Retiro Anual Propedêutico 2004

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    Retiro AnualSecção PropedêuticoFevereiro de 2004

    Objectivos: provocar uma experiência de oração desde a vida; dar fundamentos tericos e pr!ticos parauma vida de oração em "esus; iniciar na oração contemplativa; criar o convencimento da necessidadeespiritual da oração como meio privile#iado de discernimento pessoal; indirectamente provocar o

    compromisso pessoal pela oração como atitude de vida$ aproximando este compromisso para a opçãofundamental%

    Segunda Feria: Necessitamos orar

    &editação introdutria: A necessidade de experimentar e #ostar a oração'()! duas interpelaç*es do +van#el,o -ue resumem a ,istria da nossa oração: a petição dos

    apstolos .Sen,or$ ensina/nos a orar e a lamentação de "esus .1ão fostes capaes de velar comi#o uma,ora3( 1ão aprendemos nunca suficientemente a lição: s o +sprito de 5eus pode interceder por ns -uenão sa6emos o -ue nos conv7m( Sempre encontramos uma desculpa para evitar a oração( &as ser cristão 7viver na intimidade com o 5eus Amor de "esus( Sem esta intimidade as nossas vidas perdem o seu valor(

     1o fundo não estamos convencidos da necessidade da oração(A oração não 7 s tarefa dal#uns na 8#re9a( +la 7 o -ue fa -ue se9amos cristãos( Sem ela a nossa f7

    7 uma f7 vaia( Ser cristão 7 um camin,o de aprofundamento dos mist7rios da F7 revelados em risto( +este camin,o fa/se na oração( &as possivelmente não ,! nada na nossa vida -ue apresente tantasdificuldades como a oração( Sa6emos -ue temos necessidade de 5eus$ -ue não estamos na verdade nemsomos felies sem 5eus( Por7m ,! sempre uma raão para não orar(

    Falamos -ue não temos tempo$ -ue estamos cansados; pensamos -ue faer oração 7 muito difcil ecomplexo( Por7m a raão mais profunda 7 a dvida: no fundo -uestionamos -ue a oração sirva para al#o$

     pensamos -ue ela 7 intil; alimentamos esta dvida e a6andonamos a oração; se 5eus 7 5eus para -ueserve -ue eu faça oração3 Se 5eus 9! sa6e tudo o -ue vou eu ensinar/l,e3 Se ele 9! sa6e tudo para -ue

    falar a min,a necessidade3 Se 5eus 7 5eus e nunca muda servir! de al#o pedir a sua intervenção35uas coisas devemos ter em conta para compreender o sentido da oração:'( 5eus sa6e tudo$ certamente( A oração não l,e serve de nada( "esus 9! nos tin,a advertido: &t

    ( 5eus sa6e mel,or do -ue ns de -ue estamos precisados( A oração não serve a +le$ servea ns( Para ser ,omem 7 preciso tomar consciência dos prprios limites .um adolescente 7al#u7m -ue ainda não fe experiência dos seus limites; a oração 7 o camin,o -ue a9uda atomar consciência dos prprios limites( A oração 7 pois til para ns: 7 a peda#o#ia de 5eus(?uem não fa experiência dos prprios limites nunca amadurece( ostumamos fu#ir destaexperiência$ sempre dura e dolorosa( +la realia/se nos fracassos e nas frustraç*es em todos os@m6itos da nossa vida: fracassos intelectuais$ acad7micos$ fracassos afectivos$ fracassos noscompromissos assumidos% um dia todo ,omem dever! faer experiência da sua po6rea( 1ão

    somos pacientes com os nossos limites e então tentamos fu#ir refu#iando/nos nosdivertimentos$ no 6arul,o$ nas distracç*es( emos medo de enfrentar os nossos limites e estemedo 7 muito persistente( As distracç*es se tornam o inverso da oração: elas são evas*es danossa verdadeira condição$ evas*es nos son,os$ nas ilus*es$ no espel,o .pensemos nas evas*esna carne$ no desporto$ na msica% B primeiro -ue se deve faer para orar verdadeiramente 7recon,ecer os prprios limites( 1ão sa6emos -uais são as nossas necessidades verdadeiras;confundimo/las com evas*es( 5evemos aprender cada dia -ue não sa6emos o -ue nos conv7m(A oração 7 necess!ria para ns por-ue ela nos ensina$ 7 a peda#o#ia de 5eus( A oração condu/nos sempre de novo C verdadeira vida feli( A oração li6erta/nos por-ue nela est! a verdade de5eus( 1a oração reencontramos o verdadeiro dese9o da nossa vida: o dese9o de 5eus( S estedese9o nos diferencia das 6estas$ dos animais$ pois o ,omem 7 o nico ser -ue se volta para

    5eus para rece6er dele o -ue falta para a sua realiação(

    ' D(Dro$ Apprendre C prier$ Foi Eivante$ '

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    a( Per#untemo/nos se a oração 7 para ns al#o espont@neo ou se fu#imos dos nossoslimites( Somos ainda adolescentes3 &antemos uma ilusão de ns mesmos3 Bs#randes orantes da D6lia recon,eceram sempre a sua incapacidade( Por exemplo:&ois7s .+x 2$''/'G; H$''/'2; G$22/2H

     6( Recon,ecer os prprios limites 7 9! uma oração$ um c,amamento a 5eus( enta pIr/te diante de 5eus recon,ecendo os teus limites: -uais são3 Assim ora +lias .'Re'$'ss

    c( Eolta/se a 5eus -uando se recon,ecem os prprios limites$ como fe o fil,o prdi#o: Jc 'G$''ss( B fil,o prdi#o redesco6re o Pai -uando recon,ece os seuslimites$ a incapacidade de ser feli por si s$ de or#aniar soin,o a sua vida( ?ual 7a nossa atitude diante dos nossos limites$ fracassos$ frustraç*es3 5eus condu/nosao despo9amento para -ue descu6ramos o seu amor como conduiu o povo para oexlio .Dar 2$2/HG( ?uais são na nossa vida as formas deste exlio3

    5eus tem necessidade de ns( A experiência da nossa po6rea 7 dura$ dolorosa( &as sa oração transforma o fracasso$ a tristea da nossa vida( 1a oração desco6rimos -ue temosnecessidade de outrem( K a se#unda coisa importante -ue devemos aprender: a oraçãotransforma a nossa po6rea em necessidade do outro$ em dependência( A oração 7 o lu#ar doamor -ue reclama a reciprocidade$ a necessidade do outro e a consciência de viver nesta

    necessidade( A tristea nasce -uando re9eitamos partil,ar com o outro$ e a ale#ria nasce -uandoaceitamos a necessidade do outro( Assim a po6rea .os nossos limites -ue nos esma#ava setorna o nosso tesouro( ?uando re9eitamos -ue somos po6res não podemos recon,ecer 5eus$

     pois então 9! não precisamos dele( 5eus 7 5eus para ns -uando aceitamos -ue temosnecessidade dele( +m cada dia devemos tomar consciência desta necessidade( ?uando oramos$

     podemos estar na escuridão$ na solidão$ na dor$ mas 9! não estamos soin,os .Len 2'$ '=/'>(5eus escuta a nossa vo$ como escutou A#ar e o pranto de 8smael$ mas 7 preciso entrar nodeserto$ despo9ar/se e desco6rir a -ue 5eus sa6e tudo( Por isso "esus convida/nos a entrar nose#redo e fec,ar a porta$ pois 5eis vê no se#redo e sa6e tudo( 5eus sa6e tudo( 5evemosaprender isto vitalmente e não sa6ê/lo apenas teoricamente( ?uando aprendemos pouco a

     pouco a nossa po6rea vamos colocando a nossa vida na confiança( São "oão risstomo diia-ue 5eus difere a sua resposta por-ue -uer nos reter mais tempo 9unto dele$ como faem os

     pais -ue amam os seus fil,os pe-uenos( A peda#o#ia de 5eus consiste em levar/nos a depender dele pela oração$ transformando a consciência dos nossos limites no seu amor(

