutura, incluindo pessoal, ao longo do ano 2002. O cash-flow operacional negativo atingiu o montante de 2,9 milhões de euros. 3.8. SIC Serviços

Constituída no final de 2001, a SIC Serviços começou, de facto, a sua actividade em 2002. A empresa finalizou o ano com um resultado negativo de 1,7 milhões de euros. Neste valor estão incluídos custos de reestruturação no montante de 279 mil euros e uma provisão adicional de 1,25 milhões de euros referente a rescisões de contratos de pessoal a concretizar em 2003. De acordo com os objectivos que nortearam a sua criação, a SIC Serviços desempenhou, como actividade principal, o fornecimento de serviços técnicos à SIC e à SIC Notícias. Em 2002, a SIC Serviços assumiu, ainda, a responsabilidade pela informática e pela gestão dos planos de investimento das empresas do grupo SIC.

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A vertente de prestação de serviços a outras entidades ainda está no seu início. Conseguiram-se alguns contratos exteriores ao grupo SIC, destacando-se a montagem de operações especiais para a BBC, RAI, TVE, TV Galiza e APTN, conquistando, assim, a preferência e a confiança destes operadores. 3.9. SIC Filmes

Em 2002, a SIC Filmes diminuiu a sua actividade, devido à redução drástica dos patrocínios no sector audiovisual. A SIC exibiu, em 2002, os telefilmes "8:8", "Jogo da Glória" e "Pulsação Zero", todos produzidos pela SIC Filmes. 3.10. Situação económico-financeira consolidada

O ano de 2002 ficou marcado por um grande esforço de redução de custos na SIC. As principais medidas foram tomadas no final de 2001, mas como o mercado publicitário não deu sinais de recuperação, foi implementado um novo programa de redução de custos durante a segunda metade do ano em análise. Em 2002, a SIC, em termos consolidados, conseguiu reduzir os seus custos operacionais em 26,6 milhões de euros, representando uma descida de 16,6%, com ênfase para a descida dos custos de programação na SIC generalista em 26,2%. No entanto, em 2002 aconteceu um aumento dos custos nos canais temáticos, principalmente na SIC Radical, visto ser o primeiro ano completo de exploração em 2002, versus apenas 8 meses de emissão em 2001. Se considerarmos, em termos comparativos, o total das actividades da SIC, a redução de custos rondou 28,4 milhões de euros. Esta descida dos custos compensou a redução de 9,7% nas receitas totais da SIC e permitiu atingir um cash-flow operacional (EBITDA) positivo de 452 mil euros no final de 2002, sem custos de reestruturação, contra os 11,8 milhões de euros negativos apurados em 2001. A segunda fase do plano de poupanças, implicou uma nova redução de pessoal, principalmente no 4º trimestre de 2002. Este movimento levou à criação de estímulos à rescisão, voluntária e por mútuo acordo, de contratos de trabalho. As rescisões amigáveis, no conjunto de empresas SIC, abrangeram 68 pessoas, com um custo global de 3,8 milhões de euros. Considerando que alguns processos transitaram para 2003, foi decidido provisionar, ainda em 2002, o montante adicional de 2,5 milhões de euros. Em 2002, houve um aumento do nível de amortizações para 14,2 milhões de euros, como reflexo dos investimentos realizados durante 2001, nomeadamente, os novos equipamentos relacionados com o arranque da SIC Notícias e do arranque da SIC Online. Os resultados líquidos foram, por outro lado, penalizados por resultados extraordinários negativos no montante de 2,4 milhões, resultantes do registo contabilístico de perdas em existências. Os resultados líquidos consolidados da SIC continuaram, assim, em território negativo, fechando o ano 2002 com –19,3 milhões de euros, o que representou, contudo, uma melhoria de 29% em relação ao registado no final de 2001.

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3.11. Perspectivas para 2003

A reestruturação efectuada na SIC teve como principal objectivo atingir uma rentabilidade positiva e, neste âmbito, as medidas tomadas, ainda em 2002, para controlo de custos de pessoal, de programação e de fornecimentos e serviços externos permitem encarar com confiança o futuro próximo. Com o objectivo de optimizar os recursos e potenciar as sinergias organizacionais, foi decidido, em Novembro de 2002, nomear um Director-Geral, com responsabilidade no conjunto das empresas SIC. Apesar das dificuldades que ainda se antevêem, 2003 será um ano de apostas da SIC, nomeadamente, a venda de publicidade regional, o lançamento de um novo canal temático − SIC Mulher − e o início de actividade da SIC Indoor Quanto à SIC generalista, pretende-se, para 2003, manter o ”power-ratio” (“share” do mercado publicitário/”share” de audiências) e implementar a redução da comissão de agência de 15% para 11,5%, conseguindo uma melhor performance das receitas líquidas. A estratégia de programação para 2003 passa por criar uma linha de produção de ficção nacional, definida em função dos públicos alvo, para manter e reforçar a liderança global das audiências obtida em 2002, melhorando os resultados no horário nobre. 4. Jornais Tabela 3. Indicadores dos Jornais

(valores em M€) 2002 2001 Variação (hom) Total Receitas 50,5 58,1 -13,0% Publicidade 35,8 44,1 -19,1% Vendas Jornais 13,5 11,9 13,5% Outros 1,2 2,0 -40,0%

Receitas por Jornais Expresso 42,3 48,4 -12,6% Jornal da Região 3,9 5,8 -28,4% Outros 4,3 3,9 10,3%

EBITDA Consolidado (1) 6,1 6,7 -8,7%

Margem 12,1% 11,5% Custos com Reestruturação 1,9 1,6 (1) Sem incluir custos de reestruturação. O segmento de jornais atingiu, durante o ano de 2002, receitas consolidadas de 50,5 milhões de euros, o que significou uma descida de 13% relativamente a 2001. A evolução das receitas

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tem sido prejudicada pela quebra do investimento publicitário, apesar do crescimento registado nas vendas de jornais. Assim, enquanto as receitas de publicidade caíram 19,1%, descida comum a todos os jornais do grupo, destacando-se o Expresso, que diminuiu 14,8%, e o Jornal da Região, com uma queda de 28,4%, as vendas de jornais tiveram um comportamento positivo, com um aumento de 13,5%, devido ao especial contributo do aumento de vendas do Expresso, vendas dos novos produtos (extensão da marca Expresso) e à redução da comissão de distribuição ocorrida no 2º semestre. Tabela 4. Circulação dos Jornais

2002 2001 Variação (hom) Expresso 141.507 138.131 2,4% Blitz 12.198 13.182 -7,5% AutoSport 13.298 15.190 -12,5% Surf Portugal 3.387 3.250 4,2% Jornal da Região (1) 34.084 62.759 -45,7%

Fontes: APCT e IMPRESA (1) média por edição Neste segmento, é de realçar, em termos de custos operacionais, a descida de 9,8% registada em 2002, resultante do controle apertado dos custos e da descida do preço de papel. No entanto, perante a manutenção das condições adversas no mercado publicitário, foram tomadas várias medidas adicionais, com um impacto de 1,9 milhões de euros em custos de reestruturação, resultante da redução de 7,3% nos efectivos desta área de negócio, com principal destaque para o Jornal da Região. De referir, também, a necessidade de reforço do Fundo de Pensões da Sojornal, em 777,5 mil euros, para compensar o aumento das responsabilidades passadas e a quebra de rentabilidade do Fundo nos últimos exercícios. Apesar da quebra do investimento publicitário, o aumento das vendas de jornais e os cortes nos custos operacionais permitiram que o cash-flow operacional (EBITDA) no montante de 6,1 milhões de euros, representasse, sem contabilização dos custos de reestruturação, uma margem de 12,1%, comparativamente a 11,5% atingidos em 2001. 4.1. EXPRESSO

No jornal Expresso, as receitas totais desceram 12,6%, atingindo o montante de 42,3 milhões de euros. A quebra de receitas deveu-se à evolução negativa do investimento publicitário. O jornal Expresso obteve receitas de publicidade de 29,5 milhões de euros, o que representou uma queda de 14,8%, resultante da combinação dos seguintes factores: a publicidade tradicional

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desceu 13,4%, a área de classificados de emprego sofreu uma queda substancial de 33,4% e o imobiliário registou uma subida de 8,4%. Por outro lado, o jornal Expresso registou, em 2002, o seu segundo melhor ano de circulação. A tiragem média, em 2002, foi de 161.604 exemplares por edição, o que corresponde a um aumento de 1%, com a circulação média a atingir os 141.507 exemplares, representando um ganho de 2,4%. Este ganho de circulação foi significativo pois aconteceu num ano em que o preço de capa aumentou 4,6%. O total de receitas de circulação, em 2002, atingiu assim 12,7 milhões de euros, ou seja, um ganho de 14,5% em relação a 2001. Como forma de reacção à crise instalada no mercado publicitário, a empresa implementou, em 2002, um plano de redução de custos, que, entre outras iniciativas, passou pelo decréscimo do número de funcionários, com um custo global de reestruturação de 871 mil euros, e por alterações editoriais, que permitirão poupanças significativas, em 2003, em termos de custos de produção do jornal. O controle de custos, a descida do preço do papel e a diminuição da estrutura permitiram reduções dos custos operacionais, tendo o cash-flow operacional (EBITDA) registado melhorias, apesar da quebra das receitas. Exceptuando os custos de reestruturação e a contribuição extraordinária para o fundo de pensões, o cash-flow operacional atingiu os 4,6 milhões de euros, em 2002. No ano em análise, a Sojornal procedeu à alienação do seu edifício situado na Rua Duque de Palmela, bem como à permuta, com a Câmara Municipal de Lisboa, do edifício que possuía na Travessa do Poço da Cidade, por dois lotes de terreno no Alto da Belavista. Estas duas operações geraram mais valias de 4,2 milhões de euros. No entanto, na sequência destas operações e considerando a mudança da Sojornal para novas instalações no Edifício S. Francisco de Sales, em Paço de Arcos, a ocorrer durante o primeiro trimestre de 2003, foi necessário provisionar, em 2002, abates extraordinários de imobilizado, no montante de 143,5 mil euros. Em 2002, foram tomadas várias iniciativas, que marcarão os próximos anos do Expresso, nomeadamente:

• Estratégia de conquista e fidelização de novos segmentos publicitários onde o Expresso tradicionalmente não tem estado presente – através de produtos editoriais como as revistas extra Expresso Moda e Expresso Vinhos.

• Obtenção de receitas alternativas, com: • o lançamento do primeiro Anuário Expresso e do primeiro “Livro da Boa Cama e Boa

Mesa”; • o lançamento do livro “Dicionário Político à Portuguesa” de José António Saraiva que

inaugurou o que se espera venha a ser o início da edição de títulos de autores “da casa” a lançar sob a chancela do Expresso.

• Lançamento de outras iniciativas, como o Mapa de Portugal, o Guia dos Impostos, o Guia dos Museus e o coleccionável Rotas dos Castelos de Portugal.

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No seu conjunto, estes lançamentos tiveram um êxito assinalável, com receitas adicionais de cerca de 1 milhão de euros, tendo esgotado nas bancas as edições do Guia e do Anuário. Para além dos bons resultados económicos, estes produtos representam apostas importantes, a médio e longo prazo, para a fidelização dos actuais leitores e captação de novos, tendo já contribuído para o aumento das vendas do Expresso em 2002. No último trimestre, procedeu-se a uma reformulação gráfica do Cartaz, que permitiu importantes poupanças em termos de custos de produção, e que abriu caminho ao nascimento, já em 2003, do novo caderno de cultura com a designação “Actual”. Para 2003, perspectiva-se a manutenção do investimento publicitário na imprensa. No entanto, considerando a descida do preço de papel, as reformulações editoriais, de que importa salientar o nascimento da “Única”, resultante da fusão entre a Revista e o caderno Vidas, e o aumento do preço de capa para 2,9 euros, é possível prever um aumento do resultado e das margens operacionais da empresa. 4.2. JORNAL DA REGIÃO

O ano de 2002 foi um ano particularmente difícil para a Publiregiões, editora do Jornal da Região, detida em 60% pela IMPRESA, essencialmente pela quebra do mercado publicitário, única forma de sustentação do negócio desta sociedade. O Jornal da Região facturou 3,9 milhões de euros, o que representou uma descida de 28,4% em relação a 2001. O cash-flow operacional (EBITDA) foi negativo em 1,15 milhões de euros, mas, mesmo assim, 17% melhor que o valor registado em 2001. De salientar que o cash-flow operacional, em 2002, foi penalizado com 208 mil de euros de custos de reestruturação. No final do 1º semestre foi decidido avançar com uma profunda reestruturação. O encerramento de 2 edições em Lisboa, e, em Junho, das 3 edições do Norte, foi a parte visível de uma reestruturação que envolveu vários aspectos, nomeadamente, redução de tiragens, alteração da distribuição, nova imagem e alterações editoriais. Esta reformulação veio permitir uma melhoria substancial da rentabilidade do Jornal da Região, na segunda metade do ano. Assim, tivemos: 1º Semestre 2002 Com 12 edições, tiragem total semanal de 479 mil exemplares, uma

facturação de 2,1 milhões de euros, 82 empregados e um cash-flow operacional negativo de 963 mil euros.

2º Semestre 2002 Com 9 edições, tiragem total semanal de 230 mil exemplares, facturação

de 1,7 milhões de euros, 46 empregados e um cash-flow operacional negativo de apenas 187 mil euros.

Actualmente, o Jornal da Região edita 9 edições na região da Grande Lisboa, com uma tiragem média de 34.084 exemplares. Para 2003 perspectiva-se outro ano difícil, uma vez que a falta de confiança e redução de consumo fazem prever a quebra do mercado publicitário, em particular naqueles segmentos em que o Jornal da Região se posiciona, nomeadamente, emprego, imobiliário e comércio local.

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Por outro lado, há uma crescente concorrência dos jornais diários na área dos classificados. Por estas razões, será necessário reforçar o controle de custos e encontrar novas formas de gerar proveitos. 4.3. BLITZ

No que respeita ao jornal Blitz, detido em 100% pela IMPRESA, a facturação total, atingida em 2002, foi de 1,2 milhão de euros, ou seja 21% inferior a 2001. Esta quebra de receitas deveu-se à descida de 26,4% no investimento publicitário e ao facto de não se ter realizado o Prémio de Música Blitz, que, em 2001, representara 135 mil euros. A tiragem média, em 2002, foi de 20.011 exemplares, valor semelhante ao ano transacto. A circulação atingiu uma média de 12.198 exemplares, cerca de 7% inferior à registada em 2001. De salientar que, em 2002, houve um aumento substancial do número de assinantes. Com o aumento do preço de capa, as vendas de jornais só sofreram uma redução de 2%. Houve um controle rigoroso de custos, o que permitiu que o cash-flow operacional (EBITDA) tivesse crescido 54% para 112 mil euros, obtendo uma margem de 8,9%. Face à mudança de instalações, a efectuar no 1º trimestre de 2003, foi necessário proceder ao inventário do imobilizado o que implicou a regularização de diversos items no montante de 222 mil euros, com impacto nos custos extraordinários do exercício de 2002. Para o ano 2003, a aposta continuará assente no desenvolvimento de acções que permitam captar maior investimento publicitário e patrocínios, como o relançamento do Prémio de Música, aumentar a circulação e continuar com o processo de redução de custos. 4.4. AUTOSPORT

O Autosport, semanário automóvel detido em 50% pela IMPRESA, celebrou, em 2002, os seus 25 anos de existência. Este evento não impediu que o total das receitas do Autosport descessem 22,7%, atingindo os 1,3 milhões de euros em 2002. Pelo terceiro ano consecutivo, o sector automóvel viveu mergulhado na crise. Os meios especializados, como o Autosport, foram ainda mais sacrificados, tendo as receitas de publicidade registado uma quebra de 35%, em 2002. Por outro lado, o desporto automóvel não constituiu grande motor de vendas de jornais. O campeonato de Formula 1 ficou praticamente decidido em Julho e o campeonato Mundial de Rallyes perdeu interesse interno pelo afastamento do Rallye de Portugal. Deste modo as vendas do jornal atingiram 553 mil euros em 2002, cerca de 10,8% inferiores ao exercício anterior. Apesar do esforço, a redução dos custos operacionais, em 20%, não foi suficiente para suster a quebra do cash-flow operacional (EBITDA) cuja margem desceu para 6,4% versus os 18,4% registados em 2001.

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O início do ano de 2003 não é mais do que a continuidade da crise do sector automóvel, mas porque o ano anterior registou quebras muito acentuadas, perspectiva-se no sector alguma reacção para inverter esta situação. Estes sinais abrem maiores possibilidades para encontrar parceiros que permitam lançar novas iniciativas no futuro próximo. 4.5. SURFPORTUGAL

Durante 2002, a revista Surfportugal, detida em 99% pela IMPRESA, continuou a registar ganhos na sua circulação, com um crescimento de 4%, passando para 3.387 exemplares. Este ganhos de circulação não impediram, contudo, que as receitas de publicidade diminuissem 22,7%, em 2002. As receitas totais desceram 19%, enquanto a margem do cash-flow operacional (EBITDA) desceu para 8,7% contra os 16,4% registados em 2001. Para 2003, mantêm-se o objectivo primordial de aumentar a circulação e a notoriedade da publicação e esperar a retoma do mercado publicitário para melhorar a performance. 4.6. CINFORMA

Durante o ano de 2002, a Cinforma, detida em 100% pela IMPRESA, consolidou a sua actuação enquanto empresa prestadora de serviços de pré-press aos jornais do grupo IMPRESA – Expresso, Blitz, Jornal da Região e AutoSport – e também a outros editores externos ao grupo, nomeadamente O Jogo, e diversos títulos clientes da Imprejornal. As receitas atingiram 1,6 milhões de euros em 2002, o que significou uma redução de 9,5%, resultado da quebra no investimento publicitário e consequente redução do número de páginas editadas, e, em alguns casos, redução do número de edições. O cash-flow operacional (EBITDA) apurado foi de 35 mil euros, e inclui custos com indemnizações de 64 mil euros. Sem considerar os custos de reestruturação o cash-flow operacional teria sido superior ao registado em 2001. Para 2003, apesar do contexto de mercado ainda difícil, mas considerando as reduções de estrutura ocorridas e provisionadas em 2002, projecta-se uma exploração equilibrada para a Cinforma. 4.7. IMPREJORNAL

O ano de 2002 caracterizou-se por ser um período muito difícil. A quebra do investimento publicitário teve como resultado uma diminuição generalizada no número médio de páginas impressas, tendo alguns editores reduzido as suas tiragens. Em 2002, a facturação de serviços atingiu o montante de 4,8 milhões de euros, um decréscimo de 26% face a 2001. O cash-flow operacional (EBITDA) apurado atingiu os 1,46 milhões de euros.

