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OLHAR O MUNDO Dia Mundial da Visão FIM DE SEMANA Por esse Douro acima olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG #11. OUTONO 2013 QUADRIMESTRAL GANHE VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ 50 %

Revista Olhar n.11

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Revista Optivisão

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Page 1: Revista Olhar n.11

OLHAR O MUNDO

Dia Mundial da Visão

FIM DE SEMANAPor esse Douro

acima

olharOPTIVISÃO LIFESTYLE MAG #11. OUTONO 2013 QUADRIMESTRAL

GANHEVALES DE

DESCONTOS E POUPE ATÉ

50 %

Page 2: Revista Olhar n.11
Page 3: Revista Olhar n.11

CULTIVAR A AMIZADENa Optivisão gostamos de estar perto dos

nossos Clientes, interagindo sempre que

possível com todos, sejam velhos conhecidos

ou não... É por isso que regularmente levamos

até si esta revista, marcamos presença em

grandes eventos como a Volta a Portugal (que

recordamos mais à frente) e corremos o país

com as mais diversas acções de rastreio visual.

Mas isso não é suficiente para a Optivisão.

Queremos estar ainda mais perto de si e,

se possível, surpreendê-lo, seja com uma rua

colorida com o azul dos nossos balões, seja

com um voucher de desconto num cabaz

de cenouras (porque dizem que as cenouras

fazem os olhos bonitos)... É a nossa forma

de estar, a postura de uma marca que gosta

de sair à rua e encontrar amigos.

Gostamos de surpreender, mas não

esquecemos que podemos contribuir para uma

melhor saúde visual, que muitas vezes é tão

descurada, como se recorda no Dia Mundial da

Visão. Por isso, reunimos neste número vários

conselhos importantes que vale a pena reter,

mostramos-lhe as tendências da moda para

a nova estação e deixamos uma proposta

para partir à descoberta das serranias que

vão da Beira Alta às margens do Douro.

Esperemos que goste tanto desta edição

como nós gostámos de a produzir para si...

Maria Adelaide PenedoPresidente do Conselho de Administraçãodo Grupo Optivisão

sumário

outono 2013 3

4 Olhar por si.Notícias e curiosidades

8 Olhar a cultura.Sugestões que valem a pena

10 Olhar a moda.Tendências da estação

18 Olhar o shopping.Grandes novidades

20 Olhar o marketing.A Optivisão saiu à rua

22 Olhar o Grupo.A nova campanha Moss

24 Olhar indiscreto. Ana Lúcia Matos

26 Olhar clínico.A prevenção é muito importante

30 Olhar o desporto.À volta da Volta

32 Olhar a acção.Prazer em duas rodas

34 Olhar o Perfil. Brad Pitt

36 Olhar o Ciência.O segredo do mar da Galileia

38 Olhar o Mundo. Dia Mundial da Visão

40 Olhar o horizonte. Por terras da Beira e do Douro

44 Olhar as lojas. A Optivisão está perto de si

46 Passatempo.Prémio Rowenta

47 Olhar os descontos. Poupe

dinheiro com os nossos vouchers

50 Último Olhar. O legado de Carl Zeiss

Diretor: Maria Adelaide Penedo. Direção editorial: Rui Faria ([email protected]). Redação: Arruamento

D à Rua José Maria Nicolau, 3, 1549-023 Lisboa. Tel. 210 494 146/210 494 145. cofinaconteudos.pt Textos: Catarina Nunes

dos Santos e Rui Faria. Copy desk: José Macário. Fotografia: Getty Images; Nuno Antunes e Pedro

Sampayo Ribeiro. Direção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media.

Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica, S.A., Estrada Consigliéri

Pedroso, 90, Casal de St.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento,

S.A. Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na

E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 80.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.

OUTONO 2013 #11

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Page 4: Revista Olhar n.11

outono 20134

olharpor si

MOSS PRESTIGEO glamour marca a nova linha Moss,

uma marca internacional que se afirma

pelo apelo do design e da qualidade dos

materiais. Fundada em 2008, é dirigida

a um segmento de clientes exigentes

e requintados, que procuram nos seus

óculos, para além de elementos necessários

ao bem-estar, também algo com que se

possam identificar. A aposta em novos

materiais, com uma qualidade cada vez

mais marcante, marcam a evolução da

Moss, bem patente na coleção Prestige.

Realizada em aço antialérgico

e com um revestimento de puro ouro

de 24 quilates, com uma espessura

de quatro microns, ou em prata com

uma espessura de três microns, com

o logótipo da marca gravado a laser,

são o expoente máximo do requinte

e qualidade, que tem que ver

com o ADN da Moss.

PARQUE DE MONSERRATE: Mais uma excelente notícia para a promoção de Portugal enquanto destino turístico. O Parque de Monserrate, em Sintra, conquistou recentemente um European Garden Award, iniciativa que premeia os melhores parques e jardins europeus. Monserraterecebeu o prémio de “Melhor Desenvolvimento de um Parque ou Jardim Histórico”, à frente de jardinseuropeus como o Summer Garden, na Rússia, ou o Gunnebo Castle and Garden, na Suécia.

CLINICA DAS CONCHAS O Club Clínica

das Conchas é uma academia de saúde

que tem uma filosofia assente num

conceito basilar de “Medicina do Exercício”

– MEX. Estão integrados um Centro

Clínico, um Centro de Reabilitação, um

Centro de Bem-Estar e um Centro de

Exercício. Somos pioneiros na prática de

Medicina do Exercício em Portugal,

encarando-se o exercício físico como uma

técnica com efeito terapêutico, com

interesse na prevenção de várias doenças.

Procuramos promover estilos de vida

saudáveis, ajudando o utente a encontrar

o seu verdadeiro equilíbrio mental e físico,

a potenciar as suas qualidades e a superar

as suas limitações.

Page 5: Revista Olhar n.11

outono 2013 5

RED BULL EYEWEAR 201414 GRAMAS DE DESIGN EM ÓCULOS DE SOL RED BULLRed Bull Eyewear apresenta os últimos ultra-light numa

coleção de óculos de sol Premium Carbon.Com apenas seis

finas camadas da melhor fibra de carbono, a Red Bull

Eyewear criou armações com a leveza única de 14 gramas.

Modelo RBR131-007São ultra-light masmuito resistentes! A linha original Piloteganha agora vibranteslentes espelhadas emtonalidades quentes, do vermelho ao laranja.

RBR131-010O conforto e a nitidezcinematográfica daslentes polarizadascasam na perfeiçãocom estas armaçõesem carbono mateescuro, imprimindo umestilo racing clássico.

PIAGET LIMELIGHTGALA:

Arte e tecnologia numsó objeto capaz de

transmitir a energia e sensualidade damulher moderna.

É assim que seapresenta a coleção

Piaget Limelight Gala,reinventando o estilo

clássico dos anossessenta e revelando

modelos elegantescom detalhes

distintos como ourobranco em pavé dediamantes, pedras

preciosas ou autilização de cetim na

pulseira. A modeloGong Li, embaixadora

da Piaget, é a carados novos relógios da

marca, que são umahomenagem ao

feminino e aoglamour.

DIESEL: Depois da presença criativa da Diesel na rede social Tumbrl

nos últimos meses, nasce o projeto inovador #Dieselreboot, que,

pelas mãos do artista Nicola Formichetti e da Diesel, se tornou

uma verdadeira mostra de talentos natos. Os influenciadores

e criadores artísticos do meio digital são os grandes protagonistas

da campanha de publicidade outono-inverno 2013 da Diesel,

que reflete as caraterísticas já conhecidas da marca: liberdade,

originalidade e audácia, imortalizadas pelos reconhecidos

fotógrafos Inez e Vinoodh.

Page 6: Revista Olhar n.11

outono 20136

JUMBO HOSTEL: E se da próxima vez que for viajar

ficar alojado num avião? Se a ideia lhe atrai pois saiba

que é possível, tudo porque u m empresário sueco

converteu um Boeing 747 num hotel. Trata-se do

Jumbo Hostel, “estacionado” em Arlanda, Estocolmo,

disponibilizando 29 quartos e uma suite no cockpitdo avião, com preços entre os € 50 e os € 200.

DOS SANTOS: A flor de lótus

foi o motivo inspirador

da nova linha das joias

Dos Santos, que apresenta

peças revestidas a ouro

com detalhes em diamantes

e safiras em várias cores.

As criações inspiram-se no

encanto natural da natureza e

nas formas da flor mitológica,

e adequam-se tanto ao look

do dia-a-dia como num

elegante vestido preto para

um jantar especial. 

EMPORIO ARMANI EYEWEAR 2013/2014Liberdade de estilo entre linhas puras e toques orientais. Inspirada no

desfile de moda "Kajal", delicada e brilhante, a coleção Emporio Armani

Eyewear Outono/Inverno traz um surpreendente sentido de cor, além do

puro prazer do contraste. Graças às combinações inusitadas de materiais e

matizes, e aos preciosos detalhes, o design nítido da forma torna-se numa

elegância pura e contemporânea.

olharpor si

LISBOA A SORRIRA Colgate e a Operação Nariz Vermelho (ONV)

estiveram nas ruas de Lisboa a distribuir sorrisos,

numa ação de rua no âmbito da campanha

“Vamos Fazer Portugal Sorrir”, cujo principal

objetivo é apoiar a visita dos Doutores Palhaços

às crianças hospitalizadas.

Durante todo o dia, alguns dos embaixadores da

campanha, juntamente com promotoras, estiveram

nas zonas do Chiado e Saldanha a abordar os

transeuntes que por ali passaram com a pergunta

“Já sorriu hoje?”. Às pessoas que responderam que

sim foi oferecido um balão com um sorriso e um

nariz vermelho da ONV. Aos que responderam que

ainda não tinham sorrido foi colado nas costas um

sticker em forma de sorriso, para contagiar as

pessoas com o espírito da campanha e incentivar

à partilha de sorrisos e muita animação.