    2( 5eus não muda .1um 2H$'( Apesar da splica de A6raão$ lemos no Ln '>$2>ss$ 5eus nãomuda a sua decisão( am67m o 1 nos lem6ra esta verdade .ia#o '$'=/'>( Por-ue raãoincomodar 5eus3 Por-ue suplicar -ue 5eus interven,a3 &as 5eus escuta A6raão e deixaescapar Jot do desastre de Sodoma .Ln '$2( 5eus salva Jot por causa de A6raão e da suaoração( 5eus 7 imut!vel nos seus des#nios( 5eus 7 como o mestre de o6ra -ue decide não sos detal,es da sua construção mas tam67m a ordem do con9unto( &as acontece -ue nosdes#nios de 5eus tam67m entra a oração dos ,omens( A oração não pretende mudar a ordem

    esta6elecida por 5eus$ mas o6ter a-uilo -ue 5eus mesmo decidiu realiar atrav7s da nossaoração( )! certas coisas -ue 5eus -uis faer depender do nosso dese9o$ da nossa intervenção(5eus -uis -ue no seu des#nio entrasse a oração da-uele -ue +le ama( B des#nio de 5euscomporta a nossa intervenção( Fomos feitos para cooperar$ para intervir no plano de amor de5eus so6re o mundo( 1a oração podemos identificar a vontade de 5eus com a nossa$ entramosassim no plano de salvação de 5eus( 5eus assim -uer( Acontece como se na nossa vontade,ouvesse uma parte -ue -uisesse ser vencida na nossa oração: na oração escutamos 5eus edeste modo 5eus pode faer a-uilo -ue ele decidiu faer connosco$ pois então a nossa vontadeidentifica/se com a sua( 5ionsio de Sria diia -ue na oração acontece como os ,omens -uedesde um 6arco -uerem c,e#ar ao porto e para o conse#uir puxam das cordas amarradas numaroc,a firme; os ,omens não mudam a roc,a de lu#ar; a oração 7 puxar para 5eus a 6arca da

    8#re9a( Por isso a oração suprema 7 a de risto: -ue a vontade de 5eus se faça$ não -ue mudemas -ue se realie$ -ue se cumpra$ para -ue a nossa vontade se li#ue C sua cada ve maisestreitamente e assim dese9emos a-uilo -ue +le dese9a( 1o fundo ns M-ueremos a-uilo -ue +le

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    -uer$ s -ue não sa6emos -ue o -ueremosN .Dernanos$ o pecado fa/nos viver na superfcieimpedindo/nos de entrar dentro de ns mesmos onde ele nos espera( 5eus não muda mas aoração 7 o meio para entrarmos no seu plano( Assim foi com A6raão .Len '>$'=: ao revelar oseu des#nio a A6raão 5eus fa dele o seu ami#o$ fa entrar ele no seu plano de amor$ li#andoA6raão ao seu des#nio de amor( 1o seu des#nio eterno 5eus deixa lu#ar C nossa oração e +lenão muda: 5eus necessita de ns$ o amor não l,e permitiu permanecer soin,o(

    a( 1a nossa oração temos consciência do des#nio de Amor de 5eus so6re ns$ so6re o

    mundo e so6re todas as coisas3 Procuramos desco6rir -ual 7 este des#nio$ -ual 7 asua vontade3 1a oração trata/se de faer a sua vontade e não de -ue ele faça anossa( 5eus escutar! a nossa oração -uando o nosso dese9o se identifi-ue com oseu$ -uando a nossa vontade fi-ue vencida pela sua( 5eus espera -ue sur9a em ns odese9o da sua o6ra( Ser discpulo de risto consiste em ser capa de realiar em simesmo o -ue risto realiou ."o 'G$'G/'

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    Encontro de grupo à noite:

    &etodolo#ia do retiro: &editação de fundamentos de man,ã e experiência de oração em #rupoC tarde(

    Al#umas atitudes e ferramentas pr!ticas:o B silêncio: Mesvaiado totalmente para -ue 5eus possa enc,er de si o teu copoN; silêncio 7

    tomar consciência da prpria po6rea: 7 ficar nu$ espiritual$ po6re$ diante de 5eus; 7 permanecer a6erto para rece6er o dom; orar não consiste em pensar$ em reflectir$ mas em

    esvaiar o copo((( B mais importante duma casa 7 o seu vaio .ao( Faer/se po6re$esvaiar/se$ ser uma consciência po6re e a6erta$ eis o se#redo da oração$ para -ue a oraçãose faça em ns e se9a verdadeira oração do +spirito( B -ue impede a oração 7 a dificuldade

     para ficar po6res$ ,umildes$ diante de 5eus; somos or#ul,osos e auto/suficientes$ e assimnão a6rimos a nossa vida ao amor( om as 9anelas fec,adas da nossa casa$ o sol não entra(As preocupaç*es impedem/nos ficar po6res$ nus; orar implica a6andonar todo esforço

     pessoal$ renunciar a pensar$ a reflectir((( +is o verdadeiro silêncio(o A solidão: Mentra totalmente$ permanece soin,o$ sai diferenteN( +ste 7 tam67m movimento

    da nossa naturea; comunidade e pessoa vivem em tensão; permanecer sempre nacomunidade$ nos outros$ sem solidão$ impede o encontro mais profundo consi#o mesmo( A

    experiência espiritual 7 uma das experiências mais marcantes da nossa vida: mas sacontece -uando somos capaes de viver soin,os: 7 como o nosso nascimento ou a nossamorte$ acontecem -uando estamos soin,os; para morrer e nascer espiritualmente tam67mdevemos ficar soin,os(

    o A permanência: Mpermanece no teu inferno e não desesperesN( Permanecer si#nificaenfrentar o a6surdo e o sem sentido; estar$ permanecer$ mesmo sem sentir$ nem ver$ nemsa6er nada( São "oão da ru diia: Mentrei/me onde não sou6e$ fi-uei/me não sa6endo$toda a ciência transcendendoN; um dos se#redos da vida espiritual apreende/se nacontemplação da naturea: meditar como uma montan,a .permanecer sentado como umamontan,a$ enraiar$ descender dentro de si mesmo e ficar assim$ para ser como a pedraso6re a -ual "esus possa edificar a sua 8#re9a$ meditar como uma !rvore .permanecer

    orientado para a lu$ para o sol$ flexvel aos ventos e ,umilde$ meditar como o mar .narespiração constante das suas ondas$ em movimento exterior mas na calma interior;meditar como um p!ssaro .em constante murmrio do nome de "esus2(

    o A ,umildade: diante de 5eus$ nada temos$ nada somos$ nada podemos$ nada merecemos((( 1a nossa ,istria em 5eus$ +le 7 o importante( Ficamos sem perce6er 5eus -uandoac,amos -ue somos autosuficientes( am67m São "oão da ru dir!: M-uanto mais ter -uis$tanto menos ac,ei; -uanto mais procurei$ tanto menos ac,ei; -uando 9! mais nada -uis$ac,ei/o tudo sem -uerer; -uando menos eu -uis$ tudo ac,ei sem -uerer(((N( )umildadesi#nifica ser terra: dispor/se a rece6er tudo de fora$ a c,uva$ o sol$ a semente$ a enxada$ os

     p7s$ o vento(((o A Paciência( Perante aos acontecimentos tr!#icos da vida$ as experiências duras$

    ,umil,antes$ a paciência torna/se mestra interior( K a atitude contr!ria ao a6atimento -ue procede do dese9o de ter tudo o antes possvel: a paciência conduiu a eresa de Jisieux atransfi#urar este dese9o em exi#ência de santidade( A paciência 7 a confiança no tempo: notempo ordin!rio em -ue a morte tem a ltima palavra$ tempo de destruição e separação$ eno tempo de eternidade -ue nos oferece a ressurreição( B tempo -ue condu C morte 7an#stia$ o tempo -ue condu C ressurreição 7 esperança( K a atenção ao amadurecimentodo #rão -ue morre para dar fruto: toda experiência de morte converte/se em etapa$ emexperiência de cru vivificante( A paciência sempre confia: -uando aparentemente 5eus seretira$ a morte e o outro me 6atem$ as esperanças parecem morrer( +la 7 a irmã da castidade-ue tudo desculpa$ tudo crê$ tudo espera$ tudo suporta .'or 'H$=( K a paciência de "o6: asua revolta 7 f7; "o6 sa6e -ue no mal tem al#u7m -ue o espera$ o procura encontrar(

    2 fr "(O(Jeloup$ Ja montaa en el oc7ano$ H'ss

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    Terça-feira: O caminho da oração e as suas eis

    !"- #editação da manhã: $m caminho de Oração% respirar e vigiar

    Antes de mais conv7m darmos uma vista de ol,os C oração de "esus( +le s 7 o mestre de oração(Para os cristãos de todos os tempos "esus deixou o seu +sprito -ue continua a ensinar e revelar em seunome o mist7rio da oração(

    "esus ensinou a rear aos seus discpulos com o Pai/nosso$ a essência da oração 9udia( A oraçãoevan#7lica pode ser feita em p6lico .na sina#o#a mas tam67m em secreto$ fec,adas as portas$ no

    escondido onde 5eus vê e assiste( &as "esus transmitiu tam67m o sentido da oração C uma mul,er não 9udia ."o 4$22/2H( Q per#unta da mul,er "esus responde: vem a ,ora em -ue os verdadeiros adoradoresadorarão em esprito e em verdade( A tradução literal do #re#o di: na respiração e na vi#il@ncia$ isto 7com uma respiração vi#ilante$ consciente$ desperta( A palavra #re#a verdade pode traduir/se comoMdespertarN; -uando "esus di eu sou a verdade est! a dier: eu estou desperto( "esus coloca o se#redo daoração ao prprio coração$ e ser cristão si#nifica pIr/se a camin,o para o prprio coração( B facto de"esus diri#ir estas palavras a uma mul,er indica -ue "esus fala ao feminino$ isto 7 C dimensãocontemplativa -ue ,! em cada ser ,umano( +sta tradição evan#7lica est! na 6ase da ori#em da vidacontemplativa$ dos solit!rios do deserto e dos #randes orantes(

