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. A LÉM DAS SALAS DE AULA Alunos apresentam projeto sobre o ”Efeito do Cromo VI nas fases iniciais de Cresci- mento do Girassol” no XXXII ERBOT – 32º Encontro Regional de Botânicos de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo (ERBOT). PROPAM – REPORTAGEM ESPECIAL O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (PROPAM) preparando a cidade de Be- lo Horizonte para receber a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014 com recuperação das condições ambientais da lagoa e do seu entorno. RECÓLEO: ATIVIDADE SUSTENTÁVEL QUE DÁ CERTO Uma boa prova de que é possível gerar emprego e ren- da a partir de uma atividade sustentável. Ela está pre- sente em várias cidades de Minas Gerias e em outros estados como Rio Grande do Sul e Espírito Santo cole- tando óleo vegetal descartado. LÂMPADAS FLUORESCENTES: O CAMINHO DA LUZ Pra onde vai o Mercúrio depois de queimada? Do teto ao estilha- ço: o destino das lâmpadas fluorescentes por meio da Naturalis Brasil. SEMANA C&T Com minicursos, palestras e mesas redondas o semana de Ciência e Tecnologia contou com ótimos palestrantes sobre temas ambientais. F azenda Estalagem Práticas sustentáveis aplicadas em um empreendimento rentável. Com projetos eco pedagógicos visam provocar a consciência ecológica dos visitantes e hóspedes

REPORTAGEM ESPECIAL - engenhariaambiental.cefetmg.br · gem de Longa Distância (DLD). A retirada de sedimentos é essencial para a longevidade da bacia hidrográfica da Pampulha

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ALÉM DAS SALAS DE AULA

Alunos apresentam projeto sobre o ”Efeito do Cromo VI nas fases iniciais de Cresci-mento do Girassol” no XXXII ERBOT – 32º Encontro Regional de Botânicos de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo (ERBOT).

PROPAM –

REPORTAGEM ESPECIAL O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (PROPAM) preparando a cidade de Be-lo Horizonte para receber a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014 com recuperação das condições ambientais da lagoa e do seu entorno.

RECÓLEO:

ATIVIDADE SUSTENTÁVEL QUE DÁ CERTO

Uma boa prova de que é possível gerar emprego e ren-da a partir de uma atividade sustentável. Ela está pre-sente em várias cidades de Minas Gerias e em outros estados como Rio Grande do Sul e Espírito Santo cole-tando óleo vegetal descartado.

LÂMPADAS FLUORESCENTES: O CAMINHO DA LUZ

Pra onde vai o Mercúrio depois de queimada? Do teto ao estilha-ço: o destino das lâmpadas fluorescentes por meio da Naturalis Brasil.

SEMANA C&T

Com minicursos, palestras e mesas redondas o semana de Ciência e Tecnologia contou com ótimos palestrantes sobre temas ambientais.

Fazenda Estalagem

Práticas sustentáveis aplicadas em um empreendimento rentável. Com projetos eco pedagógicos visam provocar a consciência ecológica dos visitantes e hóspedes

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EDITORIAL

Mais um semestre no curso de Engenharia Abiental termina com mais uma edição desse info

mativo. Depois de um longo período de 126 dias de greve os alunos tiveram de se desdobrar entre przos e disciplinas a cumprir. Entre aspectos positivos e negativos do ocorrido durante e após a greve a

responsabilidade com a formação prevaleceu.Fica registrado o agradecimento ao empenho

dos alunos que colaboraram com a produção de um material de tão boa qualidade, mesmo que houvese um oceano de distância entre os coparticipantes

nesta edição de 2012.Neste segundo número do jornal, é relatado o

caminho da “Recóleo” na Coleta e Reciclagem de leo vegetal; o projeto de Recuperação da Lagoa da Pampulha, “Propam”, buscando a volta de seu atrtivo paisagístico e sua saúde ambiental; a operação “Papa-lâmpadas” que destina corretamente as lâpadas fluorescência, que são econômicas, mas com constituintes poluentes; nossa notícia Em destaque: “XXXII ERBOT – 32º Encontro Regional de Botân

cos de Minas Gerais” da participação de alunos com seu projeto da disciplina de Ecologia Geral; e a

“Semana C&T” com programação Ambiental de prfissionais da área.

Patrícia Vieira Fonseca

Diretora

Mais um semestre no curso de Engenharia Am-biental termina com mais uma edição desse infor-

mativo. Depois de um longo período de 126 dias de greve os alunos tiveram de se desdobrar entre pra-zos e disciplinas a cumprir. Entre aspectos positivos e negativos do ocorrido durante e após a greve a

responsabilidade com a formação prevaleceu. Fica registrado o agradecimento ao empenho

laboraram com a produção de um material de tão boa qualidade, mesmo que houves-se um oceano de distância entre os coparticipantes

nesta edição de 2012. Neste segundo número do jornal, é relatado o

caminho da “Recóleo” na Coleta e Reciclagem de ó-o projeto de Recuperação da Lagoa da

Pampulha, “Propam”, buscando a volta de seu atra-tivo paisagístico e sua saúde ambiental; a operação

lâmpadas” que destina corretamente as lâm-padas fluorescência, que são econômicas, mas com

s; nossa notícia Em destaque: 32º Encontro Regional de Botâni-

cos de Minas Gerais” da participação de alunos com seu projeto da disciplina de Ecologia Geral; e a

Semana C&T” com programação Ambiental de pro-fissionais da área.

a Fonseca

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PROPAM

História Inaugurada em 1938, a represa da

Pampulha possuía capacidade de acumulação de 18 milhões de metros cúbicos de água. Com uma área total de 9.450 hectares, a Ba-cia Hidrográfica da Pampulha estende-se pelos municípios de Belo Horizonte e Contagem e é composta por 42 afluentes. Funcionando como um reservatório de água para BH, ela ajudava a regular os cursos dos rios, especialmente na época de cheias.

