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ANO 01 / EDIÇÃO 01 COLEÇÃO PRIMAVERA-VERÃO 2011/2012

Revista KLIN

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Projeto editorial, produção de arte e diagramação da marca infantil KLIN

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ANO 01 / EDIÇÃO 01

COLEÇÃO PRIMAVERA-VERÃO2011/2012

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carta ao leitor

Agora é Verão!

A estação tra

z consigo a ideia de lib

erdade, alegres dias en

solarados,

coloridos, co

m sabor de divertimento...

É o momento d

e férias, de viajar com

a família, de fazer amigos,

de descobrir l

ugares e viver n

ovas aventuras... Deixar as on

das do mar

levarem os b

rinquedos e sair co

rrendo atrás, com

o num jogo de pega-pega.

A KLIN transforma essa

s férias com

o o sonho vivido no fil

me “A

Era de Ouro”, estre

lado por pequenos artist

as, mistu

rando realidade

e ilusão, co

m muita diversão e a

rte no rot

eiro. Traz uma nova cole

ção

brincando com as cores da paisagem marítim

a e com contrastes

que

lembram os cenários

paradisíacos da Riviera

francesa, em que as cri

anças

desbravavam as ondas do mar como pequenos piratas, com

trajes listrados,

poás e requintados la

ços. São pequenos detalhes pensados um a um, que

traduzem uma coleção ele

gante, especialmente cr

iada para a garotada.

A nostalgia dos anos dourados da década de 1950 contrasta com a nova

geração digital, plugada nas inovações

tecnológ

icas inseridas no dia a dia.

É com carinho, dedicação e m

uita diversão que apresen

tamos a coleção

Primavera-Verão/2012 KLIN.

Coordenação de Estilo

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CRIAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Conforto e proteção

WAlter rodrigues

trends

estilo & CiA.

modA

pApo de espeCiAlistA

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Ainda nos primeiros passos, a escolha do calçado é fundamental para o desenvolvimento correto dos pés

O estilista fala sobre a evolução da moda e de como o mercado pode se preparar para atender as expectativas do público

As inspirações que transcenderam para as criações estilosas da coleção primavera-verão 2011/2012 da KLIN

Um mix de acessórios que não passam despercebidos e conspiram a favor da nossa moda

Sol, praia e muita diversão dão as boas-vindas à nova coleção da KLIN

Como o comércio brasileiro deve estar atento às novas tendências do mercado, para ter sucesso nos negócios

índice

JORNALISTA RESPONSÁVEL

Walquiria Botaro MTB: 36647

DIREÇÃO DE ARTE Douglas Marques e Rafael Costa

DESIGNERS Gabriel Nieto e Lygia Lyra

REPÓRTERES Eduardo Zanelato, Gabriella de Lucca e Janaina Pereira

WWW.DMSCRIACAO.COM.BR

TRATAMENTO DE IMAGEM Artnet Digital

COLABORADORES

Angola Houghton (Produção de Objeto), Anderson Félix (Revisão), Camila Borba e Juliana Borba (Produção de Moda), Erick Santos e Jean Souza (Make/Hair), Guilherme Young

(Fotógrafo) e Marcela Chaves Gonçalves (Assistente).

AGRADECIMENTOS

Aquarela, Boneca de Pano, Typos, Hotel Canoa, Juquehy Praia Hotel

GRÁFICAARTE MÍDIA

Carlos Alberto Mestriner (Presidente)Marcus Rosaboni (Gestor de Negócios)Reinaldo Anhê (Gestor de Apoio e Soluções)Fabiana Zancan (Gestora de Pessoas)Romildo Ramalho de Brito (Gestor Industrial)Otávio Facholi (Gestor de Novos Negócios)

CONSELHO EDITORIALDenis Nalon, Diego Capel, Érika Rocha e Gino Bernardino

KLIN PRODUTOS INFANTIS LTDA.Rua Vereador José Fiorin, 373 – Vila GermanoBirigui – São Paulo – SP – CEP: 16200-320

