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Setembro/Outubro 2010 ANO 1 - N°4 R$ 9,80 Oca dos Tapuias Comida Indígena Gastronomia e Turismo Chef do Mês Dona Lucinha Fesvais: Piacatuba e Tiradentes movimentam a gastronomia em Minas Sabores do Santa Tereza e região Natal Pólo turísco e gastronômico do nordeste

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Setembro/Outubro 2010 ANO 1 - N°4R$ 9,80

Oca dos Tapuias

ComidaIndígena

Gastronomia e Turismo

Chef do MêsDona Lucinha

Festivais: Piacatubae Tiradentes movimentam a gastronomia em Minas

Sabores doSanta Tereza e região

NatalPólo turístico egastronômico do nordeste

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4 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

>>Expediente..........

Foto: Luiz Rocha

Pág. 32Nossa capa:Oca dos Tapuias e a culinária indígena

8 Salameria Itália: tradição italiana no interior de Minas

20 8º Festival de Viola e Gastronomia de Piacatuba 48 Araxá e seus sabores

30 Sabores do Santa Tereza e região

60 Acontece na gastronomia

6 Carta do Leitor

28 Chef do Mês. Nesta edição: Dona Lucinha

22 Roteiro Gastronômico

38 Cozinha Saudável 62 Dicas de Cozinha

12 Natal: a cidade do sol

34 Marketing para gastronomia,por Sérgio Frota

14 Restaurante Camarões

36 Segurança alimentar, por Adriana Lara

42 Cachaçatur: a rota da cachaça em BH

Baru: saudável e revigorante

18

>> Seções..........................

>> Índice............................Diretora Executiva:

Miriam [email protected]

Diretor Comercial:

Edgard Simões [email protected]

Jornalistas:

Bárbara Albuquerque (11.064/MG)Paula Cerutti (11.477/MG)

Diagramação:

Bernardo Mascarenhas

Designer gráfico:

Marco Gandini

Comercial:

Rodrigo [email protected]

Assinatura:

Tel.: [email protected]

Colaboradores:

Adelaide Engler, Rita de Cássia Ribeiro, Rodrigo Castelo, Rosilene Campolina, Regina Queiroga, Laurent Prous, Lúcia Palhano, Matusalém Gonzaga, Luiz Rocha

Editorial:

Bárbara Albuquerque

Tiragem:

10.000 exemplares

Periodicidade:

Bimestral

Impressão:

TCS Soluções Gráficas e Editora Ltda.

Editora:

Rara PublicidadeRua Pedra Bonita, 1079 - Alto BarrocaTel.: 31-3372-7494

www.minasgourmet.com.br

Gastronomia e Turismo

24 Hotel Minas Tower: referência de hospedagem em Leopoldina

54 Chef a Chef

26 Adelaide Engler

37 Encontrei por aí...

41 Matusalém

44 Alambique Butiquim Mineiro

47 Sabores do Mundo

52 Clube da Cozinha de Araxá

56 Cozinha Francesa

58 13º Festival de Tiradentes

10 Lúcia Palhano

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Tradicionalmente exótica

Em tudo que se lê sobre a gastronomia, relacionadas a ela estão culturas e tradições. Isso porque a comida que vai à mesa traz junto toda a história de quem a serve, remete à sua cultura e vivência. Sendo na cozinha mineira ou na potiguar, o que se come de cada uma é aquilo que se vive naquele lugar, representado nos sabores e sensações daquele prato. Nesta edição você vai viajar por paladares de várias culturas.

Exóticas para uns ou tradicionais para outros, representaremos a cozinha e a cultura em matérias que abordam a comida indígena, francesa, italiana, coreana, potiguar e, porque não, a mineira. Peixe, camarão, pato, javali, coelho, salames e pão de queijo são alguns dos sabores das próximas páginas. Vamos aproveitar a diversidade que a gastronomia pode nos apresentar. Não há limites para a boa mesa!

Bárbara Albuquerque - Jornalista responsável

>> Editorial...................................................................................

>> Carta do Leitor.........................................................................

Sou formada em gastronomia e atualmente sou professora de um curso técnico em gastronomia. A revista é muito útil como fonte de informações para os estudantes e profissionais da àrea. Gostaria de sugerir uma matéria sobre o crescente interesse dos adolescentes pela gastronomia.

Elinete Gourmet

Consultora Gastronômica

Gostaria de elogiar a Revista Minas Gourmet. As matérias são de excelente qualidade e bastante diversificadas, além de conter artigos de renomados chefs

Júlia Polcaro

Fisioterapeuta

Quero parabenizar toda a equipe da Revista Minas Gourmet. Sou leitora desde a 1ª edição e é visível o quanto a revista vem melhorando a cada edição.

Meire Marques da Paixão

Auxiliar Administrativo

Quero parabenizar a equipe da Minas Gourmet pelo grande trabalho. A Revista está excelente, com ótimos

artigos e abordagens e é bom saber que a gastronomia de Minas tem agora um veículo que fala por ela.

Leonardo Almeida

Representante de produtos para cozinhas industriais

Parabéns pela revista, que ocupa um nicho muito importante no mercado. Em algumas bancas a edição de junho já se esgotou. Como faço para conseguir um exemplar. É possível ser assinante?

Paulo Roberto

Publicitário

Conheci a Minas Gourmet na Feira do Food Service Technobar. Depois da Feira, comprei a revista na banca e pude ver que vocês estão melhorando a cada número. Porém, sinto falta de uma seção com dicas de literatura especializada para gastronomia e nutrição. Fica minha dica para a próxima edição.

Verônica

Estudante de nutrição

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O salame – cujo nome deriva do latim medieval SALUMEN, ou seja, o melhor das coisas temperadas – representa uma das mais antigas formas de conservação da carne. Extraído das boas carnes, revela múltiplas expressões da tradição milenar que, hoje, transforma a conservação do alimento em iguarias com paladares surpreendentes. Tradicionalmente, o produto era elaborado nos períodos mais frios do ano, quando os suínos eram abatidos. Parte das carnes era para o consumo imediato, outra parte era conservada sob a forma de copa, pancetta, toucinho, entre outras variações.

Antes não tão encontrados nas prateleiras brasileiras, os embutidos tipicamente italianos têm conquistado o gosto e o espaço nas mesas de muitos a cada dia. Expostos anteriormente apenas em casas especializadas, os embutidos especiais, como a copa, acabavam sendo direcionados a um grupo seleto de apreciadores, devido

ao alto custo ou dificuldade para acesso. Porém, hoje, além de encontrarmos produtos seletos em supermercados, podemos contar com embutidos produzidos aqui mesmo, na nossa terra, mas com toda a qualidade e mãos da Itália.

A Salameria Itália é uma das marcas que nos proporciona o sabor e a magia dos embutidos da Itália. Comandada pelo Italiano Enzo Tramontana, e situada em Itaúna, interior de Minas, a Salameria surgiu com o propósito de reviver a tradição da sua família e sua terra. “Vim para o Brasil para trabalhar em uma empresa automobilística. Em determinado momento, senti a necessidade de reviver minhas raízes, minha tradição. Comecei, então, a produzir embutidos, como eram feitos por minha família. Montei uma pequena estrutura e comecei a pequena produção. Hoje, usamos cerca de 200 quilos de carne por semana (que reduzem muito, ao serem maturadas). A produção é pequena, pois prezamos a qualidade e a exclusividade dos nossos produtos”, diz.

Salames, copas, zampone, cotechino ou panceta. São mais de 10 tipos de embutidos, entre cozidos e maturados. Muitas das variedades produzidas na Salameria Itália são, ainda, pouco conhecidas entre a maioria dos consumidores, o que torna os produtos ainda mais exclusivos. Seguindo a mais antiga tradição italiana da família Tramontana, a Salameria Itália tem uma produção minuciosa.

Com elaboração simples, porém minuciosa, os salames são produzidos, em sua maioria, da carne e toucinho suíno, adicionando sal, pimenta e outros temperos que definirão, juntamente com o tempo e a forma de maturação, o paladar, aroma e peculiaridade do produto. A mistura obtida é, antes de ir para a câmara de maturação, ensacada na própria tripa suína ou bovina.

Cultura italiana no paladar de todos

>> Salumerias tipicamente italianas trazem o verdadeiro embutido, com qualidade e refinamento diferenciados

Por Bárbara Albuquerque Fotos: Luiz Rocha e divulgação

>> Enzo Tramontana, proprietário da Salameria Itália

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<< Alguns tipos de embutidos................................................................................................... >>

Salaminho: Produzido com pernil suíno, livre de aparas, misturado a uma pequena quantidade de toucinho e condimentos, embutido em envoltório natural. O produto é maturado por aproximadamente quatro semanas, período em que perde em torno de 35% de seu peso original, adquirindo consistência, aroma e sabor característicos.

Pancetta: Produzida com a barriga suína aparada, condimentada, enrolada e embutida em envoltório natural, maturada por aproximadamente 75 dias.

Cotechino: Produzido com carnes suínas selecionadas livres de aparas, toucinho e pele suína, moídas e condimentadas, embutido em envoltório sintético. O produto é resfriado e embalado. Deve ser cozido antes do consumo.

Papada Maturada: Papada suína com pele selecionada, aparada, condimentada e maturada por aproximadamente 60 dias.

Copa: Cabeça de lombo suína selecionada e aparada, condimentada e embutida em envoltório natural, maturada por aproximadamente 60 dias.

Zampone: A mesma massa utilizada para produção do cotechino, mas neste produto é embutida artesanalmente no pele do pé de porco, adquirindo apresentação especial. Deve ser cozido antes do consumo.

Presunto cru: Produzido a partir do pernil traseiro suíno, mantida a pele e o pé. Condimentado e maturado por aproximadamente 10 meses.

Salame cozido: Produzido com pernil suíno, livre de aparas, misturado a uma pequena quantidade de toucinhos e condimentos, embutido em envoltório sintético. O produto é cozido e posteriormente resfriado.

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Por Lúcia Palhano - Presidente da ABS Minas - Associação Brasileira de Sommeliers

para o qual se descortina um novo universo, para eles tão desconhecido, mesmo que eles tenham um olfato por vezes mais apurado que um dito conaisseur.

Se você não consegue identificar nada em um vinho, tape o seu nariz, e tome novo gole. Sentiu a diferença? O barato da história é exatamente este, a curiosidade e o não compromisso com o saber, com o medo de errar. Inalando os aromas de um vinho, entramos em contato com uma infinidade de substâncias voláteis que flutuam... e, balançando a taça, estas substâncias se misturam ao oxigênio, se modificam revelando suas qualidades. Quanto mais intenso os aromas, quanto mais eles forem se modificando a cada vez que inalamos, maior a sua riqueza e complexidade.

Foi por causa do jasmim, que agora perfuma o meu jardim, que resolvi falar sobre os aromas do vinho. Lembro do enjoativo cheiro de dama da noite nos jardins das casas, quando andávamos pela rua (isso mesmo, andávamos pelas ruas, acredite), o cheiro de chuva, a terra molhada, o cheiro de carvão, o cheiro do esparadrapo, da acetona, dos assados da minha infância, dos perfumes de cada pessoa.. Tem cheiro bom, tem cheiro ruim... Tem um cheiro meio de enxofre que vem do nada e assola nossos narizes. Nesta casa coligamos a alguma presença ruim que passou. Os cheiros das nossas lembranças estão sempre aliados a alguma situação e a uma emoção. E com toda essa bagagem, que já faz parte de nós - humanos, que temos o olfato muito pouco desenvolvido em comparação aos outros animais -, é que vamos tentar identificar os aromas do vinho.

