52
FIM DE SEMANA Vale do Gaio, entre o montado e a praia OLHAR SOLIDÁRIO Optivisão apoiou a Aldeia SOS de Bicesse GANHE VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ 20 olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG #7. JUNHO 2012 TRIMESTRAL % OLHAR A MODA Tendências para a primavera

Revista Olhar n.7

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista Optivisao

Citation preview

Page 1: Revista Olhar n.7

FIM DE SEMANAVale do Gaio,entre o montadoe a praia

OLHAR SOLIDÁRIOOptivisão apoioua Aldeia SOSde BicesseGANHE

VALES DEDESCONTOS E POUPE ATÉ

20

olharOPTIVISÃO LIFESTYLE MAG ! #7. JUNHO 2012 TRIMESTRAL

%

OLHAR A MODATendências para a primavera

Page 2: Revista Olhar n.7
Page 3: Revista Olhar n.7

NOVOCOMPROMISSOOPTIVISÃOComo parar é morrer, a Optivisão volta,mais uma vez, a apostar na inovação comoforma de estar mais próxima dos seusclientes, assumindo o caráter emocionalque está ligado a uma marca e a uma rede,que privilegia a personalização doatendimento e a proximidade. Tudo istoestá subjacente a uma nova ideia decompromisso com o mercado, ondeserviço, responsabilidade, atendimento,inovação, rigor e competência são mais do que palavras, são uma forma de estar.Esta campanha, que começou no início demaio, oferece a primeira consulta aos clientesna rede. E esta oferta é apenas o começo...Como gostamos de estar sempre perto desi, nesta edição reunimos vários temas quepercorrem o caminho para os dias de sol.Espreitamos as tendências da moda,viajamos até ao Vale do Gaio, entre o montado e a praia, e descobrimos as razões do interesse pela corrida. Como o saber não ocupa espaço,recordamos uma descoberta científica numlago da Antártida e visitámos uma fábricaonde se produzem lentes em Portugal.Um conjunto de temas variados, que esperamos o ajudem a desfrutar bons momentos de descanso na companhia da Optivisão. Esperamos que goste tanto da nossa companhiacomo nós apreciamos a sua...

� � � � � � � � � � � � � � � �Presidente do Conselho de Administraçãodo Grupo Optivisão

� � � � � � �

Junho 2012 �

� �� � � � �� � � � �� Notícias e curiosidades.

� �� � � � � � � � ��� � � � Sugestões a não perder.

�� �� � � � � � �� �� �Propostas e tendênciasos dias de sol e de calor

�� �� � � � � � shopping�Novas tendências em armações

� �� � � � � � � ��� � � � � � Elasestacionam melhor do que eles.

� � �� � � � � � �� � �� � Making of danova campanha Moss com LuísaBeirão.

�� �� � � � � � �� �% � �� �� � Visita guiada à fábrica da Essilor em Portugal.

� �� � � � � � � ��! � �� � Optivisãoapoiou a Aldeia SOS de Bicesse.

�� �� � � � � � ��� !�� Johnny Deep

�� �� � � � � �$� �� � � � Lentespolarizadas.

�� �� � � � � � ��� � �� � � O mistério do Lago Vostok.

�� �� � � � � � � # " � � As maratonasestão na moda.

�� �� � � � � � � � � ��� � � � � Hotel Vale do Gaio.

�� �� � � � �� � �� � � �� � � � Luísa Beirão.

�� � � � � � � ���� � Ganhe oprimeiro scanner mouse do Mundo.

� �� � � � � � � �� �� � � A Optivisão está perto de si.

� �� � � � � � � ��� � � � � � � � Poupedinheiro com os nossos vouchers.

�� ����� � �� � � � Pepe Jean um ícone da moda.

� � � � � � �

� �

� �

Director: Maria Adelaide Penedo. Direcção editorial: Rui Faria ([email protected]).Redacção: Arruamento D à Rua José Maria Nicolau, 3, 1549-023 Lisboa. Tel. 210 494 146/210 494 145. cofinaconteudos.pt Textos: Rui Faria e Paula Santos. Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images e Pedro Sampayo Ribeiro. Direcção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts,Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica S.A., Estrada Consigliéri Pedroso, 90,Casal de S.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento,S.A., Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros.Depósito legal: 315261/10. Registo na E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 60.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.

� �

Page 4: Revista Olhar n.7

Junho 20124

olharpor si

HOYA VISUREAL INOVA NA TECNOLOGIAChama-se Hoya VisuReal e é uma aplicação para iPad que permite ao ótico mostrar aos seusclientes tudo aquilo que precisam de saber nomomento em que escolhem as lentes e asarmações para si. Para além disso, possibilitaainda mostrar ao cliente as diversas opções queestão disponíveis para o seu caso, respondendomelhor às suas exigências. Esta aplicação é umaresposta tecnológica que vai ao encontro de umuniverso de pessoas jovens e dinâmicas, com umavida profissional ativa, que lidam diariamente coma tecnologia digital.

A CAMINHO DAS NUVENSO ABC Lisbon é um novo business center no Aeroporto de Lisboa, mas a principal curiosidade passa pelo espaço para relaxar, criado para todosaqueles que estão de partida ou a chegar de uma viagem e necessitam demomento de relax. Num espaço de grande tranquilidade, são ministradasaulas de ioga (45 minutos) e é também possível desfrutar de duche,massagens e mesmo de um snack (www.abclisbon.com).

EPF, EYE PROTECTION FACTORHoje em dia, os fatores de proteção solardos cremes solares passaram a ser algocom que todos se sentem familiarizados.O mesmo deveria acontecer no caso daproteção às radiações ultravioleta queafetam os nossos olhos. E é nestecontexto que o Eye Protection Factor(EPF) surge com uma classificaçãoaplicada à energia solar, que permitecomparar a eficácia das lentes dos óculosde sol na proteção dos olhos em relaçãoàs radiações. A escala varia no intervalo de1 a 10 e avalia a capacidade da lente embloquear as radiações nocivas.

CHRISTIAN LOUBOUTINAté 9 de julho, o “Museum” de Londres apresentauma exposição evocativa dos vinte anos decarreira de Christian Louboutin, o estilista que“inventou” os sapatos de senhora com solasvermelhas. Uma vasta coleção de peças permiterevisitar a obra criativa do francês, descobrindo as suas fontes de inspiração, que vão do FoliesBergère ao cinema e do design aos trapezistas eacrobatas. Ao mesmo tempo, é também possíveldescobrir os segredos da construção de umsapato, desde a fase de protótipo até produçãoou mesmo ao design das lojas da marca.A exposição Christian Louboutin está condensadanum livro com imagens de David Lynch e PhilippeGarcia, e com prefácio de John Malkovich.

Page 5: Revista Olhar n.7

Junho 2012 5

LTD. EDITION NO PORTOA rota de compras na cidade do Portoganhou mais uma pérola. Chama-seLtd. Edition e é uma loja de acessóriosde luxo, onde surgem os nomes de JilSander, Marni, Elie Saab, Michael Kors e Salvatore Ferragamo, entre muitosoutros que contribuem para aexclusividade deste espaço criado pelasdesigners da Casa do Passadiço. A Ltd.Edition surge no número 382 da RuaPedro Homem de Melo, num edifícioassinado por Siza Vieira, que se destacana zona de Aviz e merece, por si só, umadeslocação à cidade do Porto.

VOLVO OCEAN RACE NAVEGA PARA LISBOAA Volvo Ocean Race está a caminho de Lisboa. A grande regata queestá a dar a volta ao planeta disputa a sétima etapa entre Miami eLisboa. A partida dos Estados Unidos teve lugar a 20 de maio e a frotade veleiros vai cruzar o Atlântico para reunir-se na Doca de Pedrouços,onde haverá tempo para descansar e reparar as embarcações para asduas regatas que se disputam no Tejo (a 8 e 9 de junho). A frota vaiestar em Lisboa até ao dia 10 de junho, altura em que parte em direçãoao porto francês de Lorient, na penúltima etapa antes da chegada a Galway, na Irlanda. Aquela que é uma das maiores aventuras dostempos modernos teve início no dia 29 de outubro de 2011, na cidadeespanhola de Alicante, de onde rumou para África, cruzando o Caboda Boa Esperança na rota para a Cidade do Cabo. Seguiu para AbuDhabi, passou por Sanya, na China, e chegou a Auckland, na NovaZelândia. Cruzou o Pacífico, ultrapassou o Cabo Horn e aportou emItajaí, no Brasil, de onde seguiu para norte, em direção a Miami.Quando esta frota de impressionantes veleiros de 21 metros e meio de comprimento e catorze toneladas chegarem a Galway, terãopercorrido 39 mil milhas náuticas (cerca de 72 mil quilómetros).

A PRIMEIRA CONSULTA É OFERECIDAA Optivisão assumiu um novocompromisso com todos os seus clientes. A personalização doatendimento e a proximidade sãoos grandes objetivos, onde o primeiro passo passa por uma campanha que teve início em maio, oferecendo a primeiraconsulta aos clientes, na rede. Esta oferta é apenas o início de novas surpresas que foram criadas a pensar em si.

Page 6: Revista Olhar n.7

Junho 20126

MUITAS VANTAGENS NO CARTÃO CREDIVISÃOA Optivisão celebrou parcerias no âmbito do cartão Credivisão com o intuito de atribuir aos seusportadores ainda mais vantagens.Estão agora disponíveis descontos e ofertas em parceiros de renome,como Pestana Hotels & Resorts,Pousadas de Portugal, Top Atlântico,Hotéis Vila Galé, Holmes Place,Bodyconcept, Depilconcept, MonteSanto Resort, As Cascatas GolfResort & Spa, Hotel Vidago Palace,Lágrimas Hotels & Emotions, WallStreet Institute e Rent a Fun.

NOVO LOOK PEPE JEANSA nova coleção primavera/verão2012 da Pepe Jeans prometemarcar os looks da estação. Os óculos de sol da marca britânicaapostam numa linha jovem earrojada, bem como em coresvibrantes. Com lentes com proteçãoUVB e UVA, em armações de massa,os óculos Pepe Jeans são umexclusivo das lojas Optivisão.

PRADA APRESENTA FOLDING IN LOVEFolding in Love é um projeto da Prada que revela o mundo imagináriodos óculos dobráveis através de um jogo de vídeo simulado. É aaventura breve e intensa de um objeto (neste caso, de óculos de sol),em que a personagem principal voa numa viagem surreal de váriosníveis. Como no clássico jogo de vídeo Arcade, depois de viajaratravés dos múltiplos mundos do universo da Prada, a aventuratermina com um epílogo romântico. Chão em xadrez preto e branco,trolleys coloridos em saffiano, letras do alfabeto, ganchos demochilas, mini malas de crocodilo, pastas em pergaminho e outrospequenos detalhes da coleção Prada definem o espaço do jogo,configurando um universo visual que abrange a fantasia digital e o 3Dperfeito. O herói é o novo modelo de óculos de sol Prada Folding, umacessório de design que se transforma, voa, paira, gira e se inclina parasuperar as barreiras e obstáculos até ao grande final do jogo, onde

conquista a princesa, a versão feminina dos óculos de sol. O vídeoque apresenta o projeto é dirigido pelo estúdio de Milão Modecracy.Para a banda sonora, a Prada optou por trabalhar com os Ladytron,uma banda de Liverpool que sempre esteve na vanguarda e entre ospioneiros do som electroclash com um toque pop, contando comcolaborações anteriores com Christina Aguilera ou os Placebo. A música que faz a banda sonora do Folding in Love é Ace of Hz, quefaz parte do álbum Gravity the Seducer, lançado em setembro de 2011.

