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FIM-DE-SEMANA Descobrir o charme do Vidago Palace OLHAR CLÍNICO Saiba mais sobre lentes de contacto OLHAR A MODA Tendências para os dias frios GANHE VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ 30 olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG #6. INVERNO 2011 TRIMESTRAL %

Revista Olhar n.6

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Revista Optivisão

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Page 1: Revista Olhar n.6

FIM-DE-SEMANADescobrir o charmedo Vidago Palace

OLHARCLÍNICOSaiba maissobre lentes de contacto

OLHAR A MODATendências para os dias frios

GANHEVALES DE

DESCONTOS E POUPE ATÉ

30

olharOPTIVISÃO LIFESTYLE MAG #6. INVERNO 2011 TRIMESTRAL

%

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sumário

Inverno 2011 3

4 Olhar por si. Novidades a não

perder

8 Olhar a cultura. Sugestões que

valem a pena

10 Olhar a moda. Propostas e

tendências para os dias frios

18 Olhar o shopping. Novas

armações

20 Olhar a saúde. Cuidado com os

excessos da quadra

22 Olhar a actualidade. Rival do

GPS chama-se Galileo

24 Olhar as pessoas. Hélder

Rodrigues, um campeão do mundo

28 Olhar clínico. Saiba mais sobre

lentes de contacto

30 Olhar a tecnologia. Gerir o dia-a-

-dia com um smarthphone

32 Olhar o perfil. Steve Jobs

34 Olhar o grupo. Novas colecções

Moss, Pepe Jeans e Hello Kitty

38 Olhar indiscreto. Andreia

Rodrigues na primeira pessoa

39 Olhar a acção. Redescobrir

Lisboa de bicicleta

40 Olhar o horizonte. Hotel Vidago

Palace

44 Passatempo. Ganhe um

smartphone Optimus Stockholm

AndroidTM

46 Olhar as lojas. A Optivisão está

perto de si

47 Olhar os descontos. Poupe

dinheiro com os nossos vouchers

50 Último Olhar. New York Yankees,

um ícone norte-americano

INVERNO#6

40

32

18

34

CORES DE INVERNOEstamos no Inverno e, nos campos,

o dourado do mato contrasta com a força

verde do musgo. As árvores perderam

as folhas ou impressionam nos ocres

e nos dourados daquelas que resistem.

São estas as cores dominantes das terras

transmontanas que visitámos nesta edição

para descobrir o Palace do Vidago, como

são também as das tendências de moda

que reunimos para si.

O tempo frio convida a ambientes quentes,

que obrigam a ter cuidados com as lentes

de contacto, como nos referiu o

optometrista Henrique Nascimento.

Porém, quem não abdica dos seus óculos,

pode ficar a conhecer as novas colecções

Pepe Jeans, Hello Kitty e Moss,

apresentadas num evento da Optivisão,

onde as roupas Pepe Jeans e Hello Kitty

também foram vedetas.

O novo ano deixa-nos mais perto do futuro

e, com ele, as tecnologias continuam

a evoluir, como acontece com os

smartphones, que nos ajudam a gerir o dia-

a-dia, mas também projectos ambiciosos,

como o Galileo, um novo sistema europeu

que pretende rivalizar com o GPS norte-

americano. O Mundo é feito de mudança,

mas ainda há velhos prazeres, como andar

de bicicleta, como vos mostramos mais

à frente, e caras novas ligadas à Optivisão,

como é o caso de Andreia Rodrigues,

a nova embaixadora da Moss. Por tudo

isto, esperamos que aprecie a nossa

companhia ao longo deste Inverno e

desfrute desta edição, onde poderá ganhar

um Optimus Stockholm Android TM.

Maria Adelaide Penedo Presidente do Conselho de Administraçãodo Grupo Optivisão

Director: Maria Adelaide Penedo. Direcção editorial: Rui Faria ([email protected]).Redacção:

Av. João Crisóstomo, 72, 1069-043 Lisboa. Tel. 21 330 94 00/21 330 77 09. Textos: Rui Faria e Paula Santos.

Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images e Pedro Sampayo Ribeiro.

Direcção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media.

Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão:

Lisgráfica S.A., Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de S.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo.

Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento, S.A., Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º,

2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na E.R.C. com o n.º

125.945. Tiragem: 68.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.

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Inverno 20114

ESPRIT ET17339 WOMENO espírito Esprit, descontraído, casual e soalheiro, ilumina todos

aqueles que instintivamente gostam de seguir as últimas tendências

para estarem sempre no seu melhor. Esta luminosa armação

inspirada no modelo Panto destaca-se pela sua versatilidade, pelo

estilo e pela comodidade, onde uma camada transparente assegura

um toque confortável. O efeito de dois tons, incluindo azul-marinho,

roxo, castanho ou o clássico preto, torna este modelo num dos

acessórios indispensáveis desta temporada.

AZEITE PREMIUMO azeite virgem extra com a

assinatura de João Portugal Ramos

segue a linha do sucesso

alcançado no ano passado e a

nova colheita do azeite OliveiraRamos Premium já está disponível

no mercado. Um azeite que

arrecadou a medalha de ouro no

Concurso Nacional de Azeite

Virgem Extra 2010 e que foi

distinguido com a medalha de

prata na edição de 2011 do

referido concurso e, na categoria

de Delicate, na Los Angeles

International Extra Virgin Olive Oil

Competition deste ano. Com uma

acidez de 0,1º, é produzido com

azeitonas das castas Galega,

Cobrançosa e Picual, e alia frescura,

elegância e um frutado intenso.

SAMADI HOUSE OF COOLA Samadi House of Cool é onde o surf, o skate e a moda se misturam com a arte,

onde pode relaxar e comer qualquer

coisa ou então beber apenas um copo,

enquanto assiste à actuação de músicos

e DJ em live act. No seu novo espaço,

na Rua Augusta, pode encontrar uma

grande oferta das melhores marcas

de calçado, roupa, relógios,

headphones, bonés e uma grande

secção dedicada ao skate.

Ao mesmo tempo, pode ainda sentar-se

numa das esplanadas e desfrutar do dia

ou da noite numa das mais bonitas

avenidas de Lisboa. No primeiro piso,

surge a pizaria bar, a zona chill out com

free wi-fi, art exhibition e live DJs.

Neste espaço estão expostas várias

obras de arte de diversos artistas.

A Samadi House of Cool abriu a sua

primeira loja de surf na Costa de Caparica,

em 1987, a Samadi Surf Shop,

e estendeu-se, entretanto, a Lisboa,

com uma loja no Atrium Saldanha,

e à Amadora, no Dolce Vita Tejo.

olharpor si

HELLO KITTY FOR TEENSNeste Natal, surpreenda quem mais gosta e ofereça uns óculos de sol da marca Hello Kitty, um exclusivo Optivisão. É um presenteideal para teenagers que gostam de seguir as tendências e de marcar adiferença. O modelo da marca Hello Kitty apresenta um designarrojado, em vermelho, a cor quente deste Inverno. É um modelo que revela a personalidade forte do segmento teen a que se destina.

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Inverno 2011 5

ANDREIA RODRIGUES É A NOVA CARA DA MOSSA famosa apresentadora do Famashow é a nova aposta da Optivisão. Depois de Isabel Figueira e de Helena Coelho, a Optivisão escolhe Andreia Rodrigues como a nova embaixadorada Moss, completando assim o trio mais sexy e famoso de Portugal. A marca de óculos, exclusiva do Grupo Optivisão, vai apostar, mais uma vez, numa campanha publicitária arrojada,que irá ser fotografada já em Dezembro deste ano. A modelo e apresentadora Andreia Rodrigues promete surpreender com a sua beleza e sensualidade. As armações e os óculos de sol Mosssão peças com design clássico, criadas a pensar em homens e mulheres dos 20 aos 45 anos de idade, com materiais muito leves e modernos, e irão, com certeza, surpreender com a campanha protagonizada por Andreia Rodrigues.

� � ����� �� � � � �� ��� �� � � �� � � �A última novidade da Nespressoem termos de máquinas de café chama-se Latissima+, uma máquina queresponde às exigências de quem gostade apreciar um bom café e é um amantede leite. Uma inovadora tecnologia devapor e a perfeição da espuma de leitesão os renovados argumentos quevão ao encontro da exigência dosapreciadores de um expresso, de um cappuccino ou um de latte.

� �� � � � ����� � � � � �� � �� � �� �A 11.ª versão de coleccionador da Sisleyé a Eau du Soir, uma fragrância de cultocom rasto floral e Chipre. Com notas de cabeça de tangerina e toranja,coração floral de jasmim, ylang ylang,lírio do vale, musgo de carvalho,pimenta e cravinho, termina com umanota de fundo de almíscar e de âmbar.O frasco combina azul abissal compreto, resultando numa decoraçãomisteriosa e aveludada. Está limitadoa 10 mil exemplares para o Mundo.

Page 6: Revista Olhar n.6

Inverno 2011�

REUNIÃO DE FRANQUIADOS OPTIVISÃOO Grupo Optivisão, o maior grupo óptico português, levou os seus franquiadosnuma viagem a Viena de Áustria para realizar a assembleia de franquia. Este encontro anual, que reuniu cerca de 200 dos 270 franquiados da Optivisão, permitiu a partilha de experiências entre todos e ainda um balançoda actividade do grupo, onde foi definida a estratégia publicitária para 2012.

� �� �� �� ���� �� �� � � � �� ������ ����A Giorgio Armani, sempre na vanguarda da utilização de materiais preciosos,especialmente em produtosicónicos, apresenta a colecçãoPrecious Materials (materiaispreciosos). Óculos únicos,exclusivos, trabalhados à mãopor artesãos especialistas,num estilo requintado einconfundível. É o queacontece com os GA 902/S,óculos ultra-femininos eluminosos, graças à estruturaminimal em metal, ou os GA 905/S e os GA 931, onde é usada pele de galuchat.Singulares e exclusivos, osnovos óculos Armani Gold &Horn Edition GA 769/G/V/S,com um estilo aviador,apresentam uma armação emouro de 22 quilates, comcinco mícrones de espessura,ostentando a ponte e osterminais em corno natural,que se caracterizam por umaagradável sensação táctil. As preciosas lentes de vidro,material transparente eimutável ao longo do tempo,são polarizadas para garantira máxima qualidade óptica e uma visão excelente.O logótipo GA está gravadosobre a lente direita e sob o verniz na parte interna dosterminais e a inscrição GiorgioArmani encontra-se gravadasobre a haste esquerda. O modelo está disponívelexclusivamente em dourado,com lentes verde-escuras, e será acompanhado de umestojo em pele muito suave,com um acabamento emcastanho-escuro.

