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Ressignificando a Formação de Professores para uma Educação Inclusiva Relatório Final Mônica Pereira dos Santos
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LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
Endereço: Av. Pasteur, 250 – Anexo da Faculdade de Educação, sala A109, Praia Vermelha, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22290-240
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Faculdade de Educação
Programa de Pós-graduação em Educação
Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação - LAPEADE
RELATÓRIO DE PESQUISA:
Ressignificando a Formação de Professores para uma Educação Inclusiva
Coordenadora:
Mônica Pereira dos Santos
Rio de Janeiro, maio de 2007
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Faculdade de Educação
Programa de Pós-graduação em Educação
Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação - LAPEADE
RELATÓRIO DE PESQUISA: Ressignificando a Formação de Professores para uma
Educação Inclusiva
Equipe Técnica: Anacleta de Araújo Magalhães
Ana Patrícia da Silva Bruno Lima
Cristina Nacif Alves Christina Holmes Brasil
Jeane Alves da Silva José Guilherme de Oliveira Freitas
Kátia Xavier da Silva Letícia Alves Schelb
Marcos Moreira Paulino Maria Cristina Bernardo
Samuel Silva de Oliveira Filho Simone da Silva Salgado
Rio de Janeiro, maio de 2007
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ABSTRACT
The present Report is about a research which began in 2004 and which has the aim of
investigating the teacher initial training course offered by the Faculty of Education of the
Federal University of Rio de Janeiro, concerning an inclusive orientation in their training.
By inclusive orientation we mean the efforts taken by the institution and its membres to
minimize and/or eliminate barriers to the full participation of students in their own
academic lives as a result of their gender, racial origin, social conditions, religious
background, academic habilities and so on. We defend the Idea that when it comes to
Inclusion such barriers are present because of the lack of knowledge institutions have
regarding three dimensions on the basis of which to understand and avoid exclusionary
processes: the dimensions of Cultures, Politics and Practices of inclusion. A amostra foi
composta por 1007 sujeitos, todos alunos de Licenciatura da Faculdade de Educação de
uma Universidade Federal. Na coleta de dados, utilizamos a técnica de análise
documental para registrar aspectos das ementas das disciplinas oferecidas na formação
dos professores, e aplicamos questionários e grupos focais aos 1007 sujeitos. Os
resultados mostraram que a Faculdade de Educação – instituição que, em nosso ver,
deveria ser modelo de formação e desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de
inclusão, ainda tem muito o que rever de seu cotidiano para diminuir a enorme distância
entre sua administração, suas práticas (burocracia) e seus estudantes. The sample was
composed of 1007 teachers-to-be, all of them students at the above mentioned Faculty.
During the data collection, documentary analysis was a technique used to register aspects
of the syllabus of the disciplines offered in their initial teacher training course. We also
made use of questionnaires and focus groups. The results show that there still a long way
to GO before this institution can actually consider itself – as we think it should be – a
model of inclusionary culture, policies and practices, building up, as a result, the immense
gap between its students and itself.
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RESUMO
Trata-se de pesquisa iniciada em fevereiro de 2004, que tem como objetivo investigar a
formação de futuros professores da Faculdade de Educação da UFRJ com relação a uma
orientação inclusiva de educação. Por “orientação inclusiva” entendemos os esforços
empreendidos pela instituição educacional (e seus membros) no sentido de se minimizar,
ou eliminar, as barreiras que estudantes possam sofrer e que os impeçam de participar
plenamente da vida acadêmica, por conta de suas diversidades oriundas de gênero,
etnias, condições sociais, situações familiares, religião, habilidades acadêmicas, etc.
Defendemos a idéia de que, na Teoria da Inclusão, tais barreiras se fazem presentes pela
desconsideração, por parte da Instituição, de três dimensões básicas a partir das quais
se pode analisar as exclusões e evitá-las: a dimensão da cultura, das políticas, e das
práticas de inclusão. A amostra foi composta por 1007 sujeitos, todos alunos de
Licenciatura da Faculdade de Educação de uma Universidade Federal. Na coleta de
dados, utilizamos a técnica de análise documental para registrar aspectos das ementas
das disciplinas oferecidas na formação dos professores, e aplicamos questionários e
grupos focais aos 1007 sujeitos. Os resultados mostraram que a Faculdade de Educação
– instituição que, em nosso ver, deveria ser modelo de formação e desenvolvimento de
culturas, políticas e práticas de inclusão, ainda tem muito o que rever de seu cotidiano
para diminuir a enorme distância entre sua administração, suas práticas (burocracia) e
seus estudantes. Neste sentido, conforme previsto nos objetivos, foram tecidas algumas
sugestões de interesse da instituição no que tange à minimização de exclusões
observadas nas dimensões da cultura, das políticas e das práticas.
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ...................................................................................................................... 6
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 7
LISTA DE GRÁFICOS ................................................................................................... 9
Introdução ................................................................................................................... 11
Por quê Inclusão em Educação? .............................................................................. 12
Por quê a Formação de Professores? ...................................................................... 15
Metodologia ................................................................................................................ 19 Referencial Teórico-metodológico ........................................................................... 19 Procedimentos de Coleta .......................................................................................... 21 Instrumentos e Técnicas de Coleta .......................................................................... 22 Procedimentos de Análise ......................................................................................... 26
Apresentação e Discussão dos Resultados ............................................................ 27 Ementas ...................................................................................................................... 27 Questionários e Grupos Focais ................................................................................ 35
Conclusões: Perguntas que não calam, vozes que são caladas. .......................... 96
Referências ............................................................................................................... 105
Anexo 1 QUESTIONÁRIO ......................................................................................... 107
Anexo 2 CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DOS GRUPOS FOCAIS ................... 117
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LISTA DE TABELAS Tabela 1 O Contexto Geral da Análise ................................................................. 28 Tabela 2 A dimensão da criação de culturas inclusivas (Licenciaturas) ............... 30 Tabela 3 A dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas (Licenciaturas) 31 Tabela 4 A dimensão da orquestração de práticas inclusivas (Licenciaturas) ..... 32 Tabela 5 Dimensão da criação de culturas inclusivas (Pedagogia) ..................... 32 Tabela 6 A dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas (Pedagogia) ... 33 Tabela 7 A dimensão de orquestração das práticas de inclusão (Pedagogia) ..... 34 Tabela 8 Respostas sobre se o conceito de inclusão foi trabalhado: conforme a descrição dada; no sentido de educação especial; e não foi trabalhado. ............ 56 Tabela 9 Categorização das palavras evocadas na questão 29 .......................... 63 Tabela 10 Categorização das palavras evocadas na questão 30 ........................ 64 Tabela 11 Respostas dos alunos quando perguntados se já se sentiram excluídos na FE .................................................................................................................... 64 Tabela 12 Categorias para as situações de exclusão descritas pelos alunos ...... 65 Tabela 13 Categorização das palavras evocadas nas questões 34 E 35 ............ 70 Tabela 14 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial I, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. .................... 73 Tabela 15 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial II, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ................... 75 Tabela 16 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Geral, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ........................... 76 Tabela 17 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ........................................................................................................ 78 Tabela 18 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ........................................................................................................ 80
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Tabela 19 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Prática de Ensino, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ...................... 82 Tabela 20 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação I, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. .......... 84 Tabela 21 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação II, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ......... 86 Tabela 22 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Sociologia da Educação, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos. ........... 88 Tabela 23 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão de relacionamentos interpessoais ............................................................................. 89
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LISTA DE GRÁFICOS{ XE "LISTA DE GRÁFICOS" \b } Gráfico 1 Alunos FE/UFRJ segundo os grupos de idade .......................................... 35 Gráfico 2 Alunos FE/UFRJ segundo o sexo ................................................................. 36 Gráfico 3 Alunos FE/UFRJ segundo a cidade - em 2005 .......................................... 38 Gráfico 4 Alunos FE/UFRJ segundo o estado civil ..................................................... 39 Gráfico 5 Alunos FE/UFRJ que possuem filhos ou não ............................................. 40 Gráfico 6 No. de filhos dos Alunos FE/UFRJ que possuem. ..................................... 41 Gráfico 7 Alunos FE/UFRJ segundo a unidade de origem - 2005 ............................ 42 Gráfico 8 Alunos FE/UFRJ segundo o curso de origem - 2005 ................................ 43 Gráfico 9 Ano de ingresso na FE/UFRJ ........................................................................ 44 Gráfico 10 Meio de transporte até a FE/UFRJ ............................................................. 47 Gráfico 11 Número de transportes utilizados para ir até a FE/UFRJ ....................... 48 Gráfico12 Período do dia em que freqüenta a FE/UFRJ ........................................... 50 Gráfico 13 Renda mensal ................................................................................................ 51 Gráfico 14 Percepção de alguma preocupação por parte da FE/UFRJ em atender a diversidade de alunos que nela existe ....................................................................... 53 Gráfico 15 Concordância/Discordância com a definição de inclusão ...................... 58 Gráfico 16 Importância atribuída pelos respondentes à discussão sobre a educação inclusiva, no curso de formação de professores. ...................................... 69 Gráfico 17 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial I. ........................................................................................................... 72 Gráfico 18 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial II. .......................................................................................................... 74 Gráfico 19 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Geral. ................................................................................................................... 76
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Gráfico 20 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Estrutura e Funcionamento de Ensino. ......................................................................... 77 Gráfico 21 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação. ....................................................................... 79 Gráfico 22 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Prática de Ensino. ............................................................................................................. 81 Gráfico 23 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação I. ............................................................................................... 83 Gráfico 24 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação II. .............................................................................................. 85 Gráfico 25 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Sociologia da Educação. ................................................................................................. 87 Gráfico 26 Percepção dos respondentes sobre se o acesso às informações acadêmicas é ou não inclusivo ....................................................................................... 90 Gráfico 27 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusividade da participação estudantil ..................................................................................................... 92 Gráfico 28 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusividade de recursos de apoio e incentivo à participação ............................................................... 93 Gráfico 29 Grupos de excluídos com os quais os respondentes se identificam. ... 94
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Introdução O presente trabalho constitui o relatório final da pesquisa Ressignificando a Formação de Professores para uma Educação Inclusiva, do Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à
Participação e à Diversidade em Educação – LaPEADE, da Faculdade de Educação da UFRJ,
criado em setembro de 2003
Escolhemos como “palco” da pesquisa a própria Faculdade de Educação da UFRJ, onde
sedia-se o Laboratório. Tal escolha se fez pela importância e história construídas por esta
instituição no que diz respeito a um dos nossos principais focos de interesse: a formação de
educadores. Desta maneira, este trabalho tem como propósito apresentar uma discussão
sobre os aspectos teóricos da Educação Inclusiva em uma universidade pública a partir dos
dados coletados.
Assim sendo, nosso objetivo geral foi contribuir para a ressignificação da formação de
professores da FE/UFRJ para o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão.
A fim de melhor alcançar o objetivo proposto, organizamo-lo nos seguintes objetivos
específicos:
1) Caracterizar a atual formação de professores tendo como referencial parâmetros de
culturas, políticas e práticas de inclusão em educação;
2) Caracterizar a atual formação de professores a partir da percepção de uma parcela da
população estudantil da FE; e
3) Sugerir, a partir dos resultados da pesquisa, caminhos para o aprimoramento da
formação profissional dos professores.
Inicialmente, cabe esclarecer o que entendemos por Inclusão em Educação, bem como de
que forma as culturas, políticas e práticas se inserem no contexto em que esta pesquisa
está sendo realizada.
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Por quê Inclusão em Educação? Inclusão existe porque existem exclusões. A exclusão constitui-se, nas sociedades de
hoje, talvez mais do que nunca, num aspecto marcante de suas relações. Verificamos
formas variadas e diferentes níveis de exclusão, nas mais diversas dimensões: política,
social, institucional... Desta maneira, nossa intenção é identificar e combater os
mecanismos de exclusão, contrapondo-o ao desenvolvimento de culturas, políticas e
práticas de inclusão.
Tal como a exclusão, a inclusão também pode ser verificada em qualquer sociedade, de
forma variada e sempre relativa a dado contexto. Em nosso entender, inclusão não se
restringe apenas a certos grupos. Entendemos inclusão da seguinte maneira:
A perspectiva de inclusão parte do princípio de que há diversidade dentro de grupos comuns e de que esta está vinculada ao desenvolvimento de uma educação comunitária compulsória e universal. Tal perspectiva preocupa-se com o incentivo à participação de todos e com a redução de todas as pressões excludentes. (Booth, 1996, p. 90).
Esta perspectiva implica considerar que inclusão e exclusão são processos interligados e
coexistem numa relação dialética que gera subjetividades específicas, que vão desde o
sentir-se incluído ao sentir-se discriminado (Sawaia, 1999).
Tais subjetividades não acontecem num continuum, necessariamente, e não se explicam
apenas pela determinação econômica, mas determinam e são determinadas por formas
diferenciadas de legitimação social e individual.
Dito de outra maneira:
Em síntese, a exclusão é processo complexo e multifacetado, uma configuração de dimensões materiais, políticas, relacionais e subjetivas. É processo sutil e dialético, pois só existe em relação à inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma coisa ou um estado, é processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma única forma e não é falha do sistema; ao contrário, é produto de seu funcionamento. (Sawaia, 1999, p. 9).
Por outro lado:
O mundo está sendo transformado por novas regras, novos instrumentos e novos atores em um imenso Mercado global. As liberdades humanas enfrentam novos desafios advindos desta transição, de conflitos, de xenofobias, de tráfico humano e fundamentalismo religioso. Por todo o
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mundo, pessoas com AIDS/HIV enfrentam sérias ameaças aos seus direitos humanos. Junto com estas questões, a pobreza persistente e a crescente desigualdade são, agora, tratadas como formas de negação aos direitos humanos e, como tal, emergem como contínuos desafios aos direitos humanos. (United Nations Development Programme, 2000, p. 42).
Assim, cabe levar em consideração, na identificação e análise de processos de exclusão e
de inclusão, pelo menos três dimensões: das Culturas, das Políticas e das Práticas.
A dimensão da criação de culturas inclusivas em nossos sistemas sociais (educacional,
de saúde, etc.) e suas respectivas instituições (hospitalares, escolares, etc.) nos remete:
...à criação de comunidades estimulantes, seguras, colaboradoras, em que cada um é valorizado, como base para o maior sucesso de todos os alunos. Ela se preocupa com o desenvolvimento de valores inclusivos, compartilhados entre todo o staff1, alunos e responsáveis, e que são passados a todos os novos membros da escola. Os princípios derivados nas escolas de culturas inclusivas orientam decisões sobre as políticas e as práticas de cada momento de forma que a aprendizagem de todos seja apoiada através de um processo contínuo de desenvolvimento da escola. (Booth et al, 2000, p. 45).
Dois aspectos que norteariam as instituições educacionais a descobrirem-se
caracterizadas por uma cultura inclusiva, por exemplo, seriam referentes à construção de
uma comunidade inclusiva e ao estabelecimento de valores inclusivos nesta comunidade.
No que diz respeito à construção de uma comunidade inclusiva, a instituição poderia, a
título de exemplo, se perguntar: todos se sentem bem-vindos? Os alunos ajudam-se uns
aos outros? Os membros da escola colaboram consigo mesmos? Membros da escola e
alunos tratam-se com respeito? Quanto ao estabelecimento dos valores inclusivos,
algumas das inúmeras questões que poderiam ser investigadas seriam: Há uma filosofia
de inclusão compartilhada pelos pais, alunos e membros da instituição? Os alunos são
igualmente valorizados? A instituição se esforça para minimizar práticas discriminatórias?
Por sua vez, a dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas refere-se à
preocupação em
…assegurar que a inclusão esteja presente no bojo do desenvolvimento da escola, permeando todas as políticas, de forma que estas aumentem a aprendizagem e a participação de todos os alunos. Considera-se apoio aquelas atividades que aumentem a capacidade de uma escola em responder à diversidade dos alunos. Todas as formas de apoio são
1 Considera-se staff, numa Instituição Educacional, todos os funcionários e professores.
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consideradas juntas em uma estrutura única, e são vistas a partir da perspectiva dos alunos e seu desenvolvimento, ao invés de serem vistas da perspectiva da escola ou das estruturas administrativas do órgão responsável pela organização da educação. (Booth et al, 2000, p. 45).
Aqui, poderíamos citar mais dois aspectos que norteariam as investigações sobre a
dimensão política da inclusão numa dada instituição educacional: o desenvolvimento de
uma instituição para todos e a organização de apoio à diversidade. Algumas questões que
auxiliariam mapear o desenvolvimento de uma instituição para todos poderiam ser: todos
os membros novatos são ajudados a se adaptar à instituição? A instituição procura admitir
todos os alunos de sua área local? A instituição agrupa os alunos em turmas de forma que
todos sejam valorizados?
Por fim, a dimensão de orquestração das práticas de inclusão liga-se à preocupação em
fazer com que as práticas das instituições educacionais:
...reflitam as culturas e políticas de inclusão da instituição [e] (...) assegurar que todas as atividades de sala de aula ou extra curriculares encorajem a participação de todos os alunos e baseiem-se em seus conhecimentos e experiências fora da instituição. O ensino e o apoio são integrados na orquestração da aprendizagem e na superação de barreiras à aprendizagem e à participação. O staff mobiliza recursos dentro da instituição e nas comunidades locais para sustentar uma aprendizagem ativa para todos. (Booth et al, 2000, p. 45).
Uma vez mais, pelo menos dois aspectos contribuem para que as instituições
educacionais investiguem o grau de inclusão presente em suas práticas: a forma como a
aprendizagem é orquestrada e a forma como a instituição mobiliza recursos. Do primeiro
aspecto, algumas questões incluiriam: as aulas correspondem e atendem à diversidade de
alunos ali presentes? As aulas são acessíveis a todos os alunos? As aulas desenvolvem
um entendimento sobre diferenças? Os alunos são ativamente envolvidos em sua própria
aprendizagem? Da mesma maneira, o segundo aspecto inclui variadas questões, como
por exemplo: os recursos da instituição são distribuídos com justiça para apoiar a
inclusão? Os recursos da comunidade são conhecidos e utilizados pela instituição? As
diferenças entre os alunos são vistas e usadas como recursos ao ensino e à
aprendizagem, ao invés de serem vistas como “problema”? A instituição utiliza os
conhecimentos especializados de seu corpo docente em proveito de todos?
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Por quê a Formação de Professores? Ao tratar da responsabilidade fundamental dos educadores, referendamo-nos na questão
profissional que emerge do contexto atual. À medida que os educadores tornaram-se
profissionais da educação, e a construção de uma sociedade democrática e acessível a
TODOS fez a escola reestruturar seu paradigma funcional, os educadores tiveram seu
posicionamento voltado para uma orientação inclusiva.
Que educador uma orientação inclusiva prevê? O educador especializado em todos os
alunos, inclusive nos que apresentam deficiências?
Estar em consonância com o paradigma da inclusão em educação não significa
contemplar todas as especificidades dos comprometimentos oriundos das/os
crianças/jovens que encontram barreiras em sua aprendizagem. Significa direcionar o
olhar para a compreensão da diversidade, oportunizando a aprendizagem de seus alunos
e respeitando suas necessidades, o que constitui o cerne de sua formação. Um educador,
enfim, que domina os instrumentos necessários para o desempenho competente de suas
funções e tem capacidade de problematizar a própria prática, refletindo criticamente a
respeito dela.
Perante o exposto, podemos perceber que a arena educacional é, potencialmente falando,
uma das mais “ricas” em produção e manutenção de mecanismos de exclusão. Nos
dizeres de Gilborn (apud Diniz 2002).
…o sistema educacional mais amplo, os políticos, os diretores e professores andam, de uns tempos para cá, notavelmente ocupados refazendo e reforçando a desigualdade, especialmente em relação a questões “raciais” e a classes sociais. Já é tempo de que este nível de atividade seja re-focalizado em direção ao alcance da justiça social.
Atualmente, vivemos em uma época na qual os movimentos sociais - aliados a outras
formas de luta e intervenções - tentam reverter tal processo, porém o sistema é
excludente em todas as suas formas e maneiras. E a educação está contida nestas
formas. O educador, mais ainda: tanto por ser vítima, como por ser promotor da exclusão.
Os baixos salários, as salas de aulas abarrotadas, a falta de formação adequada do
professorado entre outros aspectos de reprodução da exclusão estão presentes no
cotidiano escolar de todas as maneiras e em todos os níveis. Considerando que a
formação de professores necessita estar em consonância com o que hoje é discutido em
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termos mundiais sobre educação inclusiva e considerando ainda que a educação é,
segundo o Plano Nacional de Educação 2000, (apud Santos, 2003):
...o elemento constitutivo da pessoa (...) deve estar presente desde o momento em que ela nasce, como meio de condição de formação, desenvolvimento, integração social e realização pessoal (p. 1).
Considerando ainda que a educação não vem sendo tratada com a dignidade que deveria,
o mesmo acontecendo com os usuários da educação – estudantes de todos os níveis – ou
mesmo com aqueles que a fazem de ofício, a conclusão à qual chegamos é que
implicações variadas estão imbricadas na demanda por uma ressignificação na formação
de professores de forma adequada. Dentro desta perspectiva, cabe sinalizar que a
exclusão é mantida pela desigualdade, que por sua vez é sustentada pelo próprio sistema
que a engendra. Perrenoud (2000) nos alerta que:
Presentes em todas as sociedades, as desigualdades reais de capital cultural apresentam-se, primeiramente, como capacidades desiguais de compreensão e de ação, revelando um poder desigual sobre as coisas, os seres e as idéias. Nem todos os indivíduos que coexistem em uma sociedade, tanto as crianças quanto os adultos, enfrentam as situações de vida, sejam elas banais ou extraordinárias, com os mesmos meios intelectuais e culturais. Essa desigualdade existe tanto nas sociedades sem escola como nas sociedades altamente escolarizadas, mas a emergência da forma escolar modifica o estatuto, a natureza e a visibilidade das desigualdades culturais (p. 18).
