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Revista Carga de Notícias nº 2

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Nesta edição, a Revista Carga de Notícias aborda o tema sobre sucessão familiar e os jovens líderes que começam a tomar as rédeas do setor. Também nesta edição, uma entrevista com o deputado distrital mais votado, Júlio César (PRB);uma matéria sobre a obrigatoriedade do jovem aprendiz e muito mais. Boa leitura!

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Page 2: Revista Carga de Notícias nº 2

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SINDIATACADISTA

Page 3: Revista Carga de Notícias nº 2

EXPEDIENTE

Estamos em época de despedidas. O ano de 2014 foi difícil! Na economia, a estabilidade deu-se na queda. O maior medo era de que chegássemos a uma estrada sem saída. Mas 2015 traz renova-ção: o cenário político é novo, ainda que alguns tenham alcançado a permanência. O que se espera dos próximos quatro anos é uma economia menos inflacionada e mais fértil para os empreendedo-res que fazem nosso País girar.

O setor atacadista distribuidor do Distrito Federal demonstra que não se deixou levar pelas más notícias constantes. Cresceu, au-mentou a arrecadação de ICMS do governo e contribuiu com sua parte por um DF melhor. Por outro lado, o setor também auxiliou abrindo espaço para os novos líderes que nascem de sucessões familiares ou de oportunidades dadas aos novos talentos. Obser-vando esse movimento no mercado, a matéria de capa aborda a sucessão familiar e os jovens empreendedores que investem no setor atacadista.

Também trazemos, nesta edição, a expectativa do atacado em rela-ção às vendas de fim de ano e a opinião do presidente interino do Sin-diatacadista/DF, Roberto Gomide, sobre as acirradas Eleições de 2014.

O que esperamos é que você, prezado leitor, continue nos rece-bendo em sua empresa, nos permitindo ser esse canal de atualiza-ção e conhecimento e, junto conosco, acredite num 2015 melhor.

Boa leitura.

MAIS INTERATIVIDADE

Laniér RosaEditora

SINDIATACADISTA/DFEnd.: C – 01 LOTES 1/12 SALAS 314/316 ED.TAGUATINGATRADE CENTER - TAGUATINGA/DF - CEP: 71010-010TEL.: (61) 3561-6064

Fale com a redação:(61) 3561-6064 / [email protected]

Presidente interino Roberto Gomide Castanheira

2º vice-presidente Lysipo Torminn Gomide

3º vice-presidente João Orivaldo Oliveira

Diretor financeiro Cláudio Da Nova Bonato

Diretor comercial Clair Ernesto Dal Berto

Diretor social Ricardo Durante Itacarambi

Diretor tributário Álvaro Silveira Júnior

Diretor secretário Rogério Aragão Albuquerque

Diretor de relações do trabalho Júlio César Itacaramby

Executivo Anderson Nunes

Diretores suplentes Saulo Davi De Melo Josafá De Morais Oliveira Marcelo Antônio Maniero Ricardo Antônio Mamede Marlon Amaral De Oliveira Teodomar Rodrigues Andrade

Jornalista responsável Laniér Rosa

Estagiário Thiago Silva

Projeto gráfico e diagramação Estudioab Comunicação

Revisão Luísa Dantas

Impressão Mais Soluções Gráfica

Tiragem 2.500 exemplares

Periodicidade Bimestral

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EDITORIAL

B E M - V I N D O

Page 4: Revista Carga de Notícias nº 2

14A NOVA GERAÇÃO DO ATACADO NO DF

Jovens empresários dão segmento às empresas dos pais e comprovam a

necessidade de um plano de sucessão para os que investem em sucessores.

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SINDIATACADISTA EM AÇÃO

Encontros com candidatos e mudanças nas normas

trabalhistas.

PALAVRA DO PRESIDENTE

Roberto Gomide fala sobre o motivo da eleição ser válida do ponto de vista da democracia.

PERCALÇOS DO SETOR

Atacadistas esperam 3% de aumento nas vendas

natalinas e na virada do ano.

VENDAS DE FIM DE ANO

Atacadistas esperam 3% de aumento nas vendas

natalinas e na virada do ano.

EMPRESA EM FOCO

Comercial Alvorada amplia negócios e muda para Centro

de Distribuição no Polo JK.

ENTREVISTA Deputado distrital mais votado da

Capital Federal, Julio César (PRB) espera uma Brasília de diálogos.

MERCADOParceria no Jovem Aprendiz entre

Sindiatacadista/DF e Casa de Ismael pode auxiliar empresas atacadistas a cumprirem a lei.

CARGA CULTURAL

Fique por dentro das indicações literárias do Sindiatacadista/DF

para alavancar os seus negócios!

SUMÁRIO

Cré

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SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 5

Page 5: Revista Carga de Notícias nº 2

STF proíbe cobrança de ICMS no estado de destino em comércio virtual

Governo sinaliza unificação do PIS e da COFINS

Desoneração de Folha

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu proibir a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado onde são recebidos produtos comprados pela internet ou por telefone, o chamado e-commerce. No entando, a regra (Protocolo ICMS 21, de 1º de abril de 2011), do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), editada em 2011 e assi-nada neste ano por 17 estados e o Distrito Federal, autoriza o estado de destino da mercadoria comprada de maneira não pre-sencial a também receber o ICMS. Ou seja, o tributo, que já era cobrado no Estado de origem, passou a ser cobrado, também, no destino. Ao julgar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), os ministros do Supremo entenderam que a norma viola a Constituição, pois não poderia alterar o modo de cobrança do imposto. A distribuição de competências tributárias foi fixada pelo constituinte em 1988, quando sequer era possível imaginar a eficácia do mercado eletrônico. Com o aumento das com-pras pela internet a regra elaborada na Constituição foi distorcida. Agora, passará por uma revisão, mas obviamente esta análise deverá ser feita por meio do regular processo legislativo de emenda à constituição e não por meio da sua flagrante afronta.

A proposta de unificação de dois tributos - Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Segu-ridade Social (COFINS) - poderá sair até o fim deste ano, segundo o Ministério da Fazenda. De acordo com o órgão, o processo de unificação no PIS e na COFINS já está sendo elaborado há algum tempo e os tributos poderão vir a ser reformados. Porém, a proposta não tem prazo para ficar pronta. O que garante a pasta é que essa reformulação saíra ainda esse ano. De acordo com o ministério, a unificação do PIS e da COFINS custaria R$ 15 bilhões, por conta do estoque de crédito tributário que as empresas de serviço e de ele-tricidade terão direito a receber. No entanto, o ressarcimento pode ser feito em etapas nos próximos dois anos, diluindo o custo para o governo. Outro tributo que poderá sofrer alterações é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), também antes do fim do ano. A resolução que reduz gradualmente a alíquota do ICMS interestadual e cria fundos regionais de desenvolvimento, para acabar com a guerra fiscal entre os estados, está parada no Senado Federal desde o início do ano.

O Senado Federal aprovou a Medida Provisória 651, que trata da desoneração da folha de salários de vários setores. Alguns dos setores beneficiados são: automotivo, construção civil, transportadora e têxtil. A contribuição previdenciária equivalente a 20% sobre a folha de pagamento será substituída por uma contribuição de 2% ou 1%, a depender do setor econômico, e sobre o valor da receita bruta da empresa. A MP também dispõe que empresas com dívida com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço de valor igual ou inferior a R$ 1 mil, não serão inscritas no cadastro da dívida ativa da Receita Federal; e dívidas de valor igual ou inferior a R$20 mil não serão ajuizadas. Para virar lei, ainda é necessária a aprovação da presidente Dilma Rousseff. A MP foi publicada no dia 29 de outubro.

