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Revista Cocapec nº 95
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Revista
COCAPECAno 14 - Janeiro/Fevereiro 2015 - nº 95 - COCAPEC / CREDICOCAPEC
Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT
Nova área de armazenagem é inaugurada em Cristais Paulista
COCAPEC REPASSA ÁGIO
A COOPERADOS PELO
CAFÉ DE QUALIDADE
Mala DiretaBásica
9912250045/2010-DR/SPI
COCAPEC
COOPERATIVA VENDE
CAFÉ BICA CORRIDA
A R$ 600,00
2 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
3JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
Maurício Miarelli Presidente
2015 começa movimentado e desafiador
A estiagem do início de 2014 infelizmente se repete, e a safra deste ano continua incerta. Porém, este acontecimento não refletiu no 1º levantamento de safra divulgado pela Conab em 13 de janeiro, quando o estudo foi finalizado antes desta anomalia. Com isso, os números foram amplamente contestados por produtores e também pelo Conselho Nacional do Café (CNC). Desta
forma, teremos que aguardar as próximas previsões para que os dados retratem melhor a realidade. Um grande momento para a Cocapec e a cidade de Cristais Paulista foi a inauguração oficial do grande armazém de 9 mil m², com capacidade para 400 mil sacas. A estrutura foi entregue em uma cerimônia na qual ficou bastante evidente a importância desta obra tanto para a cooperativa quanto para o município. O que deve ser motivo de satisfação de todos os cooperados, pois foi a decisão acertada dos associados que permitiu a concretização desta estrutura. A primeira rodada de Comitês Educativos mostrou como o dialogo é parte fundamental dentro da sociedade cooperativista. Vários assuntos importantes foram apresentados e discutidos como a Qualidade de café, Bioisca, Projeto Memória Alta Mogiana, Novo Site e as novidades sobre o ICMS Mineiro, sempre com contribuições importantes dos cooperados presentes. O nosso laboratório conquistou conceito máximo nas duas certificações no qual ele é detentor, são elas: Esalq-USP, referente as análises de folha, e IAC, para as amostras de solo. Isso nos deixa muito satisfeito, pois oferecemos mais um serviço de qualidade em uma das etapas mais importantes, o das análises, que tem impacto direto no planejamento econômico dos produtores. Mas certamente uma das principais conquistas para os produtores paulistas, e que a cooperativa teve participação direta, foi a declaração da emergência sanitária para o combate a broca nos Estados de São Paulo e Espírito Santo. O trabalho em conjunto com a Câmara Setorial do Café, frente a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, (como pode ser conferido na edição 93 da Revista Cocapec), certamente colaborou para estes estados conseguissem o benefício de utilizar o eficaz produto com o princípio ativo Ciantraniliprole. Como iremos observar na sequência desta editoria, a Cocapec está sempre em busca de benefícios para os seus cooperados, nas mais diversas vertentes, seja na valorização dos seus cafés, no aprimoramento dos seus serviços ou mesmo nas políticas públicas. Este é o papel de uma cooperativa, auxiliar os seus associados a solucionar questões que seriam muito mais complicadas sem este apoio, e fazer com que todos tenham sucesso.
Saudações Cooperativistas!
4 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
ÍNDICEExpediente
08
16
26
28
34
Técnica
Broca: com apoio daCocapec, Ministériodeclara estado deemergência em São Pauloe Espírito SantoNegócios
Conab estima produção entre 44,11 e 46,61 milhões de sacas em 2015
Especial
Laboratório da Cocapec entre os mais conceituados do país Especial
Conheça o novo site da Cocapec
ProduçãoAnimal
Bem-estar animal. A vaca leiteira do seu rebanho vai bem?
Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec,destinado a seus cooperados
Diretoria Executiva CocapecMaurício Miarelli - Presidente
Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidenteAlberto Rocchetti Netto - Dir. secretário
Conselho Administrativo Cocapec
Cyro Antônio RamosDonizeti Moscardini
Giane BiscoIsmar Coelho de Oliveira
João Alves de Toledo FilhoNilton Messias de Almeida
Conselho Fiscal Cocapec
Airan Carrijo CintraJoão José Cintra
Zita Cintra Toledo
Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052
Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270
Núcleos
Capetinga (35) 3543-1572Claraval (34) 3353-5257Ibiraci (35) 3544-5000
Pedregulho (16) 3171-1400
Diretoria Executiva Sicoob CredicocapecEdnéia A. Vieira Brentini de Almeida – Diretora Financeiro
Hiroshi Ushiroji – Diretor AdministrativoDivino de Carvalho Garcia – Diretor de Crédito
Conselho Administrativo Sicoob Credicocapec
Carlos Yoshiyuki Sato – PresidenteCyro Antônio Ramos – Vice Presidente
Bernardo Antônio Salomão – Conselheiro VogalElbio Rodrigues Ales Filho – Conselheiro VogalGeraldo Augusto Ferreira – Conselheiro VogalIsmar Coelho de Oliveira – Conselheiro Vogal
Paulo Henrique Andrade Correia – Conselheiro Vogal
Conselho Fiscal Sicoob CredicocapecJoão José Cintra
Luis Batista CintraRicardo Nunes Moscardini
Credicocapec
Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SPPA Capetinga (35) 3543-1572
PA Claraval (34) 3353-5359PA Ibiraci (35) 3544-2461
PA Pedregulho (16) [email protected]
www.credicocapec.com.br
Revista CocapecCoordenação
Setor de ComunicaçãoFone: (16) 3711-6203
DiagramaçãoBZ Propaganda & Marketing
Revisão OrtográficaNathalia Maria Soares
Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781
Tiragem: 2.700 exemplares
www.cocapec.com.br
É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição,
desde que citada a fonte.
ED. 95 JANEIRO/FEVEREIRO 2015
A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos emartigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira
responsabilidade de seus autores.
30Social
Convênio Cocapec e Senar/MG promove capacitaçãode produtores
5JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
REALIZAÇÃO:
SALÃO VILLA VENTURARod. Ronan Rocha Km29 – Franca /SP(Ao lado do Pesque e Pague 3 Porteiras)
STANDS DE EMPRESAS
E EXPOSIÇÃO DE MÁQUINAS
E IMPLEMENTOS.
www.simcafe.com.br
15 e 16de Abril
Inscrições até
10/AbrDas 8h às 17h
8h RECEPÇÃO9h CERIMONIA DE ABERTURA10h PALESTRA: Manejo Estratégico Diante das Adversidades Climáticas11h30 ALMOÇO/ VISITAÇÃO STANDS
DIA 15
13h WORKSHOP COMERCIAL14h PALESTRA: Mercado de Café 15h30 VISITAÇÃO STANDS17h ENCERRAMENTO
DIA 16
8h RECEPÇÃO9h WORKSHOP COMERCIAL10h PALESTRA: Segurança e Empregabilidade no Meio Rural11h30 ALMOÇO/VISITAÇÃO STANDS
14h PALESTRA: Regulagem e Desempenho Operacional na Colheita e Recolhimento de Café15h30 VISITAÇÃO STANDS17h ENCERRAMENTO
EXPOSITORES:APOIO:
A FORÇA DO SEGURO NO AGRONEGÓCIO
Agronegócios
INFORMAÇÕES: 3711-6290 (16)
• O� cinas para mulheres (inscrições no local)• Visite stand Bioisca • Exposição Cocapec 30 anos• Transporte grátis dos núcleos para o evento (consulte o núcleo mais próximo)
6 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Fique atento às dicasdo Setor Técnico
Por Setor Técnico Cocapec
Olá Cooperado, a partir desta edição você tem um novo espaço para acompanhar informações sobre a cultura do café, onde nós do setor
técnico da COCAPEC vamos fornecer dicas, para que você produtor consiga produzir de forma mais eficiente e econômica e também acompanhar as novas tecnologias e tendências para a cultura do café. Neste primeiro artigo vamos conhecer mais sobre a cultura do café no Brasil e também o quanto ela representa na economia do nosso país. O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2.311 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, predominando mini e pequenos, em aproximadamente 1.900 municípios, que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito
Santo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés. A cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café. Os produtores brasileiros preservam florestas e fauna nativa, controlam a erosão e protegem as
fontes de água. A busca do equilíbrio ambiental entre flora, fauna e o café é uma constante e assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo. Atualmente, o café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. A cadeia produtiva do café é responsável pela geração de mais de 8 milhões de empregos no país, proporcionando renda, acesso à saúde e à educação para os trabalhadores e suas famílias. Os expressivos desempenhos das exportações e do consumo interno de café implicam na sustentabilidade econômica do produtor e de sua atividade. Ano a ano aumentam os investimentos em certificações, que promovem a preservação ambiental, melhores condições de vida para os trabalhadores, melhor aproveitamento das terras, além de técnicas gerenciais mais eficientes das propriedades, com uso racional de recursos. O volume expressivo de cafés sustentáveis produzidos anualmente e a alta qualidade e diversidade das safras brasileiras fazem do Brasil um fornecedor confiável e capaz de atender às necessidades dos compradores internacionais mais exigentes. O Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas em café. Avanços significativos da cafeicultura brasileira estão relacionados a pesados investimentos em pesquisas em áreas importantes, como o melhoramento genético, biotecnologia e manejo de pragas, desenvolvidas anualmente pelo Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de instituições brasileiras de pesquisa . Esta foi uma breve contextualização do complexo mundo da cafeicultura, e é este universo que iremos explorar a partir de agora, trazendo de maneira prática, elementos para auxilair ainda mais os nossos cooperados.