     1a perspectiva dos Padres$ #randes msticos como eresa de Jisieux entenderam -ue o sentido davida de oração consistia em Mpermanecer na mesa dos pecadoresN$ Mno inferno sem desesperarN .Silvano

    do At,os$ com a compaixão de risto( onta/se de Sto Antnio o +remita -ue a lição da compaixão foi amais importante da sua vida .5eus apareceu a Antnio e disse/l,e: Antnio$ eu estou contente de ti -uetens deixado tudo por mim$ mas ainda estou mais contente do sapateiro da aldeia((((

    onscientes da camin,ada dura$ exi#ente$ muitas vees na noite$ -ue 7 a vida espiritual SãoSerafim do At,os diia -ue Mnão ,! raão para temer as trevas$ nem da escuridão pessoal nem da colectivaou at7 csmica$ mas não se deve descer soin,o; deixa/te acompan,ar por risto e pelo +spirito$ pois +le7 a lu -ue as trevas não podem alcançar ou apa#ar; todos ns levamos uma ração de lu na nossa noite.como "udas$ -ue depois de rece6er a ração de pão das mãos de risto retirou/se na noite$ esta 7 a c,ispa-ue não se pode apa#ar$ nela devemos confiar para não desesperar de ns mesmos ou do mundo$ e viver assim ao mesmo tempo apoiados e sem apoioN(

     1a camin,ada espiritual nunca somos a6andonados; a fonte est! sempre; podemos perder asensação da sua presença$ mas ela est! sempre( onsiste em sa6er -ue pelo 6aptismo formos incorporadosa risto$ isto 7 -ue fomos inseridos na vida do +sprito Santo -ue 7 a relação entre o Pai e o Fil,o( Aoração 7 o +sprito Santo$ a relação -ue ,! entre "esus e o Pai$ C -ual somos convidados todos os cristãos(A &editação 7 o primeiro passo da oração e ela procura sempre provocar esta relação de amor em ns(Para São Serafim do At,os a meditação se pode resumir nas se#uintes etapas:

    &editar si#nifica estar numa 6oa postura( &editar si#nifica estar 6em orientado$ exterior e interiormente &editar 7 respirar profundamente &editar 7 invocar o nome -ue calma &editar 7 estar centraliado no coração

    &editar 7 ser capa de silêncio e solidão &editar 7 ser paciente e perseverante &editar 7 viver para salvar e para o 6em/estar de todos os seres viventes(Para conse#uir a meditação ,! -ue cuidar especialmente al#umas atitudes:

    / A posição$ a postura; a postura exclui a impostura( B corpo não 7 a tum6a da alma mas o templodo +sprito$ o lu#ar onde o Eer6o se fa carne( B primeiro consel,o do Pe Serafim do At,os era:senta como uma montan,a( Si#nifica enraiar$ sentir/se pesado$ descer; meditar não 7 descolar masaterrar$ reencontrar a terra$ as suas raes( +star presente com todo o prprio peso$ imvel( 1emtensão nem excessiva comodidade( Sem dor nem fadi#a( Pois o corpo imvel e silencioso atrai ocoração e o esprito imveis e silenciosos( +star sentado como uma montan,a 7 tam67m Mmudar de

    tempoN: Ma eternidade est! diante de ti$ a eternidade est! detr!s de ti$ se conse#uires manter o teuesprito no centro ter!s a eternidade em tiN( Para se edificar a 8#re9a 7 preciso ser pedra$ roc,a$ eentão risto constri a sua 8#re9a em ns( As ima#ens de 1ossa Sen,ora sedente$ sede de

    G

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    sa6edoria$ recordam/nos esta postura( ma ve sentado o se#redo da meditação consiste em permanecer assim ,oras e dias sem mais nada faer( 5este modo o +sprito pode a#ir em ns; ameditação nos ensina a ver sem 9ul#ar$ deixando -ue todas as coisas se9am e mantendo/nos firmese in-ue6rant!veis(

    / A orientação( B se#undo consel,o do Pe Serafim era: medita como uma rosa$ como uma flor( Ameta não 7 se tornar um tronco morto mas um ser vivente( )! -ue orientar o coração$ o corpo e oesprito para a-uilo -ue 7 6om( omo a flor ou a !rvore 7 preciso estar orientado para a lu$ para a

     6elea invisvel -ue nos envolve( Se a flor não ascende para a lu apodrece e morre( A !rvore 7 anossa coluna verte6ral; devemos mantê/la er#uida; as raes profundas nutrem o impulso para alu( )! -ue permanecer firme no espaço de lu -ue nos envolve( Permanecer atento$ er#uido$ massem or#ul,o( omo a flor seremos flexveis Cs inspiraç*es do vento e apreenderemos a ,umildade(A flor ensina/nos tam67m a fra#ilidade$ a fu#acidade do tempo; 7 tam67m importante apreender amurc,ar( &edita 7 con,ecer o eterno da montan,a na fu#acidade da flor( 8sto si#nifica apreender aamar no tempo -ue nos 7 dado para amar$ sem raão$ #ratuitamente$ pois o amor 7 a prpriarecompensa(

    / A respiração( B terceiro consel,o do Pe Serafim era: medita a#ora como o oceano( 8nspirar$espirar$ ser inspirado$ ser espirado( 5eixar/se levar pela respiração como -uem se deixa levar pelasondas do mar( Ser uma #ota de !#ua -ue não perde a sua consciência nem a sua identidade no mar(

    &editar 7 respirar profundamente( Se ,! ondas na superfcie$ no fundo tudo permanece tran-uilo(Bs pensamentos vão mas a essência do ser permanece imvel( ?uem escuta profundamente a suarespiração não est! lon#e de 5eus$ diia o Pe Serafim( )! -ue escutar A-uele -ue est! no começoda prpria inspiração$ no final da prpria espiração( A respiração 7 a essência da oração

     permanente: orar não 7 pensar em 5eus$ 7 estar com ele$ respirar com ele$ at7 ser um com o+sprito$ sopro de 5eus -ue nos atravessa( A respiração 7 o fio -ue nos une C fonte -ue nos #era$ oPai( Ser consciente deste fio a cada momento 7 a li6erdade(

    / A invocação( B -uarto consel,o do Pe Serafim era: medita a#ora como um p!ssaro$ como uma pom6a( &editar si#nifica murmurar$ falar 6aixin,o( B 6arul,o das pom6as recorda/nos ainvocação do nome de 5eus$ dia e noite( &urmurar como a pom6a$ deixar sair o canto do coração:respirar cantando por exemplo o irie +leison$ ou Sen,or envia teu +sprito$ ou louvado se9asSen,or((( o importante 7 pronunciar ao ritmo da respiração( 1ão importa muito o si#nificado das

     palavras$ por-ue tal si#nificado nos ser! revelado( Sempre -ue os pensamentos atormentam$ ainvocação do nome calma( A invocação a6re por si s ! contemplação de 5eus em todas as coisas(Ao invocar o nome de "esus invoca/se a ,umanidade e a 5ivindade na aliança -ue "esus revelou$desco6re/se assim o sentido mais profundo da prpria vida e de tudo o -ue se vive(

    / entraliar/se no coração: meditar como A6raão( K preciso entrar na dimensão da F7( A-ui começao camin,o dos nadas$ o camin,o da desapropriação( Sai da tua terra((( rata/se a#ora de aderir aou de 5eus$ C sua inteli#ência e seu coração( 1as estrelas ,a6ita al#o maior do -ue as mesmasestrelas$ a Presença -ue tudo possui( 5eus existe para al7m do niverso mas não pode ser captadofora dele( A6raão desco6riu o ol,ar -ue ,a6ita em tudo( &editar 7 a#ora procurar esse ol,ar( B

    coração acorda para a presença$ para esse Al#u7m( &editar 7 manter o contacto com essa presença(&editar converte/se em pr!tica da ,ospitalidade .Ln '>$

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    &"- #editação da tarde: Orar como um pobre 'Esva(iar o copo)