O Natal é a principal data comemorativa do varejo com previsão de movimentação financeira de R$ 32,5 bilhões em 2014 – 3% a mais que no Natal do ano passado em ter-mos reais, segundo estimativas da própria Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Em 2013, as vendas natalinas cresceram 5,1%. Os maiores aumentos de vendas de-verão ocorrer nos segmentos de farmácias e perfumarias (+6,9%) e artigos de usos pes-soal e doméstico, como eletrônicos, brin-quedos e material esportivo (+7,5%).

Natal no comércio

NOTAS

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 5

Page 6: Revista Carga de Notícias nº 2

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) editou a Norma nº 16 (NR16) re-gulamentando a mudança introduzida pela Lei nº 12.996/2014 na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que reco-nheceu como perigosas as atividades do trabalhador em motocicleta. A mudança possibilita implementar o adicional de periculosidade para motoboys. A publi-cação no Diário Oficial da União aconte-ceu no dia 14 de outubro de 2014.

O Sindiatacadista/DF divulgou o parecer elaborado pela assessora traba-lhista do Sindicato, Clarisse Dinelly, so-bre a regulamentação da lei. De acordo com o documento emitido pela entida-de, todas as empresas atacadistas que

Sindiatacadista/DF recebe candidatos ao GDF

Adicional para motoboys já está vigente

Mais de 80 empresários prestigiaram os encontros com os candidatos a go-vernador do DF, promovido pelo Sindi-cato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista/DF). Na ocasião, a entidade reuniu empresários e repre-sentantes dos dois candidatos ao gover-no: Rodrigo Rollemberg, do PSB e Jofran Frejat, do PR.

O “Café com Candidato” foi progra-mada pelo Sindiatacadista/DF para que os candidatos recebessem das mãos dos empresários a publicação “Setor Atacadis-ta e Distribuidor: Um Parceiro na Luta pelo Desenvolvimento do Distrito Federal”, onde é apresentada uma pesquisa feita com os atacadistas e distribuidores do DF

sobre as expectativas e temas de relevân-cia que devem receber atenção por parte do governador eleito.

Os encontros aconteceram nos dias 17 e 18 de outubro, na sede da entidade em Taguatinga (DF).

Quer saber mais? Acesse:

Fique por dentro das principais ações do

Sindiatacadista/DF por meio do nosso site.

Cré

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contam em seu quadro funcional com motociclista de transporte de cargas in-cluídos na nova lei deverão se adequar às novas regras.

SINDIATACADISTA EM AÇÃO

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Page 7: Revista Carga de Notícias nº 2

Viva a democracia!

Encerrada a eleição de 2014, o País teve a democracia como a grande vencedora. Num pleito apertadíssimo, Dilma Rousseff e Aécio Neves tiveram a oportunidade de levar

aos eleitores suas propostas, permitindo a adequada tomada de decisão. Em que pese a pequena diferença de votos, todo o pro-cesso transcorreu sem fatos negativos relevantes, homologando o alto grau de maturidade da democracia do Brasil.

A reeleição de Dilma confirma que a maioria da população brasileira aprova as políticas inclusivas que vêm sendo adotadas e referendam o trabalho que está sendo realizado. Não cabe aos perdedores qualquer outra interpretação. A democracia não é a unanimidade, é a vontade da maioria, não importando o percen-tual que a definiu.

Entretanto, uma margem tão apertada indica claramente que o governo eleito terá que ter competência política para formatar sua base de apoio, sem a qual não se governa e, por outro lado, terá que realizar um mandato muito mais competente do ponto de vista técnico, cumprindo com os compromissos assumidos e promovendo os ajustes e reformas que urgem.

No âmbito distrital, tivemos a eleição do governador Rodri-go Rollemberg, que superou democraticamente o atual gover-no, bem como alianças tradicionais representadas pela candi-datura de Jofran Frejat. Este fato indica que o Distrito Federal optou por uma proposta diferente e tem expectativa de novas realizações.

A missão do governador será também especialmen-te complexa na construção de uma base parlamentar de sustentação e, mais difícil ainda, será a articulação com o “Quarto Poder”, pois ele descobrirá em poucos dias que grande parte das suas intenções executivas não se realiza no Distrito Federal sem a intervenção ou participação do Ministério Público.

O Sindiatacadista/DF reitera as reivindica-ções de providências para implantação do “Polo Atacadista” e da criação de norma fis-cal adequada e compatível com as demais unidades da federação para viabilizar as operações interestaduais das empresas aqui sediadas.

Aos políticos eleitos em todas as es-feras, rogo que cumpram com determi-

nação, honestidade e competência o mandato popular que lhes foi atribuído e que tenham sabedoria para compreender que esta oportunidade única é, acima de tudo, uma designação divi-na e que deve ser exercida segundo os seus ensinamentos e em prol da coletividade.

Roberto Gomide Presidente interino do Sindiatacadista/DF

PALAVRA DO PRESIDENTE

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 7

Page 8: Revista Carga de Notícias nº 2

A preparação para as festas de fim de ano já começou. Isso porque o atacado do Distrito Federal começa a abastecer o varejo para as festividades na segunda quinzena de outu-

bro, ganhando força entre 20 de novembro e 20 de dezembro. Na época, aumenta-se a procura por produtos tradicionais de festas natalinas como panetone, azeitona, bacalhau, frutas secas e vi-nhos, havendo também uma grande procura por doces e cho-colates. As aves estão no topo da caça dos consumidores, além de produtos para churrasco e bebidas em geral, com destaque especial para os vinhos.

O presidente interino do Sindiatacadista/DF, Roberto Go-mide, ressalta a expectativa de crescimento do setor ataca-dista. “O último trimestre do ano sempre gera ânimo para os atacadistas e distribuidores, principalmente os específicos que trabalham com alimentos. Podemos chegar até 3% de aumento e estamos dentro da média geral que a ABAD estipulou para o setor. Isso mostra que mesmo diante de todos os desafios encarados pelo setor, o atacado do Distrito Federal continua com força,” afirma Gomide.

O ano contou com dois grandes eventos: a Copa do Mundo e as eleições. Ambos contribuíram para a alta da inflação e a queda nas vendas do comércio em geral. Em meio a essa aptidão no mercado, as tradições natalinas e de fim de ano animam os em-presários do setor, ainda que a expectativa seja de menos da metade dos anos anteriores. Os empre-sários afirmam que as distribuições de mercado-rias para os clientes já estão sendo feitas.

Apesar do pequeno aumento em relação ao ano passado, empresários do setor estão otimistas com a natural melhora do comércio no período

Atacadistas acreditam em crescimento de apenas 3% nas vendas de fim de ano

PERCALÇOS DO SETOR

8 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 9

Page 9: Revista Carga de Notícias nº 2

Outro fator que anima os atacadistas é a exigência no paladar do brasileiro. A busca por alimentos e bebidas conside-radas de melhor marca tem aumentado. Quem afirma é o proprietário da STO Atacadista, Sulivam Covre. “O perfil do consumidor está melhor. Apesar da alta de preços, o brasileiro está procurando produtos de melhor qualidade, mesmo com um preço diferenciado, e isso está colaborando também para o aumento de vendas nesse fim de ano”, comentou.

Galgando o aumento nas vendasAlgumas empresas têm buscado for-

mas de incentivar o aumento nas vendas, já que a expectativa é baixa. Uma delas é a motivação dos colaboradores por meio de ações específicas. O gerente de vendas da Garra Distribuição, Ildevan José Ferreira (Vaninho), ressalta a criação de campanhas para estimular os colaboradores. “Desafiei nossos supervisores a alcançarem uma meta maior que a do ano passado. Cria-mos também campanhas para chegar a esses números, e está dando certo, temos entusiasmado mais as vendas”, explicou.

O presidente da Federação do Co-mércio, de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF), Adelmir Santana, ressalta que as vendas estagnaram-se em todos os setores do comércio. “A expectativa que tínhamos para todo o ano de 2014 era muito maior do que estamos vendo hoje. A Copa do Mundo, realizada no Brasil, movimentou apenas setores específicos como hote-laria, bares e lanchonetes. As eleições também influenciaram nessa queda, a instabilidade da economia deixou o consumidor atento e com receio de ir às compras. Se o varejo não vende, o ataca-do também não”, ressaltou.