O nome de Lagoa da Pampulha só foi inaugurado em 1943, no momento mais efer-vescente da consolidação do modernismo de-senvolvido pelo então prefeito de Belo Hori-zonte, Juscelino Kubitschek. Com o objetivo de transformar a cidade em uma metrópole moderna, seu programa focalizava a expansão urbana, a abertura de largas avenidas e a cri-ação de novos bairros, como a Pampulha. A poluição e o assoreamento acarretaram a ex-tinção de suas antigas funções, bem como a prática de esportes náuticos e a pesca sem o risco de contaminação.

O PROPAM (Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha) foi desenvolvido pela secretaria do meio ambiente e criado em 1997, pela prefei-tura de Belo Horizonte com anuência do Con-selho do Meio Ambiente (COMAM). Dentre os participantes do programa estão a SUDECAP, URBEL, SLU, SMMA, Fundação Zoobotânica e de Parques Municipais, Secretaria de Adminis-tração Regional Pampulha e Noroeste e COPA-SA.

O programa foi dividido em vários sub-programas a fim de se controlar de maneira mais eficiente todos os parâmetros relaciona-dos à bacia hidrográfica. O subprograma de saneamento ambiental foi dividido em três grandes áreas: nascentes e áreas degradadas, resíduos sólidos e cursos d’água. Em 1998, foi assinado o Termo de Cooperação com o Con-sórcio de recuperação da Pampulha e com a Prefeitura Municipal de Contagem. Diagnóstico Inicial

O assoreamento da lagoa antigamente chegava a um aporte de 380.000 m3/ano de sedimentos. Entre os anos de 1958 e 1995, o volume de água caiu em torno de 50%, com uma redução da área do espelho d’água de 40%. Dados estatísticos previam o assorea-mento completo da Lagoa da Pampulha em 2020. Os afluentes Ressaca, Toca da Raposa e Bom Jesus são os maiores responsáveis pela entrega de esgoto e sedimentos na lagoa.

Com o aumento da sua importância e a freqüência das cheias bem como a diminuição da capacidade de armazenamento, medidas preventivas estão sendo tomadas em relação a esse problema. Em cinco anos, 100 milhões de reais foram gastos para remover os sedimen-tos e desassorear o corpo d’água.

A sobrevivência da Represa da Pampu-lha depende atualmente de intervenções de remanejamento de sedimentos no interior da lagoa, o que é um processo caro que com pra-zo de validade. Recentemente sua função de amortecimento de cheias deu sinais de esgo-tamento, com a ocorrência de grandes inunda-ções em regiões inesperadas. Uma alternativa para amenizar o problema do assoreamento, seria uma transposição do material dragado da

represa para o Ribeirão do Onça ou Rio das Velhas em locais com capacidade de realizar o hidrotransporte de sedimentos, desta forma, diminuindo o impacto na bacia da Pampulha. O material dragado seria transportado por tubu-lações, um processo conhecido como Draga-gem de Longa Distância (DLD).

A retirada de sedimentos é essencial para a longevidade da bacia hidrográfica da Pampulha, mas esta ação não será eficiente individualmente. É necessário um bom plane-jamento urbano aliado a programas de sane-amento básico a fim de evitar o despejo irre-gular de esgoto na lagoa. Além disso, também é relevante a contensão de erosões e preser-vação das áreas de nascentes para o supri-mento de água para a lagoa, principalmente aquelas em meio urbano. O monitoramento constante da qualidade da água é também uma ação importantíssima, além de represen-tar uma exigência do banco que financiará o consórcio para o desassoreamento. Qualidade da água

Com o passar dos anos, a qualidade das águas da Bacia da Pampulha se tornou precária, a ponto de ocorrer a desativação da captação de água na década de 70 devido às altas concentrações de algas e matéria orgâni-ca. A água passou a apresentar altos teores de coliformes fecais, fósforo total e amônia, enca-recendo o processo de tratamento e fazendo com que o mesmo ficasse inviável economi-camente.

Com o aumento de tais substâncias nas águas da lagoa, ficou comum a alta mortanda-de de peixes ocasionada pela baixa quantidade de Oxigênio dissolvido. Consequentemente, a concentração de matéria orgânica ficou ainda maior, e o excesso de compostos nitrogenados contribuiu principalmente para o mau-cheiro.

Outro fator ocorrido foi o aumento da disseminação de doenças devido às condições de baixa qualidade da água. Doenças como cólera e diarréia se tornaram comuns aos fre-qüentadores da região constituindo um grave problema não só ambiental, mas também so-cial. Resíduos Sólidos

Apesar de existir serviço de coleta de lixo na cidade de Belo Horizonte e de Conta-gem, uma porcentagem de resíduos é lançada inadequadamente em terrenos desocupados, encostas, e, muitas vezes, margens de córre-gos. Consequentemente, o lixo é carreado pa-ra esses córregos que, em muitos casos, fa-zem parte da bacia da Pampulha. Além disso, muitas áreas em torno da lagoa têm apresen-tado um acumulo de resíduos, que é lançado erroneamente nesses locais. Devido a essas

ações inadequadas da população tornou-se necessário um projeto para retirar os resíduos que se acumularam às margens da lagoa.

Desta forma, o PROPAM, em associação com a Coca-Cola FEMSA Brasil e o Projeto Ma-nuelzão/UFMG fizeram uma grande mobiliza-ção para retirada de lixo e entulho do entorno da Lagoa no dia 15 de setembro deste ano. Vários pontos foram selecionados e com a aju-da de voluntários da região metropolitana de Belo Horizonte foi possível recolher 785 kg de resíduos sólidos. A intenção dessa iniciativa foi mostrar a grande quantidade de lixo que é jogada ao redor da lagoa e tentar sensibilizar as pessoas e criar uma consciência ambiental.