TÉCNICA
Os nossos especialistas irão dar orientaçõesem todas as edições da Revista Cocapec
7JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
8 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Broca: com apoio da Cocapec, Ministério declara estado de emergência em São Paulo e Espírito SantoPor Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
O s Estados de São Paulo e Espírito Santo entram em emergência fitossanitária referente a praga Hypothenemus hampei
(broca). O anúncio foi publicado no “Diário Oficial da União” (DOU) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no dia 26 de janeiro.
De acordo com a publicação, existe um risco iminente do surto da praga e com alta capacidade de proliferação, visto que as alternativas para os manejos existentes possuem baixa capacidade de resposta e podem causar grandes perdas na produtividade e qualidade de café, impactando assim diretamente sobre a economia agropecuária.
As medidas adotadas serão as mesmas concedidas para o Estado de Minas Gerais, publicada na Portaria no 711, de 17 de julho de 2014, que autoriza a importação do inseticida a base de Ciantraniliprole, que possui eficiência para o controle químico da broca. Sendo assim São Paulo e Espírito Santo podem utilizar o produto durante o ano a partir da
TÉCNICA
9JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
Café (CSC) e os seus demais membros, se manifestaram perante a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, pedindo que o órgão
solicitasse junto ao Governo Federal o benefício concedido a Minas Gerais. O documento entregue à secretária da pasta Mônica Bergamaschi traz os argumentos da cooperativa e as constatações da equipe técnica sobre os desafios que os cooperados estão enfrentando para realizar o controle.
Proibição do Endosulfan O princípio mais utilizado para o controle químico da broca era o Endosulfan. Porém, por conta do seu alto teor toxicológico, tanto para o meio ambiente quanto para o homem, foi banido do mercado em julho de 2013. Desde então nenhum outro produto disponível apresentava a mesma eficiência no manejo.
TÉCNICA
publicação no DOU. Após a autorização dada aos cafeicultores mineiros, a Cocapec, juntamente com a Câmara Setorial do
10 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Mais seca e calor emenos chuva, maisbicho mineiro noscafezais
TÉCNICA
Por Marcelo Jordão Filho e J.B. Matiello / Engenheiros Agrônomos Fundação Procafé
Q uando ocorre um período seco prolongado, ou, mesmo, um veranico no período de chuvas de verão, pode esperar que é certo, o
Bicho Mineiro chega atacando fortemente os cafeeiros. Isto foi o que vimos agora em janeiro/15, em diversas áreas cafeeiras da região da Mogiana Paulista, em função da falta de chuvas no início do ano, associada a altas temperaturas. O Bicho Mineiro é a principal
praga do cafeeiro. Em sua fase de larva ou lagarta faz minas nas folhas, reduzindo a área foliar, principalmente pela rápida desfolha, que provoca nas plantas. O seu ataque está muito correlacionado com fatores que afetam o equilíbrio da praga, com seus inimigos naturais e com o ambiente. A ação das chuvas reduz a infestação da praga, existindo diferentes razões para esse comportamento. A primeira diz respeito à entrada em
diapausa das pupas ou crisálidas do inseto, em períodos de chuva e umidade, assim interrompendo, por um período, o ataque, pois nessa condição emergem poucos adultos. A segunda razão do maior ataque, em períodos secos, está ligada ao déficit hídrico e à desfolha rápida que provoca, os quais podem acelerar o ciclo da praga. As temperaturas altas associadas aos períodos secos e a maior luminosidade constituem a terceira causa
Por conta da estiagem e pressão da praga, os produtos tiveram a eficiência diminuída.
11JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
TÉCNICA
de agravamento do ataque. A quarta razão, que pode influir no ataque, é o desequilíbrio de inimigos naturais, não especificamente as vespas (parasitas ou predadoras), as quais aumentam em função do próprio aumento da população da praga, mas um grupo pouco estudado, de bactérias e fungos, responsáveis pela mortalidade natural do inseto, em suas diferentes fases, principalmente no estado larval. No período úmido, certamente, as condições para desenvolvimento de micro-organismos são mais adequadas. Por esse conjunto de fatores, o ataque de Bicho Mineiro, num período chuvoso normal, fica reduzido, com quase ausência de folhas minadas na lavoura, voltando a aumentar no período seco em seguida, sendo que a partir de março-abril, novamente pode ser retomada uma nova infestação. O gráfico da figura 1 mostra bem a curva de sua flutuação populacional, ao longo do ano, na condição do Sul de Minas e sua correlação com as chuvas. Pode-se ver que em anos normais de chuva, como as do gráfico, a praga só inicia sua evolução a partir de março-abril. É preciso distinguir, nesse aspecto, o fator chuvas do suprimento de água via irrigação. Isto por que nas áreas irrigadas, mesmo com um suprimento adequado de água e mesmo com irrigações de aspersão, a infestação ocorre intensamente nos períodos sem as chuvas normais.
Depois de visto o porquê do Bicho Mineiro ter evoluído nas lavouras na Mogiana, agora vamos indicar o que se deve fazer para o controle. Primeiro vemos que as chuvas, no geral, já retornaram e se continuarem assim o ataque tende a ficar reduzido. Outra coisa é que a aplicação dos produtos via foliar já deveria ter sido feita, uma vez que eles são recomendados com baixo índice de infestação. Por outro lado, os produtos inseticidas de solo não atuaram tão bem este ano, exatamente pela falta de umidade para sua completa absorção.
Deste modo, cada lavoura deve ser monitorada, examinando se existem muitas minas ativas, com lagartas vivas. Caso essa infestação estiver em mais de 15-20% das folhas e se as chuvas cessarem, aí sim deve-se usar a aplicação foliar para evitar desfolhas prejudiciais, apesar do atenuante de que, nesse período, a planta está em plena formação de folhas novas, compensando uma pequena desfolha que pode estar acontecendo. A prioridade de controle deve ser para as lavouras novas e para aquelas com carga alta.
Figura 1 – Correlação entre a ocorrência de período chuvoso e a curva de flutuação de Bicho Mineiro – S.S. Paraiso-MG, Fonte- Carvalho,T.A.F. et alli, Anais do 38º CBPC, Mapa Fundação Procafé,
2012.
Na fase de larva ou lagarta, a praga faz minas nas folhas, reduzindo assim sua área foliar.
