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Revista Ano 12 - Janeiro/Fevereiro 2013 - nº 83 - COCAPEC / CREDICOCAPEC COCAPEC Procedimentos para aprovação de pedidos Curso de Auto Gestão para cooperados Sustentabilidade e a cadeia do café

Revista Cocapec

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Revista Cocapec 83

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Page 1: Revista Cocapec

Revista

Ano 12 - Janeiro/Fevereiro 2013 - nº 83 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

CoCapeC

Procedimentos para aprovação

de pedidos

Curso de Auto Gestão para cooperados

Sustentabilidade e a cadeia do café

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3JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

João Alves de Toledo Filho Presidente

2013, novos desafios

EDITO

RIALE

ncerramos 2012. Foi um bom ano, colhemos uma safra expressiva apesar

da retração dos preços praticados, e tivemos recorde de recebimento

nos armazéns da Cocapec. Também foi mais um ano para muitos agra-

decimentos. Primeiro a Deus que nos guiou nas decisões. Aos nossos

cooperados, colaboradores, fornecedores e parceiros o nosso muito obrigado pelo

companheirismo.

Iniciamos 2013, uma nova safra e novos desafios se apresentam. Em pri-

meiro lugar, vamos trabalhar para colocar em pleno funcionamento o projeto de

granelização. O cooperado, na entrega de seu café a granel, quase não sentiu o fato

de que, nos armazéns da cooperativa, houve uma série de dificuldades, normais em

todo novo projeto em implementação, mas que desejamos sanar este ano.

O aumento da adesão à granelização nos exigirá providências, se bem que

estaremos em ano de safra baixa. Um desafio momentâneo neste processo é re-

passar aos exportadores o café na forma à granel, pois temos que reensacá-lo o

que traz trabalho e custos extras à cooperativa. Mas, já estamos empenhados em

negociações junto aos nossos clientes e compradores de forma que, eles também

recebam à granel.

Outro desafio está no fato de, diferentemente dos outros anos onde o

estoque de café da cooperativa era baixo, este ano, pela solidez financeira do nos-

so cooperado e pelas ofertas de financiamento de pré-comercialização, temos em

nossos armazéns até o presente momento uma boa quantidade de café, sendo que

o nosso cooperado se recusa a entregar seu produto à qualquer preço. Este cenário

demandará estratégias diferenciadas para recebermos a safra agrícola 2012/2013,

pois já teremos um volume depositado nos armazéns Cocapec maior que o cos-

tumeiro. Isso, porque ainda teremos que levar em consideração o prognóstico de

aumento no número de adesão à granelização de 30% na safra 2011/2012 para 60%

que já nos faz pensar no sistema de armazenagem para o futuro.

Enfim, desafios foram feitos para serem solucionados e a cooperativa está

pronta e disposta a fazer sempre o melhor para seu cooperado.

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4 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

ÍNDICETécnica Monitoramentode doenças

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec,destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho - Presidente

Carlos Yoshiuyuki Sato - Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho Administrativo CocapecGiane Bisco

Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra

Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior

José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecZita Cintra Toledo

Cyro Antônio RamosAndré Luis Cintra

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052

Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga (35) 3543-1572

Claraval (34) 3353-5257Ibiraci (35) 3544-5000

Pedregulho (16) 3171-1400

Diretoria Executiva CredicocapecMaurício Miarelli – Presidente

José Amâncio de Castro – Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiuyuki Sato

Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho

Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecHélio Hiroshi Toyoshima

João José CintraRicardo Nunes Moscardini

CredicocapecFone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP

PAC Pedregulho (16) 3171-2118PAC Ibiraci (35) 3544-2461

PAC Claraval (34) 3353-5359 [email protected]

www.credicocapec.com.br

Revista CocapecCoordenação

Setor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291

[email protected]@cocapec.com.br

Diagramação BZ Propaganda & Marketing

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781

Tiragem: 2680 exemplares

www.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

ED. 83 JANEIRO/FEVEREIRO 2013

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

expediente

Técnica Qualidade em pulverizaçãona lavoura de café

Credicocapec Módulo Cedente

Conheça sua Cooperativa Núcleo Ibiraci

Social Encerramento CampanhaNatal Cooperativo 2012

Cooperativismo Ano Internacionaldas Cooperativas

111620283237

Page 5: Revista Cocapec

5JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

Procedimentos para liberação de pedidosOrganizar os documentos com antecedência agiliza o recebimento dos produtos

Por Wagner Inácio Junqueira JúniorAssistente Comercial Cocapec

TÉCNICa

Hoje em dia, está cada vez mais evidente a necessidade de planejamento na pro-priedade rural para que o

produtor tenha mais rentabilidade no seu negócio. A compra de fertilizan-tes, defensivos agrícolas entre outros produtos, é vital para manutenção da lavoura. Com isso, a antecipação do processo documental para aquisição desses itens garante a entrega no perí-odo em que o cooperado precisa. Tudo começa com o preenchi-mento correto do pedido pelo agrôno-mo, neste momento é importante que o cooperado analise junto ao técnico se nenhum campo obrigatório está em branco, pois isso atrapalha os proces-sos posteriores. A seguir o documento chega ao apoio comercial que monta o processo para análise. A partir daí, o comitê, formado por vários setores da cooperativa, examina os documentos. Para isso, existem alguns fato-res importantes que podem agilizar os procedimentos para liberação como manter o cadastro sempre atualizado, não ter nenhum financiamento ven-cido ou outro título vencido há mais de 30 dias, depositar seus cafés nos armazéns da cooperativa e utilizar os serviços que ela dispõe. No caso de título financiado para o cooperado, a Cocapec, através de repasse de Recursos Obrigatórios (RO), formaliza junto a várias insti-tuições financeiras o contrato mãe. É prudente ressaltar que nestas opera-ções, a cooperativa oferece a estes bancos garantias como: aval pessoal dos diretores, café, os próprios insumos provenientes do contrato. E para que seja formalizada tal operação, a

Cocapec emite a Nota Promissória Rural (NPR) que deve ser plenamente assinada pelo cooperado e demais, conforme cada caso, por exemplo, como esposa (o), avalista, proprietário arrendante, etc. Vale destacar que em alguns casos (troca de insumos x café), é emitida a Cédula do Produtor Rural (CPR), quando o cooperado, através do devido preenchimento do pedido, opta desde já, em apresentar dois avais ou registrar o documento em cartório competente. No caso de cooperado arrendatário, comodatário ou parceiro, é necessário ter a anuência (aprovação) do produtor proprietário para dar o café como garantia. Se isto não constar em contrato, é preciso colher a assinatura dele como um interveniente garantidor na NPR. Uma

opção é procurar o cadastro da coope-rativa e fazer um aditivo no contrato, colocando já essa aprovação e com isso o proprietário não precisa assinar na NPR em compras futuras até o final do contrato. Vale lembrar que um pedido corretamente preenchido e assinado não garante aprovação, isso cabe ao comitê avaliar e liberar o produto ao cooperado. Uma alternativa para o produtor acompanhar o processo é a inserção de um e-mail no cadastro, pois, quando uma nota é emitida em seu nome, uma cópia de segurança é enviada, caso perceba que os pro-dutos relacionados são os mesmos solicitados no pedido, pode procurar a cooperativa para adequar os docu-mentos referentes ao financiamento (NPR ou CPR).

Page 6: Revista Cocapec

6 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

NeGÓCIoS

20ª edição do Encafé

reúne importantes

nomes da cafeicultura

Evento abordou temas variados sobre o setor

Por Pedro R. A. SilveiraGestor Torrefação Cocapec

Entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, aconteceu em Salvador/BA o 20º Encon-tro Nacional das Indústrias de

Café, o Encafé, considerado o maior evento do setor no Brasil. O objetivo foi unir as empresas em torno de te-mas, atividades, debates e decisões que as auxiliam no caminho do sucesso e da busca continua da melhora da qualidade e do aumento do consumo interno. Durante os cinco dias de evento, debates, reuniões, workshop, atividades práticas, apresentação de casos de sucesso, entre outras, forma-ram a agenda do encontro. A Feira de Máquinas, Equipamentos e Serviços, voltou a ser realizada nesta edição, oportunidade dos visitantes conhece-rem as novidades do setor, com expo-sitores de equipamentos, fornecedores de insumos e serviços para as indústrias de torrefação. Além disso, durante o evento foi realizada a Assembleia Geral

O evento foi repleto de debates, palestras, worshops, feiras entre outras

Extraordinária da Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, entidade à qual a Cocapec é afiliada. Nomes importantes da cafei-cultura nacional e mundial como o do Diretor Executivo da Organização Inter-nacional do Café (OIC) Robério Oliveira Silva e do Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) Américo Sato, marcaram presença. Participaram do 20º Encafé, o gerente de comercialização de café Ansel-mo Magno de Paula, o gestor comercial café Airton Rodrigues Costa e o gestor de torrefação Pedro Rodrigues Alves Silveira. Para os representantes da Cocapec, o evento é “a oportunidade de trocar experiências com outras indústrias, conhecer alguns casos de sucesso e ino-vadores, debater temas como planeja-mento e perspectivas para a indústria de café Brasileira, tendências e hábitos de consumo, além das palestras técnicas e workshops com os mais variados temas

como: gestão de custos, microscopia e café e saúde, fizeram com que o evento fosse bastante proveitoso, e importante a nossa participação. Estima-se que o consumo interno brasileiro de café continue crescendo, chegando a mais de 20 mi-lhões de sacas no ano de 2012, e com tendência de ser o maior consumidor desta bebida no mundo, num futuro bem próximo. Isso faz com que o mer-cado de cafés industrializados seja cada vez mais competitivo em todos os seus segmentos e entre todas as categorias de empresas, sejam elas nacionais, re-gionais ou multinacionais, que querem aproveitar a tendência e oportunidade de crescimento do setor. Toda informação obtida du-rante o evento é importante para que a Cocapec defina suas estratégias, e continue aumentando sua participação e importância no mercado de cafés industrializados.

Page 7: Revista Cocapec

NeGÓCIoS

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação

A Cocapec foi contemplada pelo convênio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Or-

ganização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) para a realização do curso Auto Gestão, que será vol-tado aos cooperados, visando formar gestores para as propriedades rurais e para obter mais conhecimento sobre o sistema cooperativista.