Além desse projeto, O PROPAM junta-mente com o apoio da Prefeitura de Belo Hori-zonte coordena e controla uma Central de Tra-tamento de resíduos localizada na BR-040, no bairro Jardim Filadélfia. Essa central abriga a Estação de Aproveitamento do Biogás, a Esta-ção de Reciclagem de Entulho, a Estação de Transbordo, a Unidade de Recebimento de Pneus, a Unidade de Educação Ambiental e a Usina de Compostagem.

A Central de Aproveitamento de Biogás é o maior projeto mitigador do efeito estufa do município. A estação processa e queima o gás metano produzido a partir da decomposição do lixo aterrado no antigo aterro sanitário da SLU na BR-040 gerando energia elétrica, que é comprada pela CEMIG e distribuída em sua rede. A estação de Reciclagem de Entulho tem como objetivo transformar os resíduos da construção civil em agregados reciclados, po-dendo substituir a brita e a areia em elemen-tos da construção civil que não tenham função estrutural. A Compostagem prioriza a coleta de materiais nas grandes fontes geradoras, como supermercados e feiras. Esses resíduos são misturados com poda triturada e reviradas com trator em pátio aberto, onde ficam por aproximadamente quatro meses. Nesse tem-po, o material é transformado em composto orgânico por meio da decomposição realizada pelos microorganismos presentes na própria massa. O produto gerado no processo é usado nas praças e parques da cidade.

Além dessa Central de Tratamento de resíduos sólidos, ainda existem Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs) que são constituídos por caçambas publicas instaladas em diversos locais de fácil acesso à carroceiros e moradores, destinada a receber pequenos volumes de resíduos provenientes da área de construção civil, sucatas, madeiras, podas, entre outros. Planejamento e Gestão ambiental

Para o tratamento da Bacia da Pampu-lha são realizados diferentes planejamentos. A drenagem de canais, a recuperação da orla, a drenagem pluvial e sistemas viários remetem a medidas de recuperação já aplicadas e com um custo de 7 mil reais por dia. A ETAF (Tra-tamento de flotação), todavia, trata apenas os rios Ressaca e Sarandi e a sua eficiência é de 40% em época de chuva e 70% em época de seca.

O Consórcio de recuperação da Bacia da Pampulha busca a preservação e o desen-volvimento ambiental sustentável. Ele é uma organização intermunicipal que conta com o

Figura 1: Representação esquemática da Baia da Lagoa da Pampulha

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apoio das prefeituras de Belo Horizonte e Contagem, empresas públicas e privadas, universidades, associações de moradores e ONG’s. Um dos objetivos desse projeto é a preparação das duas cidades para a Copa das Confederações em 2013 e para a Copa do Mundo de futebol de 2014. Para isso, são rea-lizadas patrulhas ambientais para controle de focos erosivos e bota-foras, incentivo à pre-servação ambiental, monitoramento da quali-dade de água da lagoa, formulação de políticas

públicas, captação de recursos, apoio e acom-panhamento de ações conjuntas à bacia, pla-nejamento para a proteção de nascentes, além de promover a conscientização.

O Centro de Educação Ambiental – CE-A-PROPAM - através do Programa Educação para águas visa contribuir para o envolvimen-to, mobilização e organização socioambiental da população associada. Busca-se expandir o entendimento de conceitos, valores e atitudes da população com o meio ambiente. Além dis-

so, são oferecidos esclarecimentos sobre as origens e consequências dos contaminantes e envolver a comunidade nas ações, planeja-mentos, acompanhamentos e avaliação das ações de preservação da bacia.

Por meio da Gestão Ambiental da insti-tuição, as práticas para a preservação na Re-gião da Bacia da Pampulha têm alcançado re-sultados positivos. Destaca-se a grande impor-tância desse fato às cidades e à população residente na região da bacia.

FAZENDA ESTALAGEM

Introdução O Hotel Estalagem Fazenda Lazer, loca-

lizado em Carandaí/MG, a apenas 134 km de Belo Horizonte, oferece o que há de melhor em conforto e diversão para seus hóspedes. O empreendimento recebe pessoas há 15 anos e está localizado em uma fazenda cuja área cor-responde a 230 hectares e perdura há 30 a-nos. Além da infraestrutura do hotel, a qual inclui 36 chalés no estilo de cada cliente, a área compete uma infinidade de programas de

recreação especializada, realização de even-tos, convenções, treinamentos e atividades eco pedagógicas.

Os Projetos eco pedagógicos visam à proposta pedagógica e a consciência ecológica, desenvolvidos em parceria com instituições de ensino de variados níveis acadêmicos. A edu-cação ambiental é promovida por funcionários do hotel de diversas áreas de conhecimento, dentre eles, o engenheiro ambiental e proprie-tário do hotel, Vinícius Calais.

Projeto Mata Atlântica No início, a criação de pastos e campos

agropecuários era a grande vilã da Mata Atlân-tica. Hoje, o hotel está localizado em uma das poucas áreas restantes, compostas por este tipo de vegetação. Atitudes simples podem garantir a sua preservação. Cuidar do meio ambiente deve ser uma obrigação. Aturma de Engenharia Ambiental do CEFET-MG completou o percurso da trilha ecológica com acompanha mento, dentro da mata.

Figura 2: Mata Atlântica

A manhã foi destinada a observação da diversidade de seres vivos, os quais foram identificados pelo guia. Tucanos e seriemas não hesitaram em se aproximar do grupo, provas vivas da preservação da fauna. A mata ainda conta com a presença de pequenos ma-míferos como sagüi e micos, os quais usufru-em dos recursos que a região oferece. A cultu-ra de Eucalipto também foi examinada nos arredores da mata, ressaltando a diferença entre reflorestamento e a implantação de es-pécies exóticas.

