48
Papelaria REVISTA DA ano XIX – julho de 2012 – nº 179 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br Coisa do passado? De jeito nenhum. De acordo com varejistas e consumidores, as várias soluções eletrônicas para a organização das tarefas diárias ainda não são suficientes para abalar a indústria de agendas, que acabou de lançar a coleção 2013 Papelaria e informática em total interação Sucessão: a sua papelaria continua depois de você?

Revista da Papelaria 179

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Julho de 2012. Especializada no mercado de papelaria.

Citation preview

Page 1: Revista da Papelaria 179

PapelariaREVISTA DAano XIX – julho de 2012 – nº 179 – R$ 9,90 – ISSN 1516-2354 – www.revistadapapelaria.com.br

Coisa do passado?De jeito nenhum. De acordo com varejistas e consumidores, as várias soluções eletrônicas para a organização das tarefas diárias ainda não são suficientes para abalar a indústria de

agendas, que acabou de lançar a coleção 2013

Papelaria e informática em total interação

Sucessão: a sua papelaria continua depois de você?

Page 2: Revista da Papelaria 179
Page 3: Revista da Papelaria 179

Nesta Edição

3julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

08Dicas essenciais de José Luis Lopez Cortes, da ActionCoach, para todo empresário que vislumbra a família dando continuidade à administração da papelaria.

Entrevista

18Visitantes revelam como a Offi ce PaperBrasil Escolar já contribui para a evolução dos negócios em suas empresas.

Feira

22

32

Fabricantes investem na diversidade de públicos consumidores na coleção 2013 de agendas.

Fornecedores de tecnologia se aproximam de varejistas do setor de papelaria, enquanto revendas de informática aprovam a venda de produtos de papelaria.

Produto

Tecnologia

VITRINE 40

MERCADO GLOBAL 38

ONDE ENCONTRAR 44

NA WEB 46

EDITORIAL 06

CIRCULANDO 10

PERFIL DO VAREJO 16Palimontes (Montes Claros/MG)

ARTIGO 36

Page 4: Revista da Papelaria 179
Page 5: Revista da Papelaria 179
Page 6: Revista da Papelaria 179
Page 7: Revista da Papelaria 179
Page 8: Revista da Papelaria 179
Page 9: Revista da Papelaria 179

9julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

criado a empresa, qual é a visão e a missão daquele ne-gócio. A visão é atemporal e pode ser, por exemplo, que a empresa seja a principal geradora de trabalho na área de papelaria da região em que atua. Já a missão é um objetivo para daqui a 10 ou 15 anos, por exemplo. O terceiro cuidado é realizar a transferência de maneira gradual.

Com qual idade é recomendá-vel aproximar o herdeiro do negócio?Em geral, quando a pessoa tem 21 ou 22 anos é uma boa idade para iniciar essa aproximação. Se o herdeiro estiver estudando uma área relacionada a isso, como economia ou administra-ção, o 2º período da facul-dade é um bom momento para começar o processo de transferência.

Se o herdeiro não demonstrar in-teresse, deve-se insistir para que ele assuma a companhia?Nunca se deve forçar, pois, assim, a pessoa vai herdar o negócio, mas a empresa seria mais bem comandada por outra pessoa.

O setor de atuação da empresa pode interferir no interesse do herdeiro pelo negócio?O ramo não influencia. O mais importante é cuidar para que o herdeiro tenha instrução em quatro áreas básicas, que são marketing, vendas, administração e finanças. Elas funcionam

como as quatro rodas de um carro. Essa orientação deve acontecer previamente para não levar a pessoa ao comando da empresa “na marra”. A preparação não precisa ser com uma gra-duação, necessariamente, pode ser por meio de cursos específicos nas quatro tare-fas básicas, e na ordem, pois uma empresa que precisa ser administrada financei-ramente é porque tem um faturamento. Este só exis-te se houver vendas, que ocorrerão a partir do inves-timento em marketing. En-tão, esse deve ser o primeiro pilar a ser aprendido.

Quanto tempo dura o processo de transferência do comando?Em geral, o processo de trans-ferência de uma empresa de-mora cerca de dois anos. O primeiro é o de preparação, para o herdeiro aprender como funcionam todas as áreas da empresa. E o segun-do é o de transição, para ele assumir o comando gradati-vamente.

Como agir se mais de um herdei-ro tiver interesse em administrar a papelaria?Deve-se dividir o poder da maneira mais equilibrada possível de acordo com as habilidades de cada um. Se forem dois, o ideal é que um fique responsável pelo marketing e pelas vendas, enquanto o outro assuma a administração e a parte financeira, pois são áreas diretamente conectadas.

O ramo não infl uencia. O mais im-portante é cuidar para que o herdei-ro tenha instrução em quatro áreas básicas, que são marketing, vendas, administração e fi nanças.

Há casos em que os herdeiros querem se envolver com o negó-cio, mas não liderá-lo em todas as áreas?Isso é muito comum de acon-tecer. É importante que o herdeiro tenha noções bási-cas das quatro áreas para que seja capaz de contratar al-guém para exercer as funções das quais ele não gosta.

Page 10: Revista da Papelaria 179

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201210

Papeleiros de Sorocabareivindicam vale educação

O vale educação vol-tou a ser colocado em pauta em Sorocaba, in-terior de São Paulo. A proposta foi apresentada pelos vereadores João Do-nizeti Silvestre (PSDB) e Rozendo de Oliveira (PV) em 2009, mas não teve a aprovação do prefeito. Em maio deste ano, po-rém, o assunto foi dis-cutido novamente após atraso na entrega dos kits escolares aos alunos das escolas municipais, distribuição praticada desde 2008.

Como informado no blog do vereador João Donizeti, a reunião foi realizada dia 23 de maio no Paço Municipal e con-tou com a presença dos vereadores autores do projeto, da secretária de Educação, Maria Teresi-nha Del Cístia, do secre-tário de Administração, Mário Pustiglione, e do vereador Izídio de Brito (PT). Ainda segundo o site, estiveram no en-contro proprietários de papelaria e livrarias de Sorocaba e representan-tes da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e da Asso-ciação Comercial.

