32

Revista bem estar-20130818

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Revista bem estar-20130818
Page 2: Revista bem estar-20130818

Editorial

Já não está muito fácil sonhar. As obrigações do dia a diaparecem bloquear qualquer ação neste sentido. “Andopreocupado com a falta de sonhos das pessoas . Vivem umdia depois do outro, enfiadas em uma rotina”, lembra bem opsicólogo Alexandre Caprio. Tão preocupante quanto isso ésonhar sem método. A reportagem de capa desta edição sevolta a lições práticas de como organizar esses desejos meiodifusos na mente e no coração e realizar com meta, foco eforça de vontade, dentro daquilo que é possível. Boa leitura.

24

Temperaturas mais amenas no Alascadurante o verão revelam belezasnaturais antes escondidas na neve

16

Humorista Marcos Veras fala sobre otrabalho na internet, no teatro e agorana TV, em programas da Rede Globo

13

Odontologista diz que o HPV, doençacausada por vírus, pode ocasionarcâncer na cavidade bucal, mesmoem pessoas com a dentição normal

Poesia

Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,

porque você possui apenas uma vida

e nela só se tem uma chance

de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes

não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor

das oportunidades que aparecem

em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam.

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem a importância

das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante

é baseado num passado intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida

quando perdoar os erros

e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar

duram uma eternidade.

A vida não é de se brincar

porque um belo dia se morre.

Clarice Lispector

BONDADEO altruísmo, esta capacidade de fazer o bem semesperar nada em troca, eleva o espírito e promovebem-estar Páginas 4 e 5

SENTIMENTOReportagem oferece teste capaz de medir o seu nívelde raiva. Especialistas dão dicas de como ter equilíbriopara não “explodir” Páginas 8 e 9

RELACIONAMENTOEntenda o “efeito aura”, nome dado à nossa incapacidadede avaliar, no início de uma relação, o parceiro pelo que elerealmente é Páginas 10, 11 e 12

Agência O Globo/Divulgação

Divulgação

Turismo

Guilherme Baffi

Televisão

Desejos difusos

Silvio PardoDIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefe

Fabrício Carareto

[email protected]

Editora-executiva

Rita Magalhães

[email protected]

Coordenação

Ligia Ottoboni

[email protected]

Editor de Bem-Estar e TV

Igor Galante

[email protected]

Editora de Turismo

Cecília Demian

[email protected]

Editor de Arte

César A. Belisário

[email protected]

Pesquisa de fotos

Mara Lúcia de Sousa

Diagramação

Claudia Paixão

Tratamento de Imagens

Edson Saito, Luciana Nardelli e

Luis Antonio

Matérias

Agência Estado

Agência O Globo

2 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 3: Revista bem estar-20130818

ALÉM DAS FLORES

Artigo

Kátia Ricardi de Abreu

Ela me disse entusiasmada: es-

tou fazendo arranjos, buquês, va-

sos decorativos, olha só esta foto (e

num piscar de olhos a foto apare-

ceu na tela – que beleza!). E ela

continuou teclando absurdamen-

te rápido, compartilhando comigo

todos os detalhes da sua mais re-

cente conquista: transformar so-

nho em realidade.

A professora doutora que es-

tá virando florista planejou dei-

xar de dar aulas, saturada e des-

gastada com a profissão, para se

dedicar a uma atividade que pa-

rece fazê-la sentir-se leve e feliz.

Virar a mesa, mudar o rumo

da vida envolve motivação, cora-

gem, planejamento. Eric Berne

afirmava que podemos fazer nos-

so plano de vida consciente e li-

vre de destino. O mundo está re-

pleto de histórias assim: sonhei,

fui lá e fiz! Geraldo Vandré can-

tou: “quem sabe faz a hora, não

espera acontecer”. É a revolu-

ção da alma, da carreira, do que

quisermos!

Vamos então falar das flores.

Aquelas que você colhe porque

plantou. Aquelas que você culti-

va dia após dia torcendo para

que todas as variáveis contri-

buam para o seu esplendor:

água, sol, sombra, terra, adubos,

o que mais vier!

Não vamos falar das

lamentações enfadonhas que

chegam às raias da irritação

após o período de tentativas

compreensíveis sobre a constru-

ção da infelicidade. Sim, por-

que existem pessoas altamente

capacitadas e preparadas, diplo-

madas e sacramentadas neste as-

sunto: o que fazer para as coisas

não darem certo. Quais coisas?

Tudo. O casamento, a carreira,

os relacionamentos, a vida nave-

ga sempre na contramão da feli-

cidade para elas.

Vamos falar só das flores.

Aquelas cuja semente germi-

na no âmago de cada um quan-

do não poupa credibilidade

em si para se adentrar em pro-

jetos calculadamente estuda-

dos. Aquelas flores que nos fa-

zem lembrar à generosidade

do Universo, que por meio de

tantas espécies encantam os

olhos de quem as vê, na sua

singular existência em cada es-

tação do tempo. Somos criatu-

ras nascidas para cultivar nos-

sos dons em benefício da hu-

manidade. É o que fazemos

quando colocamos no traba-

lho o prazer de trabalhar.

Não vamos falar das lutas e

labutas para ganhar dinheiro a

qualquer preço, sem respeitar a

ética das relações com os nossos

semelhantes e com a natureza,

fazendo da profissão, seja ela

qual for, o caminho mais fácil

para a amargura de uma cons-

ciência pesada e endividada.

Com a conta bancária em crédi-

to, mas com a conta moral em

débito é possível ser feliz?

Vamos continuar a falar de-

las, das flores! Da parte boa de

cada um que floresce quando en-

contra sua vocação para a vida,

quando descobre a paixão de

acordar a cada manhã para fazer

o que gosta e voltar para casa tra-

zendo cansaço e realização em

todos os sentidos, inclusive fi-

nanceiro, que neste caso se tor-

na mera consequência.

E assim, tricotei longamente

sobre os planos da mais jovem

empresária no ramo das flores,

a professora doutora que se can-

sou de alunos que não querem

aprender, de provas que não

quer mais aplicar nem corrigir.

No final da nossa conversa

virtual, pedi permissão para

ela: “posso escrever algo sobre

sua história? Posso falar das

flores e da sua coragem de mu-

dar o rumo da sua carreira pro-

fissional?” Ela sorriu larga-

mente e disse: “sobre as flo-

res? Claro... mas então aprovei-

te e escreva que eu estou soltei-

ra e que quero mudar também

sobre isso, quem sabe alguém

se interessa por este detalhe”.

Foi então a minha vez de abrir

um largo sorriso. A mudança

estava acontecendo muito

além das flores. E você, leitor?

Também abriu um sorriso nes-

te momento? �

Virar a mesa, mudar o rumo da vida envolve motivação, coragem, planejamento

KÁTIA RICARDI DE ABREUpsicóloga 5 especialista emanálise transacional. Maisinformações no sitewww.katiaricardi.com.br

Quem é

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 3

Page 4: Revista bem estar-20130818

As religiões sempre defenderam o altruísmo como

instrumento de elevação espiritual. Agora, até a

ciência começa a comprovar que ajudar o

próximo faz bem à saúde física e emocional

Somos maioresquando somos úteis

Bondade

4 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 5: Revista bem estar-20130818

Gisele [email protected]

Todo mundo certamente já

ouviu falar em altruísmo. Mas

será que sabe o significado real-

mente desta palavra? Altruís-

mo significa ajudar os outros

sem esperar qualquer tipo de re-

compensa. É o sentimento de

bondade desinteressada, que

coloca outra pessoa ou propósi-

to acima de si próprio.

Altruísmo não é caridade.

A palavra foi criada em 1830 pe-

lo filósofo francês Augusto

Comte (1798-1857), fundador

da sociologia e do positivismo

para caracterizar o conjunto

das disposições humanas que

inclinam os seres a se dedicar

aos outros. Ou seja: é o contrá-

rio do egoísmo.

E ser altruísta, garantem os

especialistas, nos faz crescer in-

terna e externamente. Quando

reconhecemos as necessidades

alheias, sentimos nossa percep-

ção do mundo ampliar. A vida

tem significados maiores quan-

do somos úteis, nos sentimos

mais ativos socialmente e nos

tornamos pessoas melhores.

A sabedoria através dos tem-

pos tem constatado que dar aos

outros também é um presente pa-

ra si, pois a lei do retorno, uma

das leis universais, prevê que tu-

do o que fizermos ou desejarmos

aos outros volta para nós. Na cul-

tura ocidental, a Bíblia traz a pará-

bola do bom samaritano e diz: “é

melhor dar do que receber”. A ex-

pressão foi generalizada e “bom

samaritano” passou a designar

qualquer pessoa que se preocupa

com os outros, que age sempre a

favor do bem, que procura ajudar

em qualquer circunstância, sem

falsos interesses. Por sua vez, Bu-

da, no oriente, ensinava que “a ge-

nerosidade traz abundância, puri-

fica o coração e a mente e propor-

ciona a maior felicidade”.

E já existem pesquisas que

comprovam que ajudar aos outros

fazbem à saúde físicae emocional.

O psicólogo norte-america-

n o A b r a h a m M a s l o w

(1908-1970) concluiu que o

comportamento altruísta é refle-

xo do bem-estar psicológico do

indivíduo. De acordo com Mas-

low, a pessoa “totalmente huma-

na” é aquela que reflete o “bodi-

satva” (ser iluminado) oriental.

Essa pessoa é compassiva por

entender que toda a vida está in-

terligada e não ninguém deve ja-

mais vivê-la de forma isolada.

Ele afirmava que o altruísmo, a

compaixão, o amor e a amizade

significam o desabrochar das se-

mentes com as quais todos os se-

res humanos nasceram.

“É como se fosse uma práti-

ca da solidariedade constante”,

diz o psiquiatra Ururahy Boto-

si Barroso, dirigente espírita.

O altruísta não vive apenas de

praticar gestos de solidarieda-

de como ajudar desabrigados

em uma situação de calamida-

de. Ele vai atrás delas e tem is-

so por hábito. “Altruísmo é o

amor na sua plenitude, em que

você rompe com o instinto do

egoísmo”, complementa.

“Quando pensamos no al-

truísmo, a intenção é boa e os

efeitos são sempre positivos, já

que não existe o risco do benefí-

cio determinar o enfraquecimen-

to daquele que recebe (excluído,

é claro, o caso de esmolas dadas a

esmo e que, como regra, estão

mesmo é a serviço de aplacar os

sentimentos de culpa de quem

dá)”, diz o psiquiatra Flávio Gi-

kovate, psicoterapeuta, conferen-

cista e escritor, autor de livros co-

mo “O Mal, O Bem E Mais

Além - Egoístas, Generosos e Jus-

tos”, “A Liberdade Possível” e

“Ensaios sobre o Amor e a Soli-

dão” (todos pela MG Editores).

No altruísmo, aquele que re-

cebe se beneficia e o uso positi-

vo daquilo que recebe pode lhe

ajudar a recuperar a saúde, a

aprender mais ou recuperar

uma vida digna de trabalho.

Aquele que ajuda pode experi-

mentar um grande prazer por

ter dado algo de si, por ter sido

realmente útil. Pode, com pro-

priedade, experimentar o ge-

nuíno prazer de dar, já que não

existe o risco de prejudicar

aquele que recebe. “Neste caso,

e só nesse, cabe a máxima fran-

ciscana de que ‘é dando que se

recebe´”, afirma.

Mas o que torna uma pessoa

altruísta, afinal? Um estudo fei-

to pela Universidade da

Califórnia, nos Estados Unidos,

coordenado pelo professor de

antropologia Chris Kiefer, des-

cobriu, nas pessoas entrevista-

das, que “altruístas naturais”

cresceram em um lar carinhoso.

As pessoas criadas por famílias

onde não existia amor, ou onde

o amor era distribuído de forma

injusta, eram menos generosas -

lhes faltava confiança e apresen-

tavam um grau de altruísmo e

saúde mental bastante inferior.

O pesquisador estudou também

pessoas que se tornaram altruís-

tas apesar de infâncias desfavo-

ráveis. Algumas se sentiam alie-

nadas na juventude, porém,

mais tarde, devido a uma expe-

riência que os converteu, desco-

briram quem eram e qual sua

missão. Outros souberam supe-

rar uma infância infeliz por

meio de um difícil processo de

autodesenvolvimento, pelo qual

compreenderam que seu cresci-

mento e realização implicavam

na preocupação com o próximo.

Segundo Kiefer, a transforma-

ção resulta na “união do intelec-

to com a emoção”.

O esforço e tempo dedica-

dos a fazer o bem pode levar à

ideia de que o altruísmo tam-

bém pode prejudicar. Mas não

são poucos os estudiosos que

mostram que ajudar os outros,

mesmo por meio de tarefas

mais estressantes, pode, ao con-

trário, acrescentar vários anos

à nossa vida.

“Quando nos dedicamos vo-

luntariamente a essa situação,

os efeitos do estresse são diferen-

tes dos efeitos do estresse causa-

do pelo trabalho, independente

da própria vontade, que rara-

mente podemos controlar”, diz

Kenneth R. Pelletier, psicólogo

clínico da Faculdade de Medici-

na da Universidade Stanford.

Herbert Benson, professor ad-

junto de medicina da Faculda-

de de Medicina de Harvard, ga-

rante que ocorre justamente o

oposto do estresse. “Nós relaxa-

mos”, afirma. “O metabolismo,

a pressão arterial, os batimentos

cardíacos e a respiração dimi-

nuem, assim como a ansiedade,

a depressão e a irritação.”

“Quando a pessoa chega

nesse nível, se beneficia pelo

que ela é propriamente e não

apenas o que faz pelo bem cole-

tivo”, diz Ururahy Barroso. E

esse é, justamente, na visão de-

le, o propósito de tudo: chegar-

mos ao ponto de ter uma visão

da vida interligada. �

Altruísmo é o amor na suaplenitude, em que você rompecom o instinto do egoísmo Ururahy Botosi Barroso, psiquiatra

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 5

Page 6: Revista bem estar-20130818

Traçar metas a curto,

médio e longo prazo e

não perder o foco

estão entre as ações

necessárias para você

realizar tudo aquilo

que está preso

na sua mente e

no seu coração

Gisele [email protected]

O sonho é certamente a força mo-

triz que impulsiona o coração. Ele

garante a energia necessária para al-

cançar um desejo ou uma paixão. O

problema é que apenas sonhar não

traz o resultado. É preciso mais que

isso. São necessárias ações contí-

nuas. Mas quais ações?

Grande parte das pessoas hoje es-

tá insatisfeita com a vida que leva e a

dificuldade encontrada para mudar

isso faz com que até deixem de so-

nhar. E quando questionada sobre o

que espera do futuro, muita gente

não sabe dizer com clareza o que

quer. “Quero dinheiro” ou “quero

ser bem sucedido” são respostas co-

muns, mas imprecisas. É preciso tra-

çar metas claras, pois elas servirão

de bússolas, que guiarão suas atitu-

des na direção dos seus objetivos.

Pretende ter sucesso? Estabeleça

em que área: “quero ser presidente

da minha empresa”, por exemplo.

Quer dinheiro? Diga: “quero ganhar

R$ 10 mil por mês”. É fundamental

você estabelecer prazos realistas pa-

ra isso. Quanto tempo vai precisar

realmente? Um ano? Cinco anos?

Mas seja realista.

Você já sentiu alguma vez a sensa-

ção de quase? Quase conseguiu um

emprego, quase fechou um negócio,

quase terminou os estudos, quase

conseguiu emagrecer, quase obteve

uma promoção. O que será que faz as

coisas quase darem certo na sua vi-

da? As dificuldades, que, aliadas a

um dia a dia conturbado, fazem com

que as pessoas abandonem seus anti-

gos sonhos e projetos.

No livro “Transforme Seus So-

nhos em Vida” (ed. Gente), o escritor

Eduardo Shinyashiki, palestrante e es-

pecialista em desenvolvimento das

competências de liderança e prepara-

ção de equipes, diz que, para construir

uma vida diferente, “você precisa dei-

xar de lado os hábitos, as desculpas e

as falsas bases que o distanciam de

seus sonhos e expandir seu poder pes-

soal para fazer acontecer." Como? Con-

seguindo ouvir sua voz interior, ter fo-

co, atenção e concentração para reali-

zar. "Reconhecer aquilo que queremos

mudar e identificar o comportamento

automático que nos limita é um passo

muito importante para atingirmos

nossas metas...”, completa.