A área de proteção permanente (APP) do zoneamento corresponde a 30% de área verde acima do que é permitido por lei. Duran-te a caminhada, foram identificadas algumas classes das plantas usadas nas indústrias de medicina e cosméticos, bem como a aborda-gem de técnicas de plantio e manejo de espé-cies nativas. No período da tarde, a visitação ao orquidário, assim como a continuação da trilha ecológica, levaram o grupo a um alto grau de conhecimento do auxilio bilateral entre o hotel e a natureza local. A preservação da fauna e da flora está inserida na sua política ambiental, como um modo de levar em conta a qualidade de vida de todos, garantindo os direitos fundamentais das gerações futuras. Através do Turismo Sustentável, a compreen-são das três dimensões (ambiental, sociocultu-ral e econômica) acarreta à preservação da natureza, o desenvolvimento econômico, ao cuidado da cultura local, a segurança no traba-lho e a economia de recursos naturais. Parceiro da água

A visita foi guiada em praticamente to-dos os seus momentos atendendo a questões referentes ao projeto “Parceiro da água”, o

qual visava permitir aos alunos que conheces-sem melhor a questão hídrica local e como se dá o tratamento de água e esgotos no hotel.

Localizado entre as bacias do Rio Para-opeba e a Bacia do Rio das Mortes, o passeio no hotel permitiu observar lagoas, nascentes, córregos, pequenos braços de rio, e seus aflu-entes. Nas trilhas realizadas no bioma da Mata Atlântica, ressaltou-se a importância da mata ciliar para a proteção do curso d’água, associ-ando-a ao assoreamento. Em uma das cami-nhadas, foi informado que uma área do parque ecológico estava assoreada há aproximada-mente dez anos atrás, devido à retirada da serra pilheira. Mantendo a mata ciliar sem in-terferências antropogênicas diretas em sua flora e fauna, o local foi recuperado.

Logo ao fim da visita técnica, Vinícius Calais fez apontamentos acerca dos aspectos da poluição em um ecossistema aquático e possibilitou aos estudantes que compreendes-sem o processo de tratamento e disposição do esgoto no local.

O hotel Estalagem Fazenda Lazer não está inserido em uma rede pública de trata-mento de esgotos, devido ao fato de localizar-se em uma área rural. Os efluentes provenien-tes dos banheiros e cozinha são tratados em uma fossa séptica de fluxo ascendente, com capacidade para receber rejeitos produzidos por cerca de 200 pessoas.

Os estudantes visitaram essa fossa e tiveram orientações sobre seu funcionamento, fazendo também apontamentos sobre os pro-cessos envolvidos, os quais aplicavam concei-tos de hidráulica e microbiologia, os quais os alunos fizeram questão de demonstrar conhe-cimento

Figura 3: Tratamento de efluentes da Estalagem por fos-sas séptica

A fossa séptica constitui-se de um dis-positivo de sedimentação e biodigestão utiliza-do para o tratamento de esgotos e destinado a

receber a contribuição das instalações do Hotel e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com a sua simplici-dade e custo. No sistema do hotel, primeira-mente, os rejeitos passam por um filtro para eliminação das partículas grosseiras. O esgoto é então retido no interior do tanque e as par-tes sólidas decantam, com materiais graxos agregados a elas, formando o lodo. O lodo sofre a ação biodigestora de bactérias anaeró-bias, que o degradam em compostos mais simples e estáveis. Essas bactérias geralmente encontram-se sob a forma de um biofilme a-naeróbio, presente sobre o material inerte contido no sistema de tratamento (aparas de conduítes). A água escoa por um a tubulação na parte superior do tanque, apresentando uma demanda bioquímica de oxigênio menor do que a de entrada, o que traz menor impac-to ao corpo hídrico receptor. Antes do lança-mento do efluente tratado no curso d’água, este passa por uma lagoa de estabilização lo-calizada ao lado da fossa.

A limpeza da fossa do Hotel é realizada anualmente, segundo informação de Vinícius Calais. Além disso, é feita manutenção fre-quente para garantir a atividade das bactérias biodigestoras em condições favoráveis, além da cloração, para eliminação de microrganis-mos patogênicos. Coleta seletiva, reciclagem e associati-vismo

Coleta seletiva, reciclagem e associati-vismo são práticas essenciais para o desenvol-vimento de atividades sustentáveis. A partir dessas práticas, o Hotel Estalagem Fazenda Lazer construiu sua política de sustentabilida-de, encontrando assim não apenas benefícios econômicos, mas também grandes benefícios ambientais, gerando o diferencial do hotel e atraindo um grande foco de turismo.

A metodologia da implantação da coleta seletiva e a reciclagem do lixo produzido foram explicados pelo engenheiro ambiental e pro-prietário do hotel, Vinícius Calais. Ele explicou que o volume de lixo do hotel é sazonal, varia de acordo com o movimento do hotel. A sepa-ração e o recolhimento dos resíduos reciclá-veis, tais como latinhas de refrigerante, garra-fas e papéis, são feitos no próprio hotel, em um pátio destinado à coleta seletiva, onde

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ficam grandes baias para depositar esse lixo, que é recolhido semanalmente e doado para a associação de catadores da região, a Associação dos Catadores de Recicláveis de Casa Grande, beneficiando assim várias famí-lias locais.

O lixo orgânico do hotel também é reci-clado, através do processo de composta-gem.Os alunos da Engenharia Ambiental foram levados ao galpão de compostagem localizado na Estalagem para conhecer de perto o pro-cesso.

Esse processo consiste na degradação biológica da matéria orgânica em condições aeróbias, utilizando minhocas, tendo como resultado o húmus, o qual é utilizado como adubo na horta orgânica.

Figura 4: Pilhas de Compostagem no galpão da Estalagem

O galpão de compostagem é coberto e possui o chão colorido, facilitando assim o tra-balho dos funcionários no que diz respeito a rotatividade das fases da compostagem e no controle de tempo de cada monte de resíduo coberto por palha, que evita a proliferação de insetos e liberação de odores, além de manter a umidade de cada monte, pois cada fase ne-cessita de uma temperatura e umidade especi-ficas para a ação dos microrganismos decom-positores.