Logo, os sujeitos que partilham da mesma sociedade, mas não partilham o mesmo código
e nem as mesmas ferramentas para decodificar o mundo não falam a mesma linguagem.
O acesso à educação de qualidade deve permitir-lhes a decodificação dos bens culturais.
Deve permitir-lhes sair do marasmo da falta de oportunidades. Os entraves que são
colocados a muitas pessoas que desejam estudar não podem mais ser somente
explicados pela ausência de vagas, ou de falta de professores, ou de falta de ensino de
qualidade.
Estudos internacionais (Fullan, 1992) mostram que quanto mais centralizada for a gestão
de uma instituição, quanto menos participativa, e quanto menos flexível em relação aos
imprevistos, mais riscos de provocar exclusões ela tende a sofrer. Isto porque, ao se falar
em inclusão, um dos componentes essenciais ao seu sucesso, como tem sido marcado ao
longo deste projeto, é a participação de todos.
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Neste sentido, uma escola rígida em regras e direcionamento tende a não delegar tarefas
nem compartilhar responsabilidades com sua comunidade, o que por sua vez torna seus
membros alheios ao processo educacional. Pais tendem a não se interessar nem
participar como aliados na educação de seus filhos, professores tendem a ficar
acomodados e desmotivados a criar novas alternativas para solucionar problemas,
funcionários acostumam-se apenas a receber e cumprir ordens, e assim por diante. Essa
relação de distanciamento e pouco diálogo tende a ser reproduzida em sala de aula,
fazendo com que os alunos reflitam exatamente as mesmas reações: tornam-se alheios e
desmotivados para com suas próprias aprendizagens, acostumando-se a receber e
cumprir ordens.
Aqueles (poucos) alunos que reclamam ou, de alguma maneira, manifestam sua
insatisfação, passam a ser considerados rebeldes e tornam-se presa fácil de rótulos como
“indisciplinados”, “problemáticos”, “impossíveis”, “lentos”, “desmotivados” e assim por
diante. Neste processo de rotulação – que é uma forma de exclusão – “naturaliza-se” o
problema ao se jogar as causas para o próprio aluno e/ou suas famílias. Com isso, a
instituição educacional deixa de olhar para si mesma como possível geradora desta
situação de alheamento geral de sua comunidade. A exclusão fica, assim, inscrita em sua
própria cultura, em seu próprio currículo.
Cabe aqui um esclarecimento. Compartilhamos com Silva (1995) a definição de currículo,
que compreende “o conjunto de todas as experiências de conhecimento proporcionadas
aos/às estudantes” (p. 184).
Desta maneira, currículo diz respeito não somente à organização de conteúdos a serem
ensinados, como também engloba todas as relações que perpassam o processo dessa
organização: desde a escolha sobre o que priorizar a ser ensinado na instituição, até a
decisão sobre quem determina esses – e outros – aspectos que comporão o processo
ensino-aprendizagem como um todo. É Silva (1995) mais uma vez quem nos inspira ao
dizer que:
o currículo (...) está no centro mesmo da atividade educacional. Afinal, a escola não está apenas histórica e socialmente montada para organizar as experiências de conhecimento de crianças e jovens com o objetivo de produzir uma determinada identidade individual e social. Ela, de fato (...) funciona dessa forma. Isto é, o currículo constitui o núcleo do processo institucionalizado de educação” (p. 184).
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Podemos, assim, inferir o quanto potencialmente excludente pode ser a organização
curricular de uma instituição educacional.
Este quadro, aliado à atual situação do ensino público, em particular o de nível
fundamental, faz com que a formação de professores com olhares afiados para tais
processos de exclusão – e com conseqüente disposição para engajarem-se em
movimentos de luta pela inclusão, deles próprios e de outros atores – adquira uma
importância ainda maior.
A exemplo deste argumento, Frigotto e Leher (2007), em recente e-mail2, pontuam,
referindo-se à Resolução 946, publicada em 25/04/07, da Secretaria Municipal de
Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, que:
Os educadores, professores e defensores da educação pública de alta qualidade, sempre diferenciaram a prática nefasta da aprovação automática (como a SME quer implementar) da prática de avaliação continuada, processo radicalmente distinto, pois preconiza que a avaliação deve ser realizada pelos protagonistas da educação (e não por órgãos centralizados nos governos ou ligados a iniciativa privada), e que a mudança radical nas práticas de avaliação deve estar inserida em um processo muito mais amplo de redefinição do espaço, do tempo e das condições de trabalho nas escolas.
E na seqüência denunciam: Os dois problemas cruciais que distinguem as duas formas de pensar a avaliação são, em primeiro lugar, a jornada escolar diária: a reprovação deixa de ter sentido em um ambiente de ensino e aprendizagem em tempo integral, em que as crianças podem vivenciar experiências educacionais que garantam real aprendizado a cada um dos estudantes. Cabe lembrar que, das aproximadamente 170 mil escolas públicas brasileiras, apenas 47% possuem jornada diária superior a quatro horas de aula. Em segundo, mas não menos importante, os sistemas públicos de educação não asseguram professores em tempo integral e com dedicação exclusiva mantendo, ainda, um padrão salarial para os docentes que, conforme a Unesco, é baixo ainda se comparado aos padrões latino-americanos. Outros problemas derivados, como classes superlotadas, infra-estrutura degradada etc., confirmam um padrão de oferta de educação pública que, obviamente, é incompatível com o conceito de educação pública de qualidade.
Fica, assim, caracterizada, uma vez mais, a fundamental importância de se investir em
pesquisas que produzam conhecimentos acerca do estado de arte da atual formação de
2 FRIGOTTO & LEHER, 03/06/2007.
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nossos professores, mote principal desta pesquisa, e assunto principal, aliado ao da
Inclusão, do presente relatório.
Metodologia
Referencial Teórico-metodológico
Com o propósito de contribuir para a ressignificação da formação de professores da
FE/UFRJ para o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão optamos por
assumir um enfoque predominantemente qualitativo, embora tenhamos utilizado dados
quantitativos para ilustrar os resultados aqui apresentados. A opção teórica e
metodológica pela Pesquisa Qualitativa deve-se ao fato de que “... os dados qualitativos
consistem em descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os
indivíduos em seus próprios termos” (Goldenberg, 1998, p. 53).
Os dados quantitativos nos forneceram um panorama geral acerca do fenômeno
estudado e buscaram ilustrar uma realidade demográfica dentro do contexto em que o
estudo foi realizado. Afinal, “os números não existem por si só, mas estão associados
com o contexto social e histórico que os gerou” (Bogdan & Biklen, 2000, p.196). Desta
forma, os dados quantitativos coletados no contexto da abordagem qualitativa nos
permitiram, conforme afirma Goldemberg (1998), explorar “os casos desviantes da média
que ficam obscurecidos nos relatórios estatísticos” (p. 63).
A discussão sobre o tema de investigação foi feita de forma minuciosa e exaustiva,
através do uso de diferentes instrumentos, a fim de captar dados detalhados sob o ponto
de vista dos sujeitos da pesquisa e evitar o desperdício de informações relevantes.
Segundo Goldenberg (1998) “é o processo da pesquisa que qualifica as técnicas e os
procedimentos necessários para as respostas que se quer alcançar” (p. 62). Dessa
forma, ao longo da pesquisa, coube-nos decidir pelos procedimentos de coleta de dados
mais adequados aos nossos objetivos.
Levando em conta a perspectiva teórica da inclusão, acreditamos que a multiplicidade de
procedimentos e técnicas abriu-nos a possibilidade de contar com a participação de
vários atores, isto é, dos estudantes que vivem o processo de formação, bem como
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vários autores, levando em conta que os depoimentos orais e ou escritos fornecidos por
eles constituiu um rico universo conceitual de interpretação e formulação teórica.
No caso dessa pesquisa, esses indivíduos esses estudantes foram os alunos da FE/UFRJ
que cursavam, durante os anos de 2004, 2005 e 2006, a formação de professores na
referida Universidade, mais especificamente aqueles matriculados nas licenciaturas e no
curso de Pedagogia.
Inicialmente, a proposta era desenvolver o trabalho de campo com os estudantes que
estivessem no início do 3º período cursado na FE e os alunos curso de Pedagogia que
estivessem cursando o 7º e 8º períodos. Entretanto, durante a primeira etapa do trabalho
de campo, a aplicação dos questionários, nos deparamos com a dificuldade de selecionar
a amostra nas licenciaturas a partir dos critérios estabelecidos, pelo fato de que a própria
estrutura de créditos não prevê a organização dos alunos por período cursado na FE.
Deste modo, optamos por compor a amostra com todos os questionários aplicados na
primeira etapa do trabalho de campo, independente de que períodos estivessem cursando
seus respondentes, totalizando 1007 alunos3. Cabe mencionar que o instrumento foi
aplicado no final do período de 2005/2, fato este que garantiu que os respondentes já
tivessem alguma experiência na FE/UFRJ.
A partir daí buscamos conhecer os sentidos e significados atribuídos pelos alunos à
inclusão e à formação para a inclusão e contribuir para o processo de Ressignificação da
formação de professores pelos discentes da FE/UFRJ. Nas palavras de Bogdan & Biklen
(2000),
a abordagem da investigação qualitativa exige que o mundo seja examinado com a idéia de que nada é trivial, que tudo tem potencial para constituir uma pista que nos permita estabelecer uma compreensão mais esclarecedora do nosso objecto de estudo (p. 49).
3 Esclarecemos que o contexto físico em que acontece a formação de professores na FE/UFRJ ultrapassa os limites do Campus da Praia Vermelha e que algumas turmas assistem aulas em outras unidades situadas em diferentes Campi da UFRJ3. Em virtude das limitações de tempo, das limitações financeiras e do número de pesquisadores envolvidos nessa pesquisa delimitamos como campo de estudo a FE/UFRJ e, conseqüentemente, como sujeitos em potencial os alunos matriculados na referida unidade no primeiro semestre de 2004.
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Ao recolher dados descritivos a partir da percepção de uma parcela da população
estudantil da FE/UFRJ objetivamos construir, coletivamente, novos significados para a
formação de professores. Para atender os objetivos dessa pesquisa, elegemos como
instrumentos de coleta de dados: a pesquisa documental, o questionário, a observação, o
grupo focal e a entrevista. A integração desses diversos instrumentos teve como principal
objetivo “... abranger a máxima amplitude na descrição, explicação e compreensão do
objeto de estudo” (Ibidem, p. 36).
Cada um desses instrumentos foi utilizado numa etapa específica da pesquisa ocorrendo,
em alguns casos, a utilização concomitante de mais de um instrumento numa mesma
etapa. Esse tipo de estratégia, conhecida como triangulação, é definida por Goldenberg
(1998) como “... uma metáfora tomada emprestada da estratégia militar e da navegação,
que se utiliza de múltiplos pontos de referência para localizar a posição exata de uma
objeto” (Ibidem).
Mesmo reconhecendo que a pesquisa não é uma tática de guerra e que existem
limitações tangíveis em nosso objeto de estudo que nos impedem de localizar posições
exatas, acreditamos que a triangulação dos instrumentos favoreceu a validação dos
dados, através da multiplicidade de técnicas de investigação e da multiplicidade de
olhares dos diferentes pesquisadores que participaram desse processo. Descreveremos
a seguir cada um dos instrumentos de coleta e como se deu esse processo, levando em
conta suas limitações e possibilidades em relação aos objetivos dessa pesquisa.
Procedimentos de Coleta
Inicialmente, cabe-nos esclarecer que o contexto físico em que acontece a formação de
professores na FE/UFRJ ultrapassa os limites do Campus da Praia Vermelha e que
algumas turmas assistem aulas em outras unidades situadas em diferentes Campi da
UFRJ4. Em virtude das limitações de tempo, das limitações financeiras e do número de
pesquisadores envolvidos nessa pesquisa delimitaremos como campo de estudo a
FE/UFRJ e, conseqüentemente, como sujeitos em potencial os alunos matriculados na
referida unidade no primeiro semestre de 2004.
4 Mais especificamente da Ilha do Fundão e do Largo do São Francisco.
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Instrumentos e Técnicas de Coleta
1) Observação
Durante o planejamento inicial tivemos a intenção de utilizar a observação-não
estruturada como um instrumento de caráter exploratório que faria parte de todas as
etapas, visando conhecer como as diferentes pessoas agiam e interagiam no contexto de
formação dos futuros professores na FE/UFRJ. Entretanto, em decorrência da dificuldade
de organização do tempo dos integrantes do grupo de pesquisa, a observação – eleita
como um instrumento transversal durante todo o percurso da pesquisa – foi realizada
apenas durante o processo de aplicação dos questionários e do grupo focal e serviu
como uma espécie de termômetro que permitiu a compreensão do contexto em que foi
realizado o estudo e indicou as reações e a receptividade dos sujeitos em relação ao
tema pesquisado.
2) Pesquisa documental
A pesquisa documental fez parte da primeira etapa dessa pesquisa, com o propósito de
recolher informações prévias sobre nosso campo de interesse (Marconi & Lakatos, 1999);
fazer um levantamento dos potenciais sujeitos e verificar que discussões estão previstas
no curso de formação de professores da FE/UFRJ acerca da temática educação
inclusiva.
Para isso, realizamos, inicialmente, um levantamento em três fontes de documentos: o
currículo do curso de formação de professores – licenciaturas e Pedagogia – em vigor no
ano de 2004; as ementas das disciplinas ministradas nos referidos cursos e, os arquivos
com os nomes dos alunos que estão matriculados no 3º período do curso de licenciatura
e dos alunos curso de Pedagogia que estivessem cursando o 7º e 8º períodos.
Foram analisadas 112 ementas das disciplinas oferecidas nas Licenciaturas e Pedagogia
da referida Universidade. Dentre as 73 ementas dos cursos de Licenciatura 6 são
comuns a todos os cursos e 67 específicas às didáticas e práticas de ensino das
respectivas cadeiras de formação5. No curso de Pedagogia, foram analisadas 39
5 A FE/UFRJ oferece 14 cursos de licenciatura: Biologia, Ciências Sociais, Educação Física, Enfermagem, Educação Artística, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Música, Psicologia, Pedagogia e Química.
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ementas, sendo que 30 correspondem ao tronco comum e 9 são referentes às práticas
de ensino das habilitações oferecidas pela FE/UFRJ6.
Utilizamos a técnica da análise de conteúdo (Bardin, 1977) como caminho norteador para
a organização das informações. Após uma leitura geral dos textos contidos nos
documentos, tecemos algumas reflexões sobre o conteúdo que expressavam e os
analisamos à luz da Teoria da Inclusão em Educação, utilizando, como categorias-base,
as três dimensões apresentadas na seção anterior deste artigo: a dimensão da criação
de culturas inclusivas; a dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e a
dimensão de orquestração das práticas de inclusão. As palavras/expressões/frases foram
destacadas e agrupadas com base em alguns critérios:
(1) As referidas dimensões encontram-se, na Teoria da Inclusão, simbolizadas sob a
forma de um triângulo eqüilátero, numa relação de reciprocidade e
complementaridade. Não há, portanto, hierarquia ou ordem de importância;
(2) Na dimensão da criação de culturas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre valores, identidade,
diversidade e a construção de uma comunidade inclusiva apoiada nestes valores,
favorecendo a compreensão e o respeito às diferenças, bem como a minimização
da discriminação;
(3) Na dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre o pensar a inclusão,
lembrando que este pensar envolve fazer perguntas, tomar decisões e planejar
ações que favoreçam o aumento da aprendizagem e da participação de todos os
estudantes e,
(4) Na dimensão de orquestração das práticas de inclusão foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre o fazer a inclusão e a
de que maneira a orquestração da aprendizagem é apresentada no currículo de
formação de professores.
3) Questionário
6 O curso de Pedagogia oferece três habilitações: Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio, Magistério da Educação Infantil e Magistério das Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
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A pesquisa documental serviu como um elemento norteador para que pudéssemos
elaborar um questionário que foi respondido pelos alunos das licenciaturas e da
Pedagogia. Esse questionário foi organizado em três tipos de questões (ver anexo I):
fechadas, a fim de obter informações diretas a respeito das formação realizada na
instituição; sobre o conhecimento dos alunos em relação a inclusão em educação;
e sobre as experiências de exclusão (diretas ou indiretas) vividas pelo futuro
profissional no espaço de formação;
abertas, que visavam: captar as percepções pessoais dos alunos sobre a inclusão
em educação e identificar prioridades para a construção de um espaço inclusivo
dentro da FE que contribua para a formação de educadores inclusivos;
abertas e fechadas, especificamente voltadas para a definição do perfil dos alunos
da FE/UFRJ no concernente à disponibilidade pessoal para atuar numa
perspectiva inclusiva. Esta seção do questionário visava, desta forma, verificar
“intensidades, direção dos interesses, atitudes, motivos e valores” (Anastasi,
1977, p. 559) dos respondentes acerca da inclusão em educação.
As 22 primeiras questões visavam traçar o perfil dos respondentes, referente a dados
pessoais (itens 1 a 7; 14, 16 e 19; 21 e 22), dados acadêmicos (itens 8 a 13 e 20), acesso
à informação via internet (item 15), acesso à FE (itens 17 e 18). A questão 23 visava
levantar informações sobre as impressões iniciais dos estudantes quanto ao acolhimento
dos alunos na instituição. As demais questões diziam respeito a inclusão em educação
tanto no sentido teórico-conceitual – solicitando a compreensão que os respondentes
tinham a respeito do tema – quanto a partir de um caráter aplicado, onde os alunos
refletiam a respeito da realização – ou não – do processo de inclusão na FE/UFRJ no
decurso da formação.
Realizamos um teste piloto no primeiro semestre de 2004, com o intuito de verificar a
fidedignidade, validade e operacionalidade deste instrumento. Nesta fase de pré-
testagem foram identificados os pontos que necessitavam ser ajustados para o pleno
entendimento dos sujeitos a respeito do que se pretendia alcançar com a aplicação do
instrumento. Esse processo constituiu um importante momento da pesquisa, de onde já
podemos extrair significativas contribuições para seu desenvolvimento e conclusão.
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A partir dos resultados do pré-teste do questionário, aplicado em março de 2004,
extraímos algumas considerações de estudantes do curso de formação de professores
(Licenciaturas e Pedagogia) da Faculdade de Educação da UFRJ sobre as
características do professor que atua de acordo com uma orientação inclusiva. Com isso,
pudemos detectar certos aspectos que são freqüentemente citados pelos estudantes e
problematizar essa questão.
Os questionários foram aplicados em sua versão definitiva durante o segundo semestre
de 2005. Foi feito um levantamento do número de turmas atendidas nas licenciaturas nos
turnos da manhã, tarde e noite e o grupo se organizou de forma a aplicar o questionário
em todas as turmas, nos três turnos. A aplicação do questionário durou uma hora em
média.
De uma forma geral, a receptividade dos estudantes foi boa, considerando que essa foi a
primeira vez que se realizou uma pesquisa acerca deste tema na instituição. Os
comentários dos alunos, durante o processo de preenchimento do formulário foram de
que sentiam-se privilegiados por estarem tendo a oportunidade de preencher a
instrumento que consideravam muito importante.
Quanto à receptividade dos docentes para a aplicação do questionário não ocorreram
problemas de uma maneira geral. Entretanto, alguns docentes – da área da filosofia,
estrutura e funcionamento e psicologia – dificultaram o processo de aplicação quando
alegaram a premência de que a mesma se desse no menor tempo possível, pois que não
poderiam oferecer toda a aula.
A análise dos dados do questionário contou com vários procedimentos. Inicialmente
todas as respostas foram digitadas em formulários específicos. Alguns grupos de
questões tiveram tratamento específico, de acordo com as suas características. Os itens
27, 28, 32 e 42 foram analisados com base na técnica de análise do conteúdo e os
demais itens foram analisados com base na comparação de freqüências e percentual.
4) Grupo Focal
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Minayo et. al. (1999), cita Krueguer (1994) para definir o grupo focal como “uma técnica
de entrevista, direcionada a um grupo que é selecionado pelo pesquisador a partir de
determinadas características identitárias, visando obter informações qualitativas” (p. 23).
Essa entrevista pode ter uma ou várias sessões, envolvendo um número determinado de
participantes, que reúna características ou elementos comuns, de modo a serem
reconhecidos como um grupo. O roteiro temático para a discussão poderá ser aberto ou
estruturado, de acordo com o problema que se deseja analisar e no caso da existência de
vários grupos com características diferenciadas o roteiro temático deve ser ajustado a
cada um deles, permanecendo as mesmas questões básicas para todos os grupos.
Nessa pesquisa o grupo focal teve a importante função de captar o movimento do
discurso dos discentes sobre a formação de professores para uma educação inclusiva.
Os grupos e o roteiro temático foram definidos com base nas informações coletadas no
questionário e o número de sessões foi estipulado de acordo com o quantitativo de
grupos e com a disponibilidade da equipe em desenvolver as sessões.
Os grupos focais foram realizados no segundo semestre letivo de 2006. A seleção dos
participantes foi feita de forma aleatória com o auxílio do programa Excel. Foram
organizados 06 grupos, distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite, ao longo de três
encontros cada. O convite foi feito por telefone e e-mail e o primeiro obstáculo que
enfrentamos foi a disponibilidade de tempo dos alunos para participar dos encontros,
considerando que muitos já estavam trabalhando e outros tinham aulas nos dias por nós
disponibilizados. Desta maneira, terminamos com a possibilidade de realizarmos somente
dois encontros com cada grupo.
Enfrentada essa dificuldade inicial, organizamos os roteiros para os encontros (ver anexo
II). Os temas que procuramos abordar nos encontros foram Culturas, Políticas e Práticas
de Inclusão.
Procedimentos de Análise
Para organizar e analisar os dados colhidos, tomamos como base as recomendações de
Gomes (2001), Rizzini (1999) e Bardin (1977) e utilizamos a técnica conhecida como
Análise de Conteúdo, “uma técnica de investigação que tem por objetivo ir além da
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compreensão imediata e espontânea, ou seja, ela teria como função básica a observação
mais atenta dos significados de um texto” (Rizzini, 1999, p. 91).