Temos capacidade de identificar cerca de 10 mil aromas diferentes, e só no vinho, já foram identificados 1000. Nossa memória olfativa é imprescindível na composição de nossa relação com o vinho, e, isso, torna-nos únicos. É impossível identificarmos tílias, acácias e alcaçuz, se ainda não conhecemos estes aromas ao vivo nas plantas. Certo que o Le Nez du Vin tratou de concentrar em frascos, a multiplicidade de aromas do vinho, mas a vivacidade da memória e o conhecimento in loco é que compõe e sintetiza a nossa peculiar capacidade.

Por isso a ABS MINAS inova, levando os seus alunos do curso de Formação de Sommeliers ao Mercado Central, onde, com vinho nas taças, passeiam pelas bancas de ervas, especiarias, flores e frutas, procuram comparar os aromas dos vinhos com os aromas ali presentes, dando a mesma oportunidade para os vendedores do mercado,

>> Lúcia PalhanoOs aromas do vinho

Fotos: Divulgação

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Se você se abre para este universo, tudo o que sabe é que nada sabe, sempre... Mas os enólogos pesquisaram e classificaram os aromas, de forma que, com o tempo, você passa a identificar e a dar-lhes o crédito.

São aromas primários ou varietais, os que são provenientes da uva, florais, frutados, vegetais e minerais. Mas a tecnologia atual já corrige o “defeito” de um vinho pouco aromático, com a aplicação de preparados enzimáticos, a partir de pesquisas com a Biotecnologia, conferindo maior aroma primário ao vinho.

Os aromas secundários são o resultado do processo de fermentação e vinificação, não são, portanto, originários da uva, são aromas de madeira e leveduras. Neste quesito, entram as milionárias marcas e enólogos do mundo, adequando e impondo o gosto às mídias mundiais. Há pouco tempo, os vinhos em contato por vezes excessivo com o carvalho, que pode mascarar a sua falta de qualidade, era a moda. Hoje, existe a tendência para o gosto de vinhos mais frutados, mais genuínos.

Os aromas terciários são os quais, entendo eu, não se pode camuflar nem produzir em laboratórios das grandes empresas comerciais do vinho. São aqueles que percebemos a partir do envelhecimento do vinho, quando o denominamos bouquet.

A harmonia dos aromas só se alcança com o tempo. E somente os vinhos que tem qualidade são capazes de transpor o que chamamos aroma para o bouquet, que se

revela denso e complexo, se modificando a cada minuto na taça, sem perder a vivacidade. A novidade.

E isso dá o que pensar: pois seremos completos quando, como o vinho genuíno e de qualidade, expressarmos nossa longevidade através de nossa vivacidade e espírito juvenil. É o ministério de nossa talvez maior possibilidade de virtude.

Esta história de aromas e classificações não podem ser empecilhos para que você, na sua casa ou onde quiser, resolva brincar de lembrar os cheiros da sua história, contidos na história de uma garrafa de vinho, até descobrir-lhe aos poucos a sua personalidade. Sem exigir nada de você que você não tenha. E vai se surpreender, sabendo-se muito mais amplo de conhecimentos aromáticos do que supunha ser.

Num mundo onde o pedantismo não deve imperar, e sim uma descoberta de si mesmo através dos seus próprios sentidos, e real divulgação do vinho como saude, Aubert de Villaine, proprietário de uma das vinícolas mais importantes do mundo, a Domaine de Romaneé-Conti, disse: “Não fico surpreso que as pessoas não identifiquem estes aromas todos nos vinhos que compram. Eu mesmo não sou capaz de reconhecê-los. Aliás, acho muito aborrecido. Não estou interessado nisso, e sim na personalidade no vinho”.

Simplesmente através nossa personalidade, descobrimos a personalidade dos vinhos que nos rodeiam. e com o tempo vamos ver se a complexidade do vinhos do Romaneé-Conti confirmam ou não o dito pelo seu proprietário.

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>> Natal Pólo Turístico e GastronômicoNatal tem muito para se ver. E ainda mais para se viver. Não é à toa que a Cidade do Sol recebe mais de dois milhões de turistas por ano. Aqui, na esquina do continente, o sol brilha forte o ano inteiro e os quilômetros de praias e belezas naturais convidam você, todos os dias, a experimentar fortes emoções. Vem viver Natal.

Fotos: Marcos Pedrosa

A Cidade do Sol, conhecida por seus inúmeros atrativos se destaca também como pólo gastronômico, ao apresentar uma culinária sofisticada e diversificada com sabores do mundo inteiro.

Onde comer:

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Hoje, o restaurante é o mais lembrado em Natal, tornando-se patrimônio gastronômico. Passam por ele aproximadamente 40 mil pessoas mensalmente com origem de diferentes países e, a maior parte, clientes antigos de Natal. Na visão da sócia gerente Vânia Bezerra, o segredo da longevidade e da qualidade é a aproximação com os clientes e o trabalho de humanização com responsabilidade social. “Temos um trabalho muito forte de humanização e principalmente de respeito em relação aos desejos das pessoas que aqui chegam. Todos os funcionários são treinados para ouvir, atender e principalmente receber as sugestões e críticas”, contou Vânia com seu olhar de quem enxerga longe.

Prova desse trabalho são os cursos de capacitação oferecidos para os funcionários e também a caixinha de sugestões lida diariamente. “Isso torna a proximidade maior e nos torna uma verdadeira família”, acrescentou Vânia. Outra história curiosa é a inclusão de pratos a pedido dos clientes, o que não é raro. Prova disso é a estréia de um prato vegetariano chamado Tagliatelle Vegan. Servido com porpeta de soja e tagliatelle ao molho de tomate. Além dele, outros são novidades no menu, que está de “cara nova”. O cardápio conta agora com risotos de camarão, bacalhau, salmão e lagosta e um cardápio infantil com escolhas entre peixe, strogonoff, espaguetinho e Filé Kids .

O restaurante oferece hoje trinta opções de pratos tendo como base o camarão, cinco opções de frutos do mar, cinco de lagosta, dez de peixe, oito de filé bovino e diversos

Restaurante Camarões completa 21 anos com

>> Excelência nos serviços, qualidade dos produtos e principalmente a satisfação dos clientes foram os pilares que tornaram o Camarões referência na cidade e no mundo

risotos, além de saborosas e variadas saladas, petiscos e sobremesas.

Com proposta gráfica inovadora assinada pela Designer Márcia Kafenstok, o novo cardápio traz fotos de detalhes da decoração do restaurante, que valoriza a cultura e os artistas da cidade. “O novo cardápio foi pensado e experimentado com cuidado pela equipe do restaurante junto com chefs de cozinha especialmente contratados para sua elaboração”, ressaltou Vânia.

Responsabilidade Social

Junto a todas essas ações importantes e novidades, o restaurante abraça ainda a responsabilidade social. Tem comprometimento com o meio ambiente, por meio de um trabalho importante de reciclagem, apóia diversas instituições sociais e projetos culturais, sempre se antecipou às leis no que se refere à acessibilidade e foi o primeiro a lançar cardápio em Braille na cidade. Há alguns meses, alugou uma casa ao lado do restaurante especialmente para utilização dos funcionários nos momentos de descanso entre os turnos.

Novidades

O Camarões inaugurou recentemente a Sala Acari, exclusiva para reuniões de negócios. Em local reservado no andar de cima e climatizada, a sala é equipada com mesas para 25 pessoas, projetor multimídia, telão e wireless.

responsabilidade social e humanização

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Dona Suzana de Carvalho Marinho fabricava para consumo próprio licores de vários sabores na cidade de Carmo do Paranaíba. Com o passar do tempo, a receita chegou a Belo Horizonte, pelas mãos de Dona Suzana, que transferiu o ofício para os filhos.

Aos poucos a bebida foi sendo apreciada não só pela família, mas por vizinhos e amigos. A partir daí nasce a ideia da comercialização dos licores, para que outras pessoas pudessem degustar este excelente produto. Para manter a qualidade, a receita e o processo artesanal de fabricação foram mantidos em segredo, surgindo assim a marca Licores Marinnho.

BaruSaborosa e saudável

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

Os licores são produzidos a partir de frutas selecionadas na terra da família, cultivadas sem uso de agrotóxicos e com adubação orgânica. A empresa também fabrica geléias, compotas e condimentos.

O grande destaque da Licores Marinnho atualmente é a produção de licores e castanhas de Baru. O Baru é uma fruta do cerrado brasileiro, rica em vitaminas e nutrientes, além de ser conhecida como Viagra do sertão, devido ao seu alto valor energético. Além de saudáveis e revigorantes, o licor e as castanhas de Baru são extremamente saborosos.

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Nome Popular: cumbaru; cumaru; coco-feijão.

Nome Científico: Dipteryx alata Vog.

Família Botânica: Leguminosae – Papilionoideae.

Origem: Matas e Cerrados do Brasil Central.

Características da Planta: Árvore de até 25 m de altura com tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro. Copa densa e arredondada. Folhas compostas por 6 a 12 folíolos de coloração verde-intensa. Flores pequenas, de coloração esverdeada que surgem de outubro a janeiro.

Fruto: Fruto castanho com amêndoa e polpa comestíveis que amadurecem de setembro a outubro.

Cultivo: Planta característica de cerrados e matas em terrenos secos. De crescimento rápido, cultiva-se por sementes. Um quilograma de frutos contém cerca de 30 sementes.

Aplicações: Alimentação humana, alimentação animal, medicina, indústria cosmética, artesanato, combustível, indústria madereira, adubação natural.

<< Curiosidades do Baru........................................................................................... >>

Nosso endereço:

Rua Virgínia, nº 338 - Carlos Prates - Belo Horizonte - MG - Telefone: (31) 3234-2071 - Celular: 9973-2245

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20 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

Festival de Piacatuba

Usando termos indígenas, para homenagear os Indios Puris que ali habitavam quando da chegada do homem branco, o nome tem o seguinte significado: pia = coração + catu = bom + ba = lugar.

Piacatuba é pois, Lugar de Bom Coração ou Lugar de Gente de Bom Coração.

Foi nessa cidade de bom coração, no município de Leopoldina, Minas Gerais, que aconteceu o 8º Festival de Viola e Gastronomia entre os dias 28 de julho a 1º de agosto, em meio a conversas soltas na praça e casas históricas.

O festival de Viola de Piacatuba é considerado um dos maiores do Brasil. Na edição deste ano a cidade recebeu cerca de 40 mil visitantes de várias partes do país, que buscavam um lugar charmoso e cheio de história para contar.

Os turistas que foram prestigiar o festival puderam se divertir ao som de músicos como Almir Sater e Chico Lobo e a dupla de violeiros Yassir Chediak e Rodrigo Sater, além de conferirem exposições de artesanato e lançamento de livros.

O Concurso de Viola tem por objetivo resgatar as raízes

Viola e Gastronomia“A viola é tão rica quanto a gastronomia, com suas variações e regionalidades”.

Rodrigo Castelo (Revista Minas Gourmet)

musicais brasileiras e assim incentivar o intercâmbio e a troca de experiências entre músicos, compositores e intérpretes, além de contribuir para a produção e a valorização da música de Minas Gerais e de todo o país.

A parte Gastronômica do evento contou com a participação de 7 restaurantes de famílias da cidade. Pratos como strogonoff de bacalhau e filé de tilápia ao molho de gengibre com manga puderam ser apreciados pelos amantes da boa gastronomia.