Para saber se a maior parte da matéria orgânica foi decomposta no processo, realiza-se o teste do tato, que permite ver a umidade e, além disso, caso não haja mais torrões e seja notável o cheiro de terra, o processo pro-vavelmente foi completo. O tempo necessário para que a decomposição seja completa varia de algumas semanas a meses dependendo do tipo de matéria orgânica utilizada (quanto me-nor for o tamanho do material utilizado, mais rápido é o processo de decomposição).

Vale frisar também que o lixo que não é levado para o galpão de compostagem é apro-veitado para outros fins, como é o caso dos restos de verduras da cozinha, que são leva-dos para pocilga e aproveitados diretamente na alimentação dos porcos, e do oléo de cozi-nha, que é aproveitado para a fabricação de sabão. Atualmente, apenas 5% do lixo do hotel vai para o aterro. Essa porcentagem representa o lixo que não pode ser reciclado, como o lixo de banheiro, e mostra a eficiência e melhoria da gestão de resíduos sólidos do hotel, levando em conta que no passado, todo o lixo produzi-do era destinado a aterro sanitário. Alimento Orgânico – Horta

A definição de alimento orgânico ultra-passa o conceito de apenas um produto “sem agrotóxico”, pois além de ser isento de insu-mos artificiais como os adubos químicos e os agrotóxicos, ele também deve ser isento de

drogas veterinárias, hormônios, antibióticos e de organismos geneticamente modificados. Segundo a Legislação Brasileira de 2007 o ali-mento orgânico tem vários objetivos, dentre eles, a minimização da dependência de ener-gias não renováveis na produção, o respeito à integridade cultural dos agricultores, e a pre-servação da saúde ambiental e humana.

O grupo da Estalagem Fazenda Lazer teve a oportunidade de mostrar aos alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, uma produção de alimentos orgânicos. Com uma variedades de vegetais foi explicado co-mo se dava o cuidado do plantio na horta. Vi-nicius Calais, relatou que o maior impasse de manter um plantio sem o uso de agrotóxicos e similares, é a proliferação de pragas no local, e que, o cuidado de sua horta se dava por controle biológico e observação contínua.

Figura 5: Horta de alimentos orgânicos

Dentre os vários tipos de vegetais culti-vados no local, o que mais chamou atenção dos alunos, foi o intitulado “alface temperado”, que pôde ser degustado pelos mesmos.

O alimento orgânico traz consigo, uma dimensão cultural, uma proposta de resgate de alimentos regionais, uma melhor qualidade de vida no meio urbano e rural, é uma estra-tégia de reorganização social e dignificação do agricultor, que pode proporcionar menores índices de violência e desempregos. Comer orgânico é também um ato socioambiental! Conceitos de Sustentabilidade no Hotel Estalagem Fazenda Lazer

O rápido desenvolvimento populacional das últimas décadas gerou uma grande de-manda pelos recursos naturais do planeta. Mesmo com novas tecnologias, muitas vezes essas práticas geram agressões, às vezes ir-remediáveis, ao meio ambiente. Neste contex-to, é de vital importância para a atual e futu-ras gerações a prática da sustentabilidade, e muitas empresas, como o Hotel Estalagem Fazenda Lazer empregam esse conceito.

Figura 6: Passeio de educação ambiental

No Hotel, são abordadas de diferentes maneiras o termo sustentável, sendo traba-lhados principalmente a Sustentabilidade So-ciocultural, a Sustentabilidade Ambiental e finalmente a Sustentabilidade Econômica.

A Sustentabilidade Sociocultural se re-fere não apenas ao que um indivíduo pode ganhar, mas a maneira como é mantida a sua qualidade de vida. Ressalta-se também o res-peito à cultura local, permitindo que haja con-tinuidade e consequentemente um equilíbrio entre a tradição e a inovação. No hotel, ela aparece quando há a estimulação e interação com a comunidade local, gerando empregos à população local.

Figura 7: Atividades de entretenimento

A Sustentabilidade Ambiental, conceito bastante próximo da Sustentabilidade Ecológi-ca, é a capacidade que uma comunidade tem de ocupar uma determinada área e explorar seus recursos naturais sem afetar a integrida-de ecológica existente naquele ambiente. Além disso, inclui-se a capacidade de absorção e recomposição dos ecossistemas em face das agressões antrópicas (causadas pelo homem).

Outros fatores que podem ser destaca-dos são a ideia de uma maior produção de recursos naturais renováveis e inofensivos, redução do volume de resíduos e também da poluição através da conservação e reciclagem, autodelimitação de consumo material, utiliza-ção de tecnologias limpas e finalmente a defi-nição de regras de consumo. Empregados na Coleta seletiva existente na fazenda, na usina de Compostagem visando a produção de hú-mus e na promoção da educação e conscienti-zação ecológica das pessoas.

Por fim, a Sustentabilidade Econômica é responsável por levar fundamentos básicos, almejando um desenvolvimento estável. Visa o desenvolvimento dos empreendimentos e os frutos que estes podem gerar. Aparece no âm-bito socioeconômico com o objetivo de melho-rar o futuro próximo e também de alterar al-guns fatores da realidade. A satisfação de ex-pectativas de clientes, a garantia da qualidade dos produtos produzidos na fazenda e os ser-viços lá existentes também entram nesta par-te.

A partir de todos estes fatores, pode-se dizer que o Hotel Estalagem Fazenda Lazer constitui um ramo novo de Empresas que vi-sam especialmente a Sustentabilidade e o e-quilíbrio com o meio ambiente, buscando construir um mundo melhor.

RECÓLEO

Recóleo - Coleta e Reciclagem de Óleo Vegetal

A Recóleo é uma empresa responsável pela coleta e reciclagem de óleo vegetal em vários pontos de Minas Gerais e alguns outros estados brasileiros, como Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Foi fundada em 2004, e tem

sua matriz localizada em Belo Horizonte, na Rua Flor da Paixão, 35, no Bairro Jardim Alvo-rada.

A empresa foi criada tendo como obje-tivo inicial a geração de emprego e renda a partir de uma atividade sustentável e que esti-vesse de certa forma ligada ao meio ambiente.

