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 TURMA MAGISTRATURA RJ - EXERCÍCIOS DIREITO PENAL - PROF. GABRIEL HABIB Magistratura de SP, 2011. Prova realizada em 13/03/2011. 01. Antônio, funcionário público, exige de Pedro, para si, em razão da função, vantagem indevida, consistente em certa quantia em dinheiro. Pedro concorda com a exigência e combina com Antônio um local para a entrega do dinheiro, mas Antônio é pr eso por policiais, pr eviamente avisados do ocorrido, no momento em que ia recebê-lo. Assinale a alternativa correta.

Resolução de Questões - MAG - Leis Penais Especiais - Gabriel Habib - Aula 01 - Exercícios - Curs

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TURMA MAGISTRATURA RJ - EXERCCIOS DIREITO PENAL - PROF. GABRIEL HABIB Magistratura de SP, 2011. Prova realizada em 13/03/2011. 01. Antnio, funcionrio pblico, exige de Pedro, para si, em razo da funo, vantagem indevida, consistente em certa quantia em dinheiro. Pedro concorda com a exigncia e combina com Antnio um local para a entrega do dinheiro, mas Antnio preso por policiais, previamente avisados do ocorrido, no momento em que ia receb-lo. Assinale a alternativa correta.

(A) - Antnio cometeu crime de extorso consumado. (B) - Antnio cometeu crime de concusso consumado. (C) - Antnio cometeu crime de extorso tentado. (D) - Antnio cometeu crime de concusso tentado. (E) - Trata-se de crime impossvel, em razo de flagrante preparado.

02. Analise as proposies que seguem e assinale a correta, inclusive, se o caso, consoante jurisprudncia sumulada dos Tribunais Superiores (STJ e STF). (A) - Para praticar o aborto necessrio, o mdico no necessita do consentimento da gestante. (B) - No caso do crime continuado, a prescrio regulada pela pena imposta, computando-se o aumento decorrente da continuidade. (C) - A existncia de circunstncia atenuante autoriza a fixao da pena abaixo do mnimo legal.

(D) - Na fixao da pena, o juiz deve considerar condenao, ainda no transitada em julgado para o ru, como circunstncia judicial desfavorvel, a ttulo de maus antecedentes. (E) - O agente que imputa a algum fato ofensivo sua reputao comete o crime de injria.

03. - Antnio foi condenado definitivamente pela prtica de crime de estelionato e, depois de decorridos mais de cinco anos desde o cumprimento da pena ento imposta, comete novo crime, desta feita furto qualificado pelo rompimento de obstculo, pelo qual vem a ser condenado pena de dois anos e quatro meses de recluso. Assinale a alternativa correta, em face do art. 44, do Cdigo Penal, que dispe sobre a substituio da pena privativa de liberdade, por restritivas de direito.

(A) - A substituio no pode ser aplicada a Antnio, por ser a pena imposta de recluso. (B) - A substituio no pode ser aplicada a Antnio, por ser ele reincidente em crime doloso. (C) - A substituio no pode ser aplicada a Antnio, por serem ambas as condenaes por crimes contra o patrimnio. (D) - A substituio pode ser aplicada a Antnio, pois a reincidncia no pela prtica do mesmo crime. (E) - A substituio pode ser aplicada a Antnio, pois ele no reincidente.

04. - Antnio, quando ainda em vigor o inciso VII, do art. 107, do Cdigo Penal, que contemplava como causa extintiva da punibilidade o casamento da ofendida com o agente, posteriormente revogado pela Lei n. 11.106, publicada no dia 29 de maro de 2005, estuprou Maria, com a qual veio a casar em 30 de setembro de 2005. O juiz, ao proferir a sentena, julgou extinta a punibilidade de Antnio, em razo do casamento com Maria, fundamentando tal deciso no dispositivo revogado (art. 107, VII, do Cdigo Penal). Assinale, dentre os princpios adiante mencionados, em qual deles fundamentou-se tal deciso.

(A) - Princpio da isonomia. (B) - Princpio da proporcionalidade. (C) - Princpio da retroatividade da lei penal benfica. (D) - Princpio da ultratividade da lei penal benfica. (E) - Princpio da legalidade.