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2 . KLIN

tmosfera fashionista, praticidade e design moderno são as palavras de ordem da coleção primavera-verão da KLIN. A marca foi buscar ins-piração nos elementos das piscinas da Califórnia; na moda vintage, que se conecta ao mesmo tempo com o passado mágico e um futuro brilhante; no mundo digital da interatividade; e, ainda, na liberda-de que vem da natureza. Para os meninos, a investida é em papetes casuais e esportivas, chinelos e sandálias em couro, além de diversos

modelos de tênis. Já para incrementar o look das garotas, a KLIN preparou um mix de san-dálias rasteiras com palmilhas e forro de couro, além de gladiadoras, sapatilhas e oxfords. As linhas evidenciam detalhes em strass, laços e flores de camurça e palha. Mergulhe nessas inspirações que se transformaram em uma coleção incrível!

ASTRAL SUMMER

Por_ Gabriella de Lucca

Trends

KLIN resgata as brincadeiras dos dias quentes do verão e lança coleção cheia de atitude, estilo e nostalgia. Está criado um universo lúdico e pronto para garantir toda liberdade e conforto à criançada

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KLIN . 3

Carro-chefe da coleção, o tema remete ao glamour dos anos 1950. Inspirado nos elementos das piscinas dos resorts de Palm Springs, na Califórnia (Estados Unidos), Riviera utiliza as lembranças das férias da criançada no litoral e abusa do estilo navy nos sapatos. Vermelho, azul e branco, acompanhados de detalhes em palha ou cortiça, são mesclados no design dos calçados – a técnica é conhecida como color blocking e fez sucesso nas passarelas europeias e americanas este ano.

O gerente de estilo da KLIN, Gino Bernardino, viaja por vá-rios países e afirma que os elementos que compõem Riviera serão a sensação da moda primavera-verão no mundo todo. “Os desfiles de Marc Jacobs, grife que gosto muito, e Prada mostraram como ten-dência listras, flores grandes e brilho. A inspiração para a nossa cole-ção foi tirada das passarelas”, conta Bernardino.

Os tecidos e as cores remetem ao ambiente praiano. Foram usa-dos materiais brilhantes em tons navy e pastéis, como verde, rosa e salmão. Já as estampas possuem as mais variadas combinações: xa-drez vichy, motos vespas retrô (representando a liberdade da infân-cia), peixes, picolés e sorvetes.

Os pequenos também vivem mini estrelas da Era de Ouro do cine-ma, os anos 1950, em algumas linhas da coleção. Corações, laços e ba-bados alimentam a brincadeira e transformam as meninas em artistas, com calçados elaborados em tons claros de rosa.

RiviERA

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Trends

A moda vintage, que está cada vez mais em alta, ganha nova vida com a adição de elementos modernos. É esse conceito que norteia o tema Doce Infância, que tem como objetivo conectar o passado, presente e futuro por meio de lembranças, histórias e narrações de um passado mágico, mas com um filtro contemporâneo. “Combinações de azul, melancia e outras cores pastéis direcionam, em especial, a coleção feminina”, diz Bernardino. O destaque é para o sapato oxford e sandálias em novas construções, que devem cair nas graças das pequenas fashionistas.

As referências da infância dos pais são passadas para os filhos com releituras atuais. A emoção das memórias é a chave para que os produ-tos encantem a todos. Os calçados tentam transmitir a busca pela paz, liberdade de expressão e alegria ao utilizar cores mais envelhecidas, como rosa-pálido, lilás, branco, azul-bebê e nude.

Diamantes, pérolas e cristais brilham nos sapatos para as meninas. As mães têm a oportunidade de passar seu fascínio pelos pequenos de-talhes para suas filhas. Estampas delicadas dos famosos cupcakes, que lembram deliciosos chás da tarde, estão em evidência.

Estampas em camadas, lavadas, marcas-d’água – que dão a im-pressão de desgaste pelo tempo – e emblemas colegiais antigos são também muito exploradas nos calçados para os meninos.

DocE infânciA

4 . KLIN

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KLIN . 5

Hoje em dia, os pequenos já nascem conectados. Essa é a era da expe-rimentação, na qual as crianças são livres para se expressar de diversos modos, estilos e cores. Pensando nisso, foi criado o tema Geração Ima-gem, que representa o mundo digital no qual elas estão inseridas. Para criá-lo, os estilistas da KLIN jogaram com proporção, cores, estampas e texturas para obter produtos cativantes que sejam engajados à sustenta-bilidade por meio da experiência de estimular os sentidos.