Uma das varejistas pre-sentes era Rosa Cristina Nicolete, dona da Pape-laria Nat Art e uma das fundadoras da Comissão dos Papeleiros de Soroca-

ba. Ela afirma que o atual prefeito não compareceu a nenhuma reunião sobre o tema, mas que têm ocorri-do encontros com outros candidatos ao cargo. Na reunião, foi discutido o atraso na entrega do kit escolar deste ano, doa-do pelo governo, assim como os pontos positivos e negativos do projeto Bolsa Material Escolar. A assessoria da Secretaria de Educação alega que o material já foi entregue, porém Rosa Cristina diz que isso não aconteceu to-talmente. “Antes, a prefei-tura fazia licitação do kit completo. Agora, compra cada item separadamente com diferentes fornece-dores. Então, alguns já chegaram e outros, não”, explica a empresária.

A comissão tem o apoio da Abigraf – As-sociação Brasileira da Indústria Gráfica e da Tilibra. Ricardo Carrijo, gerente de relações ins-titucionais da fabricante e vice-presidente da sec-cional Abigraf em Bauru, tem participado de reuni-ões em cidades do estado de São Paulo, esclare-cendo e incentivando os varejistas a reivindicarem a distribuição do material escolar por meio do vale educação. “Em Sorocaba, conversamos com cerca de 30 papeleiros para compartilhar experiên-

cias bem-sucedidas com o cartão educação em outras cidades e mostrar como ele pode ser viabi-lizado. Há soluções em outros setores, como o de remédio e o de alimentos, basta querer aplicar no setor de papelaria tam-bém”, comenta Carrijo.

Rosa Cristina ainda relata desvantagens do kit escolar: “Sem a parti-cipação ativa das escolas e dos pais, alguns materiais são comprados desneces-sariamente. Já vi escola receber baldinho de areia sem ter espaço com areia, e crianças de cinco anos rece-berem caneta esferográfica mesmo sem utilizar esse material, por exemplo.” E completa: “Por outro lado, se tiverem o cartão, os pais vão poder adquirir o mate-rial que preferirem em di-versas papelarias, além de poderem trocar, se houver algum problema. Se algum item do kit escolar apre-senta defeito, com quem os pais podem reclamar para substituí-lo?”

Essa opinião é com-partilhada por Ricardo

Carrijo: “O cartão edu-cação confere a livre escolha do material ao consumidor, o que for-talece a cadeia de dis-tribuição de papelaria.” Nivaldo Madureira , varejista que também estava na reunião de maio, critica a origem dos artigos escolares. “Tem fornecedor até de outros estados. Acredi-to que o melhor para Sorocaba seria manter os impostos na cidade, atendendo tanto aos alunos quanto aos pa-peleiros”, opina o pro-prietário da Livraria Pedagógica.

A comissão propôs um teste aos presentes na reunião: “adotar o cartão apenas para a Educação Infantil , a partir do ano que vem. E, se der certo, ampliar para o Ensino Funda-mental”, contou Rosa Cristina. Os represen-tantes do Poder Exe-cutivo ficaram respon-sáveis por apresentar a proposta ao prefeito Vitor Lippi (PSDB).

Em 23 de maio, o vereador João Donizeti (de camisa azul) participou da reunião que discutiu o Vale Educação, na qual a Comissão de Papeleiros de Sorocaba propôs que o projeto fosse aplicado para a Educação Infantil como fase de teste.

Page 11: Revista da Papelaria 179

O destaque de atletas bra-sileiros em Artes Marciais Mistas (MMA) popula-rizou a luta no país e, hoje, a Ultimate Fighting Championship (UFC) – organização que promo-ve eventos de MMA no mundo inteiro – é uma marca de sucesso entre os fãs do esporte.

Lançada em 1993, a UFC passou a ser licen-ciada no Brasil, em 2010, pela Exim Licensing, atendendo ao público acima de 18 anos.

Além dos eventos es-portivos – que são assis-tidos em 19 idiomas por pessoas de 140 países, a marca está presente em reality shows, jogos de videogame e revistas, por exemplo.

Luta desucesso

UFC NA PAPELARIAForoni – cadernos, blo-cos de fichário, fichário e agendaKalunga – agendas, cader-nos, blocos, ficháriosXeryu’s – mochilas e malas de viagem

Inspirado pelo Dia dos Namorados – comemorado no dia 12 do mês passado, o departamento comercial da Livraria Cultura idealizou produtos de papelaria fina que tivessem como tema o “amor”. O resultado foi a linha Amor em Paris, desenvolvida em parceria com a Teca.

A fabricante foi a opção escolhida depois da experiência bem-sucedida com as caixinhas de cartões de Natal criadas ano passado pelas duas empresas, em parceria. A nova linha, voltada para mulheres adultas, tem as ilustrações de Marcelo Cípis estampadas em caixa de cartões, kit de cadernos e álbum de fotos. “Pensamos em produtos relacionados ao tema. Quem está apaixonado gosta de enviar cartões, escrever sua história e registrá-la em fotos”, comenta o analista de negócios da Livraria Cultura, Alex Olobardi.

Amor em Paris foi lançada em um evento com direito a show da paulista Michele Wankene – que cantou músicas em francês - e já gera expectativas positivas ao analista. Segundo ele, a novidade tem apresentado boas vendas, principalmente nas lojas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Parceria em linha romântica

p

Parceria em linha romântica

Page 12: Revista da Papelaria 179

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201212

REPRESENTANTE COMERCIAL

Luta por menos impostos

Em setembro de 1997, Antonino Antunes Martins fundava a Lady Di Repre-sentações , empresa que atende a região da Zona da Mata e a cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, trabalhando com produtos das companhias Isomil, Colas Hero, Rendicolla, Piffer, PKZ, Romeu e Julieta, Crepil Comercial, FestaCamp, Borrachão Artefatos de Bor-racha e Pincéis Cássia. Assim como a maioria dos empreen-dedores, Antonino teve muitas dificuldades no começo da carreira. “Precisei investir mi-nhas economias para abrir a empresa e só após dois anos de trabalho é que comecei a colher os frutos”, conta.

