15
DIREITO PENAL I UNIDADE 05 Âmbito de eficácia da lei penal (Lei Penal no Tempo. Leis Excepcionais e Temporárias. Extra atividade da Lei Penal. Hipóteses de Conflito de Leis Penais no Tempo. Tempo do Crime. Territorialidade da Lei Penal. Território Nacional. Princípios que regulam a aplicação da lei penal no espaço. Lugar do Crime. Extraterritorialidade da Lei Penal. Eficácia da Lei Penal em relação as pessoas que exercem determinadas funções) ANTERIORIDADE DA LEI PENAL E NORMA PENAL NO TEMPO CONCEITO DE LEI É a forma moderna de produção do Direito Positivo. É o ato do Poder Legislativo, que estabelece normas de acordo com os interesses sociais. Não constitui, como outrora, a expressão de uma vontade individual, pois traduz as aspirações coletivas. Apesar de uma elaboração intelectual que exige técnica específica, não tem por base os artifícios da razão, pois se estrutura na realidade social. A sua fonte material é representada pelos próprios fatos e valores que a sociedade oferece. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art. 1º CPB) nullum crimen, nulla poena sine praevia lege(Ver complementação do conteúdo na unidade 04) DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Base Constitucional: CF, art. 5º, XXXIX. ASPECTOS do Princípio da LEGALIDADE: (Fernando Capez) # Aspecto Político: - Garantia constitucional fundamental do home’m; - primado da LIBERDADE; - Inviolabilidade da Dignidade Humana (Sax); - Princípio concreto do Dir. Natural que se impõe em virtude de sua própria evidência. (Arthur kauffmann); - aspiração básica e fundamental do Homem … na proteção contra qualquer forma de tirania e arbítrio dos detentores do PODER … ASPECTOS do Princípio da LEGALIDADE: (Fernando Capez) # Aspecto Histórico: - 1ª vez: Magna Charta libertatum, documento libertário imposto pelos barões ingleses e Papa ao Rei João Sem Terra em 1215, que assinou, limitando poderes Soberanos / absolutos - marco para o constitucionalismo. - Constituição Carolina Alemã (1532), - Iluminismo garantia de Segurança Jurídica e conter arbítrio; - Contrato Social (1762) Rousseau;

Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

DIREITO PENAL I

UNIDADE 05 Âmbito de eficácia da lei penal (Lei Penal no Tempo. Leis Excepcionais e

Temporárias. Extra atividade da Lei Penal. Hipóteses de Conflito de Leis Penais no Tempo. Tempo do Crime. Territorialidade da Lei Penal. Território Nacional.

Princípios que regulam a aplicação da lei penal no espaço. Lugar do Crime. Extraterritorialidade da Lei Penal. Eficácia da Lei Penal em relação as pessoas que exercem determinadas funções)

ANTERIORIDADE DA LEI PENAL E NORMA PENAL NO TEMPO

CONCEITO DE LEI

É a forma moderna de produção do Direito Positivo. É o ato do Poder Legislativo, que estabelece normas de acordo com os interesses sociais. Não constitui, como outrora, a expressão de uma vontade individual, pois traduz as aspirações coletivas.

Apesar de uma elaboração intelectual que exige técnica específica, não tem por base os artifícios da razão, pois se estrutura na realidade social. A sua fonte material

é representada pelos próprios fatos e valores que a sociedade oferece. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – (Art. 1º CPB) “nullum crimen, nulla poena sine

praevia lege” (Ver complementação do conteúdo na unidade 04) DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal. Base Constitucional: CF, art. 5º, XXXIX.