DONA V EM COIMBRAA Dona V é uma marca nacional queganhou reputação internacional comacessórios que valorizam a nobreza da pele. Ao fim de mais de uma décadade atividade, com a marca portuguesapresente em lojas multimarca, a Dona Vabre pela primeira vez um espaçoexclusivo, um franchising que surgiu na cidade de Coimbra, na Rua JorgeAnjinho. É um espaço de bom gosto,repleto de malas, sapatos e outrosacessórios exclusivos.

Page 7: Revista Olhar n.7

Junho 2012 7

TÁGIDE WINE & TAPAS BARO restaurante Tágide tem a melhor vista sobre a cidadede Lisboa. No alto do Largo da Academia de BelasArtes, sobranceira à Baixa e a espreitar o Tejo, foisempre um local privilegiado. Agora, para além da boamesa, conta com um espaço mais informal: o Wine & Tapas Bar, onde as propostas têm um sabor lisboeta.A dificuldade está na escolha, que pode ir desde as conservas nacionais às iscas de vitela.

TODO-O-TERRENO DE “CORRIDA”

O nome da Lamborghiniestá diretamente ligado à

imagem dos seussupercarros desportivos eas elevadas performances

fazem parte do ADN doconstrutor italiano. No

entanto, a marca deSant’Agata Bolognese não

ficou indiferente aocrescimento do mercado

dos SUV e apresentou, noSalão Automóvel de

Pequim, um potente todo--o-terreno com uma

carroçaria onde a fibra decarbono ajuda a reduzir o

peso e o motor oferece 600cv de potência. Chama-se

Urus e, se a Lamborghniainda não anunciou a data

para o seu lançamento, tudoindica que este “superjipe”

vai entrar em produção.

ESSILORPROTECÇÃO TOTALA Essilor tem disponíveis nomercado lentes oftálmicas quebeneficiam do mais elevadofator de proteção solar ocular(FPSO), as Essilor ProtecçãoTotal®, que reúnem umconjunto de vantagens únicaspara os seus utilizadores. Aslentes Essilor Protecção Total®Sol, ao beneficiar de um índice

E-SPF 50+, garantem umaproteção diária muito elevada,garantindo que os seus olhosestejam cinquenta vezes maisprotegidos do que semqualquer lente. Outraalternativaa são as lentessolares com um índice E-SPFde 25, que garantem umaprotecção 25 vezes maior doque acontece quando não seutiliza qualquer tipo de lente.(E-SPF = Eye-Sun Protection Factor)

A SOLUÇÃO SIMPLES E COMPLETA PARA OS SEUS OLHOS

Page 8: Revista Olhar n.7

8

olhara culturaLenny Kravitz, é uma das“cabeças-de -cartaz do Rockin Rio” (nafotografia).Artur Barrio (em baixo) estápatente emSerralves

ROCK IN RIOA Cidade do Rock voltaa abrir as portas paramais uma edição doRock in Rio Lisboa.Metallica, SmashingPumpkins, Linkin Park,Lenny Kravitz, Maroon 5,Stevie Wonder, BryanAdams e BruceSpringsteen & the E Street Band são ascabeças-de-cartazdeste aguardado festivalque voltará a dar músicaem 2012, durante osdias 25 e 26 de maio e 1, 2 e 3 de junho. O preço dos bilhetesdiários varia entre os 61 euros (normal) e os 240 euros (VIP).

ARTUR BARRIOArtur Barrio (Porto,1945) regressou à Fundação deSerralves, agora com a exposiçãoNavegações/Divagações... Por Entre Escolhos e Baixios, que estarápatente ao público até ao dia 1 de julho,na sala central domuseu da fundação, a qual se irátransformando aolongo das semanas. A vida e a obra dopintor foramconstruídas numpercurso errante,marcado pela viagem,pelo oceano e pelacontínua redescobertade si e dos outros, e o regresso a Serralves é,simultaneamente, o regresso à cidadeonde nasceu.

MADREDEUSOs Madredeus estão de regresso aos discose ao palco. Em tempode 25.º aniversário, a banda de Pedro AyresMagalhães surge, naSala Suggia da Casa daMúsica, no Porto, a 27de maio, rejuvenescidacom a voz de BeatrizNunes, num espetáculoonde, para além doteclista Carlos MariaTrindade, surge um triode cordas formado porelementos da OrquestraSinfónica Portuguesa. O programa prometeuma viagem desde osDias de Madredeus(1987) até a Metafonia(2008).

MADONNAO Estádio Municipalde Coimbra recebeMadonna no dia 24 dejunho, num espetáculointegrado na digressãoque, tendo por base odisco M.D.N.A., oúltimo trabalho dacantora, revisita osmaiores sucessos dasua carreira. Destemodo, temas comoGive Me All Your Luvinirão surgir, lado a lado,com Like a Prayer,num alinhamento quefez vibrar os EstadosUnidos na última finaldo Super Bowl e quetem sido aplaudidopor onde Madonnatem passado nesta suadigressão.

BRUNO PACHECOO Mar e o Campo emTrês Momentos é umaexposição que pode serainda visitada na Casadas Histórias PaulaRego, em Cascais, atéao dia 24 de junho. A mostra de trabalhosdiferenciados ememórias distintas,apresentados de umaforma unitária, iniciou-se a 8 de Abril e,por questões temáticasdisciplinares ounarrativas, foi divididaem três momentosmarcados no tempo,incluindomaioritariamentepinturas figurativas degrandes dimensões,desenhos e objetos,mostrando váriasfacetas do trabalho queo artista tem realizadoem Lisboa e emLondres, onde vive eexpõe regularmente.

Junho 2012

A volta aoMundo deMadonnapassa porCoimbra

Eles estão e volta.Os Madreduesvoltaram à estrada

BrunoPacheco naCasa dasHistórias -Paula Rego ea moda noMUDE (embaixo)

Page 9: Revista Olhar n.7

Junho 2012 9

MUDEDiz-me do QueGostas... Dir-te-eiQuem És é uma formainovadora deapresentar umpanorama da moda em Portugal,reconhecendo váriasgerações em presença,percursos distintos e várias linguagens,estilos e atitudes. Na mostra, estarãopresentes 22 designers, numaviagem que vai de Ana Salazar até novoscriadores, como os White Tent ou Os Burgueses, semesquecer nomessólidos como LuísTenente, Filipe Faísca e Luís Buchinho, entreoutros. Para ver noMuseu do Design e da Moda (MUDE) em Lisboa até ao dia10 de junho.

BORBOLETÁRIOO Borboletário é umespaço que não é tãoconhecido comomerece. É uma estufacom plantas eborboletasmediterrânicas, queintegra o MuseuNacional de HistóriaNatural e permiteconhecer melhor a suainteração, para além demostrar o ciclo de vidadestes insetos: ovo,lagarta, crisálida eadulto. É uma exposiçãoviva, que reabriu com aprimavera para voltar aentusiasmar os maisnovos. Para ver (oufotografar) na Rua daEscola Politécnica, 78,em Lisboa, até meadosde novembro.

COOLJAZZAo fim de oito anos, o Cooljazz é já umatradição das noitesde verão em Oeiras.Este ano, oprograma, quedecorrerá de 29 dejunho a 22 de julho,tem início no Parquedos Poetas, com umconcerto de Sting. O intimismo dosjardins do Palácio doMarquês de Pombal,onde o público podeestar bem perto dopalco, recebe PabloAlborán, com a participação de Carminho, PatMetheney, Al Jarreau e os Buena VistaSocial Club. A músicacool e o ambientehistórico e de grandebeleza estão naorigem do lemaadotado: “altamistura”.

OPTIMUS ALIVE 2012De 13 a 15 de julho, o Passeio Marítimo de Algés volta a serpalco de mais umaedição do OptimusAlive, que, este ano,acolhe nomes como The Cure, Radiohead,Stone Roses, SnowPatrol, Florence and theMachine, Mumford &Sons, The Kooks, TheMaccabees, The Kills ouLMFAO, entre muitosoutros. Os preços dosbilhetes variam entre os53 euros (bilhete diário)e os 121 euros (passede três dias + camping).

BON IVERUma das maisaguardadas bandas domomento estreia-sefinalmente em Portugal.Os Bon Iver vão tocarnos coliseus de Lisboa e do Porto nos dias 24 e 25 de julho,respetivamente. A banda norte-americana de indie folk,que foi distinguida comos Grammys de MelhorArtista Revelação e Melhor Álbum deMúsica Alternativa em 2011, traz agora o álbum Bon Iver, paraapresentar em concerto noscoliseus.

Sting é ogrande nomedo Cooljazz eNatureza, umconvite paravisitar oBorboletário (à esquerda)

Bon Iver (emcima) marcapresença noscoliseus. O Optimis Alivevolta a ter umalinhamento de luxo

Page 10: Revista Olhar n.7

olhara moda

Figura Invista em peças com classe e bom corte, seja arrojadona cor e reinvente a sua paleta, pegue nos seus óculose perca-se pela cidadeFOTOGRAFIA: CARLOS RAMOS / REALIZAÇÃO: SANDRA NASCIMENTO

de estilo

Camisa seda com gola com missangas, € 39,95, H&M.Calças, € 400,Blumarine, no EspaceCannelle.Clutch, € 14,95, H&M.Sandálias emcamurça, € 29,95,H&M.Pulseira dourada compedras, € 230, Gas,no Espace Cannelle.Óculo, ref.ª 292C2,€102, Moss

Page 11: Revista Olhar n.7

Smoking, € 600,Miguel Vieira.Gravata, € 50, WrongWeather. Camisa em seda, € 105, WrongWeather.Óculo, refª 7109C1,€112, Pepe Jeans,

Vestido, € 1.045,Etro, no EspaceCannelle.Óculo, ref.ª 291C2,€102, Moss

Page 12: Revista Olhar n.7

Casaco em linho, € 292, calças em linho, € 121,Miguel Vieira.Camisa Oxford, € 214, Gant.Gravata, € 48,Miguel Vieira.Óculo, ref.ª 288C3,€107, Moss

Page 13: Revista Olhar n.7

Casaco de linho, € 121,25, MiguelVieira.Camisa Oxford, € 214, Gant.Gravata, € 48,Miguel Vieira.Óculo, ref.ª 290C3,€102, Moss

Page 14: Revista Olhar n.7
Page 15: Revista Olhar n.7

Camisa, € 214, Gant.Blazer, € 369, Gant.Lenço, € 96,Trussardi.Calças em pele, € 420, Diesel.Óculo, ref.ª 305C3, €112, Moss

(Na página ao lado)Camisa seda, € 153,pullover, € 96,calças, € 203, tudoTrussardi.Óculo, ref.ªYYAA008C28, NewYork Yankees, €104Vestido, € 711,Blumarine, noEspace Canelle.Óculo, ref.ª 5057C4, €112, Pepe Jeans

Maquilhagem e cabelos:Carina Quintiliano.Modelos: Ana Vanini e Gonçalo Athias (Just Models).Assistente de fotografia: Pedro Faria.