Antes de se aventurar nesta profissão, Antonino tra-balhou por cinco anos como balconista na Papelaria Maro-ne, o que o ajudou a conhecer o mercado. Hoje, apesar de enfrentar uma rotina puxada de 15 dias do mês no escritório e a outra quinzena viajando para visitar a clientela, o re-presentante exalta algumas vantagens do trabalho. “Você passa a conhecer muita gente diferente e sempre cria uma

relação de amizade com os clientes”, explica.

Porém, na opinião de Anto-nino, ainda existem muitas ques-tões que precisam ser discutidas sobre o mercado de represen-tação. Sua maior reclamação é com o regime de substituição tributária, adotado pelo estado de Minas Gerais em meados de 2009. “Antigamente vendí-amos bem mais. Hoje, quando o papeleiro faz a compra ele precisa pagar o imposto antes de vender o produto. Alguns não podem arcar com essa taxa e precisam fazer caixa primeiro, para então conseguir pagar a receita estadual”, reclama.

Ele completa dizendo que o Imposto Sobre Serviços (ISS) no valor de 5% é muito alto e que o governo precisa reconhecer os representantes comerciais como parceiros. “Nós trazemos muitos produtos de empresas de outros estados para o mer-cado local, injetando impostos para o município. Sem nosso trabalho, a mercadoria não che-garia nas grandes e pequenas cidades”, explica.

Devido a todos esses pro-blemas, o representante é cauteloso ao deixar um recado para aqueles que estão entran-do no ramo da representação comercial. “Pagamos muitos impostos, as despesas do tra-balho são altas e o retorno não vem de imediato. É preciso ter muita persistência para se aventurar como representan-te”, finaliza.

No dia 24 de maio, mais de 30 participantes estiveram no primeiro treinamento do projeto Transformando Atitu-des. Organizado pelo Simpa-SP, o programa é composto por palestras sobre marketing pessoal. “É preciso que o balconis-ta esteja motivado para atender bem os clientes e auxiliar no crescimen-to das vendas”, afirma o consultor João Gabassi, responsável pelas apre-sentações. Patrocinado pelas empresas BIC/Pi-maco, Dello, Multilaser e Tilibra, o projeto tem como proposta aprimo-rar as técnicas de tra-balho dos profissionais de papelaria, como bal-conistas, supervisores e gerentes.

Uma das pessoas pre-sentes na estreia foi Vi-viane Azevedo Marques,

Começou novo projeto de treinamento em São Paulo

que trabalha há 12 anos na Papelaria Polgry-mas (São Paulo/SP). Ela disse que o treinamento acrescentou novos va-lores ao seu conceito de atendimento. “Achei interessante a tese de construção de pontes no relacionamento. São dicas que levamos para todos os aspectos de nos-sas vidas”, elogiou.

As próximas palestras estão agendadas para os dias 19 de julho, 23 de agosto, 20 de setem-bro, 18 de outubro, 13 de novembro e 13 de dezembro, sempre das 9 às 11 horas no auditó-rio da sede do sindica-to. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3255-3587. Ao final de cada treinamento são sorteados dois celulares, além de brindes das mar-cas patrocinadoras.

Arte em caixasA partir do ano que vem, as papelarias terão mais uma

opção de fornecedor de caixas rígidas para presente. A nova linha do produto será lançada pela inPaper e foi desenvolvida em parceria com a artista plástica Karla Bratfisch.

Tanto os produtos como a artista poderão ser conhecidos no estande da fabricante na Office PaperBrasil Escolar 2012, no qual serão distribuídas cadernetas de anotação estampa-das pelos traços e cores de Karla. Já atuante no mercado de embalagens de luxo para o setor promocional e corporativo, a companhia pretende popularizar a arte no Brasil, inserindo seus produtos no varejo de papelaria.

Page 13: Revista da Papelaria 179
Page 14: Revista da Papelaria 179

Circulando

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201214

CONSUMOArte em papel Quando chega em casa da papelaria com a

sacola cheia de pincéis, betume, papelão e tin-ta PVA, Sílvia Godoy procura outros materiais menos triviais para montar suas esculturas. Elas são feitas, principalmente, de diversos tipos de papel, mas não só: “Uso garrafas pet, tubo de papel higiênico, filtro de café e chip de toner, por exemplo”.

As esculturas feitas de material reciclado são inspiradas em pessoas reais e surgiram a partir da “vontade de criar”, que motivava Sílvia a catar o que achava pelo caminho na praia em que morava, em Bertioga, São Paulo, no final dos anos 80 e início dos 90.

A artista diz que naquela época “não tinha a

pretensão de vender” suas obras. “Isso começou quando me mudei para a capital paulista. As pessoas começaram a elogiar, quando viam na minha casa. Então, uma amiga sugeriu que eu colocasse as peças à venda no pet shop que ela tinha”, lembra.

Além do material para confeccionar seus trabalhos, Sílvia entra em todas as papelarias pelas quais passa para comprar etiquetas, plás-tico bolha para embalar as esculturas e pinturas, marcadores para assinar as peças, canetas, papel sulfite e lápis. Antes de concretizar algumas obras, Sílvia desenha um leve esboço de suas ideias e as transfere para o computador para visualizar como elas ficarão na versão final.

NA ESTANTE

Aprender com os próprios erros pode ser positivo. Com os dos outros também, se-gundo Antônio Celso Webber. Esse foi o método do consul-tor empresarial ao escrever O líder em xeque. O autor partiu das experiências de diversos líderes com os quais teve contato ao longo de seus 30 anos de experiência para descrever o que é poder, deta-lhar como lidar com a inveja, indicar maneiras mais fáceis para delegar tarefas, além de como agir em situações em que negócios e afetividade se cruzam. Uma das premissas que permeiam o livro é a de que “o poder é a capacidade de exercer influência sobre as pessoas”.Antônio Celso Mendes Webber | Bookman Editora – 260 páginas

A Conferência das Na-ções Unidas sobre Desen-volvimento Sustentável, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) mês passado, também mobilizou a sociedade e as empresas. Entre as companhias que estão fazendo sua parte, estão a Suzano, a Maped do Brasil e a Faber-Castell.

