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RESUMO DO LIVRO MANUAL DE SAÚDE VOCAL: teoria e prática da voz falada e cantada para professores e comunicadores – Rita de Cássia Fucci Amato São Paulo: Atlas 2010

Resumo do livro manual de saúde vocal

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RESUMO DO LIVRO MANUAL DE SAÚDE VOCAL: teoria e prática da voz falada e cantada para professores e

comunicadores – Rita de Cássia Fucci Amato

São Paulo: Atlas 2010

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1 A VOZ PROFISSIONAL A voz profissional é assim designada quando é utilizada como um

instrumento indispensável para o desempenho de diversas funções

profissionais. Segundo Vilkman (2000, p. 120), “nas sociedades modernas,

cerca de um terço da força de trabalho está exercendo profissões nas quais a

voz é a ferramenta primária”. Por isso, diversos estudos têm sido realizados no

Brasil quanto aos profissionais da voz, mostrando a necessidade de estes

desenvolverem uma maior habilidade na percepção e no cuidado de sua voz,

tendo em vista o papel crucial desse instrumento em sua qualidade de vida e

desempenho profissional. A orientação vocal para os professores é processo

essencial nesse âmbito e tem sido inclusiva objeto de leis que obrigam as

escolas públicas a oferecerem essa informação a seus docentes.

1.1 Profissionais da Voz A voz é um instrumento de comunicação capaz de servir diversas

finalidades desde a expressão artístico-musical, no caso da voz cantada, até,

no caso da voz falada, a expressão artístico – teatral, científica, didática,

política, jornalística, amorosa: uma encenação, uma palestra em um evento

acadêmico, uma aula, um discurso político, um telejornal e uma conversa

familiar são situações que bem ilustram o uso da voz como poderosa

ferramenta de transmissão de informações e emoções.

Profissionais da voz são, portanto, aqueles para os quais a voz é

um componente básico para o desempenho de sua competência. Portanto,

profissional da voz não é apenas o cantor e o ator profissionais, mas também

diversas outras pessoas que profissionalmente exerçam atividade como as de:

• Jornalistas (rádio e TV);

• Vendedor;

• Corretor de imóveis;

• Professores de qualquer nível de ensino;

• Educador físico;

• Educador musical;

• Palestrante

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• Profissionais da saúde, como médicos, fonoaudiólogos, terapeutas,

psicólogos, etc.;

• Profissional do Direito

• Padre/pregador religioso;

• Telefonista

• Recepcionistas ou funcionários de atendimento ao público.

Pessoas que utilizam intensamente a voz, mas não são

profissionais da voz:

• Cantores de corais não profissionais;

• Cantores e atores amadores;

• Qualquer pessoa que embora não utilize a voz profissional, participe de

outras atividades nas quais a fala e ou o canto são fundamentais e

intensamente requisitados.

1.2 Por que a saúde vocal é importante? Manter a saúde vocal é de fundamental importância tanto para

quem utiliza a voz cotidianamente, como para aqueles que desempenham

alguma atividade não profissional ligada à voz e para os profissionais da voz,

especialmente.

Para os profissionais da voz, a boa saúde vocal justifica-se pelo

impacto econômico que a voz pode ter. Como representa a ferramenta de

trabalho de boa parte da população economicamente ativa, e podendo afetar a

produtividade (no caso das faltas no trabalho advindas de problemas vocais), a

efetividade no desempenho de uma função, ou, ainda, a qualidade estética de

determinado trabalho artístico (por exemplo, quando um ator ou cantor está

com problemas vocais).

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2 SAÚDE VOCAL

A saúde vocal refere-se aos hábitos e cuidados que devem ser

praticados pelas pessoas, em especial por todos os profissionais da voz, em

um processo de autopercepção eficaz, que permita evitar prejuízos e fomentar

condições favoráveis à integridade vocal. Algumas orientações gerais para uma

boa produção de voz podem ser elaboradas, sempre com a ressalva de que é

o próprio indivíduo que estabelecerá suas prioridades, se possuidor de

consciência corporal, psíquica e emocional efetiva.

2.1 Relação corpo – voz – mente, propriocepção e co nsciência corporal e

vocal

Você convive em com seu corpo? Está satisfeito com as respostas

corporais que você se dá a si mesmo e aos outros? Seu corpo realiza

movimentos com graça e flexibilidade? Faça uma flexão e verifique se suas

mãos tocam o chão. Sente-se com a coluna ereta e perceba por quantos

minutos consegue permanecer nessa posição.

