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Revista Empresário Lojista - Jan/2010

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Publicação Mensal do Sindilojas-Rio e do CDLRio

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Empresário LOJISTA 1janeiro 2010

SUMÁRIO

MENSAGEM DO PRESIDENTE

CARANAVAL E VOLTA ÀS AULAS

CONVENÇÃO DO VAREJO NOS EUA

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

LUZ NO AMBIENTE COMERCIAL - PARTE 2

DIREITO AUTORAL SONORIZAÇÃO

EMPRESA DE SUCESSO

LEIS E DECRETOS

TERMÔMETRO DE VENDAS

ÍNDICES

OPINIÃO

Empresário Lojista - Publicação mensal do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio) e do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) Redação e Publicidade: Rua da Quitanda, 3/11° andar CEP: 20011-030 - tel.: (21) 3125-6667 - fax: (21) 2533-5094 e-mail: [email protected] - Diretoria do Sindilojas-Rio - Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Julio Martin Piña Rodrigues ; Vice-Presidente de Relações Institucionais: Roberto Cury; Vice-Presidente de Administração: Ruvin Masluch; Vice-Presidente de Finanças: Gilberto de Araújo Motta; Vice-Presidente de Patrimônio : Moysés Acher Cohen; Vice-Presidente de Marketing: Juedir Viana Teixeira; Vice-Presidente de Associativismo: Pedro Eugênio Moreira Conti; Vice-Presidente de Produtos e Serviços: Ênio Carlos Bittencourt; Superintendente: Carlos Henrique Martins; Diretoria do CDLRio – Presidente: Aldo Carlos de Moura Gonçalves; Vice-Presidente: Luiz Antônio Alves Corrêa; Diretor de Finanças: Szol Mendel Goldberg; Diretor de Administração: Carlos Alberto Pereira de Serqueiros; Diretor de Operações: Ricardo Beildeck; Diretor de Associativismo: Roland Khalil Gebara; Diretor Jurídico: João Baptista Magalhães; Superintendente Operacional: Ubaldo Pompeu; Superintendente Administrativo: Abraão Flanzboym. Conselho de Redação: Juedir Teixeira e Carlos Henrique Martins, pelo Sindilojas-Rio; Ubaldo Pompeu, Abraão Flanzboym e Barbara Santiago pelo CDLRio, e Luiz Bravo, editor responsável (Reg.prof. MTE n° 7.750) Reportagens: Lúcia Tavares; Fotos: Dabney; Publicidade: Bravo ou Giane Tel.: 3125-6667 - Projeto Gráfico e Editoração: Roberto Tostes - Cel: (21) 9263-5854 / 8860-5854 - [email protected]; Capa: Roberto Tostes

EXPEDIENTE

MENSAGEMD

O PRESID

ENTE

O IMPOSTÔMETRO

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) instalou, há meses, o Impostômetro na sede da Associa-ção Comercial de São Paulo (ACSP), que apoia a iniciativa. O equipamento contribui para a população saber o que se gasta com impostos recolhidos pelos três níveis gover-namentais para manter suas máquinas. O IBPT pesquisa todos os valores recolhidos pela União, estados e municí-pios através de tributos, impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.

Na manhã de 14 de dezembro último, o Impostômetro registrou a impressionante marca de R$ 1 trilhão, núme-ro composto de 15 dígitos. E ainda não havia terminado o ano de 2009.

O autêntico termômetro de impostos instalado no cen-tro da capital paulista é o indicador do que se contribui para manter as máquinas governamentais dos três pode-res. Não se trata de ornamento, mas a evidência do que o cidadão brasileiro contribui para as gastanças oficiais.

Só para se ter ligeira ideia do que se paga em impostos, o Instituto Acende Brasil informa que no último trimestre de 2009, os tributos e encargos do setor elétrico no País representaram 45,36% da conta de luz. O que significa que o consumidor de energia paga R$ 4,9 milhões por hora; R$ 62 mil por minutos e R$ 1.371 por segundo para os governos federal, estaduais e municipais. Em 2010, os cariocas aumentarão os valores, pois devem passar tam-bém a pagar o Imposto da Luz.

Infelizmente, não tem havido a reciprocidade pelo re-colhimento de impostos. Isto é, tivesse o brasileiro me-lhor qualidade de vida, principalmente no que se rela-ciona à saúde, à educação, ao trabalho, à segurança, ao transporte, a impressionante arrecadação de impostos poderia ser justificada.

A iniciativa do IBPT, apoiada pela Associação Comer-cial de São Paulo, merece o apoio de todos, pois é preciso despertar em cada brasileiro a consciência de que se deve cobrar a efetiva aplicação dos impostos na melhoria das condições de vida, evitando que os recursos se esgotem nos ralos da corrupção.

E para este exercício nada melhor do que cobrar de seus políticos em todos os níveis, o compromisso de ze-lar pela efetiva e correta aplicação dos impostos na me-lhor qualidade de vida da população.

Neste ano, em outubro, cada cidadão continuará sendo responsável pelo futuro do País. Os votos destinados aos candidatos à presidência da República, passando pelo Se-nado, Câmara de Deputados, governador e assembleias legislativas devem ser bem pensados, escolhidos em fun-ção do que cada um possa efetivamente contribuir para um Brasil melhor.

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Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Presidente do Sindilojas-Rio e do CDLRio

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Empresário LOJISTA2

Carnaval e volta às aulas

iniciam

temporada de vendas

O carnaval, festividade que acontecerá entre 13 e 16 de fevereiro, já começou a movimentar o varejo do Rio. Lojas especializadas em arti-gos para festas apresentam grande variedade de produtos, tanto para confecção de fantasias como acessórios e adereços prontos para os fo-liões. Máscaras, chapéus, perucas, óculos de to-dos os tipos, além de outros artigos, estão sen-do oferecidos em várias cores e modelos desde que as festas de fim de ano terminaram. Outro segmento que está incrementando o comércio neste início de ano é o de papelarias e livrarias. As negociações para a temporada de volta às aulas tiveram os últimos detalhes acertados no final de 2009 pelas principais redes especiali-

zadas em material escolar. Os lojistas do segmento de car-

naval entendem que a maior festa popular do País precisa ter o diferen-cial, o inusitado, caso contrário, não tem a mesma graça para os consu-midores que curtem a folia. E é exa-tamente visando este público que as lojas de fantasias, de tecidos especiais e aviamentos estão com as vitrines coloridas desde a virada do ano, mostrando as últimas novidades. Na Casa Pinto, rede de seis lojas no Centro, Campo Grande e Madureira, por exemplo, a venda de tecidos para fantasias nesta época corresponde a 70% do faturamento da empresa.

- O movimento já começou. Esta-mos vendendo muito para grupos de bate-bolas, confecções, ateliês e costu-reiras, inclusive de escolas de samba. Prevenido, este pessoal tem por hábito estocar tecidos para garantir a confec-ção e a venda de fantasias. Os foliões também se preparam com antecedência. A um mês da festa, mui-tos deles já escolheram as fantasias. Mas, é com a proximidade do carnaval que as pessoas se animam e compram mais. Temos uma variedade enorme de tecidos, muitos exclusivos, e artigos para confecção de fantasias, como plumas, penas, lantejoulas - material que tem muita saída, principalmente para foliões que concorrem a rei e rainha do carnaval. Há, ainda, fantasias prontas de passista, com expressivas vendas, conta um dos sócios da em-presa, Fábio Darzi.

“É com a proximidade

do carnaval que as

pessoas compram mais”

Fábio Darzi,

da Casa Pinto

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Empresário LOJISTA 3janeiro 2010

Nas lojas Maik Mik, na Avenida Passos e Rua da Alfândega, a alegria do carnaval também chegou mais cedo. As vendas vêm aumentando gradativamente devendo chegar a 80% a mais nos primeiros dias de fevereiro. São consumidores em busca de novidades para curtir, além dos quatro dias de folia, festas parti-culares e bailes à fantasia que sempre acontecem nesta época. Segundo Maiko Riche, dono da rede, as mulheres são mais preocupadas do que os homens quando o as-sunto é sair usando trajes diferentes. Para elas, as fanta-sias mais vendidas são as de odalisca, melindrosa, bruxa e deusa grega. E se eles dão o braço a torcer, na Maik Mik os homens se transformam em índios, piratas e aladins.

- O carnaval do Brasil é muito colorido e tomara que continue assim. Fico feliz porque ganho dinheiro com a fe-licidade dos outros. É muito bom perceber que as pessoas não perderam a vontade de se fantasiar ou colocar um aces-sório diferente nesta época do ano - festeja Maiko, acrescentan-do que as fantasias infantis também têm tido grande procura em razão do carnaval ser após o início do ano letivo e, assim sendo, os colégios costumam programar bailes infantis para os alunos, o que contribui para aumentar mais ainda o movimento.

- A procura por fantasias infantis é muito grande, incre-menta bastante as vendas. As mais disputadas são as de perso-nagens de contos de fadas e histórias em quadrinhos. Mas para quem deseja sair do tradicional, estão chegando novidades para todas as idades, inclusive bebês - completa Maiko, com sorriso e brilho nos olhos de quem está muito satisfeito.

Principal polo de comércio popular do Rio, a Saa-ra também já entrou em ritmo de carnaval. Nas ruas lotadas, enfeitadas para a folia, é possível garimpar enfeites sob medida e encontrar fantasias bem-hu-moradas. Entre elas, os modelitos de “171” e roupa que transforma o folião em caneca de chope. Mas segundo Ricardo Servos, sócio da Casa Turuna, uma das mais tradicionais lojas da região, as campeãs de venda são as fantasias de policiais. A mais procu-rada é a preta, ainda por conta do filme Tropa de Elite, porém, há consumidores que preferem optar por uma outra tropa de elite, a americana Swat, cuja camiseta está tendo excelente saída.

“As campeãs de vendasde fantasias são as de policiais”

Ricardo Servos, da Casa Turuna

“As mulheres são

mais preocupadas na

escolha da fantasia”

Maiko Riche,

da Maik Mik

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Empresário LOJISTA4

A procura por material escolar também já começou. Com a aproximação do ano letivo e

o fim das férias, inicia agora o período mais importante do segmento de papelarias e livrarias com a corrida para a compra de material escolar. Entre os materiais

mais vendidos estão as agendas, lápis, ca-netas e cadernos. A reforma ortográfica conti-nua fazendo a alegria dos lojistas do setor com grande procura por livros da Língua Portugue-

sa. Além das papelarias e livrarias, o segmento de calçados é outro ramo do varejo que está sendo beneficiado com o movimento volta às aulas, especialmente em relação aos tênis, pre-feridos por crianças e adultos para enfrentar a rotina diária das aulas. Os lojistas do seg-mento de malas e bolsas, por sua vez, aprovei-tam a época para aumentar as vendas e aten-der a demanda de consumidores que buscam mochilas, lancheiras e estojos.

Volta às aulas

“Comprar com antecedência

para vender a preços baixos”

Coraci Santos Lima,

da Casa Cruz

Para cativar a clientela, a tradicional Casa Cruz em suas seis lojas adota a estratégia neste período, de parcelar em até cinco vezes, sem juros, além de fazer entrega em domi-cílio dos clientes. Já através da loja virtual www.casacruz.com.br, o pagamento varia entre três a cinco vezes, sem ju-ros. Coraci Santos Lima, gerente da matriz, no Largo de São Francisco, Centro, assinala que para incrementar as vendas, este ano a rede compôs portfólio exclusivamente para o movi-mento volta às aulas, com cerca de 10 mil itens.

- Os lojistas que não compraram com antecedência terão agora mais difi-culdades. Nesta época os fornecedores aproveitam o grande movimento para aumentar os preços. Não é o nosso caso, pois sempre compramos com bastante antecedência - comemora Coraci, acrescentando que a Casa Cruz contratou funcionários extras, só na matriz foram cerca de 40% a mais, para atender a demanda e manter o padrão da qualidade do atendimento.

Na Papelaria Lord, na Tijuca, a previsão de cresci-mento nesta época está em torno de 3% a 4% compara-do ao mesmo período do ano passado. O proprietário Elias Moreira Afonso explica que o crescimento só não é maior devido às novas regras de tributação da Secre-taria Estadual de Fazenda, que incluiu em setembro passado, os produtos do seu segmento no regime de Substituição Tributária. Mesmo assim, ele diz estar satisfeito com os resultados obtidos neste início de ano e observa que é uma ótima oportunidade para fi-delizar consumidor. O carro-chefe das vendas neste período fica por conta dos cadernos de capa dura, de 96 folhas, réguas e lápis de cor.

- O nosso estoque começou a ser preparado em novembro último e agora está sendo reforçado. Ape-sar de sermos micro-empresa, somos competitivos e conhecemos bem o mercado. O cliente não gosta de comprar um produto aqui e outro ali. Por isso, ten-tamos reunir ao máximo os itens da lista de material dos colégios. Com certeza fevereiro será mais forte ainda. No começo do ano há impostos e isso onera o poder de compra das pessoas. Mas mesmo assim já estamos vendendo bem - finaliza Elias Moreira.

“Volta às aulas é ótima época para fidelizar o consumidor”Elias Moreira Afonso,da Papelaria Lord

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Empresário LOJISTA 5janeiro 2010

VAR

EJO

As futuras tendências do varejona Convenção dos Estados Unidos

Nova Iorque, Estados Uni-dos, mais uma vez sediará a 99ª Convenção Anual da Federação de Varejo dos Estados Unidos - NFR, de 10 a 13 de janeiro de 2010. O Sindilojas-Rio participará representa-do pelos empresários Aldo Gonçalves, presi-dente, Juedir Teixeira, vice-presidente de Marke-ting e diretor acadêmico do Ivar – Instituto do Varejo. Aldo Gonçalves, também presidente do CDLRio, representará a entidade no evento de Nova Iorque.