Esta última foi a for-necedora exclusiva do evento, distribuindo 70 mil unidades de EcoLá-pis, além de canetas sus-tentáveis. A companhia também foi a patrocina-dora do Workshop Ne-gócios e Bio diversidade, cujo conteúdo está rela-cionado ao Programa de Biodiversi dade do Minis-tério do Meio Ambiente da Alemanha, do qual a Faber-Castell é uma das empresas signatárias. Já a Maped levou seu Projeto Escola Genial à conferên-cia. O programa nasceu

Papelaria e educação na Rio+20em 2010, aplicado pela educadora Leila Grillo e desenvolvido pela forne-cedora de material escolar, e realiza oficinas de capa-citação de educadores em escolas de São Paulo para despertar a criatividade das crianças a partir da reutilização de materiais.

Durante a Rio+20, o projeto contou com a parceria da Escola Bos-que, associada à Unesco, e ofereceu oficinas para estudantes entre 4 a 15 anos. “Utilizamos a arte como recurso interdis-ciplinar a partir da reci-clagem e de conceitos da reutilização, valorizando o meio ambiente, des-pertando o lado lúdico das crianças e, ao mes-mo tempo, transmitindo conceitos do consumo consciente”, diz Leila.

As atividades foram realizadas no Planetário do Rio de Janeiro e tive-ram 1.500 lápis e outros

produtos da linha Black Pep’s da Maped disponí-veis, além de itens da linha Greenlogic.

Para viabilizar a pro-posta da Infraero para seu Relatório Ambiental, documento que registra todas as suas iniciativas voltadas para o meio am-biente, a empresa contou com a atuação da Suzano. O material – distribuí-do na Conferência – foi impresso em papel reci-clado, produzido a partir dos descartes do Aeropor-to de Congonhas, em São Paulo. A ação do projeto de sustentabilidade da companhia na Rio+20 foi colocada em prática pela fabricante, que pro-cessou cerca de quatro toneladas de papel. Os relatórios foram embala-dos em caixas de papel de reflorestamento, e a sobra foi utilizada na sobrecapa desenvolvida pela agência Staff Brasil.

Page 15: Revista da Papelaria 179
Page 16: Revista da Papelaria 179
Page 17: Revista da Papelaria 179

Juiz de Fora. As demais lojas são investimentos no ramo de copiadoras, celulares e até motocicletas, além de um centro de logística localizado em Vitória da Conquista, na Bahia. “Abrimos esse ponto no Nordeste há quatro anos para dar mais agilidade às vendas, já que nossa distribui-ção é muito direcionada para aquela região”, conta.

Apesar de já estar conso-lidada no mercado, a rede continua crescendo. No fi m de 2011, o empresário rece-beu o convite para se unir à Adispa – Associação dos Distribuidores de Papelaria. Já este ano, ele conta que

realizou pela primeira vez, importações de produtos diretamente da China. “Bus-camos adquirir itens mais competitivos. Agora que já abrimos os canais, pretendo importar mais vezes”, diz o empresário.

Com mais de 40 anos de estrada, Laércio aposta na capacitação de seus funcio-nários e em um mix diver-sifi cado, além de se manter sempre atento às tendências e novidades do mercado. “Quando aparece algo novo, nós corremos atrás. Estamos preparados para acompanhar e nos adaptar às evoluções”, completa.

Há mais de cinco décadas no ramo de papelaria, o empresário Laécio Rodrigues transformou seu pequeno comércio em uma grande rede de lojas que, atualmente, emprega mais de 300 funcionários.

Page 18: Revista da Papelaria 179
Page 19: Revista da Papelaria 179
Page 20: Revista da Papelaria 179

Mercado

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201220

Ainda para 2012, a pro-prietária da Bruna Papelaria e Aviamentos (Pontes de Lacerda/MT), Helena Silva, pretende fechar negócio com mais de 20 empresas durante os quatros dias de feira. Fre-quentadora do evento há 15 anos, ela conta que sua pape-laria, de 26, é a única da região com produtos diferenciados. “Alguns itens não chegam aqui e a única oportunidade para comprá-los é na feira. Os clientes adoram quando encontram itens com licen-ciamentos de personagens e personalidades que eles veem na TV”, afi rma. Outra estraté-gia da empresária é tirar fotos com as celebridades que vão à feira divulgar seus produtos licenciados e expor as mesmas na loja. “É um sucesso, o pes-soal sempre comenta sobre as minhas fotos”, diz.

Alguns itens não chegam aqui e a única opor-tunidade para comprá-los é na feira. Os clientes adoram quando encontram itens com persona-gens e personalidades que eles veem na TV.

HELENA SILVA, BRUNA PAPELARIA E AVIAMENTOS PONTES DE LACERDA/MT

Incentivo é importanteRonaldo Rufi no, por outro

lado, não fechou negócios para a RK Sucesso (Garanhuns/PE) durante sua primeira vi-sita à Offi ce PaperBrasil Escolar, em 2011. “Como as empresas começam a vender um mês antes de a feira acontecer, eu já tinha fechado pedidos quando fui ao evento”, explica o proprietário da loja de ataca-dista, inaugurada há três anos. Este ano, porém, ele conta que será diferente: “Já organizei as compras e pretendo fechar muitos negócios no evento, pois percebi vendedores dis-postos para negociar”.

Ter ido ao evento em 2011, porém, foi importante para Rufi no: “Fiquei encan-tado! Eu achava que tudo o que tinha ao meu redor era todo o universo de papelaria, mas percebi que ele é muito maior”. Esse é um dos argu-mentos usados pelo repre-sentante comercial na Região Nordeste, Gabriel Ribeiro de Andrade, que incentiva a ida de seus clientes ao evento.

