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SomosRevista nº4 Escola Secundária do Castêlo da Maia Junho 2011 E S C M - a n o s s a e s c o l a : p a s s a d o , p r e s e n t e e f u t u r o

Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

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Revista da Escola Secundária Castêlo da Maia

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Mai

aJu

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2011

“ESCM - a nossa escola:passado, presente e futuro”

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02

Caríssimos leitores,

O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização desta edição da “Somos Revista”, desejamos sinceramente que

o resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos nesta segunda edição de 2011 e que continuemos sempre a

merecer o vosso apoio e colaboração.

Endereçamos um agradecimento especial à gráfica “Acesso” sem a qual não poderiamos apresentar este produto final, com a

qualidade que todos merecemos.

A equipa “SomosRevista”

editorial

03

aconteceu

04

palavras à solta

36

fora de portas...

38

vale a pena

42

pontos de vista

56

SomosRevista investigou 62

sabias que...

44

galeria

54

Page 3: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 03

editorial

Desta vez a SomosRevista é temática, incidindo sobre a escola

que fomos, que somos e o que vamos ser! A ideia surgiu do facto

de vermos dia a dia o, ainda actual, edifício da nossa escola

esbater-se, tendo já visto “desaparecer” o antigo bloco D e o

bloco E, que já começa a moldar-se a uma nova imagem. É

claro que o nosso sentimento se reveste de um misto de saudade

e esperança! A primeira, porque tentamos, a todo o custo,

recordar todos os bons momentos que estes espaços físicos

trazem à nossa memória e principalmente toda a dinâmica

que o auditório trouxe à nossa escola, com enfoque nos nossos

alunos; de esperança, na medida em que o futuro nunca se

constrói ignorando o passado, e isso permite-nos projectar no

futuro uma escola em que o ambiente saudável entre colegas,

funcionários, alunos e pais ainda continua a ser a nossa “imagem

de marca”.

Escrevo este editorial no dia em que acabei de escutar, um a

um, cada digníssimo professor desta escola, com quem troquei

alegrias, angústias e perplexidades. Com todos, sem qualquer

excepção, aprendi sempre qualquer coisa, e acima de tudo a

sentir o pulsar de cada um, esforçando-me por ver a escola com

o olhar de cada um. Confesso que hesitei bastante antes de

dar este passo, que penso ser inédito na organização escolar,

por “temer” a reacção dos professores; mas, chegada ao fim,

não tenho qualquer dúvida de que foi talvez, a melhor iniciativa

que tive, nos já largos anos de experiência na direcção desta

escola. Foi um exercício deveras gratificante e enriquecedor, se

bem que extenuante. Percebi, acima de tudo que, cada um à

sua maneira, tem as suas razões, as suas motivações, e um sentir

construído com base em percepções que, confesso, algumas

nunca me tinham passado pela cabeça; fiquei com a certeza de

que, quando algo correr menos bem, a via do diálogo directo,

sem interlocutores e sem a distorção de terceiros, é a melhor

forma para o entendimento, para o esclarecimento, para o

debate aberto, de ideias diferentes e convicções emergentes.

Nós somos uma escola com pessoas extraordinárias; nós

vamos ter um edifício fantástico! Foram precisos 20 anos para

conseguirmos ter o nosso pavilhão gimnodesportivo, quase

uma miragem para quem está nesta escola desde que ela foi

inaugurada, e sempre a assistir a promessas goradas da sua

construção. Agradecemos ao Parque Escolar a sensibilidade

que teve ao ter percebido que sem o pavilhão nós ficaríamos

sempre amputados e vazios daquilo que mais ansiávamos, daí o

nosso agradecimento público nesta revista temática, dedicada

ao novo edifício. Para além de todos os espaços, que me

abstenho de comentar pois a sua descrição faz parte integrante

desta revista, deixo aqui uma nota de grande destaque e um

sentido agradecimento à Câmara Municipal da Maia por ter

cedido à escola o enorme terreno onde vai nascer o nosso

invejável jardim!

E porquê tudo isto agora? Simplesmente para vos dizer que o

novo e espantoso edifício com que o arquitecto Carvalho Araújo

nos brindou, só assumirá o seu pleno se nós, que cá trabalhamos,

estudamos e confiamos para ter cá os nossos filhos, soubermos

ocupar as novas instalações sem perder, um pouco que seja, do

nosso “edifício humano”. O desafio que nos espera não é fácil

pois trata-se de sermos nós a impregnar cada futuro espaço,

cada esquina do novo edifício com a nossa dedicação, a

nossa alma, o nosso carisma! Se não o fizermos, então todo este

esforço e toda esta dispendiosa “nova roupagem” terá sido em

vão!

Nós temos orgulho no que Fomos;

Não permitimos que ninguém interfira no que Somos;

Nós recusamo-nos a deixar, quem quer que seja, a interferir no

que Queremos continuar a Ser!

Um bem haja a todos que cá trabalham e estudam e a quem

tornou possível este novo e fantástico edifício escolar.

Directora Paula Romão

Impregnar o novo edifício escolar com o nosso carisma é o nosso grande desafio!

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Aventura, povos exóticos, costumes estranhos, naufrágios,

piratas… isto e muito mais foi o que os alunos que no passado dia

30 de Março se deslocaram ao auditório da Junta de Freguesia

de Santa Maria puderam “viver”. A convite da professora Rita

Gonçalves, o Comandante do navio-escola Sagres, Capitão-

de-Fragata Pedro Proença Mendes, deslocou-se até ao Castêlo

para partilhar com os alunos da nossa escola alguns dos

episódios vividos na viagem de circum-navegação que este

navio realizou de 19 de Janeiro a 24 de Dezembro de 2010.

Depois de apresentar o “seu” navio, o comandante descreveu

os motivos que levaram à realização de tão longa viagem, não

muito habitual num navio que se destina, essencialmente, à

formação dos novos oficiais da marinha portuguesa. O Sagres é

uma barca com casco de aço que, para além da navegação

à vela, pode também navegar com a ajuda de propulsão

mecânica. Para além de navio-escola, o Sagres é regularmente

utilizado como “embaixador” do nosso país e da marinha

portuguesa.

Começou, depois, a aventura! Viajámos a bordo do Sagres até

Salvador, no Brasil, e daí até Mar de Plata (Argentina), onde o

Sagres integrou o Encontro “Velas Sudamerica 2010”. Soubemos

que o Concordia, o navio canadiano que nos acompanhava

desde o Brasil, tinha naufragado devido a uma terrível

tempestade a que o nosso tinha escapado graças à perícia e

experiência dos nossos oficiais.

Daqui, continuámos a viajar para sul, contornámos o Cabo

Horn e, depois de várias paragens, aportámos a São Diego

(EUA), para participar nas comemorações do Dia de Portugal

e receber os cadetes portugueses que farão a sua formação

habitual de três meses no mar.

Rumámos a oeste e, depois de uma paragem na paradisíaca

Honolulu, chegámos a Tóquio (Japão) para representar Portugal

nas Cerimónias Comemorativas dos 150 anos do Tratado de

Paz, Amizade e

Comércio entre

o nosso país e

o Japão. Nesta

paragem, gostámos especialmente de ouvir as histórias da

princesa imperial Takamado e de saber que os portugueses,

e especialmente os seus narizes, são muito apreciados pelos

japoneses, que nos consideram um povo muito bonito!

Após mais algumas paragens chegámos a Shangai (China),

onde acompanhamos a guarnição à Expo 2010 e, em seguida,

aportámos a Macau (China), onde desembarcaram os cadetes

que, entretanto, tinham terminado o seu treino de mar.

E iniciámos a nossa viagem de regresso. Parámos na Indonésia,

Tailândia, Malásia, Índia – mais especificamente em Goa -, Egipto

e Argélia. Atravessámos o Índico e, em especial a área do Golfo

de Aden, sem termos contacto com os piratas. Os últimos dias

foram terríveis! Ventos fortes e mar alteroso dificultaram a nossa

viagem e fizeram atrasar um dia a chegada do navio a Lisboa.

Mas cá estamos, entre a massa humana e barcos de recreio

que nos vieram receber, na manhã de 24 de Dezembro…

E muito mais haveria para contar mas o tempo previsto estava

a chegar ao fim. Houve ainda tempo para oferecer algumas

lembranças ao comandante, entre as quais se salienta um

desenho do Sagres feito pela aluna Ana Pais, e para receber as

que o comandante gentilmente nos ofertou.

Ficam a vontade e a promessa de visitar este navio e conhecer,

in loco, alguns dos espaços que pisámos e ocupámos ao longo

destes cerca de 90 minutos de “viagem”.

Por fim, um agradecimento à Junta de Freguesia de Santa Maria,

na pessoa do seu presidente, Sr. Hamilton Prata, pela cedência

do Auditório para esta actividade.

O Navio-Escola Sagres no Castêlo da Maia

Professora Emília Cabral

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SomosRevista 05

Ainda os dias estavam frios e cinzentos quando o pavilhão A da nossa

escola foi literalmente invadido por árvores e mais árvores de todas as

cores e feitios! Eram o magnífico resultado dos trabalhos produzidos pelos

alunos nas aulas de Educação Visual, com merecido destaque para os

cartazes alusivos ao Dia Mundial da Árvore (elaborados por alunos do 8º

ano) que, como todos nós sabemos, no hemisfério Norte, se comemora

a 21 de Março em simultâneo com o Dia Mundial da Floresta e com a

chegada da Primavera.

Resta dizer que, numa era marcada por relevantes alterações climáticas

e por inúmeras catástrofes naturais, esta exposição teve como objectivo

alertar para a necessidade de proteger e preservar a natureza e, em

particular, a “árvore” que é o pulmão de todos nós.

Parabéns a todos os alunos pelo trabalho realizado!

Professoras de Educação Visual

Árvores e mais árvores

FEIRA, (evento que tem lugar em local público, onde, em

dias e épocas fixas se expõem e vendem mercadorias. Pode

ser ainda uma exposição ou um parque de diversões.!!!) DAS

OPORTUNIDADES (no Marketing existe quando a empresa

pode lucrar ao atender às necessidades dos consumidores

de um determinado segmento. A simples concorrência não

constitui uma vantagem competitiva, ou seja, a empresa de

melhor desempenho será aquela que gerar o maior valor para

o cliente e que sustentar esse valor ao longo tempo.!!!) Como

vamos tendo alguma diversão na escola, acabamos por tentar

expor e vender a nossa mercadoria, o bem mais valioso que

contamos ter, espelhado na oferta educativa, o conhecimento,

e as melhores metodologias, para o partilhar com sucesso. Só

com a participação de todos foi possível manter, e perdoem-

me o parêntese pois adequado a uma feira o substantivo que

apetece utilizar é barraca, talvez dito em Inglês “stand” já

disfarçasse ou mesmo em Castelhano, “tienda” suavizasse e

espelhasse melhor o espaço privilegiado que nos foi atribuído,

bem equipado, e que, como dizia, permaneceu aberto

ininterruptamente, das 14 às 23 horas dos dias 12, 13, 14 de

Maio, no Parque Central da Maia. Só com o valoroso potencial

humano característico na população escolar, foi possível

superar o desafio, de coincidir nos dias 12 e 13 com outras

actividades escolares. No cumprimento dos objectivos foi sendo

disponibilizada informação aos visitantes, em vários suportes,

papel, multimédia com projecção, e transmissão oral, onde

os professores e/ou formadores conseguiram efectivamente

interagir com o público e passar a mensagem, revelando, cada

um à sua medida, um excelente desempenho no cumprimento

da função. A evidência é as pré-inscrições recolhidas, de

intencionalidades, nomeadamente para a frequência do curso

profissional de técnico de restauração variante de cozinha-

pastelaria. Contamos ainda com a presença de turmas dos

cursos profissionais, a quem deixamos o nosso agradecimento,

expondo um pouco do seu trabalho, nomeadamente utilização

de software em rede, coloração de flores utilizando corantes

alimentares, e processamento de manteiga. Contamos ainda

com a presença de professores do departamento de línguas

que, juntamente com alguns alunos, trouxeram a animação

ao palco da Feira. Mais tarde, no stand, divulgaram a língua

francesa e adoçaram a boca dos visitantes com uns crepes

deliciosos.

Resta agradecer a todos aqueles que com a sua presença e

dinamismo contribuíram para o sucesso deste evento.

Professores Eleutério Silva e Manuela Vale

Feira das Oportunidades

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aconteceu

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TestemunhosAli poderá haver concursos mas não há

competição!

Rapidamente passamos de um estado

de PÂNICO, quando vemos aquele

monte de peças e pecinhas...para um

estado de realização total, aos poucos e

poucos, vai nascendo das nossas próprias

mãos um Robot! Montado, soldado, e

programado por nós!!!! Nunca pensei!!!!

Naqueles 3 dias, nada mais existe, apenas

Robótica! Um ambiente fantástico!

Adoramos e contamos repetir para o

próximo ano!

RoboParty®

Participação dos alunos do 7 B, C e G da

ESCM no RoboParty®

Aitor Amorim, Ana Patrícia Dias, André

Moutinho, Inês Fernandes, Inês Soares,

Joana Santos, José Pedro Moreira, Maria

Inês, Marta Gil, Miguel Garcia, Pedro

Machado e Respectivos Encarregados

de Educação.O que é o RoboParty®?

RoboParty® (http://www.roboparty.org/) é um evento pedagógico e lúdico que reúne

equipas de quatro elementos (dos oito aos oitenta anos), que decorre no Complexo

Desportivo da Universidade do Minho (Guimarães) durante 3 dias/2 noites com o

objectivo de ensinar a construir robôs móveis autónomos, de uma forma simples e

divertida, com a supervisão de tutores qualificados (estudantes universitários do

Mestrado Integrado em Electrónica e Computadores).

Inicialmente é leccionado um pequeno curso com os primeiros passos em electrónica,

programação de robôs e construção mecânica. Depois, um kit robótico desenvolvido

pela empresa SAR (Soluções de Automação e Robótica) e pela Universidade do Minho

é fornecido a cada equipa para ser montado pelos participantes. O kit é entregue

em peças (Figura 1) e os participantes têm que montar a parte mecânica (colocar

rodas, motores, entre outros), montar a placa electrónica (soldar todos componentes,

resistências, condensadores, diodos) e finalmente programar o robô (linguagem

equivalente ao BASIC). No final, obtém-se o robô da Figura 2.

Figura 1 Componentes do kit robótico Figura 2 Robô Bot'n Roll One C

Em paralelo, realizam-se não só palestras científicas na área da robótica bem como actividades desportivas e lúdicas, como por

exemplo: concurso de remates futsal, torneio de xadrez, torneio de golfe, pólo aquático, orientação, torneio de ténis de mesa, tiro

com arco. Durante as duas noites do evento realizam-se sessões de cinema e/ou concertos musicais.

No último dia do evento realizam-se competições opcionais de robôs nomeadamente Prova de Perseguição (perseguição

de robôs num circuito pré-definido), Prova de Obstáculos (o robô entra num labirinto e terá que sair evitando os obstáculos no

caminho) e Prova de Dança. Esta última envolve a decoração do robô, a selecção de uma música e a programação do robô para

desempenhar uma determinada coreografia.

O evento é aberto ao público em geral para todos poderem ver, a partir da bancada, o ambiente Roboparty e as provas finais.

Este ano estiveram presentes três equipas da nossa Escola: equipa AZIS constituída por Aitor Amorim, Inês Fernandes José Pedro

Moreira e Maria Inês (Figura 3); a equipa ROBOMANIA constituída por André Moutinho, Miguel Garcia, Pedro Machado e Maria

Dores, encarregado de educação (Figura 4); e a equipa AS FREAKS constituída por Ana Patrícia Dias, Inês Soares, Joana Santos e

Marta Gil (Figura 5).

Filomena Soares - Representante dos Encarregados Educação do 7G

Figura 3 Equipa AZIS (da esquerda para a direita Inês Fernandes , Aitor Amorim, Maria Inês e José Pedro Moreira)

Figura 4 Equipa ROBOMANIA (da esquerda para a direita André Moutinho, Miguel Garcia, Pedro Machado e Maria Dores)

Figura 5 Equipa AS FREAKS (da esquerda para a direita Joana Santos, Marta Gil, Ana Patrícia Dias, Inês Soares)

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SomosRevista 07

Na disciplina de Área de Projecto, especificamente em “Comunicação, Eventos

e Empreendorismo”, três grupos aceitaram o desafio de viajar numa aventura pelo

empreendedorismo e participar num concurso («A Empresa») a nível regional, nacional

e internacional, promovido pela associação Junior Achievement Portugal, criando as

suas «mini» empresas. Dos três grupos em participação, as empresas Inbox Glasses-a.e

e Lusocortiça-a.e foram seleccionadas, de entre cerca de 80 empresas criadas no

Norte de Portugal, para participar na Feira Ilimitada, que decorreu no Norteshopping

no passado dia 18 de Março de 2011. Nesta feira, as (mini)-empresas divulgaram e

venderam o seu produto: uma caixa de óculos – Ecobox – (Inbox Glasses) e um estojo

em cortiça reversível (Lusocortiça).

Após uma avaliação exaustiva por parte de três jurados, Dra. Guilhermina Rego,

Vereadora do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara Municipal

do Porto, Dra. Sónia Melo, Técnica da Direcção de Serviços de Apoio Pedagógico

e Organização escolar da DREN e Dr. João Fonseca, Director do Norteshopping, foi

atribuído o prémio de Melhor Técnica de Vendas à mini-empresa Inbox Glasses.

Os nossos alunos estão de parabéns! Boa sorte para a final nacional!

Professora Sónia Sousa

Como muitos de vós já devem saber,

o nosso grupo, (Não) Estou Bem! está a

trabalhar o tema Distúrbios Psicológicos

– Depressão e Auto-mutilação. Como

tal, organizamos uma Semana de Apoio

e Sensibilização à auto-mutilação,

na semana de 28 de Fevereiro a 3 de

Março. Esta semana contou com várias

actividades: estimulação dos sentidos

e identificação da propensão para a

depressão, baseada no ambiente do dia-

a-dia; a distribuição de pulseiras laranja,

cor da psicologia e do laço da luta contra

a auto-mutilação; um debate acerca

da problemática “auto-mutilação nas

Escolas”; uma Sessão de Esclarecimento

de Dúvidas relativa à Depressão, em que

a Dra. Lídia Águeda tentou responder a

todas as dúvidas que foram colocadas

na caixa de dúvidas que colocamos até

ao final de Fevereiro no pavilhão E; e por

fim, a escrita num cartaz de tudo aquilo

que qualquer elemento da comunidade

escolar quisesse escrever.