“Ando preocupado com a falta de

sonhos das pessoas. Tem pouca gente

sonhando. Vivem um dia depois do

outro, enfiadas em uma rotina. Quan-

do pergunto nas palestras quem tem

metas e sonhos: menos de 10% levan-

tam a mão", diz o psicólogo cognitivo

comportamental Alexandre Caprio.

O problema dos sonhos é eles es-

tarem relativamente distantes ou fo-

ra do alcance. Imagine que o sonho

esteja em cima de uma nuvem, no

céu. Você está aqui, na terra. Olha

para ele lá em cima. Gostaria de es-

tar lá, mas não tem a menor ideia do

que fazer para chegar lá. Isso pode fa-

zer com que a pessoa passe a acredi-

tar que seus sonhos são só sonhos.

Talvez por isso muitas desistam.

“Existem sonhos realistas, que vo-

cê é capaz de realizar se colocar ener-

gia, motivação e planejamento, e traba-

lhar em cima deles”, diz a psicóloga

Kátia Ricardi de Abreu, especialista

em análise transacional. O mesmo não

é possível com os que são fantasiosos.

“Sonhar com o possível é a nos-

sa melhor possibilidade”, diz a

psicóloga Karina Younan.

Possivelmente, assim co-

mo a maioria das pes-

soas, você deve possuir

hábitos, comporta-

mentos e vícios que

podem atrapalhar

sua jornada rumo à

realização dos seus so-

nhos. Os principais en-

traves geralmente são a pre-

guiça, falta de comprometimen-

to, desorganização, gastos desnecessá-

rios, entre outros. E geralmente não

admitimos esses defeitos e tentamos

escondê-los até de nós mesmos.

“Os motivos que levam as pessoas

a desistir dos sonhos são os mais varia-

dos”, diz a psicóloga Patrícia Nunes

Abbud. “Só não esqueça que grandes

conquistas não dependem apenas de

grandes atitudes. Elas têm origem nas

pequenas ações que podemos realizar

no dia a dia. Certamente as dificulda-

des vão surgir, mas as pessoas que con-

seguem atingir seus sonhos não desa-

nimaram diante dos problemas.”

Com a ajuda desses especialistas,

confira outras dicas que vão ajudá-lo a

“presidir” seu próprio destino.

Do sonhoà realidade

Atitude

Coloque o coração e a razão juntosnesse sonho. “Estabeleça o que quercomo prioridade e parta para a ação”, diz apsicóloga Kátia Ricardi de Abreu. Issopossivelmente significa que você vai ter dedeixar de fazer muita coisa e passar a fazeroutras para conseguir atingi-lo. “Nãodesista diante dos obstáculos que irãosurgir. É possível até que você tenha deredefinir o sonho, dar um novo formatopara ajustá-lo à realidade”, explica. Muitasvezes, idealizamos uma coisa, masquando partimos para a ação descobrimosque ela não é viável. A saída é redefinir,mas não desistir

Parta para a ação

6 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 7: Revista bem estar-20130818

A melhor forma de realizar um sonho éolharmos para dentro de nós, de nossaspossibilidades e daí estabelecermos uma busca”,diz a psicóloga Karina Younan. Um exemplo?Podemos sonhar com coisas difíceis, como seruma personalidade famosa, um atleta desucesso. Mas não podemos sonhar ter umaaltura diferente, ou outra raça. Entre o sonho e apossibilidade de conquista deve haver uma ajudada razão e da ponderação

Trace metas

Tenha força de vontade

Mantenha o foco

Sonhe com o possível

“Para perseguir um sonho, nós precisamos traçar umplano para chegar até ele. Devemos construir uma escada,degrau por degrau, mas o projeto dessa escada deve virantes. Se não projetamos a escada, erramos seu tamanho esua direção”, diz o psicólogo Alexandre Caprio. As metas sãoa matéria-prima de nossa escada. Devemos traçar metas apequeno, médio e longo prazo. “Apenas 3% da populaçãomundial realmente traça objetivos e metas em suas vidas”,explica. Você deve dar passos sólidos e possíveis na direçãode seu sonho. Precisa definir o que irá fazer a curto, médio elongo prazo. Seu sonho é ser um profissional no exterior?Quais os passos para chegar até a imagem que vê em seussonhos? Você precisará se qualificar? Seria interessante umcurso de inglês? É preciso pensar (e planejar) tudo isso

O maior aliado do sonho é a força de vontade. Semela, dificilmente conseguiremos atingir nosso sonho.Pode ter certeza que pelo caminho vão surgir váriasdistrações para que você desista da sua jornada.Também não vão faltar pessoas para dizer que você estásonhando muito alto e que não vai nunca conseguir. “Sebuscou esse desejo do fundo da alma, você encara adescrença dos outros, dificuldades e privações sem se

abater”, diz a psicóloga Karina Younan �

Mesmo que tenhamos estabelecido o que queremos, definidometas para atingir o sonho, a falta de foco é um grande empecilho. “Émuito importante não perder esse foco”, recomenda a psicólogaPatrícia Nunes Abbud. Se você quer enriquecer de maneira lícita, porexemplo, é preciso focar no trabalho e dar seu melhor a cada dia. Sesonha com um relacionamento amoroso, é bom não ter umaexpectativa muito alta e querer um ator de Hollywood. Comece aprestar atenção nas pessoas que estão ao seu redor e tenha emmente que seu foco é o relacionamento, sem ter uma expectativamuito alta e sim real

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 7

Page 8: Revista bem estar-20130818

Homens e mulheres

manifestam sua ira

de maneira

diferente. Veja se

você está a ponto

de “explodir”

e o que fazer para

encontrar o

equilíbrio entre

razão e emoção

Teste seunível de raiva

Sentimento

Aumente seu autocontrole

para conseguir conter

seus impulsos

Aumente seu lado racional

para conseguir avaliar situações

também pela lógica

Abra mão da necessidade

de ter razão e veja que isso não

é importante

Nãodeixe a “água ferver”. Se o

climaestiver esquentando, mude o

assuntoousaia decena

Mantenhaa respiração na

regiãodoabdômen inferior e

propositalmentediminua oseu ritmo

Fonte: Marcelle Vecchi, psicoterapeuta

comportamental neurolinguista

Administresua ira

8 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 9: Revista bem estar-20130818

Elen [email protected]

Homens e mulheres po-

dem sentir raiva em diversos

momentos da vida, quando a

emoção bloqueia a razão. Co-

mo resultado, surgem ações im-

pulsivas e descontroladas. Mas

a raiva pode se manifestar tam-

bém de forma mais introspecti-

va e incômoda.

Os dois sexos geralmente

comportam-se de maneiras di-

ferentes quando sofrem um ata-

que de nervos ou quando são

colocados em situações que ti-

ram a estabilidade emocional.

Uma pesquisa do Centro Psico-

lógico de Controle do Estresse,

em Campinas, destaca que a

mulher tende a segurar a raiva,

enquanto o homem tem lá

seus dias de fúria. Nenhum

dos comportamentos é reco-

mendável.

Segundo a terapeuta em pro-

gramação neurolinguística Mar-

celle Vecchi, o ideal seria que to-

dos conseguissem encontrar um

equilíbrio entre emoção e razão.

“A raiva é um sentimento pu-

ramente emocional. Quando a

sentimos, bloqueamos nossa ra-

zão, por isso agimos de forma im-

pulsiva e muitas vezes descontro-

lada. Há situações em que só a

emoção toma conta do cenário, e

se essa emoção for negativa a pon-

to de agredir nossas crenças reagi-

mos com raiva”, diz.

Para Marcelle, as mulheres

são mais propensas à raiva se

comparado aos homens, devido

a questões hormonais por altera-

ções que acontecem com mais

frequência e intensidade. Mas

acredita que, quando as crenças

e os valores são colocados em jo-

go, os dois ficam suscetíveis à

raiva com discussões, silêncios,

agressões verbais ou físicas, e

até casos mais extremos que aca-

bam resultando em crimes.

De acordo com o “Manual da

Raiva” (editora Thomas Nelson

Brasil), escrito pelos psicólogos

norte-americanos Les Carter e

Frank Minirth, a raiva é uma

emoção comum a qualquer pes-

soa, mas pode se manifestar de

formas diferentes e em indiví-

duos com perfis nada semelhan-

tes. Segundo a obra, tímidos, ex-

trovertidos, perfeccionistas e de-

sencanados demonstram raiva

de formas diversas.

“Essas reações indepen-

dem do sexo, é mais uma ques-

tão de saúde emocional”, com-

plementa a terapeuta de Rio

Preto. Isso porque a raiva é um

sentimento que agride dois ní-

veis, emocional e físico, pois é

responsável por alterar a

frequência cardíaca ao aumen-

tar a fabricação de adrenalina e

cortisol, este último caracterís-

tico no estresse.

Cultivar a raiva e guardá-la

a longo prazo em todas as situa-

ções que ela surgir pode provo-

car complicações não somente

emocionais, mas também físi-

cas, como dores no estômago e

de cabeça, alteração na pressão

arterial e mal-estar geral.

A medicina chinesa, segun-

do Marcelle, faz uma associação

direta entre a raiva e o fígado.

“Se temos raiva, agredimos nos-

so fígado, e se nosso fígado não

estiver com suas energias circu-

lando adequadamente, ficamos

com raiva mais facilmente.” �

A impaciência me domina com maisfrequência do que gostaria

Tenho facilidade em incorrer empensamentos repletos de crítica

Quando estou insatisfeito comalguém, costumo cortar todacomunicação ou me isolar

Sinto-me incomodado quando minhafamília ou meus amigos nãocompreendem minhas necessidades

Fico muito tenso quando tenho delidar com uma tarefa que exige muito demim

Sinto-me frustrado quando vejo quealguém tem menos dificuldade em fazero mesmo que eu

Quando algum evento importantese aproxima, fico pensandoobsessivamente em como lidarcom a situação

Às vezes, mudo meu próprio caminhopara evitar encontrar alguém de quemnão gosto

Quando discuto algum assuntocontroverso, é comum minha vozassumir um tom mais persuasivo

Posso aceitar uma pessoa queadmite os próprios erros, mas tenhodificuldade em lidar com pessoas quese recusam a assumir as própriasfraquezas

Na verdade, quando converso sobrealgo que me irrita, não gosto de ouvir umponto de vista diferente

Tenho dificuldade em perdoarquando alguém erra comigo

Quando alguém mal informado meconfronta, já começo a pensar naresposta enquanto a pessoaainda está falando

Às vezes, o desânimo me fazquerer desistir

Posso ser bastante agressivo paraalcançar objetivos profissionais oumesmo jogando apenas por diversão

Tenho dificuldades emocionais emlidar com as injustiças da vida

Apesar de saber que não é certo, àsvezes, culpo outras pessoas pelos meusproblemas

Quando alguém fala mal de mimabertamente, minha reação inicial épensar em como me defender

Às vezes, falo coisas sobre certaspessoas sem me importar como issopode afetar a reputação delas

Sou capaz de agir com um sorrisono rosto mesmo estandofrustrado por dentro

O sarcasmo é um recurso que usobastante para expressar meu humor

Quando alguém está claramente irritadocomigo, não hesito em criar um conflito

Às vezes, enfrento períodos dedepressão ou desânimo

Sou conhecido por minha atitude de“não estou nem aí” em relação àsnecessidades dos outros

Quando estou em posição deautoridade, às vezes, falo de modo rudeou duro demais

O autocontrole pode ser treinado, o que não blinda ninguémde continuar sentindo emoções não desejadas, mas minimiza eensina a lidar melhor com a raiva. “É possível evitar os impulsose controlar nossas reações”, destaca a terapeuta emprogramação neurolinguística Marcelle Vecchi

Outro foco da raiva é a necessidade de sentir que está coma razão e que todos concordam com seu ponto de vista ouabordagem discutida. Quanto mais emocional é o indivíduo, maisintensas são as emoções, positivas ou não, o que, no caso daraiva, exige mais exercício racional para diminuir sua intensidade

De acordo com pesquisa do Centro Psicológico deControle do Stress, de Campinas, a mulher tende a guardarmais seus momentos de raiva para que não seja tachadacomo histérica ou muito estressada. Os homens tambémguardam, mas quando “esvaziam” a raiva acabamfazendo isso até de forma mais agressiva

Avalie seu grau de nervosismo

Resultado:

Apartir dedez frasesassinaladas, amanifestação da raivaé maisconstanteque odesejado. Se

forammais 15, háumadificuldadepara lidar comdecepções e irritações, sendomais vulnerável aos

malefíciosemocionais causados pela raiva.Mas fiqueatento, a raivapode ser controlada

Fotos: Stock Images/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 9

Page 10: Revista bem estar-20130818

Pessoas sob “efeito aura” projetam expectativas demais no parceiro e não conseguem avaliar

uma pessoa pelo que ela realmente é. Comportamento aumenta o risco da desilusão

Gisele [email protected]

A maioria das pessoas ainda

está aprisionada pela ideia de

que só é possível haver felicida-

de se existir um grande amor.

Não importa muito se a relação

amorosa é limitante ou tediosa.

Para elas, qualquer coisa é me-

lhor do que ficar sozinho. Acre-

ditam que o fundamental é ter

alguém ao lado - e o restante se

constrói ou se modifica como

num passe de mágica. Busca-se

então desesperadamente o

amor pelo medo da solidão. A

pessoa amada não é percebida

com clareza, mas através de

uma névoa que distorce o real.

Na ânsia de encontrar um

alguém para amar, muita gen-

te se deixa enganar pelo que o

psicanalista Paulo Sternick

chama de “efeito aura”, ou se-

ja, apegar-se à impressão ini-

cial que se tem de alguém -

uma visão muitas vezes turva-

da pela atração física, por isso

não muito “confiável”.

O “efeito aura” é o famoso

“pars pro todo” no latim, ou to-

mar-se a parte pelo todo.

“Vamos combinar que sen-

tir tremores ou palpitações e

corar à presença do parceiro

não são os únicos critérios pa-

ra se concluir que tal pessoa

é o tesouro da sua vida”, ex-

plica Sternick. “Esses indí-

cios são apenas a primeira

instância de avaliação. É fun-

damental uma segunda, que

inclui saber melhor quem o

outro é e como é seu caráter.”

Infelizmente, não há escu-

do contra o “efeito aura”, es-

ta ilusão causada pelo desta-

que de um aspecto positivo

do objeto supostamente ama-

do e sua extensão à pessoa co-

mo um todo.

Pessoas são complexas, ain-

da que possamos esperar dos se-

res de quem gostamos um prin-

cípio unificador que possamos

chamar de caráter. Na verdade,

o verdadeiro amor começa com

o amor do caráter, e por não se

observar esse fato simples e bá-

sico que há tantos sofrimentos

e desencontros na vida.

Muitas pessoas carregam o

desejo de amar e acreditam

que só lhes falta o personagem

principal, e acabam não sele-

cionando realmente o parcei-

ro. Ficam procurando alguém

que se encaixe em seus sonhos,

suas fantasias. Assim, correm

o risco de sofrer com desencon-

tros e frustrações. Não querem

amar o outro, mas um persona-

gem de seus sonhos travestido

de pessoa real.

Não existe um parceiro

ideal, existem parceiros possí-

veis e reais em seus aspectos po-

sitivos e negativos. Amor é mui-

to mais tolerar o outro do que

propriamente estar o tempo to-

do apaixonado por ele. “Quan-

do se tolera o outro e se aceita

viver perto dele mantendo o in-

teresse, o desejo, o afeto e o cui-

dado, isso é amor. O resto é alu-

cinação, ou romantismo de iní-

cio de relação”, diz Sternick.