Cocapec promoverá curso de Auto Gestão para cooperados

curso Auto Gestão,que será voltado aoscooperados, visando

formar gestores para as propriedades rurais

7JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

TÍTULO ASSUNTO

ECONOMIA EMERCADO AGRÍCOLA

Conjuntura do Agronegócio e Políticas Agrícolas

Análise do Cenário Econômico da Ativi-dade Cooperativista

Comercialização - Mercado Futuro e Derivativos/Contratos Agrícolas

ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DA PROPRIEDADE

Introdução à Informática/Noções de Excel

Introdução à Administração da Proprie-dade Rural

Planejamento da Propriedade Rural

Custo de Produção

Informatização da Propriedade Rural

Controle dos Negócios da Propriedade Rural

Análise de Fluxo de caixa

Análise de Rentabilidade do Negócio Agrícola

LEGISLAÇÃO NORMAS Legislação Ambiental, Trabalhista e Responsabilidade Socioambiental

COOPERATIVISMO

Vivência em Cooperativismo - Estatuto

Organização do Quadro Social

Vivência em Cooperativismo - Consel-hos Fiscal e Administrativo

Cooperação - Comportamental

| Para mais informações:comitê@cocapec.com.br

Atenção que as vagas serão limitadas

Dividido em quatros grandes módulos, o Auto Gestãotratará das seguintes temáticas:

Com carga horária de 120 ho-ras, o curso será realizado durante todo o primeiro semestre de 2013. A partir de janeiro, divulga-remos mais informações sobre como participar e período de inscrições através dos canais de comunicação da cooperativada. Fique atendo, esta é uma excelente oportunidade que a Cocapec está proporcionando ao seu cooperado, buscando, através da capacitação, profissionalizando as gestões rurais e, consequentemente, da cooperativa.

Page 8: Revista Cocapec

8 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

A formação é obrigatórioa para quem possuimais de 20 funcionários permanentesPor Alda Batista de Souza | Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec

CIPATR é a sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural que visa a prevenção de

acidentes e doenças relacionadas, buscando conciliar com a qualidade de vida e a promoção da saúde de todos os trabalhadores. É um instrumento que os funcionários dispõem para tratar da prevenção de acidentes, das condições do ambiente e de todos os aspectos que afetam a saúde e segurança do trabalho. A CIPATR é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Norma Regulamentadora 5 (Nr-5) sendo sua criação obrigatória em propriedades rurais que mantenham 20 ou mais empregados contratados por tempo

CIPA napropriedade rural

indeterminado. Nos estabelecimentos com número de 11 a 19 empregados, nos períodos de safra ou de elevada concentração de trabalhadores por prazo determinado, a assistência em matéria de segurança e saúde no trabalho será garantida pelo empregador diretamente ou atravésde preposto ou de profissional por ele contratado, conforme previsto na NR 31. A CIPATR será composta por representantes indicados pelo empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma paritária. As atas de eleição e posse e o calendário das reuniões devem ser mantidas no estabelecimento a disposição da fiscalização do trabalho. O mandato dos membros da CIPATR

terá duração de dois anos, permitida uma recondução. O objetivo das ações da CIPATR é “observar e relatar as condições de risco no ambiente de trabalho, e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos”. Portanto, sua missão é preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, ela deve ser a ponte que liga gerentes e empregados, e de maneira criativa e participativa, deve opinar na maneira como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições, visando à humanização do trabalho rural.

eSpeCIaL

Page 9: Revista Cocapec

9JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

A CIPA é um dos mais im-portantes mecanismo de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho e, para sua eficácia, é fundamental o comprometimento dos Cipeiros e também o apoio dos empre-gadores.

Veja Algumas Atribuições do Cipeiro: • Identificar os riscos no processo do trabalho e elaborar o mapa de risco;

• Realizar periodicamente verificações para eliminar e minimizar atos e condi-ções inseguras;

• Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

• Colaborar no desenvol-vimento e implementação do Programa de Preven-ção de Riscos Ambientais (PPRA),Programa de Controle Médico de Saúde Ocupa-cional (PCMSO) e outros programas relacionados a segurança;

• Participar junto com a empresa da Campanha anual de Prevenção a AIDS.

Como a CIPA é formada?• Presidente da CIPATR: será escolhido pelo empregador.

• Vice Presidente: será escolhido dentre os titulares eleitos.

• Secretário da CIPATR: será escolhido pelos Cipeiros um secretário e seu substituto.Ele poderá ser represen-tante do empregado ou empregador.

eSpeCIaL

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10 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

LUTo

Morre ocooperativistaJosé CassianoPor Murilo Andrade | Assistente de Comunicação CocapecFonte: SRB Jornal O Diário (Maringá/PR)

Morreu no dia 30 de outubro aos 76 anos o cooperativista José Cassiano Gomes dos Reis

Júnior. Ele foi um dos responsáveis pela vinda da Cocap para Franca/SP que deu origem a Cocapec. Paulista de Jaú e pai de três filhos, José Cassiano era considerado uma enciclopédia da história do cooperativis-mo e da agricultura. Produtor Rural e en-genheiro agrônomo formado na Esalq/USP, foi secretário de Agricultura do Paraná entre os anos de 1973 e 1975, e de Indústria e Comércio no final do segundo mandato do Governador Ney Braga. Ainda no Paraná, presidiu a Cooperativa Agroindustrial de Maringá, a Cocamar, de 1965 a 1971, hoje uma das mais importantes do País. Além disso, foi diretor da So-ciedade Rural Brasileira (SRB) e, recen-temente, foi coordenador da Codeagro (Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios), órgão ligado à Se-cretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Uma das últimas aparições de José Cassiano Gomes dos Reis Júnior (Cassianinho) em eventos cooperativistas ocorreu no dia 26 de julho de 2012, na inauguração da Sala do Cooperativismo na Casa de Cultu-ra Carlos e Diva Pinho. Na ocasião, Roberto Rodri-gues foi homenageado pela profa. Diva Pinho.

O diretor presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho des-taca que José Cassiano e a cooperativa sempre estiveram muito próximos, “Ele sempre foi nosso amigo, sempre esteve pre-sente, um engenheiro agrônomo brilhante, além de ser o grande responsável pela fundação da Cocapec”.

O diretor presidente do Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli diz que foi uma perda muito grande “Devemos a nossa exis-tência [da Cocapec] a este homem, que sempre traba-lhou para cafeicultura e o cooperativismo, ele é uma referência no trabalho no agronegócio”.

Diretores lamentam a perda

Page 11: Revista Cocapec

11JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

manejo correto e sustentável, reali-zando o monitoramento frequente das lavouras com o objetivo de identificar inicialmente os sintomas de cada doen-ça e, com isso aplicar corretamente o defensivo agrícola recomendado, antes mesmo que esta venha trazer prejuízos à lavoura. Sabemos que os sintomas iniciais de cada doença podem ser confundidos com distúrbios fisiológicos, deficiências nutricionais e até mesmo com o ataque de pragas. Portanto, se tiver alguma dúvida com relação aos sintomas visualizados na lavoura, entre em contato com o Engenheiro Agrôno-mo, pois diagnóstico incorreto do pro-blema pode trazer prejuízos financeiros e ambientais, além de não controlar o foco da doença.

Monitoramentode DoençasO objetivo é identificar as doenças em seu estado inicialPor Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro | Mestre em Ciência do Solo

O clima quente e seco é bas-tante favorável à colheita do café, porém após esta etapa, todos nós esperamos por

chuva, água abençoada que vem para matar a sede das nossas plantações, que permite o semeio de sementes para uma nova safra. Enfim, o período das chuvas se inicia e vem para vestir nossas lavouras, no entanto, precisamos ficar atentos com as doenças que se iniciarão, pois o tempo quente e úmido favorece também o desenvolvimento dessas enfermidades. Diante da imensa cafeicultura nacional, a maioria das lavouras de café são de cultivares suscetíveis às doenças, principalmente a ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. Et Br.) que é umadoença de grande importância devido aos grandes prejuízos causados àcafeicultura. Além da ferrugem,outras doenças como a cercosporiose, a mancha aureolada, a mancha dephoma e antracnose vem tirando o sono de muitos agricultores, portanto devemos redobrar a atenção com as lavouras, principalmente com aquelasque apresentam um histórico de predisposição a estas doenças. É bom lembrar que a ocorrência das doenças e a sua gravidade varia de região para região, de lavoura para lavoura e de um ano para outro. Diante deste fato, devemos observar as lavouras com bons olhos, pois o sucesso do controle desses pató-genos não se dá apenas com a aplicação de defensivos. É preciso que se faça um

/O monitoramento auxilia no combate a diversas doenças como

a mancha aureolada na folha

TÉCNICa

É preciso que se façaum manejo correto e

sustentável, realizando o monitoramento frequente

das lavouras

Page 12: Revista Cocapec

12 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra| Engenheiro Agrônomo/Uniagro| Mestre em Ciência do Solo

TÉCNICa

| Lavoura com ataque de bicho mineiro

BICHO-MINEIROdo café

Conforme já descrito em edições anteriores da Revista Cocapec, o desafio do produtor neste momento é aumentar a produ-

tividade da sua lavoura com qualidade e eficiência, atuando nas práticas culturais que realmente lhe proporcionam retor-no. Em relação às pragas que atacam o cafeeiro, o bicho-mineiro é uma das principais. A sua incidência nas lavouras de café é influenciada principalmente pela temperatura, face de exposição e pelo espaçamento adotado, porém, sua gravidade varia de região para região, de lavoura para lavoura e de um ano para outro, na dependência de fatores favoráveis ou não. Lavouras localizadas em regiões com alta intensidade de ventos, assim como as mais espaçadas, proporcionam maior arejamento às plantas favorecendo o ataque da praga. Já a ocorrência de chuvas e ar úmido reduz o ataque. O bicho-mineiro é um inse-to de hábito noturno, originário do continente africano, que ataca apenas o cafeeiro. A fêmea adulta deposita seus ovos na face superior das folhas do café e, quando nascem, passam diretamen-te do ovo para o interior das folhas. É esta fase (lagarta) que traz prejuízos à cultura, pois se alimentam do tecido existente entre as duas faces da folha. As galerias formadas recebem o nome de “mina”, apresentando formas irregu-lares, que no início possuem coloração amarelo-pálido e posteriormente, com

o rápido desenvolvimento da larva, tornam-se pardas com o centro escuro devido ao depósito de dejetos. Após se desenvolver, a lagarta sai por um orifício feito na face inferior da folha, e desce através de um fio de seda para o terço inferior da planta, onde tece seu casulo com uma pequena teia em forma de X onde vai permanecer até que atinja a fase adulta de mariposa. Esta, ao se libertar do casulo é fecundada e, novamente recomeça o seu ciclo, deposi-tando seus ovos em outra folha. A formação das minas nas folhas e a acentuada desfolha diminui drastica-

mente a área fotossintética das plantas, no entanto, a intensidade do ataque e o período em que ocorrem tem relação direta com a produção. Estudos mostram que cerca de 60% das folhas atacadas por esta praga caem, podendo acarretar redução superior a 50% na produção de café. Souza et al. (1998), relata que a desfolha drástica até julho impede a formação de botões florais nos meses de setembro e outubro, e a desfolha entre os meses de agosto e outubro influencia na florada das plantas e no pegamento e desenvolvimento dos frutos. Desfolhas sucessivas faz com que as plantas fiquem