05. - Antnio e Pedro, agindo em concurso e mediante o emprego de arma de fogo, no mesmo contexto ftico, subtraem bens de Jos e, depois, constrangem-no a fornecer o carto bancrio e a respectiva senha, com o qual realizam saque de dinheiro. Assinale, dentre as opes adiante mencionadas, qual delas a correta, consoante a jurisprudncia pacificada dos Tribunais Superiores (STJ e STF).

(A) - Os agentes cometeram crime nico, no caso, roubo. (B) - Os agentes cometeram dois crimes, no caso, roubo e extorso, em concurso formal. (C) - Os agentes cometeram dois crimes, no caso, roubo e extorso, em continuidade. (D) - Os agentes cometeram crime nico, no caso, extorso. (E) - Os agentes cometeram dois crimes, no caso, roubo e extorso, em concurso material.

06. - Antnio, depois de provocado por ato injusto de Pedro, retira-se e vai para sua casa, mas, decorridos cerca de trinta minutos, ainda influenciado por violenta emoo, resolve armar-se e voltar ao local do fato, onde reencontra Pedro, no qual desfere um tiro, provocando-lhe a morte. Nesta hiptese, Antnio pode invocar em seu favor a

(A) - excludente da legtima defesa real. (B) - excludente da legtima defesa putativa. (C) - existncia de causa de diminuio de pena (art. 121, 1., do Cdigo Penal). (D) - existncia de circunstncia atenuante (art. 65, III, c, do Cdigo Penal). (E) - excludente da inexigibilidade de conduta diversa.

07. - Durante reunio de condomnio, com a presena de diversos moradores, inicia-se discusso acalorada, durante a qual Antnio, um dos condminos, que era acusado de fazer barulho durante a madrugada, diz ao sndico que ele deveria se preocupar com sua prpria famlia, porque a filha mais velha dele, que no estava presente na reunio, era prostituta, pois sempre era vista em casa noturna suspeita da cidade. Assinale a alternativa correta dentre as adiante mencionadas.

(A) - Antnio cometeu crime de calnia, a no ser que prove o que disse (exceo da verdade). (B) - Antnio cometeu crime de calnia, que no admite a exceo da verdade. (C) - Antnio no cometeu crime algum, pois a ofendida (filha do sndico) no estava presente na reunio. (D) - Antnio cometeu crime de difamao, a no ser que prove o que disse (exceo da verdade). (E) - Antnio, independentemente de o fato narrado ser, ou no, verdadeiro, cometeu crime de difamao.

08. - Antnio, durante a madrugada, subtrai, com o emprego de chave falsa, o automvel de Pedro. Depois de oferecida a denncia pela prtica de crime de furto qualificado, mas antes do seu recebimento, por ato voluntrio de Antnio, o automvel furtado devolvido vtima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrncia de (A) - arrependimento posterior. (B) - desistncia voluntria. (C) - arrependimento eficaz. (D) - circunstncia atenuante. (E) - causa de extino da punibilidade.

09. - Analise as proposies seguintes. - I. - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas no permite a punio por crime culposo, ainda que previsto em lei. - II. - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. - III. - O desconhecimento da lei inescusvel, mas o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, poder diminuir a pena de um sexto a um tero. - IV. - O desconhecimento da lei considerado circunstncia atenuante.

- V. - Se o fato cometido sob coao irresistvel, s punvel o autor da coao. Assinale as proposies corretas. (A) - I, II e V, apenas. (B) - II, III e IV, apenas. (C) - II, IV e V, apenas. (D) - I, II e III, apenas. (E) - II, III e V, apenas.

10. - Analise as proposies seguintes. - I. - O livramento condicional poder ser revogado se o liberado condenado, por crime cometido na vigncia do benefcio, pena de multa. - II. - A reincidncia causa interruptiva tanto da prescrio da pretenso punitiva como da prescrio executria. - III. - As causas de diminuio e de aumento de pena devem ser consideradas na terceira fase prevista no art. 68, do Cdigo Penal. - IV. - A decadncia instituto aplicvel apenas na ao penal privada.