Outro ponto destacado pelo presiden-te da Fecomércio/DF é que em meio à instabilidade econômica o setor pode es-perar um pequeno aumento nas vendas. “Os empresários estão otimistas mesmo

sabendo que os desafios são grandes. O último trimestre do ano sempre é um pe-ríodo em que as vendas aumentam. Pode-mos esperar um aumento de 3% ou mais para esse fim de ano”, salientou Santana.

Um desfecho complexo para um ano difícilO presidente da Associação Brasileira

de Atacadistas e Distribuidores de Produ-tos Industrializados (ABAD), José do Egito Frota Lopes Filho, faz uma análise da ex-pectativa de crescimento para 2014. “Ini-ciamos este ano com a previsão de cres-cimento de 3,5%. Em agosto, baixamos para 2,5%. Agora, a expectativa do setor é de algo em torno de 1,5% a 2%”, afirmou.

José do Egito explica a situação da redução dos números da entidade. “As seguidas revisões para baixo refletem o cenário econômico que se mostra bas-tante desfavorável e vem enfraquecendo o consumo. Contudo, mantemos a ex-pectativa de alguma recuperação devido às vendas do último trimestre e traba-lhamos para atingir melhores resultados por meio de ganhos de produtividade e eficiência”, alegou.

Ele ressalta que os atacadistas e dis-tribuidores, historicamente, tem mantido resultados positivos mesmo em épocas de crise. De acordo com o Ranking ABAD/Nielsen, o setor vem crescendo de forma ininterrupta desde 2000, mantendo uma fatia de 52% da distribuição dos itens de mercearia nos últimos nove anos. Os nú-meros mostram o dinamismo do setor, que tem uma importante capacidade de se superar em momentos difíceis.

Preços mais altos De acordo com o superintendente da

Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), Marcelo Marinho, alguns produ-tos sofrerão aumento de preço em rela-ção ao ano passado e a tendência é que os produtos sazonais, ou seja, os produtos mais comprados no Natal (peru, bacalhau, nozes, ameixa, pêssego, entre outros) te-nham seus preços elevados.

Marinho explica que dificilmente o consumidor irá escapar da alta de preços. “Se a indústria aumentar os preços, como geralmente acontece, não há como não repassar o aumento para o consumidor final”, alertou.

O atacado começa a distribuição de produtos na segunda quinzena de outubro, mas a alta nas vendas é entre 20 de novembro e 20 de dezembro.

Aves

Vinhos

Bacalhau Frutas secas

Cervejas

Uvas passas

Doces

PRODUTOS

MAIS VENDIDOS

PERCALÇOS DO SETOR

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 9

Page 10: Revista Carga de Notícias nº 2

Parte II

A saga do e-Social: Não dá para esperar!

CALENDÁRIO – 01 a 31/11/2014.

O processo de admissão de em-pregado comumente utilizado pelas empresas é o de divulgar

a contratação (requisitos mínimos e benefícios) em jornais e sites especiali-zados, ou ainda a “velha indicação”. Ao superar esse passo inicial, vem a apre-sentação de documentos e a realiza-ção do exame médico admissional (às vezes deixado para outro momento), que permitirá a conclusão do processo com a assinatura do contrato de tra-balho ou de experiência. É importante lembrar que somente após a assinatura do contrato o empregado pode iniciar suas atividades laborais. E por que es-tamos chamando a atenção para este

O QUÊ e QUANDO pagar?

O QUÊ e QUANDO entregar?

passo? O e-Social, programa que será gerido no ambiente via web, traz uma sigla que não deve ser esquecida: RET (Registro de Eventos Trabalhistas). Para compreender melhor a situação, o iní-cio da atividade laboral somente pode-rá ocorrer após a conclusão do cadastro de admissão do empregado no e-Social, já com toda a documentação e exames. Dessa maneira, o jeitinho “começa hoje e sai mais cedo para fazer o exame e me traz os documentos amanhã. Toma aqui o dinheiro do transporte e da alimenta-ção de hoje. Vamos, vamos, vamos!!” /// “Sim senhor. Pode contar comigo”, não vai poder continuar. Fiquem atentos, não dá para esperar!

06/11 Data limite para pagamento dos Salários referente à 10/2014.

07/11Data limite para pagamento do FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente à 10/2014.

14/11 COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 16 a 31/10/2014.

17/11 Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais, facultativos e domésticos) referente à 10/2014.

20/11

Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente à 10/2014.

Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente à 10/2014.

SIMPLES NACIONAL referente à 10/2014.

ISS e ICMS referente à 10/2014 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).

25/11 PIS e COFINS referente à 10/2014.07/11 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 10/2014.

14/11Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 09/2014.

21/11 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente à 09/2014.

28/11 Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 10/2014.

Várias Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 10/2014: observar Portaria/SEFP nº 398 (09/10/2009).

28/11

Contribuição Sindical Laboral Mensal referente à 10/2014.

1ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2014 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado.

Recolhimento do Carnê Leão referente à 10/2014.

IRPJ e CSLL referente à 10/2014, por estimativa.

COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, de 01 a 15/10/2014.

Recolhimento da parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado).

Assessor contábil do Sindiatacadista/DF

Adriano Marrocos

ARTIGO CONTÁBIL

10 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 11

Page 11: Revista Carga de Notícias nº 2

Muitas dúvidas podem vir a sur-gir nesta época para patrões e empregados no que tange o

trabalho nos feriados de final de ano. Para elucidar essas questões, seguem algumas considerações sobre o tema.

Inicialmente, vale esclarecer que não há regra específica na legislação trabalhis-ta quanto aos feriados das festas natalinas. A lei só trata dos casos de forma geral. Nesse caso, os feriados das festas de final de ano se limitam aos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. Nas vésperas de tais datas, 24 de de-zembro e 31 de dezembro, não são feriados.

Portanto, nesses dias, as empresas não são obrigadas a liberar seus empregados, nem mesmo a adotar uma jornada redu-zida, salvo disposição convencional em contrário. Se, por ventura, tais medidas fo-rem adotadas, é por mera liberalidade do empregador e não por determinação legal.

Em se tratando das empresas ataca-distas do Distrito Federal, não há qualquer regra específica para as datas festivas de final de ano. Portanto, se aplica a regra ge-ral acima descrita.

Outra dúvida frequente para patrões e empregados é quando as empresas pre-cisam funcionar nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. Nesse caso, o pagamen-to aos funcionários deve ser feito como quando eles trabalham em feriados, ou seja, com adicional de 100% quando não compensado durante a semana.

Além disso, no caso específico das empresas atacadistas do Distrito Federal,

a Convenção Coletiva de Trabalho prevê, em sua Cláusula Vigésima Oitava, algu-mas regras específicas para trabalho em feriado. Sendo assim, para que as empre-sas possam funcionar nestas datas, de-vem seguir as regras ali descritas.

Nesse caso, o trabalho em feriados, se necessário, só poderá ser realizado me-diante acordo com o Sindecat/DF e o Sin-diatacadista/DF.

Quanto à jornada de trabalho, esta não poderá ultrapassar as seis horas corri-das, sendo que cada hora trabalhada nes-se dia corresponderá a 1 hora e 20 minu-tos, de modo que a jornada de seis horas corresponda a oito.

Além disso, o funcionário que for tra-balhar nesses feriados deverá usufruir do repouso semanal remunerado no curso da semana que anteceder o trabalho neste dia.

No que tange ao pagamento, te-mos duas situações distintas: a primeira, quando o funcionário usufruir o repouso semanal remunerado durante a semana e, a segunda, quando a jornada nesses feriados for extraordinária, isto é, quando não houver o gozo do repouso no curso da semana.