Page 16: Revista Olhar n.7

PRIMAVERA É TEMPO DE COR

Junho 201216

olharo shopping

1

1. Mod 521 C1, €79, Moss 2. Mod 3087 C3, €133, Pepe Jeans 3. Mod 7102 C3, €112, Pepe Jeans 4. Mod 514 C1, €79, Moss5. Mod PJ73 4112 C221, €167, Pepe Jeans

1. Mod YYAA 11 C92, €104, New York Yankees 2. Mod 1106 C3, €133, Pepe Jeans 3. Mod 7106 C2, €112, Pepe Jeans 4. Mod YYAA 012 C01, €104, New York Yankees 5. Mod 518 C3, €79, Moss

Os dias de sol convidam à evasão numa estação onde a Natureza dá cor à paisagem num novo ciclo de vida

que as mais recentes tendências de moda não podem deixar de acompanhar

2

3

4

5

2

3

4

5

1

Page 17: Revista Olhar n.7

Junho 2012 17

olharas pessoas

Apesar de todos os clichés sobre asmulheres ao volante, um estudo estatísticolevado a cabo pela National Car Parks, a maior empresa de gestão de parques de estacionamento do Reino Unido,concluiu que elas, apesar de serem maislentas do que os homens, são muito maisprecisas e eficazes na altura de estacionar.É inquestionável que são mais lentas do que eles, mas esta característica acabapor ser o seu grande trunfo ao volante,porque lhes permite uma maiorconcentração na altura de descobrir umlugar para arrumar o veículo e permite queestejam mais atentas na manobra deestacionamento.Para realizar este estudo estatístico, aempresa reuniu um universo de 2.500condutores que foram filmados em vídeo

durante um mês, o que permitiu recolhersetecentos tipos de manobras distintas,que foram avaliadas com uma pontuaçãode zero a vinte. As mulheres garantiramuma pontuação média de 13,4 pontos, faceaos 12,3 obtidos pelos homens, tendodemonstrado muito maior paciência eprecisão no respeito pelas marcaçõespintadas no chão, tendo sido destacado ofacto de 53% das condutoras ter voltadoao automóvel depois de se ter apercebidoque o deixara mal estacionado, o queapenas 29% dos homens fez em situaçõessemelhantes.É certo que o estudo incidiu basicamentenas manobras efetuadas em parques deestacionamento públicos e arrumar entreas faixas pintadas no chão não é a mesmacoisa como arrumar paralelamente ao

passeio num espaço reduzido, mas nãodeixa de ser curioso que, entre oscondutores monitorizados, 39% dasmulheres tenha cumprido a manobra de marcha-atrás na perfeição, sendoigualadas apenas por 28% dos homens. É certo que eles foram claramente maisrápidos, necessitando, em média, de dezasseis segundos, enquanto elasgastaram 21 segundos. No entanto, 52% das mulheres deixou o veículo nomeio do espaço disponível, algo queapenas 25% dos homens fez.Em face disto, não é difícil concluir que, apesar de serem mais lentas, asmulheres são mais eficazes, o que poderáservir de argumento para elas combateremo axioma masculino que afirma que “asmulheres, ao volante, são um perigo”...l

Elas estacionam melhor do que eles

O velho ditado que afirma que “asmulheres, ao volante, são um perigo” foi deitado por terra por uma sondagemrealizada no Reino Unido e que analisou o comportamento de 2.500 condutores e concluiu que asmulheres “são mais lentas e precisas, e não lhes escapa nada” POR RUI FARIA

Page 18: Revista Olhar n.7

Junho 201218

olharo grupo

A modelo Luísa Beirão foi escolhidapela Optivisão como a nova embaixadorada Moss, sendo a imagem da novacampanha de 2012, que vai surgir nos outdoors de muitas cidades do nossopaís e nas páginas dos mais diversosórgãos de Comunicação Social.A Moss, marca de óculos exclusiva do GrupoOptivisão, apostou numa campanhapublicitária arrojada, cuja sessão fotográficaacompanhámos nesta edição da Olhar. Para além de ser uma cara bem conhecida,Luísa Beirão tem uma vasta experiência no mundo da moda, tanto

a nível nacional, como internacional, e passaagora a fazer parte das mulheres Moss, numa presença constante em editoriais deimagem nas revistas de moda portuguesas.Com um look arrojado e, simultaneamente,clássico, Luísa Beirão é a personificação do que a marca Optivisão procura.As armações e os óculos de sol Moss são peças com design clássico, criadas a pensar em homens e mulheres dos vinte aos 45 anos de idade, com materiaismuito leves e modernos, e vão, comcerteza, surpreender com a campanhaprotagonizada por Luísa Beirão.

Making of danova campanhaMoss 2012

Page 19: Revista Olhar n.7

Junho 2012 19

olhamos pelos seus olhos

MUPI MOSS LUISA BEIRAO.indd 1

Page 20: Revista Olhar n.7

LUÍSA BEIRÃO TEM UMA VASTA EXPERIÊNCIA NO MUNDO DA MODA, TANTO A NÍVEL NACIONAL, COMO INTERNACIONAL, E PASSA AGORA A FAZER PARTE DAS MULHERES MOSS

Junho 201220

Page 21: Revista Olhar n.7

Protecção Total

Descubra a

Protecção Total para os seus olhos.

Agora com UV

As lentes Essilor Protecção Total® reúnem a protecção ocular necessária no quotidiano, optimizando todos os benefícios que uma única lente oftálmica pode incluir. Com Essilor Protecção Total® protege* os seus olhos de:

Radiações UV - Garante uma protecção a 100% das radiações UVA e UVB nocivas. Com E-SPF, Factor de Protecção Solar Ocular, de 25 para lentes de Todos os Dias e 50+ quando lentes Sol.

Choques - Ultra-resistente aos choques para uma segurança acrescida, quando Airwear®. Reflexos - Minimiza os reflexos, que provocam fadiga ocular, possibilitando uma visão mais precisa.

Luminosidade - Muito clara em ambientes interiores, escurece rapidamente quando exposta à luz exterior.Riscos - Beneficia duma maior protecção aos riscos, para manutenção da qualidade de visão, por mais tempo.

Embaciamento - Impede a formação de embaciamento, proporcionando uma visão sem distorções ou perda de definição.Gotas, Poeiras e Dedadas - A aderência das gotas de água, das sujidades e dedadas à lente é reduzida e a facilidade de limpeza acrescida. Encandeamento - Nítida percepção dos contrastes em fortes luminosidades.

Essilor Protecção Total®, a solução simples e completa para os seus olhos.

Page 22: Revista Olhar n.7

olhara indústria

VISITA À FÁBRICA DA ESSILORA Essilor é uma empresa líder no mercado global e a fábrica que tem em Rio de Mouro,

perto de Sintra, é uma unidade de ponta em termos tecnológicos

A Essilor é uma empresa de origemfrancesa com raízes na AssociationFraternelle des Ouvriers Lunetiers, que geriauma pequena rede de oficinas demontagem de óculos em Paris. Estaassociação cresceu no início do século XXcom a aquisição de fábricas que permitiramdinamizar o negócio que se desenvolveusob o nome de Essel.Nos anos 30, surgiu um rival de peso, a Silor,e, depois de décadas de rivalidade, as duasempresas associaram-se, em 1972, dandoorigem à atual Essilor, que se afirmou “comolíder de mercado em termos mundiais”, comonos referiu Alberto Silva, coordenador daequipa de optometria da Essilor em Portugal.“Estamos presentes em mais de cem países,com centros de investigação, laboratórios e

as mais diversas parcerias, empregando mais de 60 mil pessoas em termos globais.”A história da Essilor é feita de inovação. “Há mais de cinquenta anos, fomos os criadoresdas lentes progressivas, o que veio a provocar uma grande alteração no mercado; mastambém fomos inovadores na substituição do vidro tradicional das lentes por materiaisorgânicos, por uma questão de segurança que está intrínseca no nosso ADN. Mais tarde,surgimos com novas matérias e com as lentes com mais capacidade de resistência aochoque que existem no mercado, as nossas Airwear, que têm doze vezes mais capacidadede resistência ao impacto do que uma lente normal.”Esta evolução tecnológica tem todas as vantagens em casos de acidente, “seja num automóvelou na simples queda de uma criança”, como nos destacou Alberto Silva, recordando que “estaslentes utilizam um policarbonato desenvolvido pela tecnologia espacial”.Tal como acontece em termos globais, “a Essilor é líder de mercado no nosso país”, onde assuas origens remontam aos finais do século XIX e à empresa D. C. Mirão Júnior, que, em1961, assumiu a distribuição da Essel. Paralelamente, surgiu a Solf, que distribuía osprodutos da Silor. No entanto, a fusão das duas empresas em França deu origem à criaçãoda Essilor Portugal, em 1989. Foi nessa altura que foram criadas as condições para iniciar aprodução no nosso país e, em 1990, a Essilor começa a laborar em Massamá, antes demudar-se para as atuais instalações em Rio de Mouro, “para além de contar com um

Junho 201222

Page 23: Revista Olhar n.7

escritório no Porto”.Na fábrica de Rio de Mouro, “trabalhamcerca de quinhentas pessoas, divididasentre o setor de produção e os serviçosadministrativos, e a fábrica labora 24 horaspor dia, em três turnos na produção delentes oftálmicas, algumas das quais sãoexclusivamente feitas em Portugal para o mercado global, como acontececom as Lineis e até com as Airwear,embora, neste caso, também haja outrospaíses que as produzam”. Para além disso, a fábrica portuguesa da Essilor “é pioneira na implantação de novos procedimentos e novosprocessos”, tanto mais que “somos asegunda fábrica do grupo mais evoluídatecnicamente”, acrescentou Alberto Silva. ●

No início da linha de produção da Essilor em Rio de Mouro, chegam asencomendas provenientes dos óticos, feitas através do contact center, ondetodo o processo é informatizado de forma a ser acompanhado in time aolongo de todo o processo.

O produto semiacabado que vai dar origem à lente é protegido Um líquido que solidifica em contacto com a temperatura ambiente permitefazer a junção de uma peça metálica que vai servir de suporte para o trabalhode produção da lente, embora a Essilor também disponha de novas tecnologiasque dispensam a utilização deste elemento.

O produto semiacabado que é fornecido pelo sistema logístico da empresaentra na linha de produção, acompanhado pelo pedido, que identifica ascaracterísticas de cada lente através de um código de barras e de um chipa personalizar cada produto.

Depois da preparação, começa uma fase do trabalho que passa pelo corte epela formação da curvatura da lente, de acordo com a informaçãopersonalizada que acompanha cada uma das lentes.

O alisamento da superfície e o polimento é um trabalho de grande minúcia, que,em alguns casos, já recorre à tecnologia digital. No final desta fase, a lente estápronta e é permitido retirar a proteção que a acompanhou.