Para Maria Lúcia, organizadora do evento, o Festival foi magnífico. “O evento surpreendeu as expectativas em termo de público, e fiquei muito satisfeita, pois tudo ocorreu na mais perfeita tranqüilidade, isso nos impulsiona a fazer em 2011 um Festival ainda melhor”.

Por Paula Cerutti e Rodrigo Castelo - Fotos: Arquivo Restaurante Espetáculo (João Paulo e Ana Paula)

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Cachaçaria Gerais de MinasA Cachaçaria Gerais de Minas, em Piacatuba, nasceu do conjunto de ideias de Alexandre Barbosa de Castro e Maria Lucia Braga (hoje sua esposa), que a inauguraram em 1º de agosto de 2008.

Em 2007, Alexandre participou do primeiro FESTIVAL DE VIOLA COM GASTRONOMIA DE PIACATUBA trabalhando com um amigo em um restaurante. Encantado com a nova proposta para a cidade juntou sua experiência em restaurante com os dotes culinários de sua mãe Marisa Barbosa de Castro (chef do restaurante) e o empreendedorismo de Maria Lucia Braga, idealizadora

e produtora do Festival, e montaram a Cachaçaria Gerais de Minas. O restaurante funciona de sexta a domingo e feriados servindo o melhor da comida mineira feita em panelas de pedra com o gostinho da roça, aromas e sabores que lembram nossa infância.

A cachaçaria serve entre outros pratos, frango caipira com quiabo, palmito ou ao molho pardo. Costelinha conservada na gordura de porco, com tutu e couve ou com orapronobis e couve crocante. E o filé de tilápia com creme de gengibre e manga grelhada, além de deliciosos petiscos como o pastel de angu, torresmo e lingüiça com madioca cozida.

Vale ressaltar ainda, que quase toda a matéria prima usada na Gerais de Minas é produzida no próprio terreno do restaurante ou no sitio da família.

E, como não podia deixar de ser, tem uma adega de cachaças de excelente qualidade, dando preferência para aquelas produzidas na região, como Araci, Reserva das Gerais, Taruana, e as tradicionais e renomadas Salinas, Seleta, Germana, Mirahy, Havana, entre outras marcas

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22 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

reproduzir a parceria também na vida real. O CD “Tiago e Juvenal – Os Violeiros de Paraíso”, marca o surgimento da dupla.

Graças à afinidade musical e à amizade surgidas nos bastidores das rodas de viola de “Paraíso”, novela em que interpretaram os peões-violeiros Tiago e Juvenal - os músicos e atores Rodrigo Sater e Yassír Chediak resolveram

Yassír Chediak e Rodrigo Sater

>> Meu roteiro Gastronômico

<< Bate - Bola com Rodrigo Sater ........................................................................................ >>

>> Para comer em BH: Restaurante Maria das Tranças

>> Para comer em São Paulo: Restaurante Jardim de Nápoli

>> Para comer no Rio de Janeiro: Bar e Restaurante Belmonte (Jardim Botânico)

>> Importância de Festivais como Piacatuba e outros: :Agregar culturas diferentes

>> Melhor Cachaça Mineira: Lua Cheia, cachaças com sabor, armazenadas em tonéis de imburana

>> Comida de Boteco: Pirulito de Rabada do bar do Veríssimo, em São Paulo

>> Melhor Vinho:Mouton

>> Comida do mundo: Charuto

>> Comida Mineira: Feijão Tropeiro

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

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23 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

>> Para passear em BH: Parque Lagoa do Nado

>> Comida de BotecoLíngua recheada

>> Um happy hour:“Quando posso, vou ver e acompanhar na viola meu pai, Aldo Lobo Leite, o último seresteiro de sua geração, que toca toda terça-feira no bar Antônio José, em São João Del Rey. É a terça do Aldo”

<< Bate - Bola com Yassír Chediak ....................................................................................... >>

>> Para comer em BH: Bar Arrumação

>> Para comer no Rio de Janeiro: Restaurante Sobrenatural, especializado em frutos do mar e Espírito Santa, de culinária amazonense, ambos no bairro Sta Tereza

>> Importância de Festivais como Piacatuba e outros: :Interface com público. “Hoje a internet já busca o artista e o coloca mais próximo do público, mas só os Festivais permitem o contato direto”

>> Melhor Cachaça Mineira: Baronesa (3 Corações, MG)

>> Melhor Vinho:“Prefiro contar uma história inusitada: meu tio tinha uma adega com vinhos rosé em 3 corações e nunca ninguém bebeu desses vinhos. Mas eu sempre pegava umas garrafas escondidas, ele desconfiava mas nunca descobriu. Até que no ano 2000 veio uma enchente e destruiu tudo, a adega e os vinhos. Resultado: eu fui a única pessoa que provou daqueles vinhos que meu tio guardava”.

>> Comida do mundo: Coalhada seca com arroz, lentilhas e cebolas.

>> Comida Mineira: Frango com quiabo acompanhado de couve rasgada.

Nascido em São João Del Rey, MG, e radicado em Belo Horizonte, Chico Lobo é violeiro, cantador, compositor, arranjador, produtor musical, apresentador de TV e rádio, e se dedica à divulgação da viola caipira e dos violeiros dos “grotões”, como são chamados.

Chico Lobo

>> Melhor Cachaça Mineira: Aquelas de alambique, com cheiro de garapa

>> Melhor Vinho:Os alentejanos (tintos e secos)

>> Comida do Mundo: Em Portugal tem um prato similar à nossa picanha chamado Secretos do Porco Preto, e o animal é alimentado somente com uma castanha chamada bolota

>> Comida Mineira: Costelinha com angu e taioba

>> Uma PousadaSolar dos Montes, em Santana dos Montes, da Ana e do “Seu” Medina. “Lá eu trabalho com uma Escola de Violas”

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24 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

Hotel Minas Towerem Leopoldina

e acesso a internet “Wireless”.

Ainda, segundo Victor, o grande destaque está sem dúvida no café da manhã. “Sou cozinheiro formado pelo Senac - Grogotó, com o conhecimento que adquiri procurei valorizar a cultura mineira dando ênfase à nossa gastronomia em nosso buffet de café da manhã. É um buffet de padrão cinco estrelas. Tudo o que é servido é produzido na padaria do hotel, receitas tradicionais são nossos destaques, é a valorização do sabor e da cor locais”.

Localizado no coração da cidade de Leopoldina há quase 2 anos, o Hotel Minas Tower, a exemplo de empreendimentos em grandes centros, é um novo padrão de hotelaria, com uma construção arrojada, de arquitetura contemporânea, em forma de torre que valoriza toda a região.

O Minas Tower surgiu com a finalidade de suprir uma grande carência de hotéis de alto nível na região, não só por uma hospedagem de qualidade, mas também para aumentar o número de leitos disponíveis, possibilitando o avanço e crescimento consistente do mercado turístico regional.

De acordo com Victor Guilherme, proprietário do hotel, a qualidade do serviço prestado está trazendo grandes personalidades para se hospedarem em Leopoldina. “Pela qualidade que imprimimos aos serviços de hospedagem em nossa micro-região, o Minas Tower se tornou referência e tem recebido as grandes lideranças políticas de nosso estado. Já passaram por aqui o Governador Anastasia, a secretária de turismo Érica Drummond, os deputados Bráulio Braz e Marcos Pestana, a reitora da UEMG, Dra. Janete Gomes Barreto e tantos outros que assinaram nosso livro de ouro”.

O Minas Tower possui aconchegantes apartamentos, que se dividem em suítes Master, Luxo, executiva e presidencial, todas elas com banheiro privativo, TV, ventiladores de teto ou ar condicionado, colchões box, mesa para refeições, frigobar, entre outras peculiaridades de cada acomodação.

O hotel ainda conta com um salão de eventos com capacidade para mais de 200 pessoas, serviço exclusivo de “Coffee Break”, piscina com cascata e sauna a vapor, aquecimento solar, estacionamento próprio, Room Service

<<.................................................. >>

Av. Getúlio Vargas, nº 215, Leopoldina, MG

Fone (32) 3401-5000/3441-5164

Site: www.hotelminastower.com.br

Email: [email protected]

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

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>> Adelaide Engler

Vergelegen, o campeão da África do Sul

Essa vinícola produz vinhos maravilhosos, ela e seu enólogo já ganharam todos os prêmios possíveis: medalhas de ouro no International wine and spirit competition, Wine magazine e Wine enthusiast ; troféu Chateau Pichon Longueville Comtesse de La Lande ; ainda duas vezes SAA Chief Executives Officer’s Trophy para a melhor performance de enólogo por 4 anos sucessivos,

Sim, este é o campeão, mas não da copa e sim do copo !

melhor vinícola no Fairnbarn Capital Wine Trophy e 5 estrelas no Jonh platter guide Show. Uff!

Seus vinhos são todos muito bons, mas inesquecível é o VERGELEGEN RED, elaborado a partir de uvas pinotage. Experimentei esse líquido precioso em uma degustação há 10 anos e nunca o esqueci. Mês passado com amigos que saíam para a Copa e me pediram dicas de vinhos para experimentar, resolvi dar uma “googada” no Vergelegen para passar o endereço da vinícola e descobri que não foi à toa que o adorei, acho que com todos estes prêmios que relacionei, podemos dizer que é o melhor vinho da Africa do Sul, ou pelo menos o melhor Pinotage. Esta deliciosa cepa híbrida produzida na Afríca do sul, é fruto de uma combinação de Pinot Noir e Cinsaut.

A uva Pinotage produz vinhos fáceis de beber, mas pode também produzir vinhos ricos e encorpados, quando advindas de videiras antigas. Apresenta aromas de especiarias, madeira, cereja, frutas vermelhas, ameixa, ervas, tostados, terra, tabaco e chocolate.

Ela foi desenvolvida na África do Sul em 1924 pelo Prof. Abraham Izak Perold. Em 1995 foi criada a Associação Pinotage, com o intuito de desenvolver o interesse nessa variedade local. Essa associação junto com os consumidores de Pinotage, trabalharam duro durante anos para fortalecer a uva Pinotage e a qualidade de seu vinho, para desenvolver um estilo e aromas específicos, e para divulgar esta uva e ampliar seu mercado no exterior.

Fotos: Adelaide Engler e divulgação

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Tradicionalmente a África do Sul é o país dos vinhos brancos, se destacando o Steen (nome que usam para a Chenin Blanc), Colombard, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Hanepoot e Cape Riesling.

Stellenbosh é a região produtora mais importante da África do Sul. As principais cepas são Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, a minha querida Pinotage e Sauvignon Blanc. Entre os melhores produtores, posso citar Beyersklof, Morgenhof, Neethlinggshof, Rustenberg, Stellenzicht entre outros.

Durante a copa os vinhos africanos esgotaram, em meados dos jogos, os restaurantes já não tinham vinhos locais para oferecer, tamanho foi o sucesso que fizeram.

Pinotage e gastronomia Seus melhores casamentos são com carnes de caça, embutidos, peixes de paladar forte como salmão, atum, e alguns queijos como Cheddar e Gouda.