- V. - Se o agente for inimputvel, mas o fato previsto como crime for punvel com deteno, poder o juiz, ao invs de determinar a sua internao, submet-lo a tratamento ambulatorial. Est correto somente o contido em (A) - I, IV e V. (B) - II, III e IV. (C) - I, III e V. (D) - II, IV e V. (E) - III, IV e V.

Magistratura de PE, 2011. Prova realizada em 27/03/2011. Fundao Carlos Chagas. 11. Na aplicao da pena, (A) admissvel o reconhecimento de atenuante em razo de circunstncia relevante, posterior ao crime, embora no prevista expressamente em lei. (B) a reincidncia pode ser considerada como circunstncia agravante, e, simultaneamente, como circunstncia judicial, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justia.

(C) pode o juiz limitar-se a uma s diminuio se, no caso, ocorrerem as causas de diminuio da tentativa e da semiimputabilidade do agente. (D) possvel a utilizao de inquritos policiais e aes penais em curso para agravar a pena base, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justia. (E) o aumento do crime continuado deve preceder a diminuio pela confisso espontnea

12. Nos chamados crimes de mo prpria, (A) incabvel a participao moral. (B) admissvel apenas a coautoria. (C) incabvel o concurso de pessoas. (D) admissvel a penas a participao. (E) admissvel a coautoria e a participao material.

13. No tocante s penas privativas de liberdade, (A) incabvel a determinao do exame criminolgico para a anlise do pedido de progresso, mesmo que motivada a deciso, consoante entendimento dos Tribunais Superiores. (B) a gravidade abstrata do delito permite o estabelecimento de regime mais gravoso do que o cabvel em razo da sano imposta, conforme jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia.

(C) possvel a fixao do regime fechado para cumprimento de pena de deteno, se reincidente o condenado e a agravante decorrer da prtica da mesma infrao. (D) inadmissvel a adoo do regime prisional semiaberto ao reincidente condenado a pena igual ou inferior a quatro anos, ainda que favorveis as circunstncias judiciais. (E) a prtica de falta grave no interrompe o prazo para obteno do livramento condicional, segundo posio do Superior Tribunal de Justia.

14. A pena de prestao pecuniria (A) autnoma, e, nos crimes culposos, substitui a pena privativa de liberdade no superior a quatro anos. (B) pode consistir em prestao de outra natureza, se houver aceitao do beneficirio. (C) sempre incabvel para o condenado reincidente. (D) deve ser fixada em dias-multa. (E) s pode ser estabelecida em favor da vtima ou de seus dependentes

15. Podem obter temporria os

autorizao

para

sada

(A) condenados que cumpram pena em regime fechado ou semiaberto. (B) presos provisrios e os condenados que cumpram pena em regime aberto. (C) condenados que cumpram pena em regime semiaberto. (D) presos provisrios e os condenados que cumpram pena em regime fechado ou semiaberto. (E) presos provisrios e os condenados que cumpram pena em regime semiaberto.

16. Em matria de extino da punibilidade, possvel assegurar que (A) a prescrio admite interrupo, mas no suspenso. (B) admissvel pela prescrio da pretenso punitiva com fundamento na pena hipottica, independentemente da existncia ou sorte do processo penal, segundo smula do Superior Tribunal de Justia.

(C) as causas de aumento ou de diminuio, com exceo do concurso material, do concurso formal e do crime continuado, devem ser computadas no prazo prescricional. (D) as medidas de segurana no se sujeitam prescrio. (E) a reincidncia no interfere na prescrio da pretenso executria.

17. No crime de leso corporal praticado no contexto de violncia domstica (art. 129, 9 do Cdigo Penal), (A) a pena aumentada de 1/6 (um sexto) se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficincia. (B) no basta que se prevalea o agente de relao de hospitalidade. (C) o sujeito passivo sempre a mulher. (D) necessrio que a vtima conviva com o agente. (E) no incide a agravante de o crime ser cometido contra cnjuge, se a ofendida casada com o autor.