“HÁ MAIS DE CINQUENTA ANOS,FOMOS OS CRIADORES DAS LENTESPROGRESSIVAS, O QUE VEIO A PROVOCAR UMA GRANDE ALTERAÇÃONO MERCADO; MAS TAMBÉM FOMOSINOVADORES NA SUBSTITUIÇÃO DO VIDRO TRADICIONAL DAS LENTESPOR MATERIAIS ORGÂNICOS.” ALBERTO SILVA

Junho 2012 23

Page 24: Revista Olhar n.7

Com a lente pronta, a mesma passa por um processo que a Essilor definecomo os “valores acrescentados”: o verniz, a coloração e a proteçãoantirreflexo.

Numa zona limpa de poeira, onde a temperatura e a humidade sãoconstantes, as lentes recebem o verniz antirreflexo, depois de umapreparação que passa por banhos de limpeza química e preparação dasuperfície para aumentar a sua capacidade de adesão.

O antirreflexo é aplicado numa estufa de vácuo para evitar qualquerirregularidade no depósito.

A coloração é um processo de tintagem por indução, feita através de banhos.Quanto mais longo for o banho, mais escura será a lente. O controlo da cor éfeito exclusivamente por mulheres, “que têm uma maior capacidade visual emenos riscos de daltonismo”.

No final do processo, surge o controlo de qualidade final, onde os parâmetrosde cada lente são comparados com as informações que acompanharam asua produção, para aquilatar a sua conformidade com o pedido inicial.

Antes de passar à logística, quando as lentes são entregues ao ótico que asencomendou, cada lente é impressa com os parâmetros que servem comoinstruções para a correta montagem na armação a que se destinam.

Junho 201224

Page 25: Revista Olhar n.7

OT-4579 anuncio PV2 HD Astigmatismo PT.ai 1 22/03/12 13:18

Page 26: Revista Olhar n.7

Junho 201226

olharsolidário

No âmbito da sua política deresponsabilidade social, o GrupoOptivisão promoveu uma ação de rastreiovisual junto de crianças, funcionários ecolaboradores da Aldeia SOS de Bicesse,com o objetivo de despistar problemasque pudessem existir. As crianças a quemforam detetadas anomalias de visão foramsubmetidas a exames complementares e,nos caso em que foi consideradoaconselhável o uso de óculos, a Optivisãoofereceu as armações e as lentes.“As aldeias SOS são formadas por casasonde vivem famílias em volta de uma ‘mãe’,onde podem viver até sete jovens”, referiu--nos Manuel Salvador, o diretor da AldeiaSOS de Bicesse, “que está a comemorar 45anos, sendo a maior e a mais antiga das queexistem no nosso país”, acrescentou MárioGaspar, o diretor-geral das Aldeias SOS.Este modelo “nasceu na Áustria, com oobjetivo de acolher jovens vítimas daSegunda Guerra Mundial e garantir-lhesuma vivência tão próxima quanto possíveldo que deveria ser uma vivência familiartradicional, enquadrada por uma mãe SOS”,e, hoje, está presente em 133 países.“O amor materno é um dos principaisfundamentos para a recuperação destesjovens que são oriundos de situaçõesfamiliares complexas”, acrescentou MárioGaspar. As crianças que vivem nas aldeiasSOS são entregues à associação pela“Comissão de Proteção de Jovens em

Mais do que um dos muitos rastreios visuais quesão realizados pelo Grupo Optivisão em todo o país,

a sua passagem pela Aldeia SOS de Bicesse foitambém uma ação de solidariedade social

A Optivisão apoiou

aldeias SOS

Risco (CPCJ) ou pelos tribunais, no âmbito de um acordo que temos com a Segurança Social”, adiantou.Em Portugal, para além da aldeia de Bicesse, “temos ainda uma emGulpilhares, no Concelho de Vila Nova de Gaia, e outra na Guarda, mas tambémcontamos com um apartamento deautonomia em Rio Maior e abrimos, noano passado, um segundo em Alcântara,no edifício da sede, onde estão jovenscom mais de dezoito anos, com o objetivode se adaptarem melhor à sociedade forado ambiente protegido da aldeia”.Neste modelo, não existe o “conceito de um edifício único, um refeitório e umacamarata, o que cria uma identidade,porque cada casa é uma casa diferente e cada um vive na sua casa com a suaprópria família SOS”, recordou ManuelSalvador, ao mesmo tempo que destaca“o aspeto de comunidade, que cria raízesfortes que perduram”, o que fica bempatente “no Natal, quando as casas se enchem com filhos e netos daquelesque por lá passaram”.Este ano, a associação está a lançar “umnovo programa de fortalecimento familiarbaseado na equipa técnica que temos emRio Maior, onde pretendemos precaver a saída do ambiente familiar de jovens emrisco sinalizados pela Segurança Social,ajudando essas mesmas famílias a conservar os seus filhos”. l

Page 27: Revista Olhar n.7

Junho 2012 27

Todas as crianças queforam referenciadas

no rastreio levado a efeito pela Optivisão

fizeram um examecompleto e receberamos óculos adequados,

oferecidos pelaOptivisão

A unidade móvel daOptivisão esteve na AldeiaSOS de Bicesse, onderealizou um rastreio a todas as crianças e aos colaboradores da associação

Page 28: Revista Olhar n.7

Junho 201228

olharo perfil

Page 29: Revista Olhar n.7

JOHNNYDEPP

Junho 2012 29

Ao longo dos últimos anos, tornou-se habitual verJohnny Depp com os mais variados acessórios, desdeos característicos óculos de massa de armação retro,muitas vezes com lentes azuis, aos chapéus Borsalino,passando pelos sofisticados lenços e os sapatos deestilo italiano. Sendo o ator uma das mais carismáticascelebridades de Hollywood, o seu estilo boémio masdescontraído é uma referência, tanto na passadeiravermelha, como fora dela, onde os óculos se assumemcomo um elemento fundamental.Apesar de procurar manter a vida privada longe doolhar atento dos paparazzi, era comum ver o atoracompanhado da cantora e atriz francesa VanessaParadis, também ela um ícone de estilo e uma dasmusas da Chanel, com quem mantém uma relação há mais de catorze anos e com quem tem dois filhos, Lily-Rose, de treze anos, e Jack, de dez. Porém, aindaem 2011, Depp e Paradis deixaram de ser vistos juntose começaram a surgir os rumores de uma possívelseparação, que ainda não foi confirmada, nemdesmentida, pelo casal.Foi a 9 de junho de 1963 que nasceu John ChristopherDepp II, um miúdo que, desde cedo, revelou umapropensão para o mundo artístico. No entanto, a grande vocação de Johnny Depp começou por ser a música O ator recebeu a sua primeira guitarra aosdoze anos e começou, desde logo, a tocar em bandasde garagem, acabando por deixar a escola para seguir o sonho de tornar-se músico e vindo a integrar abanda de rock The Kids, que conheceu algum sucessono início dos anos 80. Porém, a notoriedade não foisuficiente e foi em 1984, quando Depp conheceu o ator Nicolas Cage, que na altura, o aconselhou a seguir uma carreira na Sétima Arte, que o jovemdecidiu arriscar. Depois de conseguir um pequenopapel em O Pesadelo de Elm Street (1984), Deppintegrou a série Jump Street 21 (que esteve no ar entre1987 e 1990) e rapidamente se tornou num ídolo para

os adolescentes, mas foi em 1990, quando Tim Burtono escolheu para protagonista em Eduardo Mãos deTesoura, que o ator se afirmou em Hollywood comoum dos mais promissores talentos.O filme Eduardo Mãos de Tesoura marcou também o início de uma parceria de sucesso dentro e fora dogrande ecrã, com Johnny Depp a protagonizar váriosfilmes do irreverente realizador norte-americano,como é o caso de Ed Wood (1994), do papel deIchabod Crane em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça(1999), Willy Wonka em Charlie e a Fábrica deChocolate (2005), na voz de Victor Van Dort em A Noiva Cadáver (2005), como Sweeney Todd, nomusical Sweeney Todd – O Terrível Barbeiro de FleetStreet (2007), que valeu ao ator o Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical, e ainda no papel do emblemático Chapeleiro Louco em Aliceno País das Maravilhas (2010), e do vampiro BarnabasCollins, em Sombras da Escuridão (que estreou em Portugal no mês de maio). Paralelamente, o ator foiconquistando o grande público em filmes como Delírioem Las Vegas (1998), A Nona Porta (1999), Chocolate(2000), Profissão de Risco (2001), A VerdadeiraHistória de Jack, o Estripador (2001),À Procura da Terra do Nunca (2004), InimigosPúblicos (2009), O Turista (2010) e nos filmes da saga de Piratas das Caraíbas, que têm somadoêxitos de bilheteira desde 2003.Atualmente com 49 anos, Johnny Depp é um dos maiscarismáticos e camaleónicos atores de Hollywood,saltando de papéis como o do divertido pirata JackSparrow, em Piratas das Caraíbas, para o“descompensado” Chapeleiro Maluco, em Alice no País das Maravilhas, ou o do contido professor FrankTupelo, em O Turista, para, mais recentemente, o papel do jornalista Paul Kemp em Diário a Rum(uma adaptação da obra homónima de Hunter S. Thompson, que Depp protagonizou e produziu). ●

É por trás dos habituais óculos pretos de massa que se “esconde” Johnny Depp, um dos mais carismáticos atores de Hollywood POR CATARINA NUNES DOS SANTOS

Page 30: Revista Olhar n.7

Junho 201230

olhara saúde

“QUEM EXPERIMENTA UMAS LENTES POLARIZADAS, DIFICILMENTE

REGRESSA ÀS LENTES SOLARESTRADICIONAIS, DADA A QUALIDADE

DE VISÃO, REDUÇÃO DA POSSIBILIDADEDE ENCANDEAMENTO

E DEFINIÇÃO DE CONTRASTES” (ALBERTO SILVA)

Page 31: Revista Olhar n.7

Junho 2012 31

Os dias de sol estão aí. A primavera e, depois, o verão são convites à evasão e todoscomeçam a pensar nos dias de praia, mas, se ninguém esquece que é obrigatório protegera pele dos raios solares, nem sempre nos lembramos de que a visão exige o mesmo tipode cuidados, já que a proteção ocular não pode, nem deve, ser descurada.“A Essilor Portugal, há muito tempo que faz referência a essas questões”, admitiu-nosAlberto Silva, coordenador da equipa de optometria da empresa. “O nosso grande objetivopassa por fazer com que as pessoas tenham uma boa visão e que tenham uma boa saúdevisual, o que pode parecer a mesma coisa, mas que acaba por ser algo diferente”.Para o optometrista, “ver bem só porque temos uma lente adequada à frente dos nossosolhos não quer dizer que tal seja suficiente ao nível da proteção necessária, sobretudo nosdias de sol intenso”. Por isso, a Essilor propõe “várias soluções que têm por base diversasinovações tecnológicas do grupo, que se consubstanciam no conceito de ‘proteção total’,algo que é um exclusivo nacional e desenvolvido em Portugal”.Esta proposta está assente em “lentes que contribuem para a saúde ocular e isso inclui,como não poderia deixar de ser, a proteção à radiação ultravioleta (UV), mas também emtermos de acuidade visual, proteção ao impacto, aos efeitos dos reflexos, aoembaciamento, etc.”