A NRF é o maior acontecimento do varejo mundial, no qual são apontadas as principais tendências do varejo para os próximos anos e conta com a participação de presidentes das maiores empresas varejistas e de consultorias especializadas no assunto.

No dia 26 de janeiro o professor Juedir Tei-xeira fará palestra sobre o evento, no Insti-

tuto do Varejo – IVAR, quan-do apresentará as principais

tendências do varejo mun-dial, devidamente adap-tadas à realidade brasi-leira.

Como o número de vaga é limitado, quem tiver interesse em parti-cipar e se atualizar com

o que está acontecendo e deverá acontecer no vare-

jo nos próximos anos, deve entrar em contato através do

telefone 21-2506-1289 ou e-mail [email protected] e reser-

var logo o seu lugar.

Investimento:

• AssociadosdoSindilojas,doCDLRioealunos do Ivar: Um quilo de alimento não pe-recível, a ser doado à Casa de Apoio a Criança com Câncer.

• Demaisinteressados:R$159,00.

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Empresário LOJISTA6

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MÉR

CIO

Considerado atualmente um dos bairros mais próspe-ros do Rio, tanto em termos de qualidade de vida quan-to na geração de empregos, Campo Grande vem se des-tacando, principalmente, no setor comercial. A distância do Centro do Rio, antes consi-derada um obstáculo, serviu para unir os que lutam pelo desenvolvimento do bairro, e, assim, a partir da criação do Polo Comercial de Campo Grande, iniciaram um traba-lho de conscientização dos moradores da região sobre as vantagens de se fazer com-pras no próprio bairro. Além de oferecer um comércio bastante farto e variado, há a vantagem da comodidade. Desse modo, o comércio começou a ganhar força e a se desenvolver, gerando empregos e oferecendo cada vez mais opções para os consumidores.

O Polo Comercial de Campo Grande é gerenciado por empresários, representantes de instituições repre-sentativas de classe, da Associação Comercial e Indus-trial do bairro, do escritório local do Sebrae/RJ e da instituição de ensino superior da Zona Oeste, Univer-sidade Moacir Bastos. O objetivo do Polo é audacioso, “mas sempre com os pés no chão”, salienta José Antô-nio Cardoso Pereira, consultor do Polo, acrescentando que além de incrementar o comércio do bairro, o Polo também oferece cursos e treinamentos de capacitação relacionados ao comércio através da parceria com o Se-brae/RJ, Senac-Rio e importantes instituições como a própria Universidade Moacir Bastos e a Associação Co-mercial de Campo Grande.

- Além de tudo isso, também estamos lutando por melhorias para o nosso bairro, como conserto de ruas e calçadas, alternativas eficientes que ajudem o trân-sito a fluir melhor, limpeza constante dos bueiros, so-lução para o problema dos ambulantes e melhoria na iluminação pública, entre outros problemas que nos afetam. Ou seja, estamos realizando ainda um trabalho de cunho social em benefício não só do comércio, mas de toda a população de Campo Grande - observa José Antonio.

. NASCIMENTO O consultor explica que a ideia da criação do Polo

Comercial de Campo Grande nasceu em 2005, com a realização de um seminário para a elaboração de um planejamento estratégico onde foram estabelecidas ações operacionais para a sua formação. Em 2007, decreto assinado pelo então prefeito César Maia, ofi-cializou o Polo Comercial de Campo Grande e delimi-

tou sua área, composta de aproximadamente 30 ruas, entre elas, Avenida Cesário de Melo, Coronel Agostinho (calçadão), Viúva Dantas, Augusto de Vasconcelos etc. O decreto deu um in-centivo a mais para a equipe gestora.

De acordo com a empre-sária e coordenadora do Polo, Roseli Garcia Tauil, a parceria com o poder públi-co vem avançando a cada dia, com encontros e ca-minhadas dos gerenciado-res com representantes da Prefeitura e do Governo do

Estado pelas ruas que compõem o Polo. O objetivo é identificar e mapear os principais problemas da re-gião e, a partir do resultado, elaborar uma lista de prioridades e buscar soluções viáveis, tanto na prá-tica quanto financeiramente. Segundo Roseli, desde setembro o secretário especial de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Costa, vem se reunindo com os representantes do Polo, e se comprometeu a ajudar nas ações que estão sendo desenvolvidas.

- Como todo e qualquer grande bairro, Campo Grande também tem muitos problemas. O importan-te, no entanto, é que não estamos apontando só os problemas, mas, sim, fazendo um mapeamento das situações para buscar soluções Mas não adianta elabo-rar um projeto faraônico, seja de embelezamento ou estrutural, e ele ser inviável economicamente. Temos que trabalhar dentro da realidade.

DESAFIOPara o empresário e coordenador do Polo, Bruno

Ferrari, o maior desafio, até agora, tem sido despertar nos comerciantes que têm negócios na área abrangida pelo Polo, a conscientização de que a participação de cada um é fundamental, não apenas para o fortaleci-mento do Polo, mas também para o desenvolvimento do bairro como um todo.

O crescimento e a importância do Polo Comercial de Campo Grande pode ser avaliado pelo grande nú-mero de consumidores que chegam de outros muni-cípios para fazer compras, como Angra dos Reis, Ita-guaí, Paracambí, Seropédica.

- Temos projetos de eventos promocionais em da-tas festivas, com a realização de shows, concursos e várias outras atrações, além de campanhas oferecen-do descontos, brindes. A partir do próximo ano, tam-bém iremos investir em campanhas publicitárias para tornar o Polo mais conhecido em todo o município do Rio e até mesmo fora dele, afirmou o empresário Bru-no Ferrari.

Empreendedores e governos promovemo Polo Comercial de Campo Grande

Os coordenadores do Polo, Roseli Garcia Tauil, José Antonio Cardoso Pereira e Bruno Ferrari falam com entusiasmo sobre os projetos para incrementar o comércio da região

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Empresário LOJISTA 7janeiro 2010

Representantes das câmaras de dirgentes lojis-tas (CDLs) do Estado do Rio de Janeiro estiveram reunidos na 31ª Convenção Estadual das CDLs em Campos dos Goytacazes, de 20 a 22 de novembro. O CDLRio esteve presente no evento no Centro de Convenções da Universidade Estadual do Norte Flu-minense (UENF), com o presidente Aldo Gonçalves, Abrão Flanzboym, superintendente administrativo, e Luciana Ferrante, gerente de Produtos e Serviços.

O presidente da Federação das CDLs do Estado do Rio, empresário Jair Gomes, instalou o encontro. A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, deu as boas vindas aos visitantes. No dia 24, o professor Fabiano

falou sobre o alcance do sucesso nos negócios nos dias atuais. A seguir, o deputado Sandro Mabel, de Goiás, abordou a questão da Reforma Tributária.

O jornalista Ricardo Boechat falou sobre o cenário econômico e político do País.

Abraão Flanzboym e Luciana Ferrante, superinten-dente administrativo e gerente de Produtos e Servi-ços do CDLRio, falaram sobre os novos produtos dis-poníveis aos lojistas, que visam agilidade, segurança e lucratividade nas operações com cheques (foto).

Um jantar de confraternização encerrou as ativida-des do evento.

Campos sediou a 31ª Convenção das CDLs do Estado do Rio de Janeiro

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Empresário LOJISTA8

Contribuição Sindical é investimento para lojistas

Em janeiro, até o dia 31, as empresas devem recolher a Contribuição Sindical para o seu sindicato patronal. As empresas lojistas associadas ao Sindilojas-Rio sa-bem que recolher a Contribuição Sindical é um autên-tico investimento. Isto porque o Sindilojas-Rio oferece uma série de serviços jurídicos e de despachantes, en-tre outros, sem cobrar honorários.

Ser associada ao Sindilojas-Rio e recolher a Contri-buição Sindical garante à empresa lojista do Rio um verdadeiro e barato seguro de assistência jurídica –tra-balhista, civil e tributária- e de despachantes. Além de outros serviços. Fazemos votos para que as empresas não necessitem dessas assistências. Entretanto, como qualquer seguro, se houver necessidade, o Sindilojas-Rio está preparado para dar a necessária assistência sem custos de honorários seja de advogados ou de des-pachantes.

Também a empresa associada além de receber mensal-mente e de graça a revista Empresário Lojista, não está obrigada a recolher a taxa anual de renovação de letrei-ros.

DIVISÃOA receita da Contribuição Sindical é partilhada. O Mi-

nistério do Trabalho e Emprego recebe 20%, a federação estadual recebe 15%, a Confederação Nacional do Co-mércio, 5%, enquanto o sindicato patronal fica com 60% do valor da Contribuição recolhida.

A empresa que desejar transformar o pagamento da Contribuição Sindical em investimento bastará li-gar para 3125-6667, Gerência Comercial, e solicitar a presença de um agente associativo. Em pouco tempo saberá como dar maior valor ao dinheiro pago com a Contribuição Sindical.

Tabela para Cálculo da Contribuição Sindicala partir de 1º janeiro de 2010

1. As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$16.616,25, estão obrigadas ao recolhimento da Contribuição Sindical mínima de R$ 132,93, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei nº 7.047 de 1º de dezembro de 1982);

2. As firmas ou empresas com capital social superior a R$ 177.240.000,00, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$ 62.565,72, na forma do disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei nº 7.047 de 1º de dezembro de 1982);

3. Base de cálculo conforme art. 21 da Lei nº 8.178, de 1º de março de 1991 e atualizado pela mesma variação da UFIR, de acordo com

o art. 2º da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução Confederação Nacional do Comércio - CNC/SICOMÉR-CIO Nº 023/2008;

4. Data de recolhimento:- Empregadores: 31 de janeiro de 2010- Para os que venham a estabelecer-se após os meses acima, a Contribuição Sindical será recolhida na ocasião em que requei-ram às repartições o registro ou a licença para o exercício da respectiva atividade;

5. O recolhimento efetuado fora do prazo será acrescido das comi-nações previstas no art. 600 da CLT.

Para os empregadores e agentes do comércio organizados em firmas ou empresas e para as entidades ou instituições com capital arbitrado (item III alterado pela Lei nº 7.047 de 01 de dezembro de 1982 e §§ 3º, 4º e 5º art. 580 da CLT).

NOTAS:

VALOR BASE: R$ 221,55

LINHA CLASSE DE CAPITAL SOCIAL(em R$)

ALÍQUOTA%

PARCELA A ADICIONAR

(R$)

01 de 0,01 a 16.616,25 Contr. Mínima 132,93

02 de 16.616,26 a 33.232,50 0,8% -

03 de 33.232,51 a 332.325.00 0,2% 199,39

04 de 332.325,01 a 33.232.500,00 0,1% 531,72

05 de 33.232. 500,01 a 177.240.000,00 0,02% 27.117,72

06 de 177.240.000,01 em diante Contr. Máxima 62.565,72

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Page 11: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 9janeiro 2010

Guia para recolhimento dacontribuição sindical

A guia para o recolhimento da Contribuição Sindical de 2010 está sendo enviada às empresas lojistas ou aos escritórios de seus contabilistas. Quem não receber a guia até o dia 21 de janeiro, poderá solicitá-la na sede do Sindilojas-Rio ou em uma de suas delegacias (end-ereços na segunda contra-capa desta edição).

As guias também podem ser obtidas através do por-tal www.sindilojas-rio.com.br.

As antigas guias de cor verde não são mais aceitas pelos bancos.

Outras informações telefonar para 3125-6667.

Contribuição Sindical Patronalé exigida em atos do comércio

O Secretário de Relações do Trabalho do Ministé-rio do Trabalho e Emprego, Luiz Antonio de Medeiros editou a Nota Técnica/SMT/TEM/Nº 202/2009, de 10 de dezembro último, lembrando que as repartições federais, estaduais ou municipais na concessão de alvará, permissões ou licenças para funcionamento de estabelecimentos em geral do setor econômico ou profissional ou ainda em suas renovações, exigirá a prova de quitação do recolhimento da contribuição sindical (patronal), sem a qual os atos praticados se-rão considerados nulos.

A lembrança foi a pedido da Fecomércio/SP, con-siderando o que determina o art. 608 da Consolida-ção das Leis do Trabalho, Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1942, que dispõe sobre a obrigatoriedade mencionada na Nota Técnica/SRT/TEM/Nº 202/2009.

RELAÇÃO DE EMPREGADOS

A citada Nota Técnica, a pedido do Instituto FGTS Fácil, revigora entendimento quanto à obrigação de os empregadores encaminharem às respectivas enti-dades sindicais de trabalhadores, a relação nominal dos empregados contribuintes, da qual conste, além do nome completo, o número de inscrição no Progra-ma de Integração Social – PIS -, função exercida, a re-muneração percebida no mês do desconto e o valor recolhido.

A relação pode ser enviada por meio magnético ou pela Internet ou, ainda, ser encaminhada cópia da fo-lha de pagamento do mês relativo aos descontos, con-forme entendimento entre o empregador e o sindica-to de classe. O prazo do encaminhamento da relação é de 15 dias depois de efetuado o recolhimento da contribuição sindical profissional.

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Empresário LOJISTA10

PERGUNTAS E RESPOSTAS DÚVIDAS JURÍDICAS

PERGUNTE! Empresário Lojista responde

Os empresários lojistas, mesmo não tendo empresa associada ao Sindilojas-Rio, podem fazer consul-tas sobre questões jurídicas traba-lhistas, cíveis e tributárias através do tel. 3125-6667, de 2ª a 6ª feira, de 9 às 17 horas. A seguir, algumas perguntas encaminhadas à advoga-da Luciana Mendonça, da Gerência Jurídica do Sindilojas-Rio, e suas respostas.