ASPECTOS do Princípio da LEGALIDADE: (Fernando Capez)

# Aspecto Político: - Garantia constitucional fundamental do home’m; - primado da LIBERDADE;

- Inviolabilidade da Dignidade Humana (Sax); - Princípio concreto do Dir. Natural que se impõe em virtude de sua própria

evidência. (Arthur kauffmann); - aspiração básica e fundamental do Homem … na proteção contra qualquer forma de tirania e arbítrio dos detentores do PODER …

ASPECTOS do Princípio da LEGALIDADE: (Fernando Capez)

# Aspecto Histórico: - 1ª vez: Magna Charta libertatum, documento libertário imposto pelos barões ingleses e Papa ao Rei João Sem Terra em 1215, que assinou, limitando poderes

Soberanos / absolutos - marco para o constitucionalismo. - Constituição Carolina Alemã (1532), - Iluminismo – garantia de Segurança Jurídica

e conter arbítrio; - Contrato Social (1762) – Rousseau;

Page 2: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

- Dos Delitos e das Penas (1764) – Beccaria;

- Revolução Francesa (1789); - nullum crimen, nulla poena sine praevia lege trazido por Johann Anselm Feuerbach

(1775-1833) – Pai do Direito Moderno; ASPECTOS do Princípio da LEGALIDADE: (Fernando Capez)

# Aspecto Jurídico: CRIME = exata correspondência entre conduta e previsão legal.

- Teoria de Binding – “… as normas penais incriminadoras não são proibitivas, mas descritivas …” assim, quem pratica um crime não age contra a lei, mas de acordo com esta, .. ., chamados TIPOS penais.

Obs.: - só há crime nas hipóteses taxativamente previstas em lei; - Medidas de Segurança não são penas: caráter preventivo.

Princípio da LEGALIDADE – - Envolve diversos sub-princípios. Para melhor abordar a matéria de Lei penal no

tempo e espaço iremos revisar alguns deles, sendo: o da reserva legal, da irretroatividade, da enunciação taxativa e da anterioridade.

Reserva legal – restringe o crime e as penas à definição realizada nos tipos penais (tipicidade).

Irretroatividade – as leis penais são em essência irretroativas, isto é, não projetam

seus efeitos relativamente aos fatos cometidos antes da sua vigência. Caso contrário a segurança jurídica seria inviável. O princípio da irretroatividade não é absoluto, porque a vedação não se estende às

leis penais mais benignas, que podem retroagir em benefício do acusado, ou do condenado.

Determinação taxativa – expressa a exigência de que as leis penais, especialmente as de natureza incriminadora, sejam claras, certas e precisas.

CTB – Art. 306 “sob a influência de álcool”. Art. 311 – “velocidade incompatível”, desde que próximo a escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque.

Anterioridade - É necessário que a lei já esteja em vigor na data em que o fato é praticado.

Um dos efeitos decorrentes da anterioridade da lei penal é a irretroatividade, pela qual a lei penal é editada para o futuro e não para o passado.

O que se deve fazer quando houver conflito entre leis penais? Novatio legis incriminadora

Torna típico fato anterior não previsto como infração penal. Nessa hipótese, a lei penal não poderá retroagir. (art. 1º, do CP, e art. 5º, XXXIX, CF/88).

Abolitio criminis A lei nova não mais incrimina fato que era tipificado como infração penal (art. 2º,

caput, CP). Aplica-se ao caso do princípio da retroatividade da lei penal mais benigna. Alcança os casos já julgados definitivamente, inclusive a execução de

sentença condenatória, e rescinde todos os efeitos daquela decisão (sentenciado,

Page 3: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

caso preso, será solto, voltará a condição de primário, não deverá mais cumprir o

sursis, etc.). Caso o processo esteja em andamento é caso de extinção da punibilidade do agente prevista no art. 107,III, CP.

Novatio legis in Pejus Ocorrerá quando a lei anterior tiver sido agravada e piorar a situação do réu. Será

aplicada somente a fatos posteriores à sua vigência.

Novatio legis in Mellius Ocorrerá quando uma lei vier beneficiar a situação do réu. Não é o caso de abolitio criminis, porque a lei anterior continua existindo, mas em situação mais favorável ao

acusado. Por ser mais benéfica, retroagirá para beneficiar o acusado. No caso de lei intermediária, ou seja, vigendo três leis sucessivas, será sempre aplicada a lei mais

benigna.