Optou-se por trabalhar com a coleta e recicla-gem do óleo de fritura por ser uma substância de intenso descarte e que causa sérios danos quando despejada nas redes pluviais e de es-goto. Recóleo é a única empresa que é licenci-ada para esse tipo de prestação de serviço, tendo o aporte da lei para operação n°0380/11

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Figura 8: Sede da Recóleo

Alunos do curso de Engenharia Ambien-tal e Sanitária do CEFET-MG visitaram sua se-de, no dia 03 de outubro de 2012, para conhe-cer o trabalho realizado por essa empresa na reciclagem do óleo vegetal e entender o pro-cesso e disposição final desse produto. Os alu-nos foram recebidos e guiados pela bióloga Mariana, responsável pelo gerenciamento e qualidade do óleo vegetal.

No local visitado há duas empresas tra-balhando em conjunto, a Recóleo e ICATU Meio Ambiente LTDA. A primeira foca na coleta do óleo vegetal em vários tipos de localidade e no tratamento do mesmo. A segunda atua na área de monitoramento ambiental, estando capacitada a executar uma série de análises físico-químicas e biológicas da qualidade de água, executando multiparâmetros nos óleos e graxas.

Existem pontos de coleta desse óleo espalhados em toda a cidade, localizados em escolas, shoppings, bancos, mas principalmen-te em supermercados credenciados. Nesses pontos de coleta são colocados grandes recipi-entes com o logotipo da empresa, para que as pessoas despejem o óleo utilizado.

Quando os recipientes estão totalmente cheios, o óleo é coletado e transferido em

grandes bobonas para os pontos de tratamen-to da Recóleo. A coleta desse óleo é realizada por veículos de pequeno e médio porte, o que facilita o trânsito e estacionamento na cidade, simplificando também o acesso ao comparti-mento de cargas.

O processo de tratamento do óleo re-colhido se dá em três etapas, sendo elas:

Figura 9: Recipiente coletor de Óleo Vegetal da Recóleo

Separação: o óleo é peneirado, aquecido, e colocado em caixas de decantação, onde per-manece por 24-48 horas. Filtragem: o óleo passa por um sistema de filtragem (desenvol-vido na própria empresa), com retenção de partículas sólidas superiores ou iguais a cem mícrons (100 μm). Disposição final: Todos os resíduos sólidos (farinhas, resto de alimentos) são separados, secos e destinados às empresas de composta-gem. Na primeira etapa, a separação é feita utilizando-se peneira, onde apenas os resíduos de maior porte ficam retidos. Portanto é ne-

cessário fazer ao final do processo (no caso, após a retirada da água) uma nova filtragem, a “ultrafiltragem”, com o objetivo de remover as impurezas remanescentes. A Recóleo possui a capacidade de processar um volume230.000 litros por mês e trabalha com meta de atingir valores superiores a 500.000 litros de óleo. Por fim, o óleo tratado é bombeado para tanques de armazenamento, e em seguda são retiradas pequenas amostras para relização do monitoramento de sua qu

óleo vegetal final é realizado pelo ICATU, em um laboratório na matriz de Belo Horizonte. Lá são realizadas análises químicas, tais como análise de impureza, umidade, acidez, e até análise de sabão (análise exigde biodiesel, seus principais clientes). Se o óleo estiver de acordo com os padrões de qulidade, ele poderá ser distribuído.

do é a indústria de biocombustível, especiamente para a produção de biodiexistentes no estado de São Paulo e Goiás.grande vantagem do uso do óleo de cozinha tratado reside no fato de, ao usarem um prduto reciclado, as usinas de biocombustível utilizam menos produtos agrícolas e ainda cotribuem para a reduçãoatmosfera. Além desse pensamento sustentvel incorporado pela empresa, ela ainda atua na educação ambientalcolas do ensino fundamental, ensino médio e mesmo com universidades e centros de pequisa, por meio de palestr

PAPA LÂMPADAS

A lâmpada fluorescente é responsável por 70% da luz artificial presente hoje no mundo. Só o Brasil comercializa cerca de 100 lâmpadas por ano. Para onde vai tudo isso quando elas deixam de brilhar?

A lâmpada fluorescente também é conhecida como lâmpada de mercúrio de baixa pressão e segundo a ABILUX,

se comparadas às lâmpadas incandescentes, têm eficiência luminosa que supera esta última de três a seis vezes. Não obstante, o tempo de duração das lâmpadas de mercúrio de baixa pressão supera de quatro a quinze vezes a vida útil das incandescentes, além de reduzir em 80% o consumo de energia. Dessa forma, elas geram menos resíduos e diminuem o gas-to de recursos naturais destinados à ilumina-ção. O consumo da lâmpada fluorescente foi incentivado pelo governo brasileiro em 2001, ano em que ocorreu o “Apagão” e a ordem era economizar energia elétrica. A partir desta data, o uso das lâmpadas de mercúrio vem aumentando 20% ao ano. Em janeiro de 2011, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou as Portarias nº 1007 e 1008 que estipulam índices mínimos de eficiência para lâmpadas incandescentes comuns, além de divulgar o Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescen-tes Compactas. Esta medida deve aumentar ainda mais o consumo de lâmpadas fluores-centes, e com isso espera-se que o país seja

capaz de economizar, de forma escalonada até 2030, cerca de 10 TWh/ano.

Com o aumento do consumo de lâmpa-das fluorescentes, surge uma preocupação ambiental acerca do descarte deste material

devido ao uso de mercúrio em sua composi-ção. Quando o resíduo de mercúrio atinge um curso d’água, ele tem uma parte volatilizada para a atmosfera e retorna ao seu estado ori-ginal através das chuvas, enquanto outra par-te é absorvida direta ou indiretamente pelas

plantas e animais. No segundo caso ocorre um processo chamado bioacumulação, onde o mtal circula e dades ao longo das cadeias alimentares. A atividade microbiana também pode transfomar o mercúrio metálico em orgânico altamete tóxico para seres hualternativa, para evitar a contaminação do meio ambientpelo IBAMA já realizam o deslâmpadas fluorescentes, e uma tecnologia de reciclagem de seus componentes foi desenvovida.