Qualquer variação de horário no re-gistro de ponto será considerada hora extra?

Não. O art. 58, §1°, da CLT precei-tua que não serão descontadas nem computadas como hora extraordi-nária as variações de horário no re-gistro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite de 10 minutos diários.

Os exames médicos obrigatórios de-vem ser custeados pelo empregado ou empregador?

De acordo com o art. 168 da CLT, os exames médicos de admissão, demis-são e periódico correrão por conta do empregador.

O empregador poderá conceder fé-rias e aviso prévio no mesmo perío-do?

Não. O período de gozo das férias não poderá ser coincidente com o pe-ríodo de aviso prévio, uma vez que são dois institutos completamente distintos em sua finalidade, não se comunicando em momento algum.

Empregado aposentado faz jus ao re-cebimento do auxílio-doença?

Não. A Previdência Social não acu-mula os benefícios de aposenta-doria com os de auxílio-doença ou acidente e, sendo assim, o empre-gador fica encarregado de efetu-

ar o pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento, não tendo o empregado direito ao recebimento dos demais dias de atestado médi-co (Decreto nº 3.048/99), pelo fato de ele já estar recebendo o benefí-cio da aposentadoria.

Quais são as verbas rescisórias a que o empregado faz jus ao ser dis-pensado no término final do contrato de experiência?

O empregado terá direito a receber as seguintes verbas: saldo de salário, férias proporcionais, 13° salário pro-porcional e o FGTS no código 04.

É obrigatória a emissão de recibo no momento da entrega da CTPS pelo empregado na empresa?

Sim. Conforme art. 29 da CLT, a CTPS deve ser apresentada contra recibo, portanto é obrigatória a emissão dos recibos de entrega e devolução da

mesma.

Empresário LOJISTA 33novembro 2009 Empresário LOJISTA 33novembro 2009

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Empresário LOJISTA 11janeiro 2010

DÚVIDAS JURÍDICAS SINDICALISMO

Direção: J. Teotônio

Tel: (21) 2583-9797

A nova Diretoria do Sindica-to dos Empregados no Comér-cio do Rio de Janeiro foi empos-sada no dia 10 de dezembro, com mandato até dezembro de 2014. Participaram da mesa que dirigiu a solenidade, entre outras personalidades, Cleber Paiva Guimarães, presidente da Assembleia da eleição e presi-dente da Federação dos Empre-gados do Comércio e Serviços dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo; Francisco Canin-dé Pegado, secretário geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT), e Aldo Carlos de Moura Gonçalves, presidente do Sindi-lojas-Rio e do CDLRio.

No seu discurso de posse, o presidente Otton Mata Roma declarou que um dos principais objetivos da nova Diretoria é mudar a imagem que alguns comerciários têm do sindicato, explicando:

“Vamos abrir o Sindicato para toda a categoria. Muitos comerciários não sabem o que o Sindicato tem a oferecer e do que podem usufruir. Somos um dos maiores sindicatos do

Brasil, o que tem melhor estru-tura para atender a classe na hora que for necessário. Que-remos que a categoria conheça o Sindicato para depois fazer suas sugestões, elogios ou críti-cas. Queremos todos os comer-ciários participando e ajudando a nova Diretoria”, afirmou o Presidente.

A DIRETORIA

A nova Diretoria do Sindica-to dos Empregados no Comér-cio está assim constituída:

Presidente, Otton da Costa Mata Roma; vice-presidente, Raimundo Ferreira Filho; se-cretário geral, Gil Roberto da Silva e Castro; secretário de Finanças, Juraci Vieira de Sou-za Júnior; secretário de Traba-lho e Previdência Social, Alfeu do Carmo Viana; secretário de Patrimônio e Obras, Haroldo Garcia dos Santos; secretário de Saúde, Assistência Social, Recreação e Lazer, Alfredo Gon-çalves L. da R. Sozinho, e secre-tário de Delegacias, Edivaldo Correia de Lima.

Posse da Diretoria do Sindicato dos

Comerciários do Rio

A mesa que presidiu a cerimônia de posse da Diretoria dos Comerciários

Page 14: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA12

Valmir de Oliveira, gerente Administrativo/Financeiro do Sindilojas-Rio

Lições e reflexões

é positivo permitir que os colaboradores exerçam suas

funções por inteiro

RECURSOS HUMANOS

Provavelmente, em virtude do serviço público foi di-fundido no mercado que os trabalhadores exercem car-go ou função. Preferimos mais a nomenclatura função que tem tudo a ver com atribuição, ocupação. De forma alguma estamos desprezando a nomenclatura cargo. Apenas entendemos ser a função mais expressiva. No Brasil, há uma codificação relacionada ao universo de funções que é o Código Brasileiro de Ocupações, cuja sigla é CBO.

Esta introdução foi necessária por uma razão mui-to simples. Em determinada reunião de consultores, grupo do qual fazemos parte, foram relatados dois fatos interessantes, principalmente para quem con-vive com treinamento. Um dos fatos tem a ver com função, mas os dois têm a ver com reflexão.

No emaranhado de funções existentes em qualquer empresa privada, seja nacional, multinacional ou pú-blica, não há como fugir da figura da copeira. E o que

faz uma copeira? Bem, além de preparar o cafezinho, atender os participantes de reuniões, nas suas diversas modalida-des, servindo-lhes, café, água, sucos e biscoitos, é responsá-vel por manter a copa limpa e em perfeitas condições de uso. A característica principal des-se tipo de colaboradora é pri-mar pelo asseio.

Assim é que a copeira apre-sentada pelo consultor tinha essas virtudes, estava perfei-tamente enquadrada no perfil

exigido e desfrutava da admiração de todos na empresa em que trabalhava. Era feliz, porém um pequeno de-talhe lhe causava momentos desmotivadores. Pensava assim: “- Ora, no dia-a-dia, nas recepções, nas festas, dedico-me por completo, oferecendo o meu melhor. No entanto, nas comemorações dos aniversários, raras foram as vezes que cortei o bolo. Engraçado, isso me entristece!”

Rolou no grupo uma rápida análise sobre o comentá-rio e o consenso foi de que é positivo permitir que os colaboradores exerçam suas funções por inteiro, pois às vezes não conseguimos imaginar o grau de contra-riedade que podemos causar, até mesmo sem querer, por um mero descuido.

Na mesma linha de reflexão, um segundo consultor discorreu sobre Esopo, um escravo grego do século VI a.C., com suas fábulas maravilhosas.

Contou-nos que, em determinada ocasião, conversa-vam o seu senhor e um visitante acerca da vida, quando o dono da casa perguntou se ele sabia qual seria o gran-de símbolo da vida. Ele disse que sim e pediu permis-são para ir à feira comprar. Mesmo espantado, o senhor permitiu. Esopo volta logo depois com um embrulho, abre e mostra a compra: uma língua bovina. Após o pri-meiro impacto, o escravo explicou: “- A língua é o laço da vida e da razão. Graças a ela as pessoas são instru-ídas, se comunicam, recebem elogios, são motivadas e ficam felizes.”

O visitante, então, desafiou o escravo: - Bem, agora traga-nos o grande vício da vida. E Esopo pediu permis-são para, novamente, ir à feira, voltando, em seguida, com um pequeno embrulho que, aberto, continha outra língua.

Diante da perplexidade do seu senhor e do visitante, o escravo justificou-se: “- A língua também pode ser a pior coisa do mundo, por ser ela a origem dos proces-sos, das discórdias e da guerra. Por meio da língua pes-soas são caluniadas, difamadas, injuriadas, humilhadas e ficam tristes.”

Após breve silêncio, um terceiro consultor manifes-tou-se sobre os dois relatos afirmando que passaria a valorizar mais a frase de Guimarães Rosa quando disse que: “- Deus está nos pequenos detalhes.” E arrematou: - O difícil é perceber.

A expectativa é que o novo ano chegue resplande-cente oferecendo-nos a chance de refletir, refletir e refletir!

Contato: [email protected]

Page 15: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 13janeiro 2010

CALENDÁRIO DE MESA Como vem ocorrendo há anos, o Sindilojas-Rio e o CDLRio ofereceram às

empresas associadas, juntamente com a edição de Empresário Lojista de dezem-bro último, o calendário de mesa de 2010 (reprodução abaixo).

No dia de

S. Sebastião

lojas podem abrir

Embora feriado municipal dedicado a São Sebastião, pa-droeiro do Rio, na 4ª feira, 20 de janeiro, os lojistas que dese-jarem poderão abrir suas lojas. Basta providenciarem o Termo de Adesão devidamente forma-lizado junto ao Sindilojas-Rio e ao Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro.

Informações sobre o Termo de Adesão podem ser obtidas na sede do Sindilojas-Rio, na Rua da Quitanda, 3, 10º andar, tel. 3125-6667, ou nas delega-cias de serviços, cujos ende-reços e telefones podem ser vistos na primeira contracapa desta edição da Empresário Lojista.

Também no portal do Sindi-lojas-Rio (www.sindilojas-rio.com.br) podem ser lidas orien-tações sobre o funcionamento do comércio tanto nos feriados como nos domingos.

A primeira federação do comér-cio no então Distrito Federal nasceu há 76 anos na sede do Sindilojas-Rio, no dia 3 de janeiro de 1934. A iniciativa foi do empresário França Filho, presidente do Sindicato dos Lojistas do Rio de Janeiro, e de ou-tros líderes do comércio carioca.

Na sede dos lojistas, a primeira na Avenida Rio Branco, 111, 4º an-dar, dirigentes dos sindicatos do comércio vinham se reunindo para criar a Federação dos Sindicatos Pa-tronais do Distrito Federal.

Os sindicatos de empregados já haviam formado a sua federação, motivo porque os empregados con-sideraram necessário ter o seu ór-gão coordenador no Distrito Fede-ral.

Em nota na revista “O Lojista”, que seria lançada duas semanas depois, há o seguinte comentário, mantida a ortografia da época:

- Os syndicatos federados não perderão parcela alguma de sua au-tonomia, nem terão sua administra-ção interna exposta à interferência

de poderes estanhos. Apenas terão na Federação, o organ centralizador das actividades de cada um, para maior eficiência e facilidades de seus trabalhos.

A Federação dos Sindicatos Pa-tronais do Distrito Federal teve por fundadores, além do Sindicato dos Lojistas, os dos Comerciantes Ata-cadistas, dos Proprietários de Café, dos Barbeiros e Cabeleireiros, dos Negociantes em Carvoarias, dos Co-merciantes de Torrefação de Café e de Proprietários de Garagens. O único sindicato que não participou das reuniões foi o dos Proprietários de Tinturarias.

Recorda-se que antes da unifica-ção das federações do Comércio, no Estado do Rio de Janeiro havia as federações de comércio Varejista, Atacadista, Turismo e Hospitalida-de e de Agentes Autônomos. Desde 1998, quando houve a unificação, a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro reúne os sindica-tos do comércio varejista, atacadis-ta e de turismo e hospitalidade.

A primeira Federação do Comérciodo Rio nasceu no Sindilojas-Rio

SIN

DIC

ALIM

SO

Page 16: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA14

ILU

MIN

ÃO

Luz no Ambiente Comercial

Parte II

Juliana Vervloet do Amaral

Aldo Carlos de Moura Gonçalves

Este artigo se baseia em parte da Dissertação de Mestrado “Análise de Iluminação Varejista: Visando um Novo Conceito de Loja de Vestuário e Acessórios”, apresentada pelo primeiro autor, Juliana Vervloet do Amaral, mestre em Arqui-tetura, professora e coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitá-rio de Vila Velha, Espírito Santo, sob a orien-tação do segundo autor, Aldo Carlos de Moura Gonçalves, doutor em Física e professor adjunto do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ) da Faculdade de Arquitetura e Urba-nismo (FAU), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2002.

O artigo foi dividido em três partes: a primei-ra foi publicada na edição de Empresário Lojis-ta de dezembro de 2009; a 2ª, nesta edição, e a 3ª e última, em fevereiro de 2010. A partir de março, o artigo completo estará no portal do Sindilojas-Rio (www.sindilojas-rio.com.br).

Aspectos qualitativos e quantitativos de loja de moda

Numa loja de moda, a quantidade e a qualidade da

luz podem realçar o ambiente, aumentar o valor dos

produtos expostos e se converter em melhoria nas

vendas. Portanto, é importante conhecer os aspectos

que envolvem tanto a qualidade quanto a quantidade

da luz, e entender que eles estão relacionados à con-

cepção de um bom projeto lumínico.

Alguns dos aspectos qualitativos e quantitativos da

luz importantes para a realização de um projeto lumí-

nico de uma loja:

1. Níveis de iluminação que dependem do trabalho que

será realizado no interior da loja. Cada ambiente re-

quer uma quantidade de iluminação;

2. Modelagem, direção e difusão;

3. Uniformidade da iluminação e contraste;

4. Ofuscamento (luminância);

5. Temperatura de cor das lâmpadas;

6. Índice de reprodução de cor das lâmpadas (IRC).

1. Níveis de iluminação.

As normas disponíveis indicam os níveis de ilumi-

namento satisfatórios para a realização de diferentes

tipos de trabalho e de situações no varejo. Em alguns

casos, são regulamentos oficiais para os quais o desig-

ner deve estar atento. A quantidade de luz incidente

dentro de um ambiente não deve depender somente

do trabalho a ser realizado pelo homem, mas também

da interferência dos arredores imediatos, ou seja, a cor

do local, o nível de reflexão do mesmo e dos demais

objetos ali encontrados, etc. A seguir, algumas reco-

mendações quanto aos níveis de iluminamento para

lojas de moda:

O fator de atenuação é definido pela relação entre

a iluminância produzida pela mancha de luz sobre o

objeto e a iluminância (horizontal) de seu entorno ime-

diato.