Com o passar dos anos, nosso corpo acumulou tensões e criamos

uma couraça que vai limitando nossas energias e minando nossos prazeres

corporais. Para restabelecer nossa energia vital, podemos praticar sessões de

alongamento como as que são realizadas em aulas de ioga ou em práticas

similares. Os exercícios que flexibilizam nosso corpo nos trazem um

relaxamento que imediatamente é refletido na nossa fala. Perceba depois

desse tipo de atividade, como sua voz é alterada para um padrão de maior

agradabilidade, transmitindo calma e docilidade.

Alguns estudiosos como Pederiva e Galvão(2006) realizaram

considerações a respeito dos significados de corpo, entendendo-o como

veículo de expressão da sensibilidade pelas diferentes metáforas que podem

ser assumidas na relação performática de comunicação de significados pelo

corpo.

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Destacaram as categorias:

• Corpo instrumento: como meio para agirmos no mundo;

• Corpo-mente: corpo cujas ações são comandadas pela mente;

• Corpo – base: corpo como substrato para a aprendizagem;

• Corpo – organismo: corpo organizado de vários órgãos, sistema;

• Corpo – sujeito: dimensão da personalidade e individualidade;

• Corpo – emoção: dimensão psíquica;

• Corpo cultura: corpo como produto social;

• Corpo objeto: corpo como coisa concreta, mensurável, tangível.

Nesse sentido, é importante pensarmos na complexidade do ser

humano que engloba necessidades primárias biológicas, emocionais e desejos

e todas essas dimensões influem na produção da voz e, através dela,

comunicam-se para o mundo exterior. Nessa elaboração, a totalidade corpo-

voz é essencial.

“A integração corpo-voz é um dos parâmetros básicos pelos quais

podemos avaliar o equilíbrio emocional de um indivíduo. [...] o

corpo e a voz devem expressar a mesma intenção” (BEHLAU;

PONTES, 1995, P. 124)

Isso significa que a tomada de consciência corporal aliada à

performance vocal ( fala ou canto) é de extrema relevância para o profissional

da voz. Os aspectos posturais tais como a inclinação da cabeça, a tensão

muscular cervical, o posicionamento do queixo em relação ao peito, a

inclinação dos ombros, a curvatura da coluna vertebral no andar e sentar,

devem ser avaliados quanto à sua adequação ou não para o ato fonatório.

Perante o exposto, um termo conhecido pela fonoaudiologia

chamado propriocepção designa a percepção de si próprio em suas nuances

internas, como resposta a um estímulo externo provocado. Assim, a

propriocepção define a consciência do indivíduo acerca de sua saúde,

abrangendo a saúde vocal. Percebendo a si próprio, o sujeito pode perceber

sua voz e expressar seu conhecimento e seu saber sobre sua voz para as

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outras pessoas, incluindo orientadores vocais, fonoaudiólogos, professores de

técnica vocal. Por meio de uma propriocepção refinada, há que se tomar

consciência da unidade corpo-mente, incluindo a voz nessa dimensão uma e

harmônica.

2.2 Avaliação vocal: Questionário de qualidade de v ida e voz (QVV) –

ESTE QUESTIONÁRIO ENCONTRA-SE AO FINAL DESTE RESUMO

Segundo GRILLO&PENTEADO (2005, p. 322) o QVV vem sendo

utilizado em diversas pesquisas da área de fonoaudiológica para a investigação

das relações entre qualidade de vida e voz em professores e sujeitos com e

sem alterações vocais e vem sendo apontado como importante instrumento

para avaliar o impacto da disfonia sobre a vida de pessoas em atendimento

fonoaudiológico; para avaliar a capacidade de percepção dos sujeitos quanto

ao impacto da voz sobre sua qualidade de vida; para realizar o

acompanhamento da evolução do atendimento clínico na área de voz e

subsidiar o planejamento de ações para a promoção da saúde vocal do

docente. O QVV envolve dez itens e relaciona qualidade de vida e voz

envolvendo o domínio físico, socioemocional e global.

2.3 Condicionantes de boa saúde vocal

Ao destacar os fatores condicionantes de boa ou má saúde vocal,

não se garante que ter certo hábito evitará ou provocará, de maneira

determinante os problemas vocais. Apenas destacam-se as atitudes que, uma

vez tomadas com relação à voz, tendem a criar condições para a permanência

de sua saúde ou para seu desgaste. Assim, as orientações visando á

manutenção da saúde vocal não têm um efeito instantâneo e não produzirão

resultados se não forem incorporadas à prática cotidiana individual, como

hábito, ao lado também da prática de exercícios de técnica vocal. O auto

cuidado para a manutenção da boa qualidade de produção da voz é

especialmente salutar para os profissionais da voz, visto que fazem parte do

grupo de alto risco vocal.

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Resumidamente, alguns pontos são essenciais para uma boa

saúde da voz, a saber:

• Alimentação balanceada;

• Hidratação e a higienização;

• Práticas esportivas;

• Atividades de relaxamento físico-mentais;

• Postura corporal adequada;

• Sono;

• Repouso vocal.