Figura 11: coletor móvel da Naturalis Brasil

Figura nentes da lâmpada fluorescente

cessário fazer ao final do processo (no caso, após a retirada da água) uma nova filtragem, a “ultrafiltragem”, com o objetivo de remover as impurezas remanescentes. A Recóleo possui a capacidade de processar um volume de 230.000 litros por mês e trabalha com meta de atingir valores superiores a 500.000 litros de óleo. Por fim, o óleo tratado é bombeado para tanques de armazenamento, e em segui-da são retiradas pequenas amostras para rea-lização do monitoramento de sua qualidade.

O monitoramento da qualidade desse óleo vegetal final é realizado pelo ICATU, em um laboratório na matriz de Belo Horizonte. Lá são realizadas análises químicas, tais como análise de impureza, umidade, acidez, e até análise de sabão (análise exigida pelas usinas de biodiesel, seus principais clientes). Se o óleo estiver de acordo com os padrões de qua-lidade, ele poderá ser distribuído.

A principal destinação desse óleo trata-do é a indústria de biocombustível, especial-mente para a produção de biodiesel em usinas existentes no estado de São Paulo e Goiás. A grande vantagem do uso do óleo de cozinha tratado reside no fato de, ao usarem um pro-duto reciclado, as usinas de biocombustível utilizam menos produtos agrícolas e ainda con-tribuem para a redução de CO2 lançado na atmosfera. Além desse pensamento sustentá-vel incorporado pela empresa, ela ainda atua na educação ambiental em parcerias com es-

las do ensino fundamental, ensino médio e mesmo com universidades e centros de pes-quisa, por meio de palestras e visitações.

o Brasil comercializa cerca de 100 milhões de

plantas e animais. No segundo caso ocorre um processo chamado bioacumulação, onde o me-tal circula e se concentra em grandes quanti-dades ao longo das cadeias alimentares. A atividade microbiana também pode transfor-mar o mercúrio metálico em orgânico altamen-te tóxico para seres humanos e animais. Como alternativa, para evitar a contaminação do meio ambiente, algumas empresas licenciadas pelo IBAMA já realizam o descarte correto das âmpadas fluorescentes, e uma tecnologia de reciclagem de seus componentes foi desenvol-

Figura 10: Coletor e Separador de compo-nentes da lâmpada fluorescente

Page 7: REPORTAGEM ESPECIAL - engenhariaambiental.cefetmg.br · gem de Longa Distância (DLD). A retirada de sedimentos é essencial para a longevidade da bacia hidrográfica da Pampulha

A Naturalis Brasil é um exemplo de em-presa que destina corretamente os resíduos da iluminação. A empresa dispõe de uma grande rede de Concessionários em todo o país. Em Belo Horizonte, a JV Seleções é a empresa responsável pela franquia. No dia 25 de abril, com um projeto denominado “Operação Papa Lâmpadas in Company", a JV Seleções apre-sentou aos alunos de Engenharia Ambiental do CEFET-MG, uma demonstração do funciona-mento de uma máquina que é capaz transfor-mar um produto perigoso de classe I proveni-ente de lâmpadas fluorescentes, em resíduo não perigoso de classe II, através da descon-taminação e separação dos componentes da lâmpada. A nova tecnologia sustentável reve-lou-se importante, pois se estima que em até 2016, as lâmpadas incandescentes deixem de ser comercializadas no país.

Um grande diferecial da empresa é que o processo pode ser realizado no próprio em-preendimento responsável pelo resíduo. Desta forma, evita-se a quebra das lâmpadas duran-te o trajeto do material no local recolhido para o destino da reciclagem. Além de evitar tam-bém os processos burocráticos como a logísti-ca de transporte de resíduos perigosos a qual é especialmente complexa em função da legis-lação brasileira.

Figura 13:Figura 11: Componentes da lâmpada

Para que este processo seja realizado, utiliza-se um equipamento denominado "Papa-Lâmpadas", o qual consiste em um tambor metálico com capaci-dade de 200L cuja base superior é a tampa que o veda. Sobre a Tampa, encontra-se um tubo por on-dese introduz a lâmpada, que é quebrada quando atinge o fundo do tambor. Depois da trituração, os materiais mais densos constitu-intes da lâmpada, tais como o vidro e o alumí-nio, são depositados no fundo do tambor. Os outros componentes como pó de fósforo, as partículas de vidro e o vapor de mercúrio em suspensão dentro do recipiente são sugados através de um tubo coletor e passam por dois filtros cujo objetivo é coletar o pó de fósforo e as partículas de vidro a fim de separá-los do vapor de mercúrio, impedido de chegar à at-mosfera.

Após a separação cada resíduo recebe um destino adequado à política sustentável

adotada pela econtaminação e depois é enviado para reciclgem, a quantiddeve ser maior que 1,3 mg/kg e ele pode ser utilizado para a faplicaçãocontaminação. O alenviado para recdição, o limite de mercúrio neste caso é de 20 mg/kg. A poeira de fósforo passa por destilção para a extrrado e reutilizreciclado e repor exemplo. O único componente da lâmpada que não é recexistente nas extremidades da lâmpada.

mero às indústrias e comércios que utilizamlâmpadas fluorescede estes sDestinação Fpadas de uso rber o destino revendedores posseficiente que busca o recolhdas inutilizHorizonte, os pontos de coleta são encontrdos em lojas como Tas lâmpadas recadas para reciclagem, recebetino adtentável.

EM DESTAQUE: NO XXXII ERBOT – 32° ENCONTRO REGIONAL DE BOTÂNICOS DE DE MINAS GERAIS

Os Alunos Ana Flávia Foureaux, Guilherme Venâncio e Júlia Piazi apresentaram o projeto formulado por eles e orientado pela Prrães intitulado “ Efeito do Cromo VI nas fases iniciais de Crescimento do Girassol ” no XXXII ERBOT – 32º Encontro Regional de Botânicos de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo (ERBOT) - que ocorreu de 24 a 27 de julho de 2012.