Foram ainda distribuídos flyers com informações

sobre a iniciativa “Vamos Fazer Portugal Sorrir”.

Page 7: Revista Olhar n.11

outono 2013 7

O’NEILL: A marca O’Neill apresenta

agora uma nova coleção de calçado

com cinco modelos diferentes, para

rapaz e rapariga: Lifestyle Casual é ideal

para os passeios na cidade; Lifestyle

Cali Series, ao estilo californiano cool;Lifestyle Capture Series, para criar

padrões de estilo; Lifestyle Rider

Series, ideal para viagens de surf, e a linha Adventure Series, indicada

para os mais aventureiros.

MONTBLANC: A marca de alta

relojoaria Montblanc já angariou 1,5

milhões de dólares para a UNICEF. A

coleção “Signature for Good”, lançada

em março de 2012 – composta por

uma caneta, joalharia masculina e

pequena marroquinaria – foi a grande

responsável pelo montante, com 10%

das vendas a reverter a favor da

UNICEF. O montante será utilizado para

desenvolver a educação em países

carenciados na Ásia, em África e na

América do Sul, particularmente através

da construção de escolas. A coleção

“Signature for Good” está à venda até

março de 2014.

JAEGER-LECOULTRE: A Jaeger-

-LeCoultre assinou o acordo Tides

of Time com a UNESCO e volta

a apoiar a organização através

de uma expedição a um dos

locais submarinos da World

Heritage List. Depois do

lançamento de uma nova coleção

de relógios de mergulho,

a Jaeger-LeCoultre descobriu

várias localizações submarinas

espetaculares e por explorar

e apercebeu-se também da

vulnerabilidade e da necessidade

de preservar a biodiversidade

destes ecossistemas.

A ÚLTIMA GERAÇÃO EM LENTES FOTOCROMÁTICAS HOYAESCURAS NO EXTERIORMais intensidade. As pessoas que escolhem lentes

fotocromáticas valorizam muito a comodidade

e a conveniência, considerando estas lentes como

uma solução de elevado valor que se adapta

perfeitamente ao seu estilo de vida.

Suntech Intense, a lente fotocromática da Hoya, é ideal para

este tipo de pessoas ao oferecer uma lente que se adapta

rapidamente às variações de luminosidade e está

disponível em duas cores mais intensas que nunca:

um castanho quente e um atrativo cinzento.

TRANSPARENTES NO INTERIORMais transparência. De claro a escuro em segundos.

As lentes Suntech Intense respondem rapidamente às

alterações nas condições

de luz. Com uma transmissão de até 95%, são extremamente claras em interiores.

Ao ar livre ativam até 85%, voltando a desativar em poucos minutos.

O avançado processo de produção e a alta fiabilidade dos tratamentos Hoya

(é número 1 em tratamentos antirreflexo), contribuem para a qualidade total das lentes.

Benefícios:l cores ainda mais intensas, estáveis e naturais.

l lentes muito claras em interiores e muito escuras em exteriores.

l ampla gama de materiais e desenhos disponíveis.

SUN TECH INTENSE

Page 8: Revista Olhar n.11

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olhara cultura

SOB O SIGNO DE AMADEOA Fundação Calouste

Gulbenkian apresenta

uma grande mostra com

o título Sob o Signo deAmadeo – Um Século deArte, que vai ocupar todas

as salas do Centro de Arte

Moderna, reunindo uma

vasta e criteriosa escolha

daquela que é

considerada a mais

significativa coleção de

arte portuguesa do século

XX. Pela primeira vez será

apresentado o acervo

completo de Amadeo de

Souza-Cardoso, o grande

pioneiro do modernismo

em Portugal e uma das

grandes referências

da Arte do século XX.

VITRAIS E VIDROS NOPALÁCIO DA PENA A exposição Vitrais

e Vidros: um Gosto

de D. Fernando II está

patente ao público na

Sala dos Veados do

Palácio da Pena. É uma

eclética coleção de

vitrais, incluindo o mais

antigo vitral conhecido

em Portugal, com peças

que vão do século XIV

ao XIX, incluindo ainda

a coleção de vidros

do Palácio. A exposição

também integra

12 peças de vidro

europeu de grande

qualidade, provenientes

das reservas do

Museu Nacional

de Arte Antiga.

FEIRA NACIONAL DO CAVALO A Golegã volta a acolher

a Feira Nacional do

Cavalo, que anima o

picadeiro do Largo do

Arneiro e todas as ruas

da vila. É a 37.ª edição de

um certame que reúne

criadores e onde não

faltam provas

desportivas e atividades

destinadas aos

profissionais, amadores

ou simples curiosos do

mundo equestre. A 37.ª

edição da Feira Nacional

do Cavalo e a 14.ª Feira

Internacional do Cavalo

Lusitano decorrem entre

2 e 11 de novembro,

integradas na Feira de

São Martinho.

NOVA DIGRESSÃO DEPABLO ALBORÁNPablo Alborán volta a

Portugal para dois novos

concertos: a 25 de

outubro, no Coliseu do

Porto, e a 26 de outubro

no Campo Pequeno,

em Lisboa.

Depois de dois anos

em digressão, o cantor

espanhol iniciou esta

nova tour para

apresentar o seu mais

recente álbum, Tanto,

que chegou à terceira

platina em Espanha,

em apenas uma semana,

e entrou diretamente

para o primeiro lugar

de vendas em Portugal.

TEATRO DE SOMBRAS NO MUSEU DO ORIENTESombras da Ásia é o

título da nova exposição

permanente do Museu

da Fundação do Oriente,

onde vários personagens

do teatro de sombras

nos remetem para países

tão diferentes como

China, Índia, Tailândia,

Camboja, Indonésia,

Malásia e Turquia.

Esta arte de

performance teatral

é muito comum

no Oriente, onde

o teatro de sombras é,

ao contrário do que

acontece no Ocidente,

um espetáculo para

adultos.

outono 2013

Amadeo deSouza-Cardoso

Pablo Alborán

feira Nacional do Cavalo

Palácio da Pena

Museu do Oriente

Page 9: Revista Olhar n.11

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THE NATIONAL NO MEO ARENADepois de terem

esgotado o Campo

Pequeno em 2011,

os nova-iorquinos

The National têm

regresso marcado

no dia 21 de novembro,

para um concerto

no MEO Arena.

Este concerto faz parte

da digressão do álbum

Trouble Will Find Me,

que foi lançado

em maio deste ano

e que rapidamente

se tornou um sucesso.

BRIT FLOYD EM PORTUGALO MEO Arena, em

Lisboa, foi também o

palco escolhido para o

espetáculo dos Brit

Floyd, no próximo dia

22 de novembro. Em

destaque estarão os

temas mais conhecidos

dos Pink Floyd, que

serão então recriados

pelos músicos

britânicos, liderados por

Damian Darlington, num

grande concerto que faz

parte da digressão

mundial “P-U-L-S-E2013” e que é apontado

como o maior

espectáculo de

homenagem à banda

inglesa.

JAMIE CULLUM NO PORTODepois de marcar

presença na edição

desde ano do

EDPCOOLJAZZ, agora

é a vez de o Porto

receber o versátil Jamie

Cullum, num concerto

que terá lugar no

Coliseu, no próximo

dia 26 de novembro.

Em destaque estará

o seu novo álbum,

Momentum, que

foi lançado em

maio deste ano e teve

uma edição exclusiva

à venda em Portugal,

com mais cinco

músicas gravadas

ao vivo.

50 ANOS DE CARREIRAPara comemorar os

seus 50 anos de carreira

dedicados ao Fado,

Carlos do Carmo dará

um concerto único no

Grande Auditório do

Centro Cultural de

Belém, no dia 30 de

novembro. Para o efeito,

o fadista convidou a

Orquestra Sinfónica

Portuguesa, dirigida

pelo Maestro Vasco

Pearce de Azevedo, e

também o músico

espanhol Antonio

Serrano, que,

juntamente com Carlos

do Carmo, celebrarão

este marco.

NATAL COM LAGO DOS CISNESApontado como um

dos mais extraordinários

bailados clássicos,

O Lago dos Cisnes estará em espetáculo

no Coliseu do Porto (28

de novembro), no Teatro

Académico Gil Vicente,

em Coimbra (18 de

dezembro) e no Teatro

Tivoli BBVA, em Lisboa

(dias 16, 17 e 25

de dezembro).

Este bailado será

interpretado pela Russian

Classical Ballet, liderada

por Evgeniya Bespalova,

com coreografia original

de Marius Petipa e Lev

Inavov e música

de Tchaikovsky.

outono 2013

The NationalPink Floyd

Lago dos Cisnes

Carlos do Carmo

Jamie Cullum

Page 10: Revista Olhar n.11

olhara moda

Camisa, € 80, Pepe JeansÓculos mod. 5511 C4,€ 79, Moss.Skate da produção.

Page 11: Revista Olhar n.11

Love is in the airUm passeio no parque depois de um dia de aulas lembra que o outono é umtempo de acolhimento e pleno de romance. FOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS / PRODUÇÃO: SANDRA NASCIMENTO

Ele: Blusãoreversível, € 102,90,Billabong. T-shirtem algodão, € 35,90, Element.Óculos mod. NY YYAM010C93, € 104,New York Yankees .

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Page 12: Revista Olhar n.11

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Page 13: Revista Olhar n.11

Camisa, € 29,99, Mango.Gorro em lã, € 7,95, H&M.Óculos 2116 C5,€ 108, Moss.

Page 14: Revista Olhar n.11

Setembro 201014

Camisola em algodão, € 19,95, H&M. Óculos, mod. 2105, € 108, Moss.