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Em 2002, os investimentos rondaram os 400 mil euros. Destes investimentos destacou-se a grande intervenção na rotativa, levada a cabo durante o mês de Agosto, sem afectar a produção normal da empresa. Para 2003, estão previstos investimentos na ordem de 80 mil euros. Ainda para o ano de 2003, espera-se a manutenção dos actuais clientes, embora se preveja uma redução das tiragens por parte de alguns deles. Para compensar esta eventual quebra de produção, serão incrementadas acções comerciais na perspectiva de angariação de novos clientes. 5. Revistas Tabela 5. Indicadores Revistas

(valores em M€) 2002 2001 Variação (hom) Total Receitas 72,7 75,4 -3,6% Receitas de Publicidade 33,6 37,2 -9,7% Vendas Revistas 35,5 33,3 6,6% Outros 3,6 4,9 -24,5%

EBITDA Consolidado (1) 13,8 8,9 55.1%

Margem 19,0% 11,9% Custos de Reestruturação 0,6 3,1 Fonte: IMPRESA (1) EBITDA ajustado de custos de reestruturação. Na área de revistas, a actividade esteve condicionada pela conjuntura desfavorável do mercado publicitário, embora parcialmente compensada pelo bom momento que registou nas vendas de publicações. As receitas totais da ACJ decresceram, em 2002, 3,6% relativamente a 2001, atingindo-se cerca de 72,7 milhões de Euros. Para esta quebra contribuiu essencialmente a quebra no mercado publicitário, que, no segmento da imprensa não diária, teve uma retracção de 12,5%. As receitas de publicidade da ACJ desceram 9,7%, em 2002. No entanto, o crescimento das circulações verificado durante o ano e respectivos níveis de audiências permitiram inverter a tendência descendente nas receitas de publicidade, as quais, no 4º trimestre de 2002, já apresentaram um crescimento de 7,1%. As dinâmicas editorial e comercial implementadas durante 2002, com enfoque na divulgação das principais marcas na TV, assim como uma política de relançamento de títulos, permitiram ganhos de circulação significativos, com a obtenção de um crescimento de cerca de 8%. Apesar do menor número de títulos publicados em 2002, as receitas de circulação cresceram 6,6%. Com uma recuperação sustentada das circulações, as vendas de publicações representaram 49% do total das receitas da ACJ.

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O relançamento de revistas, alterações editoriais e promoções especiais permitiram a recuperação das circulações, conforme está demonstrado na tabela 6. É de salientar o comportamento de várias revistas, nomeadamente:

• Novo recorde de vendas da VISÃO, que, ultrapassando a barreira dos 110 mil exemplares em 2002, representou um aumento de 8,7%, reforçando a sua posição de mercado. Para este nível de vendas, muito contribuiu o sucesso do lançamento do Guia das Praias, durante os meses de Verão.

• O relançamento da Cosmopolitan, que aumentou a sua circulação em 27,9%, atingindo um novo recorde de vendas, com valores superiores a 58 mil exemplares.

• A Activa, que, com o crescimento das suas vendas em 38,2% e ultrapassando a barreira dos 80 mil exemplares, registou o segundo melhor ano de sempre.

• Grande recuperação, principalmente no 2º semestre, da Exame Informática que cresceu quase 20% em 2002.

Tabela 6. Circulação de Revistas 2002 2001 Variação (hom) Activa 80.320 58.110 38,2% Cosmopolitan 57.635 45.047 27,9% Exame Informática 37.775 31.538 19,8% Caras 112.312 102.470 9,6% Visão 110.494 101.660 8,7% TV Mais 82.619 76.877 7,5% Exame 23.263 22.049 5,5% Telenovelas 154.652 147.161 5,1% Super Interessante 52.991 53.603 -1,1% Auto Guia 13.629 13.869 -1,7% Casa Cláudia 28.529 29.263 -2,5% Jornal de Letras 10.371 10.693 -3,0% Caras Decoração 26.219 27.669 -5,2% Turbo 26.600 28.513 -6,7% Executive Digest 20.917 22.480 -7,0%

Fontes: APCT e IMPRESA Devido à quebra de actividade no exercício, a ACJ continuou a sua política de racionalização de custos, assente em dois pilares: contenção das tiragens das publicações e redução dos principais custos das publicações, nomeadamente produção. Esta estratégia, aliada às reestruturações efectuadas em 2001 e 2002, permitiu que os custos operacionais tenham descido 11,4% em 2002. Deste modo, a ACJ registou um aumento substancial das margens operacionais. Assim, o cash-flow operacional (EBITDA) atingiu os 13,8 milhões de euros, o que representou uma margem de 19%, comparativamente a 11,9%

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registados em 2001. A margem de 2002 corresponde ao valor mais alto apurado pela empresa, desde a sua constituição. Conforme já mencionado, a reestruturação, iniciada em 2001, continuou em 2002. Durante 2002, o número de trabalhadores foi reduzido em 7%, tendo-se encerrado o exercício com 468 trabalhadores. Com esta redução, a empresa incorreu em custos no montante de 607 mil euros. Ainda de referir o prosseguimento da política de redução do nível de stocks de produtos acabados, que, no final do ano, se situava em 567 mil euros. Este nível de stocks diminuiu, significativamente, como resultado de uma política de venda dos produtos armazenados e do aumento de provisões, no montante de 2,7 milhões de euros em 2002, para os produtos com maior antiguidade. O saldo final de existências, entre matérias-primas e produtos acabados, atingiu o valor de 3,8 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 25%.

Com a inauguração, em 2002, do novo edifício da sede da empresa, o investimento, realizado em leasing, foi de 15 milhões de euros, a um prazo de 15 anos. Apesar da evolução desfavorável das receitas totais, a redução dos custos permitiu que os resultados líquidos positivos atingissem 1,8 milhões de euros, contra um prejuízo de 3,7 milhões de euros obtidos em 2001. No final do exercício de 2002, a IMPRESA e a Edipresse adquiriram os 33,33% detidos, indirectamente, pelo grupo Abril. O valor desta aquisição, no montante de 23 milhões de euros, permitiu à IMPRESA e à Edipresse passarem a deter, cada uma, 50% do capital da empresa. Em Janeiro de 2003, a ACJ alterou a sua denominação para Edimpresa. Apesar de se prever para 2003 uma conjuntura adversa no mercado publicitário, perspectiva-se, com a manutenção da dinâmica actual, um aumento das receitas, o que, em conjugação com o controlo de custos e a descida do preço do papel, permitirá a continuação da subida do resultado e das margens operacionais. 6. Outras Actividades Para além dos segmentos atrás identificados, existe no grupo IMPRESA um conjunto de empresas que são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, nomeadamente a Vasp, a Portais Verticais.Com, a Lusa e a Portusat. No que se refere à Vasp, no final do primeiro semestre de 2002, foi concluído o processo de

concentração com a Deltapress, no seguimento do qual a IMPRESA reduziu a sua participação de 50% para 33,33%. Por esta razão, a Vasp deixou de ser consolidada pelo método proporcional, tendo esta alteração no perímetro de consolidação afectado a totalidade do exercício de 2002. Em 2002, a Vasp teve um crescimento de 55,3% nas receitas, que atingiram o valor de 137,6 milhões de euros. Este forte acréscimo foi fruto, não só do impacto da concentração da actividade no último trimestre, mas, também do aumento generalizado de venda dos títulos anteriormente distribuídos e da conquista de novos editores.

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Os resultados líquidos negativos apurados foram de 424 mil euros, mas neste valor estão incluídos 879 mil euros de custos de reestruturação e 455 mil euros de amortização de “goodwill” referente à aquisição da participação na Deltapress, tendo-se concluído ainda em 2002 todo o processo de integração das distribuidoras.

A Portais Verticais.Com, onde a IMPRESA detêm uma posição de 50%, participa em dois

portais, CasaGlobal e Exit, e teve uma contribuição negativa para os resultados da Impresa no montante de 3,1 milhões de euros. De referir, em relação ao portal Casaglobal, a decisão de suspender a sua actividade, reduzindo todos os seus custos ao mínimo possível, até surgir um melhor timing para o seu relançamento no mercado.

A Lusa, onde a Impresa detém uma participação de 22,35%, procedeu em 2002 a uma

reestruturação da sua actividade, com custos associados de 813 mil euros, o que lhe permitirá reduzir a sua estrutura de custos para os próximos anos. A aplicação da equivalência patrimonial dos resultados da Lusa implicou, para a IMPRESA, 711 mil euros negativos.

A Premium TV Portugal, SA, empresa em que a SIC e a Globo estão associadas ao grupo

Portugal Telecom, através da participada Portusat, onde a SIC detém 40% do capital, atingiu o número de 240 mil assinantes. A aplicação da equivalência patrimonial implicou para a IMPRESA um valor positivo de 198 mil euros.

As medidas tomadas em 2002 permitirão que este conjunto de empresas contribua positivamente já em 2003, principalmente com o regresso da Vasp aos resultados positivos. 7. Análise Financeira A IMPRESA atingiu, em 2002, receitas consolidadas de 250,7 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 9,3% face às contas pro-forma do ano transacto, tendo em conta a alteração do perímetro de consolidação, após a redução da participação na distribuidora Vasp de 50% para 33,33%. A evolução das receitas é explicada, essencialmente, pela descida de 12,3% nas receitas de publicidade, as quais, em 2002, ainda representaram 67,6% do total das receitas consolidadas. As outras receitas tiveram uma queda de 38,3%, com abrandamento da actividade por parte da SIC Filmes e dos serviços de impressão para terceiros. Por outro lado, houve um excelente comportamento na venda de publicações, que cresceu 8,4%, representando quase 20% do total. Também as receitas dos canais temáticos cresceram 18,1% e já representaram 8,5% do total de receitas. O ano de 2002 foi marcado por um enorme esforço de redução de custos. Procedeu-se a uma redução dos custos de programação de televisão, a um corte nos custos com pessoal, a um controle apertado dos custos variáveis, nomeadamente, do número de páginas e tiragens das publicações, para além de se ter assistido a uma descida dos preços de papel. Deste modo, os custos operacionais consolidados desceram 15,9%, o que representou uma poupança de 43,9 milhões de euros.

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Esta redução dos custos permitiu compensar o impacto resultante da descida das receitas, tendo o cash-flow operacional (EBITDA) atingido 18,8 milhões de euros em 2002, enquanto que, em 2001, fora apenas ligeiramente positivo em 220 mil euros. O cash flow operacional (EBITDA) foi ainda afectado pelos custos de reestruturação, que, em 2002, alcançaram os 6,4 milhões de euros, resultantes das indemnizações pagas, nomeadamente, na SIC, no Expresso, na ACJ e no Jornal da Região. O número de trabalhadores ao serviço das 3 principais áreas de negócio, no final de 2002, cifrou-se em 1.593, o que significou uma redução de 163 indivíduos, representando 9,3% do total, em relação aos números no final de 2001. O volume de provisões manteve-se elevado, rondando os 10,5 milhões de euros, e inclui uma provisão no montante de 3,9 milhões de euros para fazer face a custos com indemnizações a concretizar em 2003. Tabela 7. Conta de Exploração Consolidada (Valores em €uros) 2002 2001 2001 Var (vs proforma) Pro-forma

Receitas Consolidadas 250.690.901 276.492.262 301.046.470 -9,3% Televisão 130.352.359 144.425.126 144.425.125 -9,7% Jornais 50.544.938 58.124.484 58.124.484 -13,0% Revistas 72.758.490 75.471.131 75.471.131 -3,6% Distribuição 0 0 44.318.609Inter-segmentos -2.964.886 -1.528.478 -21.292.879 94,0% Custos Operacionais 231.891.784 275.829.155 300.443.731 -15,9% EBITDA Consolidado 18.799.117 221.211 602.739 n.a. EBITDA por áreas Televisão 452.228 -11.867.449 -11.867.449 n.a. Jornais 6.112.779 6.698.563 6.698.563 -8,7% Revistas 13.788.274 8.959.202 8.959.202 53,9% Distribuição 0 0 381.528Holding Ajustamentos -1.554.162 -3.569.105 -3.569.105 +143,5% Custos Reestruturação 6.413.505 14.763.107 14.763.107 -56,6% Amortizações (-) 21.588.909 19.478.387 19.738.239 10,8% Provisões (-) 10.556.456 10.217.913 10.219.608 3,3% Resultados Operacionais -19.759.753 -44.238.196 -44.118.215 55,3% Resultados Financeiros(-) 11.133.588 11.529.505 11.643.346 3,4% Goodwill(-) 9.861.671 9.861.671 9.861.671 0,0% Resultados Extraordinários(+) 331.006 -16.986.120 -16.986.120 n.a. Resultados Antes Imp.e Minoritários -40.424.006 -82.173.596 -82.609.352 50,8% Imposto (IRC)(-) -2.327.431 -13.275.575 -13.488.317 82,5% Interesses Minoritários(-) -10.131.387 -16.654.878 -16.878.209 39,2% Resultado Líquido Consolidado -27.965.188 -52.242.826 -52.242.826 46,5% (1) As contas pro-forma 2001 reflectem a alteração do perímetro de consolidação com a redução da participação na VASP de 50% para 33,33%.

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No que se refere a amortizações, é de registar um aumento de 10,8%, consequência dos investimentos efectuados ao longo do ano 2001, principalmente no que se refere à SIC Online. Os investimentos em 2002, se exceptuarmos a aquisição da participação financeira da Abril na ACJ, foram reduzidos, cifrando-se em 8,7 milhões de euros. Para 2003, os investimentos programados não devem ultrapassar os 10 milhões de euros, o que permitirá uma redução no valor das amortizações anuais. Os resultados operacionais negativos, no montante de 19,8 milhões de euros, registaram uma evolução favorável de 55,3% relativamente a 2001. Os resultados financeiros negativos de 11,1 milhões de euros em 2002 apresentaram uma descida de 3,4% em relação a 2001. Apesar do aumento do passivo remunerado e do aumento generalizado dos spreads, os juros suportados foram inferiores a 2001, como resultado das descidas das taxas de juro ocorridas durante 2002. Também de registar o crescimento dos ganhos cambiais, repercutindo a valorização do euro contra o dólar americano. Esta exposição à moeda norte-americana advém de a SIC ter uma percentagem significativa dos seus custos de programação indexados a essa moeda. Por outro lado, de referir o aumento significativo das perdas em empresas associadas, que atingiu os 3,75 milhões de euros, como resultado dos processos de reestruturação que ocorreram nas várias empresas participadas, nomeadamente, na Portais Verticais.Com, na Lusa e na Vasp, conforme anteriormente referido. A rubrica “Outros” inclui, em 2002, o montante de 1,5 milhões de euros referente ao reforço da provisão para fazer face às responsabilidades decorrentes dos acordos de “equity swaps”. Tabela 8. Resultados Financeiros Consolidados 2002 2001 Juros (-) 6.251.259 6.611.317 Descontos (-) 1.880.382 1.985.034 Diferenças de câmbio (+) 2.966.261 -291.864 Perdas em associadas (-) 3.750.477 2.294.583 Outros (-) 2.217.731 460.565 Total Resultados Financeiros (-) 11.133.588 11.643.346 A amortização anual de “goodwill” registou um valor de 9,86 milhões de euros em 2002. O aumento da participação na ACJ, que gerou um valor de “goodwill” de 21,4 milhões de euros, implicará um aumento da amortização anual em cerca de 1 milhão de euros a partir de 2003, inclusivé. O passivo bancário atingiu os 147,9 milhões de euros no final de 2002, ou seja, mais 30,6 milhões do que no final de 2001. Este aumento do endividamento deveu-se, principalmente, ao financiamento da aquisição da posição da Abril na ACJ e ao financiamento das necessidades de fundo de maneio da SIC. De salientar, que estas necessidades de fundo de maneio

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atingiram o pico nos meses do Verão, tendo-se assistido, desde daí até ao final do ano, à sua redução. Durante 2002, a IMPRESA alienou alguns activos considerados não operacionais. No início do ano, alienou a sua posição no operador móvel Oniway e, já no final, foi alienado o edifício do Expresso. No total geraram-se mais valias na ordem dos 4,3 milhões de euros. No entanto estes ganhos extraordinários foram absorvidos, em grande parte, pela contabilização de provisões para fazer face a potenciais perdas em existências e em imobilizado. Apesar da quebra nas receitas de publicidade, a redução dos custos operacionais e a melhoria da função financeira permitiram reduzir os resultados líquidos negativos consolidados de 52,2 milhões de euros em 2001 para 27,9 milhões de euros em 2002, ou seja, uma melhoria significativa de 46,5%. 8. IMPRESA na Bolsa No ano de 2002 como reflexo da progressiva degradação dos indicadores macro-económicos, quer em Portugal, como no resto da Europa e nos EUA, não se confirmou a recuperação dos mercados accionistas antecipada no início desse ano. No caso particular da IMPRESA, a não confirmação da recuperação do mercado publicitário, que se anunciava para o final de 2002, continuou a pressionar as receitas de publicidade. No entanto, o êxito no aumento das receitas de vendas de publicações, o crescimento dos canais temáticos e a redução de custos efectuada permitiram melhorar significativamente as margens operacionais durante 2002. Esta evolução positiva contribuiu para que as acções da IMPRESA tivessem um comportamento superior às suas congéneres europeias e mesmo ao mercado português. Em 2002, a cotação das acções da IMPRESA fechou a 1,9 euros, o que representou uma desvalorização de 15,5%. O índice EuroStoxx Media, no mesmo período, teve uma descida de 52,3% e o índice principal da Euronext Lisboa, o PSI-20, desceu 24,5%. A conjuntura bolsista adversa também se reflectiu na liquidez, com o registo de uma descida na média de transacções, que atingiu as 241 mil acções/dia, contra 277 mil acções/dia em 2001. 9. Perspectivas para 2003 Apesar de se prever, actualmente, que o investimento publicitário em 2003 se mantenha a níveis similares aos registados em 2002, a IMPRESA espera continuar a reforçar a sua quota de mercado do investimento publicitário, conforme aconteceu no 4º trimestre de 2002. Também para 2003, continua a haver uma aposta muito forte no crescimento das receitas geradas pelas publicações, quer por via do aumento das circulações, quer por aumentos de preços de capa.