Na esfera digital, os pequenos geeks têm experiências interativas. Essa geração é instantânea; nada é rápido o suficiente. As mensagens são absorvidas de forma voraz em um universo que agora é 3D. Por isso, os calçados desse tema são mais esportivos, como os tênis e as papetes, por exemplo. As estampas são digitais, com efeitos distorcidos, cópias fotográficas, efeitos cromados, florais saturados e técnicas de spray – que imitam grafite e conferem ainda mais atitude à criançada.

Contornos pretos, efeitos marmorizados coloridos, estamparia ca-leidoscópica e carros e motos dos anos 1970 fazem parte do design do produto. Além do preto, verde e branco são as cores usadas na confecção, já que remetem ao brilho ímpar das cores dos computadores. Laranja, pink e grafite também compõem a cartela cromática.

gERAção iMAgEM

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6 . KLIN

walter rodriguesUm dos ícones da moda brasileira fala sobre a evolução desse segmento, como o público infantil se encaixa nesse universo e, ainda, a importância das marcas terem planejamento para firmar a identidade e fidelizar os clientesPor_ Walquiria Botaro Fotos_ Gustavo Scatena

Como desCobriu seu talento para a moda? Faz tanto tempo! [risos]. Ainda criança, tinha um senso estético mui-to forte. Mas não advém de um ambiente familiar, porque minha família era absolu-tamente tranquila, do interior (Herculân-dia, SP). Sempre fui uma criança diferente, prestava atenção em tudo o que tinha num ambiente, por exemplo. Então, comecei pri-meiro a olhar para as artes. Brincava com modelagem, argila; pintei bastante durante toda minha infância. Pensei até que fosse ser escultor ou pintor, algo assim, mas na ado-lescência fui descobrindo a moda, a questão da desconstrução. Aos 16 anos fui trabalhar em uma loja e daí não parei mais.

em entrevista Cedida ao UOL EstiLO, em 2009, voCê diz “ser im-pregnado pelos lugares que passa”. Como transfere suas experiênCias para suas Cria-ções? Sempre tive vontade de viajar o mundo e nunca fui de me prender a luga-res. Nós, seres humanos, somos resultado da mistura do ambiente em que vivemos: a comida, as cores, o que nos envolve, e isso

econhecido dentro e fora do Brasil por seus vestidos luxuosos e por suas criações urbanas e clássicas, Walter Rodrigues é, atualmente, um dos mais badalados estilistas do Fashion Rio. Esteve entre os pioneiros que idea-lizaram a semana de moda em terras

nacionais, surgida, em 1993, como Phytoervas Fashion; três anos depois, como Morumbi Fashion e, finalmente, em 2001, estabelecendo-se como São Paulo Fashion Week (SPFW), evento que transformou a forma de o país e os formadores de opinião explorar o universo da moda bra-sileira. Atualmente, Walter coordena o Fórum de Inspira-ções, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assinte-cal), que visa informar aos calçadistas o que será inspira-ção, incentivando o desenvolvimento de produtos novos e a busca por identidade própria. O estilista viaja o mundo e, por onde passa, traz suas referências, sejam advindas do continente africano, do oriente com toques japoneses, se-jam inspiradas na cultura milenar dos muçulmanos. Moda, para ele, é sinônimo de diversão, de misturas, de prazer, de criatividade. O estilista ressalta que, antes de tudo, é neces-sário encontrar-se dentro daquilo que realmente acredita.