A fase de análise teve por finalidades: (1) estabelecer uma compreensão dos dados
coletados; (2) confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou responder às questões
formuladas e (3) ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado, articulando ao
contexto cultural da qual faz parte (Minayo, 1992).
Apresentação e Discussão dos Resultados
Ementas
Com o intuito de verificar que discussões estão previstas, direta ou indiretamente, no
currículo vigente, no ano de 2004, do curso de formação de professores da FE/UFRJ,
acerca da temática Educação Inclusiva, foram analisadas 112 ementas das disciplinas
oferecidas nas Licenciaturas e Pedagogia da referida Universidade. Dentre as 73
ementas dos cursos de Licenciatura 6 são comuns a todos os cursos e 67 específicas às
didáticas e práticas de ensino das respectivas cadeiras de formação7. No curso de
Pedagogia, foram analisadas 39 ementas, sendo que 30 correspondem ao tronco comum
e 9 são referentes às práticas de ensino das habilitações oferecidas pela FE/UFRJ8.
Utilizamos a técnica da análise de conteúdo (Bardin, 1977) como caminho norteador para
a organização das informações. Após uma leitura geral dos textos contidos nos
documentos, tecemos algumas reflexões sobre o conteúdo que expressavam e os
analisamos à luz da Teoria da Inclusão em Educação, utilizando, como categorias-base,
as três dimensões apresentadas na seção anterior deste relatório: a dimensão da criação
de culturas inclusivas; a dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e a
dimensão de orquestração das práticas de inclusão. As palavras/expressões/frases foram
destacadas e agrupadas com base em alguns critérios:
7 A FE/UFRJ oferece 14 cursos de licenciatura: Biologia, Ciências Sociais, Educação Física, Enfermagem, Educação Artística, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Música, Psicologia, Pedagogia e Química. 8 O curso de Pedagogia oferece três habilitações: Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio, Magistério da Educação Infantil e Magistério das Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
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(1) As referidas dimensões encontram-se, na Teoria da Inclusão, simbolizadas
sob a forma de um triângulo eqüilátero, numa relação de reciprocidade e
complementaridade. Não há, portanto, hierarquia ou ordem de importância;
(2) Na dimensão da criação de culturas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre valores, identidade,
diversidade e a construção de uma comunidade inclusiva apoiada nestes valores,
favorecendo a compreensão e o respeito às diferenças, bem como a minimização da
discriminação;
(3) Na dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre o pensar a inclusão,
lembrando que este pensar envolve fazer perguntas, tomar decisões e planejar ações
que favoreçam o aumento da aprendizagem e da participação de todos os estudantes e,
(4) Na dimensão de orquestração das práticas de inclusão foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre o fazer a inclusão e a de que
maneira a orquestração da aprendizagem é apresentada no currículo de formação de
professores.
No processo de análise das ementas dos cursos de licenciatura foram destacadas 241
palavras/expressões/frases, dentre as quais 7,05% se referem à dimensão da criação de
culturas inclusivas; 40,24% à dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e
52,69% à dimensão de orquestração das práticas de inclusão. Já no curso de Pedagogia,
foram destacadas 74 palavras/expressões/frases: 27,02% se referem à dimensão da
criação de culturas inclusivas; 47,29% à dimensão do desenvolvimento de políticas
inclusivas e 25,67% à dimensão de orquestração das práticas de inclusão. Estas
informações podem ser visualizadas na tabela a seguir:
Tabela 1 O Contexto Geral da Análise
Categorias Licenciaturas PedagogiaFreq. Abs.
Freq. Rel.
Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão da criação de culturas inclusivas 17 7% 20 27%Dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas
97 40,3% 35 47,3%
Dimensão de orquestração das práticas de inclusão
127 52,7% 19 25,7%
Total 241 100% 74 100%
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Em nenhuma das 112 ementas aparece, explicitamente, a palavra inclusão ou a
expressão inclusão em educação, embora as discussões previstas apresentem, algumas
direta, outras indiretamente, um potencial significativo para a formação de professores
orientados inclusivamente. A esse respeito, podemos acrescentar que a versão curricular
analisada data de 1992, época em que tais questões ainda não haviam sido
problematizadas de maneira sistemática na literatura científica brasileira.
Tal problematização acontece a partir de 1993, aproximadamente, quando se iniciou a
divulgação oficial da Declaração Mundial sobre Educação para Todos, promulgada
durante a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, ocorrida em Jomtiem,
Tailândia, 1990. Mesmo assim, o texto justificativo da versão curricular em análise
apresenta, em diversos momentos, preocupações notadamente “inclusivas”, motivo pelo
qual decidimo-nos pela análise da proposta curricular que tal texto fundamenta.
Destacamos, na análise das ementas de ambos os cursos, como conteúdos ligados à
dimensão da criação de culturas inclusivas, aqueles que se referem à busca de sentidos
da educação, ao cotidiano pedagógico e ao Homem: seu desenvolvimento e
aprendizagem. Entendemos que a criação de uma cultura de inclusão no processo
educativo passa pelo conhecimento e discussão dos sentidos atribuídos à educação
pelos diferentes atores que contracenam no palco educativo.
Da mesma maneira, destacamos, em ambos os cursos, como conteúdos ligados à
dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas aqueles que se referem à
problematização da educação, ao planejamento e aos conteúdos propriamente ditos.
Entendemos que o desenvolvimento de uma política de inclusão no processo educativo
passa pela capacidade de problematização de situações e respectivo planejamento do
cotidiano educacional com vistas à busca de soluções às problematizações efetuadas,
que por sua vez devem refletir-se, entre outros aspectos, na organização dos conteúdos
curriculares e na própria concepção de currículo adotada pela instituição.
Por fim, destacamos, em ambos os cursos, como conteúdos ligados à dimensão da
orquestração de práticas inclusivas aqueles que se referem à prática docente, aos
métodos, metodologias e procedimentos e à avaliação. Entendemos que a orquestração
de práticas de inclusão no processo educativo passa pela análise da prática docente
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como um todo, em seus aspectos didáticos e atitudinais, bem como pelas diferentes
concepções acerca da avaliação do processo ensino-aprendizagem.
Passemos, agora, à exposição dos dados obtidos em cada curso separadamente: o de
Licenciaturas e o de Pedagogia, bem como as palavras e expressões particulares que
caracterizaram as respostas de cada ementa em relação a cada categoria.
AS LICENCIATURAS
Na categoria das Culturas, obtivemos, na análise das ementas das Licenciaturas,
distribuidamente, conteúdos referentes às três sub-categorias: Busca de Sentidos da
Educação, Cotidiano Pedagógico e O Homem: seu desenvolvimento e aprendizagem.
Nas três sub-categorias encontramos palavras e expressões que traduzem sintonia com
uma proposta inclusiva de educação, como por exemplo: Educação brasileira: visão
histórica, relação entre sociedade global e educação; Matrizes da educação
contemporânea: poder, disciplina e autoridade; Estudo da Dinâmica do Processo
Educativo; e ainda Fatores Fisiológicos, Cognitivos, Motivacionais e Sociais da
Aprendizagem.
Tais conteúdos, entre outros, ainda que não contemplem a inclusão em sua totalidade,
têm bom potencial de colaboração para a construção de valores inclusivos, na medida
em que podem trazer para o centro da discussão a forma pela qual se constroem
histórica e culturalmente os velhos paradigmas educacionais e as práticas pedagógicas
excludentes. A tabela abaixo permite uma melhor visualização das categorias e sub-
categorias:
Tabela 2 A dimensão da criação de culturas inclusivas (Licenciaturas)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão da Criação de Culturas
Inclusivas
Busca de Sentidos da Educação 06 35,3%Cotidiano Pedagógico 06 35,3%O Homem: seu desenvolvimento e aprendizagem
05 29,4%
Total 17 100%
Na categoria das Políticas, obtivemos, nas ementas das Licenciaturas, palavras e
expressões que denotam a preocupação com a avaliação do ensino, com a relação entre
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educação, cidadania e trabalho, bem como com uma análise sociológica e filosófica dos
problemas da educação brasileira em suas diferentes nuances.
Cremos que tais conteúdos, que podem ser vistos na próxima tabela, podem ser usados
como base para o desenvolvimento de políticas inclusivas porque centralizam o foco de
análise nas formas pelas quais se fomenta, política e socialmente, concepções acríticas
de educação. Isto porque pensamos que quando se contempla, desde a ementa, o
potencial problemático de cada aspecto fundante do sujeito como cidadão, estamos com
um passo dado no sentido da inclusão – pelo menos, teoricamente.
Tabela 3 A dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas (Licenciaturas)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão do Desenvolvimento
de Políticas Inclusivas
Problematização da educação 33 34%Planejamento 37 38,1%Conteúdos 27 27,9%Total 97 100%
Entretanto, conforme dissemos ao apresentar o quadro geral, o conteúdo das ementas
das Licenciaturas aponta para uma predominância na discussão a respeito dos aspectos
ligados à dimensão das Práticas, perfazendo mais de 50% das
palavras/expressões/frases contidas nestes documentos. Nesta categoria percebemos
que, nas ementas das Licenciaturas, as palavras e expressões mais freqüentes denotam
a preocupação com aspectos procedimentais e avaliativos, entrevendo um interesse
particular pelas técnicas através das quais melhor se poderia, talvez, “controlar” uma sala
de aula.
Alguns exemplos estão nas expressões: Métodos e Técnicas de ensino, Princípios
fundamentais da nova metodologia de ensino; Métodos, técnicas e recursos aplicáveis;
Controle, integração e fixação de aprendizagem; e Problemas de manejo de classe. A
tabela a seguir fornece uma idéia da distribuição de conteúdos desta categoria:
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Tabela 4 A dimensão da orquestração de práticas inclusivas (Licenciaturas)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão da Orquestração de
Práticas Inclusivas
Prática docente 65 51,2%Métodos, metodologias, procedimentos
41 32,3%
Avaliação 21 16,5%Total 127 100%
Consideramos que uma preocupação com os aspectos técnicos não seja, em si, um
problema. Pelo contrário, seria mesmo necessário à completude do processo de
formação do educador. O que nos causa espécie é o exagero na preocupação,
predominantemente, com estes aspectos. Questionamo-nos sobre até que ponto esta
concentração em torno da prática não estaria caracterizando a formação de um educador
predominantemente tecnicista, em detrimento de um perfil mais reflexivo, complementar à
formação técnica, que comporia o que consideramos um educador orientado para a
inclusão.
A PEDAGOGIA
Na categoria das Culturas inclusivas, obtivemos, na análise das ementas do Curso de
Pedagogia, conteúdos como Condições de trabalho do corpo docente: possibilidade de
aperfeiçoamento, índices de rotatividade e relações com a equipe técnica e Relação da
escola com o sistema de ensino e com a comunidade. A tabela abaixo permite uma
melhor visualização das respostas:
Tabela 5 Dimensão da criação de culturas inclusivas (Pedagogia)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão da Criação de Culturas
Inclusivas
Busca de Sentidos da Educação 05 25%Cotidiano Pedagógico 11 55%
O Homem: seu desenvolvimento e aprendizagem
04 20%
Total 20 100%
Tais conteúdos, entre outros, parecem manifestar a preocupação com a construção de
valores inclusivos, na medida em que situam o cerne das questões em termos de
aspectos do cotidiano pedagógico, essencial à implementação de qualquer proposta de
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cunho democrático. Particularmente, porque o educador é o “executor” por excelência da
inclusão em educação.
Por sua vez, na categoria das Políticas de inclusão, a mais numerosa em termos de
freqüência de ocorrências, obtivemos, na análise das ementas da Pedagogia, conteúdos
bastante variados, tanto relativos à Problematização da Educação quanto a Conteúdos
propriamente ditos. Quanto à sub-categoria Problematização, boa parte das ementas
sugere a presença de preocupações inclusivas, dado que apresentam
palavras/expressões/frases como A noção de totalidade: a interdisciplinaridade, Reflexão
sobre a educação como problema filosófico. A ideologia, A organização, administração e
o funcionamento da educação no Brasil: igualdades de condições para acesso e
permanência, liberdade e pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, gratuidade e
obrigatoriedade, ou ainda Análise da evolução histórica da concepção e discussão de
questões atuais no campo como: currículo e conhecimento; currículo e ideologia;
currículo, reprodução e resistência; currículo e trabalho. Todas estas expressões são
comumente encontradas na literatura sobre Inclusão, da maneira como a trabalhamos na
presente pesquisa.
Quanto à sub-categoria Conteúdos, esta nos pareceu, em contraposição aos vistos até o
momento, a que contém aspectos menos ligados a preocupações inclusivas, dado que
refletem questões bem mais pontuais e técnicas, por assim dizer, do que da ordem do
questionamento. Suas palavras/expressões/frases resumem-se basicamente a dois tipos:
Creches, pré-escola, ensino fundamental e ensino médio: atendimento e conteúdos
mínimos para a formação básica, exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
com apenas uma ocorrência, e Conteúdos [e metodologia do processo de alfabetização e
do ensino], com doze ocorrências. A tabela 6 permite uma melhor visualização das
categorias e sub-categorias:
Tabela 6 A dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas (Pedagogia)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão do Desenvolvimento
de Políticas Inclusivas
Problematização da educação 17 48,6%Planejamento 05 14,3%Conteúdos 13 37,1%Total 35 100%
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Por fim, no tocante à categoria Práticas de inclusão, observamos que todas as
ocorrências se deram em função da temática de aspectos procedimentais, com algum
destaque para preocupações relativas à Iniciação à Metodologia Científica, à Metodologia
do Ensino e à da Prática Pedagógica. Aqui identificamos outra categoria com pouco
conteúdo “inclusivo”.
Esperávamos que, no tocante à Prática, houvesse ementas de referenciais mais
inclusivos. Verificamos, entretanto, uma predominância do “como fazer”, pura e
simplesmente, o que ficou claro em palavras e expressões do tipo: Metodologia do
processo de alfabetização e do ensino, Metodologia do ensino, Metodologia da prática
pedagógica, e Utilização de diferentes instrumentos e procedimentos de coleta de dados:
entrevistas, questionários e observações. Elaboração de relatórios. Ainda que a
discussão sobre “como fazer” seja importante e pertinente ao campo das práticas,
pensamos que este aspecto apenas não a esgota. É importante haver uma relação entre
o “como fazer” e o “porque fazer”.
Estes aspectos mais “pragmáticos” parecem apontar para uma formação de especialistas
e, de certa forma, restrita às habilitações oferecidas, no sentido do futuro aluno, ao final
do curso, estar “pronto” para ação docente em um determinado segmento da Educação
Básica – Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio, Magistério da
Educação Infantil e Magistério das Séries Iniciais do Ensino Fundamental –, em
detrimento de uma formação mais ampla, que contemple aspectos ligados a um processo
de construção crítica e reflexiva da e na prática pedagógica.
Desta forma, entendemos que o fazer, refletido, e o porque fazer, comprometido, quando
juntos durante a formação docente podem contribuir significativamente para a construção
de práticas pedagógicas mais inclusivas. A tabela abaixo permite uma melhor
visualização das categorias e sub-categorias:
Tabela 7 A dimensão de orquestração das práticas de inclusão (Pedagogia)
Categoria Sub-categoria Freq. Abs.
Freq. Rel.
Dimensão da Orquestração de
Práticas Inclusivas
Prática docente - -Métodos, metodologias, procedimentos 19 100%Avaliação - -Total 19 100%
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A quarta questão perguntava o Bairro, a Cidade e o Estado onde os estudantes
moravam, bem como o número do telefone fixo, do celular e o e-mail destes.
Os 1007 respondentes pertencem ao estado do Rio de Janeiro e a 27 cidades diferentes,
dos quais 76,55% moram na cidade do Rio de Janeiro, fato relevante, pois morar e
estudar na mesma cidade permite melhor adaptação de vida, apesar de não ser este o
único fator decisivo à entrada e permanência na universidade. Até porque, em uma cidade
com o tamanho do Rio de Janeiro, suas peculiaridades (trânsito, violência) podem
representar um período de tempo muito maior para seu estudante chegar às instalações
da universidade do que muitos estudantes de cidades do interior do país. Estes, muitas
vezes viajam de um município para o outro (distâncias muitos menores ou a mesma
distância percorrida em bem menos tempo) para conseguirem estudar.
Cerca de 20% de nossa amostra distribuem-se por outras cidades (merecendo destaque
algumas cidades da baixada fluminense como Nova Iguaçu, Queimados, Belford Roxo,
Mesquita e Nilópolis, algumas cidades da região serrana como Petrópolis, Nova Friburgo,
Teresópolis e também a região de Niterói e São Gonçalo), e 3,61% dos alunos (36) não
responderam à questão. O gráfico 3 mostra estes dados.
Ao observarmos estes percentuais podemos questionar a dificuldade de acesso dos
estudantes de outras cidades, que dependem não só do preparo para o concurso do
vestibular como também de ter uma condição financeira que permita seu estabelecimento
em outra cidade. Tais aspectos, por si mesmos, podem constituir importantes fontes de
exclusão.
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TERESÓPOLIS
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SEROPÉDICA
SAQUAREMA
SÃO JOÃO DE MERITI
SÃO GONÇALO
RIO DE JANEIRO
RIO BONITO
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QUEIMADOS
PETRÓPOLIS
PARACAMBI
NOVA FRIBURGO
NITERÓI
NILÓPOLIS
MESQUITA
MARICÁ
MANGARATIBA
MAGÉ
ITAPERUNA
ITAGUAÍ
ITABORAÍ
GUAPIMIRIM
DUQUE DE CAXIAS
BELFORD ROXO
BARRA MANSAFonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 922 alunos)
A quinta questão perguntava sobre o estado civil dos respondentes, e teve os seguintes
resultados: dos 1007 alunos respondentes, 2,88% (29) não responderam a questão,
84,51% (851) declaram-se solteiros, 10,63% (107) casados, 1,09% (11) separados, 0,50%
(5) divorciados e 0,40% (4) marcaram a opção outros. A maioria dos respondentes,
84,51% dos respondentes é de solteiros, conforme ilustra o gráfico abaixo:
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LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
Endereço: Av. Pasteur, 250 – Anexo da Faculdade de Educação, sala A109, Praia Vermelha, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 22290-240
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Solteiro(a) Casado(a) Separado(a) Divorciado(a) Outro BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 4 Alunos FE/UFRJ segundo o estado civil
A sexta pergunta indagava se os alunos respondentes tinham filhos. Dos 1007
respondentes, 89,77% (904) não têm filhos e 6,95% (70) têm.
Se contarmos que a maioria de nossos respondentes é de mulheres e encontra-se na
faixa etária entre 21 e 30 anos, conforme dados vistos nas questões anteriores, podemos
nos perguntar se, de fato, possuir maior instrução, evita o crescimento da natalidade de
modo desordenado. Pelos dados aqui apresentados, parece que sim.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suuficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e ins
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43
A nona pergunta tinha como objetivo identificar os cursos dos alunos respondentes. Os
resultados obtidos foram uma maioria considerável de alunos do Curso de Educação
Física (Gráfico 8).
Juntando os dados desta questão com os da questão anterior, percebe-se que, quando se
reúne os alunos por Centro, o de Letras e Artes possui população maior, porque
congrega, sozinho, cerca de 19 diferentes cursos. Quando se analisa, entretanto, cada
curso em separado, o centro que mais se apresenta numeroso quanto a número de alunos
por cursos isoladamente é o de Ciências da Saúde (CCS).
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Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 8 Alunos FE/UFRJ segundo o curso de origem - 2005
Esse dado pode ser retratado diretamente na nossa realidade, pois ao fazermos uma
análise da formação dos membros do LaPEADE, uma parcela representativa vem do
curso de Educação Física que se encontra no Centro de Ciências da Saúde (CCS).
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
44
A décima pergunta indagava o DRE (número de identificação do aluno na UFRJ) de cada
aluno, que não será divulgado visto que os dados pessoais de identificação dos alunos
são de caráter estritamente confidenciais.
A décima primeira questão perguntava o ano de ingresso na UFRJ. As respostas
permitiram observar que os alunos que freqüentam a FE/UFRJ ingressaram na UFRJ no
período de 1973/1 a 2004/1. Este longo período de tempo pode indicar reingresso na
Universidade para fazer outro curso. De todo modo, 91% deles ingressaram entre o
segundo semestre de 1999 e o primeiro de 2002.
A décima segunda pergunta indagava o ano de ingresso dos respondentes na FE/UFRJ.
Os dados obtidos na pesquisa mostram que atualmente na FE/UFRJ existem alunos que
ingressaram desde 1995/2 a 2005/1, uma variação de quase dez anos, refletindo,
salvaguardadas as devidas proporções, o quadro geral de entrada na UFRJ (questão 11).
De todo modo, 75,17% dos pesquisados ingressaram na FE/UFRJ no período de 2004/1 a
2005/1. Os estudantes que ingressaram de 1995/2 a 2003/2 somam 15,3%.
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Gráfico 9 Ano de ingresso na FE/UFRJ
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LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
45
A décima terceira pergunta queria saber quais disciplinas foram cursadas pelos alunos.
Nove foram as opções de respostas (nove diferentes disciplinas), que foram apontadas
2103 vezes por 711 respondentes (296 deixaram a resposta em branco).
Das disciplinas marcadas, 21,63% (519 em 2103) referiram-se a Didática Geral; 9,92%
(238 em 2103) a Fundamentos Filosóficos da Educação; 7,54% (181 em 2103) a Estrutura
e Funcionamento do Ensino; 21,43% (514 em 2103) a Psicologia da Educação I; 8,00%
(192 em 2103) a Psicologia da Educação II; 13,34% (320 em 2103) a Sociologia da
Educação; 2,38% (57 em 2103) a Prática de Ensino; 2,33% (56 em 2103) a Didática
Especial I; e 1,08% (26 em 2103) a Didática Especial II.
Estas respostas condizem com o que se esperaria de uma amostra que ingressou
majoritariamente entre 2004/1 e 2005/1, conforme visto na pergunta anterior, já que o
currículo à época supunha a complementação pedagógica em três períodos, com cerca de
três disciplinas a serem cursadas em cada, para as Licenciaturas.