Page 15: Revista Olhar n.11

Ela: Camisolão em lã, € 90, Pepe Jeans. Calçaspretas em pele, € 49,99,Mango. Óculos mod.2100 C9, € 108, Moss.

Ele: Camisa em ganga, € 39,99, Mango. Calças em ganga, € 120, Pepe Jeans. Relógio TheNewton, € 131,80, Nixon. Óculos, NY 11002C93, € 104, New York Yankees.

Modelos:Ana Elisa (Central)Lourenço (Elite)Maquilhagem e Cabelos:Carina QuintilianoAssistente de fotografia:Nuno Beja

Page 16: Revista Olhar n.11

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Page 17: Revista Olhar n.11

De cima para baixo:

1. Prada UPR 14 Q, preço sob consulta.2. Kool Boxx mod. KB 3009F60, preço sob consulta.3. Prada SPR 09Q preço sob consulta.

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Page 18: Revista Olhar n.11

O fascínio da cor

outono 201318

olharo shopping

Novas propostas de armações que ajudam a construir o look da estação

1. X-Ide mod. Eggert C3 – € 125 2. X-Ide mod. Fast C3 – € 125 3. X-Ide mod. Control C1 – € 125 4. X-Ide mod. Racing C2 – € 125

1. New York Yankees mod. YYMM 046 C07 – € 115 2. X-Ide mod. Tube C1 – € 125 3. New York Yankees mod. YYII001 C07 – € 104 4. X-IDE mod. PortoF C3 – € 125

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Page 19: Revista Olhar n.11
Page 20: Revista Olhar n.11

outono 201320

olharo marketing

Porque na era da informação e do

zapping (seja na TV, na rádio ou na Net), o

consumidor já só responde pela diferença.

Não é de estranhar, por isso, que os budgetsde publicidade e marketing se tenham

estendido a outras áreas e compensado o até

agora “pobre” below the line. Assim como não

surpreende que criativos e marcas se

desdobrem em aplicações e conceitos.

Porque estar onde está o consumidor é muito

mais do que comunicar nos media tradicionais

e nos diferentes suportes móveis. É estar na

rua, nos centros comerciais, na praia…

Há pouco mais de um ano, a agência criativa

MSTF Partners desenvolveu uma campanha

para o Turismo de Portugal que não só deu

que falar como ganhou notoriedade

internacional graças a vários prémios

arrecadados. Qual foi o conceito? Nem mais

do que conseguir um enorme QR Code em

calçada portuguesa, colocado em diversas

cidades de vários países. Depois de este ser

lido por um qualquer smartphone activava

uma criatividade promocional do Chiado,

sendo possível aceder a informações turísticas

acerca daquela zona de Lisboa, bem como

obter dados comerciais e de oferta cultural,

gastronómica, hoteleira e de comércio.

O QR Code (Quick Response) trata-se de um

código de barras em 2D que pode ser lido

por aplicações de telemóveis e tablets que

possuam câmera digital e um software de

leitura para QR Code. Após a digitalização,

esse código transforma-se em parte de um

texto ou um link que irá redireccionar para

um conteúdo publicado em algum site.

Depois da sua colocação em revistas e

produtos, houve então quem já o aplicasse

em plena rua.

Outra tecnologia que está a ser utlizada pelas

marcas para comunicarem de forma

diferenciadora dá pelo nome de “Realidade

Aumentada”. Depois de ter arrancado

Quando as marcas As marcas já perceberam que mais importante que um anúncio em prime time numcanal televisivo, o que importa hoje é estar onde o consumidor está. O que significa quenão só têm de se desmaterializar em multiplataformas como perceber onde e como láchegar, conquistando quota de atenção e de disponibilidade.

devagar, há uns anos, a ferramenta tem vindo a passar por diferentes desenvolvimentos

tecnológicos, não sendo mais necessário um símbolo nos anúncios ou revistas. Basta ativar a

câmara no site/anúncio desejado para que a realidade aumentada comece a interagir,

podendo reconhecer movimentos, rostos ou ambientes. Esta interação faz com que a pessoa

que está do outro lado entre numa realidade virtual, seja ela um jogo ou um anúncio ou

mesmo um vídeo.

O filme Iron Man 2, por exemplo, utilizou uma aplicação criada com base na tecnologia RA

para proporcionar ao utilizador uma experiência estética fiel ao filme. No fundo, dava-lhe a

oportunidade de se imaginar com a armadura do protagonista.

Em Portugal, e bem recentemente, a tecnologia de realidade aumentada chegou à campanha

“Pais Natal de Elite”, da Worten, numa ação desenvolvida pela agência Arena com recurso à

plataforma Layar. Através de um smartphone ou tablet, a aplicação permitia o acesso a um

vídeo protagonizado pelo actor Marco Horácio, apelando à participação no passatempo da

Worten, na página de Facebook da marca, e que iria escolher o Pai Natal de Elite.

MÚSICA, PINTURA E DANÇAOs Jogos Olímpicos de Londres foram a desculpa perfeita para a Adidas inovar e surpreender

os britânicos. A ação realizada pela marca passou pela instalação, num centro comercial em

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Page 21: Revista Olhar n.11

outono 2013 21

descem à rua

Westfield Stratford, de uma cabine de

fotografias para que as pessoas apoiassem

os Jogos Olímpícos. Mas havia uma surpresa

por trás, preparada pela marca. Nem mais

nem menos que David Beckham, ex-capitão

da seleção inglesa, que apesar de não

participar nas Olimpíadas passou bem

a mensagem da marca.

Surpreendidos ficavam também os

consumidores sempre que em alguma rua,

centro comercial ou estação de metro,

percebiam que tinham passado a fazer parte

de uma dança gigantesca… orquestrada por

uma qualquer marca. A febre começou há

uns anos e estendeu-se por diferentes

mercados.

No mercado português, um dos flashmobsque mais deu que falar foi o da Optimus,

em novembro de 2011 para promover

All Together Now. No total, 280 músicos,

118 pessoas na produção, 119 instrumentos

musicais, 60 microfones, 20 colunas de som

e 10 câmaras ocuparam 22 horas de ensaios

para conseguir um momento que serviu para

mostrar, no centro de Lisboa, a música All

Together Now, banda sonora da campanha

institucional que a marca estava a lançar.

Na ação participou o CCTAR – Centro de

Criação de Teatro e Artes de Rua, Renzo

Barsotti foi o diretor artístico, também

responsável pela produção do evento

e pela escolha dos músicos. O vídeo que daí

resultou, da responsabilidade da Ministério

dos Filmes com direção de Marco Martins,

passou a estar disponível nas redes sociais.

E ninguém ficou indiferente.

Nem no local, nem a posteriori! l

1. RASTREIOS – A saúde visual começacom a prevenção e osrastreios são fundamentais.Por isso, a Optivisão marca presença assíduanos mais diversos eventose em grandes provasdesportivas com umaunidade móvel.

2. OCULISTA CENTRAL DO BOSQUE – E se um dia pela manhã saísse decasa e visse a rua cheia de balões? Foi o queaconteceu na Amadora,onde o Oculista Central do Bosque coloriu umaartéria da cidade com o azul da Optivisão.

3. GLAMOURA Optivisão marcoupresença na Vogue Fashion's NightOut espalhando boadisposição. Modelospassearam no meio damultidão que percorreu as lojas de Lisboa, comelementos identificativosda marca.

4. VISÃO DE PRATADiz-se que as cenourasfazem os olhos bonitos. É um mito, mas foi o tema adoptado pela LojaVisão de Prata de Loulé,que distribuiu pela cidadecabazes de cenouras onde estava incluído um voucher de desconto.

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Page 22: Revista Olhar n.11

outono 201322

olharo grupo

Sessão fotográfica MOSSA marca internacional MOSS, de origem italiana, está agora ainda mais apelativa e sofisticada.

Esta ação publicitária está a cargo da Uzina Publicidade.Fotógrafo: Bernardo CoelhoModelo: Ivana StompfovaProduto: MOSS - Coleção outono/inverno 2013

A MOSS tem vindo a acompanhar astendências de moda e imagem, tendo feitorecentemente um rebranding na simbologia,que configurou à marca uma imagem maiselegante e clean, através do letteringde forma estilizada e original.

Page 23: Revista Olhar n.11

Os modelos de óculos de sol e armações, com coleçõesdirigidas ao público feminino e masculino, podem serencontrados numa das 270 lojas do Grupo Optivisão.

O rosto daMoss passa a ser a modelointernacionalIvanaStompfova,que espelha a versatilidadedos modelos e dos estilosinspirados nos produtosda marca.

Page 24: Revista Olhar n.11

outono 201324

Eu sou assim...

olhar indiscreto

Os pequenos e os grandes segredos de Ana Lúcia Matos

Sempre nacarteira?Os meus óculos

de sol.

Nunca saide casa sem?Telemóvel.

Peça favorita da nova estação?Vestido.

A cor que nãopassa de moda?Preto.

Sinónimos de sexy?Atitude.

Um defeito?Workaholic.

Uma vaidade?Genuína.

O melhorpresente querecebi?Uma viagem.

A última compra?Bilhete de cinema.

Na mesa-de-cabeceira?Um livro.

A última viagem?Brasil,

Rio de Janeiro.

Drama, comédiaou musical?Comédia.

Gostava detrabalhar com?CMTV.

Com quem

trabalho!

Ídolo deinfância?A minha avó Alice.

O carro desonho?O meu Rodinhas...

Beetle.

Referência de estilo?Próprio.

Destino perfeito?Adorava conhecer

a Tailândia.

Nos temposlivres?Desporto e estar

com os amigos.

Ana Lúcia rima com... Simpatia e boa

energia!!

ANA LÚCIA MATOS é uma

das caras da CM TV no

Canal 8 do Meo. Depois

de ter marcado presença

na TVI, é a apresentadora

do programa Flash Vidas

na televisão do Grupo

Cofina Media.