Competência para aplicação da novatio legis in Mellius

Se o processo estiver em primeira instância, a competência para aplicar a lei mais benéfica será o juiz de primeiro grau encarregado de prolatar a sentença.

Se o processo estiver em grau de recurso, recairá sobre o tribunal incumbido de julgar o recurso.

Competência para aplicação da novatio legis in Mellius, após sentença condenatória transitada em julgado

De acordo com o art. 66, I da Lei de Execução Penal e 13 da Lei de Introdução ao Código de Processo Penal, a competência é do juiz da execução e não do

Tribunal revisor. É assim, porque além dos dispositivos legais, a aplicação de lei mais benéfica não se enquadra no rol das hipóteses autorizadoras da revisão criminal (CPP,

art. 621+ Súmula 611 do STF).

Combinação de Leis – Lex Tertia Não é possível, pois ao dividir a norma para aplicar a parte mais benéfica, estar-se-ia criando uma terceira regra.

Lei Interpretativa – possibilidade de retroação

A lei que aclara ponto duvidoso de norma anterior não cria nova situação, não havendo que se falar em inovação em prejuízo do acusado. Ao contrário, a lei interpretativa limita-se a estabelecer o correto entendimento e o exato alcance da

regra anterior, que já deveriam estar sendo aplicados desde o início de sua vigência. Retroatividade na Lei Processual

Não se submete ao princípio da retroatividade em benefício do agente. Nos termos do art. 2º do CPP, a norma de caráter processual terá incidência imediata a todos os

processos em andamento, pouco importando se o crime foi cometido antes ou após sua entrada em vigor ou se a inovação é ou não mais benéfica. Importa apenas que o processo esteja em andamento, caso em que a regra terá

aplicação, ainda que o crime lhe seja anterior e a situação do acusado agravada.

Page 4: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

LEI NO TEMPO

O Direito rege os fatos em transição, passando no tempo de uma para outra lei, ou

os fatos que se desenvolvem entre leis, temporalmente diversas ou o Direito relativo à atividade de uma lei fora de sua época.

Daí, modernamente ser chamado de Direito Internacional ou conflito de Leis no Tempo; outrora falava-se na Teoria de Retroatividade das Leis.

Diz o art. 2º do CP que:

“Ninguém será punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.” Parágrafo único: “A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.”.

Lei Processual

Por normas processuais devemos entender aquelas cujos efeitos repercutem

diretamente sobre o processo, não tendo relação com o direito de punir do Estado. Regras que disciplinam a prisão provisória, pois a restrição da liberdade não tem qualquer relação com o jus puniendi, mas com as exigências de conveniência ou

necessidade do próprio processo. LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA

Art. 3º CP “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinam, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.”.

Leis temporárias são as que possuem prazo prefixado de vigência; as excepcionais

vigem durante situações de emergência. São leis ultrativas, pois vigoram mesmo após a sua revogação.

Essas situações integram a própria definição penal; por isso não há que se falar em abolitio criminis finda a sua vigência.

DO TEMPO DO CRIME

Art. 4º CP. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou da omissão, ainda que o resultado tenha ocorrido em outro momento.

Vejam as três teorias:

Da atividade: o tempo do crime será o da ação ou da omissão (adotada pelo CP). Do resultado: o tempo do crime será o do seu resultado.

Teoria mista: crime será considerado tanto no momento da conduta (ação ou omissão), quanto o da produção do resultado.

Page 5: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Classificação dos Crimes

Crime instantâneo: uma vez consumado está encerrado. É de consumação imediata

e não se prolonga no tempo. Ex.: furto, roubo, etc.; Crime permanente: sua consumação se prolonga no tempo. O bem jurídico é

continuamente agredido. Sua característica reside em que a cessação da situação ilícita depende apenas da vontade do agente. Ex.: seqüestro, tráfico de drogas e de

armas; Crime instantâneo de efeitos permanentes: embora a consumação ocorra

imediatamente, seus efeitos não mais podem ser desfeitos pelo sujeito ativo. Ex.: Bigamia.