A aplicação dos níveis de iluminância média deve

ser analisada caso a caso, levando-se em consideração

as cores do ambiente, a textura e a decoração. A ilu-

minância é medida nos planos verticais e horizontais.

Ou seja, um equilíbrio entre estes níveis fornece uma

condição visual excelente. Na área de vendas de uma

loja, a iluminância vertical, geralmente, assume maior

importância devido ao tipo de exposição dos produtos:

prateleiras, araras, etc.

Níveis de iluminância idênticos podem provocar

efeitos variados, dependendo do que será iluminado,

de como será iluminado e do próprio ambiente. Por

exemplo, um vestido vermelho parecerá mais ilumina-

Descrição Requisitos

Lojas e grandes armazéns de baixa e média categoria

Expressos em Lux ( lúmen/ m2) e Kelvin (K)

Nível geral 350 a 750 Lux

Nível vertical sobre produtos 500 a 10.000 Lux

Fator de acentuação 1:5 a 1:10

Temperatura de cor 3.000 a 4.000 K

Índice de reprodução de cor das lâmpadas (IRC)

Superior a 85

Page 17: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 15janeiro 2010

do que um preto, ou um ambiente com paredes escuras

pode provocar a sensação de abafamento, enquanto que

o mesmo local, com o mesmo nível de iluminamento,

mas com paredes claras, tende a emitir a sensação de

maior amplitude e de maior claridade. Geralmente, em

relação ao brilho do objeto ou à superfície iluminada, a

luminância é mais utilizada como um indicador de quali-

dade da luz do que o nível de iluminamento.

A performance visual depende muito dos níveis de ilu-

minação utilizados. Quanto mais difícil for a tarefa visu-

al, maior o nível de iluminação necessário. Como o fluxo

luminoso fornecido pelas lâmpadas declina com o tem-

po, deve-se implantar uma instalação com certa margem

de segurança, para garantir que os níveis mínimos de

iluminamento após certo tempo de funcionamento das

instalações permaneçam suficientes.

2. Modelagem, direção e difusão

A difusão da luz refere-se ao nível de iluminação geral

em todo o sistema instalado.

A direção da luz proporciona diferentes efeitos de ilu-

minação e influi na modelagem de um objeto e do pró-

prio ambiente.

Sombras e brilhos limitados contribuem para uma boa

impressão visual de um objeto. Por isso, deve-se evitar a

utilização de iluminação difusa desacompanhada de ou-

tros tipos de iluminação.

A fig. 12 ilustra a utilização da luz na modelagem do

espaço da área dos provadores, acentuando suas formas

desconstrutivistas criando movimento e dinamismo.

Figura 12 (1)

Comme des Garçons

Existem ambientes em que a uniformidade da ilumina-

ção é uma necessidade. No caso de lojas de moda, deve-se

levar em consideração a exposição de produtos de quali-

dade, que serão julgados pelos possíveis compradores não

somente por suas utilidades, mas também pela sua estéti-

ca, funcionalidade e gosto pessoal de cada cliente. Por esta

razão, as formas, os detalhes e as cores devem estar sob

condições lumínicas que favoreçam sua apreciação. Uma

apresentação adequada deve considerar o contraste do ob-

jeto com seu entorno imediato, ressaltando-o e permitindo

que o mesmo seja observado em condições favoráveis. O

contraste pode ser obtido através da utilização de diferen-

tes níveis de iluminação.

Por exemplo, um bolso de couro, com um fecho artesa-

nal ou uma fivela especial que, ao ser iluminado por um

spot direcionável (iluminação de acento), pode ser ressal-

tado. A visão do cliente será atraída em direção ao ponto

de maior iluminância, que enfoca o detalhe que se quer po-

tencializar. Por razões de segurança, um nível de iluminân-

cia homogêneo deve ser mantido para garantir o trânsito

das pessoas e usuários. Contudo, para evitar a sensação de

monotonia, não é desejável que se tenha um grande grau

de uniformidade em lojas de moda. A utilização de uma

iluminação de destaque ou de níveis de iluminamento dife-

rentes potencializa produtos, zonas e elementos. Excessi-

vas diferenças de brilho no campo de visão do observador

podem causar fortes contrastes. Estas diferenças forçam

os olhos a se adaptarem constantemente, causando muitas

vezes cansaço. Os contrastes também dependem da cor do

entorno.

Para garantir performance visual e conforto, especial-

mente após um longo período dentro de uma loja, é im-

portante criar uma distribuição média das luminâncias,

o que não quer dizer um ambiente uniforme e sem con-

trastes. O brilho dos objetos deve ser mais efetivo que

o de seus arredores. Diferenças mínimas de luminâncias

possuem efeito perturbador, pois criam ambientes mo-

nótonos. Manter a atenção dos consumidores por perí-

odos de tempo mais prolongados pode se traduzir em

um incremento nas vendas. Além disso, o cliente pode

observar o objeto que lhe interessa sem que outros ele-

mentos circundantes o distraiam.

Iluminância recomendada para o lighting design em áreas comerciais

Áreas de iluminação

Descrição Tipo de atividade Iluminância lux/candelas

Circulação Área não usada para exposição ou visualização de mercadorias à venda

Alta atividade

Média atividade

Baixa atividade

300/30

200/20

100/10

Área comercial Área plana, hori-zontal ou vertical, onde a mercadoria é exposta e dispo-nível ao exame do cliente

Alta atividade

Média atividade

Baixa atividade

1.000/500

750/75

300/30

Displays de destaque

Itens que requerem luz de intensida-de especial para atrair a atenção ou destacar-se de seu entorno

Geral

Destaque

Geral

2.000/200

10.000/1.000

2.000/200

Vitrines Iluminação diurna Destaque

Geral

Destaque

10.000/100

1.000/100

5.000/500

Iluminação notur-na em bairro de comércio com alta competitividade

Bairro de comércio secundário ou cida-des pequenas

Page 18: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA16

A sombra provoca fortes zonas de contraste. Ao utili-zar spots para iluminar objetos sempre aparecem som-bras. Este tipo de luminária gera um efeito dramático nos produtos expostos ou no entorno, proporcionando um nível maior de contraste. As luminárias embutidas, espe-cialmente para as lâmpadas fluorescentes utilizadas nor-malmente na iluminação geral, produzem sombras leves, neutralizadas por outras luminárias do mesmo tipo, re-sultando uma iluminação geral branda e homogênea.

Na fig. 13, fotos de uma coleção de moda inspirada no cangaço: a iluminação amarelada, cheia de contrastes e sombras, lembra a luz forte da caatinga nordestina e as cores alaranjadas do mesmo.

Figuras 13a e 13b

4. Ofuscamento

Condição de visão onde existe desconforto ou uma re-dução na capacidade de ver objetos, graças a uma distri-buição errada, valor inadequado de luminância ou con-trastes extremos em determinados espaços ou tempo. Confunde-se muito luminância com brilho; a luminância é uma excitação visual enquanto que brilho é a resposta visual; a luminância é quantitativa e o brilho sensitivo.

Uma distinção deve ser feita entre ofuscamento fisio-lógico (contato direto com a fonte luminosa), que causa um enfraquecimento instantâneo da performance visual, e o psicológico, que, após longo período de tempo no ambiente pode causar distúrbios, resultando em sensa-ção de insegurança e cansaço prematuro. Quando o ofus-camento é controlado nas áreas de vendas, nas vitrines e no provador, o conforto visual do usuário aumenta e, com ele, a atenção do consumidor para o produto, assim como seu tempo de permanência no interior das lojas. O ofuscamento pode ser direto ou indireto. Ambos não impedem, necessariamente, o desenvolvimento da tarefa visual.

a) Ofuscamento direto ocorre quando a fonte de luz

incide diretamente na retina do observador. Provém de

fonte de luz de grande luminosidade ou lâmpada colo-

cada em um local ou inclinação inadequada, causando

sensação desagradável e contribuindo para a redução da

acuidade visual e o aumento da distração e do descon-

forto. A utilização de lâmpadas em ângulos a partir de

450 de inclinação pode causar ofuscamento, dependen-

do do posicionamento do observador.

b) Ofuscamento indireto é produzido pelos reflexos

das superfícies brilhantes, polidas ou espelhadas, po-

dendo prejudicar a visão do observador, diminuindo

sua acuidade visual (fig. 14). Sua utilização é para cha-

mar a atenção do consumidor. Porém, quando muito

intensos, podem se transformar em fonte de distúrbio,

assim como no ofuscamento direto. Produtos com su-

perfícies muito polidas e brilhosas são as primeiras

fontes deste tipo de ofuscamento nas lojas.

Para evitar o ofuscamento produzido pelas lâmpa-

das, seis fatores devem ser analisados: luminância na

fonte, tamanho da fonte, ângulo da fonte, ângulo entre

a fonte e a linha de visão do observador, o brilho das

superfícies circundantes e a capacidade de adaptação

do observador.

O ofuscamento pode ser minimizado através do po-

sicionamento das luminárias e da utilização dos índi-

ces de reflexão em relação à cor e a estrutura de com-

posição dos tetos, paredes, piso e móveis.

A fig. 14 mostra esquematicamente o ofuscamento

direto e indireto.

Figura 14 (2)

5. Temperatura de cor das lâmpadas

Reproduz a aparência de cor de uma fonte de luz. As

lâmpadas podem ser divididas em três grupos:

A temperatura de cor exerce um efeito fundamental na atmosfera de um ambiente. Na área de vendas, con-sumidores geralmente têm a sensação que a luz bran-ca-neutra (entre 3.300 K e 5.000 K) ou branca-quente (menor que 3.3300 K) é mais atrativa. A luz branca remete à sensação de um ambiente de trabalho mais dinâmico e menos pessoal. Já a luz mais quente cria atmosferas mais aconchegantes e sofisticadas.

Temperatura de cor Aparência de cor

Maior que 5.000 K Fria (branca azulada)

De 3.300 a 5.000 K Intermediária (branca)

Menor que 3.300 K Quente (branca avermelhada)

Loja Fórum – São Paulo - Fotos de um dos autores (JVA), 2001.

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Empresário LOJISTA 17janeiro 2010

As fig. 15a e 15b ilustram respectivamente como uma iluminação amarelada, com baixa temperatura de cor, pode provocar sensação de sofisticação e aconchego, enquanto que, por sua vez, uma iluminação branca azulada, com alta temperatura de cor, pode provocar sensação de movimento e modernidade.

Figuras 15a e 15b (3)

A tabela a seguir indica a variação da aparência de cor da luz em função da iluminância:

Quando se trata de uma loja de surf, se pensa num am-biente de caráter esportivo, ou seja, de um jovem em bus-ca de uma prancha e de sensações de jovialidade, frescor e dinamismo. Considerando que esporte normalmente se pratica por volta de 7 até 10 horas da manhã (e não de ma-drugada), quando a temperatura de cor do Sol costuma ser muito branca, a iluminação intensa com contrastes muito fortes, grandes coloridos, viva de formas e cheia de som-bras, tendo um tom dominante da luz plena do dia, com luz branca e azulada. Tudo isto indica o quanto é importante a utilização da temperatura de cor para a configuração do espaço, pois, variando a temperatura de cor, pode-se criar uma infinidade de efeitos.

A utilização de baixa temperatura de cor pode criar um cenário atrativo, que remete ao nascer do Sol, como ilustra-do na fig.16.

Temperatura de cor Aparência de cor

Maior que 5.000 K Fria (branca azulada)

De 3.300 a 5.000 K Intermediária (branca)

Menor que 3.300 K Quente (branca avermelhada)

Ambientes mais sofisticados (fig. 15a) ou mais dinâmi-cos (fig. 15b) podem ser construídos com a utilização de temperaturas de cor diferentes. Cada um deles necessita de uma temperatura de cor para ajudar a criar o cenário que se pretende para o público a que se destina. Portanto, a temperatura de cor é sem dúvida um dado importante a ser considerado na iluminação de lojas, assim como a compreensão sobre as fontes de luz natural e seus efei-tos. Procurar observar e imitar a natureza pode, de certa forma, nos conduzir a um conjunto adequado de escolhas e soluções.

6. Índice de reprodução de cor das lâmpadas (IRC)

Os objetos não possuem cores próprias. Eles têm a propriedade de absorver determinados comprimentos de onda, o que permite ao ser humano perceber sua cor. O IRC define a capacidade de uma lâmpada reproduzir fiel-mente as cores, com valores que vão de 1 a 100, tendo a iluminação do Sol como base de comparação.

Para iluminar vitrines e áreas de vendas, deve-se utili-zar as fontes que possuem um alto IRC (de 80 a 100).

A cor do produto exposto em uma loja pode variar de-pendendo da fonte aplicada, influenciando diretamente na percepção do mesmo. Lâmpadas com um IRC baixo, ou com uma temperatura de cor muito amarelada ou azu-lada, podem vender uma falsa imagem da mercadoria e prejudicar a relação do consumidor com o estabelecimen-to, ocasionando até descrença em relação à loja. É comum pessoas comprarem uma roupa achando uma cor e, de-pois, perceberem que a cor não era exatamente aquela do ato da compra. Com a aplicação correta da iluminação, as cores, as texturas e os detalhes que valorizam o produto são realçados e reproduzidos com fidelidade.

A temperatura de cor e o índice de reprodução de cor (IRC) são determinados pela composição espectral da luz e produzem efeitos diversos que influenciam na percep-ção visual dos produtos, do ambiente e do próprio ser humano. Por isso, são de extrema relevância na exposição dos mesmos. O IRC, dentro de uma loja de moda, não tem muita influência sobre o ambiente em si como em rela-ção aos produtos expostos. Já a temperatura de cor exer-ce influências sobre ambos. Filtros coloridos e gelatinas podem modificar a composição espectral da luz emitida, alterando a temperatura de cor, as propriedades do IRC das lâmpadas e a eficiência da mesma.