Bom, para mim, eles caem bem o ano todo e a qualquer hora. Para acompanhar o Vergelegen eu prepararia um delicioso coelho ensopado, bem temperado com cebolas, alho, pimenta do reino,louro, tomilho e cubos de bacon

Ingredientes:

2 coelhos inteiros

200g Cebola picada brunoise

150g Cenoura picada brunoise

Alho- porró em lâminas

3g Pimentas em grão preta moída

1 Cravo

230g Dentes de alho triturados

Mostarda de Dijon

500ml Caldo de galinha

200ml Vergelegen red (ou 300ml de vinho branco seco)

30 ml Vinagre de vinho branco

3 Folhas de louro

Meio molho de salsinha

Meio molho de tomilho

10 folhas Salvia

50g manteiga

50ml óleo

50g Farinha de trigo

150g Bacon

150g Cogumelos Paris frescos

Sal a gosto

Modo de fazer:

Cortar o coelho em pedaços. Temperar o coelho com a cebola, o alho, a cenoura, o alho-porró, o cravo, o louro, a pimenta, o vinagre, o vinho, a mostarda, a pimenta e sal. Deixe 12 horas na geladeira. Refogue o bacon em uma panela grossa. Caso necessite, acrescente um pouco de óleo e refogue o coelho e os temperos( sem o vinho), na mesma panela. Jogue a farinha, salpicando e misture. Depois acrescente o vinho do tempero, o caldo de galinha e as ervas. Deixe cozinhar 50 minutos em fogo baixo. Depois acrescente os cogumelos frescos e deixe cozinhar mais 15 minutos em fogo médio. Acrescente a manteiga e misture bem.

Sirva com arroz branco ou batatas cozidas.

Coelho da Chef

Rendimento : 4 pessoas

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vê-la nunca mais, por estarem fartos demais. A verdadeira cozinha mineira não precisa ser pesada ou gordurosa, precisa ter sabor e qualidade”, explica. Dona Lucinha nunca admitiu que um alimento enlatado entrasse em sua cozinha. Todos os ingredientes são frescos e de qualidade, e tudo é produzido artesanalmente.

Com todo o sucesso do primeiro restaurante que abriu, outros restaurantes (mais um em Belo Horizonte e dois em São Paulo) foram inaugurados e a comida, feita com tanto amor, foi ganhando espaço além das montanhas mineiras, sendo premiada e tendo seu trabalho reconhecido por todo o Brasil e no exterior. Em 2002 teve a indicação para receber o Prêmio Slow Food pela Defesa da Biodiversidade,

Mãos de fada. Essa é a melhor definição para Dona Lucinha. Com talento, persistência e determinação, essa mineira da cidade do Serro fez coisas impressionantes pela cultura e culinária mineira. Inquieta e com sede de aprendizado, Dona Lucinha busca a valorização da culinária de raiz, com história e tradição. “Meu papel é reforçar a tradição e a magia da cozinha mineira. A cozinha moderna, deixo para os outros chefs”, diz, com bom humor.

Nascida em 1932 em uma família de quituteiras, Dona Maria Lúcia Clementino Nunes foi professora por 30 anos, período em que buscava sempre mostrar além das letras aos seus alunos. Ela queria que eles entendessem a importância e o valor que tinha a tradição, as “merendas escondidas” como Dona Lucinha chama a cozinha típica da fazenda, que ela foi buscando em cada casa, na tradição de cada família. Aposentada e mãe de 11 filhos, seguiu sua vocação. Passou a divulgar a tradição da culinária de raiz, que faz parte da história de seu estado.

Hoje, faz uma das mais saborosas comidas típicas do Brasil. Quem come a comida de Dona Lucinha imediatamente supera o preconceito da “cozinha mineira pesada”. Com sabores inigualáveis, percebemos cada detalhe, cada toque de tempero, mas cada a prato encerrado temos a sensação de “quero mais”. A leveza de sua comida impressiona. “Não quero que comam minha comida e saiam sem querer

Dona Lucinha

>> Chef do mês

Por Bárbara AlbuquerqueFotos: Luiz Rocha e Miguel Aun

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sendo uma autêntica representante dessa moderna filosofia alimentar mundial. Em Turin, onde foi assistir a festa da premiação, Dona Lucinha realizou um jantar brasileiro levando aos italianos os sabores mais tradicionais de Minas.

Enfim, Dona Lucinha é uma verdadeira representante da tradição, história e culinária mineira. Para ela, a cozinha não existe sem a tradição e suas raízes. E como ela está certa!

Ingredientes: 1 frango com cerca de um quilo300 gramas de quiabo2 cebolas médias1 cálice de suco de limão1 colher das de mesa de sal com alho1 colher das de mesa de urucum1 ramo de salsinha1 ramo de cebolinha1 folha de louroÓleo, o necessárioPimenta a gostoÁgua, o necessário.

Modo de preparo: Lavar o frango, cortar nas juntas e aferventar levemente com água e limão. Escorrer, lavar e reservar. Em uma panela, aquecer o óleo, o sal com alho, deixar alourar; juntar o frango, deixar fritar levemente, escorrer o excesso de gordura, acrescentar o urucum, misturar bem. Pingar água aos poucos, deixar suar e juntar os ramos de cheiro-verde, as cebolas inteiras, o louro, tampar e manter um bom caldo. Acertar o tempero e manter tampado para cozinhar bem. À parte, lavar, secar os quiabos novos e tenros. Retirar as pontas e os pés, picar em rodelas e agregar ao frango. Não mexer. Tampar por alguns minutos. Verificar se os quiabos estão macios. Retirar do fogo e servir.

Frango com quiabo

Ingredientes para o creme amarelo: 8 gemas 8 colheres das de mesa de açúcar fino 1 colher das de mesa de maisena 1 litro de leite 1 colher das de sobremesa de essência de baunilha.

Modo de preparo: Quebrar os ovos, separar as gemas e bater com o açúcar, até dar bolhas. Acrescentar a maizena, misturar e reservar. Colocar o leite para ferver com a baunilha. Mexer bem. Ao levantar fervura, retirar uma parte do leite, misturar as gemas, dissolver e juntar ao leite que está no fogo. Deixar cozinhar levemente, mexer sempre para não talhar. Retirar do fogo, mexer de vez em quando. Deixar esfriar e reservar.

Bater as claras em neve e ir adicionando açúcar aos poucos. Depois de bem batido, acrescentar o vinho. Esquentar a água em banho-maria, derreter as folhas de gelatina e adicionar às claras. Bater por mais cinco minutos, usar uma colher para colocar pequenas porções em taças. Por último, derramar o creme sobre a espuma rosada.

Pode-se decorar com ameixas-pretas sem caroço. E pode-se dizer que é a mais leve e bela sobremesa mineira. Seu nome se deve a uma miss Brasil de tez muito rosada.

Zezé Leone

Ingredientes para o creme rosado: 8 claras em neve 8 colheres das de mesa de açúcar 1 cálice de vinho do Porto 4 folhas de gelatina branca 4 folhas de gelatina vermelha ½ xícara de café de água.

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Por Paula CeruttiFotos: Jane Linhares e divulgação

aqui passeiam, são os bares com mesas nas calçadas, proporcionando uma maior interação entre as pessoas que os freqüentam.

Enquanto os mais diversos tipos de bares e restaurantes se espalham pela cidade, os antigos barzinhos de rua do Santa Tereza se destacam cada dia mais pela informalidade, o tratamento personalizado, a boa e velha simpatia. Diferenciais que atraem os clientes para a região leste da cidade.

Um dos mais tradicionais bairros de belo Horizonte, tanto para morar quanto para passear, o Santa Tereza é também conhecido como reduto da boemia, revelando belíssimas opções gastronômicas.

O bairro é sem dúvida um dos mais agradáveis para se tomar aquela cerveja gelada, bater um bom papo com os amigos, e saborear os mais diversos pratos. É possível se deliciar com belas massas, saborosos tira-gostos, além de famosos pratos de fim de noite, como o mexidão.

Uma das peculiaridades do bairro, que atrai não só os moradores da cidade, como os turistas que por

>>Sabores do Santa Tereza e região

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Restaurante

Rua Salinas, 1375 - Santa TerezaTel: (31) 3481.5466

Segunda à sexta - 11:00 às 15:00 horas

Domingo - 11:30 às 15:30 horas

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A influência da culinária indígena na nossa cozinha atual é indiscutível. Os ingredientes usados, a forma de preparo e a importância cultural estão presentes nas mesas de todas as regiões do Brasil. Uns mais que outros, ingredientes como peixes, carnes de caça ou raízes fazem parte da alimentação básica, ou mesmo sofisticada, da população geral e dos gourmets, que se arriscam a fazer pratos exóticos com produtos da nossa terra.

Pensando em toda essa importância cultural e gastronômica, por que não um lugar com a mais típica culinária indígena, de raiz? Com esse conceito, o Restaurante Oca dos Tapuias desenvolveu um cardápio com os mais típicos ingredientes usados pelos índios. Codornas, peixes, carnes de caça e raízes são as principais bases para pratos como “Filhote à moda Tapuias”, “Codornas da Tribo” (prato da capa) ou “Javali Indígena”. Pratos que contam com ingredientes muito usados em nossas mesas, como a mandioca, ou mesmo com aqueles encontrados apenas em locais específicos, como o caso do peixe Filhote.

A casa, que está sob nova administração há três meses, funciona com Self-service de comida mineira de segunda a sábado nos almoços e aos domingos abre espaço para o cardápio especial, com as iguarias indígenas. Também funciona nas noites de quarta-feira a sábado para happy hour.

Comidaindígenana mesa

Por Bárbara AlbuquerqueFotos: Luiz Rocha

“Os diferentes produtos retirados, depois de raladas e espremidas, originavam os alimentos básicos das primitivas populações brasileiras. Do líquido venenoso resultante do prensamento, no tipiti, fermentado ao sol e fervido longamente, obtinha-se a manicuera ou o tucupi, usados no caxiri, ou como caldo, com batata-doce, cará-roxo ou branco ou frutas, carnes e peixes, com ou sem pimenta, e no nosso tacacá. Da massa prensada faziam-se os beijus comuns assados no forno de argila (...). Do amido puro decantado no tucupi, fazia-se a goma ou polvilho, para as tapioquinhas e o tacacá, e as farinhas de tapioca, para mingaus. Da massa com tucupi, o arubé, um molho apetitoso”.

Trecho do livro “Viagem gastronômica através do Brasil”, de Caloca Fernandes.

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Ingredientes: 4 postas de peixe filhote1/2 copo de vinho branco seco100 g de tomate cerejalascas de pimenta dedo de moça3 ramos de tomilho2 colheres de sopa de manteiga de garrafa1 cebola pequena picada1 colher de sobremesa de raspas de limão100 g de farinha de milho2 ovos4 fatias de bacon1 colher de sopa de suco de limão50 g de castanha de caju moída e 4 castanhas inteiras1/2 maço de taioba 1/4 copo de azeite2 dentes de alho amassadossal a gosto

Modo de preparo: Tempere o peixe com o suco de limão e sal a gosto. Deixe o tempero descansar enquanto você faz a farofa.

Para a farofa, doure a cebola com manteiga, adicione a castanha de caju e mexa bem. Debulhe 3 galhos de tomilho, jogando suas folhas na mistura, acrescente o bacon já frito e farinha de trigo. Bata os ovos com garfo e misture para dar a liga. Mexa mais um pouco e desligue o fogo.

Filhote à Moda Tapuias

Montagem do Prato: Em uma travessa, coloque a farofa em cima do peixe e adicione em cada posta 1 fatia de bacon, ½ tomate cereja, ¼ de pimenta dedo de moça e a raspa de limão. Agora coloque vinho branco em volta do peixe e cubra a travessa com papel alumínio. Deixe no forno por 20 minutos. Sirva com taioba refogada no azeite com alho.