PROTEÇÃO É IMPORTANTENo caso das necessidades de proteção da radiação UV, mas também as UVB, as lentespolarizadas são uma das mais modernas propostas para responder não só àsnecessidades do dia-a-dia, mas também para os períodos de lazer.“Tal como acontece com os protetores solares, também as lentes oferecem vários níveis deproteção, que escalonamos de acordo com as necessidades do cliente, utilizando umaescala semelhante, o que permite uma melhor perceção por parte do cliente final”,acrescentou Alberto Silva. “Este princípio faz parte integrante da oferta ‘Essilor proteçãototal’’ , que está a ser aprofundada por diversos institutos de investigação estrangeiros, comvista ao estabelecimento de patentes.”Este trabalho de investigação, ao nível da protecção à radição UV “foi realizado pela Essilorem termos globais, embora este conceito da ‘proteção total’ tenha sido realizado em Portugal,sendo uma inovação para o próprio grupo”.A Essilor Portugal reuniu toda a tecnologia que estava disponível no grupo, juntando-a numconceito que vai ao encontro das necessidades de um país onde o sol brilha com grandeintensidade, a luminosidade é intensa, mas onde, nos dias húmidos, também surgemproblemas de embaciamento. Responder a estas e a outras necessidades de todosquantos usam óculos “vai ao encontro da filosofia da Essilor, que procura que as pessoasvejam bem e tenham uma boa saúde visual”, acrescentou.

LENTES POLARIZADASHoje em dia, a proteção ocular da radiação solar evoluiu muito graças ao aparecimento daslentes polarizadas, que têm grandes vantagens nos óculos de sol. São capazes de neutralizar

Lentes polarizadas potenciam proteçãoA proteção contra as radiações solares é tanto maispremente quanto mais intenso é o sol e, se quase todospensam na proteção da pele, importa recordar a importância de proteger os olhos. E, neste caso, as lentes polarizadas são uma excelente opção

os reflexos incómodos, mesmo aqueles a que geralmente chamamosbrilhos incómodos, ao mesmo tempo que aumentam o contraste, melhorando a visão.“Geralmente, diz-se que quemexperimenta umas lentes polarizadas,dificilmente regressa às lentes solarestradicionais, dada a qualidade de visão,redução da possibilidade deencandeamento e definição decontrastes”, acrescentou Alberto Silva, que considera que “estas seriam as lentesmais indicadas para as lentes solares e,logo, para todos quantos andamnormalmente ao ar livre, seja o cidadãocomum que vai para a praia, seja osdesportistas”.Em desportos em que a precisão é muitoimportante, como é o caso do golfe, aslentes solares normais criam uma saturaçãoda cor que condiciona a visão, “enquantouma lente polarizada faz com que as coressejam muito mais aproximadas à realidade”,garantiu Alberto Silva.Este tipo de lentes pode ser utilizado emarmações convencionais ou em armaçõesespecíficas para praticantes de desporto“e podem ser feitas em Portugal pelaEssilor, de acordo com a prescrição e otipo de armação a que se destina, ”acrescentou.“O fabrico de uma lente polarizada édiferente do de uma lente de coloraçãonormal, onde a cor é feita por umprocesso de indução por imersão, em quea matéria absorve a cor, enquanto nessaslentes há um filtro polarizador que éinterposto como que em sanduíche nomeio do material da lente”, explicou-nos oresponsável da Essilor, que admite que“esta solução tem tido uma grandeaceitação no mercado final, tanto maisque, estando integrado no nossoprograma de ‘proteção total’, as pessoaspercebem as mais-valias que esta soluçãotem para a saúde ocular, o que nos agradabastante, pois significa que a mensagemtem sido claramente percebida”. ●

Page 32: Revista Olhar n.7

Junho 201232

olharo planeta

O nome Lago Vostok parece feito à medida de uma trama de espionagemnos tempos da Guerra Fria e o facto de seruma estação científica russa, ondeinvestigadores levaram a efeito umaperfuração, condenada em nome depreocupações ambientais, adensa ummistério que ganha novos contornosquando “caçadores” de ovnis defendem a existência de uma nave alienígena.No entanto, esta não é a sinopse de umnovo livro de John Le Carré. O Lago Vostoké, pura e simplesmente, uma enorme baciasubglaciar descoberta nos anos 70, numaárea ocupada por uma estação deinvestigação russa na Antártida.Acredita-se que tenha 20 milhões de anos.Sabe-se que é tão grande como o LagoOntário, no Canadá, tendo cerca de 250quilómetros de comprimento, cinquentaquilómetros de largura e talvez mil metrosde profundidade, e pensa-se que estácoberto por sedimentos que devem sermilhares de anos mais jovens do que assuas águas temperadas.A camada de neve, gelo e sedimentos quesela o lago tem cerca de quatro quilómetrosde espessura, tendo sido perfurada, aolongo de trinta anos, por sucessivas equipasde investigadores, num trabalho que sofreualgumas interrupções devido a críticasambientais. Mesmo assim, os russos nãodesistiram e terminaram a perfuração,tendo dado início à procura de indícios que possam ajudar a fazer luz sobre estemisterioso lago perdido no tempo.

AMBIENTE LIMPOPara muitos cientistas, o Lago Vostok seráum lago normal, que foi coberto pelo gelo à medida que se desenvolveu a calote polarda Antártida, num processo que poderá tertido início há 30 milhões de anos, pelo que

as suas eventuais formas de vida ficaramisoladas do resto do planeta.A água é, seguramente, puríssima e sem o mínimo vestígio de poluição e o seuecossistema poderá ter-se mantidoinalterado ao longo de milhões de anos,pelo que se espera poder vir a detetarvestígios de formas de vida vegetal, animale microbiana, mas há muito mais paraaguçar o interesse dos cientistas...O lago surge numa imensa caverna de geloque contém oxigénio e exerce pressão. À superfície, a água é naturalmente maisfria, mas, em alguns locais, atinge os 30º C,o que seria ideal para nadar, caso nãoestivesse a trinta quilómetros da superfícieda Antártida. Este facto pode ser explicadocom uma hipótese sugestiva: o lagoencontra-se numa zona onde a crostaterrestre é menos espessa, o que permitiriagarantir a temperatura elevada da água.Num local que parou no tempo durantemilhões de anos, é possível surgiremformas de vida muito primárias, quepoderão ajudar a explicar o processo da evolução da vida e até ajudar acompreender a Europa, o satélite de Júpiter,que alguns admitem poder ter umacomposição ambiental muito semelhante àdeste santuário terrestre.

MUNDO EM PERIGOO Lago Vostok pode ser um verdadeiroendoplaneta, um mundo desconhecido nointerior da Terra. Segundo hipóteses dealguns, no interior da caverna de gelo,podem verificar-se fenómenosmeteorológicos, haver evaporação e chuva,ar e formas de vida complexas.Seguramente, existirão bactérias, o quelevanta, desde logo, o problema de essasbactérias do passado poderem serincompatíveis com as que existem no

mundo em que hoje vivemos.O perigo é biunívoco, já que uma bactériaoriunda da superfície pode exterminar a biologia do lago, da mesma forma que um agente oriundo do lago poderia causarproblemas imprevisíveis em todo o planeta.Por isso, estão a ser tomadas todas asprecauções na fase de recolha de amostras.A água será trazida à superfície através deum furo. Chegará congelada e será do geloque serão recolhidas as amostras.

CAÇADORES DE OVNISContudo, os mistérios do Lago Vostok nãose ficam por aqui. Na região sudoeste,surgem muitas interrogações sobre aexistência de uma fortíssima anomaliamagnética cuja origem é inexplicável e quese estende ao longo de uma área com 105 quilómetros de comprimento por 75 quilómetros de largura. Há quem aventea hipótese da redução da espessura dacrosta terrestre, mas algumas observaçõesefetuadas com detetores indicaram apresença de um objeto elíptico ou cilíndricode grande diâmetro, que estaria situado na base do lago.Talvez seja este objeto a provocar alteraçõesda ordem dos mil nanoteslas no campomagnético da zona, uma situação à medidado enredo dos X-Files, pelo que surgiu deimediato quem afirmasse que está ali umovni, embora alguns, mais terra-a-terra, se limitem a levantar a possibilidade de se tratar de um volumoso meteorito. Seja como for, os cientistas admitem que os contornos do objeto parecem muitoregulares e aqueles que vibram com as teorias da conspiração, olhando sobre o ombro, à procura de extraterrestres,afirmam que a Agência Nacional deSegurança dos Estados Unidos (NSA), teriapassado a controlar a região por forma

Mistérios do LAGO VOSTOKO Lago Vostok é uma enorme bacia subglaciar, na Antártida, esquecida há milharesde anos. Os cientistas procuram formas de vida e o forte magnetismo da região levouao aparecimento de quem defenda que se trata de um sítio alienígena POR RUI FARIA

Page 33: Revista Olhar n.7

a impedir o acesso à zona para“evitar contaminações”.No meio de todo este enredomisterioso, uma coisa é certa: há 20 milhões de anos que otempo está “congelado” no LagoVostok. Resta saber até que pontoo estudo desta bacia subglaciar iráinfluir no conhecimento sobre aevolução da vida no nosso planeta,porque ninguém tem dúvidas deque, mesmo a quilómetros deprofundidade, a verdade há-de vir à superfície, com ou sem ovnis... ●

Page 34: Revista Olhar n.7

Junho 201234

“Sempre gostei de desporto e sou fe-derado desde os sete anos de idade, quandocomecei no hóquei em patins, no Atlético doCacém, e nunca mais parei”, referiu-nosManuel Martins. “Fui para o Liceu Camões efui guarda-redes de andebol; no colégioNuno Álvares, em Tomar, fiz parte das equipasde basquete e de atletismo, modalidadesque pratiquei na tropa e na secção deatletismo do Belenenses nos anos 60, numaaltura em que tínhamos direito a um copo de

leite e um bolo depois dos treinos e os sa-patos com que corríamos eram de todos”,acrescentou.Como todos os homens da sua geração, a guerra colonial fez parte da sua história devida. “Quando cheguei da Guiné, onde fiz a

tropa, entrei para o curso de Medicina. Estavaobeso e, um dia, no Hospital de Santa Maria,vi uma notícia sobre o Renato Graça,campeão nacional de maratona e aquilo estimulou-me”, recordou.

Nessa fase, perder peso era o grande obje-tivo do jovem médico, que encontrou RenatoGraça “e, através dele, comecei a correr, inte-grado num grupo criado em torno de vanAken, um fisiologista alemão que reuniu umconjunto de pessoas que gostavam de cor-rida”. Esse grupo acabou por integrar-se nonúcleo formado em torno da imagem deSpiridon Louis, “que reunia pessoas ligadas à corrida de fundo, que era vista como umprazer, para além da faceta desportiva”.

olhara ação

As provas de fundo ganharam um lugar especial no coração dosportugueses e cada vez há mais gente a correr. É um fenómeno que Manuel Martins, médico fisiatra especialista em Medicina Desportiva,acompanha há mais de trinta anos, tanto mais que também é um atleta...