2.4 Condicionantes de má saúde vocal

Alguns hábitos vocais inadequados que prejudicam a saúde vocal

são relevantes causadores de disodias e disfonias.

As disodias são alterações que se apresentam na prática do canto

e suas causas são classificadas em físicas, fisiológicas, método imperfeito,

respiração inadequada, repertório inadequado, e patológicas.

As disfonias por sua vez, são alterações na voz falada ou

alterações do comportamento fonatório que correspondem a um defeito de

adaptação e coordenação dos diversos órgãos que intervêm na produção da

voz.

As imprudências e agressões mais comumente cometidas contra o

aparelho fonador e que colocam em risco a produção falada e cantada são:

• Ingestão de bebidas alcoólicas;

• Fumo;

• Automedicação;

• Mudanças de temperatura;

• Ar condicionado;

• Poluição;

• Alergias;

• Má alimentação;

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• Descanso inapropriado;

• Maus hábitos vocais como pigarrear, tossir com força, competir com

ruídos;

• Posturas inadequadas;

• Vestuário impróprio;

• Dificultador da boa postura, como por exemplo, sapatos de salto alto.

• Sobrecarga vocal – uso intenso da voz em um grande período de tempo;

• Acústica deficiente;

• Ambientes com grande ruído;

• Má qualidade do ar;

• Necessidade de se projetar a voz a longas distâncias;

• Impossibilidade de uso de equipamentos para amplificação sonora,

como microfones.

O mau uso da voz afeta a qualidade da fonação e as

características vibratórias das pregas vocais, como a estrutura interna da

laringe; conseqüentemente afetam também a freqüência fundamental da voz,

ou seja, o falante tende a emitir a voz de maneira mais grave ao final do dia, o

que evidencia seu desgaste. O abuso vocal pela atividade profissional resulta,

em disfonia ocupacional – alterações na voz falada decorrente do próprio

trabalho.

2.5 Aprofundamento de alguns pontos importantes

Alimentação – o refluxo gastresofágico (DRGE)

Caracteriza por refluxo gastresofágico quando o ácido clorídrico ou

muriático presente no suco gástrico do estômago sobe em direção à cavidade

bucal (em forma gasosa) e atinge a laringe, provocando o edemaciamento

(inchaço, geralmente por acúmulo de líquidos) das pregas vocais e outros

sintomas, como azia, pigarro constante, saliva viscosa e mau hálito. Tais

problemas são agravados pela ingestão habitual de cafeína. Quando o refluxo

gastresofágico torna-se habitual, é considerado uma doença – a doença do

refluxo gastresofágico (DRGE). Sua principal consequência destacada pelos

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otorrinolaringologistas é a inflamação da laringe que afeta diretamente a saúde

vocal.

Medidas para a prevenção do refluxo gastresofágico:

• Evitar deitar-se nas 2 horas posteriores às refeições;

• Elevar a cabeceira da cama em 15 cm;

• Na presença de obesidade, perder peso pela suspensão ou moderação

da ingestão de alimentos com grande índice de gorduras, cítricos, café,

bebidas alcoólicas, bebidas gaseificadas, produtos à base de tomate e

chocolate;

• Evitar refeições exageradas;

• Evitar uso de roupas apertadas e desconfortáveis.

Cigarro

O fumo é severamente nocivo para a voz. A fumaça quente por

este produzida agride todo o sistema respiratório e fonador, afetando o muco

que lubrifica as paredes desses sistemas. O pulmão perde sua elasticidade e

adquire o aspecto de uma esponja escura e rígida, o que certamente diminui

drasticamente a capacidade respiratória. A fumaça do cigarro afeta em especial

as pregas vocais, causando irritação, edema (inchaço), tosse, alterações no

muco, aumento de secreção e infecções.

Quanto à voz dos fumantes passivos, pode-se afirmar que estes

terão no mínimo problemas semelhantes aos dos tabagistas. Assim é

importante a busca por ambientes mais ventilados para que a fumaça se

disperse mais facilmente.

Bebidas alcoólicas

O consumo de bebidas alcoólicas – quer sejam fermentadas

(cerveja, champanhe e vinho), quer sejam destiladas (uísque, vodca, cachaça e

conhaque) – causa irritação no aparelho fonador. As bebidas destiladas irritam

e acometem mais intensamente os tecidos, gerando uma estreita associação

entre consumo excessivo de álcool e o câncer de laringe ou pulmão.

