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Resumo do Livro: Planejamento Estratégico Autor: Josué Campanha. Capitulo 1: E tudo Começou assim Planejar é desafiador. Significa estar no topo de uma montanha, olhar para o topo da outra montanha e saber que é possível chegar lá. O calendário de uma igreja é o complemento, a conseqüência de algo que se espera atingir e não o planejamento. Quando o calendário se torna o planejamento estratégico de uma igreja, ela está a caminho do suicídio eclesiástico e em breve estará no necrotério de igrejas que se autodestruíram. O primeiro item do planejamento da igreja primitiva era compaixão e amor pelas pessoas, eles partiram o pão juntos em casa, ou seja, eles estavam em casa para que isso pudesse ocorrer. Atualmente a grande maioria dos cristãos não conseguem sequer estar em casa, pois o tempo que lhes sobra de sua vida agitada é consumido na igreja, cumprindo o calendário de atividades. Outro fator é que o pessoal da igreja primitiva estavam juntos todos os dias no templo para perseverar, e não para cumprir calendário. Não era o ativismo que levava aquela gente para o templo ou para qualquer outro lugar. Era o desejo de estar juntos para aprofundar mais a fé e crescer em Jesus. Capitulo 2: Por onde começar?

Resumo do Livro - Planejamento estratégico

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Resumo do Livro: Planejamento Estratégico

Autor: Josué Campanha.

Capitulo 1: E tudo Começou assim

Planejar é desafiador. Significa estar no topo de uma montanha,

olhar para o topo da outra montanha e saber que é possível chegar lá. O

calendário de uma igreja é o complemento, a conseqüência de algo que se

espera atingir e não o planejamento.

Quando o calendário se torna o planejamento estratégico de uma

igreja, ela está a caminho do suicídio eclesiástico e em breve estará no

necrotério de igrejas que se autodestruíram.

O primeiro item do planejamento da igreja primitiva era compaixão

e amor pelas pessoas, eles partiram o pão juntos em casa, ou seja, eles

estavam em casa para que isso pudesse ocorrer. Atualmente a grande

maioria dos cristãos não conseguem sequer estar em casa, pois o tempo

que lhes sobra de sua vida agitada é consumido na igreja, cumprindo o

calendário de atividades. Outro fator é que o pessoal da igreja primitiva

estavam juntos todos os dias no templo para perseverar, e não para

cumprir calendário.

Não era o ativismo que levava aquela gente para o templo ou para

qualquer outro lugar. Era o desejo de estar juntos para aprofundar mais a

fé e crescer em Jesus.

Capitulo 2: Por onde começar?

Para se começar um planejamento para a igreja é necessário um

roteiro. Este roteiro é uma declaração de intenções, em que serão

estabelecidos os passos que serão dados para se chegar ao final do

planejamento. O primeiro passo para este roteiro é pedir a direção de

Deus.

Como elaborar um roteiro de Planejamento

Page 2: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Introdução

Uma breve descrição procurando à pergunta?

Por que nossa igreja precisa de um planejamento neste

momento?

Esta resposta não deve ter mais do que dois ou três

parágrafos pequenos. Vão existir muitos “porquês” para

responder no decorrer do planejamento.

Parte I

Nesta parte você deve incluir todos os itens relativos ao passado da

igreja, a definição da missão e visão para o futuro. Além disso, há

necessidade de levantar dados sobre o presente e diagnosticar como a

igreja está para enfrentar o futuro.

1. Panorama histórico da igreja

2. Definição de missão e objetivos da igreja

a. A missão da igreja

b. O papel da igreja para o membro

3. Visão atual e futura e análise de oportunidades

a. Visão e missão da igreja

b. Oportunidades relacionadas à missão

4. Perfil dos membros e do público-alvo

a. Pesquisas de campo com os membros e público-alvo

b. Perfil dos membros em relação à cidade

5. Panorama dos projetos em desenvolvimento

Parte II

A segunda parte do roteiro para o planejamento vai começar a

trabalhar definições mais profundas. Na primeira parte, foram definidas

apenas a missão e a visão. Agora, em decorrência dessas duas definições,

começarão a ser definidos os programas e métodos de trabalho da igreja

em suas diversas áreas de ação.

1. Definição de programas e serviços

2. Definição de recursos humanos, financeiros e tecnológicos

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3. Avaliação das potencialidades

Parte III

Nesta parte do planejamento são definidas as estratégias para se

atingir os objetivos, os planos de ação e, finalmente, o calendário. O

calendário é a conseqüência do “onde” a igreja quer chegar e dos

objetivos que ela deseja atingir. As atividades que a igreja vai realizar

serão um reflexo de seu planejamento.

1. Análise das ações desenvolvidas atualmente

2. Definição de estratégias de ação

3. Planos de ação

a. Programas

b. Atuação (espiritual, social, educacional, missionária,

evangelística, etc.)

c. Financeiro

4. A igreja e a sociedade local

a. Metas e desafios

b. Alvos de crescimento

5. Forma de gerenciamento e estruturação

6. Critérios de avaliação e tomada de decisões

7. Calendário de atividades

Dicas

“A organização necessita estabelecer seus objetivos na área de

planejamento. Ela não pode querer explorar todas as oportunidades, pois

todas são atraentes e ela não teria recursos para isso”. Kotler

“Não adianta ter consciência de que o planejamento é importante. É

preciso vivê-lo dia a dia”. Marcos Cobra

O planejamento estratégico correto implica saber:

1. Avançar em que?

2. Avançar para onde?

3. Quanto avançar?

4. De que forma avançar?

Page 4: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

5. Com que custo?

6. Em que locais? etc.

Capitulo 3: O início da caminhada

Colocar no papel aquilo que se deseja fazer, que alvos atingir, em

quanto tempo, com que recursos, a partir de que ponto e, principalmente,

com que objetivo. Uma igreja sem planejamento pode ir para qualquer

lugar que tudo estará bem, pois não há alvo definido.