Na primeira hipótese, o pagamento do salário ou comissão do dia será remu-nerado com 50% de acréscimo. Na segun-da situação, o pagamento de tais verbas será acrescido não mais em 50%, mas sim em 150%, além do valor correspondente ao repouso semanal remunerado inci-dente sobre tal verba.

Festas Natalinas: o que diz a CLT

e a CCT

Assessora trabalhista do Sindiatacadista/DF e especialista em direito trabalhista.

Clarisse Dinelly

Vale lembrar que em ambos os casos, além dos adicionais citados acima, a jor-nada de trabalho será de seis horas cor-ridas, mas será computada como oito, o que já acarreta um acréscimo de 33% no valor da hora trabalhada pelo funcionário.

Sendo assim, o valor da hora nesses feriados será acrescido em 83% na primei-ra situação e 183% na segunda.

Por fim, restou acordado para a cate-goria que o fornecimento do vale trans-porte de tais dias será gratuito e a empre-sa também deverá fornecer almoço ou vale alimentação.

São essas as condições específicas para o trabalho nas festas natalinas. Como se vê, o ônus para o funcionamento das empresas nesses feriados é extremamente alto. Portanto, tal medida só deve ser ado-tada em última hipótese e, nesses casos, todas as precauções devem ser tomadas pelos patrões, de acordo com o disposto na convenção coletiva da categoria.

ARTIGO TRABALHISTA

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 11

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A Comercial Alvorada já começou o processo de mudan-ça para o novo Centro de Distribuição, localizado no Polo JK, na cidade de Santa Maria (DF). De acordo com

o diretor de compras, Everton Braga, a transição para o espaço que conta com 10 mil metros² irá facilitar ainda mais a eficá-cia da empresa. “A maior parte dos nossos funcionários mora em Santa Maria. Dessa forma, ficará ainda mais fácil para eles chegarem até a empresa. E, para nós, um Centro de Distribui-ção maior significa crescimento de quase o dobro nas vendas anuais”, comenta. A mudança está prevista para ser concluída no próximo ano.

A empresa estima crescer cerca de 10% em 2014 em relação ao ano passado. Segundo Everton Braga, esse aumento poderia ser ainda maior, mas a empresa cresceu muito e de forma rápida, o que exigiu da administração um espaço maior para o Centro de Distribuição.

Atualmente, a empresa ainda está localizada na cidade do Núcleo Bandeirante (DF). Fundada em 1983, por José Braga, a Comercial Alvorada comercializava chocolates, doces e balinhas. Alguns anos depois, Braga viu a oportunidade de fazer os negó-cios crescerem trabalhando com materiais de limpeza, sem dei-xar a distribuição de doces – principal segmento na época. No ano de 1986, a Comercial Alvorada decidiu trabalhar com o foco apenas em produtos para limpeza e descartáveis.

A empresa é dirigida por José Braga com a ajuda dos filhos Everton Braga, diretor de compras, e Guilherme Braga, diretor administrativo. Everton revela que a empresa teve muita dificul-

dade na mudança para os produtos de limpeza, mas que a alta rotatividade e aumento dos negócios não impediram o cresci-mento da Comercial Alvorada.

Localizada na mesma região de fundação, a empresa conta com 120 colaboradores e tem como objetivo manter a alta quali-dade dos produtos, a pontualidade na entrega, bem como man-ter a confiança e o bom relacionamento com os clientes. Além dos clientes do varejo, a empresa atende órgãos públicos por meio de licitações e compradores de outros estados com maior distribuição em Goiás, colocando-os como uma das maiores em-presas de distribuição de materiais de limpeza e descartáveis do Centro-Oeste.

Everton ressalta que o sucesso da empresa, em 27 anos de atuação, vem do compromisso dos diretores e funcionários. “A dedicação e pensamento de mudança são os maiores pilares desse sucesso. Buscamos a cada dia mudar e melhorar nossas condições de trabalho tanto para os funcionários quanto para nossos clientes”, afirma.

A Comercial Alvorada criou, também, um planejamento de apreciação de funcionários. Os colaboradores contam com um plano de carreira dentro da empresa, além de cursos de capacita-ção, o que tem estimulado ainda mais o trabalhador. “Buscamos meios de valorizar os colaboradores que realmente vestem a camisa da empresa. Assim, traçamos o perfil dos nossos funcio-nários, além das promoções que são oferecidas. Isso tem desen-volvido nosso quadro funcional e aumentado a produtividade”, afirma Braga.

Comercial Alvorada amplia negócios com nova estrutura

Comercial Alvorada amplia negócios com nova estrutura

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Uma das mais tradicionais empresas do segmento de materiais de limpeza, atacadista está de mudança

para o Centro de Distribuição com expectativa de crescimento e planos de formação para funcionários

EMPRESA EM FOCO

12 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV

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Crescimento no fim de anoA Comercial Alvorada está se pre-

parando para aumentar as vendas nes-te fim de ano. De acordo com o diretor Everton Braga, a empresa está visitando os clientes e procurando atender os an-seios de cada comprador: “Estamos co-nhecendo a projeção de cada cliente, procurando entender as necessidades e quais itens que mais precisam, oferecen-do uma proposta diferente. Isso está se tornando um diferencial”.

Desafios para 2015A luta contra os altos impostos é uma

das principais bandeiras do setor ataca-dista do DF e, para a Comercial Alvorada, não é diferente. A expectativa da empresa para o próximo Governo do Distrito Fede-ral é o incentivo fiscal para o setor.

Everton explica que a guerra fiscal e a alta carga tributária mantida pelo go-verno atrapalharam as vendas de todo o comércio, mas se mostra confiante com a transição de governo. “Sofremos muito

com os impostos e o ICMS diferenciado dos outros estados. Por isso, a expectativa é de mudança para o próximo ano. O Sin-diatacadista/DF promoveu reuniões com os dois candidatos e eles se mostraram abertos para dialogar com o setor, por isso esperamos melhorias”, afirma Braga.

“Sofremos muito com o os impostos e o ICMS diferenciado dos outros estados. Por isso, a expectativa é de mudança para o próximo ano. O Sindiatacadista/DF promoveu reuniões com os dois candidatos e eles se mostraram abertos para dialogar com o setor, por isso esperamos melhorias”Everton Braga, diretor da Comercial Alvorada.

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EMPRESA EM FOCO

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Os irmãos Fernando e Vinicius Bueno decidiram

dar continuidade à empresa fundada pelo pai.

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A segunda geração do atacado no DF

Setor atacadista começa a ser liderado por filhos de proprietários. Sucessão familiar é um processo que deve ser planejado com cuidado, para que não haja surpresas desagradáveis no futuro

O pai de Vinicius, 27, e Fernando Bueno, 25, foi claro: se os filhos não quisessem levar adiante a distribuidora de autopeças, ele se desfaria da mesma. Mário Sér-gio, aos 60 anos, ainda atua à frente da Pecista como diretor e responsável pelas

compras. Ele trabalha de casa e visita a empresa quando necessário. Vinicius conta que não houve formalização de sucessão e que isso foi acontecendo aos poucos: ele e o irmão foram se envolvendo no trabalho de forma natural, já que visitavam o empreendi-mento desde a infância. A formação também foi voltada para perpetuar o negócio, por isso Vinicius se formou em Administração e fez pós-graduação em Gestão Empresarial com ênfase em estratégia. Já Fernando atua na área financeira e, juntos, eles dão conti-nuidade à empresa fundada pelo pai.

Casos como este atualmente são comuns entre as empresas atacadistas. Em uma Brasília jovem, o atacado começa agora a perceber a segunda geração de sucessores decididos a dar continuidade ao trabalho da família. Essa, na verdade, é uma questão que atinge o Brasil, onde metade das empresas não tem planos de sucessão. O que há em comum entre os casos é que a sucessão empresarial familiar não chega a ser forma-lizada, mas, de forma empírica, os passos mais importantes são seguidos nessa transfe-rência de poder, que é a inserção dos sucessores no máximo de áreas possíveis - dentro da empresa -, o processo gradual de responsabilização e os fundadores tomando posse de cargos especiais, como os de conselheiros.