Esta semana teve bastante adesão,

pelo que ficámos muito agradecidos

à comunidade escolar por nos auxiliar

neste projecto que tem como objectivo

a criação de alunos mais informados

relativamente a estas perturbações.

(Não) Estou Bem!

Grupo (Não) Estou Bem! - Miguel Oliveira, Francisca Viegas, Joana Martins 12C

Page 8: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

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08

No dia 3 de Fevereiro de 2011, as turmas do 8.º ano da nossa

escola realizaram uma visita de estudo à Casa do Infante e

ao Museu da Imprensa, no âmbito das disciplinas de História e

Língua Portuguesa.

Fomos divididos em dois grupos. Um deslocou-se ao Museu da

Imprensa e outro à Casa do Infante. Almoçámos todos juntos,

tendo por cenário a ribeira do Porto e um sol radioso de fim de

Inverno a anunciar uma Primavera escaldante.

Mas vamos à visita…

Na Casa do Infante, situada na zona da Ribeira do Porto,

percorremos as várias divisões do que terá sido o local do

nascimento desse infante, de nome Henrique, que se consagrou

como o grande impulsionador do projecto dos Descobrimentos

Portugueses. A Casa terá sido utilizada, também, como

Alfândega e Casa da Moeda. O Infante D. Henrique, filho do rei

D. João I, nasceu em 1394 e morreu em 1460. Ficou conhecido

como o Infante de Sagres ou o Navegador, pois instalou, em

Sagres, uma espécie de escola da cosmografia e navegação.

No Museu da Imprensa, situado perto da Ponte do Freixo, tivemos

a oportunidade de ver a exposição permanente «Memórias

Vivas da Imprensa». Realizámos uma pequena viagem no tempo

através dos equipamentos e peças gráficas que lá se encontram.

A exposição conta com verdadeiras relíquias e memórias

vivas da indústria gráfica. Composta por 160 peças, mostra a

evolução da imprensa desde Gutenberg até à actualidade.

No final, testámos a capacidade de algumas impressoras e

trouxemos os nossos textos manualmente impressos. Visitámos,

ainda, a exposição PortoCartoon 2010, com o título «Aviões e

Máquinas Voadoras». Havia cartoons para todos os gostos! Foi

uma animação e soltaram-se grandes gargalhadas!

No final, regressámos à escola com muitos mais conhecimentos

e com a certeza de um dia muito bem passado!

Professora Sandra Mota

Casa do Infante e Museu da Imprensa

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“Nos dias 28 e 29 de Abril e 4 de Maio, todos os alunos do 8ºano de escolaridade

foram em visita de estudo ao Complexo de Educação Ambiental da Quinta da Gruta, no âmbito das disciplinas de Ciências Naturais e

Ciências Físico-químicas. Os alunos tiveram a oportunidade de assistir a um vídeo

demonstrativo do funcionamento da ETA de Lever e foram sensibilizados para a

importância de preservar os recursos hídricos. Esta actividade incluiu ainda uma

saída de campo ao Almorode, ribeira do concelho da Maia com uma extensão

de cerca de 3 km, que nasce no Parque de São Pedro de Avioso e tem a sua

foz na freguesia de Santa Maria de Avioso, desaguando depois na ribeira do

Arquinho, o principal afluente do Rio Leça, na qual observaram e capturaram

alguns seres vivos típicos de zonas ripícolas.”

Pofessores Carla Madureira, Nuno Gomes, Nelson Honório e Licínia Pranto

Complexo de Educação Ambiental da Quinta da Gruta

Page 10: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

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Sexta-feira, 27 de Maio de 2011 - Hoje um designer veio à nossa Escola.

Os alunos do 9ºB ouviram Álvaro Montanha relatar a importância da

aplicação do design no dia-a-dia das pessoas.

O designer encantou os alunos com os seus desenhos e aguarelas em

papel e evidenciou que o uso do computador não surge sem antes existir

o risco no papel. Os alunos viram o seu trabalho, desde o simples esboço

feito num caderno de bolso ao produto final. Questionaram e expuseram

os seus medos e ansiedades, e receberam palavras de coragem “de

quem já por lá passou”. Antes de a campainha tocar, passou a ser um

suposto “Cliente” de 27 jovens designers, e conversou com os alunos sobre

o projecto de design que tinham realizado nas aulas – uma capa de CD de

música. Fez comentários e observações de quem sabe o que a sociedade

pretende de um designer, e levou-os a reflectir acerca de aspectos muito

importantes para um criativo que está condicionado aos desejos de um

cliente.

Quase não houve tempo para entregar uma lembrança a todos, uma

capa e um bloco para usarem como diário de bordo para que, no futuro,

alguns possam criar e a tornar os sonhos de hoje uma realidade.

Um forte agradecimento ao Designer Álvaro Montanha, pela sua

disponibilidade e amabilidade para com os nossos alunos.

Professora Célia Almeida

A mensagem que o designer Álvaro Montanha nos passou, ao fim de uns

memoráveis 90 minutos, foi a de vivermos o nosso sonho, seja ele qual for,

e nunca, nunca deixarmos de sonhar, pois é a sonhar que o homem voa.

Andreia Pimenta 9B

Hoje um designer veio à nossa Escola...

Page 11: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 11

O grupo de Geografia dinamizou algumas actividades

que integraram o Dia Cultural da nossa escola, ocorrido

a 13 de Maio. Desta forma, empreenderam contactos

que culminaram com a presença do Director do Curso

de Engenharia Geográfica da Faculdade de Ciências

da Universidade do Porto, Sr. Prof. Doutor José Alberto

Gonçalves. Apesar de não lhe ter sido possível trazer

a estação fotogramétrica, fez uma demonstração

das potencialidades da utilização do GPS no PDA. Os

alunos tiveram a oportunidade de se deslocar para

o espaço exterior da escola, colocando em prática

essas potencialidades. Foram ainda apresentadas as

principais áreas de estudo da engenharia geográfica

e respectivas aplicações. O grupo de Geografia

organizou igualmente uma actividade com curvímetros,

tendo os alunos executado várias tarefas nos mapas

disponíveis. Estes tiveram ainda a possibilidade de

utilizar puzzles e jogos geográficos variados, tendo

demonstrado entusiasmo pela aprendizagem das

temáticas relacionadas com esta disciplina.

Professoras de Geografia

GPS e não só!

Page 12: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

12

Quando a professora Fernanda Varela

nos convidou para fazer parte deste

projecto, nós aceitamos com entusiasmo.

O tema “Que Futuro para a Educação?”

era apelativo e fez com que nos

empenhássemos ainda mais!

Formamos uma lista constituída por 10

elementos com excelentes capacidades

oratórias e criamos três medidas com o

objectivo de melhorar o sistema educativo

português. Na sessão escolar, onde

recebemos a deputada à Assembleia

da República, Dra. Carla Barros, que

nos prestou esclarecimentos muito

úteis sobre questões de organização

e funcionamento dos órgãos de

soberania e dos aparelhos partidários,

mostrámos que tínhamos ideias sólidas,

bem argumentadas e isso reflectiu-se na

posterior eleição de três deputadas para

a sessão regional, Mónica Magalhães

12ºB, Ana Sofia Conceição e Marlene

Barbosa do 12ºE. Foi também eleita a

deputada Ana Luísa Azevedo do 12ºE

para presidir a mesa na Sessão Distrital.

A partir daí, começámos a preparar-nos

para a sessão distrital, aperfeiçoando

as nossas medidas e argumentos de

forma a representar melhor a nossa

escola. Entretanto, no Instituto Português

da Juventude, deu-se a eleição da

Presidente de Mesa para a Sessão Distrital

e ficamos muito orgulhosas quando

soubemos que tinha sido eleita a nossa

colega Ana Luísa Azevedo do 12º E.

Finalmente, chegou o dia 22 de Março,

dia da Sessão Distrital, que se passou

na Faculdade de Psicologia e Ciências

da Educação da Universidade do

Porto. Apresentámos as nossas medidas

e defendemo-las de forma vigorosa,

conhecemos alunos de muitas escolas

do Distrito do Porto, tivemos contacto

com um deputado à Assembleia da

República, o Governador Civil do Porto,

um representante da Direcção Regional

de Educação do Norte e da Câmara

Municipal do Porto e ainda o Presidente

do Instituto Português da Juventude, mas

acima de tudo, representámos a nossa

escola.

No final do dia, o balanço foi

extremamente positivo, pois como

deputados, conseguimos fazer passar

uma das nossas medidas para ser

proposta na sessão nacional e a nossa

colega Ana Luísa presidiu a mesa com

um desempenho excelente, sendo ainda

de salientar que só não foi à Sessão

Nacional por impedimento de ordem

pessoal.

Em suma, foi uma experiência

enriquecedora que nos fez sentir

orgulhosas da nossa participação e

esforço. Agradecemos, também, o

empenho da Coordenadora do Projecto

Dra. Fernanda Varela que foi o pilar

essencial para a nossa motivação e

entusiasmo.

Ana Sofia Conceição 12E; Ana Luísa

Azevedo 12E; Marlene Barbosa 12E;

Mónica Magalhães 12B

“Parlamento dos Jovens” - Sessão Distrital

Rilhadas, Fafe

No dia 30 de Abril, 49 alunos do 7º ano desafiaram a

chuva e partiram para um dia de Aventura no Complexo

Turístico de Rilhadas (Fafe), acompanhados pelo

Professor de Moral, Joaquim Anjos e pela Professora Rita

Gonçalves. Foi um momento de experiências fortes,

de diversão, de cooperação e superação de medos e

obstáculos, de contacto com a Natureza de partilha de

Valores, de Amizade… em liberdade.

Professor Joaquim Anjos, EMRC

EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA EM MOVIMENTO

Ana Luísa Azevedo - Presidente da Mesa

à Sessão Distrital

Page 13: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 13

“O dia foi recheado de inúmeras actividades:

começámos por nos apresentarmos através

de jogos, de seguida fizemos uma caça ao

tesouro, seguindo pistas muito divertidas e

depois saltámos nos insufláveis. Após uma longa

caminhada, seguiu-se o trajecto bem radical das

pontes de corda. A seguir ao almoço, jogámos

futebol e voleibol. Foi super divertido!”

Mariana Pereira e Sara Andrade 7E

Page 14: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

14

Encontro Diocesano de EMRC, Porto

No dia 20 de Maio, 210 alunos da nossa escola juntaram-se a cerca de 15 mil alunos de outras escolas da Diocese do

Porto, no nono Encontro Diocesano de EMRC que decorreu no Parque da Cidade no Porto. O objectivo? Experienciar

e partilhar valores e o gosto comum pela disciplina. Um dia com muitas diversões, atracções artísticas, desporto,

música, dança e onde não faltou a presença e palavra do Sr. Bispo do Porto D. Manuel Clemente.

Parabéns a todos pela forma como vivenciaram este dia e dignificaram a disciplina e a nossa escola. Um obrigado

especial a todos os Professores (Anabela Teixeira, Carla Lopes, Cidália Sousa, José Nuno, Margarida Portela, Nelson

Honório, Alice Sousa, Maria João Almeida, Raquel Lopes, Judite Osório, Rosa Ferreira, Fátima Oliveira, Marta

Cavadas, Cátia Costa) e ao Sr. Pinto, que contribuíram com a sua presença, disponibilidade e diligência para

que este dia se tornasse inesquecível.

Professor Joaquim Anjos, EMRC

“No Parque da cidade, no Porto, pudemos desfrutar de várias actividades lúdicas, tais como insufláveis, tiro

ao alvo, futebol, a ainda a actuação no palco de participantes no “Portugal tem Talento” e da banda

de rap “MIND da Gap”. Um dia em cheio que proporcionou aos alunos da ESCM momentos de

descontracção, de muito divertimento e de vivência saudável da Amizade e dos Valores que

aprendemos no dia-a-dia. ADOREI!”

Alexandre Simões, 7F

“Foi um encontro muito interessante

porque pudemos conviver com

outros alunos, fazer novas amizades

e desfrutar de um dia maravilhoso. E

ainda sobrou um grande escaldão

para os mais distraídos!”

Rita, Diana, Ana 9C

Page 15: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 15

No passado dia 27 de Maio, os alunos do Curso Tecnológico de Desporto do 10ºJ realizaram, no âmbito da disciplina de Organização

e Desenvolvimento Desportivo, um seminário intitulado “Jovens – mente e corpo saudáveis”. Esta iniciativa, em parceria com a

disciplina de Inglês do 10ºH (Prof. Lurdes Lousada), teve lugar na cantina

e foi dirigida para os alunos do 10ºH e 10ºI. Contou com a participação

da Unidade de Saúde de Família – Viver Mais, do Centro de Saúde

do Castêlo da Maia, nas pessoas da Enfermeira Manuela Rodrigues

e das Doutoras Lúcia Torres e Joana Machado; com os Professores

Estagiários de Educação Física Ricardo Soares e Rui Ribeiro e com a

Professora de Filosofia, Diamantina Correia. As intervenções foram ao

encontro de quatro grandes temáticas: Educação Sexual, Educação

Alimentar, Importância da Actividade Física e os Afectos. Para além dos

palestrantes, este seminário teve a colaboração de entidades exteriores

à nossa escola que auxiliaram na organização do mesmo. Assim,

cooperaram connosco Tintas Titan, Banco Português de Investimento,

Sabonetes Castelbel e Florista do Rio.

O balanço foi muito positivo e, segundo a avaliação feita junto dos

alunos do 10º H e 10ºI, será uma actividade a repetir no próximo ano

lectivo.

A professora de Organização e Desenvolvimento Desportivo do 10J

Silvina Pais

“Jovens - mente e corpo saudáveis”

Page 16: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

16

Olha para o relógio. Vês, os ponteiros pedem-te que ouças uma

história. Esta será pois contada pelos velhotes Xavier e Amanda.

Como a lei amanda, a senhora é quem começa:

- Há muito, muito, muito tempo...

- Não foi assim há tanto.

- Olha, foi sim, dinossauro! Bem, numa terra distante...

- Não foi assim tão distante.

- Bem… Pronto, foi ali na aldeia do lado, onde as três escolas se

tocam. As crianças estavam de partida para uma viagem longa

e enfatigante.

- Não foi assim tão fatigante.

- Cala-te.

O velho cruzou os braços e calou-se.

O casal encontrava-se no alpendre de madeira, sentado em

cadeiras de baloiço. Duas crianças repousavam no chão

poeirento, ouvindo de olhos bem abertos a história que decorria.

O homem, de nome Xavier, quase calvo, com uma enorme

barriga da cerveja e carne de vitelo armazenada ao longo dos

anos, de pantufas calçadas, discutia permanentemente com a

sua mulher, Amanda. Esta, magra e flácida, sobressaía-se com

o seu sempre composto cabelo liso, longo e de um branco

brilhante e sentava-se direita que nem um fuso, atentando os

pássaros, enquanto continuava a história.

-Como estava a dizer - lançando um olhar de aviso ao marido,

para se manter calado – os miúdos da última das três escolas

reuniram-se naqueles veículos a que se dava o nome de

carreiras.

- Nunca mais me esquece, o porto no dia anterior tinha ganho!

Foi um tremendo barulho na carreira que ainda hoje me entoa

nos ouvidos...

- Não era assim tanto barulho – respondeu a Amanda, em tom

irónico.

- Eu só sei, - disse Xavier orgulhosamente - que estava um barulho

tremendo nas carreiras. Isso lembro-me eu! O que cantámos!....

Os vivas que gritámos enquanto a paisagem se desvanecia

Coimbra

Page 17: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 17

diante dos nossos olhos...

- Disso também eu me lembro! Fiquei sem voz no dia seguinte

devido às tentativas falhadas de vos fazer calar. Eu e o resto do

grupo.

Xavier riu-se sonoramente.

- Mas onde é que eu ia? Ah, sim, o trajecto… Os cânticos

continuaram até avistarmos a civilização que procurávamos:

Coimbra.

-Coimbra fica onde? – sussurrou uma das miúdas.

-Não sabes?! No Alentejo – respondeu o irmão, convicto.

O velho tirou o cachimbo do bolso e acendeu-o, enquanto

Amanda e os ouvintes aguardavam silenciosamente, pois toda

a gente sabia que era rude interrompê-lo quando acendia o

seu cachimbo. Deu duas baforadas e prosseguiu, franzindo

levemente os olhos num esforço de concentração:

- Coimbra era uma cidade e tanto. Velha como esta carcaça

que tenho sentada a meu lado, mas mesmo assim, dotada de

uma beleza única - os ouvintes riram-se enquanto Amanda

praguejava contra o marido, mas ainda assim distinguiu-se um

leve tom rosado nas suas bochechas marcadas pelo tempo. -

Acalma-te mulher! Céus!

-Ora essa! Agora continuo eu que tu não sabes contar histórias.

Ora, nós, catraios, visitámos a Universidade. Começámos, se

não me engano, pela capela de S. Jorge.

-S. Miguel mulher! E depois não posso ser eu a contar as coisas…

- Bem, capela de S. Miguel, exactamente – continuou, dirigindo

o olhar risonho aos netos – S. Xavier é que não poderia ser de

maneira alguma… Bem, essa tal capela, de estilo manuelino,

comprovado na nave central, foi onde o Padre António Vieira,

um senhor que até falava para os peixes, proferiu o sermão a

Santa Catarina, invocada como protectora dos Filósofos. Ah,

lembro-me muito bem é do órgão! Lindíssimo, um órgão barroco,

com figuras chinesas.

-O objectivo desta história não é pôr as crianças a dormir…

Agora continuo eu! De seguida, ou antes, ou depois disso,

sabem que a idade não perdoa, passámos por várias salas –

hesitou – A memória é uma coisa tramada… Ora, uma delas

foi a sala das armas, onde estão as alabardas da Guarda Real

Académica. Outras foram a sala amarela, repleta de retratos

dos reitores de caras carrancudas nas paredes forradas da

seda de cor amarela, pois claro, para lembrar a faculdade de

medicina; e a sala azul, que evoca a faculdade de ciências e

tecnologia. Olhem, pode ser que um dia vão para lá estudar.

-Faltou-te a sala dos capelos, onde os meninos se tornam

doutores!

-Sim, mas ainda não chegámos à melhor parte! - exclamou

Xavier, em êxtase - Logo depois da sala das armas, rumámos

direitinhos a uma enorme biblioteca com aproximadamente 283

anos! Tinha o nome de...

- Biblioteca Joanina, Xavier.

- Isso! Ora, a biblioteca tinha cerca de 200.000 exemplares, vejam

só! Cobertas de pó, claro, já que a maior parte data do século

XVI ou XVII ou até XVIII, mas um verdadeiro tesouro patriota. O

edifício era uma verdadeira caixa - forte, intocável pelo tempo

e protegia os livros contra as malandrices da temperatura e dos

bichos.