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Muitos sentem uma sensação de melhora momentânea na emissão

vocal quando ingerem álcool. Isso se deve ao fato de que o álcool leva a uma

leve anestesia da faringe. Entretanto, ao provocar essa anestesia, a bebida

alcoólica faz com que se cometam quase inconscientemente, certos abusos

vocais, como gritar, cujas consequências são sentidas após a passagem do

efeito da bebida, quando se percebe a voz fraca e rouca e tem-se uma

sensação de “queimação”.

Bebidas ou alimentos em temperatura extremada

Quando ingerimos líquidos ou alimentos em temperaturas

extremadas o organismo reage, liberando uma grande descarga de muco nas

pregas vocais, que também poderão ser vítima de inchaço por acúmulo de

fluidos.

Ar condicionado

A exposição constante ou habitual a ambientes por ar –

condicionado deve ser evitada, pois este aparelho leva à desumidificação do

ar, que ocorre tanto no abaixamento de temperatura provocado pelo ar

condicionado, como também em ambiente aquecidos artificialmente.

A desumidificação do ar acaba ressecando a mucosa que recobre

as vias aéreas superiores, o que ocasiona também a falta de hidratação das

pregas vocais e, por conseguinte, sua dificuldade de vibração e produção de

sons. Ao afetar a mucosa da laringe, altera as características físico-químicas

do fluido que recobre sua parede, o que influencia negativamente a

performance glótica, isto é, a emissão vocal, causando dificuldades na vibração

das pregas vocais.

A atitude ideal com o ar condicionado seria evitá-lo. Caso o

professor tiver a opção de substituir a refrigeração por ar condicionado pela

refrigeração natural da sala abrindo as janelas, deve fazê-lo. Porém, abrir as

janelas também pode aumentar o ruído do ambiente, o que ocasionará

dificuldade para comunicação do docente e dos discentes (pois terão que falar

mais alto, cometendo esforço vocal) e, conseqüentemente, para o processo de

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ensino aprendizagem. Nesse caso, pode-se optar para a refrigeração por

ventiladores. Para ambos os aparelhos é muito importante mantê-los limpos

para evitar alergias e outras infecções.

Em alguns casos é preferível usar o ar condicionado à refrigeração

natural do ambiente. No carro, por exemplo, muitas vezes o ar condicionado é

útil para mantermos uma temperatura mais amena em dias de calor intenso,

para evitarmos a fumaça direta dos veículos que trafegam na via e para reduzir

o incômodo causado pelo barulho das vias de trânsito.

É importante ressaltar que em ambiente com ar condicionado não

há uma adequada circulação e revitalização do ar, pois o ar interno não sai do

ambiente com facilidade e o ar externo não pode entrar adequadamente.

Assim, esse ambiente tende a ficar com maior concentração de poluentes,

mantendo um ar “viciado”.

Em todo caso é necessário o controle do ressecamento das vias

aéreas pela ingestão constante de líquidos por via oral e/ou nasal (solução de

soro fisiológico). No carro e no ambiente de trabalho é sempre recomendável

manter-se uma garrafa ou copo de água. Durante uma exposição oral, deve-se

intercalar a fala com pequenos goles de água, ingeridos lentamente.

Poluição atmosférica

A poluição pode produzir alterações vocais e laríngeas agudas

(crises constantes) ou crônicas (alterações prolongadas), como rouquidão,

sensação de irritação na boca, faringe e nariz, tosse e outros sintomas. Porém,

como a poluição atmosférica é uma questão de saúde pública, com grandes

implicações socioeconômicas a ser resolvida somente em longo prazo, o que

se pode fazer, de imediato, é não permanecer em ambientes fechados

poluídos, como locais onde há pessoas fumando ou garagens, onde costuma

haver grande concentração de gás carbônico/dióxido de carbono (CO2) ou, pior

ainda, de monóxido de carbono (CO).

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Poluição sonora

Costumamos ter um grande desconforto em ambiente de intensa

poluição sonora, onde para nos comunicarmos temo que realizar um grande

esforço vocal, emitindo a voz em alta intensidade (volume sonoro), ou seja,

praticamente gritando e a isso se chama de “competição vocal”. Essa situação

entretanto, gera o estresse de nossas pregas vocais e de toda a estrutura

muscular da laringe, tornado a voz rouca, isto é, as pregas vocais passam a ter

dificuldade de vibrar.

O que evitar? É importante poupar a voz quando:

• Avenida com grande quantidade de sons;

• Em festas quando todos falam muito alto;

• Televisão ou música com volume elevado.

Pó e poeira

Manter a higiene doméstica é indispensável para se ter uma boa

saúde, em geral e em termos do sistema respiratório e do aparelho fonador.