12 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Melhorando a Qualidade Final da Ensilagem
TÉCNICA
Por Edson Carlos Poppi / Zootecnista e Diretor Técnico da Lallemand Brasil
Todo o período de clima seco desafia nossos produtores a montarem uma estratégia na propriedade de forma a garantir disponibilidade
de alimento em quantidade e qualidade suficientes para a manutenção de sua produção, seja ela de leite ou de carne. Uma das alternativas mais utilizadas é através de ensilagens. Culturas como de milho, sorgo e capim e mais recentemente, a cana-de-açúcar, têm sido as mais
utilizadas para a ensilagem, variando conforme o conhecimento local ou pela tradição da cultura em determinadas propriedades. Quem já está habituado a fazer silagens domina muitos dos aspectos que refletirão em um bom produto final, mas mesmo os mais experientes devem estar atentos a detalhes durante o processo de ensilagem que podem passar desapercebidos e comprometer a qualidade técnica e sanitária do ensilado.
Ainda que o manejo correto durante todo o processo seja fundamental (momento de corte da planta, tamanho da partícula, tempo de carregamento do silo e boa compactação e vedação do material), outros detalhes do processo cada vez chamam mais a atenção de produtores e pesquisadores. Basicamente, a ensilagem visa preservar as condições nutricionais da cultura, através da fermentação ácida em meio anaeróbico (sem a presença de ar).
A sanidade do animal está diretamente relacionada com a ingestão de uma ensilagem de qualidade.
13JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
TÉCNICA
Nesse sentido é imprescindível conseguir um ambiente sem ar e com baixo pH (abaixo de 4,0) o mais rápido possível, para que as bactérias e fungos presentes normalmente na cultura e no ambiente sejam controlados e o material ensilado se mantenha conservado, pois os micro-organismos patogênicos e deteriorantes não se desenvolvem na ausência de oxigênio e baixo pH. Toda planta contém uma quantidade própria de carboidratos que serão fermentados de forma natural pelas bactérias nela presentes, produzindo ácidos que fazem com que o pH da silagem diminua gradativamente. Com o uso de um inoculante bacteriano específico e adequado, essa acidificação do meio ocorre muito mais rapidamente, além de haver consumo do oxigênio residual (o ar que restou dentro do silo) e ainda proteger o material ensilado contra o ataque de leveduras e fungos. Outro fator, é que na medida em que conseguimos uma redução rápida do pH, mais nutrientes da planta serão conservados, resultando em menores perdas de matéria seca, maior digestibilidade e melhor palatabilidade, o que resulta em maior consumo e produtividade. Uma vez alcançada a fermentação desejável no silo, o material estará conservado até o momento da abertura para o consumo. Assim que o silo é aberto e o material entra novamente
em contato com o ar, o crescimento de bactérias e fungos deteriorantes se reinicia. O aquecimento que observamos na frente do silo deve-se ao reinício das fermentações indesejadas, promovidas por estes micro-organismos, que deterioram a silagem e promovem perdas do material em torno de 20% ou mais. Então, mais uma vez a composição do inoculante será fundamental para a garantia da qualidade da silagem, pois outra atribuição desejável em um bom inoculante é a de proteger a silagem após a abertura, garantindo sua estabilidade. O desempenho dos animais também é afetado pela ingestão de uma ensilagem inapropriada. Relatos de casos de problemas reprodutivos correlacionados à presença de micotoxinas (toxinas produzidas pelos fungos) nas silagens tornam-se cada dia mais frequentes. Pesquisas modernas mostram cada vez mais que a qualidade da silagem tem influência direta na qualidade do leite, no bom aproveitamento para industrialização (queijos, iogurtes, etc.) e na sanidade animal, diminuindo inclusive a incidência de mastite e contagem de CCS. Quando vacas são alimentadas com silagem contaminada pela bactéria do gênero Clostrídeo, o leite pode ocasionar sérios problemas para fabricação de queijos. Os esporos de clostrídeos são resistentes à temperatura de cozimento de alguns queijos e encontram condições
ideais de desenvolvimento e fermentação. Com as condições favoráveis durante a maturação dos queijos, esses micro-organismos proliferam, ocorrendo o inchamento dos queijos devido à produção de gases poucas semanas após a fabricação. A fermentação por clostrídeos transforma o ácido lático em ácido butírico e H2, o que confere odor e gosto desagradáveis ao queijo, que perde valor comercial. O gado de corte também está susceptível à qualidade da silagem que compõe sua ração. No caso de confinamentos os problemas podem ser graves, com diminuição no consumo, menor ganho de peso, abscesso de fígado, resultando em prejuízos financeiros. O maior atributo de um inoculante bacteriano é o de atender de fato ao que é a necessidade de conservação de uma determinada cultura, levando em consideração as diferenças em sua composição nutricional, teor de matéria seca e fibras. Os inoculantes produzidos com cepas bacterianas patenteadas e específicas para as características de cada forrageira são os que atendem aos requisitos tecnológicos indispensáveis para a produção de uma silagem da mais alta qualidade sanitária e nutricional, garantindo ao produtor a certeza de estar fornecendo aos animais um alimento seguro e que promoverá o retorno financeiro desejado.
14 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Por Grupo G-TEC Cooperativas / com adaptação do Setor de Comunicaçãoda Cocapec
TÉCNICA
GTEC discute prejuízos com a seca e previsão de safra
O grupo GTEC Cooperativas, atualmente composto por 15 cooperativas de cafeicultores das regiões Sul de Minas, Mogiana e Cerrado, se reuniu
em dezembro, pela primeira vez em Franca, com uma programação muito importante,
O grupo se reuniu pela primeira vez na sede da Cocapec.
para discutir os reflexos climáticos na safra de café de 2014/15. A reunião iniciou-se nas dependências da Cocapec com as boas vindas pelos engenheiros agrônomos da cooperativa Roberto Maegawa e Fabrício Andrian David, e pelo presidente da Cocapec e coordenador do CNC, Maurício Miarelli.
Segundo o grupo, a safra de 2014 foi abaixo do esperado, mas não liberou potencial produtivo para se inverter os anos de alta e baixa produção nas suas regiões de atuação. Se não tivesse ocorrido esta seca tão expressiva, isto poderia ter ocorrido. Os reflexos do fenômeno afetaram fortemente
TÉCNICA
safra desequilíbrio nutricional e problemas fitossanitários mais graves em algumas regiões. Quanto à renovação, observasse 1,9% de plantio, principalmente em substituição de lavouras velhas, e 2,8% de recepa. Já a renovação por esqueletamento está bem acima do normal atingindo 24,8% da cafeicultura. Quanto ao potencial para a safra a ser colhida em 2016, se observa-se que o desenvolvimento dos ramos está abaixo do normal e as lavouras foram esqueletadas ou recepadas na sua maioria com grande atraso, o que não possibilitará um máximo de potencial produtivo para 2016. Finalizando a reunião, o grupo visitou a Fazenda Experimental de Franca, onde conheceu importantes trabalhos em desenvolvimento para a cafeicultura apresentados pelo engenheiro agrônomo Marcelo Jordão Filho da Fundação Procafé.
a safra atual recém-colhida reduzindo a granação e rendimento do café, mas não afetaram a sua qualidade. Na reunião todas as cooperativas apresentaram a previsão de produção para 2015. Pela média ponderada das respectivas áreas de atuação, o grupo chegou à estimativa de que a próxima safra deverá ser 12,5% menor que a safra de 2014. Todos concordam que esses números são iniciais, muito baseados na florada ocorrida próxima à reunião. A situação da safra ainda está muito indefinida. O pegamento do frutos presentes hoje não é certo, pois as lavouras sofreram alto estresse. A frutificação está muito desuniforme e atraso nas chuvas e tratos culturais, além de internódios curtos nos ramos em produção, podem ser apenas o prenúncio da queda de chumbinhos que já se inicia em muitas lavouras. Observam-se também nessa
“Em fevereiro, os agrônomos da Cocapec foram a campo fazer a previsão da Alta Mogiana.”