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Mas 2003 será também um ano de novas apostas: a venda de publicidade regional, o novo canal temático SIC Mulher, o arranque do SIC Indoor e, espera-se, um ciclo de lançamento de novas publicações. No conjunto das suas actividades, o grupo IMPRESA prevê um crescimento das suas receitas totais, após dois anos de retracção. Este facto, conjugado com as poupanças expectáveis a realizar durante 2003, consequência dos esforços efectuados ao longo dos dois últimos exercícios, com as reformulações editoriais, a continuação do controle apertado dos custos variáveis e a manutenção da tendência de descida do preço de papel, permite antever melhorias na rentabilidade do grupo, com aumento do resultado e das margens operacionais. Lisboa, 17 de Março 2003

O Conselho de Administração

Francisco José Pereira Pinto Balsemão Luiz Fernando Teuscher de Almeida e Vasconcellos

Alexandre de Azeredo Vaz Pinto Fernando Maria Costa Duarte Ulrich

Francisco Maria Supico Pinto Balsemão

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

2001Activo Amortizações Activo Activo

Activo Notas bruto e provisões líquido líquido Capital próprio, interesses minoritários e passivo Notas 2002 2001

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:Imobilizações incorpóreas: Capital 52 e 53 72.000.000 72.000.000 Despesas de instalação 27 14.252.022 (9.860.228) 4.391.794 7.786.910 Prémios de emissão de acções 53 89.982.257 89.982.257 Despesas de investigação e de desenvolvimento 27 718.989 (461.790) 257.199 329.600 Reserva legal 53 281.051 281.051 Propriedade industrial e outros direitos 27 1.880.852 (1.263.791) 617.061 805.794 Resultados transitados 53 (46.468.813) 6.605.117 Trespasses 27 215.053.703 (39.918.455) 175.135.248 163.132.140 Resultado consolidado líquido do exercício 53 (27.965.188) (52.242.826)Imobilizações em curso 27 - - - 12.969 Total do capital próprio 87.829.307 116.625.599

231.905.566 (51.504.264) 180.401.302 172.067.413 Imobilizações corpóreas: INTERESSES MINORITÁRIOS 54 12.827.648 21.866.652 Terrenos e recursos naturais 27 6.692.920 - 6.692.920 2.022.675 Edifícios e outras construções 27 31.307.449 (3.132.174) 28.175.275 15.047.847 PASSIVO:Equipamento básico 27 86.124.857 (49.262.665) 36.862.192 44.801.847 Provisões para riscos e encargos 46 33.629.988 26.733.814 Equipamento de transporte 27 1.656.188 (1.131.929) 524.259 1.071.750 Ferramentas e utensílios 27 104.342 (71.488) 32.854 75.583 Dívidas a terceiros - médio e longo prazo:Equipamento administrativo 27 18.318.496 (15.866.206) 2.452.290 7.488.340 Dívidas a instituições de crédito 48 111.173.989 86.986.428 Outras imobilizações corpóreas 27 666.901 (263.453) 403.448 448.780 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 47 17.395.409 6.092.123 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 27 5.511.767 - 5.511.767 - 128.569.398 93.078.551 Imobilizações em curso 27 2.205.502 - 2.205.502 6.667.456

152.588.422 (69.727.915) 82.860.507 77.624.278 Dívidas a terceiros - curto prazo:Investimentos financeiros: Dívidas a instituições de crédito 48 47.061.999 36.076.713 Partes de capital em empresas associadas 27 3.045.236 - 3.045.236 2.178.855 Fornecedores, conta corrente 59.526.186 74.398.422 Partes de capital em empresas participadas 27 751.641 - 751.641 4.704.976 Empresas do grupo 32.490 - Empréstimos de financiamento 27 3.618.543 - 3.618.543 7.575.185 Adiantamentos de clientes 2.093.174 3.299

7.415.420 - 7.415.420 14.459.016 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 47 5.246.317 9.423.697 CIRCULANTE: Estado e outros entes públicos 49 15.132.863 15.748.593 Existências: Outros credores 50 3.131.438 5.211.345 Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 46 42.633.646 (1.163.195) 41.470.451 41.262.409 132.224.467 140.862.069 Produtos e trabalhos em curso 283.970 - 283.970 416.743 Produtos acabados e intermédios 46 2.672.458 (2.105.239) 567.219 1.071.961 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Mercadorias 645 - 645 81.795 Acréscimos de custos 51 20.026.123 24.634.409

45.590.719 (3.268.434) 42.322.285 42.832.908 Proveitos diferidos 51 12.694.311 4.015.823 Dívidas de terceiros - curto prazo: 32.720.434 28.650.232 Clientes, conta corrente 40.982.068 - 40.982.068 47.249.281 Clientes - títulos a receber 442.459 - 442.459 66.316 Clientes de cobrança duvidosa 46 4.316.534 (4.316.534) - 87.739 Empresas do grupo 1.783.642 - 1.783.642 - Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 131.248 - 131.248 5.688.276 Adiantamentos a fornecedores 348.556 - 348.556 100.110 Estado e outros entes públicos 49 1.069.493 - 1.069.493 1.513.893 Outros devedores 50 22.753.850 - 22.753.850 27.890.702

71.827.850 (4.316.534) 67.511.316 82.596.317 Títulos negociáveis:Outros títulos negociáveis 77.224 - 77.224 37.223

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 10.200.416 10.200.416 5.267.011 Caixa 128.244 128.244 543.468

10.328.660 10.328.660 5.810.479 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Acréscimos de proveitos 51 4.468.753 4.468.753 6.862.847 Custos diferidos 51 10.803.763 10.803.763 8.594.334 Impostos diferidos activos 38 21.612.012 21.612.012 16.932.102

36.884.528 36.884.528 32.389.283 Total de amortizações (121.232.179) Total de provisões (7.584.968) Total do passivo 327.144.287 289.324.666 Total do activo 556.618.389 (128.817.147) 427.801.242 427.816.917 Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo 427.801.242 427.816.917

2002

O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002.

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2002 2001 PROVEITOS E GANHOS Notas 2002 2001

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas: Vendas:Mercadorias 1.268.943 15.912.235 Mercadorias 69.397 28.402.781Matérias 83.470.165 114.578.093 Produtos 50.701.353 45.368.808

84.739.108 130.490.328 Prestações de serviços 194.619.204 221.064.56036 245.389.954 294.836.149

Fornecimentos e serviços externos 81.167.078 106.696.651Custos com o pessoal: Proveitos suplementares 2.212.045 2.989.910Remunerações 52.085.875 54.054.358 Subsídios à exploração 313.399 789.636Encargos sociais: Trabalhos para a própria empresa - 22.082Pensões 21.1 777.500 - Variação da produção 2.775.503 2.408.693Outros 15.181.915 16.060.916 (B) 250.690.901 301.046.470

Outros 2.762.578 6.191.56870.807.868 76.306.842 Proveitos e ganhos financeiros 44 7.520.430 2.694.535

(D) 258.211.331 303.741.005Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 27 21.588.909 19.738.239Provisões 46 10.556.456 10.219.608 Proveitos e ganhos extraordinários 45 12.130.852 10.126.836

32.145.365 29.957.847

Impostos 478.194 569.713Outros custos e perdas operacionais 1.113.041 1.143.304

1.591.235 1.713.017(A) 270.450.654 345.164.685

Custos e perdas financeiros 44 28.515.689 24.199.552(C) 298.966.343 369.364.237

Custos e perdas extraordinários 45 11.799.846 27.112.956(E) 310.766.189 396.477.193

Imposto sobre o rendimento do exercício 38 (2.327.431) (13.488.317)

Interesses minoritários 54 (10.131.387) (16.878.209)(G) 298.307.371 366.110.667

Resultado consolidado líquido do exercício (27.965.188) (52.242.826)270.342.183 313.867.841 (F) 270.342.183 313.867.841

Resultados operacionais: (B) - (A) (19.759.753) (44.118.215)Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) (20.995.259) (21.505.017)Resultados correntes: (D) - (C) (40.755.012) (65.623.232)Resultados antes de impostos e interesses minoritários: (F) - (E) (40.424.006) (82.609.352)Resultado consolidado líquido do exercício: (F) - (G) (27.965.188) (52.242.826)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por naturezas para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

(Montantes expressos em Euros)

Nota 58 2002 2001

Vendas e prestações de serviços (a) 247.917.624 297.264.736 Custo das vendas e das prestações de serviços (b) (167.300.340) (228.445.213)

Resultados brutos 80.617.284 68.819.523

Outros proveitos e ganhos operacionais (c) 3.028.471 3.910.315 Custos de distribuição (d) (46.478.351) (60.532.280)Custos administrativos (e) (36.009.310) (29.178.678)Outros custos e perdas operacionais (f) (23.415.492) (28.603.227)

Resultados operacionais (22.257.398) (45.584.347)

Custo líquido de financiamento (6.092.030) (8.500.896)Perdas em filiais e associadas (3.948.351) (2.294.583)Perdas em outros investimentos (5.342.097) (9.325.675)

(37.639.876) (65.705.501)

Resultados não usuais ou não frequentes (2.784.130) (16.903.851)Resultados correntes (40.424.006) (82.609.352)

Imposto sobre os resultados correntes 2.327.431 13.488.317

Interesses minoritários 10.131.387 16.878.209 Resultado consolidado líquido do exercício (27.965.188) (52.242.826)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por funções para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

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DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS

FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E 2001

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 257.925.865 297.034.979Pagamentos a fornecedores (182.894.086) (227.942.402)Pagamentos ao pessoal (71.021.705) (74.698.057)

Fluxos gerados pelas operações 4.010.074 (5.605.480)Pagamento do imposto sobre o rendimento (1.892.940) (2.681.543)Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à actividade operacional (1.477.256) 119.149

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 639.878 (8.167.874)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 976.642 636.793Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (1.895.604) (1.219.714)

Fluxos das actividades operacionais (1) (279.084) (8.750.795)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 1 8.086.237 1.571Imobilizações corpóreas 13.283.288 576.570Imobilizações incorpóreas 23.146 -Subsídios ao investimento 313.399 789.636Juros e proveitos similares 658.309 923.880

22.364.379 2.291.657Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 1 (24.151.990) (10.853.026)Imobilizações corpóreas (19.343.117) (19.175.559)Imobilizações incorpóreas (81.210) (3.287.771)Empréstimos concedidos 2 (1.783.642) -

(45.359.959) (33.316.356)Fluxos das actividades de investimento (2) (22.995.580) (31.024.699)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 3 45.516.380 28.310.334Aumentos de capital e prestações suplementares 3 3.296.357 4.590.383

48.812.737 32.900.717Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 3 (11.779.726) (26.154.005)Amortizações de contratos de locação financeira (2.828.648) (2.150.482)Juros e custos similares (7.315.572) (9.706.172)Gratificações de balanço (148.927) -

(22.072.873) (38.010.659)Fluxos das actividades de financiamento (3) 26.739.864 (5.109.942)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 3.465.200 (44.885.436)Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 (13.096.852) 30.546.460Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 (9.631.652) (14.338.976)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em Euros) 1. Investimentos financeiros A rubrica “Recebimentos provenientes de investimentos financeiros”, no exercício findo em 31 de Dezembro

de 2002, tem a seguinte composição: Alienação da participação detida no capital da Oniway Infocomunicações, S.A. 4.079.595 Reembolso do empréstimo concedido à Oniway Infocomunicações, S.A. 1.598.000 Reembolso de parte do empréstimo concedido à Portais Verticais.com – SGPS, S.A. 2.408.642 -------------- 8.086.237 ========

A rubrica “Pagamentos respeitantes a investimentos financeiros”, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, tem a seguinte composição:

Aquisição de 25% do capital da Omniger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 23.000.000 Aquisição de prestações suplementares da Omniger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. 32.500 Aquisição de 24,86% do capital da Global S – Centro Comercial, Lda. 966.825 Reforço do empréstimo à Portusat, SGPS, Lda. 50.000 Aquisição de 0,65% do capital da Sociedade Gestora de Televisión, Net TV, S.A. 46.665 Aquisição de 31,62% do capital da SIC INDOOR – Gestão de suportes publicitários, S.A. 31.000 Subscrição de 26% do capital da Global S 24 – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 25.000 ---------------- 24.151.990 =========

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2. Empréstimos concedidos

Este montante corresponde a suprimentos concedidos pela Impresa.com – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. à Portais Verticais.com – SGPS, S.A., os quais não vencem juros, não estando previsto o seu reembolso no curto prazo.

3. Empréstimos obtidos e outros O valor dos recebimentos e pagamentos verificados durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002

tem a seguinte composição: Recebimentos respeitantes a empréstimos obtidos: Empréstimo da Edicontroljornal – Editora, Lda. 23.000.000 Papel comercial da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. 14.000.000 Empréstimo da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. 5.356.341 Contas correntes caucionadas 3.160.039 ---------------- 45.516.380 ========= Recebimentos respeitantes a aumentos de capital e prestações suplementares: Aumento de capital ocorrido durante o segundo semestre de 2002 na SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. 2.450.000 Aumento de prestações suplementares na Publiregiões – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. 652.000 Aumento de prestações suplementares na Abril Hearst – Editora, Lda. 144.357 Constituição da Edicontroljornal – Editora, Lda. 50.000 -------------- 3.296.357 ======== Pagamentos respeitantes a empréstimos obtidos: Contas correntes caucionadas 6.075.359 Empréstimos da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 2.493.989 Empréstimos da Imprejornal – Sociedade de Impressão, S.A. 1.001.548 Empréstimo da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. 623.498 Reembolso das prestações suplementares concedidas pela Edipresse International, S.A.R.L. 802.298 Reembolso parcial das prestações suplementares concedidas

pela Abril Jovem Investments Ltd. 783.034 -------------- 11.779.726 ========

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4. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes A discriminação de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 e a reconciliação entre o

seu valor e o montante de disponibilidades constantes do balanço naquelas datas, são como segue: 2002 2001 Numerário 128.244 543.468 Depósitos bancários 10.200.416 5.267.011 Equivalente a caixa 77.224 37.223 ------------- --------------- Caixa e seus equivalentes 10.405.884 5.847.702 Descobertos bancários ( 20.037.536 ) ( 20.186.678 ) ------------- -------------- ( 9.631.652 ) ( 14.338.976 ) ======== ========

O saldo de caixa e seus equivalentes diferem do que consta da demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 em virtude de o perímetro de consolidação ter sido alterado (Notas 14 e 43 do anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2002). Deste modo o saldo de caixa e seus equivalentes no início do período é o seguinte:

Saldo em 31 de Dezembro de 2001 ( 14.338.976 ) Alteração do perímetro de consolidação (Vasp – Sociedade Transportes e Distribuição, Lda.) 1.242.124 ---------------- ( 13.096.852 ) =========

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IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Montantes expressos em Euros)

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NOTA INTRODUTÓRIA A Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Impresa”) tem sede em Lisboa, foi constituída em 18 de Outubro de 1990 e tem como actividade principal a gestão de participações sociais noutras sociedades. O Grupo Impresa (“Grupo”) é constituído pela Impresa e empresas subsidiárias (Nota 1). O Grupo actua na área de media, nomeadamente através da difusão de programas de televisão e da edição de publicações (jornais e revistas) e de outros meios audiovisuais. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis ao Grupo, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas anexas. BASES DA CONSOLIDAÇÃO As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal e, portanto, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei 238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas da Comissão de Normalização Contabilística. 1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de

Dezembro de 2002, são as seguintes:

Percentagem do capital detidoDenominação social Sede Directa Indirecta Total

Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (empresa - mãe) Lisboa - - -Controljornal - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Controljornal") e subsidiárias: Lisboa 100,00 - 100,00 Sojornal - Sociedade Jornalística e Editorial, S.A. ("Sojornal") Lisboa - 100,00 100,00

Sojornal.com - Consultoria Internet, Lda. ("Sojornal.com") Lisboa - 100,00 100,00Gesco - Gestão de Conteúdos e Meios de Comunicação Social, S.A. ("Gesco") (a) Lisboa - 50,00 50,00

Medipress - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Medipress") Lisboa - 100,00 100,00Imprejornal - Sociedade de Impressão, S.A. ("Imprejornal") Lisboa - 100,00 100,00Cinforma - Centro de Informática, Lda. ("Cinforma") Lisboa - 100,00 100,00Publiregiões - Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. ("Publiregiões") Lisboa - 60,00 60,00Publisurf - Edições e Publicidade, Lda. ("Publisurf") Lisboa - 99,00 99,00

Omniger - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. ("Omniger") e subsidiárias: Lisboa 50,00 - 50,00Abril - Controljornal - Editora, Lda. ("Abril - Controljornal") e subsidiárias: Oeiras - 33,33 33,33

ACJ.com - Internet e Multimédia, Unipessoal, Lda. ("ACJ.com") Oeiras - 33,33 33,33Abril Hearst - Editora de Publicações, S.A. ("Abril Hearst") Oeiras - 16,67 16,67Gesco (a) Lisboa - 16,67 16,67

Edicontroljornal - Editora, Lda. ("Edicontroljornal") e subsidiárias: Oeiras 50,00 - 50,00Omniger e subsidiárias: Lisboa - 25,00 25,00

Abril - Controljornal e subsidiárias: Oeiras - 16,67 16,67ACJ.com Oeiras - 16,67 16,67Abril Hearst Oeiras - 8,33 8,33Gesco (a) Lisboa - 8,33 8,33

Soincom - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Soincom") e subsidiárias: Lisboa 100,00 - 100,00SIC - Sociedade Independente de Comunicação, S.A. ("SIC") e subsidiárias: Carnaxide - 51,00 51,00

Litechoice, Limited Londres - 51,00 51,00Houseindex, Limited Londres - 51,00 51,00SIC Filmes, Lda. ("SIC Filmes") Carnaxide - 26,01 26,01Lisboa TV - Informação e Multimédia, S.A. ("SIC Notícias") Lisboa - 30,60 30,60SIC Online - Comunicação e Internet, Sociedade Unipessoal, Lda. ("SIC Online") Carnaxide - 51,00 51,00SIC - Novos Projectos e Serviços Técnicos em Telecomunicações e

Multimédia, Sociedade Unipessoal, Lda. ("SIC Serviços") Carnaxide - 51,00 51,00Impresa.com - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. ("Impresa.com") Lisboa 100,00 - 100,00Hoge - Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. ("Hoge") Lisboa 100,00 - 100,00

(a) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 a Impresa alienou em partes iguais, pelo seu valor

contabilístico, a totalidade da participação detida no capital da Gesco à Sojornal e à Abril-Controljornal. Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação pelo método de integração global, com base no estabelecido no Artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.