Escolha

“Se o relacionamento possui

bom começo, com tudo indo tran-

quilo, a tendência é a coisa seguir

bem”, diz o psicólogo clínico Ail-

ton Amélio, professor do Institu-

to de Psicologia da USP. Isso sig-

nifica escolher alguém por quem

se tenha atração e que seja compa-

tível. Não se casar com uma pes-

soa que acaba de sair de um rela-

cionamento, e que não esteja em

condições psicológicas, que pos-

sa estar querendo usar você como

tábua de salvação. “É ilusão

achar que vai conseguir mudar o

outro. A pessoa, movida pela pai-

xão, pode até adotar um novo pa-

drão de comportamento no iní-

cio, mas com o tempo volta a ad-

quirir os velhos hábitos.”

Erro de cálculoRelacionamento

10 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 11: Revista bem estar-20130818

Amor e dependência: não confunda

Basear as escolhas amorosas

em status ou mesmo em aparên-

cia é algo que pode trazer mui-

ta insatisfação. É preciso dar a

chance a si mesmo e ao outro

de relacionar-se com o que o ou-

tro é e não com aquilo que se

planeja viver com o outro. Para

fazer isso, é preciso tempo para

conhecer o outro e disposição

para relacionar-se com o outro

como ele é.

É importante conhecer-se e

saber em que momentos da vi-

da se está mais vulnerável e sus-

cetível a esse tipo de situação.

“Uma relação construída ape-

nas no ideal daquilo que o ou-

tro possa proporcionar está fa-

dada a acabar, ou no sacrifício

de uma das partes, que acabará

se anulando pela relação, o que

pode fazer com que se tenha

um relacionamento infeliz pa-

ra ambos”, diz a psicóloga Gise-

le Lelis Vilela.

Uma relação é construída a

partir de enfrentamentos, co-

nhecimento e crescimento de

um e de outro na relação, além

dos projetos em comum. “Bus-

que não criar tantas expectati-

vas diante da aparência ou do

status, isso não diz quem o ou-

tro é”, orienta a psicóloga. “Dê

a chance de conhecer o outro e

de saber que ele pode, sim, ser

diferente de você e contribuir

muito para o crescimen-

to da relação. Enten-

da que, quanto maio-

res as expectativas

com relação ao que

você acha que deva

ser uma relação, maio-

res podem ser suas frus-

trações com relação a

ela”, completa. (GB)

Há uma grande diferença entre

escolher livremente uma pessoa pa-

ra se relacionar e precisar de uma

pessoa para se sentir bem. Com

frequência, as pessoas confundem

dependência com amor. A necessi-

dade de encontrar alguém elimina

por completo a naturalidade com

que isso deveria acontecer, assim

como afeta seriamente o processo

de escolha.

Se você precisa estar acompa-

nhado a qualquer custo, terá gran-

de chance de estar com a pessoa

errada quando a certa surgir. Pro-

vavelmente, ela nem será notada

quando isso acontecer, já que seu

foco será sua relação atual.

“Tomemos como exemplo uma

mulher que mal conhece um ho-

mem e já deposita nele todas suas

expectativas. Ela tenta ‘apressar’ as

coisas dentro de sua mente, objeti-

vando amenizar o sofrimento que

sua condição - no caso, a de se sen-

tir sozinha - gera em si mesma. A

ansiedade em tentar resolver a situa-

ção o mais rapidamente possível for-

ça uma espécie de trapaça das fases

naturais da relação”, diz o psicólo-

go cognitivo-comportamental Ale-

xandre Caprio.

Claro, não é possível conhecer

uma pessoa em todos os seus aspec-

tos em pouco tempo. Por isso, to-

das as características ainda desco-

nhecidas no pretendente são preen-

chidas com expectativas.

“A pessoa então supõe que o ou-

tro tem todos os atributos que tor-

nará a relação possível e passa a de-

positar nisso a sua felicidade, e

seu alívio em, finalmente, pres-

tar suas justificativas familiares

e sociais”, reforça Caprio. “É co-

mo uma pessoa que espera rece-

ber uma indenização que

ainda está em trâmite na

justiça e já faz planos e

realiza gastos contando

com essa quantia.” (GB)

Dê tempoao tempo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 11

Page 12: Revista bem estar-20130818

Precisar de outra pessoa parase apresentar como alguémcompleto ou inteiroinevitavelmente leva a umprocesso de dependência, edependência não é escolha Alexandre Caprio, psicólogo

Crençascausam ‘pressa’ nabusca doparceiroSegundo o psicólogo Ale-

xandre Caprio, este comporta-

mento que leva ao “efeito aura”

pode ter início na infância, du-

rante a formação de conceitos e

crenças. “A criança é uma ver-

dadeira antena de captação. Em

meio a conversas da mãe com as

amigas em chás, festas, na mesa

da cozinha, ela ouve constante-

mente histórias sobre as agru-

ras e tragédias de quem se sepa-

rou. Também aprende que a

mulher tem tempo para se esta-

bilizar no casamento. Quase co-

mo um prazo de validade.”

Pensamentos como “não po-

de passar dos trinta” ou “ela já

está ficando velha para dar fi-

lhos a um homem” vão se acu-

mulando e pesando pouco a

pouco, como a areia de uma am-

pulheta que se esgota na parte

superior e vai se acumulando

na parte de baixo. Todos nós

queremos ser aceitos em nossos

grupos sociais, a começar pela

família. Por isso, ressalta Ca-

prio, um desconforto sombrio

e desconhecido começa a to-

mar conta à medida que a ida-

de avança sobre as histórias

aprendidas e repetidas no passa-

do. Sozinha, a pessoa sente-se

em débito consigo mesma e

com todos ao seu redor. Uma

mescla de vergonha e rejeição

começa a tomar forma e cresce

como uma erva daninha, geran-

do a pressa e o desconforto que

a fará procurar qualquer pessoa

que possa ao menos amenizar

essa sensação tão desagradável.

Essas crenças, claro, são ex-

tremamente prejudiciais, por-

que lançam a pessoa em um ci-

clo de relacionamentos instá-

veis. Quando passa a cobrar do

pretendente uma postura ou

comportamento que ele não

tem e nem pode oferecer, tenta-

se moldar seu comportamento.

E é nesse ponto que os atritos co-

meçam. Uma fala muito co-

mum nas brigas é que o outro

mudou e que, no começo, ele

não era assim. Mas em muitos

casos o indivíduo nunca mu-

dou. O que o fazia parecer dife-

rente eram as expectativas lança-

das e subentendidas nele que,

dia a dia, foram se chocando

com a realidade. Essa queda da

ilusão para a realidade é que

cria a impressão de mudança e

também a desilusão. Depois des-

sa desagradável descoberta, ten-

ta-se desesperadamente modifi-

car a natureza do cônjuge, para

aproximá-lo da imagem ideal.

“Precisar de outra pessoa pa-

ra se apresentar como alguém

completo ou inteiro inevitavel-

mente leva a um processo de de-

pendência, e dependência não é

escolha”, diz o psicólogo. “Não

podemos ser metade. O conceito

de que só o outro pode nos com-

pletar, nos preencher e tornar pos-

sível nossa paz, equilíbrio e aceita-

ção nos tira o poder de conquistar

todas essas coisas”, completa.

Cabe a você ser feliz e a

mais ninguém. Não transfira es-

se privilégio a quem não dará o

mesmo valor que você. Quando

estiver bem consigo mesmo e

desvencilhado das cobranças e

pressões alheias, terá a verda-

deira oportunidade de conhe-

cer alguém especial e viver

uma vida cheia de belas histó-

rias para contar.

“Temos hoje uma valoriza-

ção grande com relação a sta-

tus, com relação àquilo que o

outro possui em termos mate-

riais. Nossa sociedade tem valo-

rizado as relações de consumo,

mais o ter do que o ser. Muda-

ram-se as referências com rela-

ção aos critérios de escolha, in-

clusive amorosa”, diz a psicólo-

ga Gisele Lelis Vilela.

Há, na verdade, segundo ela,

uma idealização daquilo que a

posição social, o status ou mes-

mo o nome podem proporcio-

nar. No entanto, sabemos que,

no dia a dia, a longo prazo, aqui-

lo que inicialmente era visto co-

mo qualidade no parceiro passa

a incomodar. As escolhas in-

fluenciadas pelo que o outro po-

de proporcionar estão fadadas a

situações de frustração ou até

mesmo significar sacrifício para

uma das partes, que acaba se

anulando para manter a relação.

Conhecer realmente o ou-

tro e suas características exige

tempo e disponibilidade para

entrar em contato com aquilo

que o outro é, e não com expec-

tativas do que ele seja. � (G B)

12 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 13: Revista bem estar-20130818

Trinta por cento das pessoas com câncer na boca têm menos de 40 anos,

nunca fumaram, têm a dentição normal e não são alcoólatras,

contrariando o que dizia a literatura médica poucos anos atrás

Silvio PardoOdontologista

Trinta por cento das lesões

cancerizáveis da boca são causa-

das por HPV

Atépoucosanos,a literaturaas-

sociava câncer oral com pessoas

com mais de 50 anos, fumantes, al-

coólatras de bebidas destiladas e

pessoasquetinhamtraumaderepe-

tição na cavidade oral (raízes resi-

duais, restaurações com pontas,

dentes quebrados e próteses remo-

víveis mal adaptadas).

Pois saiba que esse quadro foi

alterado, e muito!Pesquisas recen-

tes de vários centros oncológicos,

entre eles o Hospital A.C. Camar-

go, responsável por 74% da produ-

ção científica sobre o tema no Bra-

sil, sinalizam para mudança desse

perfil. Atualmente, 30% das pes-

soas com câncer na cavidade bu-

cal temorigempelo HPV,têm me-

nos de 40 anos, muitos nunca fu-

maram, têm a dentição normal e

nãosãoalcoólatras.Segundo opes-

quisador Luiz Paulo Kowalski,

dentre os que desenvolvem cân-

cer na garganta, a contaminação

por HPV alcança 80%.

Estima-se que, no Brasil, ha-

ja cerca de 500 mil a 1 milhão de

casos novos por ano da infecção

pelo HPV, enquanto são registra-

dos 80 mil casos de aids, 200 mil

a 500 mil casos de herpes e 100

mil casos de sífilis.

A transmissão pelo HPV é ba-

sicamente de forma sexual. Tan-

to os homens quanto as mulheres

estão envolvidos na cadeia

epidemiológicadainfecçãoesãoca-

pazes, ao mesmo tempo, de serem

portadores assintomáticos, trans-

missores e vítimas da infecção pelo

HPV. Nesse sentido, os fatores de

risco estão claramente associados

com o comportamento sexual. Os

mais importantes são idade preco-

ce no início das primeiras relações

sexuais, número elevado de parcei-

rossexuaisaolongodavidaeconta-

tos sexuais com indivíduos de alto

risco (no caso dos homens, contato

frequente com mulheres que prati-

cam prostituição; no caso das mu-

lheres, relação com homens com

múltiplas parceiras sexuais).

Há muitos tipos de HPV, mais

de 100, mas os que mais provocam

tumores na cavidade oral e orofa-

ringesãootipo 16e o18.Oprimei-

ro é responsável por 90% das lesões

de orofaringe. Esses dois tipos de-

sencadeiam o câncer nas mucosas

em que se instalam, sempre no re-

vestimento externo dos órgãos.

Uma característica do carci-

noma por essa doença sexual-

mente transmissível é que ele de-

mora a aparecer e, às vezes, as le-

sões nem sequer se manifestam.

O que é ótimo para o quadro clí-

nico dos pacientes, porém dificul-

ta o diagnóstico pelos profissio-

nais da área de saúde, médicos e

dentistas, quando de suas visitas

de rotinas. De forma que, quan-

do surgem, as lesões são facilmen-

te visualizadas ao exame clínico

oral e, então, facilmente diagnos-

ticadas e podem ser tratadas.

Os dentistas conseguem de-

tectar as lesões nas bochechas,

ponta da língua, nas gengivas, no

assoalho e no céu boca. Começam

com algo parecido como uma afta

que não desaparece, mudam para

pequenas feridas ou verrugas que

até podem sangrar. Mas se não

sarar em até duas semanas, é pre-

ciso buscar a avaliação profissio-

nal. Quando evolui mais, fica

com aspecto de couve-flor.

Visualmente, o aglomerado de

célulasmalignascausadopelopapi-

lomavirus se assemelha a qualquer

outro tipo tumor – por isso só uma

biópsia pode confirmar a culpa do

HPV. Seja qual for o resultado, o

tratamento segue o padrão indica-

doaoutrostiposdetumores.Seale-

são é pequena, é feita sua remoção,

se é grande, segue-se um protocolo

de preservação do órgão para evitar

uma grande mutilação.

Já existem vacinas disponí-

veis em clínicas particulares con-

tra alguns tipos de HPV, a biva-

lente, que só protege contra al-

guns variantes que causam o cân-

cer, e a quadrivalente, que inclui

os tipos 1 e 11, causadores das ver-

rugas genitais.

Apartirdemarçode2014,ava-

cina contra HPV estará disponível

na rede pública. Serão vacinadas

meninas de dez e 11 anos; de 2015

emdiante,sóasdedezanos.Foies-

colhidaessa faixaetáriaparagaran-

tir que as meninas estejam imuni-

zadasantesdoiníciodequalquerti-

po de atividade sexual.

Sabemos o quão impactante

do ponto de vista populacional a

doença por HPV é significativa.

Sabemos também, contudo, que

ações em todos os níveis de pre-

venção são muito importantes,

desde a vacina e proteções sexuais

para evitar o contágio até o conhe-

cimento sobre suas manifestações

sistêmicas e orais para o seu diag-

nóstico precoce e tratamento apro-

priado. Portanto, faça sua parte!

Proteja-se, vacine-se, evite a expo-

sição aoagente, não hesite em visi-

tar os profissionais de saúde co-

mo médicos e dentistas, eles aju-

darão muito nessa luta contra o

câncer causado pelo HPV. �

HPV e câncer bucalGuilherme Baffi 8/8/2013

Stock Images/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 13

Page 14: Revista bem estar-20130818

Gloria Pires comemora 50 anos vivendo sua primeira personagem homossexual

Agência Estado

Esta semana é de festa para

Gloria Pires, que completa 50

anos de idade no dia 23 de agos-

to. A atriz, que cresceu diante

das câmeras de televisão, come-

mora suas cinco décadas de vi-

da com um trabalho muito ou-

sado nas telonas. Ela interpreta

pela primeira vez uma homos-

sexual em uma produção am-

bientada no Rio de Janeiro dos

anos 1950. Além de encarar ce-

nas de sexo com outra mulher

em "Flores Raras", que acaba

de estrear nos cinemas de todo

o país, Gloria atua falando em

outro idioma, o inglês.

Para muitos, o rosto dela é

quase como o de uma pessoa da

família, afinal Gloria Pires está

presente em nossas casas há 45

anos, desde que estreou na no-

vela "A Pequena Órfã" (1968).

Ela é dona de uma trajetória re-

cheada de bons papéis, como a

Maria de Fátima de "Vale Tu-

do" (1988) e a Norma de "Insen-

sato Coração" (2011),atuação

que lhe rendeu o prêmio de me-

lhor atriz, na categoria televi-

são, concedido pela Associação

Paulista de Críticos de Arte

(APCA). "Em todas as persona-

gens que caíram na minha

mão, eu procurei contar o que

interessava e aprender com

elas", comenta Gloria.

Dedicando-se cada vez mais

ao seu amadurecimento profis-

sional, a atriz revela por que

considera Lota o papel mais ou-

sado de sua carreira e por que te-

ve de enfrentar uma série de de-

safios para interpretá-la. Vale

ressaltar que "Flores Raras" tem

como foco o romance entre Eli-

zabeth Bishop - poeta norte-

americana vencedorado Prê-

mio Pulitzer em 1956 - e a arqui-

teta Lota de Macedo Soares,

que idealizou e supervisionou a

construção do Parque do Fla-

mengo, no Rio de Janeiro.

Gloria interpreta Lota. "Ce-

nas de sexo são sempre descon-

fortáveis para nós, atores. Mas

essa história não poderia ser

contada sem essas cenas", diz a

atriz, que afirma que o fato de a

personagem ser homossexual

não era um problema e, sim,

uma solução. "Eu busco desa-

fios. São quarenta e tantos anos

fazendo telenovelas. Quando es-

se convite veio para mim, dei

pulos. Foi um presente".