A diferença entre o crime permanente e o instantâneo de efeitos permanentes: reside em que no primeiro há a manutenção da conduta

criminosa, por vontade do próprio agente, ao passo que no segundo perduram, independentemente da sua vontade, apenas as consequências

produzidas por um delito já acabado, por exemplo, o homicídio e a lesão corporal.

Crime a prazo: a consumação depende de um determinado lapso de tempo, por exemplo, art. 129, § 1º, I, do CP (mais de 30 dias).

Crime progressivo: é o que para ser cometido necessariamente viola outra norma penal menos grave. Assim, o agente, visando desde o início a produção de um

resultado mais grave, pratica sucessivas e crescentes violações ao bem jurídico até atingir a meta optada. Ex.: um sujeito, desejando matar vagarosamente seu inimigo,

vai lesionando-o (crime de lesões corporais) de modo cada vez mais grave até a morte. Aplica-se o princípio da consunção, e o agente só responde pelo homicídio (no caso, o crime progressivo).

Crime de progressão criminosa: inicialmente, o agente deseja produzir um resultado,

mas, após consegui-lo, resolve prosseguir na violação do bem jurídico, produzindo um outro crime mais grave. Quer ferir e, depois, decide matar. Só responde pelo crime mais grave, em face do princípio da consunção, mas existem dois delitos (por

isso, não se fala em crime progressivo, mas em progressão criminosa entre crimes). Do tempo do crime, nos crimes permanentes

Quando a ação e a consumação se prolongam no tempo, sobrevindo lei nova mais severa durante a permanência do delito, a lex gravior será aplicada, isso porque o

agente ainda está praticando a infração penal na vigência da lei posterior mais grave. O mesmo ocorrerá com o crime continuado.

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL - EFICÁCIA DA LEI NO ESPAÇO

Cada Estado tem competência para legislar sobre seu território, sendo que os conflitos havidos entre nações serão devidamente regulados pelas regras do Direito

Internacional.

Page 6: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

O território é o espaço terrestre, marítimo ou aéreo sujeito à soberania do Estado,

quer seja compreendido entre os limites que o separam dos Estados vizinhos ou de mar livre, quer seja destacado do corpo territorial principal, ou não. Art. 5º CPB.

GENERALIDADES

Em regra, a lei penal brasileira será aplicada a crimes ocorridos em seu território, independente da nacionalidade do autor e da vítima.

Todavia, o delito pode ser praticado no Brasil e também violar a ordem jurídica de outro Estado e vice-versa. Por isso, vários princípios regulam a matéria. Vejamos a seguir:

Princípios reguladores da lei penal no espaço

Da Territorialidade

Dispõe que a lei penal será aplicada a infrações praticadas em território nacional.

Decorre, obviamente, da soberania nacional (art. 5º, CP).

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Da nacionalidade

Por esse princípio, aplicar-se-á a lei do país de origem do autor do delito, pouco importando o local em que o crime foi praticado. Divide-se em:

Nacionalidade ativa: considera-se a nacionalidade do autor do delito, sem importar-se com a nacionalidade da vítima (art. 7º, II, b, CP)1. Nacionalidade passiva: a lei somente poderá ser aplicada se tanto o autor do delito

quanto a vítima forem nacionais. De proteção, real ou defesa

Será aplicado quando o delito atingir bem jurídico nacional, sem atentar-se para o local da prática do delito, bem como da nacionalidade do agente.

Visa proteger os bens jurídicos considerados fundamentais pelo Estado (art. 7º, § 3º, do CP)2.

1 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: b) praticados

por brasileiro. 2 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: § 3º - A lei brasileira aplica-

se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as

condições previstas no parágrafo anterior.

Page 7: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Da justiça universal

O criminoso deverá ser julgado e punido no país em que for detido, independentemente de sua nacionalidade, local do crime ou bem jurídico violado.