- Como? – perguntou uma das crianças.

- Hum… - hesitou o velho, olhando para a mulher.

- O ambiente era protegido e mantido estável com paredes

grossas e a porta feita de madeira teca, julgo eu, ajudado

também com a humidade natural daquele edifício. Ora, para os

bichos papirófagos, os que comem folhas de livros, arranjaram

duas soluções extremamente inteligentes. Construíram as

estantes com madeira de carvalho que, para além de ser muito

densa expele um odor acre para os invasores. Caso algum se

atreva a penetrar nessas defesas, existem os morcegos.

- Morcegos!? – exclamaram os pequenos.

- Sim, morcegos. Comem os bichos que restam e mantêm o local

desinfestado. Claro que depois é preciso alguém que limpe os

seus excrementos e que tape as madeiras preciosas com panos

de couro para que os cocós não as estraguem…

- Caramba, mulher. Nunca pensei que soubesses tanto.

- Ao contrário de alguns, eu estava com atenção na visita.

Xavier, atrapalhado, engasgou-se com o fumo do cachimbo.

Quando parou de tossir, o velho prosseguiu.

- Não me lembro onde fomos a seguir. Talvez almoçar? Sei

que foi numa cantina e que o prato tinha cenouras. Benditas

cenouras… - fez uma pausa silenciosa - Bem, o que me lembra

a seguir é de voltarmos àquele sol esturricante dos vidros das

carreiras, enquanto seguíamos caminhos para… hã… um

nome qualquer começado em Coimbra… Era Conímfo… Não,

Fucímbra… Coimbra! Não, essa era a cidade. Hã… Co..ním…

gra… Co… Co… Raios…Co…

O velho esforçava-se por relembrar o nome, com as veias

das têmporas bem salientes e os gaguejos cada vez mais

imperceptíveis. O nome não se revelava.

- Seria Conímbriga? – perguntou docemente Amanda.

- Conímbriga! Pois é! Amada Conímbriga!

Espetou um beijo nas bochechas da mulher, sendo esta que

agora corava violentamente com o fumo do cachimbo a

rodopiar em seu redor. Xavier nem reparou, continuando a

história com um entusiasmo crescente.

- Fomos a Conímbriga, umas ruínas da cidade que é agora

Coimbra, naturalmente. Foi feita na altura dos Romanos, muito

antes de este país ser um país! Era uma cidade relativamente

grande até ser construído um muro em torno de uma certa

parte da cidade, tornando-a mais pequena.

- Porquê? – inquiriram as pequenas vozes.

- Para os bárbaros não a conquistarem. – continuou Amanda

Page 18: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

18

- Claro que agora está tudo destruído, mas, acompanhados

de guias, visitámos as casas senhoriais com jardins interiores e

um corredor à sua volta que dava acesso a todas as divisões.

Algumas tinham retretes para os criados e símbolos de pedra no

chão, a representar os elementos, mitos e coisas assim.

- Fala-lhes do símbolo nazi.

- Ah, sim! Como irão estudar, pequenos, o Hitler, que matou

muitos Judeus na Guerra, tinha um símbolo, a cruz suástica,

que está no chão de uma sala, ou um quarto de uma dessas

casas ricas. Os guias disseram que era para contrariar o resto

do padrão do chão, pois, como eles achavam que apenas os

deuses podiam ser perfeitos, construíam tudo com um pequeno

defeito, invertendo uma dessas cruzes.

- Uau... – exclamaram as crianças. Mais tarde descobrimos que

apenas tinham assimilado o tema dos morcegos e o do símbolo

nazi, talvez devido a natureza de violência.

Os idosos continuavam, perdidos em memórias conjuntas da

infância, finalmente falando sem discutirem.

- Vimos também umas espécies de saunas, as termas, onde

as pessoas tomavam banho. Pelo que me lembro, apenas a

pessoas mais ricas tinham um cemitério e um local de bênção

nas propriedades. Grande parte das famílias tinha apenas o

espaço de um quarto de uma casa senhorial para viverem.

- Pois era, e depois de vermos tudo, ainda visitámos o pequeno

museu. Lembras-te do que disse o guia, Xavier? Que a maior

parte dos artefactos escavados eram recolocados no sítio onde

eram encontrados…

- …por falta de espaço, sim. Na altura também as escavações

estavam paradas. Dinheiro, julgo eu. Sempre o dinheiro.

- Sempre o dinheiro. – repetiu Amanda. – Mesmo assim vimos

aquelas coisinhas todas. Espadas, cerâmica, pedaços de caras

e colunas, um pé de pedra, objectos de bijutaria muito gastos,

até vimos uma maquete à escala do templo que vimos lá fora.

Coisa fantástica, digo-vos já.

- Lembras-te da cara? – perguntou Xavier

- Que cara?

– A cara desenhada num pedaço de parede vermelha… Pelo que

podemos ver, foi uma criança que a eternizou. Quem diria que

um simples desenho num dia longínquo e provavelmente umas

bordoadas no traseiro da criança perdurariam durante tanto

tempo…

- Realmente fascinante… Mas isso não quer dizer que

tenham permissão para andar a escrevinhar por tudo o

que é parede, ouviram? – exclamou a velha ao ver a troca

sugestiva de olhares entre as crianças. – Ouviram?

- Sim. – repetiram obedientemente. Está claro que, mais tarde,

fizeram exactamente o oposto.

- O que nos falta?

- Não sei… - Xavier trincava o cachimbo distraidamente

enquanto olhava para o carro da filha que subia a rua de terra.

– Acho que acabámos. Depois penso que regressámos à escola.

- Sim… Também acho que sim. Foi uma boa experiência.

O carro apitou.

- Apaga-me isso, Xavier, que raio de vício!

- Sim. – repetiram obedientemente. Está claro que, mais tarde,

fizeram exactamente o oposto.

- O que nos falta?

- Não sei… - Xavier trincava o cachimbo distraidamente

enquanto olhava para o carro da filha que subia a rua de terra.

– Acho que acabámos. Depois penso que regressámos à escola.

- Sim… Também acho que sim. Foi uma boa experiência.

O carro apitou.

- Apaga-me isso, Xavier, que raio de vício!

Anita Teixeira, Andreia Pimenta 9B

Page 19: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 19

Caros alunos,

Caros pais e famílias,

Caros funcionários,

Caros colegas,

Venho deixar-vos um testemunho que,

valendo o que vale, pretende fixar,

para memória futura, as vivências de

todos nós na partilha dos mais diversos

percursos que Área de Projecto de 12º

Ano (AP12) abriu a todos os nossos jovens

alunos finalistas do Ensino Secundário,

principalmente, desde a reestruturação

que esta área curricular sofreu na nossa

escola no ano lectivo de 2007/2008.

Independentemente dos projectos

levados a cabo, todos eles tão diferentes

entre si, importa salientar o valor

acrescentado do caminho que se foi

caminhando em AP12, na nossa escola

em particular, caminho esse tantas vezes

determinante na escolha de percursos

futuros, formativos e profissionais, dos

nossos alunos.

Um caminho muitas vezes marcado pelas

dificuldades, pelo desânimo, e também

pela vitória, pelo sucesso.

Um caminho em direcção à autonomia

responsável e sustentada, apoiado pelos

professores orientadores, pelas famílias,

por entidades externas à escola, porque

acreditaram que estes jovens são o

futuro e merecem confiança, porque são

capazes de fazer a diferença!

Eu acredito que, por vezes, a mudança

constrói sinergias positivas, obrigando-

nos a rever e a ajustar as nossas formas

de estar na vida. Sinto que a mudança

provocada pela eliminação de AP12 dos

currículos não terá esse efeito positivo

desejável.

Por um lado, poderemos libertar-

nos e aos alunos de uma «carga de

trabalhos», pelo outro, AP12 deixará

um vazio lacunar que, ao não haver

alternativa, impedirá os vindouros de

desenvolverem competências como

não haviam experimentado, desde o

modo de estabelecer contactos com

o exterior, ao desafio de encontrar

soluções alternativas para um problema

impeditivo da realização de um passo do

projecto ou do projecto na totalidade,

ficar à espera de resposta e ela não vir no

tempo útil…

De repente, a pergunta: Professor(a),

como vamos fazer?

Logo, a resposta da praxe: Tenham

sempre… um plano B!

Em jeito de conclusão, numa réstia

de esperança, percebamos todos em

conjunto que valeu a pena ter feito o

caminho.

Cumpre-me, ainda, relembrar e

congratular, aqui, o conjunto de docentes

que possibilitou a concretização desta

realidade iniciada em 2005/06 e que

agora se extingue:

Ana Maria Meireles, Ana Maria Silva, Ana

Paula Rosas, Eduardo Silva, Gorete Porto,

José Carlos Maciel, Mónica Meireles,

Pedro Gens, Purificação Vasconcelos,

Rosa Amaral, Rute Ribeiro, Sara Cruz, Sílvia

Amorim, Sónia Sousa, Susana Esteves,

Vanessa Oliveira.

A todos quantos possibilitaram a alegria

e felicidade aos nossos alunos pela

consecução do seu sonho e a nós,

professores, momentos marcantes da

nossa vida profissional, deixo o meu

sentido agradecimento.

Rosa Amaral, Coordenadora de AP12

testemunho

Page 20: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

20

Três grupos do Clube de Teatro da nossa escola encenaram no dia 26 de Maio no

Auditório do Fórum Jovem da Maia, três peças de teatro, de seus nomes “A Avarenta”,

“Vila Carqueja TV” e “Lost in Identity”, no âmbito da edição de 2011 do Festival de

Teatro Escolar.

Os três grupos, constituídos por alunos de anos e turmas diferentes, participaram

num dia de actividades no fórum, ensaiando e preparando as peças de teatro que

apresentariam de noite a pais, amigos e outros alunos. As peças foram divertidas,

criativas e originais, com influências de drama, comédia e até diálogo em outras

línguas.

O público atento desfrutou do espectáculo e os cerca de cinquenta alunos envolvidos

ficaram satisfeitos com o dia em cheio que tiveram na Maia.

A interacção com o público e a boa organização foram também visíveis em todas as

peças visto que os pequenos actores tinham bem presentes as suas falas e movimentos.

Para além disso, antes do começo do espectáculo, os alunos foram elogiados pelo

responsável do Fórum Jovem como sendo “pequenas promessas do teatro nacional”,

tendo-se ainda comentado o quão divertido eles tornaram aquele dia no fórum. Os

jovens actores retribuíram os elogios com um fim de tarde cheio de gargalhadas e

diversão.

Helena Lago | Encarregada de Educação

Alunos da ESCM encenam no Fórum Jovem

Page 21: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 21

Page 22: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

22

No dia 13 de Maio, a comunidade da nossa escola teve oportunidade

de apreciar, no passadiço coberto os trabalhos dos alunos de 12ºano

realizados na disciplina de Área Projecto. No mesmo recinto, os alunos

de diferentes turmas, junto com os seus professores de língua estrangeira,

revelavam um pouco das tradições e costumes gastronómicos das

diferentes culturas proporcionando um lanche diferente a todos.

Simultaneamente, algumas personagens da obra “Os Maias” de

Eça de Queiroz passeavam por entre os visitantes e, pelo meio-dia,

representaram alguns excertos daquela obra num cenário improvisado

e de acordo com a época. Tratava-se de um grupo de alunos do 11ºH,

alunos da professora Sandra Mota, que após o

estudo da obra, aceitaram o desafio de levar

à cena, mesmo em situações muito difíceis,

algumas cenas. Entretanto, organizado

também pelo departamento de Línguas,

decorria no Pavilhão C mais uma sessão do

concurso de karaoké, tendo saído vencedora

a aluna Beatriz da turma 8B

Professora Elisabete Oliveira

à mesa com...

Page 23: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 23

Tabita na Tertúlia Castelense

Estar nesta escola durante quase um ano

lectivo permitiu-me conhecer a vossa

cultura escolar e vivenciar um sistema de

organização escolar diferente. Para mim,

a escola reflecte a cultura da sociedade

e nós, como professores, estamos a

formar uma nova geração. Isto quer dizer

que nós, e todo o sistema educacional,

moldamos o futuro e fazemos do

ensino uma profissão muito influente e

importante.

No dia 28 de Abril foi a minha vez

de apresentar a cultura escolar

Dinamarquesa durante uma reunião,

na qual pude dar aos meus colegas

portugueses um olhar sobre o nosso sistema

educacional. Os temas mais “quentes”

na Dinamarca neste momento são a

reflexão, a avaliação e a consciência

do papel de cada um como educador.

Assim, este foi um modo natural de

iniciar a conversa. Independentemente

do sistema ou cultura em que estamos

inseridos, estes temas são úteis e

importantes para os professores que

querem progredir e trazer clareza para

sua sala de aula e profissão. Ser reflexivo

significa observar o que fazemos na sala

de aula, perguntar porque o fazemos

e se funciona – é um processo de auto-

observação e auto-avaliação. Através

da recolha de informação sobre o que

acontece na nossa sala, da sua análise

e avaliação, podemos identificar e

explorar as nossas próprias práticas

e crenças subjacentes, o que pode

levar a mudanças e melhorias na nossa

pratica lectiva. Eu diria que o nível de

autonomia e responsabilidade que

temos no nosso trabalho é determinado

pelo nosso nível de controlo sobre as

nossas acções. Reflectir sobre a nossa

prática faz-nos exercitar o controlo e

abrir para a possibilidade de transformar

a nossa vida diária de sala de aula –

especialmente se envolvermos os alunos

e usarmos o feedback imediato que

eles nos dão. Combinar o feedback dos

alunos com as nossas próprias reflexões

pode dar-nos uma maior noção do que

funcionou ou não.

Tem sido muito interessante para mim

aprender e compreender a vossa

cultura através desta escola. Algo

que me surpreende é o facto dos

laços familiares serem tão fortes, em

comparação com a Dinamarca, mas

estes não serem “incorporados” na

escola. Na Dinamarca, a cooperação

parental é altamente valorizada e

considerada fundamental para satisfazer

as necessidades e o bem-estar de cada

aluno e lhe poder dar a melhor educação

possível, uma vez que tanto pais como

professores têm interesse na progressão

académica e no desenvolvimento

social dos alunos. Isto não quer dizer

que a cooperação seja sempre fácil,

mas tal como em qualquer parceria,

ambas as partes têm de esforçar por ser

compreensivas e cooperantes para que

a relação funcione.

Desde que cheguei, aprendi muito e

tornei-me mais consciente do meu papel

como professora e desafiei os meus

pontos de vista, desenvolvi as minhas

abordagens e inspirei-me; enriqueci tanto

cultural com profissionalmente. Espero

que a minha presença cá tenha surtido

o mesmo efeito desse lado e que esta

reunião tenha aberto caminho para

novos pensamentos e reflexões.

Obrigado por este ano, pela cooperação

e por muitas e memoráveis experiências.

Tabita Fyhn Jacobsen

Assistente Comenius

Page 24: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

24

Vª Caminhada/BTT

No passado dia 12 de Maio realizou-se a Vª Caminhada/BTT

da nossa escola. A organização desta actividade esteve

a cargo do Grupo Disciplinar de Educação Física com a

colaboração dos alunos das turmas J e E dos 10º e 12º anos,

respectivamente, do Curso Tecnológico de Desporto. Ao

organizarmos este evento temos sempre como grande

intuito proporcionarmos, aos seus participantes, um dia

pleno de actividade física de braço dado ao convívio.

Cerca das 9h:45m, saímos da escola divididos em dois

grupos distintos: o da Caminhada e o do BTT. Embora os

percursos fossem diferentes, o ponto de encontro era o

mesmo, isto é, o Parque de Avioso. Chegados ao local

por volta das 11h:30m, tínhamos à nossa espera, um

variadíssimo e gostosíssimo conjunto de frutos assim como

um divino sumo de laranja e bolo de chocolate oferecidos

pelo Departamento de Línguas. Que excelente ideia…

Também nos esperava uma sessão de alongamentos que

sabe sempre bem depois do exercício físico, organizada por

um grupo da Área de Projecto “Actividade Física, Saúde e

Lazer”- Grupo: “Rumo à Saúde”, com a colaboração do

Agra Club. Este grupo ainda distribuiu maçãs a todos os

participantes. Os alunos também puderam usufruir de um

torneio de Voleibol de Praia cuja organização esteva a

cargo da Associação de Estudantes.

Para além destas ofertas, há que registar o grande

momento de convívio, de partilha dos “comes e bebes”

que se estabeleceu entre todos. Esta ocasião é crucial

para que possamos repor as energias e simultaneamente

recuperar para o regresso. Às 15h partimos do parque e

chegámos à escola cerca das 15h30m e 17h, os grupos do

BTT e da Caminhada, respectivamente.

Este evento só foi possível realizar-se com a colaboração de

outras entidades que muito contribuíram para o sucesso do

mesmo. Assim, ficam registados os nossos agradecimentos

à Câmara Municipal da Maia, Câmara Municipal da

Trofa, Guarda Nacional Republicana - Maia, Bombeiros

Voluntários de Moreira da Maia, Unicer, Moto L e Quinta

do Paiço.

O Departamento de Expressões ficou muito satisfeito com a

adesão a esta iniciativa. Os números ultrapassaram os das

edições anteriores, registando-se este ano a presença de

572 alunos, 17 funcionários, 82 professores, 4 encarregados

de educação num total de 675 participantes.

A todos um bem-haja por terem contribuído para um dia

diferente e nunca se esqueçam … “mexam-se pela vossa saúde”!

A Coordenadora do Departamento de Expressões

Professora Silvina Pais

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Page 26: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

26

Depois de tanto pedalar e de tanto caminhar, os participantes

desta habitual e sempre brilhante iniciativa do grupo disciplinar de

Educação Física tiveram ao longo do percurso a possibilidade de

participar num Peddypaper, ideia das professoras de Línguas, para

melhor conhecerem a região onde está integrada a nossa escola.

Outra surpresa não menos espectacular os aguardava à chegada

ao Parque de S.Pedro de Avioso. Pois, montadas à sombrinha,

encontravam-se algumas mesas de piquenique decoradas com

taças bem recheadas de fruta suculenta e tão apetecível ao fim

daqueles quilómetros de calor e de esforço físico.

Ora, quem foi amiguinho, quem foi?! Os professores de Línguas da

nossa escola, pois claro!

Logo, de manhãzinha, bem cedo, foram ao supermercado

comprar melancias, melões, abacaxi, morangos, maçãs, laranjas…

descascaram e prepararam sumos fresquinhos e encheram taças

para todos os gostos. No meio das mesas, viam-se pedacinhos de

bolo de chocolate também confeccionado com muito carinho

pelos docentes do departamento de Línguas.