O controle garante produtividade

Page 13: Revista Cocapec

13JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

TÉCNICa

Métodos de controle O controle do bicho mineiro pode ser biológico ou químico. O contro-le biológico é realizado por predadores e parasitas, sendo estes muitas vezes eficientes na redução populacional desta praga. As vespas são os predadores mais eficientes no controle, porém não é garan-tia certa, pois o uso de produtos químicos pode diminuir também a sua população. Portanto, é necessário que o controle bio-lógico seja associado a outros métodos, como o manejo da lavoura e o uso racional de produtos químicos. O controle químico é realizado através da aplicação de inseticidas sistêmi-cos no solo e/ou inseticidas em pulveriza-ção. Os sistêmicos, utilizados via solo, têm se destacado pela eficiência no controle e pelo importante papel que exercem no ma-nejo integrado de pragas, pois atuam so-mente em contra esta praga, não matando os predadores, ou seja, apresentam menor impacto sobre os inimigos naturais. Por outro lado, o método possui maior efeito residual do que os aplicados em pulveriza-ção, pois translocam pelo xilema da planta e chega até as folhas, controlando as pra-gas por um período de até 180 dias. Estes tipos de inseticidas deve ser aplicados via “drench”, no final do período chuvoso (fevereiro/março), pois estes necessitam de umidade no solo para serem absorvidos pelas plantas. Atualmente os inseticidas neonicotinóides são os mais utilizados, pois são de baixa toxicidade, apresentam ótima eficiência e um bom efeito residual. Os compostos neonicotinóides tem como característica a seletividade para atuar nos receptores nicotínicos dos insetos, porém é inativo nos receptores dos vertebrados. O primeiro composto desta classe foi o inseticida sistêmico imidaclopride, chama-do de neonicotinoide da 1ª geração. Já o thiamethoxam, inseticida neonicotinóide da 2ª geração, apresenta uma estrutura ativa diferenciada, que promove melhor fotoes-tabilidade e consequentemente tornando o produto muito mais funcional.

mais fracas comprometendo a longevida-de da lavoura, porém quando ocorrem em plantas jovens, podendo ocasionar seca de ramos. O ataque do bicho-minei-ro ocorre durante o período mais seco do ano, iniciando a partir de março/abril até outubro/novembro. Ataca princi-palmente o terço superior da planta, ocasionando assim a maior desfolha neste local. Para prevenção desta praga, faça inspeções constantes na sua lavoura, principalmente naquelas que apresentam um histórico de ocorrência.

| Fase de lagarta começando a minar a folha

| Bicho mineiro em fase de mariposa

| Lagarta saindo do ovo provocando a lesão na folha

| Diversos ovos do bicho mineiro na folha

| Pupa do bicho mineiro que antecede a fase de mariposa

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A sua incidência nas lavouras de café é influenciada

principalmente pela tempera-tura, face de exposição e pelo

espaçamento adotado

Para prevenção desta praga, faça inspeções constantes na sua lavoura, principalmente

naquelas que apresentam um histórico de ocorrência

Page 14: Revista Cocapec

14 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Análise Foliar:Em busca do equilíbrio nutricionalPor Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro | Mestre em Ciência do Solo

Na edição anterior lembramos a importância da análise foliar. Mostramos que esta ferramenta pode nos auxiliar

no diagnóstico nutricional correto para a planta e assim fazer as correções ne-cessárias para chegarmos ao equilíbrio nutricional da lavoura. Para que a lavoura tenha alta produtividade, é preciso que vários fatores como o clima, genética, solo, luz, água, nutrientes entre outros, lhe favoreçam. Quanto à nutrição, é neces-sário que a planta tenha durante todo seu ciclo os nutrientes em quantidades adequadas, para que ela possa realizar todas as suas funções vitais. No período entre janeiro/fevereiro, as adubações recomenda-das pela análise de solo, referentes ao fósforo e aos micronutrientes, já foram realizadas, porém o nitrogênio e po-tássio são parcelados em 3 ou 4 vezes e, nesta ocasião o produtor já deve ter realizado duas ou três aplicações. No entanto, é nesta fase que podemos, com o auxilio da análise foliar, fazer as adequações das adubações de ma-cro e micronutrientes anteriormente programadas, evitando desperdícios de fertilizantes, cujos valores são significa-tivos na formação do custo de produ-ção. As aplicações de nutrientes podem ser realizadas tanto via solo, pois ainda tem umidade no solo devido às chuvas,

TÉCNICa

Vários fatores influenciam na produtividade da lavoura

como via foliar. É com o resultado da análi-se foliar que podemos verificar se o que realmente aplicamos no solo nos meses anteriores está chegando ao alvo (folha). É bom lembrar que para uma amostragem correta de folhas, os talhões devem ser separados, de acordo com suas características (idade, variedade, espaçamento, adubação anterior, carga pendente, etc). Em cada talhão, deve-se caminhar em zigue-za-gue, coletando 80 folhas, de 40 plantas de café, escolhidas aleatoriamente

dentro do talhão. As folhas a serem coletadas devem ser do terceiro ou quarto par (contando da ponta do ramo para a base), em ramos produtivos situ-ados na altura média do cafeeiro e dos dois lados da linha de café. Essas folhas devem ser acondicionadas em saco de papel, devidamente preenchidos com os dados do talhão e da propriedade, e enviadas se possível no mesmo dia ao laboratório. Caso não seja possível encaminhar no mesmo dia, colocar os respectivos sacos de papel na parte de baixo da geladeira.

| Local exato para retirada das amostras para análise

Page 15: Revista Cocapec

• Coletar folhas após 30 dias da última adubação de solo e também da pulverização foliar, pois, principalmente no caso dos micronutrientes pulveri-zados nas plantas, a análise pode detectar resíduos exter-nos, mascarando, assim, os resultados;

• As folhas coletadas devem estar sadias (sem pragas e do-enças) e normais (sem lesões e deformações);

• Devem estar isentas de su-jeiras (poeira, barro, etc);

• Não coletar folhas de plan-tas com deficiências isoladas ou que não representem a média visual da lavoura.

TÉCNICa

15NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

Como na cultura do cafeeiro é realizado muitas pulverizações foliares com micronutrientes, devemos ficar atentos e tomar alguns cuidados na coleta das folhas, tais como:

É com o resultado da análise foliar que podemos verificar

se o que realmente aplicamos no solo nos meses anteriores

está chegando ao alvo

| Lavoura equilibrada com boa floração

| A planta equilibrada apresenta melhor produtividade

Page 16: Revista Cocapec

16 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Qualidade em pulverizaçãona lavoura de caféPor Rubens Manreza | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

TÉCNICa

Cuidados essenciais para se ter mais controle no cafezal

Nos últimos anos observamos um grande avanço tecno-lógico no desenvolvimento dos defensivos agrícolas

utilizados na cultura do café, porém a forma de pulverização destes, pouco evoluiu, e ainda, muitos produtores não dispensam os cuidados necessários com esta operação, perdendo eficiência no controle de pragas e doenças.

A aplicação errada dos defen-sivos traduz em prejuízo, pois além de gerar desperdício e aumentar os custos de produção, pode ocasionar resistência de pragas e doenças a estes, e ainda, aumenta os riscos de contaminação das pessoas e do meio ambiente. De forma geral, até 70% dos produtos pulverizados podem ser perdidos por má aplicação, escorrimento e deriva descontrolada.

Para minimizarmos estas perdas e obtermos um bom controle com uma pulverização de boa qualidade, é impor-tante o produtor considerar três pontos básicos: qual alvo biológico (praga ou doença) será controlado, qual tratamento (produto) mais adequado, e como realizar uma aplicação (máquina) eficaz. A intera-ção destes fatores com as condições ambien-tais, determinará a eficácia do controle.

As condições de clima no momento da pulverização favoráveis à absorção e translocação dos produtos, e recomendáveis para aplicação em geral são: temperatura abaixo de 32º C e umidade relativa do ar acima de 55%. É importante estar atento às condições de vento, e realizar pulverizações na presen-ça de ventos de 2 km/h a 10 km/h, nunca acima disso, nem na iminência de chuvas. Para avaliar alguns destes parâmetros existem equipamentos de fácil utilização pelo produtor. A aplicação sobre plantas estressadas reduz a absorção e trans-locação do produto. A ocorrência de chuva logo após a aplicação pode lavar o produto da superfície da folha da planta e impedir sua absorção. A baixa umidade relativa provoca a desidratação da cutícu-la e o conseqüente secamento rápido da gota, provoca a cristalização do produto sobre a folha, dificultando a absorção. As altas temperaturas podem provocar a volatilização do produto e aumentar a evaporação das gotas, e temperaturas baixas reduzem o metabolismo da planta e dificulta a absorção. A presença de ventos acima de 10 km/h poderá provocar deriva sem controle e as gotículas não atingirão o alvo, podendo ainda atingir locais com culturas sensíveis ou contami-nar o meio ambiente, acarretando perdas de defensivo e da pulverização.

Condições ambientais O produtor associa a qualidade da água utilizada nas pulverizações prin-cipalmente ao pH, entretanto dois fatores importantes a serem considerados são a qualidade física da mesma, onde sedimentos como argila e matéria orgânica em suspensão podem reduzir a eficiência da aplicação, e a qualidade química, anali-sada como “Dureza”, definida pela concentração de Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) presentes na água, expressa na forma de CaCO3, tem grande interferência sobre a eficácia dos defensivos, causando desequilíbrio de cargas e precipitação do produ-to, resultando em obstrução dos filtros e pontas de pulverização. Outros íons como Ferro (Fe) e Alumínio (AL) também podem reagir na calda e reduzir a eficácia. O pH da água de aplicação, que pode ser aferido com um medidor ou com o papel indicador universal, deverá ser considerado apenas como indicador de pos-síveis alterações nas características químicas da água, e caso apenas o pH esteja alterado e as demais características inalteradas, raramente teremos interferência na eficácia do produto aplicado. O importante é o produtor verificar o pH da calda, e estando fora dos padrões ideais para pulverização, o produtor deve procurar onde está o problema, e consultar um técnico para verificar a necessidade da adição de adjuvantes, seja ele um corretor de pH, um sequestrante ou mesmo um espalhante.

