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Revista Ano 11 - Novembro/Dezembro 2012 - nº 82 - COCAPEC / CREDICOCAPEC COCAPEC Concurso premia cooperados pela excelente qualidade Cocapec Parceira de seus cooperados Recolhedora Prepare o terreno para receber a Robust-Eco Encontro de Crianças Cooperativismo mais uma vez faz sucesso com a criançada

Revista Cocapec 82

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Revista Cocapec 82

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Page 1: Revista Cocapec 82

Revista

Ano 11 - Novembro/Dezembro 2012 - nº 82 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

CoCapeC

Concurso premia cooperadospela excelente qualidade

Cocapec Parceira de seuscooperados

Recolhedora Prepare o terreno para receber a Robust-Eco

Encontro de Crianças

Cooperativismo maisuma vez faz sucesso

com a criançada

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3NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

João Alves de Toledo Filho Presidente

Termina a safra 2011/12

EDITOR

IALA

safra agrícola 2011/12 praticamente terminou, faltam talvez beneficiar

alguns sacos que ainda se encontram nas propriedades e que, pau-

latinamente, serão entregues na cooperativa, como é de praxe em uma

safra grande.

Foram alcançados marcos bastantes expressivos nesta safra. Mais uma

vez a cooperativa caminha para ter um recebimento de café nunca alcançado. No

momento em que esta matéria foi escrita, final de outubro, havíamos recebido em

torno de 1,2 milhões de sacas.

Outro fato inédito a ser considerado é a quantidade de sacas depositadas

na cooperativa, os dados levantados em final de setembro mostraram um total de

850 mil sacas, volume que em comparação com setembro de 2010 exibe um au-

mento de 35%, ultrapassando o recorde da cooperativa naquele ano. Isto mostra a

melhor condição financeira do nosso cooperado, bem como o sucesso das políticas

para que os financiamentos de pré-comercialização chegassem em tempo hábil,

permitindo que o produtor tivesse a opção de comercializar ou não sua safra,

fato este que a Cocapec, através de nossas entidades de classe, como o Conselho

Nacional do Café (CNC), teve participação.

Mas, o fato mais marcante que tivemos nesta safra foi, sem dúvida, a

mecanização. Foi atuante, tanto no trato das lavouras, como no recebimento de

cafés nos nossos armazéns através da granelização. No que tange a mecanização

dos tratos das lavouras, o grande gargalo que era a operação da colheita foi, pela

primeira vez implementada de forma significativa. A passagem da colhedeira uma

ou mais vezes nos cafeeiros, aliada às práticas de rastelamento e recolhimento dos

cafés que estavam no chão propiciaram uma mecanização de 100% da colheita.

É com orgulho que a cooperativa desempenhou papel de destaque nesta nova

realidade, se empenhando para que o cooperado obtivesse sucesso, quer propi-

ciando benefícios através da fabricação de rastelos e disponibilizando-os para os

cooperados por preços e prazos acessíveis, quer com a recolhedora Robust, a qual

já disponibilizamos aproximadamente quatrocentas unidades nestes últimos três

anos, além dos 360 rastelos, que permitiram a mecanização total da colheita.

Quanto ao recebimento a granel a cooperativa ficou bastante gratificada,

pois, mesmo não funcionando em sua total capacidade planejada a aceitação dos

usuários foi além das expectativas.

São por estes dois motivos elencados; o total de recebimento e as fases

de mecanização, é que podemos dizer sem exagero que a safra 2011/12 será um

marco histórico gratificante para a cooperativa.

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4 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

ÍNDICETécnica

Desbrota:evite prejuízos

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec,destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho - Presidente

Carlos Yoshiuyuki Sato - Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho Administrativo CocapecGiane Bisco

Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra

Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior

José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecZita Cintra Toledo

Cyro Antônio RamosAndré Luis Cintra

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052

Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga (35) 3543-1572

Claraval (34) 3353-5257Ibiraci (35) 3544-5000

Pedregulho (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMaurício Miarelli – Presidente

José Amâncio de Castro – Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiuyuki Sato

Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho

Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecHélio Hiroshi Toyoshima

João José CintraRicardo Nunes Moscardini

CredicocapecFone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP

PAC Pedregulho (16) 3171-2118PAC Ibiraci (35) 3544-2461

PAC Claraval (34) 3353-5359 [email protected]

www.credicocapec.com.br

Revista CocapecCoordenação

Setor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291

[email protected]@cocapec.com.br

Diagramação BZ Propaganda & Marketing

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781

Tiragem: 2750 exemplares

www.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

ED. 82 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

expediente

Técnica

Manejo de mato paramelhor produtividade

Credicocapec

Workshop deintegração

Social

Diário Campanhade Natal

Especial

Obras em Claravalestão adiantadas

Produção Animal

Vacinação: o melhor remédio é a prevenção

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20

27

34

42

52

Page 5: Revista Cocapec 82

5NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

NeGÓCIoS

Cocapec participada 4ª ExpoverdeO evento proporcionou variedade aos visitantes

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

| O coordenador do setor técnico da cooperativa, Roberto Maegawa, apresentou os resultados da Fundação do Café da Alta Mogiana

| O delicioso café Tulha Velha foi servido aos visitantes da feira

| A Cocapec também esteve presente com a exposição de máquinasA

Cocapec esteve presente mais uma vez na 4ª Ex-poverde, realizada entre os dias 20 e 23 de setembro no

Parque Fernando Costa. A coope-rativa participou com a exposição de tratores Agrale e vendas de implemen-tos agrícolas. O delicioso café Tulha Velha também foi servido a todos os visitantes durante toda a feira. Além disso, aconteceu o 2º Workshop de Cafeicultura, com a participação do en-genheiro agrônomo e coordenador do setor técnico da cooperativa, Roberto Maegawa, e do também engenheiro agrônomo e presidente da Fundação do Café da Alta Mogiana Edson Castro Couto Rosa, que apresentaram os resultados das pesquisas realizadas naquela instituição. O evento que teve a entrada gratuita, atraiu cerca de 21 mil pessoas, que visitaram os 53 estandes com as mais diversas exposições como: flores, hortaliças, alimentos orgânicos e ainda o 14º Encontro de Automóveis Antigos. Nos quatro dias foram movimentados quase 2 milhões em negócios. A Expoverde, a cada ano que passa se consolida como um dos principais eventos da cidade. Com um número crescente de visitantes a feira reuniu em um só lugar, informações, cursos, palestras e outros atrativos para divulgar as práticas sustentáveis de preservação e sua sintonia com a produção de alimentos.

Cocapec participa

O evento proporcionou variedade aos visitantes

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6 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

NeGÓCIoS

Cocapec dispõe de ferramentas que auxiliamseus cooperados a obterem sucesso

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapece Luciene Reis | Analista de Comunicação Cocapec

A Cocapec foi criada com o objetivo de prestar serviços que possibilitassem me-lhores condições para que

seus cooperados fossem competitivos no mercado. Assim, em seus 27 anos de atuação, nunca deixou de buscar ferramentas que permitissem aos seus associados alcançarem sucesso tan-to da porteira para dentro como no mercado. Ao longo dos anos, contando sempre com a fidelidade de seus asso-ciados, a cooperativa, gradativamente investiu em pessoal, técnicas modernas para uso na lavoura e ainda ferramen-

CooperativaParceira

tas variadas que possibilitam acesso ao mercado mundial. Hoje dispõe de serviços que auxiliam em todos os estágios de produção e comercia-lização do produto, tornando o cafei-cultor cooperado preparado e com altos desempenhos em suas lavouras, oferecendo serviços para auxiliá-los na gestão de suas propriedades e, con-sequentemente, possibilitando maior produtividade. Uma destas histórias de suces-so é a do cooperado Geraldo Augusto Ferreira, da Fazenda Salto Alegre localizada em Pedregulho/SP ele tem a

Cocapec dispõe de ferramentas que auxiliam

| Geraldo Augusto Ferreira tem a cooperativa como parceira

...o cafeicultorressalta que a cooperativa

é seu braço direito

Page 7: Revista Cocapec 82

NeGÓCIoS

cooperativa como parceira. Associado desde os tempos da Cocap, e sendo o cooperado número 79 da Cocapec, o cafeicultor ressalta que a cooperativa é seu braço direito. Ele utiliza tudo que ela dispõe, começando pela assistência técnica, seguindo as orientações do agrônomo, aplicando os insumos no momento e quantidades corretas, pois, sempre realiza as análises de folha e solo no laboratório. Geraldo também adquire máquinas e peças de reposição nas lojas e, estoca e comercializa 100% de seus cafés na Cocapec. O resultado é uma produtividade surpreendente, principalmente na última safra, onde obteve rendimento médio de 57 sacas/ha de café beneficiado. Em uma de suas lavouras, onde foi realizado um “Dia de Campo”, a produção chegou a 90 sacas/ha por conta dos tratos culturais aplicados. Os números do produtor re-forçam que a cooperativa faz diferença, e esta oportunidade é para todos os cooperados. Para o cooperado Erásio de Gracia Junior, foi perceptível a diferença na produtividade após seu pai se tornar cooperado em 1999, quando a Co-capec inaugurou o núcleo em Capetin-ga, município onde a família cultiva café. Antes, enfrentavam dificuldades na as-sistência técnica e compra de produtos dentre outros problemas. Assim, em 2004, ele também passou a fazer parte do quadro social da cooperativa. Hoje, faz uso de todos os benefícios de ser cooperado, como o laboratório de análise de solo e folhas, que considera eficiente, assistência técnica que colaborou para o aumen-to substancial de sua produtividade. Novos serviços como a Granelização, proporcionaram, segundo ele, rapi-dez, melhorando a logística de co-

lheita. “A granelização foi um divisor de águas para nós cooperados tanto na diminuição de custo, quanto na otimização de mão de obra, por hoje ser este o maior gargalo na fazenda”, avalia Erásio. Outra opção da Cocapec que o cooperado se beneficiou foi a recolhedora Robust Eco, “esta também minimiza o problema da falta de mão de obra e custos”. Na comercialização do café utiliza as ferramentas disponíveis como venda futura e outras, lembrando a tranquilidade por saber da garantia de pagamento. Destaca ainda, a arma-zenagem segura e compra de insumos programada o que permite melhor

gerenciamento da propriedade. Ele ressalta que o essencial é o cooperado ser fiel à cooperativa, pois só assim ele poderá usufruir de tudo o que ela oferece. Outra vanta-gem importante para Erásio é que a cooperativa permite a união da classe e espírito de cooperativismo. “A Cocapec é o ponto de encontro da classe. O produtor precisa ter o hábito de fre-quentar a cooperativa, tê-la como a sua segunda casa, pois é nela que trocamos experiência, e também é onde encon-tro motivação para fazer um trabalho melhor. Este acesso à cooperativa e ao que ela proporciona não tem preço”, finaliza o cooperado.

| Erásio de Gracia Junior fazuso de todos os benefícios

de ser cooperado

Este acesso à cooperativa e ao queela proporciona não tem preço

7NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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8 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

eVeNToS

Fórum recebeu mais de 700 líderes e especialistas do setor

www.globalagribusinessforum.com.br | Adaptado pela equipe de Comunicação Cocapec

Nos dias 25 e 26 de setembro aconteceu o primeiro Global Agribusiness Forum, em São Paulo/SP. O encontro reuniu

líderes, especialistas e representantes da cadeia produtiva agrícola para discutir o tema “Agricultura Globalizada e Sustentável, o Desafio do Crescimen-to”. O objetivo foi debater estratégias e propor soluções de longo prazo para a agricultura mundial. Al Gore, ganhador do Nobel da Paz, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental foi um dos palestrantes, analisando o impacto das mudanças climáticas para a agricultura em todo o mundo. Os presidentes da Cocapec, João Alves de Toledo Filho e do Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli representaram as cooperativas no evento. Além de Al Gore, o fórum contou com a participação de Law-rence Summers, ex-secretário do Te-souro dos Estados Unidos, ex-chefe do Conselho de Economia da Casa Branca, e ex-reitor da Harvard University, que tratou dos desafios e oportunidades do agribusiness nos próximos anos. Também estiveram presentes Bruce Babcock, diretor do Centro de Pesqui-sa e Desenvolvimento em Agricultura da Universidade Estadual de Iowa; John Pearce, especialista mundial em mecanização agrícola; e José Manuel Silva-Rodriguez, Diretor da Comissão da Agricultura e Desenvolvimento Rural

Global AgrobusinessForum debateagricultura mundial

da União Europeia. Entre os participantes brasilei-ros estiveram Kátia Abreu, Senadora pelo PSD-TO e presidente da Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Reinhold Stephanes, Deputado Federal e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Luis Carlos Correa Carvalho, presi-dente da Abag, Associação Brasileira do Agronegócio; Mônika Bergamaschi, secretária de Agricultura do Estado de São Paulo; Delfim Neto, economista, professor e ex-ministro da Agricultura e da Fazenda; José Goldemberg, físico, especialista em energia, ex-secretário de Ciência e Tecnologia e do Meio Am-biente; e João Sampaio Filho, Presiden-te do COSAG – Conselho Superior do Agronegócio da FIESP. No centro do debate es-tiveram temas como: o desafio de alimentar o mundo de forma equilibra-da nos próximos anos, novos mercados para o setor de leite e carnes, políticas públicas que estimulem o crescimen-to equilibrado e a eficiência, avanços tecnológicos e a expansão da agricul-tura energética, soluções modernas e competitivas de financiamento, reorga-nização da citricultura, competitividade no setor de café, desafios e vantagens da mecanização e maior eficiências nas lavouras, novas soluções em logística, e o uso sustentável de recursos naturais na agricultura.