� � � � � � � � � � � � Para este Natal de 2011, a Versace apresenta ummodelo de óculos de sol feminino de ediçãolimitada. Uma iniciativaexclusiva, proposta comoemblema do fascíniorequintado e da elegânciacontemporânea que, desdeas suas origens,caracterizam e distinguem a Maison Versace. O perfildo modelo (VE4224K) em acetato evoca oglamour e o inesquecívelgosto retro, realçado pelasamplas formas da armaçãoe pelos delicados matizesdas lentes. O requintemoderno é evidenciado

pelo detalhe da Medusabanhada a ouro, aplicadasobre uma elegante basede madrepérola. O motivoda Medusa, símbolosofisticado e inconfundívelde Versace, neste modelo, é montado nas dobradiçasdas hastes e retomadocomo elemento decorativopelo botão banhado deouro no estojo dos óculos,uma clutch exclusiva para a noite, fabricada em peleecológica. O modeloencontra-se disponívelnuma paleta de cores queabrangem o preto comlentes pretas dégradées oupolarizadas e a havana comlentes dégradéesmarrons.

��� �� � � �� � ��� �� �� ��As lentes progressivas permitem corrigir a sua visão para longe, intermédio e perto,de uma forma suave e progressiva. Nopassado, esta correcção era aplicada emduas direcções de visão, mas a tecnologianão deixa de surpreender-nos e os novosavanços em lentes permitem traduzir a sua graduação, ponto por ponto, paraconseguir a correcção em todas asdirecções de visão, obtendo como resultadouma visão em alta definição. Hoje, odesenho Hoyalux Summit está disponívelem duas versões: Hoyalux Summit Pro eHoyalux Summit CD. Ambos combinam omáximo conforto visual com um equilíbrioperfeito entre longe e perto. A tecnologiaTrueForm acrescenta a este desenho o maisalto nível de precisão visual para a suaprescrição individual. As lentes HoyaluxSummit TrueForm podem ser fabricadasnuma ampla gama de diferentes materiais,cada um com as suas própriascaracterísticas de qualidade, todos eles levese extremamente cómodos, para além dagarantirem uma visão em alta definição.

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Um dia, o designer Ahmed Zekri recebeu a visita da sua filha no seu atelier deóculos. Ela estava a usar a chupeta e colocou-a à frente de uns óculos e, nessemomento, a ideia germinou na cabeça de Ahmed.A sua filha, como muitas crianças, não suportava os óculos de sol e tirava-os por-que as hastes ou a fita a incomodava. Por isso, Ahmed imaginou uns óculos quepudessem integrar-se na chupeta de maneira a que a sua filha usasse natural-mente os óculos de sol, sem contrariedades, assegurando a máxima protecção.

NASCEU ASSIM O CONCEITO LYTOT.Lytot só está disponível nas ópticas e é distribuído em Portugal pela

OS ÚNICOS ÓCULOS DE SOL CHUPETA

LYTOT

O PRODUTOLytot é uma inovaçãopatenteada.Lytot destina-se a crianças dos 0 aos 36 meses.Divide-se em cinco formas e quatro cores: cristal, rosa, azul e verde.Há dois tamanhos: small, dos 0 aos 12 meses, com tetina 0-6meses, e medium, dos 6 aos 36meses, com tetina 6-18 meses.

A TÉCNICA AO SERVIÇO DACRIANÇA E DO AMBIENTEAs exigências de fabrico da Lytot são superiores às normas em vigor.Para a segurança da criança, a Lytot, passou com sucesso a norma da puericultura EN71-3,que garante um produto sem ftalatos, os quais são autorizadosnas normas dos óculos mas proi-bidos nas normas dos brinquedos.

A TÉCNICA AO SERVIÇO DA CRIANÇA E DO AMBIENTELytot é fabricada em acetato de celulose recortado feito à mão.Este acetato de celulose foidesenvolvido para responder às normas da puericultura.Este acetato de celulose é defonte bio, pois o petróleo nãoentra na sua composição.Os diferentes modelos da Lytotforam especialmente concebidoscom formas suaves, adaptadas à segurança das crianças.Lytot não tem dobradiça o que retira o risco de beliscão.

MANUFACTURINGGarante a origem de fabrico de todos os componentes e compromete-se sobre o made in France, ao publicar a lista dos seus fornecedores que se comprometeram a fabricarno seu país de origem.Criador: Ahmed ZEKRI Oyonnax F-01100Acetato. Fabricante: OptisunOyonnax F-01100. Lentes:Christian Dalloz Sunoptics StClaude F39200. Tetina: PaltifalCorveissiat F-01250. Corte daslentes e aplicação: Oculista LaMouille F-39400. Web Site MBIDortan F-01590

A Lytot responde a duas normas : puericultura e ocular. Estas proporcionam a este produtouma segurança acrescida para as crianças.

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olhara cultura

Inverno 2011

Esculturascom aassinatura deRafael BordaloPinheiro

RETRATOS EM BARROA escultura é uma das facetas menosconhecidas de RafaelBordalo Pinheiro quandocomparada com a suaactividade no campo dacerâmica decorativa eutilitária. Para mostraresta faceta, o museuBordalo Pinheiro(Campo Grande, Lisboa)reuniu um conjunto depeças para dar corpo àexposição Retratos emBarro, que está patenteao público até ao dia 8de Janeiro. O barro é amatéria-prima de eleiçãopara os trabalhosrealizados porencomenda ou poriniciativa própria doartista. Os “retratos” são diversos bustos,muitos dos quais depersonagens anónimas,colocados sobrepeanhas que lhe dão um“estatuto” que tem muitoa ver com a ironia de Bordalo Pinheiro.

DISNEY APOSTA NO 3D A Walt Disney estáapostada em recriar assuas produções deanimação, estando aconverter alguns dosseus maiores êxitos àtecnologia 3D, depoisdo sucesso de O ReiLeão, que lucrou46,179 milhões deeuros nas bilheteirasdos EUA, dezasseteanos após a suaestreia. Este filmechega a Portugal a 22de Dezembro. Em2012, será a vez de A Bela e Monstro, À Procura de Nemo ede A Pequena Sereia.Em 2013, surgirá anova versão deMonstros eCompanhia, agendadapara o mês de Janeiro,algum tempo antes daestreia da nova sequelaque a Pixar está aultimar, sob o nomeMonsters University.

MORTE AO DESIGN!VIVA O DESIGNO Museu do Design eda Moda, MUDE, reuniucerca de cem peças doseu acervo para criar aexposição Morte aoDesign! Viva o Design,que está patente aopúblico até ao dia 15 deJaneiro. É como que umregresso a 1980,quando os herdeirosdos movimentos Anti-Design e Design Radicalda década de 60preconizaram a suacrítica ao racionalismo ea sua cumplicidade como sistema produtivo,aprofundando temasque questionam aprópria definição dedesign e abrindo novoscaminhos queconduziram à exaltaçãodo Experimentalismo.

GERARD CASTELLO-LOPESAparições é o nome da exposição dedicadaa Gérard Castello-Lopes, que pode servisitada no espaçoBES Arte e Finança.Nos anos 50, estefotógrafo foi, a parde Sena da Silva e de Carlos Afonso Dias,uma referência emPortugal,apresentandotrabalhos ao nível do melhor que se faziainternacionalmente.No ano da sua morte,surge esta exposiçãoretrospectiva, quereúne 153 trabalhos,um terço dos quaisinéditos, algumasprovas vintagee também retratosseus tirados poroutros fotógrafos,para já não falar de objectos pessoais,como máquinasfotográficas ou agendas.

ARTE NO MÉXICOO Museu Soumaya é a mais recentecoqueluche cultural dacidade do México, querpela arquitectura do seuedifício, desenhado porFernando Romero, quer pela colecção daFundação Carlos Slim, o multimilionáriocoleccionador de arteque reuniu o maioracervo de Rodin fora de França, para além de notáveis trabalhosde El Greco, Rubens e Brueghel, a par de uma vasta colecçãode arte mexicana,fotografia e até modados séculos XVII ao XX.O espaço estende-sepor seis mil metrosquadrados, divididospor cinco pisos e a entrada é livre.

A Disney está arecuperar os seusmaiores sucessos

Formasdiferentes deolhar o designno MUDE

O museuSoumaya éuma novareferênciacultural

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Inverno 2011 9

GUSTAVO FERNANDESExpõe no CentroCultural Palácio do Egipto, na zonahistórica de Oeiras. De 14 de Janeiro a 18 de Março, o artista apresentaobras de pintura e de esculturarealizadas sob umatemática onde o vinhoé uma constante,honrando a Confrariado Vinho de Carcavelos.Os trabalhos expostosirão mostrarabordagens diferentes,que o artista divide emtrês grupos: O vinho e a mulher, O vinho e amúsica e Monumentosemblemáticos doConcelho de Oeiras e o Vinho. As esculturasserão marcadas por um conceito inovador,surgindo numainstalação que une as temáticas expressasao vidro e à pedra.

ARTE DA GUERRAO Museu ColecçãoBerardo, em co-produção com o Museu do Caramulo,apresenta a exposição A Arte da Guerra,patente ao público até 8 de Fevereiro. A mostra faz umpercurso por mais de duzentas peçasoriginais, como cartazes, panfletos,filmes ou crachás de vários paísesintervenientes numaguerra, como EUA,Alemanha, Inglaterra,França, Itália, Japão ou a ex-União Soviética, mostrando a propaganda sob o enquadramentode forma de arte que ela assumiu e cumprindo o objectivo de umaqualquer outra obra de arte: provocaremoções nas pessoas e mudar o Mundo.

EDUARDO BATARDAEstá patente aopúblico até 26 deFevereiro, naFundação deSerralves, umaexposição de EduardoBatarda, que“apresenta trabalhosantigos, que permitemleituras políticas anti-fascistas,anti-colonialistas eanti-imperialistas, epinturas recentes, quepartilham o mesmohumor dessacralizantee paródico”. Esteconjunto de obras,que vai da década de60 até à actualidade, éuma forma deconhecer melhor ovencedor do GrandePrémio EDP, um dosmais prestigiadosprémios artísticosnacionais.