Inicialmente é preciso fazer um levantamento de todas as

necessidades da igreja. Este item precisa se dividido em duas partes:

necessidades da pessoas e necessidades da igreja como instituição.

Depois, deve-se levantar os problemas e realizar uma avaliação de toda a

situação. Em seguida é preciso relacionar os desafios e oportunidades de

trabalho.

Necessidades + problemas + avaliação + desafios +

oportunidades= Planejamento.

Capitulo 4: A parábola do semeador

Semear é diferente de simplesmente jogar a semente na terra.

Semear bem é o mesmo que ensinar sabendo que as pessoas estão

aprendendo. O semeador espiritual precisa ter a visão completa da

semeadura (semente, terra, clima, adubos etc.). não basta apenas jogar a

semente e esperar que ela produza a cem por um.

Não basta apenas semear, é preciso semear bem. Não basta

apenas planejar, é preciso planejar bem. O semeador que não conhece o

tipo de semente que está semeando também não pode prever que tipo de

fruto terá. A semente cai sempre onde o semeador a joga. A visão e a

ação do semeador definem onde a semente cairá. Semear é diferente de

jogar a semente. Se não tivermos certeza de que deus quer que

plantemos uma semente, de nada adiantará plantarmos essa semente da

melhor forma.

Capitulo 5: A definição da Missão

Page 5: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

A base de um planejamento também é esta. Se não houver a

definição da missão da igreja, outras definições que venham a ser

tomadas estarão soltas ao ar, como pedras de meteorito no espaço. Estas

pedras podem colidir entre si, ou mesmo provocar grandes estragos

quando colidirem na terra.

“os três fatores essenciais ao sucesso de uma missão são: Faça

melhor aquilo que você já faz bem, se essa for a coisa certa a ser feita;

olhe para fora em busca de oportunidades e necessidades. Um novo

padrão é estabelecido quando se faz bem uma coisa. Isto é compromisso

com a missão.” Peter Drucker

A missão de uma igreja é uma declaração geral de intenções. É

algo mais filosófico do que mensurável e deve refletir objetivos

ministeriais. A missão pode ser descrita em uma frase ou duas. A missão

caracteriza o âmago do ministério a ser desenvolvido.

Não confunda visão com missão

George Barna “A declaração de missão é uma definição dos

objetivos do ministério-chave da igreja”, a declaração de visão é um

esclarecimento da orientação, e as atividades da igreja local devem

buscar criar um impacto ministerial verdadeiro. Ainda segundo Barna “a

visão é algo especifico, detalhado, distintivo e único no caso de

determinada igreja.”

Capitulo 6: Passos decisivos no planejamento

Em um planejamento é preciso chamar pessoas para construir toda

o idéia, mas no decorrer do planejamento só podemos dispensar ou

mesmo substituí-las se comprovado ineficiência. Nuca pense que você

pode continuar sozinho no meio do caminho achando-se auto-suficiente,

pois podermos afundar tudo que se tinha feito até então.

Pode-se até transformar idéias num grande plano para a igreja,

mas se o povo não participar da elaboração do planejamento, dificilmente

vão participar da execução.

Page 6: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

1. Um líder ou grupo de líderes que querem fazer tudo sozinhos,

sem a participação dos liderados. Quase sempre se frustram por

não conseguir fazer com que os liderados se envolvam.

2. Por mais que um pastor ou grupo de líderes da igreja possam

entender e conhecer a igreja, eles não conhecem tudo que a

igreja pensa. Por mais que possam definir os caminhos futuros

que a igreja deverá percorrer, nunca conseguirão ter certeza de

que aqueles caminhos têm a aprovação total da igreja e,

principalmente, a direção do Senhor.

Capitulo 7: Envolvendo a liderança.

A produção de qualquer coisa na vida é fruto de um investimento

anterior, por isso pode-se então programar um retiro com lideres da igreja

das mais diversas idades e ministérios. Para passar o que se pretende e

coletar idéias dos lideres para que eles tenham o sentimento de fazer

parte do planejamento.

Capitulo 8: Identificando a visão

A missão pode ser definida por uma equipe de líderes, mas a visão

não. A visão é dada por Deus para o líder.

Toda visão sem ação não passa de sonho. Toda ação sem visão é

utopia. Porém, uma visão de Deus, com ação, pode mudar o mundo.

Conforme for aprendendo a visão que Deus tem preparado para o

seu serviço, você não poderá evitar sentir-se humilhado das

demonstrações do interesse do Senhor pela sua vida nem sentir-se

excitado acerca das oportunidades que a visão divina lhe conferirá,

desafiando-o, mediante a profundeza das relações resultantes entre o

Senhor e servo, deixando-o admirado por ser capaz de dedicar sua vida à

concretização dessa visão acerca do ministério evangélico.

Capitulo 9: Caminhos para a igreja

A diferença entre um líder com visão e um líder sem visão é que,

apesar de os dois estarem no mesmo lugar, tendo a mesma perspectiva

Page 7: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

ótica de alguma coisa, um vê apenas o óbvio e o outro vê um horizonte

que vai além do físico.

Considerando os caminhos que a igreja havia adotou nos últimos

anos e a necessidade de envolvimento do rebanho, algumas estratégias

que a igreja pode implementar para solidificar-se internamente e

promover a sua expansão:

1. Discipulado

A utilização do discipulado de uma forma crescente e constante,

primando sempre pela quantidade e não pela qualidade. O

discipulado pode resolver a médio e longo prazo e de forma

definitiva, na maior parte dos casos, algumas deficiências da

igreja, tais como: vida espiritual, comunhão, doutrinamento,

integração, compromisso, dons espirituais, família, serviço.