Ele acredita que ir à Offi ce PaperBrasil Escolar faz com que os visitantes vejam novas pos-sibilidades de negócios. Após aceitar o convite e, durante a feira, abrir um novo horizonte para os artigos de informá-tica, Rufi no percebeu que o representante tinha razão. “Não vendo esses itens ainda,

mas, na Escolar, notei que a minha loja é um ambiente propício para trabalhar com eles e tenho a intenção de focar nisso”, indica.

Para estimular a visita de varejistas que não costumam ir ao evento em São Paulo, Andrade organiza um grupo para o qual reserva hotéis por preços mais baratos e via-biliza a partilha de corridas de táxi pela capital paulista. “Este ano, vou levar um gru-po de 30 pessoas”, comemora o representante.

Outro cliente de Andrade que não abre mão de visitar a feira é Paulo Luz, que marca presença na Office Paper há oito anos. Proprietário da Suape Papelaria (Cabo de Santo Agostinho/PE), ele aponta algumas diferenças da época em começou a fre-quentar a feira: “Até quatro ou cinco anos atrás, quem ia ao Anhembi tinha vantagens com descontos nas compras. Hoje os expositores não dão mais esse atrativo”, lamenta.

O empresário continua frequentando o evento ape-nas para ver novidades, “já que quem não vai à feira compra pelo mesmo preço”, justifica. “Além disso, eu junto o útil ao agradável, pois assisto palestras apresenta-das na feira e aproveito para passear em São Paulo com a família”, completa.

Paulo Luz, da Suape Papelaria, vai de Pernambuco a São Paulo todos os anos com o objetivo de conhecer as novidades do setor papeleiro.

Page 21: Revista da Papelaria 179
Page 22: Revista da Papelaria 179

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201222

Produto | Agendas 2013

Chegou o momento de conhecer os

lançamentos e avaliar quais deles melhor

se adequam ao seu público. Entre a

polêmica sobre o rumo que o produto

vem tomando, alguns consumidores

afirmam que, apesar do avanço da

tecnologia, a agenda ainda é insubstituível.

POR RENATA MEDEIROS

O segundo semestre de 2012 está no início, mas tem muito va-rejista com os olhos

voltados para 2013. Isso por-que, nesta época do ano, grande parte dos fabricantes está com as suas novas cole-ções de agendas disponíveis no mercado, e o papeleiro já pode escolher quais delas vão para a prateleira da loja. Proprietário da Sun Marina (São Paulo/SP), Giogi Ka-miha pretende apostar em um mix variado, capaz de agradar adultos, adolescen-tes e crianças. Os pedidos já começarão a ser feitos.

dos, pois a mercadoria fica em evidência”, garante a proprie-tária da loja, Kamila Etienne Umann. Na Papelbom Pa-pelaria (Iuiú/BA), as agendas também são levadas para a frente do estabelecimento em janeiro, onde ficam até o final de março, ao lado dos cadernos. “Aproveitamos a volta às aulas para incentivar a saída do produto”, conta a dona da papelaria, Maria Selma dos Santos.

De acordo com os vare-jistas entrevistados para esta matéria, a agenda comercial – básica, de tamanho apro-ximado ao de meia folha A4 e com capa de cores neutras – é a queridinha do público. Na Papelaria Atalaia, por exemplo, 80% da venda de agendas está relacionada ao produto que apresenta essas características.

Em contrapartida, eles garantem que, para a escolha das agendas que farão parte do mix oferecido na loja, é importante estar atento aos seus frequentadores. “Com o tempo, percebi o que o públi-co queria, e fui adequando-me a ele. Atualmente, sei que na minha papelaria não

Apesar do mercado nacional de agendas já ter sido mais representativo, Fábio Mortara defende que esse segmento tem a capacidade de se renovar e de trazer novidades a cada ano.

A hora e a vez dasagendas

Segundo ele, essa antecedên-cia é essencial para garantir preços mais acessíveis junto aos fornecedores. “Além dis-so, efetuando o pagamento antecipadamente, evito que a dívida se estenda até janeiro, quando há muitas contas a pagar”, revela.

À frente da Interlig Pape-laria (Curitiba/PR), Janilce Verza Picinin acrescenta que, ao adiantar as encomendas, é possível conseguir descontos e, muitas vezes, melhores prazos de pagamento. Po-rém, essas não são as únicas preocupações dos varejistas. Fazer com que esse produto esteja disponível na loja ainda no segundo semestre do ano anterior ao da agenda é essen-cial. “As pessoas costumam comprar esse artigo para pre-sentear amigos e familiares no fim do ano”, afirma.

Na Papelaria Atalaia (Tangará da Serra/MT), os lançamentos são disponibili-zados aos clientes a partir de setembro, mas é em janeiro e fevereiro do ano referente ao da agenda que o produto ganha destaque, sendo levado para a frente da loja. “Essa estratégia rende bons resulta-

Foto

And

rea

Ribe

iro/D

ivul

gaçã

o

Page 23: Revista da Papelaria 179

23julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

podem faltar agendas que possuam uma página por dia e espaço para o registro de números de telefone”, ilustra Kamila. “Para acertar na escolha, é preciso observar a saída do produto ano a ano”, completa o proprietá-rio da Graffit’s Papelaria e Informática (Cruzeiro do Sul/AC), Eulo Negreiros Lima Verde.

As agendas licenciadas também não podem ser deixadas de lado, segundo os varejistas, apesar das re-clamações sobre o preço do produto. “Por serem caras, elas não dão um retorno tão positivo quanto às demais. Para não ficar com o item no estoque, procuro in-vestir em personagens que estejam em evidência ou naqueles que nunca saem de moda, como a Barbie”, de-clara Kamila. Já na Interlig Papelaria é a licença Capri-cho que não pode ficar de fora do mix da loja. “Estou perto de várias escolas e essa agenda é muito procurada pelas meninas”, comemora Janilce.