Nesse sentido, algumas orientações podem ser elaboradas:

• Evitar tapetes e carpetes muito grossos, que tendem a acumular mais pó

e são mais difíceis de limpar; optar, quando possível, pelos pisos frios ou

de madeira;

• Evitar animais domésticos e, caso os tenha, redobrar o cuidado na

higiene destes e na limpeza doméstica;

• Tirar o pó dos móveis, incluindo sofás e cadeiras, dos enfeites e do chão

com pano molhado, e não com flanelas, panos secos ou espanadores,

que espalham o pó e têm eficiência reduzida na higiene do lar;

• Manter os ambientes arejados e iluminados, o que ajuda a criar um

ambiente menos propício ao bolor, ao mofo e à reprodução de

microorganismos;

• Limpar os colchões com pano molhado e com álcool;

• Lavar as colchas e trocar travesseiros regularmente.

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Alergias respiratórias

Existe uma grande correlação entre alergias/distúrbios respiratórios

(rinite, asma, bronquite, faringite e laringite) e alterações vocais, devido

principalmente a alterações na respiração do indivíduo e em sua produção do

muco nas vias aéreas. Em quaisquer casos, é recomendável visita a um

otorrinolaringologista para a realização de exames que permitam um

diagnóstico adequado e para a indicação do tratamento conveniente. A

produção vocal falada e cantada é prejudicada de maneira singular por

alterações nas vias aéreas.

Grito e pigarro

É comum encontrarmos pessoas que pigarreiam com freqüência.

Esse ato provoca atrito das pregas vocais, chegando mesmo a feri-las.

Entretanto, o organismo reage a tal agressão alterando a produção de muco,

ou seja, aumentando para proteger as pregas. Cria-se assim, um círculo

vicioso, pois o muco produzido pode dar uma nova sensação de presença de

um corpo fisiológico estranho às pregas e, para eliminá-lo, pigarreia-se

novamente.

Para evitar o pigarro e seus efeitos danosos sobre as pregas

vocais, devem ser tomadas algumas atitudes, como hidratar-se para manter o

muco fluido, menos denso. A hidratação oral é a maneira mais eficiente de se

manter a necessária quantidade e qualidade de muco nas pregas vocais. Outra

atitude recomendável são os exercícios de vibração de língua (“RRRRRRR”),

imitando a aceleração de um motor de automóvel. Tais sons podem ser surdos

ou sonoros, isto é, usando ou não a voz propriamente dita.

O grito, por sua vez, consiste em emitir a voz a voz falada em alta

intensidade, ou seja, com volume sonoro acima do normal. Quando gritamos, a

vibração das pregas vocais torna-se praticamente uma colisão, que

sobrecarrega a musculatura da laringe, contraindo excessivamente os

músculos laríngeos e estressando-os. Há também um estresse dessa

musculatura quando sussurramos; ou seja, falar baixo não é sempre sinônimo

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de poupar a voz. O que se deve buscar é o volume ideal de conversação,

aquele em que a emissão vocal se dá em excessivo esforço.

Os cantores e atores podem emitir sons de alta intensidade sem

prejudicar seu aparelho fonador devido ao preparo respiratório intenso. Mesmo

quando gritam, podem conscientemente associar seu esforço muscular

laríngeo a um bom controle de fluxo respiratório, produzindo um “grito

empostado”, que não fere as pregas vocais. Antes de “gritar”, já se prepara o

apoio respiratório necessário para a vibração de forma que haja menor esforço

das pregas vocais. Isso acontece por causa de um condicionamento

respiratório e muscular adquirido durante anos de treinamento vocal.

Sprays e pastilhas

Algumas pastilhas e medicamentos em forma de spray produzem

uma ação analgésica e anestésica sobre as mucosas da boca e da faringe.

Assim, mascaram eventuais irritações no aparelho fonador, fazendo a pessoa

pensar que sua voz está plenamente restabelecida e, então levando a um uso

extenuante da voz, que potencialmente leva a inchaço (edemaciamento) das

pregas vocais.

Especificamente sobre o tratamento dos problemas vocais, é um

consenso entre os pesquisadores da voz que balas, pastilhas e sprays são

meros paliativos para uma voz saudável; muitas vezes, podem atenuar uma

sensação desagradável momentaneamente, mas não devem ser empregado

com freqüência, uma vez que provocam alterações no estado das mucosas,

sendo a melhor opção uma boa hidratação, o emprego de uma técnica vocal

corretamente orientada e, na ocasião de problemas de saúde, a busca de um

profissional que conduza um tratamento eficiente a partir de um diagnóstico

adequado – fonoaudiólogos e otorrinolaringologistas.

Vestimentas

A roupa deve estar de acordo com a temperatura do ambiente de

trabalho, mantendo uma adequada proteção térmica do corpo. A vestimenta

adequada ajuda a prevenir eventuais alergias, que prejudicam a emissão vocal

Page 15: Resumo do livro manual de saúde vocal

e geram espirros, interrompendo a comunicação. Assim, deve-se evitar tecidos

que podem causar reações alérgicas.