Um bom controle de pragas e doenças depende da escolha do produto e da sua aplicação correta. Para isso, é importante que o equipamento escolhido aplique uniformemente o produto na dose correta sobre a superfície desejada. No campo, nos deparamos com situações onde o produtor ainda não tem o devido cuidado com o equipamento de aplicação. Antes de iniciar uma pulverização o pro-dutor deve revisar cuidadosamente o equipamento a ser usado. Os bicos devem ser examinados individualmente, a fim de avaliar o desgaste, posicionamento e alinha-mento. O volume de calda a ser aplicado, o número e o tamanho de gotas, a pressão de funcionamento dos bicos, a dosagem, a diluição, a agitação e a necessidade de adjuvantes devem ser verificados criteriosamente.

Qualidade da água utilizada nas pulverizações

Cuidados com os equipamentos de aplicação

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17JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

| É necessário revisar o equipamento com antecedênciae fazer os devidos reparos

| Bicos corretos, padronizados e alinhados com duplicadores

| 1 - Bicos danificados | 2 - Bicos desalinhados3 - Bicos despadronizados

TÉCNICa

Antes de regular qualquer equipamento, é importante saber se o sistema de agitação funciona de forma correta, assegurando que o produto esteja misturado apropriadamente antes de iniciar a aplicação e mantenha assim até o término da operação. Nos pulverizadores tratorizados, como a tomada de potência

Sistema de agitação da caldaé que aciona a bomba, deve-se manter nesta 540 rpm, pois os sistemas normal-mente estão dimensionados para esta rotação. Uma rotação inferior pode causar interferências negativas sobre o sistema de agitação, podendo interferir na eficácia dos defensivos, principalmente em função da sua formulação, onde formulações pó-

molhável (PM) ou suspensão concentrável (SC) tendem a se depositar no fundo do tanque, e formulações concentrado emul-sionável (CE), cujo princípio ativo é líquido não solúvel em água, tende a migrar para a superfície nestas condições, ocasionan-do uma má distribuição dos produtos no decorrer da pulverização.

1

2

3

O sistema de filtragem tem como objetivo garantir uniformidade da calda, dar maior capacidade operacional aos pulverizadores, segurança ao opera-dor durante o serviço, e maior durabilida-de às pontas (bicos). Os turbopulverizadores utiliza-dos em café, de forma geral possuem o filtro principal, e os filtros (peneiras) dos bicos, que podem ser substituídos pelos filtros de linha, permitindo maior agili-dade na limpeza destes, pois em cada coluna do pulverizador, os vários filtros (peneiras), são substituídos por um único filtro de linha. Os filtros devem ser dimensio-nados de acordo com o produto a ser aplicado, onde formulações pó-molhável (PM) ou suspensão concentrada (SC), que

Sistema de filtragemformarão partículas sólidas em suspen-são na calda, deve ser utilizado filtro com malha 50 (50 aberturas por polegada), caso contrário, opte por um filtro com malha 80, por exemplo, as partículas do produto podem ficar retidas no filtro e formar uma pasta, obrigando o operador a realizar limpezas constante, reduzindo o período útil de trabalho e aumentando o risco de contaminação do operador. Na mistura de tanque de formulações PM ou SC com adjuvantes oleosos, este proble-ma poder ser potencializado.

| Filtro com excessode resíduos

O volume de pulverização não deve ser uma condição pré-estabelecida, mas sim determi-nado em função do alvo desejado, do tipo de bico, das condições climáticas, da arquitetura

Volume de pulverizaçãoda planta e do tipo de produto a ser aplicado, onde o importante é colocar o produto de forma correta no alvo, com o mínimo de des-perdício e contaminação do ambiente. Assim,

por exemplo, para o controle de ferrugem utilizamos vazão de 400 a 500 litros/ha, já para controle de ácaro da mancha anular, a vazão necessária é acima de 700 litros/ha.

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18 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

TÉCNICa

Bicos de pulverizaçãoO bico de pulverização é um conjunto formado por corpo, peneira, ponta e capa, sendo a ponta o componente responsável pela formação das gotas. As pontas irão determinar a vazão, a forma de distribuição e o tamanho de gotas, onde o aumento de pressão diminui o tamanho de gotas.Nas pulverizações com turbopulverizadores utilizamos pontas de jato cônico vazio, que permi-tem ajustar o diâmetro de gotas (pressão) para diferentes condições climáticas, produzem gotas mais homogêneas e em maior densidade/ cm², com grande penetração em massa foliar densa, neste caso, conduzidas pelo vento produzido pela turbina do equipamento. Os bicos devem estar alinhados, não criando resistência ao vento, permitindo uma melhor condução das gotas ao alvo. Existe também a possibilidade da utilização dos duplicadores de bico, melhorando a cobertura da planta, podendo estar dispostos de acordo com o alvo de interesse.É importante o produtor estar atento às condições de vento, pois em grande parte dos turbopul-verizadores, as gotas produzidas pelos bicos da parte superior, recebem menor volume de vento do equipamento, ficando sujeita à deriva descontrolada, perdendo eficiência .Já para pulverizações com bomba costal, o ideal são bicos de jato plano comum (leque), pois possuem gotas maiores, que conseguem atingir o alvo sem auxílio do vento. Os fabricantes das pontas possuem catálogo que informam o tipo de pulverização gerado pelas pontas nas diferen-tes recomendações.A limpeza dos bicos deve ser com escova de cerdas de nylon (escova de dente) ou ar comprimi-do, e nunca utilizar agulha, arames, canivetes ou gravetos para desentupi-los, pois pode dani-ficá-los. Os bicos devem ser trocados quando a vazão ultrapassar em 10% a de um bico novo, devendo substituir todo o conjunto.Outros componentes importantes de um equipamento de pulverização são a bomba, cuja função é pressionar a calda, colocando no sistema a energia que será utilizada na pulverização, o regula-dor de pressão, que basicamente é um divisor de volume, fazendo o volume excedente retornar ao tanque, e o manômetro, que indica a pressão do circuito das pontas de pulverização. Todos componentes devem estar em prefeitas condições para uma boa pulverização.

Regulagem do pulverizadorA calibração do pulverizador deve ser realizada periodicamente devido ao desgaste natural de alguns componentes, como os bicos, ou mesmo devido a perda de calibração pelo próprio uso nas condições de campo.Para calibrar devemos utilizar o devido EPI, abastecer o pulverizador com água limpa, acionar o conjunto de pulverização e avaliar a existência de vazamentos, determinar a quantidade de bicos, e a velocidade de trabalho. Esta velocidade é obtida percorrendo 50 metros e anotando o tempo gasto. Em seguida aciona-se o equipamento estacionado e coleta a água aspergida em um bico no tempo aferido, onde multiplicando pelo número total de bicos tem-se a vazão em 50 metros pela faixa aplicada (largura entre ruas de café, ex: 3,8 m), que pode ser extrapolada para um hectare (10.000 m²).

Verificação da pulverizaçãoÉ comum o produtor não ter certeza se a pulverização está produzindo uma boa cobertura atingindo o alvo da forma desejada, nas diferentes partes da planta. Para isso existem os papéis hidrossensíveis, que colocados em posições (alvos) desejados na planta, após passar com o pulverizador, estes papéis ficarão marcados se atingidos pelas gotas, podendo verificar inclusive, número de gotas/cm² que chegaram ao alvo, sendo que para herbicidas este número é de 20 a 30 gotas/cm², inseticidas de 50 a 70 gotas/cm² e fungicidas de 70 a 100 gotas/cm².É importante lembrar que o operador após o término da pulverização, utilize toda a sobra em bordaduras e carreadores, lave o equipamento por fora e por dentro com água limpa, inclusive filtros e bicos, e guarde o equipamento em local protegido. Deve desmontar os bicos de pulverização e guardar em local limpo e seguro.Por fim deve ter cuidado para não contaminar o meio ambiente, e descartar as embala-gens de forma correta e segura.

Capacitação técnicaO produtor deve sempre capacitar seus profissionais, conscientizando estes de todas essas informações, para cobrá-los uma pulverização com boa qualidade.A Cocapec, consciente da necessidade da capacitação contínua de sua equipe técnica nas diferentes áreas, forneceu a cada profissional uma maleta completa com equi-pamentos para regulagem e controle de pulverização (foto 10), e realizou em parceria com a Herbicat no dia 25 de novembro, dia de campo sobre Tecnologia de Pulverização na Fazenda Santana em Pedregulho (Foto Pulverização 8), estando toda equipe apta a esclarecer as dúvidas dos cooperados referentes a este assunto.

/Ventilação dificultada na parte superior

Referências: Manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitário- ANDEF-COGAP- 2010. / Tecnologia de aplicação de fungicidas- www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/fungici.html Manual técnico sobre orientação de pulverização- Máquinas agrícolas Jacto S.A. edição 05/2001, código 957928. / Preparo da calda e sua interferência na eficácia de agrotóxicos- www.infobibos.com/Artigos/2006_3/V2/Index.htm

/Papel hidrosensível utilizado para avaliar a qualidade da pulverização

/Dia de campo sobre pulverização para capacitar equipe técnica

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19JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

TÉCNICa

Por Roberto Maegawa | Coordenador do Setor Técnico Cocapec

Reunião GTEC CooperativasIntercâmbio possibilita uma visão geral da cafeicultura

Aconteceu nos dias 8 e 9 de novembro mais uma reunião do GTec Co-operativas, encontro organizado pela Syngenta. Na oportunidade, os representantes das 11 cooperativas, visitaram o campo experimental da Cooperativa Agropecuária Regional Andradas (Cara) e a Cooperativa

dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal). Dentro das pautas discutidas, houve debate sobre as percepções quanto a última colheita, nas diversas regiões, assim como o acompanhamento das variáveis climáticas, realizado pelas estações meteorológicas de algumas cooperativas. Os profissionais demonstraram como são realizados os monitoramentos e análises dos dados obtidos através da coleta dos equipamentos. A florada da próxima safra também foi assunto na reunião. Na região do sul de Minas, o evento foi um pouco melhor que na área de atuação da Cocapec, pois, devido a quebra da última safra que seria de alta produtividade, as plantas estão com mais carga para o próximo ciclo, diferente da Alta Mogiana onde a safra aconteceu dentro da normalidade. Uma novidade apresentada foi o terreceamento (técnica que nivela terrenos muito inclinados) nas regiões montanhosas de Minas o que está viabilizando a mecaniza-ção nessas localidades. O principal objetivo das reuniões do Gtec é proporcionar o intercâmbio tecnológico com outras localidades, compartilhando experiências e trazendo novi-dades para os cooperados. Além disso, a interação entre os profissionais possibilita uma noção geral da cafeicultura no país no âmbito cooperativista.