De acordo com o pre-sidente da Abigraf Nacio-nal – Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Fabio Arruda Mortara, o mercado nacional de agendas é forte, mas já foi mais representati-vo. Ele alega que o produto sofre devido à concorrência com os equipamentos eletrô-nicos, mas o que realmente traz impactos negativos para a indústria brasileira do setor é a importação. Em 2011, o volume de agendas vindas de países como Itália, China e Estados Unidos cresceu

43% em comparação ao ano anterior.

Por outro lado, Mortara mostra-se otimista, já que, de janeiro a maio de 2012, o volume de agendas im-portadas foi 23% menor em relação ao mesmo período de 2011. “Acredito que isso seja reflexo do aumento da taxa de câmbio”, diz. Além disso, a produção de agendas no Bra-sil vem aumentando, segundo informações da Abrigraf Na-cional, baseadas em dados do IBGE. Os últimos números divulgados mostram que, em 2009, foram produzidas no país 1.986.711 agendas, con-tra 641.552 em 2007. Esses números levaram em conta a produção de 27 empresas, em 2009, e de 26 fabricantes, em 2007. “Este é um mercado que investe em inovação, tra-zendo sempre novos modelos, novas texturas. A capacidade de criação dentro dessa área é infinita”, diz Mortara.

ConsumidoresIndependentemente da

avaliação dos profissionais do ramo, a questão é: algu-mas pessoas não abrem mão da agenda, como é o caso da estudante de artes cênicas Jerusa Livramento Pereira, 23 anos, que leva o acessório para todos os lugares onde vai. Para ela, o item precisa trazer uma página por dia e algumas folhas em branco para anotações diversas. Já o espiral a estudante dispensa. “É horrível quando preciso pegar a agenda dentro da bol-sa e ela fica presa em alguma coisa”, brinca.

Outra universitária que tem sempre o objeto por

perto é Isabela Soares, 21 anos. Quando começou a trabalhar, em 2009, ela cos-tumava escrever as tarefas em pequenos pedaços de papel e, dessa maneira, uma coisa ou outra acabava sendo esquecida. Por sugestão do seu então chefe, ela adotou a agenda, e não vive mais sem ela. “Passei a utilizá-la para anotar datas de provas, de viagens, o horário do salão, enfim, tudo”, comenta.

Antes de adquirir o pro-duto, Isabela fica atenta ao

Com profissões e idades diferentes, (1) Shirley Furtado,

(2) Luiz Parreiras, (3) Luisa Monteiro e (4) Isabela Soares tem um ponto em comum: é

na agenda que eles anotam os compromissos e as atividades

do dia a dia.

Page 24: Revista da Papelaria 179
Page 25: Revista da Papelaria 179

25julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Mercado recebe coleção 2013 de agendas

Tudo combinandoNa Jandaia, a linha de agendas é uma extensão da de cadernos, o que possibilita ao consumidor adquirir os dois artigos com o mesmo visual. “É importante trabalhar o design dos produtos de forma que eles se completem. Os itens não necessariamente devem ter as mesmas artes e cores, mas podem apresentar uma certa coordenação, formando um jogo”, comenta o gerente de marketing da empresa, Fabricio Pardo. Dessa maneira, as capas das agendas 2013 trazem a turma do Angry Birds (destaque) e os palhaços Patati Patatá (acima), que já es-tampam os cadernos da empresa e, como afirma Pardo, foram sucesso na volta às aulas 2012. A agenda que traz a licença Pretorian (ao lado), marca de equipamentos esportivos para luta, é outro lançamento da Jandaia.

Diversidade. Essa é uma das palavras que pode definir o mercado brasileiro de agendas. Isso porque são vários os modelos disponibilizados pelos fornecedores, entre costurados ou em espiral, simples ou sofisticados, diários ou permanentes. Entre tantas opções, a REVISTA DA PAPELARIA reúne aqui alguns dos lançamentos para 2013.

Só permanentePara 2013, a Grafset tem uma novidade: a empresa passa a oferecer, exclusiva-mente, agendas no modelo permanente. “Tomamos a decisão ao detectarmos a grande procura por esse item”, explica seu diretor comercial, Téo Ramos. As agen-das da Grafset continuam trazendo um dia por página e capas com acabamento

diferenciado, em glitter ou em verniz. Além da tradicional agenda executiva, a companhia lança novas linhas, como a Spring e a Owlet (ao lado), voltadas para o público jovem.

Page 26: Revista da Papelaria 179
Page 27: Revista da Papelaria 179

27julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Page 28: Revista da Papelaria 179

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201228

Produto | Agendas 2013

Em busca de inovaçãoDesde a sua fundação, há 27 anos, a Ótima Gráfica produz agendas e, segundo a sua assistente de marketing, Aline Bellei Marchese, elas passam por constantes evoluções, seja na forma de encadernação, no tipo de fechamento ou nos acessórios. “A cada ano, a Ótima Gráfica procura trazer um diferencial aos seus produtos”, afirma. Para 2013, a empresa lança a linha Botanicals e também apresenta ao mercado coleções repaginadas, como a Cool Gang (ao lado) e a Linha de Agendas.

Costuradas em evidênciaPara as mulheres, a Teca traz a coleção Floral, e, ao consumidor que dá pre-ferência às agendas com cores sóbrias, ela disponibiliza a linha Tony. Ambas são costuradas, sendo esse modelo a grande aposta da empresa. “Percebemos que esse tipo de agenda estava saindo mais, e, hoje, a maioria das nossas coleções é oferecida nesse formato”, diz a gerente comercial da companhia, Maria Andrade. Com capa em papel impermeável, a linha Canvas (ao lado) é outro investimento da Teca.

De olho no mundo da modaA Maio Gráfica fabrica agendas há 32 anos e, nos últimos 10, a produção da empresa cresceu 50%, como afirma a sua gerente de vendas e marketing, Mi-chelle Tristão. Para ela, isso acontece devido à aposta em modelos desenvolvidos sob o olhar da moda. “O mercado fashion dita novas cores e novos estilos, que trazemos para as nossas agendas”, conta. Um dos lançamentos da empresa é a

agenda Night, que possui uma alça e se transforma em bolsa. Outros destaques são a linhas Teen e Cristã (ao lado), que ganharam novos modelos.