No entanto, ela tinha uma

grande preocupação na execu-

ção desse trabalho. "A questão

de o filme ser falado em inglês

foi complicado e me preocupa-

vam mais as cenas de emoção.

Filmar em uma língua que não

é a sua é muito difícil", explica

Gloria, que já morou um ano

nos Estados Unidos e também

contou com a ajuda de uma pro-

fessora durante as filmagens.

A atriz australiana Miranda

Otto veio ao Brasil para enca-

rar a parceria em cena com Glo-

ria. Ela dá vida a Elizabeth

Bishop. "Amei o Rio, assim co-

mo a vida e a estética dos cario-

cas. Percebi que os brasileiros

lidam com as coisas de uma for-

ma diferente e gostei muito dis-

so", conta Miranda, conhecida

por suas atuações em "Guerra

dos Mundos" (2005), "O Se-

nhor dos Anéis - O Retorno do

Rei" (2003) e "O Senhor dos

Anéis - Duas Torres" (2002).

O filme, dirigido por Bruno

Barreto, entrou na vida de Glo-

ria há 17 anos, quando Lucy

Barreto comprou os direitos do

livro "Flores Raras e Banalíssi-

mas" e procurou a atriz para fa-

lar sobre Lota. "Não tinha mui-

to material sobre ela, que não

gostava de fotos, mas achei li-

vros que retratavam como Lota

falava e agia. Ela tinha intimi-

dade com os peões das obras, ro-

lava uma camaradagem mascu-

lina", diz a atriz.

A produção foi rodada no

ano passado, mas seu lançamen-

to coincide com discussões so-

bre homoafetividade em toda a

sociedade. "Acho que o filme é

um advogado não da causa, mas

do bom senso e do respeito, pois

mostra de forma simples a vida

de duas pessoas do mesmo sexo

que se amam. Desmistifica o uni-

verso gay", aponta Gloria.

"Flores Raras" custou R$ 13

milhões e abriu o Festival de

Cinema de Gramado deste ano.

Gloria, inclusive, foi a atriz ho-

menageada na abertura com o

Troféu Oscarito. O filme tam-

bém promete projetar a brasilei-

ra mundo afora. Foi vendido

para vários países, como Alema-

nha, Coreia e Escandinávia.

Nos Estados Unidos, a produ-

ção será lançada em novembro

em cinco cidades e a ideia dos

produtores é que o longa-metra-

gem concorra em categorias do

Globo de Ouro e, posteriormen-

te, a uma vaga entre os indica-

dos ao Oscar. �

Virada na carreiraPerfil

Divulgação/Estadão Conteúdo

TV - 14 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 15: Revista bem estar-20130818

Na gringaMorando nos Estados Unidos desde junho deste

ano, parece mesmo que Tom Cavalcante não tem pla-

nos de voltar tão cedo ao Brasil. Lá, ele está produ-

zindo um curta-metragem de comédia intitulado "Pi-

zza Me, Mafia", com a participação de Joe Stevens

("Bravura Indômita"). Em princípio, a ideia do hu-

morista é lançar o vídeo somente fora do país.

RepetecoVinte e quatro anos depois de mediar o "Roda Vi-

va" (TV Cultura), Augusto Nunes está de volta

ao programa de entrevistas. A partir do dia 26,

ele retorna à bancada da atração. Criado em

1986, o jornalístico ficou famoso por abrir espa-

ço para a apresentação de ideias, conceitos e aná-

lises sobre temas diversos.

Para o futuroAparentemente inspirados pelo rentável "Porta dos

Fundos", de Fábio Porchat e Gregorio Duvivier,

Paulinho Serra e Bento Ribeiro devem dar uma for-

ça ao recém-criado canal de humor "Amada Foca",

no YouTube. Com o fim da MTV no Grupo Abril, a

dupla e outros artistas do casting da emissora pas-

sam a engatilhar novos projetos.

Mais tensãoFabinho (Humberto Carrão) não para de armar em

"Sangue Bom" (Globo). Nos próximos capítulos, es-

tão previstas cenas em que Salma (Louise Cardoso)

e Gilson (Daniel Dantas) descobrirão que o rapaz

furtou folhas de um talão de cheque e revirou um co-

fre. Imediatamente, Gilson deverá ligar ao banco pa-

ra prevenir-se de um golpe.

PreparativosCorre nos bastidores que a Eyeworks-Cuatro Ca-

bezas está preparando um programa de varieda-

des para a nova MTV, sob o comando da Viacom.

O primeiro passo é testar alguns apresentadores.

No Brasil, a produtora é responsável pelo "CQC",

"A Liga" e "Mulheres Ricas", resultados de uma

parceria com a Band.

Na filaAo agendar a estreia da trama de Carlos Lombar-

di, "Pecado Mortal", para outubro, a Record conse-

guiu definir o fim das gravações de "Dona Xepa".

Até setembro, os atores da novela seguem traba-

lhando em seus respectivos núcleos. Nas próxi-

mas semanas, eles receberão um bloco com os últi-

mos capítulos do folhetim.

Na fila (2)Por falar em "Pecado Mortal", Fernando Pavão, ator

de "Máscaras" e "Poder Paralelo", estará na novela.

Desta vez, ele interpretará Carlão, um homem casa-

do com Patrícia (Simone Spoladore) e conhecido na

vizinhança pelo seu bom humor e pela sua simpatia.

No entanto, o personagem guarda alguns mistérios

e fala pouco sobre seu passado.

Outras telasO sucesso de Mateus Solano na pele do vilão Félix,

em "Amor à Vida" (Globo), tem chamado a atenção

dos produtores de cinema. Ao que tudo indica, ele

deverá encarar o "Tremendão" Erasmo Carlos na te-

la grande. Mas essa não seria a primeira vez do galã

em longas-metragens. Em 2008, o ator fez "Linha de

Passe", de Walter Salles e Daniela Thomas.

CabalaDepois de inserir temas relacionados ao espiritismo

em suas tramas mais recentes, como "Amor Eterno

Amor" e"Escrito nas Estrelas", a novelista Elizabeth

Jhin tratará de cabala em sua próxima história. Ain-

da sem data de estreia definida, a trama irá ocupar o

horário das 18h, na Globo.

Somente seuAlec Baldwin não ficou sem emprego com o fim da

série "30 Rock" (Sony). O ator está agora negociando

a apresentação de um programa semanal no canal a

cabo norte-americano MSNBC, possivelmente às

sextas-feiras em horário nobre. Fora das telas, ele foi

ainda cogitado para ser candidato a prefeito da cida-

de de Nova York neste ano.

Muito dinheiroSimon Cowell, do "The X Factor" (Fox), e Ho-

ward Stern, do "America's Got Talent" (Sony), en-

cabeçam a lista das personalidades mais bem pa-

gas da televisão norte-americana, segundo a revis-

ta Forbes. De acordo com a publicação, entre ju-

nho de 2012 e junho de 2013, cada um deles eles

teria ganhado US$ 95 milhões.

Seguindo a ondaO filme o "Mágico de Oz" pode virar série pelo ca-

nal CBS, nos Estados Unidos. Segundo o site

"Deadline", os produtores de "Elementary" (Uni-

versal), Carl Beverly e Sarah Timberman, são os

responsáveis pelo projeto. A ideia da dupla é fazer

uma adaptação da trama retratada no longa-metra-

gem de Victor Fleming, inserindo os personagens

em um hospital de Nova York.

Seguindo a onda (2)Outro que deve chegar às telinhas em breve é "O

Exorcista". Morgan Creek, detentor dos direitos da

marca, quer fazer um seriado inspirado no livro ho-

mônimo de William Peter Blatty, que também deu

origem ao filme. O projeto ainda está no início e ain-

da não há emissora confirmada nem atores escalados.

EscolhidaAmber Tamblyn, da série "House" (Universal), é a atriz es-

colhida para viver a filha lésbica de Charlie Harper, inter-

pretado por Charlie Sheen, em "Two and a Half Men"

(Warner). Sua personagem entrará na 11ª temporada, ao

tentar carreira de atriz em Los Angeles. Nos Estados Uni-

dos, a série voltará ao ar no próximo dia 26de setembro.

Sem futuro"Magic City", a série sessentista sobre máfia do canal

Starz, não terá segunda temporada. De acordo com o site

"Deadline", o canal decidiu cancelar a série protagoniza-

da por Jeffrey Dean Morgan ("Watchmen" e "Grey's Ana-

tomy") e a "bond girl" Olga Kurylenko. A atração foi cria-

da por Mitch Glazer, o mesmo do filme "O Novato".

Melhor da TVA produção do programa "Metrópolis", da TV Cultura.

Tanto dentro como fora do estúdio, a equipe da atração,

que funciona como uma agenda cultural, atrai a atenção

por estar sempre em sintonia com as novidades. Nomes

como Bibi Ferreira, Daniela Mercury e Rosi Campos

renderam bons momentos recentemente.

Pior da TV

A "viagem cósmica" da personagem Nicole (Marina

Ruy Barbosa) em "Amor à Vida" foi de uma breguice

sem tamanho. No chamado "outro lado", a noiva foi ro-

deada por efeitos especiais lisérgicos, que marcaram o

momento em que ela, diante de um espírito sem rosto

em vestes esvoaçantes, decidiu voltar à Terra para as-

sombrar seus algozes, no caso o noivo Thales (Ricardo

Tozzi) e a amante dele, Leila (Fernanda Machado). Co-

menta-se até que foi um "castigo" pelo fato de a atriz ter

se negado a cortar os lindos cabelos ruivos.

Fique LigadoAgência Estado

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 15 - TV

Page 16: Revista bem estar-20130818

Marcos Veras conta como é se equilibrar entre os três canais

onde atua simultaneamente: a TV, o teatro e a internet

Agência Estado

Ir ou não para a TV aberta é

um dos dilemas de muitos hu-

moristas que fazem sucesso na

internet e nos teatros Geralmen-

te eles são desencorajados pelo

fato de algumas emissoras se es-

quivarem de assuntos polêmi-

cos. Esse, entretanto, nunca foi

um problema para o humorista

Marcos Veras. Sucesso na rede

mundial de computadores com

a trupe do "Porta dos Fundos",

o ator também pode ser visto

diariamente no "Encontro com

Fátima Bernardes" e, aos sába-

dos, no "Zorra Total", ambos

programas da Rede Globo.

"A pressão por ibope não me

atinge nem um pouco. A audiên-

cia da manhã tem uma média.

Nós (do 'Encontro com Fátima

Bernardes') estamos dentro des-

sa média e, muitas vezes, acima

dela. Temos de nos preocupar é

com o conteúdo", diz Veras.

O atual reconhecimento na

Rede Globo não veio de graça.

O ator começou na televisão fa-

zendo figuração no extinto "Xu-

xa no Mundo da Imaginação"

(2002) e nas telenovelas da Re-

de Record. Após um pequeno

papel em "Amore Intrigas"

(2007) e duas temporadas como

apresentador de um programa

de vendas no canal Shoptime,

ele finalmente foi escalado para

uma participação no programa

"Por Toda a Minha Vida"

(2008). No ano seguinte, já era

membro fixo do elenco do hu-

morístico "Zorra Total".

O convite para integrar a

equipe do "Encontro com Fáti-

ma Bernardes" viria apenas em

2011, quando a própria jornalis-

ta o viu sendo entrevistado por

Angélica, no programa "Estre-

las", também da Globo, e apro-

vou suas piadas. O humorista

confessa que já estava de olho

no novo projeto de Fátima an-

tes de ser convidado. "Logo

que eu soube do programa, co-

mentei com amigos meus reda-

tores e diretores, que estavam

envolvidos na criação,que eu ti-

nha interesse de fazer parte da

equipe. Depois, soube que a

própria Fátima já havia pensa-

do no meu nome", lembra

O ritmo desenfreado de gra-

vações na TV e na internet tam-

pouco tirou Veras do teatro: ele

viaja o Brasil comas peças "Falan-

do a Veras", que tem supervisão

de Fábio Porchat, e "Atreva-se",

que é dirigia por Jô Soares. "Eu

também não sei como eu dou

conta de tantos projetos. Acho

que ajuda o fato de eu gostar de-

mais do que faço", confessa.

A seguir, Veras avalia seus úl-

timos trabalhos na televisão, re-

flete sobre a boa fase do humor

no Brasil e revela as gafes que já

cometeu ao vivo no "Encontro

com Fátima Bernardes".

Pergunta - Como surgiuo convite para participar do"Encontro com Fátima Ber-nardes"?

Marcos Veras - Logo que

eu soube do programa, comen-

tei com amigos meus redato-

res e diretores, que estavam

envolvidos na criação, que eu

tinha interesse em fazer parte

da equipe. Depois, soube que

a própria Fátima já havia pen-

sado no meu nome. Eu e ela

nos reunimos para conversar

e nos demos bem desde o pri-

meiro bate-papo.

Pergunta - Você já sabiade antemão como seria a suaparticipação?

Veras - Mais ou menos. Sa-

bíamos que teria humor no pro-

grama, mas fomos descobrin-

do, aos poucos, como seria esse

humor. O legal é que hoje já te-

mos vários quadros de humor

no "Encontro", como matéria

na rua, paródia musical, esque-

tes e dinâmicas de palco.

Pergunta - Qual o maior de-safio de colaborar com um pro-jeto como este?

Veras - É o fato de ser um

programa diário. Fazer um pro-

grama diferente todo dia é desa-

fiador. São muitos assuntos,

muitas pautas e gravações. Fa-

zer humor pela manhã é outro

desafio.

Pergunta - A pressão poribope lhe atinge de algumaforma?

Veras - Nem um pouco!

Nem a mim nem a ninguém

da equipe. A audiência de ma-

nhã tem uma média. Nós esta-

mos dentro dessa média e,

muitas vezes, acima dela. Te-

mos de nos preocupar é com o

conteúdo, com os assuntos a

serem discutidos e em fazer

um programa de qualidade.

Hoje, o "Encontro" é um pro-

grama consolidado.

Pergunta - Como é traba-lhar com a Fátima?

Veras - A Fátima é uma mu-

lher fora de série. É inteligente,

parceira e muito generosa. E is-

so não é uma opinião só minha,

mas de toda a equipe. A Fátima

conseguiu reunir um time mui-

to competente e unido para fa-

zer este programa.

Pergunta - Como funcionaa sua participação? Você ela-bora algo de acordo com o te-ma pautado ou funciona maisno improviso?

Veras - Na verdade, existem

as duas coisas. A participação

do humor entra em determina-

dos assuntos. Sabendo disso,

decidimos se será com matéria

na rua, com link ao vivo ou

com esquete. Em cima dessa de-

cisão, a liberdade de improvisa-

ção é total. Já, quando não há

nenhum quadro de humor pre-

visto para entrar no ar, aí, sim,

toda a minha participação é

100% improviso, durante o ba-

te-papo no programa.

Pergunta - Houve algumagafe ou situação inusitadaneste primeiro ano de progra-ma ao vivo?

Veras - Sim. Um dia, o Carli-

nhos Brown entrou de surpresa

no programa e eu perguntei se

ele tinha trazido a caxirola, um

instrumento que ele inventou

para a Copa (do Mundo), mas

HUMORISTAONIPRESENTE

Entrevista

Nenhum denós esperava.Foi muitorápido. Nãotemos nemum ano ainda Sobre o sucesso instantâneo doPorta dos Fundos

TV - 16 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 17: Revista bem estar-20130818

que foi proibido. Eu não sabia

dessa proibição. Ele me respon-

deu numa boa, mas os colegas

me zoaram muito depois.

Pergunta - Diversos humo-ristas questionam o formatodo "Zorra Total". Até o "Portados Fundos" já fez piadas so-bre isso. Como você avalia oprograma?

Veras - O "Zorra Total" é

um programa popular, ou seja,

feito para o povo. Tem o hu-

mor de bordão, que todos repe-

tem na rua. Ele faz um humor

clássico na TV, que já foi reali-

zado por outros programas, co-

mo o "Balança Mas Não Cai" e

o "Planeta dos Homens", entre

outros. Então, diria que é um

programa clássico e com um

elenco extraordinário.

Pergunta - Você está atual-mente na TV aberta, no teatroe com o "Porta dos Fundos".