18. De acordo com o entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justia, o aumento na terceira fase da aplicao da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentao concreta e no pode decorrer unicamente da indicao (A) da consumao ou no do delito. (B) do nmero de majorantes. (C) da gravidade abstrata do delito. (D) da circunstncia de o acusado responder a outras aes penais. (E) da reincidncia do ru.

19. Nos crimes contra a liberdade sexual, NO constitui causa de aumento da pena a circunstncia de (A) o crime ser cometido com concurso de duas ou mais pessoas. (B) o agente transmitir doena sexualmente transmissvel de que sabe ser portador. (C) resultar gravidez. (D) o agente ser casado. (E) o agente ser empregador da vtima.

20. O crime de associao para o trfico (A) admite reduo da pena em caso de semiimputabilidade do acusado. (B) no se configura no caso de associao para o custeio de trfico por terceiros. (C) exige o concurso de mais de trs pessoas.

(D) permite a concesso do livramento condicional aps o cumprimento de 1/3 (um tero) da pena, se primrio o condenado, ou de 1/2 (metade), se reincidente em crime doloso. (E) admite a reduo da pena de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois teros), desde que o agente seja primrio, de bons antecedentes, no se dedique s atividades criminosas nem integre organizao criminosa.

21. No que concerne aos crimes hediondos e equiparados, correto afirmar que (A) entre eles no se inclui o estupro de vulnervel e o homicdio simples. (B) no pode ser classificado de tal natureza a extorso qualificada pela leso grave. (C) os condenados por crime de tortura, em qualquer modalidade, devero iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

(D) a progresso de regime dar-se- aps o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primrio, e de 3/5 (trs quintos), se reincidente especfico em crime da mesma natureza. (E) o livramento condicional poder ser concedido aps o cumprimento de 3/5 (trs quintos) da pena.

22. A suspenso condicional do processo prevista no art. 89 da lei n 9.099/95 (A) cabvel no crime continuado, ainda que a soma da pena mnima da infrao mais grave com o aumento mnimo de um sexto seja superior a um ano, conforme smula do Supremo Tribunal Federal. (B) conduz absolvio se expirado o prazo sem revogao. (C) aplicvel to-somente s infraes de menor potencial ofensivo.

(D) cabvel na desclassificao do crime e na procedncia parcial da pretenso punitiva, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justia. (E) exige necessariamente a reparao do dano.

23. Acerca das teorias que regem o direito penal e os seus institutos, assinale a opo correta. (A) A teoria final da ao foi elaborada por Von Liszt no final do sculo XIX, tendo sido desenvolvida tambm por Beling e Radbruch, resultando na estrutura mundialmente conhecida como sistema Liszt-BelingRadbruch.

(B) A teoria causal da ao teve por mrito superar a taxativa separao dos aspectos objetivos e subjetivos da ao e do prprio injusto, transformando, assim, o injusto naturalstico em injusto pessoal. (C) Para a teoria constitucional do direito penal, a verificao da ocorrncia do fato tpico doloso no se resume ao aspecto formal-objetivo, dependendo, ainda, da ocorrncia de outros elementos de ndole material-normativa e subjetiva.

(D) Para a teoria social da ao, um fato considerado normal, correto, justo e adequado pela coletividade, ainda que formalmente enquadrvel em um tipo incriminador, pode ser considerado tpico pelo ordenamento jurdico, devendo, no entanto, ser excluda a culpabilidade do agente. (E) A teoria funcional da conduta est estruturada em duas vertentes: para a primeira, que tem Claus Roxin como principal defensor, a funo da norma a reafirmao da autoridade do direito; a segunda, cujo principal representante Gnther Jakobs, sustenta que um moderno direito penal deve estar estruturado teleologicamente, isto , atendendo a finalidades valorativas.

24. Em relao s normas penais especiais, assinale a opo correta. ANULADA. (A) Resoluo de tribunal de justia que atribui aos juizados especiais criminais a competncia para as causas decorrentes de violncia domstica contra a mulher ilegal. (B) O Estatuto do Desarmamento trouxe a previso de regra que operou a abolitio criminis temporria para o delito de porte de arma de fogo, durante o prazo nele previsto.