O objetivo foidebater estratégias e

propor soluções de longo prazo para a agricultura

mundial

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9NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Pequeno Produtor no Desenvolvimen-to do Agronegócio. Na sequência, Silvio Crestana, pesquisador da Embrapa, explanou sobre Desenvolvimento Sus-tentável; e o presidente da Federação Brasileira de Banco (Febraban), Murilo Portugal, falou sobre Novos Rumos no Financiamento do Agro Brasileiro. Já Pedro Parente, presidente da Bunge, discutiu sobre Os Gargalos Logísticos do Agro Brasileiro; e o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, encerrou a agenda de palestras com o tema Uma Estratégia de Espaço para o Agronegócio.

eVeNToS

A homenagem foi recebida duranteo Fórum Nacional de Agronegócioswww.forumagronegocios.com.br Adaptado pela equipe de Comunicação Cocapec

A Cocapec foi premiada na primeira edição do Prêmio Lide de Agronegócios, que destacou os principais em-

presários do setor agropecuário nacio-nal. O presidente João Alves de Toledo Filho recebeu a homenagem, pela co-operativa, na categoria café. A entrega aconteceu durante o Fórum Nacional de Agronegócios, realizado nos dias 21 e 22 de setembro, em Campinas/SP, que reuniu os principais líderes e espe-cialistas da área para debater os Novos Rumos do Agronegócio Sustentável no Brasil. O encontro é promovido

pelo LIDE – Grupo de Líderes Empre-sariais, presidido por João Doria Jr., e pelo LIDE Agronegócios, / liderado por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin fez a abertura do fórum que teve ainda ciclo de palestras, com cinco painéis de discussão com grandes nomes da política e do empre-sariado brasileiro como expositores. O presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, abriu o seminário com apresentação especial sobre O Papel do

| Premiados no 1º Prêmio Lide de Agronegócio

| O presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho, recebeu a homenagem pela cooperativa.

Cocapec recebePrêmio Lide deAgronegócio

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10 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

TÉCNICa

Preparação do terrenopara receber a recolhedoraO trabalho para a futura varreção começa agora

Por André Luís Stefani | Supervisor Máquinas e Implementos Cocapec

Com o fim da colheita se inicia o novo ano agrícola e alguns preparos são necessários para garantir rentabilidade na próxi-

ma safra. Para isso, um dos itens mais importantes é a preparação do solo para receber a máquina recolhedora Robust-Eco. O equipamento tem uma área de recolhimento de 1,35m e uma faca plana de 1,70m, sendo assim todo o trabalho deve ter essa medida como referência. O primeiro passo é acertar a topografia do terreno com depressão, causada pela passagem do pneu da co-lhedeira e do trator. Esse trabalho pode ser feito com a trincha, levando em consideração a medida entre 1,30m e 1,70m para garantir rentabilidade. Para quem realizou a subsolagem deve-se ter mais atenção, pois o equipamento deixa sulcos que precisam ser nivelados. Em seguida vem o controle de mato, que deve ser mantido em torno

de 10 cm de altura até o momento de passar o herbicida, para transformar a matéria verde em seca, não prejudican-do a operação de abanação. Se deixar muito alto, entre 40 cm e 50 cm de altura para depois fazer a dessecação, o mato pode acamar e o processo de recolhimento futuro ser prejudicado. A consequência disso é a obstrução do furo das peneiras por onde passa o grão, pois haverá muito volume a ser processado e que será eliminado junta-mente com as folhas. Para que isso não ocorra, o produtor terá que reduzir marcha e aprofundar a faca da máquina para poder recolher, o que ocasiona perda de rendimento, elevação nos custos e até danos ao equipamento. A qualidade também pode ser preju-dicada, uma vez que o mato e pau picados conseguem passar pela peneira e vão junto com os cafés. Para quem utiliza a braquiária deve mantê-la roçando durante o verão, formando

| O ideal é que o solo seja corrigido em toda a área de recolhimento.

| Terreno acidentado devido aos trabalhos durante a colheita.

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11NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

uma proteção do solo (“cama”) que é benéfica para o cafeeiro. Quando chegar em abril/maio, dependendo da maturação, deve-se fazer a dessecação química (uso de herbicida), deixando o mato com no máximo 10cm, em muitos casos,viabilizado com operação mecânica da trincha/roçadeira. Outro fator que colabora para o sucesso do trabalho da roçadeira é fazer a pré-arruação, retirando toda a matéria que está debaixo da árvore e trazer para o centro, para que os primeiros cafés possam cair em local limpo, diminuindo o prejuízo com a qualidade. Como podemos observar atitudes simples logo após a colheita colaboram para o sucesso da próxima safra. Preparar o terreno, controlar o mato e realizar a pré-arruação são itens que garantirão uma varreção rentável ao cafeicultor.

| A trincha é um dos equipamentos mais eficazes para compactaçãodo solo.

| Para potencializaro trabalho da

Robust-Eco, a rua deve estar nivelada.

TÉCNICa

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12 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

TÉCNICa

| Quando há uma pequena deficiência nutricional os sintomas

podem não aparecer, dando a entender que está tudo normal.

| Quando há uma pequena deficiência nutricional os sintomas

podem não aparecer, dando a entender que está tudo normal.

ANÁLISE FOLIARProdutividade com Sustentabilidade

A análise foliar é uma impor-tante ferramenta para ajudar o produtor a avaliar a real situação nutricional de sua

lavoura, permitindo que se façam as correções quando necessárias. Diante de uma agricultura crescente e mais competitiva, o desafio neste momento é aumentar a produtividade com eficiência, sem prejudicar o meio ambiente. No entanto, o agricultor deve ficar atento às práticas culturais que realmente lhe pro-porcionem retorno e, a análise química da folha vem com este objetivo, ou seja, auxiliar os programas de adubação para que se possam alcançar maiores produ-tividades nas culturas perenes em geral. O produtor muitas vezes segue a risca as recomendações do consul-tor, aplicando os produtos necessários ao bom desenvolvimento das plantas, porém, surgem algumas situações ines-peradas que comprometem os resulta-

dos. Há vários fatores que interferem na produtividade de uma lavoura como, por exemplo, uma amostra de solo mal coletada que proporcionará um resul-tado não condizente com a realidade, o clima, a distribuição nas operações de adubação, a calagem feita às vésperas da adubação, a perda de nutrientes pela lixiviação e evaporação, enfim, uma série de ações que vão refletir na produção das plantas. Neste contexto, durante o ciclo da planta, surgem as deficiências e excessos nutricionais que podem ser observadas a olho nu ou não. A diagnose foliar é um método de avaliação do estado nutricional das plantas e, pode ser realizada através da análise química das folhas ou visual do tecido vegetal. O método de análise visual requer certa prática e conhecimen-to da cultura por parte de quem fará o diagnóstico, pois é realizada quando os sintomas de deficiência ou excesso de

nutrientes se manifestam visualmente, porém, nesta fase muitas vezes a pro-dução já pode estar comprometida. Quando há uma pequena defi-ciência nutricional os sintomas podem não aparecer, dando a entender que está tudo normal, no entanto, estas lavouras não produzem o esperado. Neste caso pode-se dizer que o cafeeiro apresenta a chamada “fome oculta” e, portanto, es-ses sintomas só podem ser identificados por intermédio da análise química das folhas, que nos permitirá uma avaliação mais correta e segura do estado nutricio-nal das plantas. Na cultura do cafeeiro, a realização de uma única análise foliar durante o ano agrícola auxilia bastante os programas de adubação, entretanto, para sistemas de alta produtividade, deman-da-se um número maior, sendo esta quantidade estabelecida pelo engenheiro agrônomo ou técnico responsável por

Page 13: Revista Cocapec 82

13NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Veja outros cuidados na amostragem de folhas

Alguns cuidados devem ser tomados para se realizar acoleta de folhas do cafeeiro. São eles:

acompanhar a propriedade. A melhor época para se realizar as análises foliares é no período chu-voso, que compreende os meses entre outubro e janeiro, pois se houver ne-cessidade ainda dará tempo para efetuar qualquer tipo de correção, via foliar ou via solo. Se optar pela realização de apenas uma análise foliar, ela deve ser realizada no início da granação dos frutos (janeiro-fevereiro), antes da última parcela de adubação que normalmente é realizada no mês de fevereiro, com o objetivo de avaliar se os teores foliares estão adequados para a época de maior demanda de nutrientes, permitindo assim fazer ajustes na adubação anteriormente programada, aumentando ou reduzindo as quantidades de adubos de solo e/ou foliares, a serem aplicados em seguida. Fazer análise foliar auxilia na sustentabilidade da propriedade rural, pois com ela aplicamos aquilo que a cultura realmente precisa, evitando des-perdícios de fertilizantes (macro e micro-nutrientes) que são utilizados tanto nas adubações de solo como nas aplicações foliares. Para uma amostragem correta de folhas, os talhões devem ser separa-dos, de acordo com suas característi-cas (idade, variedade, espaçamento, adubação anterior, carga pendente, etc). Em cada talhão, caminhando em zigue-zague, devem ser coletadas 80 folhas, de 40 plantas, escolhidas aleatoriamente dentro do talhão. As folhas coletadas devem ser do terceiro ou quarto par (contando da ponta do ramo para a base), em ramos produtivos situados na altura média do cafeeiro e dos dois lados da linha de café. Essas folhas devem ser acondicionadas em saco de papel, devidamente preenchidos com os dados do talhão e da propriedade, e enviadas se possível no mesmo dia ao laboratório. Caso não seja possível encaminhar no mesmo dia, colocar os respectivos sacos de papel na parte de baixo da geladeira.

TÉCNICa

| No laboratório, um dosprocessos para análise é a pesagem de nitrogênio.

| O método de análise visualrequer certa prática e conhecimento

da cultura por parte de quemfará o diagnóstico.

• Coletar folhas após 30 dias da última adubação de solo e também da pulverização foliar, pois, princi-palmente no caso dos micronutrientes pulverizados nas plantas, a análise pode detectar resíduos externos, mascarando, assim, os resultados;

• As folhas coleta-das devem estar sadias (sem pragas e doenças) e nor-mais (sem lesões e deformações);

• Devem estar isentas de sujeiras (poeira, barro, etc);

• Não coletar folhas de plantas com defi-ciências isoladas ou que não represen-tem a média visual da lavoura.

Page 14: Revista Cocapec 82

14 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Desbrota do cafeeiroPor Felipe de Carlos Ferreira | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

São vários os motivos que fazem os brotos surgirem no cafeeiro. Eles crescem quando o tronco fica exposto à insolação direta

em função das podas ou quando ocorre qualquer anormalidade que interfere na dominância apical da planta, apare-cendo então os ramos ortotrópicos, também chamados de “ramos ladrões”. Para se ter uma ideia, o mal trato que provoca a seca dos ramos laterais, expondo o tronco, o vergamento pelo vento, as machucaduras mecânicas (por granizo, por colheita mecânica ou por geada), a desnutrição, o ataque severo e continuado de pragas e doenças e o stress por seca, são fatores que provo-cam o aumento de ramos ladrões, e que pode levar a um número excessivo de hastes.

TÉCNICa

Prejuízos podem ser evitados com esta prática simples

| A desbrota deve ser feita quando os brotos atingirem de 15cm a 20cm.

TratamentosProdução (scs/há)

2006/07 207/08 Média

Testemunha, sem desbrota 31 28 29,5 a

Desbrota, todos os anos 43 41 42,0 c

Desbrota total, a cada 2 anos 30 37 33,5 b

Desbrota parcial, todos os anos 37 28 32,5 b

Desbrota parcial, a cada 2 anos 39 35 37,0 bc

| Fonte Santinato, R. et alli, Anais do 34 CBPC, Mapa/Procafé, 2008, p. 406.

No quadro abaixo se observa os prejuízos causados por nãose fazer a desbrota adequadamente e frequentemente.

Page 15: Revista Cocapec 82

As desbrotas anuais são ideais, pois atuam de forma preventiva. Em certos casos com as plantas mais novas (até 3 a 4 anos), é possível efetuar des-brotas pela eliminação de hastes velhas sem deixar muitas sequelas (buracos) nas plantas. Em plantações velhas, essa eliminação normalmente só pode ser feita associada a uma poda drástica. Para cada estado em que a lavoura se encontra, se aplica uma ma-neira diferente de realizar a desbrota:

Lavouras normais:São aquelas em que a planta se encon-tra em livre crescimento, ou seja, ainda não sofreu intervenções de podas, nessa lavoura a desbrota deve ser feita de forma preventiva a partir do plantio e formação da lavoura, seguindo-se na lavoura adulta, realizando desbrotas anualmente após a colheita, visando manter o número adequado de hastes, uma vez que o excesso destas acelerao fechamento da lavoura, devido ao tom-bamento das mais finas para o meio da rua.

| Em lavouras que não possuem falhas ou “buracos” o ideal é fazer o esqueletamento na ramagem lateral

para retirar todos os brotos.

| Fonte: CULTURA DE CAFÉ NO BRASIL: MANUAL DE RECOMENDAÇÕES ED. 2010.

• O auto sombreamen-to e o “embatumado” de hastes na planta;

• O menor comprimen-to dos ramos laterais que saem das hastes (normalmente mais finas) comportando as-sim, menor número de nós produtivos/ramo;

• Crescimento de hastes “ramos ladrões” mais finas e que pendem para o meio da rua;

• A manutenção de um micro-clima mais favorável ao ataque de doenças;

• Menor tamanho dos frutos produzidos em hastes mais finas, pelo menor vigor destes ramos.

A baixa média de produtividade observada no quadro ao lado notratamento sem desbrota está relacionado com:

TÉCNICa

Lavouras recepadas:Nessa condição a quantidade de brotos a serem conduzidos por planta está relacionado com o espaçamento, principalmente a distância na linha. Para distâncias menores que 1m deve-se conduzir somente um broto/planta, de 1m a 1,5m conduzir de 1 a 2 brotos/planta, e com 1,5m ou mais conduzir 2 a 4 brotos/planta. A desbrota deve ser feita quando os brotos atingirem de 15cm a 20cm. Deve-se selecionar os mais bem implantados, saindo da parte média a baixa do tronco, para dar origem a ramos laterais produtivos mais juntos ao solo, proporcionando uma “saia” mais baixa, devendo os brotosdeixados coincidirem na direção da linha.