Entrevista

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KLIN . 7

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acaba transformando o trabalho. Quando um escultor faz seus trabalhos, certamente o entorno onde vive, está representado em sua obra, assim como quem pinta. Observe, por exemplo, na luz dos trabalhos de Van Gogh ou nas cores das pinturas de Giorgio Morandi como há inspiração local. E hoje a moda é um pouco disso. Não é estacionada nem brasileira, é universal. Então, quando viajo ou simplesmente saio da minha roti-na ao mudar um caminho que estou acos-tumado a fazer em meu cotidiano, passo a também ver a roupa em outro contexto, por outro ângulo. Até posso ir ao mesmo lugar, mas por um caminho diferente dando-me a chance de descobrir uma nova arquitetura, outra árvore ou um recorte de céu que nun-ca tenha visto. Não deixei de ir para o lugar que deveria ir, mas tive uma experiência di-ferente. Às vezes as pessoas me perguntam: qual é a nova cartela de cor? Digo: é muito fácil saber isso, basta olhar nos jardins que se encontram por aí. A natureza é a melhor provedora de cartela de cor que a gente tem. E, para muitos, acaba passando despercebi-do. É importante não perder essa naturali-dade que está a nossa volta. Na moda adulta ou na infantil, a configuração da roupa não muda, o que se transforma são as emoções que se coloca naquilo que se produz. Então, a cada estação, imprime-se uma emoção diferente, que faz parte de alguma vivência, seja por meio de uma viagem, seja, simples-mente, por meio de um caminho novo pelo qual tenha passado no dia a dia. Diria que criar hoje em dia é difícil e que vamos conti-nuar fazendo as mesmas coisas, os mesmos calçados, porém com emoções diferentes.

qual o lado divertido de Criar moda? Para mim é observar; sou um voyer. [risos]. Gosto de parar, ficar olhan-do. A grande paixão do meu trabalho é poder me divertir fazendo o que faço, tendo tempo para olhar o que está a minha volta. Sempre digo que todos os designers são como antenas: ficamos captando situações e, de certa forma, isso acaba sendo diluído em nosso trabalho e influenciará no DNA daquilo que produzi-mos. É como se nos alimentássemos dessas informações e as passássemos para as pessoas por meio de produtos. A diversão está aí!

de que maneira as pessoas po-dem adaptar a moda ao seu es-tilo? Antes de tudo é preciso olhar para si mesmo, encontrar-se e ter estilo próprio. O mesmo serve também para o público in-fantil, porque criança, mais do que adulto, tem ainda o olhar para o outro, da imitação, e estilo está muito relacionado com o que se faz, com o poder aquisitivo. Hoje, qualquer um pode ser o que quiser, dependendo do humor, da capacidade de entendimento de moda e, claro, do bolso. Você pode usar peças de grandes magazines e, ao mesmo tempo,

livros falando sobre o assunto. Na televi-são e no próprio Governo Federal a moda ganhou importância enorme como cons-trução de uma indústria, enquanto o Mi-nistério da Cultura trabalha esse segmento como algo de cultura e de depoimento. Passou a ser discussão muito maior: o que sou, porque uso, para quem e para quê visto determinada peça. Percebo isso também nos acessórios, porque dentro da história dos calçados que participo, às vezes fico pensando em situações muito divertidas, como: sair com a mesma calça e a mesma camiseta pela manhã, mas com uma ras-teira, uma bolsa grande, lenço no pescoço, um brincão e todo mundo sabe que você vai passear ou fazer compras. Essa mesma calça e camiseta, com uma bijú incrível, um casaqueto com um pouco de brilho e uma bolsa pequena, pode fazer as pessoas pen-sarem que vai para uma balada. Todas as combinações usam a mesma calça e a mes-ma camiseta. Não tem mais essa de não vou usar a calça hoje porque a usei ontem. Se você produzi-la de maneira diferente, poderá vesti-la a semana inteira se quiser. Vai depender de onde vai, o que quer mos-trar e fazer. Isso faz parte de democracia de imagem, de libertação.

Como as tendênCias da moda adulta transCendem para a in-fantil? Tudo é muito pulverizado hoje em dia e está muito ligado ao emocional. Existem marcas que, ao produzirem uma polo com listras cinza, rosa ou amarela para um adulto, já fazem também a mesma peça para a criança. A mãe olha e pensa: “É a cara do pai!”. É o lado emocional da moda, é um marketing em que não confio muito, mas é interessante. Tenho um pouco de medo quando acabamos tirando das crianças a possibilidade de elas serem crianças, desde a forma de se vestir. Miniadultos às vezes me assustam, por mais que sejam bonitinhos. A criança dos dias atuais tem personalidade forte, mas, às vezes, a mãe quer transformá-la em algo que não combina com ela. Respei-to é muito bacana quando falamos de moda infantil. Particularmente, não gosto de gla-murização, sensualidade explícita na roupa infantil. Acho ridículo! Algumas confecções