(C) Considerando que a nova lei de drogas aumentou a pena para o delito de trfico, no se admite a aplicao de causa de diminuio de pena nela prevista a fatos praticados anteriormente, pois, assim procedendo, o julgador estaria combinando duas normas e criando uma terceira sem autorizao legal. (D) A clonagem humana, apesar de ser uma conduta considerada antitica por alguns segmentos da sociedade, no tipificada criminalmente no ordenamento jurdico brasileiro.

(E) Constitui conduta criminosa, e no mera infrao administrativa, o simples registro de compromisso de compra e venda de loteamento no registrado regularmente perante os rgos competentes da administrao.

25. Considerando que um microempresrio, durante procedimento de recuperao judicial, tenha sido inabilitado, por deciso do juzo da 1. Vara de Falncias e Recuperaes Judiciais de Natal, ao exerccio de atividade profissional, assinale a opo correta em relao s disposies penais previstas na Lei n. 11.101/2005. (A) Caso descumpra a ordem da autoridade judicial, o microempresrio cometer o delito de desobedincia deciso judicial previsto no CP.

(B) A habilitao ilegal de crdito, na falncia, no conduta criminosa, mas implica a alterao da ordem de preferncia do infrator no concurso de credores para o ltimo lugar. (C) A sentena que decreta a falncia, concede a recuperao judicial ou concede a recuperao extrajudicial no condio objetiva de punibilidade das infraes penais descritas na referida lei.

(D) Constitui efeito automtico da condenao pela prtica de crime previsto nessa lei o impedimento para o exerccio de cargo ou funo em conselho de administrao, diretoria ou gerncia das sociedades sujeitas quela norma. (E) Caso o microempresrio pratique o delito de fraude a credores, aps a decretao da falncia de sua empresa, e no seja provado que ele habitualmente exerce condutas criminosas, pode ter a pena de recluso substituda por prestao de servios comunidade.QUEO 44

26. Acerca dos crimes contra a ordem tributria e econmica, o consumidor e as relaes de consumo e o meio ambiente, assinale opo incorreta. (A) Nos crimes previstos na Lei n. 8.137/1990, materiais ou formais, a deciso definitiva do processo administrativo consubstancia uma condio objetiva de punibilidade. (B) Constitui crime contra a ordem econmica a formao de acordo entre ofertantes, visando ao controle, em detrimento da concorrncia, de rede de fornecedores.

(C) A execuo de servio de alto grau de periculosidade, que contraria determinao de autoridade competente, constitui crime contra as relaes de consumo e no mera infrao administrativa. (D) No crime o desmatamento de floresta nativa em terras de domnio pblico, sem autorizao do rgo competente, quando a conduta for necessria subsistncia imediata e pessoal do agente. (E) Em relao responsabilidade penal da pessoa jurdica pela prtica de delitos contra o meio ambiente, adotou a Lei n. 9.605/1998 a teoria da realidade ou da personalidade real.

27. O agente que induz ou instiga dolosamente a prtica de esterilizao cirrgica pratica crime (A) contra a organizao do trabalho, previsto no CP. (B) contra o planejamento familiar. (C) definido na lei de transplantes. (D) contra a sade pblica, previsto no CP. (E)contra os costumes, previsto no CP.

28. Abel pretendia tirar a vida do seu desafeto Bruno, que se encontrava caminhando em um parque ao lado da namorada. Mesmo ciente de que tambm poderia acertar a garota, Abel continuou sua empreitada criminosa, efetuou um nico disparo e acertou letalmente Bruno, ferindo levemente sua namorada. A partir dessa situao hipottica e em relao ao instituto do erro, assinale a opo correta.

(A) Na situao de delito putativo por erro de tipo, o agente no sabe que est cometendo um crime, mas acaba por pratic-lo. (B) O erro de tipo essencial escusvel exclui o dolo, mas permite a punio por crime culposo, se previsto em lei. (C) O caso hipottico acima caracteriza o que a doutrina denomina de aberratio ictus, devendo Abel responder apenas pelo homicdio. (D) Abel deve responder pelos delitos de homicdio e leso corporal leve em concurso formal imperfeito. (E) Abel deve responder pelos delitos de homicdio e leso corporal leve em concurso ideal.