Peça favorita danova estação?Vestido.

Nunca sai de casa sem?Telemóvel

A última viagem?Brasil, Rio de Janeiro.

Destino perfeito?Adorava conhecer a Tailândia.

O carro de sonho?O meu Rodinhas...

Beetle.

Na mesa-de-cabeceira?Um livro

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outono 201326

olharclínico

Criançasdevem fazerum rastreioa partir dos

dois anosOs especialistas referem muitas vezes e com alguma insistência que é na infância que se devem prevenir e

tratar muitos problemas de saúde que podem revelar-semuito mais complicados já na idade adulta. As doenças

oftalmológicas não são exceção. POR SÓNIA TRIGUEIRÃO

O rastreio visual pode e deve começarbem cedo. Segundo dados da SociedadePortuguesa de Oftalmologia, cerca de 20%das crianças em idade escolar têm algumdéfice da função visual capaz de interferircom a sua aprendizagem e desenvolvimento.É por isso que um rastreio oftalmológicoentre os dois e os três anos é totalmenterecomendado. Segundo Ana Xavier,oftalmologista pediátrica na clínica ALMOftalmolaser, esta é uma recomendaçãoque faz parte do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil. “O programaaconselha que as crianças sejam observadasna primeira consulta, ou seja, no primeiromês de vida, no segundo mês, no sexto, aosnove meses e depois aos 15”, sublinha a mesma especialista, acrescentando queestas primeiras observações podem ser feitas pelo médico neonatologista e pelo pediatra, sendo solicitada aintervenção de um especialista se for logo à partida detetada algumasituação fora do normal.  No entanto, refere Ana Xavier que o

Ana Xavier, oftalmologista pediátrica.

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outono 2013 27

Page 28: Revista Olhar n.11

Programa Nacional de Saúde Infantil eJuvenil defende a referenciação para médicooftalmologista entre os dois e os três anospara um rastreio, independentemente denão existir qualquer evidência de problemasde visão na criança. “Há situações queapenas o médico oftalmologista consegueidentificar e há problemas de visão que nãoapresentam qualquer sintoma”, explica aoftalmologista pediátrica, sublinhando que “o sistema visual é o sentido mais importantepara aquisição de informação do meio. Istoacontece desde que a criança nasce: 70% da informação vem através da visão”.Acrescenta a mesma especialista que “o desenvolvimento da visão vai-seefetuando progressivamente desde onascimento, com períodos críticos bemdefinidos em que qualquer alteração podeser impeditiva da sua concretizaçãoadequada. É por isso é que à mínimadeteção de qualquer problema como oestrabismo, um nistagmo, uma má formaçãoou uma pupila branca nas consultas até aos dois/ três anos deve ser referenciado no imediato para o oftalmologista”.

Segundo Ana Xavier, para que a criança se desenvolva tem de receber a imagem de igual forma nos dois olhos. “Se há umolho com problemas, a visão não sedesenvolve adequadamente. E se estasituação não é diagnosticada precocementeo desenvolvimento do córtex visual tambémnão será eficaz”, salienta, sublinhando que o desenvolvimento visual tem uma curva específica, faz-se até tardiamente,mas tem períodos chave”.Ana Xavier exemplifica com uma criança quetenha uma catarata congénita num dosolhos. “Se a criança não for operada nasprimeiras seis semanas de vida a visão nuncase desenvolverá adequadamente porquenaquele período de desenvolvimento oestímulo foi bloqueado”, afirma, explicandoque os olhos devem estar bem alinhadospor volta dos seis meses. Caso contráriotambém não desenvolve uma visão normal.A especialista dá ainda outro exemplo: “ Se uma criança tem um erro refrativo e se não é detetado precocemente podedesenvolver uma ambliopia, que é adiminuição da capacidade visual de um dos olhos. Se nos chegam com seis anos já é difícil de tratar e com nove ou dez anos a

RECOMENDAÇÕESl Pais e professores devem certificar-se de que as crianças têm a iluminação, cadeiras e secretárias adequadas para tarefas como a leitura.l Devem corrigir-se as posições erradas e verificar se a distância de leitura é a adequada,30 a 40 cm na leitura de perto.l Deve ensinar-se as crianças a fazer pausas e verificar a posição e luminosidade dosmonitores do computador e da televisão. Ver televisão deitados também não é correto.l No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro do monitor e não se deve deixar a criança ver televisão muito em cima do ecrã.l A prática de atividades com laser ou jogos que coloquem em risco a integridade do aparelho visual deve ser impedida ou realizada com protetores de qualidade.

olharclínico

DADOSSegundo a Organização Mundial daSaúde, 15% das crianças têm problemasde visão não diagnosticados ou nãocorrigidos. Estas eventuais deficiênciaspodem vir a ser irreversíveis e afetar a aprendizagem, a integração e o comportamento, ou seja, o desenvolvimento da criança.

outono 201328

Page 29: Revista Olhar n.11

recuperação é, na maior parte dos casos,

impossível”, salienta.

A miopia, a par do astigmatismo e da

hipermetropia, são os erros refrativos que

podem ser detetados na criança, bem como

outras alterações relacionadas com os olhos

como o estrabismo, ou desalinhamento

dos olhos, que atinge cerca de 3%

das crianças portuguesas.

As cataratas hereditárias ou congénitas

são uma das principais causas de cegueira

precoce nas crianças. O glaucoma

congénito é outro problema que é raro, mas

grave. Na maior parte dos casos, presente

à nascença e exigindo uma cirurgia imediata.

É causado pelo desenvolvimento incorreto

do sistema de drenagem do olho antes

do nascimento, que leva ao aumento

da pressão intraocular e provoca danos

no nervo ótico.

SINTOMAS DE ALERTAQuanto aos sintomas que devem levar

os pais a procurar um oftalmologista,

Ana Xavier destaca, por exemplo, a lentidão

na realização de tarefas que exigem esforço

visual, o fechar ou tapar um dos olhos,

os erros a copiar do quadro, cefaleias,

olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes,

estrabismo, nistagmo (tremor ocular)

e fotofobia, que é uma dificuldade em

suportar a luz. Mas, a especialista alerta

para o facto de haver crianças que não têm

qualquer queixa, nomeadamente aquelas

que veem mal apenas de um dos olhos.

Sobre o facto de os pais se preocuparem

com o número de horas que as crianças

passam em frente ao computador ou da

televisão, Ana Xavier realça uma questão:

“Os olhos foram feitos para ser usados.

Não é por os usarmos que eles ficam mal.

Os olhos têm é de estar em boas condições

para serem usados. E é para isso que

existem os rastreios. Para prevenir e detetar

problemas a tempo”. l

COMO É A VISÃO DOS BEBÉS?Um recém-nascido consegue

fixar a luz. Entre os dois e os três

meses, a fixação visual já está

bem desenvolvida, a criança

já tem um alinhamento ocular

estável e segue bem a luz

e os objetos. Com um mês

e meio de idade e a cerca de

30 centímetros, a criança já

consegue reconhecer alguns

detalhes do rosto de um adulto,

como os olhos e a boca.

Já consegue acompanhar com

os olhos os pais e segue

os movimentos de objetos

coloridos. Aos três meses, já observa um objeto mais longe. Aos quatro,

seis meses começa a interessar-se por objetos mais afastados,

como a televisão. Objetos com formas e cores despertam interesse.

Todas as crianças podem fazer exames oftalmológicos? Os exames são realizados conforme as idades e as condições da criança.

Existem testes adequados à avaliação da acuidade visual, sendo possível serem

realizados muito precocemente, mesmo antes do primeiro ano de vida.

Por exemplo, o teste do olhar preferencial.

Retinoblastoma – É um tumor maligno raro que requer tratamento urgente

e que pode implicar a perda da visão do olho em causa; põe em risco a vida

da criança e pode ser bilateral.

Estrabismo – É desconhecido o número de estrábicos em Portugal.

No entanto, sabendo que a prevalência do estrabismo para populações com

características demográficas idênticas à nossa é de cerca de 3%, podemos

estimar que em Portugal existam cerca de 320 mil estrábicos e que, entre

estes, 50 mil sejam crianças com idade inferior a 14 anos.

Se a criança usa óculos, que cuidados deve ter:É importante que o local onde estuda/lê seja bem iluminado.

Deve evitar os encandeamentos e os contrastes acentuados.

Escolha uns óculos relativamente robustos, mas não pesados, de um modelo

cuja forma seja, de preferência, subida. O objetivo é que mesmo que os óculos

escorreguem um pouco do nariz, a criança não olhe por cima deles.

Deve optar-se por lentes inquebráveis para os óculos.

SINAIS DE QUE O SEU FILHO PODE TER ALGUM PROBLEMA NA VISÃO:l Se a criança apresenta queixas frequentes de dor de cabeça.

l É um fator de alerta se é frequente sentar-se muito perto da

televisão ou aproximar muito os videojogos ou os livros do rosto.

l Quando tentam fechar a fenda palpebral para tentar ver

melhor.

l Há casos em que um estrabismo súbito pode causar dupla

visão. adotando a criança posições viciosas da cabeça

ou mostrar algum receio ao caminhar.

l Lacrimejar excessivamente é fator de análise.

l Coçar os olhos insistentemente pode indiciar um problema.

l Demonstrar dificuldades na leitura.

Se a criança se perde nas palavras ou salta linhas.

l Se demonstrar sensibilidade à luz.

l Se fechar ou tapar um olho com a mão.

outono 2013 29

Page 30: Revista Olhar n.11

outono 201330

olharo desporto

Algo está a mudar e este ano, na “Volta”, muito público aderiu à bicicleta, deixando de lado o carro e o garrafão de vinho... POR ANA PAULA MARQUES

À volta da VoltaOs números não enganam. Portugal ainda está longe de ser um país com hábitos

saudáveis, pelo menos no que respeita à maneira como as pessoas se deslocam no dia-a-dia.