    8niciamos ,o9e a meditação das #randes leis da oração( A primeira das nossas constataç*es comrespeito C oração 7 -ue não sa6emos como orar( Bs apstolos aperce6eram/se lo#o e fieram o seu pedidoa "esus: Sen,or$ ensina/nos a orar .Jc ''$'( 1s tam67m desco6rimos -ue não sa6emos orar( onfessar isto 7 sinal de -ue estamos na verdade(

    ma das primeiras -ualidades da oração 7 a espontaneidade( B nosso dese9o na oração consiste emexprimir a verdade de ns mesmos$ por isso as frmulas estereotipadas não nos a9udam( Assim como o

    amor nunca 7 definitivamente ad-uirido$ tam67m não a oração 7 uma frmula definitivamente pronunciada( Se a oração 7 uma conversa com 5eus 7 necess!rio em primeiro lu#ar aprender a ln#ua de5eus( S o +sprito de 5eus con,ece verdadeiramente o -ue ,! em 5eus .'or 2$'' e nin#u7m podedier MSen,orN sem o +sprito -ue ,a6ita nele .'or '2$H( A orar aprende/se orando( S o +sprito podeinterceder em ns com #emidos inef!veis .Rom >$2$< .o centurião de afarnaum e em &t 'G$22/2> .a mul,er cananea(

    "! no A encontramos esta atitude: a mãe de Samuel .'Sam '$'G di: Meu apenas sou uma po6remul,erN; na ,istria de &ois7s os prod#ios diante do Fara nada conse#uem$ pelo contr!rio$ o coração doFara endureceu/se .+x = e '0; &ois7s desencora9ado$ na sua de6ilidade$ levanta a sua verdadeira splica.+x H$''; 4$'0; G$2'/2H; o povo 7 uma car#a demasiado pesada para &ois7s .1um ''$'4; 7 com o seumedo e com a sua de6ilidade -ue &ois7s aprende a falar a 5eus( am67m +lias .'Re '$4/G$ "eremias.'$

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    aprender a orar desde a nossa de6ilidade$ aprender a falar a 5eus desde a nossa po6rea( +sta 7 a primeiralei da oração( .2or ''$'

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     possi6ilitando a 5eus -ue manifeste a sua 6ondade( B fariseu apenas se procurava a simesmo na-uilo -ue apresentava a 5eus(

    S o po6re ama( 1ão somos po6res -uando não amamos( 1o amor o orante aceita ficar a espera de 5eus -ue vir! partil,ar o seu des#nio$ o seu pro9ecto( ?uando vamos Coração s por-ue 7 a#rad!vel ainda não vamos por amor( Se procuramos sentir/nos 6emna oração ainda não amamos( Se oramos para conse#uir al#o ainda não amamosverdadeiramente( A oração fa/se na f7$ na espera am!vel$ exi#e cora#em e entre#a( Por 

    amor 5eus #uarda silêncio$ pois 5eus não -uer -ue nos en#anemos$ -ue confundamos+le com as nossas impress*es( B silêncio de 5eus 7 um sinal da sua -ualidade de Amor(5eus convida/nos ao despo9amento$ a ultrapassar as nossas impress*es( 5eus não -uer -ue fi-uemos com os frutos$ com os talentos$ para nos poder dar frutos ainda mel,ores(A oração exi#e a cora#em de sa6er permanecer como uma est!tua .São Francisco deSales; as est!tuas colocam/se nos paços para a#radar aos ol,os dos prncipes; a oraçãoconsiste em sa6er permanecer assim$ como uma est!tua$ diante de 5eus$ +le dar! vida Cest!tua -uando -uiser(

    "esus pede/nos -ue a6ramos a porta .Apoc H$20( K preciso desco6rir -ue asnossas ataduras aos pro9ectos$ preocupaç*es e ideias nos impedem deresponder ao c,amado de risto( +stamos demasiado atarefados paraescutar$ demasiado centraliados em ns mesmos( S entram no 6an-uete os-ue sou6eram esperar$ por-ue escutaram o c,amado( S esperaverdadeiramente a-uele -ue não se en#ana com a sua po6rea .Jc '4$'$'

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    *uarta F+ria: Orar com perseverança

    +m todas as ocasi*es não se cansar(A par!6ola dos convidados ao 6an-uete mostra/nos a 5eus C procura de verdadeiros adoradores

    .Jc '4$'( "esus usa umm7todo de contraste: se um 9ui ,umano e#osta não deixa de atender a perseverança de umaviva -ue nada tem a ver com ele$ como duvidar de 5eus infinitamente 6om para -uem somos

    fil,os amados3 Se o e#osmo cede perante a importunidade com mais raão ceder! a 6ondadedo pai -ue nunca daria uma pedra$ uma serpente ou um escorpião a -uem l,e pede um ovo$ pãoou peixe( "esus mesmo introdu a par!6ola da viva explicando assim o seu sentido: Mparamostrar a necessidade de orar sempre sem 9amais esmorecerN .Jc '>$'( A perseverança 7descrita por "esus com a ima#em do "ui: vou faer/l,e 9ustiça para -ue ela não ven,a meromper a ca6eça .es6ofetearme .v(G( rata/se de romper a ca6eça de 5eus$ a6orrece/lo at7 eleresponder% 5eus far! 9ustiça aos -ue #ritam a ele dia e noite .v(>( 5ia e noite devemos estar diante de 5eus dispostos a l,e romper a ca6eça$ at7 -ue a sua 9ustiça$ seu Reino ven,a( A lei da

     perseverança est! li#ada C lei da po6rea: o po6re 7 a-uele -ue não cessa de pedir at7 o6ter a-uilo de -ue tem necessidade( Assim a primeira lei da oração consiste em recon,ecer a prpria

     po6rea$ a necessidade de 5eus; a se#unda em não cessar de apresentar esta necessidade at7-ue se9a satisfeita(

    2( 1a D6lia a lei da perseverança exi#e orar muito( +ncontramos muitos testemun,os nestesentido na +scritura:

    a( A Primeira 8#re9a: Act '$'4; '0$2; '2$G; '

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    ficamos unidos a 5eus( a oração 7 um dese9o profundo do coração$ um compromisso da nossavontade( Praticamente não 7 possvel estar sempre em exerccio de oração$ mas a tendência doamor 7 uma realidade viva em ns e permanece( 5a mesma maneira -ue vivemos so6influência de muitas tendências profundas$ mesmo o não sa6endo$ tam67m podemos viver so6a influência da oração em todo tempo( Por isso os Padres distin#uiam entre exerccio de oraçãoe estado de oração( Somos c,amados a viver muito mais do -ue simples exerccios de oração(A perseverança não se limita a um ,or!rio( "esus c,ama/nos a viver em fidelidade interior$ uma

    fidelidade do mais profundo da nossa vontade(G( A perseverança exi#e orar custe ou -ue custar( 1ão se pode aprender esta fidelidade interior se

    não consa#ramos um tempo di!rio C oração( Para dar todos os tempos 7 preciso começar dandoum tempo( A fidelidade interior não vir! se apenas oramos -uando sentimos necessidade( K

     preciso vencer uma ilusão: aos poucos deixaremos de sentir vontade de faer oração$ aos poucos deixaremos o 6arco andar C deriva e o es-uecimento instalar/se/! em ns( K preciso umtempo para -ue a calma se faça em ns$ para recompor a ordem interior( 5eus mesmo impIstempos de repouso na vida do seu povo .+x H'$'H/'4; 20$>/''( am67m ns precisamos estesritmos de oração para permitir -ue se instale em ns esta tendência do coração( 5a anecessidade de consa#rar C oração al#uns tempos: di!rios$ semanais$ mensais$ anuais% Asatitudes essenciais sur#em do interior: a atenção aos irmãos$ a compreensão da mis7ria$ a

     procura da felicidade$ o ol,ar de f7 para a de6ilidade e a misericrdia% udo isto 7 fruto danossa fidelidade aos tempos de oração(

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    i( A nossa memria .ressentimentos$ rancores$ amar#uras$ as lem6ranças detudo a-uilo -ue não est! conforme com a ideia -ue nos faemos de nsmesmos( ?uando deixamos de nos compadecermos de ns mesmos entãofaemos lu#ar a risto .eresa de Jisieux( &uitas vees somos como acriança -ue depois de muita ausência encontra/se com a mãe mas depois detrespassar a porta aperce6e/se -ue os sapatos estão su9os da poeira docamin,o e volta de novo fora para os limpar$ em lu#ar de se lançar aos