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Guilherme Braga é exemplo de que a inserção gradual é uma ação comum na inclusão de sucessores nas empresas ataca-distas do DF. Ele ocupa, atualmente, o cargo de gerente administrativo da empresa Co-mercial Alvorada. Aos 24 anos, conta que junto ao irmão Everton Braga leva adiante a empresa do pai, José Braga - que atua como diretor. Segundo ele, o pai fala em “passar o bastão”, mas eles próprios preferem con-tinuar tendo o apoio e a presença do fun-dador transmitindo segurança, enquanto investem no crescimento do negócio.

Jacques Veloso, assessor jurídico do Sindiatacadista/DF, acompanha de perto diversas empresas em fase de implanta-ção de planos sucessórios. Para ele, ainda que haja consciência de que é preciso ha-ver um planejamento, faltam ações mais formais. “Apesar de ser uma evidente ne-cessidade, ainda se dá pouca atenção ao tema. É importantíssimo que o fundador tenha em mente que a perpetuação do negócio depende de uma transição de comando bem feita, e que esta prepara-ção tem que ser feita com o fundador ain-da em plena atividade, para que os confli-tos não surjam e não impeçam a referida transição”, afirma Veloso.

O que explica essas ações inseguras do setor atacadista no DF em relação à sucessão familiar pode estar na pesquisa publicada pela PricewaterhouseCoopers (PWC), nomeada ‘Empresa Familiar: Um negócio que se adapta ao século 21”, onde consta que 81% dos entrevistados brasileiros pensam em passar o coman-do da empresa a seus filhos; 49% ainda estão apreensivos com essa mudança e apenas 10% possuem um plano de su-cessão estabelecido na empresa. Ainda que haja a consciência da necessidade do plano de sucessão, isso não é feito na maioria das vezes.

Mas existem bons exemplos sobre como a sucessão planejada pode dar bons resultados. O diretor da Brassol Dis-

consegue manter o comando familiar. Ja-cques Veloso aponta que seguir um plano sucessório com familiares é necessário para evitar surpresas desagradáveis, o que pode estar relacionado às reações dos funcioná-rios e do próprio mercado.

Sucessão familiar passo a passoPara o planejamento sucessório em-

presarial é preciso estipular normas que irão regrar a relação entre empresa, família e clientes/fornecedores. Segundo Veloso, a ideia é dar previsibilidade aos membros familiares, sócios que não são da família e, principalmente, ao mercado de como a empresa irá se comportar com a saída do fundador e principal executivo.

Primeiro, é preciso elaborar um plano de sucessão, ou seja, prever nos contratos sociais, estatutos e/ou acordos de sócios como se dará a passagem do comando.

Segundo, escolher este sucessor. Tal-vez seja esta a etapa mais difícil, principal-mente quando existirem sócios não fami-liares e diversos herdeiros. A definição de quem assumirá o comando da empresa pode gerar danos no relacionamento fa-miliar e por isso tem que ser trabalhada de forma clara e transparente, fixando os critérios mais objetivos possíveis. Inclu-sive, nesta etapa é importante pensar na hipótese da criação de um conselho de sócios, onde aqueles herdeiros que não participarão da gestão e até mesmo o fundador após a transição do comando podem ter assento para deliberações ma-cro e tomadas de contas dos executivos da companhia.

tribuidora, Lyssipo Torminn Gomide, está há seis anos à frente da empresa fundada pelo pai, Lyssipo Borges Gomide, que o convidou para vir de São Paulo para tra-balhar na empresa. Foi assim que Lyssipo Torminn assumiu a parte administrativa e financeira. “Quando meu pai fez o convite para que eu voltasse para Brasília e assu-misse a direção da empresa, dividimos as tarefas e definimos um cronograma de su-cessão. Passamos cinco anos trabalhando juntos e dividindo as mesmas obrigações. A partir de então, assumi todas as áreas da empresa, enquanto ele ainda perma-neceu como sócio majoritário. Em 2013, ele saiu do contrato social”, conta Gomide.

Para Rogério Albuquerque, diretor da Havaí Alimentos, é essencial que ele sinta segurança no filho, que atua na parte ad-ministrativa da empresa. “As coisas estão se somando. É difícil eu parar totalmente de ir lá. Mas a minha ideia é que à medida em que ele for se assenhorando da empresa e tenha mais quilometragem, ou seja, um pouco mais de vivência, eu vá menos à Havaí Alimentos”, afirma Rogério. Rodrigo Maués concorda com o pai, diz que não se sente preparado para assumir a empresa sozinho e concorda que ainda precisa de mais experiência. “Eu tenho muita liberda-de e ele toma a frente em relação às res-ponsabilidades. Existe um equilíbrio entre nós”, revela.

Um estudo da PwC, de 2014, aponta que apenas 36% das empresas familiares sobre-vivem a esta troca de comando. Quando se fala em terceira geração, somente 12%

É alta a porcentagem de

herdeiros que afirmam que terão

que trabalhar mais arduamente

do que outros funcionários

88%85%

concordam que precisam dar o

bom exemplo diante dos outros colaboradores da

empresa.

demonstram o intuito de levar adiante os negócios da família.

Fonte: PwC, de 2014.

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Page 17: Revista Carga de Notícias nº 2

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O Sindiatacadista/DF disponibilizou no site estudos

que podem te ajudar na hora de pensar na sucessão familiar

Terceiro, definir o instante da passa-gem do comando. É importante que se tenha com clareza este momento, para evitar desgastes na estrutura empresarial e familiar. A falta de clareza sobre quem está no comando afeta clientes, fornece-dores e, principalmente, funcionários.

“O fato é que não gostamos de plane-jar a nossa retirada, mas ela é inevitável. Todos um dia terão que deixar o coman-do de suas empresas, seja pela aposen-taria ou pelo falecimento, e é papel do empreendedor não deixar que a sua saída implique na morte do negócio. Precisa-mos mudar as estatísticas”, afirma Veloso.

Dentro disso, o êxito da sucessão fami-liar também está relacionado à percepção do que é a empresa como um todo. Por isso é importante que o sucessor passe por to-das as áreas da empresa conhecendo como é o funcionamento de tudo e o tamanho das responsabilidades que assumirá.

Vinicius Bueno, da Pecista distribuidora, seguiu o exemplo citado. Passou por todas as áreas, desde a distribuição até a parte ad-ministrativa. Assim, aprendeu que era ob-servando que entenderia melhor os erros dos processos. Atualmente, ele ainda aplica a técnica para descobrir melhor os setores da empresa. “Eu coloco uma cadeira, fico o dia inteiro observando e, assim, tenho uma visão macro sobre os processos”, conta.

Exigências da empresa familiarEm pesquisa da PwC, de 2014, é alta

a porcentagem de herdeiros que afirmam que terão que trabalhar mais arduamen-te do que outros funcionários: 88% de-les concordam que precisam dar o bom

exemplo diante dos outros colaboradores da empresa. Já 85% demonstram intuito de levar adiante os negócios da família. Há concordância de que todos precisam se preparar (e bem) para assumir os car-gos que os pais exercem atualmente nas empresas. Três passos parecem ser indis-cutíveis: boa reputação, busca pela exce-lência e resultados admiráveis.

É assim com Jeferson Hugo, responsá-vel pela gestão de compras da empresa Nova Amazonas, que gera 800 empregos

“Em reuniões familiares sempre é colocado que nós somos a vitrine da empresa”Jeferson Hugo, da Nova Amazonas

diretos – sendo 500 funcionários da em-presa. “Já sinto o peso [da responsabilida-de], que é muito grande. Não como dire-tor, como o meu pai, mas ele já passa essas dificuldades para nós”, comenta. A família está diretamente envolvida na empresa. São quase dez pessoas que trabalham em setores diversos. Em reuniões familiares, Je-ferson conta que sempre é colocado que a cobrança e os deveres serão os mesmos dos outros funcionários, mas ressaltando a família como “a vitrine da empresa”.