Finalmente, é importante realçar que fontes de luz de aparência de cor iguais podem ter índices de reprodução de cor diferentes devido à composição espectral de cada uma.

(Este artigo continuará em sua terceira parte (final) na edição

de Empresário Lojista de fevereiro de 2010.)

Iluminância em LuxAparência de cor da luz

Quente Intermediária Fria

Inferior a 500 Agradável Neutra Fria

Ð Ð Ð 500 a 1.000

1.000 a 2.000

2.000 a 3.000

Estimulante

Ð

Agradável

Ð

Neutra

Ð

Não natural Estimulante AgradávelSuperior a 3.000

1 MOSTAEDI, Arian. Shop design – Nuevo diseño de tiendas. Barcelona: New Library of architecture, 1999. P.13.2 e 3 2 JIMÉMES, Carlos. Manual de luminotecnia: locales comerciales. Barcelona: Grupo editorial CEAC, 1998. P. 193 TURNER, Janet. Design with light – Retail spaces: light solution for shops, malls and markers. New York: Roto Vision AS, 1998. P.154 ABRAMSON, Susan e STUCHIN, Marcie. Shops & boutiques – Design stores and brand imagery 2000. New York: Rissoli International Publications Inc, 2000. P.160

Figura 16 (4)

Page 20: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA18

Page 21: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 19janeiro 2010

Imagine que você seja dono de uma fábrica. Duran-te o dia, você acompanha e vê cada detalhe das opera-ções da empresa: financeiro, vendas, produção. Tudo ao alcance do olhar e dos sistemas, instalados em rede local e integrados num mesmo banco de dados.

Agora, imagine-se como dono de uma rede de lojas, instaladas em shopping centers e corredores comer-ciais dos principais bairros da cidade, distantes umas das outras e da matriz. O escritório geralmente fica localizado em locais mais distantes, onde os custos ad-ministrativos são mais acessíveis.

Da mesma forma que numa fábrica, você precisa acompanhar as operações de compras, vendas. No en-tanto, tudo que acontece em cada uma das lojas fica longe do olhar e dependente dos diversos subsistemas, ligados por trocas de arquivos, malotes, documentos, vales, comprovantes de caixa.

Felizmente, a tecnologia evoluiu de forma a viabili-zar uma “aproximação” da matriz com cada loja. O aumento na velocidade de conexão da Internet, atra-vés da banda larga, e a preços baixos (hoje cerca de R$100,00/mês para conexões de 2 MB), permite que re-cursos como integração on-line de dados, câmeras de vigilância (Webcam), telefonia voip e correio eletrônico sejam possíveis trafegando nessa “estrada virtual”, ge-rada pela Internet banda larga.

No entanto, o mais importante de todos os recursos citados acima, a integração on-line dos sistemas é o mais difícil de implantar em pequenas ou médias em-presas do varejo. A maioria dos sistemas disponíveis no

mercado não permite uma administração em tempo real de cada loja a partir da matriz. O máximo que se vê são transmissões em segundo plano de lotes de movimentação, ocorridas nas lojas e/ou na matriz.

Isso significa que o empresário tem que convi-ver com respostas atrasadas em, pelo menos, um dia para seus questionamentos, quanto ao caixa da empresa, volume de vendas, despesas diversas. Ou então dispor de um supervisor de loja, como o que conheci há alguns meses, que ligava para cada uma das nove lojas, no domingo, às 22:30 horas, final de expediente, para saber sobre os resultados das ven-das do fim de semana, e, partir daí, disponibilizar as informações para a direção na segunda-feira, de manhã.

Parece exagero achar que apenas um dia de re-tardo nas informações atrapalham os negócios, mas a esse atraso some a estrutura necessária de pessoal da matriz para preparar e enviar/receber arquivos, fora o pessoal de cada loja, que quer se preocupar apenas em vender, mas tem que preparar a movimentação de arquivos. Atualmente, a forma mais rápida e segura para a administração de uma rede de lojas é a utiliza-ção de um sistema de automação comercial que traba-lhe em tempo real, otimizando o tempo de empresários e empregados.

Um ambiente on-line permite às empresas adminis-trar suas compras e vendas de forma totalmente in-tegrada. Com esta forma de uso, a matriz e todas as filiais ficam conectadas 24 horas, ininterruptamente, o que possibilita que os dados sejam gravados direta-mente no servidor, permitindo assim as seguintes van-tagens:

- Chegada de mercadorias nas filiais;- Controle dos caixas e das vendas de cada filial pela

matriz;- Transferências de mercadorias entre; - Consultas da disponibilidade de mercadorias nas

filiais, e- Controle centralizado da concessão de crédito a

clientes;No ambiente on-line, cada compra é lançada no ser-

vidor central, e seu limite de crédito é atualizado ime-diatamente. Além disso, a matriz pode configurar res-trições de crédito para todas as lojas seguirem.

INTE

RN

ETPlanejamento de recursos empresariais

para redes de lojas é a melhor opção

*Armando Machado é analista de Sistemas e administrador de empresas, formado pela PUC-RJ e ex-assessor técnico estadual da [email protected]

Armando Machado, executivo da Mistral Sistemas de Informática*

Integração de controles e sistemas reduz custos operacionais

Page 22: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA20

No mundo moderno e globalizado de hoje que acirra a concorrência e onde cada vez mais tempo é dinheiro, não se admite mais ficar parado. Utilizar todas as ferramentas que a tecnologia nos oferece a fim de nos mantermos em sinto-nia com o que acontece no mercado tornou-se necessidade básica para o sucesso e mesmo para a própria sobrevivên-cia dos negócios. A ideia de que isso tem um custo alto e somente as grandes empresas têm condições para tanto já é coisa do passado. No mundo atual, as mudanças são tão rápidas quanto ao desenvolvimento da tecnologia. O que ontem era caro, hoje pode ser ofertado a preços bem mais em conta.

Portanto, saber o que os clientes pensam de sua empre-sa, dos serviços que ela oferece, as chances de sucesso de um negócio ou de um produto que se pretende lançar, ou ainda, disponibilizar de um serviço de atendimento para os clientes ou, simplesmente, mostrar-se interessado em saber se está precisando de algo que você possa ofertar, são hoje necessidades imprescindíveis que ajudam a empresa a cres-cer e agradam em cheio a clientela.

Serviços como esses que até há pouco tempo demanda-vam tempo e dinheiro, atualmente podem ser adquiridos de forma bem simples, com a contratação de um produto prático, rápido, seguro, eficiente e de baixo custo oferecido pelo CDLRio: o Contact Center. Dotado de toda infraestru-tura necessária para realizar com eficiência esse trabalho através de um sistema próprio desenvolvido pelos técnicos da própria entidade, o Contact Center tem como principal diferencial a capacidade de se moldar às necessidades de cada cliente.

- Desenvolvemos um sistema que sempre teve como foco principal a preocupação com o cliente. Ou seja, ao contrá-rio dos serviços que existem por aí nesta área, estritamente técnicos e frios, oferecemos um tratamento totalmente per-

sonalizado, “humanizado”, pois nos adequamos às necessi-dades de cada cliente. Graças a esse sistema desenvolvido aqui dentro do CDLRio, podemos oferecer esse diferencial – exalta Rogério Lenga de Goldberg, gestor do Contact Center.

DIVERSIFICAÇÃOAtravés do Contact Center vários serviços podem ser rea-

lizados de maneira prática e econômica, como por exemplo, o serviço de cobrança, bastante procurado por empresas dos mais variados segmentos.

- Algumas empresas contratam escritórios especializa-dos ou advogados para fazer este tipo de serviço e os re-sultados não são muito satisfatórios. Aqui, no Contact Cen-ter, desenvolvemos um sistema para esta finalidade, com pessoal altamente treinado que visa não apenas a recupera-ção do crédito como também trazer de volta aqueles bons clientes que se tornaram inadimplentes por circunstâncias ocasionais. Além disso, o serviço é pago através de uma porcentagem do montante que for recuperado. Ou seja, o cliente não tem qualquer despesa extra e paga com pequena parte do dinheiro que recebe e que na maioria das vezes já contava como perdido – explica Hélio Freire de Andrade, gerente de Telecomunicações do CDLRio.

O sucesso e confiabilidade do Contact Center podem ser constatados pelo quilate das empresas para as quais são prestados serviços como Light, Embratel, Claro, Oi e Hon-da. Mas isso não significa que pequena empresa não possa contratar os serviços. Visando exatamente atender a todas as empresas, o Contact Center foi desenvolvido buscando minimizar ao máximo o seu custo final, já que foi criado por pessoas familiarizadas com importantes ramos de negócios e sabem que as necessidades e objetivos básicos de uma empresa, independente do tamanho, são semelhantes.

Além de estar preparado para atender a qualquer seg-mento de negócios que venha de encontro às necessidades de cada cliente, o Contact Center pode ser contratado até para aferição de audiências de programas de televisão, pes-quisas das mais diversas, inclusive de cunho político, ates-tar a satisfação dos clientes, entre outras finalidades.

- O mais importante nisso tudo é que o cliente pode optar por receber relatórios do serviço contratado a qualquer mo-mento, até de hora em hora ou minuto em minuto, e ainda ter acesso a todas as ligações feitas (que são gravadas) ou acompanhar em tempo real, de onde estiver, o trabalho rea-lizado pelos operadores - completa Rogério, com aprovação total do gerente de telecomunicações, Hélio Freire.

Empresas interessadas em contratar os serviços ou obter mais informações sobre o Contact Center do CDLRio, basta ligar para (21) 2506.1294 ou (21) 2506.1261 falar com Julia ou Laila.

Contact Center comserviços personalizados

MARKETING

“Nosso sistema sempre teve como foco principal a preocupação com o cliente.”

Rogério Lenga de Goldeberg e Helio Freire de Andrade.

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Empresário LOJISTA 21janeiro 2010

NO

TAS

Festa de confraternização do CDLRio O CDLRio promoveu no dia 15 de dezembro,

o tradicional almoço de confraternização de final de ano. Colaboradores, diretores e conselheiros da entidade compareceram ao evento. Diretores e executivos do Sindilojas-Rio foram convidados do almoço.

Na ocasião, o presidente Aldo Gonçalves apre-sentou resumo das realizações conquistadas pelo CDLRio e Sindilojas-Rio ao longo de 2009 e agradeceu a dedicação e o apoio de todos. Após o almoço houve sorteios com troca de presentes.

- O ano de 2009 não deixou de brilhar para o comércio. Aqui no Rio de Janeiro houve o cres-cimento do total das pessoas ocupadas com emprego formal no comércio. Provavelmente é fruto dos bons movimentos. Na condição de legí-timos representantes dos segmentos lojistas do Rio nos empenhamos para lograr êxito na defesa de diversos interesses do comércio. Fortalece-mos mais ainda os relacionamentos do CDLRio e do Sindilojas-Rio com todos os poderes públi-cos, civis e militares, e em várias áreas federal, estadual e municipal – destacou em seu discurso, Aldo Gonçalves.

Page 24: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA22

Alexandre Lima,advogado do CDLRio.

Direito Autoral de Sonorização

em Ambiente Comercial

Hotéis, motéis, restaurantes, lanchonetes, bares, boates, butiques. Esta é a informação fornecida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Não impor-ta qual o segmento do estabelecimento comercial: se transmite obra musical para entreter a clientela, deve pagar direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O STJ vem entendendo dessa forma em diversos julgados, tanto que já editou súmula sobre a matéria desde 1992.

A Súmula n. 63/STJ determina: “são devidos direitos autorais pela retrans-missão radiofônica de músicas em estabelecimentos comerciais”. Vários são os julgamentos que corroboram esse entendimento.

Antes de 1990, contudo, a Terceira e a Quarta Turmas divergiam quanto à matéria. De um lado, a Terceira Tur-ma considerava que a sonorização em ambientes comerciais só acarretaria pagamento de direitos autorais se oca-sionasse lucro direto ao comercian-te. A conclusão seguiu orientação do ministro Waldemar Zveiter, segundo a qual “se a música é elemento subs-tancial, atrativo para a captação de clientela, a cobrança é procedente;

se é apenas executada como forma de entreteni-mento, sem que isso importe especificamente na exploração da atividade-fim do estabelecimento, a cobrança desses direitos se afigura uma demasia”. Vários ministros entendiam nessa linha, a exemplo

dos ministros Nilson Naves e Gueiros Leite. Em outro caso, o ministro Fontes de Alencar

afastou a cobrança em relação a uma sapataria no julgamento de um recurso do qual era relator. Para ele, o ramo da empresa era vender sapatos e bol-sas, e não executar músicas. “A música não se des-taca como uma atração própria, por conseguinte não há obrigatoriedade do recolhimento dos direi-tos autorais ao Ecad”, afirmou.

Ainda que esse entendimento prevalecesse na-quele colegiado, alguns ministros divergiam. Os ministros Cláudio Santos e Eduardo Ribeiro vota-ram pela cobrança. Para Cláudio Santos, o fato de o afluxo de pessoas, fregueses ou lucro aumentar ou não seria irrelevante: quando a lei fala de lucro indireto, não fala no que pode ser mensurado, mas da vantagem potencial, de um lucro que aquela música podia trazer ao ambiente.

Lucro indireto

Eduardo Ribeiro defendia que, ao transmitir a música em seu estabelecimento, o comerciante está se aproveitando do talento do artista para am-pliar seus lucros. O ministro foi mais longe: se o empresário cobra pelo espetáculo ou se os restau-rantes exigem couvert artístico, há lucro direto. Se a música é ambiental, visando tornar o local mais agradável, o lucro é indireto. Para ele, o objetivo do comerciante é aumentar a clientela.