Por esse princípio, a todos os países cabe combater o crime, que é uma mal universal (art. 7º, II, a, CP)3. Representação

É um princípio subsidiário, que será aplicado quando houver omissão ou deficiência

legislativa de um país, que originariamente deveria apurar o delito. Diz respeito aos delitos cometidos em aeronaves ou embarcações. É uma aplicação do princípio da nacionalidade, mas não do agente ou da vítima, e

sim do meio de transporte onde ocorreu o crime. (art. 7º, II, c, CP)4. TERRITORIALIDADE

De acordo com o art. 5º, caput do CP, a lei brasileira será aplicada, sem prejuízo das

convenções, tratados e regras de Direito Internacional, ao crime cometido no território nacional. É a regra.

O território pode ser definido como o espaço terrestre, marítimo ou aéreo, sujeito à soberania do Estado, quer seja compreendido entre os limites que o separam dos Estados vizinhos ou do mar livre, quer esteja destacado do corpo territorial principal,

ou não.

O território se compõe das partes a seguir: Composição do território

Solo ocupado pela corporação política, sem solução de continuidade e com limites reconhecidos.

Regiões separadas do solo principal. Rios, lagos e mares interiores. Golfos, baías e portos.

Parte que o Direito Internacional atribui a cada Estado, sobre os mares, lagos e rios contíguos.

Faixa de mar exterior que corre ao longo da costa e constitui o mar territorial; Espaço aéreo; Navios e naves, como abaixo aduzido:

Embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo, onde quer que estejam;

Embarcações e aeronaves brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, em alto mar ou no espaço aéreo correspondente.

Observações: Nesses locais, obrigatoriamente a lei penal brasileira será aplicada, excetuando-se, apenas, as hipóteses contempladas em

convenções, tratados e regras de Direito Internacional.

3 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: a) que, por

tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir. 4 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: c) praticados

em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em

território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Page 8: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

LUGAR DO CRIME

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Para que seja possível a aplicação do princípio da territorialidade, faz-se necessário saber onde é o lugar do delito. Três são as categorias sobre assunto. Então vejamos:

Teoria da atividade

O lugar do crime é o local onde ocorreu a conduta criminosa (ação ou omissão). Por exemplo, o lugar onde foram efetuados os disparos no homicídio.

Teoria do resultado Considera-se como o lugar do crime o local da consumação do delito.

Por exemplo, o lugar onde a vítima do homicídio morreu. Ubiquidade

O lugar do crime será tanto o local da conduta quanto o do resultado. Por exemplo, o lugar do homicídio será tanto onde foram efetuados os disparos

quanto onde a vítima morreu. É necessário nos chamados crimes à distância em que a ação é praticada em um país estrangeiro e a consumação se dá no interior do território nacional, ou vice-

versa.

Dentro do país, deve ser aplicado o art. 70 do CPP, ou seja, em regra, o local do crime será onde a infração se consumar. EXTRATERRITORIALIDADE

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

Page 9: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Extraterritorialidade incondicionada

O art. 7º do CP prevê a aplicação da lei brasileira a crimes praticados no estrangeiro,

observadas as condições referidas em seus parágrafos e incisos. O inciso I refere-se a casos de extraterritorialidade incondicionada, uma vez que é

obrigatória a aplicação da lei brasileira ao crime cometido fora do território nacional, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Vejamos as hipóteses a seguir:

Hipóteses da Extraterritorialidade incondicionada

Contra a vida ou a liberdade do Presidente da República. Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação

instituída pelo poder Público. Contra administração pública, por quem está a seu serviço.

De genocídio quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil. Extraterritorialidade condicionada.

São três hipóteses previstas no art. 7º, II, a, b, c, do CP, em que a eficácia da lei

brasileira dependerá de alguns requisitos, que estão previstos neste artigo § 2º, a – e do CP. São particularidades relativas à vítima ou ao autor do delito, à impossibilidade de

extradição, à presença do autor em território nacional e à ausência de julgamento no local onde o crime foi cometido.

São elas:

Crimes que por trado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir.

Crimes praticados por brasileiros.

Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam

julgadas. Nessas três hipóteses, a aplicação da lei brasileira dependerá da ocorrência de

todas as condições estabelecidas pelo § 2º do art. 7º, que são as seguintes:

Condições do § 2º do art. 7º

Entrada do agente no território nacional.