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É importante entender que a empresa familiar tem algumas características para ser nomeada assim: o controle da empresa está nas mãos do fundador ou da pessoa que adquiriu, membro da mesma família; há pelo menos um representante da família participando da gestão dos negócios; no caso de companhia aberta, o empresário que fundou ou adquiriu detém o controle por meio de ações e pelo menos um membro da família participa do conselho.

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ENTREVISTA

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Deputado distrital mais votado no DF, Júlio César, do PRB, fala sobre expectativa para primeiro mandatoLuta por saúde, educação, segurança e melhoria nos esportes são questões apontadas pelo parlamentar eleito, além da defesa aos direitos da família e abertura para apoiar novos setores

E le veio para Brasília a convite do Partido Republicano Brasileiro (PRB), com a missão de assumir a pasta da Secretaria de Esportes do Distrito Federal, onde permaneceu por dois anos e teve a gestão como destaque. Um dos motivos

é que o então secretário era visto em todas as competições que aconteciam no DF e por visitar todas as cidades administrativas. Julio César Ribeiro conseguiu a inclusão social de crianças, jovens, adultos e idosos por meio de ações desenvolvidas pelos Centros Olímpicos. Além disso, criou vários programas de incentivo para atletas de diversas modalidades esportivas e lutou pela valorização e reconhecimento dos pro-fissionais do esporte.

Nascido em 1975, em São Bernardo do Campo, São Paulo, o deputado eleito é filho único de uma família simples. Começou a trabalhar aos 14 anos de idade como office

boy em uma empresa de contabilidade para ajudar a família. Aos 19 anos, casou-se com Sônia Ribeiro.

Formou-se em Direito pela Universidade Ibirapuera de São Paulo e entre os anos de 1998 e 2006 foi diretor executivo de várias empresas de telecomunicações, como a Rede Record de Televisão, na Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Também foi diretor executivo da Rede Mulher de TV, em São Paulo e, em 2006, atou como empresário do ramo de segurança patrimonial.

Em setembro de 2012, assumiu a Secretaria de Esporte filiado ao Partido Republi-cano Brasileiro (PRB). Eleito deputado distrital nas eleições de 2014 como o candidato mais votado para o cargo em questão, recebeu 29.384 votos. O novo deputado destaca os desafios e anseios para o pleito na Câmara Legislativa e conta para a Revista Carga de Notícias como será sua atuação defendendo as famílias, o esporte e os outros seto-res do Distrito Federal.

ENTREVISTA

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Page 20: Revista Carga de Notícias nº 2

“Depois que fui eleito, muitos setores têm buscado ajuda. Eu estou aberto para atender a todos”

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CN: Qual foi a sua motivação para entrar na vida pública? Julio César: Eu cresci em um berço

evangélico e aprendi desde pequeno a servir o próximo. E tenho a concepção de que quando se quer entrar na políti-ca, tem que se ter esse desejo de ajudar o outro. Vemos muitos casos hoje de pes-soas que querem se servir da política, mas o meu grande objetivo é servir a popu-lação. E isso eu demonstrei ao longo de dois anos na Secretaria de Esportes, onde pude colaborar com as federações, atletas e desportistas. A minha maior motivação é saber que agora, na Câmara Legislativa [do DF], vou poder ajudar o estado e as pessoas a terem mais benefícios.

Você veio de São Paulo para assu-mir a Secretaria de Esportes do DF. O que mudou o rumo das coisas e te fez querer ser deputado distrital?Eu vim para Brasília com a missão de

assumir a Secretaria de Esportes, não pen-sava em ser deputado. No decorrer do tempo, em meio ao trabalhado realizado frente à Secretaria, o partido [PRB] sinali-zou que seria importante que eu concor-resse à vaga de deputado distrital. Nos dois anos na pasta, o partido me conven-ceu a sair como candidato. Daí eu aceitei o convite. Eu não vim com motivação de ser deputado, foi uma escolha do partido e eu, como bom republicano, aceitei.

Quais as principais áreas que pre-cisam ser mudadas no DF?Brasília melhorou muito em algumas

áreas na gestão do então governador Ag-nelo Queiroz, mas muitas outras precisam ainda ser atendidas. Eu, particularmente, trabalhei muito com a questão social. An-dei em todas as cidades administrativas conhecendo as necessidades de cada uma. São várias as áreas que precisam ser melhoradas. Uma delas, sem dúvidas, é a saúde, que ainda anda muito carente. A educação precisa ser revista, a questão da segurança precisa de uma atenção

maior, e o esporte precisa melhorar ainda mais. Brasília tem perdido muitos atletas para outros estados. Nesse meu primeiro mandato quero trabalhar muito por essas questões, além da defesa da família, que é umas das minhas principais bandeiras.

Esta foi a primeira eleição pela qual o senhor concorreu. Como re-sultado, foi o candidato mais bem votado para deputado distrital no DF. Como o senhor analisa a acei-tação dos eleitores brasilienses? Excelente. Eu sou muito de olhar nos

chegando com os deputados que ficaram e que têm experiência vai ajudar ainda mais a população de Brasília.

O que os brasilienses podem espe-rar do novo deputado?Muita garra, muita determinação,

muito trabalho, lutando sempre pelo pró-ximo. Não vou buscar ser servidor do car-go, mas sim, servir a população. Não que-ro ficar só no gabinete, quero fazer aquilo que eu fiz na Secretaria. Quero estar nas comunidades, nas cidades administrati-vas, cobrar do governador e dos secre-tários as melhorias para a população na saúde, na educação e na segurança. Os eleitores podem ter certeza que coloca-ram um deputado de garra e determi-nação. E, assim, vou ajudar a melhorar a nossa querida Brasília.

O setor atacadista é o 3º maior ar-recadador de ICMS no Distrito Fe-deral. Mesmo assim, ainda não tem o reconhecimento merecido por parte dos governantes. O que o se-nhor fará para mudar essa visão?Quando eu vim para a Secretaria de

Esportes, eu comecei como secretário-ad-junto, para entender os problemas e en-contrar soluções para eles. Depois que fui eleito, muitos setores têm buscado ajuda. Eu estou aberto para atender a todos. Mas antes preciso conhecer a realidade de cada um. Quero estar a par das questões que envolvem o setor atacadista, quais as dificuldades e, por meio das leis, encon-trar soluções viáveis para resolver esses problemas que afetam o atacado. Para colocar de fato em prática as mudanças que precisam de apoio.

olhos e de falar a verdade e isso foi o que fez da minha campanha um sucesso. As pessoas não queriam mais ouvir promes-sas. O que mais se ouve hoje são promes-sas que não são cumpridas. Por onde pas-sei deixei claro que não iria prometer nada sem antes conhecer a realidade de cada lugar. Assim como eu fiz na Secretaria de Esportes, tive a experiência de fazer mui-tas coisas, e se me deram a oportunidade, eu poderei fazer muito mais. O primeiro ponto, então, foi a sinceridade e, o outro, que eu estive presente. As pessoas que-rem o candidato ali, querem conversar e dizer o que precisam e eu fiz isso. Além de ser ficha limpa, de não ter nada que com-prometa minha imagem, o que fez com que eu tivesse uma grande aceitação por parte dos eleitores. Nunca pensei em ser o primeiro, eu esperava chegar entre os cincos, mas pra mim foi uma surpresa. Isso demonstra que o povo quer mudança, a Câmara foi renovada e isso é muito im-portante. A junção dos jovens que estão

ENTREVISTA

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 2120 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV

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A desatenção dos empresários ao contrato social

O contrato social e seu respectivo registro são indispensáveis para a constituição regular das socieda-

des empresárias (neste caso sociedades em nome coletivo, em comandita sim-ples e limitada) e é nele que os sócios se vinculam e estabelecem os seus direitos e deveres.