Modo de preparo: Bistecas: Temperar as bistecas com meio copo do vinho tinto, o alho amassado, sal e pimenta do reino. Deixar 12 horas na geladeira. Levar ao fogo uma panela com o óleo e o bacon, quando aquecer grelhar bem as bistecas. Coar o tempero da carne, juntar o outro meio copo de vinho tinto e deixar reduzir.

Purê de Batata Doce: Cozinhar, descascar e passar as batatas quentes pelo espremedor e pela peneira. Levar a batata ao fogo com o leite e a manteiga mexendo bem. Acescentar o queijo ralado e sal a gosto.

Couve crocante:Lavar e cortar a couve em tirinhas bem fininhas e fritar, aos poucos, rapidamente em óleo bem quente.

Ingredientes: 4 bistecas de javali1 copo de vinho tinto seco2 dentes de alho amassadosSal e pimenta do reino a gosto1 colher de óleo½ xícara de bacon picado½ kg batata doce1 colher de sobremesa de açúcar½ xícara de leite integral1 colher de chá de manteiga100g de queijo minas ralado4 folhas de Couve

Javali Indígena

Montagem do Prato: Colocar as bistecas com o molho por cima. Guarnecer o purê de batata doce coberto com uma camada de parmesão ralado e a couve crocarnte.

Ingredientes: 4 codornas limpas1/2 copo de vinho branco seco½ copo de água1 colher de sopa de catchup1 colher de sopa de mostarda½ copo de suco de limãoSal e pimenta do reino a gosto250g de polvilho para tapioca100g de queijo mussarela50g de queijo parmesão

Modo de preparo: Misturar a água, o vinho , o catchup, a mostarda, o suco d ecebola e jogar sobre as codornas. Deixar marinar por 1 hora. Envolver a “barriga” da codorna com 1 fatia de bacon bem fininha. Levar para assar envolvidas em papel alumínio até ficarem macias.

Tapioca: Molhar o polvilho com um pouco de água. Esfarelar essa massa com as mãos. Aquecer bem uma frigideira de pedra (sem óleo). Passar a massa por uma peneira em cima da frigideira já quente, espalhando bem como se fosse uma panqueca. O segredo é deixar a frigideira bem quente antes de moldar a massar no fundo. O ponto é rápido. Assim que desgrudar do fundo da frigideira, vire por alguns segundos e estará pronta. Não deixar escurecer nem endurecer. Cobrir a tapioca ainda quente com o queijo mussarela e o parmesão ralado e dobrá-la ao meio.

Codornas da Tribo

Montagem do Prato: Coloque as codornas no prato e as tapiocas ao lado.

Receitas

<<Oca dos Tapuias................ >>

Avenida Francisco Sales, 120 - Floresta - Belo Horizonte - MG.

Mais informações pelo telefone (31) 3273-1350.

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Marketing para GastronomiaA importância do atendimento

desistências de passageiros. A certa altura, já com minhas negociações concluídas e o pedido em minha pasta, eu estava conformado com a noite que teria pela frente, quando surgiu um motoqueiro procurando por mim. Ele usava uniforme da empresa de transportes aéreos e dizia para pegar uma carona na moto dele porque o avião já estava pronto para decolar e meu lugar estava confirmado.

Bem, não preciso dizer que de todos os cartões de milhagens aéreas que tenho, o único que o número de pontos cresce realmente é o dessa companhia não é? A mim, conquistaram pra sempre. E, provavelmente, entre todos os que lerem esse texto, boa parte guardará uma boa impressão da empresa, alguns, até, optarão por ela quando forem comprar suas passagens.

Disso tudo, acho que é possível se tirar algumas lições básicas de marketing:

Você já parou para pensar que pode ter um ótimo produto, com preço adequado ou até atraente, mas mesmo assim não consegue o sucesso esperado em suas vendas?

Investir em tecnologia, reduzir preços e caprichar na qualidade é o mínimo que o Cliente espera de nós. Mas, é necessário um atendimento nota 10. Basta um deslize na abordagem, um telefonema mal atendido ou uma pergunta sem resposta para que o Cliente nos dê um sonoro “adeus” e corra para os braços da concorrência.

Todos nós brasileiros, conhecemos o caso da empresa de transportes aéreos que cresce as taxas apesar de ter sofrido a queda de dois de seus aviões em região densamente povoada causando dezenas de mortes. Ela cresce, entre outras coisas, porque presta bons serviços e tem uma política de atendimento muito interessante. O pessoal que tem contato com o público é sempre muito gentil, com boa apresentação pessoal, inspira confiança e sempre dá ao seu Cliente um pouco mais do que ele espera receber.

Uma vez eu fui a uma reunião, que aconteceria em uma pequena cidade situada no Estado de Goiás, onde estava sendo construída uma usina hidroelétrica. Os meios de transporte para chegar até lá eram um vôo de pouco mais de uma hora, a partir de Brasília, ou uma viagem de várias horas e muitas paradas. Eu escolhi o pequeno avião e fiz uma ótima viagem logo cedo para atender ao meu compromisso e voltar no mesmo dia ao final da tarde. Na reunião aconteceram alguns imprevistos, e minha volta teve que ficar para o final da tarde do dia seguinte, uma sexta-feira, exatamente quando muitas pessoas deveriam deixar o canteiro de obras em Minaçu e voltar para suas casas. Como se pode esperar, o avião já estava com todas as reservas confirmadas e eu teria que me contentar com o incômodo ônibus e passar toda a noite viajando até Brasília.

De imediato, pedi ajuda ao agente local da empresa de transportes aéreos, que de forma muito atenciosa prometeu dar atenção especial à minha reserva. Entretanto, como o meu nome era o 4º da lista de espera, ele me aconselhou a comprar o bilhete para viajar no vagaroso ônibus.

Passei o dia trabalhando preocupado com a minha viagem de volta e liguei algumas vezes para saber de eventuais

1- Um cliente bem atendido é um cliente satisfeito e um cliente satisfeito é um cliente fiel.

2- Se o atendimento superar as expectativas do cliente, ele se transformará uma mídia gratuita e altamente confiável do seu negócio.

3- Investir no atendimento da sua empresa é, de fato, uma grande economia, pois, atrair um Cliente novo custa, pelo menos, 5 vezes mais caro do que manter um Cliente fiel.

Sérgio Frota é paulista de Pirassununga, formado em administração de empresas pela Universidade de Brasília, Atualmente é gerente comercial da Elvi, indústria especializada em equipamentos para cozinhas profissionais, professor de Gestão de Restaurantes no curso de Administração de Empresas com Ênfase em Turismo das Faculdades Anglo Latina, vice-presidente do Sindal - Sindicato dos Fabricantes de Cozinhas Industriais.

Email: [email protected]

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>> Segurança AlimentarA qualificação para o setor de alimentação fora do lar

Nas últimas décadas, a preocupação com a qualidade dos alimentos servidos ao consumidor, tem sido objeto de constante atenção por parte de governos e da iniciativa privada, pelo fato das doenças relacionadas aos alimentos estarem aumentando independentemente da tecnologia hoje existente.

A qualidade dos alimentos servidos é prioridade, e atenção especial deve ser dada ao aspecto da segurança dos alimentos e principalmente à diminuição dos riscos de doenças alimentares. Os alimentos, quando contaminados, representam perdas econômicas para as empresas, para os governos e, principalmente, colocam em risco a saúde da população.

A implantação de normas de controle de qualidade para a produção de alimentos é a forma de alcançar um padrão de qualidade que atendam ao consumidor, às empresas e à legislação, por isso, a aplicação das ferramentas, reconhecidas internacionalmente, de controle de qualidade em alimentos como as Boas Práticas de Fabricação, Procedimentos Operacionais Padronizados e Sistema

Por Adriana Lara

APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) são fundamentais para o crescimento e sucesso dos programas de qualidade das empresas do setor alimentício.

A qualidade na produção de alimentos é objetivo em todos os setores e produtos com qualidade garantida é certeza de respeito ao consumidor e de lucros.

Dentre as estratégias para melhorar a qualidade dos alimentos oferecidos a população, a capacitação de recursos humanos é prioridade, pois o manipulador interfere diretamente no produto em diferentes fases do processo produtivo e também ter conhecimento da legislação do setor é garantia de produção segura.

Programas de qualificação eficazes e permanentes são ferramentas importantes para a informação e conscientização dos colaboradores que estarão aptos a produzir e oferecer alimentos seguros, inócuos e com propriedades nutricionais que satisfaçam a um consumidor cada vez mais exigente e informado.

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37 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

>> Encontrei por aí...

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38 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

Gorduras totais, saturadas, insaturadas e trans: qual a diferença?

utilizadas na produção industrial de biscoitos, bolos, pães, sorvetes, chocolates, entre outros. Há evidências científicas que as gorduras trans acarretam maior risco para as doenças cardíacas.

Diante destas informações, fica terminantemente proibido o consumo das maiores fontes alimentares de gorduras saturadas? A resposta é não. O que precisamos é escolher melhor em termos quantitativos e qualitativos as gorduras que iremos ingerir.

Neste processo, é importante compreender os rótulos dos alimentos. Devemos dar preferência aos alimentos que apresentam uma baixa quantidade de gorduras saturadas quando comparada com a quantidade de gorduras totais. Por exemplo: em 100 g de manteiga há 82 g de gorduras totais e destas 49,2 g são saturadas, ou seja, 60%. Já para a grande parte dos óleos vegetais, em 100 g do produto

No último número da Revista Minas Gourmet li um texto do chef Laurent Prous sobre o Croque Monsieur. O famoso e saboroso mixto quente francês é composto, dentre outros ingredientes, por queijo, creme de leite e gema de ovo, sendo todos ricos em lipídeos, ou seja, as famosas gorduras que já fazem parte do nosso vocabulário. Em uma reunião em nossa casa, eu e meu marido decidimos oferecer este prato a um casal de amigos. Sem dúvidas, este sanduíche é irresistível, até mesmo para uma nutricionista, principalmente devido ao aumento da palatabilidade proporcionada pelas gorduras nos alimentos.

Pensando sobre este assunto, decidi escrever sobre as gorduras. Os lipídeos são essenciais ao bom funcionamento do nosso organismo. No entanto, é fato que o consumo excessivo deste nutriente tem relação direta com a obesidade e com outros transtornos metabólicos cada vez mais eminentes em nossa sociedade.

Quase todos os alimentos que consumimos diariamente apresentam os lipídeos em sua composição. Então, é importante entender que as gorduras presentes nos alimentos podem ser divididas em dois grandes grupos: as saturadas e as insaturadas.

As gorduras saturadas estão presentes principalmente nos produtos de origem animal como carnes, ovos, leite e derivados. A Organização Mundial da Saúde recomenda que não mais que 10% do total de energia consumida diariamente seja fornecida por este tipo de gordura, pois os consumo em excesso de lipídeos saturados aumenta o risco de dislipidemias e de doenças do coração.

Os lipídeos insaturados, que podem ser subdivididos em monoinsaturados e polinsaturados, estão presentes principalmente nos óleos vegetais como o de soja, girassol, milho e canola e nos azeites como o de oliva. Estes óleos são fontes de ácidos graxos essenciais e, ao contrário dos saturados, quando consumidos com moderação, não estão associados à doenças do coração.

Temos ainda as famosas gorduras trans, um tipo de lipídeo obtido a partir da hidrogenação dos óleos, um processo muito comum para obtenção de gorduras hidrogenadas

Por Rita de Cássia Ribeiro. Nutricionista. Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Professora do Curso de Nutrição da PUC Minas e do Curso Tecnólogo em Gastronomia da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte.