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3. EMPRESAS ASSOCIADAS Os investimentos financeiros em empresas associadas são registados pelo método da equivalência

patrimonial ou ao seu custo de aquisição. A proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2002 pelo Grupo, é como segue:

Percentagem efectiva de

Empresas participação Portais Verticais.com – SGPS, S.A. (“PV.Com”) (a) 50,00 Vasp – Sociedade Transportes e Distribuições, Lda. (“Vasp”) (b) 33,33 SIC INDOOR – Gestão de Suportes Publicitários, S.A. (“SIC INDOOR”) (c) 31,62 Global S 24 – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (d) 25,50 Global S – Centro Comercial, Lda. (“Global S”) (e) 24,86 Lusa – Agência de Notícias de Portugal, S.A. (“Lusa”) (f) 22,35 Portusat, Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda. (“Portusat”) (g) 20,40

(a) Participação detida pela Impresa.com, constituída no final de 2000, encontrando-se registada pelo método de equivalência patrimonial (Nota 23.d)).

(b) Participação detida pela Hoge. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2001, o Grupo consolidou a

Vasp pelo método proporcional. Após alterações ocorridas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 na estrutura societária, a percentagem de participação do Grupo no capital da Vasp diminuiu de 50% para 33,33%, tendo a gestão deixado de ser partilhada. Consequentemente, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo passou a registar este investimento financeiro pelo método de equivalência patrimonial (Nota 23.d)). Nos movimentos apresentados nas notas anexas, as colunas de “Alteração do perímetro de consolidação” incluem os saldos daquela empresa participada, consolidados pelo método proporcional no exercício findo em 31 de Dezembro de 2001.

(c) Participação detida pela SIC, encontrando-se registada ao custo de aquisição dado ainda não ter

iniciado a sua actividade.

(d) Participação detida pela SIC Online, encontrando-se registada pelo método de equivalência patrimonial (Nota 23.d)).

(e) Participação detida pela SIC, encontrando-se registada ao custo de aquisição, dado ainda não ter

iniciado a sua actividade.

(f) Participação detida pela Controljornal, encontrando-se registada pelo método de equivalência patrimonial (Nota 23.d)).

(g) Participação detida pela SIC, encontrando-se registada pelo método de equivalência patrimonial

(Nota 23.d)). Esta Empresa detém uma participação de 46% no capital da Premium TV Portugal, S.A.. 5. EMPRESAS CONSOLIDADAS PROPORCIONALMENTE

Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo incluiu na consolidação pelo método proporcional a Mediger – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. (“Mediger”), uma vez que detém 50% do capital daquela empresa e que a gestão é partilhada com outro sócio.

6. EMPRESAS PARTICIPADAS Os investimentos financeiros em empresas participadas, e a proporção do capital detido em 31 de

Dezembro de 2002 pelo Grupo, são como segue: Percentagem efectiva de

Empresas participação Sociedade Gestora de Televisión, Net TV, S.A. (“Net TV”) (a) 3,90 NP - Notícias de Portugal, C.R.L. (“NP”) (b) 5,39 Morena Films, Lda. (“Morena Films”) (a) 2,41 PTDP – Plataforma de Televisão Digital Portuguesa, S.A. (“PDTP”) (a) 5,10

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Estas participações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor estimado de realização, quando mais baixo.

(a) Participações detidas pela SIC. (b) Participação detida pela Sojornal e pela SIC.

7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, o número médio de pessoal ao serviço

das empresas incluídas na consolidação foi de 1.646 empregados e 1.735 empregados, respectivamente. 10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

A diferença entre o custo de aquisição das empresas subsidiárias incluídas na consolidação (Nota 1) e a proporção nos capitais próprios dessas empresas reportado à data da primeira consolidação (1 de Janeiro de 1992), foi registada pelo Grupo em capitais próprios, tendo este montante sido transferido para resultados transitados em 2001.

Após a data da primeira consolidação, as diferenças apuradas na aquisição de participações financeiras passaram a ser registadas em “Trespasses” sendo amortizadas no seu período estimado de recuperação, não excedendo 20 anos (Notas 23.a) e 27).

14. COMPOSIÇÃO DO CONJUNTO DAS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 verificaram-se as seguintes alterações no perímetro

de consolidação do Grupo:

- Redução da percentagem de participação na Vasp de 50% para 33,33% passando a ser registada pelo método da equivalência patrimonial (Nota 27); - Liquidação da Listas – Marketing Directo, Banco de Dados e Publicidade, Lda. (“Listas”); - Constituição da Edicontroljornal, através da subscrição de uma participação de 50% no respectivo capital; - Aumento da percentagem de participação directa e indirecta na Omniger de 50% para 75%,

aumentando assim a percentagem de participação efectiva na Abril - Controljornal de 33,33% para 50%. Nas notas do anexo que evidenciam movimentos nas rubricas de balanço ocorridos no exercício findo em

31 de Dezembro de 2002, foi incluída uma coluna denominada “Alterações do perímetro de consolidação”, a qual inclui os saldos provenientes das empresas participadas Vasp e Listas, por terem sido excluídas da consolidação no exercício de 2002.

15. CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados são consistentes entre as empresas incluídas na

consolidação e encontram-se descritos na Nota 23. 21. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO CONSOLIDADO

21.1 Pensões

Determinadas empresas do Grupo (Impresa, Sojornal, Cinforma, Medipress e Imprejornal) assumiram o compromisso de conceder aos empregados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações são calculadas com base numa percentagem crescente com o número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial ou numa percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário (2002). Em 1987 o Grupo criou um fundo de pensões autónomo para onde foram transferidas as suas responsabilidades pelo pagamento das prestações pecuniárias acima referidas. De acordo com um estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades do Grupo por serviços passados dos seus empregados activos e reformados em 31 de Dezembro de 2002, foi estimado em 6.167.767 Euros, ascendendo o valor do fundo a essa data a 4.865.421 Euros.

O estudo foi efectuado utilizando o método actuarial denominado por “Projected Unit Credit” e considerou os seguintes principais pressupostos e bases técnicas e actuariais:

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Taxa anual de rendimento do Fundo 4,5% Taxa de crescimento salarial 0% Taxa de crescimento de pensões 0% Tábuas actuariais: Mortalidade TV 73/77 Invalidez EVK 80 Rotação de empregados Nula Conforme referido na Nota 23.l), no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo introduziu

uma alteração no esquema de benefícios que resultou numa limitação no crescimento das responsabilidades totais. Nos termos da Directriz Contabilística nº 19, as responsabilidades não financiadas naquela data, no montante de 1.302.346 Euros (Nota 51), foram registadas no balanço como uma conta a pagar por contrapartida de um custo diferido, que se encontra a ser amortizado pelo número de anos médio estimado de vida útil dos empregados activos ao serviço do Grupo que originaram aquela insuficiência (actualmente cinco anos). Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo reconheceu como custo na rubrica “Custos com o pessoal” o montante de 777.500 Euros, dos quais 405.000 Euros correspondem a entregas feitas ao fundo durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 e 372.500 Euros relativos à amortização das responsabilidades não financiadas acima referidas.

21.2 Compromissos para aquisição de programas

Em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo tinha contratos ou acordos celebrados com terceiros para a exibição de filmes, séries e outros programas no montante de 24.021.604 Euros, não incluídos no balanço de acordo com os critérios valorimétricos utilizados (Nota 23.e)), como segue:

Ano de disponibilidade dos titulos

Natureza 2003 20042005

e seguintesSem data definida Total

Co-produções 1.496.394 - - - 1.496.394Desporto 1.810.343 - - - 1.810.343Entretenimento 2.479.033 - - - 2.479.033Filmes 2.830.706 711.773 22.701 1.621.498 5.186.678Series 492.410 - - - 492.410Novelas 6.508.100 - - - 6.508.100Infantis 4.598.505 - - 7.500 4.606.005Documentários 367.033 - - 1.075.608 1.442.641

20.582.524 711.773 22.701 2.704.606 24.021.604

Ano limite para exibição dos títulos

Natureza 2003 20042005

e seguintesSem data definida Total

Co-produções 1.496.394 - - - 1.496.394Desporto 1.810.343 - - - 1.810.343Entretenimento 250.367 1.648.664 580.002 - 2.479.033Filmes 15.860 99.685 2.008.963 3.062.170 5.186.678Series 141.072 326.338 25.000 - 492.410Novelas 4.215.293 2.292.807 - - 6.508.100Infantis 2.613.271 1.718.867 266.367 7.500 4.606.005Documentários 89.763 - - 1.352.878 1.442.641

10.632.363 6.086.361 2.880.332 4.422.548 24.021.604

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22. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo mantém o penhor de 895.050 acções representativas de 51% do capital da Controljornal e promessa de penhor das acções representativas de 100% do capital da Sojornal, para garantir um empréstimo obtido junto do Banco Totta & Açores, S.A. e da Caixa Banco de Investimento, S.A. (Nota 48). Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa mantém o penhor de acções representativas de 51,66% do capital da Soincom e esta mantém empenhadas acções representativas de 25% do capital da SIC para garantir um empréstimo contraído pelo Grupo junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Nota 48). Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa deu em penhor as quotas representativas de 100% do capital da Omniger para garantir um empréstimo contraído pela Edicontroljornal junto do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Nota 48). Adicionalmente, a Impresa obteve autorização para solicitar uma garantia bancária a uma instituição financeira nacional, em nome da sua participada Edimpresa, no valor de 1.200.000 Euros, com a consequente responsabilização solidária pelas obrigações emergentes daquela garantia, nomeadamente efectuar suprimentos junto da Edimpresa, no valor de 600.000 Euros, em caso de execução da dita garantia.

Em 31 de Dezembro de 2002, as garantias bancárias prestadas pela SIC eram como segue: Repartição de Finanças de Algés 5.088.749 Net TV 3.173.825 Alta Autoridade para a Comunicação Social 1.496.394 Câmara Municipal de Oeiras 548.678 Governo Civil de Lisboa 304.653

As garantias prestadas à Repartição de Finanças de Algés são relativas a processos de execução fiscal, a aguardar deferimento de reclamações oportunamente apresentadas pela SIC. Em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo tem registadas provisões de 1.228.727 Euros para fazer face às perdas potenciais decorrentes desta situação (Nota 46). As garantias referentes à Net TV correspondem a garantias prestadas pela SIC ao regulador de telecomunicações em Espanha, para efeitos de atribuição a esta empresa participada de uma licença de televisão digital terrestre. Esta garantia foi exigida aos sócios da Net TV na proporção da sua participação no capital desta. As garantias prestadas à Alta Autoridade para a Comunicação Social e ao Governo Civil de Lisboa decorrem de imposições da legislação em vigor para o licenciamento de novos canais e para a emissão de concursos televisivos, respectivamente. A garantia prestada à Câmara Municipal de Oeiras decorre de um processo de compra de um edifício contíguo às instalações da SIC.

Adicionalmente, a SIC deu como garantia as receitas de televisão por cabo de 2003 para um financiamento

obtido junto de uma instituição financeira, no montante de 5.356.341 Euros (Nota 48 f)). Em 31 de Dezembro de 2002, a Abril – Controljornal tinha prestado garantias bancárias a favor de terceiros

no montante de 469.322 Euros, conforme segue:

Câmara Municipal de Oeiras 299.272 Governo Civil de Lisboa 103.872 LTE – Electricidade de Lisboa e Vale do Tejo, S.A. 53.820 Outros 12.358 ----------- 469.322 ======

As garantias prestadas à Câmara Municipal de Oeiras têm em vista cobrir eventuais danos na execução das obras relativas à nova sede da Abril - Controljornal.

As garantias prestadas ao Governo Civil de Lisboa decorrem de imposições da legislação em vigor para

concursos nas publicações de revistas da Abril - Controljornal. Em 31 de Dezembro de 2002, as restantes empresas do Grupo tinham prestado garantias bancárias,

relativas à sua actividade, que ascendiam a aproximadamente 179.777 Euros. 23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS

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Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 1), mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Princípios de consolidação As empresas do Grupo referidas na Nota 1 foram consolidadas pelo método de integração global, pelo que

as transacções e saldos significativos entre essas empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nos capitais próprios e resultados dessas empresas é apresentado no balanço consolidado e na demonstração consolidada de resultados na rubrica “Interesses minoritários” (Nota 54). A empresa do Grupo referida na Nota 5 foi consolidada em 2002 pelo método proporcional, pelo que os seus activos e passivos, proveitos e custos foram integrados nas demonstrações financeiras pela percentagem de capital detido nessa empresa pela Impresa, directa e indirectamente. Igual procedimento foi adoptado para o processo de eliminações das transacções e saldos intra-grupo.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas encontram-se

valorizados no balanço consolidado pelo método da equivalência patrimonial ou ao custo de aquisição(Nota 23.d)).

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de

20%, foram valorizados ao custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.

Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas,

foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, que compreendem despesas de instalação, despesas de investigação e

desenvolvimento, propriedade industrial e outros direitos e trespasses, encontram-se registadas ao custo e são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três a seis anos, com excepção dos trespasses decorrentes da aquisição de participações financeiras que são amortizados durante o período estimado de recuperação dos investimentos, actualmente fixado entre 5 a 20 anos (Nota 27). As perdas de imparidade, quando existem, são imediatamente reconhecidas em resultados.

b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1992 (31 de Dezembro de 1997 no caso

da Imprejornal) encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliado de acordo com as disposições legais aplicáveis (Nota 41). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquelas datas encontram-se registadas ao custo de aquisição.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com as seguintes vidas

úteis estimadas: Anos Edifícios e outras construções 10 - 50 Equipamento básico 4 - 13 Equipamento de transporte 3 - 5 Ferramentas e utensílios 3 - 8 Equipamento administrativo 3 - 8 Outras imobilizações corpóreas 4 - 8

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c) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as

correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 23.b), são registados como custos na demonstração de resultados do exercício a que respeitam (Nota 47).

d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas associadas (Nota 3) são registados pelo método de

equivalência patrimonial sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido pela diferença entre aquele valor e o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data da primeira aplicação do método de equivalência patrimonial, sendo o acréscimo ou redução contabilizado em capitais próprios (Nota 10).

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas

anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos.

Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados ao custo de aquisição, ou no caso dos

empréstimos concedidos a empresas do grupo ou associadas, ao seu valor nominal. As perdas estimadas na realização das participações financeiras e empréstimos, são registadas na

rubrica de investimentos financeiros. e) Existências As existências encontram-se valorizadas ao custo de produção ou de aquisição, conforme aplicável,

utilizando-se o custo médio como método de custeio. As existências da SIC correspondem essencialmente a contratos ou acordos celebrados com terceiros

para exibição de filmes, séries e outros programas, sendo valorizados ao custo específico de aquisição. O custo dos programas é registado na demonstração de resultados no momento em que os mesmos são exibidos.

A SIC tem como política registar em existências os direitos adquiridos a terceiros para transmissão de

programas, por contrapartida da rubrica “Fornecedores, conta corrente - programas”, a partir da data de entrada em vigor desses direitos e sempre que, simultaneamente, se verifiquem as seguintes condições:

- Os custos relativos aos direitos de transmissão de programas são conhecidos e podem ser

razoavelmente determinados; - O conteúdo dos programas foi aceite pela SIC de acordo com as condições estabelecidas

contratualmente; e

- Os programas estão disponíveis para exibição sem restrição. Na Nota 21.2 é apresentada informação sobre os compromissos financeiros futuros assumidos pela SIC para aquisição de programas.

Foram constituídas provisões para depreciação de existências (Nota 46) nos casos em que o custo é

superior ao valor estimado de realização ou de mercado. O valor líquido das existências não excede o seu respectivo valor de mercado.

f) Provisões para dívidas de cobrança duvidosa

As provisões para dívidas de cobrança duvidosa foram calculadas com base na avaliação das contas a receber de clientes e outros devedores.