16 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
NEGÓCIOS
Por Conab
Conab estima produção entre 44,11e 46,61 milhões de sacas em 2015CNC faz importante observação no levantamento que pode modificar os valores
A primeira estimativa de safra de café, divulgada no dia 13 de janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projeta que, este ano,
o Brasil deverá colher uma safra entre 44,11 a 46,61 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado. O resultado pode apresentar uma redução de 2,7%, caso seja alcançado a menor projeção ou, ainda, um aumento de 2,8%, se comparado o limite superior aos 45,34 milhões de sacas da safra anterior, considerada a produção de arábica e conilon. A redução foi observada no café conilon, que registra queda entre 8,8% e 6,3%. A diminuição pode se verificar, devido às questões climáticas. A forte estiagem no final da safra anterior e o intenso frio durante a florada da safra atual interferiram de maneira negativa na produtividade. Já o café arábica pode apresentar um crescimento que varia de 0,6% a 6,5%. O resultado é reflexo do crescimento da cultura na Zona da Mata mineira e na produção no Paraná.
Estimada entre 32,50 e 34,40 milhões de sacas, a produção de café arábica corresponde a 75,1% do volume de café produzido no país, e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com o volume variando entre 22,36 e 23,61 milhões de sacas. Já a produção do conilon, contabilizada entre 11,61 e 12,21 milhões de sacas, representa 24,9% do total nacional e tem como maior produtor o Espírito Santo, com uma produção entre 8,52 e 8,96 milhões de sacas. Área - O plantio em termos nacionais deve ocupar uma área em produção de 1,94 milhões de hectares, apresentando uma ligeira queda de 0,6% em relação à safra passada, com uma redução de 12,07 mil hectares. Minas Gerais concentra a maior área plantada de 973,58 mil de hectares, predominando a espécie arábica, com 98,64% do total no estado. Isto representa 49,63% da área cultivada no país. A segunda colocação é do Espírito Santo, com 435,27 mil hectares. A área do conilon,
no estado, é de 283,05 mil hectares.
CNC faz considerações referentes à previsão*
Por meio do seu “Balanço Semanal – 12 a 16/01”, a entidade ressaltou aspectos importantes referente ao levantamento da Conab. O CNC salienta que os volumes projetados foram apurados com trabalhos de campo em dezembro, não considerando, portanto, esse novo veranico que vem se estabelecendo sobre o cinturão cafeeiro do Brasil em janeiro. Dessa forma, destaca que a safra 2015 de café do País poderá se situar em patamares inferiores aos anunciados, haja vista que janeiro e fevereiro são meses fundamentais para o desenvolvimento dos grãos e, semelhante ao ocorrido em 2014, as temperaturas estão muito elevadas e com escassez de chuvas e déficits hídricos no solo, condições que, certamente, trarão novo prejuízo para a produção.
*Trecho adaptado pelo Setor de Comunicação da Cocapec
17JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
Desta maneira o ganho é de toda a cadeia, em especial dos associados da Cocapec, que elevam ainda mais o nome da Alta Mogiana no exterior, oferecendo bons produtos ao consumidor final, permitindo assim, por conta do programa, saber sua procedência e ter a certeza de que foi produzido através de práticas agrícolas adequadas.
A Cocapec e a Syngenta, através da plataforma Nucoffee, reconheceram a qualidade superior de cerca de 20% dos participantes
do programa. Cada um recebeu um bônus por saca em meados de janeiro, valorizando assim a entrega física de grãos de excelência na operação de troca de café por insumos. O programa aplicado é baseado em 3 pilares: oferta agronômica (troca), entrega de serviços (assistência técnica,treinamentos e palestras) e reconhecimento sobre a qualidade. O primeiro acontece quando os produtores utilizam a sua própria moeda, ou seja, o café para adquirir, através da operação de troca, um portfólio de produtos como fungicidas, inseticidas e herbicidas. O segundo são visitas técnicas da cooperativa, Camilo José Faleiros Custódio –
Capetinga/MG
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
Cocapec e Syngentarepassa ágio a cooperadospelo café de qualidade
treinamentos e palestras oferecidos aos participantes durante o ano, para auxiliá-los nas diversas fases do manejo da cultura. Já o terceiro e último é a valorização dos cooperados que esmeram pela qualidade dos cafés entregues. Isto permite que os produtores busquem mercados mais exigentes, e que possuem uma remuneração diferenciada por conta da qualidade.
Evaldo Carrijo – Ibiraci/MG
Wilson Cintra Barbosa – Claraval/MG
Célio Isidoro Pereira – Itirapuã/SP
NEGÓCIOS
Marina Celi Coelho – Cristais Paulista/SP Gildo Bertanha – Ribeirão Corrente/SP
Itamar Cavaline – Pedregulho/SP
“Isto permite que os produtores busquem mercados mais exigentes, e que possuem uma remuneração diferenciada por conta da qualidade.”
18 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Cooperativa vende café bica corrida a R$ 600,00Valor foi pago aos primeiros colocados de SP e MG no11º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café
O 11º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café, realizado em 2014, veio com uma nova proposta, preservando seu objetivo
principal de reconhecer e valorizar o trabalho e empenho dos cooperados na busca pela excelência. Sendo assim, foram escolhidas as 5 melhores amostras de São Paulo e Minas
Gerais, separadamente. Na oportunidade, a Cocapec se comprometeu em buscar mercados mais remuneradores para todos os 10 classificados. A promessa foi cumprida, em fevereiro, através do empenho do departamento de café, encontrou compradores para os grãos premiados. Enquanto o mercado pagava cerca de
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
O Concurso premiou pela primeiras vez os 5 melhores de cada estado separadamente.
R$ 480,00, a negociação da cooperativa conseguiu os seguintes valores, de acordo com a posição no Concurso, para os cafés bica corrida dos dois Estados:
1º Lugar: R$ 600,002º Lugar: R$ 560,003º Lugar: R$ 550,004º Lugar: R$ 540,005º Lugar: R$ 530,00
A Cocapec mais uma vez buscou atender as necessidades de seus cooperados, reconhecendo o trabalho que seus associados têm na busca por cafés de qualidade. Essa ação abre novas possibilidades a todos os membros da sociedade que também se preocupam em produzir grãos de excelência, e que nos ajudam a elevar ainda mais o nome da Alta Mogiana dentro da cafeicultura.
NEGÓCIOS
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20 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
CAPA
Nova área de armazenagem é inaugurada em Cristais Paulista
A Cocapec inaugurou oficialmente o novo armazém de café no município de Cristais Paulista. Com isso, a cooperativa completa sua 6ª
unidade, contando a matriz em Franca. A estrutura tem cerca de 9 mil m², com capacidade para aproximadamente 400 mil sacas. A área total chega a 72 mil m², o que permite futuras expansões. O local já está em operação e recebeu a produção da safra 2014 totalmente através do sistema de granelização. Com essa conclusão, a Cocapec conquistou autonomia de armazenagem no ano que seu recebimento foi recorde, girando em torno de 1.300 milhão de sacas. Centenas de pessoas, entre cooperados, familiares e colaboradores, acompanharam a entrega da obra que contou também com a presença de toda a diretoria da Cocapec e dos membros da administração pública de Cristais Paulista. Em seu discurso, o diretor
presidente da cooperativa Maurício Miarelli ressaltou a força do cooperativismo. “Os nossos cooperados devem se orgulhar desta unidade, pois foram eles que sabiamente olharam para o futuro e decidiram destinar os recursos para essa construção”. O prefeito de Cristais Paulista Miguel Marques, disse que é um orgulho ter uma empresa do porte da Cocapec. “A vinda da Cocapec para cá é um marco e para isso sabemos da importância de trazer uma empresa séria e comprometida com seus associados e que busca sempre prestar bons serviços”. O vice-presidente, Carlos Yoshiyuki Sato, relembrou aos presentes o processo
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
de aquisição da área, que teve início na administração anterior e a importante participação do Conselho Administrativo da cooperativa e também de todo o poder público da cidade, que inclui a Câmara Municipal e Também o Ministério Público. O diretor secretário, Alberto Rocchetti Netto, ressaltou que a nova unidade já proporciona agilidade e redução de custos para os cooperados. Estas palavras são confirmadas pelo associado Guilhermino Antônio de Souza, que já utilizou o núcleo na safra de 2014 e disse estar muito satisfeito, pois economizou bastante, principalmente com o transporte reduzindo em pelo menos 20km. A localização da unidade, as margens da rodovia Cândido Portinari, é uma das principais vantagens, pois facilitará a logística, é o que destaca o cooperado e também conselheiro administrativo Ismar Coelho de Oliveira. “O apoio logístico é excelente, após construção da nova pista na rodovia vai ficar melhor ainda”.