Como faz para dar conta dostrês projetos?

Veras - Eu também me faço

essa pergunta (risos). Só sei

que vou fazendo e vai dando

certo. Acho que ajuda o fato de

eu gostar demais do que faço e

de me divertir muito fazendo

esses trabalhos. Claro, que tam-

bém conto com uma ajuda mui-

to grande das produções de to-

dos esses projetos.

Pergunta - Você esperava osucessodo"PortadosFundos"?

Veras - Nenhum de nós es-

perava. Foi muito rápido. Não

temos nem um ano ainda.

Pergunta - Em sua opinião,qual foi o segredo do "Portados Fundos"?

Veras - Acho que são vários

os segredos: a liberdade da in-

ternet, o roteiro muito bem es-

crito, um elenco de comedian-

tes diferentes uns dos outros, o

fato de sermos um grupo de

amigos e a direção primorosa

do Ian SBF. Tudo isso, junto,

fez o sucesso.

Pergunta - Sua esposa, aatriz Júlia Rabello, também es-tá na equipe do "Porta dosFundos". Como é trabalharem família?

Veras - Além do "Porta dos

Fundos", estamos juntos tam-

bém na peça "Atreva-se", dirigi-

da pelo Jô Soares. Como nós

dois trabalhamos e viajamos

muito, ter dois trabalhos em

que podemos estar juntos ajuda

a matar a saudade, a namorar.

E nós nos damos muito bem no

trabalho, nossa química é co-

mentada até entre os amigos.

Pergunta - Sua carreira contacomumainusitadapassagemco-mo apresentador de um progra-ma de televendas. O que você le-vou dessa experiência?

Veras - Hoje eu penso: "Agora

eu posso fazer qualquer coisa (ri-

sos)". Ali, era ao vivo, na base do

improviso e com ponto eletrôni-

co, mas foi legal. Eu não tenho

medo de fazer mais nada.

Pergunta - Você tambémestá viajando com a peça "Fa-lando a Veras". O que é possí-vel abordar no teatro, que nãodá para falar na TV aberta ouna web?

Veras - O teatro, para mim,

é sagrado. É a arte do ator. O

"Falando a Veras" é um show de

humor, onde eu posso falar do

que quiser e da maneira que eu

quiser. Até porque eu sou o do-

no do projeto. Já a web se apro-

xima do teatro, quando pensa-

mos em abordar assuntos mais

polêmicos. Ao contrário da TV,

que tem de ter mais cuidado, já

que aquilo vai atingir um núme-

ro maior de pessoas. �

Eu tambémme faço essapergunta.Só sei quevou fazendoe vai dandocertoSobre como faz para trabalhar

na internet, na TV e no teatro

ao mesmo tempo

TV Globo/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 17 - TV

Page 18: Revista bem estar-20130818

Prostituição, luxo e marketing são os ingredientes de “O Negócio”

Agência Estado

Três mulheres determina-

das e estratégias de marketing

são a base do roteiro da série

brasileira "O Negócio", que es-

treia dia 18, às 21h, no canal

por assinatura HBO. Logo no

primeiro episódio, o telespecta-

dor vai ver que se trata de uma

atração para adultos, recheada

de cenas eróticas. Karin, perso-

nagem de Rafaela Mandelli,

surge em cena mostrando deta-

lhes de sua rotina como garota

de programa de alto padrão e as

dificuldades dessa profissão.

"A série conta a história de

três mulheres profissionais,

que resolvem fazer uma revolu-

ção financeira na área em que

elas trabalham: a prostituição",

resume um dos criadores do se-

riado, Luca Paiva Mello.

Bonita, porém, não tão jo-

vem, Karin é preterida por seu

cafetão, Ariel (Guilherme We-

ber), no que ela chama de "o

grande evento da prostituição

de luxo paulistana". Ele dá pre-

ferência às garotas de 18 e 19

anos. O negócio entre os dois é

rompido e Karin tem uma vi-

são empresarial, que resolve co-

locar em prática.

Assim, ao longo dos 13 epi-

sódios da série, ela vai se tornar

uma empreendedora. "Meu in-

teresse em fazer esse trabalho é

muito grande porque mostra

um outro lado dessas meninas.

Elas querem estar nesse negó-

cio e as três se completam por

serem totalmente diferentes",

declara Rafaela Mandelli.

Tanto a personagem de Ra-

faela quanto a de Juliana Schal-

ch (Luna) aparecem bem defini-

das no capítulo de estreia, que

termina deixando no ar a per-

gunta: como elas vão promover

as estratégias de marketing ao

vender sexo? "A minha persona-

gem entra no segundo episó-

dio. Ela é a mais nova das três e

mais impulsiva. Sua imaturida-

de vai dar o ritmo perfeito ao

trio", adianta a atriz Michelle

Batista, que dá vida a Magali.

"O Negócio" quer mostrar a

profissão mais antiga do mun-

do de uma forma diferente. De

acordo com Juliana, as três ga-

rotas de programa investem

muita energia naquilo que fa-

zem, apesar de ser um caminho

tortuoso e cheio de intempé-

ries. "Esse desejo delas de fazer

acontecer é o que é mais gosto-

so", diz ela.

As atrizes não fizeram labo-

ratório. A preparação foi feita

com a direção de elenco porque

as jovens retratadas na história

são garotas iguais a qualquer

uma que se pode encontrar nas

ruas, shoppings e baladas paulis-

tanas. Elas têm ensino superior,

moram em bairros nobres e se

vestem muito bem. Por isso,

não ter contato com garotas de

programa foi uma exigência da

produção para que as atrizes

não tornassem suas persona-

gens estereótipos de prostitutas.

"Elas vendem o corpo, mas

são de alta classe", avisa Julia-

na, que revela que buscou em

algumas produções cinemato-

gráficas a devida inspiração pa-

ra construir Luna. "Natalie

Portman, no filme 'Closer -

Perto Demais', tem muita iden-

tificação com o que eu quero

passar. A gente traz uma certa

bagagem do que viu e do que

leu a respeito desse universo.

Não é um assunto novo, o desa-

fio é fazer com outra aborda-

gem", completa atriz.

A série pretende propor

uma reflexão sobre o desejo de

ter poder Além de belas, as pro-

tagonistas são muito inteligen-

tes e querem provar que são po-

derosas. Mesmo sendo garotas

de programa, Karin, Luna e Ma-

gali vão tomar as rédeas de suas

vidas. "Elas se apropriam das es-

tratégias de marketing para en-

caminhar o produto delas no

mercado", aponta o Luca, que

conta também que, para desen-

volver o roteiro, foi necessária a

consultoria de profissionais de

marketing e entrevistas com ga-

rotas de programa de luxo.

As gravações de "O Negó-

cio" foram feitas todas em São

Paulo e somam 189 locações.

Entre os ensaios e as gravações,

as atrizes e a produção passa-

ram cinco meses mergulhados

no projeto, trabalhando cerca

de 12 horas por dia. O elenco

conta também com os atores

Gabriel Godoy e João Gabriel

Vasconcelos, além de participa-

ções especiais.

"O Negócio" é a quinta pro-

dução nacional da HBO Latin

America, que desde 2004 lan-

çou "Mandrake", "Filhos do Car-

naval", "Alice" e "Mulher de Fa-

ses". O primeiro episódio da sé-

rie estará disponível no site

www.hbomax.tv após a estreia

na TV. No final de semana do

lançamento do seriado, entre os

dias 16 e 18 de agosto, os canais

HBO estarão com o sinal aberto

em várias operadoras, como

Sky, Net, ClaroTV e Vivo. �

Estreia

Novo tipo de ‘programa’

Karin (Rafaela Mandelli)- É a idealizadora do negócioe a mais racional das três.Aos 31 anos, ela estádeterminada a não precisarmais dos cafetões. Seuplano é guardar dinheiropara poder se "aposentar"

Luna (Juliana Schalch) -Jovem de Campinas (interiorde São Paulo), ela mentepara a família, fingindo terum namorado e um emprego"normal" na capital paulista,quando na verdade seprostitui em uma boate

Magali (MichelleBatista) - É a mais ingênua eimatura das três. Ao semudar para São Paulo,descobre como ter uma vidasofisticada ao oferecer sexoem troca de hospedagensem hotéis e jantares emrestaurantes de luxo

Perfil dasprotagonistas

HBO/Divulgação/Estadão Conteúdo

TV - 18 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 19: Revista bem estar-20130818

Programa especial com 22 episódios conta a história da telenovela no Brasil

Agência Estado

Há quem o rejeite, enquan-

to outros o veem como uma ho-

menagem por uma carreira de

glórias e êxitos. Independente-

mente das preferências pes-

soais, o termo "Damas da TV"

atravessa gerações, indicando

nomes que ganharam respeito

e admiração durante os 50 anos

de novela diária no Brasil. Vin-

te e três atrizes desse gabarito

são as estrelas de um especial

homônimo, que o canal Viva

começa a exibir no dia 28 próxi-

mo, às 21h.

"O público vai conhecer a

história da televisão por inter-

médio desses ícones da teledra-

maturgia brasileira. Afinal, a

maioria das entrevistadas come-

çou a carreira com a novela diá-

ria no Brasil", revela Leticia

Muhana, diretora do Viva, fa-

zendo referência à primeira no-

vela exibida diariamente:

"2-5499 Ocupado", de Dulce

Santucci, que estreou em 22 de

julho de 1963, na extinta TV

Excelsior.

A protagonista desse marco

no país, Glória Menezes, é uma

das eleitas pelo idealizador e

produtor Hermes Frederico pa-

ra falar sobre seu trabalho em

"Damas da TV". Além da mu-

lher de Tarcísio Meira, Fernan-

da Montenegro, Regina Duar-

te, Marieta Severo, Marília Pê-

ra e Eva Wilma, todas elas com

pelo menos 40 anos de carreira,

revelam casos e relembram os

bastidores de seus trabalhos de

sucesso. As entrevistas são in-

tercaladas com imagens de ce-

nas e fotos de acervo, em forma-

to de documentário biográfico.

"É prazeroso viajar no tem-

po, afinal a tarefa de relembrar

tem muita força. Sendo assim,

posso dizer que foi divertido

participar do programa e resga-

tar histórias, personagens, difi-

culdades e prazeres dos primei-

ros aprendizados. Foram tem-

pos de desafios e conquistas im-

portantes", diz Regina Duarte

sobre sua participação. Ainda

de acordo com a atriz, o título

de "dama" não lhe incomoda.

"Pensando bem, na verdade,

não é mesmo o que somos? Pio-

neiras e desbravadoras, inven-

tando, nos anos 1950, 1960 e

1970, um jeito de vivenciar com

dignidade uma profissão que,

até pouco tempo atrás, não era

regulamentada?", questiona.

Na opinião de Frederico, o

termo é "um respeito pelo traba-

lho, pela carreira, pelo tempo e

pela dignidade profissional".

Após realizar com o GNT a sé-

rie "Grandes Damas", que ho-

menageava atrizes de teatro, o

produtor teve vontade de reali-

zar uma nova empreitada. "Eu

tinha cinco anos quando vi

'2-5499 Ocupado' e a comoção

foi total. Nesses anos, quase to-

das as principais atrizes estão

ainda trabalhando. Daí, com os

50 anos da telenovela diária, ti-

ve a ideia de fazer o programa".

Ao todo, são 22 episódios de

25 minutos cada. As conversas

com as atrizes giram em torno

de memórias, tanto profissio-

nais quanto afetivas, que cada

uma delas tem de seus respecti-

vos trabalhos. Muitas falam so-

bre as técnicas interpretativas e

como a arte de atuar evoluiu

nas últimas décadas. "Na mi-

nha opinião, o trabalho de uma

boa atriz deve ser um pouqui-

nho de inspiração e talento e

muito de estudo, esforço e dedi-

cação", orienta Eva Wilma. �

Canal Viva

Damasda TV

Div

ulg

ação/Esta

dão

Conte

údo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 19 - TV

Page 20: Revista bem estar-20130818

Depois de

16 anos de MTV,

Cazé Peçanha

se “reencontra”

nos temas

sociais

complexos

apresentados

em “A Liga”,

da Band

Agência Estado

O rosto de Cazé Peçanha

permaneceu associado à MTV

durante anos. Não poderia ser

diferente: entre idas e vindas, o

apresentador acumulou 16

anos na emissora musical, on-

de esteve à frente de inúmeras

atrações e foi responsável pela

criação de bordões antológicos,

como o "na cara", do extinto

"Teleguiado". Sua presença no

programa "A Liga", da Band,

mostra que os tempos de VJ fa-

zem parte do passado. Mais ma-

duro, ele agora mostra ao públi-

co temas sociais complexos de

uma forma diferenciada.

Para ele, sua atual missão é

bastante enriquecedora. "O

maior desafio de 'A Liga' é vol-

tar para casa. A produção dos

programas é longa, mas eu costu-

mo levar bem mais tempo que is-

so, meses até para reequacionar

o mundo à luz das novas expe-

riências que vivi", desabafa.

A trajetória profissional de

Cazé não deixa de ser bastante

peculiar. Carlos José de Araújo

Pecini - seu nome de batismo -

foi descoberto em 1994 em

uma seleção que buscava uma

nova cara para a MTV. Aprova-

do, tornou-se o VJ mais conhe-

cido da emissora na ocasião, o

que lhe garantiu um convite pa-

ra ingressar na Rede Globo, em

1999. Amargou 15 meses na ge-

ladeira até a estreia do "Socieda-

de Anônima" (2001), uma espé-

cie de game show com desco-

nhecidos. Mesmo com críticas

positivas e algumas parcas vitó-

rias no ibope no confronto com

o programa comandado por Sil-

vio Santos, no SBT, a atração

não deslanchou e Cazé foi cata-

pultado para quadros periódi-

cos no "Fantástico".

Meses depois, ele estava no-

vamente de volta à MTV. "É

sempre difícil participar de um

projeto que acaba não vingan-

do", comenta ele, que agora es-

tá com 45 anos.

Cazé também chegou a ser

sondado para liderar a bancada

do "CQC" antes de o humorísti-

co estrear na Band, proposta

que recusou. Porém, no ano

passado, disse sim ao convite

para ingressar em "A Liga".

Pergunta - Qual o maior de-safio de "A Liga"?

Cazé Peçanha - É voltar pa-

ra casa. A produção dos progra-

mas é longa: costuma levar de

quatro a seis semanas. Já as gra-

vações duram de um a quatro

dias. Mas eu costumo levar

bem mais tempo que isso, me-

ses até para reequacionar o

mundo à luz das novas expe-

riências que vivi.

Pergunta - Alguma histórialhe marcou?

Cazé - A de um rapaz que

era morador da favela do Pio-

lho (zona sul de São Paulo).

Quando o incêndio começou,

ele estava em sua casa e dois vi-

zinhos disseram que o imóvel

da sua mãe, que também mora-

va na comunidade, estava pe-

gando fogo com ela dentro. Ele

correu para lá e vasculhou tudo

para tentar salvá-la. Sofreu vá-

rias queimaduras para, ao sair,

descobrir que não só a sua mãe

nunca esteve lá, como, durante

o incêndio, a sua casa havia si-

do roubada. Quando eu o en-

contrei, ele estava todo queima-

do e sem nada. Mas ele não ti-

nha perdido suas coisas no in-

cêndio: tinha sido roubado.

Pergunta - Você já mudoude posicionamento em rela-ção a algum assunto apósacompanhá-lo no programa?

Cazé - Então, não é simples-

mente que eu mude de opinião

a cada programa que fazemos,

mas que eu elabore ainda mais

aquela questão. Os temas que

abordamos em "A Liga" costu-

mam ser muito complexos.

Quando você tem a oportunida-

de de conhecer as histórias e as

pessoas de perto, você acaba

aprimorando sua visão sobre

aquela situação.

Pergunta - Em 2013, "A Li-ga" ganhou três novos apresen-tadores: a ex-modelo MarianaWeickert, a jornalista Rita Ba-tistae o ex-VJ China. O que elesacrescentam à atração?

Cazé - Cada um deles é de

um estado do país e de diferen-

tes universos de atuação. Isso

dá uma riqueza enorme para o

conteúdo final. Cada um de

nós tem uma percepção diferen-

te dos temas abordados no pro-

grama.