     6raços da sua mãe( Passamos muito tempo na oração preocupados coma-uelas coisas -ue carre#amos%

    ii( A 8ma#em: temos muito 6arul,o interior pelas muitas ideias -ue nosfaemos de ns mesmos; a nossa ima#em tem uma import@ncia excessiva e

     prestamos demasiada atenção ao -ue os outros pensam ou diem de ns(Passamos muito tempo C procura da ima#em -ue #ostaramos ser$

     procurando/a nos outros para nos sentirmos se#uros( Eivemos então a ilusãode um falso silêncio$ o silêncio do nosso son,o%

    iii( A nossa actividade( A impaciência pelos resultados tan#veis$ oscompromissos do tra6al,o$ as preocupaç*es acad7micas$ podem provocar uma fe6re interior$ um activismo -ue arruna a oração( Jevamos todas as

    nossas tens*es C oração; dedicamos o tempo a tentar afu#entar as distracç*essem dar conta -ue isso 7 9! uma distracção( Aca6amos por ser incapaes de

     parar(iv( As nossas paix*es( odos os pe-uenos ape#os( 1ão importa se o passarin,o

    est! amarrado a um fio ou a uma corda$ o facto 7 -ue est! amarrado .S("oãoda ru( São os ape#os ao nosso 6em/estar ou a uma pessoa -ual-uer%

    rata/se sempre do amor a si mesmo$ o amor/prprio( S se muda um amor por outro( Se amar si#nifica faer/se um com o amado então amar exi#e estar livre de-ual-uer outra atadura( Amar al#u7m 7 preferi/lo a tudo( 1ão aceitaramos um amor -ue não exi#isse ser preferido a tudo( al 7 o sentido do silêncio interior: espera doamor( B silêncio 7 #rande meio atrav7s do -ual vivemos a nossa vocação ori#in!ria(B silêncio s pode unificar a nossa vida; o -ue nos destri$ o -ue provoca osofrimento$ 7 a dispersão$ a multiplicação inevit!vel( A dispersão da vida coloca/nosem com6ate constante com o nosso centro de #ravidade -ue não se encontra ao nveldas impress*es( ?uando o ponto de referência das nossas actividades somos nsmesmos a vida fica aprisionado no mltiplo$ na descontinuidade( S o silêncio podedar unidade C nossa vida( B silêncio lança/nos al7m de ns mesmos por-ue ele 7espera do amor( 1o silêncio pomos o nosso ponto de apoio no nico -ue 7 est!vel: avontade de 5eus( 7 mesmo difcil faer silêncio num mundo em -ue fu#imosconstantemente de ns mesmos e -ue re9eita a solidão( B esforço do silêncioconvida/nos a recomeçar sempre( Ser! sempre difcil( +xi#e a nossa perseverança(

    "esus adverte/nos claramente: de toda palavra ociosa os ,omens darão conta no diado 9ul#amento .&t '2$H

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    verdadeiro -uando 7 capa de dar prioridade ao con,ecimento do outro por cima da prpria satisfação afectiva( Para orar 7 importante preparar/se intelectualmente( K preciso -ue confrontemos os nossos dese9os e impulsos interiores com a +scritura ea Eerdade revelada -ue nos comunicam os dese9os de risto e da 8#re9a H( K precisocom6ater a prpria vida interior com uma #rande ,umildade; para isso pode a9udar 

     partir sempre de um #uia para a oração -ue a9ude a fixar o esprito( 1ão se trata deintelectualiar a oração$ mas de encontrar um e-uil6rio; não se trata de estar a

    tomar apontamentos para aprender muitas coisas$ nem de ficar a dormir; -uem amaverdadeiramente não fa nem uma coisa nem outra( A leitura e a meditação s têmvalor se conduem C conversa com 5eus( ?uando nos encontramos com 5eus 7importante calar$ mas 7 tam67m importante sa6er voltar aos textos -uando asdistracç*es começam a dominar o nosso esprito( Jeitura$ meditação$ oração econtemplação estão encadeadas(

    i( 1a par!6ola de &t 22$'' "esus nos convida a entrar no 6an-uete preparados$com a veste nupcial( omo estamos a preparar a nossa oração3 Para orar 7

     preciso se purificar de todos os dolos .Ln HG$2/G; Sal 4$=/2H; &i-

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    divinas para se sentir prote#ido Mma#icamenteN; &c '4$H/< .Atitudes de#ratuidade evan#7lica(

    'G

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    *uinta F+ria: Orar em nome de ,esus

    + o -ue pedirdes em meu nome eu o farei ."o '4$'HA terceira lei da oração 7 orar em nome de "esus( 1em -ual-uer oração ser! efica( "esus prometeu

    a efic!cia C oração feita em seu nome( Bs textos do 1 são numerosos neste sentido: "o '4$'H; "o '

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    B exemplo de "esus pode nos a9udar a colocar a nossa prpria oração( "esus -uis -ue a sua oraçãoservisse de modelo para ns( 5epois da ressurreição de J!aro "esus explica a raão da sua oração para-ue todos os -ue o acompan,avam acreditassem ."o ''$4'/42( Ao assumir a condição de servo .Fil 2"esus assume tam67m tudo o -ue comporta a sua naturea ,umana: sensi6ilidade$ afectividade$ paix*es$emoç*es; "esus ora com uma oração totalmente ,umana$ ,umilde e com toda a sua sensi6ilidade: c,ora namorte de J!aro ."o ''$HG/H>$ preocupa/se pela de6ilidade de Pedro .Jc 22$H2$ an#ustia/se ante o seuc!lice .&t 2

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    o mais pe-ueno pois não tem medo a perder/se$ doação da-uele -ue 7 perfeito e não temecorromper/se; doação at7 ao perdão pois -uem se d! 7 a-uele -ue fe a lei; doação da-uele-ue pode permanecer amando em6ora seu amor não se9a recon,ecido nem acol,ido(8nvocar o nome de 5eus exi#e pedir ser tam67m um dom para os outros$ como "esus 7dom$ #ratuitamente(

    H( 5epois da acção de #raças e da adoração vem a petição$ a splica( ?uando "esus perce6e a#randea do dom de 5eus .Seu Reino inflama o seu dese9o de ver partil,ado este dom para

    todos( +m primeiro lu#ar "esus ora pelos -ue vão rece6er o Reino: "esus -ue rece6eu damão do Pai os irmãos$ pede para -ue se9am #uardados nas mãos do Pai ."o '0$2$ pede

     para ser #lorificado .amado neles ."o '=$/'0$ para -ue se9am um .v(''$ para -ue se9am prote#idos do mal .E('G$ para -ue se9am santificados na verdade .v('=( "esus -uer -uecontinuemos a splica pelo seu Reino:

    B Reino de 5eus e a sua "ustiça: &t

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    '( entar medir a confiança da nossa oração: estamos convencidos -ue podemos mudar aan#stia deste mundo pela oração3 1os deixamos a6ater pela impotência$ pelo sentimentoMde -ue não ,! nada a faerN perante tanta dor e sofrimento3 Bramos li#ando C nossaoração a realidade$ a vida das pessoas% ou nos a6andonamos no es-uecimento$ fu#indodos pro6lemas reais das pessoas do mundo3

    2( 5eus pede/nos ser dom para os ,omens$ como "esus$ seu fil,o( Assim como 5eus temnecessidade do seu fil,o$ tam67m tem necessidade de ns$ do nosso amor( ?uando

    deixamos de amar 5eus$ 5eus perde seu fil,o$ -uando voltamos a 5eus$ deus recupera oseu fil,o( +stamos c,amados a ser como "esus um dom para o Pai; -uando ne#amos doar/nos impedimos um dom do Fil,o ao Pai( "esus fe/nos con,ecer tudo a-uilo -ue aprendeudo Pai( 5eus s tem um amor e -uando ama entre#a/o( 5eus Pai -uer reviver em ns tudo o-ue se passa entre ele e o seu Fil,o( +sta 7 a oração perfeita(

    '

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    Sexta F7ria: Bs frutos da Bração: +sperança e Amor( Brar sem interrupção'( A esperança

    a( )asan Daçri encontrou um dia uma criança -ue levava na mão uma toc,a ardente( 5onde 7 -uevocê tirou esse fo#o3 W Per#untou( A criança soprou a c,ama e esta desapareceu( B, )asanV5i/me onde -ue ela foi e eu te direi donde -ue ela veio( A vontade de 5eus 7 a fonte da nossaesperança$ 7 a lu da nossa vida( Al#o muito simples mas misterioso: donde -ue ela vem e onde-ue ela nos condu3 Podemos mantê/la acesa ou apa#ada( 5epende da nossa cooperação activa

    com a força de 5eus em nossa vida( K nesta cola6oração com 5eus$ com o seu +sprito$ -ue seencontra o mais vivo de ns( +sta cola6oração realia/se especialmente na oração( Fora dela oscamin,o -ue andamos nos perdem na morte( As forças primeiras da vida ,umana são aactividade e o dese9o de realiação -ue a acompan,a$ a força do nosso coração e o dese9o deamar e ser amados -ue ,a6ita nele( Podemos usar a força do nosso coração para destruir ematar ou para dar vida( B coração= 7 a fonte da nossa força: nele est! a nossa purificação etam67m a nossa realiação( A oração 7 a possi6ilidade -ue temos cada dia para levar a ca6oesta purificação e esta realiação( A oração recorda/nos -ue ns não podemos faer esta tarefa:a força para isso vem de 5eus( 1a oração preparamos ,umildemente o terreno( 1ão 7suficiente com não impedir a acção de 5eus$ pois para não impedir esta acção 7 precisocomprometer/se livremente( S a nossa naturea 9! 7 um impedimento$ pois ela não -uer orar e

    resiste 5eus( A lei do pecado circula pelos nossos mem6ros .Rom =$2H( Para não impedir aacção de 5eus em ns 7 preciso tra6al,ar com todas as forças e preparar C semente de 5eusuma terra 6oa .Jc >$4/( A semente de 5eus cresce por si mesma mas ela precisa uma terra