O principal objetivo das reuniões do

Gtec é proporcionar o intercâmbio

tecnológico com outras localidades

O encontro com técnicos de diversas regiões produtoras proporciona uma visão

geral da cafeicultura no país

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20 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

CoopeRaTIVISMo

Ano Internacional das Cooperativas

O Ano Internacional das Cooperativas foi o fruto da estreita relação entre a Alian-ça Cooperativa Internacional

(ACI) e a Organização das Nações Unidas (ONU), que teve como objeti-vo comum buscar o desenvolvimento econômico sustentado, a mitigação da pobreza e a intercooperação. O slogan escolhido para nortear as ações de 2012 foi “Cooperativas constroem um mundo melhor”. Pensando nisso, a Cocapec trabalhou o tema em todas as suas atividades durante o ano. A temática reflete não apenas o espírito cooperativista, mas também o compromisso do segmento com o de-senvolvimento global. Com isso, a ONU sugere ações ligadas ao empoderamento feminino, à inclusão de jovens no mercado de trabalho e ao empreendedorismo, que mostram o cooperativismo como instrumento para geração de renda e, consequente, redução da pobreza. Dentre outros objetivos, des-taca-se: - Aumentar a consciência públi-ca sobre as cooperativas e os benefícios aos seus membros, a contribuição para o desenvolvimento social e econômico e a integração com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio;- Promover a conscientização na rede global sobre o cooperativismo e seus esforços para fortalecer as comunida-des, democracia e paz;- Promover a criação e crescimento de cooperativas e ações para atender às necessidades socioeconômicas do setor;- Encorajar os governos para estabele-cer políticas, leis e regulamentos que levam à criação, crescimento e susten-tabilidade das cooperativas.

Almejando tais objetivos, a Cocapec uniu forças com diversos parceiros para a disseminação da cultura cooperativa neste ano histórico para o sistema. Envolvendo cooperados, colaboradores, fornecedores, escolas, educandos, professores, familiares e comunidade em geral, os projetos e ações sociais realizadas pela cooperativa lançaram sementes vislumbrando a promoção de mudança de mentalidades e cultura, demons-trando que o espírito cooperativo se faz forte através da cooperação de todos.

“Cooperativas constroem um

mundo melhor”

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

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21JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

CoopeRaTIVISMo

A cocapec celebrou o ano Internacional das Cooperativas da seguinte forma:

Encontro de Mulheres Tudo começou no Encontro de Mu-lheres, realizado em março, que com o título, Mulher e Cooperativismo: um casamento que dá bons frutos, deu o ponta pé inicial na celebração do Ano Internacional das Cooperativas. O En-contro com conteúdo cooperativista do começo ao fim destacou a importância da mulher para as sociedades coope-rativas e na tomada de decisões para o desenvolvimento delas.

Cooperação + SIPAT + Lan-çamento da Campanha Natal CooperativoO evento Cooperação e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) com intuito de integrar, formar, treinar e informar seus colaboradores através da comu-nicação e qualidade de vida, também deu início aos trabalhos da Campanha Natal Cooperativo que nesta edição buscou construir uma rede de relações capaz de aproximar os colaboradores da realidade das instituições sociais, através do trabalho voluntário durante o ano todo e assim, levar a mensagem de cooperação, solidariedade e união para a comunidade.

Encontro de Crianças Coope-rativistas + Cooperjovem + Natal CooperativoO Encontro de Crianças Cooperativis-tas que é um importante instrumento de educação cooperativista e trabalha para a formação de crianças com cons-ciência e conhecimento cooperativista, para que tenhamos uma nova geração mais preparada para multiplicar esta doutrina, este ano celebrou-se o Ano Internacional unido ao Programa Coo-perjovem com a participação de edu-candos, professores e alguns familiares ligados ao programa. Esta ação social resultou em arrecadações de óleos, sabonetes e livros que foram doados as entidades participantes da Campanha Natal Cooperativo.

Cooperjovem (Oficinas) + Participação dos colaborado-res (Natal Cooperativo)O Cooperjovem, programa de educação cooperativistas do Sescoop/SP, aplicado em escolas da cidade de Franca, oferece aos educadores oficinas de formação para o trabalho com as crianças, estas oficinas despertaram o interesse dos colaborado-res, membros dos grupos do Natal Coo-perativo, estes participaram das oficinas juntos aos educadores, buscam formação e informação para atuação no trabalho voluntário realizado na casa-abrigo de crianças da cidade.

Mosaico Teatral + Natal

Mosaico + Natal Cooperativo (doações para entidades) O já premiado programa Mosaico Teatral que promove o acesso a cultura através do teatro para a população, contribuindo para a democratização e ampliação de ações culturais na área de atuação das cooperativas parceiras. A tradicional arrecadação realizada todos os anos na troca dos ingressos, teve destino certo, beneficiou mais uma entidade assistencial parceira na Campanha Natal Cooperativo.

Coopera São Paulo + Natal CooperativoEncaminhando para o encerramento das atividades do ano. Com o ofereci-mento do Sescoop/SP, convidamos as equipes de colaboradores e entidades para assistirem o espetáculo teatral, “Cooperar é Preciso” da Cia. Son Viv, a peça aborda a importância das cooperativas para o desenvolvimento local. A montagem faz parte do mais novo projeto do sistema Coopera São Paulo. A entrega das doações referente a arrecadação do Encontro de Crianças Cooperativistas foi realizada nesta data.

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22 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

A preocupação com as perspectivas de aumento populacional, a pos-sibilidade de mudanças climáticas pela ação do homem, somados à

facilidade de acesso à informação, a escas-sez dos recursos naturais e a conquista de direitos dos cidadãos nas últimas décadas, fizeram com que novos conceitos para produção e economia surgissem. Dentre esses, o termo mais comum e utilizado é a “Sustentabilidade”, que ganha diferentes significados em diferentes con-textos. Porém, na sua forma mais simples, baseia-se em desenvolvimento sustentado em três pilares fundamentais: as pessoas, ou pilar social; o ambiente, ou pilar ambiental e; a economia, ou pilar econômico. Os novos conceitos e preocupações trouxeram também alterações de ordem ética, econômica e novas oportunidades de mercado para empresas e empreendedores. O agronegócio café, especialmente em seu elo de produção, tem grande im-portância econômica e social, especialmente nos países em desenvolvimento (maioria localizada no hemisfério sul do planeta e produtores de café, sendo em sua grande maioria, pequenos produtores) e também a peculiaridade de manter um fluxo de produ-tos, serviços e interação globais. A pressão da demanda do mercado consumidor e sua mudança de hábitos, e também a visão de oportunidade de produção, fez com que a preocupação com a origem, transparência, e o desenvolvimento desta cadeia avançasse a passos largos, tornando-se talvez hoje, a cadeia de agronegócio mais desenvolvida em termos de programas que visam à pro-dução sustentável.

Certificações Para assegurar a origem sustentável dos produtos, fez-se necessário que outras entidades surgissem, como novos integran-tes da cadeia: as certificações. Certificações são realizadas e idealizadas por entidades indepen-dentes, que atestam por meio de auditorias e verificações realizadas por uma certificadora, que a produção e seus processos estão conformes as normas propostas por seu programa. No agronegócio café, podemos citar como mais comuns, as certificações Rainforest Alliance (RA), que tem como foco principal o pilar ambiental; Certificações com foco social, como FairTrade; certificação baseada nos três pilares, como a UTZ Certified; além de certificações corporativas, como Starbucks C.A.F.E. Practices e Nespresso AAA e outros escopos como Orgânico, Demeter Biodinâmico, ISO 14000 etc. As certificações podem trazer muitos benefícios, como maior controle de processos, acesso a mercados, organização, visão estratégica do negócio, dentre outras. É importante ressaltar que, certificação de produção não é garantia de qualidade do café, e também que, independente do seu foco, o princípio básico de todo programa de certificação é a rastreabilidade, que é capacidade de traçar, a qualquer momento, o caminho da história, aplica-ção, uso e localização da mercadoria, ou seja, da origem ao consumidor.

Sustentabilidade e a Cadeia do CaféPor Pedro R. A. Silveira | Gestor de Torrefação Cocapec

Os novos conceitos e preocupações trouxeram também alterações de ordem ética, econômica e novas oportunidades

de mercado para empresas e empreendedores

Capa

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23JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

Capa

O Programa 4-C Dentro dos programas que visam a produção sustentável do café, existe o programa 4-C, que tem seu foco na grande massa de produtores, por meio de um processo de verificação. O agronegócio café lida cons-tantemente com pressões que podem alterar os caminhos de seu desenvol-vimento sustentável. No ano de 2003 surgiu no continente europeu o projeto de criação de um Código Comum para a Comunidade Cafeeira (4-C), porém somente a partir de 2006, criou-se um sistema que incluía o Código de Conduta do 4-C, regras para inclusão e participação no programa e a estrutura de governança do mesmo. A associa-ção iniciou-se com 37 representantes de produtores, traders, indústria e sociedade civil, ligadas ao café (a Co-capec é um dos membros fundadores da associação, como representante de seus produtores) e hoje conta com 235 membros sempre envolvidos na cadeia do agronegócio café. Podemos dizer que o programa visa ser a principal plataforma de múltiplos interessados da cadeia de café sustentável, sendo o primeiro passo acessível a todos os participantes da mesma, buscando unir todas as partes, no trabalho de melho-ria das condições econômicas, sociais e ambientais da produção e processamento de café, para construir um setor próspero e sustentável para as gerações futuras. Para garantir a rastreabilidade e cumprimento das normas e do código de conduta dos participantes, utiliza-se um sistema de Verificação, por meio da junção de dados do monitoramento interno da unidade gestora do programa (no caso a Cocapec, que representa seus produtores) e auditoria externa realizada por períodos pré-definidos pelo código. Dentro do código de con-duta, existem dez práticas inaceitáveis excludentes do programa, e além des-sas, existem ainda práticas recomenda-das e esperadas durante as verificações.

O 4-C é visto como o primeiro passo para a produção de cafés de forma sustentável, e por isso, sempre busca não a penalização de seus parceiros, porém a melhoria contínua dos processos e da gestão de suas propriedades. Um de seus objetivos também é orientação, pois, a medida que me-lhorias continuas e cumprimento de todas as boas práticas recomendadas pelo programa são implementadas na propriedade, esta estará cada vez mais apta à adequar-se a outras plataformas de certificação, conforme Figura 1.