Assim, obtivemos uma maioria de referências para as disciplinas mais iniciais da formação
pedagógica (Didática Geral, Psicologia da Educação I e Sociologia da Educação).
Os que não responderam explica-se pelo fato de comporem a parcela de estudantes que
ainda estavam no primeiro ano da Faculdade de Educação, e provavelmente com algum
atraso em sua formação pedagógica.
A décima quarta pergunta indagava se os alunos possuíam computador em casa. As
respostas foram as seguintes: 86% (866) dos alunos responderam que têm computador
em casa; 12,12% (122) responderam que não e 1,89% (19) não responderam.
A décima quinta questão questionava sobre a freqüência com que o respondente
acessava a internet. As possibilidades de respostas eram: sempre, que ficou com 51,04%
(514) das respostas; com alguma freqüência, com 28,40% (286); com pouca freqüência, com 14,20% (143); raramente, com 3,87% (39); nunca, com 0,40% (4) e em branco com 2,09% (21) das respostas.
O fato de 86% dos alunos terem computador em casa e 80,04% terem acesso à internet
representa que há facilidade para este grupo obter informações sobre assuntos gerais e
específicos, tendo a tecnologia como ferramenta de estudo, pesquisa e comunicação.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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46
Pode significar, ainda, duas situações: a de que os programas governamentais de
inclusão digital estejam sendo eficazes no que respeita à população estudantil de
universidades públicas, que supostamente deveriam ter menos recursos; ou que, como
muitos autores argumentam e comprovam, a maioria da população estudantil de
universidades públicas não é assim tão desprovida de recursos quanto se imagina.
Seria interessante a comparação destes dados com dados semelhantes coletados em
universidades particulares, para se ver qual hipótese teria maior respaldo no atual
momento de nossa conjuntura.
A décima sexta questão perguntava sobre as condições de moradia dos respondentes,
que teve como resultado: 4,47% (45) dos estudantes declararam morar sozinhos; 72,39%
(729), com os pais; 7,55% (76), na casa de outros familiares; 3,28% (33) no alojamento
estudantil; 1,29% (13), na casa de amigos; 0,70% (7), com companheiro; 7,35% (74), com
marido; 0,20% (2) com pais e marido e 1,99% (20) dos alunos não responderam.
729 respondentes relataram morar com os pais e estes encontram-se na faixa de 18 a 32
anos, sendo que a grande maioria tem 22 anos. Isso pode indicar que a necessidade de
apoio dos pais para jovens adultos ainda é de importância significativa.
Neste caso, a primeira hipótese especulada na pergunta anterior (de que os alunos têm
poucos recursos), pareceria ter maior respaldo.
Por outro lado, sabe-se que apenas a população burguesa pode se dar ao "luxo" de iniciar
a vida de trabalho mais tardiamente, o que daria maior apoio à segunda hipótese, com a
qual tendemos a concordar mais (a de que a maioria dos alunos de universidades públicas
não é tão desprovida de recursos).
Na pergunta 19, o grande percentual da população estudantil que não trabalha,
comparado à que trabalha, como veremos, alimenta ainda mais esta segunda hipótese.
A décima sétima pergunta questionava sobre o deslocamento dos alunos de casa até a
FE/UFRJ. Os resultados encontram-se no gráfico abaixo.
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LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
48
Some-se a este resultado o dado obtido na pergunta 18, que indagava sobre a
quantidade de meios de transporte que os alunos utilizavam para o traslado residência-
universidade.
Os resultados foram os seguintes: 8,74% (88) dos alunos declararam não fazer uso de
qualquer meio de transporte; 36,15% (364) se utilizam de um meio de transporte; 39,13%
(394) de dois; 4,87% (49) de três; 1,29% (13), de quatro; 0,10% (um único aluno) declarou
mais de quatro; e 4,73% (98) dos alunos não responderam.
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Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 11 Número de transportes utilizados para ir até a FE/UFRJ
Os dados acima confirmam com bastante precisão o que discutimos na pergunta anterior,
deixando entrever que o alunado pesquisado, de fato, parece possuir maiores recursos do
que o que se esperaria do papel de uma universidade pública, qual seja, o de atender aos
menos providos, majoritariamente.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
49
Conforme mencionamos anteriormente, esta reflexão fica ainda mais clara com a resposta
da próxima questão, de no. 19, que indagava se o (a) respondente somente estudava ou
se estudava e trabalhava.
Os resultados obtidos foram: 41,71% (420) dos alunos responderam que somente
estudavam; 55,91% (563) declararam que trabalhavam e estudavam e 2,38% (24) dos
alunos não responderam. Nos dias de hoje, possuir um alunado de quase 50% que só
estuda, é luxo.
Conforme vimos discutindo desde a questão 15, fica-nos cada vez mais claro que, pelo
menos no que tange à esta população desta Faculdade, seus alunos têm mais recursos
do que o que se esperaria de uma instituição educacional pública – idealizada para
atender a todos, mas principalmente aos que têm menos condições.
A vigésima pergunta queria saber em que período do dia ele(a) cursava as disciplinas,
caso a resposta da questão anterior tivesse sido “trabalha e estuda”. Aqui lembramos que
o total de respondentes a esta questão foi de 563. Destes, 23,24% (234) declararam
estudar apenas no horário da manhã; 4,37% (44) apenas no horário da tarde; e 19,17%
(193) apenas no horário da noite.
Percebe-se, portanto, uma concentração de disciplinas cursadas nos chamados horários
de “ponta” (manhã e noite), provavelmente para que os alunos possam ter o restante do
horário para compor suas demais atividades.
Os alunos que declararam modificar seus horários de trabalho foram da ordem de 3,48%
(35) e aqueles que optam por disciplinas de acordo com seus horários de trabalho, 6,95%
(70). Os que cursam no horário manhã/tarde, 0,70% (7); manhã/noite, 2,28% (23);
manhã/tarde/noite, 0,50% (5); tarde/noite, 1,59% (16) e 37,74% (380) dos alunos não
responderam.
O que ficou mais patente, entretanto, é que a maioria, 380 respondentes, não quis relatar
como consegue aliar as atividades de trabalho e estudo.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico12 Período do dia em que freqüenta a FE/UFRJ
A vigésima primeira questão indagava sobre a procedência da renda mensal dos
respondentes e dava como opção de respostas: o seu próprio trabalho; os recursos
familiares; os recursos da UFRJ e outro recurso.
Os resultados foram os seguintes: 32,57% (328) dos alunos apontaram que a renda
mensal é proveniente de recursos da família; 30,98% (312) apontaram outras formas de
compor a renda, mas não as especificaram; 21,95% (221) dos alunos apontaram o próprio
trabalho; 11,32% (114) apontaram os recursos da UFRJ e 3,18% (32) dos alunos não
responderam.
Mais de 60%, portanto, responderam que sua renda vem da família ou de outra fonte, o
que nos faz, uma vez mais, refletir sobre as questões trazidas até o momento, referentes à
suposta falta de recursos do alunado desta universidade pública.
A vigésima segunda questão indagava em que faixa de Renda mensal/ valor cada
respondente se encaixava. Os resultados foram os seguintes:
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1,09%
29,29%
47,47%
0,40%
8,74%5,06%
2,09%
5,86%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Abaixo de R$ 200,00 Até R$ 240,00 De R$ 240,00 a R$ 960,00 De R$ 960,00 a R$ 1.200,00
Acima de R$ 1.200,00 Acima de R$ 2.400,00 Outros BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 13 Renda mensal
O gráfico acima mostra que 47,47% dos alunos (478) declararam possuir renda mensal
entre R$ 240,00 e R$ 960,00 e 29,29% (295 alunos), até R$ 240,00. O restante
subdividiu-se entre 8,74% (88 alunos) acima de R$ 1.200,00, 5,06% (51 alunos) acima de
R$ 2.400,00, 2,01% (21 alunos) marcaram a opção “outros”, 1,09% (11 alunos) disseram
ter renda mensal abaixo de R$ 200,00, 0,40% (4 alunos) entre R$ 960,00 e R$ 1.200,00
e 5,86% (59 alunos) deixaram a resposta em branco.
Segundo dados do IBGE de 20069, o rendimento médio mensal dos 10% mais pobres da
família brasileira é de R$ 52,52, e dos 10% mais ricos, de R$ 2.453,99. Na Região
Sudeste é de R$ 80,97 e R$ 2.910,23, respectivamente, cabendo ao Estado do Rio de
Janeiro as respectivas médias: R$ 85,87 e R$ 3.228,06, sendo que as médias de sua
Região Metropolitana (aonde se insere nossa amostra) são de R$ 91,61 e de R$
3.476,94. Verificamos, portanto, que uma boa maioria de nossa amostra encontra-se
muito acima da faixa salarial dos mais pobres. Mesmo que isso não indique uma
condição econômica ideal, necessariamente, permite-nos afirmar, conforme fizemos
anteriormente, que esta população não é desprovida de recursos. 9Síntese de Indicadores Sociais 2006
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A vigésima terceira questão perguntava sobre o acolhimento recebido ao ingressar na
FE/UFRJ: 51,74% (521) dos alunos sentiu-se acolhido na FE/UFRJ, enquanto que 43,79%
(441) dos alunos apontaram o “não” como resposta. Apenas 0,85% (9) dos alunos
responderam mais ou menos e 3,57% (36), não responderam.
Quando compusemos esta pergunta, baseamo-nos no referencial teórico que defende que
instituições educacionais "inclusivas" precisam ser ambientes acolhedores (BOOTH, 1996,
1998, 2000; PERRENOUD, 2000; SANTOS, 2003). Estes percentuais aproximados de
"sim" e de "não" podem estar apontando para a complexidade do tema inclusão quando
se pensa na mesma a partir desta perspectiva. No mínimo, podemos suspeitar de que a
relatividade do conceito "acolhedor" possa estar interferindo nas respostas, o que significa
que talvez devêssemos ter tido preocupação em definir, tal como fizemos com outras
perguntas, o conceito em questão, para que os respondentes partissem da mesma base
quando a respondessem.
De todo modo, não deixou de ser reconfortante saber que, apesar dos sérios problemas já
apontados pela pesquisa e que ainda estão por ser apontados, o acolhimento não parece
ser dos piores.
Curiosamente, a vigésima quarta questão, que indagava ao respondente se percebia
alguma preocupação da FE/UFRJ em atender a diversidade de alunos nela existente,
apresentou uma maioria considerável de respostas negativas, conforme se verá no gráfico
a seguir: 28,7% (289) responderam que sim, 56,11% (565) disseram que não, enquanto
10,92% (110) responderam que somente em alguns aspectos. Além disso, 4,23% (43)
deixaram a questão em branco.
Em função da questão anterior, cuja maioria de respostas foi pelo acolhimento sentido ao
ingressar na FE, seria de se esperar que este acolhimento sentido se refletisse também
nesta questão, através de uma percepção majoritária, por parte dos alunos, de que a FE
mostrasse, de algum modo, preocupação com o atendimento à diversidade de alunos nela
presentes. Mas como se vê, quase 60% dos respondentes disseram que não.
Cremos que esta diferença possa ser atribuída ao fato de que a questão 23 reportava o
estudante ao seu tempo de entrada na FE, ao passo que a questão 24 abriu a
possibilidade para que a reflexão dos mesmos fosse feita com base em um tempo já
decorrido, e não logo no início, quando ingressaram.
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Se assim for, saber que o acolhimento percebido pode ter sido apenas aparente, ou
passageiro, na visão dos respondentes, é sério indicativo de que mais esforços são
necessários, por parte da FE, no tocante a estes aspectos, que em nossa compreensão
estão vinculados à construção de um ambiente cuja cultura seja pró-inclusão.
28,70%(289)
56,11%(565)
4,27%(43)
10,92%(110)
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
SIM NÃO BRANCO ALGUNS ASPECTOS
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 14 Percepção de alguma preocupação por parte da FE/UFRJ em atender a diversidade de alunos que nela existe
Esta negatividade fica bastante acrescida quando exploramos as justificativas dadas na
opção "alguns aspectos". Os 110 respondentes produziram um total de 152 explicações,
das quais 56 (36,85%) podem ser consideradas negativas, 47 (30,12%) mistas e 20
(12,82%) positivas. As 29 (19,07%) restantes não obtiveram clareza suficiente em sua
redação para que pudéssemos chegar a alguma conclusão quanto ao sentido em que se
encaixariam.
A maioria dos depoimentos que consideramos de sentido negativo versaram sobre a falta
de acessibilidade dos estudantes a vários serviços e direitos, refletindo, em suas visões,
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uma profunda desorganização, ou mesmo descaso, da FE para com os alunos e suas
unidades de origem. Alguns exemplos seguem abaixo:
A procura de vagas é maior do que a oferta...
Penso que deveria haver um maior número de turmas e horários (à tarde, por exemplo) para atender à disponibilidade dos alunos (até porque somos de outras Unidades. O Fundão é longe da FE e por isso, às vezes, só podemos começar a vir para a FE após formados).
Pedidos de pesquisa na internet, trabalhos digitados, sendo que nem todos têm PC. Não há acesso de internet na FE. Não há rampas, não há recursos para deficientes em geral.
Há uma profunda falta de integração entre o curso de proveniência e as disciplinas da FE.
Alguns processos são muito lentos, como inscrição; há pouca comunicação com alguns coordenadores; alguns professores têm muita má vontade.
Há um entrave, sobretudo burocrático, para que se possa resolver, às vezes, coisas aparentemente simples.
Seria melhor que a licenciatura fosse feita na unidade de origem do aluno com um programa menos generalizado e mais voltado para o curso do aluno.10
Se a FE se preocupasse com os alunos, mandaria professores para darem aula no campus onde os alunos estudam e não eles terem que se deslocar para cá.
Não observo nenhum tratamento para promover a inclusão a não ser festas políticas que antecipam eleições entre funcionários e poucas bolsas de auxílio.
Outro assunto também presente nas acepções negativas das explicações fornecidas
refere-se a atitudes discriminatórias e maus-tratos, conforme os depoimentos a seguir:
No geral não. Pois existem professores que ainda discriminam determinados estudantes de alguns cursos. (como Educação Física e Belas Artes).
10 A UFRJ possui 5 campi: o principal, localizado na Ilha do Fundão, na Zona Oeste da Cidade, e de onde provêm a maioria dos estudantes; o da Praia vermelha, localizado na Zona Sul da Cidade, e onde fica a FE; e os do Largo de São Francisco, do Museu Arqueológico e da escola de Música, localizados no centro da Cidade, de onde também provêm boa parcela de nosso alunado.
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Há uma série de reclamações por parte dos alunos da Ed. Física quanto a discriminação de certos professores em relação aos alunos da Escola de Ed. Física e Desporto.
Por sua vez, os depoimentos representativos de sentidos que consideramos positivos
centraram-se predominantemente em dois temas: Horários, considerados disponíveis e
diversificados (com 7 ocorrências, das 19) e esforços dos professores (com 5 ocorrências,
dentre as 19). Algumas falas representativas destes temas seguem abaixo:
A diversidade de horários de aula ajuda muito.
Talvez pela grande oferta de horários de diferentes disciplinas, possibilitando ao aluno realizar suas atividades sem prejuízo.
Na questão dos diversos horários e dias de aula p/ determinadas disciplinas.
Os professores procuram saber o curso de origem para poder aplicar suas aulas.
Principalmente pela compreensão dos professores a pequenos atrasos de alunos que moram longe.
Os professores procuram se adequar a estas diferenças.
Por fim, os depoimentos que consideramos possuírem teor misto assim foram
considerados por possuírem argumentos a favor e contra, ao mesmo tempo, sobre o
atendimento à diversidade. Eis alguns exemplos:
Depende muito dos funcionários que nos atendem. Uns são extremamente preocupados enquanto outros agem com muita má-vontade.
Percepção de que alguns funcionários se mostram interessados na resolução de problemas, mas não estão totalmente informados sobre os procedimentos da universidade.
Percebo que a Faculdade de Educação tem preocupação em pensar nos seus cursos, se os alunos estão à vontade, porém o atendimento na secretaria e as turmas lotadas com alunos de diferentes cursos ainda me incomodam.
Me parece que não é feita nenhuma restrição à esta diversidade, mas também não há nada específico feito em relação a ela.
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Percebo esta preocupação por parte dos professores somente. O acesso aos departamentos é muito difícil. Não há informações visíveis [sobre] onde se localizam.
São oferecidos vários horários para as disciplinas, mas poderia haver mais opções de disciplinas da Educação em outros campi, como no Fundão.
O discurso é adaptado à diversidade, mas não percebi se aproveita as singularidades dos alunos.
Nas aulas, por exemplo, porém, na Secretaria não ocorre a prática.
O ambiente físico é muito bom, e os professores são bons também. Agora, a parte administrativa é péssima.
A vigésima quinta pergunta foi a respeito do conceito de inclusão e/ou educação
inclusiva ter sido trabalhado ou não no curso de formação de professores da FE/UFRJ.
Como opções para resposta apresentamos: foi trabalhado em consonância com o
conceito de inclusão dado no próprio questionário, foi trabalhado somente relacionado à
Educação Especial ou não foi trabalhado.
Os resultados foram os seguintes: 50,82% (498) disseram que sim de acordo com o
conceito dado de inclusão, 5,41% (53) responderam que sim, mas restrito à Educação
Especial, 30,31% (297) responderam que o conceito não foi trabalhado, 13,47% (132)
deixaram partes da questão em branco e finalmente 29,49% (27) não responderam a
questão.
Para as respostas afirmativas, solicitamos, ainda, que os respondentes identificassem em
que matérias tal conceito havia sido trabalhado. Na tabela abaixo, podemos visualizar
estes dados:
Tabela 8 Respostas sobre se o conceito de inclusão foi trabalhado: conforme a descrição dada; no sentido de educação especial; e não foi trabalhado.
CF DESCRIÇÃO
CF ED. ESP.
NÃO TRAB.
BRANCO
TOTAL
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % 498 50,82% 53 5,41% 297 30,31% 132 13,47% 980 100,00%498 50,82% 53 5,41% 297 30,31% 132 13,47% 980 100,00%
N=980 porque 27 sujeitos não responderam à esta questão
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Das 498 respostas que afirmaram terem trabalhado o conceito de inclusão conforme a
descrição do questionário, a maioria afirmou que tal aconteceu na disciplina Didática Geral
(335, ou 67,26%), seguida de Psicologia da Educação (181, ou 36,34%), Sociologia da
Educação (137, ou 27,51%), Filosofia da Educação (104, ou 20,88%) e Estrutura e
Funcionamento do Ensino (47, ou 9,43%). Outras disciplinas citadas, mas que tiveram
ocorrências pequenas (menos de 11, ou 2,2%) foram: História da Educação, Prática de
Ensino, Didática Especial e Estudo da Realidade Educacional.
Das 53 respostas que afirmaram terem trabalhado o conceito de inclusão conforme o
sentido dado a Educação Especial, a maioria afirmou que tal ocorreu nas seguintes
disciplinas, por ordem decrescente de ocorrências: Psicologia da Educação (25, ou
47,16%), Didática Geral (18, ou 33,96%), Estrutura e Funcionamento de Ensino (6, ou
11,32%). As disciplinas restantes não obtiveram percentual mínimo de 10% e são elas:
Sociologia da Educação, Filosofia da Educação, Estudo da Realidade Educacional,
Cotidiano da Escola, Fundamentos da Educação Especial e Didática Especial.
Estes resultados apontam para um quadro polarizado, com os maiores percentuais ora
afirmando ser o conceito tratado dentro de uma perspectiva que ultrapassa a visão
puramente associada a deficiências, ora não ser tratada de modo algum. Do primeiro
caso, destacamos que as disciplinas Didática Geral e Psicologia da Educação parecem
ser as que mais se preocupam com a questão, pois aparecem com os maiores
percentuais tanto nas respostas dos que afirmaram serem trabalhadas conforme a
definição que demos no questionário, quanto dentre os que disseram terem sido somente
no sentido atribuído pela Educação Especial.
O fato de 297 (30,31%) sujeitos terem afirmado que o conceito de inclusão não é
trabalhado de modo algum nos causa certa surpresa, pois que os dados foram coletados
em 2005, quinze anos após o lançamento da Declaração Mundial sobre Educação para
Todos, que afirmou oficialmente o movimento pela inclusão no mundo.
A vigésima sexta indagava se o respondente concordava com a definição de inclusão
e/ou educação inclusiva proposta na questão anterior, a saber:
Santos (1995) argumenta que “no contexto brasileiro, no nível do senso comum, a inclusão ainda costuma ser, a despeito de esforços governamentais e não governamentais, e de pesquisadores no assunto, associada, apenas, a deficiências, ou, ainda, confundida com o movimento pela integração de deficientes (...) falar em inclusão em
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educação implica também em avaliar os aspectos que constituem barreiras para que o processo ensino-aprendizagem transcorra sem riscos de exclusões, em todos os níveis de ensino” (p.78-91). Neste sentido, a Educação Inclusiva atua num contexto mais amplo e “refere-se à redução de todas as pressões pela exclusão, e de todas as desvalorizações que os alunos sofrem, seja com base em deficiências, rendimento, religião, etnia, gênero, classe, estrutura familiar, estilo de vida ou sexualidade” (Booth, T.; Ainscow. M. & Dyson, 1997, p.337-355).
Dentre os 1007 alunos que responderam às referidas questões, 901 (89, 47%) disseram
concordar com o conceito proposto e anteriormente descrito. Somente 46 (4,57%)
discentes revelaram não concordar e 60 (5,96%) deles não responderam:
89,47%
4,57% 5,96%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
SIM NÃO BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 15 Concordância/Discordância com a definição de inclusão
As questões 27 e 28 solicitavam aos respondentes que justificassem sua concordância
ou discordância, respectivamente. Os 901 alunos que concordaram originaram 826
justificativas. Dos 46 que não concordaram, obtivemos 32 justificativas.