NATUREZA-MORTANa sequência daexposição realizada em 2010 sob o temaNatureza-Morta, aFundação Gulbenkiantem patente ao público,até 8 de Janeiro, a suasegunda parte, dedicadaà modernidade doséculo XIX e àsinovações do século XX. Sãomostrados trabalhos de pós-impressionistascomo Cézanne, Van Gogh e Gauguin, e a forma como o tema foiabordado por Picasso,Bracque e Matisse, paranão falar na abordagemintrospectiva de Magrittee Dalí. É uma viagem porvários tempos e génerospictóricos, com obrasdos maiores autores que reflectiram sobreeste tema.

ESCULTURAS EM PAPELMais de noventaartistas que marcamdiversas linguagensrelevantes do séculoXX integram umaexposição que estápatente ao público até 5 de Fevereiro em Serralves. É umaviagem peloConstrutivismo, pelaArte Pop, pela ArteConceptual, pelo NovoRealismo, o Fluxus e a Poesia Visual. Na exposição DaPágina para o Espaço:Esculturas de PapelPublicadas,sobressaem esculturassurpreendentes comoo Rato Geométrico, de Claes Oldenburg,as esculturas livros de James Lee Byars, o teatro de marionetasde Gérard Garouste e os chapéus de papelde Robert Filliou ou de Roy Lichtenstein.

Gérard Castello-Lopes(à esq) e GustavoFernandes (em baixo)

Serralves recorda a obra de EduardoBatarda

Natureza- morta dosséculos XIX e XXI naFundaçãoGulbenkian

Esculturas em papelnuma exposição emSerralves l

A propagandana II GuerraMundial éolhada comoforma de arte

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Camisola em malha, € 49,90, Geox. Colar em pedra chifre,prata e fita de seda, € 183, MdeM(www.mdemjewellery.com)Óculos mod. 3081 C3, € 133, Pepe Jeans.

10 Inverno 201110

olhara moda

Page 11: Revista Olhar n.6

ESSENCIAISO tempo frio chegou e, com ele, as cores quentes, as texturas dos tecidos

e as malhas misturadas com a leveza da seda. Juntam-se acessórios sofisticados e obtém-se o look ideal para um passeio a dois.

FOTOGRAFIA DE CARLOS RAMOS. REALIZAÇÃO DE SANDRA NASCIMENTO.

(Ele) Camisola, € 87,70, e calças, € 93,20, ambasRVCA. Óculos mod. 250 C3, € 102, Moss.

(Ela) Vestido malha, € 98,81, Billabong.Carteira Divided it, € 254,Furla. Colar em réplica deâmbar e madeira com fitade seda, € 161, MdeM(www.mdemjewellery.com)Anel, € 4,95, H&M. Óculos mod. 1106 C3, € 133, Pepe Jeans.

Inverno 2011 11

Page 12: Revista Olhar n.6

Sobretudo, € 546,Guess. Relógio, € 129,97, Nixon.Óculos mod. PJ 5056 C3, € 112,Pepe Jeans.

Inverno 201112

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Inverno 2011 13

1. Mod. 24-273 62/18, preço sob consulta, Jawbone. 2. Mod. Graphix3 WBYHD 56/19 130, preço sob consulta, Dior. 3. Mod. Mo360 360 363 09, preço sob consulta, Mormaii.

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Inverno 201114

1. Mod. CD 3219 791 140, preço sob consulta, Dior. 2. Mod. KZ2152 C03 140 53/17, preço sob consulta, Kenzo. 3. Mod.135 22-202 Black, preço sob consulta, Muffler.

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Inverno 2011 15

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Page 16: Revista Olhar n.6

Cardigan emmalha, € 229, e lenço, € 105,ambos Trussardi.Óculos mod. 4108C001, €167, Pepe Jeans 73 .

Page 17: Revista Olhar n.6

17Inverno 2011

(Ele) Blazer, € 533,Trussardi. Camisola, € 47,50, Element. Calçasde ganga escura, € 160,e cachecol em malha, € 123, ambos Trussardi. Óculos mod. 281 C3, € 112, Moss.

(Ela) Camisola, € 52,71,Element. Calças gangaelástica preta, € 206,Trussardi. Luvasvermelhas em pele, € 80, e carteira Piper, € 434, ambas Furla. Colar em pedra chifre e prata com fita de seda,€ 58,23, MdeM(www.mdemjewellery.com)Óculos mod. 244 C5, € 77, Moss.

Assistente de fotografia:Pedro Faria.Maquilhagem e cabelos:Joana Moreira.Modelos: Ana Paula e Edgar Gonçalves (Central Models).

Page 18: Revista Olhar n.6

Inverno 201118

olharo shopping

1. Mod. Ansley PJ 3074 C3, € 133, Pepe Jeans. 2. Mod. Randi PJ7103 C2, € 87, Pepe Jeans.3. Mod. Jude PJ7109 C2, € 112, Pepe Jeans.4. Mod. PJ 2106 633, € 167, Pepe Jeans 73.5. Mod. Gladys PJ7095 C4, € 112, Pepe Jeans.6. Mod. Lila PJ3083 C3, € 133, Pepe Jeans.

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1. Mod. OP281 C3, € 112, Moss.2. Mod. OP255 C3, € 102, Moss.3. Mod. Rodney PJ7106 C2, € 112, Pepe Jeans. 4. Mod. OP259 C1, € 102, Moss.5. Mod. OP254 C3, €102, Moss.6. Mod. Adam PJ1079 C2, € 133, Pepe Jeans.7. Mod. OP217 C1, € 77, Moss.

Page 19: Revista Olhar n.6

Visão em Alta Definição

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Page 20: Revista Olhar n.6

Inverno 201120

olhara saúdeABUSAR DO CHOCOLATENo Natal, parece que os chocolatesnascem nas árvores. E, na verdade,nascem. Sombrinhas, pais natais, sinos,são várias as formas que decoram ospinheiros com cacau. E o stock é de talforma ilimitado que ainda sobrambombons para espalhar sob a toalhanatalícia. E, quando damos por nós, já perdemos a conta aos chocolates que desembrulhámos e alojámosconfortavelmente no estômago. A ira é o sentimento que se segue, mas reajacom calma. O chocolate não é dos piorespecados. Tem benefícios antioxidantes e estimulantes, e é uma boa fonte de magnésio, podendo, por isso, serconsumido com moderação. Em vez dastabletes, prefira as figurinhas, que sãoocas e têm chocolate em menosquantidade. E, para enfeitar a mesa, opte antes pelos frutos secos. Ricos emproteína e gorduras insaturadas, ajudam a controlar o mau colesterol, a regular a pressão arterial e a proteger o coração,sem aumentar o peso, como revela umestudo publicado no British Journal of Nutrition.

EXAGERAR NOS DOCESSe aguardamosdez pessoas parajantar, porqueenfiamos odobro dos bolosno forno? Fazsentido numapastelaria, nãona sua cozinha.

A temperança é a melhor arma paratriturar a gula e recordar as dicas a colar

7 PECADOS DE GULA...

A altura é propensa a “ofensas” nutricionais, mashá truques para limitar osexageros. São pequenasdicas que cabem emqualquer sapatinho e têmum efeito enorme na mesada Consoada. E na balança.

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com íman ao frigorífico: natas, margarinas,farinhas e leites condensados fazem partede uma mistura explosiva que geralmenteexplode… Na zona abdominal. Maiscomplicado é ser simples: prefira as frutasnaturais e as gelatinas. E não faça comida adobrar. Planeie. O menu planner doNational Heart, Lung and Blood Institute,disponível no sitehttp://hp2010.nhlbihin.net, dá uma ajuda.

� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Filhós, rabanadas, azevias. Alguém resiste?Em caso de inevitável resposta negativa,prepare-se para pôr as mãos na massa e aplicar algumas mudanças às receitastradicionais. Prefira as farinhas integrais,leite de soja ou magro em vez de gordo,reduza as quantidades de açúcar e, na altura de polvilhar, volte a diminuir e a compensar com canela. Quanto àsgorduras, o problema está frequentementeno modo como são confeccionadas. A maioria dos óleos vegetais degrada-seem altas temperaturas (superiores a 180ºC), conduzindo à formação de tóxicoscancerígenos. Opte pelo óleo deamendoim, é mais resistente à fritura.Porém, sempre que possível, prefira oforno. A Associação Portuguesa deNutricionistas sugere uma óptima receitade rabanadas no forno, no sitewww.apn.org.pt Não procurar alternativassaudáveis é um caso sério de preguiça quetende a traduzir-se em quilos na balança.

� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �A tradição manda não brindar com água,mas a saúde diz o contrário. Neste jogo de forças, há que encontrar o meio-termo,que, salvo contra-indicações, consiste numou dois copos de vinho. O coraçãoagradece. E a carteira também. Em TheWine Diet, o autor e cardiologista RogerCorder reforça o “segredo” do vinho tinto:composto por flavonóides, que actuam naprevenção das patologias cardiovasculares.Aposte por isso numa boa garrafeira detintos e não fique com inveja dos amigoscom prateleiras bem recheadas de whisky,bebidas destiladas ou champanhe – porser gaseificada através de métodosartificiais, o consumo generoso destabebida pode causar complicaçõesgástricas.

� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �Mais uma vez, aplique o truque infalível damoderação. No lugar de um buffet

abastado de queijos, chouriços, presuntose salpicões, integre também frutas evegetais, e corte, assim, na gordura. Umdos mais recentes estudos conduzidospelos investigadores da Population HealthResearch Institute, da Universidade deMcMaster, em Toronto, no Canadá, sugereque uma dieta rica em fruta e vegetaisreduz o risco cardiovascular, mesmo empessoas geneticamente predispostas aesta patologia. É fácil perder a cabeça comuma tábua de queijos, mas será difícilperder a barriga. Para atenuar a avarezanutricional, opte pelos queijos magros epelo requeijão, sem esquecer de tirar agordura visível do presunto. Pecado porpecado, acompanhe-o com melão ereserve o pão.

� � � � � � � � �� � � � � � � � �� � � � � �À Braz, assadoou gratinado,mas semprecozido no Natal.O bacalhau é orei da Consoadae com toda alógica: É um dos

peixes com mais proteínas e menor teor degordura, é uma excelente fonte de ácidosgordos ómegas 3, que ajudam a baixar osníveis de mau colesterol e a regular apressão arterial, é rico em vitaminas e emminerais, sendo ainda um alimento de fácildigestão. Manter a tradição com um pratode bacalhau à mesa não é vaidade. É, antes de mais, uma questão de orgulho… Nutricional.