A Quarta Turma, por unanimidade, era favorá-vel à cobrança. O ministro Barros Monteiro defen-dia que o uso da música era para, não só tornar o

DIREITO

“se a música

é elemento

substancial,

atrativo para

a captação

de clientela,

a cobrança é

procedente”

Page 25: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 23janeiro 2010

ambiente mais agradável, mas captar clientela. O ministro Bueno de Souza afirmou que o fato de a empresa radiofônica já ter pago ao Ecad não autori-zava ao usuário do aparelho receptor difundir, em iniciativa diversa da mera recepção, o som recebido para, a partir daí, tirar algum proveito.

Aí começava a se delinear a unificação da juris-prudência sobre o tema, que ocorreu no julgamen-to de embargos de divergência do recurso especial apreciado pela Terceira Turma. O ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira foi o relator e definiu: a uti-lização de música em estabelecimento comercial captada de emissoras de rádio se sujeita ao paga-mento dos direitos autorais.

A súmula foi pensada e editada sem fazer exce-ções à obrigação. Ainda assim, estabelecimentos comerciais da área de alimentação insistiam na tese de isenção. Em 1997, um hotel do Rio de Janeiro tentava convencer que não deveria pagar direitos autorais ao Ecad pela transmissão radiofônica no restaurante e na área de lazer, O relator, ministro Carlos Alberto Menezes Direito, aplicou ao caso a então recente Súmula n°. 63, determinando o paga-mento.

A rede de lanchonetes McDonald’s também já buscou se eximir da obrigação. A empresa defen-dia que a música no estabelecimento era irrelevan-te para a consecução de suas atividades uma vez que não fornece música, mas sim alimentos. O McDonald’s alegou que uma empresa do porte dela, uma das maiores redes de fast food do mundo, não obtém lucro por meio de eventual transmissão de música, mas sim pela venda de refeições rápidas.

A Quarta Turma, seguindo o voto do ministro Al-dir Passarinho Junior, manteve a obrigação com o Ecad já garantida pela Justiça estadual: “qualquer casa comercial que use um fundo musical em suas dependências objetiva aumentar o fluxo de fregue-ses, proporcionarem-lhes entretenimento, estender

o tempo de permanência no estabelecimento, tor-nar o ambiente mais agradável e confortável, in-clusive para os próprios funcionários, que têm me-lhores condições de trabalho e, consequentemente, ampliar os lucros”.

Mais recentemente, a ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, destacou que, a partir de 1998, a legislação passou a conter o que o STJ já vinha decidindo há quase uma década. A Lei n. 9.610/98 – que alterou, atualizou e consolidou a legislação sobre direitos autorais – não considera mais rele-vante aferir lucro direto ou indireto pela exibição de obra, mas tão somente a circunstância de se ter promovido sua exibição pública em local de frequ-ência coletiva.

A ministra era relatora do recurso interposto pelo Ecad contra uma churrascaria e concluiu ain-da: O mesmo raciocínio, portanto, deve ser esten-dido a restaurantes, já que nenhuma peculiarida-de justificaria tratamento diferenciado para essas hipóteses.

E não importa se essa transmissão é feita na área interna do estabelecimento para que sejam garan-tidos os direitos autorais. O ministro Sálvio de Fi-gueiredo assegura: as casas comerciais que propi-ciam música aos seus fregueses ficam obrigadas ao pagamento independentemente se a transmissão se dá “seja nas áreas comuns, seja em conferên-cias, congressos, restaurantes, torneios esportivos e outros”.

Em outra ocasião, o ministro Passarinho reiterou essa avaliação: a sonorização ambiental nas áreas comuns do hotel, caso do bar e restaurante nele existentes, enseja o pagamento de direitos autorais.

O entendimento do STJ sobre a transmissão mu-sical pelo comerciante em seu estabelecimento pode ser resumido em uma frase do ministro Edu-ardo Ribeiro: “Não há mal que o faça, mas é justo que pague por isso”.

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Page 26: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA24

SUCESSOS

Empresário do setor de navegação, o engenheiro Alberto do Amaral Osório Filho passou parte de sua vida contabili-zando os lucros de sua empresa – uma companhia que pres-tava serviços à Petrobras. Em 1997, no entanto, resolveu dar novo rumo em sua atividade profissional e começou a ajudar a esposa, Célia Almeida, a montar uma loja para vender as peças de tricô que ela fabricava e que já faziam grande sucesso entre o público jovem. Naquela época, a produção era vendida pela filha Roberta e algumas amigas da PUC, faculdade onde estudavam. Só que Roberta, forma-da em Direito, com especialização em moda na Inglaterra, e hoje coordenadora de estilo da grife, além do próprio Al-berto e Célia, não tinham noção de como os produtos Ma-ria Filó já eram conhecidos e tão bem aceitos no mercado. Desse modo, a primeira loja aberta, em novembro de 1997, na galeria 2000, em Ipanema, ultrapassou todas as expec-tativas. A meta era vender R$ 15 mil, porém, vendeu R$ 60 mil e R$ 75 mil no mês seguinte, esvaziando todo o estoque.

- Até então não tínhamos idéia da penetração que a mar-ca já havia alcançado. Abrimos em novembro e em meados de dezembro não tínhamos mais produtos. Não imaginá-vamos nunca que isso iria acontecer. Embora hoje esteja à frente da empresa, reconheço que todo esse sucesso da Maria Filó, desde o seu início até os dias atuais, deve-se ao talento, a criatividade e ao bom gosto da Célia. Ela é o DNA da empresa – diz com orgulho Alberto.

Administrando a grife com “olho clínico” de quem enten-de bastante de negócios, Alberto garante que o sucesso da Maria Filó sempre esteve presente. Ele recorda que tão logo a marca ingressou no varejo, começaram a surgir as pro-postas para entrar no mercado internacional. Representan-tes de redes de lojas de moda dos Estados Unidos e Europa insistiram em comprar as peças criadas e produzidas pela grife brasileira. Porém, estrategicamente, Alberto preferiu não arriscar sob pena de comprometer a confiança con-quistada pela clientela.

- As nossas peças chamavam a atenção por serem lindís-simas, com uma perfeição impressionante nos acabamen-tos, mas eram confeccionadas de forma artesanal. E para produzirmos visando o mercado externo não poderíamos produzi-las da maneira como eram feitas. Teríamos que

industrializar a produção e isso iria, com certeza, compro-meter a qualidade de todo o nosso trabalho. Por isso, prefe-rimos ficar de fora e garantir o mesmo padrão que oferece-mos até hoje a nossa clientela – explica Alberto.

ACOMPANHANDO AS TENDÊNCIAS Quando a moda tricô terminou, por volta de 2005,

a Maria Filó já estava totalmente estruturada e com seu foco definido: vestir a mulher moderna e ao mesmo tem-po romântica, na faixa dos 25 a 30 anos, de modo que as mais jovens que gostam de parecer mais velhas e as mais maduras, que gostam de parecer mais joviais, também pudessem usar as roupas da grife, sem nenhum constran-gimento.

- A Maria Filó no início trabalhava apenas com a parte superior do vestuário e acessórios. Depois entramos com o jeans e malha e, mais tarde, passamos a oferecer saias e calças compridas. Alcançamos, assim, o objetivo que alme-jávamos, isto é, vestir a mulher por inteiro e para qualquer momento do dia-a-dia. E é por isso que estamos entrando agora na linha praia e, em muito em breve estaremos na linha de festas, com vestidos mais apropriados para ocasi-ões mais formais. Mas tudo isso está sendo feito de modo planejado, estudado, com muita pesquisa a fim de identi-ficar o perfil da mulher que queremos atender com peças criativas, de bom gosto e bem elaboradas – detalha o em-presário.

Mas quem pensa que a grife Maria Filó já está satis-feita com todo esse sucesso alcançado em apenas 12 anos de existência, está muito enganado. Para 2010, os planos da empresa são de expandir ainda mais, fazendo sua es-tréia no norte do País com inaugurações de lojas em Be-lém, Manaus, além de Florianópolis, João Pessoa, Maceió e, finalmente, Aracaju – terra de Célia, onde ela aprendeu os segredos do sucesso das confecções artesanais, criati-vas e perfeitas nos detalhes e acabamentos que caracteri-zam a região e fizeram com que o público exigente, acos-tumado aos nomes estrangeiros se encantasse com uma grife genuinamente brasileira, tanto no nome quanto nos produtos.

A empresa Maria Filó: que sabe acompanhar seu sucesso

É quase impossível acreditar que o

surgimento de uma das grifes mais

importantes do varejo brasileiro aconteceu

meio por acaso e sem maiores pretensões.

Mas foi justamente assim que teve início

a história de sucesso da grife de moda

feminina Maria Filó, hoje uma rede com 35

lojas espalhadas pelas principais capitais

do Brasil, sendo 20 próprias e 15 franquias,

além de mais de 300 pontos de vendas.

Empresário Alberto do Amaral Osório Filho

Page 27: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 25janeiro 2010

VAREJO

A empresa Maria Filó: que sabe acompanhar seu sucesso

Page 28: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA26

LEIS

E D

ECRE

TOS LEGISLAÇÕES EM VIGOR

REVITALIZAÇÃO DA ZONA POR-TUÁRIA – Modifica o Plano Dire-tor, autoriza o Poder Executivo a instituir a Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio e dá outras providências. Lei Compl. nº 101, de 23.11.2009 (DOM de 24.11.2009).

REVITALIZAÇÃO DA ZONA POR-TUÁRIA – Cria a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Re-gião do Porto do Rio de Janeiro-CDURP e dá outras providências. Lei Compl. nº 102, de 23.11.2009 (DOM de 24.11.2009).

ICMS – CADASTRO GERAL DE CONTRIBUINTES – Altera a Reso-lução SEF nº 2.861/97, que esta-belece normas de cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro-CAD-ICMS, e dá outras providências. Res. SEFAZ nº 248, de 09.11.2009 (DOE de 13.11.2009).

ICMS - CODIN – Aprova o mode-lo de termo de acordo a que se refere o artigo 2º-C do Decre-to nº 36.449/2004. Res. SEFAZ nº 251, de 24.11.2009 (DOE de 25.11.2009).

ICMS – CRÉDITO PRESUMIDO – Aprova o modelo de termo de acordo a que se refere o artigo 9º-C do Decreto nº 33.891/2003. Res. SEFAZ nº 252, de 24.11.2009 (DOE de 25.11.2009).

IPI – MÓVEIS - Altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006. Dec. nº 7.016, de 26.11.2009 (DOU, de 27.11.2009).

IPI – REDUÇÃO - Altera os Ane-xos V e VII do Decreto no 6.890, de 29 de junho de 2009. Dec. nº 7.017, de 26.11.2009 (DOU de 27.11.2009).

SIMPLES NACIONAL – Altera a Resolução SEFAZ nº 122/08, que dispõe sobre o indeferimento da opção pelo Simples Nacional.

Res. SEFAZ nº 253, de 24.11.2009 (DOE de 26.11.2009).

ECF – Atualiza o anexo à Resolu-ção SEFAZ nº 37/2007, que rela-ciona os Equipamentos Emissores de Cupom Fiscal (ECF) aprovados para uso fiscal. Port. ST nº 612, de 11.11.2009 (DOE de 13.11.2009).

ARRECADAÇÃO MUNICIPAL – Dis-põe sobre a obrigatoriedade da implantação de código de barras nos Documentos de Arrecadação de Receitas Municipais – DARM/Rio emitidos por esta Prefeitura. Res. SMF nº 2.595, de 04.11.2009 (DOM de 06.11.2009).

PARCELAMENTO DE DÉBITO – Al-tera a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6, de 22 de julho de 2009, que dispõe sobre pagamento e parcelamento de débitos junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e à Secretaria da Receita Federal do Brasil, de que tratam os arts. 1º a 13 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Port.-Conj. nº 10, de 05.11.2009 (DOU de 09.11.2009).

PARCELAMENTO DE DÉBITO – Dis-põe sobre o limite para concessão de parcelamento sem exigência de garantia, no âmbito da Procu-radoria-Geral da Fazenda Nacio-nal, nas condições que especifi-ca. Port. nº 520, de 03.11.2009 (DOU de 04.11.2009).

PARCELAMENTO DE DÉBITO – Dis-pões sobre as informações acerca do deferimento do requerimento dos parcelamentos de que tratam os arts. 1º a 13 da Lei nº 11.941, de 27.5.09. Port. Conj. nº 13, de 19.11.2009 (DOU de 20.11.2009).

TRIBUTAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outras entidades ou fundos, administra-das pela Secretaria da Receita Fe-deral do Brasil (RFB). Inst. Norm. nº 971, de 13.11.2009 (DOU de 17.11.2009).

ESTITUÍÇÃO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS - Altera a Instrução Normativa RFB nº 900, de 30 de dezembro de 2008, que disciplina a restituição e a com-pensação de quantias recolhidas a título de tributo administrado pela Secretaria da Receita Fe-deral do Brasil, a restituição e a compensação de outras receitas da União arrecadadas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) ou Guia da Previdência Social (GPS), o res-sarcimento e a compensação de créditos do Imposto sobre Pro-dutos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social (Co-fins), o reembolso de salário-fa-mília e salário-maternidade e dá outras providências. Inst. Norm. nº 973, de 27.11.2009 (DOU de 30.11.2009).

RESTITUIÇÃO DO SEGURO-DESEMPREGO – Dispõe sobre a restituição de parcelas do be-nefício Seguro-Desemprego, in-clusive mediante compensação. Res. 619, de 05.11.2009 (DOU de 09.11.2009).