O calçado também influencia na emissão vocal. Sapatos de salto

extremamente alto podem gerar desequilíbrio e ocasionar má postura corporal.

Além do desconforto, isso pode implicar a má projeção da sua voz, fazendo

necessária uma fala em volume mais elevado e, portanto, um maior desgaste.

Uma má postura, com ombros extremamente abertos, tórax projetado para

frente e cabeça muito erguida, também pode tensionar excessivamente o

pescoço e, portanto, a laringe, impedindo uma emissão vocal de qualidade.

Evitar o uso de roupas apertadas é muito importante, pois roupas

inflexíveis comprimem a musculatura respiratória e, assim, geram mais

cansaço e perda de fôlego. Roupas apertadas dificultam bastante a ação do

diafragma, principal músculo respiratório. Ou seja, fazem a pessoa gastar mais

energia que o necessário para respirar e a respiração ainda continua

ineficiente.

Para o professor, é essencial conhecer as salas de aula em que

trabalha em termo da temperatura que o ambiente costuma ter; assim, o

docente poderá escolher as roupas termicamente mais adequadas para o

desempenho de sua função. Ademais, é sempre recomendável usar roupas

mais frescas e levar ao trabalho um casaco, caso a temperatura abaixe durante

o dia.

Page 16: Resumo do livro manual de saúde vocal

3 FISIOLOGIA DA VOZ

A emissão da voz requer a sinergia de muitos mecanismos, envolvendo

elementos que integram diferentes funções do organismo humano, em um

trabalho conjunto dos sistemas nervoso, respiratório e digestivo,

principalmente, com músculos, ligamentos, ossos, órgãos, células e tantas

outras estruturas, harmoniosamente concatenados para uma emissão eficiente.

Nesse sentido, diversas funções fisiológicas têm uma interferência

mediata ou imediata na produção da voz. Destacam-se a seguir as relações

que existem entre alguns sistemas fisiológicos e a emissão vocal.

3.1 Sistema Respiratório

É o que participa de maneira mais imediata da produção da voz e inclui

as vias aéreas superiores (faringe e laringe), o s pulmões e os músculos

respiratórios, como o diafragma, músculo localizado sob os pulmões e os

intercostais, músculos localizados entre as costelas.

A respiração fornece o ar que é a matéria – prima básica para a vibração

das pregas vocais e a produção do som de nossa voz que se dá a partir do

fluxo respiratório que passa pela laringe. Por isso respirar com eficiência é o

mais importante pré-requisito para falar e cantar bem. De fato, o conjunto dos

órgãos envolvidos de modo mais imediato na produção vocal – o chamado

aparelho fonador – é constituído basicamente pelo sistema respiratório, com a

adição dos articuladores presentes na cavidade bucal (como a língua e os

dentes).

3.2 Sistema Digestivo

Aquele que decompõe os alimentos e líquidos ingeridos em

susbstÂncias básicas, usadas para a manutenção de nossas estruturas

fisiológicas, para a reserva de gordura e para a produção de energia. Uma má

digestão pode ocasionar a subida de gases ácidos que podem atingir a laringe,

inchando as pregas vocais. Além disso, ocasiona dificuldades de

movimentação dos músculos respiratórios.

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3.3 Aparelho Fonador

Conjunto de órgão que atuam mais diretamente na produção da voz.

Constitui-se essencialmente de:

• Produtores e canalizadores: pulmões, brônquios e traquéia;

• Cavidades de ressonância: laringe, faringe, boca, nariz e seios

paranasais

• Articuladores: lábios, língua, véu palatino, mandíbula e dentes.

Percebe-se que o aparelho fonador compõe-se basicamente dos mesmos

órgãos que o sistema respiratório, acrescentando-se a este apenas os seios

paranasais (na função de cavidade de ressonância) e os articuladores,

mecanismos característicos da emissão vocal articulada e, conseguintemente,

inteligível.

Na laringe, estão as pregas vocais, dois músculos que ficam na posição

horizontal, lado a lado. Quando elas vibram, produzem um som básico (buzz

laríngeo). Esse som produzido pelas pregas vocais passa da laringe à faringe e

chega a outras cavidades de ressonância, como a boca, o nariz e os seios

paranasais. Nessas cavidades o som é amplificado e assim chega àquela

qualidade que percebemos como sendo a voz. Na boca existe a úvula, em

forma de “u”, que é um apêndice do véu palatino que recobre o céu da boca. A

úvula ajuda a diminuir a passagem da vibração das pregas para o nariz,

fazendo o som da voz sair mais pela boca e diminuindo, assim, a nasalidade de

nossa voz.