O local é capaz de armazenar cerca de 400 mil sacas. Maurício Miarelli, presidente, valorizou a visão estratégica que os cooperados tiveram em aprovar a obra.
A estrutura tem cerca de 9 mil m², com capacidade para aproximadamente 400 mil sacas
21JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
CAPA
O presidente da Câmara João dos Reis e o vice-presidente da Cocapec Carlos Sato fizeram o descerramento da placa.
Após a solenidade, os presentes visitam o armazém.
O ex-presidente e atual conselheiro administrativo João Alves de Toledo Filho recordou que o desafio de recebimento se manifestou em 2010. Com isso a gestão começou a procurar alternativas para melhorar este gargalo e a granelização se mostrou como a melhor opção. Porém, o sistema, apesar de prático e rápido, exige um espaço maior para armazenagem, assim, uma maneira para solucionar isto foi a construção desta área em Cristais Paulista. Outro ponto de vista positivo na obra vem do vereador e ex-presidente da Câmara João dos Reis
(Pelezinho), ele diz que “a vinda da Cocapec é um grande avanço para o município, vai gerar renda e emprego”. No futuro, será instalada uma usina de rebeneficiamento de café que auxiliará no processo de a comercialização da produção dos cooperados. Desta maneira, a economia da região, que é fortemente pautada na cafeicultura, ganha um novo incentivo e o benefício de mais esta conquista do cooperativismo será de todos.
Os nossos cooperados devem se orgulhar desta unidade, pois foram eles que sabiamente olharam para o futuro e decidiram destinar os recursos para essa construção
O cooperado Guilhermino Antônio de Souza elogiou a estrutura e disse que pretende entregar 100% da sua produção no local.
O vereador e ex-presidente da Câmara, João dos Reis (Pelezinho), relatou que os cafeicultores da região estão bastante empolgados com a instalação da Cocapec no local.
O cooperado Helder Eugênio Branquinho ficou impressionado com o tamanho do armazém e disse que ficou maior que esperava.
22 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
CAPA
O grande público presente ouviu atentamente os discursos das autoridades públicas e da administração da Cocapec.
O desenlace da fita foi realizado pelo presidente da Cocapec, Maurício Miarelli, e pelo prefeito Miguel Marques.
Membros da antiga e atual diretoria da Cocapec e também vereadores e prefeito de Cristais Ptª demonstravam grande contentamento com a entrega das obras.
O cooperado Geraldo Augusto Ferreira, disse que a nova unidade desafogará os armazéns de Franca e Pedregulho, beneficiando assim grande parte dos associados.
O cooperado Ismar Coelho de Oliveira enfatizou a importância da cooperativa para o negócio do produtor e o quanto é significativa a ida da Cocapec para a região.
Dentro desta estrutura, no futuro, será instalada a terceira usina de rebenefício da cooperativa.
23JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
ESPECIAL
Cocapec comercializa somente defensivos agrícolas originais
A atividade agrícola da região, que tem o café como sua principal cultura, é bastante intensa o que faz dela um expressivo mercado para
os agroquímicos. No entanto, a aquisição dos produtos no mercado ilegal, além de crime, pode impactar negativamente no meio ambiente, nas pessoas (aplicadores) e também na lavoura, pois dificilmente ele terá eficácia no controle de pragas e doenças. Desde outubro do ano passado a região de Franca/SP tem sido manchete, inclusive em rede nacional, referente a falsificação de defensivos agrícolas. As inúmeras ocorrências trouxeram à tona uma impressionante organização,
demonstrando uma estrutura que inclui laboratórios e depósitos. As ações foram descobertas após investigações das Polícias Civil e Militar e da Operação Lavoura Limpa. A Cocapec possui um vasto portfólio de fornecedores, a maioria multinacionais, que assim como a cooperativa, seguem as tramitações legais e éticas para disponibilizar aos seus cooperados e clientes produtos de procedência comprovada. Com isso, os produtores podem adquirir os insumos para a condução da lavoura com tranquilidade em suas lojas, pois todos são originais. Além disso, diversas ações de conscientização como recolhimento de
embalagens, utilização de EPI e educação ambiental fazem parte das condutas de todas as empresas de defensivos e tem o total apoio da Cocapec. Sendo assim, quando os produtos tiverem valores muito abaixo do mercado desconfie, pois com certeza eles podem ser falsificados ou roubados. De acordo com a Lei dos Agrotóxicos (7.802/89), todo agricultor que utilizar produtos contrabandeados, além de ser processado criminalmente por receptação de contrabando e crime ambiental, poderá ter sua lavoura interditada (não poderá vender sua safra), e que será posteriormente destruída, através de incineração.
A Cocapec além de comercializar somente produtos originais, também possui uma estrutura apropriada para armazenar os defensivos de acordo com a legislação.
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
24 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
ESPECIAL
Destaque para a apresentaçãodo setor de café da cooperativa
N a rodada de Comitês Educativos de 2015, a Cocapec ofereceu aos seus cooperados palestras técnicas para atualização
do produtor rural e novidades que vem agregar valor à sociedade cooperativa. Os assuntos discutidos foram: a Qualidade dos cafés, o formicida natural Bioisca, o Projeto de valorização da região “Memória Alta Mogiana Cocapec” e as novas facilidades oferecidas pelo site da cooperativa. Ao todo foram 5 encontros ocorridos em todas as unidades da cooperativa que reuniram mais de 250
cooperados. Os cooperados fizeram perguntas, contribuições, sugestões interagiram o tempo todo diante dos assuntos apresentados, apropriando-se dos conteúdos para o desenvolvimento dos seus negócios e da cooperativa. Os destaques das reuniões foram a apresentação do Projeto Memória Alta Mogiana Cocapec e a palestra sobre qualidade de café. O primeiro tema foi apresentado pelo consultor Maurilo Casemiro, responsável pelo levantamento histórico do projeto. Na oportunidade ele apresentou os objetivos
e a relevância de um projeto como este para a localidade que é reconhecida como produtora de um dos melhores cafés do mundo. Já o segundo, referente a qualidade, ficou a cargo do gerente de comercialização Jandir de Castro Filho, que apresentou várias técnicas de pós colheita que auxiliam na obtenção de cafés superiores. Os Comitês Educativos são formas eficientes de comunicação direta com os cooperados, e a oportunidade para que todos exponham suas ideias e ajudem a construir uma cooperativa cada vez mais forte.