misturá-las com marcas mais conceituais. A pessoa inteligente circula por diversas lo-jas e pega o que é melhor para ela, seja na liquidação, na escolha de roupas atempo-rais, aquelas que vão permanecer por mais tempo no guarda-roupa. O espelho ainda é o melhor caminho, porque não é que deter-minada peça caiu bem em certa pessoa que em você também ficará legal. Estilo é, por-tanto, perceber o que é melhor para si.

o que é pensar em moda nos dias atuais e o que as pessoas têm proCurado? De uns tempos para cá, a moda virou um case de estudo no Brasil. A tecnologia tem aproximado as pessoas pela internet, pelos blogs, há mais

Entrevista

É PRECISO AVAlIAR O QuE O ClIENTE QuER E COMO O PRODuTO SERá ExPOSTO A ElE...

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escorregam nesse ponto, na sexualização, e me assusta um pouco, porque criança é crian-ça. É preciso pensar sempre em produtos confortáveis, gostosos, leves. Como podemos decodificar isso? Nas estampas, nas cores e até mesmo na matéria-prima, mas não ne-cessariamente no mesmo shape da mãe ou do pai; não precisa ser uma cópia.

Cada vez mais as Crianças sa-bem o que gostam e o que não gostam. qual a preoCupação que há hoje no setor Com as Criações para esse públiCo? O que é mais bacana é que hoje as crianças en-tram na escola cada vez mais cedo. Come-çam a se socializar com muita antecedência. São rápidas; têm percepção criativa e estão sendo formadas pela escola, pela televisão, pelos joguinhos, pelo o que está vendo, e tudo incentiva essa nova geração a ser cada vez mais voraz, mais definida naquilo que quer. Perceba como, atualmente, os homens usam camisa cor-de-rosa, lilás e vermelha. A influência foi porque nos 1990 os me-ninos já vestiam camisetas nessas cores. E penso que todo esse fluxo de transformação só vem para o bem, porque as crianças tor-nam-se adultos com menos preconceitos, o que é interessante. Para a moda, quanto

mais nítido fica o caminho, quanto mais se definem as coisas, mais fácil é para criar pro-dutos. Entender se essa criança viaja, como ela se diverte, só nos mune de ferramentas e torna-se muito mais fácil pegar todos esses dados e pensar a próxima coleção.

qual sua opinião a respeito do olhar que o merCado brasilei-ro tem para nossa moda? Acho que ainda estamos construindo esse olhar, até porque o país é enorme. Temos grandes dificuldades quando o assunto é mercado interno. Regionalização é uma delas. O que se vende no Rio Grande Sul não necessa-riamente é o mesmo que será vendido no Centro-Oeste ou no Nordeste. Contudo, somos capazes de fazer coleções perfeitas para o verão, porque, devido ao calor, en-tendemos, por exemplo, de transpiração, e possuímos experiência de vida suficiente para tratar o assunto com todos os resulta-dos maravilhosos. O Brasil tem uma costa muito grande, o que nos torna mais colori-dos, democráticos, alegres e divertidos. Esta é nossa marca: alegria, descontração, joviali-dade e simpatia. As pessoas estão perceben-do que temos uma forma muito concisa e forte de entender essa estação. Acredito que conseguimos imprimir na moda brasileira

um aspecto de Made in Brazil, mas ainda estamos muito presos no código, na ten-dência internacional. Temos de ser cada vez mais originais, porque só assim vamos nos diferenciar do todo.

e os lojistas, o que podem fa-zer para atender a expeCtati-va da Criançada? Cada vez mais acre-dito que, independentemente do público com o qual se quer falar, compra tem de ser uma experiência boa. O lojista precisa saber o nicho em que está, qual o poder aquisiti-vo do público que quer atingir, que tipo de pessoa vai atender. Com o passar do tempo as crianças vão ter cada vez mais o direito de escolha. Portanto, seria interessante que lo-jas do segmento infantil fossem feitas na al-tura dos olhos das crianças, para elas chega-rem e se encantarem; as araras deveriam ser baixinhas, para facilitar a interação com os produtos e a descoberta das cores. A moda não pode ser mais intuitiva; tem de ser pla-nejada. É preciso avaliar o que o cliente quer e como o produto será exposto a ele.