� � � � � � � � � � � � � � � � � É possível combinar dieta com bolo-rei.Basta ser criativo. Faça uma pesquisa, vista o avental e altere a receita. O CentroVegetariano (www.centrovegetarinao.org),por exemplo, propõe um bolo-rei vegano(ver caixa). Luxúria não é apresentar umamesa farta em quantidades, é partilharrefeições de qualidade. E quem se preocupacom a saúde, deve dar-se a esse luxo.

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DE OLHOS POSTOS NO NATAL...Alimentos ricos em vitaminas A e C, em carotenóides e bioflavonóides ajudam a manter uma visão saudável e a prevenir doenças como cataratas, degeneraçãomacular ou retinopatia diabética. Inclua ovos (vitamina A), couves (carotenóides e vitamina C) e laranjas (vitamina C e bioflavonóides) na sua ceia de Natal.

BOLO-REI VEGANOIngredientes:100 g de farinha de trigo integral200 g de farinha de trigo40 g de manteiga vegana15 g de fermento de padeiro1,3 dl de leite de soja2 colheres de sopa de malte de trigo30 g de açúcar mascavadofrutos secos q.b. (miolo de nozes,pinhões, amêndoas peladas e avelãs)40 g de passas de uvaleite de soja q.b. (para pincelar)

Preparação:Numa tigela, junte bem todos osingredientes, excepto as passas e osfrutos secos. Amasse bem e depoisdeixe descansar cerca de vinte minutos.De seguida, acrescente os frutos secos eas passas, e forma uma bola com amassa. Deixe repousar mais unsminutos.Depois, forme com a massa uma coroa(um círculo com um buraco no meio) ecoloca num tabuleiro untado epolvilhado com farinha. Pincele o bolocom algumas gotas de leite de soja edecore com mais alguns frutos secos.Leve ao forno cerca de 30 minutos.

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olhara tecnologia

O Global Positioning System, ou GPSpura e simplesmente, como é conhecido,começou por ser uma “arma” secreta dosnorte-americanos nos tempos da GuerraFria, mas, hoje, a sua utilização banalizou--se tanto que está presente em muitosautomóveis e mais ainda em telemóveis,bem como numa infinidade de gadgets.Faz parte da nossa vida quotidiana e não éde estranhar que a União Europeia (UE)pretenda emancipar-se dos EUA,assumindo o controlo de um sistemapróprio para guiar as suas armas e os seusexércitos ou para vendê-lo para fins civis.Esta ideia esteve na origem do projectoGalileo, com início em 2003. Oito anos emuitos milhões de euros depois foilançado, do Centro Espacial da GuianaFrancesa, em Kuru, o primeiro dos trintasatélites que irão permitir à União Europeia(UE) libertar-se da dependência norte--americana ao nível do sistema global denavegação Navstar (GPS) norte-americano.Para os defensores do projecto, foi oprimeiro passo para a emancipaçãoestratégica da Europa e para a afirmaçãoda sua capacidade tecnológica, emboranão deixe de ser algo bizarro que o satélitetenha sido colocado em órbita por umfoguetão Soyuz, tanto mais que a Rússiatambém é um “concorrente” de peso nestaárea, com o seu sistema Glonass.É certo que a Agência Espacial Europeiapoderia ter utilizado um foguetão Ariane 5,mas este foi considerado demasiadogrande para a missão, tanto mais que podetransportar uma carga com um pesovariável entre cinco e dez toneladas, face às2,8 toneladas de carga do Soyus. O acordoacabou por ser vantajoso para ambas aspartes, já que permitiu à UE economizar e,ao mesmo tempo, abrir as portas de Kuru(assente na linha do Equador) à Rússia, o que é uma excelente alternativa em

A União Europeia colocou em órbita o primeiro de uma série de satélites que vãopermitir à Europa libertar-se da dependência norte-americana ao nível do sistemaglobal de navegação (GPS) POR RUI FARIA

GALILEO é o futuro GPS

relação ao centro russo de Baikonur, noCazaquistão, permitindo por si só aumentarem mais 1,1 toneladas a capacidade decarga dos foguetões Soyuz.

FASES DO PROJECTOEste foi apenas um pequeno passo para oGalileo, já que será necessário esperar quea rede de satélites se complete. Agora,resta aguardar que o sistema possacomeçar a funcionar (ainda com muitaslimitações) em 2014, já que apenas em2019 deve ficar totalmente operacional.Mesmo assim, os responsáveis de Bruxelasestão mais do que optimistas, sublinhando,com veemência, o impacto económico doprojecto, calculado em 90 mil milhões deeuros, incluindo neste valor os empregosaltamente qualificados que vai gerar nospróximos vinte anos, período em que sepensa que os produtos e serviçosrelacionados com a navegação por satélitevenham a ter um incremento significativo,passando dos actuais 124 mil para 244 milmilhões de euros em 2020.Contudo, estes números estão longe deafastar vozes críticas, num momento emque a UE em geral e a Zona Euro emparticular atravessam um período deacentuada crise económica, tanto mais queos custos do projecto têm vindo a derraparem virtude do atraso no seu cronogramainicial. Para além disso, também há quemse interrogue sobre a real necessidade doGalileo e quem questione a apetência doinvestimento privado que ele exige no seioda UE, tanto mais que, do budget inicial,avaliado em 3.400 milhões de euros, já sefala que serão necessários pelo menos5.300 milhões de euros até 2020.

CONSTELAÇÃO DE SATÉLITESO projecto Galileo irá ser composto portrinta satélites (27 operacionais e três de

reserva), tecnologicamente mais avançadosdos que os 24 que integram o sistema GPScontrolado pelos EUA. No entanto, estaguerra só agora começou e a Navstarnorte-americana já anunciou que, em2014, vai potenciar o sistema GPS,exactamente na altura em que o Galileopode começar a disponibilizar os seusprimeiros serviços.Esta decisão é tanto mais natural quanto sesabe que o Galileo pode ser mais preciso(erros inferiores a um metro) e maiscompleto em termos de versatilidade,tanto em termos civis, como militares.Este conflito de interesses já começou afazer vítimas e o responsável por umaempresa alemã ligada ao projecto foidespedido depois de ter sido transcrita noWikileaks uma afirmação em que dizia queo Galileo “é uma estupidez ao serviço dosinteresses franceses”. Até pode ser, masninguém esquece que ele permite libertar aEuropa da dependência norte-americana,bem patente em momentos críticos comoas guerras no Kosovo, no Iraque e noAfeganistão quando os militaresamericanos desligaram o sistema GPS anível global.Apesar deste conflito de interessesmilitares e civis, o acordo que deu origemao projecto Galileo afirma acompatibilidade dos serviços em ambas asáreas, o que poderá permitir que, mesmoem caso de conflitos localizados, outilizador comum mantenha o acesso aoserviço sem interferência dos militares,embora essa situação pareça algo utópicapara a maioria dos observadores. Sejacomo for, o simples facto de aconcorrência ter chegado ao universo danavegação por satélite só pode traduzir-senum benefício para quem pretende apenassaber o melhor caminho para as suasdeslocações... l

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olharas pessoas

Hélder Rodrigues é um nome conhecidono mundo das provas de todo-o-terreno eum piloto respeitado no Dakar, a maisimportante prova do calendário. A conquistado título de campeão do mundo,conquistado este ano, foi “um objectivo queeu perseguia desde que participei pelaprimeira vez no Dakar”, começou por referir--nos o piloto. “Desde essa altura, quisdisputar o campeonato do mundo, masnunca tive essa possibilidade, que só surgiuhá três anos. Poderia ter chegado ao títulono ano passado, mas as coisas começarama correr mal com a mecânica da moto logona primeira prova e foi impossível ganhar.”Este ano, tudo correu pelo melhor e “tiveuma óptima temporada”, admitiu-nos HélderRodrigues, que se afirmou “numcampeonato muito variado, onde não sedisputam muitas corridas, mas todas elassão muito duras e extensas”. Para além datécnica do piloto e da aturada preparação

Hélder Rodrigues

física, a moto tem um papel determinante,“porque temos de fazer grandes alteraçõesde corrida para corrida ao nível de afinaçõese especificações do motor, o que exige muitaexperiência, já que os desertos têmcaracterísticas distintas. O Dubai é diferenteda Tunísia e quase se pode dizer que a motoque utilizei na Tunísia não foi a mesma quelevei para a Sardenha, o mesmoacontecendo em relação ao Egipto”.Logo na primeira experiência no Lisboa–Dakar de 2006, Hélder Rodrigues logrou umnono lugar, apesar das dificuldades quesentia ao nível da navegação no meio dodeserto, mas amadureceu e ganhoucompetitividade. “Foi uma evolução normal.Quando entrei pela primeira vez no Dakar,era rápido, fisicamente estava bempreparado, mas não entendia nada dacorrida e não sabia navegar, a situação maisdifícil para quem anda de moto”,reconheceu. “É muito difícil aprender a

Hélder Rodrigues venceu o campeonato do mundo de todo-o-terreno e foi eleito pelopúblico como Atleta Masculino do Ano, na gala de desporto nacional, numa iniciativaonde estavam nomeados diversos campeões, entre os quais Cristiano Ronaldo

Campeão do mundo

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navegar e ninguém o consegue num anoou dois. Senti muitas dificuldades, porque,nas motos, não é a mesma coisa que numcarro, onde o piloto tem um navegadorcom a experiência de muitos anos,conhece o terreno e lê as notas, enquantonós estamos sozinhos.” Mas a dificuldadefoi superada. “Trabalhei muito e, hoje,posso dizer que sei navegar bem, emborapossa cometer alguns erros, como todoscometem”, acrescentou Hélder Rodrigues.Quem vê as imagens do Dakar na televisão,não pode deixar de impressionar-se com avelocidade a que rodam as motos maisrápidas, em terrenos muito difíceis,sabendo-se que os pilotos têm de estaratentos às indicações escritas no cadernode itinerários que está colocado no meio doguiador, o que só é possível “graças àexperiência e a muito treino”, admitiu-nosHélder Rodrigues. “Temos de estar sempremuito concentrados, porque, num só dia,podemos mudar três ou quatro vezes detipo de terreno, e tudo o que está nocaderno de itinerários é importante. Depois,temos de decorar a indicação que lemos,para deixar-nos o máximo de tempo parapoder olhar apenas para a pista. Se nãohouver essa capacidade de memorização,temos de estar sempre a olhar para ocaderno e é impossível andar depressa.”