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g) Alugueres de longa duração

A frota do Grupo foi adquirida em regime de aluguer de longa duração, sendo o valor das rendas registado como custo na demonstração de resultados do exercício a que respeita. h) Títulos negociáveis Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo do custo de aquisição ou valor de mercado. i) Especialização de exercícios As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo

qual são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de “Acréscimos e diferimentos” (Nota 51).

j) Reconhecimento de proveitos

Os proveitos relativos a publicidade são reconhecidos no período em que a publicidade é exibida em

televisão ou inserida nas publicações. Os proveitos relativos à venda de publicações são reconhecidos no momento da venda, à excepção das assinaturas que são reconhecidas no período da duração das mesmas.

l) Pensões Conforme mencionado na Nota 21.1, determinadas empresas do Grupo assumiram o compromisso de

conceder aos seus empregados admitidos até 5 de Julho de 1993 prestações pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice e invalidez. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente com o número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela salarial ou uma percentagem fixa aplicada ao salário base, à data de aniversário (2002). Em 31 de Dezembro de 2002, estas responsabilidades encontram-se parcialmente cobertas por um fundo de pensões autónomo criado pelo Grupo em 1987.

No início do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo introduziu uma alteração no

esquema de benefícios, que resultou numa limitação no crescimento das responsabilidades totais. Nos termos da Directriz Contabilística nº 19 os custos com a atribuição destes benefícios são reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo, no final de cada período contabilístico o Grupo obtém um estudo actuarial elaborado por uma entidade independente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse exercício. As responsabilidades assim estimadas são comparadas com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças a registar no passivo. Os custos com pensões são registados na rubrica “Custos com o pessoal – Encargos sociais”, conforme previsto pela referida Directriz, com base nos valores determinados pelo estudo actuarial (Nota 21.1).

m) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas Os subsídios atribuídos às empresas do Grupo, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações

corpóreas são registados, como proveitos diferidos, na rubrica de acréscimos e diferimentos, e reconhecidos na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas (Nota 51).

n) Processos judiciais O Grupo regista uma provisão para processos judiciais intentados por terceiros contra determinadas

empresas do Grupo, cujo valor, em cada ano, é determinado com base no montante dos pedidos de indemnização relativos a esses processos à data de balanço e na avaliação que deles fazem os advogados dessas empresas (Nota 46).

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o) Saldos e transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira à data do balanço foram convertidos para

Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nessa data, publicadas pelo Banco de Portugal, excepto nas situações em que existem contratos de fixação de taxas de câmbio, em que é utilizada a taxa definida naqueles contratos. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

As demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, expressas em moeda

estrangeira foram convertidas para Euros através da utilização das seguintes taxas de câmbio: - Histórica: para as rubricas do capital próprio, com excepção do resultado do exercício; - Vigente no final do ano: para a totalidade dos activos e passivos; - Média do exercício: para a demonstração dos resultados do exercício. As diferenças de câmbio originadas na conversão para Euros dessas demonstrações financeiras, foram

incluídas na rubrica de “Ajustamentos de conversão cambial”, nas demonstrações financeiras da empresa participada que detém estes investimentos financeiros.

p) Imposto sobre o rendimento Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos

para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas

de tributação que se esperam estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias. Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante de impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido no valor das imobilizações

incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte:

Alteração doperímetro de Transfe-

Saldo consolidação Alienações rências e Equivalência Saldoinicial (Nota 14) Aumentos e abates regularizações patrimonial final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 14.747.626 (46.776) 25.733 (474.440) (121) - 14.252.022Despesas de investigação e de desenvolvimento 708.821 - - (34.296) 44.464 - 718.989Propriedade industrial e outros direitos 1.973.721 (141.021) 55.477 (7.446) 121 - 1.880.852Trespasses 193.230.071 (41.147) 21.879.743 (14.964) - - 215.053.703Imobilizações em curso 12.969 (12.969) - - - - -

210.673.208 (241.913) 21.960.953 (531.146) 44.464 - 231.905.566

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 2.022.675 (487.026) 4.113.536 (632.226) 1.675.961 - 6.692.920Edifícios e outras construções 19.097.889 (1.746.754) 15.511.993 (5.622.143) 4.066.464 - 31.307.449Equipamento básico 88.673.666 (685.031) 1.960.780 (2.013.887) (1.810.671) - 86.124.857Equipamento de transporte 2.141.645 (27.959) 99.569 (556.667) (400) - 1.656.188Ferramentas e utensílios 256.639 (79.231) 270 (2.187) (71.149) - 104.342Equipamento administrativo 22.673.065 (1.373.252) 716.329 (1.896.569) (1.801.077) - 18.318.496Outras imobilizações corpóreas 2.025.866 (6.923) 646.683 (1.865.985) (132.740) - 666.901Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas - - - - 5.511.767 - 5.511.767Imobilizações em curso 6.667.456 (248.369) 4.763.485 (1.004.930) (7.972.140) - 2.205.502

143.558.901 (4.654.545) 27.812.645 (13.594.594) (533.985) - 152.588.422

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas associadas 2.178.855 25.760 552.684 - - 287.937 3.045.236Partes de capital em empresas participadas 4.709.964 - 46.665 (4.004.988) - - 751.641Empréstimos de financiamento 7.575.185 - 50.000 (4.006.642) - - 3.618.543

14.464.004 25.760 649.349 (8.011.630) - 287.937 7.415.420

Activo bruto

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Alteração doperímetro de Transfe-

Saldo consolidação Alienações rências e Saldoinicial (Nota 14) Aumentos e abates regularizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 6.960.716 (23.751) 3.396.860 (473.561) (36) 9.860.228Despesas de investigação e de desenvolvimento 379.221 - 116.861 (34.292) - 461.790Propriedade industrial e outros direitos 1.167.927 (141.024) 236.999 (147) 36 1.263.791Trespasses 30.097.931 (41.147) 9.861.671 - - 39.918.455

38.605.795 (205.922) 13.612.391 (508.000) - 51.504.264

Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 4.050.042 (224.509) 644.532 (1.335.395) (2.496) 3.132.174Equipamento básico 43.871.819 (546.034) 13.927.395 (2.041.606) (5.948.909) 49.262.665Equipamento de transporte 1.069.895 (24.609) 450.003 (363.360) - 1.131.929Ferramentas e utensílios 181.056 (64.205) 21.077 (2.053) (64.387) 71.488Equipamento administrativo 15.184.725 (1.125.725) 2.607.826 (879.288) 78.668 15.866.206Outras imobilizações corpóreas 1.577.086 (2.526) 187.356 (1.434.299) (64.164) 263.453

65.934.623 (1.987.608) 17.838.189 (6.056.001) (6.001.288) 69.727.915

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas participadas (Nota 46) 4.988 - - (4.988) - -

Amortizações acumuladas e provisões

Os aumentos ocorridos no exercício de 2002 nas rubricas de imobilizações corpóreas respeitam essencialmente à aquisição de um edifício pela Abril – Controljornal, para onde transferiu a sua sede, bem como as suas instalações administrativas e operacionais e à aquisição de dois terrenos em Lisboa pela Sojornal, por permuta de um edifício detido por esta empresa. O novo edifício da sede da Abril – Controljornal foi adquirido em regime de locação financeira ascendendo o valor do respectivo contrato a 14.964.606 Euros (Nota 47). Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 a Sojornal alienou o edifício onde tinha localizada sua sede e demais serviços administrativos e operacionais (Nota 45). Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Propriedade industrial e outros direitos” inclui essencialmente o custo de aquisição de títulos de publicações editadas por empresas do Grupo (Nota 23.a)) e tem a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Trespasses” , originados na aquisição de empresas do grupo, tem a

seguinte composição: Valor Amortização Valorbruto acumulada líquido

SIC (a) 115.053.871 (23.010.778) 92.043.093Controljornal (b) 28.757.636 (8.030.172) 20.727.464Omniger (c) 21.409.602 - 21.409.602Soincom (d) 45.684.160 (7.894.479) 37.789.681Gesco (e) 2.325.162 (406.904) 1.918.258SIC Notícias (f) 523.029 (244.082) 278.947Lusa (g) 830.102 (332.040) 498.062Global S (h) 470.141 - 470.141

215.053.703 (39.918.455) 175.135.248

(a) Trespasse gerado com a aquisição em 1999 pela Soincom de uma participação adicional de 26% no

capital da SIC por 123.203.066 Euros, passando a deter 51% do capital desta empresa participada.

Valor Amortização Valorbruto acumulada líquido

Visão 568.630 (568.630) -Autosport 374.098 (62.350) 311.748Blitz 149.639 (24.940) 124.699Outros 788.485 (607.871) 180.614

1.880.852 (1.263.791) 617.061

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(b) Trespasse gerado com a aquisição em 1998 pela Impresa da totalidade do capital da LCS – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“LCS”) por 34.011.373 Euros, empresa que apenas detinha uma participação financeira de 40% no capital da Controljornal. Em 1998, a Impresa adquiriu à LCS esta participação financeira, pelo respectivo valor contabilístico, passando a deter 99,99% do capital desta empresa participada. A LCS foi dissolvida em 1999.

(c) Trespasse gerado com a aquisição em Novembro de 2002 pela Edicontroljornal de uma participação de

50% no capital da Omniger por 23.000.000 Euros. O Grupo iniciará a amortização deste trespasse em 1 de Janeiro de 2003.

(d) Trespasses gerados com as aquisições efectuadas pela Impresa em 1999 e 2000, como segue:

Proporção dos

Percentagem de capitais própriosparticipação Custo de à data de Trespasse Abate Trespasse

adquirida aquisição aquisição original extraordinário corrigido

Aquisições efectuadas em 1999 14,80% 17.594.562 1.335.611 16.258.951 - 16.258.951

Aquisições efectuadas em Janeiro de 2000 1,8875% 2.168.000 205.121 1.962.879 - 1.962.879

Aquisições efectuadas em Junho de 2000 26,667% 117.743.518 22.357.184 95.386.334 (67.924.008) 27.462.326

137.506.080 23.897.916 113.608.164 (67.924.008) 45.684.156

(e) Trespasse gerado com a aquisição em 1999 pela Impresa de uma participação adicional de 43,12% no capital da Gesco por 2.566.390 Euros, passando a deter a totalidade do capital desta empresa participada.

(f) Trespasse gerado com a aquisição em 2000 pela SIC de uma participação de 60% no capital da SIC

Notícias por 1.632.595 Euros. (g) Trespasse gerado com a aquisição em 2001 pela Controljornal de uma participação de 22,35% no

capital da Lusa por 3.205.706 Euros. (h) Trespasse gerado com a aquisição em Dezembro de 2002 pela SIC de uma participação de 48,74% no

capital da Global S por 966.825 Euros. O Grupo iniciará a amortização deste trespasse em 1 de Janeiro de 2003.

Em 31 de Dezembro de 2000, o Grupo solicitou a uma entidade independente um estudo de avaliação para proceder à análise da imparidade dos trespasses decorrentes das aquisições de acções da Soincom (directamente pela Impresa) e da SIC (pela Soincom), reportada aquela data. Em resultado desta análise não foram identificadas situações de imparidade no que se refere ao trespasse apurado pela Soincom decorrente de aquisições de acções da SIC. No entanto, no que se refere ao trespasse apurado pela Impresa nas compras de acções da Soincom foi identificada uma diferença, face ao justo valor dessa participação financeira, no montante de 67.924.008 Euros, a qual originou uma amortização extraordinária do trespasse de igual montante registada em custos extraordinários, no final daquele exercício.

Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa, suportada nos planos de exploração previsionais da SIC, efectuou uma análise de imparidade dos investimentos financeiros,directos e indirectos, detidos naquela empresa participada, e concluiu que, naquela data, o seu valor contabilístico (incluindo o valor de trespasses, líquido de amortizações acumuladas) é inferior ao valor estimado de realização.

Os aumentos de amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo foram registados na demonstração de

resultados do exercício nas seguintes rubricas: Amortização do exercício de imobilizado corpóreo e incorpóreo 21.588.909 Amortização do exercício de trespasses decorrentes da aquisição de investimentos financeiros (Nota 44) 9.861.671 ---------------- 31.450.580 =========

A rubrica “Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas”, refere-se a um adiantamento feito em exercícios anteriores, por conta da aquisição de um imóvel contíguo às instalações da SIC, e que se encontrava registado na rubrica “Outros devedores”. A SIC aguarda a documentação necessária para escriturar a sua aquisição.

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Em 31 de Dezembro de 2002, os investimentos financeiros correspondem a participações nas seguintes empresas:

Partes de capital em empresas associadas (Nota 3):

PercentagemActivo Proveitos Capital Resultado efectiva Valor de

Denominação Sede total totais próprio do exercício do Grupo participação

Vasp Massamá 38.395.565 137.804.659 3.138.801 (424.246) 33,33 1.046.162SIC INDOOR Lisboa 50.000 - 50.000 - 31,62 31.000Global S 24 Porto 99.361 - 98.618 (1.382) 25,50 24.310Global S Porto 1.055.840 494.093 1.019.048 (260.509) 24,86 496.685Lusa Lisboa 33.964.583 18.436.267 6.474.625 (3.183.480) 22,35 1.447.079

3.045.236

Percentagem efectiva Valor de do Grupo participação Partes de capital em empresas participadas (Nota 6): Net TV 3,90 467.376 Morena Films 2,41 268.044 NP 5,39 11.223 PTDP 5,10 4.998 ------------ 751.641 ======= Como resultado da aplicação do método de equivalência patrimonial, foram registados os seguintes

movimentos nas rubricas “Partes de capital em empresas associadas e participadas”:

Provisão Ganhos em Perdas em para perdas em

Proveito empresas empresas Resultados investimentosdiferido associadas, associadas, transitados financeiros Investimentos

(Nota 51) (Nota 44) (Nota 44) (Nota 53) (Nota 46) financeiros

Vasp 1.161.804 - (141.401) - - 1.020.403Global S 24 - - (691) - - (691)Lusa - - (711.508) (20.267) - (731.775)PV.Com - - (3.143.878) - 3.143.878 -Portusat - 198.565 - - (198.565) -

1.161.804 198.565 (3.997.478) (20.267) 2.945.313 287.937

Em 17 de Junho de 2002, a Vasp, empresa detida até então em 50% pelo Grupo Impresa e em 50% pelo Grupo Cofina, procedeu a um aumento de capital, reservado a não sócios, de 2.219.660 Euros para 3.329.490 Euros, pela emissão de três novas quotas as quais foram subscritas pelo Grupo Lusomundo, tendo o respectivo prémio de emissão ascendido a 2.401.697 Euros. Com esta operação a Vasp passou a ser detida em 33,33%, tendo resultado da mesma um ganho para o Grupo Impresa de 1.161.804 Euros o qual foi diferido em 30 de Junho de 2002 uma vez que, na sequência desta operação, a Vasp também no semestre findo naquela data adquiriu a totalidade do capital da Deltapress – Sociedade Distribuidora de Publicações, S.A. (“Deltapress”) ao Grupo Lusomundo por 3.673.631 Euros. Uma vez que a compra da Deltapress por parte da Vasp se realizou no final do primeiro semestre de 2002, a amortização da diferença entre o valor de aquisição e o valor proporcional dos capitais próprios adquiridos teve apenas início a partir do segundo semestre de 2002. O ganho gerado na sequência do aumento de capital da Vasp é reconhecido no mesmo período de amortização do trespasse apurado na compra da Deltapress.

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Os aumentos registados em 31 de Dezembro de 2002 nas rubricas “Partes de capital em empresas associadas e participadas” e ” Empréstimos de financiamento” no montante de 649.349 Euros têm a seguinte composição:

Aquisição de 24,86% do capital da Global S 496.684 Aquisição de 31,62% do capital da SIC INDOOR 31.000 Subscrição de 25,5% do capital da Global S 24 25.000 ---------- 552.684 Aquisição de 0,653% do capital da Net TV 46.665 Empréstimo concedido à Portusat a título de prestações suplementares 50.000 ----------- 649.349 ====== A diminuição registada em 31 de Dezembro de 2002 nas rubricas “Partes de capital em empresas

participadas” e “Empréstimos de financiamento”, no montante de 8.011.630 Euros tem a seguinte composição:

Alienação da participação detida no capital da Oniway Infocomunicações, S.A. (“Oniway”) (a) 4.000.000 Abate da participação detida no capital da Publicultura – Sociedade de Informação e Cultura, S.A. (b) 4.988 -------------- 4.004.988 Reembolso do empréstimo concedido à Oniway (a) 1.598.000 Reembolso de parte do empréstimo concedido à PV.Com 2.408.642 -------------- 4.006.642 -------------- 8.011.630 ========

(a) Em Janeiro de 2002 a Impresa alienou a sua participação de 4% no capital da Oniway pelo montante de 5.677.545 Euros. Adicionalmente aquela entidade reembolsou os empréstimos de financiamento concedidos no montante de 1.598.000 Euros. Esta operação gerou uma mais valia de 79.545 Euros registada na demonstração de resultados na rubrica “Proveitos e ganhos extraordinários” (Nota 45).

(b) Esta sociedade foi declarada falida durante o exercício de 2001.

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica “Empréstimos de financiamento” refere-se a prestações

suplementares concedidas pela Impresa, como segue: PV.Com 2.756.500 Portusat 862.043 -------------- 3.618.543 ========

Estas prestações suplementares só poderão ser reembolsadas ao Grupo nas circunstâncias previstas na legislação em vigor, isto é, desde que após o seu reembolso os capitais próprios dessas empresas não fiquem inferiores ao somatório do capital social e da reserva legal.

30. VALORES DE MERCADO DO ACTIVO CIRCULANTE Em 31 de Dezembro de 2002, não havia diferenças significativas, que não estivessem cobertas pelas

provisões constituídas, entre os valores das rubricas do activo circulante, calculadas de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pelo Grupo (Nota 23) e o respectivo valor de mercado.