o que esperar da moda, de for-ma geral, daqui para frente? Creio que cada vez mais vamos ter uma visão universal. A questão das estações é algo que tenho falado muito para as pes-soas pensarem. Vivemos hoje numa média de 21 graus, com ar-condicionado em vá-rios ambientes. Então, as coleções devem ficar mais equalizadas. No verão, devemos ter cardiguinhas; no inverno, peças de mangas curtas. Também há sistematização na moda, ou seja, aos poucos as lojas serão construídas em espaços menores. Veja os shoppings, por exemplo, que não possuem grandes estoques. O que existe é a siste-matização de entrega de produtos, uma inteligência de distribuição que, no futuro, se tornará mais pragmática. Além disso, percebo a moda mais organizada, indus-trializada. Ao mesmo tempo, espero que ela nunca fique chata, porque quando pen-samos em processos, tudo se automatiza e fica boring. O grande lance vai ser desco-brir o equilíbrio na maneira de fazer com que tudo caminhe, trabalhe e chegue às pessoas de forma desconstraída.

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14 . KLIN

Era uma vEz...O vento sopra a favor dos objetos que contam histórias e se misturam com as inspirações da estação, transformando tudo o que está em volta em puro entretenimento. Por_ Angola Houghton Fotos_ Guilherme Young

LantErnadE fErro

Oficina de agosto

➽SandáLia

Klin560.019000-025

Estilo & Cia.

PainELcom barco

Oficina de agosto

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Oficina de agosto

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Bmart Baby Kids

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riviEra

urSoPELúcia

Papel Magia

Porta-rEtrato

Oficina de agosto

➽têniS

Klin761.010000.025

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Estilo & Cia.

docE infância

Livro dEScobErtaS

Girotondo

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Felix Puer Brinquedos

➽SaPato

Klin995.016000-040

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Candide

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KLIN . 17

PrEndEndor dE PaPEL

Pulepuxe

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Klin560.010000-06

rádio rELógio corSair

Import Express

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18 . KLIN

gEraçãoimagEm

Estilo & Cia.

➽bombo

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Gadgetz

➽PaPEtE

Klin562.013000-010 aPontador

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Papel Magia➽

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KLIN . 19

➽têniS

Klin577.010000-011

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Nokia

fonE PhiLiPS Extra d

Papel Magia

mouSEnEt kidS

Papel Magia

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ONDAS DO VERãO

Holofote

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A estAção mAis divertidA chegA com cores por todos os lAdos e espAlhA um climA contAgiAnte de fériAs com conforto e estilo

fotos_ Guilherme Young direção de Arte_ Douglas Marques

Da esquerda para direita

761.011000-026 571.011000-07

567.010000-001 559.011000-007

562.012000-009

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Holofote

520.016000-083

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Holofote

Ela 564.010000-020Ele 839.001000-001

418.590000-019

Da esquerda para direita 630.018000-009515.003000-003630.017000-018

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Holofote

935.022000-002

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Ela 965.003000-009Ele 509.020000-033

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Holofote

HolofoteHolofote

Esquerda 560.010000-006Direita 560.015000-011

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560.011000-007

Da esquerda para direita

560.015000-011559.012000-088560.014000-010

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Holofote

567.015000-011

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Holofote

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Holofote

Esquerda 562.012000-009Direita 761.011000-026

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670.012000-042

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Holofote

Esquerda 500.008000-018Direita 761.008000-003

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Acima 563.013000-006Abaixo 839.003000-003

Acima 670.010000-057Abaixo 761.010000-025

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Holofote

500.008000-018

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Holofote

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Da esquerda para direita512.011000-024571.010000-006935.020000-012

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Holofote

Ele 563.015000-001Ela 998.008000-015

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935.024000.001

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Holofote

571.015000-005 559.014000-010

Sandália 935.019000-007Sapato 998.009000-007

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Acima761.008000-003Abaixo 874.052000-099