>> Cozinha Saudável

Fotos: Pedro David e divulgação

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39 << Minas Gourmet >> Setembro/Outubro 2010

há 100 g de lipídeos totais, dos quais apenas 15,0 g são saturados, ou seja, 15%.

Assim, fica evidente que o segredo está na moderação e não na exclusão de ingredientes que agradam o nosso paladar. Podemos, ainda, ousar na adaptação de receitas. Sugiro,

Ingredientes20 g de arroz selvagem60 g de cogumelos frescos diversos50 g de arroz arbório15 g de cebola picadinha3 g de manteiga50 mL de vinho branco secocaldo de legumes preparado com alho poró, cenoura, cebola, entre outrossal, alho, tomilho, sálvia, alecrim e cebolinha à gosto10 g de azeite de oliva congelado

<< Técnica de preparo.................................... >>

Inicialmente, colocar o azeite em um copinho de plástico de café e levar ao congelador. É importante realizar este procedimento no dia anterior;

Em uma panela, cozinhar o arroz selvagem em água apenas. Este arroz demora mais para cozinhar. Por isso, é importante verificar sempre o nível da água. Se sobrar água após a cocção, utilizar uma peneira. Reservar;

Em outra panela, refogar os cogumelos fatiados em azeite, alho e sal. Finalizar com as ervas e reservar;

Paralelamente, preparar o arroz arbório: refogar a cebola na manteiga, adicionar o arroz, refogar, deglaçar com o vinho branco seco, em seguida adicionar, aos poucos, o caldo de legumes até o cozimento completo (al dente). Ao final do procedimento, incorporar o arroz selvagem, os cogumelos, as ervas e ajustar o sal. Ainda, adicionar o azeite congelado, misturar bem para a obtenção do brilho e servir.

Risoto de cogumelos e arroz selvagem (rende 1 porção)

Valor nutritivo médio da receita:

Energia: 348,5 kcal

Carboidratos: 53,0 g

Proteínas: 6,0 g

Gorduras totais: 12,5 g

Gorduras saturadas: 3,0 g

Colesterol: 6 mg

Fibra alimentar: 2,5 g

nesta edição, um risoto de cogumelos e arroz selvagem. Para finalizar o prato, no lugar da tradicional manteiga para dar brilho e sabor ao prato, sugiro um pouco de azeite de oliva congelado. Experimente!

Energia: 348,5 kcalCarboidratos: 53,0 gProteínas: 6,0 gGorduras totais: 12,5 g

Valor nutritivo médio da receita:

Gorduras saturadas: 3,0 gColesterol: 6 mgFibra alimentar: 2,5 g

Todos os sabores de Minas em um só lugar

Cidade Administrativa - Rodovia Américo Gianetti, s/nº - Centro de Convivência - Quiosque 106 Venda NovaFone: 31-3451-5193 - [email protected]

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>> MatusalémA cachaça na cozinha

Ingredientes:- 1,2kg de camarões grandes- ½ xícara de chá de cachaça de alambique- 1 Colher de chá de Mostarda de Cremona- 1 Colher de chá de sal- 1 folha de louro- 2 colheres de arroz de Creme de leite Fresco- ½ xícara de chá de dill fresco picado- Pimenta-do-reino moída na hora- 1 xícara de chá de tomate sem pele amassado- Folhas de dill para finalizar- 1 colher de sopa de manteiga Sem Sal- Caldo de um limão

Modo de fazer:Limpe os camarões e retire a casca, mas conserve o rabinho. Tempere com o limão, sal e pimenta do reino moída reserve. Em uma tigela, misture a cachaça, mostarda de Cremona picadinha, o louro, o dill picado, o sal e a pimenta. Reserve. Numa frigideira grelhe os camarões por 2 minutos de cada lado e junte no molho que estava reservado. Acrescente o creme de leite fresco e finalize com a manteiga sem sal, já fora do fogo.

Sirva com batatas cozidas ou taglioline na manteiga queimada.

Rendimento: Quatro porções

Camarões na cachaça com mostarda de Cremona

Por Matusalém Gonzaga

Antigamente a cachaça – velha conhecida dos escravos, dos negros e dos menos favorecidos – era conhecida como um modo peculiar de aliviar dores de fazer o tempo passar, ou até mesmo provocar o sono, depois de um dia de trabalho e dos afazeres domésticos. Com a chegada de novos tempos, um novo conceito tomou conta das fazendas dos senhores do engenho e de, uma forma artesanal, começaram a produção de alambiques um pouco maiores. Hoje é reconhecida como um produto tipicamente brasileiro, um elemento cultural do nosso povo. Vem alcançando reconhecimento de sua qualidade e sabor nacional e internacionalmente.

Nesta edição, mostro uma receita para os amantes da boa gastronomia Ao invés de utilizar nos pratos flambados (ou mesmo na cocção e elaboração dos pratos) destilados como vodka ou conhaque, porque não usar o nosso produto, que tem um custo beneficio bem melhor e um sabor inigualável? O mercado cada vez mais competitivo nos leva a pesquisar e encontrar soluções para que possamos adequar custo, beneficio e qualidade. Para se conhecer uma boa cachaça é preciso observar algumas características: “transparência”, o sabor alcoólico, a doçura, a limpidez, a agressividade, a acidez, a suavidade e o olfato são alguns dos pontos a serem analisados.

Bom apetite!

Foto: Edgar Simões

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A partir deste mês de setembro, Belo Horizonte oferece mais uma atração para turistas e moradores. Já famosa por conter o maior número de bares per capita e uma diversidade gastronômica que vai da culinária típica a internacional, agora a capital mineira passa também a oferecer um serviço diferenciado na degustação da cachaça de alambique. É o Cachaçatur - Roteiro da Cachaça Artesanal, um projeto de caráter turístico, que reúne bares, restaurantes, lojas e alambiques em torno de um produto tipico mineiro, de alto padrão de qualidade e sabor e aromas especiais.

A rota do Cachaçatur traz 16 bares e restaurantes, cada um com a sua carta de cachaças artesanais, com no mínimo 50 marcas, para a escolha do cliente, que pode degustar a bebida pura ou em outros formatos, como drinks e coquetéis, dependendo do estabelecimento. Além disso, cada bar ou restaurante irá oferecer pelo menos um prato típico ou um petisco exclusivo, que tem como um dos ingredientes a cachaça artesanal mineira, revelando que ela também é uma forte aliada dos prazeres da mesa.

O roteiro inclui também 8 lojas especializadas em venda de cachaças mineiras e 3 alambiques, onde pessoas de todo o mundo poderão conhecer de perto o processo de produção da cachaça artesanal, cujas características resultam em um produto de alto padrão de qualidade e sabor e aroma especiais.

Conheça a rota da cachaçaartesanal em Belo Horizonte

O Cachaçatur é uma iniciativa da Belotur com parceiros institucionais e empresariais, e tem por objetivo agregar valor ao turismo da cidade, ao ressaltar a cachaça artesanal, uma bebida típica e especial, que vem conquistando paladares por todo o mundo.

Veja a relação dos estabelecimentos participantes no site www.cachacatur.com.br.

Cachaça Gourmet

Vem aí a 3ª edição do Festival Cachaça Gourmet, mais um atrativo de peso que reforça a vocação gastronômica de Belo Horizonte. De 10 de outubro a 10 de novembro, 20 marcas de cachaças servirão de base para a elaboração de 20 coquetéis e vinte pratos exclusivos, que concorrem entre si pelo título de melhor coquetel e melhor prato típico com cachaça artesanal mineira.

O coquetel vencedor será escolhido por uma comissão técnica, especializada em cachaça de alambique. O melhor prato típico será eleito pelo público, com o voto depositado na urna pelo cliente que consumi-lo durante o período do festival.

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Alambique Butiquim Mineiro

Por Bárbara AlbuquerqueFotos: Luiz Rocha

Uma busca às tradições. Esse é o verdadeiro sentido da Criação do Butiquim Mineiro, no bairro Anchieta, em Belo Horizonte. O Butiquim pretende resgatar a proposta do Alambique Cachaçaria quando foi inaugurado, há 20 anos. Em 1990, quando o Alambique surgiu, a proposta era um lugar para reunir os amigos em volta do fogão à lenha e apreciar uma boa comida e cachaça mineira. Hoje, o Alambique tornou-se uma casa de shows e o Butiquim surge com a idéia de um bar que mais se parece uma cozinha de fazenda. Os proprietários do Butiquim Mineiro são os irmãos da Família Caetano, detentores do Grupo Uniagro (Alambique Cachaçaria, Cachaça e chopp Germana).

Entre os pratos de destaque da casa está o “Porco na Pinga”, costela defumada com molho de rapadura e flambada na cachaça, na hora! Para petiscar, o bom e velho “Bambu

Amigo”, que reúne vários petiscos (mandioca frita, lingüiça, entre outros) em um pedaço de bambu. Outra atração da casa é a feijoada, mas com um diferencial: você escolhe o que quer na feijoada, sendo com ingredientes tradicionais ou apenas com carnes como a costela defumada. O importante, para os proprietários, é que o cliente coma aquilo que gosta.

Decorado com madeiras de demolição, o Butiquim Mineiro

>> Coquetéis preparados com cachaça são a atração do lugar

>> A tradicional feijoada ganha o toque do cliente

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Rua Pium-í, 726

Anchieta - Belo Horizonte - MG

Telefone: 31 3227-0801

Alambique Butiquim Mineiro

possui um alambique, um moinho, e uma vendinha para a comercialização de produtos da roça. A casa possui vários detalhes de fazenda, deixando o visitante viajar em cada detalhe.

O Alambique Butiquim Mineiro foi o primeiro local a comercializar o chopp Germana, que possui sabor leve e cor clara, com um processo artesanal de fabricação.

>> A costela defumada é flambada na hora, na cachaça, e ganha mais sabor com o molho de rapadura

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>> Sabores do Mundo

Comida pra lá de ExóticaPor Regina Queiroga

Viajar é sempre uma experiência exótica. Nova cultura, novos povos, novos costumes nova gastronomia e Ingredientes nunca provados.

Exotismo é um movimento do olhar e dos outros sentidos para fora do nosso Eu cultural. Quando viajamos, sempre encontramos algo inusitado.

Certa vez, um inglês me disse que havia provado na Índia uma comida super diferente: frango cozido no seu próprio sangue. Tive vontade de rir. Frango ao molho pardo é parte do nosso dia-a-dia aqui no Brasil, aqui nas Gerais. O que é estranho, exótico para uns, pode ser normal para outros.

Na Coréia do Sul vi casas que serviam cachorro. Não são restaurantes abertos ao público. São casas “camufladas”, só para quem é do local. Eles crêem que ao comer o cachorro terão sua virilidade aumentada. Daí, um público quase exclusivamente masculino. Quanto maior o cachorro, maior a virilidade. Na Tailândia, come-se vermes, bicho da seda, grilo, besouros, escorpião e outros insetos. O mesmo acontece na China. Uma população faminta e gigantesca, não deixa escapar nada que tenha pernas e ande, seja por debaixo ou acima da terra.

Os insetos são vistos por especialistas como os alimentos do futuro. São altamente protéicos e abundam na natureza. Dizem que algumas salsichas e hamburgers nos EUA já possuem uma boa parte de insetos em sua composição.

No interior daqui, de Minas, é comum comer bunda de tanajura. Já provou a farofa feita com ela? Uma delícia.