     6oa( 1ão ser um o6st!culo para a acção de 5eus 7 a tarefa mais dolorosa e difcil da vidaespiritual(

     6( 1ão podemos fu#ir da sede de felicidade -ue ,! no nosso coração( Fomos feitos para ela( &asnão podemos c,e#ar a ela sem intermedi!rios( ada dia construmos o Reino nos #estos mais,umildes$ entrando em cola6oração com 5eus na procura da felicidade( 5eus tem a sua

     peda#o#ia( ada dia ensina/nos um pouco mel,or -uem +le 7 e -uem somos ns( 5eus tem assuas ferramentas: a esperança e o amor( om a esperança 5eus tra6al,a a nossa actividade e onosso dese9o de felicidade( 5eus tra6al,a para -ue se9amos cada dia um pouco mais nsmesmos( 1a nossa vida a esperança tem a forma dos nossos pro9ectos$ son,os e ilus*es$ mastam67m dos nossos fracassos e dos nossos medos( orremos sempre dois riscos: a impaciência.faer sempre al#uma coisa$ a pensar -ue podemos dominar a 5eus e a demissão .a renncia aesforçar/nos$ a com6ater e enfrentar as de6ilidades( B pecado da esperança consiste em pensar -ue podemos por ns mesmos asse#urar a-uilo -ue nos foi prometido: ser deus de si mesmo$não aceitar -ue temos necessidade dos outros$ não aceitar nen,uma dependência( 1a oraçãoencontramos estas dificuldades( Podemos faer oração a pensar -ue ela nos servir! para a nossarealiação e então arruinamos a oração( ?uando faemos assim nos apropriamos do nossodese9o$ da vontade de 5eus$ e pretendemos ser os autores da nossa realiação(

    c( 5eus responde sempre( &as 7 preciso ser pacientes( +m 5eus o fracasso não tem lu#ar( &esmo

    -ue a semente cair nas pedras$ nos espin,os$ no camin,o% sempre ,aver! uma parte em terra 6oa( &esmo -ue ,a9a muito 9oio semeado pelo inimi#o no nosso campo isso não impedir! acol,eita( &esmo -ue na rede ,ouver muitos peixes -ue não prestam sempre ,aver! 6om peixesuficiente( +m 5eus estamos certos( "esus con,ece esta certea: "o ''$42( A promessa de 5eus

    = oração e alento: para os PP os ritmos da existência ,umana são dois: a respiração e o coração( A oração contnua realia/seao ritmo do late9ar do coração e do respirar( A oração de "esus une/se C respiração( rata/se de perseverar no nome de "esus at7-ue o coração respire ao Sen,or e o Sen,or respire o meu coração( Assim se podem desco6rir os frutos do silêncio ."olmaco( A respiração 7 um sm6olo do tempo: acelerar ou pacificar$ encerra a existência ou a6re/a para a Presença( K alem6rança do alento divino na ima#em de 5eus -ue somos cada um( B coração unifica a existência: pela temperança$ purificadas paix*es$ pela reflexão concentra/se e eleva/se para 5eus$ e pela oração consa#ra/se C contemplação de 5eus( A vida divina

     penetra/nos pela respiração e pelo late9ar do coração( Brar 7 respirar o +sprito Santo: participar do alento de 5eus -ue

    constantemente nos cria( B coração 7 o centro$ como risto 7 o centro da 8#re9a e do universo( B coração ao ritmo da respiraçãoinvoca o nome de "esus introduindo/se assim na experiência transfi#uradora da relação com o Pai( 5eus escreve no coraçãocom as letras de fo#o do +sprito Sto( S se entra na relação com o Pai pelo Fil,o e pela invocação constante do seu nomesanto( Por-ue s a encarnação fe possvel aceder a 5eus(

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    não deixar! de se realiar( A nossa oração sempre ser! ouvida$ sempre ser! efica$ por-uedescansa so6re 5eus e não so6re ns .Rom $'(

    i( Reler os se#uintes textos: as par!6olas da esperança .&t 2G$$'0/2=; $G/

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    mais #raves( A caridade ou amor cristão 7 uma atitude nova$ um novo mandamento( Bevan#el,o exprime/o so6re tudo em dois textos .Jc '0 e "o 'H( B sentido do amor cristão est!nestes dois textos:

    i( Jc '0 7 a primeira lei do amor cristão( Amar si#nifica faer/se prximo( 1ão apenas per#untar/me -uem 7 o meu prximo mas eu faer/me prximo( Per#untar/se -uem 7 omeu prximo .-uem pode formar parte do mundo das min,as relaç*es 7 aindamentalidade do A( B 1 di/nos: se não tens um prximo$ tu prprio dever faer/te

     prximo( 1ão c,e#a com dier: eu nada fi de mal a nin#u7m; 7 preciso aproximar/se positivamente do outro para faer o 6em; prximo 7 todo a-uele -ue encontro no meucamin,o e est! necessitado( ?uando o sofrimento do outro 7 maior do -ue o meu$ faer/me prximo si#nifica passar o seu sofrimento por cima do meu( +ste 7 o sentido dose#undo mandamento(

    ii( Amar si#nifica amar como risto nos amou ."o 'H$H4; ol H$'H( B amor 7 cristão-uando se identifica com o amor de risto( +ste amor tem umas caractersticas

     prprias:a( B amor de "esus 7 primeiro um dom puro$ d!/se sem esperar$ sem

    reivindicaç*es$ não condena$ não 9ul#a( &esmo -ue se9amos ns aofendê/lo ele vem nos oferecer a reconciliação( B amor de risto

    consiste em -ue +le nos amou primeiro .'"o 4$'0( K sempre ele -uemcomeça a amar( Ama por nada$ #ratuitamente( m amor -ue procedeinversamente do nosso amor( "esus ama sa6endo -ue amando fa osoutros mel,ores; não condena a mediocridade dos outros; "esus d! seucoração$ seu tempo$ sua confiança( 5efende a &aria &adalena comodefendeu Ta-ueu e a Samaritana$ contra a opinião dos outros e contra osseus apstolos( "esus sa6e -ue se os ,omens somos d76eis$ pe-uenos$medocres$ 7 por-ue não nos sentimos amados$ por-ue nos falta amor("esus acorda assim a parte mel,or -ue ,! em cada um de ns( Por issodiante de "esus$ do seu amor criador$ os ,omens acreditam$ confiam em5eus e em si mesmos( B amor de "esus 7 puro dom e por isso elemostra/nos o Pai$ mostra/nos -ue o primeiro ras#o do amor consiste emser fonte de vida( Por isso s a-uele -ue ama partil,a a vida de 5eus(

     6( "esus ama doando/se e faendo/se pe-ueno( Ama at7 o dom total de simesmo$ at7 a cru .'"o H$'

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    dor( Por isso a oração 7 necess!ria para amar$ pois sem oração o amor não 7 presente( Para amar verdadeiramente 7 necess!rio desco6rir comoeu sou amado; e esta experiência não suporta não ser actual$ presente(Amar como 5eus ama exi#e permanecer atento a este amor$ sentir a suaatracção$ o seu ata-ue$ a sua ferida( Sa6er como sou amado e amar sãodois momentos de um mesmo movimento( Por isso o se#undomandamento 7 semel,ante ao primeiro( Sem oração s se pode viver 

    uma caricatura do amor( A oração funda a caridade$ desco6rindo/noscomo risto amou$ primeiramente atrav7s da +scritura ."o 4$'0( Bcentro da oração 7 faer presente 5eus$ viver com a recordação presentede 5eus e do seu amor para connosco( A escritura meditada tem a funçãode revelar o realismo deste amor de 5eus para cada um de ns e demodo concreto( A paciência$ a doçura$ o acol,imento e a escuta$ -ue sãocondiç*es do amor de 5eus$ são impossveis para ns se não asdesco6rimos cada dia na nossa oração(

    d( B amor de 5eus 7 misterioso( 5evemos crer nele$ 7 o69ecto de f7( Bs,omens são c,amados a amar C ima#em da comunidade de 5eus: o amor -ue une o Pai e o Fil,o$ -ue 7 o +sprito Santo( 1a oração entramos na