Chegados ao parque, os atletas, agradecidos, lançaram-se à fruta

e foi num ápice que tudo se bebeu e comeu. No final, os professores

de Línguas e de Educação Física cantaram e bailaram encerrando

desta forma tão divertida aquele que foi mais um dia inesquecível

deste ano lectivo.

Professora Elisabete Oliveira

Aqui há fruta

Page 27: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 27

Page 28: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

Este ano, no dia 13 de Maio, comemorou-se pela primeira vez

na escola o Dia Cultural. O Departamento de Matemática e

Ciências Experimentais, envolveu-se neste evento dinamizando

várias actividades. O Grupo de Biologia e Geologia organizou

a Dádiva de Sangue que, como habitualmente, contou com

a generosidade de professores, funcionários e Encarregados de

Educação. Na Feira de Minerais, diversas amostras de minerais,

rochas, conchas e fósseis prenderam a atenção dos visitantes

principalmente pela aplicação que têm na confecção de

bijutaria e objectos decorativos. Os visitantes puderam ainda

apreciar Modelos da Escala de Tempo Geológico, Vulcões dos

mais simples aos mais elaborados e criativos, a simulação de um

autêntico “Jurássico Parque” com Dinossauros construídos em

barro, plasticina e papel, pelos alunos do sétimo ano, no âmbito

da disciplina de Ciências Naturais e visualizar um artigo da BBC

sobre a história da Terra. Integrada na comemoração do Ano

Internacional das Florestas, decorreu a exposição “A Floresta não

é só paisagem” que visou alertar os alunos para a importância

da biodiversidade, fundamental num mundo cada vez mais

humanizado, e também olhar para a floresta como recurso

económico, energético e social, a preservar. Alunos das turmas

A, C e D do 11º ano de Biologia e Geologia estiveram envolvidos

na recepção dos alunos visitantes e no percurso comentado dos

diferentes painéis. Foi ainda possível a visualização de um filme

de animação alusivo à temática que terminou com a distribuição

de uma brochura com um passatempo e a oferta de um cartão

Vodafone. No fim da manhã decorreu a palestra de "Biologia e

Geologia", com a participação de alunos do 10º ano do Curso

Científico – Humanístico de Ciências e Tecnologias e respectivos

professores da disciplina. Os oradores convidados, Dr. Isaías

Machado e Prof. Dr. António Guerner, abordaram de forma

muito esclarecedora, algumas temáticas essenciais ao percurso

académico dos alunos: 1ª parte - "Biodiversidade e Ecologia

Aplicada" e 2ª parte - "Energias renováveis e não renováveis".

O balanço foi claramente positivo, com alunos, professores e

palestrantes visivelmente interessados e participativos.

O grupo de professores de CFQ do 7.º ano dinamizou, junto dos

alunos deste ano de escolaridade, a realização de um concurso

de maquetes sobre o Universo. Surgiram 18 trabalhos a concurso

(4 maquetes da turma A, 2 maquetes da turma B, 2 maquetes

da turma C, 4 maquetes da turma D, 2 maquetes da turma E

e 6 maquetes da turma G), pelo que pode concluir-se que a

aconteceu

28

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais,

Page 29: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 29

participação foi francamente positiva. Os alunos optaram,

principalmente, por efectuar representações do Sistema Solar,

dos eclipses do Sol e da Lua e da superfície lunar. A maioria

dos trabalhos apresentados evidenciou bastante criatividade

e empenho pelo que esta actividade poderá e deverá ser

repetida em anos futuros. No laboratório de Química os alunos

do curso profissional, Técnico de Processamento e Controlo da

Qualidade Alimentar, processaram a manteiga tendo a mesma

sido muito apreciada pelos visitantes. O grupo de Matemática

promoveu uma exposição interactiva de jogos matemáticos

realizados pelos alunos do 7º ano de escolaridade na área

curricular não disciplinar de Área de Projecto e o grupo de

Informática dinamizou vários jogos e programas, divulgou os

sítios da Escola e do SomosRevista bem como uma exposição

de software e hardware.

Apesar de em simultâneo decorrer a Feira das Oportunidades,

este ano a cargo deste Departamento, é de louvar o empenho

e dedicação de todos os professores que de forma responsável

contribuíram para o sucesso destes dois eventos.

Professora Manuela Vale

Page 30: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

30

Page 31: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 31

O Projecto do Clube de Desporto

Escolar, instrumento de grande relevo e utilidade

no combate ao insucesso escolar e de melhoria da qualidade

do ensino e da aprendizagem, através do cumprimento das

actividades planificadas, promoveu estilos de vida saudáveis,

favorecendo o envolvimento no projecto turma mais desportiva,

promovendo o gosto pela prática regular das actividades físicas,

contribuindo para a formação equilibrada dos alunos da escola

Secundária do Castêlo da Maia.

Nas actividades do Desporto Escolar, foi sempre observado

o respeito pelas normas do espírito desportivo, fomentando o

estabelecimento, entre todos os participantes, de um clima

de boas relações interpessoais e de uma competição leal e

fraterna, promovendo-se o combate à inactividade física e a

luta contra a obesidade.

No âmbito da dinamização interna, foram realizadas actividades,

algumas delas repartidas por vários dias, envolvendo um número

razoável de alunos da escola. Os professores responsáveis pela

dinamização da actividade interna foram os professores João

Ferreira, Manuel Firmino e Bárbara Ribeiro.

No âmbito da dinamização externa, foram realizadas várias

competições, por cada um dos grupos/equipa, registando-se

prestações muito positivas por parte dos alunos da escola, ao

nível do Ténis de mesa, Ténis e Voleibol Feminino. A preparação

dessas competições foi efectuada com recurso a treinos

semanais,

m i n i s t r a d o s

pelos professores, João

Ferreira, Manuel Firmino e Lurdes

Lagoa. Também, ainda neste âmbito, se

verificou a participação em actividades inter-escolas,

nomeadamente no Corta-Mato escolar e Distrital.

Felicitamos uma vez mais os alunos do Clube do Desporto Escolar

pelos excelentes resultados obtidos nas diferentes provas, pela

criação de um clima saudável com relações de cumplicidade

entre todos, e essencialmente por fazerem deste Clube uma

verdadeira família desportiva. Parabéns a todos. Boas Férias e ...

regressamos em Setembro.

Coordenador do clube desporto escolar

Professor João Ferreira

Desporto Escolar

Assim se divertiam os nossos pais…No passado dia 13 de Maio realizou-se a ”I corrida de carrinhos

de rolamentos da Escola Secundária do Castêlo da Maia”.

Este evento decorreu na rua Serafim da Cruz entre as 9:30 e

as 10:30. A organização esteve a cargo dos ”Hot wheels”, um

grupo de alunos da Área de projecto “Actividade Física Saúde

e Lazer”. Esta iniciativa tinha como objectivo mostrar aos jovens

da nossa escola uma das actividades mais populares do tempo

da juventude dos seus pais. Pelo facto de estar planeada para

a via pública, contou com a colaboração da GNR da Maia.

Cerca de cinquenta alunos inscreveram-se na actividade, com

predominância dos alunos do 3ºciclo. Todos os participantes

vibraram com a prova e alguns revelaram-se exímios pilotos de

carrinhos de rolamentos.

Professor Eduardo Silva

Page 32: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

32

Chegou o dia 13 de Maio e a sala E25 preparou-se para receber alunos, professores

e funcionários que, com muita vontade e criatividade, participaram num workshop

dedicado às artes.

Entre tintas, pincéis, colas e papéis; linhas, tecidos, fitas e cordões; jornais, revistas e

outros materiais, viveram-se momentos de muita animação e de boa disposição que

resultaram em pequenas “obras de arte” que puderam ser levadas para casa em

modo de recordação.

Ficou a vontade de repetir esta experiência tão enriquecedora e também um

agradecimento das professoras de Artes Visuais a todos os participantes e em

particular às Professoras Rosa Correia e Silvina Pais cujo contributo foi essencial para

o sucesso desta actividade.

As Professoras de Educação Visual

«Fui eu que fiz!»

Page 33: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 33

Na minha opinião foi uma actividade

muito inovadora onde pudemos dar asas

à imaginação. Espero que para o ano se

volte a repetir.

Maria Inês 7G

O workshop foi muito divertido por termos

a oportunidade de libertar o nosso lado

mais artístico.

João Pinto 8D

Page 34: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

aconteceu

34

Gostei muito desta actividade, pois foi muito

divertida e criativa. Na sala onde estávamos,

tínhamos muitos materiais que davam para fazer

imensas coisas diferentes.

Sara Ferreira 7ºG

Page 35: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

35

Achei que o workshop foi muito interessante.

Gostei da maneira como tudo estava organizado, dos diferentes trabalhos que podíamos

realizar e dos materiais que estavam dispostos para trabalharmos e para ao mesmo tempo nos

divertirmos.

Foi uma experiência fantástica!

Sofia Pedro 7G

O workshop de artes foi bastante interessante, aprendemos coisas novas com as

professoras de Educação Visual e também com a professora de História (Professora

Rosa Ferreira).

Na minha opinião, podemos fazer bastantes actividades com os conhecimentos e

conceitos que aprendemos neste Workshop.

Gostei muito desta actividade.

Mariana Oliveira 7G

O workshop de artes foi muito divertido, conseguimos no pequeno espaço de

tempo que lá estivemos, apreciar a arte e aprender a trabalhá-la. Tivemos

também oportunidade de fazer acessórios de moda ao nosso gosto e para o

nosso próprio uso.

Mariana Lopes 8D

"Cumprindo o inicialmente delineado, os alunos

da turma 7ºB, no âmbito do projecto "Favores em

Cadeia", procederam à entrega de bens alimentares

e ainda alguns brinquedos à APPACDM da Maia,

contribuindo, assim, para mais sorrisos de alguns

jóvens. O modo abnegado como estes alunos

se dispuseram a ajudar é realmente digno de

realce e merece o nosso reconhecimento, pois a

solidariedade começa onde não se espera nada em

troca (Antoine De Saint Exupery)".

Professora Raquel Lopes

"Favores em Cadeia"

Page 36: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

palavras à soltaSe eu fosse...

Se eu fosse uns Lápis de cor Tornava o mundo muito melhor. Todas

as coisas tristes tornar-se-iam alegres e

coloridas. Se pudesse ser um lápis de cor

ajudaria o ambiente transformando os

resíduos em plantas.

Desenhava, desenhava, desenhava

com o amarelo, magenta, azul e laranja

uma casa de acolhimento para crianças

abandonadas. O mundo seria tudo

aquilo que as pessoas desejam! Não

haveria guerra, mortes, pesadelos, dor

e sofrimento, apenas humanos felizes! O

mundo iria ser branco da paz, verde da

esperança e acabaria com o cinzento e

preto das noites escuras.

Se eu fosse um lápis de cor pintaria um

sorriso nos teus lábios e colocaria brilho

nos teus olhos.

Daniela Correia 9A

36

Se eu fosse um Mapa MundoOlá!! Já pensaste se um dia acordasses

e tivesses como função ser um Mapa

Mundo?? É uma questão engraçada que

nos pode deixar a pensar...

Se eu fosse um Mapa Mundo, faria

algumas alterações...

Os continentes seriam mais próximos,

facilitando o turismo, o comércio e até

mesmo a imigração. Mostraria o Mundo

de uma forma mais precisa e brilhante.

Para quê mostrar as imperfeições do

Mundo? Entraria em contacto com a

lei da Natureza, para esta as poder

modificar.

Todos os Mapas Mundo seriam em forma

de globo! Acabar com a representação

plana do Mundo seria uma das

modificações com prioridade.

Quem tocasse, nem que fosse com

a ponta de uma unha em mim, seria

obrigado a percorrer o Mundo de uma

ponta à outra, mas claro de forma

agradável, suave e divertida.

Os espaços verdes, seriam ainda mais

verdes e a poluição seria inexistente,

deixando desta forma a paisagem

consideravelmente magnífica.

E se um dia me apetecesse mudar tudo de

lugar?? Colocava a cidade do Porto na

savana, Lisboa na Antárctida e chineses

no deserto. Seria bastante divertido.

Tornar-me-ia também comestível, tendo

eu um ship dentro de mim. Fazendo com

que quem me comesse ficasse com

todas as informações que um Mapa

Mundo pode fornecer. Com isto, queria

acabar com a ignorância das pessoas

em relação à localização seja do que for.

Adorava ser um Mapa Mundo!

Teresa 8E

Se eu fosse um LivroA minha capa seria colorida e mostrava a

alegria de uma vida…

O meu índice dir-me-ia para onde ir

procurar a felicidade…

Nas minhas páginas estariam escritos

todos os segredos para ser feliz…

A minha colecção seria sobre o resto da

vida de alguém que nunca esquecerei…

O resumo na minha contracapa diria que

um livro nos pode transportar para outro

mundo em apenas mil e uma palavras.

Sara Estrela; Ana Patrícia 7B

Se eu fosse uma Equação revolucionava os conceitos matemáticos,

porque todas as incógnitas negativas

seriam igual a zero e todas as incógnitas

positivas seriam igual a ∞.

Bernardo Nogueira 7F

Page 37: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

Se eu fosse uma Tabela de basquetebolJá alguma vez imaginaram como é ser

uma tabela de basquetebol?

Eu nunca imaginei tal mas, se pensarmos

bem, não deve ser uma função lá muito

divertida, pois qualquer um que se lembre

pode lá chegar com uma bola (de

futebol, de voleibol ou a óbvia bola de

basquete e digamos que qualquer uma

delas pode causar estragos…) e fazer de

nós alvo para conseguir encestar.

A nossa única função seria estarmos

quietos à espera de nos lançarem

coisas à “cabeça” para se divertirem e,

convenhamos, acho que isso não seria lá

muito divertido.

Leonardo Ferreira, 8D

SomosRevista 37

Se eu fosse um Telescópio Olhava para as estrelas que brilham no

escuro, e as estrelas cadentes, como são

belas!

Olhava para o céu que é extenso, azul e

macio, e a lua, como é perfeita.

Olhava para a noite escura e negra

como uma cidade sem luz, sem cor e sem

alegria.

Olhava o sol da meia-noite, como é

espantoso , um fenómeno raro !

Observaria a perfeição das coisas que

me rodeiam, que me formam e me

completam.

Ser um telescópio é ser, simplesmente, um

‘’ser’’ que observa tudo o que pode ser

observado mesmo aquilo que está fora

do alcance dos nossos olhos.

Já imaginaram algo tão fantástico?

Sofia Fernandes; Veronika Somova 8B

Se eu fosse um Livro…

Se eu fosse? Eu sou.

Se eu fosse um livro?

Eu sou um livro.

Sou um livro sem capa a quem dão os

títulos que entendem, aberto, seguro

nas mãos trémulas de quem salta para o

abismo. Faço asas de folhas e folhas de

vento. Sou um livro cujas palavras ninguém

pode decorar, um livro de improvisos no

qual é difícil lerem as entrelinhas, porque

as próprias linhas se desvanecem até

extremos, até não haver extremos. Sou um

texto mais novo com o passar dos anos

e, apesar disso, mais resistente. Poderia

ser um dicionário de neologismos cujos

significados valorizo. Poderia ser um livro

de matemática, resolvendo problemas

não com números, mas com expressões

algébricas. Poderia ser um livro de

biologia. Por vezes folheio páginas como

penteio cabelos, para tentar detectar a

pessoa humana. As palavras, porém, têm

sempre mais de humano que o próprio ser

humano, pois este torna-se quase divino

ao criá-las. Não sei ao certo que tipo

de livro sou mas gostava de ser um em

branco, para poder recomeçar quando

quisesse. Gostava de ser um livro sem

paginação, apenas com o marcador

no presente. Dobrar as folhas, riscá-las?

Não me importo, as palavras são eternas.

É apenas uma ruga num rosto, um olhar

desviado, uma marca do tempo, apenas,

feita por alguém criativo.

Já conheci muitos livros, algumas grandes

obras literárias. Há sempre uma parte que

fica na prateleira, outra que aparece

em citações nas minhas páginas, mas

a verdade é que aprendemos sempre

lendo todos, cada um em particular.

Anita Marante Teixeira 9B

Page 38: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

fora de portas...

38

Nesta edição da SomosRevista, dedicada ao passado, presente e

futuro da nossa escola, pedimos a antigos professores, funcionários

e alunos da ESCM que, de forma breve, respondessem a duas

questões reveladoras das suas experiências aqui vividas e as

partilhassem connosco:

1- Referir uma recordação marcante da sua passagem pela escola.

2- Deixar uma mensagem para a comunidade educativa.

Nome : Emília Maria Costa e Silva

ESCM: 1998 - 2005

Coordenadora dos serviços administrativos e financeiros.

1- A escola é um espaço muito vivo, muito dinâmico que traz

recordações a alunos, funcionários e professores. Não esqueço

a vida e toda a aprendizagem que tive com um grupo tão

significativo de pessoas.

Toda essa vivência povoa ainda hoje o meu espírito, bem como,

segundo penso, o de todos quantos têm o privilégio de passar

pela nossa Escola.

Toda a vivência foi marcante. Recordo o esforço de toda a

comunidade escolar em torná-la muito humana, a melhor de

todas.

Enfim, recordar é viver.

2- Vale a pena investir nos valores educativos, preservar a nossa

história, sem esquecer o mundo que está em mudança. Será

nele que os jovens irão viver.

Nome: Armando de Freitas Mendes

ESCM: 1993 - 2001

Professor de: Biologia e Geologia -11º Grupo B

1- No dia 14 de Julho de 1999, no âmbito do programa Ciência

Viva realizei, para o grupo de docentes da área de Biologia e

Geologia da nossa Escola, um percurso a pé, numa extensão

de 4 Km com o objectivo de observar os vestígios de glaciares

na Serra da Peneda. Os colegas dos outros grupos ao terem

conhecimento deste evento perguntaram porque é que não

se realizava outra caminhada e a partir daí, todos os anos se

realizaram vários percursos, Gerês, Serra do Alvão, Grutas de

Mira d' Aire, Serra d' Aire ..., destinados ao corpo docente e

aos nossos funcionários. Procurava-se sempre um percurso de

média dificuldade para que todos pudéssemos desfrutar do

contacto com a Natureza. Era um dia em que se esqueciam os

problemas da Escola, havia entreajuda, estabelecia-se mais

amizade. Bons momentos de convívio e sã camaradagem.

No fim era agradável ouvir «Valeu a pena!»

Um verdadeiro espírito de Escola.

2- Escola é, para além de um espaço físico, um local onde

se concretiza o direito à Educação. Compete à Escola a

formação integral dos seus alunos, para que, no futuro, possam

construir os seus projectos: um sonho tornado realidade. É

irrealista considerar a Escola isolada da Comunidade em que

está inserida.