Lavouras decotadas:Deve-se conduzir 2 brotos/planta, pois o excesso faz com que as hastes fiquem finas, passando a produzir menos com o passar do tempo.

Lavouras esqueletadase despontadas:Em lavouras que não possuem falhas ou “buracos” na ramagem lateral deve-se retirar todos os brotos. Se houver “bu-racos” e falhas, pode-se manter para preencher a falta de ramos laterais.

15NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Page 16: Revista Cocapec 82

16 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Broca do caféPor Rubens Manreza | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

TÉCNICa

Seu controle garante a qualidade

A broca do café é a segunda praga em importância na cafeicultura, mas atualmente ocupa o centro das atenções,

pois o principal produto utilizado no seu controle está com os dias conta-dos, e será retirado de comercialização e utilização do mercado no início do segundo semestre de 2013. Esta praga afeta diretamente a qualidade do café, pois se trata de um pequeno besouro que perfura o fruto,

| Os grãos brocados prejudicam a classificação do café

normalmente na região da coroa, e faz uma galeria no interior, onde põe os ovos, dos quais saem as larvas, que se alimentam das sementes. Uma fêmea sobrevive em média 156 dias, produzindo aproxi-madamente 74 ovos, entretanto, esta coloca no máximo 20 ovos por câmara (galeria), ou seja, uma mesma fêmea coloca ovos em vários frutos, visto que esta voa e o macho não, e mais, a pro-porção é de 10 fêmeas para 1 macho.

O ciclo médio da praga é de 28 dias, com variação de 17 a 46 dias, podendo ocorrer 7 gerações por ano ou ciclo produtivo do café.

Prejuízos causados: Nos grãos já em fase de granação, provoca redução no peso das sementes danificadas, diminuindo a renda de café coco/beneficiado. A perda de qualidade pela depreciação do aspecto dos grãos e, de

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17NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

tipo, pois 5 grãos brocados constituem em 1 defeito na classificação do café, deprecia o preço deste, e ainda, pode implicar diretamente na redução da quantidade de café exportável, pois no comércio externo, não são admitidoslotes com mais de 10% de grãos brocados.

Condições favoráveis: A broca permanece na lavoura de uma safra para outra em frutos remanescentes de colheita. Assim, se a catação for mal feita, deixa frutos no pé ou no chão favorecendo a praga. Ambientes sombrios (lavouras fechadas ou arborizadas), lavouras em faces mais úmidas, período úmido na entre-safra, oferecem melhores condições de sobrevivência da praga. Outros fatores que contribuem são a presença de cafezais abandonados nas proximidades, ocorrência de estiagem de dezembro-janeiro (época de maior trânsito da broca), floradas desuni-formes e colheita tardia. Geralmente em anos de baixa safra o ataque é mais elevado.

Controle: O aumento no ataque da broca começa a partir de novem-bro-dezembro, pois as fêmeas fecunda-das saem dos grãos onde permanece-ram na safra anterior, para perfurar os frutos ainda jovens da primeira florada, intensificando o ataque na granação até a maturação, sendo que este ocorre principalmente no terço médio e saia do cafeeiro. Um bom controle de broca inicia com uma colheita bem feita, não deixando frutos no chão, e principal-mente no pé (preferidos pela praga), também depende da manutenção de la-vouras “abertas”, usando poda quando recomendado e eliminação de lavouras abandonadas, possíveis focos de broca.

TÉCNICa

Esta praga afetadiretamente a

qualidade do café

A broca permanecena lavoura de uma

safra para outra emfrutos remanescentes

de colheita

A partir de julhode 2013 toda a

comercialização e uso de todos os produtosformulados com

Endosulfan estarácancelada

A broca pode ser parasitada por himenópteros, pequenas vespas, com destaque para a de Uganda, que criada e introduzida nas lavouras em São Paulo em 1930, não obteve sucesso devido a ausência do hospedeiro (bro-ca) no período de entre-safra do café e pelo uso de inseticidas para controle da broca. Também é colonizada natural-mente por fungos, como a Beauveria bassiana, facilmente reconhecida por apresentar uma pequena massa branca junto ao furo no fruto por onde entrou a broca. Entretanto, a população destes fungos é afetada pelas condições ambi-entais, como temperatura, umidade e insolação, e ainda pelo uso de fungici-das utilizados no controle de doenças, principalmente os cúpricos. A forma mais eficiente de con-trole é o químico, com inseticidas espe-cíficos. Para avaliar a necessidade deste tipo de controle, deve ser realizado monitoramento, percorrendo o talhão em zig-zag, observando em 20 plantas no talhão, 3 ramos na saia de cada uma dessas plantas, e anotar o número de ramos que apresentam frutos broca-dos, sendo recomendado controle com níveis de 1 a 3% de frutos brocados. Deve-se ter atenção e separar os talhões a serem amostrados de acordo com histórico e características que pos-sam favorecer a praga, evitando assim, pulverizar desnecessariamente áreas sem infestação. Atualmente, existem dois pro-dutos registrados para o controle de broca, Endosulfan e Clorpirifós, sendo o primeiro mais utilizado e de maior eficiência. Há alguns anos, só era real-izado controle na época de maior trân-sito da broca (dezembro-janeiro), mas, com a utilização do Endosulfan, que tem efeito fumigante, é possível atingir as brocas até mesmo nas fases iniciais

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18 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

| REFERÊNCIAS

Cultura de Café no Brasil: Manual de Recomendações. Edição 2010. J.B. Matiello, R. Santinato, A.W.R. Garcia, S.R. Almeida e D.R. Fernandes.

Cartilha Informativa Nortox de Retirada Programada do Endosulfan no Mercado Brasileiro.

TÉCNICa

| A broca permanece na lavoura de uma safra para outra em frutos remanescentes de colheita

| Um pequeno besouro perfura o fruto, normalmente na região da coroa

de penetração nos frutos. A aplicação deve ser feita com base no monitora-mento, sendo uma aplicação com 1,5 a 2,0 litros de Endosulfan por hectare suficiente em ataques mais “leves”, já em ataques mais severos deve ser feita uma segunda aplicação, 30 a 45 dias posteriores à primeira, sempre após novas inspeções e amostragens. Deve-se ter atenção à tecno-logia de aplicação para obter um bom controle, com pulverizadores em bom estado, bicos e volume de calda ade-quados, objetivando atingir os frutos. É importante a utilização de 0,5 % na calda de óleo mineral ou vegetal. Entretanto, com a retirada do Endosulfan do mercado, prevista pela ANVISA para julho de 2013, as em-presas fabricantes de defensivos estão testando inseticidas para o controle de broca à base de clorantraniliprole, mas até o momento não há nenhum produto novo registrado, com a mesma eficiência conhecida do Endosulfan.

Retirada programada doEndosulfan no MercadoBrasileiro:

Com base em estudos científicos, que demonstraram efeitos colaterais gerados pela exposição ao Endosulfan, para proteger a saúde das populações humanas expostas e aten-dendo ao que preconiza a Lei Federal 7.802, de julho de 1989, a ANVISA decidiu proibir o inseticida no Brasil. Desde julho de 2011, estão canceladas as importações de Produtos Técnicos e Formulados. Em julho de 2012 foi can-celada toda produção destes, e a partir de julho de 2013 toda comercialização e uso de todos os produtos formulados com Endosulfan estará cancelada, com recolhimento de todo estoque rema-nescente em distribuidores e em poder

de agricultores num prazo máximo de 30 dias. Hoje o uso de Endosulfan só é permitido nas culturas do café, cana-de-açúcar, soja e algodão, até a data limite de 31/07/2013. Já está proibido o uso nos estados do Amazonas, Acre, Ceará, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraí-ba, Pernambuco, Alagoas, Tocantins, Distrito Federal, Rio de Janeiro, SantaCatarina e Sergipe. O uso para controle de formigas e como preservativo de madei-ra também está proibido, assim como as modalidades de aplicação aérea e costal.

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19NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

| Os aplicadores costais fazem o trabalho manual na lavoura.

| Equipamento tratorizado aplicando o produto em jato contínuo na linha de plantio no solo limpo.

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Aplicação de inseticida/fungicida via soloPor Luciano Ferreira Coelho | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

Momento importante para o futuro da lavoura

Prezado cooperado, mais um ano agrícola se inicia e, com ele, algumas etapas da futura safra, portanto, trataremos

nesta edição das aplicações preventivas via solo para o controle da ferrugem e do bicho mineiro. A ferrugem do cafeeiro (Coffea arabica L.) assim como o bicho mineiro (Leucoptera Coffeella.) constituem juntos ainda um fator limi-tante na cultura do café, sendo estes causadores de desfolha, comprometen-do a produção futura. Várias medidas podem ser utilizadas, visando sempre aliar o sucesso no controle da doença e praga aos aspectos de segurança ambi-ental e do trabalhador. Entre as opções no controle, o emprego de aplicações foliares vem sendo utilizado desde o início do cultivo do café no Brasil. Entretanto, com o advento dos fungicidas e inseticidas sistêmicos de aplicação via solo, estes são empregados hoje, pela maior parte dos cafeicultores. A superioridade dos sistêmicos ocorre devido às suas pro-priedades de absorção, translocação e modo de ação no controle da ferrugem e do bicho mineiro, culminando com a redução do número de aplicações foliares e consequentemente redução nos custos de produção. Esta modalidade via solo, comumente chamada de “aplicação via drench”, consiste em aplicar a calda em jato contínuo na linha de plantio no solo limpo, com equipamento tratorizado, corretamente calibrado ou mesmo

equipamentos costais, sendo ambas as modalidades mais seguras, com maior rendimento na aplicação, menor risco de intoxicação do aplicador e aumen-to da produtividade devido a melhor forma de se fornecer o produto para a planta “pela boca”, ou seja, pelas raízes.A época das aplicações destes produtos normalmente vai da segunda quinzena de outubro até meados de novembro e o volume da calda normalmente utilizada é de 400 litros/há, no caso de equipamentos tratorizados, e de 50 ml/planta no caso de aplicadores costais. Vale aqui ressaltar a importância de que

em primeiro lugar, no ato da aplicação, o técnico responsável que o assiste, avalie a planta previamente no intuito de verificar o nível de inseticida tanto da ferrugem quanto de bicho mineiro, pois a ação dos produtos não é imedi-ata. Normalmente neste período (out/Nov), os índices de infecção/infestação estão baixos, permitindo a aplicação destes produtos sem complemento foliar. Em segundo, use produtos com registro para a cultura instalada que, no nosso caso, é o bom e velho pé de café. Para mais informações consulte o técnico responsável pela sua região.

Aplicação de inseticida/

TÉCNICa

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20 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Aumente aprodutividade como manejo de mato

Por Pedro Henrique dos Santos | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

O controle do mato no cafezal é uma prática de elevada importância para se ob-ter produtividade, sendo

considerada tão antiga como a própria exploração agrícola. O principal obje-tivo deste tipo de manejo é reduzir a competição por água, luz e nutriente, evitando assim quedas na produção. Sem o controle adequado, as daninhas crescem e se multiplicam rapidamente, extraindo os elementos essenciais para a sobrevivência da planta. O prejuízo causado pelas plantas indesejáveis pode

TÉCNICa

A retirada das plantas indesejáveisgarante uma lavoura sadia

| Fonte: Adaptado de Miguel et al. (1980).

Extração de nutrientes em Kg/ha pelas folhas, hastes e raízes de plantas daninhas em áreas com cafeeiros. Teixeira/MG.

Plantas Daninhas Nitrogênio Fósforo Potássio Cálcio Magnésio

Caruru 12,63 1,86 6,94 7,26 4,27

Amendoim-bravo 14,37 0,75 10,55 4,7 1,13

Botão de ouro 3,72 0,19 1,58 2,05 0,33

Picão-preto 33,72 2,51 19,18 13,55 3,01

Capim-colchão 12,1 1,33 19,4 11,39 2,44

Campim-marmelada 20,08 0,31 2,28 3,29 0,62

Total (Kg/ha) 96,62 6,95 59,93 42,24 11,8

Café (folhas) 12,63 1,86 6,94 7,26 4,27

variar entre 30% a 100% nas lavouras de maneira geral e o seu controle pode representar de 20 a 30% do custo de produção de uma lavoura. As plantas daninhas são rústicas, tem um bom sistema radicular e estão mais adaptadas a ambientes desfavoráveis que o cafeeiro, portanto são capazes de concorrer em situação vantajosa. A exemplo do prejuízo causado pelo mato, estudos mostram (tabela 1) as perdas de nutrientes em Kg/ha extraídos pelas daninhas na região de Teixeiras/MG.

| Palhada na linha do café.

Page 21: Revista Cocapec 82

21NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

TÉCNICa

Como quase tudo nessa vida tem o lado bom e ruim, a presença do mato na lavoura não poderia ser diferente. Ele protege o solo contra a erosão, reciclagem de nutrientes, hospedagem de inimigos naturais, me-lhora as condições biológicas do solo, fornecimento de matéria orgânica, são algumas das vantagens da sua presença. Sendo assim, o controle ideal é aquele cujo agricultor procura diminuir o máxi-mo os prejuízos causados pelo mato, mas ao mesmo tempo explora suas vantagens, e essa técnica é o manejodo mato. Nesta hora é necessário o olhar clínico do técnico junto ao

| Mato muito alto, com dominância decapim, em cafezal.

produtor, pois em muitos casos o tra-balho não está acontecendo de forma correta. O período de controle muitas vezes passa do tempo e o mato acaba causando prejuízos ao cafezal. É necessário saber o período crítico de competição entre o cafe-eiro e o mato, principalmente após o plantio do cafeeiro (mudas). A pesquisa mostra que essa época é entre outubro e abril (tabela 2) que coincide com a época de maior crescimento vegetativo e enchimento dos grãos. Portanto, é importante manter o mato controlado para evitar a absorção dos nutrientes da adubação e competição por água em casos de veranicos.