Apesar da vital importância do ins-trumento na definição de regras como a distribuição de lucros, o afastamento de sócios e etc., a desatenção dos mes-mos ao disposto no contrato social e a sua total incompatibilidade com o que ocorre no dia a dia da empresa são co-mumente notados.

Para muitos empresários, o modelo padrão fornecido pelas juntas comerciais ou por seus contabilistas é suficiente para formalizar a constituição da sociedade, mesmo quando não há identificação en-tre o que foi ajustado pelos sócios e o que fica registrado no papel. Talvez o exemplo mais comum seja a incompatibilidade entre os valores que são investidos no negócio e o capital social declarado no ato de constituição.

Enquanto a empresa é lucrativa e há concordância entre os sócios acerca dos rumos da sociedade, não se verificam

grandes transtornos pela ausência de identificação entre o que foi ajustado de fato e o que está regulado formalmente no contrato social. A questão se torna um problema justamente quando não há entendimento entre os sócios acerca, por exemplo, da distribuição de lucros, do pró-labore, do ingresso ou retira-da de sócios, da responsabilidade dos administradores e demais integrantes pelos compromissos que decorrem da atividade empresarial.

Nesses casos, caso não haja reconhe-cimento dos ajustes formulados infor-malmente à margem do contrato social, prevalecerá, em regra, o que consta no instrumento. Para evitar conflitos e jul-gamentos que não se identificam com o que foi previamente ajustado entre as partes, é essencial “colocar no papel” tudo o que foi combinado pelos sócios. O pro-blema é que a dinâmica empresarial e o excesso de confiança os afastam dessas formalidades.

O contrato social deve refletir a von-tade dos sócios e, para isso, precisa ser exaustivamente discutido antes de ser re-gistrado. Se no curso da atividade empre-sarial sobrevier a modificação no ajuste inicial dos sócios, é de suma importância

que o contrato seja alterado para que pre-valeça a harmonia entre o que é praticado e o que está previsto no contrato.

Um bom profissional pode auxiliar os sócios na política de distribuição de resul-tados, nas regras para investimentos, na distribuição de tarefas administrativas, su-cessão e expulsão de sócios, mas o ideal é que esse planejamento seja feito com antecedência ao registro. Caso não quei-ram dar publicidade a tais regras, já que o contrato social após o registro fica dispo-nível ao público em geral, é plenamente possível a elaboração de um acordo de sócios em separado, em consonância do contrato social, o qual terá plena validade entre os mesmos.

Assessor jurídico do Sindiatacadista/DF.

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ARTIGO TRIBUTÁRIO

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U ma empresa de qualquer natureza, setor ou segmento é obrigada a empregar, no mínimo, 5% de aprendizes, se comparado ao quadro de funcionários, chegando ao

máximo de 15%. Caso não se adequem, podem ser obrigadas a pagar multa administrativa à União, prevista no art. 434 da CLT, como explica a assessora trabalhista do Sindiatacadista, Clarisse Dinelly. A exceção se aplica às micro e pequenas empresas e en-tidades sem fins lucrativos que, neste caso, são dispensadas do cumprimento da regra.

A contratação de menores aprendizes se dá por meio de um contrato de trabalho especial, regulamentado pelo Decreto nº 5.598/2005. O instrumento deve ser ajustado por escrito e por prazo determinado, não superior a dois anos. Nele, o emprega-dor se compromete a assegurar ao jovem, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, com-patível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico.

Esse contrato somente terá validade se for anotado na Carteira de Trabalho do menor aprendiz e contiver comprovantes de ma-trícula e frequência à escola, isso se não tiver concluído o ensino

fundamental. Caso o empregador não cumpra as determinações legais, a consequência será a nulidade do contrato de aprendiza-gem e o reconhecimento do vínculo de emprego direto.

As entidades qualificadas para a formação técnico-profissio-nal de menores são os chamados órgãos do “Sistema S” – Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Senai), Comercial (Senac), Rural (Senar), do Transporte (Senat) e do Cooperativismo (Ses-coop); as escolas técnicas de educação, inclusive as agrotécnicas; e as entidades sem fins lucrativos de assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente.

O Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sin-diatacadista/DF) fechou parceria com uma das entidades que faz esse tipo de trabalho. Nomeada Casa de Ismael, localizada na Asa Norte, em Brasília, atualmente, a instituição tem um banco de dados com 4.500 inscritos que, espontaneamente, buscam a instituição por meio do site. O presidente da entidade, Valdemar Martins, explica que participar do programa é o primeiro passo para o jovem ser inserido no mercado de trabalho e que a parti-

Jovem aprendiz: Para cumprir a lei e investir no futuroSindiatacadista/DF firma parceria para facilitar contratação de jovens aprendizes por parte das empresas atacadistas e distribuidoras

MERCADO

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 2322 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 23

Page 23: Revista Carga de Notícias nº 2

cipação da Casa é para formar e ajudar a empresa no momento de contratar esse jovem.

O vínculo empregatício fica ligado à Casa de Ismael, que tam-bém concede formação uma vez por semana ao jovem, além de prepará-lo para assumir o cargo. “Tudo o que o empresário precisa fazer é nos procurar. Aqui, vamos encontrar um jovem que se adeque às necessidades da empresa dele e às condições impostas. Nós vamos acompanhar todo o processo”, assegura o presidente da Casa de Ismael, Valemar Martins.

Aprendiz e mestresAinda que pouco experiente, o aprendiz é aquele que “apren-

de uma arte ou ofício”, segundo o dicionário Michaelis. Já o “Jo-

vem Aprendiz” é alguém entre 14 e 24 anos que, uma vez dentro da empresa, exercerá uma função apoiado por um tutor e por uma entidade de aprendizado com o mesmo objetivo do nome que o designa: aprender uma função.

Roberto Gomide, presidente interino do Sindiatacadista/DF, afirma que a contratação de um menor aprendiz é “uma oportu-nidade de treinar e formar profissionais, diante do quadro atual do mercado em que há dificuldade de identificação de profissionais experientes”. Atualmente, a Condor Atacadista, empresa que ele preside, tem uma média de 22 jovens aprendizes e cinco funcio-nários contratados que já passaram pelo programa - também como aprendizes.

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Casa de IsmaelContato: (61) 3272.4731, End.: SGAN 913, Conj. G. Brasília-DF SERVIÇO

MERCADO

SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 23SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 23

Page 24: Revista Carga de Notícias nº 2

Sindiatacadista/DF realiza campanha de doação de agasalhos

O Sindiatacadista/DF realiza anualmente diversas ações sociais. Para fechar o ano com chave de ouro, a entidade realiza a campa-nha de Natal. Agora, a intenção é promover a doação de agasalhos para crianças e adultos. Para a realização da campanha, o Sindicato conta com a ajuda dos empresários do setor. “É a primeira vez que realizamos uma campanha de doação de agasalhos. Nem é preciso dizer o quanto isso será importante para os que precisam, não é? Espero que os empresários possam, como forma de agradecimento a todas as conquistas do ano, colaborar com mais essa ação social”, convida o presidente interino do Sindiatacadista/DF, Roberto Gomide. A entrega será realizada no dia 17 de dezembro. Mais informações: (61) 3561-6064.

Dia das Crianças: Sindicato distribuiu brinquedos em quatro instituições do DF

Quatrocentos brinquedos foram entregues em comemoração ao Dia das Crianças. Em outubro, a campanha do Sindiatacadista/DF arrecadou os artigos junto aos empresários e distribuiu em diversas creches do Distrito Federal. As instituições beneficiadas foram: Creche Alecrim e Associação dos Recicladores da Vila Estrutural, na Cidade Estrutural; Casa de Ismael, localizada na Asa Norte; e Lar de São José, localizado em Taguatinga Norte.