Compromissos assumidosDiante do cenário estabelecido a partir da demanda e também de novas oportunidades dentro do mercado de cafés, diversos agentes da cadeia, assumiram compromissos públicos para aquisição e inserção de cafés de origem comprovadamente sustentável junto à comunidade. Dentre estes podemos citar:

•NESTLÉ: Plano Nescafé, que visa trabalhar com compromisso de aquisição de cafés de origem do programa 4-C e RA até 2015, e compro-misso de aquisição de cafés certificados de seu programa AAA e RainForest Alliance para sua linha de cafés da Nespresso (80% até 2013);

•MONDELEZ (ANTIGA KRAFT FOODS): Compromisso até 2015 de comercializar somente cafés de origem sustentável em suas operações na Europa, e também lançou o programa “Coffee Made Happy”, que visa investimentos para produção sustentável de seus fornecedores;

•D.E. MASTER BLENDERS 1753 (ANTIGA SARA LEE): meta de comprar 25% de seu volume adquirido anual, de cafés de origem sustentável, até 2015;

•TCHIBO GROUP (EMPRESA ALEMÃ): almeja comprar 100% de seus cafés de origem sustentável.

Figura 1

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24 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

A sustentabilidade garantindo produção O mercado de cafés de origem sustentável, verificados ou certificados existe, e acredita-se que tem espaço para crescer. Porém, vale lembrar que a ori-gem certificada não garante sua comercialização, que depende de outros fatores do mercado. Nos últimos anos, nota-se uma evolução na quantidade demandada dos produtos de origem certificada. A figura a seguir ilustra as quantidades comercializadas e produzidas estimadas dos principais programas citados, em sacas de 60 Kg no mundo.

Apesar da transparência ser o principal conceito dentro dos escopos de cafés produzidos de forma sustentável, não há uma padronização com relação às de estatísticas, por isso alguns dados podem estar duplicados e ainda faltam informações principalmente do mercado dos compradores, porém, podemos concluir com os números que há uma grande lacuna entre produção e volume realmente comprado de cafés de origem sustentável. Isso se deve a fatores de demanda de cafés sustentáveis e atributos que não correspondem às demandas dos compradores como qualidade, origem e bebida. Os volumes são pequenos, porém demonstram que há espaço para crescer, uma vez que a evolução deste consumo, que era de 1% em 2002, em 2010, o mesmo represente 9% do total no mundo (em 2012 o consumo deve ser da ordem de 10%), sendo que, estima-se no mesmo período, 16% da pro-dução mundial foi de origem sustentável. Hoje a Cocapec continua investindo para participar e dar acesso aos pro-dutores a este mercado, sendo a unidade gestora do programa 4-C, e também está preparada para receber cafés de outras origens certificadas como UTZ, RainForest e em seus armazéns tanto em Minas Gerais, quanto em São Paulo.

O mercado de cafés de origem sustentável, verificados ou certificados existe, e acredita-se

que tem espaço para crescer

Hoje a Cocapec continua investindo para participar e dar acesso aos produtores

a este mercado

Capa

Figura 2

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25JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

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26 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Senar/MG encerra as atividades do ano com curso de colhedoraPor Raquel Cintra Rosa | Assistente Administrativo Senar/MG

A parceria Senar/MG e Cocapec encerra os trabalhos em 2012 com um curso de manutenção de colhedora automotriz, realizado em Capetinga/MG entre os dias 5 e 7 de novembro no Sítio Pereira do cooperado

Sebastião Pereira. Na oportunidade, os participantes aprenderam como realizar corretamente a manutenção do equipamento como trocas de óleos, filtros, varetas, correias, parte elétrica funcional, calibragem de pneus, além de alinhamento e cuidados com o armazenamento da máquina. Já o Senar/SP proporcionou em dezembro os cursos de Operação de Manutenção de Tratores Agrícolas, entre os dias 3 e 7 em Jeriquara/SP, e Aplicação de Agrotóxicos, realizado de 10 a 12 em Franca/SP com o objetivo de capacitar os produtores e trabalhadores rurais para as atividades no campo.

/Participantes do curso de manutenção de colhedora automotriz

SENAR/SPCursos pré-selecionados:*2

•Operação e Manutenção de Tratores;•Aplicação de Agrotóxicos; •Orquídea;•Piscicultura;•Meliponicultura – Abelhas sem ferrão;•Olericultura Orgânica; •Tomate Orgânico; •Ovinocultura;•Apicultura;•Processamento Artesanal de Pães, Leite e Frutas; •Aproveitamento de Alimentos;•Culinária Regional;•Café na Gastronomia.

SINDICATO RURAL DE FRANCA(16) 3720-2366 (Camila)[email protected]

www.srfranca.com.br

SENAR/MGCursos pré-selecionados:*1

•Manejo de pragas edoenças do cafeeiro;•Manutenção de colhedora;•Trator;•Aplicação de agrotóxicos;•Classificação e degustação de café;•Derivados do leite;•Defumados;•Bordados;•Crochê e tricô;•Artesanato de fibras.

NÚCLEOS COCAPECIbiraci (35) 3544-5000 (Raquel)Claraval(34) 3353-5257 (Dinei)Capetinga(35) 3543-1572 (Joana)

[email protected]

*1*2cursos sujeito a alterações.

SoCIaL

Camila Neves | Coordenadora Senar/SP

Page 27: Revista Cocapec

27JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

O encerramento das atividades do Projeto Escola no Campo, reali-zado no dia 22 de novembro, reuniu cerca de 300 participan-

tes no Teatro Judas Iscariotes. Os alunos dos municípios de Capetinga/MG, Jeriquara/SP, Ibiraci/MG e Ribeirão Corrente/SP, assistiram o espetáculo da Cia. Trem Bão “A História Molhado 2”. A peça abordou questões sobre o meio ambiente, recheada de canções com ritmos variados, tratando de assuntos sérios sem perder o bom humor da encenação.

Cocapec, Syngentae escolas encerram o Projeto Escola no CampoDe forma divertida a peça reforçou os valores ambientais.

“O projeto ‘Escola no Campo’, uma ação da Cocapec, Syngenta e

escolas da região”

Por Cristiane OlegárioAssistente de Comunicação Cocapec

O evento contou com a pre-sença do diretor secretário da Cocapec Ricardo Lima de Andrade, da gestora administrativa da cooperativa Morgana Reatto Mattos e os parceiros repre-

sentantes da Syngenta, a o agrônomo responsável Luis Gustavo Andrade e o técnico agrícola Flávio Nascimento. Eles enalteceram a participação de to-dos no projeto e falaram da importante e fecunda parceria entre Cocapec, Syngenta e Escolas que já ultrapassou uma década de sucesso garantido. O projeto “Escola no Cam-po”, uma ação da Cocapec, Syngenta e escolas da região, tem o objetivo de orientar estudantes sobre a necessidade da preservação dos recursos naturais, conscientizando quanto à segurança no uso de defensivos agrícolas e estimulan-do a produção de alimentos saudáveis. Nos últimos anos o “Projeto Escola no Campo”contou com parcei-ros importantes para levar inovação e conteúdo a professores e alunos, como a Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande que contri-buiu significativamente viabilizando e acompanhando as ações realizadas, e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São

Paulo – Sescoop/SP, parceiro fundamen-tal para a ampliação das atividades do projeto com o oferecimento de oficinas de educação ambiental e cooperativista para professores e alunos, bem como o oferecimento deste espetáculo de encerramento.

/O evento reuniu cerca de 300 participantes no Teatro Judas Iscariotes em Franca/SP

/Os alunos das escolas públicas da região assistiram o espetáculo da Cia. Trem Bão“A História Molhado 2”

/Todas as escolas participantes do projeto receberam um certificado referente as ações realizadas durante o ano

SoCIaL

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28 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Ser voluntário é saber com-partilhar o que temos de mais precioso: amor, felicidade, sabedoria, conhecimento e

tempo. O voluntariado pressupõe disponibilidade de compartilhar o que temos de melhor com as pessoas. A experiência nesse contexto valoriza o amor e a construção de novos concei-tos e referenciais em nossas vidas.” As ações realizadas pelos funcionários da Cocapec e Sicoob Credicocapec, através da Campanha Natal Cooperativo, foram gratifican-tes para os participantes e instituições beneficiadas, cultivando uma busca por atuações que assumissem aspectos transformadores, rompendo com uma face meramente caritativa e paliativa. A ideia central da iniciativa era construir, gradualmente, uma rede de relações capaz de aproximar os colaboradores da realidade das insti-tuições sociais. O incentivo ao trabalho voluntário durante o ano todo teve a

Encerramento da Campanha Natal Cooperativo 2012Por Cristiane Olegário / Assistente de Comunicação Cocapec

“ intenção de possibilitar ao funcionário a tomada de consciência, ampliando sua visão de homem e mundo, estimulando o engajamento e o comprometimento com a luta por direitos sociais. Os princípios do cooperati-vismo se constituem em um acervo de valores a partir do qual a solidariedade desponta. Assim, o cooperativismo permite nortear um conjunto de ações e esforços para atuar na melhoria da quali-dade de vida das pessoas das localidades onde estão instaladas as cooperativas. Os sete princípios do coope-rativismo: adesão voluntária; gestão democrática; participação econômica equitativa; autonomia e independência; educação e formação; intercooperação; e interesses pela comunidade oferecem um conjunto de valores que permite abordar os temas sociais sob uma ótica propositiva e original. A atividade voluntária também possui um conjunto de valores que dá significado à sua ação. Por exemplo:

igualdade entre homens e mulheres; respeito à dignidade humana; justiça social; solidariedade e ajuda mútua; democracia na convivência social; apoio nas dificuldades; recuperação da autoestima; compromisso e responsabi-lidade social. Valores que estabelecem vínculos duradouros com os princípios do cooperativismo e garantem a moti-vação pelo trabalho voluntário. Sob essa perspectiva, é possí-vel contribuir socialmente na escolha de projetos, iniciativas, programas ou atividades em que os valores coopera-tivos encontrem ressonância com os valores sociais presentes no trabalho voluntário e nos resultados pretendi-dos nas comunidades. Agradecemos as equipes de colaboradores que se compromete-ram com as entidades assistenciais de Franca, Ibiraci e Pedregulho, e doaram um dos elementos mais valiosos na sociedade contemporâ-nea, o tempo.

SoCIaL

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29JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

SoCIaL

Você entendeu que o respei-to, o afeto e a atenção geram frutos eternos, pôde sentir como um sorriso alimenta a alma, que a capacidade de

Aliança Natalina e Amigos Solidários - Lar de Ofélia

Foram momentos de muita alegria com muita música, beleza, presentes e até sessão profissional de fotos, obrigada pelo empenho e parabéns pelo trabalho!

ouvir o outro com atenção alivia o peso de uma vida, que a arte causa um inex-plicável brilho no olhar, comprovaram que o espírito cooperativista e solidário

tem o poder de não nos deixar desistir e espero que possa testemunhar que no final deste caminho, a grande trans-formação aconteceu dentro de você.

Um grande agradecimento às equipes:

Fraternidade - Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo

E vamos jogar bingo, pessoal! Rodadas e mais rodadas de bingo, e eles incansáveis! Belos cafés da tarde e muitos brindes! Aos que se comprometeram obrigada e parabéns pelo trabalho!!!