Mantenho minha boca sempre bem aberta. Por isso já comi vermes e até bichos da seda, que é meio amargo e lembra o peixe. Embora fritos, são crocantes por fora e um pouco macio por dentro. É prá lá de exótico.

Se conseguirmos vencer nossos preconceitos, abrirmos nossa mente, estômago e, principalmente, a nossa boca teremos um novo universo de prazeres e fontes ricas de alimentos.

É um prato típico da Coréia. São legumes em conserva, fermentados com pimenta e armazenados em potes, garantindo para o povo estes alimentos durante o inverno. Muito popular, o kimchi é encontrado em todas as refeições típicas coreanas. Pode ser feito de acelga, berinjela, pepino, nabo e outros legumes.

Lave as folhas de acelga, corte em pedaços do mesmo tamanho e cozinhe rapidamente. Separe-as e espalhe sal sobre elas com um pouquinho de água. Reserve até que desidrate (a água sairá). No dia seguinte, lave as folhas para retirar o sal. Misture: alho, cebolinha, gengibre fresco, cebola e pimenta chili fresca (malagueta substitui) finamente picados, com molho de peixe (nam pla) e açúcar mascavo. Intercale esta mistura com as folhas de acelga, apertando bem. Ponha filme plástico por cima e feche numa vasilha bem vedada. Deixe fora da geladeira por umas 8 horas. Depois ponha na geladeira por 5 dias. Acompanha muito bem carnes vermelhas e peixes.

<< Receita: Kimchi..................................... >>

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Um destino e muitos sabores!

A riqueza gastronômica de Araxá surpreende e encanta a todos os moradores e visitantes da cidade. Em sua gastronomia é possível encontrar dos deliciosos pães de queijo, incomparáveis quitandas aos pratos mais requintados e diferenciados, além de uma variedade de doces simples e exóticos com sabores inigualáveis.

As delícias de Araxá são comprovadas por atrair, a cada ano, eventos importantíssimos, aliando o que há de melhor em turismo, hospitalidade e bem-estar com a deliciosa culinária regional. Diferentes temperos são comprovados em eventos que fazem parte do calendário cultural, artístico e gastronômico da cidade, conquistando diariamente novos amantes da boa gastronomia.

A culinária da cidade é uma marca registrada em Araxá. Uma oportunidade para atender os amantes dos “produtos da Terra” é o 4 Estações, projeto este realizado pela Prefeitura Municipal através

Araxá

Por Bárbara Albuquerque Fotos: Luiz Rocha e divulgação

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da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo. No evento, produtos como artesanato, bebidas e doces são expostos em stands no subsolo do Grande Hotel. No mês de julho, o projeto completou sua 7ª edição e já coleciona elogios e premiações. Foi reconhecido no início do ano como projeto inovador pelo Jornal O Clarim de Araxá, através da premiação “Melhores do Ano” promovida pela AITMAP (Associação de Imprensa e Cultura do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba).

No início de junho, Araxá também recebeu amantes da culinária e dos carros antigos no encontro Brasil Classics Fiat Show, um evento referência no automobilismo, na América Latina. Esta foi a 4ª edição em Araxá e reuniu cerca de 50 mil visitantes, entre admiradores e colecionadores de diversas regiões do Brasil, além de outros países do continente americano, durante os 4 dias de exposição. Cerca de 300 raridades automotivas entre nacionais e importadas foram expostas no pátio do Tauá Grande Hotel Termas &

>> A “Paella caipira” substitui os frutos do mar por ingredientes como o torresmo

>> Durante festival na cidade, Ivo Faria traz o requinte à tradicional costelinha

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Convention de Araxá. O evento é uma realização da Veteran Car Club- MG, com o apoio da Federação Brasileira de Veículos Antigos, patrocinado pela Fiat Automóveis, CBMM e apoio da Prefeitura Municipal de Araxá. Na programação, um intenso cronograma de almoços e jantares com os mais requintados pratos típicos da cidade e também da culinária internacional.

Outra realização que visa promover a cultura e as delícias da região é o Arraial de São Domingos, evento que faz parte do calendário da cidade com realização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Parcerias e visa promover a preservação cultural e religiosa do povo brasileiro, além de valorizar a comida típica regional numa praça de alimentação com quentão, milho, bolos, doces, salgados, churrascos, caldos, canjicas, pão de queijo e muita animação. A festa aconteceu no início de agosto com uma programação diversificada e gostosa, atraindo milhares de pessoas durante 10 dias de evento.

O valor gastronômico de Araxá é uma fonte de riquezas passadas de geração em geração. A culinária faz parte da tradição de um povo que desde criança, aprendeu a valorizar, a respeitar e a elaborar os pratos regionais. Saborear a culinária de Araxá é sem dúvida uma experiência única de conhecer uma gastronomia que se destaca no cenário nacional e até mesmo internacional.

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>> As delícias de Araxá

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Homensna cozinha

Clube da Cozinha de Araxá

O Clube da Cozinha de Araxá, fundado em março de 1993, começou através da união de alguns amigos apaixonados por cozinha. O grupo, que antes buscava apenas encontros para bater um papo e trocar idéias sobre gastronomia, hoje se tornou uma tradição de sucesso, uma busca da reinvenção da culinária de raiz. Composto apenas por homens, o Clube possui uma rígida seleção. Um novo integrante só entra quando outro sai. Existe todo um ritual para “nomear” esse novo gourmet, que precisa provar a paixão pela cozinha e a fidelidade ao grupo. Mas não pense que isso faz do clube um grupo discreto e cheio de segredos. Ao contrário, o que buscam é difundir a boa cozinha tradicional, em apresentações e encontros descontraídos e cheios de histórias e causos.

Essa confraria de gourmets, que hoje é composta por 20 sócios, transforma as reuniões gastronômicas em uma verdadeira festa. Com integrantes de todas as gerações (de 20 a 70 anos), o Clube da Cozinha de Araxá tornou-se

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referência e conta ainda, durante os festivais gastronômicos, com a participação de renomados chefs, como Ivo Faria e Emmanuel Bassoleil.

Apesar de ser composto apenas por homens, o Clube da Cozinha de Araxá também trabalha em conjunto com as mulheres. Durante festivais, juntam-se com a

FAMA – Fundação de Assistência a Mulher Araxaense, fazendo um belo trabalho de união. Elas cuidam da parte “administrativa”, enquanto eles pilotam os fogões. Homens ou mulheres na cozinha, o importante é sempre desenvolver a arte da boa mesa.

>> Os chefs Emmanuel Bassoleil, Jefferson Rueda e Ivo Faria apreciam o trabalho do Clube da Cozinha de Araxá

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Mandioca - orgulho de ser brasileira!

MANDIOCA – uma riqueza brasileira também conhecida como aipim ou macaxeira. Uma planta que se destaca com muitos usos e vêm ganhando o mercado internacional, desde a alimentação humana e animal ao uso industrial. É a principal fonte de carboidratos para mais de um bilhão de pessoas no mundo, de forma especial na África. Embora nativa do Brasil, a Nigéria é hoje o seu maior produtor. Possuí vitaminas do complexo B, sais minerais como cálcio, fósforo e ferro. Por ser um alimento energético pode substituir outras massas. Nela tudo se aproveita: raiz, fibra, casca, farelo e folhas. Sua raiz é utilizada na preparação de diversas farinhas, entre elas a fécula e o polvilho. Está presente na preparação de muitas comidas típicas, desde as receitas amazônicas ao tradicional pão de queijo de Mineiro. E aí vai uma dica: quando fresca, o período de conservação da mandioca é de dois dias, mas descascada e em vasilha com água na geladeira o tempo de conservação chega a uma semana. Confira a deliciosa receita com a iguaria que a chef Rosilene Campolina preparou para você!

Bobó de Camarão de Chef a Chef

Ingredientes: 800g de camarão rosa tamanho médio com casca700g de mandioca (aipim) em pedaços médios (reservar algumas lâmi-nas/chips)1/2 unidade de pimentão vermelho cortado em cubos (brunoise)1/2 unidade de pimentão amarelo cortado em cubos (brunoise)3 tomates sem pele e sem sementes em cubos (brunoise)1 cebola grande picada (brunoise)3 dentes de alho bem picadinhos50 ml de azeite de oliva100 ml de azeite de dendê 250 ml de leite de coco1 colher de (chá) de gengibre em pó ou ralado1 1/2 litro de água1 unidade de limãoCoentro picado a gostoSalsinha picada a gostoPimenta de cheiro ou pimenta dedo de moça o quanto basteSal e pimenta do reino o quanto baste

Por Rosilene Campolina

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Modo de fazer:

Lavar e descascar os camarões. Aferventar as cabeças e as cascas em 1 ½ litro de água salgada. Coar a água e reservar. Retirar o fio central da mandioca e reservar algumas lâminas para fritar (fazer chips para decorar), em seguida, cozinhar na água reservada até ficar macia. Bater em liquidificador ou processador, ainda quente, com um pouco do caldo do cozimento. Reservar este creme. Saltear rapidamente (2 minutos), os camarões (temperados com sal, pimenta do reino e limão) no azeite de oliva e alho picado. Reservar (separar alguns camarões para decorar). Na mesma panela (aproveitar o resíduo de azeite e alho), adicionar um pouco de azeite de oliva e refogar a cebola, os pimentões e, por último, o tomate. Acrescentar o creme da mandioca e o leite de coco. Deixar apurar por cerca de oito minutos.

Adicionar os camarões salteados, o azeite-de-dendê, a pimenta picadinha, sem sementes, o coentro e a salsinha. Acertar os temperos com sal e pimenta. Decorar com os camarões reservados, ramos de coentro e chips de mandioca. Servir imediatamente acompanhado de arroz branco e farinha de mandioca temperada com dendê e alho.

Visite o site: www.chefachef.com.br e confira mais receitas.

>> Curiosidadeo Bobó de Camarão é um prato Afro-brasileiro muito popular na cozinha baiana. Possui consistência cremosa e é feito com camarões refogados em temperos verdes, misturados no purê de macaxeira (aipim), azeite de dendê, gengibre e camarões secos. Pode ser servido quente, morno ou frio, como prato principal ou como acompanhamento.

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Este prato, clássico da cozinha francesa, não somente é uma delícia, como ainda pode ser preparado com as outras aves seguindo a mesma receita, com resultados diferentes, porém saborosos.

O frango chegou tardiamente no ocidente, por volta do século V antes de Cristo. Originário de uma ave da malásia foi domesticado no vale dos Indus, indo depois para a Pérsia e chegando até a Grécia.

O pato foi domesticado há 4.000 anos pelos chineses a partir das aves selvagens. Quase na mesma época os egípcios, aproveitando os palmípedes (animais que possuem uma membrana entre os dedos) que se alimentavam na beira do Nilo, o domesticaram assim como o cisne, ambos servindo a mesa.

Clássico de todas as cozinhas européias, em todos os tempos, se tornou especialmente conhecido por causa dos romanos, que somente comiam a cabeça e o peito do pato.

No meio do século XX os cozinheiros europeus, e mais recentemente no Brasil, criaram a moda do peito do pato, chamado de “magret”: quando provém de um pato criado para fazer o foie-gras. Com uma camada de gordura

espessa, é servido salteado e o preço de apenas meio peito pode equivaler a um pato inteiro.

Com uma estrutura óssea muito pesada, o ideal é calcular 350 gramas de pato por pessoa. Se ele tiver menos de 2 kg em geral será mais macio e poderá ser assado ou feito na churrasqueira, calculando 1 hora de cozimento para cada 1,5 kg. Normalmente sua carne é consumida um pouco rosada. Acima deste peso o ideal é que seja cozido, com legumes ou frutas, por exemplo. Com os grandes patos, acima de 3 kg, use-os para fazer patês ou outras preparações que permitam moê-lo.