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Tanto as justificativas de concordância quanto as de discordância foram, por sua vez,
categorizadas de acordo com nosso referencial teórico de inclusão, ou seja, segundo os
conceitos de culturas, políticas e práticas (respectivamente: "C", "P" e "Pr").
(a) Na dimensão da criação de culturas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem a crenças, percepções e à discussão sobre
valores, identidade, diversidade bem como à construção de uma comunidade inclusiva
apoiada nestes valores, favorecendo a compreensão e o respeito às diferenças, bem
como a minimização da discriminação;
(b) Na dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre o pensar a inclusão,
lembrando que este pensar envolve fazer perguntas, tomar decisões e planejar ações,
formular e implementar políticas (públicas ou institucionais) que favoreçam o aumento da
aprendizagem e da participação de todos os estudantes e,
(c) Na dimensão de orquestração das práticas de inclusão foram agrupadas palavras/expressões/frases que remetem à discussão sobre participação social e o fazer
da inclusão cotidianamente, bem como a de que maneira a orquestração da
aprendizagem é apresentada no currículo de formação de professores.
Criamos, ainda, a categoria "não respondida (NR)", para aquelas respostas que não se
encaixavam em nossa classificação, bem como as categorias “SIM", e “LIM”,
respectivamente relativas a respostas que concordavam por concordar e que centraram-
se nas deficiências. Vale dizer, entretanto, que estas foram em número muito pequeno
(cerca de apenas 5%), motivo pelo qual optamos por não explorá-la neste relatório.
Das justificativas de concordância, as que obtiveram maiores ocorrências foram, em
ordem decrescente: Culturas (C), com cerca de 43% das justificativas; Práticas (Pr), com
aproximadamente 14%, Não Respondido (NR), com cerca de 24% e Políticas (P), com
cerca de 8% das respostas. A seguir, alguns exemplos de respostas categorizadas como
da dimensão das Culturas de inclusão:
Sou a favor do respeito às diferenças na sociedade, sou contra a exclusão de alguém por ela não se encaixar em algum modelo de pré-estabelecido do que seria "certo".
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Porque todos devem ter a oportunidade de escolher seus caminhos, e para que esta escolha seja justa, o acesso à educação, lazer, entre outros, deve ser universal.
Porque a inclusão educacional permite que as pessoas adquiram mais conhecimento, e com este, "alcançar" pessoas com tais conhecimentos e/ou outros, com o intuito de se produzir "trocas intelectuais" importantes para o próprio desenvolvimento e para o amadurecimento da cultura de cada grupo social, permitindo uma maior interação sem preconceitos, com uma maior tolerância, respeito, e, se não há aceitação do que é diferente, pelo menos há melhor compreensão disto.
Alguns exemplos da dimensão das Práticas seguem abaixo: Conheço pouco sobre o assunto, mas concordo que não é uma simples inclusão de pessoas deficientes no mundo, que lhes é privado. É algo mais amplo, tem a ver com a participação plena das pessoas na construção de nossa sociedade.
Porque a inclusão deve ter a participação máxima de qualquer pessoa, com seus direitos e deveres de cidadão.
Porque como o próprio autor relata, a inclusão não se restringe a um determinado grupo, e sim a tudo que se faz em relação à participação dos cidadãos em qualquer área da sociedade em que vivem.
E, finalmente, alguns exemplos de falas relativas à dimensão das Políticas:
Todos, independente de raça, cor, dificuldade, temos o direito ao acesso igualitário a todas as esferas de convívio social e cultural.
Todos têm direito a exercer a cidadania e o Estado da União tem o dever de proporcionar os recursos financeiros, humanos e estruturais.
O indivíduo, sendo um cidadão, tem direito de participar, optar e escolher suas atividades e seus caminhos sendo este ato assegurado e validado pela Constituição Federal.
Quanto às discordâncias, 5 respondentes usaram o espaço para registrar suas idéias
acerca da não concordância com a definição de inclusão fornecida, mas suas respostas
foram categorizadas como nulas por não expressarem justificativas ao que foi
questionado, conforme exemplificado abaixo:
Não ficou claro a que tipo de sociedade o autor propõe essa inclusão.
Estou cursando minha primeira disciplina.
Tirando estes casos, as demais respostas foram classificadas, conforme explicado
anteriormente, dentro de nosso referencial teórico. Assim, alguns exemplos de
justificativas categorizadas dentro da dimensão das Culturas são:
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Inclusão também engloba fazer com que uma pessoa compreenda o que ela tem direito, ou qualquer outra coisa. Não é somente estar dentro de um contexto ou situação e sim entender a problemática.
Por que de fato faz parte das necessidades atuais principalmente para aqueles que acreditam no processo, mas o que se vê dentro da sociedade é que a classe mais necessitada não tem interesse pelo assunto.
Acho que é muito mais ampla (...). A educação inclusiva tem que estar ligada ao cidadão desde seu nascimento e devemos nos preocupar muito com as pessoas que estão nesta faculdade (FE/UFRJ) porque já vêm de uma situação complicada fazendo com que o conhecimento que passam para os alunos, principalmente, e para as pessoas com que convivem diariamente já seja cheio de preconceitos enraizados de tal forma que deviam ser tratados individualmente.
Alguns exemplos de falas extraídas para compor a dimensão das Políticas são:
Considero excessiva demagogia considerar que há uma forma autônoma de questões como conjuntura, política, historicidade, etc. de considerar e/ou avaliar a inclusão.
Porque a diferença social, a desigualdade, mesmo com esta inclusão não serão superadas tão facilmente.
É ideológico. Não parece ter um conceito de pessoa básico por trás que possa fundamentá-lo. Antes parece querer criar uma "verdade" politicamente correta para provocar adesão ideológica inquestionável, porque quem seria contra algo "bom" como a inclusão conforme a visão de quem em favor de que interesses.
E, por fim, alguns exemplos de justificativas de discordâncias inseridas na dimensão das
Práticas são:
Entendo o que os professores e intelectuais que defendem a "inclusão" querem dizer, no sentido de tornar o sujeito participativo nos espaços sociais. Porém acho o conceito muito limitado, pois estamos muito bem "inseridos" em outros aspectos: a diferença, as desigualdades não são exceção do sistema, não acredito que sejam resolvidos a partir da idéia de civilidade...
O conceito de inclusão é demasiado amplo. Se por um lado é de fato importante que o cidadão participe das áreas da sociedade a que ele tem direito é impossível garantir que ele participe de todas estas áreas, além de levar a um descontentamento educacional.
Apenas discordo de que este processo seja de fato democrático e não acredito que seja algo pelo qual se deva lutar, ao contrário a própria inserção deveria se uma ocorrência do meio social.
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Na questão 29, solicitava-se aos participantes que listassem palavras que lembrassem
inclusão na FE/UFRJ, de acordo com observações, percepções, experiências, situações,
etc., vividas por ele naquele espaço.
Dos 1007 participantes, 750 responderam a esta questão. O respondente podia listar até 6
palavras e 750 participantes atenderam a nossa solicitação. Foram evocadas 2722
palavras, totalizando, em média, 3,6 palavras por respondente.
Para efeitos desta análise, consideramos apenas aquelas que tiveram uma freqüência de
evocação igual ou maior que 20, totalizando 39 termos/expressões evocados 968 vezes.
Os dados foram organizados com o auxílio da técnica de análise do conteúdo (Bardin,
1977), de acordo com as seguintes etapas:
(1) agrupamento das palavras em ordem alfabética e leitura flutuante das mesmas, a fim
de obter uma visão geral do conteúdo apresentado;
2) escolha das unidades de contexto;
(3) agrupamento das palavras de acordo com o conteúdo comum apresentado, em termos
de enunciação. Nesta última etapa, as palavras apresentadas foram comparadas entre si,
no sentido de verificar aquelas que se aproximavam ou se afastavam do conteúdo
abordado.
As categorias utilizadas para organizar as palavras foram eleitas, tal como nas questões
anteriores, a partir do referencial teórico que embasa a pesquisa: a dimensão da criação
de culturas inclusivas; a dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e a
dimensão de orquestração das práticas de inclusão.
As palavras/expressões foram agrupadas de acordo com os seguintes critérios:
Das 968 evocações analisadas, 66,21% (641) se referem à dimensão da criação de
culturas inclusivas; 10,84% (105) à dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e
20,45% (198) à dimensão de orquestração das práticas de inclusão e 2,47% (24) foram
classificadas numa categoria denominada outros, conforme apresentado na Tabela 6:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Tabela 9 Categorização das palavras evocadas na questão 29
CULTURAS POLÍTICAS PRÁTICAS OUTROS
Palavras/ Expressões Fr
eq. Palavras/
Expressões Freq
.
Palavras/ Expressões Fr
eq. Palavras/
Expressões Fr
eq.
respeito 107 participação 108 trabalho/trabalho-em-grupo
51 professor 24
Educação 66 integração 32 debates 43 coletividade 66 informação 23 atenção 31 Igualdade 59 oportunidade 22 compreensão 28 democracia 52 conhecimento 20 socialização 23 Direitos 49 acesso diversidade 42 preocupação Liberdade 32 inserção sociedade/social 32 pesquisa amizade/amigos 31 bolsa-auxílio solidariedade 28 outros-cursos Cidadania 24 centro-acadêmico Aceitação 21 convivência conscientização 20 cooperação 20 Total 641 105 198 24
Na questão 30, solicitava-se aos participantes que listassem palavras que lembrassem
exclusão na FE/UFRJ, de acordo com observações, percepções, experiências, situações,
etc., vividas por ele naquele espaço.
Dos 1007 participantes, 712 responderam a esta questão. O respondente podia listar até
6 palavras e 713 participantes atenderam a nossa solicitação. Foram evocadas 2216
palavras, totalizando, em média, 3,1 palavras por respondente.
Para efeitos desta análise, consideramos apenas aquelas que tiveram uma freqüência de
evocação igual ou maior que 20, totalizando 34 termos/expressões evocados 616 vezes.
Das 616 evocações analisadas, 49,51% se referem à dimensão da criação de culturas
inclusivas; 24,02% à dimensão do desenvolvimento de políticas inclusivas e 21,91% à
dimensão de orquestração das práticas de inclusão e 4,54% foram classificadas numa
categoria denominada outros, conforme apresentado na Tabela 7:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Tabela 10 Categorização das palavras evocadas na questão 30
CULTURAS POLÍTICAS PRÁTICAS OUTROS
Palavras/ Expressões Freq. Palavras/
Expressões Freq. Palavras/ Expressões
Freq.
Palavras/ Expressões
Freq.
preconceito 159 acesso 36 descaso 47 professores 28 Desrespeito 50 horários 28 discriminação 45 indiferença 37 desorganização 20 ignorância 22
desvalorização 30 Falta de informação 43 individualismo 21 classe-social 29 Distância/localização 21
Total 305 148 135 28
Vale observar que as respostas às questões 29 e 30 se complementaram, como era de se
esperar. Enquanto que uma das maiores alusões que os respondentes fizeram quanto ao
que lhes lembrasse inclusão era “respeito”, “participação” e “trabalho em equipe”, as feitas
ao que lhes lembraram exclusão podem ser vistas como “opostos complementares” das
primeiras. De certo modo, não se pode ter respeito quando se observa que há
preconceitos e desrespeito ao próximo; não se pode participar de nada a que não se
tenha acesso; e não se consegue trabalhar em equipe quando o que se percebe à volta é
descaso e discriminação.
A questão 31, com alternativa para respostas fechadas do tipo SIM ou NÃO, indagou se o
entrevistado já havia se sentido excluído na FE. As respostas podem ser observadas na
tabela 8.
Tabela 11 Respostas dos alunos quando perguntados se já se sentiram excluídos na FE
SIM NÃO BRANCO OUTROS TOTALNº % Nº % Nº % Nº % Nº % 312 30,98% 646 64,15% 45 4,47% 4 0,40% 1007 100,00%
De certa maneira, estas respostas confirmam os dados da pergunta 23, que indagava se o
respondente havia se sentido acolhido ao entrar na FE. A maioria, naquela questão,
respondeu que sim. De todo modo, em que pese o conforto pelos 64% de respostas
negativas, não deixa de ser preocupante que um terço da amostra tenha se sentido
excluído pelo menos uma vez na Faculdade. Até porque, a luta contra as exclusões não
passa (e nem deve passar) somente pela quantidade de excluídos, mas muito mais pela
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necessidade de se investigar aonde se encontram as exclusões. Em nossos dados,
percebemos que as maiores evocações ficam na ordem das Culturas, o que significa que
nossa amostra percebe que inclusão está mais ligada aos valores, crenças e
compromissos ventilados na Faculdade.
A questão 32 destinou-se àqueles que forneceram repostas positivas, os quais foram
convidados a descrever a situação de exclusão. As diferentes situações de exclusão
descritas11 (327 ao todo) pelos alunos foram agrupadas em nossas três dimensões de
análise, conforme vimos fazendo. (Tabela 9).
Tabela 12 Categorias para as situações de exclusão descritas pelos alunos
CATEGORIAS Nº % Culturas 127 39,4 Políticas 38 11,8 Práticas 150 46,3 Nulas 08 2,5 TOTAL 323 100
A seguir, alguns exemplos atribuídos à dimensão das Culturas.
A faculdade privilegia uma classe específica, e se você não se mostra como tal é deixado de fora.
A primeira impressão era de que os alunos não são importantes, pois um mês sem aulas de psicologia e ninguém disse o que estaria acontecendo.
Troca excessiva de professores (três aulas, três professores diferentes) numa disciplina sem informação prévia aos estudantes.
Quando por falta de recursos financeiros não pude adquirir determinado livro e a biblioteca se encontrava interditada. Em geral, por ausência de recursos financeiros que impossibilitaram a participação em diversas atividades, tais como: seminários, palestras etc.
Críticas indiretas e/ ou alusivas de alunos e/ ou professores referentes ao segmento evangélico, sem estes serem conhecedores das liturgias, práticas e símbolos praticados pelos evangélicos, onde eu faço parte. Críticas baseadas em preconceitos forjados, onde a crítica por causa de uma exceção ou caso se generaliza a todo o meio evangélico, causando constrangimento, sentimento de injustiça por parte de quem sofre e,
11 Apesar do número de alunos respondentes à questão ser igual a 312, algumas respostas continham mais de uma situação descrita, por isso, somaram um total de 323.
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dependendo do caso, compreensão diante do desconhecimento dos que criticam.
Por eu estar trabalhando, tive dificuldades de cursar uma disciplina na Letras e fiquei reprovada por faltas. Mesmo não sendo minha culpa, fui pedir desculpas à professora pelo meu "fracasso". Fui mal interpretada e ouvi a seguinte frase: "se você trabalha o problema é seu, não tenho nada com isso, não dá para estudar e trabalhar". Saí da sala chorando.
Por se tratar de uma faculdade de educação obviamente voltada para futuros professores, não existem muitos alunos do curso de enfermagem, logo, as aulas são voltadas para os alunos de letras, filosofia, etc. abordando temas pouco divulgados na nossa área biomédica.
Abaixo, alguns exemplos de falas consideradas como da ordem das Políticas:
Quando fiquei sabendo que os responsáveis pela coordenação do meu curso não trabalhavam nos horários que eu estava na FE e sendo assim não poderiam me auxiliar quando houvesse alguma questão a ser resolvida (o que de fato ocorreu).
Durante muito tempo usei muletas e o acesso tornou-se muito difícil.
Sempre chego aqui cansado, pois tenho aula às 7:30 no fundão (saio de casa às 6:00). Além disso, deparo-me com um calor insuportável, sem contar o tempo de duração das aulas, que é exaustivo. Sinto-me excluído por ninguém se preocupar com isso. E ainda há quem more em Santa Cruz.
Nas aulas de informática, não estamos tendo aula no laboratório, pois este não está pronto para nos atender.
Ao chegar aqui no primeiro dia de aula, não tinha conhecimento de nada, não sabia nem como chegava na FE chegando na praia vermelha nenhuma informação ou quem informasse. Senti-me excluído.
Como venho da escola de belas artes às vezes é difícil obter vaga nas turmas da FE. Parece-me que as unidades não têm uma boa comunicação em virtude da distância geográfica e outros entraves burocráticos. Os alunos são sempre os mais prejudicados, pois nunca tem seus problemas prontamente resolvidos.
Refere-se à prática de ensino, segundo minha percepção os alunos da manhã foram privilegiados em detrimento dos alunos da noite.
Os funcionários de FE, de um modo geral (isso inclui secretários, diretores e até professores), não trabalham para uma política de inclusão. O nível de organização, interesse, consideração e educação
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dos funcionários em lidar com os alunos é baixíssimo, principalmente quando temos algum problema burocrático.
E, por fim, seguem alguns exemplos da categoria das Práticas.
Devido ao meu curso ser educação física, alguns alunos e professores subjugaram o meu potencial.
Sou da Educação Física e alguns professores e alunos nos tratam como idiotas e insinuam que nós não estudamos, só malhamos.
Alguns professores, a maioria deles, tem preconceito em relação aos alunos do curso de educação física. Com isso nós alunos de educação física, sempre nos defrontamos com situações constrangedoras.
Diante de uma professora que desconsiderava todas as opiniões dos alunos - e em particular, as minhas. Nesta ocasião, não havia a interação entre o aluno e a professora - apenas a palavra do professor existia.
Por ser oriunda das ciências da Saúde, muitos professores não se preocupam em adequar sua linguagem para nossa realidade, facilitando o entendimento do conteúdo transmitido em sala de aula.
Quando há alguma discussão em sala e que o professor pressupõe que todos os alunos dominem o assunto.
É difícil lembrar quando me senti incluída na FE porque em todos os períodos tenho problemas para me incluir nas disciplinas, sempre tenho que correr atrás de professor para lançar nota (...).
(...) Em todos os períodos tenho problemas (...) por só ter a disciplina naquele horário e não ter mais espaço, nem condições em sala.
Por ser da área de saúde, muitas vezes me sinto excluída até mesmo por professores, porque há uma idéia de que nós não sabemos ou não queremos participar das discussões.
Eu faço matemática e então antes de o professor saber que em sua sala existia o aluno de exatas. Este professor taxou os alunos de exatas como seres não pensantes e só mais tarde veio a descobrir que eu não era de humanas.
Quando uma professora "sociologia da educação" disse que não gostava de dar aulas para alunos da educação física.
A maior exclusão que já sofri foi nessa última inscrição em disciplina em que tentei me inscrever várias vezes em Psicologia da Educação I e até hoje não consegui. Acho que se esta é a única faculdade que dispõe de todo o corpo docente para o ensino das disciplinas educacionais então o
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correto seria ter vagas para todos aqueles que precisam cursar as disciplinas sem grandes dificuldades.
Existia uma professora que quando não faltava chegava atrasada. No princípio do curso, perguntei se poderia fazer a matéria com ela, pois sempre chegaria atrasada 10 a 15 minutos. Ela disse que não havia problema. No meio do curso ela disse que eu não poderia faltar mais. Estranhei, pois nunca havia faltado. Ela disse que toda vez que eu chegava atrasada eu levava falta no primeiro tempo. Falei que chegava atrasada porque tinha que buscar meu filho na creche e deixar em casa e não dava tempo de chegar na hora. Ela disse que isso não era problema dela. Passei a trazer meu filho para as aulas e estranhamente fui a única que tirei 8,0 na prova enquanto todos os outros tiraram 10,0.
Das 323 respostas fornecidas à referida questão, 8 (oito) foram consideradas nulas por
não conterem informações relativas ao que foi questionado. Estes alunos, ao serem
convidados a descrever situação em que se sentiram excluídos, deram respostas como
“Já me referi a ela no item 29 do questionário”, entretanto ao tentarmos localizar a
resposta do referido aluno no item 29, não encontramos nenhuma resposta, porque o item
havia sido deixado em branco. Outro exemplo que compôs a categoria de respostas nulas
foi a de um pesquisado que respondeu “prefiro me omitir” quanto à situação de exclusão
enfrentada.
Igualmente importante é observar que, de acordo com as falas acima destacadas, as
respostas dadas à questão 24 parecem estar confirmadas. Nela, indagamos sobre o aluno
ter sentido se a Faculdade preocupava-se em atender à diversidade de alunos e
obtivemos maciças respostas negativas (quase 57%). Pode-se observar ainda que a
maioria das queixas que lá destacamos estão presentes na atual questão também, em
particular quando os alunos reclamavam de falta de integração entre a FE e as Unidades
de origem dos alunos, falta de vagas e insucesso na inscrição em disciplinas. Por outro
lado, se na questão 24 a queixa de exclusão, quando tangia pessoas, passava
predominantemente pelos funcionários, na presente questão, ela fica mais evidente
quanto aos professores.
A trigésima terceira tratava da relevância da discussão sobre a educação inclusiva no
curso de formação de professores na visão do respondente. As alternativas eram as
seguintes: indispensável, muito importante, importante, porém dispensável e sem
importância.
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Contamos com 53,23% (536) respondentes que optaram por indispensável, 40,91% (412)
consideram a discussão muito importante, 2,68% (27) a consideram importante, porém
dispensável e 0,30% (3) julgaram tal discussão sem importância. Além dessas, 2,88% (29)
deixaram a questão sem resposta.
O gráfico 17, a seguir, ilustra estes resultados. Nele, percebemos que o grau de
importância é bastante significativo, especialmente se juntarmos as opções indispensável
e muito importante, quando alcançarmos quase 95% das respostas.
53,23%
40,91%
2,68%0,30%
2,88%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
INDISPENSÁVEL MUITO IMPORTANTE IMPORTANTE, PORÉM DISPENSÁVEL SEM IMPORTÂNCIA BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 16 Importância atribuída pelos respondentes à discussão sobre a educação inclusiva, no curso de formação de professores.
Na questão 34, solicitava-se aos participantes que listassem características atribuídas a
professores que atuam em consonância com a definição de Inclusão em Educação
proposta por Booth, T.; Ainscow. M. e Dyson (1997), onde inclusão em educação “refere-
se à redução de todas as pressões pela exclusão, e de todas as desvalorizações que os
alunos sofrem, seja com base em deficiências, rendimento, religião, etnia, gênero, classe,
estrutura familiar, estilo de vida ou sexualidade” (p.337-355).