Por Cristiane Olegário / Analista de Comunicação Cocapec
Treinamentos reforçam preocupação das empresas em todas as etapas de produção
Comitê em Franca/SP Comitê em Ibiraci/MG Comitê em Capetinga/MG
Comitê em Pedregulho/SPComitê em Claraval/MG
“Ao todo foram 5 encontros ocorridos em todas as unidades da cooperativa que reuniram mais de 250 cooperados”
25JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
Efeitos do clima no cafeeiroé tema da 2ª entrega deserviços Cocapec / Nucoffee
A plataforma Nucoffee da Sygenta, que tem na região a Cocapec como parceira neste programa, possui em sua concepção
3 pilares: oferta agronômica, serviços e reconhecimento. Focando no segundo item, as empresas realizaram a segunda entrega de serviços, em dezembro, para os cooperados participantes nas cidades de Franca/SP e Ibiraci/MG. Na oportunidade, o engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Cláudio Pagotto, realizou uma palestra com o tema “Ecofisiologia do cafeeiro sob estresses climáticos”, um assunto extremamente atual, que falou dos efeitos do clima quente e seco sobre a planta. Foram mais de 200 presentes nos dois dias do
evento, que ouviram atentamente as explicações do profissional. O diretor Alberto Rocchetti Netto, destacou a importância do assunto, “tivemos um ano difícil, cheio de incertezas, certamente o conteúdo abordado é de grande valia para os produtores”. Este pilar foi criado para ir além da comercialização tradicional. Hoje, as empresas se preocupam em acompanhar e dar suporte em todas as fases da cadeia. Esta visão moderna das corporações mostra que é preciso oferecer ferramentas para os clientes, dar informações e respaldo para que ele possam realizar o melhor trabalho possível na lavoura e obter bons resultados. A primeira entrega de serviços aconteceu em abril e percorreu toda a região. Denominado de “Tour da
Qualidade”, a abordagem itinerante abordou o tema “Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas” em parceria com outra empresa. Na oportunidade foram demonstradas várias regulagens no pulverizador, potencializando assim as aplicações dos produtos. O evento reuniu mais de 200 pessoas. Dentro deste contexto, a assistência agronômica da Cocapec se torna fundamental no programa, pois são eles que indicam os produtos, orientam as aplicações e acompanham os procedimentos para produzir um café de qualidade. Com isso, cada vez mais produtores estão conseguindo o terceiro pilar, o reconhecimento. (Veja a matéria sobre o tema na pág. 17)
O RTV da Syngenta, Luis Gustavo Andrade, mostrou os benefício da plataforma Nucoffee.
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
Treinamentos reforçam preocupação das empresas em todas as etapas de produção
Alberto Rocchetti Netto diretor da Cocapec ressaltou a pertinência do tema abordado
De forma didática, o Prof. Cláudio Pagotto, apresentou o reflexo do clima no cafeeiro.
ESPECIAL
26 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Moderno, eficiente e certificado: Laboratório da Cocapec entre os mais conceituados do paísPor Murilo Andrade /Assistente de Comunicação Cocapec
A realização de análises de folha e solo é uma prática cada vez mais comum entre os produtores. Grande parte dos cafeicultores se
conscientizaram da importância, e hoje estão vendo os benefícios, como uma lavoura mais vigorosa e economia de produtos. Mas para que os resultados sejam confiáveis é necessário realizar os procedimentos em um laboratório com credibilidade. Neste aspecto, o da Cocapec se destaca. Com mais de 20 anos de experiência, o laboratório é equipado com o que há de mais moderno, realizando todas as leituras dos elementos químicos de maneira eficiente. Toda essa estrutura permite uma rápida entrega de resultados, o que auxilia ainda mais o produtor rural. Os valores praticados dos serviços também estão entre os mais competitivos do mercado, dando oportunidade para que todos os agricultores façam as análises. O laboratório possui duas certificações. Um do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), referente a solo, e outro da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq- USP) de folha. Estas duas instituições, todos os anos, fazem uma avaliação dos laboratórios de todo o país, o da Cocapec conquistou o conceito A, que é a nota máxima, atestando a sua credibilidade e precisão nos resultados de solo e folha. Vale lembrar para que a análise tenha êxito é necessário seguir
O local possui todos os equipamentos para realizar as análises com rapidez e segurança e precisão.
ESPECIAL
Os colaboradores são capacitados para prestar os melhores serviços a cooperados e clientes.
A Esalq-USP e o IAC concederam nota “A” referente ao procedimento de folha e solo
alguns procedimentos no momento da amostragem. Para isso, procure orientação de um engenheiro agrônomo e saiba a maneira correta de coletar o
material. Dessa maneira, os capacitados colaboradores do laboratório da Cocapec podem oferecer um laudo mais fiel das condições da sua lavoura.
27JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
28 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Novo! www.cocapec.com.br,o endereço continua o mesmo, mas visite, e veja quanta diferençaPor Gustavo Lopes / Coordenador do Setor de Comunicação Cocapec
ESPECIAL
A Cocapec, por meio de seu setor de comunicação e o trabalho dos profissionais da empresa contratada, a Betta informática, desenvolveu
um novo site. Numa iniciativa voltada à ampliação do relacionamento com os cooperados por meios digitais. O que no futuro pode representar diminuição de custos e maior rapidez e agilidade na prestação de serviços, diante dos avanços em comunicação e troca de informação de hoje. É o que experimentamos com a aceitação de muitos cooperados pelo canal de Whats App da Cocapec. Para a cooperativa, o projeto do novo site permite um melhor gerenciamento dos conteúdos trazendo mais rapidez e novas possibilidades de interação com o cooperado e demais público interessado em conhecer e
saber sobre o trabalho desenvolvido. É o caso da revista da Cocapec que além de estar disponível para download, terá parte de seu conteúdo publicado facilitando e evidenciando a cooperativa como produtora de conteúdo técnico de qualidade. Ampliando a visibilidade e credibilidade de projetos como o SimCafé, seus serviços de apoio à produção de café de qualidade e a suas marcas como o Senhor Café e a recém lançada Bioisca. Sem dúvida estas possibilidades fortalecem a COCAPEC como uma grande referência na região da Alta Mogiana. Para o cooperado, a nova versão do site permite que encontre novas oportunidades através dos classificados; mantenha-se bem informado com as notícias selecionadas das principais fontes de conteúdo agrícola, principalmente café, e ainda possa gerenciar sua propriedade
com os dados de suas compras, depósito café, autorizações e contratos de café.Para acessar o cooperado deve digitar seu número de matricula e senha, fornecidos pelo setor cadastro. É simples e rápido e tudo está disponível também pelo celular ou tablet, de qualquer lugar, significando total mobilidade. A partir de agora e, principalmente, com a expectativa de aumento do número de cooperados conectados, esperamos que o canal cresça em importância, para que possamos oferecer ainda mais transparência sobre a sociedade e apoio ao dia-a-dia de decisões dos cooperados. No próprio site, www.cocapec.com, através do FALE CONOSCO, é possível que o cooperado envie suas dúvidas, criticas e sugestões a diferentes setores da cooperativa.
Entre as principais novidades está a Área Restrita onde o cooperado terá acesso a diversos documentos /informações que o auxiliará na gestão de sua propriedade.
29JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
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30 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Convênio Cocapec e Senar/MG promove capacitação de produtores
SOCIAL
Há 7 anos a sólida parceria entre a cooperativa e o Senar/MG leva aos municípios mineiros de Capetinga, Claraval e Ibiraci
oportunidades, através de cursos, na área de Formação Profissional Rural, com foco no mercado de trabalho, e de Promoção Social, visando o desenvolvimento de habilidades e complementação de renda para famílias rurais. Em dezembro e fevereiro, um dos cursos mais disputados, o de Classificação e Degustação de Café,
aconteceu nos núcleos da Cocapec em Claraval e Capetinga. Ao todo foram 23 participantes nos dois municípios, todos ligados ao meio rural. A capacitação ficou a cargo do instrutor Marcello Duque, experiente e dedicado profissional que demonstrou princípios técnicos de classificação e degustação de café como tipos de defeito, diferentes bebidas, noções de mercado. O superintendente da Cocapec Ricardo Lima de Andrade ressaltou a oportunidade que todos tiveram em poder não apenas se informar, mas
Em dezembro produtores de Claraval/MG aprenderam de classificação e degustação.
também se formar, e com isso transmitir conhecimento para suas comunidades. Para a cooperativa este tipo de capacitação contribui para seus cooperados dimensionarem o que estão produzindo, e entender melhor o funcionamento do departamento de café. A satisfação com o curso foi geral e muitos expressaram uma mudança de pensamento em apenas 5 dias de treinamento, já vislumbrando as possibilidades que se abriram por conta do conteúdo abordado. É o caso do cooperado Mateus Barbosa Cintra, “mudei
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec
31JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
a visão do produto café, não pensava na qualidade, o curso muda a nossa forma de pensar, e eu já estou vendo na lavoura o que pode ser feito para tentar fazer um café melhor”. O engenheiro agrônomo da Emater, Enis Pereira, também colocou sua visão - “o curso veio para somar com o que a gente trabalha, dessa maneira tudo fica mais fácil, café de qualidade é o futuro, se quiser crescer este é o caminho”. Vale lembrar que os cursos são apenas para produtores, funcionários e familiares residentes em Minas Gerais.