Pese embora os aumentos constantes dos combustíveis, os portugueses continuam a circular

de carro para o trabalho, para a escola, para a universidade, para a praia, para um simples

passeio em família. E somos um país com bom clima, com invernos por vezes chuvosos, mas

pouco rigorosos quanto ao frio, ao contrário de nações cujo tempo deveria retrair o uso da

bicicleta, mas onde, na prática, isso não acontece.

Os países nórdicos, como a Dinamarca e a Noruega, lideram mesmo o ranking elaborado

pela Federação Europeia de Ciclistas quanto à utilização regular deste meio de transporte.

Portugal queda-se no 23.º posto, ao lado da vizinha Espanha, e atrás de Bulgária, Roménia

e Malta. Já em 2007, numa viagem a Copenhaga, como enviada especial de Record aos

Europeus de Triatlo, pude constatar o quanto a bicicleta faz parte do quotidiano dos

dinamarqueses. As principais artérias e avenidas da cidade em hora de ponta eram

preenchidas não por automóveis, mas sim por bicicletas. Eu mesma tive de alugar uma

bicicleta no hotel para me deslocar várias

vezes por dia ao centro da cidade,

a 3 km, onde estava situado o epicentro

da competição e a sala de imprensa.

A alternativa seria ir a pé, porque mesmo

transportes públicos não eram assim tantos.

Mas quais as razões pelas quais somos

ainda um povo pouco dado ao uso da

bicicleta? Talvez pela aceitação social,

insegurança ou ainda pela falta do próprio

reconhecimento da bicicleta como meio

de transporte, que começa no facto de as

nossas cidades não estarem adaptadas para

a utilização de um veículo de duas rodas

Page 31: Revista Olhar n.11

outono 2013 31

sem motor. Contam-se pelos dedos as que têm as chamadas vias cicláveis. Lisboa, por

exemplo, inaugurou a primeira há menos de um ano… Em pleno século XXI.

Atente-se a outros indicadores da realidade nacional. A Federação Portuguesa

de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta tem 25 mil associados. Um número que tem

agora melhores e mais condições para aumentar nos próximos anos. Fundamentalmente

por duas razões: uma de cariz nacional, outra com repercussões na Europa. A nova versão

do Código da Estrada, uma reivindicação antiga de quem circula em velocípedes,

aprovada no dia 23 de julho, vem dar maior segurança aos utilizadores deste meio de

transporte e, principalmente, incutir nos automobilistas maior responsabilidade. Ao nível

da União Europeia, foi também aprovado incluir a Euro Velo (rede de rotas cicláveis) na

rede de Transportes TEN-T (Trans-Europeia).

A Volta a Portugal deste ano, contudo, veio mostrar que a realidade nacional quanto ao uso da

bicicleta pode estar efetivamente a mudar, a mudar para melhor. Foram várias as etapas, mas

principalmente as que movem multidões, em que vimos os amantes do ciclismo a deslocaram-

-se de bicicleta para aplaudirem os seus heróis, ou simplesmente para verem passar o pelotão.

As tradicionais romarias ao monte Farinha (Senhora da Graça) e à serra da Estrela (Torre), já não

se fizeram tanto de automóvel, garrafão de vinho e umas minis, mas sim a pé e, sobretudo, de

bicicleta. Foi agradável, pois, ver um outro cenário nas mais emblemáticas subidas da prova

rainha nacional. O ambiente, serra acima, ficou bem mais saudável, menos poluído.

No plano desportivo, a prova continua a ser idealizada para consumo interno, ou seja, para

que as equipas portuguesas tenham sucesso e com isso dar visibilidade aos patrocinadores.

Só desse modo há algumas, e vincamos aqui o algumas, garantias de na próxima temporada

continuarem na estrada. Não interessa, pois, trazer grandes nomes e equipas à nossa Volta

de modo a não relegarem para segundo plano o pelotão nacional. Segundo o diretor da

prova, o antigo vencedor de duas edições,

Joaquim Gomes, esta continuará a ser

a filosofia a adotar para os próximos anos.

Até porque também não existem condições

financeiras para a organização, a cargo

da Podium (ex-PAD), pagar a peso de ouro

uma eventual presença de conjuntos

ProTour… Por isso, continuaremos a ter

a Volta para os portugueses. Ainda que estes

continuem arredados da camisola amarela.

Nos últimos dez anos, só dois conseguiram

vencer a corrida: Nuno Ribeiro (2003)

e Ricardo Mestre (2011).

Mas brilham as formações nacionais. Este ano,

o triunfo coube à OFM-Quinta da Lixa, por

intermédio do galego Alejandro Marque, em

2012 à Efapel-Glassdrive, através do também

galego David Blanco, ciclista que por sua vez

ganhou mais três edições com a camisola do

Clube de Ciclismo de Tavira. Em suma, vitórias

de conjuntos nacionais, com recurso a ciclistas

estrangeiros. Tal e qual como, por exemplo,

no futebol. Afinal, quantos portugueses tem

o Benfica no plantel? Marque, de 31 anos,

ficou à frente do compatriota e colega de

equipa, Gustavo Veloso. Entre ambos houve

apenas 4 segundos, naquela que passou a ser

a menor diferença entre os dois primeiros em

86 anos de história e 75 edições disputadas.

Já Rui Sousa, da Efapel-Glassdrive, cotou-se

como o melhor português, ao terminar na

terceira posição, a 50 segundos. O ciclista de

Barroselas concluiu a corrida pela quarta vez

(terceira consecutiva) no último lugar do pódio,

ficando assim adiada para 2014, quando já

tiver 38 anos, a tentativa de chegar

finalmente à camisola amarela.

O triunfo de Alejandro Marque, cuja

carreira profissional tem sido feita sempre

em Portugal – já lá vão 10 anos –,

ganhou consistência ao ceder apenas

15 segundos na etapa rainha, com final

na Torre. Era aqui que Rui Sousa precisava

também de fazer a diferença para duo

galego da OFM, tendo em conta que

Marque e Veloso levavam vantagem no dia

seguinte, no contrarrelógio. Sousa foi

apenas 2.º no ponto mais alto de Portugal

continental, de onde saiu com a camisola

amarela. Mas o avanço era muito pouco:

Escassos 6 segundos para Gustavo Veloso

e 38 para Alejandro Marque. Na penúltima

etapa, a armada da OFM fez jus ao facto

de ser favorita no contrarrelógio,

garantindo não só as duas posições

na etapa como também na geral final:

Marque e Veloso, respetivamente.

Será que em 2014 um português voltará

a ser rei da nossa Volta? l

OPTIVISÃO NO PELOTÃO DA FRENTE NA VOLTA A PORTUGALA Optivisão o maior grupo português de ótica, voltou a marcar presença na

Volta a Portugal em bicicleta, uma das mais importantes competições desporti-

vas que se realizam no nosso país. Tanto ou mais importante do que marcar

presença numa prova que percorreu estradas de norte a sul, foi lançar o desafio

a todos os portugueses: ganhar todas as etapas na proteção dos raios UV. Sob

o mote “faça um sprint na proteção dos seus olhos”, a Optivisão promoveu in-

úmeros rastreios visuais a todos quantos seguiram a corrida, alertando para os

cuidados necessários para garantir uma boa saúde ocular.

“A Volta a Portugal é sempre um ambiente de festa, no qual vibramos com

as fugas, o pelotão, o sprint e a camisola amarela”, afirmou Maria Adelaide

Penedo, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão,

que não deixou de alertar para a importância “dos testes regulares

à saúde visual e para a necessidade de óculos de sol com proteção UV”.

Com esta iniciativa a Optivisão deu a oportunidade a muitos portugueses

de “estarem no pelotão da frente da proteção UV e de vencerem connosco

todas as etapas”, acrescentou Maria Adelaide Penedo.

Page 32: Revista Olhar n.11

olhara acção

Pedaladas com estilo!A moda associa-se mais uma vez ao desporto para tornar os dias

de outono mais dinâmicos. Aproveite o fim de semanacom um passeio a pedalar em família!

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Page 33: Revista Olhar n.11

outono 2013 33

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Set DesportivoOferta na compra de 4embalagens de lentes diáriasOptilight nas lojas Optivisão.

Page 34: Revista Olhar n.11

olharo perfil

Seja de óculos ou sem eles, de cabelo rapado ou comprido,

com a barba feita ou “à sem-abrigo”, de smoking ou num looktotalmente descontraído, o ator continua a ser apontado com

um dos homens mais sexy de sempre.

Foi em Thelma & Louise (1991) que Brad Pitt chamou a atenção

e desde então é um dos atores mais requisitados de Hollywood,

com mais de 50 filmes no currículo e dezenas de produções

editoriais e campanhas publicitárias. Em 2002, o ator decidiu

abrir a Plan B Entertainement, tendo vindo a trabalhar como

produtor em filmes como o The Departed – Entre Inimigos(2006), Comer, Orar e Amar (2010), Moneyball – Jogada deRisco (2011) ou WWZ – Guerra Mundial (2013), entre outros.

Paralelamente, o ator desdobrou-se em muitos outros papéis:

começou a produzir vinho na sua propriedade em Correns, na

Provença; está envolvido em projetos de decoração de interiores

e de design de móveis; trabalha diretamente com uma empresa

de arquitetura ligada ao desenho de prédios para habitação

e hotéis; e, mais recentemente, resolveu aprender a pintar.

Atualmente com 49 anos, o ator continua a superar-se e não vê

a idade como um obstáculo para a sua realização pessoal.

“Conto pelos dedos de uma mão os meus amigos chegados,

tenho a minha própria família e faço muitas coisas. Sou feliz”,

como já chegou a afirmar.