3.4 O trato vocal

O trato vocal é formado por cavidade e subdividido em regiões

anatômicas. Temos as cavidades oral, nasal e dos seios paranasais. As

regiões do trato vocal são: parte nasal da faringe (nasofaringe, rinofaringe ou

cavum), parte oral da faringe (orofaringe) e parte laríngea da faringe

(laringofaringe). Portanto, o trato vocal representa a parte superior (a partir da

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laringe) do aparelho fonador. Essa é a configuração anatômica que pode ser

observada:

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4 TÉCNICA VOCAL

A técnica vocal, em sentido estrito, faz referência aos exercícios

práticos (físicos) realizados, visando diretamente à preparação para a produção

vocal, falada ou cantada. É basicamente realizada com exercícios de

relaxamento da região da nuca, pescoço, rosto, cintura escapular e também de

postura corporal. Em seguida, são trabalhados exercícios respiratórios para

controle de fluxo respiratório, especialmente, Após essa preparação, são

realizados os vocalizes, exercícios utilizando as escalas musicais com as

vocais.

Além de servirem diretamente à preparação para a emissão vocal,

os exercícios objetivam o desenvolvimento de uma consciência maior acerca

da voz e do corpo, permitindo o cultivo de um senso de propriocepção refinado.

4.1 Consciência auditiva da própria voz

Pense a respeito de sua voz... você está satisfeito com ela?

Perceba sua voz: como ela é, mais grave ou mais aguda? Como você e os

outros percebem sua fala? Ela é autoritária e convincente, antipática e

arrogante ou doce e confortável? Quando você está irritado (a) ou angustiado

(a), como ela revela seus estados emocionais?

É importante também perceber a dinâmica fonatória dos outros: a

voz da pessoa que você está ouvindo é mais rouca ou mais delicada? Da voz

do outro saem símbolos que expressam se sua vida foi mais sofrida ou mais

calma; se naquele momento a pessoa está equilibrada; se sua rotina está

estafante.

Ao tomar consciência da imensidão de vozes que cerca sua vida a

todo momento, você aprenderá a identificar a postura vocal mais adequada

para cada situação; saberá expressar-se melhor pela sua voz, dizendo muito

mais apenas pelos sons que seu corpo emite das pregas vocais.

A percepção da nossa voz falada pode ser trabalhada com

exercícios que envolvam formas de expressão vocal que não façam parte de

nosso cotidiano. O exercício de leitura em voz alta de trechos de poesi, de

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crônicas, contos e outros gêneros de textos poderá contribuir para a

dinamização da fala e a flexibilidade vocal.

A prática da performance falada de textos em verso e prosa auxilia no

desenvolvimento de posturas, padrões de fala e técnicas de apresentação,

trabalhando a desinibição e a interpretação eficaz em aulas e palestras

aprimorando sua propriocepção. Você pode avaliar sua performance vocal

falada de textos segundo alguns parâmetros:

• Estudo e preparação;

• Atividade corporal (postura, olhos e mãos) durante a interpretação;

• Afinidade com texto escolhido;

• Clareza e articulação na performance;

• Adequação da intensidade vocal;

• Flexibilidade vocal e ajuste da dinâmica vocal á interpretação do texto;

• Capacidade de envolvimento emocional;

• Capacidade de reação e correção de erros depois de interferências (por

exemplo, ruídos).

4.2 – Relaxamento muscular

Entre os benefícios dos alongamentos estão a diminuição da tensão

muscular e o relaxamento do corpo e da mente, a melhora da coordenação,

que leva à maior facilidade para realização de movimentos, prevenção de

lesões e torções musculares e a tomada de consciência corporal. Tudo isso

reflete na sua voz e permite um maior equilíbrio físico e mental incluindo o

vocal.

4.2.1 – Relaxamento da cintura escapular e região do pescoço

A cintura escapular PE a estrutura formada para conectar os braços ao

nosso tronco. A movimentação dos braços está diretamente ligada à cintura

escapular e a musculatura que a envolve. Temos muita facilidade para

acumular tensões nessa região. Práticas de relaxamento para cintura escapular

são essenciais para uma boa postura e para a produção vocal falda e cantada.

Page 21: Resumo do livro manual de saúde vocal

Alguns exercícios podem ser realizados com ganho postural e tranqüilidade na

emissão da voz.

4.2.2 – Relaxamento da musculatura facial e trato vocal

Promover o relaxamento das estruturas musculares do nosso rosto é

muito importante para a emissão vocal mais tranqüila, com menor esforço, com

menos gasto energético e mais eficiente porque a voz sai mais clara e

demanda menos ar.

4.3 Consciência respiratória

Os atos respiratórios podem ser percebidos em várias regiões do nosso

corpo: na região anterior e posterios das costelas; na região da cintura, na

frente do abdome; na região da pelve, para frente e para trás; na região do

períneo. Todas essas percepções em nosso corpo não alteram a fisiologia

respiratória, pois o ar vai apenas para o pulmão.