Solidariedade Sempre - Asilo Aísa Rodrigues de Siqueira – Ibiraci/MG

Aceitaram o desafio e dedicaram tempo, afeto e atenção aos moradores do lar de Ibiraci. Obrigada pelo empenho, por não medir esforços para que o proje-to acontecesse no município.

Você é melhor do que pensa e Alegria Contagiante - Recanto Samaritano

Quantas oportunidades vocês ofereceram aos seus pequenos, quão significativas foram as visitas ao teatro, para quem tem pouco acesso a cultu-ra. Parabéns pelo trabalho e obrigada pela dedicação.

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30 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Esperança Renovada - Lar de Idosos São Vicente de Paula

Tem palhaçada hoje, tem sim senhor! Sanfoneiro, palhaços, festas típicas e almoço; obrigada pela partici-pação e parabéns pelo trabalho!

Liga da Cooperação – Nosso Lar/D. Leonor

Quanta disposição... passeios, festas, dança, cafés da tarde, dias da beleza, obrigada pelos esforços e comprometimento com a campanha e principalmente, com a senhoras mora-doras do lar, que apesar das inúmeras limitações físicas e psíquicas vocês conseguiram levar leveza e alegria para a vida delas. Parabéns pelo trabalho!

Solidaped – Lar dos Velhinhos de Pedregulho/SP

Lindo o trabalho desenvolvido em Pedregulho, campanhas, promoções, festas, torneios... comprometimento. Parabéns! A equipe se dedicou ao lar, as ações realizadas cumprindo com êxito o desafio proposto. Obrigada por acredi-tarem nesta nova proposta de campanha “Natal Cooperativo”.

Agradecemos as entidades pela parceria, por abrir as portas das instituições para nós. E que fique registrado nosso respeito e homena-gens aos moradores de todos os lares e casa-abrigo por permitirem que pas-sássemos este ano juntos, desvendando realidades, exercitando a solidariedade e a cooperação, valor ético central do nosso modo de trabalho.

SoCIaL

REFERÊNCIAS: Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (OCEMG). Cartilha: Dia de Cooperar 2012.

Campanha de Natal + CooperativoPara complementar a Campa Natal Cooperativo, a Coca-pec e o Siccob Credicocapec, criaram o “DOAR SANGUE É MAIS COOPERATIVO”. Colaboradores, cooperados, amigos e familiares foram convidados a ter mais este ato de solidariedade. Com isso, cooperativas renovaram a parceria que possuem com o Hemocentro.

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31JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

CURTaS

CurtasComitê Educativo Central Nos dias 8 de novembro e 14 de dezembro, os coordenadores de comitês se reuniram, trazendo às cooperativas as demandas de suas realidades locais. Os representantes dos cooperados sugeriam uma forma diferenciada de reunião, discutindo os assuntos das regiões em si e depois conduzindo as pautas às diretorias das cooperativas. Houve também, o encerramento dos comitês locais em Franca/SP (03/12) tendo como pauta a participação do cooperado para melhor desempenho das cooperativas, Claraval/MG (4/12) recebeu a visita do gerente de comercialização de café da Cocapec Anselmo Magno de Paula, que ministrou a palestra “Tendências do mercado de café”. A cidade de Pedregulho/SP encerrou os trabalhos no dia 11/12 discutindo assuntos do interesse do núcleo. No dia 19 de dezembro mais uma vez Anselmo Magno efetuou a palestra “Tendências do mercado de café” no comitê em Franca/SP, juntamente com os de Jeriquara/SP, Patrocínio Paulista/SP e Itirapuã/SP..

Cocapec aumentou seu quadro social em 2012Em 2012 passaram a integrar o quadro social da Cocapec 155 novos cooperados. O município com maior adesão foi Claraval/MG com 37 associados, seguido de Ibiraci/MG com 28 e Pedregulho/SP com 18. Todos os novos cooperados participam de uma reunião para obter mais conhecimento sobre o funcionamento da cooperativa e como utilizá-la de forma eficiente tornando-a sua parceira.

Cooperativas entregam doações referente ao Mosaico TeatralA Cocapec, Sicoob Credicoca-pec, Unimed e Coonai, reali-zaram a entrega das doações referentes ao Mosaico Teatral, realizado no dia 28 de setembro. O valor arrecadado com a venda de ingressos foi utilizado na compra de materiais de limpeza para o Lar de Ofélia. Segundo funcionários da instituição, esta foi uma importante contribuição

e que a quantidade abastecerá o local por um ano. O programa Mosaico Teatral é desenvolvido pelo Sescoop/SP em parceria com as cooperativas, e tem por obje-tivo ampliar a oferta cultural por meio da apresentação de peças teatrais e realização de oficinas, aplicando assim o 7º princípio coo-perativista que é a preocupação com a comunidade.

Colaboradores da Cocapec finalizam o curso do PECA Cocapec, sempre em busca de otimizar o desempenho de seus colaboradores, lançou em parceria com a Syngenta Prote-ção e cultivos Ltda, o Programa de Ensino Continuado em Ges-tão Empresarial (PEC). Foram apresentados três módulos nas áreas de Gestão Empresarial, Gestão Comercial e Gestão de Finanças, todos desenvolvi-dos pela MPrado Consultoria,

com carga horária total de 144 horas. Os temas abordados estão diretamente ligados ao cotidiano da cooperativa. As aulas tiveram aconteceram de janeiro a novembro, com a par-ticipação de 19 colaboradores que agora estão mais prepa-rados para desempenhar suas funções dentro da cooperativa e o reflexo disso é sentido em todo o processo de gestão.

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32 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

CoNHeÇa SUa CoopeRaTIVa

Cocapec Núcleo IbiraciPor Mara Rúbia Cintra Neves | Coordenadora do Núcleo de Ibiraci

Inaugurado em 2003, através da incor-poração da Comapil, o núcleo de Ibira-ci conta hoje com um quadro social de 454 cooperados e 20 colaboradores.

Após passar por extensa am-pliação, possui área total de 20.267 m², e de área construída de 8.690,11m², com moderna estrutura de loja de produtos agropecuários, armazéns de café e insumos, usina de rebenefício e sistema de granelização de café. O núcleo possui capacidade de armazenagem de 200 mil sacas de

café, podendo, o cooperado, optar pela entrega nas modalidades de sacaria, big bag ou granel, além de ter a opção de comercializar seu produto através de mercado físico, futuro ou CPR. Além disso, oferece condições na aquisição de produtos, assistência agronômica e veterinária a seus associados. A Cocapec, a quase 10 anos, trouxe para o município mineiro segu-rança, desenvolvimento tecnológico e melhores condições para aquisição de produtos e comercialização de café.

/Colaboradores do núcleo de Ibiraci

/O núcleo possui uma área total de 20.267 m² /Em 2013 o núcleo completa 10 anos colaborando com a economia do município mineiro

/A ampla área de loja proporciona mais comodidade para o cooperado

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33JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

CoNHeÇa SUa CoopeRaTIVa

Mara Rúbia Cintra Neves Coordenadora Núcleo Ibiraci(35) 3544-5000 [email protected]

Ailton Lucas RibeiroSupervisor de Loja(35) 3544- [email protected]

Alisson Ponce Faleiros Vendedor(35) [email protected]

Frank Rangel Silva Vendedor(35) [email protected]

Helder Barros Mendes Analista de Classificação(35) [email protected]

Mara Alvarenga Assistente ADM/Financeiro(35) [email protected]

Osanan de Oliveira Lopes Analista ADM de Armazém(35) 3544-5008 [email protected]

Raquel Cintra RosaAssistente ADM Senar (35) [email protected]

Thulio Ferreira de Castro Assistente de Classificaçã[email protected]

Drenes Correa Paz FlorianoOperador Máquina de Rebenefício

Eduardo Rodrigues ManhaniAuxiliar Controle Estoque Físico

Fábio Junior da Silva Operador Máquina de Rebenefício

Izilda Ap. da Silva InacioAuxiliar de Limpeza

José dos Reis FerreiraAuxiliar de Limpeza

Luis Eduardo de Freitas LopesAssistente de Granelização

Paulo Rubens dos Santos Auxiliar de Armazenagem

Ricardo Silva GomesAuxiliar Controle Estoque Físico

Sillas Silva André Vendedor

Valdeci da Silva Auxiliar de Limpeza

/A capacidade do armazém é de 200 mil sacas

/A usina de rebenefício atende os mais de 450 cooperados da região

/O núcleo já recebe café no novo sistema de granelização

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34 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

PRODUTOS UNID. Preço unitário SP Preço unitário MG Relação de Troca SP Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio t R$ 940,00 R$ 920,00 R$ 2,69 R$ 2,63

Uréia t R$ 1.280,00 R$ 1.320,00 R$ 3,66 R$ 3,77

Super Simples Pó t R$ 780,00 R$ 820,00 R$ 2,23 R$ 2,34

Super Simples Gr t R$ 855,00 R$ 880,00 R$ 2,44 R$ 2,51

Cloreto de Potássio Gr t R$ 1.390,00 R$ 1.400,00 R$ 3,97 R$ 4,00

Adubo 21.00.21 t R$ 1.165,00 R$ 1.180,00 R$ 3,33 R$ 3,37

Calcário Dol.Itaú t R$ 0,00

Nitrato de Amônio t R$ 1.040,00 R$ 1. 080,00 R$ 2,97 R$ 3,09

Valores referente ao mês de dezembro de 2012

BICHO MINEIRO

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox 0,4 R$ 19,60 R$ 7,84

Curyon 0,8 R$ 61,10 R$ 48.88

Danimen 0,2 R$ 87,00 R$ 17,40

Fastac 0,2 R$ 25,00 R$ 5,00

Karate Zeon 250 CS 0,04 R$ 44,50 R$ 1,78

Nomolt 0,4 R$ 89,00 R$ 35,60

Rimon 0,3 R$ 55,30 R$ 16,59

Vertimec 0,4 R$ 50,00 R$ 20,00

CERCOSPORA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra 0,75 R$ 118,00 R$ 88,50

Amistar 0.1 R$ 480,00 R$ 48,00

Cuprozeb 3 R$ 20,25 R$ 60,75

Tutor 2 R$ 23,97 R$ 47,94

Tebufort 1 R$ 22,70 R$ 22,70

Opera 1,5 R$ 75,53 R$ 113,30

Supera 2 R$ 23,00 R$ 46,00

FERRUGEM

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Alto 100 0,75 R$ 62,40 R$ 46,80

Opera 1,5 R$ 75,53 R$ 113,30

Cuprozeb 3 R$ 20,25 R$ 60,75

Tilt 1 R$ 80,09 R$ 80,09

Priori xtra 0,75 R$ 118,00 R$ 88,50

Supera 350 SC 2 R$ 23,00 R$ 46,00

HERBICIDAS

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Glifosato 3 R$ 9,48 R$ 28,43