Foi a 18 de dezembro de 1963 que nasceu William Bradley

(“Brad”) Pitt, na cidade de Springfield, no estado do Missouri, nos

Estados Unidos. Cresceu a ver o Cinema como uma ferramenta

de aprendizagem, que lhe permitia conhecer realidades e viver

situações que não tinha presenciado, mas nunca equacionou a

hipótese de seguir a via da representação, tendo decidido tirar

Jornalismo na Universidade do Missouri. No entanto, sempre

acreditou que a sua vida seria noutro lugar que não Springfield,

que estava destinado a outra realidade e que, se as

oportunidades não chegavam até ele, deveria ser ele a ir

procurá-las. Foi por isso que, aos 22 anos, e a apenas duas

semanas (literalmente) de acabar a licenciatura, decidiu deixar a

faculdade e toda a sua vida para trás e partiu para a Califórnia.

Já em Los Angeles, foi arranjando trabalhos para se sustentar

e pagar as aulas de representação e, em 1987, conseguiu os

seus primeiros papéis – mais que secundários. No mesmo ano,

entrou em dois episódios de Another World (uma série norte-

americana que passava na NBC) e noutro na série de sucesso

Dallas. E graças à visibilidade que conseguiu com os primeiros

trabalhos, os papéis foram-se multiplicando e rapidamente se

tornou o ator que é hoje.

Mesmo fora do grande ecrã, namorou com várias atrizes, como

é o caso de Christina Applegate, Juliette Lewis, Thandie Newton,

Gwyneth Paltrow ou Jennifer Aniston, com quem manteve uma

relação de sete anos e casou em 2000. Mas o ano de 2005 foi

fatal para a relação com a atriz de Friends e, durante a rodagem

do filme Mr. and Mrs. Smith, Brad Pitt apaixonou-se por Angelina

Jolie e decidiu divorciar-se, tendo chegado a afirmar que a sua

vida estava estagnada até a conhecer. Foi uma das separações

mais inesperadas de sempre, mas está desde então com

Angelina Jolie e juntos formam a família mais numerosa

(e procurada) de Hollywood: Brad Pitt resolveu adotar os dois

filhos adotivos da atriz – Maddox e Zahara –, em 2006 tiveram

a primeira filha biológica – Shiloh –, no ano seguinte adotaram

Pax Thien, no Vietname, e em 2008 nasceram

os gémeos Vivienne e Knox.

Ao longo dos últimos oito anos, é comum vê-los em família

um pouco por todo o mundo, visto que Pitt e Jolie têm tentado

intercalar os filmes em que entram, de modo a poderem viajar

juntos com os seis filhos para todos os locais de rodagem.

Para além disso, estão envolvidos em vários projetos

humanitários e fazem questão de que os filhos os acompanhem

e fiquem familiarizados com todas as realidades. O ator estima

que os filhos já tenham dado mais de duas voltas ao mundo

e, por mais que tentem evitar os paparazzi, são seguidos

para todo o lado, tendo inclusivamente um nome que os

designa enquanto casal: “Brangelina”. l

BRAD PITTApontado como um dos homens mais sexy de sempre, também Brad Pitt se rendeu aosóculos. Sejam graduados ou de sol, de massa ou estilo aviador, é raro vê-lo sem eles…

outono 201334

Page 35: Revista Olhar n.11
Page 36: Revista Olhar n.11

outono 201336

olhara ciência

Investigadores israelitas descobriram

uma estrutura monumental de pedra

escondida há milhares de anos pelas águas

do mar da Galileia (também conhecido

como lago Tiberíades), parcialmente

enterrada no solo marinho.

Houve quem tivesse avançado com

a comparação com o famoso monumento

megalítico localizado em Stonehenge,

mas o arqueólogo Yitzhak Paz não se sente

confortável com essa similitude.

“Não há qualquer relação e nunca fiz

essa comparação nas minhas referências

ao sítio”, afirmou o investigador

da universidade Ben Gurion e do

Departamento de Arqueologia de Israel.

“Alguém fez essa comparação na

comunicação social e a ideia tem

perdurado”, acrescentou.

A estrutura descoberta sob as águas ocupa

uma área com cerca de 70 metros e tem

uma altura da ordem da dezena de metros.

A estrutura megalítica é formada por três

círculos de pedras sobrepostas e tem

vindo a levantar os mais diversos tipos

de discussão sobre a sua origem

e construção, cuja dimensão tem

praticamente o dobro do tamanho

da que conhecemos em Stonehenge.

Yitzhak Paz admite que “é uma estrutura

excecional e muito rara que, segundo

cremos, terá mais de dois mil anos, já que

muito próximos existem outros sítios

megalíticos dessa época”.

Este sítio arqueológico foi identificado, por

acaso, há cerca de 10 anos durante uma

pesquisa de sonar que varreu o fundo do

lago, recordou o geofísico Shmuel Marco,

da universidade de Tel Aviv.

A descoberta é tão importante do ponto de

vista histórico como em termos geofísicos,

“pois ajuda a fazer a história do lago.

A base da estrutura foi construída numa

altura em que ele ainda era terra seca

e a sua base é anterior ao de qualquer nível

da água que conhecemos no antigo mar

da Galileia”, afirmou o cientista, referindo-

se a Bet Yerah (ou Khirbet Kerak), onde

há vestígios bem preservados que vão

da Idade do Bronze (3000 a.C.) ao período

islâmico (1000 d.C.), passando pelo

período persa (450 a.C.).

Este sítio arqueológico está a cerca de

três quilómetros de distância e mostra

as ruínas de uma cidade fortificada que

se estende ao longo de uma área de

O mistério do mar da

GalileiaUma estrutura megalítica descoberta sob as águas

do grande lago bíblico intriga os investigadores. Quem a fez, quando foi construída e o que esconde?...

São muitas perguntas à espera de uma resposta POR RUI FARIA

Page 37: Revista Olhar n.11

outono 2013 37

30 hectares e onde terão chegado a viver

cinco mil pessoas. Na região também

surgem os vestígios arqueológicos de

Ohalo, um dos locais melhor conservados

com vestígios da época dos caçadores-

recoletores, datados de 19.440 a.C.

Com base na avaliação dos sedimentos

recolhidos junto da base da estrutura

descoberta do mar da Galileia, os

geofísicos não afastam a possibilidade de

estarmos perante uma construção com

cerca de seis mil anos de idade. Mas, neste

momento, os investigadores têm muito

mais dúvidas do que respostas. Parece

evidente que a construção terá sido obra

de pescadores de uma fase inicial da Idade

do Bronze, que teriam trazido as pedras de

uma distância nunca inferior a três

quilómetros.

“Trata-se de uma grande estrutura em

pedra com uma base perfeitamente

circular, pelo que não é possível ter sido

criada de forma natural”, considerou

Shmuel Marco.

A curiosidade em torno desta estrutura

submersa tem atraído muitos curiosos,

mas não afetou a vida da população local,

habituada à presença de estrangeiros

e sobretudo de peregrinos e arqueólogos,

numa região onde, como alguém já disse,

“há mais história do que geografia”.

Exemplos não faltam. Ginosar é o nome de

uma cidade referida no Antigo Testamento

e hoje um kibutz, perto do local da

descoberta arqueológica.

Para os habitantes é algo natural. Ali

também foi descoberto um barco

enterrado na lama (exposto no museu Beit

Igal Allon), que continua a ser referido

como a “barca de Jesus”.

“Qualquer destas pedras pode ter sido

testemunha de um acontecimento bíblico”,

referem os habitantes das margens do mar

da Galileia, onde se diz que Jesus

“caminhou sobre as águas”.

Mas investigadores como o arqueólogo

Dani Nadel, da Universidade de Haifa, têm

outro tipo de abordagem, nem por isso

menos apaixonada, sobre a estrutura

submersa. “Sabermos que está ali e não

sabermos como surgiu nem para que

servia, é tão desconcertante como

interessante”, afirmou.

Por isso as investigações prosseguem e

vão ser realizadas as primeiras escavações

no lago bíblico. É a única forma de

encontrar respostas acerca da estrutura e

do que poderá estar escondido sob as

pedras, mas também sobre a evolução do

próprio lago.

“Quando soubermos quando foi criada

aquela estrutura, quem foram os seus

construtores e a sua cultura, também

saberemos mais sobre o crescimento do

próprio lago”, considerou Shmuel Marco.

“Vamos tentar escavar, mas estamos

conscientes das grandes dificuldades que

temos pela frente em termos físicos e

financeiros. O facto de termos de trabalhar

debaixo do mar será muito demorado.”

Os trabalhos estão parados e a equipa de

investigadores tenta reunir as verbas

necessárias para prosseguir um trabalho

que exige centenas de milhares de dólares

de investimento. l

O mar da Galileia (na foto) é uma região fértil em vestígiosdo passado, raros como a “barca de Jesus” (à esq.) ou povoações milenares onde trabalha o arqueólogoYitzhak Paz (em baixo, à esq.)