A ação combinada de músculos e demais elemento da mecânica

respiratória define o tipo respiratório que é utilizado. Temos basicamente quatro

tipos de respiração:

1. clavicular ou superior: o tórax se dilata na inspiração, as costelas se

elevam e o diafragma é pouco ativo em seu deslocamento. A produção

vocal é alterada pelo aporte insuficiente de ar e o som tende a ser

agudo, pela elevação e tensão da laringe.

2. Média, mista ou torácica: pouca movimentação superior ou inferior do

tórax durante a inspiração e um deslocamento anterior da região média

torácica. È mais utilizada quando em repouso ou em conversações

diárias, mas é inapropriada para o uso profissional da voz.

3. Inferior ou abdominal: ausência de movimentos na região superior do

abdome e expansão da região inferior. O diafragma se contrai, mas as

costelas não se elevam. Não propirciona elevada pressão aérea, nem

Page 22: Resumo do livro manual de saúde vocal

satisfatório domínio dos movimentos, daí ser imprórpio para a fonação

mais apurada.

4. Diafragmático-abdominal ou costo-diafragmático-abdominal: expansão

harmônica da caixa torácica e abdominal, sem excesso na região

superior ou inferior, possibilitando maior volume aéreo circulante, mais

vigor e maior domínio das ações. A atividade docente requer resistência

vocal para o uso da voz com forte intensidade e boa projeção,

necessárias a uma psicodinâmica vocal que sugere autoridade e

confiabilidade. Por isso o desenvolvimento da respiração diafragmático

abdominal é a mais eficaz para o desenvolvimento da voz profissional.

a. Aquecimento e desaquecimento

Aquecer a voz significa realizar exercícios com vogais adequados a

cada registro vocal, ou seja, usando apenas as notas que a voz do cantor

consegue alcançar, das mais graves às mais agudas. O aquecimento vocal

evita a sobrecarga muscular (pelo uso ineficiente) e a fadiga vocal. Para

tanto o corpo deve ser preparado através de exercícios de relaxamento e

práticas respiratórias.

O desaquecimento vocal tem como objetivo principal fazer com que o

indivíduo retorne ao ajuste fonoarticulatório da voz coloquial, evitando o abuso

decorrente da utilização prolongada dos ajustes do canto, ou depois de

prolongada utilização da voz profissional. Assim, segue um programa para o

desaquecimento, com duração média de 5 minutos:

• Relaxamento facial pela técnica do bocejo;

• Rotação de cabeça com vogais escuras;

• Sons nasais e ou vibrantes em escalas descendentes;

b. – Site de apoio

http://www.editoraatlas.com.br – seção correspondente ao Manual de saúde

vocal ou materiais de apoio.

Page 23: Resumo do livro manual de saúde vocal

http://www.fonoaudiologia.com

Page 24: Resumo do livro manual de saúde vocal

QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA E VOZ

Autoavaliação pelo questionário de qualidade de vida e voz (QVV)

Resposta Questão

Isso nunca acontece e

não é nenhum problema

Isso acontece pouco e

raramente pe um problema

Isso acontece às vezes e é um

problema moderado

Isso acontece muito e quase

sempre é um problema

Isso acontece sempre e

realmente é um problema

ruim

1 - Tenho dificuldade em falar forte (alto) ou ser ouvido(a) em ambientes ruidosos

2 - Preciso pegar ar muitas vezes enquanto eu falo

3 - Não sei como a voz vai sair quando começo a falar

4 - Fico ansioso(a) ou frustrado(a) por causa da minha voz

5 - Fico deprimido(a) por causa da minha voz

6 - Tenho dificuldades ao telefone por causa da minha voz

7 - Tenho problemas no meu trabalho ou para desenvolver minha profissão por causa da minha voz

8 - Evito sair socialmente por causa da minha voz

9 - Tenho que repetir o que falo para ser compreendido por causa da minha voz

10 - Tenho me tornado menos expansivo por causa da minha voz

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 25: Resumo do livro manual de saúde vocal

O objetivo das informações aqui propostas é de elucidação e

autoconhecimento para a melhoria das condições de vida, visando à

manutenção ou promoção da saúde vocal dos profissionais da voz. Sua voz é

um diamante a ser lapidado. É único e precioso, portanto cuide bem desse

instrumento raro. Espera-se que o objetivo possa ser alcançado! Faça bom

proveito do material.

Page 26: Resumo do livro manual de saúde vocal

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMATO, Rita de Cássia Fucci. Manual de saúde vocal: teoria e prática da voz

falada para professores e comunicadores. São Paulo: Atlas, 2010.