Nesta hora énecessário o olharclínico do técnicojunto ao produtor

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22 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Um bom manejo seria colocar o mato roçado na linha do cafezal, for-mando assim uma camada de material vegetal morto, com isso os nutrientes absorvidos na entre linha são devolvi-dos gradativamente para o café na forma de matéria orgânica, além de for-necer outros benefícios como: diminuir a temperatura do solo na linha do café, evitando assim morte de raízes superfi-ciais, reduz perdas de solo por erosão, mantém os níveis de água mais elevado, promove a reciclagem de nutrientes, etc. É necessário sempre manter a linha do café livre de mato vivo, para isso, existem várias técnicas como: capinas manuais (enxada), mecânicas (roçadei-ra) e químicas (herbicida). A escolha da técnica vai de acordo com o nível tec-nológico de cada produtor, mas o ideal é fazer uma associação de todos os métodos. Na época da colheita, caso o produtor queira deixar o solo limpo para fazer a varreção, pode-se retirar a camada de palha da linha e enleirar na entrelinha, mas o ideal seria conseguir levantar o café de uma camada seca e firme. Uma boa opção, que tem obtido bons resultados é a semeadura de braquiária nas entrelinhas do cafezal. Ela fornece grandes quantidades de matéria orgânica, melhora a estrutura física do solo, impede a compactação e melhora a drenagem da água, além de evitar que outras plantas daninhas de difícil manejo se propaguem pela área. Para fazer esse esquema de consórcio é necessário ajustar a adubação para não faltar nutrientes para o café. A braquiária não pode avançar para linha do cafeeiro, sendo necessário ficar a uma distância de pelo menos uns 30 cm da saia. Caso não seja feita os ajustes de adubações e nem a con-tenção do crescimento exagerado da braquiária, pode-se causar sérios danos a produtividade do cafezal. Porém se manejada adequadamente obtém ótimos resultados.

Perda em produção em cafeeiros em função da época decontrole do mato, Caratinga/MG, 1979.

Época de Capina Perda de produção %

Sempre Capinado −

Capina de outubro a abril 7

Capina de outubro a fevereiro 12

Capina de dezembro a setembro 13

Capina de dezembro a fevereiro 18

Sempre sem capina 55

| Fonte: Oliveira et al. (1979).

| Lavoura de café com capim na entrelinha.

| REFERÊNCIAS

Silva et al (2007).Miguel et al (1980).Café Arábica do plantio à colheita, v 1,Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Lavras 2010.http://www.fundacaoprocafe.com.br/sites/default/files/publicacoes/pdf/folhas/Folha028Mato.pdfhttp://www.cafepoint.com.br/radares-tecnicos/manejo-de-lavoura/manejo-do-mato-mudanca-de-paradigma-na-cafeicultura-34267n.aspx

TÉCNICa

Page 23: Revista Cocapec 82

23NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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24 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Como realizar a“Queima Controlada”Por Adilson Sérgio Machado Junior | Assistente de Auditoria Interna Cocapec

Lei estadual define normas para a realização de queimadas em lavouras

TÉCNICa

As queimadas estão presentes desde o início da cultura agrícola de nosso país, quan-do controlada e bem aplica,

é muito útil para manutenção e limpeza da lavoura, no entanto, existem leis que regulamentam esta prática. Com o intuito de orientar os coope-rados que estão sofrendo autuação por desconhecimento da lei, apresen-tamos alguns esclarecimentos sobre a legislação em vigor. No estado de São Paulo, a Lei Nº 10.547 regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 56.571/2010, define os procedimentos, proibições, estabelece regras de execução e medidas de precaução a serem obede-cidas quando do emprego do fogo em práticas agrícolas, pastoris e florestais. O intuito é estabelecer normas para minimizar o impacto ambiental que o emprego do fogo no processo produti-vo agropecuário possa causar. Para isso a Polícia Militar Ambiental, fiscaliza e monitora toda área via satélite, conse-

guindo verificar rapidamente seexistem áreas com algum tipo de queima. Esta tecnologia desenvolvida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) é usada no Brasil desde 1989, com o objetivo de buscar soluções tecnológicas,competiti-vas e sustentáveis ao agronegócio e ao meio ambiente. Segundo a legislação estadual vigente, para a realização da “Queima Controlada” (expressão que define o emprego do fogo para produção e manejo agrícola, pastoril e florestal ou para fins de pesquisas científicas e tec-nológicas em áreas com limites físicos previamente definidos), o produtor rural deverá solicitar junto a CESTESB (Companhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental), a Autorização Para Queima Controlada. O interessado na obtenção deverá preencher um formulário no Portal de Licenciamento da CETESB com alguns requisitos de acordo com o Art. 4º da referida lei

para a solicitação do documento de Comunicação de Queima Controlada como:

1 – Definir as técnicas, os equipamen-tos e a mão de obra a serem utilizados; 2 – Fazer o reconhecimento da área e avaliar o material a ser queimado; 3 – promover o enleiramento dos resíduos de vegetação, de forma a limitar a ação do fogo; 4 – Prepara aceiros de no mínimo três metros de largura, ampli-ando esta faixa quando as condições ambientais, topográficas, climáticas e o material combustível a determinarem; 5 – Providenciar pessoal treinado para atuar no local da operação, com equipamentos apropriados ao redor da área, e evitar a propagação do fogo fora dos limites estabelecidos; 6 – Comuni-car formalmente aos confrontantes a intenção de realizar a Queima Con-trolada, com o esclarecimento de que, oportunamente, e com a antecedência necessária, a operação será confirmada

24 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

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25NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

ambientais de esfera federal, estadual, e/ou municipal, o pagamento de multa de trinta UFESPs por hectare queimado (aproximadamente R$ 533,20) mais recomposição da vegetação do local afetado. Para o Sr. Francisco Roberto Setti, Gerente da CETESB de Franca que atende 16 municípios da região, a Queima Controlada deve ser evitada devido aos seus impactos ambientais, é recomendável que o produtor utilize de outros meios e que use o emprego do fogo apenas em casos que não haja outra opção. A Lei Estadual Nº 10.547/2000 e o Decreto Estadual Nº 56.571/2010 na íntegra e os demais links de acesso à consultas e serviços relacionados à Queima Controlada, estão disponíveis no site www.cocapec.com.br.

TÉCNICa

com a indicação da data, hora e início e do local onde será realizada a queima; 7 – Prever a realização da queima em dia e horário apropriados, evitando-se os períodos de temperatura mais eleva-da e respeitando-se as condições dos ventos predominantes no momento da operação; 8 – providenciar o oportuno acompanhamento de toda a operação da queima, até sua extinção, com vistas à adoção de medidas adequadas de contenção do fogo na área defi-nida para o emprego do fogo. Após o preenchimento, o documento deverá ser enviado a unidade da CETESB que o site indicou ao iniciar a solicitação São necessários também para o licen-ciamento, documentos referentes à propriedade como, o ITR – Imposto Territorial Rural, CCIR – Certificado do Cadastro de Imóvel Rural e o paga-mento de uma taxa de quinze UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) que seria aproximadamente R$ 276,60 se a solicitação for feita através

de agrônomos autônomos, se realizado através da Secretaria da Agricultura, a taxa será isenta. A consulta de todos os documentos necessários, sobre isen-ções da taxa e o preenchimento, po-dem ser realizadas no site da CETESB Depois de protocolado o requerimento de Queima Controlada, junto à CETESB, o órgão terá o prazo máximo de quinze dias para expedir a autorização correspondente. Em áreas que contenham restos de exploração florestal, com limite em conjunto às sujeitas a regime especial de proteção, estabelecida em ato de poder público federal, estadual ou municipal, é exigida vistoria prévia, neste caso a Queima Controlada poderá ser executada apenas após a emissão de autorização independente do prazo de resposta do órgão responsável. A utilização de recursos de emprego do fogo em la-voura que não estiver de acordo com a legislação, acarretará ao produtor, além de punições previstas em legislações

25NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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26 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

pRoDUÇÃo aNIMaL

Encontro de negóciospara cooperados movimentamo setor veterinárioOportunidade para comprar produtos com preços diferenciados

Por Mário César Caramori | Coordenador de Produtos Veterinários

No mês de setembro, dois laboratórios realizaram encontros de negócios para os cooperados pecuaristas.

O objetivo principal foi divulgar os benefícios dos produtos e proporcionar a sua venda com preços diferenciados aos presentes. O primeiro aconteceu no dia 19 pelo, na BoiPec, laboratório Merial que apresentou para aproxima-damente 50 pessoas, o endectocida Ivomec Gold, produto que atua tanto na parte interna, no controle de ver-mes, quanto na externa para combater pragas e parasitas. Ele possui ação prolongada que protege o organismo do animal por mais tempo. Já no dia 26, cerca de 60 participantes comparece-ram ao hotel Dan INN, e acompa- nharam a demonstração do Boostin do laboratório MSD Saúde Animal. O produto é utilizado para aumentar a produção de leite, através de molécu-las leite, agindo nas células com baixo rendimento. Para garantir a eficácia, seu uso deve ser associado a alguns fatores como alimentação e alojamento adequado. Primeiramente, os técnicos das empresas realizaram apresentações de cada produto, trazendo informações sobre a composição, correta utilização e ainda esclarecendo dúvidas. Em segui-da, explicaram a mecânica do processo de comercialização. Os vendedores das lojas da Cocapec também auxiliaram no

atendimento aos cooperados esclare-cendo as dúvidas sobre o produto e sua utilização. Nas duas ocasiões, as metas foram alcançadas com sucesso nas vendas, e todos os interessados ad-quiriram os medicamentos com valores vantajosos.

| A MSD Saúde Animal demonstrou o Boostin, eficiente produto para aumentar a produção de leite.

| O laboratório Merial apresentou o endectocida Ivomec

Gold utilizado para combater vermes,

pragas e parasitas.

Os vendedores das lojas da Cocapec também auxiliaram no

atendimento aoscooperados esclarecendo as

dúvidas sobre as vendas

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27NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

A brucelose bovina é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Brucella abortus que atinge os bovinos e se manifesta principalmente por abortos no terço final da gestação e nascimentos de bezerros fracos, além de ser uma zoonose, ou seja, o homem pode contrair a doença através do animal doente. As perdas devido a brucelose estão relacionadas à baixa eficiência reprodutiva dos animais, com vacas falhadas na cria (menor quantidade de bezerros nascidos), diminuindo logicamente a produção de leite. No touro pode levar a uma orquite. A maior via de transmissão é a oral. A grande quantidade de bactérias eliminadas durante o aborto e após, nas secreções uterinas, sobrevivem no ambiente por muito tempo e é a fonte de contami-nação de outros animais nas pastagens e nas águas. A vacinação é feita com a vacina B19, em fêmeas (bezerras) entre 3 a 6 meses de idade, geralmente é eficiente para prevenir o aborto, além de aumentar a resistência à infecção. É uma vacina que deve ser realizada pelo Médico Veterinário. Assim que a bezerra é vacinada, coloca-se do lado esquerdo da cara a marca candente com a letra “v”e o número do ano de nasci-mento. A vacina de brucelose é obrigatória, o Veterinário emite o atestado de vacinação que o proprietário leva ao posto fiscal para as devidas anotações em seu cadastro rural. A melhor maneira de diminuirmos os custos com medicamentos veterinários é muito eficaz é a conscientização de que a vacinação é muito eficaz.

Vacinação: o melhor remédio é a prevençãoPor Paulo Henrique Andrade Correia| Médico Veterinário/Uniagro

As vacinas são produtos biológicos que protegem os animais contra certas doenças, provocando uma

reação do sistema imunológico, pro-movendo a produção de anticorpos (leucócitos) contra aquela substân-cia. Desta maneira a doença não se desenvolve ou, em alguns casos, de maneira branda. Em nossa região são obrigatórias as vacinas contra a Aftosa, Brucelose e a Raiva dos Herbívoros. Porém, existem outras que o criador sabe muito bem que, se não vacinar, o animal pode contrair a doença e vir a óbito, como é o caso do Carbúnculo Sintomático ou Peste da Manqueira.Além disso, existem outras que tem sido usadas em larga escalas pelos nossos fazendeiros, como é o caso das Clostridiose, Botulismo, Cerato-conjuntivite, IBR (Rinotraqueíte dos Bovinos), Mastites, Paratifo e outras.