Ser o fato punível também no país em que foi praticado.

Page 10: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a

extradição.

Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido pena.

Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.

O art. 7, § 3º do CP, prevê uma última hipótese de aplicação da lei brasileira – a do crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. Exige-se, porém,

além das condições já mencionadas, as seguintes:

Que não tenha sido pedida ou tenha sido negada a extradição.

Que haja requisição do Ministro da Justiça.

PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO

Reza o art. 8º do CP que: “A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada quando

idênticas”. Trata-se de caso de detração penal envolvendo pena aplicada no estrangeiro e a

que foi imposta no Brasil pela prática do mesmo delito.

Três hipóteses podem ocorrer Pena aplicada no estrangeiro e imposta no Brasil da mesma espécie, mas em

quantidade diferente. Nesse caso, o quantum da pena estrangeira será descontada da imposta no Brasil.

Pena aplicada no estrangeiro mais severa do que a imposta no Brasil. Nesse caso, o sentenciado já cumpriu a pena e nada mais há a pagar.

Pena aplicada no estrangeiro de natureza diferente da imposta no Brasil.

Nesse caso, a que foi imposta no estrangeiro atenuará a que o condenado deve cumprir no Brasil. Essa dosimetria ficará a critério do Juiz por não haver parâmetros legais a seguir.

EFICÁCIA DA SENTENÇA PENAL ESTRANGEIRA

A sentença penal estrangeira, independente de qualquer condição, produz efeitos no Brasil, como exemplos, podemos citar a reincidência (art. 63, CP) e a detração penal

(art. 42, do CP).

Dispõe o art. 9º do CP que:

Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende:

Page 11: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça.

Ou seja, a sentença estrangeira será homologada quando produzir no caso concreto

as mesmas consequências que a lei brasileira lhe atribui para: Consequências do art. 9º do CP.

Obrigar o condenado à reparação do dano, à restituições e a outros efeitos civis.

No caso de ser possível a execução da sentença penal condenatória estrangeira no juízo cível, poder-se-á homologá-la para esse fim no Brasil. Essa homologação dependerá de pedido da parte interessada.

Sujeitar o sentenciado à medida de segurança. Imposta a medida de segurança no

estrangeiro, sendo ela idêntica à estatuída pela nossa legislação penal (art. 96 do CP), e havendo tratado de extradição ou, na falta deste, de requisição do Ministro da Justiça, poderá ser executada no Brasil.

A homologação da sentença estrangeira é de competência do STJ (CF, art. 105, I, i)

e deve obedecer ao disposto nos art. 787 a 790 do CPP. CONTAGEM DE PRAZO PENAL E FRAÇÕES DA PENA

O art. 10 CP “O dia do começo inclui-se no computo do prazo. Contam-se os dias,

os meses e os anos pelo calendário comum”. O prazo penal tem contagem diferente do prazo processual.

Como visa favorecer o réu, o dia do começo é computado, ainda que se trate de fração de dia.

Começa sempre à zero hora e se completa às 24h00min. Exemplo.: Suponhamos que o prazo da prisão seja de um mês e o réu é preso no dia 12 jun

06, às 14h00min. O prazo acabará no dia 11 jul 06, às 2400hs. FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA

O que diz o art. 11 CP: Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e

nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

De tal forma, não se levam em conta, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direito, as frações de dia (hora) e, na pena de multa, as frações de real

(centavos).

Page 12: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

LEI PENAL EM RELAÇÃO À DETERMINADAS PESSOAS

Introdução

Por exceção, a Lei Penal não se aplicará ao crime praticado no Brasil por pessoas que exerçam funções internacionais, isso devido às regras de Direito Internacional

Público, que são as chamadas imunidades diplomáticas.

Dentro do nosso Direito Público interno a Lei Penal não será aplicada em alguns casos em que o autor do ilícito ocupe um cargo que lhe de a chamada imunidade parlamentar.