Opções para vários estilosA São Domingos ingressou no mercado de agendas em 1996, disponibilizando nove modelos. Atualmente, o portfólio da empresa conta com mais de 60 deles, sendo capaz de agradar os mais diferentes gostos, como garante o seu gerente co-mercial, João Antonio Corniani. “Essa evolução foi gradual e, ao mesmo tempo, surpreendente. Hoje, oferecemos a agenda mais básica à mais sofisticada”, comenta. As linhas Pânico (ao lado) e Turma da Mônica DNA (destaque) são alguns dos lançamentos da São Domingos. Outra novidade é a licenciada Speedo (aci-ma), marca referência quando o assunto é a moda esportiva. “Além de capas modernas, essa agenda traz conteúdo útil aos jovens, como espaço para planejamento de treinos e tabelas de conversão de pesos e medidas”, conta Corniani.

Page 29: Revista da Papelaria 179

29julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Page 30: Revista da Papelaria 179
Page 31: Revista da Papelaria 179

31julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Page 32: Revista da Papelaria 179
Page 33: Revista da Papelaria 179

33julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Via de mão duplaSe papelarias se movimen-

tam para atender as deman-das por itens de informática, o inverso também acontece e pode ser constatado no evento da All Nations. A distribuidora de artigos de informática criou, em 2010, o All Nations Opportunity. Já levado para cidades como Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), a mais recente edição do evento aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), em maio, reu-nindo aproximadamente 400 pessoas, entre fabricantes, atacadistas e varejistas. “O nosso objetivo é promover a integração entre a indústria e os nossos clientes, tornando

o relacionamento entre am-bos ainda mais sólido”, expli-ca o diretor fi nanceiro da All Nations, Marcelo Santos.

Durante o evento reali-zado na capital fluminen-se, atacadistas e varejistas conheceram lançamentos e conversaram com fabri-cantes. Eles ainda tiveram momentos de descontração ao assistirem ao show de stand up comedy do humo-rista Fernando Strombeck e ao degustarem o bufê do restaurante onde aconteceu o encontro. “O All Nations Opportunity traz novidades, proporcionando um clima agradável aos seus partici-pantes”, diz Santos.

Proprietário da Meet In-

formática e Papelaria (Para-íba do Sul/RJ), Fred Teixeira Vieira é um dos varejistas que participou do evento. Ele conta ter aprovado a ini-ciativa da All Nations, pois, por meio dela, foi possível ter acesso a novos produ-tos e atualizar-se frente ao mercado. “Encontrei muitos artigos que combinam com o perfi l da loja”, comemora.

Marcelo Martinez conta

que a Epson do Brasil vem

desenvolvendo estratégias com

o intuito de fortalecer sua presença nas

papelarias.

Page 34: Revista da Papelaria 179

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201234

Tecnologia

A história da Meet teve início em 2006, quando Viei-ra abriu o estabelecimento que, na época, era totalmente voltado para o ramo de infor-mática. Três anos mais tarde, toners, mouses, cartuchos de tinta, notebooks e impressoras passaram a dividir o espaço com cadernos, lápis e canetas. “Quando nossos clientes cor-porativos começaram a soli-citar produtos de papelaria, vimos que seria viável investir nesse setor”, conta.

Atualmente, os artigos de informática são responsáveis por 30% do faturamento anual da Meet e, segundo Vieira, apesar desses pro-dutos não serem mais o carro-chefe do negócio, não há como deixá-los de lado. “A pessoa vai até a loja para comprar um envelope e acaba levando uma mídia digital. O consumidor quer adquirir uma impressora e aproveita para levar o papel. Acredito que um segmento completa o outro”, argumenta.

De acordo com Vissotto, da HP, se hoje muitas pape-larias apostam no mundo da

tecnologia, o caminho inver-so, trilhado pela Meet, vem se tornando cada vez mais co-mum. No mercado há 19 anos como loja de informática, a Radar Informática, do Rio de Janeiro, é outro exemplo disso. “Pretendemos ampliar o nosso leque de mercadorias, comercializando também cadernos, lápis e canetas, com o intuito de conquistarmos novos clientes”, conta o pro-prietário do estabelecimento, Rômulo de Melo Pereira.

Projeto Atenta às pequenas e mé-

dias papelarias que desejam ingressar no universo tecno-lógico, ou ampliar o mix já existente na loja, a Golden Distribuidora lançou, no primeiro semestre de 2012, um projeto, intitulado Ilha de Informática, que tem como objetivo auxiliá-las nesse processo. “Para driblar a concorrência, as papelarias vêm buscando soluções, mas ainda de forma tímida no que tange aos produtos de informática. É importante que os proprietários desses estabelecimentos ousem e enxerguem a tecnologia como uma aliada. Ela pode ser essencial para garantir a sobrevivência do negócio”, defende o diretor da Golden, Wanderley Parizotto.

A papelaria que participa do projeto conta com uma “ilha”, onde são expostos os produtos distribuídos pela Golden, entre eles, impresso-ras e projetores. Antes, porém, a empresa faz um estudo jun-to ao varejista para identifi car qual artigo se adequa mais à papelaria e ao seu público.

Além disso, os funcionários da loja recebem treinamento, não só sobre cada um dos itens que serão comerciali-zados, mas também sobre a tática para vendê-los.

Há cerca de dois meses, a Sharpel Papelaria e Infor-mática (Osasco/SP) parti-cipa da Ilha de Informática o projeto, sendo a primeira loja a ingressar no projeto. Ao seu mix foram agregados produ-tos como roteadores e moni-tores. “Já vendemos algumas peças e as expectativas são as melhores possíveis. A linha de informática representa entre 25% a 30% do nosso faturamento anual e, até o fi nal de 2012, pretendemos aumentar esse montante para 40%”, comenta o geren-te de compras da papelaria, Jorge Luis Águas.