Pergunta - O que mais "ALiga" traz de novidades natemporada deste ano?

Cazé - A estética está ainda

mais bacana, com o uso de câme-

ras 5D e uma edição muito ágil.

Pergunta - Você estrou naMTV em 1994. Como chegouà televisão?

Cazé - Eu participei da pri-

meira "seleção pública" de

VJ?s que a MTV fez, que se

chamava "MTV Pega Para

Criar". Foi um concurso que

teve 7 mil pessoas inscritas em

São Paulo, Belo Horizonte,

Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Você se inscrevia e, se sua fi-

cha fosse selecionada, passava

por uma entrevista presencial.

Se fosse aprovado na entrevis-

ta, fazia um teste de vídeo.

Pergunta - Você ficou an-sioso para o teste?

Cazé - Eu ficava treinando,

assistindo aos programas do

Thunderbird e da Astrid (Fon-

tenelle). Era a época em que vo-

cê ainda tinha que colocar Bom-

bril na antena da televisão para

conseguir que a MTV pegasse.

Pergunta - O ano de 2013marca o fim da MTV como ca-nal aberto e sua reformulaçãocomo canal pago. Como vocêavalia essa atual fase daemissora?

Cazé - Eu fiquei feliz em sa-

ber que a MTV vai continuar a

ser exibida. É um canal diferen-

ciado. Sempre foi inovador,

sempre esteve na vanguarda es-

tética, lançando moda e sendo

celeiro de novos talentos. Acho

que o canal tem um papel im-

portantíssimo. É bom saber

que a MTV vai continuar a

cumprir esse papel.

Pergunta - Do que você sen-te saudade dos tempos de VJ?

Cazé - Sinto muita saudade

de fazer programas ao vivo, co-

mo o "Teleguiado".

Pergunta - Por quê?Cazé - Quando você faz um

programa ao vivo, há uma res-

posta imediata do público. Por

ser em tempo real, não tem co-

mo mascarar os erros e a pala-

vra de ordem é improviso. Vo-

cê precisa saber como lidar

com as situações conforme elas

vão aparecendo. Isso é muito

gostoso e desafiador.

Pergunta - Da sua estreiaem 1994 até a sua saída noano passado, o que você viumudar no mercado musical?

Cazé - A grande mudança

que aconteceu foi a chegada da

internet. Antes era mais difícil

mostrar seu trabalho e conquis-

tar espaço. Hoje, todos têm

acesso aos meios de produção e

distribuição dos seus projetos.

Ficou tudo mais democrático e

competitivo.

Pergunta - Você teve umacurta passagem pela RedeGlobo. O que você levou des-sa experiência?

Cazé - Foi uma experiência

muito rica. Pela primeira fez,

eu precisei montar toda uma

equipe para tocar um programa

grande e complexo. Participei

da criação do seu conceito des-

de o início, junto com Zé Lavig-

ne (José, diretor) e a turma do

"Casseta & Planeta" (Cláudio

Entrevista

'O maior desafio évoltar para casa'

TV - 20 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 21: Revista bem estar-20130818

Manoel, Hélio de La Peña e

Bussunda). Além de trabalhar

com uma equipe, cujos inte-

grantes eram pessoas muito

próximas a mim, o que fez des-

sa época um momento muito

prazeroso

Pergunta - E teve um ladonegativo?

Cazé - É sempre difícil par-

ticipar de um projeto que aca-

ba não vingando. Aprendi

que são muitos os fatores que

determinam o sucesso de um

programa. Não é simplesmen-

te reunir uma equipe de gran-

des profissionais e ter uma es-

trutura boa que faz um proje-

to dar certo. Existe sempre o

imponderável.

Pergunta - Você foi sonda-do para ser da bancada do"CQC" antes de o programaestrear. Por que não aceitou?

Cazé - Eu estava muito fe-

liz na MTV e com a equipe

com a qual eu trabalhava.

Não era o momento para tro-

car de emissora.

Pergunta - Além de "A Li-

ga", tem outros planos paraeste ano?

Cazé - Estou fazendo um

projeto no Nat Geo (canal), on-

de apresento uma programação

especial sobre o cérebro, que se

chama "Noites Mentais". A pre-

visão de estreia é para setembro.

Pergunta - Pensa em tra-balhar por trás das câme-

ras algum dia?Cazé - Eu sou sócio do Mar-

co Pavão e do Thiago Martins

na Estricnina, produtora de ani-

mação responsável por sucessos

como "Fudêncio" e "Infortúnio

com a Funérea", ambos exibi-

dos pela MTV. Produzir um

programa aumenta muito suas

possibilidades de atuação. �

Band/Divulgação/Estadão Conteúdo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 21 - TV

Page 22: Revista bem estar-20130818

MALHAÇÃO - 17H45

Segunda-feira - Renata discutecom Verônica. Damáris decideusar as roupas de Nice. Gianeconta para Bento que era elaquem o beijava enquanto ele dor-mia, e Caio fica com ciúmes. Ma-lu mostra o closet de Amora noprograma de Sueli. Renata desis-te de contar a verdade para Érico.Érico se recusa a ouvir o queVerônica tem a dizer e decide ficarcom ela. Bento afirma a Gilsonque quer ficar sozinho. Érico afir-ma a Verônica que não vai se de-cepcionar com ela. Fabinho conse-gue entrar na festa de Karmita,

mas é expulso por Camilinha.Terça-feira - Fabinho se enfure-ce com Camilinha. Odila e Rose-mere não concordam com o pe-dido de demissão de Renata.Brenda afirma que Xande vaiajudá-la a continuar casadacom Perácio. Malu e Amora seenfrentam. Áurea fala para Tinae Pau de Jacu que eles só serãofelizes depois que saírem da ca-sa de Bárbara. Renata se recu-sa a falar para Érico o motivo desua demissão.Quarta-feira - Fabinho pede parafalar com Malu, e Bárbara se irri-

ta. Bento se comove com o sofri-mento de Amora. Fabinho pedeajuda a Malu. Glória elogia Nel-son, e Perácio fica arrasado. Wil-son exige que Charlene confirmese teve um caso com Bento. Na-tan revela para Érico e Maurícioque Verônica é Palmira Valente.Quinta-feira - Verônica pede paraconversar com Érico. Wilson dis-cute com Charlene e Isaura fla-gra os dois. Érico fica revoltadocom Verônica. Nancy conta pa-ra Nice e Lucindo sobre Gládis.Salma repreende Socorro poranular sua vida por causa de

Amora. Bento fica chateado pornão conseguir mostrar para Gia-ne a foto de sua campanha comMalu. Isaura ameaça impedirque Charlene fique com a guar-da de Pedrinho. Amora ameaçaFabinho. Verônica pede paraconversar com Érico.Sexta-feira - Érico se sensibilizacom a explicação de Verônica.Bento fica chateado ao ver Gia-ne sair com Caio. Bluma flagraCamilinha com Natan. Damárisdiz a Lucindo que vai cozinhar pa-ra ele e Tina na casa de Bárbara.Vinny pede para Charlene matri-

cular Pedrinho em seu colégio.Malu pergunta para Amora, nafrente dos repórteres, por queela ameaçou Fabinho.Sábado - Amora consegue desviara atenção da imprensa para Ma-lu. Bento pensa em conversarcom Malu sobre Fabinho. Maurí-cio apoia o relacionamento deVerônica e Érico. Cardoso exigeque Lara expulse Maurício de suacasa. Irene pede para Plínio levá-la para ver Fabinho. Fabinho en-contra Pixinguinha, e Giane o vê le-var o animal para Nestor. Amora eBento se beijam.

Segunda-feira - Valdirene e Már-cia comemoram o pedido de casa-mento de Ignácio. Ciça conseguepegar o celular de Ninho. Alejan-dra pressiona Félix para conse-guir mais dinheiro. Ciça telefonapara Paloma, mas Ninho a inter-cepta antes que ela revele o seuparadeiro. Niko e Eron contam pa-ra Amarylis que entraram com umpedido para adotar uma criança.Lutero pede para Atílio ajudá-lo adenunciar Félix. Márcia compra ovestido de casamento de Valdire-ne na loja de Edith. César flagraPatrícia e Michel na sala dos médi-cos. Edith e Félix firmam um acor-do para o retorno dela à mansão.Eron e Amarylis decidem fazeruma nova tentativa de fertiliza-ção, e Niko se surpreende. Pilardescobre que Félix pagou para Edi-th voltar para casa. Paulinha con-fronta Alejandra.Terça-feira - Ciça repreende Pauli-

nha por contrariar Alejandra, en-quanto Ninho elogia a menina. Val-direne passa a noite com Ignácio,deixando Carlito arrasado. Edithse recusa a ficar no mesmo quar-to de Félix. Michel não resiste àsinvestidas de Silvia. Patrícia nãodeixa Guto se aproximar dela.Atílio se preocupa com o que Gigipossa exigir do ex-marido. Pilarafirma a César que vai se separardele, se confirmar que ele tem ou-tra mulher. Ignácio convida Valdi-rene e Márcia para almoçar comsua mãe. Niko presencia a fertili-zação de Amarylis. Ninho decidelevar Paulinha à praia.Quarta-feira - Ciça orienta Pauli-nha a tentar fugir quando chegar àpraia. Eudóxia não gosta de Valdi-rene. Félix revela para Vega o en-dereço do cartório onde Atílio secasou com Márcia. Joana deixa oapartamento que dividia com Per-séfone. Thales vê Nicole e não

consegue ficar com Leila. Luteroestranha que Aline seja amiga deBernarda. Atílio decide denunciarFélix. Aline garante a César quenão deixará Pilar descobrir o casoentre eles. Valdirene e Carlito fi-cam juntos novamente. Ninho le-va Paulinha à praia e ela tenta pe-dir socorro em um quiosque.Quinta-feira - Ninho consegue im-pedir Paulinha de pedir ajuda. Ale-jandra vai embora com Ciça, quefica apavorada. Ninho tranca Pau-linha no quarto. Atílio é preso de-pois de uma denúncia de Félix, eVega comemora. Valdirene cha-ma Carlito e Gina para seremseus padrinhos de casamento.Alejandra dá um jeito em Ciça eavisa a Ninho que não deixaráPaulinha atrapalhar seus planos.Pérsio se recusa a atender umapaciente, e Lutero o recrimina.Alejandra ameaça fazer algo con-tra Bruno se Paulinha não coope-

rar. Ninho fica arrasado por brigarcom a filha. Michel e Patrícia com-binam de ficar juntos. César des-cobre que Félix pode ter superfatu-rado alguns contratos do hospitale Aline incentiva o médico a afas-tar o filho de seu cargo.Sexta-feira - Félix chora por serobrigado a sair do hospital. Atíliodescobre que Márcia o denuncioue fica triste. César pede para Eronocupar o lugar de Félix. Amarylistem um sangramento e fica arrasa-da. Eron flagra Michel e Patríciadentro do carro e os repreende.Valdirene se despede de Ignácio ecorre para se encontrar Carlito.Eudóxia critica Ignácio por nãocontar o seu segredo para Valdire-ne. Um pescador encontra Ciça de-sacordada. Alejandra avisa a Ni-nho que eles viajarão disfarçados.Eron e Amarylis dormem juntos.Perséfone anuncia no refeitórioque Joana e Luciano estão juntos,

e Ordália se preocupa. Patrícia pe-de para Guto sair de seu aparta-mento. Félix implora que Pilar oajude a voltar para o hospital.Sábado - Pilar exige que Félix voltepara o hospital e discute com Cé-sar. Félix avisa a Alejandra que Pa-loma descobriu o plano de levarPaulinha para o Peru. Bruno co-menta com Paloma que não con-fia em Félix. Guto sofre com as in-sinuações de Patrícia. Silvia ficaarrasada com o desprezo de Mi-chel. Perséfone decide sair commais um pretendente e Daniel fi-ca chateado. Paloma tenta con-vencer César a reconsiderar suadecisão sobre Félix. Ciça é monito-rada no hospital em estado grave.Lutero avisa a Bernarda que Félixé perigoso. Valentim descobreque Alejandra está no Rio de Ja-neiro e que vai viajar com Pauli-nha para o Peru. Paloma e Brunoviajam para o Rio de Janeiro.

FLOR DO CARIBE - 18H15

A emissora não disponibilizou os capítulos.

Segunda-feira - Ben, Vera e Anitacuidam de Sofia. Paulino perde alista com os exercícios de Vitor, eFábio a encontra na quadra do co-légio. Maura se impressiona comseu novo cliente. Abelardo recebeum adiantamento de Maura e ficasatisfeito. Giovana finge gostarde ter sido escolhida como a voca-lista do coral. Flaviana percebeSofia com ciúmes de Ben. Sofiavê Anita e Ben entrarem no salãode Serguei e vai atrás, achandoque var desmascarar o segredodos dois.

Terça-feira - Sofia reage surpre-sa, disfarça e se prontifica a in-tegrar o grupo para ajudar Ben.Flaviana se atrapalha ao pas-sar as orientações para Soraiapelo telefone. Caetano e Abe-lardo jogam videogame juntos.Guilherme e Clara temem queGiovana apronte na apresenta-ção do coral. Abelardo fica cha-teado com Caetano e sai. Semdinheiro, Giovana conta que se-guirá os passos de sua tia, eRonaldo se preocupa. Flavianarecebe uma mensagem de Mar-

tin. Sofia decide estudar comBen. Paulino confessa que es-tá com medo de invadir a esco-la. Luciana flagra Sofia dormin-do nos braços de Ben.Quarta-feira - Ben explica seu en-volvimento com Sofia para Lu-ciana. Maura decide comprarum perfume para tentar seduzirseu cliente. Vitor foge quandovê Fábio na quadra, e o profes-sor corre atrás dele. Lucianadescobre que Flaviana recebeua mensagem que deveria serpara Anita e corre para o lugar

do piquenique. Caetano denun-cia Abelardo para Maura. Mar-tin se surpreende ao encontrarFlaviana no lugar de Anita.Quinta-feira - Martin destrata Fla-viana, que promete se vingar. Cae-tano humilha Abelardo. Vera termi-na o bolo para a festa de Maura.Giovana garante a Guilherme eClara que cantará no sarau. Bendesabafa com Frédéric sobre es-tar apaixonado. Anita cai num bar-ranco ao fugir de Martin. Ben se ir-rita com a falta de interesse de So-fia por Anita. Maura se preocupa

com sua festa. Ben procura Anitapela estrada. Anita pede socorroa Martin para sair do barranco.Sexta-feira - Martin não sabe co-mo salvar Anita. Fábio se preocu-pa com o atraso de um dos joga-dores do time de vôlei. Aurélio pe-de para Paulino ajudá-lo a com-pletar um jogo no videogame.Maura finge não perceber o assé-dio de Dino. Ronaldo, Vera, JoãoLuiz e Fábio procuram por Ben,Anita e Martin na mata. Ben con-segue soltar Anita e pede paraela pular para sair do barranco.