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33. DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS

Em 31 de Dezembro de 2002, as dívidas a terceiros a mais de cinco anos são as seguintes (Notas 47 e 48): Dívidas de locação financeira 11.884.874 --------------- Dívidas a instituições de crédito: - Caixa Geral de Depósitos, S.A. 6.733.773 - Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. 6.400.000 --------------- 13.133.773 ---------------- 25.018.647 =========

36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR SEGMENTOS As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a

seguinte composição:

2002 2001

Televisão (Nota 57.2):Vendas 1.128.869 3.049.710Prestações de serviços 126.847.346 138.987.450

Revistas (Nota 57.3):Vendas 35.401.113 34.374.562Prestações de serviços 32.857.256 37.104.143

Jornais (Nota 57.4):Vendas 14.240.768 13.408.996Prestações de serviços 34.884.674 44.008.512

Distribuição:Vendas - 22.938.321Prestações de serviços - 904.599

Efeito das não anulações do método proporcional (Nota 57.5) 29.928 59.856245.389.954 294.836.149

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38. DIFERENÇAS ENTRE RESULTADOS CONTABILÍSTICO E FISCAL Tal como preconizado na Directriz Contabilística nº 28, o Grupo contabiliza os impostos diferidos

resultantes das diferenças temporárias entre o resultado contabilístico e fiscal. Neste sentido, foram reconhecidos em 31 de Dezembro de 2002, activos por impostos diferidos no montante de 21.612.012 Euros, justificados como segue:

a) Diferenças temporais – Movimentos nos Impostos Diferidos Activos

Para o apuramento dos activos por impostos diferidos foi considerada a totalidade das diferenças temporárias geradas pela SIC, Abril – Controljornal e Mediger até 2002, por ser entendimento do Conselho de Administração/Gerência dessas empresas que são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem estas situações.

Relativamente às restantes empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2002, os impostos diferidos a registar em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28 respeitam essencialmente aos prejuízos fiscais reportáveis existentes nessa data e provisões tributadas. Uma vez que no entendimento da Administração/Gerência dessas empresas não são esperados resultados fiscais futuros suficientes que compensem as situações supra referidas, o Grupo não registou os correspondentes impostos diferidos activos (Nota 55).

b) Reconciliação da taxa de imposto

Resultado antes de impostos (40.424.006)

Taxa nominal de imposto 33,0%

(13.339.922)

Diferenças permanentes (i) 9.971.260

Diferença de taxa de imposto para empresas sediadas no Reino Unido (30%) (112.274)

Outros 751.363

Ajustamentos à colecta (ii) 402.142

Imposto sobre o rendimento (2.327.431)

Imposto corrente (Nota 49) 2.849.180

Imposto diferido gerado no ano (5.176.611)

(2.327.431)

Alteração doperímetro de

Saldo consolidação Saldoinicial (Nota 14) Constituição Reversão final

Provisões para dívidas de cobranças duvidosas 182.326 - 33.299 - 215.625

Provisões para processos judiciais em curso 295.219 - - (295.219) -

Provisões para outros riscos e encargos 1.374.036 - 605.335 - 1.979.371

Provisões para depreciação de existências 372.280 - 321.862 - 694.142

Prejuízos fiscais reportáveis (Nota 55) 14.708.241 (496.701) 5.844.516 (1.333.182) 18.722.874

16.932.102 (496.701) 6.805.012 (1.628.401) 21.612.012

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(i) Em 31 de Dezembro de 2002, este montante tinha a seguinte composição:

Imposto diferido não recuperável 14.821.142

Amortização de trespasses (Nota 44) 9.861.671

Efeito da aplicação do método de equivalência patrimonial (Nota 44) 3.798.913

Gratificações (1.206.280)

Reintegrações e amortizações não aceites 915.430

Juros e multas 847.822

Despesas confidenciais ou não documentadas 726.666

Dívidas incobráveis (Nota 45) 706.828

Donativos (Nota 45) 466.520

Recuperação de imposto por utilização de prejuízos fiscais (357.077)

Outras rubricas, líquidas (365.697)

30.215.938

Taxa nominal de imposto 33%

9.971.260

(ii) Este montante representa a parcela de imposto relativa à tributação autónoma de certas despesas.

39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foram atribuídas remunerações aos membros dos órgãos

sociais da Impresa no montante de 118.304 Euros. 41. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Determinadas empresas do Grupo procederam em anos anteriores, à reavaliação das suas imobilizações

corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 de Dezembro Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro Conforme disposto na legislação que presidiu às reavaliações efectuadas, as reservas delas decorrentes

só podem ser utilizadas para aumentar capital ou para cobrir prejuízos até à data em que foram registadas, não podendo ser distribuídas aos accionistas.

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44. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercício findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte

composição: 2002 2001 Custos e perdas: Juros suportados 6.467.908 7.464.896 Perdas em empresas associadas (a) 3.949.042 2.294.583 Diferenças de câmbio desfavoráveis 3.830.981 1.917.281 Descontos de pronto pagamento concedidos 1.909.275 2.072.769 Amortização de trespasses (Nota 27) (b) 9.861.671 9.861.671 Outros custos e perdas financeiros (c) 2.496.812 588.352 --------------- --------------- 28.515.689 24.199.552 Resultados financeiros ( 20.995.259 ) ( 21.505.017 ) -------------- -------------- 7.520.430 2.694.535 ======== ======== Proveitos e ganhos: Juros obtidos 216.649 853.579 Ganhos em empresas associadas (Nota 27) 198.565 - Diferenças de câmbio favoráveis 6.797.242 1.625.417 Descontos de pronto pagamento obtidos 28.893 87.735 Outros proveitos e ganhos financeiros 279.106 127.804 -------------- -------------- 7.520.430 2.694.535 ======== ======== (a) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica tem o seguinte detalhe: Perdas em empresas associadas (Nota 27) 3.997.478 Reconhecimento do ganho gerado com o aumento de capital na Vasp (Nota 51) ( 48.436 ) -------------- 3.949.042 ======== (b) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica respeita à amortização dos trespasses

decorrentes da aquisição de participações financeiras conforme segue: SIC 5.752.697 Soincom 2.284.207 Controljornal 1.437.883 Gesco 116.258 SIC Notícias 104.606 Lusa 166.020 -------------- 9.861.671 ======== (c) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica inclui 1.458.496 Euros

(Notas 46 e 56) referente ao reforço da provisão para fazer face às responsabilidades contingentes decorrentes de Equity Swaps celebrados com duas instituições financeiras sobre acções da Impresa.

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45. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, têm a seguinte

composição: 2002 2001 Custos e perdas: Donativos 466.520 308.791 Dívidas incobráveis 706.828 202.411 Perdas em existências (a) 8.149.190 7.388.055 Perdas em imobilizações 1.048.224 797.342 Multas e penalidades 31.188 60.791 Correcções relativas e exercícios anteriores 227.776 126.076 Outros custos e perdas extraordinários 1.170.120 18.229.490 -------------- --------------- 11.799.846 27.112.956 Resultados extraordinários 331.006 ( 16.986.120 ) -------------- -------------- 12.130.852 10.126.836 ======== ========

Proveitos e ganhos: Recuperação de dívidas 1.331 1.541 Ganhos em existências 430.818 980.006 Ganhos em imobilizações (b) 4.537.418 633.714 Benefícios e penalidades contratuais 156.303 - Redução de provisões (Nota 46) 6.095.241 7.876.323 Correcções relativas em exercícios anteriores 184.239 158.224 Outros proveitos e ganhos extraordinários 725.502 477.028 -------------- -------------- 12.130.852 10.126.836 ======== ======== (a) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, este montante resulta essencialmente do abate de

alguns programas da SIC no valor de 3.682.696 Euros, dado que o seu prazo de utilização caducou neste exercício e do abate por parte da Abril – Controljornal de produtos acabados inutilizados e diferenças apuradas em contagens físicas de existências, em 3.789.421 Euros e 553.979 Euros, respectivamente.

(b) No exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, esta rubrica respeita essencialmente a mais valias

apuradas com a alienação do edifício sede da Sojornal pelo valor de 4.239.782 Euros, sendo o seu valor líquido contabilístico à data da venda de 2.241.778 Euros, e à permuta de um edifício daquela participada cujo valor líquido contabilístico à data da permuta era de 766.109 Euros por terrenos no valor de 3.017.053 Euros, gerando assim mais valias de 1.998.004 Euros e 2.250.944 Euros, respectivamente (Nota 27). Adicionalmente, encontra-se registada nesta rubrica a mais valia obtida com a alienação da participação detida na Oniway, no valor de 79.545 Euros (Nota 27).

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46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, realizaram-se os seguintes movimentos nos saldos

das rubricas de provisões:

Alteração do Equivalência Saldo perímetro de Utilização/ patrimonial Saldo

Contas inicial consolidação Aumentos regularização (Nota 27) final

Provisões para investimentos financeiros (Nota 27) 4.988 - - (4.988) - -

Provisões para dívidas de cobrança duvidosa 4.231.768 (403.814) 1.525.744 (1.037.164) - 4.316.534

Provisões para depreciação de existências (Nota 45) 2.604.194 (2.148) 3.857.748 (3.191.360) - 3.268.434

Provisões para riscos e encargos Provisões para Equity Swaps (Notas 44 e 56) 17.707.845 - 1.458.496 - - 19.166.341 Outras provisões para riscos e encargos 7.132.566 (22.946) 5.172.964 (2.656.451) - 9.626.133 Provisão para perdas em investimentos financeiros 1.893.403 - - (1.202) 2.945.313 4.837.514

26.733.814 (22.946) 6.631.460 (2.657.653) 2.945.313 33.629.98833.574.764 (428.908) 12.014.952 (6.891.165) 2.945.313 41.214.956

Os aumentos de provisões no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 foram registados por contrapartida das seguintes rubricas: Provisões do exercício 10.556.456 Custos financeiros (Nota 44) 1.458.496 ---------------- 12.014.952

========= Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo reforçou as provisões para depreciação de existências no montante de 3.857.748 Euros para fazer face à perda de valor de mercado de alguns programas e diversas matérias primas registadas em existências. A rubrica “Outras provisões para riscos e encargos” destina-se a cobrir eventuais contingências decorrentes de processos judiciais intentados contra algumas empresas do Grupo no decurso da sua actividade normal, os quais se encontram em curso em 31 de Dezembro de 2002. Estas provisões foram constituídas com base nas informações fornecidas pelos advogados dessas empresas relativas às suas expectativas quanto ao desfecho final desses processos. Adicionalmente durante o ano foi constituída uma provisão de 3.507.949 Euros para fazer face a encargos a incorrer com processos de reestruturação interna do Grupo. A diminuição de 2.656.451 Euros inclui 1.415.169 Euros relacionados com a anulação de uma provisão que não se manifestou necessária.

Em 31 de Dezembro de 2002 o detalhe da provisão para perdas em investimentos financeiros tem o seguinte detalhe: PV.Com 4.177.014 Portusat 660.500 -------------- 4.837.514 ========

A utilização/regularização de provisões no exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 foi como segue: Utilização directa de provisões 585.365 Regularizações 210.559 Redução de provisões (Nota 45) 6.095.241 -------------- 6.891.165 ========

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47. LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2002, o Grupo mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

Valor Amortizações Valorbruto acumuladas líquido

Terrenos 2.579.384 - 2.579.384 Edifícios e outras construções 22.856.097 (1.489.927) 21.366.170 Equipamento de transporte 1.356.970 (352.886) 1.004.084 Meios móveis 4.651.614 (1.162.904) 3.488.710

31.444.065 (3.005.717) 28.438.348

Conforme indicado na Nota 23.c), o Grupo regista estes bens pelo método financeiro. Em 31 de Dezembro de 2002, a SIC e a Abril - Controljornal mantinham responsabilidades, como

locatários, relativas a rendas vincendas em contratos de locação financeira no montante de 5.071.925 Euros e 14.964.607 Euros, respectivamente, as quais se vencem como segue:

Adicionalmente, a Abril – Controljornal pagou 1.915.384 Euros pela compra da posição no contrato de locação financeira relativo às suas instalações. Este montante está registado na rubrica de “Custos diferidos” e a ser amortizado durante o período do contrato (15 anos) (Nota 51).

48. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2002, o saldo de dívidas a instituições de crédito, tem a seguinte composição:

Curto Médio e

Entidades prazo longo prazo Total

Caixa Geral de Depósitos, S.A. (a) 10.973.553 34.666.455 45.640.008Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (b) - 30.000.000 30.000.000Banco Totta & Açores, S.A. e Caixa Banco de Investimento, S.A. (c) 2.992.787 21.348.550 24.341.337Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (d) 2.000.000 21.000.000 23.000.000Descobertos bancários 20.037.536 - 20.037.536Caixa Geral de Depósitos, S.A. (e) 1.705.746 3.740.985 5.446.731Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (f) 5.356.341 - 5.356.341Contas correntes caucionadas (g) 3.160.039 - 3.160.039Banco Totta & Açores, S.A. (h) 623.497 311.749 935.246Banco Totta & Açores, S.A. (i) 212.500 106.250 318.750

47.061.999 111.173.989 158.235.988

Capital Juros Total

2003 2.641.123 760.467 3.401.590

2004 2.291.634 668.641 2.960.275 2005 1.080.978 580.339 1.661.317 2006 1.256.749 531.045 1.787.794 2007 881.174 479.963 1.361.137 2008 a 2018 11.884.874 3.171.346 15.056.220

17.395.409 5.431.334 22.826.743

20.036.532 6.191.801 26.228.333

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(a) Em Novembro de 1999, foi celebrado pelo Grupo um contrato de financiamento com a Caixa Geral de Depósitos, S.A. no montante inicial de 54.867.769 Euros, que será reembolsado pela Impresa em prestações anuais que se vencem em 30 de Junho de cada ano. Em 31 de Dezembro de 2002, as prestações em dívida deste empréstimo são as seguintes:

Este empréstimo vence juros à taxa Lisbor a seis meses adicionada de 1,25% e o seu pagamento será efectuado também semestralmente.

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 31 de Dezembro de 2002, a Soincom

mantém empenhadas acções representativas de 25% do capital da SIC e a Impresa acções representativas de 51,66% do capital da Soincom (Nota 22).

O contrato de financiamento referente a este empréstimo tinha originalmente considerados determinados covenants, os quais foram suspensos em 2001 por acordo com a Caixa Geral de Depósitos, S.A.. A Impresa acordou com a Caixa Geral de Depósitos, S.A. a prorrogação do período para pagamento de capital vencido durante 2002 por um prazo máximo de três meses.

(b) Esta rubrica respeita a uma emissão de papel comercial subscrita pela SIC em 26 de Setembro de 2002 no valor de 30.000.000 Euros, com data de reembolso prevista para 24 de Janeiro de 2003, podendo ser automaticamente renovado à taxa de 2,96%. Em 31 de Dezembro de 2002, esta emissão de papel comercial vencia juros à taxa de 3,37%. Esta emissão foi efectuada ao abrigo de um programa de papel comercial com um período de duração de cinco anos, terminando em 17 de Novembro de 2006.

(c) O saldo desta rubrica refere-se a um empréstimo bancário contraído em 1998 junto do Banco Totta &

Açores, S.A. e da Caixa Banco de Investimento, S.A., no montante inicial de 34.915.853 Euros, que em 31 de Dezembro de 2002 vencia juros à taxa anual de 5,4966%, correspondente a uma taxa anual indexada à Lisbor a seis meses acrescida de 1,25% desde Novembro de 2002 (1% até essa data). O empréstimo é amortizado em prestações anuais no final do primeiro semestre conforme segue:

2003 2.992.787

2004 3.491.5852005 3.990.3832006 4.489.1812007 9.377.401

21.348.55024.341.337

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo a Impresa empenhou 895.050 acções representativas de 51% do capital da Controljornal e promessa de penhor das acções representativas de 100% do capital da Sojornal (Nota 22).

O contrato de financiamento referente a este empréstimo, considera determinados covenants que a Impresa deve cumprir até ao integral pagamento destas responsabilidades.

2003 10.973.553

2004 6.234.9742005 6.733.7722006 7.232.5692007 7.731.3672008 6.733.773

34.666.45545.640.008

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(d) Esta rubrica respeita a um empréstimo contraído pela Edicontroljornal junto do Banco Espírito Santo

de Investimento, S.A., para aquisição de uma participação de 50% na Omniger. Em 31 de Dezembro de 2002 este empréstimo vencia juros postecipados semestrais a uma taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 2,5%. Este empréstimo será reembolsado em 13 prestações semestrais vencendo-se a primeira em 15 de Junho de 2003 como segue:

Como garantia do integral cumprimento deste empréstimo, em 31 de Dezembro de 2002, as quotas representativas de 100% do capital da Omniger encontram-se empenhadas (Nota 22).

(e) Este empréstimo foi contraído pela SIC junto da Caixa Geral de Depósitos, S.A., vence juros a uma

taxa correspondente à EURIBOR a seis meses acrescida de 1,25%. O reembolso do capital será efectuado em cinco anos em prestações semestrais iguais de 623.497 Euros cada, vencendo-se a próxima em 30 de Junho de 2003. A SIC renegociou a dívida de curto prazo tendo liquidado uma primeira parcela de 164.745 Euros da prestação vencida em 31 de Dezembro de 2002. O empréstimo tem o seguinte plano de reembolso:

(f) Esta rubrica respeita a um contrato de financiamento celebrado com o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. que permite a antecipação de valores a serem reembolsados com base nas receitas a gerar pela SIC, através dos serviços de televisão por cabo prestados pela CATVP – TV Cabo Portugal, S.A.. Os juros deste financiamento são calculados com base na taxa EURIBOR a um mês, acrescida de 0,9%.