Todos os intervenientes na Escola, em conjunto, deverão

trabalhar no sentido de fazer com que a Escola seja um

espaço de verdadeira troca de saberes, com uma vida e

dinâmica próprias, partilha essa, estimulante para quem nela

trabalhe e estude. Tudo isto será possível, numa sociedade

em mudança, com trabalho, empenhamento, abertura, co-

responsabilização.

Mãos à Obra! Vamos em frente!

Page 39: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 39

Nome Maria Manuela Liberato

ESCM: 1992 -1998

Função Auxiliar de Acção Educativa

1- Cheguei à Escola Secundária do Castelo da Maia em

1992/09/14. Foi uma experiência única, apesar do trabalho

árduo, foi demasiado gratificante.

Era como a minha segunda casa, que teria de mobilar

e decorar, para que ficasse acolhedora para receber

Professores e Alunos que começavam a chegar ...

Nesse período da minha vida senti-me completamente

realizada, gostei do trabalho que desenvolvi junto de toda

a Comunidade escolar, construindo grandes amizades com

Professores, Colegas e Alunos.

Em 1994/09/15 fui confrontada com um novo desafio ao

ser nomeada Encarregada do Pessoal Auxiliar, tarefa difícil,

mas muito enriquecedora, tendo efectuado um bom

processo de aprendizagem no relacionamento com todos

eles, cultivando o rigor e a qualidade no serviço que prestei,

utilizando eficazmente os recursos existentes.

Houve muitas situações que me marcaram, pelo que se

torna difícil enumerá-las, contudo escolhi duas que me

tocaram profundamente:

Um aniversário em que o Conselho Directivo, Colegas e

Professores me presentearam cada um com uma bonita

rosa vermelha. Não tenho palavras que consigam descrever

as emoções desse dia.

E, como não poderia deixar de ser, um outro momento que

nunca esquecerei: o almoço de despedida, quando da

minha saída para a Segurança Social.

Que no Vosso jardim floresçam milhares de "ROSAS

VERMELHAS", todos os anos.

2- A princípio pode parecer o "Cabo das Tormentas",

desenganem-se.

De facto quando saírem desta Escola, o vosso rosto estará tal

como o de uma criança ao receber um "belo presente", pois

é isso mesmo que acontecerá, irão receber conhecimento,

experiência, saberes... que vos enriquecerão de tal forma

que não há prémio monetário que o suplante!!!!

Beijinhos.

Nome: Ilídio Manuel Moutinho

ESCM: 1993 - 2008

Professor : Matemática

1- Foi imbuído numa forma límpida de pensamento, de sonhos e

sentimentos que, em Setembro de 1993, me apresentei na Escola

para desempenhar as atribuições de educador.

Certamente, que muito se passou de relevante… as relações com

os diversos actores da comunidade foram de uma riqueza enorme,

sobretudo, as relacionadas com as sucessivas vagas de alunos que

me passaram pelas mãos.

Mas, igualmente, é justo enaltecer a realização de trabalhos

pedagógicos com os pares, as inovações tecnológicas introduzidas

e os eventos efectuados anualmente e nos quais se inseriam alunos,

docentes, funcionários e Encarregados de Educação.

Como piores momentos, recordo o falecimento da colega Manuela

Vilarinho e de um aluno que, subitamente, pereceu no recinto

escolar.

Não posso deixar de referir, como aspecto negativo, a forma como

a Tutela conduziu, ultimamente, a sua política educativa.

Finalmente, senti-me muito honrado e reconhecido pela confiança

e amizade manifestadas por todos, mas, em particular, pelos

membros do meu Departamento, Conselho Pedagógico e Direcção

da Escola.

2- O papel de cada um na construção de uma escola de sucesso é

fulcral. A responsabilidade de honrar e enobrecer o “mandato” que

receberam da Sociedade é um valor inestimável.

A história da Escola, sendo curta, mas rica, é também passível de

sobressaltos, daí que não resista a recordar um poeta com esta

chamada:

“ Caminhante, não há caminho,

Se faz caminho ao andar.”

Enfim, o meu sonho acabou, mas todos têm que continuar a

Sonhar…

Page 40: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

fora de portas...

40

Nome: Reinaldo Moreira da Costa Padrão

Professor de Economia

ESCM: 1999 - 2010

1- Lembro-me de uma aula onde tive a presença da D. Maria,

Auxiliar de Acção Educativa (actualmente chamada Assistente

Operacional), que foi convidada a participar nela, e onde o seu

testemunho, como Auxiliar na escola se revelou excepcional.

Os alunos dessa turma de Sociologia assumiram também que

se tratava de um convidado especial, tendo manifestado muito

agrado com o testemunho que foi dado.

2- A escola deve ser um espaço privilegiado do exercício da

cidadania e das relações pessoais..

Nome: Tiago Bandeira

Curso: Ciências e Tecnologias

ESCM: 2004-2010

1- As minhas melhores recordações da escola são os tempos

livres passados nos vários espaços, a simpatia dos professores

e funcionários, as actividades organizadas por nós, alunos, e

pela escola, cuja participação permitia bem-estar e diversão, o

melhoramento contínuo dos materiais tecnológicos disponíveis,

e sem dúvida, o mais importante, as amizades que ficaram, não

só com colegas, mas também com professores.

Tanto amigos como alguns professores ajudaram-me no

meu percurso escolar, mas, mais importante, ajudaram-me a

crescer como pessoa. E foi com vários conselhos e vários gestos

partilhados por essas pessoas que muitas vezes me senti feliz

e capaz de continuar a lutar pelos meus sonhos, pelo que só

tenho a agradecer por isso.

Relembro um episódio recente, no meu último ano na escola,

em que, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, o meu

grupo organizou o “Dia da Massagem”. Foi um dia marcante

porque tudo correu melhor do que o esperado, em que se

evidenciou o trabalho árduo do grupo do qual fazia parte, a

alegria de quem participou no evento (alunos e professores),

a satisfação pelo projecto por parte da escola de massagem

convidada, e por fim, a minha realização pessoal e dos meus

colegas de grupo, por tudo ter decorrido com sucesso.

2- O sucesso só se consegue com bastante trabalho, mas nada

é impossível.

Ana Meireles - 1ª comissão instaladora

desta escola.

Quando em Junho de 1992 fui convidada

para fazer parte da comissão instaladora

da Escola Secundária nº2 da Maia, não

tinha uma ideia muito real do que seria

“instalar” uma escola nova! O edifício,

novo, existia, mas não era possível utilizá-

lo de imediato! Porquê? Simplesmente

porque não havia água, luz, telefone, e

foram essas as nossas primeiras tarefas:

requisitar os contadores da água e luz e

pedir a instalação da linha telefónica, tal

como nas nossas casas.

Assim, durante algumas semanas, a

comissão instaladora “instalou-se” numa

sala da Escola EB2,3 do Castêlo da

Maia, gentilmente cedida pelo Conselho

Directivo, e foi lá que recebemos e

conhecemos os 15 professores que

leccionaram durante esse ano lectivo, os

poucos funcionários, e todos ajudaram

a arrumar a nova escola. Sim, arrumar!

Foi necessário abrir dezenas de caixotes

com imenso material para laboratórios/

oficinas, inventariá-lo, seleccioná-lo e

arrumá-lo nos armários. Até alguns dos 70

alunos, se viram, de repente, atarefados

com a montagem dos microscópios,

que vinham embalados em peças

separadas, para poderem fazer algumas

observações durante a aula de Biologia.

Hoje, e passados quase 20 anos, vejo

como a minha escola cresceu em todas

as suas vertentes, e penso: Valeu a pena!

Page 41: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 41

Nome: Ana Sofia da Silva Campos (ex-aluna)

Ano de entrada na ESCM: 2000

Ano de saída da ESCM: 2006

Todos os dias temos que enfrentar dificuldades. Creio que aprendemos e nos tornamos

mais fortes, descobrindo como ultrapassá-las.

Na minha passagem pelo ensino secundário, surgiu-me um problema grave de saúde que

me impossibilitou de frequentar as aulas. Foi necessário aqui um grande esforço, tanto

do corpo docente como da direcção da escola, para providenciar a minha frequência

às aulas (videoconferência), mantendo o contacto com os professores, os colegas e as

matérias.

O ensino secundário, por si só, exige uma capacidade de adaptação. São várias as

mudanças: nova turma, novos colegas, disciplinas novas... Só fui capaz porque pude

contar com a ajuda dos professores e dos funcionários da ESCM.

Assumo, assim, toda a importância que a escola teve na minha vida. Todo o apoio e

disponibilidade, todas as mensagens de força e esperança que me foram chegando nos

momentos mais difíceis, o que me permitiu estabelecer uma relação única com todos os

meus professores. Sempre me motivaram para que eu terminasse o meu percurso com

sucesso, mantendo a vontade de estudar.

Na minha carreira docente, à semelhança de muitos colegas

de profissão, já leccionei em muitas escolas. Tantas que não me

chegam os dedos das mãos para as contar (caso precisasse

de contar pelos dedos). No entanto não tenho a menor dúvida

que a Escola Secundária do Castêlo da Maia é das que guardo

melhores recordações e onde me deu mais prazer trabalhar.

Porquê? Porque possui um excelente ambiente de trabalho, um

corpo docente e não docente de elevado profissionalismo, uma

camaradagem entre colegas que sempre me agradou e que

recordo frequentemente com muito carinho e também porque

se pauta pela inovação tanto pedagógica como tecnológica.

É uma escola dinâmica e empreendedora. A procura de

novas estratégias para solucionar os inúmeros problemas que

têm vindo a surgir na Educação nos últimos tempos, o não

“baixar os braços” face às dificuldades, o saber reconhecer

que não funcionando de determinado modo requer mudança

e que para mudar é necessário um planeamento consistente

com perspectivas de sucesso, proporcionando aos alunos

oportunidades que não teriam noutras escolas. É esta a minha

perspectiva e espero

sinceramente não estar

equivocada, pois apostei

nesta escola para a

formação dos meus filhos.

Agora, numa altura de

grandes mudanças ao

nível das estruturas físicas,

tudo vai ficar ainda

melhor. Vão-se as paredes,

mas o fundamental, o

cerne, continuará lá,

então envolvido por um

espaço completamente

renovado que espero, à semelhança de outras escolas que

também sofreram esta intervenção, proporcionará novos

espaços e novos materiais que tornam o processo de ensino/

aprendizagem ainda mais atractivo.

Isabel Gonçalves

Ex-Docente da ESCM e actual Representante dos Enc. Educação do 7G

Page 42: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

vale a pena

42

Relembrar o Sarau e Playback da nossa escola

organizado pelo grupo “Dois Mundos Unidos” 12ºE no âmbito da Área de

Projecto e com a colaboração do grupo de

teatro, contou com a brilhante actuação

de cerca de 100 alunos da nossa escola

Parabéns a todos!

No sarau, foi tudo bastante

divertido, havia alunos com muito

talento e vocação para o que

estavam a fazer, verificou-se bem

a aptidão para cantar,

tocar instrumentos e dançar de

cada um dos participantes.

O que eu gostei mais foi da

actuação do meu colega Fábio

Pinto e das canções de outros

alunos.

Luís Alão 8D

Page 43: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 43

Page 44: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

Sabias que...

44

Depois de termos ganho a possibilidade de fazer o projecto da nova Escola Secundária Castêlo da Maia

começaram a surgir-nos inevitavelmente várias ideias que gostávamos de implementar, ainda que numa

forma abstracta. Fragmentos de outros projectos, ou simplesmente algumas ideias de como deveria ser

uma escola secundária.

Partir para um projecto como uma página em branco é uma impossibilidade a que o nosso cérebro

não se permite, nem os nossos condicionamentos sócio-culturais. Assim, logo que foi possível resolvemos

visitar o local da escola, para que rapidamente pudéssemos começar a preparar o “caldo do projecto”,

que para nós deve ter vários ingredientes. A compreensão do lugar na sua total complexidade, na

sua morfologia, topografia, paisagem, inserção urbana, são os aspectos com que tradicionalmente

começamos a trabalhar. A partir daí começámos a “apurar a receita” à medida que fomos tendo outro

tipo de informações e necessidades.

Deparámo-nos com um complexo escolar,

composto por diferentes escolas, rematado de um

dos lados pela ESCM, num terreno que suplantava

bastante em área disponível as áreas construídas.

Apesar de parte do terreno estar por ocupar,

na altura ainda não sabíamos por que razão,

surpreendeu-nos o aspecto cuidado da escola,

limpo, organizado. Transmitia-nos uma imagem de

eficiência e rigor.

À partida tínhamos conhecimento de alguns

pontos que deveriam ser abordados no projecto,

nomeadamente pelo facto de ter de se implementar

um turno único nas escolas, estas teriam que quase

duplicar a sua área, para poder ter todos os alunos

ao mesmo tempo. Começamos logo a procurar

formas de ocupar o terreno disponível e de ter uma

estratégia de organização global.

Sabíamos que o novo edifício seria muito grande e não queríamos que fosse muito compacto ou se

impusesse demasiado na frente do terreno. Entre algumas ideias que fomos testando, foi ganhando maior

força uma estratégia de implantação que copiava a implantação existente, deslocando-a a 45º no

sentido Sudoeste, criando um edifício que se ampliava alternado entre pátios e construções.

ESCM

ATELIÊ CARVALHO ARAÚJO

Page 45: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

45

Depois começaram as reuniões, com a Direcção da Escola, com o

Parque Escolar, Entidades Públicas e com os restantes projectistas de

especialidades que compunham a equipa, assim como começávamos

a receber os levantamentos necessários para desenvolver melhor os

projectos. A escola já tinha tido reuniões com a Parque Escolar para

decidir o programa final para o projecto, assim o programa que nos foi

entregue já era relativamente consensual, poupando-se tempo nessa fase

também crucial do projecto. As discussões com as diferentes entidades e

projectistas englobavam o projecto nos seus aspectos mais técnicos e de

cumprimento das áreas máximas de construção e do custo total da obra.

Porém eram sobretudo as questões de apropriação de um património

imaterial que mais nos interessavam. Estávamos perante uma escola tipo semelhante a outras escolas tipo que proliferaram pelo

país, mudando a configuração conforme a topografia e a configuração do terreno, fortemente desconectado da sua relação

com o contexto.

Tínhamos particular interesse na ideia de evolução de uma escola tipo para uma escola identitária, baseado no contexto de

inserção urbana, na percepção da escola enquanto elementos simbólico nas suas características mais relevantes e de um

entendimento geral de um corpo dirigentes que tinha ideias claras sobre o modo de funcionamento da escola e da imagem

que devia transmitir. Este processo de concepção gera edifícios com um código próprio, como ADN, algo de individual e único;

Identidade ou personalidade.

No primeiro contacto que fizemos com a escola pedimos para descreverem o que era a sua escola, ou o que deveria ser. Pedimos

que elegessem algumas palavras-chave. Moderna, tecnológica e vanguardista, foram as palavras mais repetidas. De certa forma

todos gostavam de afirmar a sua individualidade, apesar de algumas pessoas conseguirem ser mais precisas, percebe-se sempre

nas pequenas preocupações como queriam que a escola funcionasse. Começamos nesta altura a visualizar uma escola como um

pequeno pólo tecnológico, a ideia de campus, como um somatório de vários edifícios.

SomosRevista

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Sabias que...

46

Nesta altura as opções tinham que começar cada vez a ser mais específicas. Tornava-se importante decidir o que fazer com as

construções existentes. Para nós, mais importante do que saber se havia demolição integral, parcial ou se a construções eram

aproveitadas integralmente, interessava-nos o conceito de apropriação. Para explicar o que para nós significa este conceito lembro

uma entrevista de Philip Ursprung a Herzog & de Meuron. Este questionava qual era o significado do conceito de apropriação no

trabalho do atelier. Para ele era um conceito fundamentalmente diferente da "tabula rasa", e diferente da abordagem modernista,

mas não no sentido anti ou pós-moderno. É uma apropriação no sentido de adoptar estilos, formas de conduta e modos de

funcionamento fazendo uso do mundo existente.

Acerca da decisão do que é mantido da pré-existência ou do que é eliminado, a abordagem de Herzog & de Meuron é mais

próxima de Viollet-le-duc, misturado com um processo de artes marciais como o Aikido, usando a energia do oponente para

ganhar vantagem. Preservar o máximo possível de um edifício só faz sentido se ele tiver qualidades excepcionais ou se a demolição

por razões técnicas, financeiras ou políticas não for possível. Se houver uma resistência de qualquer tipo, não vale a pena oferecer

qualquer oposição heróica. Faz mais sentido integrar os elementos dados nas nossas próprias ideias.

Faço esta referência porque me lembrou as questões de opção de base que tivemos que tomar quando iniciámos os primeiros

projectos. Tendo por base escolas secundárias existentes que por força de uma mudança legislativa e de um programa de

renovação liderado pela Parque Escolar E.P.E. teriam de duplicar a sua capacidade. As questões de apropriação vistas desta

forma enquadravam-se na nossa visão e eram extremamente importante porque o programa da Parque Escolar é de reabilitação.

Os modelos de base das escolas de esquema 3x3 pavilhonar não eram particularmente relevantes ou interessantes. A sua

recuperação integral criava mais entropia do que

uma mais-valia no projecto. A utilização parcial dos

edifícios, fundamentalmente elementos estruturais e

algumas fachadas, propiciavam sobretudo alternativas

de implantação mais interessantes e diversas, com

geometria, ritmo e regras de composição de conjunto,

usando a topografia e o contexto como elementos

diferenciadores.

Depois de testadas as principais opções de projecto

tínhamos que começar a realizar uma organização mais

definitiva do programa. Um dos aspectos solicitados

tinha a ver com uma ideia de uma escola aberta à

comunidade, quer no seu funcionamento, quer na

disponibilização de espaços. Os espaços privilegiados

para se atingir esta relação eram a sala polivalente/

auditório, os espaços para clubes, as zonas de pausa

de alunos e as áreas desportivas. A área institucional,

composta pelos espaços de direcção, secretaria e

atendimento aos pais, era para nós também muito

importante. Queríamos que estes espaços fossem

facilmente acessíveis, que se localizassem no piso

térreo e fossem o primeiro contacto com a escola,

funcionando como um filtro para os espaços lectivos

de carácter mais privado.

Page 47: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 47

A solução de volumes e pátios encontrada nos primeiros

estudos era ideal para explorar com relativa facilidade

a separação destas áreas de abertura à comunidade

das restantes. Apesar de parecer que o projecto da

escola é composto por vários pequenos edifícios, a

verdade é que a escola é composta apenas por um

único edifício, como uma malha em xadrez que se

espalha sobre o terreno. Funciona como um animal em

pé sobre as patas. Ou seja, o edifício é parcialmente

elevado em relação ao terreno e apenas os programas

de abertura à comunidade se localizam no piso térreo.