GLOBO

Resumo das novelas

AMOR À VIDA - 21 HORAS

SANGUE BOM - 19H30

TV - 22 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 23: Revista bem estar-20130818

Segunda-feira - Beto explica paraClaritaquenão lhedeumuitaatençãoapósoencontro,poisnãoquernamo-rarninguém.Tati,AnaeVivipercebemque os meninos deixaram o banheirodo orfanato todo bagunçado. Pata,Bia, Mili e Cris vão até a sala e obser-vam toda sujeira deixada no local porMosca, Rafa e Binho. Pata fala ao ir-mão que eles precisam obedecer asregras do lugar. As chiquititas deci-dem se vingar dos meninos, mas Pa-ta não concorda Mili explica que a fai-xaqueelas colocaram no meioda sa-la é para dividir o lado das meninas edosmeninos.Moscarasgaafaixa,dizquenãoseimportacomadivisão,em-purraCriseAnaesentanosofáquefi-ca no território das meninas. Ernesti-

na escuta os gritos e corre para ver oque acontece. A zeladora promete co-locar todos decastigo.Terça-feira - Sofia reúne todas ascriançasna sala ediz estar triste coma atitude de todos. Durante o jogo daverdade,Cris revelaqueomeninoqueelaacha mais bonito éMosca. As chi-quititassearrumamparadormirquan-doBiaperguntaseCrisestáapaixona-da por Mosca. No quarto dos meni-nos Binho, Rafa e Mosca não paramdecoçaracabeça.Milicontinuaacon-tar ahistória da princesa e do plebeu.Apósas meninasdormirem,Pata per-guntacomoMilichegouaoorfanato.Amenina diz que não conheceu seuspais e que Sofia lhe contou que elachegou ao Raio de Luz em uma noite

bemestrelada.Mili contaquequandoa diretora abriu a porta lhe encontrouem um cesto sem nenhum sinal dequemtinha adeixado ali.Quarta-feira - Os meninos conti-nuam com coceira na cabeça. Rafalembraqueelescolocarampiolhosnacama das meninas e com certezaelas já pegaram. Mosca diz que nin-guém pode descobrir que foram elesque trouxeram os piolhos para o orfa-nato. Carol fica responsável por levarDaniaocolégio,poisLeticiafoi fazeral-guns exames periódicos. As meninaschegam da escola e reclamam paraCarol sobre a coceira na cabeça. Ca-rol diz que todos estão com piolhosMosca, Rafa e Binho confessam queforamelesquepassaramparaasme-

ninas. Sofia avisa as chiquititas e osmeninos que fará um jantar especialpara comemorar a chegada de Mos-ca,Rafa eBinho.Quinta-feira - Na cozinha, Binho, Pa-ta, Ana e Bia ajudam Chico a fazer ojantar Na casa da família AlmeidaCampos, Carmen conta para José Ri-cardo que o orfanato está infestadode piolho. No Café Boutique, Tobiasresolve ir embora mais cedo. Claritaestranha o jeito do amigo e perguntaseestá tudo bem.O rapaz afirma quesim. Maria Cecília desce para a loja epergunta para Clarita se é ela que iráfechar a loja. A garota diz que sim e asupervisoraestranha.Valentinaestra-nha à maneira que Gabi está A gover-nantafalaparaJuniorquesuairmães-

tá estranha. O rapaz fica preocupadoe vai falar com Gabi. A moça aperta amãodeJunior comosequisesse falaralgo.O rapaz levaa irmãparaoquartoparaqueela durma edescanse.Sexta-feira - No orfanato, Mosca, Ra-fa e Binho se questionam quem seráa admiradora secreta que enviouuma carta a Mosca. Eduarda visitaDr. José Ricardo no escritório e seconvidapara jogargolfecomoempre-sário.Noorfanato,Ernestinanãogos-ta da ideia de Carol ajudá-la a cuidardas crianças. Ernestina ordena queCarol limpe o pátio e os banheiros.Carol retruca dizendo que a divisãodazeladoranãoestásendo justa. Ta-ti, Ana e Pata conversam com Carolsobre namorados.

Segunda-feira - Rosália pede ajuda aBenitoeobeijaapaixonadamente.Da-fnesaino jornal comomulher tutti-frut-ti. Xepa faz sopa para vender pela in-ternetcomaajudadeBenito.Esmeral-dino diz a Rosália que irá ajuda-la a fi-car rica. Xepa planeja fazer algumasurpresa no aniversário de Rosália.Rosália fica determinada a reconquis-tar Vitor Hugo.Terça-feira - Esmeraldino pede aRosália que confie nele. Xepa fica re-ceosacomoplanodeBenitoempedirRosália em casamento. Xepa senteciúmesda relaçãodeRosáliacomEs-meraldino. Dafne dá entrevista parauma TV comunitária. François diz a

Rosália que Vitor Hugo voltou. Aldaconseguea listagemdosfuncionáriosque trabalharamnohospital nodiadeseuparto.Benitoaproveitaafestasur-presa de Rosália e a pede em casa-mento. Esmeraldino ajuda nos prepa-rativos da festa na Vila. Rosália diz aEsmeraldinoqueestá grávida.Quarta-feira - Esmeraldino diz aRosália que ela pode estar grávida deVitor Hugo. Pérola descobre o telefo-ne da enfermeira que trabalhava nohospitalemquefezseuparto.Matildase irritaapós perceberqueEsmeraldi-noestá comandando toda a organiza-ção da festa da Vila. Vitor Hugo é friocom Rosália e a deixa incomodada.

Lis confessaàCíntia que está apaixo-nadapor Édison. Meg chama Robérioaté sua casa para uma massagem edeixa Júlio César irritado. François vaiaté a casa de Xepa para falar comRosália.Quinta-feira - Rosália fica tensa aoser visitadaemcasapor François.Be-nito flagra François jogando charmeparaRosália.Felicianoconvenceaen-fermeiraamentirparaPérola.VitorHu-go conta toda a verdade sobreRosáliaparaLis. Felicianodiz aPérolaquepretende ir à festa da vila.Rosáliae Esmeraldino traçam um plano paraimpedirqueXepaváao jantardenegó-cios. Vitor Hugo visita Pérola e relem-

bra os bons momentos com Isabela.LisdizaÉdisonqueRosáliacontou to-daaverdade para VitorHugo.Meg dizaLadyquepretende fazerdo jantardenegóciosumareuniãosimplesepopu-lar. Robério segura Graxinha e tentausar o famoso tratamento doescovão.YasminajudaXepaaseves-tir para o jantar. Graxinha e Inocênciase agarram e se beijam após o mecâ-nico ter feito o tratamento doEscovão. Xepa vai até o salão de Ro-bériopara mudar o visual.Sexta-feira - Rosália e Benito ficamsurpresoscomonovo visualdeXepa.Aantigaenfermeiradohospital ligapa-raPérola.MatildaeXepadiscutemso-

bre o jantar. Vitor Hugo conta toda averdade sobre Rosália para Júlio Cé-sar e diz que ela pode ter engravida-do. Lis e Rosália se estapeiam atéque a filha de Xepa revela estar grávi-dadeVitorHugo.Miro tentadescobrira verdade sobre os fiscais que apare-ceram na Vila. Lis fica atordoada aosaber que Rosália está grávida de Vi-tor Hugo. Esmeraldino pede ajuda aFeliciano.CíntiamostraaÉdisonagra-vação em que Lis se declara. Lis eYasminconversamsobreRosália. Ino-cência se irrita ao ver Dafne pegandoseu lugar no show de Robério e Graxi-nha.Xepasedescontrolaapósmistu-rar champanhe comremédio.

Terça-feira - Vitória avisa a Carlito queestá levando Zico para o hospital. Gi-bão leva um tiro e pede para o irmãolevá-loparacasa.VitóriachegacomZi-coaohospitaleconversacomomédi-co. Helena e Laura concordam emnão contar para Candinha e Stela oque aconteceu com Zico. Vitória deci-depermanecer nohospital até queZi-co melhore. Leocádia tenta conven-cerGibão a ir paraohospital. Marcinasedesesperaaosaberqueseunamo-rado levouumtiro. LauraeHelenaob-servam Vitória na sala de espera dohospital.Gibão permiteque Rochinhaentre no quarto para ajudá-lo. Pupu eBelisário se preocupam comAristóbulo. Fifi fala para Dona Redon-daeAparadeiraqueGibãoestáàbei-ra da morte. Rochinha garante a Gi-bão que não contará seu segredo aninguém. Saramandaia vence o ple-

biscito. Aparadeira se surpreende aosaber que Gibão está fora de perigo.Laura vê Vitória próxima do leito deseu pai. Carlito fala que Saraman-daia venceu e Zico tenta se levantarda cama.Quarta-feira - Zicofica inconformadocom o resultado do plebiscito, e Vitó-riasepreocupacomele.Rochinhater-mina o curativo em Gibão e se sur-preende com suas asas. Cazuza eAparadeira ficam pasmos com a vi-são que Gibão teve sobre Dona Re-donda. As visitas a Zico são suspen-sas, e Carlito reage com irritação à in-quietação de Vitória. Zélia se desani-maaosaberqueamudançadonomeda cidade vai demorar a acontecer.Leocádia conversa com Rochinha so-bre Gibão. Cazuza e Aparadeira te-mem que Dona Redonda exploda nacasa deles. Stela se preocupa com o

avô.LauraconfirmacomCarlitoqueVi-tória é a amante de Zico. Zélia estra-nha a irritação de Pedro com Vitória.Marcina decide pedir Gibão em casa-mento. Zico afirma a Carlito que vaianular o plebiscito. Marcina encontraRosaliceno quarto deGibão.Quinta-feira - Marcina discute comGibão. Pedro ofende Vitória, que o es-bofeteia. Stela acredita que foi CarlitoquemlevouZicoaohospitaleeledes-conversa.Biadeixaa fazendaVilar. Ti-bérioquestionaa filhasobresuabrigacom Pedro. Vitória teme que o filhomais velho conte a verdade a Zélia.Saramandistasebolebolensesdiscu-temsobrea trocadonomedacidade.Zico decide se afastar de Vitória. Gi-bão pergunta a Aristóbulo como elese sentiu quando se expôs para a ci-dade. Aristóbulo encontra Risoleta nabiblioteca ea convidapara sair. Laura

chantageia Zico para que ele aceitesedivorciardeHelena.Aristóbulocon-ta para os pais a verdade sobre suaprimeira namorada. Vitória fala paraLeocádiaquecontouparaZicoqueZé-lia é sua filha. Carlito avisa a Vitóriaque Zico não quer mais falar com ela.Stela e Tiago pensam em como arru-mar um encontro entre Candinha e Ti-bério. Fifi vê Bia se hospedar na pen-são de Risoleta e avisa Dona Redon-da.Vitória exige falar comZico.Sexta-feira - Zico se recusa a falarcomVitória.StelaeTiagopensamempromover o encontro entre Candinhae Tibério durante o casamento de Zé-lia, enquanto todos estiverem fora dafazenda. Encolheu faz a previsão dotempo para a rádio. Dona Redondadiscute com Bia na pensão, e Risole-taacabasemachucando.Fifi espalhaa notícia sobre a visão de Gibão com

Dona Redonda. Tiago fala para Stelaque não vai mais voltar para São Pau-lo. Vitória se emociona quando Zéliafaladeseupai.CazuzaeAristóbuloseenfrentam por causa de Risoleta. Gi-bão conta para Bia como foi a visãoque teve com sua mãe. Embriagado,Carlito faladeseusnegóciosescusospara Rosalice. Zico tem alta do hospi-tal. Rochinha conversa com Gibão so-bre suas asas. Candinha se arrumapara se encontrar com Tibério. Gibãodecide não aparar suas asas e Leo-cádia se surpreende. Zico avisa a He-lenaquenãovai aocasamentodeZé-lia. Dona Redonda chega à igreja e to-dos se preocupam com sua presen-ça. Candinha e Tibério se encontram.PupueBelisáriovisitamRisoleta.Zicoentrega para Zélia, na porta da igreja,osdocumentosda impugnaçãodo re-sultadodoplebiscito.

Resumo das novelas

DONA XEPA - 22H30

XIQUITITAS - 20H30

SARAMANDAIA – 23H00

GLOBO

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 23 - TV

Page 24: Revista bem estar-20130818

Verão no Alasca revela vida selvagem e montanhas de neve

Agência O Globo

Da janelinha do avião, uma quantidade im-

pressionante de picos nevados e braços d'água vi-

sivelmente congelados captou minha atenção.

Um campo de gelo imenso denotava que já sobre-

voávamos o Alasca e não demorou muito para a

aeronave pousar em Anchorage. Eram sete e meia

da noite e, a julgar pelo sol forte, não parecia mais

que duas da tarde. O verão definitivamente estava

chegando por aquelas bandas, onde as temperatu-

ras nessa época variam entre 11 ˚C e 18 ˚C.

No dia seguinte, deixaria a cidade de trem em

direção a Seward, para embarcar no navio que

me levaria pelo gélido mar do Alasca pelos próxi-

mos oito dias. O GrandView Train funciona du-

rante os meses de verão ligando Anchorage a

Seward, o principal porto de cruzeiros do norte

do Alasca. Naquela tarde ensolarada, tivemos a

sorte de avistar pelo caminho um urso, além de

cervos e porcos-espinhos.

Anchorage também é ponto de partida para

quem quer explorar o Parque Nacional Denali e

o Monte McKinley - o mais alto da América do

Norte - em passeios guiados e trekkings; ir a Chu-

gach (outro parque nacional); ou a uma das mui-

tas geleiras nos arredores. Além dos passeios de

barco para ver "26 geleiras em um dia" vendidos

a cada esquina de Anchorage, dali também é pos-

sível tomar o Glacier Discovery Train que vai até

bem perto da geleira Spencer, uma das mais visi-

tadas da região.

Naturezagelada

Turismo

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 25: Revista bem estar-20130818

Mari

Cam

pos/Agência

OG

lobo

Passeio rumo às

geleiras Hunnard e

Valerie é um dos

destaques no cruzeiro

pelo Alasca

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 25 - TURISMO

Page 26: Revista bem estar-20130818

Temperaturas

amenas atraem

turistas em busca

das geleiras e

do comércio

legalizado de

diamantes

Agência O Globo

Anchorage é a maior cidade

do Alasca e o principal aeropor-

to do estado. É por ali que che-

ga ou sai a maioria dos turistas

que visita a região. A alta tem-

porada vai de maio a setembro,

quando temperaturas amenas e

a presença de navios de cruzei-

ros trazem americanos e turis-

tas de outros países atraídos pe-

la pesca do salmão, pelas tri-

lhas dos parques nacionais, por

geleiras, ursos, baleias, totens e

até pelo amplo e legalizado co-

mércio de diamantes e outras

pedras preciosas, muito co-

mum no Alasca.

Apesar de movimentada pe-

lo turismo, Anchorage não dei-

xa de ter ares de cidadezinha

do interior. Um ou outro edifí-

cio alto, ocupado por alguma re-

de hoteleira, chama a atenção

dentre as muitas das casas colo-

ridas que são quase uma marca

registrada do estado. Nas ruas

largas de seu centro histórico o

fluxo de pedestres ou de veícu-

los é pequeno e tudo fecha as

portas cedo, do comércio aos

restaurantes, mesmo no auge

do verão, com o sol se pondo só

por volta da meia-noite (quase

não fica escuro nessa época). A

cidade tem um bom museu de

história e antropologia local e

uma série de outlets entre o cen-

tro e o aeroporto.

De Anchorage, partimos pe-

lo Grand View Train rumo a

Seaward, para o cruzeiro que

nos levaria pelo gelado mar do

Alasca até Vancouver, no Cana-

dá. O embarque no cruzeiro foi

pontual, rápido e sem burocra-

cias. Éramos menos de 300 pas-

sageiros a bordo, com o mesmo

número de tripulantes. Na pri-

meira noite, enfrentamos o

mar agitado no Golfo do Alas-

ca. No dia seguinte, à tarde, na

entrada da chamada "rota das

geleiras", com o mar já calmo,

era hora de os passageiros se de-

bruçarem nos deques ou nas va-

randas das cabines para obser-

var o navio atravessar um mar

repleto de gelo rumo às imen-

sas geleiras Hubbard e Valerie.

Para se aproximar de fato

das geleiras, nem foi preciso

avançar em botes zodiac, já que

o navio é de pequeno porte: bas-

tou o capitão reduzir a intensi-

dade dos motores. Enquanto o

diretor do cruzeiro, Kirk De-

tweiller, contava curiosidades

geográficas e biológicas da re-

gião, os passageiros contempla-

vam os 50 tons de azul e cinza

das geleiras cada vez mais de

perto. Pássaros de diferentes es-

pécies sobrevoavam o navio e,

nas placas de gelo ao redor do

casco, famílias de focas ensaia-

vam passeios com seus filhotes.

Com uma taça de pinot noir ca-

liforniano em uma mão e a câ-

mera fotográfica na outra, os

passageiros se deliciavam com

a paisagem, sem sequer lem-

brar do frio.