ESTRATÉGIAS DEFINIDASHélder Rodrigues é, antes de mais, um pilotodeterminado, que fixa objectivos eestabelece uma estratégia para atingi-los.“Sempre fiz isso desde o meu primeiroDakar, quando apontei para chegar ao fim notop 10. Nos últimos anos, sabendo que sourápido e capaz de garantir um bomresultado, tenho decidido não partir muitodepressa nos primeiros dias e, depois, vouaumentando progressivamente o ritmo parachegar aos meus objectivos.”Se os resultados têm sido positivos, nãodeixa de ser uma estratégia de risco, mastem uma justificação. “Não temos tido umaequipa suficientemente grande” paracompetir com os principais pilotos oficiais,mas, “este ano, gostava de começar maisforte desde o início e atacar sempre”,admitiu-nos Hélder Rodrigues, embora tudodependa “dos patrocinadores e dos apoiosque possam dar-me para eu poderconseguir esses objectivos, porque, semreunir todas as condições, é impossível fazermelhor do que fiz no ano passado”.Depois do terceiro lugar conquistado naúltima edição do Dakar, “gostaria muito depoder melhorar, mas, entre esse objectivo ea realidade, há uma grande diferença,porque, neste momento, ainda não tenho asverbas suficientes para poder pensar que

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será possível conseguir chegar mais à frente.Os meus apoios apenas me permitempensar em voltar ao Dakar, mas sãoinsuficientes para poder discutir o que querque seja”. Mesmo assim, Hélder Rodriguesnão quer “baixar os braços” e prometecontinuar a tentar reunir as condições parapoder lutar pela vitória, “porque é para issoque trabalho ao longo do ano”.

PAIXÃO DE CRIANÇAEsta determinação vem de infância e éalimentada por uma grande paixão pelasmotos. “Sempre gostei de motos e, desde osseis anos, sonhava ter uma e, aos oito anos,o meu pai ofereceu-me uma Morinipequenina. Eu não podia andar todos osdias, mas andava nela tantas vezes que, numano, a destruí completamente. Dei cabo dospneus, do motor, de tudo o que se podeimaginar...”, recordou Hélder Rodrigues.“Fiquei um ano sem moto, mas o meu paitinha uma KTM 125 cc, uma moto muitogrande para um miúdo tão pequeno comoeu. Tinha onze nos e andei muito tempo anamorá-la, até que, um dia, como não tinhaforça para empurrá-la, pedi ajuda a umamigo e tirei-a da garagem. Arranjei-a ecomecei a andar nessa moto pelos caminhosperto de minha casa”, recordou-nos o piloto.Aos catorze anos, “um primo que conhecia odono da Moto Belas, o pai de António

Oliveira, o campeão de motocross da altura,falou-lhe de mim e o senhor Salgueiro disse--lhe: ‘Ele que venha cá e, se for bom, ponho--o a correr.’”O teste correu bem. “Estava nervosíssimo,cometi algumas loucuras, mas deram-me a oportunidade de começar a competir.” A carreira desportiva começou da melhormaneira. “Na minha primeira corrida doregional de motocross, garanti o segundolugar”, a mesma posição com que terminouo campeonato. Hélder Rodrigues foicompetindo em motocross, “mas acabei porparar porque não tinha nenhuma equipa,nem grandes condições”.Em 1997, “tinha eu dezoito anos, estava aandar de moto numa pista que tinha junto à minha casa e, no mesmo local, o Dr. PedroBarradas estava a treinar com o filho. Eledesafiou-me para fazer uma corrida deenduro, um sonho que eu tinha desdepequeno, quando via as provas do MiguelFarrajota e do Paulo Marques”. Estaexperiência também foi um sucesso.“Ganhei a corrida disputada na Lousa”,acrescentou-nos Hélder Rodrigues.Foi o início de uma carreira que o levou àconquista do campeonato nacional deenduro, em 1999, “e, até 2006, ganhei todosos campeonatos de enduro”, recordou-nos.Fora de portas, “fui terceiro no campeonatodo mundo de juniores e vice-campeão daEuropa sénior, apesar de não ter ainda idade,e, em 2000, ganhei o mundial de juniores”.Em 2000, já com idade para competir entreos seniores, “comecei a fazer uma carreirainternacional no enduro e, em 2002, tiveuma temporada extraordinária econtrataram-me para a equipa oficial daKTM, onde estive dois anos”. Para um pilotoque chegou ao topo no enduro, o Dakar erao passo seguinte. “Desde 1999 que eupensava no Dakar, mas não era muitonormal para um miúdo dessa idade e,quando estive na KTM, eles nem queriamouvir falar nisso.”A concretização deste sonho também surgeapós o desafio de um amigo. “Estava napista do Pedro Amado, um ex-piloto doDakar, e ele perguntou-me se eu não ia àprova de 2006, tanto mais que a partida erade Lisboa. Ele fez tanta força que eucomecei a tratar das coisas e conseguiureunir as condições para fazer a prova com oBianchi Prata.” Estava lançada uma nova faseda carreira de Hélder Rodrigues, o únicopiloto de motos português que venceu doiscampeonatos do mundo da FederaçãoMundial de Motociclismo.

PARTA À AVENTURAAs motos de todo-o-terreno são umachave capaz de abrir as portas parapequenas grandes aventuras, masimporta não esquecer a segurança.As protecções são tão fundamentaiscomo umas botas ou um capacete.Nas lojas Optivisão, pode encontrarmáscaras Demetz, compatíveis com o capacete, com fivela flexível,mousse termoformada, ecrã esférico simples em policarbonato,para além de permitirem a correcção visual com o kit Opticob.

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olharclínico

Saiba mais sobrelentes de contactoAs lentes de contacto são uma excelente alternativa ao uso de óculos,mas há muitos aspectos que devem ser ponderados antes e depoisde assumir a sua utilização, como nos referiu o optometristaHenrique Nascimento POR RUI FARIA

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As lentes de contacto são umasolução ou apenas uma vaidade?Podem ser uma solução ou uma vaidade,mas podem dar ambas as respostas.

Onde está a solução e onde começaa questão da vaidade?A solução surge em determinados casosonde a melhor resolução para garantir acompensação óptica passa pela adaptaçãode uma lente de contacto e a pessoa temmais benefícios em usar lentes de contactodo que óculos; mas posso admitir que assituações em que o uso de lentes decontacto é uma mais-valia pode rondar os30% e o restante passa por questõesestéticas e pelo amor próprio de cada um.

A evolução das lentes de contactotem sido grande. O que é querealmente mudou?Quase posso dizer que, hoje, é demasiadofácil para qualquer pessoa usar lentes decontacto. A evolução foi tão grande que,actualmente, estão disponíveis produtosque, há cerca de quinze anos, seriamimpensáveis. A evolução do conceito daslentes descartáveis, por exemplo, permitiuuma massificação e essa situação exigecuidados, porque se criou a ideia errada deque um tipo de lentes de contacto podeservir para todos os casos, o que não ébem assim. Os olhos diferem muito depessoa para pessoa, o que exige umaadequação correcta e personalizada, quedeve ser feita por um optometrista, já que éuma questão muito importante para dar amelhor resposta em termos da saúdeocular.

Como é que um indivíduo pode saberse pode, ou deve, usar lentes decontacto?Essa uma questão muito importante,porque o uso de lentes de contacto deveser sempre antecedido por uma consulta

de um técnico especializado, seja ele um optometrista ou um oftalmologista, pois só elespodem responder correctamente a essa pergunta. Embora, na maioria dos casos, aspessoas possam ou devam recorrer a lentes de contacto, também há casos em que nãopodem ou não o devem fazer, pelo que só exames específicos é que podem darrespostas correctas. Para além disso, quem usa lentes de contacto deve ser sempreacompanhado, porque eu posso colocar umas lentes numa pessoa e a adaptação atépode ser fácil, mas, com o passar do tempo, essa lente pode vir a criar algum problema,pelo que a monitorização regular é fundamental. É por isso que lamento que, no nossopaís, não haja nenhum tipo de legislação sobre a utilização de lentes de contacto, umproblema que é muito mais abrangente, tanto mais que, hoje, até é possível comprarmedicamentos pela Internet.

Que passos devem seguir-se quando se equaciona a hipótese de usar lentesde contacto?Se essa pessoa já usa óculos, está farta deles e quer passar a usar lentes de contacto,deve começar por fazer uma consulta com um especialista, que lhe dará a resposta sobreas vantagens ou os inconvenientes que podem surgir com o uso das lentes de contacto.Tanto os optometristas como os oftalmologistas são as únicas pessoas com capacidadepara fazer essa avaliação, bastando dizer que um dos grandes campos da optometriapassa pelo estudo da aplicação de lentes de contacto, o que nos dá uma vastainformação sobre a utilização e as implicações que os diversos tipos de lentes decontacto podem ter em termos da saúde ocular.

A proliferação de tipos de lentes de contacto é uma realidade...É verdade, mas o que a maioria das pessoas desconhece é que, apesar de haver umagrande oferta de lentes descartáveis, na maior parte dos casos, as principaiscaracterísticas dessas lentes são exactamente iguais. Por isso, o problema não passa porsaber se devemos adoptar a lente A ou a lente B, mas sim escolher a lente que podebeneficiar o utilizador. Não é uma questão de qualidade dos produtos, porque essa estágarantida pela aprovação de organismos como a FDA norte-americana, ou até dageometria das lentes; a principal questão é saber se elas vão resolver os problemas, jáque eles são muito variados. Temos de atender ao facto de saber se há falta de lágrima ese essas lentes podem ser prejudiciais ou não, se a lágrima não tem qualidade, se háalgum keratoconus (desordem degenerativa) e se há ou não vantagem no uso das lentes.Há muitas coisas que dever ser estudadas em cada caso.

A utilização diária das lentes está muito associada aos ambientes em quevivemos. O ar condicionado, o tabaco e a poluição exigem cuidadosespecíficos?Esse tipo de ambientes é muito negativo para quem usa lentes de contacto e a lágrima émuito importante, tendo duas vertentes: a quantidade de lágrima produzida é tãorelevante como a sua qualidade, já que há pessoas que têm uma boa produção delágrima, mas a sua qualidade, em termos aquoso e lipídico (o que garante a lubrificaçãodo olho e até a sua capacidade para não se evaporar rapidamente), pode não sersuficiente. Há muitos parâmetros importantes a este nível, porque é a lágrima que garantea protecção do olho ao corpo estranho que é a lente de contacto e, se ela não actuar deforma eficaz, vão surgir problemas a médio ou a longo prazo.