2. Dons espirituais

O discipulado conduz as pessoas à descoberta de seus dons

espirituais. O discípulo que gera a descoberta dos dons,

acompanhado de treinamento, pode tornar cada crente um

soldado pronto para a batalha. Ele é fortalecido pela base da

palavra de Deus por meio do discipulado e descobre seu lugar

no exército divino. Depois, recebe treinamento para

desempenhar o seu papel da melhor maneira possível.

Discipulado + dons Espirituais + Treinamento = Ministério Eficaz

3. Ministérios

Troca dos cargos para ministérios para que seja exercitado os

dons espirituais dos crentes nos vários ministérios da igreja.

4. Ensino Bíblico em grupos pequenos

O ensino bíblico por intermédio da escola bíblica pode

desenvolver-se juntamente com o ministério de discipulado num

currículo.

5. Oração

O ministério da oração na igreja não pode estar limitado apenas

a vigília ou semanas de oração. O fato de as pessoas não

participarem destas ocasiões não significa que não a

Page 8: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

necessidade e o desejo de orar. É preciso abrir um leque de

opções para estimular o envolvimento das pessoas. É

importante destaca que o ministério de oração na igreja não

pode estar vinculado as atividades.

6. Evangelização

Tipo de Evangelismo Particularidades

Evangelismo pessoal A conscientização e mobilização dos

membros para a evangelização

pessoal, por meio de evangelização

e outros meios.

Evangelismo através de

projetos sociais

Esta é a segunda área mais carente

a ser desenvolvida. Criar

oportunidades para aproveitar o

ministério social que a igreja realiza

para levar a palavra.

Evangelismo através de

grupos pequenos

É o envolvimento de amigos não-

crentes nos grupos pequenos da

igreja para estudo da bíblia e

discipulado

7. Ministério Associado

As responsabilidades são divididas, conquanto haja um pastor

coordenando a equipe. Os membros são orientados a ver todos

os ministros de forma mais equilibrada e participativa. Os

ministros associados cobrem as áreas em que o pastor

coordenador é mais fraco, dando equilíbrio ao atendimento das

necessidades da igreja e dos membros.

8. Ministério com Jovens e Adolescentes

Deve-se analisar a viabilidade de a igreja ter um líder para o

ministério de jovens a adolescentes. Esse ministério deve

principalmente desenvolver as seguintes áreas:

Apoio mais próximo ao jovem, com aconselhamento e

ajuda emocional;

Page 9: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Apoio vocacional;

Atividades sociais e recreativas.

9. Ministério com Famílias

Outra necessidades urgente a ser atendida é o desenvolvimento

de um ministério voltado para as famílias. Não se trata apenas

de fazer visitas ou dar telefonemas, mas desenvolver projetos

como:

Preparação gradual para o casamento;

Acompanhamento no primeiro ano de casamento;

Aconselhamento para casais (preventivo e terapêutico);

Apoio na criação de filhos;

Encontros de crescimento familiar.

10. Missões

A área missionária está em constante desenvolvimento. A igreja

pode sustentar missionário mediante contribuições mensais de

alguns de seus membros. A expansão deve continuar,

lembrando a necessidade de criar mecanismos de consolidação,

para que em momentos de crise a igreja não seja obrigada a

reduzir o número de missionários que sustenta.

Capitulo 10: Utilizando pesquisas

O propósito essencial da pesquisa é obter informações que

facilitem a identificação de oportunidades ou problemas. Elas também

ajudam o líder ou sua organização a tomar a melhor decisão diante das

situações que serão detectadas.

A pesquisa servirá como ferramenta para diminuir a incerteza no

processo de tomada decisões. A pesquisa não pode ser considerada como

a chave para a solução de todos os problemas do líder ou da igreja.

Capitulo 11: Definições estratégicas e visão

Warren Bennis diz que “a não ser que uma visão seja sustentada

pela ação, ela rapidamente vira cinzas”.

Page 10: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Definida a missão e identificada a visão para aquele tempo, era

necessário definir os valores e as estratégias para o igreja. Os valores são

aquelas coisas em que a igreja acredita e pelas quais dará a sua vida. As

estratégias são definidas a partir das propriedades identificadas durante

todo o processo. As estratégias são a forma como a igreja vai agir a partir

de sua missão, visão e valores.

Definição de Valores

Os valores são assimilados desta forma. Vêm da nossa família, da

escola, do ambiente, dos amigos e da palavra de Deus. No entanto, depois

que os assimilamos, passamos a acreditar neles e a lutar por eles, mesmo

que não sejam os melhores valores para a nossa vida. Os valores afetam

áreas estratégicas do nosso dia-a-dia e, às vezes, lutamos cegamente por

eles sem percebermos o motivo pelo qual estamos fazendo isso.

Quando não se avaliam exatamente os valores que a igreja tem,

corre-se o risco de comprometer qualquer planejamento que se faça por

causa desses valores.

James Heskett “organizações com culturas fortes nãos fazem jus ao

sucesso e à longevidade. Aquelas que abraçam valores que honram e

apóiam a adaptabilidade, sim. Estes valores recompensam a sensibilidade

às necessidades dos vários grupos de interesse”.

Definição de estratégias

As estratégias implicam saber como a igreja vai chegar na missão e

visão definidas. As estratégias devem sempre ser definidas a partir das

condições locais de uma igreja, e não a partir de condições abstratas.

Princípios bíblicos para o funcionamento da igreja

Para que possa acontecer, é necessário que a igreja entenda que

as coisas não iriam funcionar com uma estrutura voltada somente para

atividades, mas sim por meio ministérios exercidos por meio dos dons

espirituais. A igreja pergunta para Deus que ministério Ele deseja ter

naquele lugar, como fruto dos dons espirituais que Ele deu aos membros

daquela comunidade. Não necessidade de criarmos aquilo que Deus não

pediu que fizéssemos.