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outono 201338

olharo mundo

Dia Mundial da Visão“TESTE OS SEUS OLHOS”

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outono 2013 39

O Dia Mundial da Visão, comemorado a 10 de outubro, tem tido como principalobjetivo a erradicação da cegueira evitável e a melhoria da visão. A celebração da data é também a principal ação do programa “Visão 2020: o Direito à Visão”, uma iniciativaconjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Internacional para aPrevenção da Cegueira (IAPB). Os olhos são um órgão extremamente sensível e aomesmo tempo muito importante, por isso a sua saúde não deve nunca ser desprezada. A prevenção é mesmo a melhor forma de proteger a saúde dos seus olhos. Normalmente, os olhos apenas merecem a nossa atenção quando acontecem problemaspontuais como uma conjuntivite, um cisco, uma irritação ou quando a questão estárelacionada com doenças tradicionais, como a miopia e ou o astigmatismo. No entanto, cuidar dos olhos deve ser um hábito de toda a vida. Segundo o Professor Carlos Marques Neves, diretor clínico da ALM Oftalmolaser, “a visão tende a diminuir com a idade e por isso é importante preservá-la para evitarproblemas a longo prazo”. Refere o especialista que, no mundo ocidental, as principaiscausas de perda de visão são: a Degenerescência Macular Relacionada com a Idade, o  Glaucoma e a Retinopatia Diabética (RD).O Glaucoma é, explica Carlos Marques Neves, uma doença do nervo ótico, de evoluçãocrónica, que pode conduzir, se não for acompanhada e detetada a tempo, à perdaprogressiva do campo visual. A perda de visão pode ser total e irreversível. Por isso, a vigilância é fundamental. “O grande problema desta doença é a quantidade de pessoas que a têm e não sabem, uma vez que é assintomática”, sublinha o especialista,acrescentando que há grupos de risco com maior probabilidade de ter a doença, como os idosos, as pessoas com antecedentes familiares e os míopes.No caso da Retinopatia Diabética (RD) são os doentes diabéticos que são o grupo de risco. É um problema que, segundo o diretor clínico da ALM, se manifesta afetando a retina e os dois olhos. Se não for tratada a tempo conduz à cegueira.“Esta é também uma doença que evolui de forma silenciosa”, diz, acrescentando que os principais sintomas são visão enevoada, com manchas e perda súbita de visão.No que diz respeito à Degenerescência Macular da Idade (DMI),  “Esta é uma doençadegenerativa da mácula, uma pequena área na retina responsável pela visão central, queconduz a um estado de cegueira parcial, caracterizado pela incapacidade de ler, conduzir,ver televisão, reconhecer caras, etc.”, refere o especialista, acrescentando que a idade, o tabagismo e fatores genéticos podem contribuir para este problema de visão.“São todos problemas evitáveis através de uma vida mais saudável, alimentaçãoequilibrada, exercício, etc. e, claro, a visita periódica a um oftalmologista”, aconselha CarlosMarques Neves. Segundo este especialista, as visitas ao médico devem começar logo emcriança. Se não tiver sido detetado nenhum problema, a primeira visita deve ocorrer entre os três e os quatro anos. Depois aos 12 e na puberdade. A partir dos 40 anos afrequência das consultas aumenta. É mais ou menos nesta altura que algumas pessoasprecisam de óculos para ver ao perto e devem fazer um rastreio visual de 5 em 5 anos. l

l Faça um exame oftalmológico completo.l É importante que saiba a história da saúde ocular da sua

família. l Faça uma alimentação equilibrada, com uma dieta rica em

vegetais, principalmente espinafre e couve.l Mantenha um peso saudável. l Evite a exposição solar e proteja os olhos, seja verão ou

inverno.l Quando comprar uns óculos de sol, compre com proteção

de raios ultravioleta.

l Cuidado com os ambientes de muito fumo ou de ar condicionado forte.

l Cuidado com o excesso de horas em frente à televisão.l As horas passadas em frente ao computador também

devem ser tidas em atenção. l Para ler, escolha locais bem iluminados. Luzes fracas

obrigam a um esforço da vista. l Lentes de contacto só devem ser usadas durante as horas

recomendadas. l Deve evitar-se o gesto de coçar os olhos.

DICAS PARA CUIDAR DOS OLHOS:

Professor Carlos Marques Neves.

200 MIL TÊM HIPERTENSÃO INTRA-OCULAR

Em Portugal, segundo dados da Direção-geral de Saúde, cerca de 200 mil pessoas apresentam hipertensão intra-ocular. Serão cerca de 100 mil os portugueses que foram diagnosticados com glaucoma. 285 milhões deficientes visuaisSegundo a Organização Mundial da Saúde(OMS), cerca de 285 milhões de pessoas nomundo são deficientes visuais e a principal causade deficiência é o erro de refração não corrigido(miopia, hipermetropia e astigmatismo).250 mil sofrem de retinopatia diabéticaEstima-se que metade dos diabéticos nunca foiao oftalmologista. A Retinopatia Diabética (RD) éa complicação mais comum da doença. Existemcerca de 250 mil doentes com RD em Portugal.300 mil sofrem com Degenerescência MacularSegundo a Organização Mundial de Saúde, a Degenerescência Macular da Idade (DMI) é a principal causa de cegueira a partir dos 50 anos de idade. Em Portugal, estima-se que 300 mil pessoas sofram de DMI e 45 mil corram sério risco de cegar.

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olharo horizonte

Seguindo o voo das águiasCastelo Rodrigo é o nome de um

“remédio” com cura garantida para o stress

provocado pelo bulício do dia-a-dia urbano.

Encontrar esta poção é fácil. Basta chegar

a uma aldeia encalhada entre Portugal

e Espanha, onde o Alto Douro e Trás-os-

-Montes dão as mãos. Aqui impera a calma

e o tempo passa sem pressas, ao ritmo d

e um sino de badaladas lentas que ecoam

pelas ruas de granito.

CASTELO RODRIGO - PINHEL - ALMEIDA No interior da velha fortaleza – que chegou a

contar com 13 torreões – destruída pelos

franceses durante as invasões napoleónicas,

montamos o nosso “quartel-general” na Casa

da Cisterna, um turismo de habitação criado

com o bom gosto de Ana Berliner e do seu

marido, António, dois biólogos alfacinhas que

trocaram a cidade pela vida rural e pela sua

paixão pelos animais.

Por aqui, a palavra hospitalidade é venerada e

a conversa flui rapidamente. Ficamos a saber

que o nome tem que ver com a velhíssima

cisterna adjacente à casa, acessível por um

elegante portal árabe. Eram os banhos rituais

judaicos, os “Mikwéh”, antes de ser um

reservatório. Esta é apenas (mais) uma

curiosidade numa aldeia feita de ruas

labirínticas que convidam ao jogo das

escondidas ou ao passeio por vielas

Os vales escarpados do Douro no caminho paraTrás-os-Montes ou as serranias beirãs são convitesà calma e à contemplação da natureza POR RUI FARIA

outono 201340

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outono 2013 41

silenciosas onde se ouvem histórias do

passado, como o castigo imposto pelo

Mestre de Avis quando esta praça-forte,

depois de aderir à “causa espanhola”, não

o hospedou nos tempos da crise de

1383-1385. Ao ser aclamado rei, D. João I

mandou picar os brasões da cidade, que

passaram a surgir em posição invertida

à entrada do castelo.

Nesta vila, que ao longo dos séculos foi tanto

portuguesa como espanhola, subimos a

caminho das ruínas do palácio de Cristóvão

de Moura, galardoado por Filipe I com

o condado de Castelo Rodrigo em

reconhecimento pela sua traição a Portugal,

e destruído pela população mal chegou a

notícia da restauração da independência,

em 1640. Pelo caminho está a simpática

Casa de Chá de André Carnet, um francês da

Normandia que viveu e casou em Paris com

uma portuguesa nascida na aldeia que

adotou. Neste acolhedor recanto, onde a

esplanada é um convite para a vista se perder

no horizonte, oferecem-se mais de 60 tipos

de chá e outras tantas marcas de whisky.

Verdadeiro epicurista e grande conversador,

André mostra ainda, com justificado orgulho,

a sua pequena loja gourmet – Os Sabores do

Castelo –, “porque gosto muito de todas as

coisas boas da vida”, diz-nos.

Embora o recolhido jardim da Casa da

Cisterna seja um excelente local para passar o

tempo com um livro na mão ou para nos

perdermos em longas conversas, há muitas

mais tentações. Os nossos anfitriões

propõem itinerários de bicicleta, pedestres

ou até de jipe, o único veículo capaz de

chegar a lugares mais recônditos. Basta

combinar antecipadamente, pois também é

possível arranjar uma cesta de piquenique.

Nós partimos à descoberta. No sopé da

aldeia, paramos no convento cisterciense de

Santa Maria de Aguiar, em cujas ruínas do

claustro ouvimos falar das imoralidades que

provocaram a contestação dos monges no

século XVI.

Num prado, logo ao lado da igreja, os

proprietários da Casa da Cisterna criam

burros de raça mirandesa. Basta parar junto

do cercado que os animais surgem de

imediato a pedir festas. São encantadores,

com o farto pelo que os protege do frio, ao

mesmo tempo que lhes confere um aspeto

despenteado.

Bem perto está a adega cooperativa de

Castelo Rodrigo. Quem pare na sua loja deve

conhecer o vinho branco de 2010, feito com

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outono 201342

castas Síria. Caso a fome aperte, a cerca desete quilómetros de Figueira de CasteloRodrigo, em Escalhão, o restaurante “OLagar” é uma grande opção, com a lagaradade bacalhau, o cacho de vitela, a desmanchade porco, ou os enchidos caseiros. Almeidafica bem perto.É majestosa a vila amuralhada no século XVIIao estilo Vauban, cujas obras terminaram umséculo mais tarde, com o conde de Lippe.Diz-se que D. Maria I terá perguntado se“estavam a construir uma fortaleza de pedraou em prata”.No interior desta construção, única daarquitetura militar nacional, existe umespaçoso templo com três naves, tendo sidorecuperado o velho picadeiro do quartel queali esteve instalado.Seguindo pelos campos onde surge a vinhachegamos a Pinhel, na margem esquerda dorio Côa. Vale a pena visitar a igreja de SãoLuís, desanexada do antigo convento dasClarissas. Logo à esquerda está o belo portalmanuelino da Misericórdia. A porta deCastelo Rodrigo, uma das cinco que surgemno pano de muralha, indica-nos o caminhode regresso “a casa”, onde o jantar estavamarcado no Cantinho dos Avós...