562.010000-007

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Holofote

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Holofote

Branca 965.002000-007Azul 965.003000-009

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KLIN . 49

Acima 959.010000-006Da esquerda para direita 563.012000-006577.008000-004 562.0130000-010

Coordenação: Walquiria Botaro;

Produção de moda: camila Borba e Juliana Borba;

Produção de objeto: Angola houghton;

Make/Hair: erick santos e Jean souza;

Assistente de fotografia: marcela chaves gonçalves;

Tratamento de imagem: Artnet digital

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Saúde

aúde em primeiro lugar! Esse deve ser o lema na hora de escolher os calçados das crianças, principalmente se estiverem na fase dos primeiros passos.

A estrutura do pé infantil é bastante frágil, portanto, um calçado inadequado nessa fase de desenvolv imento, pode causar deformações permanentes. “A

criança necessita usar calçados que fiquem bem acomodados e confortáveis nos pés. Devem ser mais anatômicos possíveis”, explica Roberto Guarniero, ortopedista especializado em crianças, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo.

Com o passar do tempo, a indústria de calçados aprimorou consideravelmente a confecção de produtos, principalmente a KLIN. Em décadas passadas, optava-se por modelos em que o conceito era apenas a durabilidade. Atualmente, esse atributo e o conforto caminham juntos. Os calçados anatômicos, por exemplo, foram desenvolvidos com uma tecnologia pensada a partir dos movimentos e da anatomia dos pés das crianças, com o critério de se adaptar a eles, e não ao contrário, proporcionando total segurança durante as atividades diárias.

Solados maleáveis nas áreas de flexão dos pés, e elevações presentes no bico e na traseira do calçado também foram qualidades essenciais para garantir segurança ao caminhar. Outro diferencial desse avanço tecnológico é o sistema antipronação, em que uma sola moldada minimiza o movimento de pronação – rotação interna dos pés e pernas –, que pode causar lesões nos membros inferiores e nas costas.

Toda essa preocupação em conceder às crianças produtos confortáveis e adequados, não param por aqui. Entram em cena as palmilhas, responsáveis por acomodar o pé de maneira correta no

Conforto e liberdade são as palavras de ordem no momento de escolher os calçados para os pequenos. Afinal, além de estarem em dia com a moda, eles precisam desenvolver um caminhar saudável e crescer protegidos de bactérias

calçado, absorvendo os impactos e aumentando o conforto. Elas são confeccionadas levando-se em consideração a flexibilidade, as regiões de amortecimento e a proteção dos pés (mais precisamente no calcanhar, centro e arco de apoio). A KLIN, por exemplo, desenvolveu a palmilha anatômica gel, que, além de garantir absorção de impacto, oferece distribuição da pressão plantar e estimula músculos e ossos com conforto, como se a criança estivesse andando na areia.

Outras tecnologias voltadas à saúde dos pés dos pequenos também fazem a diferença na hora da escolha. A primeira delas é a antialérgica, que assegura a aceitabilidade da pele das crianças em relação às matérias-primas usadas na fabricação dos calçados, diminuindo as chances de irritação ou bolhas nos pés.

INFÂNCIA PASSO A PASSO

SALTO: COMO USARUm dos fatores que mais

auxilia o caminhar das crianças é a elevação do

calçado. Ela contribui para o direcionamento do corpo

para frente, porém, cada faixa etária tem suas

características adequadas:

0 a 2 anos (14 a 22): altura até 2 cm, praticamente sem salto.

2 a 4 anos (22 a 27): altura até 3 cm, com, no

máximo, 2 cm de salto.

4 a 7 anos (28 a 34): altura até 5 cm, com, no

máximo, 4 cm de salto.

Por_ Walquiria Botaro Fotos_ Guilherme Young

Page 49: Revista KLIN

PRODuTOS KLIN

A segunda é a tecnologia antibacteriana, responsável por impedir que fungos, bactérias e ácaros que causam odores desagradáveis, o famoso chulé, instalem-se no calçado.