A EVOLUÇAO DA MARATONA

Page 35: Revista Olhar n.7

Junho 2012 35

MEDICINA E COMPETIÇÃOPara quem sempre gostou de desporto, o en-volvimento na competição acabou por ser umpasso natural. “Corri a primeira meia-maratonada Nazaré, a primeira prova desse tipo que serealizou em Portugal, em 1977, e, a partir daí,nunca mais parei.”Para Manuel Martins, o desporto e a Medicinaacabaram por interligar-se. “Quando comeceio meu estágio em Medicina, e apesar de estarmuito ligado à Cirurgia, queria fazer alguma

coisa que estivesse diretamente associada aodesporto e a Medicina Desportiva era uma es-pecialidade que não existia em Portugal”,recordou. “Havia alguns médicos que estavamligados aos clubes e surgiu um movimento dejovens médicos, como o Bernardo Vasconce-los, o Renato Graça, o Fernando Ferreira evários outros, entre os quais me incluo, quecomeçaram a criar as condições para que aOrdem aceitasse a Medicina Desportiva comouma especialidade médica.”

A EVOLUÇÃO DAS MARATONASNaquela época, as maratonas eram umacoisa de loucos a que poucos ligavam im-portância. “Chegámos a fazer provas comapenas vinte participantes”, admitiu ManuelMartins. Mas tudo se alterou rapidamente emuitas pessoas foram aderindo à práticaregular da corrida, sobretudo de uma formalúdica, o que pode ser visto como “umaquestão das dependências física e psi-cológica, depois como uma moda, no bomsentido da palavra e devido a um aumentoda consciência de que a saúde pode me-

lhorar a qualidade de vida”, considerou omédico, que adianta que “a OrganizaçãoMundial de Saúde [OMS] tem uma granderesponsabilidade neste fenómeno, porque,a determinada altura, criou um slogan quereferia ‘saúde para todos no ano 2000’ efomentou a prescrição do exercício físicocomo forma de prevenção”.Em termos sociais, também houve mu-danças e “as pessoas começaram a fazerexercício físico, começaram a fazer corridae deixou de haver o conceito do atleta-fe-derado que existia até essa altura”. Paraalém disso, “a investigação médica permitiuque qualquer pessoa possa fazer umaprova como a maratona, enquanto nostempos do Armando Aldegalega [anos 60],para correr uma maratona, um atleta tinhade ter uma preparação física excecional,

“NA MARATONA, TEMOS UM CONCEITOFISIOLÓGICO A QUE CHAMAMOS O ‘MURO’, QUESURGE POR VOLTA DOS 35 QUILÓMETROS, O QUESE JUSTIFICA PELO FACTO DE O CORPO HUMANOTER CERCA DE DUAS HORAS DE RESERVA DE ENERGIA, O GLICOGÉNIO.” MANUEL MARTINS

Page 36: Revista Olhar n.7

Junho 201236

pois não havia ‘combustíveis suple-mentares’, como as bebidas isotónicas, hojedisponíveis. Um atleta tinha de treinar, eraobrigado a fazer a sua dieta e tinha dehidratar-se o melhor possível para dar tudoo que tinha dentro de si no dia da corrida”.Recuando ainda mais no tempo, a mara-tona era um desafio tão grande que, “hácem anos atrás, os atletas até cobriam ocorpo com sebo para não perderem líqui-dos pela transpiração, embora a pele dei-xasse de respirar, o que trazia grandesproblemas fisiológicos”.

MASSIFICAÇÃOA massificação da prática da maratona nãotem muitos anos. “A primeira vez que umameia-maratona em Portugal teve mais de mil participantes foi a terceira edição da prova da Nazaré, em 1979. Na imprensada época, o professor Fernando Ferreira e o próprio Moniz Pereira referiram, no jornal A Bola, que a prova era desumana,pelo que o Sporting nem sequer autorizou o Carlos Lopes a participar, embora tivessevindo a disputar a maratona nos JogosOlímpicos de 1984.”A alteração de mentalidades em relação àmaratona foi impulsionada com o apareci-mento de grandes provas internacionais.

“Os Estados Unidos tiveram um papel funda-mental com as corridas que foram criadas emNova Iorque, Chicago e Boston, que deramorigem ao aparecimento de provas emgrandes capitais europeias”, acrescentou.Nesses tempos, “as corridas de fundo eramum desporto de pobres e, em Portugal,eram associações como a Voz do Operárioe trabalhadores como os ardinas, os linoti-pistas e outros que participavam. Possorecordar que, nos anos 50, quando o Ar-mando Aldegalega andava a treinar na zonade Torres Vedras, foi apedrejado porque,por ali, correr era coisa para bicicletas emais nada. O José Araújo, do Benfica, não

se afastava da zona de Monsanto porquenão parecia bem um indivíduo andar a cor-rer pela estrada feito maluco”, recordou-nosManuel Martins, que não deixa de sublinharque, “hoje em dia, participar numa corridade fundo passou a fazer parte do currículode qualquer yuppie. Ele passa a ser vistocomo um indivíduo com uma capacidadeacima da média, é capaz de grandes es-forços e de controlar as suas emoções, paraalém de ser um sinal de que é saudável”.O ser humano não passou a ser uma raçade super-homens, mas passou a ser pos-sível a um indivíduo participar numa mara-tona, “desde que treine e se prepare, tanto

mais que, durante a corrida, as modernasbebidas isotónicas são um grande auxiliar”.Manuel Martins recorda que, “na maratona,temos um conceito fisiológico a que

chamamos o ‘muro’, que surge por volta dos35 quilómetros, o que se justifica pelo factode o corpo humano ter cerca de duas horasde reserva de energia, o glicogénio, quesurge essencialmente no fígado e na massamuscular. Isto quer dizer que os grandesatletas atuais que correm as provas empouco mais de duas horas, na altura emque entram em sofrimento, já estão muitoperto da meta”. No caso do cidadãocomum, que pode demorar quatro horasou mais para terminar a corrida, “aindaestão a meio caminho quando chegam àfase do ‘muro’, mas, nessa altura, podemutilizar as bebidas isotónicas, que sãoimediatamente absorvidas pelo organismo,entrando na corrente sanguínea, levandoenergia, pelo que passou a ser possível terprovas com dezenas de milhar de participantes em vez das poucas dezenasque tínhamos há trinta e tal anos”.

CUIDADOS IMPORTANTESApesar de ninguém ter dúvidas de que o exer-cício físico faz bem, Manuel Martins deixa umalerta. “Como médico, posso dizer que qual-

Page 37: Revista Olhar n.7

Junho 2012 37

quer pessoa que se proponha fazer exercíciofísico para além de uma boa caminhada,deve fazer exames médicos, seja qual for a sua idade. A idade não é um impedimento,mas acima dos 35 anos, é uma loucura quealguém comece a correr ser fazer um check-up completo, que deve incluir umeletrocardiograma com prova de esforço.”Aqueles que pensem em provas de fundo,devem “definir claramente os seus objetivos.Terminar uma prova é uma coisa, fazê-lo emmenos de quatro horas é outra totalmentediferente e terminar em menos de três horaspassa a ser algo que não faz muito sentidopara um indivíduo comum. A partir daí,começa a preparação, que tem de incidirmuito na área da aeróbica”.Seja como for, é importante não ultrapassaras cargas de esforços adequadas para cadacaso e para cada pessoa. “Todo o desportofaz bem até um determinado ponto. Passa a fazer mal a partir de um determinado patamar de intensidade, mesmo no caso da alta competição, embora os atletas de elite sejam modelos importantes, como se verificou em Portugal com o boom dasprovas de fundo após os sucessos de CarlosLopes e o aparecimento de imensas mulheres na competição a seguir aos êxitosda Rosa Mota”, concluiu Manuel Martins. ●

LEISURE - DEMETZ ● Óculo multidesporto (bicicleta, roller, running…)● Tamanho polivalente.● Armação ultraleve, com hastes de alumínio e terminais antiderrapantes e ajustáveis. ● Nasal antiderrapante e regulável.● Compatível com capacete.● Entregue com 3 ecrãs intermutáveis em policarbonato: Cinza flash (cat. 3), amarelo(cat. 1) e branco (Cat.0) todos com tratamento antiembaciamento e com uma fita

regulável e estojo.Opção: Aadaptável à visão pelo ótico graças ao kit ótico em TR90, tamanho 41.26 h: 33, base 4.

“A IDADE NÃO É UM IMPEDIMENTO, MAS, ACIMA DOS 35 ANOS, É UMA LOUCURA QUE ALGUÉM COMECE A CORRER SER FAZER UM CHECK-UP COMPLETO, QUE DEVE INCLUIR UM ELETROCARDIOGRAMA COM PROVA DE ESFORÇO.” MANUEL MARTINS

LUNAR - DEMETZ ● Óculo multidesporto (velo, roller, running…).● Tamanho polivalente.● Armação muito envolvente e muito leve.● Hastes de alumínio com terminais antiderrapantes e ajustáveis.● Nasal antiderrapante e regulável.● Entregue com 3 ecrãs intermutáveis, em policarbonato cinza flash espelhado (cat.3),amarelo (cat. 2) e branco (cat.0), com tratamento antiembaciamento, com fita regulável e estojo.● Opção: adaptável à visão pelo ótico graças ao kit ótico em TR90, tamanho: 42-24, h:33, base 4.

SPRINT- DEMETZ● Óculo multidesporto, Forma unissexo e ergonómica.● Tamanho polivalente.● Terminais e hastes bi-Iinjection, antiderrapante, nasal regulável.● Entregue num estojo com : Um par de lentes, foto cromáticas amarelas (cat.1 à 3)antiembaciamento e um par de lentes castanhas (cat 4) ● Opção: adaptável à visão pelo ótico devido ao kit óptico.

Pedr

o Si

mõe

s

Page 38: Revista Olhar n.7

olharo horizonte

REFÚGIO ESCONDIDOA dois passos de Alcácer do Sal, fora dos circuitos tradicionais

e perto do mar, o Hotel Vale do Gaio é um local onde se venera o dolce far niente. É um espaço para descansar

e namorar, mas também um ponto de partida para desfrutar a Natureza e praticar os mais diversos desportos

POR RUI FARIA

Page 39: Revista Olhar n.7

Junho 2012 39

O Hotel Vale do Gaio pode serconsiderado uma pequena preciosidade e,como todos os tesouros, está tão bemescondido que não fica longe das principaisvias de comunicação. Poucos imaginam que,a dois passos de Alcácer do Sal, numa regiãoonde a tradição ribatejana dos touros passao testemunho à paisagem do montadoalentejano, surge um refúgio à medida detodos aqueles que privilegiam a calma e o descanso.O local tem tradições hoteleiras. Ali funcionou uma pousada que foi caindono esquecimento do tempo, mas queperdurou na memória de quem a conhecia.Foi o caso de Vasco Gallego, um nome que,há décadas, está por trás do sucesso de umdos restaurantes mais badalados de Lisboa.Falamos do XL.A antiga Pousada Vale do Gaio afirmou-secomo uma opção para as escapadelas defim-de-semana do empresário, que é reconhecido pelo sucesso e pela

longevidade do seu restaurante. Foi umaquestão de amor à primeira vista e, se, na altura, a aquisição do espaço não foipossível, acabou por concretizar-se numpassado bem mais recente. A pousadamudou o seu nome para hotel, mas mantevetodas as características que marcam o seuapelo. Construída sobre a barragem, é comoum miradouro sobre as águas que, ao longodo ano, são o espelho que reflete o verde daprimavera, o dourado que cobre as margensno verão, o avermelhado das folhas outonaise as sombras dos galhos das árvores que sedespem no inverno. Esta mutaçãopaisagística é um dos grandes apelos doHotel Vale do Gaio, que o seu novoproprietário elege como destino obrigatóriopara o fim-de-semana.Hoje, tal como ontem, a hospitalidade é umadas normas de uma casa onde a grandealteração passou pela forma de melhorreceber os clientes. O edifício degradado, as camas que rangiam e os sofás que

pareciam heranças de tempos passadosderam lugar ao conforto feito do cuidadonos mais pequenos detalhes em que seenvolveram Vasco Gallego e a sua mulher. Dovelho se fez novo, numa alteração radical quenão foi extensível a todos quantos trabalhamno novo hotel, muitos deles já conhecidosdos hóspedes da antiga pousada.