     partil,a de amor -ue une o Pai com o Fil,o e o Fil,o com o Pai$ e estaunião 7 o +sprito Santo( 1a oração entramos na relação de intimidadede 5eus( Por isso amamos os irmãos por-ue eles estão li#ados como euao mesmo 5eus$ seu Pai e meu Pai( Por isso todo ,omem 7 sa#rado: ocoração de cada ,omem nasceu do mesmo amor do Pai e tende a +le; eusou c,amado a amar a cada irmão com o mesmo amor com o -ual eu souamado por 5eus e eu amo a 5eus( B amor de 5eus passa pelo prximo eeleva/se a 5eus pelo prximo( 8sto 7 possvel pela oração$ a nica -ue

     pode pIr o amor so6 o sinal do +sprito(e( A oração$ por sua ve$ rece6e da caridade o seu contedo( Se assim não

    for ela seria mentira( A oração resume/se na identificação das duasvontades: -ue a tua vontade se9a feita( Brar 7 tornar/se discpulo deristo$ amado do Pai( K pelo amor fraterno -ue os cristãos somoscon,ecidos ."o 'H$HG( Brar 7 atin#ir a alma de risto$ partil,ar a suavontade( B mandamento de "esus 7 explcito: amai/vos uns aos outros."o 'H$ H4( A vontade de 5eus 7 amar em mim$ por mim$ todos os -ue5eus me manda amar .Santa eresa( A oração ser! 9ul#ada pelo amor eo amor pelos irmãos( 5eus 7 o mendi#o -ue c,ama na tua porta e pede(Re9eitar o po6re 7 re9eitar 5eus .'"o 4$20( Seremos 9ul#ados pela oraçãoe pela caridade .&t 2G: a caridade 7 o amor -ue 6rota da oração e a elacondu( Amar 7 partil,ar o coração de 5eus e desco6rir a infinita

    dimensão de este amor( A oração 7 cumprir a vontade de amor de 5eus:-ue se9a feita a sua vontade$ nos meus actos( ma vontade de amor$ de perdão$ de misericrdia( Por isso ,! um s mandamento: o amor$ asalvação cu9a medida vem do prximo( S o amor conta( A novidade do+van#el,o pede/nos ter para com os outros a mesma atitude -ue temos

     para com 5eus e ter para com deus a mesma atitude -ue +le tem paraconnosco( A nica maneira de afirmar -ue temos um Pai 7 recon,ecer -ue temos irmãos( +sta atitude de recon,ecimento s 7 possvel se naoração vivemos a certea di!ria de ser amados pelo mesmo Pai(

    i( Reler as se#uintes passa#ens evan#7licas: Primado da caridade.Rom 'H$/'0; &t =$'2; "o 'H$HG; '"o 4$>(20; ol H$'H/'4;

    novidade do mandamento ."o 'H$H4; ol H$'H; Lal

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    +sprito$ a mesma atitude para com os irmãos .'"o 4$=/>; Bs 4$';

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    Braç*es de Lrupo para cada diaHXF( Brar como um po6re.Am6ientar a apela: flores$ sm6olos$ colar um papel com os textos -ue serão meditados%'( &otivação 8nicial:

    onvida/se a entrar na oração de #rupo para partil,ar a prpria experiência de intimidade com 5eus( B o69ectivo principal da oração de #rupo 7 viver uma experiência de comun,ão de pensamentos e sentimentos entre ns e comristo(

    +xp*e/se o tema central da oração: orar como um po6re( Eamos tentar levar C vida as ideias meditadas no retiro$

    cada dia$ e faermos 9untos uma experiência de comun,ão em risto( +xplica/se a din@mica da oração: os passos mais importantes -ue tentaremos dar% .não explicar tudo$ não 7necess!rio; as pessoas têm de se deixar conduir; ro#ar para -ue os textos -ue vão ser meditados este9am 9!marcados na 66lia; ter C mão o caderno e a caneta

    onvida/se ao #rupo para orar e partil,ar a oração nos tempos indicados para isso com petiç*es$ suplicas$ acç*esde #raças$ meditaç*es pessoais%

    8niciar sempre com um c@ntico relacionado com o tema a meditar -ue introdua a oração do #rupo(2( 8niciamos a 'X parte da oração: MRecon,ecer os prprios limitesN

    8ntroduir o tema desta 'X parte: exp*e/se a intenção concreta para este 'Y tempo de oração( B sentido principalconsiste em desco6rir a necessidade de recon,ecer a-uilo -ue nos limita; todas as experiências em -ue s

     podemos dier: Mnão possoN( B primeiro passo da oração 7 ser po6re( Brar 7 ter uma consciência po6re a6erta aoamor( 5eus -uer -ue se9amos po6res(

    exto +van#7lico: Jc '>$/'4

    a( Fa/se uma leitura muito calma do texto 6( Fa/se a resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias principais .não 7 uma repetição

    da leitura( empo de ,omilia(c( 5eixa/se tempo de meditação pessoal a partir de esta per#unta ou uma semel,ante:

    -ual 7 a ideia -ue mais te marcou3 Por-uê3 +screve/ad( @ntico: preferivelmente uma invocação ao +sprito Santo

    Se#uem/se dois testemun,os pessoais so6re a oração do pu6licano e do fariseu: pode ser uma experiência vivida pessoalmente$ uma ,istria ou um texto -ue exprima e a9ude a meditar mais no tema da oração; tam67m pode ser um testemun,o so6re a experiência do recon,ecimento dos prprios limites( 5evem ser testemun,os previamente

     preparados por mem6ros do #rupo -ue #uia a oração( rata/se de tocar nos irmãos com esses testemun,os e provocar a oração( 5eixa/se tempo para interioriar e para possveis testemun,os espont@neos no mesmo sentido(

    onvida/se a partil,ar a oração: preces$ meditaç*es pessoais$ acção de #raças% responde/se com al#um c@nticomeditativo a cada intervenção( .Pode/se pIr msica muito suave

    H( Parte 2X da oração: MBrar como um po6reN 8ntrodu/se o tema desta se#unda parte( B sentido principal deste momento 7 pormos em pr!tica a oração po6re$

    orarmos como po6res para experimentar a #raça de 5eus -ue vem em nosso auxlio( B po6re rea: 5eus$ precisode tiV S 5eus pode ouvir as palavras de 5eus: M6asta/te a min,a #raçaN

    exto: 2or ''$'< C '2$'0(a( Jeitura muito calma

     6( Resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias mais importantes do texto( empo de,omilia(

    c( empo de meditação: -ual 7 a frase -ue mais te marcou3 Por-uê3 +screver as respostas pessoais

    d( @ntico de resposta: invocação ao +sprito estemun,os pessoais so6re a oração po6re( 8nsistir na experiência da #raça rece6ida( .B #rupo prepara dois

    testemun,os; deixa/se silêncio para interioriar e para outros testemun,os espont@neos onvida/se a orar e a partil,ar a oração( .&sica suave4( onclusão da oração:

    m #esto comunit!rio -ue exprima a comun,ão de todo o #rupo com a oração po6re .Pode ser: uma oraçãoescrita e dedicado a um irmão; um #esto de pa; um compromisso pessoal formulado diante de todos%

    onclui/se com um c@ntico e com o silêncio%

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    4XF( Brar sem cessar .Am6ientar a apela: flores$ sm6olos$ colar um papel com os textos -ue serão meditados%→&otivação 8nicial:

    a( onvida/se a entrar na oração de #rupo para partil,ar a prpria experiência de intimidade com 5eus( B o69ectivo principal da oração de #rupo 7 viver uma experiência de comun,ão de pensamentos e sentimentos entre ns e comristo(

     6( +xp*e/se o tema central da oração: orar sem cessar( Eamos tentar levar C vida as ideias meditadas no retiro$ cadadia$ e faermos 9untos uma experiência de comun,ão em risto(

    c( +xplica/se a din@mica da oração: os passos mais importantes -ue tentaremos dar% .não explicar tudo$ não 7necess!rio; as pessoas têm de se deixar conduir; ro#ar para -ue os textos -ue vão ser meditados este9am 9!marcados na 66lia; ter C mão o caderno e a caneta

    d( onvida/se ao #rupo para orar e partil,ar a oração nos tempos indicados para isso com petiç*es$ suplicas$ acç*esde #raças$ meditaç*es pessoais%

    e( 8niciar sempre com um c@ntico relacionado com o tema a meditar -ue introdua a oração do #rupo(→ 8niciamos a 'X parte da oração: A vocação de Atalaia .+ HH