São metaforicamente as patas, a ligação à terra, à

comunidade.

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Sabias que...

48

Todo o restante edifício com as áreas lectivas funciona a partir do primeiro piso, até

um máximo de 3, num esquema de acessibilidade em espinha. Desta forma é criada

também uma permeabilidade visual e física no piso térreo, sendo possível atravessar o

edifício por baixo, libertando o máximo de terreno possível, criando simultaneamente

espaços exteriores cobertos para os alunos. Os novos espaços verdes criados fluem

através do edifício, criando um espaço exterior contínuo, amplo e luminoso.

Page 49: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 49

Apesar das escolas da Parque Escolar partilharem um modelo funcional parcialmente

idêntico, o resultado final é muito diferente no seu ambiente e composição formal. A

escola passou a ser um modelo híbrido entre uma escola compacta e um modelo

pavilhonar, uma vez que mantêm parcialmente o princípio de autonomia dos blocos,

que se interligam através de corredores que ocupam espaços intersticiais. Era importante

para nós a ideia de devolver o carácter institucional às escolas no seu carácter formal.

Esta ideia, que se foi mantendo nos liceus clássicos, tinha-se perdido um pouco com este

tipo de escola modelo.

Em todos os modelos existe o princípio de um percurso principal que a Parque Escolar

intitula de " rua do conhecimento" e que para nós é um elemento de continuidade em

toda a escola, criando o " percurso arquitectural" em "circuito fechado". É um elemento

que mantém sempre as mesmas características em todo o projecto, de cor, materiais

e organização, implantando-se como uma entidade própria. Esta solução permite que

se trabalhe os interiores de forma autónoma, uma vez que se pretende que exista uma

sensação de transição entre elementos diferentes, de certa forma percebendo-se as

relações preexistentes.

A nova escola é específica para este lugar e para esta comunidade. Não corresponde a um modelo ou cópia da escola anterior. É uma “experiência” que se pretende que seja a base da experimentação académica, do desenvolvimento e do conhecimento.

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Sabias que...

50

A Parque Escolar, E.P.E. foi criada pelo

Decreto-Lei nº 41/2007, de 14 de Fevereiro.

Tem por objecto o planeamento,

gestão, desenvolvimento e execução

do programa de modernização da

rede pública de escolas com ensino

secundário aprovado pela Resolução do

Conselho de Ministros nº 1/2007, de 3 de

Janeiro.

Nessa resolução são apresentadas

as linhas orientadoras do Programa

de Modernização do Parque Escolar

Destinado ao Ensino Secundário.

Pretende-se, com este programa, “dar

uma resposta eficaz a um ensino que

se pretende exigente” e “constituir-se

como uma referência internacional: uma

escola a tempo inteiro, inclusiva e aberta

à comunidade”.

É sabido que o espaço escolar

pode influenciar as atitudes e os

comportamentos daqueles que o

utilizam (alunos, docentes e funcionários,

encarregados de educação), afectar

a aprendizagem e influenciar o diálogo

e a comunicação entre os membros

da comunidade escolar. Ao criar

oportunidades de aprendizagem

alargadas a todos, suportadas em

ambientes adequados, com qualidade

arquitectónica, confortáveis e

estimulantes, está-se a favorecer o

desempenho educativo. Ao oferecer

a docentes e funcionários condições

de trabalho adequadas e espaços de

descanso e socialização confortáveis,

pretende-se contribuir para o seu

bem-estar e consequente satisfação e

rendimento profissional.

O Programa de Modernização visa repor

a eficácia física e funcional do património

escolar edificado e tem os seguintes

objectivos:

1. Recuperar e modernizar os edifícios

escolares num processo conjugado de

reposição da eficácia física/ambiental/

funcional

Para isso, o grande esforço de

intervenção que se vem vindo a fazer,

pretende corrigir problemas construtivos

existentes, melhorar as condições de

habitabilidade, de segurança e de

acessibilidade, permitir a abertura

da escola à comunidade e adequar

as condições espaço-funcionais às

exigências decorrentes da organização

e dos curricula do ensino secundário,

designadamente: a) maior flexibilidade

na organização curricular, b) diversidade

de práticas pedagógicas; c) acesso

continuado a fontes de informação

variadas (centros de recursos); d) reforço

do ensino experimental de ciência e

tecnologia (laboratórios e oficinas; e) uso

intensivo de Tecnologias de Informação

e Comunicação (TIC); f) inclusão de

alunos com necessidades de educação

especial; g) presença continuada de

docentes e alunos na escola ao longo do

dia.

Neste âmbito reforça-se a necessidade

de requalificar globalmente o espaço

escolar através de uma intervenção ao

nível de espaços de ensino (salas de

aula, espaços laboratoriais, espaços

oficinais, espaços de trabalho para

alunos e para docentes); centro de

recursos / biblioteca; espaços sociais e

de convívio; espaços administrativos, de

recepção e de atendimento; espaços de

educação física; espaços exteriores, com

valorização da componente ambiental,

através de um projecto de arquitectura

paisagista adequado.

2. Abrir a Escola à Comunidade enquanto

elemento estratégico de construção

de uma cultura de aprendizagem e

de divulgação de conhecimento,

recentrando a escola nos meios urbanos

em que se insere, criando condições

para que nos horários extra escolares os

edifícios possam ser utilizados no âmbito

de actividades associadas à formação,

aos eventos culturais e sociais, ao

desporto e ao lazer.

3. Criar um sistema eficaz de manutenção

e gestão dos edifícios após a operação

de requalificação, mantendo uma

eficiente e eficaz gestão da manutenção

dos espaços escolares, em estreita

colaboração com a escola. Para isso,

considera-se de extrema importância

fomentar a correcta utilização das

instalações e equipamentos através

de medidas a fomentar com as escolas

de responsabilização e formação, de

educação para a cidadania e de

valorização do espaço público. No

sentido de garantir a utilização plena

das instalações, o sistema a implementar

pretende dar respostas eficientes às

solicitações pontuais de reparação e

cumprir uma correcta programação

de intervenções de conservação e

manutenção.

O diálogo que pretendemos fazer com

as comunidades escolares teve na Escola

Secundária do Castêlo da Maia uma feliz

realização: foi possível, no prazo previsto,

“Parque Escolar”Construir as Escolas do Futuro

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SomosRevista 51

envolver todos os intervenientes – as

equipas da Parque Escolar e do gabinete

do arquitecto Carvalho Araújo puderem

manter com a direcção da Escola, com

os professores e demais comunidade,

uma fecunda troca de ideias até se

chegar a um projecto de que todos nos

orgulhamos.

Passados quatro anos estão já concluídas

98 escolas e em obra encontram-se outras

70. Para as fases seguintes preparam-

se agora concursos para mais de uma

centena de estabelecimentos de ensino.

As “novas escolas” que vão sendo

“habitadas” e apropriadas pelas suas

comunidades com benefícios educativos

reconhecidos, a disciplina e organização

que exige a realização da obra em

simultaneidade com o decorrer das

actividades lectivas, a colaboração

com tantas empresas, a nossa própria

experiência de trabalho, devolvem-nos

um profundo sentido de responsabilidade,

mas também de alegria e confiança.

Porque nos anima uma forte convicção

de serviço público, de rigor e eficácia, de

espírito de equipa com as comunidades

educativas e territoriais, queremos

construir as escolas do futuro, contribuindo

para uma melhor educação.

Eng.º Luís Martins, Delegação do Norte,

Director Geral Delegado.

Junho de 1994. Três jovens inexperientes foram eleitas para

formar o primeiro Conselho Directivo (Presidente, Vice-presidente

e Secretário), da então denominada Escola Secundária da

Maia, nº 2. A formação desta equipa foi feita de forma singular

e insólita. É uma história muito pessoal … e transmissível:

No dia da tomada de posse, a futura presidente transformou-

se rapidamente em futura ex- presidente, ou seja, não tomou

posse. Nesse momento, tive a impressão que a casa, ou melhor,

a escola, desabava em cima de mim. E agora? Quando dei por

ela, estava a futura vice-presidente (Rosa Fernandes) a passar,

rapidamente, de ex-futura-vice-presidente a presidente; e a

futura secretária (Paula Romão) a passar de ex-futura-secretária

a vice-presidente. Confuso? Sem dúvida.

Mas, estava a faltar um elemento. Quem iria ser a secretária

deste Conselho Directivo? Era preciso encontrar urgentemente

alguém ainda mais inexperiente que as duas anteriores, pois

faltavam apenas três horas para a tomada de posse do novo

órgão. Missão impossível? Nem pensar!

Afinal, sempre existem anjos e do sexo feminino! (Inês Marques)

“Serenamente”, as três jovens assinaram o livro de actas

oficializando, assim, o órgão do qual fariam parte durante os

dois anos seguintes.

Fez-se silêncio. E agora? Vamos ao trabalho! Na verdade se

diga que já estavam exaustas, pois fora uma manhã bastante

agitada. A partir daquele momento com certeza que tudo se

iria compor, tudo aquilo fora um pouco como um casamento

abençoado pela chuva.

Dias mais tarde, a jovem inexperiente, recém-empossada

presidente, comunicou

às outras colegas que

… estava grávida. Dali a

poucos meses a equipa

ficaria reduzida a dois

(ou seria a quatro?)

elementos. Nada que

assustasse estas mulheres (… do norte)!!

Nunca seria possível falar desta época única das nossas vidas

sem mencionar a colaboração ilimitada de vários colegas,

de entre os quais, justiça seja feita, à nossa querida Manuela

Vilarinho, que infelizmente já não se encontra entre nós, e ao

inexcedível colega Ilídio Moutinho. Nunca esqueceremos o

companheirismo destes colegas, que arduamente trabalharam

ao nosso lado. Passámos praticamente a viver na escola. Foram

horas sem conta fora de casa.

Estas três jovens inexperientes, foram ao longo dos anos

transformando-se em três profissionais que continuam a trabalhar

em prol de uma escola pública inclusiva, onde se educa, se

instrui e se socializa.

Junho de 2011. Já não são inexperientes e muito menos jovens,

mas continuam a acreditar que “Só aqueles que tem coragem

de caminhar podem viver todos os dias na certeza de lá

chegar.”( Messias Ricarte)

Professora Rosa Fernandes

primeiro Conselho Directivo

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Sabias que...

52

Depois de ler o texto da minha ex-

presidente do Conselho Directivo, e

minha digníssima actual sub-directora,

entendi acrescentar mais uns pormenores

inéditos.

Estávamos no ano de 1994, quando um

belo dia de Maio, uma colega (Rosa

Fernandes) da escola se abeirou de

mim com um ar um pouco conspirador,

dizendo-me que queria falar comigo a

sós. Pensei logo o que teria eu feito de tão

mal que exigia uma conversa tão formal.

Mas enfim, educadamente lá acedi ao

tal encontro, resignada ao que dali

viesse.

1º acto: Apenas vos digo que

recordo até hoje cada palavra

proferida, cada segundo passado,

pois, à medida que a colega ia

desfiando o seu discurso, a minha

perplexidade era tão grande

que sinceramente, penso não ter

conseguido sequer articular uma

ideia, limitando-me a proferir algo

como: eu? porquê eu? olha que eu

não percebo nada disto, mesmo

nada (…) e o que eu gosto mesmo

é de dar aulas! Perante alguma

insistência lá acabei por me livrar da dita

colega, dizendo que ia pensar! Meti-me

no carro e andei sem rumo sempre com

aquelas palavras na cabeça: “Paula,

eu tenho-te observado e gostava que

fizesses parte da minha lista para a

próxima eleição do Conselho Directivo”;

eu? pensava, logo eu, caloira na escola,

quase inexperiente no ensino, e fascinada

pelos meus alunos? Porquê eu?

2º acto: Durante uns dias nem em casa

consegui falar sobre este insólito convite,

pois nunca tal me tinha passado pela

cabeça, ainda mais porque não tinha

nada a apontar à Comissão Instaladora,

que tinha sido indigitada para “abrir” a

escola. O tempo ia passando e as outras

duas colegas da suposta lista começavam

a esgotar a sua paciência pois eu “não

atava nem desatava” Na noite anterior

ao da entrega da lista, confesso-vos que

nem dormi, pois, por mais respeito que

tivesse pelas minhas colegas, nada me

impelia nem motivava para o exercício

de um cargo na direcção de nada, muito

menos de uma escola.

3º acto: Eram sete da manhã, do dia D,

já “je” se encontrava bem estacionada

em frente ao portão da escola, a

encher-me de coragem para dizer às

colegas um “não” convicto e definitivo,

preparada que estava para sustentar os

meus argumentos, no caso de insistência,

saudável, naturalmente, por parte das

outras duas “corajosas” colegas.

4º acto: Mas o “peso na consciência” era

muito por ter demorado tanto tempo a

decidir-me, pelo resolvi dar uma ajudinha

para resolver o problema da minha

substituição de modo a não inviabilizar

a dita lista de se candidatar. Assim,

tal como eu tinha sido “observada”,

também eu tinha tido oportunidade

de observar alguém que considerava

muito boa profissional. Nem hesitei, tinha

poucas horas para tentar persuadir

uma colega, ainda mais nova do que

eu, a aceitar algo que eu própria tinha

recusado; ou seja, ainda hoje não sei

como consegui convencer uma colega

inteligente (Inês) a aceitar esse desafio,

utilizando os mesmos argumentos em

sentido contrário, ou seja, usei-os para

lhe dizer porque não podia aceitar, e usei

os mesmos para a convencer do motivo

pelos quais achava que ela devia aceitar.

5º acto: A eleição ocorreu, tendo-

me eu comprometido a trabalhar

na retaguarda, nas férias e afins

para que tudo corresse bem, caso

viessem a vencer as eleições, o

que veio a acontecer. E assim

foi, um belo dia, estava eu a

ajudar a fazer as turmas, já as

aulas tinham acabado, quando

entra de rompante a obreira de

toda esta encruzilhada (Rosa

Fernandes) dizendo-me que desta

vez não lhe podia dizer que não,

pois o elemento da lista que iria

ser indigitado presidente, tinha

desistido no preciso momento da tomada

de posse. Voltei à estaca zero! O que

fazer?

6º acto: Agora o meu compromisso era

maior! Como dizer que não, outra vez, a

quem tanto tinha confiado em mim? Pior

ainda; como dizer não, a quem eu tinha

convencido ser um desafio interessante?

Como dizer não a duas colegas que

eu muito prezava, que considerava

muito profissionais e acima de tudo

por quem nutria o maior respeito? E foi

assim que me iniciei nestas funções. Ora

reparem quanto inconsciente fui: um

Insólito? Talvez! Ousadia? Muita! Inconsciência? Total!

Page 53: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

53SomosRevista

ano estagiária; ano seguinte professora

do 3º ciclo; ano seguinte, professora do

secundário; ano seguinte, vice-presidente

do Conselho Directivo!

7º Acto: Mas o que vocês ainda não

sabem é que a minha digníssima equipa

me tirou o tapete algumas vezes, senão

vejamos: Julho 94, na tomada de posse:

Paula tu é que ficas a vice-presidente

(diz Inês); Novembro – Paula, estou

grávida (diz Rosa); Janeiro – Paula, a

partir de hoje tu é que diriges o Conselho

Pedagógico, lamento mas estou muito

grávida! Fevereiro – Paula, agora tens de

me substituir no Conselho Administrativo e

… (insiste Rosa). Fim do mandato – Paula,

acho que devemos trocar de funções e

deves ser tu a Presidente (diz, Rosa).

8º Acto: O resto da história é aqui contada

pela grande visionária de tudo isto (Rosa

Fernandes)! Mas quero-vos dizer que as

minhas ainda actuais companheiras de

direcção são fantásticas e que foram

sempre elas as mais corajosas; sim, porque

passado todo este tempo eu acho que

não aceitei logo por falta de coragem e

não por excesso de zelo ou consciência!

Tudo isto só foi possível, por estarmos no

ano de 1994, numa escola com 70 alunos,

que tinha sido inaugurada no ano anterior.

Hoje seria impensável esta sucessão

de factos pois o grau de exigência,

conhecimentos e de experiência revelam-

se variáveis indispensáveis na direcção

de uma escola. Muitos de nós fizemos

parte do crescimento desta escola e o

elevado civismo e bom clima que sempre

teve é atestado também pelo facto

de ainda cá estarem todos os colegas

que já fizeram parte da direcção, com

excepção dos que já se reformaram e do

colega que foi nomeado para instalar a

escola. Dessa comissão, destaco a nossa

querida colega Ana Maria Meireles e o

reformado mais bem disposto de todos,

Armando Mendes.

A nossa escola tem na sua génese, um

bocado de todos quantos passaram na

direcção, e na sua alma um pouco de

todos os que por cá passaram e ainda

permanecem. É o nosso orgulho! É a

nossa missão!

Ano lectivo Presidente/Director Vice-presidente/Sub-director Secretário/Adjunto do director

1992-94 Alcino Pinto Ana Maria Meireles Armando Mendes

1994-96 Rosa Fernandes Paula Romão Inês Marques

1996-98 Paula Romão Margarida Miranda Irene Tiago

1998- 2002 Albino Ramos Conceição Moutinho

Nuno Gomes

Armando Mendes

2002-2004 Paula Romão Dídia Oliveira

Rosa Fernandes

2004 - 2009 Paula Romão Lúcia Teixeira

Rosa Fernandes

2009 - 2011 Paula Romão Rosa Fernandes Graça Mota

Inês Marques

Directora Paula Romão

Page 54: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

Galeria

54

Todos sabem que o Sr. Fernando,

assistente operacional desta escola,

tem como tarefa cuidar da segurança

de todos nós no espaço escolar. Todos

sabem que o faz brindando-nos com a

sua simpatia e disponibilidade, muitas

vezes ainda antes de atravessarmos o

portão. O que muitos não sabem é que

ainda arranja tempo para preservar a

memória colectiva da nossa escola,

através das imagens que vai recolhendo

e que ilustram a evolução do trabalho

de recuperação e transformação dos

edifícios.

Aqui fica um cheirinho da sua reportagem

fotográfica…

Page 55: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

55

Page 56: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

pontos de vista

56

1992-2011. Dezoito anos e alguns meses.

Uma mudança de século. Quantos

milhares de alunos? Muitos, muitos

mesmo. Quase uma geração passou

desde que a Escola Secundária do

Castêlo da Maia (ESCM) foi inaugurada,

em 31 de outubro de 1992. O que têm

em comum os 1048 alunos que hoje

frequentam a nossa escola com os 75

que a frequentaram naquele primeiro

ano? E o que os distingue?