Dos 1007 participantes, 833 responderam a esta questão. O respondente podia listar até
10 palavras/expressões, tendo sido evocados 3477 termos, totalizando, em média, 4,17
por respondente. Para efeitos da análise da questão 34, consideramos apenas aquelas
que tiveram uma freqüência de evocação igual ou maior que 30, totalizando 30
termos/expressões evocados 1519 vezes.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Na questão 35, solicitava-se aos participantes que listassem, caso quisessem, outras
características que considerassem importantes, mas que porventura não estavam
contempladas na definição apresentada na questão 34.
Dos 1007 participantes, 66 responderam a esta questão. O respondente podia listar até
10 palavras/expressões, tendo sido evocados 112 termos, totalizando, em média, 1,69
por respondente. Nenhuma das palavras foi evocada mais de cinco vezes. Entretanto,
verificamos que 33,9 % dos termos listados, ou seja, 38 palavras/expressões foram
mencionadas também na questão 34 e optamos por acrescentá-los ao corpus de análise
da questão 34 e desconsiderar os demais.
Deste modo, das 1519 evocações analisadas nas questões 34 e 35, 29,55% se referem à
dimensão da criação de culturas inclusivas; 30,41% à dimensão do desenvolvimento de
políticas inclusivas e 37,06% à dimensão de orquestração das práticas de inclusão e
2,96% foram classificadas numa categoria denominada outros, conforme apresentado na
Tabela 10:
Tabela 13 Categorização das palavras evocadas nas questões 34 E 35
CULTURAS POLÍTICAS PRÁTICAS OUTROS Palavras/
Expressões Freq. Palavras/
Expressões Freq. Palavras/
Expressões Freq. Palavras/
Expressões Freq.
RESPEITOSO 128 CONSCIENTE 105 COMPREENSIVO 112 INTELIGENTE 45 SEM-
RECONCEITO 87 ATUALIZADO 69 ATENCIOSO 73
DEMOCRÁTICO 69 ABERTO 54 PACIENTE 62 ÉTICO 58 FLEXÍVEL 49 PREOCUPADO 57
TOLERANTE 37 IMPARCIAL 41 HUMANO 43 JUSTO 36 PARTICIPATIVO 40 ATENTO 39
SOLIDÁRIO 34 RESPONSÁVEL 37 DINÂMICO 40 COMPROMETIDO 35 AMIGO 39 COERENTE 32 INTERESSADO 37 SENSÍVEL 37 DEDICADO 32 SABER-OUVIR 31
Total 449 Total 462 Total 563 Total 45
Fazendo uma análise com base nas duas palavras mais evocadas para cada categoria,
poderíamos inferir que estes professores, na visão dos alunos respondentes, deveria
possuir como valores o respeito ao próximo e ser desprovido de preconceitos (na
dimensão de sua cultura), bem como ser consciente e atualizado (no que tange ao
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desenvolvimento de suas políticas de inclusão), e ser compreensivo e atencioso quanto á
sua maneira de praticar a inclusão.
A trigésima sexta questão queria saber, dentre as disciplinas cursadas pelo
respondente, e considerando a perspectiva de inclusão definida no questionário, qual o
grau de inclusão observado em cada uma.
As opções oferecidas foram: totalmente inclusivo, muito inclusivo, razoavelmente
inclusivo, pouco inclusivo, nada inclusivo e não observado.
Além disso, o respondente também podia marcar “não cursei” ou “estou cursando neste
período”, o que o impossibilitaria de classificar a disciplina.
Os aspectos didático-pedagógicos que deveriam ser observados em cada disciplina eram
os seguintes: objetivos, relevância dos conteúdos, preocupação durante a exposição em
fazer com que o aluno participe, respeito ao tempo pessoal para a realização das tarefas,
formas de avaliação, acesso a materiais de apoio, disponibilização de material didático e
informação via internet.
As disciplinas da Licenciatura apresentadas para classificação quanto ao grau de
inclusão foram: Didática Geral, Fundamentos Filosóficos da Educação, Estrutura e
funcionamento do Ensino, Psicologia da Educação I, Psicologia da Educação II,
Sociologia da Educação, Prática de Ensino, Didática Especial I e Didática Especial II.
Para a disciplina Didática Especial I, os respondentes que não tinham cursado a
disciplina corresponderam a 64,45% (649) do total, os que estavam cursando, a 11,62%
(117) e as respostas em branco, a 15,79% (159).
Desta maneira, 82 (8,16%) alunos responderam à questão.
O gráfico a seguir fornece uma visão geral do grau de inclusividade da disciplina,
conforme percebido pelos alunos.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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72
1,57%
1,35%
1,92%
0,67%
0,47%
2,17%
64,45%
11,62%15,79%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
ÍTEM 36
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 os)alun
Gráfico 17 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial I.
Pelo que os resultados apontam, a disciplina Didática Especial I contou com poucos
respondentes efetivamente fazendo a avaliação desejada, já que a grande maioria não
havia cursado ainda, estava cursando ou deixou em branco a questão. Por parte dos
alunos que já haviam cursado a disciplina no momento da aplicação, as respostas se
concentraram nas opções totalmente inclusivo, muito inclusivo, razoavelmente inclusivo,
cuja soma é igual a 5,67%, e não observado, contando com apenas 0,7% que
classificaram os “Objetivos” da disciplina como pouco ou nada inclusivos.
Seguindo para o aspecto didático-pedagógico, no que se refere ao aspecto “Objetivos”,
1,79% (18) escolheram totalmente inclusivo, 1,79% (18) muito inclusivo, 2,09% (21)
razoavelmente inclusivo, 0,5% (5) pouco inclusivo, 0,2% (2) nada inclusivo e 1,79% (18)
não observado.
No aspecto “Relevância dos Conteúdos” as respostas de totalmente a razoavelmente
inclusivos somam 3,88% enquanto as pouco ou nada inclusivos totalizam 0,9%. Já para o
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73
aspecto “Grupos de pesquisa e extensão” de total a razoavelmente inclusivos obtivemos
5,27% e para pouco ou nada inclusivos, 1,1%. Para o aspecto “Respeito ao tempo do
aluno” os percentuais de total a razoavelmente inclusivos somam 5,17%, já para pouco ou
nada inclusivo o total foi de 2,99%.
Com respeito ao aspecto “Avaliação” tivemos, respectivamente, 4,57% e 3,58% para de
total a razoavelmente e pouco ou nada inclusivo. Passando ao aspecto “Acesso a material
de apoio” obtivemos 4,47% para o somatório das três alternativas mais inclusivas e 3,68%
para as menos inclusivas.
Finalmente o aspecto “Disponibilização de material e informação via internet” obteve 3,38
e 4,76%, respectivamente para o somatório das mais inclusivas e para o somatório das
menos inclusivas. Assim, temos a seguinte situação geral para cada aspecto da disciplina:
Tabela 14 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial I, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos
Aspectos Didático-pedagógicos
N=82
De total a razoavelmente
inclusivo Pouco ou nada
inclusivo Não observado
F % F % F % Objetivos 57 5,67% 7 0,7% 18 1,79%
Relevância dos Conteúdos 54 5,37% 9 0,9% 19 1,89%
Grupos de pesquisa e extensão 53 5,27% 11 1,1% 18 1,79%
Respeito ao tempo do aluno 52 5,17% 9 0,9% 21 2,09%
Avaliação 46 4,57% 11 1,1% 25 2,48% Material de apoio 45 4,47% 16 1,59% 21 2,09%
Disponibilização de material e informações
na internet 34 3,38% 17 1,68% 31 3,08%
A partir da tabela acima, podemos fazer algumas considerações, como por exemplo, que
a reflexão acerca do quanto são ou deixam de ser inclusivas as práticas didático-
pedagógicas dos professores não é comum no cotidiano dos alunos pesquisados, isso
evidencia-se pelos percentuais altos da opção "Não Observado" no universo de alunos
que efetivamente classificaram os aspectos enumerados.
Outra consideração que pode ser feita é que todos os aspectos tiveram percentuais mais
altos para as opções que os considera inclusivos, exceto o aspecto de Disponibilização
de material via internet, esse ponto nos faz questionar como vêm sendo usadas as
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74
chamadas tecnologias da informação na formação do professor na FE/UFRJ, e também
no cotidiano dos próprios professores universitários das disciplinas levantadas.
Para a disciplina Didática Especial II, os respondentes que não tinham cursado a
disciplina corresponderam a 74,98% (755) do total, os que estavam cursando, a 4,17%
(42) e as respostas em branco, a 16,88% (170). Portanto, responderam à pergunta
apenas 40 alunos (3,98%). O gráfico a seguir fornece uma visão geral do grau de
inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
0,17% 0,50% 0,96% 0,38% 0,21%
1,74%
74,98%
4,17%
16,88%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 18 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial II.
Pelo que os resultados apontam, a disciplina Didática Especial II também contou com
poucos respondentes fazendo a avaliação desejada, já que a grande maioria não havia
cursado ainda, estava cursando ou deixou em branco a questão.
Por parte dos alunos que já haviam cursado a disciplina no momento da aplicação, as
respostas se concentraram nas opções totalmente inclusivo, muito inclusivo,
razoavelmente inclusivo, cuja soma é igual a 115 alunos (1,63%).
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Dado que todos os percentuais desta disciplina foram bastante baixos, passaremos
diretamente à apresentação da situação geral da mesma quanto aos aspectos didáticos
na tabela abaixo:
Tabela 15 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Especial II, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos.
Aspectos Didático-
pedagógicos N=40
De total a razoavelmente
inclusivoPouco ou nada
inclusivo Não observado
F % F % F %
Objetivos 18 1,79% 5 0,5% 17 1,69% Relevância dos
Conteúdos 19 1,89% 4 0,4% 17 1,69% Grupos de pesquisa e extensão
17 1,69% 7 0,7% 16 1,59%
Respeito ao tempo do aluno 19 1,89% 5 0,5% 16 1,59%
Avaliação 14 1,4% 8 0,8% 18 1,79%
Material de apoio 16 1,59% 6 0,6% 18 1,79% Disponibilização
de material e informações na
internet 12 1,02% 7 0,7% 21 2,09%
Da tabela acima pode-se dizer que, dentre os poucos que cursaram a referida disciplina,
o forte de seus aspectos inclusivos encontra-se mais nos conteúdos e no respeito ao
tempo do aluno, e menos na disponibilização de material e informações na internet. Esta
última opção, aliás, não nos causou surpresa, já que vem aparecendo com boa
freqüência em outras questões (24 e 30, por exemplo).
Para a disciplina Didática Geral, os respondentes que não tinham cursado a disciplina
corresponderam a 22,24% (224) do total; os que estavam cursando, a 8,84% (89) e as
respostas em branco, a 8,94% (90). Portanto, responderam à questão 604 alunos
(59,98%). O gráfico a seguir fornece uma visão geral do grau de inclusividade da
disciplina, conforme percebido pelos alunos.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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76
21,75%
19,76%
9,93%
3,28%
1,39%
3,87%
22,24%
8,84% 8,94%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
Totalmente Inclusivo Muito Inclusivo Razoavelmente InclusivoPouco Inclusivo Nada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1) BRANCO
Gráfico 19 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Geral.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Didática Geral contou com um número
bem maior de respondentes do que as anteriores, o que se explica pelo fato de esta ser
uma das primeiras disciplinas cursadas quando se entra para a formação pedagógica na
FE/UFRJ. A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da
disciplina no que tange a aspectos didático-pedagógicos:
Tabela 16 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Didática Geral, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos
Aspectos Didático-pedagógicos
N=604
Totalmente a razoavelmente inclusivo Pouco e nada inclusivo
Não observado
Freq. % Freq. % Freq. %Objetivos 518 51,44% 47 4,67% 39 3,87%
Relevância dos Conteúdos
517 51,34% 61 6,06% 26 2,58%
Grupos de pesquisa e extensão
540 53,63% 45 4,47% 19 1,89%
Respeito ao tempo do aluno
494 49,05% 72 7,15% 38 3,77%
Avaliação 484 48,06% 56 5,56% 64 6,36%Material de apoio 446 44,30% 102 10,13% 56 5,56%
Disponibilização de material e
informações na internet
289 28,70% 190 18,87% 125 12,41%
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
77
A partir dos dados acima podemos afirmar que os aspectos mais inclusivos da disciplina
Didática Geral são seus objetivos, os conteúdos e o oferecimento de grupos de pesquisa
e extensão, segundo a percepção dos respondentes. Vale ressaltar, entretanto, que a
disciplina como um todo tendeu a ter suas respostas mais concentradas nas gradações
inclusivas do que excludentes.
Para a disciplina Estrutura e Funcionamento de Ensino, os respondentes que não
tinham cursado a disciplina corresponderam a 47,96% (483) do total; os que estavam
cursando, a 17,18% (173) e as respostas em branco, a 12,31% (124). Portanto,
responderam à questão 227 alunos (22,81%). O gráfico a seguir fornece uma visão geral
do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
3,36% 5,14% 5,19%2,75% 2,50% 3,60%
47,96%
17,18%
12,31%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
50,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 20 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Estrutura e Funcionamento de Ensino.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Estrutura e Funcionamento de Ensino
contou com um número maior de respondentes do que as Didáticas Especiais, embora
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
78
não tenha superado o da Didática Geral, o que se explica pelo fato de que Estrutura e
Funcionamento de Ensino é cursada, em geral, no terceiro período do ingresso na
FE/UFRJ.
A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da disciplina no
que tange a aspectos didático-pedagógicos:
Tabela 17 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Estrutura e Funcionamento do Ensino, quanto a seus aspectos didático-
pedagógicos
Aspectos Didático-
pedagógicos
Totalmente a razoavelmente
inclusivo
Pouco e nada
inclusivoNão observado
Freq. % Freq. % Freq. %
Objetivos 159 15,79% 43 4,27% 25 2,48% Relevância dos
Conteúdos 169 16,79% 33 3,28% 25 2,48%
Grupos de pesquisa e extensão
149 14,79% 55 5,47% 23 2,28%
Respeito ao tempo do aluno 138 13,71% 63 3,26% 26 2,58%
Avaliação 127 12,61% 55 5,46% 45 4,47% Material de apoio 143 14,20% 44 4,37% 40 3,97% Disponibilização
de material e informações na
internet 80 7,95% 77 7,65% 70 6,95%
Nesta disciplina, percebemos que os dados ficaram mais ou menos equitativamente
espalhados no que tange aos seus graus de inclusividade. Um dado que nos chama a
atenção é o quase empate do aspecto “disponibilização de material e informações na
internet”. Pelos dados aqui obtidos, não se pode afirmar com segurança se a inclinação
para estes alunos é de inclusão ou não, pois que as tendências apresentam-se
quantitativamente quase idênticas tanto para o lado de inclusão quanto para o de
exclusão.
Para a disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação, os respondentes que não
tinham cursado a disciplina corresponderam a 44,59% (449) do total; os que estavam
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
79
cursando, a 14,80% (149) e as respostas em branco, a 12,02% (121). Portanto,
responderam à questão 288 alunos (28,59%). O gráfico a seguir fornece uma visão geral
do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
9,04%5,55% 5,62%
3,12% 1,50% 3,77%
44,59%
14,80%
12,02%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 21 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação
contou com um número maior de respondentes do que as Didáticas Especiais, não tendo
superado o da Didática Geral, mas superando levemente o número de respondentes da
questão anterior.
Isto se explica pelo fato de que esta disciplina é cursada, em geral, no segundo período
do ingresso na FE/UFRJ.
A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da disciplina no
que tange a aspectos didático-pedagógicos:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
80
Tabela 18 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Fundamentos Filosóficos da Educação, quanto a seus aspectos didático-
pedagógicos
Aspectos Didático-
pedagógicos N=288
Totalmente a razoavelmente
inclusivoPouco e nada
inclusivo Não observado
Freq. % Freq. % Freq. %Objetivos 224 22,24% 34 3,37% 30 2,98%
Relevância dos Conteúdos 221 21,95% 41 4,07% 26 2,58% Grupos de pesquisa e extensão
234 23,23% 35 3,48% 19 1,89%
Respeito ao tempo do aluno 225 22,34% 29 2,88% 34 3,38%
Avaliação 209 20,75% 32 3,17% 47 4,67%
Material de apoio 187 18,56% 64 6,36% 37 3,67% Disponibilização
de material e informações na
internet 124 12,31% 91 9,04% 73 7,25%
Fundamentos Filosóficos da Educação também apresentou-se como uma disciplina cujos
aspectos didático-pedagógicos tendem mais para o lado de inclusão do que de exclusão,
conforme mostra a tabela acima.
Tal como para a disciplina anterior, chamou-nos a atenção os dados do aspecto
“disponibilização de material e informações pela internet”, desta vez por seu teor ser o
mais baixo, dentre todos.
Ao que tudo indica, este aspecto constitui uma questão, de fato, no cotidiano dos
respondentes.
Para a disciplina Prática de Ensino, os respondentes que não tinham cursado a disciplina
corresponderam a 60,77% (612) do total; os que estavam cursando, a 15,39% (155) e as
respostas em branco, a 15% (151).
Portanto, responderam à questão somente 89 alunos (8,84%). O gráfico a seguir fornece
uma visão geral do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suuficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e ins
seri-la novamente.
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A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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82
Tabela 19 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Prática de Ensino, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos
Aspectos Didático-
pedagógicos N=89
Totalmente a razoavelmente
inclusivoPouco e nada
inclusivo Não observado
Freq. % Freq. % Freq. %
Objetivos 66 6,55% 4 0,40% 19 1,89%
Relevância dos Conteúdos 57 5,67% 12 1,19% 20 1,99%
Grupos de pesquisa e extensão
61 6,06% 10 1,00% 18 1,79%
Respeito ao tempo do aluno 57 5,67% 13 1,29% 19 1,89%
Avaliação 52 5,17% 12 1,20% 25 2,48% Material de apoio 44 4,37% 22 2,18% 23 2,28% Disponibilização
de material e informações na
internet 36 3,57% 22 2,18% 31 3,08%
Ainda que com escores muito baixos comparado a outras disciplinas, devido ao baixo
percentual de respostas em geral, podemos perceber que a tendência dos aspectos
desta disciplina é de serem inclusivos, especialmente quanto a seus objetivos e grupos
de pesquisa e extensão.
De certa maneira, podemos dizer que uma certa tendência vem se confirmando para com
os aspectos didático-pedagógicos considerados como inclusivos nas disciplinas em geral:
quando os objetivos são considerados como tal, seus conteúdos também o são, e em
geral a disciplina apresenta a oferta de grupos de pesquisa e extensão.
Para a disciplina Psicologia da Educação I, os respondentes que não tinham cursado a
disciplina corresponderam a 12,12% (122) do total; os que estavam cursando, a 17,87%
(180) e as respostas em branco, a 8,24% (83).
Portanto, responderam à questão 622 alunos (61,76%). O gráfico a seguir fornece uma
visão geral do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
83
9,58%
14,04%14,94%
8,84%
5,75%
8,63%
12,12%
17,87%
8,24%
0,00%
2,00%
4,00%
6,00%
8,00%
10,00%
12,00%
14,00%
16,00%
18,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 23 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação I.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Psicologia da Educação I contou com um
número significativo de respondentes. Isto se explica pelo fato de que esta disciplina é, tal
como Didática geral, obrigatória para todos e cursada, em geral, logo no início do ingresso
na FE/UFRJ.
Observa-se, pelo gráfico acima, que a tendência da disciplina vai no sentido da inclusão,
com 38,56% das respostas. Vale notar, entretanto, um grande percentual de alunos que
ainda não cursaram a disciplina, que é pré-requisito para a psicologia da Educação II. No
período em que se encontravam os alunos respondentes deste questionário, eles já
deveriam tê-la cursado ou deveriam estar cursando – como de fato alguns estão.
A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da disciplina no
que tange a aspectos didático-pedagógicos:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
84
Tabela 20 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação I, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos
Aspectos Didático-
pedagógicos N=622
Totalmente a razoavelment
e inclusivoPouco e nada
inclusivo Não observado
Freq. % Freq. % Freq. %
Objetivos 442 43,89% 125 12,41% 55 5,46% Relevância dos
Conteúdos 447 44,39% 117 11,62% 58 5,76%
Grupos de pesquisa e extensão
417 41,41% 155 15,39% 50 4,97%
Respeito ao tempo do aluno 417 41,41% 126 12,51% 79 7,85%
Avaliação 392 38,93% 127 12,61% 103 10,23%
Material de apoio 384 38,13% 152 15,09% 86 8,54% Disponibilização
de material e informações na
internet 219 21,76% 226 22,44% 177 17,58%
Uma vez mais, objetivos, relevância dos conteúdos e grupos de pesquisa e extensão
encontram-se como predominantes na tabela em termos de alto grau de inclusividade. E
também mais uma vez a disponibilização de material via internet aparece como
problemática, desta vez tendo um percentual mais concentrado em torno das categorias
que nos remetem à exclusão.
A pergunta que nos vai ficando é: dependeria, tal solução, somente do professor colocar
à disposição, por email ou site, suas produções e abrir o espaço à participação dos
alunos virtualmente, ou seria esta uma questão mais ampla, ligada, por exemplo, ao fato
de que a falta de acesso ao laboratório de informática, como veremos na questão 37.
Para a disciplina Psicologia da Educação II, os respondentes que não tinham cursado a
disciplina corresponderam a 53,62% (540) do total; os que estavam cursando, a 12,21%
(123) e as respostas em branco, também 12,21% (123).
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
85
Portanto, responderam à questão somente 192 alunos (19,07%). O gráfico a seguir
fornece uma visão geral do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos
alunos.
5,05% 6,14% 4,18% 1,65% 1,18% 3,75%
53,62%
12,21% 12,21%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 24 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação II.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Psicologia da Educação II contou com
um número bem menor de respondentes se comparada à Psicologia da Educação I.
Isto pode ser explicado pelo fato de que esta disciplina, apesar de também ser obrigatória
para todos, é cursada, em geral, do meio para o fim do ingresso na FE/UFRJ.