Page 11: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

A descoberta dos dons espirituais gera alguns resultados para o

crente e para a igreja.

Para o cristão Para a igreja

Realização pessoal – Trabalha

com prazer porque está na área em

que Deus o usa melhor.

A igreja passa a contar com

pessoas trabalhando satisfeitas, e

não apenas com pessoas que

ocupam cargos.

Compromisso – Assume

compromisso com aquilo que está

fazendo, pois aquela atividade

produz realização e não é apenas

obrigação.

A igreja passa gradativamente a

não depender de escolas e

cobranças, mas de pessoas que

estão sempre prontas a trabalhar

por prazer.

Novos ministérios – Aquilo que

está no coração de um crente, mas

não consta da estrutura, vai surgir.

Aparecerão novos ministérios em

áreas ainda não desenvolvidas

envolvendo dons escondidos ou não

descobertos.

A igreja pode ampliar seu raio de

ação em áreas em que ainda não

atua hoje. Em contrapartida, deve

estar pronta para reavaliar a

continuidade de áreas em que as

coisas funcionam apenas porque

existem pessoas que foram eleitas.

Estrutura da igreja

A estrutura da igreja não pode ser o maior objetivo do planejamento

estratégico. Ela é conseqüência daquilo que Deus quer realizar por meio

da igreja. Só devem existir ministérios na estrutura em áreas que a igreja

entende que são prioritárias.

Lições de planejamento

Na hora de fazer, faça. A coisa que mais pode prejudicar o

planejamento e a implementação de mudanças numa igreja é o

medo e a insegurança.

Faça, mas nunca por si próprio. Aja sempre orientado pelo Espírito

Santo. Na verdade, é deus quem faz a obra.

A oração é a chave do planejamento e das mudanças.

Page 12: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Capitulo 12: Discipulado e Dons

Podemos até ajudar pessoas a descobrir seus dons e colocá-las nos

lugares certos. Porém, se lhes faltar a base de discípulos de Jesus, os

frutos que elas produzirão por seu próprio esforço, e não porque deus

serão por seu próprio esforço, e não porque Deus realizou a obra.

Discipulado

O processo de discipulado é um trabalho que exige paciência e

perseverança.

Quando se está em processo de discipulado pode notar algumas

mudanças tais como:

Mudança na vida espiritual e na visão da obra de Deus no

Reino. Passa-se a entender que toda iniciativa da obra de

Deus é dele e não nossa;

Sentimento de ser usado por Deus para formar novos

discípulos;

Comunhão e integração com todos os membros;

Dons espirituais.

Discipulado + dons espirituais + treinamento = ministério eficaz

Quando Paulo fala sobre os dons em Romanos, ele precede o

assunto tratando da renovação da mente e transformação do

entendimento. Ele não estava dizendo isso para não-crentes, mas cristãos.

Dons Espirituais

O discipulado conduz naturalmente as pessoas à descoberta de

seus dons espirituais.

O processo de planejamento estratégico é complementado pelo

discipulado e o trabalho com os dons espirituais. Todo processo de

planejamento leva a algumas mudanças na estrutura. Às vezes, as

modificações não acontecem e bloqueiam o planejado ou, às vezes, as

mudanças acontecem de forma estridente e comprometem os planos.

Capitulo 13: Avaliação das potencialidades

Page 13: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

A análise das potencialidades da igreja conduz também a uma

avaliação de oportunidades ou ameaças que a igreja terá de enfrentar

para desenvolver seus projetos.

FATOR OPORTUNIDADE OU AMEAÇA

População local – Considerando

que o público-alvo primário da

igreja são os habitantes do bairro

ou da cidade, que nunca ouviram

falar de Jesus, é necessário avaliar

o potencial de crescimento da igreja

para otimizar a participação dela no

alcance dessa população.

Neste aspecto, avalia-se o

crescimento da igreja nos últimos

anos e que média ele tem mantido

nos últimos cinco ou dez anos.

Avalia-se também quantas novas

igrejas foram organizadas e em

quanto tempo.

Taxa de crescimento das igrejas

– Além da sua igreja, é preciso

avaliar o crescimento das igrejas

que estão ao redor dela, no bairro

ou na cidade

Está análise possibilita verificar em

que segmento cada igreja está

crescendo, identificar áreas ou

grupos da sociedade que estão

sendo alcançados e avaliar o

crescimento da sua igreja

comparado ao das demais. Pode-se

também avaliar o crescimento das

igrejas na sua área.

Taxa de crescimento do número

de jovens e de famílias – O Brasil

é um país jovem. Sendo assim, as

igrejas também são um reflexo

disso. Cerca de 50% dos membros

das igrejas são jovens na faixa

etária dos 16 aos 35 anos de idade.

Além disso, com o amadurecimento

desses jovens, o número de famílias

e casais tende a crescer, criando

assim dois grupos de interesse e

Segundo estatísticas, de cada dez

pessoas que aderem a uma igreja,

cerca de seis têm menos de 35

anos de idade. Esta é uma

oportunidade para a igreja explorar.

Dentro das igrejas e na população,

o IBGE confirma que a faixa etária

média dos casamentos situa-se na

média de 24 anos de idade. Isso

divide o público da igreja entre a

turma da diversão, dos 16 aos

Page 14: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

necessidades diferentes. 22/23 anos, e a turma da família, o

pessoal acima de 24/25 anos. É

preciso ter estratégia específica

para alcançar cada grupo.

Tendência pela busca do

místico – A transição do milênio

leva as pessoas à tendência natural

de buscar o místico ou espiritual. A

maioria das pessoas está

procurando uma igreja ou algo a

que possa apegar por causa do

novo período.