DCTF – Dispõe sobre o prazo para entrega da Declaração de Débitos Tributários Federais-DCTF e do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais-DACON, na situação que especifica. Ato Decl. Exec. nº 90, de 11.11.2009 (DOU de 12.11.2009).

DCTF – Dispõe sobre a Declara-ção de Débitos e Créditos Tribu-tários Federais DCTF. Inst. Norm. nº 974, de 27.11.2009 (DOU de 30.11.2009).

LEI ANTIFUMO – Regulamenta a Lei nº 5.517, de 17.8.2009, que proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachim-bos ou de qualquer outro pro-duto fumígeno, derivado ou não do tabaco, na forma que especifica, e cria ambientes de uso coletivo livres de tabaco e dá outras providências. Dec. nº

42.121, de 16.11.2009 (DOE de 17.11.2009).

LEGISLAÇÕES EM TRAMITAÇÃO

NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA:

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSU-MIDOR EM BRAILLE – Obriga os estabelecimento comerciais situ-ados no Estado do Rio de Janeiro a possuírem em local acessível aos consumidores deficientes vi-suais o Código de Defesa do Con-sumidor em Braille. Proj. de Lei nº 2.705/2009 (DOE, Poder Legisla-tivo, de 11.11.2009). Autor: Dep. Fabio Silva.

CASSAÇÃO DE INSCRIÇÃO DO ICMS – Dispõe sobre a cassação da eficácia do ICMS, nos casos que menciona. Proj. de Lei nº 2.728/2009 (DOE, Poder Legisla-tivo, de 25.11.2009). Autor: Dep. Domingos Brazão.

PRAZO DE REPARO NA GARANTIA – Fixa prazo para reparo de ele-trodomésticos, em garantia.

Projeto de Lei nº 2.719/2009 (DOE, Poder Legislativo, de 19.11.2009) Autor: Dep. Cidinha Campos.

ENTREGA DE MERCADORIA COM HORA PRÉ-ESTABELECIDA – Dis-põe sobre a obrigatoriedade de fixação de aviso informativo nos termos que segue. Projeto de Lei nº 2.718/2009 (DOE, Poder Legis-lativo, de 19.11.2009) Autor: Dep. Cidinha Campos.

ESTACIONAMENTO – Dispõe so-bre a cobrança da taxa de estacio-namento por shopping centers. Proj. de Lei nº 2.743/2009 (DOE, Poder Legislativo, de 27.11.2009) Autor: Dep. Átila Nunes.

ESTACIONAMENTO – Dispõe so-bre medidas adotadas nos es-tacionamentos. Proj. de Lei nº 2.720/2009 (DOE, Poder Legisla-tivo, de 19.11.2009) Autor: Dep. Cidinha Campos.

O Centro de Estudos do CDLRio acompanha a legislação da União, do Estado do Rio de Janeiro e da cidade do Rio. Os textos das legis-lações mencionadas poderão ser solicitados, sem ônus, ao Centro de Estudos do CDLRio através dos telefones 2506.1234 e 2506 1254.

Page 29: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 27janeiro 2010

MOVIMENTO DE CHEQUES

GRÁFICOS DE CHEQUES - CDLRIO

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

-1,6%

%

CONSULTASGRÁFICOS DE CHEQUES - CDLRIO

+1,1%

+4,9%

-5,4%

-0,3%

+1,2%

+2,8%

+5,3%

+4,6%

-7,2%

+1,6%

NOVEMBRO DE 2009

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

+1,4%

%

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

Inadimplência de cheques do mês comparadas ao mesmo mês do ano anterior

+2,9%

+4,4%

+1,2%

+1,6%

+2,9%

+1,8%

+2,2%

+1,6%

+1,1%

+1,8%

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ%

+4,4%

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

Dívidas de cheques quitadas do mês comparadas ao mesmo mês do ano anterior

+6,8%

+3,7%

+2,3%

+3,9%

+3,5%

+2,7%

+1,9%

+1,3%

+3,1%

+4,2%

Segundo o registro de cadastro do LIG Che-que do CDLRio, as consultas ao LIG Cheque em novembro em relação ao mesmo mês de 2008, cresceram 1,6%, a inadimplência 1,1% e as dívidas quitadas 4,2%.

No acumulado dos 11 meses do ano (janei-ro/novembro) em comparação ao mesmo pe-ríodo do ano passado, as consultas, a inadim-plência e as dívidas quitadas aumentaram, respectivamente, 0,6%, 2,1% e 3,4%.

Melhora o movimento de cheques

NOVEMBRO DE 2009 EM RELAÇÃO A OUTUBRO DE 2009

Acumulada PercentualCONSULTAS +15,6%

INADIMPLÊNCIA +1,5%

DÍVIDAS QUITADAS +18,0%

NOVEMBRO DE 2009 EM RELAÇÃO A NOVEMBRO DE 2008

PercentualCONSULTAS +1,6%

INADIMPLÊNCIA +1,1%

DÍVIDAS QUITADAS +4,2%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

NOV/09 - DEZ/08 PercentualCONSULTAS +0,5%

INADIMPLÊNCIA +2,1%

DÍVIDAS QUITADAS +3,6%

JAN. A NOV. DE 2009 EM RELAÇÃO A JAN. A NOV. DE 2008

PercentualCONSULTAS +0,6%

INADIMPLÊNCIA +2,1%

DÍVIDAS QUITADAS +3,4%

Procura por informações referentes aosprodutos do CDLRio?

Quer conhecer produtos que possam auxiliar na otimização da análise de crédito?

Então entre em contato com a Central de Relacionamento, atendimento Help Desk do CDLRio, no telefone

(21) 2506-5533, de segunda a sábado de 8:30 às 21h.

TERMÔ

METRO

DE VEN

DAS

Page 30: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA28

Caso sua empresa se interesse

em participar desta estatística, contate o

Centro de Estudos pelo telefone

(21) 2506.1234 e 2506.1254 ou

e-mail: [email protected].

Pesquisa do Centro de Estudos do CDLRio mos-tra que foi o melhor desempenho do ano e o séti-mo mês de aumento consecutivo.

Influenciadas pelas compras antecipadas do Natal as vendas do comércio lojista da Cidade do Rio aumentaram 16,2% em novembro, em compa-ração com o mesmo mês de 2008. Foi o melhor desempenho do ano e o sétimo mês de aumento consecutivo. Em relação a outubro de 2008 houve um crescimento de 5,4%. Os dados são da pesqui-sa Termômetro de Vendas divulgadas mensalmen-te pelo Centro de Estudos do CDLRio, que abran-ge cerca de 750 estabelecimentos comerciais da Cidade. No acumulado de janeiro/novembro, as vendas aumentaram 4,2% em relação ao ano pas-sado

Nos ramos de atividades, o Ramo Duro (bens duráveis) aumentou 17% (liderado pelas vendas de móveis com mais 19,3%, eletrodomésticos com 17,2%, jóias com 2,1% e óticas com 1,4%), e o Ramo Mole (bens não duráveis) cresceu 14% (com desta-que para confecções e moda infantil com 16,2%, tecidos 7,1% e calçados com 6,4%). A venda a pra-zo com 18,7% foi a modalidade mais utilizada, se-guida dos pagamentos à vista com 14,2%.

Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçal-ves, novembro teve o melhor desempenho do ano e foi o sétimo mês consecutivo de resultado posi-tivo. “Outro fator positivo a ser destacado é que as boas vendas de novembro foram influenciadas pelas compras antecipadas do Natal. Além disso, o acumulado dos 11 meses do ano indica que te-remos o fechamento do ano com números signifi-cativos”, explica Aldo.

A pesquisa mostrou também que, em novem-bro, conforme a localização dos estabelecimen-tos, o Ramo Mole (bens não duráveis) apresentou índice positivo de 16,7% nas vendas realizadas nas lojas da Zona Norte, seguidos pela Zona Sul com 13,9% e pelo Centro com 7,7%. No Ramo Duro (bens duráveis) a Zona Sul esteve em melhor posi-ção com 24,5%, seguida pelo Centro com 24,1% e pela Zona Norte com 13,9%.

Vendas do comércio do Rio cresceram 16,2% em novembro

TERM

ÔM

ETRO

DE

VEN

DAS

NOVEMBRO 2009 / NOVEMBRO 2008

NOVEMBRO/09 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +16,2% +14,2% +18,7%

RAMO MOLE +14,0% +9,2% +22,2%

RAMO DURO +17,0% +16,1% +17,7%

NOVEMBRO 2009 / NOVEMBRO 2008

Ramo Mole Ramo Duro

Confecções +16,2% Eletro +17,2%

Calçados +6,4% Móveis +19,3%

Tecidos +7,1% Jóias +2,1%

Óticas +1,4%

BARÔMETRO: MÊS CORRENTE / MÊS ANTERIOR DO MESMO ANO

NOV 09 / OUT 09 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +5,4% +2,3% +8,3%

RAMO MOLE +2,1% – 3,8% +8,4%

RAMO DURO +6,6% +4,7% +8,2%

NOVEMBRO 2009 / NOVEMBRO 2008 - Localização

Localização Ramo Mole Ramo Duro

CENTRO +7,7% +24,1%

NORTE +16,7% +13,9%

SUL +13,9% +24,5%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS DOZE MESES (NOV/09 - DEZ/08)

V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +8,7% +5,8% +6,4%

RAMO MOLE +8,0% +8,3% +10,2%

RAMO DURO +4,6% +4,7% +5,0%

ACUMULADA DO ANO JAN-NOV 2009 / JAN-NOV 2008

JAN-NOV 2009 V. Real Vendas à vista Vendas a prazo

MÉDIA GERAL +4,2% +4,4% +4,5%

RAMO MOLE +4,9% +4,9% +6,6%

RAMO DURO +4,0% +4,1% +3,9%

Page 31: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 29janeiro 2010

O comércio da cidade do Rio de Janeiro está comemorando o crescimento de 9,6% das dívi-das quitadas em novembro em relação ao mes-mo mês do ano passado. Isso mostra que o con-sumidor recuperou o crédito para as compras do Natal, que, segundo os lojistas, deve regis-trar um crescimento nas vendas 10% superior ao de 2008.

Os dados do registro do Serviço de Proteção ao Crédito do CDL-Rio, revelam também que em novembro, a inadimplência cresceu 0,2% e as consultas (item que indica o movimento do comércio) aumentaram 1,2%.

No acumulado dos 11 meses do ano (janeiro/novembro), as dívidas quitadas e a inadimplên-cia cresceram, respectivamente, 1,8% e 2,4%, e as consultas diminuíram 6,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Movimento do Serviço de Proteção ao Crédito - CDLRIO

GRÁFICOS CDLRIO

Consumidores quitam dívidas em busca

do crédito para o Natal

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ-1,1%

%

CONSULTAS DO SPC

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

GRÁFICOS DE SPC - CDLRIONOVEMBRO DE 2009

-3,8%

-7,1%

-10,3%-10,7%

-12,9%

-8,3%

-7,7% -5,9%

-2,5%

+1,2%

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

+2,5%

%

NOVAS INCLUSÕES - INADIMPLÊNCIA

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

São os registros incluídos no cadastro do SPC naquelemês em comparação ao mesmo mês do ano anterior

+3,9%

+4,1%

+2,0%+2,1%

+6,5%

+2,6%

+1,2%

+0,6%

+0,2%

+0,7%

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ%

CANCELAMENTOS - DÍVIDAS QUITADAS

+0,7%

FONTE: TERMÔMETRO DE VENDAS CDLRIO

São os registros incluídos no cadastro do SPC naquelemês em comparação ao mesmo mês do ano anterior

+2,0%

-4,8%

-1,6%

+0,6% +1,7%

+3,4%

+1,7%

+1,0%

+4,8%

+9,6%

TERMÔ

METRO

DE VEN

DAS

NOVEMBRO DE 2009 EM RELAÇÃO A OUTUBRO DE 2008

PercentualCONSULTAS – 1,3%

INADIMPLÊNCIA +14,6%

DÍVIDAS QUITADAS +0,6%

NOVEMBRO DE 2009 EM RELAÇÃO A NOVEMBRO DE 2008

PercentualCONSULTAS +1,2%

INADIMPLÊNCIA +0,2%

DÍVIDAS QUITADAS +9,6%

ACUMULADA DOS ÚLTIMOS 12 MESES

NOV/09 - DEZ/08 PercentualCONSULTAS – 5,6%

INADIMPLÊNCIA +2,4%

DÍVIDAS QUITADAS +1,8%

JAN. A NOV. DE 2009 EM RELAÇÃO A JAN. A NOV. DE 2008

PercentualCONSULTAS – 6,4%

INADIMPLÊNCIA +2,4%

DÍVIDAS QUITADAS +1,8%

Page 32: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA30

> GIA/ICMS - 02/2010

Último número da raizdo CNPJ do estabelecimento

Prazo-limite de entregareferente ao mês 01/2010

1 11/02

2 12/02

3, 4, 5, 6 e 7 17/02

8 18/02

9 19/02

0 19/02

Obrigações dos lojistas para fevereiro/2010

02/02- DCT

Imediatamente após a admissão de funcionário não cadastrado no PIS, preencher o DCT, apresentando-o à CEF, para efetuar o cadastramento.

03/02 – ISS

Recolhimento do imposto referente ao mês anterior, para empresas com faturamento médio mensal igual ou superior a R$ 874.867,67 (grupo 1)

03/02 – ICMS

Pagamento do imposto pelos contri-buintes relacionados no anexo úni-co do Decreto nº 31.235/2002, refe-rente à apuração do mês anterior.

05/02 – FGTS

Efetuar o depósito correspondente ao mês anterior.