Seria muito fácil cairmos no lugar-comum,

dizendo que os alunos de ontem eram

muito mais fáceis do que os de hoje, mais

educados, menos indisciplinados, mais

atentos e trabalhadores. No entanto,

devemos refletir sobre um aspecto

essencial: Quem eram, há 18 anos, e

quem são hoje os nossos alunos?

Em primeiro lugar, não esqueçamos

que, inicialmente, a ESCM tinha poucos

alunos e todos do ensino secundário. Em

1992, a frequência do ensino secundário

era, em termos percentuais e a nível

nacional, bem mais baixa do que é hoje,

o que significa que muitos dos jovens

ficavam fora das escolas secundárias.

Consequentemente, a escola secundária

pública era para todos na sua Missão,

mas não continha, de facto, todos.

Hoje, praticamente todos os jovens que

terminam o ensino básico continuam a

estudar nos vários percursos formativos

que a escola pública oferece. Além

disso, a nossa escola tem praticamente

tantos alunos do ensino básico como

do ensino secundário. Sendo assim, a

nossa população escolar é muito mais

heterogénea e diversificada em termos

de idade, meio familiar e contexto

sociocultural e económico. Esta é, por

si só, uma grande diferença entre a

ESCM de ontem e a de hoje; este é, em

si mesmo, um enorme desafio que se

coloca à escola.

Por outro lado, para além dos números,

outra questão deve ser equacionada:

Quem são, hoje, “as pessoas que

moram nos nossos alunos”, usando

uma expressão cunhada pelo Professor

Joaquim Azevedo?

Um relatório sobre as crianças inglesas

recentemente divulgado veio mostrar

que o culto do individualismo, ganância

e egoísmo teve e tem um impacto tal

na vida das crianças que as famílias e

os alunos necessitam de treino básico

em amor e responsabilidade moral.

Aconselha-se os pais a confiarem menos

nos infantários e creches e mais em

membros da família para os ajudarem

a educar os seus filhos. Critica-se o

consumo, promovido pela publicidade

dirigida às crianças, e o modo como

a utilização das redes sociais encoraja

os seus utilizadores a gabarem-se do

número de amigos que têm, sem nunca

pensarem na importância da qualidade

dessas amizades.

Desconheço se existe algum estudo deste

género para Portugal, mas penso que os

resultados não seriam muito diversos. O

consumo e a atracção pelas redes sociais

entre as crianças e jovens estão na ordem

do dia, também por cá. Por exemplo, um

estudo apresentado no Porto já este ano

concluiu que as crianças entre os 8-10

anos dão mais importância à roupa e ao

calçado do que aos brinquedos. Também

dados revelados no mês passado pela

Comissão Europeia, no âmbito do

projecto EUKidsOnline, revelam que 78%

dos jovens portugueses, com idades entre

os 13 e os 16 anos, estão presentes nas

redes sociais.

Ainda segundo dados deste ano, as

crianças com idade compreendida entre

os três e os 15 anos passam mais de cinco

horas por dia na companhia dos meios

de comunicação. Segundo este estudo,

uma em cada quatro crianças de oito

anos tem seis meios de comunicação

no quarto – 45 por cento tem televisão,

40% computador e 30% aparelhagem

ou rádio. Finalmente, 97% das crianças

com 12 anos e 64% com oito anos

tem um telemóvel, e 62% das crianças

portuguesas tem livre acesso à Internet.

Os especialistas em psicologia acreditam

que estes dados estarão muito próximos

da realidade actual. E, embora se refiram

à sociabilidade das crianças e jovens fora

da escola, penso que são essenciais para

lermos a realidade dentro da escola. De

facto, como pode a Escola esperar que

os alunos de 2011 sejam como os de 1992

ou mesmo de 1999?

Hoje não basta à Escola como instituição

apresentar bem “a matéria” para que ela

atraia e os alunos se interessem por ela. A

velocidade da nossa vida em sociedade

leva à impaciência e superficialidade; a

abundância eleva o consumidor ao poder

e o desperdício é visto como natural; a

A Escola e os alunos1992-2011: O que mudou?

Page 57: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 57

diversidade (também da informação)

obriga a uma enorme capacidade de

“filtrar” o mundo à nossa volta e torna as

escolhas mais difíceis; o prazer e a baixa

tolerância ao “não prazer” substituem o

agir “por dever”, a ideia de que muito do

que se quer só se consegue através do

sacrifício; a interactividade, mobilidade

e desmaterialização próprias do mundo

virtual fazem emergir novos valores

como a flexibilidade, capacidade de

adaptação, “ir e estar” sem sair do

mesmo sítio.

Por tudo isto, não vou aqui defender

que os alunos de hoje são piores do

que os de ontem. Mais difíceis? Talvez.

Mais desafiantes? Sem dúvida. É óbvio

que mudaram, que não têm os mesmos

comportamentos e atitudes. A questão é:

nós também mudámos, o mundo que é o

deles e nosso também mudou. A Geração

F, ou Geração Facebook, cresceu e

cresce online, num mundo digital onde

tudo é imediato, volátil e fugaz.

Perante tais mudanças, a Escola precisa

de saber ouvir, fugir à rotina, abandonar

progressivamente o método expositivo em

favor de aprendizagens mais interactivas,

centradas na experimentação e

promotoras da criatividade e inovação,

optar por métodos que favoreçam

a aprendizagem mais personalizada

e menos massificada, treinar para a

ausência de prazer imediato e diferir a

gratificação. Em suma, precisa de atrair e

não deve cair na tentação de se limitar a

fascinar os seus alunos.

Até porque fascinar é diferente de atrair,

como dizia Pedro D’Orey da Cunha há uns

anos. Os meios tecnológicos e digitais ao

dispor dos jovens de hoje podem fascinar

sem atrair. Os professores nunca poderão

ser substituídos pelos meios tecnológicos

e digitais porque estes não esperam nada

dos alunos, não têm esperança neles nem

expectativa do seu desenvolvimento.

Modernas investigações mostram bem

a importância fundamental desta

expectativa que se transmite de mil

maneiras: é o olhar de conivência, é o

sorriso de entendimento. E, ao contrário,

a ausência de esperança também se

transmite. O desafio que se nos coloca,

enquanto professores, é evitá-lo!

Luísa Pinho

Profª de Inglês e Coordenadora de Ensino Secundário

Estas últimas férias de Verão foram as únicas em que ansiávamos para que as aulas começassem, pois iria ser uma

nova experiência numa escola diferente em vários aspectos.

O tempo passou e... finalmente chegou o GRANDE dia – o primeiro dia de aulas.

No primeiro dia de aulas a nossa turma foi guiada até uma sala onde vimos pela primeira vez a nossa nova

Directora de Turma: a professora Alice Sousa.

À primeira vista pareceu-nos uma professora simpática, mas um pouco séria. O que se revelou falso, pois a

pessoa séria do primeiro dia, logo, logo passou a ser a professora amiga e carinhosa.

Infelizmente, quase no fim do primeiro período, a professora teve de se ausentar. Passadas umas

semanas chegou uma professora que a substituiria durante o resto do 1º Período e todo o 2º

Período: a professora Ana Caseiro. Logo no primeiro dia, a professora surpreendeu-nos com duas

músicas compostas por si. Demonstrou ser uma pessoa descontraída, talentosa e também

muito exigente.

Nesta escola todos os nossos professores são muito amigos e compreensivos; os

funcionários estão sempre dispostos a ajudar. Relativamente à turma, mesmo sendo

diferente, achamos que é muito divertida e acolhedora.

Achamos que esta é a melhor escola que já frequentámos, pois é organizada,

GRAAAAANDE e todos os funcionários e professores são muito simpáticos.

Gostámos muito das primeiras impressões que tivemos da escola e esperamos

continuar a sentir o mesmo durante os próximos anos… MAS NÃO

PRETENDEMOS FICAR AQUI PARA SEMPRE!!!

Mariana e Sara 7F

Page 58: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

pontos de vista

58

ESCOLA VELHA, ESCOLA NOVA

MUDAR, MAS PARA MELHOR

“Continuamente vemos novidades / diferentes em tudo da

esperança” são dois conhecidos versos do nosso poeta Camões.

Não quero partilhar do seu pessimismo, quando falo da minha escola.

Aquela escola que conheci desde sempre, desde mesmo antes

dela ter sido construída. Faço parte da sua existência, conheço-a e

posso falar dela como só alguns dos docentes ou funcionários que cá

trabalham hoje.

Faço parte de, agora, um pequeno grupo que fundou a nossa escola

e que a viveu ao longo de duas décadas com entusiasmo, dedicação

e amor. Mas também faço parte de um grupo que ainda hoje

mantém esta antiga chama que nos envolve com os nossos alunos e

colegas a quem dedicamos o esforço renovado dia a dia de que a

vida moderna não se compadece. Foi para eles que construímos uma

escola que queremos que seja, antes de mais, um espaço de humanidade e de tolerância. Também

um espaço de saber, que só pode ser fundado nas raízes da amizade. Porque foi na escola que todos,

novos e velhos, aprendemos o sentido da palavra amizade.

Certo é que “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, lá diz o nosso Camões, e que as mudanças

nem sempre se fazem para melhor também sabemos. Mas este “mudar-se cada dia” faz parte do

nosso tempo. E é nele que vivemos e trabalhamos, é com as mudanças constantes que temos de saber

conviver. Saibamos, pois, mudar, mas sempre para melhor.

A nossa escola vai mudar. Vai deixar de parecer a mesma, parece até que estão a destruir a escola

velha. Vai ser renovada, reconstruída. Reconstruída, sim, fundada na escola velha. Novos e talvez

surpreendentes espaços e condições óptimas de trabalho nos esperam. Um novo rosto, um novo

aspecto. Não nos iludamos com as aparências, pois elas podem enganar-nos. Teremos que saber juntar

a juventude do espaço novo ao velho saber que vem de trás e saber fazer a mudança.

Quando falo da minha escola, gostaria de mudar os versos do Camões para dizer “Continuamente

vemos novidades / em tudo iguais à esperança”. É o meu desejo e estou convicta de que é também o

de todos os que fundaram e que querem continuar a nossa escola.

Professora Teresa Barbosa

A minha escola...Posso ter chegado cá apenas há um ano, mas para mim isso bastou para ver como esta escola

é limpa, os professores fantásticos, e como os espaços estão organizados.

A escola pode ter entrado em obras mas, mesmo assim, não perdeu o seu esplendor e a sua

capacidade de organização, com a qual eu me deparei desde o primeiro dia.

Mariana Pereira 7F

Page 59: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 59

Somos “Profissionais”

Somos quatro alunos do Curso Profissional de Técnico de

Energias Renováveis, aplicadas a Sistemas Solares Térmicos,

neste momento no segundo ano da nossa formação, o que

corresponde ao 11.º ano.

Decidimos frequentar este curso porque percebemos que o

futuro estava aqui. No final da nossa formação, teríamos dois

caminhos à nossa frente: ou o mundo do trabalho ou o do

prosseguimento de estudos.

Nos dias de hoje, em que o mercado de trabalho está já tão

preenchido e nos dá tão poucas oportunidades, estes Cursos

surgem como alternativa a quem pretende acabar o seu

percurso académico no final do 12.º ano, mas também a quem

pretende uma formação superior.

O facto destes cursos serem leccionados por módulos

capitalizáveis, dá-nos a vantagem de irmos progressivamente

adquirindo as competências. Caso isso não aconteça com

sucesso, temos sempre a oportunidade de recuperar essa

matéria, que estando mais dividida é menos extensa e, logo, de

mais fácil aquisição.

Outra das vantagens deste tipo de cursos é a formação em

contexto de trabalho, no segundo ano, pois permite-nos um

contacto prévio com o mercado de trabalho e com as nossas

futuras funções e responsabilidades. É, ainda, a melhor forma

de testarmos os conhecimentos que já possuímos e de repensar

alguns que não temos e outros que necessitamos de aprofundar.

Num país que tem apostado nas energias renováveis (a nosso

ver ainda há muito para fazer, muitas áreas onde investir e outras

para repensar), este Curso de Técnico de Energias Renováveis,

pareceu-nos aliciante, atractivo e com grandes saídas

profissionais. Esperamos dar o nosso melhor e maior contributo

para uma área essencial à economia e ao progresso do país: a

auto-suficiência energética.

Edite Sousa; Hugo Costa; Mara Santos; Sílvia Lopes 11 I

AS OBRAS NA NOSSA ESCOLA …

Desde o início do mês de Março, a nossa escola tem entrado num processo

de remodelação dos seus edifícios e envolvente.

Em primeiro lugar, está a ser feita a remodelação dos pavilhões E e D. Esta

situação faz com que os que tinham aulas nesses pavilhões, tenham agora

que se deslocar para contentores situados no campo de jogos! Por vezes, este

facto torna-se bastante aborrecido pois, especialmente no Verão, parece

que estamos dentro de um “forno”!

Na minha opinião, o projecto está interessante, sendo o edifício muito

moderno!

Porém, penso que este projecto destruiu um auditório construído recentemente

(há pouco mais de 1 ano!) e que, pelo que sei, teve elevados custos,

apresentando-se novo e muito moderno!

Concluindo, a “nova escola” vai ser interessante e diferente, mas a “velha

escola”, no meu entender, não estava assim tão mal para que se justificassem

estas obras, principalmente nos momentos difíceis em que nos encontramos

em termos económicos.

Hugo Gomes 10ºF

PROTESTO - E o 10º F, pá?”

“Todos os alunos do 10º F … (16 esbeltos

rapazes e uma deslumbrante rapariga!)…

pretendem deste modo apresentar o seu

descontentamento pelo facto da sua

participação no Concurso de Quadras

de S. Martinho, apesar de ter sido alvo de

destaque (obteve um dos prémios!), a turma

não ter sido identificada fotograficamente,

como é tradição na revista da nossa escola!

Bom, … nós reconhecemos a nossa beleza,

mas … SEREMOS assim tão excessivamente

BELOS?!” alunos do 10F

A Equipa da SomosRevista aproveita a

oportunidade para relembrar que se reserva

o direito de seleccionar textos, fotografias,

ilustrações, entre outros, de acordo com

critérios editoriais. Desta forma, agradecemos

o contributo desta turma com a sua quadra

publicada no número anterior, no entanto

não nos sentimos obrigados a ilustrá-la, tal

como não o fazemos à totalidade os textos

que nos são fornecidos.

A Equipa SomosRevista

Page 60: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

pontos de vista

60

A minha, nossa Escola

A história repete-se: mais um ano a terminar, gente que vou

deixar para trás, pessoas que não vou mais cumprimentar, paredes

que não mais me vão acolher, cadeiras nas quais não me vou mais sentar,

computadores nos quais não mais vou teclar, infoponto que já não vai necessitar da minha

password, nomes que não mais vou chamar… costuma ser sempre assim, ano após ano, com o

aproximar do fim das aulas dois sentimentos me assolam o espírito: a felicidade do dever cumprido e a nostalgia

do que deixo para traz.

Uns loiros, outros morenos, uns altos, outros mais baixos, uns mais gordinhos, outros mais magros, uns felizes, outros nem tanto, uns

entusiasmados, outros desmotivados, uns sabichões, outros com maiores dificuldades, cada um com os seus defeitos e qualidades.

São tão diferentes, todos trabalham de modo diferente, todos querem coisas diferentes e todos têm sonhos diferentes. Claro que

estou a falar dos meus alunos, daqueles que têm feito parte da minha vida ao longo dos anos e que me deram a felicidade de

com eles poder privar, aprender e ensinar.

A Escola, enquanto instituição ou estabelecimento de educação, deve ser um lugar de excelência, parte integrante da

nossa formação e construção da nossa felicidade, não apenas um edifício. A escola deve ir para além do espaço físico. A

Escola para mim é uma comunidade, uma comunidade constituída por pessoas, pessoas singulares que embora substituíveis,

continuam a fazer parte da história dos lugares por onde passam. A Escola está em permanente reformulação, reformulação

essa patente não apenas nas novas paredes que se irão edificar mas também nas novas pessoas que por ela irão passar e

que da sua história para sempre irão fazer parte.

Habituei-me a esta Escola, como todos os anos me habituo às outras por onde vou passando, apesar de saber que não

vou nelas permanecer por mais que alguns meses. Fixei nomes, estabeleci amizades/cumplicidades, entreguei-me a

diferentes rotinas, adaptei-me às novidades. É claro que a saudade faz parte do meu quotidiano, saudade dos que

outrora também deixei para trás. Melhor me compreenderão os colegas que, como eu, todos os anos se deparam

com uma nova Escola.

Quem julga que fazer da Escola um lugar perfeito é uma tarefa fácil, desengane-se, pois como disse, a Escola é

constituída por indivíduos e a perfeição, por muito que possa ser um objectivo a alcançar, não é uma característica

inata ao indivíduo.

A Escola faz-se quotidianamente com muito amor, respeito, paciência, democracia, compromisso, carinho,

firmeza, compreensão e esforço de todos nós que existimos e que tornamos possível que esta exista também.

Na sociedade actual, a volatilidade ideológica que actualmente vivenciamos e que se traduz numa grave

crise valorativa condiciona em certa parte o seu principal propósito que é garantir o desenvolvimento pleno

e harmonioso da personalidade do indivíduo e criar condições favoráveis à promoção do sucesso escolar e

educativo. Contudo, orgulho-me de ter passado por mais uma Escola e comprovar o esforço encetado por

todos quanto dela fazem parte na concretização deste grande objectivo.

Urge saber aproveitar as oportunidades e, sobretudo acreditar: crer na realização pessoal no nosso potencial

e na relação digna com os outros, no sonho e na ambição.

Sejam felizes e descubram um norte para a vossa ambição. Professora Mª João Almeida

Page 61: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 61

O nosso regresso à escola

O nosso regresso à escola, foi o chegar a uma meta já há algum

tempo por nós traçada que só agora vemos concretizada.

Este nosso voltar tem como objectivo essencialmente elevar os

nossos níveis de habilitações escolares com a esperança que

este seja uma mais-valia quer a nível profissional, quer a nível

pessoal.

Chegados à escola vemo-nos confrontados com um tipo de

ensino e método completamente distinto daquilo que nós

estávamos habituados, não há testes de avaliação, mas núcleos

geradores e domínios de referência, não há aulas expositivas,

mas sessões em que somos levados a reflectir acerca de todo

o tipo de assuntos e matérias, não há manuais mas sim um

Referencial de Competências – Chave onde estão inscritas as

tais competência que nós temos que validar, não há professor

mas sim formador. Este tipo de ensino baseia-se essencialmente

na nossa experiência pessoal e profissional, no fundo do nosso

conhecimento do mundo.