A igreja pode utilizar esse fator da

busca espiritual das pessoas como

um gancho para sua estratégia

evangelizadora. A forma e o

conteúdo que for oferecido vão

definir o tipo de público que a igreja

pode alcançar.

Estratégia dos “concorrentes”

atuais e entrada de novos

“concorrentes” – é preciso definir

muito claramente quem são os

“concorrentes” da igreja. Não se

trata necessariamente de olhar

outras igrejas evangélicas como

concorrentes, mas movimentos e

seitas heréticas, o shopping que

abre aos domingos, as pessoas da

igreja que têm sítios ou casas de

praia para e utilizam o fim de

semana para o lazer, os programas

evangélicos de rádio ou TV que

procuram substituir o culto da

igreja, etc. em cada área há um

concorrente diferente que precisa

ser identificado.

Depois de identificar, os

concorrentes e suas estratégias, é

necessário avaliar que erros a igreja

comete que podem estar dando

brechas para os concorrentes. Além

disso, a igreja já precisa definir que

estratégias irá adotar para

enfrentar as estratégias dos

concorrentes espirituais que ela

tem.

Nova maneira de fazer as

coisas, capaz de afetar a atual –

É extremamente difícil prever uma

Num primeiro momento a análise

destas coisas pode parecer

absurda. No entanto, a cada dia a

Page 15: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

nova maneira de fazer as coisas

que possa afetar a atual. Será que

um culto pela internet poderia

substituir um culto no templo? Será

que a Escola Bíblica pela TV faria

com que as pessoas deixassem de

ir a EBD? Será que a igreja se

reunindo nas casas durante a

semana e com apenas um culto

semanal do grupão substituiria o

modelo atual que maioria das

igrejas pratica?

igreja acaba sendo influenciada por

coisas que afetam as atuais. Há

alguns anos, a grande maioria das

igrejas só cantava hinos. Cada

pessoas tinha o seu hinário. Hoje,

os cânticos já decidem espaço com

os hinos e, em alguns casos, já são

preponderantes. A venda de

hinários despencou, pois as letras

dos cânticos estão impressas no

boletim das igrejas ou são

projetadas numa tela. Além disso, a

cada mês surgem cânticos novos e

seria impossível atualizar os

hinários com tanta rapidez. As

igrejas ou denominações não se

reuniram formalmente para decidir

esta mudança. Ela simplesmente

aconteceu.

Formular novas estratégias para

alcançar as pessoas – Aqui está o

grande diferencial entre as igrejas.

Quase todas as igrejas evangélica

do Brasil usam os cultos

evangelísticos de domingo à noite

para alcançar pessoas novas. As

igrejas que conseguirem inovar ou

criar diferentes abordagens

poderão crescer muito mais. Uma

pesquisa revela que 2,9% das

pessoas se convertem no mundo

por meio de cultos ou cruzadas

evangelísticas. A grande maioria se

A oportunidade que a igreja tem de

crescimento é por meio de grupos

pequenos, grupos familiares e

fortalecimento de base da fé para

que o testemunho dos crentes

cause impacto na vida das pessoas.

A visão de uma igreja missionária

faz com que seus membros sintam

paixão pelas almas, não só aquelas

que estão do outro lado do mundo,

mas também aquelas que estão do

outro lado do vidro do carro, seus

amigos e parentes.

Page 16: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

converte pela influência dos amigos

e parentes.

O culto evangelístico sempre

funcionou para que a igreja tivesse

novos convertidos. Por outro lado, o

que as igrejas poderiam obter de

crescimento com estratégias

diferentes é algo ainda não

descoberto.

Capitulo 14: Planos de ação

Caso não se concentrem as forças em formular planos que se

relacionem com as informações levantadas, a tendência é ficar

infinitamente analisando as estatísticas ou discutindo o perfil da igreja. É

preciso lembrar que as informações levantadas têm um objetivo e nunca

podem ser um fim em si mesmas.

Passa-se então aos projetos com etapas graduais para a igreja de

acordo com as suas maiores necessidades como exemplo:

Projeto 1 Objetivo

Discipulado Levar os membros a aprofundar o

relacionamento com Deus,

tornando-os verdadeiros discípulos

de Jesus e fortalecendo a base

espiritual da igreja para o

desenvolvimento do demais

projetos.

Ministérios e dons Espirituais Ministrar a todos os membros sobre

os dons espirituais, levando-os a

exercê-los, nos ministérios que a

igreja estará desenvolvendo.

Ensino Bíblico

e

Desenvolver um sistema de ensino

bíblico graduado na igreja utilizando

Page 17: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Treinamento a escola bíblica. O currículo será

composto por matérias e cursos.

Oração Levar a igreja a orar mais.

Evangelização

e

Ação Social

Desenvolver formas alternativas de

evangelização. Estimular o

testemunho pessoal, os grupos de

estudo bíblico com não-crentes e a

evangelização por meio de projetos

sociais.

Famílias Desenvolver um projeto de apoio e

fortalecimento das famílias,

envolvendo casais, crianças,

adolescentes e jovens. Atuar

também na preparação de noivos

para o casamento.

Capitulo 15: Metas e desafios

Planos são sempre muito bonitos. A grande questão é colocá-los

em prática. O que leva um plano à frente não é a simples vontade de

executá-lo, mas os passos que são dados nessa direção.

Definindo objetivos, estratégias e metas

Objetivo: é algo geral e desafiador.

É algo que a igreja quer fazer.

Estratégia: é a forma pela qual o objetivo será atingido.

É como ela vai chegar lá.

Meta: é um alvo mensurável para alcançar o objetivo.

É quando ela quer chegar lá e quando quer realizar algo.

A definição de objetivos, estratégias e metas para os projetos da

igreja acabarão se constituindo nos alvos gerais da igreja dentro do

planejamento estratégico.