Anchorage e SitkaAlasca

Passagem pelo Tracy's Arm, entre

Seward e Juneau, está nos roteiros

dos cruzeiros pelo Alasca

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 27: Revista bem estar-20130818

No terceiro dia a bordo fi-

zemos a primeira escala e de-

sembarque. A pequena Sitka

se revelou destino perfeito pa-

ra observação de baleias, ursos

e diversas outras espécies típi-

cas da vida selvagem do Alas-

ca, incluindo lontras, águias e

cervos. Os passeios de barco

para observação de animais

oferecidos na cidade são reali-

zados em catamarãs com gran-

des janelas de vidro por entre

fiordes e os estreitos de Sitka

Sound, Eastern Channel, Sil-

ver Bay e outros.

Sitka tem um centro bem

pequeno - com Wi-Fi grátis em

toda sua extensão - facilmente

explorado em um par de horas.

Os ursos também podem ser

vistos em cativeiro na Fortress

of the Bears, um centro de trata-

mento e reabilitação de ursos

ameaçados, que é a atração

mais visitada da cidade e costu-

ma fazer muito sucesso, princi-

palmente entre as crianças.

Atualmente são mantidos ali

cinco ursos marrons jovens.

Entre uma escala e outra a

bordo do cruzeiro, no qual to-

das as cabines têm varanda, os

passageiros participam de ativi-

dades a bordo. Há desde pales-

tras sobre história e biologia lo-

cais e aulas de culinária duran-

te o dia a espetáculos inspira-

dos em musicais da Broadway

e operetas à noite. A gastrono-

mia, com chancela Relais &

Châteaux, se estende não só aos

três restaurantes à la carte do

navio, mas também ao redor da

piscina e ao serviço de quarto

24 horas, até um jantar passo a

passo na cabine - tudo incluído

no valor do cruzeiro. �

Lojas e

restaurantes

perto do porto,

em Juneau

Animaispelo caminho

Fotos: Agência O Globo

Em Sitka ursos podem serEm Sitka ursos podem ser

observados na Fortress ofobservados na Fortress of

the Bears, um centro dethe Bears, um centro de

tratamento e reabilitaçãotratamento e reabilitação

de animais ameaçadosde animais ameaçados

Clima de interior em

casinhas de Madeira,

em Anchorage

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 27 - TURISMO

Page 28: Revista bem estar-20130818

Monte Roberts, um pico

que pode ser alcançado

de gôndola, é a principal

atração da cidade

Agência O Globo

Após Sitka, o cruzeiro ru-

mou em direção à Inside Pas-

sage para o desembarque em

Juneau no dia seguinte. Ju-

neau é a capital do Alasca e

imprime em seus suvenires o

título de "mais bela capital

norte-americana". Bastante

movimentada em plena tem-

porada de cruzeiros (é comum

ver quatro navios diferentes

estacionados ali simultanea-

mente), tem boa infraestrutu-

ra hoteleira em seus bed&

breakfasts e uma quantidade

impressionante de joalherias

e outros estabelecimentos co-

merciais em seu centrinho,

que beira o porto.

A terceira maior cidade

do estado fica no continente

americano, mas não pode ser

alcançada por terra - somente

por via marítima ou aérea. As

casas coloridas de madeira

são rodeadas de áreas muito

verdes aos pés de picos neva-

dos. A atração mais famosa é

o Monte Roberts, um pico

que pode ser alcançado de

gôndola e que proporciona

uma bela vista da cidade lá

do alto. A rua principal é a

South Franklin Street, que

reúne alguns dos edifícios e

casas mais antigos da cidade

(como o Alaskan Hotel, inau-

gurado em 1913, e o antigo

Red Dog Saloon, com o bar

ainda em funcionamento),

hoje convertidos em restau-

rantes, joalherias, lojinhas de

suvenires e até mesmo de pi-

poca "gourmet".

Juneau tem ótimos mu-

seus, como o Alaska State Mu-

seum, que conta a história da

colonização e do papel da cida-

de na corrida do ouro america-

na, e o próprio Capitólio do

Alasca, com visitas guiadas

gratuitas de maio a setembro.

O cemitério Evergreen e a Ca-

sa do Governador (de 1912)

também podem ser visitados.

Para quem tem tempo de

explorar os arredores, são co-

muns os passeios à geleira

Mendenhall, a partir do cam-

po de gelo de Juneau. Como

outras geleiras da região, a

Mendenhall está retroceden-

do cerca de 30 metros ao ano e

é possível ver grandes peda-

ços de gelo flutuando no lago

que a separa do mirante no

centro de visitantes.

Mas ver essas geleiras todas

d o a l t o é m e s m o u m

programão. Não à toa, um dos

principais atrativos de Juneau

são os sobrevoos de seu imenso

campo de gelo em diminutos

hidroaviões que decolam e pou-

sam em quantidade na região

do porto. Os passeios duram

cerca de 40 minutos e abran-

gem boa parte dos cerca de

3.900 km² do campo de gelo de

Juneau, incluindo geleiras de 3

mil anos de existência, como a

Taku, o maior da região.

Juneau, a mais belacapital norte-americana

Alasca

Campo de gelo

de Juneau visto

da janela de um

hidroavião

Os trilhos

serpenteiam

entre as

montanhas

nevadas

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 29: Revista bem estar-20130818

Skagway, a escala seguinte, é

uma cidade ainda menor que as

outras do roteiro: lá não existe

hospital e são tão poucos mora-

dores que, em meio a casas multi-

coloridas, há apenas uma farmá-

cia, uma igreja, um mercado e as-

sim por diante. Sua principal

atração é ser um das extremida-

des da histórica ferrovia White

Pass e parte da rota Yukon que

chega até a fronteira com o Cana-

dá. Para embarcar nos antigos

trens ainda em operação, é preci-

so levar o passaporte, já que o de-

sembarque acontece em Fraser,

no lado canadense.

O trajeto é dos mais belos do

Alasca,comasinuosaferrovia(tam-

bém chamada de "ferrovia do ou-

ro")serpenteandoporentremonta-

nhas, quedas d'água, vales muito

verdes e picos nevados. Construída

em 1898 durante a corrida do ouro

de Klondike, a vertiginosa ferrovia

foi financiada pelos britânicos e até

hojeéconsideradaummarcodaen-

genharia civil internacional, com

mais de dez mil homens no total

de operários que trabalharam por

sua construção em apenas 26 me-

ses, um recorde para a época.

No ponto final da viagem, em

Fraser, uma sequência de ônibus

e vans espera pelos passageiros pa-

ra dar prosseguimento ao roteiro

a bordo do navio, que ficou anco-

rado em Skagway.

Os pacotes para quem deseja

explorar a região costumam ofe-

recer ainda outras atividades an-

tes do retorno ao navio, como es-

portes de aventura, incluindo

passeios de caiaque e trekking

(no lado canadense). �

Casas coloridas

cercadas de áreas

verdes e picos

nevados em Juneau

Sitka tem um centro pequeno

com cobertura Wi-Fi grátis

Ferrovia do ouro

Fotos: Agëncia O Globo

Skagway é ponto

de partida para

passeio de trem

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 29 - TURISMO

Page 30: Revista bem estar-20130818

Cidade é internacionalmente reconhecida pela grande quantidade de totens que conserva

Agência O Globo

A última escala do cruzeiro

aconteceu na curiosa Ketchi-

kan, espremida entre o mar e as

montanhas, que alega ser a "ca-

pital mundial do salmão". O

peixe é realmente abundante

por ali - há quedas d'água onde

é possível vê-los praticamente

saltando - e a pesca movimenta

a cidade o ano todo. O porto

em pleno centro e muito bem

organizado é uma mão na roda

para o visitante explorar a cida-

de por conta própria. Tudo es-

tá perto e há ainda um serviço

gratuito de ônibus que circula

o dia inteiro entre o porto e as

principais atrações turísticas.

Ketchikan foi a primeira ci-

dade do Alasca e hoje é interna-

cionalmente reconhecida pela

quantidade expressiva de to-

tens que conserva. Alguns de-

les estão expostos ao ar livre, es-

palhados pela cidade, e outros

estão reunidos no Totem Heri-

tage Center, museu que tam-

bém conta um pouco da histó-

ria e dos mecanismos de produ-

ção desses símbolos. Mais afas-

tados, fora dos limites do cen-

tro da cidade, o Totem Bight

State Historical Park e o Sax-

man Totem Pole Park também

são boas opções de passeio para

fãs dessas imensas, históricas e

coloridas figuras esculpidas ar-

tesanalmente em madeira.

Os menos de 13 mil habitan-

tes chegam a ver sua população

quase dobrar no auge da tempo-

rada de cruzeiros. Além das lo-

jas e joalherias espalhadas pelo

centro, o turismo por ali tam-

bém gira em torno da prosaica

Creek Street, uma espécie de

Red Light District local duran-

te a corrida do ouro. Construí-

da sobre palafitas, com passare-

las de madeira ligando suas ca-

sas de madeira, essa curiosa par-

te de Ketchikan hoje reúne loji-

nhas de suvenires e galerias de

arte nas encostas da montanha

- e o museu Dolly's House, ins-

talado na antiga casa da prosti-

tuta mais famosa dali. Toman-

do um rápido funicular, chega-

se a um restaurante com vista

panorâmica da cidade.

Ainda no centro de Ketchi-

kan, o Tongass Historical Mu-

seum reúne artefatos nativos e re-

líquias dos primeiros explorado-

res da região, e também vale a visi-

ta. Nos arredores, os passeios em

caiaque são bastante comuns, as-

sim como passeios de barco ou

hidroavião aos Misty Fiords, con-

siderados monumento nacional.

Centro de Vancouver

Com dias muito longos,

com quase 20 horas de luz, o

cruzeiro pelo Alasca só termi-

nou dois dias depois e já em ou-

tro país, quando entramos na

baía da cidade canadense de

Vancouver.

Apesar de já estar fora da de-

marcação geográfica do Alasca,

e já fora dos Estados Unidos, in-

clusive, o porto de Vancouver

costuma ser o local de chegada

ou de partida da maioria dos

cruzeiros pela região. O porto

fica bem no centro da cidade e

dali não se gastam mais que 40

minutos para explorar a área a

norte, leste ou oeste. A grande

maioria dos hotéis, de B&B's e

hotéis butique a redes luxuosas

como Four Seasons e Fair-

mont, também ficam todos por

ali, facilitando o embarque e o

desembarque dos cruzeiristas.

Gostosa de caminhar, Van-

couver é fácil de ser explorada

antes ou depois do cruzeiro - e

vale a esticada. Guarda tesou-

ros históricos (como o primei-

ro relógio a vapor, exibido em

plena rua), excelentes museus

(desde a Art Gallery ao Museu

de Antropologia), diversas op-

ções de compras (dos malls do

centro às butiques luxuosas da

Yaletown), boa gastronomia e

uma onda "verde" adorável (do

gigante Stanley Park à ciclovia

que percorre toda a cidade). To-

mar um barquinho para desco-

brir os novos encantos (gastro-

nômicos, culturais e de consu-

mo) da pitoresca Granville Is-

land também é programão para

quem tem mais tempo na cida-

de. Mas essa já é outra história.

AA curiosacuriosaA curiosaKetchikanKetchikanKetchikan

Alasca

Hidroaviões partemHidroaviões partem

de Ketchkan rumode Ketchkan rumo

aos Mystic Fiordsaos Mystic Fiords

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 31: Revista bem estar-20130818

Como chegar

Do Rio a Anchorage, asempresas Delta e Americantêm tarifas a partir deR$ 3.342. Preçospesquisados para agosto

Cruzeiros

A temporada de cruzeirosacontece de maio a setembro.Os roteiros, em geral, ligamSeward, no Alasca, às cidadesde Seattle, nos EUA, ouVancouver, no Canadá, emprogramas de 7 a 12 noites. Asempresas Holland America,Royal Caribbean, Silversea eUn-Cruise Adventures temroteiros a partir deR$ 819 por pessoa

Passeios

Os passeios sãocobrados à parte na maioriados cruzeiros, mesmo noschamados all inclusive. Sãooferecidos a bordo, mastambém é possível comprar aodesembarcar nos escritórios

de informação turística de cadacidade, em geral, num pontopróximo do porto. Os roteiroscustam em média entreUS$ 80 e US$ 250 porpessoa, conforme o tipo depasseio. Os roteiros do tipo citytour nas cidades podem serfeitos por cerca de US$ 50. Ehá programas especiais comoum passeio de hidroavião paraquatro passageiros, comalmoço ao ar livre numapropriedade privada, em frenteao campo de gelo, por US$ 2mil por pessoa

Hidroavião: Voos custamentre US$ 200 e US$ 250. Osobrevoo do campo de geloem Juneau, US$ 209.wingsairways.com

Trem: O bilhete na linhaférrea WhitePass&YukonRoute custa US$ 82.wpyr.com

Barco: O passeio decatamarã para observação deanimais marinhos em Sitkacusta US$ 139.

allenmarinetours.com �

Programe-se

Totens

são a marca

registrada

de Ketchikan

Fotos: Agência O Globo

Casas são

construídas sobre

palafitas e ligadas

por passarelas

de madeira

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 / 31 - TURISMO

Page 32: Revista bem estar-20130818

Paulo Coelho

Sobre o Talmude o Midrash

Escritor

Histórias, provérbios e reflexões do povo judeu

O escritor Arnaldo Niskier reuniu num interessante livro, “A

Sabedoria Judaica” (Ed. Vozes), algumas histórias, provérbios e

reflexões do povo judeu, tiradas do Talmud (uma coleção de 18

volumes, contendo mil anos de discussão entre rabinos e discípu-

los) e do Midrash (interpretação das Escrituras, com ênfase na éti-

ca e na tradição). Aqui vão alguns trechos:

A respostaCerta vez um homem interrogou o rabino Joshua Ben Kare-

chah:

- Por que Deus escolheu um espinhal para falar com Moisés?

O rabino respondeu:

- Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, você

teria feito a mesma pergunta. Mas não posso deixá-lo sem uma

resposta: por isso digo que Deus escolheu um mísero e pequeno

espinhal para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele

não esteja presente.

Coisas deste mundo

Uma vez, Rab Huna repreendeu seu filho, Rabbah:

- Por que não vais à conferência de Rav Chisda? Dizem que

ele fala muito bem.

- Por que devo ir? – contestou o filho. – Todas as vezes que o

fiz, Rav Chisda falou apenas das coisas deste mundo: das funções

do corpo, dos órgãos, da digestão, e de outras coisas ligadas sim-

plesmente ao físico.

E o pai disse:

- Rav Chisda fala das coisas criadas por Deus e você diz que

ele fala de coisas deste mundo? Vai e escuta-o!

A janela e o espelhoUm jovem pediu ao rabino um conselho para orientar a sua vi-

da. Este o conduziu até a janela:

- O que vês através dos vidros?

- Vejo homens passando, e um cego pedindo esmolas na rua.

O rabino mostrou-lhe um grande espelho:

- E agora, o que vês?

- Vejo a mim mesmo.

- E já não vês os outros! Repara que a janela e o espelho são

ambos feitos de vidro. Mas no espelho – como há uma fina cama-

da de prata – nele enxergas apenas a ti mesmo. Deves comparar-te

a estas duas espécies de vidro. Pobre, prestas atenção aos outros e

tens compaixão por eles. Coberto de prata – rico – só consegues

admirar teu próprio reflexo.

Definiçõessobre asabedoria judaica

Dentes: se não podes morder, é melhor não mostrar os dentes.

Aprender: aprendi muito com meu mestre, mais com os meus

companheiros, e mais ainda com os meus alunos.

Águia: uma águia não caça moscas.

Bênção: as bênçãos são bênçãos para quem abençoa, e as mal-

dições são maldições para quem amaldiçoa.

Conteúdo: não olhes a jarra, mas o que ela contém. Há jarras

novas que contêm vinho velho e delicioso, e há jarras velhas que

nem sequer contém vinho novo.

Elogio: quando você vive bastante, é acusado de coisas que

nunca fez, e elogiado por virtudes que nunca teve.

Geração: bem aventurada a geração em que o grande aprende

com o pequeno.

Honra: não é o lugar que honra o homem, mas o homem que

honra o lugar.

Calúnia: a língua que calunia mata três pessoas ao mesmo tempo:

a que profere a calúnia, a que escuta, e a pessoa sobre a qual se fala. �

32 / São José do Rio Preto, 18 de agosto de 2013 DIÁRIO DA REGIÃO