DE CASTELO RODRIGO A FREIXO DE ESPADA À CINTASeguindo para norte em direção a Barca deAlva, ao longo do planalto onde o fogo fezdesaparecer o arvoredo, a planície de matorasteiro, que parece varrida pelo vento, faz--nos companhia. Mais para a frente, nosvales, começam a surgir os rios que correm,vagarosos, para o encontro marcado com oDouro. Mas, de um momento para o outro,sem que nada o anuncie, a paisagem mudaradicalmente. O granito dá lugar ao xisto, elogo a seguir à atividade agrícola, com todo oseu esplendor.Ao longo das encostas, os olivais sobem nadireção do céu, nas suas escadarias desocalcos e, na primavera, as amendoeiras emflor são o espetáculo. Ainda é possíveldescobrir matas de carvalhos, em algunscasos cercados por azinheiras. Os zimbraistomam conta dos vales apertados,monopolizando esporões rochosos queespreitam o Douro e os seus afluentes,contornados por amieiros, salgueiros efreixos.Em Barca de Alva, a ponte para a outramargem leva-nos a San Martin. Não é anossa rota, mas em Espanha oscombustíveis são mais baratos... É o “contrabando moderno”, numa terra

Os proprietários da Casa daCisterna, criam burros da raçamirandesa (em cima, à esq.). A casa de chá de André Carnet (ao alto) é um espaço paraepicuristas. O casario de Figueirade Castelo Rodrigo mostra que o passado e o presentepodem conviver sem conflitos (à esq.), numa região rica emtermos de património como a janela Manuelina de Freixo de Espada à Cinta (em cima)

olharo horizonte

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outono 2013 43

COMO IRO caminho para CasteloRodrigo passa pela auto-estrada A23 ou pelaA25. Elas juntam-se emArrifana no caminho paraVilar Formoso. Na saída32, tomando a direção deAlmeida, surge nohorizonte Castelo Rodrigo,empoleiradaestrategicamente numacolina, como que de umninho de águias setratasse.

ONDE FICARCasa da Cisterna Rua da Cadeia, Castelo Rodrigo. Reservas pelo site:

www.casadacisterna.com,pelo [email protected] Tel. 271 313 515.A Casa da Cisterna nãoserve refeições, mas apedido pode prepararcestas de piquenique. Os interessados podemainda dispor de percursosdefinidos para passeiospedestres, de bicicleta ouem jipe, para já não falardo contacto com umaempresa que promovepasseios em burrosmirandeses.

ONDE COMERO Lagar Rua do Barreiro, Escalhão.Tel. 271 346 974.Carnes de vaca e porcosão tão famosas como oforno de lenha onde sãocozinhadas peças decarne e criação. Dasbrasas saem o bacalhau,enchidos e até as batatas.

D. Sancho II Largo do Corro, Sortelha – Sabugal. Tel. 271 388 267. O borrego, a caça e obacalhau estão entre asespecialidades de umacozinha que respeita asantigas tradições regionais.

de velhos contrabandistas que

atravessavam o rio Águeda, por trilhos

esquecidos, onde ainda existem calçadas

medievais e castros celtas.

Cruzando o Douro, a caminho de Freixo de

Espada à Cinta, a primeira estrada de asfalto

avermelhado que surge à esquerda (é pouco

visível) segue a ribeira do Mosteiro e sobe na

direção das paredes escarpadas, algumas

com mais de 400 metros de altura. São o

pano de fundo para o voo de grifos, abutres

do Egipto, águias reais e de Bonelli e

cegonhas pretas que o Parque Nacional do

Douro Internacional procura preservar. A

paisagem é de uma beleza impressionante.

No primeiro cruzamento à direita (volta a não

ter indicações), segue-se na direção de

Poiares e Penedo Durão, um grande

miradouro que permite contemplar o Douro

que passa lá em baixo. Do alto desta

plataforma granítica a perspetiva é

semelhante àquela que poderíamos ter de

um helicóptero. É um lugar ideal para deixar

passar o tempo, dando liberdade ao olhar

para seguir as aves de grande porte que

planam ao sabor do vento. Deve ser

fantástico esperar aqui pelo nascer do Sol...

Aqui, o Douro, um rio de águas violentas

amansadas pelas barragens que o

transformaram num espelho de água,

acompanha-nos. Nos dias quentes, a estrada

é perfumada por esteiras e giestas. Numa

época de frias normalizações, chamam-lhe

Douro Internacional. Nós preferimos o nome

que era utilizado pelos mais velhos: Douro

das Arribas, diz tudo. As memórias de Freixo

de Espada à Cinta perdem-se no tempo. O

seu nome pode ser anterior à era cristã e ter

origem em Espadacinta, um fidalgo godo

que venceu aqui um leonês cujo escudo teria

um freixo, mas também há quem refira que

D. Dinis, quando por ali passou, pendurou

a sua espada num freixo junto do castelo.

Sabe-se lá...

No centro histórico, cercado pelo mau gosto

de um urbanismo anárquico e

incaracterístico, vale a pena visitar a igreja

Matriz manuelina e a da Misericórdia, com os

nichos góticos sobre a porta principal. Numa

zona onde a indústria da seda atingiu o

esplendor nos finais do século XVIII, o museu

recorda esses tempos, vendendo artesanato,

mas “mais vale encomendar uma bela colcha

do que comprar o que está à venda”,

disseram-nos. Não há muitas alternativas para

almoçar, mas no restaurante Cinta de Ouro a

simplicidade das instalações contrasta com a

qualidade da comida proposta pelo espanhol

que gere o negócio.

BELMONTE - SORTELHATERRAS ESQUECIDAS...O terceiro dia é marcado pelo regresso ao

litoral. Por isso escolhemos os caminhos do

sul. A A23 passa ao lado de Belmonte. O

senhorio de Pedro Álvares Cabral conserva a

sua memória nos restos do solar em que

nasceu, na igreja onde foi batizado e no

castelo onde viveu. É uma localidade em

desenvolvimento, com museus como o do

azeite, ou o judaico, que recorda a influência

deste povo que se instalou, no século XVIII, no

bairro de Marrocos, sendo depois

transformado numa judiaria fechada, “porque

os cristãos não os queriam ver pela janela”.

Quem não conhece não pode perder uma

visita a Sortelha.

As muralhas, perfeitamente conservadas,

estão escondidas por enormes penedos

graníticos, alguns dos quais parecem ovos

monstruosos, em equilíbrio precário, prestes

a rolar sobre os “invasores”. É mais um “ninho

de águias”... O acesso ao castelo conquistado

por D. Sancho II faz-se por uma pequena

porta ogival, sendo este rei quem dá nome

ao restaurante no largo da praça de armas.

É uma verdadeira “Meca” para

apreciadores de borrego, caça ou bacalhau.

A aldeia, imaculada, parece perdida no

tempo, imponente no seu aspeto marcial,

vincado pelo alinhamento de casas

quadrangulares, feitas de grandes

paralelepípedos, perfeitamente talhados

em granito, onde o Sol arranca o brilho

da mica, que cintila como se fossem

minúsculos diamantes.

O estado de conservação é tal que parece

que a aldeia foi construída há pouco tempo,

o que é rapidamente desmentido pelas

inscrições árabes que surgem em pedras de

casas, ou pela arquitetura da torre de

menagem dos tempos de D. Dinis, para já não

falar na igreja, um templo modesto do século

XVI, mas rico no detalhe, e marcante pelo seu

tecto mudéjar.

Sortelha é talvez uma das melhores aldeias-

-museu. Ali, as anciãs recordam a arte da

cestaria, feita de arbustos “recolhidos à mão,

junto das ribeiras, que é preciso trabalhar e

coser à linha”, como nos referiu uma cesteira

de proveta idade, orgulhosa de um trabalho

condenado pela “era do plástico”. Hoje, “só os

mais velhos é que conhecem esta arte, que dá

muito trabalho e canseira. Depois, há alguns

malandros que vêm aqui oferecer um euro

pelo nosso trabalho”. Quem o fez, que tenha

vergonha. Esta arte não tem preço!... l

Page 44: Revista Olhar n.11

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Page 45: Revista Olhar n.11
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As lentes oftálmicas Zeiss sempre estiveram na vanguarda da tecnologia.

Foi assim desde a criação da empresa e continua hoje com propostas como a tecnologia

i.Scription, capaz de garantir uma nitidez incomparável e um grande descanso para os

olhos, assegurando um grande conforto visual, ao mesmo tempo que otimizam a visão

noturna. A marca reivindica o estatuto de “líder em precisão ótica desde 1846”, algo

que tem tudo que ver com a sua longa história feita de inventos e avanços tecnológicos.

Tudo começou com Carl Zeiss, um inventor que saiu do anonimato com a criação de um

microscópio de uma única lente (1847), antes de se afirmar como produtor de lentes

de grande qualidade, uma atividade industrial que nunca condicionou o seu génio criativo.

A tradição no campo da inovação manteve-se ao longo de mais de 160 anos e,

se alguns identificam as lentes que produz com algumas das mais reputadas máquinas

fotográficas, poucos sabem que a marca está associada à NASA e ao Google Earth,

mas também à mais inovadora investigação científica, continuando a produzir lentes

para os mais avançados microscópios, bem como para as câmaras que rodaram

filmes tão marcantes como O Senhor dos Anéis.l

Zeiss é mais doque uma marca

Muitos dos filmes de Hollywood foramrodados através de lentes Zeiss.

As primeiras fotos na Lua foram tiradascom lentes Zeiss.

O Google Earth utiliza objetivasde precisão com lentes Zeiss.

Os microscópios Zeiss auxiliam a investigaçãocientífica. Neste caso permitem ver as célulasvermelhas do sangue.

A tecnologia i.Scription garante uma melhor visão noturna

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Page 52: Revista Olhar n.11

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