Imunidades diplomáticas

Está prevista na Convenção de Viena, assinada em 18.4.1961, aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo nº 103, de 1964, e ratificada em 23.12.1965.

Funda-se no respeito ao Estado que o infrator representa e na necessidade de proteger essa pessoa para que bem exerça a sua missão.

Explicação da imunidade diplomática

Atinge qualquer delito praticado pelos agentes diplomáticos, aos componentes de suas famílias, e aos funcionários da organização internacional, quando em serviço.

Encampa, também, os chefes de governo estrangeiro que visitem o país, bem como a sua comitiva.

Não alcança os empregados particulares dos agentes diplomáticos e os cônsules, embora possa haver tratado que estabeleça a imunidade.

Esses últimos possuem apenas imunidade de jurisdição administrativa e judiciária, quando da realização de atos pertinentes ao exercício de suas funções consulares.

Se o delito ocorrer dentro das sedes diplomáticas, o autor será devidamente processado pela lei brasileira se não possuir imunidade.

Estes locais não são mais considerados extensão do país estrangeiro, embora possuem inviolabilidade em face do respeito devidos ao Estado.

Imunidades parlamentares

Para que o parlamentar possa bem exercer o seu papel de representante da sociedade livre de pressões, a Constituição lhe outorga imunidades de natureza

material ou substantiva, denominada imunidade absoluta, e formal ou processual, denominada relativa.

Imunidade absoluta

Os membros do CN são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos (art. 53, caput, da CF).

Tratam-se dos chamados delitos de opinião ou de palavra, como os crimes contra a honra, apologia ao crime, etc.

Page 13: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Como a prerrogativa é da função, e não da pessoa que a exerce, é irrenunciável e

sequer poderá ser instaurado inquérito policial para a investigação e muito menos processo-crime.

A imunidade inicia-se com a diplomação e encerra-se com o término do mandato. Mesmo após o término do mandato o parlamentar não poderá ser processado por crime de opinião ocorrido durante o período de imunidade.

Imunidade relativa

São referentes à prisão, processo, às prerrogativas de foro e para servir como testemunha.

Desde a expedição do diploma o parlamentar não poderá ser preso em flagrante delito, salvo por crime inafiançável, quando o auto deverá ser lavrado pela

Autoridade Policial e remetido à Câmara ou senado, conforme o caso, que, em votação secreta e por maioria absoluta de seus membros, poderá determinar a soltura.

Para que seja instaurada a ação penal contra o congressista, haverá a necessidade de prévia licença da respectiva Casa (art. 53, §§ 1º e 3º, da CF).

Os Deputados Federais e Senadores serão processados perante o STF e o indeferimento do pedido de licença, ou a ausência de deliberação, suspenderão a prescrição enquanto durar o mandato (art. 53, §§ 2º e 4º, da CF).

Os Congressistas, também, não poderão ser obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre

as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam informações (art. 53, §5º da CF). Imunidades de Deputados Estaduais e Vereadores

Deputados Estaduais tem as mesma imunidades dos Congressistas, para isso,

devem constar tais imunidades na Constituição Estadual. Mantendo-se o foro por prerrogativa de função o TJ (art.27, §1º da CF). São válidas apenas em relação às autoridades Judiciárias estaduais e locais, não

podendo ser invocada em face do poder Judiciário federal.

Já os vereadores possuem imunidade material em relação às suas opiniões, palavras e votos, desde que o exercício de suas funções e em seu respectivo município (art. 29, VIII, da CF).

Page 14: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

Saiu na Folha (18/4/12): “Diplomata iraniano é suspeito de abusar de 4 crianças em Brasília

Um diplomata do Irã é suspeito de ter abusado de quatro meninas, entre 9 e 15 anos, em um clube de Brasília no fim de semana, segundo a polícia (…) Segundo relato dos pais, ele tocou as partes íntimas das garotas enquanto mergulhava na piscina.