Capitulo 16: Treinamento de Líderes

Page 18: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

O maior cuidado que se deve tomar neste processo é não “jogar” a

pessoa que descobriu seu dom para cuidar de um ministério, pois desta

forma ela pode ser malsucedida.

O treinamento de pessoas não pode deixar de fazer parte do

planejamento estratégico de uma igreja. Sem pessoas treinadas nenhum

planejamento atingirá seu potencial máximo de execução, por melhor que

tenha sido elaborado. Planejamento sem treinamento é o mesmo que

pegar um projeto de um novo carro, desenhado por engenheiros

experientes, e confiar a sua execução a operários sem qualificação ou

aprendizes numa fabrica. O resultado certamente será um desastre.

Hoje, treinar líderes significa não apenas garantir o futuro da igreja,

mas principalmente assegurar o presente, conscientizando de que a

missão da igreja é adorar a Deus e ensinar o povo.

As pessoas que serão treinadas precisam saber por que estarão

sendo treinadas e qual será o seu momento em que estiverem em

atividade. Um novo programa de treinamento requer mudanças na própria

estrutura organizacional da igreja, a fim de não treinar pessoas para

organizações falidas.

Projeto “Treinando”

1. Objetivos gerais

Objetivos que se pretende alcançar com o treinamento de líderes na

igreja.

2. Potencial da igreja

Avaliação do potencial da igreja para treinamento. Quais são os

ministérios que mais necessitam de líderes para o seu

desenvolvimento? Quais os projetos de longo prazo que a igreja

pretende desenvolver, para os quais há necessidade de começar a

treinar líderes agora?

3. Cenários e premissas básicas do projeto

Com este projeto, qual é o cenário futuro que você vislumbra? Que

princípios básicos precisam ser adotados para se chegar lá?

4. Estratégias

Page 19: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

é o que você vai fazer para iniciar os líderes. De que forma o

treinamento será desenvolvido para atingir os objetivos propostos?

5. Metas e Desafios

Estipular uma quantidade de pessoas a serem alcançadas com os

treinamentos visando períodos de meses ou mesmo anos.

6. Planos de Ação

Elaboração de cursos, seminários, dinâmicas em grupo, material

audiovisual, apostilas, livros a serem utilizados nos mesmos.

7. Perfil dos cursos e Seminários

a. Curso de treinamento de novos líderes

Preparação de pessoas que tenham aptidão para a liderança,

nos diversos estágios necessários, para assumir postos de

liderança nos ministérios da igreja.

b. Curso de treinamento geral de líderes

Preparação de pessoas para a liderança em todos os

segmentos do ministério da igreja. Este projeto deverá ser

desenvolvido em encontro de treinamento com todas as

pessoas que já estão atuando na liderança da igreja.

c. Curso treinando para treinar

Treinando líderes para treinar outros. Capacitar e equipar

pessoas para ministrar cursos de treinamento na igreja,

atendendo às necessidades básicas da formação de novos

líderes.

d. Curso de treinamento de líderes de ministérios

Treinar pessoas para os diversos ministérios dentro e fora da

igreja, tais como jovens e adolescentes, crianças, casais,

estudantes, profissionais e outros.

e. Curso de treinamento para o ministério de discipulado

e ensino bíblico

Treinar pessoas para o discipulado e ensino dentro e fora da

igreja, para atuar principalmente como professores,

orientadores e monitores da escola Bíblica.

f. Seminários de reciclagem

Page 20: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Seminários de curta duração para crentes que queiram

enriquecer seus conhecimentos em determinadas áreas.

8. Plano de viabilização

Implica em investimento inicial da igreja em seminários e cursos nas

dependências da igreja ou não.

a. Área de suporte ao treinamento

b. Projetos envolvendo líderes

c. Cronograma de implantação

9. Plano financeiro

Para a implementação e desenvolvimento do projeto há necessidade

de que a igreja invista recursos. Dentro da capacidade financeira da

igreja, pode-se estabelecer uma verba anual para cada item. Não há

um valor padrão para se investir. Isto depende da capacidade

financeira e principalmente da visão da igreja.

Capitulo 17: Gerenciamento, estruturação e orçamento

Gerenciamento

Com o crescimento da igreja e do número de ministérios, é preciso

definir com regras claras a forma de gerenciamento e tomada de decisão,

que tipo de decisão cada um pode tomar, e até onde pode ir, que limite de

gastos cada um pode ter e se o poder decisório será centralizado ou

descentralizado.

Se as regras ficarem claras, as pessoas não terão medo de decidir

quando precisarem. Também é preciso definir quais os critérios de

avaliação para os ministérios e seus líderes. Se todos souberem como

serão avaliados, ninguém poderá dizer que não sabia, e a liderança

também não poderá cobrar aquilo que só imaginou, mas não falou.

Esta também é a equipe responsável por criar o envolvimento geral

de toda a igreja na implementação do planejamento. Não basta apenas o

envolvimento dos líderes. É necessário contagiar a igreja no decorrer do

desenvolvimento dos projetos, para que os seus vários objetivos sejam

alcançados.

Estruturação

Page 21: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

No decorrer da implementação da nova estrutura seriam discutidas

apenas as exceções à regra ou os eventuais ajustes necessários.

Na existências de ministérios gerais, que cuidam de áreas de

atuação da igreja. Dentro de cada ministério geral existem ministério

específicos. Esta posição hierárquica de ministérios gerais coordenando a

ação dos ministérios específicos é apenas para facilitar o relacionamento

de todos os ministérios da igreja e o gerenciamento do processo.

Como definir a descrição de um ministério

A coisa mais importante a ser observada na descrição dos

ministérios a seguir é a forma pela qual você pode criar a descrição

dos ministérios na igreja em que está.