O pato de granja é uma carne bastante gordurosa: 100 gramas = 200 calorias. Para deixá-lo mais light, basta tirar a pele e a gordura que se localiza logo abaixo.

A laranja, assim como Buda, atravessou a Índia e chegou na China por volta de 2.000 antes de cristo. Sua forma primitiva era bastante ácida, parecida com o grape-fruit ou pomelo.

A laranja pode substituir o limão em praticamente todas suas receitas, deixando um gosto mais frutado e açucarado. Uma laranja equivale a 4 calorias e 200 gramas de laranja suprem a necessidade diária de uma pessoa em vitamina C.

>> Cozinha Francesa

Pato com LaranjaPor Chef Laurent Prous

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Ingrediente (para 5 ou 6 pessoas)

- 6 laranjas com pele

- 1 cenoura

- 1 cebola

- 100 gr de manteiga sem sal

- 1 pato de 2 kg

- 1 bouquet garni

- 2 colheres de sopa de conhaque ou cachaça

- 4 colheres de sopa de cointreau ou licor de laranja

- 1 colher de sopa de vinagre, de vinho branco de preferência

- 2 colheres de sopa de maisena

- Sal e pimenta do reino

Preparação:

- Retire a casca da laranja, corte finamente a casca em forma de tiras. Corte a laranja em rodelas.

- Pique em cubos a cebola e a cenoura.- Use a metade da manteiga para dourar o pato inteiro em uma grande

panela, em fogo baixo. Adicione a cenoura e a cebola, 2 colheres de sopa de água, bouquet garni, sal à gosto e a pimenta do reino.

- Cubra a panela e cozinhe por 45 minutos em fogo baixo. - Passados os 45 minutos, coloque o cointreau, o conhaque e cozinhe por

mais 10 minutos. - Retire o pato da panela e reserve o em lugar quente embalado em papel

Obs. Sirva este prato acompanhado com batatas salteadas na manteiga ou ainda com arroz integral ou mistura de grãos. Fica delicioso no dia seguinte da preparação e, retirando a pele, é um prato pouco calórico.

alumínio.- Na panela, adicione o vinagre e meio copo de suco de laranja, cozinhe por

mais 10 minutos.- Peneire este molho e retire um pouco da gordura se desejar.- Volte à panela com a maisena diluída em um pouco de água.- Refogue as rodelas de laranja assim como as tiras de casca no restante da

manteiga.- Sirva o pato por cima das laranjas salteadas.

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13o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes

Por Bárbara Albuquerque e Paula CeruttiFotos: Veruska Agnesse e divulgação de Adelaide Engler

- Aperitivo: Bisque de camarão ao curry e brunoise de chuchu.

Vinho: Íris Terre Casonato Rose – Itália.

- Entrada: Envelope de taioba recheada com confit de costelinha e requeijão da fazenda.

Vinho: Petit Chablis Lamblin - França

- 1º prato: Surubim defumado com fettucine de pupunha, espuma de capim limão e broto de beterraba.

<< Confira o Menu: ....................................................................................................................... >>

Vinho: Pinot Gris Alsácia Lês Faitieres - França - Granité de limão capeta e cachaça 8 anos

- 2º prato: Carré de cordeiro cozido ao vácuo com molho de ervas frescas e risotto de açafrão.

Vinho: Emina Tempranillo - Espanha

- Sobremesa: Tortinha crocante de doce de leite com calda de frutas vermelhas e chocolate amargo.

Vinho: Porto Quinta do Tedo Tawny – Portugal.

Entre os dias 20 e 29 de agosto a cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais recebeu o 13º Festival de Cultura e Gastronomia, que este ano, teve como tema central as mulheres. O tema foi escolhido com a finalidade de resgatar o valor histórico da cozinha doméstica e maternal que inspira criações sofisticadas e o desenvolvimento de novos trabalhos gastronômicos.

O evento este ano teve uma vasta programação gastronômica, com a presença de renomadas chefs e baristas brasileiras e internacionais que apresentaram suas receitas no festins e jantares especiais, como o da Chef Adelaide Engler. Adelaide foi responsável por uma noite de

>> Surubim defumado com fettucine de pupunha, espuma de capim limão e broto de beterraba

>>A Chef Adelaide Engler e sua equipe, após sucesso do jantar

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sucesso, com harmonização perfeita entre pratos e vinhos, relacionados um a um, de acordo com o paladar de cada receita. O jantar aconteceu no Centro Gastronômico do Senac.

Já nos Festins, apresentaram suas receitas no primeiro final de semana, 20 e 21, Margot Janse, chef executiva do Restaurante Hotel Le Quartier Français (Franschhoek, África do Sul), que ocupa o 31º lugar no ranking dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo; Ângela Hartnett, parceira de Gordon Ramsay na série de Hell´s Kitchen e chef dos restaurantes Murano e York & Albany (Londres, Inglaterra); Helena Rizzo, melhor chef do ano pela Veja São Paulo 2009 e chef do restaurante Maní (SP); e Rougui Dia, chef da melhor cozinha de caviar do mundo, o sofisticado restaurante Petrossian (Paris, França). Já no último final de semana, 27 e 28, a cozinha ficou por conta de Reine Sammut, chef do Auberge de la Fenière (Lourmarin, França), reconhecida com uma estrela Michelin e 17 pontos no Gault Millau (numa escala de 1 a 20); Bel Coelho, chef do restaurante Dui (SP), foi parceira de Alex Atala no restaurante D.O.M. e recebeu o título de Chef Revelação pelo júri de Veja São Paulo; Adeline Grattard, do Yam’Tcha (Paris, França), que acaba de ganhar sua primeira estrela Michelin; e Pepa Romans, chef da Casa Pepa (Ondara, Espanha) reconhecida com uma estrela Michelin.

No festival também foram realizados cursos com inscrições gratuitas e limitadas, feitas durante o evento, além de mesas redondas com mulheres de destaque no cenário nacional, lançamentos de livros, apresentações teatrais e exposições,

todos com um toque feminino.

As atrações musicais foram protagonizadas por intérpretes femininas, com muito requinte e modernidade. A cantora Aline Calixto convidou Dona Jandira, já a mineira Alda Rezende chamou Fernanda Takai para acompanhá-la nos sucessos da música popular brasileira. As mineiras Érika Machado e Marina Machado também e encantaram o público com seus sucessos. Também subiu ao palco o grupo Brasileirinhas, com a saxofonista Daniela Spielmann e a pianista Sheila Zagyry.

>> Shows agitaram as noites frias

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>> Acontece na gastronomia

Restaurante Matusalém de casa nova:

Rua General Olímpio Mourão Filho, 169

Bairro Planalto - BH - MG - Tel.: 31-3447-9973 www.restaurantematusalem.com.br

<< Fruit & Tech..................................... >>

2ª Feira Internacional de Frutas e Vegetais, Tecnologia de Processamento e Logística De 27 a 29 de SetembroDas 13h às 20h Expo Center Norte - Pavilhão AmareloSão Paulo - SP – Brasil

SUPER MINAS

Convenção Mineira de Supermercados é considerado o evento mais completo do setor supermercadista no Brasil. Sua 24ª. edição será realizada nos dias 19 a 21 de outubro de 2010, no Expominas, em Belo Horizonte. São esperados supermercadistas e profissionais do setor de todo o Estado, além de representantes das principais redes de supermercados do País e delegações estrangeiras.

1º FESTIVAL GASTRONÔMICO DE INDAIATUBA

Data: de 13 de setembro à 15 de outubro

Indaiatuba vai promover o primeiro festival gastronômico da cidade. O evento, ‘Sabores de Indaiatuba – Bares e Botecos’, tem como proposta o fomento da gastronomia local, melhorar a qualidade e atendimento de bares e botecos e integrar a população da cidade e região.

Informações: (19) 3894-1867 / 3875-6144

MOSTRA MORAR MAIS POR MENOSO chique que cabe no bolso

Data: 18 de agosto a 3 de outubro

Local: Antiga Maternidade Hilda Brandão

Rua Álvares Maciel s/nº - Santa Efigênia - BH - MG

Informações: www.morarmais.com.br

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

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O BUFFET VILA RICA oferece produtos e serviços gastronômicos com hospitalidade, requinte e excelência para eventos, recepções, jantares e encomendas. Seus chefs valorizam a culinária contemporânea em releituras das receitas tradicionais mineiras, nacionais e internacionais. No ESPAÇO VILA RICA são oferecidos aulas e cursos sobre a arte da culinária a da boa mesa. Buffet Vila Rica, o melhor da culinária Gourmet!Contatos: (31) 3646-9946 • [email protected] www.vilaricagourmet.com.br Av. Fleming, 880. Bairro Ouro Preto • BH/MG

CLUB MILLESIME

São Paulo será sede da 1ª edição do Club Millesime no Brasil. Entre os dias 14 e 16 de setembro o Terraço Daslu irá receber renomados chefs espanhóis e brasileiros para apresentar o que há de mais moderno em tendências gastronômicas.

<< 1º Seminário Team Cooking Live........................................................................................ >>

No dia 15 de julho a Equipatudo lançou em seu espaço Gourmet Talher & Cia, o 1º seminário Team Cooking Live com o objetivo de apresentar o Self Cooking Center, um novo produto da Rational, multinacional alemã do segmento de cozinhas industriais.

A proprietária do estabelecimento, Nathalia Sifuentes, destacou a necessidade de produtos de alta tecnologia na área da gastronomia. “Por meio do Rational Self Cooking Center é possível manter a qualidade dos alimentos, economizando custos e tempo, além da sua flexibilidade absoluta” explicou.

Na oportunidade o assessor comercial da Rational, Carlos Rangel, realizou uma aula show para apresentar o equipamento. Pratos feitos à base de frango, carne e peixe foram assados para que os convidados pudessem ver a eficiência e qualidade do forno.

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>> Dicas de Cozinha

Tirar cheiro de alimentos das mãos:

Cebola e alho: esfregar um pouco de sal nas mãos e enxaguar;

Peixe: esfregar folha de louro nas mãos;

Frango: fazer uma solução com uma colher de vinagre em meio copo de água. Jogar nas mãos, esfregar e enxaguar;

Tirar cheiro da cozinha:

Fritura: aqueça uma frigideira e coloque um pouco de canela em pó. O cheiro da canela substitui o da fritura;

Feijão queimado: colocar uma pitada de bicarbonato em um copo de água e jogar no feijão. Deixar ferver um pouco;

Tirar cheiro de vasilhas de plástico:

Lavar com água sanitária e enxaguar com água quente;

Tirar cheiro de gordura em assadeiras:

Passar limão e lavar com água e detergente;

Tirar cheiro da geladeira:

Colocar um pedaço de carvão em uma vasilha. Pode deixar o tempo que quiser;

Veja abaixo as dicas da chef de cozinha Cidinha Lamounier:

Conheça um pouco mais da Chef Cidinha Lamounier

Cidinha é chef de Cozinha e instrutora do SENAC CFP-BH, com atuação nas áreas de treinamento voltado para a formação técnica de novos profissionais de cozinha. Também atua como consultora na área de planejamento e montagem de negócios do setor de alimentação e dá palestras de assuntos atuais ligados à área de Gastronomia e realização de eventos.

Por Paula Cerutti - Fotos: Divulgação

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