Zapp QI 2,1 R$ 13,00 R$ 27,30

Gramocil 3 R$ 19,68 R$ 59,04

Aurora 0,08 R$ 299,80 R$ 23,98

Flumizim 0.1 R$ 342,50 R$ 34,25

Roundup WG 1.5 R$ 20,00 R$ 30,00

PHOMA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Amistar 0.1 R$ 480,00 R$ 48,00

Tebufort(Tebuconazole) 1 R$ 22,70 R$ 22,70

Cantus 0,15 R$ 531,58 R$ 79,74

BROCA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Endossulfan 2 R$ 28,00 R$ 56,00MANCHA AUREOLADA

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop 3 R$ 17,00 R$ 51,00

Cuprozeb 2.5 R$ 20,25 R$ 50,63

Supera 2 R$ 22,70 R$ 45,40

Kasumin 1 R$ 64,50 R$ 64,50

Tutor 2 R$ 23,97 R$ 47,94

INSETICIDAS DE SOLO

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG 1 R$ 368,00 R$ 368,00

Counter 35 R$ 13,93 R$ 487,55

Actara WG 1,4 R$ 229,73 R$ 321,62

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA

Galigan Ce 2,5 R$ 47,50 R$ 118,75

Goal 2,5 R$ 47,50 R$ 118,75

CUSTO (R$/HA) por segmento

RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ

BoLeTIM - ReLaÇÃo De TRoCa

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35JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 573 236 116 78 40 5 0 26 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54 21 17 24 128 156 193 389

2010 327 95 206 51 12 6 0 0 87 116 302 235

2011 399 120 538 136 0 8 0 0 8 186 161 306

2012 523 80 245 103 50 134 19 0 55 104 265

Média Mensal 435.2 156.0 278.2 106.6 31.2 34.8 7.2 10.0 63.0 135.0 228.6 339.5

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100Jan Fev Mar

2008 2009 2010 2011 2012

Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov

Fonte: Esalq/BM&F

Dez

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 433,37 258.54 485.04 271.39

Fevereiro 495,98 297.29 441.31 256.93

Março 524,27 315.94 387,53 216.18

Abril 524,41 330.82 379,53 204.47

Maio 530,76 329.11 382,65 192.69

Junho 514,99 324.35 360,31 175.76

Julho 457,81 292.92 408,06 201.05

Agosto 470,62 294.68 378.48 186,63

Setembro 511,57 292.51 385.92 190,38

Outubro 490,45 277.34 374.98 184,75

Novembro 493,83 275.48 355.23 171.64

Dezembro 491,35 267.28

MÉDIA ANUAL 494,95 296.36 394.46 204.72*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Média mensal do preço* de Milhoíndice Esalq/BM&F

2011 2012

R$ US$ R$ US$

Janeiro 30,35 18.11 31,08 17.39

Fevereiro 31,68 18.99 28,40 16.54

Março 31,44 18.94 28,89 16.11

Abril 29,94 18.88 25,83 13.92

Maio 28,69 17.79 24,91 12.54

Junho 30,75 19.36 24,13 11.77

Julho 30,31 19.39 28,80 14.19

Agosto 30,20 18.91 33.25 16.39

Setembro 31,92 18.23 32.23 15.9

Outubro 30,75 17.39 31.35 15.45

Novembro 29,81 16.66 34.09 16.46

Dezembro 28,18 15.32

MÉDIA ANUAL 30,34 18.16 29.36 15.15Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2008 325 230 128 108 38 32 0 26 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58 32 21 30 137 262 77 382

2010 461 158 274 16 17 12 1 0 110 102 339 221

2011 328 145 365 146 1 29 0 24 32 115 135 274

2012 317 158 150 125 28 115 28 0 67 69 196

Média Mensal 299.2 152.1 209.7 89.6 28.5 44.0 10.0 16.0 77.0 126.9 183.1 321.7

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)

BoLeTIM - ReLaÇÃo De TRoCa

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36 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Importantes medidas ratificadas pelo Ministro da Fazenda Sr. Guido Mantega no segundo semestre de 2012, anunciaram a redução da taxa

de juros do Finame para 2,5% a.a de máquinas e implementos. Estas medi-das foram significativas para o Sicoob Credicocpaec. A procura de recursos apresentou um crescimento conside-rável no final de 2012 em comparação ao mesmo período do ano passado, onde, apresentava – se 6,5% a.a. Para 2013, medidas anun-ciadas em 05.12.12 pelo Ministro Mantega, sinalizam o comprometimen-to do governo em criar condições que possam contribuir para incentivar o investimento e o consumo durante o próximo ano e o Sicoob Credicocapec está habilitado para dar continuidade aos trabalhos.

Linha de Crédito do BNDES - FinamePor Lucas Oliveira | Gerente de P.A. Tassiane Vaismenos | Assistente de Comunicação Credicocapec

Finame aprovado pelo Sicoob Credicocapec 2011/2012

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37JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec 37

Módulo cedente Por Gabriela Mota | Coordenadora de Cadastro de Cartões& Tassiane Vaismenos | Assistente de Comunicação Credicocapec

O boleto de cobrança (tam-bém conhecido como boleto bancário), é um documento utilizado como ferramenta de

pagamento de um produto ou serviço prestado. Seu emissor (cedente) pode receber do pagador (sacado) o valor referente ao serviço oferecido através da cobrança bancária. O Sicoob Credicocapec ofere-ce este serviço através do Módulo Ce-dente, que é um aplicativo desenvolvido pelo Bancoob, com o objetivo de permi-

tir aos seus associados à administração e recebimento das informações referentes a títulos de cobrança. A emissão de um título de cobrança pode ser pago de várias formas: quaisquer agências bancá-rias até o vencimento, débito em conta, Homebanking, Internetbanking (paga-mento pela internet), casas lotéricas e até mesmo supermercados, oferecendo facilidade, rapidez e segurança. A instalação e orientação do Mó-dulo Cedente é por conta da cooperativa, a emissão e impressão do boleto é feita pelo

associado que se responsabilizará pelo enca-minhamento da cobrança para o sacado. Ao receber a importância paga pelo sacado, a instituição financeira encaminhará a quantia para a cooperati-va emissora da cobrança, para que seja creditado na conta do associado. A utilização deste serviço é uma prática muito comum entre as em-presas. Na cooperativa o Módulo Ce-dente está disponível para pessoa física (PF) e/ou jurídica (PJ). Uma comodidade para o cedente e para o sacado.

A emissão de um título de

cobrança pode ser pago de

várias formas[...] oferecendo facilidade, rapidez e

segurança.

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38 Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Por Paulo Correia | Médico veterinário Uniagro/Cocapec

pRoDUÇÃo aNIMaL

Cascos da vaca leiteiraGrandes problemas: grandes prejuízos

Sabemos que em rebanhos leiteiros ocorrem alguns problemas que deixam os produtores estressados, sem

saber o que fazer e, pior ainda, vendo seus lucros diminuírem. São preocupações sérias para o produtor de leite: mão de obra qualificada (e fixa); mastites aguda ou crônica; reprodução (retenção de placenta e repetição de cios) e as clau-dicações (conhecida por manqueira) de uma maneira geral. Neste artigo vamos comen-tar sobre esta última: as afecções do casco em vaca leiteira. Nos bovinos, os problemas que fazem o animal mancar, 99% são localizados nos cascos. Destes 92% ocorrem nos cascos dos mem-bros posteriores e 68% ocorrem nas unhas, 20% no tecido logo acima do casco e 12% no espaço interdigital (Cad.Tec. Vet.Zoot. 1999. BH). Os problemas de cascos podem ser causados por traumatismos físicos, problemas nutricionais, instala-ções, ambiente e conforto inadequados. A umidade contribui enorme-

/Este problema afeta diretamente a produtividade

Medidas preventivas são um meio de minimizar os problemas: •Pelo menos uma vez ano devemos fazer o casqueamento preventivo de todas as vacas em lactação e também as secas.

•Colocar como rotina no estábulo o pedilúvio, passando por ele todas as vacas em lactação, pelo menos 3 dias da semana. No pedilúvio colocamos para cada 100 litros de água, 5% de formol e 2,5% de sulfato de cobre.

•Manter os pisos adequados e limpos, sem pedras e quinas.

•Evitar superlotações no estábulo e proporcionar conforto térmico, ou seja, um som-breamento adequado para que suas vacas possam deitar e descansar os pés.

•Em caso da doença instalada, quando o animal estiver mancando, não espere: procu-re o médico veterinário para realizar o melhor tratamento solucionar seu problema.

mente para as afecções dos cascos. No período chuvoso, eles ficam mais amole-cidos e qualquer traumatismo predispõe danos às unhas. Os pisos de cimento rústico (feitos para não escorregar), onde o animal fica praticamente o dia inteiro, as saídas dos currais, quando não é o barro são as pedras que danificam seus dígitos. A falta de locais adequados para descanso (camas, areia, palhas) faz com que as vacas fiquem muito tempo de pé sobre o piso de cimento levando à liberação de agentes inflamatórios que interferem na formação de um casco de boa qualidade. Também, não podemos esque-cer que a alimentação rica em grãos e pobre em fibras, principalmente para vaca de alta produção que necessaria-mente consome grandes quantidades de concentrados, está predisposta a ter distúrbio nos locomotores. Devemos ficar sempre atentos para os primeiros sintomas, quando o animal começa a mancar. Devido a dor há mudanças na posição de apoio do casco, crescendo a unha de maneira desordenada, ou então havendo um desgaste excessivo da mesma, levando a

formação de ferida de difícil cicatrização. Há ainda outro fator que con-tribui para aumentar o problema. Devi-do o esterco em abundância, restos de matéria orgânica e urina, ali encontra-se uma bactéria nociva, com afinidade para instalar no tecido córneo do casco e adjacências. Ocasionando no membro uma infecção de grandes proporções maléficas, chamada de pododermatite ou podridão do casco. Faço geralmente uma pergun-ta quando chamado para diagnosticar um problema deste: Quanto custa um casco de uma vaca? Uma vaca man-cando, com o pé inflamado, cheio de bicheira, não conseguindo permanecer em pé nem para comer? Os prejuízos são imensos. Ela produz muito menos leite, não dá cio, não enxerta, come pouco e atrapalha o “trânsito” dos outros animais. Ferreira e colaboradores (2003), estudando rebanho leiteiro em Pedro Leopoldo-MG, encontraram um custo relacionado a manqueiras de 74,60 dólares/vaca no curral e mais 44,68 dólares de tratamento, não computando as perdas relacionadas a diminuição na produção de leite.

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