29.. Quanto s excludentes de ilicitude e de culpabilidade, assinale a opo correta. (A) Considerando que A, para defender-se de injusta agresso armada de B, desfira tiros em relao ao agressor, mas, por erro, atinja letalmente C, terceiro inocente, nessa situao, a legtima defesa desnaturar-se-, devendo A responder pelo delito de homicdio culposo pela morte de C.

(B) No ordenamento jurdico brasileiro, no se admite a hiptese de legtima defesa da honra, uma vez que o princpio da dignidade da pessoa humana sobrepe-se ao sentimento de vingana por parte do agressor. (C) Para que haja estrito cumprimento do dever legal, a obrigao deve decorrer diretamente de lei stricto sensu, no se reconhecendo essa excludente de ilicitude quando a obrigao estiver prevista em decreto, regulamento ou qualquer ato administrativo infralegal.

(D) A coao fsica, quando elimina totalmente a vontade do agente, exclui a conduta; na hiptese de coao moral irresistvel, h fato tpico e ilcito, mas a culpabilidade do agente excluda; a coao moral resistvel atua como circunstncia atenuante genrica. (E) Verifica-se a situao de obedincia hierrquica tanto nas relaes de direito pblico quanto nas de direito privado, uma vez que, nas duas hipteses, possvel se identificar o nexo entre o subordinado e o seu superior.

30. A respeito dos institutos de direito penal, assinale a opo correta. (A) Conforme jurisprudncia unnime do STF, para a caracterizao da majorante no delito de roubo exercido com o emprego de arma, exige-se a apreenso da arma para que seja periciada, a fim de se constatar a sua potencialidade lesiva. (B) Os critrios de progresso de regime estabelecidos em lei nova, ainda que mais gravosos, aplicam-se s penas com execuo em curso na data de sua publicao, pois se trata de norma de carter processual, logo de aplicao imediata.

(C) O indivduo que, de uma s vez, introduzir no Brasil unidades de CDs musicais, pirateados de artistas brasileiros, e CDs virgens, sem o recolhimento dos tributos devidos, pelo princpio da consuno, dever responder apenas pelo crime de descaminho. (D) No tipo de homicdio qualificado pelo fato de o delito ter sido praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe, h espao para a interpretao analgica. (E) No delito de furto, so incompatveis a qualificadora do concurso de pessoas e o privilgio relativo primariedade do agente e ao pequeno valor da coisa furtada.

31. Em uma festividade natalina que ocorria em determinado restaurante, o garom, ao estourar um champanhe, afastou-se do dever de cuidado objetivo a todos imposto e lesionou levemente o olho de uma cliente, embora no tivesse a inteno de machucla. Levada ao hospital para tratar a leso, a moa sofreu um acidente automobilstico no trajeto, vindo a falecer em consequncia exclusiva dos ferimentos provocados pelo infortnio de trnsito. Com referncia a essa situao hipottica e ao instituto do nexo causal no ordenamento jurdico brasileiro, assinale a opo correta.

(A) O garom dever responder pelo delito de homicdio culposo. (B) O garom poder responder apenas pelo delito de leso corporal culposa. (C) O garom no dever responder por nenhum delito. (D) Em regra, o CP adotou a teoria da causalidade adequada para identificar o nexo causal entre a conduta e o resultado. (E) Segundo a teoria da imputao objetiva, o garom, por ter criado um risco absolutamente proibido pela sociedade, deveria responder pelo delito de homicdio doloso.

32. Acerca dos crimes contra os costumes, os idosos e as pessoas portadoras de deficincia, assinale a opo correta. (A) A mulher no pode ser coautora do delito de estupro. (B) O delito de atentado violento ao pudor, ao contrrio do estupro, no considerado hediondo. (C) Todos os crimes definidos no Estatuto do Idoso so de ao penal pblica incondicionada.

(D) Impedir ato fiscalizatrio de representante do MP em defesa de interesses de pessoas idosas no constitui crime, mas mera infrao administrativa sujeita pena de multa por parte do infrator. (E) Constitui crime a conduta de negar emprego a algum, ainda que justificadamente, por motivos derivados de sua deficincia.