Quais são os grandes cuidados de um utilizador de lentes de contacto?Para além da consulta com o especialista determinar, havendo vantagens na utilização daslentes, qual o tipo que deve ser escolhido nos dois grandes grupos (rígidas oudescartáveis), ele também pode indicar os principais cuidados que devem serobservados, que passa pelas soluções de limpeza, e o tempo de utilização que deve terdas lentes ao longo do dia, respeitando os períodos de descanso indicados para cadapessoa, já que eles são muito variáveis. É muito importante que cada um cumpra asindicações individuais que lhes são dadas, já que há situações que se podem tornardramáticas. Há pessoas que usam água para poupar no líquido de manutenção, nãosubstituem periodicamente os estojos onde guardam as lentes ou não os limpam deforma adequada, e esses casos são focos de instabilidade para a saúde ocular. l

Ideal para um estilo de vida actual: muitas horas de uso, ambientes secos e lágrimas com pouca qualidade. São ainda ideais para pacientes comintolerância às soluções de manutenção e tem uma excelente manipulação e comodidade ao longo do dia.

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olhara actualidade

SMARTPHONEUM ASSISTENTE PESSOAL AO SEU SERVIÇO

Quem disse que, num “dia de loucos”, não consegue gerir, sem problemas, a sua vida profissional e resolverproblemas pessoais? Só tem mesmo de ter à mão um smartphone POR SUSANA ESTEVES (SHIFT DIGITAL)

Nos primeiros três meses deste ano,foram vendidos, em Portugal, 1,36 milhõesde telefones móveis. Porém, “falar aotelefone” é, talvez, das coisas que as pessoas,hoje, menos fazem. Como se justifica, então,este número, especialmente numa altura decontracção económica?Os tradicionais telemóveis há muito quedeixaram de ser exclusivamenteequipamentos usados para fazer chamadasde voz. Hoje em dia, são ferramentas detrabalho, acessórios de moda, objectos que

traduzem status, autênticos sistemas de chat,máquinas fotográficas, câmaras de filmar,leitores de música… Quaseminicomputadores que ajudam osconsumidores a gerir tanto a sua vidaprofissional, como a pessoal.Contudo, nem só de iPhones e deequipamentos que custam mais dequinhentos euros vive o mercado. Com maisou menos funcionalidades, maior ou menorqualidade, existem smartphones para todosos bolsos à venda em qualquer espaço

comercial. E, se estes não trouxerem deorigem tudo aquilo de que precisa (e nãoprecisa), as lojas on-line de aplicaçõescolocam à disposição um sem-número desoluções de software para todos os gostos.Basta clicar e instalar, uma vez que existemmilhares de aplicações totalmente gratuitasque fazem de tudo um pouco. Hoje em dia,qualquer pessoa que possua umsmartphone, ou um tablet, poderá gerirtotalmente a sua vida, independentementedo local onde se encontra. Não acredita?

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Acordar com a voz “quente” de MichaelBubble ao ouvido dá outro ritmo ao nossodia. Para além de poder acordar com amúsica de que mais gosto, a aplicaçãoDespertador Extreme permite definirquanto tempo quero que o despertadortoque e a intensidade do volume (que podeser crescente). Para além disso, já nempreciso de andar à pesca do botão dedesligar, basta pegar no telefone e agitá-lopara ele parar de tocar. Maravilhas datecnologia.

É hora da corrida matinal. Os afazeres são muitos, mas, para omomento saudável do dia, tem de haversempre tempo. O telefone vai atrás, não só porque tenho de manter-mesempre contactável, mas também porque é o meu personal trainer e leitor de MP3. A aplicação Nike + GPS ajuda-me a contaros quilómetros percorridos e também a traçar o trajecto no mapa, a contar ascalorias perdidas e a controlar o meu ritmo cardíaco.

A caminho de uma reunião importantíssimacom um cliente, o carro simplesmente párana auto-estrada. Mecânica não é o meuforte. Pego no telefone, acedo à aplicaçãoiBrisa e envio um pedido de SOS.Enquanto espero pela equipa de apoio,aproveito e, uma vez que tenho a aplicaçãoaberta, marco a inspecção do meu carro naControlauto. Dois ou três cliques é osuficiente. Menos um problema para resolver.

Carro funcional, mas reunião perdida.Através da aplicação VTok – Google Talk, entro em videoconferênciacom o cliente. A reunião decorre semproblemas. Os documentos necessáriospara levar para o congresso de hoje, em Madrid, são-me enviados por e-mail. São precisas algumasalterações, mas nada que não possa serfeito através do Quick Office Pro que tenho instalado no telefone.Este software permite não só acedere ler todo o tipo de documentos do Office, como também editá-los.

Já em casa, uma visita à aplicação doContinente Chef On-line dá-me logo umaideia do que posso fazer para almoçar.Cozinhar não é o meu forte, mas estaaplicação mostra, passo-a-passo, emvídeo, o que tenho que fazer.

Através da aplicação Páginas Amarelas,encontro o número dos táxis. A caminho doaeroporto, aproveitei para pagar o telemóvel,a conta da água e para fazer umatransferência bancária através do MB Phone,a aplicação que disponibiliza no telefonetodos os serviços de uma caixa multibanco.

Acedo à aplicação da TAP para confirmar aporta e o terminal de embarque. Há muitoque viajo sem bilhete físico. O bilhete estáno smartphone e a única coisa que tenhode fazer é passar na porta de embarquecom ele.

A minutos de fazer a apresentação numcongresso em Madrid, a pen drive deixa defuncionar. No smartphone, vou à minhaconta na Dropbox e retiro o powerpointque tinha preparado.

Porque o roaming está caro, aproveitei arede wi-fi para contactar com a família e osamigos sem pagar um cêntimo. Telefoneiatravés do Skype e do Viber, e acedi aoWhatsApp Messenger para enviar a algunsfamiliares umas fotografias e vídeos deMadrid, conversar por chat com uma amigae mandar um recado de voz a um colega detrabalho. Tudo, de forma fácil, rápida egratuita. Enquanto espero pelo avião, vejoum filme no telefone.

De regresso a Lisboa, pego no smartphonee dou um “salto” à Telepizza. A piza estáencomendada e vai chegar a casa à horacombinada. A aplicação Farmácias dePortugal diz-me, com base na minhalocalização, qual a farmácia de serviço maisperto. Como a localização é mostrada nomapa, é só seguir as indicações. Já no táxi,a caminho de casa, aproveito para fazerumas compras de última hora no Jumbo.

Antes de adormecer, agendo uma série detarefas e lembretes para o dia seguinte,aproveito para marcar uma consulta atravésdo site do hospital e para ler um livroatravés da aplicação iBooks.

Este é apenas um exemplo do quepodemos fazer com um smartphone. O universo das aplicações móveis évastíssimo e incluiu muitas opções para a área de jogos, entretenimento emultimédia que nem mencionámos.

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Nota: Este texto foi feito com base nossistemas iOS e Android.

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A irreverência e o inconformismo marcaram a vida de Steve Jobs. É certo que ficou parasempre conotado com o sucesso e o seu nome surge misturado com os dos grandespioneiros da era digital, destacando-se como um protagonista da indústria contemporânea eda economia deste milénio. No entanto, a sua história tinha todos os ingredientes paraacabar mal.Nascido de uma relação entre um sírio e uma norte-americana, foi adoptado por Paul Jobs epela sua mulher, Clara, logo após o nascimento (São Francisco, 24 de Abril de 1955). Em1972, entrou para um colégio, que abandonou alguns meses depois. A sua grande paixão eraa Informática, tendo pirateado cabines telefónicas públicas para falar em rede com osamigos. Em 1974, ingressou na Atari, de Nolan Bushnell (outro grande nome da tecnologia),onde conheceu Steve Wozniak, que começou por tornar-se num amigo e, mais tarde, numsócio. Ambos trabalharam na lógica do Breakout (um videojogo de sucesso) e ambos saíramem 1976, para fundar uma empresa cujo nome Steve Jobs foi buscar a uma canção dosBeatles: Apple. Um ano depois, lançaram o primeiro produto Apple, ganharam o primeiromilhão de dólares e, graças ao sucesso de outras versões da mesma plataforma, a Applepassou a estar cotada na bolsa.Nos anos 80, a empresa decidiu ir mais longe ao nível da facilidade de utilização e apostaforte num novo produto informático, simples e lógico para o utilizador. Surgiu o Lisa, um novocomputador que Jobs terá baptizado com o nome de uma filha que não quisera assumirapós o nascimento. Tão eficaz como caro, o Apple Lisa não se afirmou no mercado, maslançou a sementes para o Macintosh, que viria a afirmar-se por apostar mais na facilidade deutilização do que nos conhecimentos informáticos dos seus utilizadores. O Mac foi umsucesso comercial, tanto mais que passou a propor várias e interessantes aplicações,embora esse sucesso não lhe permitisse ultrapassar os gigantes do sector, o que só veio aacontecer quando propôs o primeiro sistema operativo Wimp. Nessa altura, deixou de serolhada como uma marca de nicho. O crescimento rápido provocou uma revolução naempresa. Wozniak abandonou a Apple e John Sculley, que assumira o cargo deadministrador delegado, afastou Steve Jobs, acusando-o da responsabilidade pela quebranas vendas.O despedimento acabou por ser uma nova oportunidade e Steve Jobs criou a NeXT, com oobjectivo de desenvolver um computador topo de gama para aplicações profissionais.Apesar de o novo produto contar com leitores ópticos e CD-Rom, enquanto os concorrentesainda utilizavam disquetes de cinco polegadas, Steve Jobs não conseguiu bater acompatibilidade dos PC nem o seu preço muito mais reduzido. Apesar do flop, este trabalhoacabou por dar resultados, tendo sido como a antecipação do sistema MacOs X.Em 1986, Steve Jobs deu uma volta à vida. Comprou a Pixar à Lucasfilms, assumindo aempresa que produzia filmes de animação digital e, numa década, revolucionou o cinema,

Os óculos redondos marcaram a imagem de Steve Jobs,um visionário que inovou com produtos que alteraram a indústria e modificaram os hábitos das pessoas, apesar da sua imagem ter estado sempre próxima da de uma estrela do rock. POR RUI FARIA

ÍCONE DA ERA DIGITALSTEVE JOBS

introduzindo no mercado a banda desenhadaelectrónica com o sucesso que teve o filme Toy Story, em 1995.