No que respeita às relações interpessoais que estabelecemos

entre o grupo até estas são completamente diferentes, isto

porque: a faixa etária em que nos encontramos é outra, há uma

troca de experiências devido à diversidade de idades, o facto

de as aulas serem à noite torna o ambiente mais motivador,

funcionando para nós como um escape à rotina diária, apesar

da exigência do processo.

Deste modo as nossas expectativas estão a ser superadas aos

vermo-nos confrontados com este tipo de ensino. Apesar da

exigência do processo, uma vez que temos sessões de segunda

à sexta das 19:00 às 23:00, o grupo/turma mostra um grande

espírito de entre ajuda, de companheirismo, de solidariedade

e de partilha. São estes os valores que estruturam a nossa

caminhada, que estão a revelar-se a chave para o nosso

sucesso, neste nosso regresso à escola.

CURSO EFA – EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS NS

(2010/2011)

Page 62: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

somosRevista investigou

62

A criação, melhoramento e preservação das áreas verdes

foram desde cedo uma prioridade na nossa escola. Ao longo

dos anos, professores, funcionários e alunos dedicaram-se

a construir e a enriquecer um património vegetal relevante,

coleccionando não só espécies com interesse ornamental,

mas sobretudo aquelas com importância ecológica, típicas dos

nossos ecossistemas, da região atlântica e mediterrânica.

Importa referir que a escola, integrada num pólo escolar,

construído de raiz numa zona de lavradio, ainda com muita

actividade agrícola, era marcadamente rural no ano da sua

inauguração. Anunciava-se já um acelerado processo de

transformação (construção de grandes vias, de habitações e

urbanizações, de fábricas e armazéns) conforme o modelo

de desenvolvimento comummente aceite, o que significa

pouco sustentado. Na altura, o Projecto pensado e designado:

“Humanizar a Escola” tinha a grande finalidade de alertar para a

necessidade de conservação desse ambiente com fortes marcas

de ruralidade e colocar a natureza no centro das atenções,

transmitindo as regras e a informação necessárias para, em

uníssono, se construir uma consciência ecológica. À frente deste

projecto esteve uma equipa de professores orientados pela Drª

Manuela Vilarinho. Foi um projecto agregador de saberes e de

áreas disciplinares diferentes que se construíram à volta do então

designado “Clube Verde”, apoiado pelo Departamento de

Ambiente e Qualidade de Vida da Câmara Municipal da Maia.

As actividades desenvolvidas eram variadas desde reciclagem

de papel, elaboração de objectos com esse papel (postais de

natal, capas e artefactos), orientados pelo grupo disciplinar de

Educação Visual, participação em feiras de plantas e mostras,

onde se foi ensinando essas artes e transmitindo a mensagem,

que se disseminou rapidamente. O projecto Educativo tinha um

forte vínculo ambientalista que se traduzia no desenvolvimento

Um jardim não é só paisagem

Page 63: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 63

de imensas actividades transversais às várias disciplinas,

favorecendo os projectos de área-escola que integravam o

currículo do ensino básico na altura.

Criada a sensibilidade, nos anos seguintes a escola partiu

para uma 2ª fase de implementação do projecto com o

enriquecimento dos jardins, principalmente nas zonas limítrofes

do perímetro da escola virado para a estrada e, ainda, as

encostas dos pavilhões E e C. A opção por plantas autóctones

orientou desde sempre as nossas escolhas e a candidatura a

vários projectos (do Instituto de Promoção Ambiental - IPAMB,

do Ciência Viva, etc.) propiciou a colaboração com diferentes

instituições como, por exemplo, a Fundação de Serralves, o

Parque Biológico de Gaia, o Instituto Geológico e Mineiro e a

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro - UTAD. O professor

do departamento de botânica desta universidade, Prof. José

Ribeiro proferiu uma palestra para a comunidade escolar

sobre a importância da preservação da flora autóctone e da

biodiversidade, ajudou a classificar algumas espécies e deu

orientações sobre a colocação de algumas, como os cuidados

a ter no seu desenvolvimento, principalmente das espécies mais

exigentes. Tínhamos à época uma colecção de mais de 150

espécies autóctones vindas de todas as regiões do país, algumas

espécies endémicas integradas na Rede Natura 2000, altamente

protegidas, que víamos crescer, misturar-se e adaptar-se às

novas condições. Foi um laboratório de experiências! As aves de

jardim atraídas pelos espaços abertos dos prados, pelos frutos

selvagens (framboesas, mirtilos e morangos-bravos) e pelos

insectos dos jardins de plantas aromáticas, alegravam-nos com

a sua presença.

Tivemos também o privilégio de contar com a presença do

Padre Fontes, conhecido pela organização do Congresso

de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, que nos contou os

segredos das pomadas milagrosas e mezinhas que tudo curam,

utilizando determinadas ervas. O projecto

da escola inserido no programa “Ciência

Viva” tinha como finalidades o estudo dos

diferentes tipos de solos da escola, as plantas

mais adaptáveis a esses solos, e aquisição de

plantas aromáticas/medicinais. Estas últimas

provenientes da empresa de agricultura

biológica ERVITAL – PLANTAS AROMÁTICAS E

MEDICINAIS LDA do Mezio – Castro Daire - Viseu,

onde fomos em visitas de estudo com os nossos

alunos de Técnicas Laboratoriais de Biologia II.

De todas estas formas, criaram-se condições

de partilha, enriquecendo-nos em experiências

e conhecimentos, tornando assim possível

concretizar muitos dos nossos sonhos. Muitas

horas foram dedicadas à plantação das espécies adquiridas,

muitos fins-de-semana dedicados a esta missão tão nobre e, ao

mesmo tempo, aprazível. Vê-las desenvolver de ano para ano

foi, para todos nós, gratificante.

Muito mais se podia dizer, mas por mais que se diga mais fica

por dizer!

Agora, a escola defronta-se com um novo desafio. No processo

de construção da nova escola, este espólio e a forma como

será perpetuado constitui um assunto delicado. É evidente que

todos nós, de uma forma ou de outra, ficamos sensibilizados

quando vemos desaparecer espaços que já faziam parte do

nosso dia-a-dia, que nos habituamos a gostar e que ajudamos a

humanizar. Mas devemos encarar a mudança com optimismo e

também acreditar que será para usufruir de uma escola melhor.

Muitas árvores já foram salvas, com a mestria da equipa

técnica encarregada de o fazer, outras infelizmente não

terão a mesma sorte, por serem demasiado grandes, pouco

relevantes ou estarem no sítio errado. Outras pequenas plantas

foram transplantadas por nós mesmos e serão posteriormente

integradas nos novos jardins, sempre com a anuência do

arquitecto paisagista João Bicho. Algumas dessas espécies

poderão vir a embelezar/ornamentar jardins, varandas e

floreiras de elementos da nossa comunidade educativa, que

se inscreveram para uma possível aquisição. Faz-se de tudo

para aproveitarmos ao máximo as nossas plantas e a nossa

biodiversidade.

Importa lembrar que um projecto de arquitectura paisagista é

um trabalho de autoria, que deve ser respeitado, caso contrário

corremos o risco de o desvirtuar. No entanto, tivemos sempre

uma atitude receptiva por parte do arquitecto responsável, que

soube no momento próprio e com conhecimento de causa

esclarecer as nossas dúvidas e, também, aceitar algumas das

Page 64: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

somosRevista investigou

64

nossas sugestões.

Fazem parte da nossa herança os Azevinhos (Ilex aquifolium),

os amieiros (Alnus glutinosa), as árvores do género Acer (Acer

negundo, Acer pseudoplatanus, Acer palmatum), as bétulas

(Betula celtiberica), os cedros (Cedrus atlantica), os ciprestes

(Cupressus sempervirens), o marmeleiro (Cidonia oblonga),

os Cotoneaster sp., os pilriteiros (Crataegus monogyna), o

diospireiro (Diospyros kaki), os freixos (Fraxinus angustifolia), os

liquidâmbares (Liquidambar sp.), os oleandros (Nerium oleander),

as aroeiras (Pistacia lentiscus), os pinheiros-manso (Pinus pinea),

os carvalhos (Quercus robur), os sobreiros (Quercus suber), a

oliveira (Olea europaea) as tramazeiras (Sorbus aucuparia),

as tílias ( Tilia sp.), os folhados (Viburnum tinus), só para referir

algumas de entre muitas outras plantas.

Todo este património herdado será enriquecido com a

execução do projecto paisagístico, uma vez que este

contempla um grande incremento de biodiversidade, com

a introdução de novas espécies arbóreas, arbustivas e

herbáceas, nomeadamente medicinais e aromáticas. Serão

também criados novos espaços como, por exemplo, as hortas

pedagógicas na zona do descampado.

No final, esperamos ter uma escola que não perca a sua

identidade, que saiba preservar a sua memória e que perspective

o seu futuro, coligindo vontades, promovendo valores e

prosperando com a dedicação de toda a comunidade escolar.

Professores Nuno Gomes, Célia Fernandes e Carminda Teixeira

Page 65: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 65

Page 66: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

somosRevista investigou

66

ENSINO BÁSICO

EXAMES NACIONAIS 9º ANO – LÍNGUA PORTUGUESA

MELHOR MÉDIA de entre as 9 escolas do concelho em 2008 e

2010; a 189ª melhor média num total de 1301 escolas públicas e

privadas a nível nacional.

EM 2010: segunda escola que MAIS ALUNOS LEVOU A EXAME

(140) no concelho da Maia.

EXAMES NACIONAIS 9ºANO – MATEMÁTICA

3ª MELHOR MÉDIA do concelho em 2007 e 2010 (com diferenças

de 2 décimas para as escolas com a melhor média) ; a 262ª

melhor média num total de 1301 escolas públicas e privadas a

nível nacional.

EM 2010: segunda escola que MAIS ALUNOS LEVOU A EXAME

(140) no concelho da Maia.

PORT + MAT: Posicionada NO GRUPO DAS ESCOLAS PÚBLICAS

COM MELHORES RESULTADOS nos exames nacionais no ano de

2010 (83,64% das escolas obtiveram resultados inferiores aos

nossos);

PORT + MAT: 63º Escola a nível nacional QUE MAIS ALUNOS

LEVOU A EXAME em 2010 (ou 52º, se incluídas apenas as escolas

públicas) num total de 1301 escolas.

ENSINO SECUNDÁRIO

Dados do teste OTES (GEPE – MIN-EDU) 2010

dos alunos inquiridos à saída do ensino secundário, responderam

“concordo” ou “concordo totalmente” , em relação às

afirmações abaixo, nas seguintes percentagens:

93% - “A maior parte dos meus professores tem qualidade”:

85% “Os professores fazem um esforço para tornar as aulas mais

interessantes (visitas de estudo, debates, filmes, etc.)”;

87% “Existe uma boa relação entre a maioria dos professores e

alunos”;

93% “Gosto do convívio com a maioria dos meus colegas”;

80% “O ambiente da turma contribui para a minha

aprendizagem”;

96% “Existe uma boa relação entre a maioria dos funcionários

e alunos”;

95% “Sinto-me seguro nesta escola (não existem problemas de

segurança, violência, existência de armas, tráfico de droga,

etc.)”.

Dados do último relatório teste AVES (OPINIÃO SOBRE A ESCOLA,

Setembro 2010)

QUE ESCOLA SOMOS?

os nossos resultados

Page 67: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

SomosRevista 67

Tens à tua espera professores empenhados e funcionários

dedicados!

O grupo das Escolas estudadas, o Valor Acrescentado (AVES)

da ESCM é o quinto maior no Ensino Secundário.

Há grande tradição nos cursos profissionalizantes das áreas do

Desporto e da Gestão de Redes Informáticas.

Em pelo menos um dos últimos três anos, os resultados nos

exames nacionais estiveram entre as 35% melhores escolas a

nível nacional nas oito disciplinas com mais inscritos.

Em 2010-11, os alunos de 10º ano obtiveram muitos bons

resultados nos testes intermédios.

TAXAS DE REPETÊNCIA

ENSINO BÁSICO – no ano 2009/2010, a taxa de repetência foi de

6,1%, inferior à do concelho (11,1) e à nacional (13,6%)

ENSINO SECUNDÁRIO – no ano 2009/2010 a taxa de repetência

foi de 17,7% , a do concelho de 16,3% e a nacional de 17,9%.

TAXAS DE DESISTÊNCIA E DE ABANDONO

Taxa de desistência e abandono em valores muito inferiores

quando comparados com os valores nacionais.

Os nossos projectos

Projecto “Mais Sucesso Escolar” (2007-2010)

Objectivo: recuperar os alunos com mais dificuldades no Ensino

Básico;

Resultados: taxa de transição dos alunos abrangidos pelo

Projecto no 9º ano em 2010 – 97%. (na globalidade das turmas

de 9º ano essa percentagem foi de 99,3% )

Recursos e iniciativas: apoios extra-aula com horário marcado

e dois professores em sala de aula a Português, Matemática e

Inglês, tutoria, turmas reduzidas.

Projecto “Na Escola, Pela Escola” (2010-2013)

Objectivo: Taxa de progressão esperada para 2012-2013 – 97%

(8º ano); 96% (9º ano).

Resultados: ainda não disponíveis; de referir as excelentes

classificações dos alunos em algumas turmas do 10º ano nos

testes intermédios.

No ano lectivo 2010/2011 as médias da turma 10ºB nos testes

intermédios foram: Físico-Química 17,6 valores; Filosofia - 17,7

valores; Biologia e Geologia - 14,0 valores; Matemática – 15,3.

Recursos e iniciativas: Formação de turmas, em Port e Mat, de

acordo com os resultados escolares dos alunos no 9º ano; apoios

diferenciados por níveis de proficiência.

Projecto “Programa de Acção Tutorial”(Ensino Básico)

Objectivo: atenuar eventuais situações de conflito e resolver

dificuldades de aprendizagem dos alunos.

Resultados: incrementou-se a relação da família com a escola;

centrou-se o trabalho na educação para os valores, cuidando

da formação integral.

Promover o sucesso pessoal e educativo dos alunos.

Recursos e iniciativas: acção de tutoria (professores-tutores e

alunos-tutores) em que intervêm os elementos diferentes da

Comunidade Educativa (alunos, docentes e encarregados de

educação).

o nosso website

http://www.secundario.maiadigital.pt/NR/exeres/9428E296-

4260-4954-B9F1-BC7EADADC496,frameless.htm

Os nossos clubes

Cidadania, Línguas, Saúde, Ambiente e Segurança,

“Mais Sucesso”, Cultura e Comunicação.

a nossa missão Prestar à comunidade um serviço de qualidade, assente num

ambiente de humanismo, responsabilidade e autonomia, tendo

por base elevados padrões de exigência e um dinamismo

constante.

a nossa visãoValorizar as potencialidades de cada um, estimulando o trabalho

em equipa, num ambiente de partilha e de colaboração.

os nossos valores

Compromisso, solidariedade, responsabilidade; Rigor,

determinação, reflexão, resiliência; Criatividade, iniciativa,

curiosidade; Equidade, cidadania, tolerância.

“Na Escola, pela Escola” A Direcção

Nós somos uma escola onde:

Page 68: Revista ESCM - nº4 - Junho de 2011

Aitor Amorim 7ºG; Alexandre Simões 7ºF; Ana 9ºC; Ana

Luísa Azevedo 12ºE; Ana Patrícia Dias 7ºG; Ana Sofia Conceição 12ºE; André Moutinho 7ºC;

Andreia Pimenta 9ºB; Anita Teixeira 9ºB; Assistente Comenius Tabita Fyhn Jacobsen; Assistente

Operacional Fernando Correia; Atelier Carvalho Araújo; Bernardo Nogueira 7ºF; Daniela Correia

9ºA; Diana 9ºC;

Direcção da ESCM; Edite Sousa 11ºI; Encarregada de Educação e Ex-Docente da ESCM Isabel

Gonçalves; Ex-Docente da ESCM Ilídio Manuel Moutinho; Encarregada de Educação Filomena

Soares; Encarregada de Educação Helena Lago; Ex- aluno da ESCM Tiago Bandeira; Ex- Auxiliar

de Acção Educativa da ESCM Maria Manuela Liberato; Ex- Docente Ana Meireles - 1ª comissão

instaladora da ESCM; Ex-aluna da ESCM Ana Sofia da Silva Campos; Ex-Docente da ESCM

Reinaldo Moreira da Costa Padrão; Francisca Viegas 12ºC; Helena Alves 10ºH; Helena Andrade

10ºH; Hugo Costa 11ºI; Hugo Gomes 10ºF; Inês Fernandes 7ºG; Inês Soares 7ºG; Joana Martins 12º

C; Joana Ramos 7ºF; Joana Santos 7ºG; João Pinto 8ºD; José Pedro Moreira 7ºG; Leonardo Ferreira

8ºD; Luís Alão 8ºD; Mara Santos 11ºI; Maria Inês 7ºG; Mariana Lopes 8ºD; Mariana Oliveira 7ºG;

Mariana Pereira 7º E; Mariana Pereira 7ºF; Mariana Pinheirinho 8ºC;

Mariana Pinho 7ºF; Marlene Barbosa 12ºE; Marta Gil 7ºB; Miguel Garcia 7ºG; Miguel Oliveira 12ºC;

Mónica Magalhães 12ºB; Parque Escolar; Pedro Machado 7ºG; Professor Eduardo Silva; Professor

Eleutério Silva; Professor João Ferreira; Professor Joaquim Anjos; Professor Nelson Honório; Professor

Nuno Gomes; Professora Carla Madureira; Professora Carminda Teixeira; Professora Célia Almeida;

Professora Célia Fernandes; Professora Elisabete Oliveira; Professora Emília Cabral; Professora

Licínia Pranto; Professora Luísa Pinho; Professora Manuela Vale; Professora Maria João Almeida;

Professora Paula Romão – Directora da ESCM; Professora Raquel Lopes; Professora Rita Gonçalves;

Professora Rosa Amaral; Professora Rosa Fernandes; Professora Sandra Mota; Professora Silvina Pais;

Professora Sónia Sousa; Professora Teresa Barbosa; Professoras de Educação Visual; Professores de

Geografia; Rita 9ºC; Sara Andrade 7ºE; Sara Ferreira 7ºG; Sara Isabel 7ºF; Sílvia Lopes 11ºI; Sofia

Fernandes 8ºB; Sofia Pedro 7ºG; Teresa 8ºE; Vasco Duarte 7ºG; Verónika Somova 8ºB.

SomosRevista - ficha técnicaRevista 04/ Junho 2011|Escola Secundária Castêlo da Maia |Coordenadora: Délia Carvalho |Grafismo e Paginação: Júlia Santos |

Publicidade: Maria Clara do Vale | Redacção / Revisão: Alice Sousa; Rita Gonçalves; Xavier Calicis.

Colaboraram nesta edição:

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