O ERBOT é um evento anual promovido pela SBB - Diretoria Regional de MG, BA e ES e que tem como objet

pesquisas e de novas tecnologias de ensino na área de Botânica. Além disso, promove o intercâmbio de idéias, a inserção de novos talentos na comunidde cientifica e a integração de profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação. Foi uma oportunidade única e que promoveu grande aprendizgem aos alunos.

SEMANA C&T

No dia 17 de outubro foi aberta a VIII Semana de Ciência e Tecnologia do CEFET-MG para a apresentação de projetos desenvolvidos desde o ensino técnico até os programas de mestrado e para palestras e minicursos que tiveram como tema meio ambiente e desen-volvimento sustentável.

A palestra inaugural “Cidades sustentá-veis”, foi proferida pelo Assessor da Presidên-cia do Conselho Regional de Engenharia Arqui-tetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), José Abílio Belo Pereira. O arquiteto con-versou com os estudantes do CEFET-MG sobre os desafios enfrentados pelas autoridades e a população para pensar meios que levam a

uma ocupação que seja econômica, social e ambientalmente satisfatória.

A semana C&T foi contemplada também pelo professor Dr. Carlos Barreira Martinez, engenheiro civil e doutor em planejamento de sistemas energéticos e coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da UFMG e pelo pedagogo Augusto Schwartz pós-graduando em Educação, Comunicação e Tecnologia e assistente de comunicação da ONG Moradia e Cidadania. Eles participaram do evento “Barômetro: Ciência, Café e Deba-te” sobre a universalização do acesso à ener-gia limpa e a eficiência energética, o debate aconteceu na biblioteca do Campus 1 do CE-

FET-MG e contemplou questões relacionadas com as óticas da Sustentabilidade, EconomiaVerde mana Nacional de Ciência e Tecnologia.

destinada a dar destaque à rica produção cietífico-tecnológica dos programas, grupos e linhas de pesquisa da instituição, envolvendo toda a coma importância da ciência, da tecnologia, da arte e da cultura como atividades que podem promover intervenções transformadoras na sociedade.

Figura 14: Alunos do CEFET apresentando no 32° En-contro Regional de Botnicos de Minas Gerais

Figura 12: Componentes da lâmpada

da pela empresa. O vidro passa por des-taminação e depois é enviado para recicla-

gem, a quantidade de mercúrio no vidro não deve ser maior que 1,3 mg/kg e ele pode ser utilizado para a fabricação de produtos sem aplicação alimentar, devido a possibilidade de contaminação. O alumínio, depois de limpo, é enviado para reciclagem comum em uma fun-dição, o limite de mercúrio neste caso é de 20 mg/kg. A poeira de fósforo passa por destila-ção para a extração do mercúrio que é recupe-rado e reutilizado, já o pó de fósforo pode ser reciclado e reutilizado na indústria de tintas, por exemplo. O único componente da lâmpada que não é reciclado é o isolamento baquelítico existente nas extremidades da lâmpada.

A Naturalis Brasil atende em maior nú-mero às indústrias e comércios que utilizam as lâmpadas fluorescentes, devido à importância de estes setores possuírem o Certificado de

tinação Final do Resíduo. Contudo, as lâm-padas de uso residencial também devem rece-ber o destino adequado, sendo assim, alguns revendedores possuem uma política ambiental eficiente que busca o recolhimento das lâmpa-das inutilizadas por seus clientes. Em Belo Horizonte, os pontos de coleta são encontra-dos em lojas como Telha Norte e Leroy Merlin, as lâmpadas recolhidas nesses locais são envi-adas para reciclagem, recebendo assim o des-tino adequado, o que permite o consumo sus-tentável.

32° ENCONTRO REGIONAL DE BOTÂNICOS DE MINAS GERAIS

Os Alunos Ana Flávia Foureaux, Guilherme Venâncio e Júlia Piazi apresentaram o projeto formulado por eles e orientado pela Profª Andrea Guima-ncontro Regional de Botânicos de Minas Gerais,

Diretoria Regional de MG, BA e ES e que tem como objetivos a divulgação dos resultados de inserção de novos talentos na comunida-

graduação. Foi uma oportunidade única e que promoveu grande aprendiza-

MG e contemplou questões relacionadas com as óticas da Sustentabilidade, Economia

e Erradicação da Pobreza, tema da Se-mana Nacional de Ciência e Tecnologia.

A VIII Semana de C&T do CEFET-MG é destinada a dar destaque à rica produção cien-

tecnológica dos programas, grupos e linhas de pesquisa da instituição, envolvendo toda a comunidade acadêmica no debate sobre a importância da ciência, da tecnologia, da arte e da cultura como atividades que podem promover intervenções transformadoras na sociedade.

contro Regional de Botâ-

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COMENTÁRIOS

“A disciplina proporcionou uma das melhores experiências como "Engenheiros Ambientais" do Curso. “Gui-lherme Venâncio” " A execução de projetos e elaboração de artigos com certeza acrescentaram muito conhecimento prático e teórico as todos os alunos" “Samantha Barbosa”

“Disciplina altamente produtiva no sentido de auxiliar na elaboração de artigos científicos” “Júlia Piazi”

HUMOR

ARQUIVO PESSOAL

O ecologista explicava a importância de preservar a Reserva Florestal para um grupo de estudantes: -Aposto que nenhum de vocês aqui fez nada, nada para proteger nossas árvores, nossas florestas, a Na-tureza! Foi aquele silêncio. Todo mundo culpado. Lá pelas tantas um aluno levanta a mão e fala: -Uma vez eu matei um ''PICA-PAU''

Fonte: http://www.piadas.com.br/piadas/humor/salvem-o-meio-