Cursos programados de Março a Abril:- Confecção de rendas e bordados- Operação e manutenção de colhedora- Operação e manutenção de roçadora- Operação de manutenção de tratores agrícolas com implementos
Mais informações: CapetingaJoana – (35) 3543 – 1572W
SOCIAL
Em fevereiro foi a vez de Capetinga/MG receber o curso.
ClaravalDinei – (34) 3353 – 5257IbiraciRaquel – (35) 3544 – 5000FrancaCristiane – (16) 3711 – 6285
Solicitações e dúvidas:Email: [email protected]
Solicitações e dúvidas:Email: [email protected]
32 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Campanha “Vocêajuda, mas quempaga é o leão”.
SOCIAL
D e acordo com a matéria publicada na Revista Acif, a arrecadação do CMDACF cresceu 61% Em dezembro, a
Cocapec incentivou seus cooperados a aderirem a campanha que destinou 6% do seu imposto de renda devido ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Franca (CMDACF), que cuida de aproximadamente 580 instituições. A ação é promovida pela Associação do Comércio e Indústria de Franca (Acif ) e outras 10 entidades, incluindo a cooperativa. De acordo com o vice-presidente da entidade Luís Aurélio
Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec / com informações da Revista Acif
de renda. O valor destinado ao fundo será somado ao da restituição e será corrigido pela taxa Selic até o mês do crédito da restituição.
Malha Fina Não há risco de cair em malha fina. Na declaração de Ajuste Anual, o contribuinte preenche na Ficha Doações Efetuadas os dados do Fundo Municipal e, do outro lado, o Fundo também informa à Receita as doações que receberam. No caso da destinação feita na própria Declaração de Imposto de Renda o recolhimento do DARF garante que o contribuinte não caia em malha fina.
Dúvidas (16) 3721-4918
E-mail: [email protected]
Prior, em fevereiro serão retomadas as iniciativas para que os contribuintes pessoas físicas, destinem o IR ao Conselho.
Como funciona? Base de Cálculo A base de cálculo para o valor a destinar é o Imposto de Renda devido e não o valor a pagar ou o imposto retido na fonte, por exemplo.
Restituição Quem recebe restituição do IR também pode destinar parte do imposto
33JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
SOCIAL
Natal Cooperativo2014 - Doação decarinho
A campanha Natal Cooperativa 2014 foi oficialmente encerrada no dia 19 de dezembro após mais de um mês
de atividades. O objetivo foi atender à comunidade com ações que levassem solidariedade e cooperativismo. Mais que doações em dinheiro (cerca de R$ 5 mil reais foram arrecadados), e a colaboração com o Hemocentro de Franca (mais de 40 doações de sangue) a campanha convidou os colaboradores a ajudarem lares, creches e outros grupos de apoio através do trabalho voluntário. Sem esquecer, é claro, das homenagens aos 30 anos da Cocapec, a se comemorar agora em 2015. As diretorias da Cocapec e Sicoob CrediCocapec tem o orgulho de agradecer aos grupos campeões: MultiCredi, Jingle Bag e Máquinas e Implementos, por terem cumprido as atividades propostas, parabenizando a
todos, em especial o grupo Sementes do Bem, 1º lugar este ano.
As doações foram realizadas as seguintes instituições:
Franca
A Pastoral do Menor, que tem 3 unidades de apoio e trabalha com mais de 400 crianças e adolescentes, recebeu
Por Cristiane Olegário / Analista de Comunicação Cocapec
liquidificadores, produtos de limpeza, ferros e tábuas de passar. O Lar de Ofélia, que atualmente cuida de 180 idosos, recebeu produtos de limpeza.
Ibiraci
O Asilo Aísa Siqueira, que abriga 20 senhores, e Assorev, instituição de apoio a dependentes químicos com 16 internos, receberam produtos de limpeza.
Asilo Aísa Siqueira – Ibiraci/MG
Pastoral do Menor – Franca/SP
Assorev - Ibiraci/MG
Lar de Ofélia – Franca/SP
“A campanha convidou os colaboradores a ajudarem lares, creches e outros grupos de apoio através do trabalho voluntário”.
34 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
cotidianos ou extraordinários envolvendo primariamente vias neuroendócrinas que sustentam o comportamento adaptativo (BOERE, 2002). Já o conceito de bem-estar animal foi descrito por BRABELL (1965) como o conceito das cinco liberdades, que são:
1- Livre de fome e sede
PRODUÇÃO ANIMAL
Bem-estar animal.A vaca leiteira do seurebanho vai bem?Por Paulo Correia | Médico Veterinário Uniagro/Cocapec |Mestre em medicina veterinária e professor universitário
O enriquecimento ambiental é uma nova e importante ferramenta na busca de comportamentos típicos da espécie, de melhor
qualidade e bem-estar desejável. Conhecendo o potencial produtivo de uma vaca leiteira e se ela, durante o momento ou lactação, não está bem, dizemos que o animal está
“estressado”. Mas o que é o estresse? É um termo citado nos dias de hoje como o grande responsável por danos cotidianos ou clínicos que afetam os seres humanos e os animais, tais como: cansaço, irritação, agressividades, desinteresse sexual, alergia, depressão, queda de produção, entre outros. Alguns pesquisadores acreditam que o estresse é um mecanismo de defesa do organismo para desafios
Ter na propriedade um local com sombra para os animais descansarem é ideal, principalmente quando se tem bovinos de origem europeia que sofrem mais com o calor.
35JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
Cooperados que deixam saudadeA Cocapec homenageia os cooperados que tanto contribuíram para a nossa cafeicultura e que nos deixaram.
DezembroVicente Pucci Neto Fazenda São Vicente da Califórnia –São José da Bela Vista/SP
JaneiroAntônio Tanja Cintra Fazenda Cristo Rei – ibiraci/MG
Atenção para os novos horários de atendimento do responsável técnico nas lojas Cocapec:
• Segunda-feira - Claraval (tarde)
• Terça-feira - Ibiraci (tarde)
• Quarta-feira - Pedregulho (manhã) - Matriz Franca (tarde)
• Quinta-feira - Capetinga (tarde)
PRODUÇÃO ANIMAL
2- Livre de desconforto
3- Livre de dor, ferimentos e doenças
4- Livre de medo e angústia
5- Livre para expressar seu comportamento natural.
Nota-se que para o bem-estar animal se refere ao indivíduo e depende de vários fatores, entre eles o comportamento do “dono” ou proprietário e o fator ambiental. O bem-estar de um animal é seu estado em relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu ambiente (BROOM, 1986). Sobre esta adaptação ao ambiente em que a vaca leiteira encontra-se é que faremos algumas considerações. O ano de 2014 e este ano que se inicia, notamos uma adversidade climática muito intensa na região do sudeste brasileiro. A diminuição de chuvas e as temperaturas altas tem modificado o clima refletindo na escassez de água e preocupação para quem vive no meio rural como também nas cidades. A vaca leiteira, principalmente aquela de origem europeia (holandesa),
sente muito o calor. Os sentimentos subjetivos de um animal constituem uma parte extremamente importante de seu bem-estar. O sofrimento é um sentimento subjetivo negativo desagradável que deve ser reconhecido e prevenido sempre que possível. O produtor rural, sabedor desta anormalidade e sem condições de prever até quando nosso clima vai comportar assim, deve intervir de maneira razoável e promover um ambiente confortável para sua vaca, dando atenção ao sombreamento diário e a cama fresca, local onde seu animal possa deitar e se sentir bem, reservatórios
de água próximos aos animais, evitando desconforto como longas caminhadas até a suas necessidades. Outro item de suma importância neste ano difícil é a reserva de comida, pois em pleno verão quando sempre tivemos pastos viçosos, temos visto capins desidratados, forrageiras murchas e pés de milho danificados devido a pouca água disponível no solo ressecado pela ação direta da radiação solar. As ações de bem-estar animal caracterizam-se pelo objetivo geral de diminuir o sofrimento físico, comportamental e psicológico dos animais sob nossa guarda.