    '( 8ntroduir o tema desta 'X parte: exp*e/se a intenção concreta para este 'Y tempo de oração( B profeta +e-uieldesco6re/nos a vocação de oração; orar 7 uma vocação para todos os cristãos$ uma vocação de atalaia; 5eus precisa dens para se comunicar e para realiar o seu des#nio de salvação( Ser cristão 7 desco6rir esta responsa6ilidade paracom 5eus( 5eus c,ama a todos os ,omens a viver no seu amor; a oração 7 a maneira de viver unidos a todos os,omens( +ste tempo de oração -uer nos a9udar a ouvir este c,amamento de 5eus: somos c,amados por 5eus a ser 

     pessoas de oração(

    2( exto: + HH$'/20a( Fa/se uma leitura muito calma do texto 6( Fa/se a resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias principais .não 7 uma repetição da leitura( empo de

    ,omilia(c( 5eixa/se tempo de meditação pessoal a partir de esta per#unta ou uma semel,ante: -ual 7 a ideia -ue mais te

    marcou3 Por-uê3 +screve/ad( @ntico: preferivelmente uma invocação ao +sprito Santo

    H( Se#uem/se dois testemun,os pessoais so6re a vocação de oração: pode ser uma experiência vivida pessoalmente$ uma,istria ou um texto -ue exprima e a9ude a meditar mais no tema da oração; tam67m pode ser um testemun,o so6re aexperiência pessoal de oração; por exemplo como pela oração salvamos al#um irmão((( 5evem ser testemun,os

     previamente preparados por mem6ros do #rupo -ue #uia a oração( rata/se de tocar nos irmãos com esses testemun,ose provocar a oração( 5eixa/se tempo para interioriar e para possveis testemun,os espont@neos no mesmo sentido(

    4( onvida/se a partil,ar a oração: preces$ meditaç*es pessoais$ acção de #raças% Pode/se orar com a se#uinte per#unta:

    sinto -ue 5eus me c,ama a ser atalaia3 responde/se com al#um c@ntico meditativo a cada intervenção( .Pode/se pIr msica muito suave→ Parte 2X da oração: MRomper a ca6eçaN

    '( 8ntrodu/se o tema desta se#unda parte( B sentido principal deste momento 7 pormos em pr!tica a insistência daoração; ora/se com a intenção de conse#uir o -ue se pede$ com F7; orar sem desfalecer at7 romper a a6eça a 5eus-ue sempre est! disposto a dar o esprito Santo a -uem l,o pede( A oração exi#e confiança total em 5eus; mas s o

     po6re confia( Brar 7 sa6er -ue 5eus tem raão e sa6e tudo$ por amor( 5eus vai escutar a nossa oração -uando ela 7 po6re$ mas a sua resposta ultrapassar! as nossas expectativas; 5eus responder! com uma medida -ue não ima#inamos(

    2( exto: Jc '>$'/>a( Jeitura muito calma

     6( Resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias mais importantes do texto( empo de ,omilia(c( empo de meditação: -ual 7 a frase -ue mais te marcou3 Por-uê3 +screver as respostas pessoaisd( @ntico de resposta: invocação ao +sprito

    H( estemun,os pessoais( +xprimir a ideia de orar sem cessar$ arrancar a 5eus a sua resposta( Pode/se dar um testemun,ode experiência pessoal neste sentido: a oração -ue não persevera não 7 ouvida$ a6andonamos lo#o a intimidade com5eus por tantas ra*es% .B #rupo prepara dois testemun,os; deixa/se silêncio para interioriar e para outrostestemun,os espont@neos

    4( onvida/se a orar e a partil,ar a oração( Podem a9udar al#umas per#untas: o -ue peço na oração3 B -ue estou adesco6rir durante este retiro3 Para onde me c,ama a conversão3 A#radecer ou suplicar neste sentido .&sica suave

    → onclusão da oração:f( m #esto comunit!rio -ue exprima a comun,ão de todo o #rupo com o compromisso da perseverança .Pode ser:

    uma oração escrita e dedicada a um irmão; um #esto de pa; um compromisso pessoal formulado diante de todos;um 6ei9o C Palavra ou ao risto en-uanto se canta%

    #( onclui/se com um c@ntico e com o silêncio%

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    GXF( Brar em nome de "esus.Am6ientar a apela: flores$ sm6olos$ colar um papel com os textos -ue serão meditados%→&otivação 8nicial:

    onvida/se a entrar na oração de #rupo para partil,ar a prpria experiência de intimidade com 5eus( B o69ectivo principal da oração de #rupo 7 viver uma experiência de comun,ão de pensamentos e sentimentos entre ns e comristo(

    +xp*e/se o tema central da oração: orar como um po6re( Eamos tentar levar C vida as ideias meditadas no retiro$cada dia$ e faermos 9untos uma experiência de comun,ão em risto(

    +xplica/se a din@mica da oração: os passos mais importantes -ue tentaremos dar% .não explicar tudo$ não 7necess!rio; as pessoas têm de se deixar conduir; ro#ar para -ue os textos -ue vão ser meditados este9am 9!marcados na 66lia; ter C mão o caderno e a caneta

    onvida/se ao #rupo para orar e partil,ar a oração nos tempos indicados para isso com petiç*es$ suplicas$ acç*esde #raças$ meditaç*es pessoais%

    8niciar sempre com um c@ntico relacionado com o tema a meditar -ue introdua a oração do #rupo(→ 8niciamos a 'X parte da oração: Bração de Jouvor e acção de #raças'( 8ntroduir o tema: exp*e/se a intenção concreta para este 'Y tempo de oração( B primeiro momento de oração 7 o

    a#radecimento( Bs cristãos iniciamos a oração a#radecendo e não suplicando% recon,ecemos o dom da salvação emristo( 5eus salva as nossas vidas em risto e ns recon,ecemos esta salvação e a#radecemos(

    2( exto: As 6em/aventuranças do Reino .&t G$'/'2a( Fa/se uma leitura muito calma do texto

     6( Fa/se a resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias principais .não 7 uma repetição da leitura( empo de

    ,omilia(c( 5eixa/se tempo de meditação pessoal a partir de esta per#unta ou uma semel,ante: -ual 7 a ideia -ue mais te

    marcou3 Por-uê3 +screve/ad( @ntico: preferivelmente uma invocação ao +sprito Santo

    H( Se#ue/se um testemun,o pessoal so6re a oração de acção de #raças e de louvor: pode ser uma experiência vivida pessoalmente$ uma ,istria ou um texto -ue exprima e a9ude a meditar mais no tema; tam67m pode consistir em uma acçãode #raças feita pessoalmente( 5eve ser um testemun,o previamente preparado por al#um mem6ro do #rupo -ue #uia aoração( rata/se de tocar nos irmãos com esse testemun,os e provocar a oração( 5eixa/se tempo para interioriar e para

     possveis testemun,os espont@neos no mesmo sentido(4( onvida/se a partil,ar a oração: especialmente com oraç*es de acção de #raças% Pode/se orar com a se#uinte per#unta: de

    -uantas coisas ten,o -ue dar #raças na min,a vida3 responde/se com al#um c@ntico meditativo a cada intervenção( .Pode/se pIr msica muito suave

    → Parte 2X da oração: Bração de Adoração e Splica

    '( 8ntrodu/se o tema desta se#unda parte( +xp*e/se a intenção concreta deste se#undo tempo de oração: a oração deadoração$ pois 5eus 7 #ratuidade pura$ dom puro de amor( 1a +ucaristia "esus d!/se a ns sem condiç*es( + esta doação

     provoca a nossa adoração e a nossa splica$ pois como "esus tam67m ns -ueremos -ue todos experimentem este amor incondicional(

    2( exto: "o '=a( Jeitura muito calma

     6( Resson@ncia para a9udar a interioriar as ideias mais importantes do texto( empo de ,omilia(c( empo de meditação: -ual 7 a frase -ue mais te marcou3 Por-uê3 +screver as respostas pessoaisd( @ntico de resposta: invocação ao +sprito

    H( estemun,o pessoal -ue exprima uma experiência de adoração e de splica( Pode ser um testemun,o -ue consista numaoração de adoração e de splica composta pessoalmente( .B #rupo prepara um testemun,o; deixa/se silêncio parainterioriar e para outros testemun,os espont@neos

    4( onvida/se a orar e a partil,ar a oração: especialmente oração de adoração e de splica( Podem a9udar al#umas per#untas:

    recon,eces em "esus a verdade e a vida da tua pessoa3 "esus 7 verdadeiramente o teu Sen,or3 omo te entre#as3 Brar neste sentido .&sica suave

    → onclusão da oração:'( m #esto comunit!rio -ue exprima a comun,ão de todo o #rupo com o compromisso de orar em nome de "esus .Pode ser:

    uma oração escrita e dedicada a um irmão; um #esto de pa; um compromisso pessoal formulado diante de todos; um 6ei9oC Palavra ou ao risto en-uanto se canta%

    2( onclui/se com um c@ntico e com o silêncio%

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