A febre aftosa é uma doença provocada por vírus, afeta animais que pos-

A raiva é uma doença causada por vírus e uma vez instalada é fatal, levando o animal a morte. É transmitida pelo morcego hematófago contaminado pelo vírus, que suga o bovino ou o equino para se alimen-tar. Após a mordedura os sintomas podem aparecer em torno de 20 até 90 dias. O animal com a doença se isola do rebanho, fica triste, lento e inicia uma claudicação geralmente nos membros posteriores, tremores musculares, às vezes hipersen-sibilidade, progredindo para uma paralisia dos membros, não consegue beber água nem comer, deita, apresenta movimentos de pedalagem. Após o início dos sintomas morre entre 3 a 10 dias. Para os animais que nunca receberam a vacina, depois da primeira dose, é necessário realizar uma dose de reforço após 30 dias da primeira e a partir daí uma vez por ano.

pRoDUÇÃo aNIMaL

Vacina contraa Febre Aftosa:

Vacina contraa Brucelose

Vacina contra a Raivados Herbívoros:

suem o casco biungulado, ou seja, bovinos, caprinos, ovinos, suínos e alguns animais selvagens. É muito contagiosa e causa prejuízos enormes, uma vez instalada no rebanho. É uma vacina obrigatória por lei, e o Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) estabelece os meses de maio e no-vembro para esta vacinação. Em uma des-tas datas vacinamos todo o rebanho e em outra apenas os bovinos até de 24 meses de idade. Há necessidade de comprovar a vacinação junto ao órgão de fiscalização do governo estadual.

melhor remédio é a prevenção

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28 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Os melhorescafés da Alta MogianaCocapec premia ganhadores do 9° Concurso de Qualidadede Café Seleção Senhor Café – Alta Mogiana

Por Luciene Reis | Analista Comunicação Cocapec

A Cocapec realizou no dia 17 de outubro a entrega dos prêmios aos ganhadores do 9° Concurso de Qualidade

de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. A premiação dos cinco me-lhores lotes de café na categoria cereja descascado e natural aconteceu no Au-ditório do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria). O evento foi apreciado pela diretoria da coopera-tiva, cooperados e autoridades locais. A cerimônia também contou a presença do palestrante Carlos Henrique Jorge Brando, da P&A Marketing Internacio-nal que falou sobre “Perspectivas da Cafeicultura Brasileira e Mundial”. O concurso é realizado anual-mente pela Cocapec com o objetivo de incentivar seus cooperados a produ-zirem café arábica de alta qualidade, reforçando o reconhecimento da Alta Mogiana como fornecedora de cafés especiais e valorizando o nosso “Senhor Café”. Os cafés que obtiveram a primeira colocação nas duas categorias são do município mineiro de Cássia. Para o ganhador da categoria Café Natural, o engenheiro agrônomo Luiz Gustavo Guimarães Corrêa, alcançar este resultado foi muito gratificante, o reconhecimento pelo trabalho desen-volvido. “Um professor meu dizia que quem estraga o café somos nós, então fiz tudo do jeito que mandam, tomei todos os cuidados, além de que, a altitude na minha região é propícia para

o café.” Luiz Gustavo ainda agradeceu a todos que colaboraram para esta conquista, e em especial aos seus pais, esposa e filhos que o apoiaram nesta fase. Na categoria cereja descasca-do, o ganhador, Eurípedes Alves Pereira obteve pelo quarto ano consecutivo o posto. O cooperado, iniciou o trabalho com cereja descascado há seis anos, e conta que no começo foi difícil, mas depois foi pegando o jeito. E, para ele,

os resultados alcançados nos últimos anos são consequência da persistência e capricho em se fazer um café de qualidade. Foram premiados os 5 me-lhores cafés da categoria natural e os 5 da categoria cereja descascado. Os cafés preparados por via seca (café natural) foram contemplados com os prêmios (vale compras), a serem uti-lizados nas lojas da Cocapec, sendo que cada colocação recebeu:

Analista Comunicação Cocapec

| Na mesa solene estavam diretores da Cocapec e autoridades

| João Toledo, presidente da Cocapec, abriu o evento dando boas vindas

Capa

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29NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

A comissão julgadora foi formada por técnicos em classificação de café, não pertencentes ao quadro de funcionários da Cocapec, indicados pela comissão organizadora, devida-mente habilitados junto à Associação Comercial de Santos. Foram eles: Jorge José Menezes Assis da Monte Alegre Coffees, Clóvis Venâncio de Jesus da ABC Café e Antonio Fagundes de Sou-za Junior da Cooparaiso.

Capa

1º - Luiz GustavoGuimarães CorrêaFaz. Boa Vista Cássia-MG

2º - HélvioAparecido JorgeSítio Dona Tuca Pedregulho-SP

3º - Rodolfo Salim Almeida Feres Faz. Rodolfo Almeida Pedregulho-SP

4º - MauricioDonizete Moscardini Sítio Califórnia Cristais Paulista-SP

5º - BoráAgropecuária Ltda Faz. Rio das Velhas Sacramento-MG

1º - EurípedesAlves Pereira Faz. Santa Terezinha Cássia-MG

2º - CBIAgropecuária LtdaFazenda Água Santa Franca-SP

3º - Ailton JoséRodriguesFaz. São Domingos Pedregulho-SP

4º - NiwaldoAnt. RodriguesFazenda da Lagoa Pedregulho-SP

5º - Mauri vanRodrigues Fazenda Santa Cruz Pedregulho-SP

1º LUGARR$ 10.000,00

2º LUGARR$ 8.000,00

3º LUGARR$ 6.000,00

4º LUGARR$ 4.000,00

5º LUGARR$ 2.000,00

Ganhadores da categoria café natural:

Ganhadores da categoria cereja descascado:

| Anselmo Magno,gente do Departamento de Café e membro da comissão organizadora do Concurso, explica metodologia utilizada para a escolha dosmelhores cafés

| Eurípedes Alves Pereira obteve pelo quarto ano consecutivo o 1º lugar na categoria Cereja Descascado

| Os 5 primeiros da Categoria Natural | Os 5 primeiros da Categoria Cereja Descascado

| O engenheiro agrônomo Luiz Gustavo Guimarães Corrêa, conquistou o 1º lugar na Categoria Natural

| Os 5 primeiros da Categoria Cereja Descascado

Page 30: Revista Cocapec 82

30 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Capa

No evento também ocorreu o repasse à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Franca, de mais 160 mil reais que foram arrecada-dos junto aos cooperados da Cocapec e Sicoob Credicocapec. E que, mesmo após o término da campanha realizada para o 3º Leilão “Quem doa mais?”, promovido anualmente para a instituição, muitos cooperados ainda se dispuseram a ajudar. A entrega foi realizada pelos presidentes da Cocapec e Sicoob Cre-cidocapec, João Alves de Toledo Filho e Maurício Miarelli, este último também

Apae/Franca recebe R$ 160 mil

O cooperado da Cocapec, Ricardo Cintra Coelho, de Franca, ficou com a quarta melhor nota da categoria natural, no 11º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo. A prova dos lotes foi realizada nos dias 24 e 25 de outubro na Sala de Provas da Associação Comercial de Santos. Para o Concurso Estadual a Cocapec encami-nhou amostras dos quatro primeiros colocados de cada categoria em seu concurso, que têm suas propriedades no estado de São Paulo. Ricardo Cintra, participou do leilão promovido pelo Concurso Estadual que foi realizado

no dia 6 de novembro. O resultado do leilão foi divulgado dia 13 de novem-bro, em cerimônia realizada no Museu do Café, em Santos, quando foram premiados os produtores campeões e as indústrias campeãs nas categorias Ouro (maior valor de aquisição por saca), Diamante (maior investimento realizado) e Especial (maior valor pago por um microlote). Os cafés adquiridos no leilão pelas torrefadoras serão industrializa-dos e lançados dia 17 de dezembro, compondo a 10ª Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo. Trata-se

de uma edição limitada, que chegará aos consumidores em sofisticadas em-balagens de 250 gramas, identificadas por selo numerado. O Concurso e a Edição Especial são promovidos pela Câmara Setorial de Café de São Paulo e pela CODEAGRO - Coordenadoria de Agronegócios da Secretaria da Agricul-tura do Estado, e contam com a parce-ria do Sindicato das Indústrias de Café de São Paulo, da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café, do Sebrae, da ACS - Associação Comercial de Santos e do Museu do Café.

Cooperado fica entre os 4 melhores do estado na categoria natural

No evento também ocorreu o

| Presidente da Apae recebe R$ 160 mil arrecadados juntos aos cooperados da Cocapec e Sicoob Credicocapec

| JPlateia acompanha palestra sobre perspectivas de mercado

embaixador da Apae, ao presidente da instituição, Jorge Flávio Sandrin. Miare-lli, destacou que o cafeicultor tem uma natureza solidária, e que muitos ajudam com café as instituições de seus municípios, mas neste ano, eles tiveram a oportunidade de estenderem esta solidariedade e, surpreenderam, ao continuarem colaborando mesmo após a realização do leilão “Quem Doa Mais?”. O embaixador da Apae agrade-ceu especialmente cada cooperado que doou para a campanha e aos diretores e colaboradores das duas cooperativas que se empenharam pela causa, e, entregou o

“cheque” ao presidente da Apae. Sandrin, destacou a importância do trabalho dos embaixadores para a continuidade das ações realizadas com as 1120 crianças que a Apae assisti desde de recém nascidas a idade, praticamente, adulta nas áreas de saúde, assistência social e educação. Destacou que, a Apae recebe recursos da área governamental, mas não são suficientes para cobrir todas as despesas que a instituição tem. Ele destacou que a instituição está de portas abertas para visitas e agradeceu a todos que colaboraram para que o montante chegasse às mãos da Associação.

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31NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Capa

Perspectivas dacafeicultura brasileirae mundialPor Maria Fernanda Brando e Carlos Brando| P&A Marketing Internacional

OBrasil é hoje o maior caso de sucesso do mundo produtor de café. Com a expectati-va de uma colheita de 50

milhões de sacas em 2012, o país viu sua produção média crescer 50% nos últimos dez anos sem a expansão da área plantada. O uso de novas técnicas e tecnologias no campo aliado à pesquisa agronômica avançada impulsiona a pro-dutividade, que passou de uma média nacional de 14 sacas/hectares nos anos 2000 para 21 sacas/ha em 2010, com casos de produtores excelentes atingin-do médias de 50 sacas/ha em Arábica e

100 sacas/ha em Conilon. O setor de café brasileiro conta com uma infraestrutura produtiva organizada, uma indústria desenvolvida que abastece o mercado doméstico, o segundo maior do mundo, e um setor exportador líder, com mais de 33 mi-lhões de sacas de café exportadas em 2011. O Brasil segue sendo um polo dinâmico da produção, tanto em Arábica quanto em Robusta (Conilon). No restante do mundo, poucos países demonstram tanta vitalidade e cres-cimento sustentado. Recentemente Honduras e Peru ganham destaque,

além do Vietnã. Honduras tem investi-do em novas plantações e em qualidade e espera atingir 5 milhões de sacas na safra 2012/13. A produção de café hondure-nha expandiu 50% na última década, com custos de produção mais baixos que os do Brasil. No Peru, a produção de café cresce à custa de mais plantações, uma vez que a produtividade segue baixíssi-ma na maioria das zonas produtoras. A produção peruana de café é de 5 milhões de sacas, aproximadamen-te, com destaque para os orgânicos e especiais.

| Carlos Brando prendeua atenção do público ao

falar sobre o futuro domercado de café

Page 32: Revista Cocapec 82

32 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Produtores da América Cen-tral sofrem com alterações climáticas e com a broca, além das produtividades baixas. A Colômbia viu sua produção cair drasticamente em anos recentes, de 12 para 7,5 milhões de sacas. Tal fato levou à queda do fornecimento de Arábicas suaves (lavados) ao mercado. Na Ásia, Vietnã e Indonésia, grandes produtores de Robusta, avançam em ritmos diferentes. No Vietnã, as safras recentes teriam ultrapassado 20 milhões de sacas, mas problemas com a qualidade persistem. A Indonésia já é o terceiro maior produtor mundial de Robusta, atrás do Vietnã e do Brasil, e tem potencial para chegar a 10 milhões de sacas nos próximos anos. O avanço do Brasil em relação às demais origens se deve em grande parte à “revolução” tecnológica pela qual passa a cafeicultura, não somente em termos de novas variedades, insumos e gerenciamento, mas tam-bém em relação à mecanização da colheita (em muitas áreas) e irrigação (em áreas específicas). Tais tendências devem ser intensificadas, caso o Brasil deseje ser o principal candidato a suprir os mercados internacionais de café. Ainda há muito espaço para aplicação de tecnologias existentes durante o plantio, colheita e pós-colheita, tanto no Arábica quanto no Conilon. Tam-bém, há grandes possibilidades na área de sustentabilidade, com maior adoção de boas práticas agrícolas, redução de custos de produção e adoção de cer-tificações, com consequente agregação de valor ao produto. Aumenta muito a demanda por cafés sustentáveis verifi-cados e certificados por compradores internacionais. E o consumo de café avança no mundo, apesar da crise. O consumo mundial de café, estimado em 137 milhões de sacas em 2011, é alavancado hoje principalmente por países produtores – por exemplo, México, Indonésia, Índia, Brasil − e mercados emergentes como Rússia

| Fonte: P&A Marketing

Internacional

Capa

Abaixo: slides que ilustram o artigo, retirados da palestra proferida pela P&A aos membros da Cocapec, em 17/10/12.

e países do leste da Europa, além da China. Nestes mercados, grandes mudanças econômicas e sociais como o avanço da classe média contribuem para dinamizar o consumo de café. Aumenta o consumo de café fora de casa, em escritório, padarias e cafete-rias, que se posicionam como uma nova experiência de consumo, com destaque

para o espresso em alguns locais. O solúvel se expande em casa, princi-palmente nos países emergentes, e também avançam as máquinas domésti-cas monodose (sachê e cápsulas), como Nespresso, Keurig, Senseo e Dolce Gusto. Já nos mercados tradiciona-is, como Europa Ocidental e EUA, o consumo de café reduziu seu ritmo

 ©  Copyright  P&A

0,000,501,001,502,002,503,003,504,004,50

-­‐5  

10  15  20  25  30  35  40  45  

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Produção  (milhões  sacas) Produtividade  (sacas/ha) Área  Plantada  (milhões/ha)

Milhões  sacasSacas/ha

Milhões  ha

MAIS PRODU‚ Ì O EM MENOS ç REA

PRODUÇÃO  BRASILEIRA,  PRODUTIVIDADE  E  ÁREA  (MÉDIAS  DE  QUATRO  ANOS)

PRODUTIVIDADE CRESCE

 ©  Copyright  P&A

PRODU‚ Ì O MUNDIAL

Ð Brasil (A+R)

Ð Honduras (A)

Ð Peru (A)

Ð Eti— pia (A)

- Vietn‹ (R)

- IndonŽ sia (R)

Problemas:

- Col™ mbia (A)