REGRESSO À APPLEEnquanto isto, os negócios da Apple nãocorriam pelo melhor. Steve Jobs vendeu a Pixarà Disney e regressou para reconquistar ocontrolo da empresa, utilizando o sistemaoperativo NeXT para revolucionar os produtosMac, ao mesmo tempo que recriou o conceitodo computador portátil e revolucionou a ofertae o design. O boom comercial foi assinalável,tendo sido marcante a adopção do sistemaMacOs X em 2001. Surge depois o grandeícone digital do século XXI, o iPod, quecomeçou por ser um mero reprodutor demúsica digital para tornar-se num instrumentoque revolucionou a indústria da música, quepassou a ser distribuída via Internet, algo queculminou em 2010 com a entrada dos Beatlesno catálogo da iTunes, terminando comdécadas de litígio entre a Apple Computer e aApple Records, que discutiram, desde sempre,a propriedade do nome.Em 2007 a Apple deixou de ser apenas umprodutor de computadores e, depois dosucesso do iPod, surgiu o iPhone, que, apesardo seu preço, bateu recordes de vendas,passando a ser um objecto de culto.Durante toda esta revolução, o estado desaúde de Steve Jobs foi-se deteriorando e, em2009, recebeu um transplante de fígado. TimCook assumiu a gestão da Apple, mas, no iníciode 2010, Steve Jobs voltou a subir ao palcopara apresentar um novo produto. Quandomostrou o iPad, Steve Jobs citou Mark Twain,“as indiscrições sobre a minha morte sãoclaramente exageradas”, disse. O sucesso doiPad foi imediato e os lucros das aplicaçõesvendidas nas Apple store foram tremendos.Em Março deste ano, Steve Jobs voltou asurpreender o Mundo com a apresentação doiPad 2, mas, desta vez, não falou da sua saúde.No dia 25 de Agosto, escreveu uma carta dedespedida a todos os funcionários da Apple e acabou por morrer no dia 5 de Outubro de 2011, em Palo Alto, na Califórnia. l

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olharo grupo

Optivisão fez a festaA esplanada do Coconuts,virada para o mar, às portasde Cascais, num fim detarde magnífico que seprolongou por uma noiteaprazível, foi o cenário paraum desfile que serviu paramostrar as novas colecçõesde óculos de Pepe Jeans,Hello Kitty e Moss, e mostraras tendências de moda comas assinaturas Pepe Jeans e Hello Kitty. Para todos os presentes, foi uma noiteque ficará na memória...

Pepe Jeans

Ambiente Carl Zeiss

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Moss

Pepe Jeans

Moss

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AndreiaRodriguesescolhe osseus óculosMoss

Hello Kitty

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O que traz sempre na carteira?“O meu telemóvel, os meusóculos de sol e hidratantepara os lábios.”Nunca sai de casasem...“Os meus telemóveis.”Uma peça favorita danova estação:“Uma mala estilo dandy.”Qual a cor que nãopassa de moda?“Há muitas, por exemplo, o preto, o castanho...”Essencial para os olhos:“Uns bons óculos de sol.”Sinónimos de sexy:“Acho que uma mulher sexyé também uma mulher quesabe estar, que se produzcom cuidado e semexcessos. Uma mulher sexyé uma mulher que tematitude. Para mim, a sensualidade está, e muito, na inteligência deuma mulher. Para terminar,

tenho de falar do olhar... Há olhares fortíssimos e isso é sexy.”Um defeito:“A falta de paciência e aurgência com que vivo ascoisas... Mas estou bemmelhor.”Uma vaidade:“Não sou muito vaidosa. Noentanto, gosto de vestir-mebem. Porém, aquilo que medeixa mais vaidosa é, semdúvida, o meu trabalho.Apesar de estar conscientede que tenho muitíssimoque aprender, tenhoorgulho no que faço.”Qual foi o melhorpresente que recebeu?“Não foi só um. [Risos]Acima de tudo, foramespeciais, mas gostei muitode um relógio.”Qual a sua últimacompra?“Um perfume.”Na mesa de cabeceira...

“O meu telemóvel, que serve de despertador, e um livro.”Qual a sua últimaviagem?“Nova Iorque.”Drama, comédia ou musical?“Drama e comédia... Mas adoro música.”Gostava de trabalhar com...“Com quem trabalho.”O carro de sonho:“O meu. Tenho um BMW.”Um destino perfeito:“Rio de Janeiro, Austrália...”Nos tempos livres...“Ginásio, ler, ver televisão e, às vezes, gosto de não fazer nada. [Risos] Isto porque é raro ter tempo livre.”Andreia rima com...“Ideia. Ando sempre cheia de ideias.” l

Eu sou assim...

Últimaviagem:NovaIorque.

olhar indiscreto

Os segredos de Andreia Rodrigues revelados na primeira pessoa...

O carro de sonho:O meu, tenho um BMW.

Nos tempos livres:Ginásio

Destinoperfeito:

Rio de Janeiro,Australia

Peça favorita:Mala estilo Dandy

O melhor presenteque recebeu: Um relógio

Cor que não passade moda: Castanho

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As vias cicláveis estão a crescer umpouco por todo o país e particularmenteem Lisboa, onde se vêem algumas pessoasas deslocar-se de bicicleta, para já não falarde muitos que aproveitam o fim-de--semana para fazer exercício. No entanto,para quem não tem bicicleta, há alternativascuriosas que permitem um passeiodiferente ou ver a cidade numa perspectivacompletamente nova.A Rent a Fun é uma empresa sedeada novelho Bairro de Alfama (na Rua Cais deSantarém) que propõe o aluguer debicicletas convencionais, mas tambémequipadas com um pequeno motoreléctrico, capaz de ajudar os menosmusculados a escalar as sete colinas dacidade sem a exigência física de um“prémio da montanha” na Volta a Portugal...Esta empresa, criada por gente jovem eactiva, permite o aluguer das suas bicicletaspor meio-dia ou durante o dia inteiro, mastambém disponibiliza guias para passeiosque permitem (re)visitar locais mais ou

menos esquecidos de Lisboa.O programa Go 7Hills propõe a visita àssete colinas e subir ao Miradouro doSenhor do Monte (Graça), passar pelo Torele pela Penha de França, para espreitar oMiradouro do Monte Agudo, acabando porser mais fácil do que parece, mesmo paraquem pensa que já não tem “canetas” paraestas andanças. As propostas são muitomais variadas e permitem passear porLisboa à noite ou atravessar o Tejo numvelho cacilheiro para ver o belo panoramade Lisboa na margem sul do rio. Emqualquer dos casos, os guias estãopresentes para ajudar e para marcar oritmo mais adequado a cada grupo, quepode sempre escolher um local pararetemperar forças, como uma esplanada,ou até para almoçar num restauranterecomendado.

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DESAFIO EM 2 RODASAs bicicletas estão de volta ao nossodia-a-dia e podem ser uma forma aliciante de passar um dia diferente emfamília ou em companhia dos amigos. É esta a proposta da Rent a Fun...

OUTRAS ALTERNATIVASLisboa está muito longe de ser a única cidade portuguesa ondepode encontrar bicicletaseléctricas para alugar.Experimente ir ao Google e fazeruma busca por “aluguer debicicletas eléctricas + o destinopretendido” e ficará surpreendidocom a quantidade de respostasque vai encontrar. Por isso, seriaexaustivo fazer uma lista de todasas possibilidades, embora sejacurioso destacar que, em Sintra,na Torre do Relógio, pode alugaruma bicicleta por trinta euros, o que dá ainda direito a entradanos parques de Monserrate,Capuchos e Pena e no Castelodos Mouros. Em Águeda, esteserviço é assegurado pela câmaramunicipal e o preço é de apenasdois euros para um seguro de acidentes pessoais.

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olharo horizonte

REGRESSOÀ BELLE ÉPOQUEO Vidago Palace Hotel é um local ideal para namorar, descansar e retemperar forças, num ambiente que nos remete para o glamour feitodo bom gosto e de requinte que marcaram os anos loucos da Belle Époque... POR RUI FARIA

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O Vidago Palace Hotel tem tudo paraencantar. Quem chega, é imediatamenteconquistado pela monumentalidade de umedifício cujas origens remontam ao traçoinicial do arquitecto Ventura Terra, figuramarcante do início do século XX. A grandiosidade do projecto é tão cativantehoje como o foi no tempo do Rei D. Carlos,o soberano que nunca chegou a visitar o Palace por ter sido assassinado a 1 de Fevereiro de 1908. Curiosamente, a inauguração ocorre a 6 de Outubro de1910, no dia seguinte à Implantação daRepública, o que não impediu que o hotel setenha afirmado como destino de eleiçãopara a aristocracia portuguesa e estrangeira.Um relato da época, publicado na IlustraçãoPortuguesa, referia que «havia, em cadaandar, uma secção de banhos de imersão e duche. Além disso, não há sala ou quarto,na enorme vastidão do edifício, que nãotenha telefone, comunicando com a central,que fazia as ligações, com o pessoal da casaou qualquer outra sala ou outro quarto. Ostelefones, representando uma inovação noshotéis portugueses, constituem umararidade mesmo em hotéis no estrangeiro».Porém, o Palace não sobreviveu à erosão dotempo. Foi perdendo brilho e clientes nosanos 60, enquanto envelhecia e se

degradava ao mesmo ritmo em quecresciam os cedros, os plátanos, ospinheiros e os azevinhos que se espalhampelo vasto parque que se estende por dezhectares. O bosque foi-se transformandono esconderijo para o vetusto Palace, queparecia ter uma morte anunciada, massempre adiada. Chegou aos cem anos e o centenário ofereceu-lhe a salvação. A UNICER tomou conta do espaço eapostou na recuperação de uma jóia queparecia perdida. Neste contexto, surgiuGrace Leo, a quem foi colocado o desafiode salvar o moribundo. A fundadora da GLAHotels (projectam e gerem hotéis de luxopor todo o Mundo) apercebeu-se dascaracterísticas de um projecto quasemístico, que caracterizou com um conto de fadas onde cabia “ao príncipe despertar a bela adormecida”.Tal como acontece nos contos de fadas, o final acabou por ser feliz, mas, para que taltenha acontecido, foi necessário recorrer avários “príncipes” para acordar a “belaadormecida”. Para a recuperação de umedifício que evoca o nome de Ventura Terra,não poderia haver melhor alternativa do que Siza Vieira, que também assumiu o projecto do novo spa. A decoração dosinteriores foi entregue aos arquitectos José