Segundo o presidente interino do Sindiatacadista/DF, Roberto Gomide, esse tipo de ação visa promover não somente um momen-to de ganhos de presentes, mas a promoção da criança e do sentimento de importância que ela tem para a sociedade. “Queremos que desde já elas se sintam cuidadas e queridas por todos nós. Nós promovemos esse momento por que sabemos a importância da perpetuação de boas tradições culturais e da valorização humana”, revela.

As instituições são escolhidas pelo cadastro interno do Sindicato, de instituições que cuidam de crianças em situação de risco ou pobreza. Além dos brinquedos, foram distribuídos picolés para alegrar a tarde dos pequenos. O Dia das Crianças é celebrado no dia 12 de outubro.

Novo projeto do Sindiatacadista/DF acompanha desenvolvimento de empresas do setor

AÇÃO SOCIAL

AGENDA

24 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 25

Page 25: Revista Carga de Notícias nº 2

• Diagnóstico simples e prático• Identificação dos pontos fracos e fortes

na gestão• Indicação dos principais riscos que a

empresa pode correr• Análise de maturidade de gestão• Benchmarking com os melhores da rede• Planos de ação personalizados de

acordo com cada empresa• Dicas de gestão para auxiliar na

execução das tarefas do plano proposto• Tangibilização da evolução

Último curso do ano vai abordar “Análise de Crédito e Cobrança”

Entre os dias 24 a 28 de novembro, acontece a última preleção organizada pelo Sindiatacadista/DF. O curso acontecerá sempre de 19h às 22h, na sede da entidade, no centro de Taguatinga (DF). Para participar, a empresa associada deve entrar em contato e inscre-ver os funcionários, através de formulário disponibilizado pela gestão de eventos. O curso é gratuito para associados e será ministrado pelo administrador Robinson Santos.

Sindiatacadista/DF promove curso para compradores e workshop de Gestão de Processos

O mês de outubro contou com diversos eventos organizados pelo Sindiatacadista/DF. No dia 9, foi realizado o workshop sobre Gestão de Processos. O evento aconteceu no Auditório da FacSenac e contou a com a participação de representantes de empresas do setor atacadista.

Cerca de 60 pessoas compareceram ao workshop, que teve como objetivo orientar os participantes sobre o conhecimento de boas práticas para a gestão de processos, além da aplicação de metodologias e ferramentas úteis para a organização em todos os setores de uma empresa.

Já entre os dias 20 e 24, aconteceu o curso “Negociação para Compradores”. Os participantes tiveram a oportunidade de ter esclare-cimento sobre as fases, táticas e técnicas de negociação, essenciais para que o comprador consiga alcançar o objetivo e garantir lucros para a empresa.

Desenvolvimento de um plano de negociação e separação da ação e ética no processo foram alguns dos apontamentos abordados no treinamento, com carga horária de 15 horas e certificação.

Formado em administração com especialização pela Fundação Getúlio Vargas, Robinson Santos foi o instrutor do curso. Ele afirma que a negociação está presente no dia a dia das pessoas. “Quando pensamos em negociação, associamos logo ao ambiente organi-zacional o ato de comprar e vender. Mas essa atividade não é apenas uma particularidade deste segmento. Na verdade, a ação está inconscientemente inserida no nosso cotidiano”, comenta.

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Você está a par dos projetos apoiados pelo

Sindiatacadista/DF?

Uma novidade vem para auxiliar as empresas atacadistas a avaliarem como anda a gestão de processos

internos. O Sindicato do Comércio Ataca-dista do Distrito Federal (Sindiatacadista/DF) lançou o Projeto Evoluir, que conce-de aos associados da entidade acesso ao sistema MahraGestão, desenvolvido pela Sankhya. O presidente interino do Sindia-tacadista/DF, Roberto Gomide, explica que a intenção é que tanto a empresa como o Sindicato possam avaliar, juntos, como está o desenvolvimento do atacado no DF.

O Sindiatacadista/DF entrará em con-tato com os associados a partir do dia 27 de novembro explicando os procedimen-tos para participar. Em resumo, o ataca-dista distribuidor receberá login e senha e terá acesso ao sistema, preenchendo os

dados necessários e respondendo ques-tões relacionadas aos departamentos da empresa. O MahraGestão aponta melho-rias para os pontos fracos identificados e apresenta um plano de ação a ser execu-tado. O Projeto Evoluir é uma ação contí-nua do Sindicato.

A partir da avaliação constante das empresas, o Sindiatacadista/DF consegui-rá identificar os setores que necessitam de evolução e as principais carências e destinar ações para ajudar as empresas a se desenvolverem. A empresa que parti-cipar poderá se comparar com o setor e saberá se está acima ou abaixo da média das demais, além de identificar a maior nota de cada quesito.

Se você quer ser um dos primeiros a participar, entre em contato: (61) 3561-6064.

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SINDICATO DO COMÉRCIO ATACADISTA DO DF • 25

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Desenhando Negócios “Não há maneira mais convincente de provar que conhecemos bem alguma

coisa do que fazer um desenho simples do tema em questão. E não há modo mais impactante de enxergar soluções ocultas do que pegar uma caneta e desenhar algumas figuras relacionadas ao problema”. É o que diz Dan Roam em Desenhan-do Negócios, best-seller internacional que prova como um simples desenho em um guardanapo pode ser mais poderoso que a mais sofisticada apresentação em PowerPoint.

Com base em vinte anos de experiência e nas mais recentes descobertas da ciência da visão, Roam ensina o leitor a lançar luz sobre qualquer problema ou ven-der qualquer ideia por meio de um conjunto de ferramentas bem simples. Roam revela que todo mundo nasce com talento para o pensamento visual, mesmo aqueles que juram não saber desenhar. Ele mostra em como pensar com imagens pode ajudar a descobrir e desenvolver novas ideias, resolver problemas de manei-ras inesperadas e melhorar, consideravelmente, a capacidade de expor insights. O livro é publicado pela Editora Campus, em 2011, e retrata como um simples de-senho pode mudar a vida de um empreendedor.

Espetáculo “Poeira” propõe reflexão sobre morte, luto e continuidade da vidaQuando o marido da psicóloga Cristina Carvalhedo morreu, há cinco anos, cer-

tamente ela não imaginava que poderia transformar a ausência e a saudade que sentia num espetáculo de sucesso. Entre os dias 7 e 30 de novembro, a peça teatral “Poeira” volta para a segunda temporada de apresentações no Espaço Cena, em Brasília (DF) . A encenação e a dramaturgia do espetáculo foram inspiradas em car-tas, poemas e textos que Cristina passou a escrever após a viuvez para o amor que partira abruptamente. Com direção do premiado Jonathan Andrade, “Poeira” terá sessões as sextas, sábados e domingos.

Cristina Carvalhedo divide a cena com duas amigas, também psicólogas, Lydia Rebouças e Nayla Reis. As três juntas se juntam numa dramaturgia que mescla de-poimentos pessoais, poemas, cartas e afins para falar de ausência, saudade, tempo e amor. Em um dos poemas que inspiraram a peça, Cristina pergunta: “E agora? Sigo adiante como se você jamais tivesse existido?”.

SinopseO espetáculo reúne três mulheres, a partir de 45 anos de idade, numa aventura onde

elementos biográficos e ficção criam uma atmosfera intimista para falar, delicadamen-

te, de perdas, relacionamentos, sonhos e esperança. A dramaturgia coletiva foi criada a

partir dos poemas de Cristina Carvalhedo.

ServiçoEspetáculo: POEIRA

Local: Espaço Cena Brasília

Temporada: 07 a 30/11/2014

Sextas e sábados, às 21h; Domingo, às 20h.

Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)

Classificação Indicativa: 18 anos

Informações: (61) 3349.3937

CARGA CULTURAL

26 • NOVEMBRO|DEZEMBRO nº2 ANO IV

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