AGRADÁVEL E DESPRETENSIOSOFoi assim que ressurgiu, nas proximidadesda velha estrada que liga Montemor a Alcácer do Sal, aquilo que temos dúvidasem classificar. Está a meio caminho entre um hotel de charme, um turismo rural e umacasa de campo. É um espaço tão agradável,como despretensioso, feito de quartossimples e discretos, onde o conforto éinquestionável, mas onde foi dada grandeatenção aos espaços comuns, virados para olazer e o convívio, pensados para que todosse sintam bem, seja no isolamento de quemgosta de deixar correr o tempo ao ritmo da

O Vale do Gaio é um conviteao descanso, no meio dabeleza calma da paisagem,num ambiente de bom gostocomo o do restaurante ondese fazem as honras aossabores regionais

Page 40: Revista Olhar n.7

Junho 201240

leitura de um livro, ou daqueles que vibramnuma tertúlia em que a conversa flui semtempo nem tema.Numa terra onde se cruzam tradiçõesregionais e os criadores de gado são vizinhosde agricultores e pescadores, é difícilencontrar uma identidade cultural. Talvez porisso o edifício do Hotel Vale do Gaio nãotenha um carácter definido, apesar de teruma imagem vincadamente mediterrânica. O branco de cal, que é uma das imagens do Alentejo, não poderia deixar de estarpresente, marcando a sala de estar, onde as paredes e os sofás vincam um ambienteonde não faltam velas e plantas, ao mesmotempo que uma ampla superfície vidradaassegura a luminosidade que altera aambiência ao longo das horas do dia e das estações do ano.O vidro, que pode correr como a cortina de um grande palco, torna-se num apeloirresistível para os prazeres do ar livre,disponíveis num amplo terraço exterior,

onde os dias amenos convidam apequenos-almoços prolongados. Esta área é um verdadeiro convite à preguiça. Os mais ociosos podem deixar o tempo ao sol para subir até ser hora de almoço ou aproveitar os apoios disponíveis parauma sesta que pode terminar com o chilreardos pássaros ou o canto dos ralos e dosgrilos que surgem ao fim da tarde, sendouma alternativa à piscina, que está disponível. E escusado será dizer que é o local ideal paraum jantar que pode prolongar-se noite fora,ao ritmo da conversa.

PRAZER DA BOA MESAO restaurante sempre foi uma mais-valia do Vale do Gaio. Mudaram-se os tempos,mas manteve-se o respeito pela gula doshóspedes. Numa terra onde se come bem e os temperos marcam a diferença, não faltao sabor dos enchidos alentejanos ou dacocotte com queijo de cabra e hortelã, e osovos mexidos com espargos, nem o apelo

do bacalhau confitado em azeite e alho comlombardo e as bochechas estufadas emborras de vinho tinto com migas deespargos, ou a originalidade da patanisca denada com salmão fumado e nata azeda.Por outro lado, para quem o dolce far nientenão é uma alternativa, o Hotel Vale do Gaiotem propostas tão prosaicas como jogos decartas, gamão, damas, xadrez e atématraquilhos, setas e flippers, para não falarda petanca ou dos videojogos. Os maisativos podem optar por um passeio debicicleta ou mesmo por tiro com arco e flecha, tiro ao alvo e canoagem. O hotel aluga bicicletas e sugere passeios,para além de ter roteiros para aqueles que gostam de observar pássaros.Quem aprecia os dias em que o tempopassa devagar, o Hotel Vale do Gaio é um destino de eleição. Num reino de calmae de bonomia, o stress não tem lugar, nemmesmo quando os hóspedes partem àdescoberta das terras circundantes, onde há

O conforto dos quartos (à esq) e as tentações da cozinha podem serextensíveis às mais diversasatividades de lazer. Os portos palafiticos do Sado e as praias daComporta, não estão longe

Page 41: Revista Olhar n.7

Junho 2012 41

muito para descobrir em termos de tradiçõese de história.

ALCÁCER ALI TÃO PERTOA cidade parece esquecida no tempo, apesar do seu casario branco continuar aenquadrar o Sado, que está subjacente à suanotoriedade, que, noutros tempos, fez a suariqueza, sendo uma “estrada” fluvial quechegava a Setúbal. No rio, cruzavam-se ossaveiros, barcos à vela geridos pelos varinos,a população que integrou o movimentomigratório que partiu do norte para estender--se ao longo das zonas ribeirinhas do sul.Um passeio num saveiro é uma das melhoresformas de olhar a cidade, onde o castelo sedestaca, altivo, na margem direita da encostacoberta pelo casario de paredes brancas. Aolongo da margem, sobretudo para nascente,várias casas recordam a opulência de outrostempos, denotando que mereciam ummelhor estado de conservação.Olhando em redor, encontramos a

explicação para o nome da terra. “Alcácer”significa castelo, fortaleza, e refere a praça de armas que os árabes (715 d.C.) tornaramnuma das mais fortes da Península Ibérica, e “Sal” tem a ver com uma das artes quecimentou a economia local.Para além da extração do sal, o vale foi umaterra rica na produção de arroz, produziugrande quantidade de tomate, ganhoudinheiro com a cortiça dos montadosadjacentes, onde ainda hoje se cria gado. O pinheiro manso marca presença napaisagem e continua a ser fonte de riqueza.Para além da madeira que fornece, das suaspinhas saem os pinhões que estão naorigem de um dos doces regionais maisapelativos: a pinhoada.Durante demasiado tempo, a pinhoada foi a única memória que ficava a quem passavapor Alcácer do Sal a caminho ou no regressodo Algarve, já que, antes ou depois da pontesobre o Sado, a paragem era obrigatória,mas, hoje, vale a pena regressar para

conhecer esta região feita de contrastes.Alcácer do Sal está diferente. A ponte sobreo Sado ainda é um ícone, mas arequalificação da zona ribeirinha permitiucriar várias zonas feitas à medida de quemgosta de passear. A beleza de antigas casas a nascente justificava que também tivessemsido recuperadas para permitir que opassado se pudesse projetar no presente, damesma forma que acontece com a CorreariaMachado & Goucha, na marginal, onde a tradição artesanal dos artífices do couroperdura em objetos de grande qualidade.Esta loja tradicional pode não ter o chique deuma griffe, mas quem ultrapassa a sua portaé recebido pelo perfume do couro, quemarca a nobreza dos produtos com que seproduzem as mais diversas selas, os arreios e até o vestuário e os acessórios de modaque, como não podia deixar de ser, surgemlado a lado com botins, polainas e samarras,característicos dos pastores da Serra de Grândola. Um local a visitar...

Page 42: Revista Olhar n.7

Junho 201242

O interior da cidade é feito de ruas estreitas,becos e escadinhas, onde se respeita osilêncio. Não se deve perder a Rua Marquêsde Pombal, que, por ali, é conhecida como“Rua Direita”. É o caminho para o castelo, quepassa por alguns vestígios romanos epermite conhecer a igreja matriz,provavelmente construída pela Ordem deSantiago, no século XIII. Perdido no meio dasruelas surge o “Quintalinho” (Rua Marquês dePombal, 23), onde, num pequeno espaço,surge o grande talento de Zelinda, umacozinheira de mão-cheia que merece todosos elogios pela sua sopa de cação, pela canjade cherne e pela massa com camarão, paradar apenas alguns exemplos do que nãopode perder por preços imbatíveis.

EM DIREÇÃO AO MARQuem quiser ir mais longe, atrás do apelo domar, pode seguir para sul, cruzar a ponte sobreo Sado e seguir a estrada em direção àComporta. São cerca de vinte quilómetros

onde o pinhal segura as areias e as várzeaslutam pelo espaço que partilham com osarrozais e o sapal, tudo sob o olhar sobranceirodas cegonhas, que não perdem pitada do altodos seus ninhos. Com o aproximar doAtlântico, as dunas de areia antecipam o ondular do oceano, que banha um areal a perder de vista e onde praias da moda se misturam com outras de difícil acesso.Estamos numa zona onde se come do bom e do melhor. Quem não dispensa o carátercosmopolita, tem alguns restaurantes de praiaque pecam pelo seu estilo sazonal, o mesmoacontecendo com o Museu do Arroz, onde acozinha já conheceu melhores dias, emborahaja sempre a alternativa dos valores segurosde locais onde o passar do tempo só garantiumais clientes. É o caso do Dona Bia, naestrada que segue para o Carvalhal, onde o arroz local é tratado com esmero num menuonde surge a acompanhar pratos como osfiletes de peixe galo ou os linguadinhos. Bemperto, em Cachopos, na estrada que vai para

Alcácer do Sal, uma antiga escola primária é,há anos, um restaurante de referência paraquem aprecia a cozinha tradicional e aplaudepropostas que chegam do mar, do rio e docampo, como sejam o peixe fresco, as enguiasfritas, o coelho de coentrada ou a perdiz napúcara. Porém, quem optar por toda ainformalidade, não pode perder O Rola, naCarrasqueira, uma aldeia que nasceu ao ladodos cais palafíticos, utilizados na pescaartesanal. Por ali, os petiscos, o arroz delingueirão ou de marisco fizeram fama. l

ONDE FICARVale do Gaio HotelBarragem Trigo de Morais, Torrão. 7595-034 Alcácer do Sal. CoordenadasGPS: N – 38º 15’00’’, W – 08º 17’41’’. Tel. 265 669 610. E-mail:[email protected]; website: www.valedogaio.com

COMO IRSair ao km 81 da A2, em direção a Alcácer do Sal. Seguir até à cidade e, junto ao rio, na rotunda, seguir à esquerda, em direção a Torrão.Passando por Porto do Rei, 11 km antesde Torrão, surge uma indicação à direitaque diz: “pousada, 3 km”. CoordenadasGPS: N – 38º 15’00’’, W – 08º 17’41’’.