Pî LOS DINå MICOS

TIPO DE CAFƒ 1980 (%) 2001 (%) 2011 (%)

ARç BICA 74 66 63

ROBUSTA 26 34 37

Pî LOS SEMI-DINå MICOS

Page 33: Revista Cocapec 82

| Fonte: P&A Marketing

Internacional

Capa

recentemente devido à crise financeira, entre outros fatores. Nestes merca-dos, cresce o consumo dentro de casa através do uso de máquinas monodose para filtro e espresso; no varejo au-menta a busca por opções mais baratas de café, como as marcas próprias das redes de supermercado. O Brasil é o maior produ-tor e exportador mundial de café e o segundo maior consumidor. O Brasil produz grandes volumes de café, com qualidade consistente, de variados tipos e origens, e tem potencial para produ-zir ainda mais. O país também é hoje a maior fonte mundial de cafés sus-tentáveis, apesar do mundo descon-hecer muitos destes fatos. Pensando nisso, e na possibilidade de agregar valor aos Cafés do Brasil, um grande programa de marketing está sendo desenvolvido pelo setor. O setor priva-do constituído por ABIC, ABICS, CNC, CNA, BSCA e ABOP uniu esforços e em conjunto fez uma proposta de posicionamento dos Cafés do Brasil ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em julho deste ano. Tal posicionamento deve balizar as iniciativas de médio e longo prazo a serem implementadas ao longo dos anos 2012 a 2016, amparadas em qua-tro conceitos principais: diversidade, qualidade, sustentabilidade e origem. A ideia é desenvolver um con-junto integrado de ações de marketing tanto no mercado interno quanto externo, para posicionar o Brasil como o “País do Café”, aproveitando os grandes eventos a serem sediados aqui, como Copa 2014 e Olímpíadas 2016, entre outros. O objetivo principal do programa é agregar valor aos cafés brasileiros, tendo em vista o lugar de destaque ocupado pelo país no merca-do mundial de café, e levando em con-sideração as novas tendências mundiais de produção e consumo. Espera-se que este programa de marketing colabore para difundir a origem Brasil, ampliar

mercados e agregar valor ao produto nacional, com benefício para todos os envolvidos – produtores, regiões e marcas de café. Este é o momento ideal para os Cafés do Brasil: enquan-to alguns concorrentes enfrentam dificuldades de aumentar sua produção, cresce a demanda por produtos e preparações que usam cafés brasileiros.

O país ganha prestígio no exterior e cresce a demanda por cafés diferen-ciados, que já compõe 18% de todo o café exportado pelo Brasil. Como se vê, há muitas opor-tunidades para o Brasil no mercado de café. Esperamos que seja apenas o começo de uma nova e frutífera etapa da cafeicultura brasileira.

33NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

 ©  Copyright  P&A

PERSPECTIVAS DA PONTA DO CONSUMO

CONSUMO MUNDIAL DE CAFƒ : 2000 A 2010

0

20

40

60

80

100

120

140

105 109 111 114119 120 124 128 130 132

134,6

Fonte: OIC

137 MILHÍ ES SACAS CONSUMIDAS EM 2011

 ©  Copyright  P&A

FIM DA BONAN‚ A DOS PRE‚ OS: COMO REAGIR?

- Continuar investindo em tecnologia• gerenciamento• insumos• irriga• ‹ o• mecaniza• ‹ o

- Difundir tecnologias existentes• expandir produtividade• Ar‡ bica: de 20 para 40 sacas / ha• Conilon: de 30 para 60 sacas / ha

- Agregar valor• qualidade• marketing• indœ stria

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34 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

eSpeCIaL

Obrasem Claravalestão adiantadas

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação CocapecValdinei Donizete da Silva | Coordenador do núcleo de ClaravalJosé Valmir Monteiro Junior | Coordenador Serviços Gerais Cocapec

O núcleo estará pronto noprimeiro semestre de 2013

O núcleo de Claraval, que completou 25 anos este ano, se prepara para rece-ber novas instalações já no

primeiro semestre de 2013. As obras estão adiantadas, o armazém, inclusive, já recebeu café da safra comercial de 2012. Em um espaço de quase 760 m², será instalada a nova loja, com ampla área de atendimento, permitindo inclu-

sive mais opções de produtos. O local ainda abrigará uma agência maior e mais moderna do Sicoob Credicocapec e uma copa, ponto de encontro dos cooperados. O armazém de café, já em funcionamento, possui uma área total de 3000 m², e capacidade para 120 mil sacas. O núcleo também terá o sistema de granelização em funcionamento para a próxima safra. Lembrando que estes

investimentos foram todos aprovados na Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada no dia 30 de março. A localização privilegiada, próximo ao acesso a região da Porteira da Pedra, trará benefícios à logística facilitando a entrada e saída de carros e caminhões. Além disso, um amplo esta-cionamento proporcionará conforto ao cooperado em sua visita a cooperativa.

| Em um espaço de quase 760 m², será instalada a nova loja.

34 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Page 35: Revista Cocapec 82

35NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec 35

eSpeCIaL

| A localização privilegiada trará benefícios a logística.

| O núcleo estará em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2013.

| O futuro armazém de insumos será amplo proporcionando agilidade para o cooperado.

| Em um espaço de quase 760 m², será instalada a nova loja.

A localização privilegiada, próximo ao acesso a Porteira da

Pedra, trará benefícios àlogística facilitando a entrada e

saída de carros e caminhões

| O armazém já recebe cafés da atual safra.

NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Page 36: Revista Cocapec 82

36 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

LegislaçãoTrabalhista:PPRA E PCMSO

Por Alda Batista de Souza | Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec

Documentos que ajudam oempregador a controlar os riscos

Dando sequência a série de reportagem sobre as Leis Trabalhistas, os próximos itens que serão discutidos

pela Revista Cocapec são o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCM-SO), fundamentais para os empre-gadores rurais estarem em dia com a legislação trabalhista. O PCMSO indica a relação de todos os exames médicos que os empregados deverão se subme-ter para verificação de suas condições de saúde. O objetivo é a prevenção, investigação e diagnóstico dos agravos relacionados ao trabalho, bem como as diretrizes e conduta no que se refere a doenças profissionais que possam vir a afetar os funcionários. O seu plane-jamento e implantação se baseiam na identificação dos riscos. Já o PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos tra-balhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NRs - (Normas de Segurança). A implementação do PPRA é obrigatória para todos que contratam empregados. Não importando o grau

de risco ou a quantidade de contrata-dos, cada um com suas características e complexidades diferentes. Esse programa está estabelecido na Norma Regulamentadora NR 09 e na Consoli-dação das Leis do Trabalho (CLT). Os responsáveis pela exe-cução do PPRA são os profissionais dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), portanto, o empregador desobrigado pela legislação de manter um serviço próprio, deverá contratar uma empresa ou profissional para elaborar, implementar, acompanhar e avaliar o PPRA. O PPRA e o PCMSO, são programas de caráter permanente nas empresas e instituições, com fases de implementação definidas. O PPRA, utilizado para servir de subsídio na con-fecção do PCMSO, deverá ser planeja-do e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas demais NRs. No laudo, é preciso constar as medidas para minimizar, controlar e até mesmo eliminar os riscos ambientais identifica-dos. O documento deve ser feito pelo menos uma vez ao ano e sempre que necessário, para avaliar o desenvolvi-mento e realizar ajustes e estabelecer novas metas e prioridades.

eSpeCIaL

Planejamento anual com metas,prioridades e um cronograma;

Estratégica e metodologia de ação;

Periodicidade e forma de avaliaçãodo desenvolvimento do PPRA.

Estabelecimento de prioridades e metasde avaliação e controle;

Avaliação dos riscos e da exposiçãodos trabalhadores;

Implantação de medidas de controle eavaliação de sua eficácia;

Monitoramento da exposição aos riscos;

Registro e divulgação dos dados.

Identificação na fase de antecipaçãodos riscos potencial á saúde;

Constatação, na fase de reconhecimentode risco evidente à saúde;

Quando através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dostrabalhadores e a situação de trabalhoa que eles ficam expostos.

Veja os itens que deveconter no PPRA:

Page 37: Revista Cocapec 82

37NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec 37

Tulha Velhade cara novaPor Pedro Rodrigues Alves Silveira | Gestor Torrefação Cocapece Lucas Adriano Cunha | Promocional de Indústria Cocapec

O café Tulha Velha, da Cocapec, está com uma nova roupa-gem: embalagem moderna, sem esquecer sua tradição e

qualidade. E, para apresentar esta nova imagem ao consumidor, a Cocapec está realizando ações de marketing junto ao público-alvo da marca. Dentre os diversos trabalhos que estão sendo feitos, a parceria com o programa Balanço Geral na TV Record, destaca as características do Tulha Velha, sabor encorpado, bom rendimento, além da sua origem e referência, por ser produzido pela Cocapec. Nas rádios, um novo jingle (música), também acompanha esta temática mostrando ainda, ao consumi-dor que um bom café sempre vai bem, a qualquer hora e lugar, seja em casa, no trabalho ou com os amigos. Para es-treitar as relações com os consu-midores, mantemos degustações nos principais pontos de venda, onde nossas promotoras destacam todos os atributos da nossa bebida. E, o que é mais importante, os consumidores aprovaram a nova roupagem. “Adorei a nova embalagem, ficou moderna, trazendo sensações de bem estar. Meu marido sempre gostou muito de café, e sua preferência é que a bebida tenha sabor forte, encorpado e aroma do café do campo, por isso sempre tomou Tulha Velha, sou con-sumidora a mais de 10 anos. E atual-mente viúva, ainda continuo tomando o mesmo café, pois me faz relembrar bons tempos ao lado de meu marido”,

revela Dirce Ferreira Lima, moradora do Jardim Francano e freguesa do Vare-jão Rafa’s – Jardim Francano. Outra novidade para a marca foi a ampliação da área de atuação para as cidades de Miguelópolis, Guaíra, Ituverava, Guará e Ipuã. Agora, os con-sumidores destas localidades contam com o Tulha Velha. Com trabalhos como este a cooperativa busca me-lhorar a sua estrutura para atuar na eta-pa final da cadeia do agronegócio café, valorizando o produto da Alta Mogiana, através do crescimento sustentável.

Gestor Torrefação Cocapec

| Merchandising do Café Tulha Velha no programa Balanço Geral.

eSpeCIaL

Adorei a novaembalagem, ficou moderna,

trazendo sensaçõesde bem estar

Page 38: Revista Cocapec 82

38 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

impedir”.O resultado positivo mostra que a cooperativa acertou na proposta, ao se preocupar com o bem estar de seus funcionários, além de auxiliar no desempenho de suas atividades profis-sionais.

Cocapec forma 1ª turma do Curso Básico de Informática

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

No dia seis de setembro, 16 colaboradores rece-beram das mãos do diretor secretário Ricardo Lima de

Andrade, o certificado de conclusão do Curso Básico de informática desen-volvido pela cooperativa. O objetivo foi proporcionar aos funcionários um primeiro contato com o mundo da in-formática. Para isso, foram criadas duas turmas de oito pessoas que, durante três meses, aprenderam sobre noções básicas, linguagem digital e informações que serão úteis em diversos momen-tos. Representando a diretoria, Ricardo Lima de Andrade ressaltou que a ne-cessidade partiu dos próprios colabora-dores. O diretor disse ainda que todos deram um passo importante, pois venceram o medo do desconhecido e que o momento agora é para praticar, buscando auxílio quando necessário, dentro e fora da cooperativa, e que, o importante, é não parar. O curso foi ministrado pelo colaborador Danilo Gimenes Tasso que, com muita dedicação ensinou os colaboradores. Ele parabenizou a todos e disse que o curso cumpriu seu objetivo e despertou o interesse de muitos em colocar em prática tudo que aprenderam, demonstrando inclusive o desejo de adquirir um computador. Para o colaborador Éder-

Os colaboradores tiveram o primeirocontato com o mundo da informática

SoCIaL

Cocapec forma 1ª turma do Curso Básico de

| 16 colaboradores formaram a 1ª turma do curso de informática da Cocapec.

son Luis de Oliveira esse foi o ponto de partida, “cabe a nós alunos dar sequência e buscar novos conheci-mentos, tenho o objetivo de comprar um computador para acompanhar a modernidade”. Outro participante do curso foi Maurílio Barbosa de Oliveira, que relatou não ter nenhum contato com a informática, “não sabia nem ligar, observava minha filha, mas não tinha coragem, mas depois do curso perdi o medo, em casa já acesso sozinho. Não vou parar, e se tiver oportunidade de fazer outro curso vou fazer, não serão os cabelos brancos que irão me

O objetivo foiproporcionar aos

funcionários um primeirocontato com o mundo

da informática

| Os colaboradores aprenderam sobre noções básicas e

linguagem digital.

Page 39: Revista Cocapec 82

39NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

IBIRACI:(35) 3544-5000 (Raquel)

CLARAVAL:(34) 3353-5257 (Dinei)

CAPETINGA:(35) 3543-1572 (Joana)

[email protected]

Sindicato Ruralde Franca

(16) 3720-2366 (Camila)

[email protected]

www.srfranca.com.br

Senar/MG Senar/SP Veja os cursos previstosdo Senar/MG- Manutenção de colheitadeira(Capetinga e Claraval)

que é reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Em relação a Promoção Social, foi realizado durante a 4ª Expoverde em Franca/SP o curso de Cultivo de Orquídeas, que ensinou os 20 participantes como plantar e cuidar deste tipo de flor, assim como ela pode se tornar uma fonte de renda.

Senar/SP promove cursos em setembroPor Camila Neves | Coordenadora Senar/SP

Após muito trabalho durante a colheita, o produtor agora precisa se preparar para os tratamentos de sua lavoura e

as atividades futuras que irão influenciar diretamente em sua produtividade. Pensando nisso, o Senar/SP promoveu três cursos durante o mês de setem-bro. Na cidade de Cristais Paulista/SP aconteceu dois cursos. O primeiro

| O Senar sempre proporciona cursos relevantes ao período do trabalho no campo .