Observe os passos e os detalhes daquilo que precisa ser feito

para definir a descrição de um ministério.

A descrição precisa responder pelo menos às seguintes

perguntas:

1. Qual a missão geral do ministério? Por que ele existe?

2. A missão descrita contribui para a missão global da igreja?

3. Existem objetivos específicos que precisam ficar bem

definidos?

4. Qual a abrangência do ministério? Que áreas ou atividades

ele envolve?

5. A que grupo especifico de pessoas o ministério está

direcionado?

6. Que tipo de atividades ou programas o ministério precisa

desenvolver para alcançar seus objetivos?

7. Que tipo de atividades ou programas este ministério precisa

desenvolver em parceria com outros ministérios da igreja

para atingir seus objetivos?

8. Que áreas ou projetos novos o ministério necessita

desenvolver?

9. A quem o ministério se subordina, quem ele assessora e

quem ele coordena?

Page 22: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

10. A que área de ação especifica na igreja o ministério está

direcionado?

Como escolher a equipe de ministério

Não basta ter uma estrutura baseada em ministérios para que

ela funcione. Também não basta ter descrição detalhada daquilo

que cada ministério deve fazer. É preciso ter gente capacitada em

cada ministério ou área de atuação da igreja. Para ter a pessoa

certa, no lugar certo, pelo motivo certo e fazendo uso dos dons

espirituais, é preciso que se saiba escolher as pessoas.

Seguem algumas orientações que poderão ser lhe úteis em

qualquer situação e que também poderão ajudar os líderes de

ministério a montar suas equipes.

1. Dedique tempo em oração pedindo a sabedoria e a direção

de Deus.

2. A pessoa não deve ser convidada apenas para aceitar um

“cargo”, mas para desenvolver um ministério por meio de

seus dons espirituais.

3. Não deve haver também a preocupação de estabelecer um

“mandato”.

4. Peça a Deus que aponte as pessoas que devem assumir os

vários ministérios de sua área de atuação.

5. Veja na lista de ministérios dentro da estrutura da igreja os

dons requeridos para exercer cada um.

6. Conheça as características básicas de cada ministério da

sua área e procure fazer uma lista de nomes de pessoas

que tenham os dons espirituais que condizem com o

ministério.

7. Depois de relacionar as pessoas, ore novamente,

especificamente por cada uma delas.

8. Verifique se as pessoas que estão-se integrando ao

ministério que você lidera já está envolvida em outras

atividades na igreja. É importante que as pessoas assumam

atividades dentro de um limite.

Page 23: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

9. Estabeleça desde o inicio com as pessoas que você

convidar, uma avaliação periódica do trabalho que será

desenvolvido.

10. Verifique se as pessoas que você está integrando ao

ministério que lidera têm um compromisso com Cristo.

Orçamento

Nenhum plano funciona sem dinheiro. Nenhum dinheiro é bem

administrado sem um orçamento. Estes são dois princípios básicos de que

todo planejamento estratégico necessita. Sem dinheiro o planejamento

não se realiza e sem orçamento o dinheiro vai embora, deixando o

planejamento para trás.

Em primeiro lugar, há necessidade de fazer um ajuste entre o

calendário da igreja, o ano eclesiástico ou mandato da liderança, a

freqüência com que os ministérios ou áreas apresentam seus relatórios de

atividades e o orçamento.

Em segundo lugar, há necessidade de estabelecer prioridades, não

se poderá iniciar todos os projetos novo ao mesmo tempo, pois devem se

definir em ordem hierárquica quais são as prioridades de investimento.

Para que a igreja defina prioridades, é preciso que cada ministério

faça seu planejamento e sua planta de custos.

Definindo as prioridades por ministério

1. Olhe para a missão da igreja e confronte tudo que o ministério

pretende fazer com essa missão.

2. Fixe-se nos objetos do ministério. Pense sobre cada item que

consta na descrição ministério.

3. Compare os objetivos do ministério com as áreas que são

prioritárias para a igreja nos próximos cinco anos e comece a

planejar o que o ministério pode fazer dentro de sua área, para

contribuir com aquela diretriz de atuação da igreja.

4. Defina o que o ministério fará junto com a equipe de trabalho.

Defina o orçamento: Depois de saber o que o ministério fará dentro

dos alvos gerais da igreja, faça as contas para saber quanto será preciso

Page 24: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

para alcanças estes objetivos. Avalie o quanto é possível levantar de

recursos e o quanto necessita ser incluído no orçamento da igreja.

O gerenciamento adequado, a estruturação dos ministérios da

igreja e o orçamento são como o manual de instruções do planejamento

estratégico.

Capitulo 18: Avaliação e tomada de decisões

Ries e Trout afirmam, que “o acompanhamento de um plano é tão

crítico quanto o seu lançamento”. Isto nos leva à necessidade de

estabelecer alguns critérios de avaliação do planejamento e tomada de

decisões. Esses critérios certamente levarão os administradores do plano

à tomada de decisões, para corrigir os rumos do plano. Os critérios

precisam ser estabelecidos antes que o planejamento chegue ao final.

Um plano nunca é inflexível. Assim, para que a igreja tenha

condições de fazer as devidas correções em seu planejamento, a partir de

avaliações concretas, pode-se estabelecer os seguintes critérios:

Realização de uma avaliação anual em profundidade de todo

andamento do planejamento.

Realização de reuniões semestrais e trimestrais de avaliação do

desenvolvimento das várias etapas do plano.

Avaliação do desenvolvimento das áreas de ministério da igreja e a

comparação do crescimento dessas áreas com os investimentos que

estão sendo feitos.

Avaliação da participação dos membros da igreja nos ministérios e

eventos e a relação dessa participação com o crescimento da igreja.