Foi levado a uma delegacia e liberado. ‘Ele tem imunidade diplomática’, disse o delegado-adjunto Johnson Monteiro”

Os agentes diplomáticos representam seu país em um país estrangeiro e, por isso, possuem alguns direitos inerentes que sevem para proteger o exercício daquela função. A ideia não é criar um benefício para as pessoas, mas possibilita-las exercerem suas funções de forma eficiente,

protegendo os interesses de ambos os países. Sim, ambos os países: imunidade diplomática protege tanto os interesses do país emissário (por exemplo, evitando que seu embaixador seja preso no país hospedeiro sob falsas alegações), quanto do país hospedeiro (por exemplo, o governo daquele país,

pressionado por sua população a agir contra o agente diplomático, pode sempre apontar para a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e dizer que não pode fazer nada porque a tal Convenção garante a imunidade aos agentes diplomáticos).

A inviolabilidade diplomática significa que a pessoa não está sujeita a prisão ou detenção, e o país hospedeiro deve tomar as precauções necessárias para proteger o diplomata, inclusive contra

ataques à sua dignidade. O mesmo acontece com sua residência pessoal, suas correspondências e papéis, além, claro, da inviolabilidade do local da missão diplomática (embaixada ou consulado) e das correspondências e papéis diplomáticos.

É uma espécie de ‘eu protejo (e não toco em) seu servidores e propriedades em meu país, e você proteger (e não tocar nos) meus servidores e propriedades em seu país’.

Já a imunidade é um pouco mais complexa. Ela significa que o agente diplomático não está sujeito a processos administrativos, civis ou penais no país hospedeiro, exceto em processos relacionados a

propriedades imóveis particulares, sucessões (heranças), e atividades profissionais e comerciais exercidas por ele fora de suas funções diplomáticas.

No caso da matéria acima, se os fatos narrados realmente ocorreram, houve um crime. Isso quer dizer que o diplomata iraniano pode cometer qualquer delito no Brasil e sair impune? Mais ou menos, pois há exceções:

- Ele é imune porque seu país diz que ele o representa. Logo, o país emissário (no caso, o Irã), pode simplesmente dizer ao país hospedeiro (no caso, o Brasil) que está permitindo ao Brasil remover a

imunidade diplomática daquela pessoa. Nesse caso, ela passa a estar sujeita ao processo no país hospedeiro.

- Além disso, a imunidade diplomática no país hospedeiro não o isenta de um processo no país de

Page 15: Resumo Unidade 05 - Direito Penal I

origem. Logo, o diplomata iraniano pode ser processado no Irã por sua conduta no Brasil, se as leis

de lá disserem que (a) a lei iraniana é aplicável às condutas de seus agentes fora de seu território e (b) que o que fez é delito.

- Se for o agente diplomático quem iniciar o processo no país hospedeiro, mais tarde ele não pode invocar sua imunidade para se proteger contra um processo correlato àquele que iniciou, ou contra uma condenação naquele processo que ele iniciou.

- Por fim, se o agente diplomático for residente permanente ou nacional do país hospedeiro (por exemplo, quando ele possui dupla cidadania ou já morava lá antes de ser nomeado diplomata), sua

imunidade é apenas em relação aos atos oficiais. Em relação a todo o resto, ele é tratado como qualquer outro residente do país hospedeiro. Por exemplo, frequentar a piscina de um clube não é um ato oficial de um diplomata.

Os membros da família do agente diplomático também estão protegidas pela imunidade e inviolabilidade.

Por fim, e para quem gosta de filmes de espionagem, repare que ‘agentes secretos’ ou infiltrados não são agentes diplomáticos. Se não foram credenciados como diplomatas pelo país hospedeiro, não

estão protegidos pela imunidade e pela inviolabilidade concedida aos diplomatas. É por isso que tantos diplomatas acabam exercendo a função dupla de diplomatas e agentes secretos: se forem descobertos pelo país hospedeiro, estão protegidos pela imunidade/inviolabilidade até serem

expulsos do país hospedeiro. Fonte: http://direito.folha.uol.com.br/1/post/2012/04/para-entender-o-que-imunidade-e-inviolabilidade-

diplomticas.html