35FEVEREIRO | MARÇO REVISTA COCAPEC Nº 95
36 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA
Valores referente ao mês de fevereiro de 2015
PRODUTOS UNID. Preço unitário SP Preço unitário MG Relação de Troca SP Relação de Troca MG
Sulfato de Amônio t R$ 950,00 R$ 950,00 R$ 2,11 Scs/t R$ 2,11
Ureia t R$ 1.350,00 R$ 1.470,00 R$ 3,00 Scs/t R$ 3,27
Super Simples Gr t R$ 840,00 R$ 860,00 R$ 1,87 Scs/t R$ 1,91
Cloreto de Potássio Gr t R$ 1.300,00 R$ 1.375,00 R$ 2,89 Scs/t R$ 3,06
Adubo 21,00,21 t R$ 1.200,00 R$ 1.380,00 R$ 2,67 Scs/t R$ 3,07
Nitrato de Amônio t R$ 1.170,00 R$ 1.280,00 R$ 2,60 Scs/t R$ 2,84
BICHO MINEIRO
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Abamectina Nortox 0,4 R$ 24,50 R$ 9,80
Curyon 0,8 R$ 67,00 R$ 53,60
Danimen 0,2 R$ 87,00 R$ 17,40
Fastac 0,2 R$ 27,00 R$ 5,40
Karate Zeon 250 0,04 R$ 153,83 R$ 6,15
Nomolt 0,4 R$ 121,54 R$ 48,62
CERCOSPORA
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Priori xtra 0,75 R$ 128,00 R$ 96,00
Amistar 0,1 R$ 475,50 R$ 47,55
Cuprozeb 3 R$ 23,50 R$ 70,50
Tutor 2 R$ 25,64 R$ 51,28
COMET 0,4 R$ 124,00 R$ 49,60
Opera 1,5 R$ 80,00 R$ 120,00
Supera 2 R$ 28,50 R$ 57,00
FERRUGEM
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Alto 100 0,75 R$ 80,00 R$ 60,00
Opera 1,5 R$ 80,00 R$ 120,00
Tilt 1 R$ 94,40 R$ 94,40
Priori xtra 0,75 R$ 128,00 R$ 96,00
Supera 350 SC 2 R$ 28,50 R$ 57,00
HERBICIDAS
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Glifosato 3 R$ 10,90 R$ 32,70
Zapp QI 2,1 R$ 20,00 R$ 42,00
Gramocil 3 R$ 26,30 R$ 78,90
Aurora 0,08 R$ 355,00 R$ 28,40
Flumizim 0,1 R$ 380,00 R$ 38,00
Roundup WG 1,5 R$ 25,28 R$ 37,92
PHOMA
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Amistar 0,1 R$ 475,50 R$ 47,50
Rival(Tebuconazole) 1 R$ 30,00 R$ 30,00
Cantus 0,15 R$ 575,00 R$ 86,25
BROCA
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Trebon 1,5 R$ 31,80 R$ 47,70
Lorsban 3 R$ 31,00 R$ 93,00MANCHA AUREOLADA
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Cobre Recop 3 R$ 17,00 R$ 51,00
Cuprozeb 2,5 R$ 23,50 R$ 58,75
Supera 2 R$ 28,50 R$ 57,00
Kasumin 1 R$ 74,00 R$ 74,00
Tutor 2 R$ 25,64 R$ 51,28
INSETICIDAS DE SOLO
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Verdadero WG 1 R$ 359,00 R$ 359,00
Counter 35 R$ 10,53 R$ 368,55
Actara WG 1,4 R$ 165,00 R$ 231,00
HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ
PRODUTO KG/L/HA PREÇO UNITÁRIO PREÇO - (R$)/HA
Goal 2,5 R$ 51,00 R$ 127,50
CUSTO (R$/HA) por segmento
RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ
37JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA
Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2011 328 145 365 146 1 29 0 24 32 115 135 274
2012 317 158 150 125 28 115 28 0 67 69 196 159
2013 297 246 296 130 125 55 7 8 86 157 209 242
2014 129 58 142 16 55 0,2 248 242
2015 76 239
Média Mensal 229,4 169 162,2 80,2 34,0 41,2 18,0 6,4 46,0 68,2 108,0 135,0
*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP
550
500
450
400
350
300
250
200
150
100Jan Fev Mar
2011 2012 2013 2014 2015
Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov
Fonte: Esalq/BM&F
Dez
Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anosAno Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2011 399 120 538 136 0 8 0 0 8 186 161 306
2012 523 80 245 103 50 134 19 0 55 104 265 198
2013 321 254 222 91 142 67 0 12 89 149 239 127
2014 141 49 104 9 39 0 197 291
2015 65 278
Média Mensal 289,8 156 221,8 106,2 40,2 42,4 11,6 2,4 36,6 87,8 133,0 126,2
*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG
Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F
2014 2015
R$ US$ R$ US$
Janeiro 289,44 121,45 465,93 176,77
Fevereiro 366,32 153,96 469,99 163, 39
Março 437,24 187,79
Abril 449,45 201,45
Maio 429,28 193,22
Junho 396,73 177,47
Julho 387,87 174,33
Agosto 437,19 192,76
Setembro 433,52 185,81
Outubro 480,13 196,14
Novembro 460,96 180,61
Dezembro 455,20 172,39
MÉDIA ANUAL 418,61 178,12 467,96 170,08*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor
Média mensal do preço* de Milhoíndice Esalq/BM&F
2014 2015
R$ US$ R$ US$
Janeiro 26,83 11,26 27,41 10,40
Fevereiro 30,62 12,87 27,99 9,94
Março 32,84 14,12
Abril 31,18 13,96
Maio 28,75 12,94
Junho 26,38 11,80
Julho 23,69 10,65
Agosto 22,91 10,10
Setembro 22,02 9,44
Outubro 23,62 9,64
Novembro 27,66 10,84
Dezembro 27,67 10,47
MÉDIA ANUAL 27,01 11,51 27,70 10,17Fonte: Índice Esalq/BM&F
Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)
79 7
201 3 31
45
24
61
38 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO
Curtas
Recuperação de Crédito Presumido de ICMS
Em dezembro foram homologados pela Secretaria da Fazenda de Minas Gerais os pedidos dos núcleos de Capetinga e Ibiraci, para que a cooperativa possa adquirir mais de 50 caminhões utilizando o ICMS que incide sobre a comercialização de café cru dos cooperados mineiros. Já em Janeiro deste ano foi deferido também o de Claraval. Pelas regras, os bens precisam permanecer por pelo menos um ano no ativo imobilizado. Na sequência serão transformados em recursos e repassados aos cooperados que aderiram ao Fundo de Recuperação de Crédito Presumido de ICMS, criado em AGE.
Atualização Cadastro de Dependentes
Cooperado, na edição 92 da Revista, você recebeu um formulário para cadastramento dos dependentes. Faça o preenchimento e entregue no setor de cadastro ou no núcleo mais próximo. As informações servirão para conhecer melhor os associados e seus familiares e com isso contribuir para o desenvolvimento social da nossa cooperativa.
Cooperados recebem o 1º lote de placas
Vários cooperados já estão com a identificação personalizada de suas propriedades através da placa confeccionada pela cooperativa. O primeiro lote já foi entregue e um segundo já está em produção. Entre os vários benefícios trazidos pela sinalização está a entrega de mercadorias e prestação de serviços.
CURTAS
39JANEIRO | FEVEREIRO REVISTA COCAPEC Nº 95
40 REVISTA COCAPEC Nº 95 JANEIRO | FEVEREIRO