05/02 – CAGED

Cadastro de Empregados. Remeter via Internet através do programa ACI, informando sobre admissões, desligamentos e transferências de funcionários ocorridos no mês an-terior.

*05/02 – DACON – Mensal

Prazo de entrega do Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) referente ao mês de dezembro/2009. *Até a data de publicação não foi estipulado prazo de entrega para esta declaração pela RFB 05/02 – ISS

Recolhimento referente ao mês anterior pelos contribuintes submetidos ao regime de apuração mensal, por serviços prestados, retenção de terceiros ou substituição tributária (inclusive, empresas localizadas

fora do município, e sociedades uniprofissionais e pessoas físicas e equiparadas a empresa), exceto os que tenham prazo específico (grupo 2). 12/02 – ICMS

Empresas varejistas e atacadistas devem efetuar o recolhimento do tributo apurado relativamente ao mês anterior.

12/02 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocor-ridos na 2ª quinzena do mês de outubro/2009 (Retenção de contri-buições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL ).

19/02– IR/FONTE

Referente a fatos geradores ocorridos no mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

**19/02 – INSS

Recolher a contribuição previden-ciária referente ao mês anterior *(Prorrogado o prazo para o dia 20 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

23/02 – SUPER SIMPLES/ SIMPLES NACIONAL

Pagamento do DAS referente ao período de apuração do mês ante-rior (dezembro/2009 - A partir do período de apuração março/2009, o vencimento passa a ser dia 20 do mês subsequente, prorrogando-se para o dia útil subsequente quando naquele dia não houver expediente bancário).

25/02 - COFINS

Recolher 3% sobre a receita do mês

anterior, exceto as empresas tribu-tadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada no DOU em 17/11/08).

25/02 - COFINS

Recolher 7,6% para empresas tribu-tadas no lucro real. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

25/02 - PIS

Recolher 0,65% sobre as operações do mês anterior. *(Prorrogado o prazo para o dia 25 pela Medida Provisória nº 447 publicada do DOU em 17/11/08).

27/02 - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL EMPREGADOS

Efetuar o desconto de 1/30 do salário dos empregados para recolhimento a favor do sindicato profissional, dos admitidos em débito com a obrigação. 27/02 – PIS, COFINS, CSLL

Referente a fatos geradores ocor-ridos na 1ª quinzena de novem-bro/2009. (Retenção de contri-buições – pagamentos de PJ a PJ de direito privado (Cofins, PIS/Pasep, CSLL).

27/02 – IR/PJ

Empresas devem efetuar o recolhi-mento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês ante-rior.

27/02 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Empresas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado, devem efetuar o recolhimento do tributo incidente sobre o período de apuração do mês anterior.

ÍND

ICES

> SALÁRIO FAMÍLIA - a partir de 1º de fevereiro de 2009

Remuneração Valor da Quota - R$

Até R$ 500,40 25,66

De R$ 500,41 até R$ 752,12 18,08

Acima de R$ 752,12 Sem direito

Este benefício é pago por filho de qualquer condição ou a ele equiparado, até 14 anos, ou inválidado com qualquer idade. A Previdência reembolsa as empresas

> Calendário de IPTU 2010

Final de Inscrição 1ª Cotaou à vista

0 e 1 05/02

2 e 3 05/02

4 e 5 05/02

6 e 7 08/02

8 e 9 08/02

Page 33: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA 31janeiro 2010

ÍND

ICES

> ALÍQUOTAS DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física para o exercício de 2010.

Base de Cáculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a Deduzir do

imposto em R$

Até 1.499,15 - -

De 1.499,16 a R$ 2.246,75 7,5 112,43

De 2.246,76 a R$ 2.995,70 15 280,94

De 2.995,71a R$ 3.743,19 22,5 505,62

Acima de R$ 3.743,19 27,5 692,78

Ano-calendário Quantia a deduzir, por dependente, em R$

2010 150,00

> Tabela de contribuição dos segurados: empregado, empregado doméstico e trabalha-dor avulso, para pagamento de remuneração até 31 de janeiro de 2010

Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

Até 965,67 8,00

De 965,68 até 1.609,45 9,00

De 1.609,46 até 3.218,90 11,00

Com o advento da Medida Provisória nº 83 de 12/12/2002 e a conversão desta, na Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003, bem como da Instrução Normativa nº 87 de 27/03/2003, FICA EXTINTA a escala de salários-base, a partir da competência ABRIL de 2003, sendo aplicável apenas para pagamentos de contribuição em atraso.

A partir da competência abril/2007, para os segurados contribuinte individual e facultativo o valor da contribuição deverá ser de 11% para quem recebe até um salário mínimo e de 20% para quem recebe acima do salário-base (mínimo), caso não preste serviço a empresa(s), que poderá va12/01ite mínimo ao limite máximo do salário de contribuição (LC 123, de 14/12/2006).

> Tabela de contribuição para segurados contribuinte individual e facultativo para pagamento de remuneração a partir até 31 de janeiro de 2010.

Plano Simplificado de Previdência Social (PSP)Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento

ao INSS (%)

465,00 (valor mínimo)* 11

De 465,01 (valor mínimo) até 3.218,90(valor máximo) 20

*No caso de contribuinte individual que trabalha por conta própria (antigo autô-nomo), sem relação de trabalho com empresa ou equiparada.

> PISOS SALARIAIS

Salário Mínimo Nacional R$ 510,00

Pisos Regionais do Estado do Rio (Lei 5357, de 13.12.08)Faixa 1 (trabalhadores do setor agrícola) R$ 553,31

Faixa 2 (domésticas, serventes...) R$ 581,88

Faixa 3 (serviços adm., operação de máquinas...) R$ 603,31

Faixa 4 (construção civil, despachantes, garçons...) R$ 624,73Faixa 5 (encanadores, soldadores, chapeadores...) R$ 646,12Faixa 6 (frentistas, profissionais de call center...) R$ 665,77

Faixa 7 (serviços de contabilidade e nível técnico) R$ 782,93

Faixa 8 (docentes de 1º grau 40 horas e técnicos) R$ 1.081,54

Faixa 9 (advogados e contadores) R$ 1.484,58

Obs. Os empregados que têm piso salarial definido em Lei Federal, convenção ou acordo coletivo ficam excluídos dos efeitos da Lei dos Pisos Salariais no Estado do Rio de Janeiro, como ocorre com os comerciários do Rio..

SIMPLES NACIONAL PERCENTUAISAPLICADOS

Enquadramento

Receita Bruta Acumulada nos12 meses anteriores

(R$)

ANEX

O I

Com

érci

o

ANEX

O II

Indú

stria

ANEX

O II

ISe

rviç

o (I)

ANEX

O IV

Serv

iço

(II)

ANEX

O V

Serv

iço

(III)

Microempresa Até R$ 120.000,00 4,00% 4,50% 6,00% 4,50% 4,00%

De R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00 5,47% 5,97% 8,21% 6,54% 4,48%

De R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 6,84% 7,34% 10,26% 7,70% 4,96%

De R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 7,54% 8,04% 11,31% 8,49% 5,44%

De R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 7,60% 8,10% 11,40% 8,97% 5,92%

De R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 8,28% 8,78% 12,42% 9,78% 6,40%

De R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 8,36% 8,86% 12,54% 10,26% 6,88%

De R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 8,45% 8,95% 12,68% 10,76% 7,36%

De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 9,03% 9,53% 13,55% 11,51% 7,84%

De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00 9,12% 9,62% 13,68% 12,00% 8,32%

Empresa de Pequeno

Porte

De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00 9,95% 10,45% 14,93% 12,80% 8,80%

De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00 10,04% 10,54% 15,06% 13,25% 9,28%

De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00 10,13% 10,63% 15,20% 13,70% 9,76%

De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00 10,23% 10,73% 15,35% 14,15% 10,24%

De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00 10,32% 10,82% 15,48% 14,60% 10,72%

De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00 11,23% 11,73% 16,85% 15,05% 11,20%

De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00 11,32% 11,82% 16,98% 15,50% 11,68%

De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00 11,42% 11,92% 17,13% 15,95% 12,16%

De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00 11,51% 12,01% 17,27% 16,40% 12,64%

De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00 11,61% 12,11% 17,42% 16,85% 13,50%

Ref.: Lei Complementar n° 123/2006

> PISOS E BENEFÍCIOS DOS COMERCIÁRIOS DO RIO

Contrato de experiência (máximo: 90 dias) R$ 470,00

Pisos Salariais: 1ª faixa 2ª faixa

R$ 513,00R$ 525,00

Operador de Telemarketing R$ 530,00

Garantia mínima de comissionista R$ 590,00

Ajuda de custo a comissionista R$ 23,00

Quebra da caixa R$ 26,00

Refeições aos sábados: Lanche, após 14:30h R$ 8,50

Jantar, após 18:30h R$ 8,50

Obs 1 . As empresas que efetuarem o pagamento das refeições (lanche ou jantar) em espécie poderão descontar R$ 0,50 do salário dos empregados;Obs 2 . Nos meses de maio há o reajuste dos pisos salariais dos comerciários do Rio;

> Calendário de vencimentoso IPVA/2010

Finais de

Placa

Pagamento antecipado com desconto de 10% ou 1ª parcela

Vencimento Integral sem desconto ou 2ª parcela 3ª parcela

0 12/01 11/02 16/03

1 14/01 23/02 30/03

2 19/01 26/02 07/04

3 28/01 04/03 08/04

4 04/02 09/03 14/04

5 09/02 17/03 22/04

6 24/02 24/03 27/04

7 25/02 01/04 04/05

8 03/03 06/04 06/05

9 11/03 13/04 18/05

OBS.: Para pagar o imposto, o contribuinte deve imprimir a guia de recolhimento, disponível no site da Secretaria de Fazenda (www.fazenda.rj.gov.br), mediante a digitação do número do RENAVAM, ou nos terminais de consulta de qualquer agência do Banco Itaú, autorizada a receber os pagamentos do impos-to. Os contribuintes que preferirem fazer o pagamento parcelado deverão proceder da mesma maneira para imprimir a guia de recolhimento de cada parcela.

Page 34: Revista Empresário Lojista - Jan/2010

Empresário LOJISTA32

Mauro Osorio da Silva,economista, doutor em Planejamento Urbano e Regional e consultor do CDLRio

A economia brasileira vence a hiperinflação a partir de 1994, mantendo, no entanto, pífias taxas de crescimento econômico desde os anos 1980. A partir de 2004, alia-do à continuidade da estabilidade monetária, passamos a apresentar um crescimento bem maior, dobrando, por exemplo, o número de empregos formais criados no País anualmente. Apresentamos, também, uma melhoria re-distributiva de renda, ampliando a capacidade de consu-mo das classes C, D e E.

Entre 1995 e 2009, o poder de compra do salário míni-mo no País amplia-se. No correr do período, o gasto esti-mado em alimentação, por quem ganha um salário míni-mo, cai de em torno de 89% da renda para 45% da renda.

Isso gera novas perspectivas para o comércio. Na cida-de do Rio amplia-se a capacidade de consumo, principal-mente em regiões como a Norte, Suburbana e Oeste.

Após a crise internacional de outubro de 2008, as pers-pectivas para o País em 2010 são positivas, estimando-se um crescimento do PIB brasileiro entre 5% e 6%.

No ano de 2010 faz 50 anos que o Rio deixou de ser a Capital do Brasil. No correr desse período, apresentamos

o menor dinamismo econô-mico entre todas as capitais brasileiras. Mas as perspec-tivas para a segunda década do século XXI são auspicio-sas. Sediaremos, em 2011, os Jogos Mundiais Militares; em 2016, as Olimpíadas, e em 2014 teremos importan-te participação na Copa do Mundo.

Além disso, a descoberta recente do pré-sal traz boa perspectiva de desenvolvi-

mento da cadeia vinculada ao petróleo e gás, grande parte dela situada na cidade do Rio e na Região Metropolitana do Rio.

Acreditamos que a conquista da sede das Olimpíadas ocorreu pela articulação entre as esferas federal, estadu-al e municipal de governo, apontando segurança para os investimentos necessários. Além disso, ajudou à imagem externa da cidade do Rio, que até hoje é a principal refe-rência brasileira no exterior.

Visando consolidar as perspectivas positivas, enten-demos que, em primeiro lugar, é necessário colocar as Olimpíadas a serviço da Cidade, e não o inverso, realizan-do um planejamento de investimento em infraestrutura urbana que contemple todas as regiões da cidade, prin-cipalmente aquelas já infraestruturadas, mas com algum nível de degradação. Os melhores exemplos de estratégia de cidade, com base nas Olimpíadas, são Barcelona e Lon-dres, com a revitalização de áreas degradadas.

No atual momento, a Prefeitura do Rio apresenta um bem estruturado projeto de revitalização da zona Portu-ária da Cidade. Entendemos que deveria haver uma nego-ciação com as autoridades olímpicas, levando uma parce-la do evento para essa região, diminuindo a centralidade da Barra da Tijuca.

No caso do complexo vinculado ao petróleo e gás, é importante que o setor público, a sociedade civil e as entidades empresariais realizem uma estratégia de apro-veitamento máximo de suas potencialidades, seguindo exemplos como o de Houston e o da Noruega.

Entendemos que a sociedade civil carioca deve buscar criar, em 2010, um forte ambiente de debate, que permita desenhar estratégias visando consolidar uma superação de nossa trajetória nas últimas décadas e gerar o máximo possível de benefício social dentro das perspectivas no horizonte.

OPINIÃO

Na cidade do Rio

amplia-se

a capacidade

de consumo,

principalmente em

regiões como a Norte,

Suburbana e Oeste

Perspectivas para a economia e

o comércio carioca

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Empresário LOJISTA 33janeiro 2010

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Empresário LOJISTA34