O aspecto majestoso do Palace tem umacorrespondência naturalno seu interior. As fontes do parque (em cima) parecem casas dos “sete anões”

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olharo horizonte

Pedro Lopes Vieira e Diogo Rosa Lã, que,sendo fiéis ao espírito Belle Époque doedifício, restauraram os soalhos commadeiras iguais às originais, preservaram amagnífica escada monumental em madeiraque marca o lobby, cobrindo-a comrequintados tapetes de Beiriz (tecidos deacordo com os desenhos da época os quaisforam recuperados na tecelagem),recorreram a madeiras raras, como o pau-rosa, para realizarem algumas peças demobiliário e adquiriram inúmerasantiguidades.As madeiras exóticas, as tapeçarias e omobiliário garantem o conforto doshóspedes, da mesma forma que omármore e a elegância dos grandesespaços comuns nos transportam para oglamour do passado, como acontece nasala dos pequenos-almoços, onde a belezado piso de mármore e a beleza doscandeeiros venezianos nos deixam semsaber para onde olhar primeiro, para já nãofalar na elegância das pastilhas Fantini quedecoram a ala direita, ou a exclusividadedos papéis de parede De Gournay, pintadosà mão. O cuidado com o detalhe ésublimado na Sala das Quatro Estações, umdos mais belos espaços comuns, onde ailuminação faz com que este hotel seja tãoacolhedor, como luxuoso.

Espaços comuns não faltam. Vale a penapassar pelo bar do hotel (também há baresno spa e no golfe), onde há publicações emquase todas as línguas, desfrutar daesplanada (se o tempo permitir) e nãoperder o restaurante onde “oficia” o chefbasco Jesu Sedano-Martin (passou pelofamoso Ivy em Londres e pelo EurostarsMadrid Tower Hotel). As propostas do cheftêm um carácter mediterrânico e aoriginalidade de pratos como as vieirasgrelhadas com alheira de Mirandela, feijão -verde, pó de laranja e alecrim, ou o polvoassado com rúcula e avelãs torradas deveser saboreada.A intimidade dos quartos é feita de espaço,cor, conforto e requinte, sublinhado pelastapeçarias de Beiriz. As chaises-longues sãoconvidativas e as casas de banho, enormes.Todos os quartos têm vista para o bosque,mas não há melhor do que aqueles que têmacesso directo ao parque.O bosque que cerca o Palace mais parece oreino da Branca de Neve. Nesta época doano, o dourado dos plátanos centenárioscontrasta com o verde dos majestosospinheiros e as folhas atapetam os caminhosda “floresta” onde as edificações das fontesao estilo Belle Époque quase fazem lembrara casa dos sete anões. O espaço é tantoque convida a passear sem rumo nem

A grande sala dorestaurante foi um pontode encontro para grandesnomes nos loucos anos20. Foi um local onde era importante “ser visto”.nos anos 50/60. Hoje, é um local de refêrencia no hotel (à direita).Chaves é uma cidade onde é impossívelesquecer as memórias do passado (em baixo).

ONDE COMERVidago Palace HotelO restaurante do hotel tem um códigopara o vestuário, mas, apesar doscuidados com a etiqueta, vale a penadesfrutar das iguarias do chef bascoJesu Sodano-Martin, que alia acriatividade da cozinha contemporâneacom sabores tipicamentetransmontanos.

ADEGA DO FAUSTINOTravessa do Olival, ChavesTel. 276 322 142Encerra ao domingo.Já foi uma verdadeira adega e os tonéisque ainda lá permanecem recordamoutros tempos. Hoje, é uma referênciana gastronomia regional, onde há maisopções para entradas do que o estômago será capaz de conter. Para além disso, vale a pena provar odelicioso bacalhau assado ou os pratoscom base na deliciosa vitela barrosã.

CASA DE SOUTO VELHOEN 311, Praia de Vidago, ChavesTel. 276 999 250É melhor reservar.É o reino de D.ª Eufrásia, que alia afrescura dos legumes que chegamdirectamente da horta a ingredientescom sabores que já se perderam nasgrandes cidades. A cozinha é regional,mas as propostas tão apelativas como o galo com míscaros ou o arroz de pica-no-chão (cabidela).

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direcção, ao ritmo do romance ou da amenacavaqueira. Só as aves quebram o silêncio do vale entre montes, onde, em 1936, foi construído um campo de golfede nove buracos com a assinatura de RossMacKenzie. A renovação do Palace dilatou o campo que, hoje, conta com dezoitoburacos de beleza ímpar. Para os amantesdo jogo, o percurso é imperdível e, depoisde um jogo, não há nada melhor do queuma passagem pelo spa, que propõe osmais diversos tratamentos com a assinaturaAromatheraphy and Associates e MCCMMedical and Cosmetics.Mais de um século depois de o Palace terconquistado os redactores da IlustraçãoPortuguesa, o novo Palace caiu no goto dos jornalistas da revista norte-americanaTraveller, propriedade da Condé Nast, que o colocou na sua hot list.

FORA DE MUROSChaves está a dois passos. Os romanosdesfrutaram das suas águas termais echamaram-lhe Aquae Flaviae. Terra rica emouro, foi conquistada por suevos, visigodose mouros antes da fundação danacionalidade. A ponte romana que cruza oRio Tâmega foi construída nos tempos doImperador Trajano (100 d.C.) e continua a dar acesso a uma cidade onde a Praça de Camões é o epicentro da zona histórica ea sua torre, do século XIV, é a únicarecordação do castelo de D. Nuno ÁlvaresPereira, a quem D. João I deu “as Chaves donorte”. Vale a pena conhecer a Igreja Matriz,com o seu belo portal românico, ou visitar o palácio dos Duques de Bragança, ondefunciona o pequeno museu da regiãoflaviense. Nas instalações termais, ficam as nascentes das águas mais quentes da Europa, que saem, borbulhantes, da terra a mais de 70º C.Chaves é uma terra onde se come bem e os seus presuntos gozam de uma famaperfeitamente justificada. Depois de um bom almoço, vale a pena partir à descoberta dos arredores numa paisagemfeita de verde e marcada pelo rumor dosriachos que correm a caminho do Tâmega.Para noroeste, fica o curioso Penedo do Outeiro, um megálito com cerca de cinquenta metros de comprido, cheio de símbolos celtas, cujo significado é desconhecido. Perto de Bolideira, outra grande pedra, esta, partida ao meio,tem a curiosidade de oscilar ao maispequeno empurrão, apesar das suasgrandes dimensões. l

COMO IRVidago está a quinze quilómetros deChaves, a 45 quilómetros de Vila Real, a 140 quilómetros do Porto e a 460quilómetros de Lisboa Os principaisacessos rodoviários são:Do PortoA4/IP4 até Vila Real/EN2 em direcção a Chaves. Ou A7 até Vila Pouca de Aguiar e A24 em direcção a VidagoDe LisboaA1 até ao Porto; A4/IP4 até Vila Real/EN2em direcção a Vidago. Ou A1 até à saídade Viseu; IP3/A24 em direcção a Vidago.

ONDE FICARVidago Palace HotelParque de VidagoTel. 276 990 920www.vidagopalace.comSão setenta quartos num ambiente derequinte num “palácio” cujo restaurorondou os 48 milhões de euros. Contacom um restaurante, bares, spa, piscinasinterior e exterior, campo de golfe comuma elegante club house, onde tambémsão servidos almoços.

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Localizado a cerca de uma hora do Porto e a quinze minu-tos de Chaves, este emblemático hotel abriu pela primeiravez em 1910. Cumprido o seu cent enário, renasce total-mente reconstruído e remodelado, preservando a herançaarquitectónica dos edifícios e volta a afirmar-se como umareferência entre os resorts históricos da Europa. Setentaquartos e suites, um campo de golfe de dezoito buracos eum spa com vinte salas de tratamento numa nova ala mod-ernista, projectada pelo arquitecto Siza Vieira. O spa recorreà utilização da água mineral de Vidago e apresenta a assi-natura da Clarins e Aromatheray & Associates.

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Lisboa parece pequena à primeira vista, mas, no entanto,vai perceber que será impossível visitar toda a cidade a pé,ou de qualquer outra forma de transporte mais eficiente edivertida do que esta. Desfrute de todas as subidas que acidade naturalmente apresenta para pôr em prática o motoreléctrico que as LX electricBIKES possuem par a que estaseja a sua experiência mais fascinante na sua visita a Lisboa.Atreva-se neste carrossel de experiências, cultur as e sa-bores que Lisboa lhe apresenta com a Rent a Fun.Com oito tours já definidos, a Rent a Fun é uma boa opçãotambém para passeios familiares ou com os amigos. Assimcomo os programas de divertimento GO Surf, GO Forest eGO Sun aliam a utilização de bicicleta a actividades variadasque compõem bons momentos e diversão e bem-estar.

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último olhar

Os New York Yankees são uma das maisfamosas equipas da norte-americana MajorLeague Baseball (MLB), onde competem hácerca de 150 anos com grande sucessodesportivo. O campeonato movimentamultidões nos Estados Unidos e, actualmente,há trinta equipas a competir na MLB. Quasetodas se afirmaram como marcas de prestígio e, algumas, como ícones da moda norte--americana, como aconteceu com os New York Yankees, que apostam em produtoscom uma ligação muito forte à cultura do país.O melhor exemplo são os bonés NY,reconhecidos em todo o Mundo e vistos comoparte integrante da cultura jovem, mas os NewYork Yankees produzem muitos outros produtos,com destaque para os óculos, que assumem um estilo urban chic. Produzidos com matériasde alta qualidade, são elegantes no design,mostrando sempre o monograma NY, colocadode forma subtil. São excelentes opções para homens jovens, embora muitos dos seus modelos tenham um carácter unissexo.A nova colecção de óculos NY aposta num lookvintage, marcado pela sobriedade e pelaelegância, o que lhe confere a harmonia da cor e da forma. Utilizando celulose na parte frontal,contam com hastes com metal lacado e um design inspirado nos tacos de baseball. No nosso país, estão disponíveis em três cores: preto, preto e tartaruga, e cinzento. l

new york yankees

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