A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da disciplina no
que tange a aspectos didático-pedagógicos:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
86
Tabela 21 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Psicologia da Educação II, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos.
Aspectos Didático-
pedagógicos N=192
Totalmente a razoavelmente
inclusivoPouco e nada
inclusivo Não observado
Freq. % Freq. % Freq. %
Objetivos 175 17,38% 17 1,69% 29 2,88%
Relevância dos Conteúdos 168 16,68% 24 2,39% 29 2,88
% Grupos de pesquisa e extensão
175 17,38% 23 2,28% 23 2,28 %
Respeito ao tempo do aluno 158 15,80% 32 3,18% 30 2,98
% Avaliação 156 15,50% 16 1,59% 49 4,87%
Material de apoio 149 14,80% 29 2,88% 43 4,27%Disponibilização
de material e informações na
internet 102 10,13% 58 5,76% 61 6,06%
O número de respondentes a esta questão é menor do que os da disciplina anterior,
como já era de se esperar, pelo fato de que a anterior é pré-requisito desta, e apresentou
um bom percentual de alunos que ainda não a haviam cursado, bem como de alunos que
ainda a estavam cursando.
De todo modo, chama-nos a atenção sua tendência à inclusão, em todos os aspectos,
bem como o fato de que o único aspecto que teve percentual relativamente mais alto de
exclusão, foi o mesmo que teve o mais baixo de inclusão: disponibilização de material e
informações pela internet. Parece-nos, cada vez mais, que esta é uma questão
problemática para os alunos, como já vínhamos comentando.
Para a disciplina Sociologia da Educação, os respondentes que não tinham cursado a
disciplina corresponderam a 29% (292) do total; os que estavam cursando, a 17,08%
(172) e as respostas em branco 10,23% (103).
Portanto, responderam à questão 440 alunos (43,69%). O gráfico a seguir fornece uma
visão geral do grau de inclusividade da disciplina, conforme percebido pelos alunos.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
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9,33% 9,19% 9,24%
5,18% 4,10%6,65%
29,00%
17,08%
10,23%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
Totalmente Inclusivo Muito InclusivoRazoavelmente Inclusivo Pouco InclusivoNada Inclusivo Não ObservadoNÃO CURSEI ESTOU CURSANDO NESTE PERÍODO (2004.1)BRANCO
Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 25 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Sociologia da Educação.
De acordo com os resultados acima, a disciplina Sociologia da Educação contou com um
número menor de respondentes se comparada à Psicologia da Educação I.
Tal se explica pelo fato de que esta disciplina, apesar de também ser obrigatória para
todos, é cursada, em geral, no segundo período do ingresso na FE/UFRJ.
A tabela a seguir mostra a percepção dos alunos sobre a inclusividade da disciplina no
que tange a aspectos didático-pedagógicos:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
LABORATÓRIO DE PESQUISA, ESTUDOS E APOIO À PARTICIPAÇÃO E À DIVERSIDADE EM EDUCAÇÃO/UFRJ-FE
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Tabela 22 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão da disciplina Sociologia da Educação, quanto a seus aspectos didático-pedagógicos
Aspectos Didático-
pedagógicos N=440
Totalmente a razoavelmente inclusivo
Pouco e nada inclusivo
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Freq. % Freq. % Freq. %
Objetivos 322 31,97% 71 7,05% 47 4,67%Relevância dos
Conteúdos 320 31,77% 76 7,55% 44 4,37%
Grupos de pesquisa e extensão
310 30,79% 92 9,14% 38 3,77 %
Respeito ao tempo do aluno 291 28,90% 78 7,75% 71 7,05%
Avaliação 261 25,92% 95 9,44% 84 8,34%
Material de apoio 280 27,81% 100 9,93% 60 5,96%
Disponibilização de material e
informações na internet
173 17,18% 142 14,10% 125 12,41%
Seguindo o fluxo da maioria das disciplinas, Sociologia da Educação também
apresentou-se aos estudantes como mais inclusiva do que excludente. Destaque
especial, uma vez mais, para os objetivos e a relevância dos conteúdos, como mais
“votados”, seguido da disponibilização de material e informação pela internet como o
menos “votado”, a exemplo do que vem acontecendo em outras disciplinas.
A trigésima sétima questão continuava na perspectiva de inclusão definida no
questionário, solicitando ao respondente a classificação em grau de inclusão observado,
no que se refere a: relacionamento interpessoal (aluno-aluno, aluno-professor,
funcionário- aluno,...), acessibilidade às informações acadêmicas, participação estudantil
nas ações/ decisões da FE/UFRJ e recursos de apoio e incentivo à sua participação na
FE/UFRJ.
Seguem as opções oferecidas: totalmente inclusivo, muito inclusivo, razoavelmente
inclusivo, pouco inclusivo, nada inclusivo e não observado.
Referente ao relacionamento interpessoal, observamos os seguintes percentuais e sua
correspondência em número de alunos:
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Tabela 23 Percepção dos respondentes sobre o grau de inclusão de relacionamentos interpessoais
Relacionamento
Totalmente a razoavelmente
inclusivoPouco e nada
inclusivo Não
observado
Freq
.
%
Freq
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%
Freq
.
%
Aluno-aluno 775 77,06% 175 17,38% 17 1,69%Professor-aluno 836 83,02% 123 12,22% 9 0,89%
Funcionário-aluno 239 23,74% 528 52,44% 199 19,76% Professor-funcionário 191 18,96% 147 14,60% 613 60,87%
Funcionário-funcionário 222 22,05% 86 8,54% 654 64,95% Professor-professor 345 34,26% 108 10,73% 504 50,05%
Direção-aluno 210 20,86% 426 42,30% 326 32,37% Direção-funcionário 121 12,01% 101 10,03% 738 73,29% Direção-professor 184 18,28% 75 7,45% 701 69,61%
Foram notados alguns aspectos bastante expressivos: quanto ao relacionamento
interpessoal entre os próprios alunos 77,06% (775 alunos) consideraram entre
razoavelmente e totalmente inclusivo. Este número e percentual aumentam ainda mais
quando eles consideraram a relação professor aluno: 83,02% (836) consideraram entre
razoavelmente e totalmente inclusivo.
Na direção oposta, 52,44% (528) dos respondentes consideraram a relação funcionário-
aluno pouco e nada inclusiva, seguida da relação direção-aluno, com 42,30% (426).
Estes dados nos levam a refletir sobre o quanto as questões de inclusão que não nos
afetam diretamente não recebem nossa atenção no cotidiano, como foi o caso de todas as
relações que não incluíam diretamente os alunos, nossos respondentes. Já quando
analisamos o caso da relação entre os próprios alunos, a maioria dos deles consideraram-
na bem inclusiva.
A questão é: nesta reflexão está incluída a relação e as práticas dos colegas entre si, ou
só foram considerados os aspectos do próprio ponto de vista e experiência pessoal,
apesar de no questionário ser solicitado ao respondente levar em consideração tanto sua
experiência como aluno quanto sua observação do cotidiano?
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suuficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e ins
seri-la novamente.
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Além, portanto, dos respondentes acharem, predominantemente, que há acessibilidade,
vale a pena ressaltar que tal se faz, principalmente, conforme respostas obtidas, por meio
presencial (cartazes, informações verbais, etc.) com 62,75% (632) escolhas, e não por
meio virtual.
Quanto ao aspecto de participação estudantil nas ações/ decisões da FE/UFRJ, cinco
eram as opções de escolha: relativa ao currículo do curso de Licenciatura/Pedagogia da
FE/UFRJ, relativa à execução das políticas de assistência ao estudante, relativa aos
grupos de pesquisa/extensão, relativa aos aspectos físicos/instalações (banheiros,
bebedouros, salas, etc.) e relativa à representação estudantil nos colegiados da FE/UFRJ.
De modo geral, os índices de inclusividade marcados foram baixos, conforme mostra o
gráfico seguinte.
Entretanto, descobrimos que dentre os mais marcados, estão os aspectos relacionados ao
currículo do curso e à participação nos grupos de pesquisa e extensão.
Em outras palavras, 21,54% (217 respondentes) e 21,25 (214) marcaram os graus de
maior inclusividade (total, muito ou razoavelmente inclusivo) para as duas primeiras
opções, respectivamente, contra 18,86% (190) para a execução de políticas de
assistência ao estudante, 18,47% (186) referente a aspectos físicos e 15,69% (167)
relativos a representação estudantil nos colegiados.
A opção relativa aos aspectos físicos/instalações (banheiros, bebedouros, salas, etc.)
foi, por outro lado, a que maior grau de não inclusividade obteve, com 60,28% de escolhas
(607).
Este problema fica claro em vários depoimentos, a maioria dos quais concentram-se em
torno da falta de acesso a computadores e de acessibilidade física do prédio em geral, por
possuir somente escadas e funcionar no segundo andar.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suuficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e ins
seri-la novamente.
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idosos deficientes/superdotados Aposentados índios
presidiários doentes mentais dependentes químicos refugiados
ciganos grupos religiosos nordestinos outra(s)
nenhuma delas BRANCO Fonte: Pesquisa Direta (Total de entrevistados 1007 alunos)
Gráfico 29 Grupos de excluídos com os quais os respondentes se identificam.
Obtivemos um total de 5728 escolhas dentre os itens oferecidos e 82 (1,43%)
questionários cujas respostas a este item estavam em branco.
Das 5728 escolhas feitas, o maior percentual foi de 12,06% (691 escolhas) para o grupo
de pobres, seguido de 11,09% (635 escolhas) para o grupo de idosos e de 10,18% (583
escolhas) para o grupo de negros. Logo atrás veio o grupo de deficientes/superdotados,
que ficou com 10,06% (576 escolhas).
Os outros grupos não alcançaram 10% de representatividade nas escolhas, sendo que o
de aposentados ficou com 8,19% (469 escolhas), doentes mentais com 7,33% (420
escolhas), seguido do grupo de homossexuais com 7,07% (405 escolhas). Por outro lado,
dos grupos menos escolhidos destacamos os refugiados com 2,93% (168 escolhas),
presidiários, com um percentual de 2,41% (138 escolhas) e os ciganos com 1,97% (113
escolhas).
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Uma primeira hipótese que justifique esse quadro de identificações é o contexto histórico
de 2005, quando foi aplicado o questionário. O grupo de pobres, idosos e negros de certa
forma vinha tendo destaque na esfera política e também na mídia progressivamente de
2003 a 2005, principalmente na televisada, a partir da publicação de documentos, revisão
e promulgação de leis, destaque em congressos e em políticas públicas por todo o país. O
grupo de deficientes, por sua vez, vinha aparecendo em novelas, o que alimentava a
discussão da sociedade acerca do tema.
Observamos que prostitutas e presidiários ficaram com um percentual bem próximo a
refugiados, apesar de serem bem mais freqüentes em nosso contexto do que o grupo de
refugiados. Ou, pelo menos, são mais explorados pela mídia do que o de refugiados.
Esperávamos, com isso, que refugiados e ciganos, por exemplo, ficassem com percentual
consideravelmente menor que os outros grupos, considerando-se sua pouca exploração
pelas mídias.
A trigésima nona questão solicitava aos respondentes que marcassem as alternativas:
sim ou não, de acordo com o interesse em participarem de Ciclos de Oficinas sobre
Formação de Professores para uma Educação Inclusiva, gratuitos, organizados pelo
LaPEADE.
Obtivemos 582 (57,82%) respostas para sim e 382 (37,93%) para não, mais 43 respostas
em branco (4,27%). É importante destacar que do nosso universo de questionários
respondidos, há presença significativa do interesse, preocupação e disponibilidade dos
alunos em formação para as questões da Inclusão em Educação.
Por outro lado, não temos meios suficientes para garantir que os que responderam não
estejam alheios a estas questões, só podemos supor que no momento da aplicação dos
questionários não estavam dispostos a participar de tais oficinas.
As duas perguntas seguintes, 40 e 41, continuavam a indagar sobre o assunto da 39,
para aqueles que haviam respondido que se interessavam pelas oficinas. As perguntas
indagaram, respectivamente, o dia da semana e o horário preferido dos respondentes.
Não pretendemos, aqui, explorar estes dados, posto que foram utilizados, conforme
explicado na metodologia, somente para basearmos nossa programação dos Grupos
Focais, o que foi feito.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Por fim, a última questão, de número 42, era optativa e abria espaço para que os
respondentes fizessem comentários adicionais, se assim o desejassem. Registramos, dos
1007 respondentes, um surpreendente total de 240 comentários. Esperávamos, dada a
extensão do questionário (com 42 questões) e o fasto da 42 ser uma questão aberta, que
o número de respostas em branco fosse ser próximo a 100%, o que, felizmente, não foi o
caso.
As respostas fornecidas foram agrupadas nas dimensões das Culturas, Políticas e
Práticas de inclusão, a exemplo do que já fizemos com outras questões. Para aquelas
respostas que não se enquadravam nestas categorias, criamos a categoria Outras. Dentre
as 240 respostas, 77(32,08%) referiram-se à dimensão das Práticas, 28 (11,66%) à das
Culturas e 11 (4,58%) à das Políticas, o que confirma a tendência geralmente verificada
de ocorrências de respostas para cada categoria ao longo desta pesquisa. As restantes
124 (51,66%) foram inseridas na categoria Outras, e referiram-se a assuntos variados,
conforme exploraremos mais adiante.
Conclusões: Perguntas que não calam, vozes que são
caladas.
Chegamos ao final do presente relatório relembrando ao leitor nossos objetivos iniciais. Nosso
objetivo geral foi contribuir para a ressignificação da formação de professores da FE/UFRJ para
o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão. A fim de melhor alcançar o
objetivo proposto, organizamo-lo nos seguintes objetivos específicos:
1. Caracterizar a atual formação de professores tendo como referencial parâmetros
de culturas, políticas e práticas de inclusão em educação;
2. Caracterizar a atual formação de professores a partir da percepção de uma
parcela da população estudantil da FE; e
3. Sugerir, a partir dos resultados da pesquisa, caminhos para o aprimoramento da
formação profissional dos professores.
No que tange ao objetivo geral, em que pese não termos a ilusão de que com apenas um
processo de pesquisa pudéssemos ressignificar por completo a formação oferecida na
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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FE/UFRJ em um sentido inclusivo, cremos que, pelo menos parcialmente, “mexemos”
com bastante gente. Além disso, como defendemos no início do relatório, inclusão é
processo interminável de luta. Se é assim, interessa-nos, muito mais do que finalizar
processos, iniciá-los.
De fato, pensamos que alcançamos este objetivo. Não foram poucos os respondentes
que nunca haviam parado para pensar em certos aspectos abordados tanto no
questionário quanto nos grupos focais, acerca de uma convivência pró-inclusão, por
assim dizer. Também não foram poucos os que manifestaram seus agradecimentos por
escrito, por terem tido esta oportunidade. O que prova que a investigação científica
também é educativa, e como tal, fundamental de existir no cotidiano de uma Faculdade.
Entretanto, são os objetivos específicos os que mais nos preocupam em termos de
reposta. Passemos a cada um eles, separadamente.
Nosso primeiro objetivo específico foi caracterizar a atual formação de professores em
uma universidade pública a partir de nossos referenciais teóricos de inclusão, que levam
em conta as dimensões da criação de culturas, desenvolvimento de políticas e
orquestração de práticas inclusivas no processo de fomento à inclusão nas instituições
educacionais.
O que podemos extrair de nosso estudo a respeito deste objetivo é que a instituição
pesquisada carece da compreensão desses conceitos. Dizemos isto porque tivemos
muitas falas que optavam pela característica da FE de ser inclusiva, quando, na prática,
verificamos muitas contradições sobre isso. Esta discrepância pode estar associada à
ignorância sobre o que seja promover inclusão em educação. Quando se ignora uma
coisa, é bem provável que ela nem seja pensada como estratégia de organização
institucional.
Parece ter sido este o caso. Nossos respondentes, quando pensavam a inclusão
‘pontualmente’, eram capazes de fornecerem respostas bem precisas, e assim pudemos
identificar que o “forte” da inclusão, na visão deles, está no campo das culturas e das
práticas, assim como o fraco está no das políticas.
Entretanto, quando eram chamados a pensar a inclusão como um processo, as
dificuldades aumentavam e as contradições iam surgindo.
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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Por outro lado, queremos chamar a atenção para os dados da tabela 1, apresentados
anteriormente, em que verificamos um baixo percentual de sentidos atribuídos à
categoria das Culturas nas análises das ementas das licenciaturas, contra percentuais
bem mais altos para Políticas e Práticas, particularmente esta última. Ou seja: se na
percepção dos respondentes o “forte” da inclusão está nas Culturas e Práticas, na análise
documental identificamos que Culturas é, justamente, o “fraco”
Em nosso ver, isto pode ser, no âmbito das relações sociais, reflexo de um certo
esvaziamento daquilo que justamente é objetivado em algumas das ementas: os
sentidos, responsabilidades e proposições da educação escolar. Tal se daria em
favorecimento da profissionalização do ser-docente, uma vez que a ‘Prática Docente’ foi
a sub-categoria que mais cogitações teve de todas elas. Em suma, os dados nos
fornecem informações para especular que para o alcance de uma educação condizente
aos ideais propostos na conjuntura das ementas, atribui-se grande ênfase na atuação do
professor; isto pode ser interessante pelo fato de reconhecê-lo como um dos
personagens centrais no processo de inclusão em educação, porém há o risco de
visualizar esta prática de forma descontextualizada, visto a pouca importância dada a
um diagnóstico social (questões como desigualdade social, violência etc.) do contexto
cultural e político no qual estas práticas deverão ser realizadas.
Nossa preocupação aqui não é nem levantar questionamentos sobre uma educação
reflexiva, crítica, emancipatória, ou coisa similar (que, obviamente, defendemos), mas sim
com uma tendência à padronização da atuação docente, uma vez que os números dos
aspectos técnicos e metodológicos também são bem acentuados. No caso das ementas
da Pedagogia este aspecto fica mais visível ainda, pois, apesar de haver maior
equalização nas dimensões (Cultura, Política e Prática), o peso maior de uma prática
educacional inclusiva ficou voltado unanimemente aos “Métodos, metodologias,
procedimentos”.
Desta maneira, sobre o primeiro objetivo específico, concluímos que, no que tange à
criação de uma cultura inclusiva na instituição, a FE poderia:
Iniciar procedimentos internos de tomada de conhecimento e discussão/debate sobre a
dialética exclusão/inclusão, tendo como objetivo principal um olhar para si mesma com
vistas à mudança, e não puramente apresentar um debate acadêmico.
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É provável que uma primeira atitude deva partir da liderança oficial (direção)12 neste
sentido, pois certamente muitos docentes e funcionários relutantes ou resistentes à idéia
logo apresentarão uma série de obstáculos às suas participações em tais procedimentos.
Cremos que se este tipo de iniciativa for tomada como um projeto da instituição como um
todo, a adesão talvez seja maior. Neste sentido, o respaldo a ser dado pela direção – no
sentido de transpor, por exemplo, obstáculos burocráticos ou tradicionalistas que sirvam
de desculpa para impedir a participação de todos nestas discussões – facilitaria a
viabilização de esforços neste sentido.
O segundo objetivo específico pretendia caracterizar a formação de professores a partir
das percepções dos próprios alunos sobre sua formação. Uma vez mais, obtivemos
severas críticas à organização da instituição como um todo, em que pesem os muitos
elogios também recebidos. Interessa-nos mais a crítica, entretanto, porque é a partir
delas que podemos avançar.
A impressão geral que fica quanto a este objetivo é a de que muitas vezes a formação
depende muito mais do aluno do que de um conjunto harmonizado de cultura, políticas e
práticas. Nos grupos focais, por exemplo, percebemos a emergência de depoimentos
que retratavam o “sacrifício” a que alunos eram expostos diariamente a fim de
completarem sua formação. O sentimento de solidão e abandono não foram incomuns
aqui, o que deveria nos deixar, no mínimo, muito preocupados. Mas parece que a
FE/UFRJ ainda não se deu conta destes processos ocorrendo em seu interior.
Neste sentido, recomendamos que a FE adote estratégias de fortalecimento da
percepção sobre a profissão “educador”. Para tanto, seria necessário que a própria
instituição tivesse um projeto político-pedagógico, fruto de processo de discussão com a
participação dos diferentes segmentos que a compõem, que fosse conhecido por todos
ou muitos, e que pudesse dar à instituição uma identidade própria quanto a, pelo menos,
aquilo que ela se propõe a fazer como instituição formadora.
Que futuros professores ela quer? Que visão de país e sociedade ela defende? Qual sua
importância na formação deste país e desta sociedade? O que constituiria aprendizagem
efetiva em seu processo educativo? A que interesses (e de quem) servem as queixas e 12 Vale lembrar que a Direção atual da FE/UFRJ não é a que estava em mandato durante o período da coleta, de forma que estamos vivendo, neste momento, um período de transição em que algumas iniciativas mais democráticas já vêm sendo tomadas.
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denúncias apresentadas nesta pesquisa? São perguntas que deveriam ficar claramente
respondidas em um projeto político-pedagógico deste porte.
O terceiro objetivo específico era traçar algumas sugestões a fim de aprimoramos a
formação destes profissionais. De certo modo, as sugestões até o presente colocadas já
cobrem boa parte do que poderíamos levantar para este objetivo em especial. Entretanto,
e modestamente, a partir dos dados apresentados, colocamos à disposição da instituição
mais algumas sugestões:
Uma possibilidade é, como decorrência de uma provável iniciativa relativa a
procedimentos internos de tomada de conhecimento e discussão/debate sobre a dialética
exclusão/inclusão, por em prática novas formas de se conceber o currículo, as disciplinas
e, conseqüentemente as práticas pedagógicas e de avaliação. Em resumo, poderíamos
resumir nossas sugestões em quatro grandes temas: Cultura Institucional, Currículo,
Prática Pedagógica e Avaliação.