(g) Este montante corresponde a contas correntes caucionadas, as quais se vencem no curto prazo,

sendo os respectivos juros calculados a taxas normais de mercado. (h) Este empréstimo foi contraído pela Imprejornal junto do Banco Totta & Açores, S.A., com juros

subsidiados pelo IAPMEI - Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento. Este empréstimo, destinado à ampliação da máquina rotativa, tem o seguinte plano de reembolso:

2003 2.000.000

2004 3.000.0002005 3.400.0002006 3.800.0002007 4.400.0002008 4.800.0002009 1.600.000

21.000.00023.000.000

2003 1.705.746

2004 1.246.9952005 1.246.9952006 1.246.995

3.740.9855.446.731

2003 623.497

2004 311.749935.246

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(i) Este empréstimo foi contraído pela Imprejornal para financiamento da ampliação da máquina rotativa. Este empréstimo vence juros a uma taxa anual indexada à Lisbor a 180 dias, acrescida de 0,25%, e tem o seguinte plano de reembolso:

49. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2002, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composição: Saldos devedores: Imposto sobre o Valor Acrescentado – valores a reportar 1.066.670 Outros impostos e taxas 2.823 -------------- 1.069.493 ======== Saldos credores: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC 1.703.459 Instituto Português de Arte Cinematográfica e Audiovisual/Cinemateca Portuguesa 4.661.413 Imposto sobre o Valor Acrescentado 4.787.751 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – retenções na fonte 2.050.045 Contribuições para a Segurança Social 1.917.148 Outros impostos e taxas 13.047 --------------- 15.132.863 ======== O montante a pagar de IRC tem a seguinte composição: Estimativa de imposto do ano (Nota 38) 2.849.180 Pagamentos por conta ( 80.075 ) Retenções na fonte ( 2.208.483 ) Estimativa de imposto de empresas do Grupo localizadas no estrangeiro 1.222.598 Outros valores ( 79.761 ) -------------- 1.703.459 ======== 50. OUTROS DEVEDORES E CREDORES

Em 31 de Dezembro de 2002, estas rubricas têm a seguinte composição: Outros devedores: Adiantamentos a fornecedores de programas (a) 20.276.295

Adiantamentos ao pessoal 227.736 Imposto sobre o Valor Acrescentado a recuperar (b) 227.005

Outros 2.022.814 --------------- 22.753.850 =========

Outros credores:

ICAM – Instituto do Cinema Audiovisual e Multimédia (c) 2.084.998 Comissões 142.663 Outros 903.777 -------------- 3.131.438 ======== (a) Este montante respeita a pagamentos efectuados pela SIC a fornecedores de programas, ao abrigo

de contratos celebrados com estas entidades, referentes a programas e séries, que a esta data ainda não se encontravam disponíveis para exibição.

2003 212.500

2004 106.250318.750

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(b) Este montante corresponde essencialmente a imposto suportado em compras de bens e serviços a países da União Europeia, cujo reembolso foi solicitado às autoridades fiscais dos respectivos países.

(c) Este montante corresponde a um subsídio atribuído pelo ICAM – Instituto do Cinema Audiovisual e

Multimédia à SIC Filmes, o qual se encontra a ser diferido (Nota 51). 51. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2002, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição: Acréscimos de proveitos: Telefilmes (a) 2.084.998 Rappel a receber 1.128.397 Direitos de transmissão (b) 474.000 Publicidade a facturar 339.465 Assinaturas de televisão por cabo a facturar 246.256 Outros 195.637 -------------- 4.468.753 ======== Custos diferidos: Co-produções (c) 2.514.470 Cedência de posição contratual (Nota 47) 1.883.431 Despesas com filmes e programas em curso (d) 1.699.523 Juros vencidos 1.227.724 Campanhas de angariação de revistas por assinaturas (e) 1.094.231 Responsabilidade com pensões – activos (Nota 21.1) 929.846 Assistência técnica 255.331 Seguros 181.806 Outros 1.017.401 -------------- 10.803.763 ======== Acréscimos de custos: Férias e subsídio de férias 8.570.435 Direitos de autor (f) 1.624.841 Custos com produção de programas já exibidos (g) 1.444.556 Responsabilidade com pensões – passivos (Nota 21.1) 1.302.346 Contratos de fixação cambial (h) 1.081.192 Prémios a pagar ao pessoal 902.429 Juros a liquidar 703.999 Rescisões 567.036 Royalties a pagar 362.757 Comunicação 240.573 Comissões a liquidar 387.968 Rappel a conceder 368.876 Outros 2.469.115 ---------------- 20.026.123 ========= Proveitos diferidos: Facturação antecipada (i) 9.730.385 Ganho gerado no aumento de capital da Vasp (j) 1.113.367 Assinaturas de jornais e revistas (Nota 23.j)) 1.280.158 Subsídios ao investimento (k) 229.953 Publicidade 313.748 Outros 26.700 ---------------- 12.694.311 =========

(a) O valor registado nesta rubrica refere-se a subsídios a receber do ICAM - Instituto do Cinema,

Audiovisual e Multimédia a título de comparticipação em telefilmes já concluídos. A contrapartida dos valores já recebidos está registada na rubrica “Outros credores” (Nota 50).

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(b) Esta rubrica corresponde ao valor a receber da Sociedade Portuguesa de Autores, C.R.L., relativamente a direitos de transmissões do canal “SIC” através da CATV – TV Cabo Portugal, S.A. até 31 de Dezembro de 2002.

(c) Esta rubrica refere-se essencialmente a despesas incorridas com a aquisição dos direitos para a

produção de séries e novelas, em simultâneo com outros fornecedores externos.

(d) Esta rubrica corresponde a despesas incorridas pelas direcções de programas e de informação da SIC, com programas que serão exibidos durante o ano de 2003.

(e) Esta rubrica respeita aos custos com angariação de assinaturas de revistas, os quais se encontram a

ser diferidos por um período de doze meses (Nota 23 j)).

(f) Esta rubrica representa os valores em dívida à Sociedade Portuguesa de Autores, C.R.L. no âmbito da actividade normal da SIC durante o ano de 2002.

(g) Esta rubrica refere-se essencialmente a despesas incorridas pelas direcções de programas e de

informação da SIC, relativas a programas que já foram exibidos, estando-se a aguardar as respectivas facturas.

(h) Esta rubrica respeita aos custos apurados até 31 de Dezembro de 2002 pela SIC, com operações de

cobertura de risco cambial através de contratos de fixação de taxas de câmbio.

(i) Esta rubrica refere-se essencialmente a publicidade facturada a clientes e a emitir durante o ano de 2003.

(j) Esta rubrica respeita à mais-valia gerada pelo aumento de capital ocorrido na Vasp e não

acompanhado pelo Grupo, no valor de 1.161.804 Euros (Nota 27), deduzida do reconhecimento semestral no valor de 48.436 Euros (Nota 44).

(k) Os subsídios ao investimento foram obtidos pela Imprejornal e destinam-se à aquisição de

equipamento gráfico e à instalação de um laboratório de qualidade. Os subsídios são reconhecidos em resultados no período correspondente à amortização dos equipamentos e do laboratório de qualidade que foram subsidiados (Nota 23.m)).

52. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2002, o capital da Impresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e

ascendia a 72.000.000 Euros, estando representado por 72.000.000 de acções com o valor nominal de um Euro cada, e era detido em 50,77% pela Impreger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A..

53. MOVIMENTO OCORRIDO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nos saldos das rubricas do capital próprio durante o exercício findo em 31 de

Dezembro de 2002, foi o seguinte:

Saldo Aumentos/ Transfe- Saldoinicial diminuições rências final

Capital 72.000.000 - - 72.000.000 Prémios de emissão de acções 89.982.257 - - 89.982.257 Reserva legal 281.051 - - 281.051 Resultados transitados 6.605.117 (831.104) (52.242.826) (46.468.813)Resultado consolidado líquido do exercício (52.242.826) (27.965.188) 52.242.826 (27.965.188)

116.625.599 (28.796.292) - 87.829.307

Prémios de emissão de acções: O valor registado nesta rubrica, resulta dos ágios obtidos nos aumentos

de capital ocorridos em exercícios anteriores. Segundo a legislação em vigor, a utilização do valor incluído nesta rubrica segue o regime aplicável à reserva legal, ou seja, não pode ser distribuído aos accionistas, podendo contudo, ser utilizado para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporado no capital.

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Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Aplicação de resultados: Conforme deliberado em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 10 de

Abril de 2002 o prejuízo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2001 foi integralmente aplicado em resultados transitados.

A diminuição de 831.104 Euros registada na rubrica “Resultados transitados” respeita aos seguintes

movimentos: Ajustamentos de conversão cambial da SIC ( 661.380 ) Gratificações de balanço de empresas do Grupo ( 148.927 ) Equivalência patrimonial da Lusa (Nota 27) ( 20.267 ) Outros ( 530 ) ----------- ( 831.104 ) ====== 54. INTERESSES MINORITÁRIOS

Em 31 de Dezembro de 2002, os interesses minoritários registados no balanço consolidado respeitam às seguintes empresas do Grupo:

SIC e subsidiárias 11.344.168 Abril – Controljornal 1.711.238 Edicontroljornal ( 170.236 ) Publiregiões ( 58.150 ) Publisurf 628 ---------------- 12.827.648 ========= Os interesses minoritários registados na demonstração consolidada de resultados do exercício findo em 31

de Dezembro de 2002 respeitam às seguintes empresas do Grupo: SIC e subsidiárias ( 10.510.349 ) Abril – Controljornal e subsidiárias 681.287 Publiregiões ( 671.956 ) Edicontroljornal (aquisição de 50% do capital da Omniger) 589.729 Edicontroljornal ( 220.236 ) Publisurf 134 ---------------- ( 10.131.387 ) ========= Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido na rubrica de interesses

minoritários de balanço foi o seguinte: Interesses minoritários em 31 de Dezembro de 2001 21.866.652 Resultado líquido do exercício atribuível aos minoritários ( 10.131.387 ) Aumento de capital na SIC 2.450.000 Ajustamentos de conversão cambial na SIC ( 635.444 ) Aumento de prestações suplementares na Publiregiões 652.000 Devolução de prestações suplementares na Abril – Controljornal ( 802.298 ) Aumento de prestações suplementares na Abril Hearst 144.357 Devolução de prestações suplementares na Omniger ( 783.034 ) Constituição da Edicontroljornal 50.000 Outros 16.802 ---------------- Interesses minoritários em 31 de Dezembro de 2002 12.827.648 =========

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55. IMPOSTOS A Impresa e as suas empresas participadas encontram-se sujeitas a tributação em sede de Imposto sobre

o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, à taxa de 30%, acrescida de Derrama à taxa de 10%, resultando numa taxa de imposto agregada de 33%.

A Impresa é tributada em sede de IRC pelo resultado fiscal consolidado, com o das suas subsidiárias,

Controljornal, Soincom, Hoge, Impresa.com, Sojornal, Medipress, Imprejornal, Publisurf, Cinforma e Sojornal.com. As restantes empresas do Grupo são tributadas individualmente.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte

das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais do Grupo dos anos 1999 a 2002 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002.

Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, o Grupo

encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos,

após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2002, a Impresa e algumas das empresas do grupo tinham os seguintes prejuízos fiscais reportáveis:

Exercícios Exercícios2002 anteriores 2002 anteriores Total

SIC e subsidiárias 17.688.845 39.025.327 7.352.741 12.388.928 76.455.841 Abril-Controljornal e subsidiárias - 4.039.945 - 450.189 4.490.134 Impresa (consolidado fiscal) - - 1.523.454 7.140.312 8.663.766 Publiregiões - - 1.253.849 4.800.777 6.054.626 Edicontroljornal - - 440.471 - Mediger 21.810 - - - 21.810

17.710.655 43.065.272 10.570.515 24.780.206 95.686.177

Taxa de imposto 33% 33%

5.844.516 14.211.540

impostos diferidos (Nota 38) efeito de impostos diferidos

Prejuízos fiscais considerados Prejuízos fiscais nãoreportáveis para efeito de considerados reportáveis para

56. PLANO DE INCENTIVOS / CONTINGÊNCIAS A Impresa está a estudar o estabelecimento de um plano de opções de compra de acções (Stock Options

Plan) a atribuir a alguns empregados do Grupo, envolvendo um total de 2. 099.452 acções ordinárias da Impresa. Os termos específicos deste plano de opções estão presentemente em discussão e estão sujeitos à aprovação pelo Conselho de Administração da Impresa, esperando-se que os mesmos fiquem definidos no ano de 2003, aquando da conclusão do “Projecto Único de Gestão de Carreiras do Grupo Impresa”.

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Para fazer face a este plano de opções, a Impresa estabeleceu em 2 de Junho de 2000 com o Deutsche Bank AG um contrato de opções de compra e venda de 1.800.000 acções ordinárias da Impresa (Equity Swap), pelo qual a Impresa tem a opção de comprar (Call) e o Deutsche Bank a opção de vender (Put) essas acções durante o período contratual. Este contrato poderá ser exercido em 5 de Junho de 2003, sendo o preço de exercício desta opção correspondente à cotação inicial das acções da Impresa no IPO (10,25 Euros) ajustado com base numa taxa de juro anual indexada à EURIBOR acrescida de um spread de 0,70%. Adicionalmente, a Impresa estabeleceu em 5 de Janeiro de 2001 com o Banco Português de Investimento, S.A. (“BPI”) um Equity Swap correspondente a 299.452 acções ordinárias da Impresa, pelo qual a Impresa tem a opção de comprar (Call) e o BPI a opção de vender (Put) essas acções durante o período contratual. Este contrato poderá ser exercido em 5 de Junho de 2003, sendo o preço de exercício desta opção correspondente à cotação de 7,08 Euros ajustado com base numa taxa de juro anual de 5,334%. Estes contratos poderão ser liquidados através de um Physical Settlement ou de um Cash Settlement, podendo a Impresa optar por qualquer uma destas formas de liquidação.

Em 31 de Dezembro de 2001, para cobrir o risco associado a variações da cotação das acções prometidas

comprar aos preços definidos nos contratos supra mencionados, a Impresa registou nas suas demonstrações financeiras uma provisão para outros riscos e encargos por contrapartida da rubrica “Custos e perdas extraordinários”, que correspondia à diferença entre o preço de exercício das opções e o preço estimado de aquisição das referidas acções com base no estabelecido nos Equity Swaps supra indicados, no montante de 17.707.845 Euros (Nota 46). Em 31 de Dezembro de 2002 a Impresa actualizou esta provisão considerando a cotação das acções naquela data e a contagem de juros desde 31 de Dezembro de 2001 de que resultou um aumento da provisão de 1.458.496 Euros, que a Impresa registou por contrapartida da rubrica “Custos e perdas financeiros” (Notas 44 e 46).

57. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS DE NEGÓCIO

57.1 Geral A identificação dos segmentos reportáveis pelo Grupo assenta na combinação das diferenças nos

produtos e serviços e diferenças nos quadros legais. Estes segmentos são consistentes com a forma como o Grupo analisa o seu negócio. Assim, tendo em consideração os factores acima mencionados, o Grupo identificou os seguintes segmentos reportáveis:

Televisão – O Grupo detém uma participação na SIC que transmite em sinal aberto e por cabo os

canais de televisão “SIC”, “SIC Notícias”, “SIC Radical”, “SIC Gold” e “SIC Internacional”. Revistas – O Grupo publica, através da Abril - Controljornal, um vasto leque de revistas sobre

diversos temas, incluindo negócios, política, automóveis e sociedade. Adicionalmente o Grupo inclui neste segmento metade da actividade da Gesco.

Jornais – O Grupo publica o semanário “Expresso”, o jornal de música semanal “Blitz”, o jornal

semanal de automóveis “Autosport”, a edição mensal “Surf Portugal” e a edição gratuita “Jornal da Região”. Adicionalmente o Grupo inclui neste segmento a Imprejornal, a Cinforma e metade da actividade da Gesco.

Não existe nenhum cliente que contribua com 10% ou mais para as receitas do Grupo em qualquer

dos períodos apresentados nas demonstrações de resultados.

As transacções entre segmentos são registadas segundo os mesmos princípios das transacções com terceiros. As políticas contabilísticas de cada segmento são as mesmas do Grupo.

A maioria das receitas do Grupo são geradas em território nacional e a maioria dos activos estão

também localizados em território nacional.