Segundo ele, o material escolar começou a perder espaço para os equipamentos tecnológicos, e, dessa maneira, o investimento em produtos de informática torna-se cada vez mais necessário. “Existem escolas trabalhando com ta-blets e esse fato já traz conse-quências para a papelaria. Em 2012, vendemos menos cader-nos que em 2011. A estimativa é que em 2013 a saída desse produto seja menor se com-parada a deste ano. A papelaria não vive mais só da venda de material escolar. Ela precisa se diversifi car”, afi rma.

De acordo com o diretor da Golden, a Ilha de Informáti-ca atende hoje, em média, 40 lojas, a maioria localizada no estado de São Paulo. A estima-tiva é que, até o fi nal deste ano, o projeto atinja 3,8 mil papela-rias em todo o país.

Para Wanderley Parizotto, da Golden, a aposta em artigos de informática pode significar a garantia de sobrevivência para muitas papelarias.

Page 35: Revista da Papelaria 179

35julho de 2012 | www.revistadapapelaria.com.br

Page 36: Revista da Papelaria 179
Page 37: Revista da Papelaria 179
Page 38: Revista da Papelaria 179

Mercado Global

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201238

Expositores são reposicionadosna maior feira de papelariaA Paperworld 2013 terá nova estrutura. As mudanças nos pavilhões do centro de exposições e a reorganização das ca-tegorias de produtos foram definidas depois de discussões da Messe Frankfurt, organizadora do evento, com expositores e de uma pesquisa realizada com visitantes.Ano que vem o segmento de artigos escolares, que costuma-va ser exposto no hall 3.1, estará no hall 5.0, ocupando todo o pavilhão com mochilas, estojos, cadernos, agendas, além de artigos para crianças no início da vida escolar e produtos licenciados. Uma das vantagens dessa nova localização é a proximidade com o hall 5.1, ocupado por expositores de gifts, o que inclui etiquetas, agendas e conjuntos de papel de carta, itens que também têm o público jovem como alvo.Já os fabricantes de instrumentos de escrita e desenho, que também ocupavam o 3.1, vão expor em um hall mais central, o 4.0, mais próximo da nova localização da Creativeworld, que saiu do hall 4.2 para o 4.1. “Assim, os instrumentos de escrita serão mostrados de maneira independente, obtendo mais destaque na feira”, diz Michael Reichhold, diretor da Pa-perworld.A organização do evento acredita que a proximidade entre seções relacionadas facilitará a circulação dos visitantes, que buscam fornecedores para seus segmentos de atuação. Os fornecedores de produtos de escritório passarão a ocupar os dois andares do hall 3 com a mudança dos artigos dessa ca-tegoria do hall 4.1 para 3.1, pavilhão que será compartilhado com a Remanexpo.

Campanha doa canetas a estudantes carentesNo início do ano escolar

de 2012, a BIC da África do Sul realizou a campanha Choose BIC and Change a Future (Escolha BIC e Mude o Futu-ro, em tradução livre). Mais de 20 produtos da marca foram identifi cados com o adesivo da campanha e cada um des-ses que fosse vendido corres-ponderia a uma caneta doada para uma criança carente.

A iniciativa alcançou a marca de 1 milhão de cane-tas, que serão distribuídas pela ONG sul–africana Read Education Trust. Segundo o gerente de marketing da divi-

são de papelaria da fabrican-te, Millicent Quoilin, 1.259 escolas do país receberão o benefício. Quoilin decidiu implantar a proposta diante da falta de material escolar (inclusive canetas) a mais de 12 milhões de estudantes do país em 2011. Em con-trapartida, durante a volta às aulas do ano passado, os alunos mais privilegiados compraram 52,1 milhões de unidades do produto. “Sabe-mos que algo simples como uma caneta é uma peça-chave para a educação”, afi rmou o gerente.

Imagem utilizada pela BIC para divulgar a campanha para a volta às aulas na África do Sul

Page 39: Revista da Papelaria 179
Page 40: Revista da Papelaria 179

Vitrine

www.revistadapapelaria.com.br | julho de 201240

Mais capacidade de armazenamentoCom 32Gb de espaço, o novo cartão de memória micro SD da Multilaser oferece muito mais facilidade para salvar arquivos e utilizá-los em aparelhos celulares, GPS, rá-dio automotivo e câmeras digitais. O produto já vem com adaptador e possui trava de segurança, interface de sincronismo serial de alta velocidade e uma taxa de transmissão de dados de 11,7 MB/s (80x). Preço sugerido ao consumidor: R$ 129,90Televendas: (11) 4003-5200

Hello Kitty para decoraçãoA I-Stick traz para o mercado uma linha completa de adesivos de umas das personagens mais famo-sas do mundo, a Hello Kitty. Voltados para a per-sonalização de celulares, smartphones, tablets e notebooks, os produtos estão disponíveis em diversas cores e modelos diferentes. Preço sugerido ao consumidor: R$ 28,00, para celular; R$ 69,00 para tablet e notebookTelevendas: 0800-778-3131

Acessório para iPhoneA Macally apresenta o FlexFitP4S, acessório para iPhone 4 e 4S que, além de proteção, oferece bastante estilo para o aparelho. Disponível nas cores rosa e branco, o item é flexível e mantém o acesso a todos os controles e cone-xões do smartphone. Ele tem garantia de 12 meses e é feito de material reciclável, atóxico e biodegradável. Preço sugerido ao consumidor: R$ 69,00Televendas: (11) 5567-0070

Mais praticidade com minimousesCom tamanho compacto, a linha Shiny de minimouses da

NewLink é voltada para usuários de notebooks. Disponível em cinco modelos diferentes, os produtos possuem um cabo retrátil que dá ainda mais praticidade para o usuá-rio. Os itens também acompanham uma capa adicional, que permite variar seu mouse entre dois visuais.

Preço sugerido ao consumidor: R$ 24,90Televendas: 0800-772-5015

Page 41: Revista da Papelaria 179
Page 42: Revista da Papelaria 179
Page 43: Revista da Papelaria 179
Page 44: Revista da Papelaria 179
Page 45: Revista da Papelaria 179
Page 46: Revista da Papelaria 179
Page 47: Revista da Papelaria 179
Page 48: Revista da Papelaria 179