*Cursos sujeitos a alterações.

| Os participantes aprenderam a trocar óleo dos tratores e tiveram

outras noções sobre a manutenção do equipamento

SoCIaL

foi de Aplicação de Agrotóxicos com Turbo Pulverizador, entre os dias 3 e 5 com cerca de 14 pessoas. Já entre os dias 24 a 28, 8 pequenos produtores, que possuem essa prática em suas pro-priedades, tiveram as noções básicas de Manutenção de Tratores, e aprenderam a troca de óleo, filtros, etc. Lembrando que, para ser registrado na função de tratorista, ele precisa fazer esse curso,

Veja os cursos previstos

- Manutenção de colheitadeira

O Senar sempre proporciona cursos relevantes ao período do trabalho no campo .

do equipamento

Page 40: Revista Cocapec 82

40 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 201240 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Mosaico Teatral mais uma vez é sucesso

| No dia 26 os colaboradores da Cocapec participaram de uma oficina de teatro

| Os atores da Cia Trucksensinaram técnicas de

manipulação de bonecos

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

Mais uma edição do pro-grama Mosaico Teatral aconteceu no dia 28 de setembro em Franca/SP.

Centenas de pessoas de várias idades lotaram o Teatro Municipal da cidade para assistirem o espetáculo “O Senhor dos Sonhos” da Cia Truks. Todos, prin-cipalmente a criançada, se divertiram com as aventuras do menino Lucas, um garoto sonhador. Os espectadores foram recepcionados com o café Tulha Velha, proporcionado pela Cocapec, e leite oferecido pela Coonai. Ao final, além do sorteio de brindes, a garotada teve a oportunidade de conhecer os bonecos que compõem a peça e interagir com os atores. Desenvolvido pelo Sescoop/SP, em parceria com cooperativas Co-capec, Sicoob Credicocapec, Coonai e Unimed, o programa tem por objetivo ampliar a oferta cultural por meio da apresentação de peças teatrais e rea-

O público se encantou com o espetáculo

lização de oficinas para comunidade. O programa proporcionou ainda no dia 26, uma oficina de teatro para colaboradores da Cocapec. O intuito foi demonstrar como as técni-cas das artes cênicas podem ajudar nas tarefas profissionais. Cerca de 19 pessoas, de diversos setores da coope-rativa, participaram. Já no dia 28, no período da tarde, a Cia Trucks também promoveu uma oficina gratuita com o tema “Técnicas de Animação de Bonecos Figuras e Objetos”. Estudantes de teatro da cidade e amantes da mani-pulação de bonecos participaram do workshop e ficaram encantados com a complexidade do trabalho. Com o objetivo de integrar as ações sociais da cooperativa, toda ren-da arrecada com a venda de ingressos foi revertida ao Lar de Ofélia, uma das instituições que recebe ações de grupos da Campanha de Natal Cooperativo.

SoCIaL

Page 41: Revista Cocapec 82

41NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec 41NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

| O menino Lucas contagiou a plateia e deixou todosempolgados com suas histórias

| O público que lotou o Teatro Municipal de

Franca se divertiu com as aventuras do espetáculo O

Senhor dos Sonhos

SoCIaL

Page 42: Revista Cocapec 82

42 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

11º Encontrode Crianças Cooperativistas

Há onze anos a Cocapec e o Sicoob Credicocapec reali-zam o Encontro de Crianças Cooperativas, com o objeti-

vo de formar crianças com consciência e conhecimento cooperativista, para que tenhamos uma nova geração mais preparada para multiplicar esta doutri-na. Todos os anos, o encontro apresen-ta um diferencial, com isso, ele amplia e se desenvolve com bases sólidas para atender seus objetivos de maneira criativa e inovadora. A 11ª edição do Encontro de Crianças Cooperativistas aconteceu dia 27 de outubro no Parque de Exposição Fernando Costa e teve a participação de cerca de 200 crianças entre 6 e 12 anos. Como em 2012 a Organização das Nações Unidas (ONU) decla-rou como o Ano Internacional das Cooperativas, a Cocapec e o Sicoob Credicocapec têm participado dessa comemoração através das ações sociais realizadas em benefício de coopera-dos, colaboradores e comunidade. E, reconhecendo os objetivos comuns do Encontro de Crianças e do Programa Cooperjovem que é educar pelo coo-perativismo, vimos uma possibilidade rica de troca de experiência entre as crianças que vivenciam o cooperativis-mo no espaço familiar e as crianças que vivenciam a cooperação na escola. Assim, este ano o evento contou com a participação de alunos do Programa Cooperjovem das escolas EMEB Sueli Contini Marques e Faus-

SoCIaL

11º Encontrode Crianças Cooperativistas

to Alexandre Souza Teodoro. Sendo assim, em parceria com a Coonai e o Sescoop/SP unimos as realidades de filhos e netos de cooperados e colabo-radores e os educandos. O dia transcorreu de forma agradável e divertida para os partici-pantes. Na abertura os pais tiveram a oportunidade de tomar café da manhã com seus filhos. O evento foi tomado por atividades ao ar livre e jogos coope-rativos como futpar, queimada solidária, corrida de saco tripa entre outras. As ações foram coordenadas por Sérgio Carvalhal, e conduzidas pelos colabo-radores da Cocapec, Sicoob Credico-capec e Coonai que participaram do evento. O dia terminou com a monta-gem de um Mosaico com os logotipos do Encontro e do Cooperjovem.

Por Luciene Reis | Analista de Comunicação Cocapece Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

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43NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

SoCIaL

| O evento foi tomado poratividades ao ar livre e jogos

cooperativos como futpar, queimada solidária, corrida de saco

tripla entre outras atividades

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44 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Diário CampanhaNatal Cooperativo

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

O trabalho desenvolvido tem mostrado a importância da união das equipes. Os colaboradores da Cocapec

e Sicoob Credicocapec estão dando um show! As equipes passaram com sucesso por mais um bimestre de ações da Campanha Natal Cooperativo. Estas têm demonstrado muito dedicação e comprometimento com suas entidades, tornando a solidariedade um exercício cotidiano.

A Liga da Cooperação

A Liga da Cooperação pro-porcionou às moradoras do Lar Dona Leonor um passeio no Franca Shopping no dia 25 de agosto. A intenção foi le-vá-las para um ambiente diferente que proporcionasse contato com outras pessoas. Após um passeio pelas lojas e contemplação dos pássaros, um café, cortesia do Renato, proprietário do quiosque Senhor Café, foi oferecido às senhorinhas. De acordo com o grupo elas ficaram bastante entusiasmadas devido ao grande movimento de pes-soas, principalmente crianças. Na visita de setembro, o grupo preparou seus esmaltes, espátulas e alicates, para mais um dia de beleza. Os integrantes se transformaram em manicures e pedicu-res, e levaram cores e entretenimento para as idosas. Além de cuidarem da autoestima, também, confraternizaram com um belo café da tarde. Coroando

SoCIaL

Mais ações foram realizadas pelos gruposda Campanha Natal Cooperativo

| A Liga da Cooperação

As equipes passaramcom sucesso por mais um

bimestre de ações daCampanha Natal

Cooperativo

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| SolidaPed

o Encontro de Crianças Cooperativis-tas e Cooperjovem a equipe “Liga da Cooperação” levou algumas morado-ras do Lar D. Leonor para passear no parque e interagir com as crianças. As visitantes foram homenageadas e presenteadas com flores diante das 200 crianças que aplaudiram e saudaram as senhoras.

SolidaPed

O grupo de Pedregulho realizou a entrega das pizzas que foram vendidas com o objetivo de arrecadar fundos para as ações. Em seguida, a equipe promoveu um bingo para o Lar dos Velhinhos da cidade, oferecendo brindes. Na oportunidade, os integran-tes interagiram com aos moradores colaborando na marcação dos números sorteados. Em setembro, o grupo ofe-receu os moradores do lar um café da tarde diferente, em ritmo de confrater-nização, quando serviram salgadinhos e refrigerantes. A equipe concentrou-se em dar muita atenção e carinho a todos, que ficam ansiosos aguardando o dia da próxima visita.

Esperança Renovada

O Lar de Idosos São Vicente de Paula recebeu mais duas visitas do grupo nos dias 28 de julho e 25 de agosto. Os integrantes passaram algu-mas horas ouvindo histórias e trocando experiências com os moradores. Na oportunidade, dois simpáticos senhores resolveram mostrar seus talentos, um deles, participante da folia de reis tocou sua viola para alegrar e, o outro, emo-cionou a todos com o suave som do cavaquinho. Os moradores do lar tam-bém foram presenteados com um kit de higiene. No dia 22 de setembro, o grupo fez mais uma vista promovendo

| Esperança Renovada

| Fraternidade

SoCIaL

45NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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46 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

um café da tarde e, a seguir, os idosos foram surpreendidos com uma apre-sentação de dois integrantes do grupo Trupe Trujá. Os palhaços alegraram a tarde dos idosos arrancando muitas risadas.

Fraternidade

No dia 25 de agosto, a equipe promoveu uma comemoração do Dia dos Pais, para os moradores do Lar Eu-rípedes Balsanufo. Na ocasião, a equipe realizou um bingo, distribuindo brindes aos participantes. Além disso, a visita teve muita música, comidas e bebidas e troca de experiências entre os morado-res e os integrantes do grupo.

Grupos Amigos Solidáriose Aliança Natalina

As equipes fizeram mais uma visita ao Lar de Ofélia no dia 25 de agosto. A entidade possui alas separa-das para homens e mulheres, sendo assim a visita se iniciou pela parte fe-minina com os integrantes interagindo com as senhoras e, em seguida, foram até a masculina. Durante o período, a equipe buscou identificar algumas necessidades para avaliar de que forma poderão ajudar. No dia 29 de setem-bro, o Lar de Ofélia se transformou em estúdio fotográfico por um dia. As equi-pes montaram um cenário e levaram figurinos para a sessão de fotos com os moradores do lar. Todos se divertiram muito com a novidade, as lentes profis-sionais do fotógrafo registrou a alegria estampada no sorriso dos modelos.

Solidariedade SempreIbiraci

Em julho a equipe fez a pri-meira visita ao lar de idosos “Aísa Rodri-gues de Siqueira”em Ibiraci, onde pro-moveram um café da tarde. De acordo com integrante do grupo a ação foi

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muito gratificante para ambas as partes, pois, para os colaboradores ficou a doce sensação de ajudar alguém e para os velhinhos sua carência suavizada. No dia 13 de setembro, os colaboradores

| Solidariedade Sempre – Ibiraci

voltaram ao lar após o expediente e levaram gelatina para todos. Os idosos ficaram muito con-tentes com a visita, contaram histórias e bateram muito papo.

| Grupos Amigos Solidários e Aliança Natalina

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47NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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48 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Gerentese GestoresPor Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

Dentro do ambiente de trabalho é necessário que existam profissionais para planejar, orientar, controlar

e distribuir responsabilidades para os demais colaboradores. Para isso a Cocapec possui três gerentes e quatro gestores que dividem essas funções. As três gerências são:

CoNHeÇa SUa CoopeRaTIVa

Comercial do Café, res-ponsável pelos setores armazém de café, classificação, comercialização de café e torrefação. O profissional destas áreas lida diretamente com os cafés dos cooperados, zelando pelo produto desde a sua chega à cooperativa até sua comercialização. Além disso, ele busca oferecer aos associados opções

de comercialização, como também captar novos compradores, sempre em sintonia com o mercado.

Administrativo/Financeiro, responsável pelos setores financeiro, contabilidade, fiscal e estoque escritu-ral, tecnologia da informação e serviços gerais. Estas áreas são comuns em

| Gerentes e Gestoresda Cocapec

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49NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

cial à área estratégica de industria-lização de cafés e faz parte do Departa-mento de Café. O gestor desta área é responsável pelas operações da cadeia de suprimentos do setor, produção, e operações comerciais de cafés torra-dos de marcas próprias (Tulha Velha, Cocapec e Senhor Café) e também da prestação de serviços para marcas terceirizadas.

A Gestão de Lojas está inseri-da no setor comercial e é responsável por garantir o bom andamento dos trabalhos em áreas que comercializam produtos, fazendo as adequações quan-do necessário. O profissional desta área atua juntamente com os coordenadores e fornece a eles todo o suporte, vi-sualiza novas oportunidades e métodos para potencializar o trabalho em todas as lojas da cooperativa, tornando o atendimento ao cooperado ainda mais profissional.

A Gestão Administrativa, ao contrário das quatro primeiras, não está inserida em nenhuma gerência, isso acontece pelo fato dos setores sob sua responsabilidade (auditoria interna, comunicação e gestão de pessoas) esta-rem mais próximos das ações da dire-toria e com isso atender todas as áreas da cooperativa. Com isso, a função principal deste gestor é fazer o inter-câmbio com a direção, acompanhar os trabalhos destes dois setores e ainda identificar junto aos outros quais as de-mandas de acordo com as estratégias, visto que essas áreas são responsáveis por todos os meios de comunicação, como site, revista, assim como projetos que beneficiam diretamente os coope-rados, familiares e comunidade.

CoNHeÇa SUa CoopeRaTIVa

qualquer corporação e fundamentais para o bom andamento da cooperativa. Sendo assim, esta gerência é essencial para garantir o correto funcionamento, sempre em harmonia com os demais departamentos.

Comercial, responsável por administrar os setores veterinário, vendas de insumos, apoio comercial, máquinas e implementos, peças, ofici-na, armazém de insumos, laboratório, técnico e Gis/Cadastro. São áreas que proporcionam benefícios diretos aos cooperados, e por isso o papel do gerente é de assegurar as melhores condições de venda que atenda aos objetivos e interesses dos cooperados. A Gestão Comercial Café é responsável pela fiel classificação dos lotes através da degustação e, com isso, garantir a qualidade dos cafés da co-operativa. Além disso, atua diretamente na compra e venda no mercado físico, atendimento ao cooperado e coordena a formação de blends, de maneira a atender as exigências do mercado.