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57.2 Televisão As demonstrações de resultados para este segmento, para os exercícios findos em 31 de Dezembro

de 2002 e 2001 são como seguem:

2002 2001

Prestações de serviços - clientes externos (Nota 36) 126.847.346 138.987.450Prestações de serviços - inter-segmentos 1.151.157 457.238Vendas - clientes externos (Nota 36) 1.128.869 3.049.710Outros proveitos operacionais - clientes externos 1.075.357 1.650.403Outros proveitos operacionais - clientes inter-segmentos 149.630 280.324

Proveitos operacionais 130.352.359 144.425.125

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (64.192.860) (87.578.491)Custos com o pessoal (31.263.757) (29.710.787)Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo (14.214.351) (11.221.436)Provisões (4.586.616) (3.974.786)Outros custos operacionais (38.300.314) (49.049.037)

Custos operacionais (152.557.898) (181.534.537)

Resultado operacional (22.205.539) (37.109.412)

Custos financeiros (7.685.725) (5.675.442)Proveitos financeiros 7.319.713 2.176.799Resultados extraordinários (2.423.236) 1.069.034

Resultado antes de impostos e interesses minoritários (24.994.787) (39.539.021)

Impostos sobre o rendimento 4.611.606 12.567.098

Interesses minoritários 1.024.682 (230.928)

Resultado líquido do exercício (19.358.499) (27.202.851)

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57.3 Revistas

As demonstrações de resultados para este segmento, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 são como seguem:

2002 2001

Prestações de serviços - clientes externos (Nota 36) 32.857.256 37.104.143Prestações de serviços - inter-segmentos 704.350 111.546Vendas - clientes externos (Nota 36) 35.401.113 34.374.562Vendas - inter-segmentos 75.344 40.428Outros proveitos operacionais - clientes externos 3.690.628 3.840.452Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 29.799 -

Proveitos operacionais 72.758.490 75.471.131

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (12.047.417) (13.379.040)Custos com o pessoal (18.580.283) (21.971.279)Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo (1.484.610) (2.346.106)Provisões (4.378.982) (5.353.321)Outros custos operacionais (28.950.349) (34.251.542)

Custos operacionais (65.441.641) (77.301.288)

Resultado operacional 7.316.849 (1.830.157)

Custos financeiros (1.018.330) (1.039.461)Proveitos financeiros 45.352 21.410Resultados extraordinários (2.238.243) (1.939.339)

Resultado antes de impostos e interesses minoritários 4.105.628 (4.787.547)

Impostos sobre o rendimento (2.225.508) 1.031.070

Interesses minoritários (81.960) 51.690

Resultado líquido do exercício 1.798.160 (3.704.787)

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57.4 Jornais As demonstrações de resultados para este segmento, para os exercício findos em 31 de Dezembro

de 2002 e 2001 são como seguem:

2002 2001

Prestações de serviços - clientes externos (Nota 36) 34.884.674 44.008.512Prestações de serviços - inter-segmentos 868.854 174.971Vendas - clientes externos (Nota 36) 14.240.768 13.408.996Outros proveitos operacionais - clientes externos 534.962 532.005Outros proveitos operacionais - inter-segmentos 15.680 -

Proveitos operacionais 50.544.938 58.124.484

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (8.567.889) (12.713.776)Custos com o pessoal (20.166.391) (19.673.280)Amortizações (3.751.500) (3.724.838)Provisões (1.590.858) (889.806)Outros custos operacionais (17.646.753) (20.666.298)

Custos operacionais (51.723.391) (57.667.998)

Resultado operacional (1.178.453) 456.486

Custos financeiros (720.143) (734.519)Proveitos financeiros 33.290 64.871Resultados extraordinários 4.560.066 1.528.868

Resultado antes de impostos 2.694.760 1.315.706

Impostos sobre o rendimento (53.301) (66.192)

Resultado líquido do exercício 2.641.459 1.249.514

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57.5 Reconciliações

2002 2001

Total dos segmentos reportáveis 253.655.787 322.339.349Efeito das não anulações do método proporcional (Nota 36) 29.928 59.856Eliminação de proveitos intra-grupo (2.994.814) (21.352.735)

250.690.901 301.046.470

Resultado Líquido2002 2001

Total dos segmentos reportáveis (14.918.880) (29.692.216)Custos financeiros relativos a empréstimos de financiamento (3.804.414) (4.169.836)Amortização de trespasses (9.757.065) (9.757.065)Provisão para Equity Swaps (1.458.496) (17.707.845)Resultados de estrutura das empresas mãe (3.218.211) (5.742.144)Interesses minoritários 9.188.665 17.057.447Ganhos e perdas em empresas associadas, líquidos (3.996.787) (2.231.167)

(27.965.188) (52.242.826)

Activo Total2002 2001

Total dos segmentos reportáveis 245.653.885 252.363.430Eliminação de activos intra-grupo (2.258.258) (5.669.327)Caixa e equivalentes das empresas mãe 1.046.027 751.122Outros activos das empresas mãe 2.970.983 1.821.206Investimentos em empresas associadas e participadas 5.249.741 12.941.997Activos fixos das empresas mãe 147 214Activos intangíveis das empresas mãe 752.557 2.874.654Trespasses 174.386.160 162.733.621

427.801.242 427.816.917

58. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES A demonstração consolidada dos resultados por funções foi elaborada tendo em consideração o disposto

na Directriz Contabilística n.º 20, havendo os seguintes aspectos a salientar: (a) A rubrica “Vendas e prestações de serviços“ da demonstração consolidada dos resultados por

funções (“DRF”) inclui as rubricas da demonstração consolidada dos resultados por naturezas (“DRN”) com a mesma designação, e adicionalmente a rubrica de “Descontos de pronto pagamento concedidos” e certos valores considerados nas rubricas de “Proveitos suplementares” da DRN.

(b) A rubrica “Custo das vendas e das prestações de serviços” da DRF inclui diversas rubricas da DRN,

nomeadamente: “Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas”, “Subcontratos”, “Variação da produção”, “Custos com o pessoal” associados às áreas editorial, programação, pré-press e impressão, “Amortizações do exercício” essencialmente do equipamento básico utilizado por essas áreas das empresas do Grupo e a rubrica “Descontos de pronto pagamento obtidos”.

(c) A rubrica “Outros proveitos e ganhos operacionais” da DRF inclui os valores registados nas rubricas

“Proveitos suplementares” e “Subsídios à exploração” da DRN.

(d) A rubrica “Custos de distribuição” da DRF inclui as rubricas “Custos com o pessoal” associados às áreas comercial, marketing e merchandising, “Amortizações do exercício” relacionadas com essas áreas e outros “Fornecimentos e serviços externos” da DRF.

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(e) A rubrica de “Custos administrativos” da DRF inclui diversas rubricas da DRN, nomeadamente: “Fornecimentos e serviços externos” e “Custos com o pessoal” relacionados com as áreas administrativa e financeira.

(f) A rubrica “Outros custos e perdas operacionais” da DRF inclui a conta com a mesma designação na

DRN, bem como os “Impostos” e as “Provisões”. 59. CONTINGÊNCIAS

Em 31 de Dezembro de 2002, encontram-se a decorrer contra o Grupo diversas acções interpostas por terceiros, cujos montantes e desfechos não são conhecidos à data de preparação das demonstrações financeiras. Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados do Grupo, não se prevê que dessas acções venham a resultar responsabilidades de valores significativos, que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 (Nota 46).

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E

RELATÓRIO DE AUDITORIA

CONTAS CONSOLIDADAS

Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de

Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Empresa”) e subsidiárias (“Grupo”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 que evidencia um total de 427.801.242 Euros e capitais próprios de 87.829.307 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 27.965.188 Euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de

demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos

de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

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FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente: a verificação das operações de consolidação e a aplicação do método da equivalência patrimonial e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações; a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Não examinámos as demonstrações financeiras da empresa participada SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A. (“SIC”) em 31 de Dezembro de 2002, as quais foram examinadas por outro Revisor Oficial de Contas, em cuja Certificação Legal das Contas baseamos a nossa opinião. Entendemos que o exame efectuado e a Certificação Legal das Contas desse Revisor Oficial de Contas proporcionam uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima,

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

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FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS Ênfase 6. As demonstrações financeiras consolidadas anexas, em 31 de Dezembro de 2002, foram preparadas

no pressuposto da continuidade das operações das principais empresas participadas e da recuperação dos investimentos (incluindo trespasses) relacionados com a sua aquisição. Pela análise das demonstrações financeiras da empresa participada SIC, verifica-se que, tendo apresentado nos dois últimos exercícios resultados negativos de aproximadamente 46.214.000 Euros se encontra abrangida pelas disposições do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, ou seja, capitais próprios abaixo de metade do seu capital. O balanço consolidado anexo inclui trespasses por amortizar, relacionados com aquisições, directas e indirectas, desta participada de, aproximadamente, 129.833.000 Euros. O Conselho de Administração da Empresa, baseado em análises internas decidiu não efectuar qualquer ajustamento por imparidade dos trespasses supra referidos. Estas análises basearam-se em pressupostos de evolução do mercado de publicidade e outros, que poderão não se verificar, podendo vir a ser necessários apoios adicionais a prestar pelos accionistas da SIC. Nestas circunstâncias, a recuperação dos activos consolidados, incluindo trespasses e a classificação dos passivos consolidados, dependem do sucesso futuro das operações da SIC e do apoio dos accionistas da Empresa.

Lisboa, 17 de Março de 2003 ________________________________________ FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS - SROC Representada por Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

CONTAS CONSOLIDADAS Aos Accionistas da Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Em conformidade com a legislação em vigor e no desempenho do mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas consolidadas, relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, da Impresa - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Empresa”) os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Acompanhámos a evolução da actividade e os negócios da Empresa e das suas participadas (“Grupo”), a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Empresa e dos orgãos sociais das suas participadas todas as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das nossas funções, examinámos o balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002, as demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a demonstração consolidada dos fluxos de caixa e as respectivas notas anexas, bem como o Relatório Consolidado de Gestão, elaborado pelo Conselho de Administração, para o exercício findo naquela data. Adicionalmente, analisámos a Certificação Legal das Contas, elaborada pelo Revisor Oficial de Contas, Vogal deste Conselho, a qual mereceu o nosso acordo, e que se dá aqui como integralmente reproduzida, a qual contém uma ênfase relacionada com a continuidade das operações da principal participada (SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A.) e a recuperação dos activos consolidados incluindo os trespasses relativos a aquisições de participações directas e indirectas, no capital dessa participada. Face ao exposto, apesar do teor da ênfase incluída na Certificação Legal das Contas, somos de opinião que as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o Relatório Consolidado de Gestão, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas. Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa e das suas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Lisboa, 17 de Março de 2003

Maria do Carmo Pinto de Ruela Ramos Presidente

ANTÓNIO DIAS E ASSOCIADOS – SROC

Representada por António Marques Dias Vogal

FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS – SROC

Representada por Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro Vogal

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RELATÓRIO ANUAL SOBRE A FISCALIZAÇÃO EFECTUADA

Ao Conselho de Administração da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Rua Ribeiro Sanches, Nº 65 1200 – 767 LISBOA Exmos. Senhores, 1. O presente relatório é emitido nos termos do art. 451º nº 2 do Código das Sociedades Comerciais

e do art. 52º nº 1 alínea a) do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro. 2. Procedemos à revisão legal da Impresa – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

(“Empresa”) e ao exame das suas contas individuais e consolidadas relativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e com a profundidade considerada necessária nas circunstâncias. Em consequência do exame efectuado emitimos as respectivas Certificações Legais das Contas com data de 17 de Março de 2003, cujo conteúdo se dá aqui como integralmente reproduzido, as quais não contêm reservas e contêm duas ênfases, no caso das contas individuais e uma ênfase no caso das contas consolidadas.

3. De entre outros, executámos os seguintes procedimentos: - Acompanhamento da gestão da Empresa e subsidiárias, através da participação em reuniões

efectuadas com Administradores e Directores da Empresa e suas subsidiárias e da leitura das actas relevantes, tendo solicitado e obtido os esclarecimentos que considerámos necessários.

- Apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa

e suas subsidiárias e que se encontram divulgadas no anexo às demonstrações financeiras. - Verificação da conformidade das demonstrações financeiras individuais e consolidadas que

compreendem o balanço, as demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a demonstração dos fluxos de caixa e o correspondente anexo, com as normas constantes do Plano Oficial de Contabilidade e no Decreto-lei nº 238/91, de 2 de Julho.

- Verificação da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticos

que lhes servem de suporte. - Revisão global do sistema de controlo interno em vigor na Empresa e suas subsidiárias, com

especial incidência nas áreas de compras, existências, vendas e contas a receber, tendo sido efectuados os testes de conformidade apropriados.

- Verificação da conformidade dos lançamentos de consolidação efectuados.

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106FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS

- Análise da informação financeira divulgada, tendo sido efectuados os testes de validação

dos saldos seguintes, que considerámos adequados em função da materialidade dos valores envolvidos:

a) Análise e testes das reconciliações bancárias preparadas pela Empresa e suas

subsidiárias;

b) Confirmação directa e por escrito junto de terceiros: bancos, clientes e fornecedores dos saldos de contas, responsabilidades e garantias prestadas ou obtidas, análise e teste das reconciliações dos saldos preparadas pela Empresa e suas subsidiárias; nos casos em que não foi obtida resposta, efectuámos os procedimentos de validação alternativos que considerámos necessários;

c) Análise do balancete de clientes por idade de saldos, teste quanto à sua adequada

preparação e análise da realização dos saldos das contas a receber; d) Solicitação directa a advogados e outras entidades, de informações sobre cobranças em

curso, litígios ou acções judiciais pendentes, e reclamações e impugnações fiscais; e) Inspecção física dos principais elementos do imobilizado corpóreo adquiridos no

exercício, confirmação directa da titularidade de bens sujeitos a registo e dos eventuais ónus ou encargos incidentes sobre tais bens;

f) Análise das aquisições de imobilizado corpóreo e incorpóreo efectuadas no decurso do

ano e verificação do seu adequado suporte documental; g) Verificação, quanto à sua consistência, das políticas e taxas de amortização utilizadas

no exercício; h) Verificámos a adequada aplicação do método da equivalência patrimonial;

i) Análise do detalhe da rubrica de existências relativamente aos valores de aquisição e de realização;

j) Análise e teste ao apuramento dos impostos diferidos registados pela Empresa e

verificação da correcta aplicação das normas constantes da Directriz Contabilistica nº 28;

l) Análise do detalhe dos saldos das rubricas de acréscimos e diferimentos e teste dos

cálculos de suporte aos montantes registados naquelas rubricas; m) Análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos registados no

exercício, com particular incidência na sua especialização; n) Análise das principais variações ocorridas nos saldos das contas de custos e proveitos

registados no exercício; o) Análise das situações justificativas da constituição de provisões para redução de

activos, para passivos ou responsabilidades contingentes ou para outros riscos;

p) Análise das facturas emitidas/recebidas e dos pagamentos/recebimentos após 31 de Dezembro de 2002 e verificação da adequada especialização das transacções subjacentes àqueles documentos;

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FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS q) Verificação da situação fiscal e parafiscal e da adequada contabilização dos impostos e

taxas aplicáveis; r) Apreciação da política de seguros do imobilizado e do pessoal, incluindo a actualização

dos capitais seguros. - Obtenção da Declaração de Responsabilidade do Conselho de Administração. 4. Apreciamos a conformidade do Relatório de Gestão, elaborado pelo Conselho de Administração

com as respectivas contas individuais e consolidadas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o qual satisfaz os requisitos legais.

5. Em consequência do trabalho efectuado e respectivas conclusões, e para além do assunto descrito

na Certificação Legal das Contas relacionado com a continuidade das operações da SIC – Sociedade Independente de Comunicação, S.A., a realização dos activos do grupo, incluindo trespasses e a classificação dos seus passivos, entendemos dever reportar as seguintes situações: - Em 31 de Dezembro de 2002 a empresa participada SIC, tem inventários (stocks) e custos

diferidos nos montantes de 17.637.690 Euros e 2.625.178 Euros respectivamente, relacionados com conteúdos e programas disponíveis para exibição há mais de dois anos. Apesar de nos ter sido apresentado um plano para a exibição daqueles programas nos próximos quatro anos, entendemos que deverá ser mantida uma atenção particular a este plano, para assegurar a realização do custo destes inventários;

- Face às recentes alterações da legislação fiscal, a Empresa deverá assegurar que as

transacções efectuadas com empresas do grupo e associadas, são efectuadas a preços de mercado e que são respeitadas as regras fiscais relativas a “Preços de transferência”;

Lisboa, 17 de Março de 2003 ________________________________________ FREIRE, LOUREIRO E ASSOCIADOS – SROC Representada por Carlos Luís Oliveira de Melo Loureiro

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EXTRACTO DA ACTA Nº21

No dia 24 de Abril de 2003, reuniu-se, pelas 11 horas e 30 minutos,

no Hotel da Lapa (Auditório Alfama) na Rua Pau de Bandeira, nº 4, em

Lisboa, a Assembleia Geral da IMPRESA - SOCIEDADE GESTORA DE

PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, SA, com o capital realizado de 72.000.000

Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa,

sob o n.º 1.519, titular do Cartão de Identificação de Pessoa

Colectiva n.º 502437464.

Presidiu aos trabalhos o Presidente eleito, Dr. João António de

Morais Silva Leitão, tendo secretariado o Dr. José Manuel Pessoa de

Amorim Durão, secretário da sociedade.

Após ter verificado pela leitura da lista de presenças que se

encontravam presentes e representados 20 accionistas, representando

66,9867% do capital social, e de ter constatado que a convocatória

havia sido publicada no Diário da República, n.º 62, III Série, de 14

de Março de 2003, e no Jornal "A CAPITAL", da mesma data, o

Presidente considerou a Assembleia validamente constituída e apta a

deliberar, tendo declarada aberta a sessão.

Encontravam-se presentes todos os membros do Conselho de

Administração e do Conselho Fiscal.

.....................................................................

Entrou-se, então na discussão do ponto 01. da Ordem do Dia, e obtido

o acordo de todos os presentes, pôs à discussão, em conjunto, quer na

generalidade quer na especialidade, o Relatório do Conselho de

Administração, Balanço e Contas, o Relatório do Conselho Fiscal, o

Relatório Consolidado de Gestão e o Balanço Consolidado relativos ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2002.

.....................................................................

Como mais nenhum senhor accionista pretendeu usar da palavra, foi

dada por finda a discussão, e passou-se à votação, tendo os

documentos em causa sido aprovados por maioria, com a abstenção do

accionista JP Morgan Chase Bank-Oppenheimer Fund Inc., representado

pelo Senhor Dr. Abel Eduardo Bernardo Alves Borja Araújo.

Entrou-se, então, no ponto 02. da Ordem do Dia, e o Presidente

colocou à votação a proposta de aplicação de resultados, a qual é do

seguinte teor: “Para o resultado líquido negativo de 27.965.188

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euros, propõe-se a sua transferência para a conta de Resultados

Transitados”.

Esta proposta foi aprovada por unanimidade.

.....................................................................

E como nada mais houvesse a tratar, encerrou-se a reunião, da qual se

lavrou a presente acta que pelos Presidente e Secretário vai

assinada.