A NÃO PERDERO QuintalinhoRua Marquês de Pombal, 23, Alcácer do Sal. Tel. 265 623 186. Restaurantetradicional, onde o apelo da cozinhaalentejana surge associado com ossabores do mar.Dona BiaEN 261 (Comporta-Carvalhal), Torre. Tel. 265 497 557. Frente aos arrozais, o arroz é o principal acompanhamento de vários pratos onde o peixe predominae a caldeira justifica a deslocação.A EscolaEN 253, Cachopos. Tel. 265 612 816.Uma antiga escola primária do “EstadoNovo” encerra um restaurante de aspetotradicional, onde a cozinha regional ébem tratada e o acolhimento hospitaleiro.O RolaCarrasqueira. Tel. 265 497 003. À medida de quem aprecia uns bonspetiscos e gosta de comer bem, numespaço informal por onde a aldeia vaipassando e todos se cumprimentam com afabilidade.

Alcácer do Sal foi, durantedemasiado tempo, uma terrade passagem, justificandouma visita mais atenta às suasruas labirínticas e às antigaslojas onde o comérciotradicional ainda é o quesempre foi

Page 43: Revista Olhar n.7

Veja a vida de outra corExperimente a combinação perfeita entre as cores da moda e protecção UV 100% para os seus olhos.

Goze o verão sem preocupações!

www.hoya.pt

Page 44: Revista Olhar n.7

Junho 201244

Sempre na carteira:Carteira de documentos e dinheiro,óculos de sol, chaves de casa e docarro, hidratante de lábios.Nunca sai de casa sem...Óculos de sol, creme hidratante comproteção solar.Peça favorita da nova estação:Shorts em renda.A cor que não passa de moda:Preto.Essencial para os olhos:Emoções, vida, paz, felicidade, amor.É arrebatador quando sentimos quealguém nos transmite, no seu olhar,as suas emoções.Sinónimos de sexy:Amada, sensualidade...Um defeito:Excessivamente metódica.Uma vaidade:Os meus filhos.O melhor presente que recebeu:Um colar com um coração que a minha filha fez no Dia da Mãe.A última compra:Um par de sabrinas.Na mesa-de-cabeceira:

Livros e uma vela.A última viagem:A Paris.Drama, comédia ou musical?Drama e comédia.Gostava de trabalhar com...Carine Roitfeld.Ídolo de infância:Infância, nenhum; mas, da adolescência, Kurt Cobain.O carro de sonho:Não dou muita importância a carros.Adoro o meu!Referência de estilo:Alexa Chung.Destino perfeito:St. Barths.Nos tempos livres...Tenho um blogue, Chama-se The Indie Pearl(www.theindiepearl.com)e ocupa-me parte do dia, entrepesquisas e posts, é um espaço muitopessoal e de partilha. Tenho tambémaulas de ténis e de golfe, e façoprogramas com os meus filhos.Luísa rima com...Piza.

Eu sou assim...olhar indiscreto

Luísa Beirão e os seus pequenos grandes segredos

Na mesa-de-cabeceira:“Livros e umavela.”

A última compra:“Um par de sabrinas.”

A últimaviagem:“Paris.”

Nunca sai decasa sem:

“Cremehidratante.”

Peça favoritada estação:“Calçoes de renda.”

Destino perfeito:“St Barths.”

PED

RO C

ASTR

O A

GO

AS

A cor que nãopassa de moda:“Preto.”

Page 45: Revista Olhar n.7

O seu parceiro tecnológicowww.fieldeon.com

Para além de ser um rato a laser, com sensor preciso e durável, e de ter um design ergonómico, este aparelho tem ainda a capacidade de digitalizardocumentos até ao formato A3 de forma simples e rápida.

● SCAN DE TODOS OS FORMATOS ATÉ A3● EDIÇÃO DE TEXTO SOBRE IMAGEM● PARTILHA DE IMAGEM EM TEMPO REAL● FÁCIL DE UTILIZAR● FUNÇÃO DRAG AND DROP● BOTÃO “SMART SCAN”● CAPACIDADE OCR

GANHAR É MUITO FÁCILBasta enviar uma frase com as palavras “FIELDEON” e “OPTIVISÃO”para o [email protected] habilita-se a ganhar um scanner mouse.

Só por participar, ganhará um conjunto devouchers de desconto nas lojas Optivisão.Consulte o regulamento do passatempo em www.optivisão.pt

passatempo olhar

GANHEO primeiro scanner mouse do Mundo

Page 46: Revista Olhar n.7

olharas lojas

Page 47: Revista Olhar n.7

VALE DO GAIODurante a semana: 15% de desconto, dormindo duas noites,oferecemos a terceira noite; Ao fim de semana, dormindo asduas noites, oferta da noite de quinta-feira ou a de Domingo.

Vale do Gaio Hotel – Barragem de Vale do Gaio – 7595-034 Torrão – Alcácer do Sal Tel: 265 669 610 [email protected] / www.valedogaio.comVálido: até 15 de julho.Exclusões: os dias de semana que, por ocorrência de um feriado, originem uma “ponte”.

Junho 2012 47

Descubra as promoções especiais que reservámos para si

Use e abuseolharos descontos

OPTIVISÃOEm lentes de contacto e líquidos.

OPTIVISÃONoutro material ótico.

"

OPTIVISÃOEm óculos de sol (todas as marcas).

"

"

"

" "

OPTIVISÃOEm todas as marcas de óculosgraduados (armações e lentes).

20%

15% 10%

20%

BODY PLAZAPack depilação definitiva a laser: antes €2.240 agora:para ela: 6 sessões perna inteira + virilha + axila por €175para ele: 6 sessões costas + peito + nuca por €195pack combate á gordura localizada.

(8 Sessões de 30m de lipocavitação + pressoterapia + 2 envolvimentos corporais de 50 min) antes €1.200 agora por €150 Botox (1 ampola) antes €750 agora por €350,preenchimento (1 ampola ) Antes €600 agora por €250.

Válido para compras ao balcão até dia 31 de julho de 2012.

HOTEL DO SADO20% de desconto em alojamento, em regime de aloja-mento e pequeno-almoço buffet, sobre a tarifa de balcão10% de desconto no Restaurante em serviço à la carte,excluindo menu do dia e menus festivos ou promocionais.Os descontos não são cumulativos com outros descontos,promoções ou campanhas em vigor e têm validade até 30 de dezembro de 2012.

HOTEL DO SADO Business & Nature ****Rua Irene Lisboa, 1 | 2900-028 SetúbalT: (+351) 265 542 800 F: (+351) 265 582 828 [email protected] / www.hoteldosado.com

CEPCAR15% de desconto num batismo de voo

Contactos: [email protected]: 91 722 49 61 / 96 136 10 72 / 262 918 461www.cepcar.ptwww.cepcaraviation.blogspot.pt

15%

15%

COLOUR ME BEAUTIFULReceba 20% de desconto nosserviços de: consulta de estilo, personal shopping e análise de guarda-roupa.Promoção válida até 30 de junho2012 e não acumulável com outras ações promocionais.

Cascais: [email protected] 96 448 1443 / 91 199 3406Porto:[email protected] t: 96 675 00 77 www.facebook.com/ColourMeBeautifulPortugal

www.cmb.com.pt

20%

10%

""

Page 48: Revista Olhar n.7

48

olharos descontos

"

"

COLOUR ME BEAUTIFUL

Otimize a sua imagem com a ajuda da Colour me Beautiful,a maior empresa internacional de consultoria de imagem esinta-se mais segura(o). Se quer apr ender maquilhar-se,saber como combinar as várias peças de v estuário ade-quadas para o seu estilo, ou se pretende fazer uma mudançade visual completa, a Colour me Beautiful of erece o know-how e a experiência para chegar onde deseja.

20%

VALE DO GAIO

Em pleno Alentejo, eleva-se o belo Hotel de Vale do Gaio, -S. Salvador, sobre uma belíssima barragem. É o lugar per-feito para aqueles que apreciam a gastronomia tradicionalda região e sabem disfrutar da caça, da pesca, e de outrosdesportos, como ciclismo, footing, arco e flecha, canoageme outros, da Natureza e do silêncio.O cair da tarde, na varanda sobre a albufeira da barragem,tornam os dias passados na Hot el de Vale do Gaio em in-esquecíveis experiências para o cliente.

15%

HOTEL DO SADO

Hotel do Sado: quem conhece, volta sempre!O Hotel do Sado Business & Natur e foi criado para satis-fazer as necessidades de quem, em trabalho ou lazer, visitaSetúbal e procura conforto e excelência de serviço.Se pensa em golf e, há vários campos à sua escolha. Segosta do contacto com a Natureza pode desfrutar da praiae da serra, com tudo o que têm para oferecer-lhe numa dasmais belas baías do Mundo.Se o seu interesse forem reuniões de negócios, também lheproporciona as melhores condições para a realização dosseus eventos.

20%

" "

""

"

"

Junho 2012

CEPCAR

Contactos: [email protected]: 91 722 49 61 / 96 136 10 72 / 262 918 461www.cepcar.ptwww.cepcaraviation.blogspot.pt

15%

OPTIVISÃONão acumulável com promoções, vales e protocolos em vigor.

20%

OPTIVISÃONão acumulável com promoções, vales e protocolos em vigor.

10%OPTIVISÃONão acumulável com promoções, vales e protocolos em vigor.

10%OPTIVISÃONão acumulável com promoções, vales e protocolos em vigor.

15%

Centro Comercial Picoas Plaza loja C1.15Picoas (junto ao Saldanha, em Lisboa)

Tel 21 312 15 80 / 93 980 84 [email protected]

Page 49: Revista Olhar n.7
Page 50: Revista Olhar n.7

Junho 201250

último olhar

Em Londres, no mercado dePortobello, os sons que marcavam o ritmo da juventude misturavam-secom o ruído da passagem do metroque atravessava a ponte metálicacolorida pelos graffiti. Nos anos 70, era ponto de encontro para ajuventude irreverente e um local deonde irradiavam novas tendênciaspunk, que ficaram para sempreassociadas ao mais popular mercadode roupa da cidade.Os jeans eram objecto de culto,marcando a modernidade da imagemde uma nova forma de cultura urbana.Foi neste contexto que nasceu a PepeJeans, em 1973, sob a Ponte deNotting Hill, numa loja onde sempre se ouviu o ritmo quente da músicareggae. Num período em que osconceitos não eram atropelados pelaspolíticas de marketing, o designer NitinShah e os seus irmãos, Arun e Mylan,deram rédea solta à criatividade no desenho dos jeans, que eram ricosno detalhe e contrastavam com os aborrecidos e anónimos jeanstradicionais.O crescimento foi meteórico e, 39anos depois, a Pepe Jeans mantémtodo o apelo e toda a originalidade,estando presente em sessenta países,com as suas propostas inconformistase originais. E, se os jeans continuam aser uma das suas grandes ofertas, hápropostas igualmente originais emarcantes, como acontece com acolecção Pepe Jeans Eyewear, comopções para homem e mulher, mastambém com modelos unissexo, ondea elegância da forma e todas as coresdo arco-íris marcam o dinamismo dequem usa os óculos de sol ou asarmações da marca. l

Pepe jeansLondon

Foto

grafi

a: C

arlo

s R

amos

/ R

ealiz

ação

: San

dra

Nas

cim

ento

Page 51: Revista Olhar n.7
Page 52: Revista Olhar n.7