A Gestão Armazém de Café é responsável por todos os armazéns de café da cooperativa, incluindo o armazéns gerais, no que diz respeito à estrutura física, máquinas de benefício e rebenefícios. O profissional coordena todo o processo de armazenagem, des-de quando o café chega à cooperativa até quando ele sai. Mas acima de tudo, ele zela pela guarda, conservação do bem mais precioso para o cooperado, seu café, fruto do seu trabalho.

A Gestão de Torrefação surgiu pela necessidade de dar atenção espe-

Anselmo Magno de Paula Gerente Comercial do Café(16) [email protected]

Claudinei Mendes Ferreira Gerente Administrativo/Financeiro(16) [email protected]

José de AlencarCoelho Junior Gerente Comercial(16) [email protected]

GERENTES

Airton Rodrigues Costa Gestor Comercial Café(16) [email protected]

Márcio Henrique VelosoGestor Armazéns Café(16) 3711 – [email protected]

Pedro RodriguesAlves Silveira Gestor de Torrefação Café(16) 3711-6276torrefaç[email protected]

Claudia ValeriaNovato R. Baston Gestora Lojas(16) [email protected]

Morgana CristinaReatto Mattos Gestora Administrativa(16) [email protected]

GESTORES

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50 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

BoLeTIM - ReLaÇÃo De TRoCa

PRODUTOS UNID. Preço unitário SP Preço unitário MG Relação de Troca SP Relação de Troca MG

Fertilizantes

Sulfato de Amônio t R$ 940,00 R$ 920,00 R$ 2,29 R$ 2,24

Uréia t R$ 1.280,00 R$ 1.320,00 R$ 3,12 R$ 3,22

Super Simples Pó t R$ 780,00 R$ 820,00 R$ 1,90 R$ 2,00

Super Simples Gr t R$ 815,00 R$ 925,00 R$ 1,99 R$ 2,26

Cloreto de Potássio Gr t R$ 1.390,00 R$ 1.395,00 R$ 3,39 R$ 3,40

Adubo 21.00.21 t R$ 1.135,00 R$ 1.145,00 R$ 2,77 R$ 2,79

Calcário Dol.Itaú t R$ 50,00 R$ 45,80 R$ 0,12 R$ 0,11

Nitrato de Amônio t R$ 980,00 R$ 1.100,00 R$ 2,39 R$ 2,68

Valores referente ao mês de outubro de 2012

BICHO MINEIRO

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox 0.4 R$ 7,84

Curyon 0.8 R$ 48.88

Danimen 0.2 R$ 17,40

Fastac 0.2 R$ 5,00

Karate Zeon 250 CS 0.04 R$ 1,78

Nomolt 0.4 R$ 35,60

Rimon 0.3 R$ 16,59

Vertimec 0.4 R$ 20,00

CERCOSPORA

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra 0.75 R$ 88,50

Amistar 0.1 R$ 48,00

Viper 1 R$ 24,50

Cuprozeb 3 R$ 60,75

Tutor 2 R$ 47,94

Tebufort 1 R$ 22,70

Opera 1.5 R$ 113,30

Supera 2 R$ 45,40

FERRUGEM

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Alto 100 0.75 R$ 46,80

Opera 1.5 R$ 113,30

Cuprozeb 3 R$ 60,75

Tilt 1 R$ 80,09

Priori xtra 0.75 R$ 88,50

Supera 350 SC 2 R$ 45,40

HERBICIDAS

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Glifosato 3 R$ 26,25

Zapp QI 2.1 R$ 27,30

Gramocil 3 R$ 59,04

Aurora 0.08 R$ 23,98

Flumizim 0.1 R$ 33,05

Roundup WG 1.5 R$ 26,19

PHOMA

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Amistar 0.1 R$ 48,00

Tebufort (Tebuconazole) 1 R$ 22,70

Cantus 0.15 R$ 79,74

BROCA

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Endossulfan 2 R$ 56,00MANCHA AUREOLADA

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop 3 R$ 51,00

Cuprozeb 2.5 R$ 50,63

Supera 2 R$ 45,40

Kasumin 1 R$ 64,50

Tutor 2 R$ 47,94

INSETICIDA/FUNGICIDA DE SOLO

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG 1 R$ 368,00

Counter 35 R$ 487,55

Actara WG 1,4 R$ 321,62

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

PRODUTO DOSAGEM KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Alachor 5 R$ 93,75

Galigan Ce 2.5 R$ 118,75

Goal 2.5 R$ 118,75

CUSTO (R$/HA) por seguimento

RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ

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51NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 573 236 116 78 40 5 0 26 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54 21 17 24 128 156 193 389

2010 327 95 206 51 12 6 0 0 87 116 302 235

2011 399 120 538 136 0 8 0 0 8 186 161 306

2012 523 80 245 103 50 134 19 0 55 104

Média Mensal 435.2 156.0 278.2 106.6 31.2 34.8 7.2 10.0 63.0 135.0 219.5 339.5

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 433,37 258.54 485.04 271.39

Fevereiro 495,98 297.29 441.31 256.93

Março 524,27 315.94 387,53 216.18

Abril 524,41 330.82 379,53 204.47

Maio 530,76 329.11 382,65 192.69

Junho 514,99 324.35 360,31 175.76

Julho 457,81 292.92 408,06 201.05

Agosto 470,62 294.68 378.48 186,63

Setembro 511,57 292.51 385.92 190,38

Outubro 490,45 277.34 374.98 184,75

Novembro 493,83 275.48

Dezembro 491,35 267.28

MÉDIA ANUAL 494,95 296.36 398,38 208,02*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Média mensal do preço* de Milhoíndice Esalq/BM&F

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 30,35 18.11 31,08 17.39

Fevereiro 31,68 18.99 28,40 16.54

Março 31,44 18.94 28,89 16.11

Abril 29,94 18.88 25,83 13.92

Maio 28,69 17.79 24,91 12.54

Junho 30,75 19.36 24,13 11.77

Julho 30,31 19.39 28,80 14.19

Agosto 30,20 18.91 33.25 16.39

Setembro 31,92 18.23 32.23 15.9

Outubro 30,75 17.39 31.35 15.45

Novembro 29,81 16.66

Dezembro 28,18 15.32

MÉDIA ANUAL 30,34 18.16 28.89 15.02Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos

Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 325 230 128 108 38 32 0 26 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58 32 21 30 137 262 77 382

2010 461 158 274 16 17 12 1 0 110 102 339 221

2011 328 145 365 146 1 29 0 24 32 115 135 274

2012 317 158 150 125 28 115 28 0 67 69

Média Mensal 299.2 152.1 209.7 89.6 28.5 44.0 10.0 16.0 77.0 126.9 179.9 321.7

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)

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52 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

Workshop deIntegraçãoPor Tassiane Vaismenos | Assistente de Comunicação

O Sicoob Credicocapec realizou no dia primeiro de setembro, juntamente com seus colaboradores, o 1º

Workshop de Integração. O intuito foi de promover a socialização e estimu-lar a criatividade dos funcionários. O evento foi realizado em uma chácara e reuniu 45 colaboradores. Diretor Administrativo José Amâncio de Castro e a Diretora de Crédito Rural Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida, fizeram a abertura dando as boas-vindas aos presentes. Na sequência, foi realizada uma dinâmica de integração promovida pela Empresa Potenciar, associada ao Sescoop/SP, o que deixou os participantes bem à vontade para as ações do dia. Orientados pela RHDP (empresa consultora de RH do Sicoob Credicocapec), os colaboradores se dividiram em seis grupos e fizeram apresentações, relacionando o dia a dia do seu setor. O primeiro a se apresen-tar foi o pessoal do Setor de Crédito, que se inspirou no programa da Rede Globo Profissão Repórter e, de forma divertida, criou situações condizentes com o trabalho. Os próximos grupos, com-postos pelos funcionários dos Postos de Atendimento (PA’s) de Pedregulho, Ibiraci e Claraval, que expressaram seus dons artísticos em uma paródia musical. Na sequência, o terceiro grupo, Setor de Atendimento do PA de Franca, com sua inventividade, exibiu um teatro contanto suas atividades profissionais na cooperativa. O quarto grupo foi o do

setor administrativo, também inspirado em um programa de TV O Aprendiz da Rede Record, passou de maneira divertida as rotinas do setor. O quinto grupo – setor de contabilidade – fez sua apresentação embasada nas famosas Empreguetes na novela Cheias de Charme. Finalizando as apresentações, as funcionárias do caixa do PA de Franca que, com muita agitação, encenaram um programa de perguntas e respostas, semelhante ao

Assistente de Comunicação

Passa ou Repassa, exibido pelo SBT nos anos 90. Após, o palestrante Marcos Bidart, realizou algumas atividades de integração e a seguir os colaboradores se confraternizaram com um grande almoço. Desta maneira, o Sicoob Credicocapec motiva e estimula seus colaboradores que, consequentemente, desenvolverão suas atividades de forma mais eficaz beneficiando o cooperado.

| Colaboradores assistiram palestra sobre cooperativismo

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53NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Planejamento Estratégico Sicoob São Paulo – 2013-2015Por Ednéia Ap. V. Brentini Almeida | Diretora de Crédito Rural

Com a missão de “atender as necessidades e expectativas das associadas” e ser referência no cooperativismo de crédito

brasileiro, o Sicoob São Paulo realizou nos dias 4 e 5 de outubro, na cidade de Lins – SP um encontro que teve como objetivo construir o Planejamento Estratégico do Sicoob São Paulo com enfoque participativo para o próximo triênio. Assim, com a participação das 15 cooperativas singulares associadas, o Sicoob São Paulo elaborou o balanço da sua situação atual, definiu seus objetivos estratégicos para 2013-2015 e paralela-mente definiu as ações prioritárias para cada objetivo estratégico.

A abertura do evento ficou por conta do presidente do Sicoob São Paulo, Henrique Castilhano Vilares, que após dar boas vindas às coopera-tivas presentes, passou a palavra ao Palestrante Marco Aurélio Borges de Almada Abreu – Diretor Presidente do Bancoob – com o tema “Conjuntura Econômica no dia atual”. Como subsidio ao Planejamen-to Estratégico, para dar início ao tra-balho, o Diretor de Negócio do Sicoob Confederação – Abelardo Duarte de Melo Sobrinho – expôs sobre “A im-portância das Cooperativas de Crédito para um mundo melhor – Planejamento e Organização Sistemática”.

Na sequência, sob orientação metodológica do Sicoob Confede-ração, foram apresentadas e discutidas as propostas com posterior avaliação e exposição daquelas consideradas prioritárias com as respectivas ações a serem desenvolvidas. Considerando a importân-cia dos resultados deste encontro, o Sicoob Credicocapec esteve presente representado por Ednéia Ap. Viei-ra Brentini de Almeida (Diretora de Crédito Rural), Hirsohi Ushiroji (Supe-rintendente) e Marcelle Antequera V. Villanii (Contadora), que tiveram opor-tunidade de se posicionar para melhoria do sistema.

| Dinâmica realizada pelaEmpresa Potenciar

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54 Revista Cocapec | NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012

CURTaS

Cursos movimentam equipe de vendas

Reunião de novos cooperados

Atualização do ITR no Setor de Cadastro Equipe técnica participa de curso em Varginha/MG

Colaboradores da equipe de vendas da Cocapec partici-param de mais um curso sobre sementes de milho, no dia 18, na Cocapec Matriz. O objetivo é que eles conheçam em detalhes a variedade de opções dis-ponibilizadas pela coope-rativa para melhor atender a solicitação do produtor. Todos os fornecedores de sementes da Cocapec estão tendo esta oportunidade de apresentar suas opções.

Nos dias 13 e 26 de setem-bro, aconteceram mais duas reuniões para novos coopera-dos. No total foram 24 pessoas, dos municípios de Cássia dos Coqueiros/SP, Claraval/MG, Cristais Paulista/SP, Franca/SP, Ibiraci/MG, Ribeirão Corrente/SP e Patrocínio Paulista/SP. O encontro acontece para aproximar os produtores rurais da cooperativa, sendo uma excelente oportunidade para os

Curtas

novos associados entenderem seu funcionamento e conhece-rem seus direitos e deveres, ao se tornarem sócio-cooper-ados, além de receberem mais informações sobre o sistema cooperativista. Nestes encon-tros, os presidentes da Cocapec João Alves de Toledo Filho e do Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli, também deram as boas-vindas aos novos coope-rados.

Todo cooperado, após pagar o Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), deve encaminhar uma cópia simples da declaração completa ao setor de cadastro da coopera-tiva. Lembre-se que manter as informações de seu cadastro atualizado colabora para agilizar diversos processos dentro da instituição.

Nos dias 22 e 23 de agosto, in-tegrantes da equipe técnica da Cocapec estiveram presentes no curso de Manejo Tecnológico da Lavoura Cafeeira realizado em Varginha/MG.Na oportunidade os profissio-nais puderam acompanhar a discussão de temas atuais como podas, floração do cafeeiro, maquinário, nutrição, entre outros e trouxeram informações renovadas para melhor atender os cooperados.

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O café Tulha Velha é produzido pelos cooperados da Cocapec(Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas),

na região da Alta Mogiana.

Desde 1990, o café Tulha Velha traz a tradição e o saborinigualável para a família brasileira.

Com grãos especialmente selecionados, sabor encorpado e ótimo rendimento,garante um aroma único e incomparável para aqueles

consumidores mais exigentes do autêntico café do campo.

Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.Tulha Velha, o café forte da Cocapec.

Para conhecer mais sobreos cafés da COCAPEC

entre em contato pelos telefones:

(16) 3711-6276 / (16) [email protected]