Cultura Institucional
Entendemos por “cultura institucional” o conjunto de regras, normas e valores
defendidos como missão de/por uma instituição. Sua cultura representa, neste
sentido, tudo aquilo que expressa (palavras, documentos, práticas...) o seu pensar
acerca da prática social à qual se propõe (Booth & Ainscow, 1998). Se falamos de
uma instituição educacional, referimo-nos, em outras palavras, à visão de educação
e educando que esta mesma propõe, à visão de mundo, enfim, com a qual tal
instituição pensa estar contribuindo.
Assim sendo, é inevitável que o movimento de transformação da cultura de uma
instituição educacional numa cultura orientada pela e para a inclusão envolva todos
os segmentos da comunidade escolar na responsabilidade e solução de problemas,
tais como pais, funcionários, alunos, técnicos, docentes, administradores e a
comunidade como um todo.
Uma cultura institucional inclusiva parte do princípio de que todos são responsáveis
pela vida da respectiva instituição e quaisquer problemas ali ocorridos são da
responsabilidade de todos, e não apenas de uma pessoa ou de um ou outro
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segmento da comunidade acadêmica. O que, por sua vez, nos remete à questão da
gestão da instituição.
Estudos internacionais (Fullan, 1992) mostram que quanto mais centralizada for a
gestão de uma instituição, quanto menos participativa, e quanto menos flexível em
relação aos imprevistos, mais riscos de provocar exclusões ela tende a sofrer. Isto
porque, ao se falar em inclusão, um dos componentes essenciais ao seu sucesso,
como tem sido marcado ao longo deste relatório, é a participação de todos.
Caberia, neste sentido, às instituições educacionais e seus membros, perguntarem-
se: Como acontece a gestão em nossa Instituição? Ela contempla a participação de
todos? Que estratégias podem, ou precisam, ser criadas para que a gestão de
nossa Instituição seja o mais participativa possível?
Currículo
Entendemos por currículo, para fins do presente relatório, “o conjunto de todas as
experiências de conhecimento proporcionadas aos/às estudantes” (Silva, 1995, p. 184).
Desta maneira, currículo diz respeito não somente à organização de conteúdos a serem
ensinados, como também engloba todas as relações que perpassam o processo dessa
organização: desde a escolha sobre o que priorizar a ser ensinado na escola, até a
decisão sobre quem determina esses – e outros – aspectos que comporão o processo
ensino-aprendizagem como um todo. É Silva (1995) mais uma vez quem nos inspira ao
dizer que
(...) o currículo (...) está no centro mesmo da atividade educacional. Afinal, a escola não está apenas histórica e socialmente montada para organizar as experiências de conhecimento de crianças e jovens com o objetivo de produzir uma determinada identidade individual e social. Ela, de fato (...) funciona dessa forma. Isto é, o currículo constitui o núcleo do processo institucionalizado de educação (p.184)
A organização do currículo torna-se, portanto, de crucial importância na medida em
que ainda vivemos uma cultura acadêmica que em geral assume como ponto de
referência para sua boa qualidade a quantidade de matérias e conteúdos excessivos
e desprovidos de significação, aplicados aos alunos e exigidos nas avaliações. Os
alunos chegam à instituição para depararem-se com ensinamentos que em nada ou
pouco conseguem ser associados à sua vida “lá fora”, como bem mostraram os
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respondentes desta pesquisa, e a aprendizagem, conseqüentemente, torna-se sem
significado. Pouco se questiona a validade de tantos conteúdos a uma formação
cívica e cidadã verdadeiramente crítica. Menos ainda questionamos a utilidade dos
mesmos à nossa vida cotidiana.
Uma instituição educacional ressignificada dentro do paradigma inclusivo necessita
compreender, portanto, que não é a quantidade de conteúdos que garante uma boa
formação, mas sim todo um conjunto de fatores: pedagógicos, culturais, sociais...
Esta instituição ressignificada admite a necessidade de se promover uma ruptura
com o “conteudismo”, ou seja, com a postura que prioriza a quantidade em
detrimento do trabalho de qualidade. E uma vez promovida esta ruptura, esta
instituição admite que é preciso contemplar, em sua proposta educacional, uma
flexibilidade que abarque diferentes ritmos e habilidades em sala de aula, como
também na cultura da instituição educacional como um todo.
Prática Pedagógica
A atuação efetiva de uma educação de qualidade para todos, como já foi citado,
depende de gestos e atitudes na prática relacionada às crenças (culturas) e
posturas políticas do educador. Para compreender a ação do educador é preciso
analisá-la com o objetivo de desvelar os seguintes aspectos:
• Qual a concepção que o educador tem e que se expressa em seus atos?
• Que conteúdo ele espera que o aluno aprenda?
• Que concepção tem o educador a respeito do processo ensino-aprendizagem?
• Qual a concepção do educador sobre como deve ser o ensino?
No reconhecimento da postura do educador, a prática pedagógica estará em
consonância com paradigmas que tornarão a sala de aula/instituição educacional mais
inclusiva ou não. Assim, é no sentido da adoção de uma proposta curricular flexível que o
preparo profissional torna-se essencial. O/a professor/a da instituição educacional
inclusiva é dotado/a de características como:
Criatividade – ele/a é capaz de planejar várias atividades para escolha por
diferentes alunos de sua turma, caso uma mesma atividade não se adeqüe ao
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interesse ou estilo de aprendizagem de certos alunos. Afinal, ele/a reconhece que
nenhuma turma é homogênea.
Competência – ela/a está sempre atualizado/a, mantendo a postura de um eterno
estudante, e incentivando seus alunos a fazerem o mesmo.
Experiência – este/a profissional oferece várias oportunidades de
aplicação/realização do material aprendido por seus alunos, pois reconhece que a
elaboração da aprendizagem não faz uso apenas da memória, mas também da
experiência.
Investigação – o/a professor/a está sempre preocupado/a em instigar em seus
alunos a curiosidade e o prazer de descobrir.
Crítica – o/a professor/a entende que é essencial que o conteúdo ensinado seja
dotado de significação para a vida do aluno; de outra maneira, dificilmente a
aprendizagem será passível de transferência para situações futuras e,
conseqüentemente, dificilmente será considerada como efetivamente bem sucedida.
Humildade – este/a professor/a reconhece que o saber não tem dono. Neste
sentido, ele/a se dispõe, com muito mais facilidade, a entrar numa relação de troca,
por oposição ao que Paulo Freire chamaria de uma educação bancária, em que ao
aluno caiba apenas receber os conteúdos, e ao/à professor/a caiba apenas
“depositá-los” em suas cabeças. O poder é revisto, ressignificado também, e a
relação de poder passa a ser mútua, porque construída, democratizada, sobre outra
base: a da troca.
Avaliação
Por fim, a avaliação, em conseqüência do que foi acima discutido, também é revista.
Sua própria concepção deverá ser alterada. Ao invés de permanecermos na
tradicional forma de vê-la como um produto a ser fornecido pelo aluno, fruto de uma
suposta aprendizagem ao longo de cujo processo ele é comparado aos seus
colegas e considerado acima ou abaixo do “normal”, ou “na média”, ele passa a ser
co-agente da construção de seu próprio conhecimento e, conseqüentemente, co-
participante nos processos avaliativos – não só de si mesmo, como também do/a
professor/a e do próprio processo ensino-aprendizagem.
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Além disso, a avaliação inclusiva é diversificada: são oferecidas várias
oportunidades e formas diferentes do aluno mostrar como está se saindo ao longo
do processo educacional. Se o aluno apresenta dificuldade em sua expressão
escrita, por exemplo, a instituição educacional provê formas alternativas através das
quais ele possa complementar sua expressão e mostrar o resultado de seu processo
educacional (por exemplo, verbalizando). Esta forma de avaliar possibilita que um
processo de negociação entre aluno e professor se instaure na relação pedagógica,
o que por sua vez apenas enriquece a experiência educacional de ambas as partes.
Evidentemente, não temos como garantir que nossas sugestões sejam 100% bem
sucedidas se adotadas. O que nos importa, entretanto, é que elas desencadeiem
processos, muito mais do que mostrarem resultados imediatistas. Processos estes
que mobilizem a comunidade acadêmica a refletir, rever, conhecer, decidir e agir de
outros modos, com novos olhares. Desta maneira, cremos, a formação profissional
(inicial – de nossos alunos, e continuada – nossa mesma) estaria sendo,
efetivamente, como propõe o título deste projeto, sendo ressignificada.
Do mesmo modo, estaríamos evitando a proliferação de culturas, políticas e práticas
excludentes, em que pese a dialética inclusão/exclusão permanecesse em nosso
cotidiano. Mas desta vez, esta dialética seria reconhecida e encarada, e não
omitida, como muito ainda se faz. E assim sendo, as perguntas continuariam a não
calar – porque não devem mesmo. Mas as vozes não mais precisariam ser caladas,
ou melhor: descobriríamos que vozes nunca precisam nem devem ser caladas, se
queremos um mundo inclusivo de fato, e não somente de direito.
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Referências
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BOOTH, T. et al. Index for Inclusion – developing learning and participation in schools. Bristol, CSIE, 2000.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Síntese de Indicadores Sociais, 2006. DINIZ, Fernando Almeida. Social justice, “race” & Special education: “international” perspectives. Apresentado ao CEC 2002 Annual Convention. Nova Iorque, 2002.
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GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro: Record, 1998.
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MARCONI, Marina & LAKATOS, Eva M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução e pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. São Paulo: Atlas, 1999.
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PERRENOUD, Philippe. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Artmed. Porto Alegre: 2000.
RIZZINI, Irma et. al. Guia de metodologias de pesquisa para programas sociais. CESPI – USU, Coordenadoria de Estudos e Pesquisa sobre Infância Universidade Santa Úrsula, Série Banco de Dados – 6, Editora Universitária USU, 1999.
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SANTOS, Mônica Pereira dos. O papel do ensino superior na proposta de uma educação inclusiva. Revista da Faculdade de Educação da UFF - n. 7, maio 2003, p.78-91.
SAWAIA, Bader (org.) As Artimanhas da Exclusão – análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, Vozes, 1999.
United Nations Development Programme, 2000, p.42.
VIANNA, Heraldo M. Pesquisa em educação – a observação. Série Pesquisa em Educação, Vol.5. Brasília, DF: Plano, 2003.
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Anexo 1 QUESTIONÁRIO
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Caro(a) aluno(a),
Estamos desenvolvendo uma pesquisa nesta Universidade cujo objetivo é Contribuir para a ressignificação da formação de professores da FE/UFRJ para o desenvolvimento de culturas, políticas e práticas de inclusão.
Em razão de sua atuação como aluno(a) do Curso de Licenciatura/Pedagogia, solicitamos sua indispensável e valiosa colaboração para compor o grupo de alunos(as) a ser consultado neste estudo.
Devemos, ainda, deixar claro que as respostas a esse questionário, além de serem tratadas como sigilosas, serão importantes para que possamos construir juntos a desejada ressignificação da formação de professores nesta Universidade.
Além disso, servirão como valioso acervo de dados para o recém-fundado LaPEADE – Laboratório de Pesquisa, Estudos e Apoio à Participação e à Diversidade em Educação, da Faculdade de Educação/UFRJ, que tem por missão “apoiar e promover a participação e a diversidade em educação nas dimensões culturais, políticas e práticas das instituições e sistemas educacionais e contribuir para o desenvolvimento, disseminação e acompanhamento do conhecimento acadêmico-científico a respeito de inclusão em educação”.
Certos de poder contar com a sua inestimável colaboração, antecipamos nossos agradecimentos.
_________________________________ PROF.ª DR.ª MÔNICA PEREIRA DOS SANTOS
COORDENADORA DO LAPEADE COORDENADORA DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FE/UFRJ
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LEMBRAMOS QUE TODAS AS RESPOSTAS SÃO ESTRITAMENTE
CONFIDENCIAIS.
INFORMAÇÕES SOBRE O(A) ALUNO(A):
1. Nome:
2. Idade: 3. Sexo: Feminino Masculino
4. Endereço:
N.º Complemento:
Bairro:
Cidade: UF:
CEP: - Telefone: ( ) -
Celular: ( ) - E-mail:
5. Estado Civil: Solteiro Casado Separado Divorciado Outro (especificar):
6. Tem filhos? Sim Não 7. Quantos?
8. Unidade de Origem:
9. Curso:
10. DRE: 11. Ano de ingresso na UFRJ: / (ano/período)
12. Ano de ingresso na FE/UFRJ: / (ano/período)
13. Quais destas disciplinas você JÁ CURSOU na LICENCIATURA?
Didática Geral
Fundamentos Filosóficos da
Educação
Estrutura e Funcionamento do
Ensino
Psicologia da Educação I
Psicologia da Educação II
Sociologia da Educação
Prática de Ensino
Didática Especial I
Didática Especial II
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14. Você tem computador em casa? Sim Não
15. Você tem acesso à Internet: Sempre Com alguma freqüência Com pouca freqüência Raramente Nunca
16. Você mora:
Sozinho(a) Com os pais Na casa de outros familiares No alojamento estudantil
Na casa de amigos Outro (especificar): ________________________________________
17. Como você se desloca até a FE/UFRJ para assistir às aulas?
De ônibus De trem De metrô De carona De carro próprio De ônibus da UFRJ
A pé Outro (especificar): __________________________________________
18. No caso de utilizar o transporte coletivo para vir à faculdade, quantas conduções você utiliza?
Uma Duas Três Mais de três (especificar):________________________________________
19. Você: Somente estuda Trabalha e estuda
20. Caso você trabalhe e estude, em que período do dia você cursa as disciplinas na FE?
Manhã
Tarde
Noite
Modifico meus horários de trabalho, de acordo com o horário das disciplinas
Curso somente as disciplinas que se ajustam aos meus horários
21. Sua renda mensal é proveniente:
Do seu trabalho
De recursos da família (mesada, etc.)
De recursos da UFRJ (bolsas de auxílio, pesquisa, extensão, alojamento, etc.).
Outro (especificar): _____________________________________________________
22. Sua renda mensal é de (aproximadamente):
Até R$240,00 De R$240,00 a R$960,00 Acima R$1200,00 Acima R$2400,00
Outro (especificar valor aproximado): _______________________________________
23. Quando ingressou na FE/UFRJ você se sentiu acolhido(a)?
Sim Não
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24. Você percebe alguma preocupação por parte da FE/UFRJ em atender a diversidade de alunos que nela
existe?
Sim Não Somente em alguns aspectos (especificar): _______________________________
Santos (1995) argumenta que “no contexto brasileiro, no nível do senso comum, a inclusão ainda costuma ser, a despeito de esforços governamentais e não governamentais, e de pesquisadores no assunto, associada, apenas, a deficiências, ou, ainda, confundida com o movimento pela integração de deficientes (...) falar em inclusão em educação implica também em avaliar os aspectos que constituem barreiras para que o processo ensino-aprendizagem transcorra sem riscos de exclusões, em todos os níveis de ensino” (p.78-91). Neste sentido, a Educação Inclusiva atua num contexto mais amplo e “refere-se à redução de todas as pressões pela exclusão, e de todas as desvalorizações que os alunos sofrem, seja com base em deficiências, rendimento, religião, etnia, gênero, classe, estrutura familiar, estilo de vida ou sexualidade” (Booth, T.; Ainscow. M. & Dyson, 1997, p.337-355).
25. No curso de formação de professores da FE/UFRJ o conceito de inclusão e/ou educação inclusiva:
Foi trabalhado, em consonância com a concepção acima descrita – especificar em qual(is)
disciplina(s):
___________________________________________________________________________________
Foi trabalhado, somente relacionado à Educação Especial – especificar em qual(is) disciplina(s):
___________________________________________________________________________________
Não foi trabalhado
26. Você concorda com a definição de inclusão e/ou educação inclusiva proposta na questão anterior?
Sim Não
27. Se SIM, justifique POR QUE CONCORDA:
____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
28. Se NÃO, justifique POR QUE DISCORDA:
____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
29. Liste PALAVRAS QUE LEMBREM INCLUSÃO na FE/UFRJ, DE ACORDO COM OBSERVAÇÕES, PERCEPÇÕES, EXPERIÊNCIAS, SITUAÇÕES, ETC., VIVIDAS POR VOCÊ NESTE ESPAÇO:
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30. Liste PALAVRAS QUE LEMBREM EXCLUSÃO na FE/UFRJ, DE ACORDO COM
OBSERVAÇÕES, PERCEPÇÕES, EXPERIÊNCIAS, SITUAÇÕES, ETC., VIVIDAS POR
VOCÊ NESTE ESPAÇO:
31. Você já se sentiu excluído na FE?
Sim Não
32. Se SIM, descreva a(s) situação(ões): __________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
33. Você considera a discussão sobre a educação inclusiva, no curso de formação de professores:
Indispensável
Muito importante
Importante, porém dispensável
Sem importância
34. Considerando que, no contexto desta pesquisa, Educação Inclusiva “refere-se à redução de todas as
pressões pela exclusão, e de todas as desvalorizações que os alunos sofrem, seja com base em
deficiências, rendimento, religião, etnia, gênero, classe, estrutura familiar, estilo de vida ou sexualidade”
(Booth, T.; Ainscow. M. & Dyson, 1997, p.337-355), que características você atribuiria a um
professor inclusivo que atua em consonância com essa definição?
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(continuação) 35. Caso queira, cite outras características que você considera importantes, mas que porventura não
estão contempladas na definição apresentada na questão anterior.
PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 36 E 37, LEVE EM CONSIDERAÇÃO ASPECTOS RELACIONADOS À PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA JÁ CITADOS ANTERIORMENTE (VIDE QUESTÕES 25 E 34).
36. DENTRE AS DISCIPLINAS CURSADAS por você Licenciatura da FE/UFRJ marque 5, 4,
3, 2, 1 ou NO, de acordo com a legenda abaixo:
5 – Totalmente Inclusivo
4 – Muito Inclusivo
3 – Razoavelmente Inclusivo
2 – Pouco Inclusivo
1 – Nada Inclusivo
NO – Não Observado
Aspectos didático-pedagógicos
Disciplinas
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ação
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mat
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dátic
o e
info
rmaç
ão v
ia
inte
rnet
Didática Geral
Fundamentos Filosóficos da Educação
Estrutura e Funcionamento do Ensino
Psicologia da Educação I
Psicologia da Educação II
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(continuação)
Aspectos didático-pedagógicos
Disciplinas
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Sociologia da Educação
Prática de Ensino
Didática Especial I
Didática Especial II
37. Levando em conta suas experiências como aluno(a) e a sua observação do cotidiano da FE/UFRJ
marque, conforme a legenda abaixo:
5 – Totalmente Inclusivo
4 – Muito Inclusivo
3 – Razoavelmente Inclusivo
2 – Pouco Inclusivo
1 – Nada Inclusivo
NO – Não Observado
Relacionamento interpessoal 5 4 3 2 1 N
O
Aluno-aluno
Professor-aluno
Funcionário-aluno
Professor-funcionário
Funcionário-funcionário
Professor-professor
Direção-aluno
Direção-funcionário
Direção-professor
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(continuação) Acessibilidade às informações acadêmicas
5 4 3 2 1 N
O
Na FE/UFRJ (murais, sala dos departamentos, coordenação de graduação,
etc.)
Via domínio UFRJ (http://www.ufrj.br)
Via homepage da FE/UFRJ
Via Intranet/UFRJ
Participação estudantil nas ações/decisões da FE/UFRJ 5 4 3 2 1
N
O
Relativa ao currículo do curso de Licenciatura/Pedagogia da FE/UFRJ
Relativa a execução das políticas de assistência ao estudante
Relativa aos grupos de pesquisa/extensão
Relativa aos aspectos físicos/instalações (banheiros, bebedouros, salas, etc.)
Relativa a representação estudantil nos colegiados da FE/UFRJ
Recursos de apoio e incentivo à sua participação na FE/UFRJ 5 4 3 2 1
N
O
Acesso ao laboratório de informática
Apoio financeiro
Acessibilidade física
Facilidades (xerox, piscina, recursos audiovisuais, alimentação, etc.).
38. Marque com um X o(s) grupos(s) excluído(s) com o(s) qual(is) você se identifica, isto é, simpatiza
com a causa, mas não necessariamente faz parte dele(s):
negros
pobres
homossexuais
prostitutas
idosos
deficientes/superdotados
aposentados
índios
presidiários
doentes mentais
dependentes químicos
refugiados
ciganos
grupos religiosos
nordestinos
outra(s):
________________________________
nenhuma delas
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39. Você gostaria de participar de Ciclos de Oficinas sobre a Formação de Professores para uma
Educação Inclusiva, gratuitos, organizados pelo LaPEADE?
Sim Não
40. Se SIM, que dia(s) da semana seria(m) mais adequado(s) para você?
segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira sexta-feira sábado
41. Se SIM, que período(s) do dia seria(m) mais adequado(s) para você?
manhã tarde noite
42. Este espaço é destinado para informações complementares, críticas e sugestões, caso você julgue
necessário.
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____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
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MUITO OBRIGADA PELA SUA PARTICIPAÇÃO!!!!!!
PROF.ª DR.ª MÔNICA PEREIRA DOS SANTOS COORDENADORA DO LAPEADE
COORDENADORA DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FE/UFRJ
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Anexo 2 CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DOS GRUPOS FOCAIS
A imagem não pode ser exibida. Talvez o computador não tenha memória suficiente para abrir a imagem ou talvez ela esteja corrompida. Reinicie o computador e abra o arquivo novamente. Se ainda assim aparecer o x vermelho, poderá ser necessário excluir a imagem e inseri-la novamente.
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CRONOGRAMA
SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
MANHÃ 8:00 às 10:00
Cris Nacif Jeanne +1
TARDE 15:00 às
17:00
Maria Berna +1
Cris Nacif Luciane +1
Simone Mônica +1
NOITE
19:00 às 21:00
Kátia Chris Brazil Letícia
Simone +2
SEGUNDA
TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
MANHÃ 8:00 às 10:00
Cris Nacif Jeanne +1
TARDE 15:00 às
17:00
Maria Berna +1
Cris Nacif Luciane +1
Simone Mônica +1
NOITE
19:00 às 21:00
Kátia Chris Brazil Letícia
Simone +2