Por fim, deve-se levar em conta os órgãos que chancelam todos os atributos que os calçados se propõem a entregar ao seu público. De acordo com Écio Amaro de Oliveira Filho, diretor da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), “ao receber uma certificação, uma marca se difere das demais existentes no mercado”. Contudo, ter o apoio de órgãos como a própria SBP, o Instituto Brasileiro de Tecnologia do Calçado (IBTeC), o Instituto de Bioengenharia da Pele (IBP) e o selo de conforto da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é a garantia de que você está fazendo a escolha certa.

ANAtômICOAcomoda o pé da criança, absorvendo os impactos e aumentando o conforto.

ANtIALÉrgICOPossui matérias-primas dermatologicamente testadas e aprovadas, assegurando que a pele reaja bem ao calçado.

ANtIbACtÉrIAImpedem que fungos , bactérias e ácaros responsáveis por odores desagradáveis se instalem no calçado.

Page 50: Revista KLIN

50 . KLIN

Estilo & cia.Klin: 0800.113126Bmart Baby Kids: (11) 2252.2575

Candide: (11) 0800-557400

Felix Puer Brinquedos: (51) 2102.0352

Fom: (11) 5181.3300

Gadgetz: (11) 8306.7701

Giratondo: (11) 3478-4500

Import Express: (11) 5181.1222

Nokia: (11) 3078-8350

Nosh: (11) 5189.4695

Oficina de Agosto: (11) 5052.0354

Papel Magia: (11) 5181.1403

Pulepuxe: (11) 2507.2263

Sugoi Big Fish: (11) 3329.9005

Editorial dE ModaKlin: 0800.113126 Arco Baleno: (11) 3842.1305Calvin Klein Kids: (11) 3817.5702Chicletaria: (11) 3022.9040Hering: (11) 3064.1834Marisa (infantil): (11) 3067.6010Puc: (11) 3772.0200Spezzato Teen: (11) 3061.9433Tkts: (11) 3814.4532Tyrol: (11) 5561.9539

Farofino

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KLIN . 51

Papo de Especialista

De olho nas mudançasEm constante transformação, o mercado brasileiro exige atenção às novas tendências para que as chances de sucesso de um negócio sejam crescentes

Por_ Marcel Domingos Solimeo

comércio brasileiro é bastante moderno e com-petitivo. As mudanças rápidas e constantes na economia obrigam atualização permanente do varejista para que consiga se manter no merca-do. O visual da loja, a linha de produtos, o sis-tema de logística, as técnicas de vendas e a ma-neira de se relacionar com o consumidor, são al-guns pontos que merecem vigilância constante.

A forma de comercialização é um quesito também essencial. Com o co-mércio eletrônico sendo concorrente ou complementar ao varejo tradi-cional, uma empresa localizada em qualquer parte do Brasil ou do mundo pode se transformar em seu competidor. O lançamento de bens mais so-fisticados e complexos que exigem a constante atualização dos vende-dores e as mudanças nos meios de pagamento, obrigando o varejista a oferecer mais alternativas aos consumidores, é outro sinal desse mutan-te cenário. Lance seu olhar ainda aos mais de 30 milhões de pessoas que antes possuíam poder aquisitivo menor, mas, hoje, chegaram ao merca-do prontos para absorver produtos e serviços modernos e com qualidade.

Para aproveitar as oportunidades, é preciso estar sempre bem-infor-mado e com a mente aberta para aceitar o novo, além de ter a coragem de mudar atitudes e ações quando necessário. Tenha em mente que o desafio das mudanças atinge todos os varejistas, independentemente do ramo ou

porte. Mesmo os micros e pequenos vare-jistas precisam estar atentos ao que ocorre no mercado e, de acordo com suas possibi-lidades, procurar acompanhar as novas ten-dências e inovar para se manter competitivo.

o que fazer?Leia, pesquise, frequente reuniões, palestras e seminários, participe de entidades empresariais, converse com concorrentes e com empresários de outros mercados. Esteja atualizado sobre a eco-nomia, mas, principalmente, a respeito de seu ramo de atuação. Use a criatividade!

Decida combinando cautela na análise e ou-sadia na decisão.

MARCEL DOMINGOS SOLIMEOEconomista, formado pela Universidade de São Paulo (1963), superintendente institucional, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP.

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