Comparação do crescimento da igreja com outras igrejas que

estejam desenvolvendo projetos similares no todo ou em partes.

Análise da presença da igreja na sociedade e os resultados práticos

de sua atuação na evangelização e na obra missionária.

Estabelecimento de uma relação entre o número de pessoas

treinadas e discipuladas em todos os ministérios da igreja e a

utilização dessa liderança em novos ministérios ou projetos da

igreja.

Page 25: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Do mesmo modo que foram estabelecidos critérios para a salvação

do planejamento, era necessário estabelecer critérios para a tomada de

decisões. Nenhuma cadeia de autoridade seria quebrada, nem as pessoas

poderiam tomar decisões para agilizar o processo de execução do

planejamento.

Capitulo 19: Calendário

Se um líder trabalha movido a calendário é porque provavelmente

a igreja também está trabalhando movida a calendário. A filosofia da

igreja é que as pessoas acabam adotando e pela qual são influenciadas.

Igrejas que não sabem planejar vivem de calendário. São eventos e mais

eventos, conferências especiais, cantores convidados, “grandes”

pregadores, cultos especiais etc. tudo se torna “especial” ou “grande”

para quem vive de eventos.

Igrejas deste tipo têm crise na liderança, escola bíblica fraca em

conteúdo, falta de relacionamento entre seus membros, muitos problemas

com casais, famílias à beira do abismo e falta de aconselhamento

generalizado. Concentra-se todo o potencial da igreja em atividades,

pensando-se que essas atividades resolveram os problemas das pessoas.

Normalmente aquelas pessoas que se tornaram um número no meio da

multidão de eventos gostariam de ter um tempo a sós com o pastor ou

com conselheiro para conversar sobre sua vida espiritual ou seus

problemas.

Calendário – A última parte

Calendário é exatamente a última parte de um planejamento

estratégico para a igreja, porque ele deve refletir os objetivos traçados

pela igreja desde os primeiros passos. O calendário deve ser uma das

formas de implementar alguns alvos importantes do planejamento e uma

maneira de transmitir a filosofia e a visão da igreja.

Um padrão para as atividades

Seis pontos básicos a serem respeitados para a realização de

atividades na igreja:

Contribuir para a missão da igreja

Atingir algum objetivo do planejamento

Page 26: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Atender às necessidades das pessoas

Sair da “mesmice”

Inovação

Vai glorificar a Deus?

Não caia na tentação de simplesmente montar um calendário como

última parte do planejamento, sem antes questioná-lo.

Capitulo 20: A igreja do futuro

Uma igreja de visão está sempre olhando o futuro e trabalhando no

presente. Uma igreja sem visão está sempre trabalhando no presente e

olhando o passado.

A igreja do futuro é aquela que vai transpor gerações e costumes,

ter idéias e conseguir equilibrá-los com s fé. Inovar sem escandalizar.

Além disso, é preciso levantar recursos do nada, realizar sem ter dinheiro

e arriscar para prevalecer.

Tendências atuais

As tendências atuais funcionam como uma ponte que conduz as

igrejas ao futuro. Olhar para o outro ponto do rio e começar a andar para

chegar lá, sem verificar se existe uma ponte, é como querer existir no

futuro sem olhar o que está acontecendo agora.

Algumas das tendências atuais no meio cristão são:

Insatisfação espiritual

Explica o grande crescimento das igrejas informais e

comunidades constituídas por jovens.

Falta de base na formação da personalidade

As igrejas não têm oferecido um suporte espiritual adequado.

As famílias ensinam o básico. Os amigos, a escola e a

sociedade ensinam aquilo que não se deveria aprender. E os

meios de comunicação oferecem tantas informações, que isto

só causa confusão. A falta de base na formação da

personalidade induz os jovens a erros na área sexual,

vocacional e até a um distanciamento de Deus.

Busca constante do novo

Page 27: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

A inovação dominará a juventude. O novo não chega a

satisfazer e os jovens já querem algo ainda mais novo.

Falta de conteúdo em todas as áreas da vida

Queda do ensino escolar, profissionalismo fraco, falta de

liderança, falta de conhecimento bíblico. Os próprios líderes e

pastores estão sem um conteúdo profundo para oferecer

atualmente.

A exigência de qualidade

Tudo o que não tem qualidade está sendo deixado para trás e

tende a ficar esquecido no tempo. Isto impõe a necessidade de

se pensar liderança de qualidade.

A decepção com pessoas de fachada

Descrédito total com políticos, pais, alguns pastores e pessoas

que aparentaram ser uma coisa e eram outra.

Consumismo

Isto afeta os conceitos de valor e de misericórdia do cristão. A

coisa mais importante para a grande maioria será sempre

arranjar dinheiro para comprar uma roupa de grife ou um

objeto que a maioria esteja usando.

Triunfo do individualismo

O nominalismo

É muito bacana ser cristão, ser gospel, pertencer a uma

banda, ir a show gospel, ouvir a rádio que toca musica

evangélica etc. quando se fala de Jesus, todo mundo diz que o

ama. No entanto, poucos estão dispostos a fazer tudo o que o

senhor mandou que fosse feito.

Falta do conhecimento de Deus

As igrejas do futuro precisam de pastores e líderes que as

conduzam. Igrejas do futuro necessitam de pastores e líderes que tenham

a visão de futuro da parte de Deus e que tenham o caráter divino.

Um líder do futuro busca mais ênfase em caráter e menos em

carisma.

Page 28: Resumo do Livro - Planejamento estratégico

Stephen Covey mostra que o líder do futuro às vezes é o mesmo do

presente. Não mudam as pessoas, mas elas se transformam por meio de

uma mudança interna.

A igreja do futuro depende da igreja de hoje. A igreja de hoje

depende da ação de Deus para chegar ao futuro, num planejamento

estratégico que a conduz no caminho certo.