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escaladaINT - escalada - fotos - artigos - entrevista - 04

Revista online #4

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Escalada Capixaba parte 2, fotos, Hard Grit por Ralf Côrtes, Messner, entrevista com Eliseu, escalando em Rodellar, "Escalada e Consciência"

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escaladaINT

- escalada - fotos - artigos - entrevista -

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www.deuter.com.br

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Chegamos à quarta edição da nossa revista virtual!

Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que colaboraram com a re-vista, especialmente: Deuter, Naoki Arima, Caio “aFeto”, Luana Rebouças e a galera do Espírito Santo, Mar-cella Romanelli e Felipe Belisário, Ralf Côrtes, Filippo Croso e Eliseu Frechou.

Abraços e boas escaladas!Equipe EscaladaINT

[email protected]

Capa: Luciola Gomes Selia trabalhan-do a via Tempo de chuva 7b, foto de Naoki Arima.

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“ O montanhismo não pode se expressar em recordes ou números. Eu tive sorte. Os deuses foram misericor-diosos comigo.”

Reinhold Messner

RodellarFoto: Marcella Romanelli

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Opinião:Hard Grit

Entrevista:Eliseu Frechou

Personagem:Reinhold Messner

Onde escalar:Escalada Capixaba parte II

Escalando em Rodellar

Aconteceu no Climb:

Escalada e ConsciênciaLIXO em Itaqueri da Serra

FOTOS

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“Viagem ao fundo do mar” 8a E6 - Urca-RJFoto: Marcela Chaves

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Por: Ralf Côrtes

HARD GRIT...

... para qualquer escalador, fica claro com poucas palavras o estilo único e o grau de comprometi-mento por parte do praticante.

Em 99 fui provar do Gritstone e tentar o Hard Grit também, e minha experiência não foi muito boa. No sétimo dia, tentei um E6 6b à vista (8b BR) e... hospital, duas cirurgias com direito até a pino no pulso... é perigoso como qualquer escalada, o que passa é que quando o escalador deixa a auto-con-fiança sobrepor o medo, algo pode acontecer (foi exatamente o que senti naquele momento parti-cular).

Mas pra início de conversa, é bom esclarecer que o hard grit é basicamente: vias de falésia curtas, com proteções móveis bem exploradas e o mais importante, normalmente de grau forte em uma rocha chamada gristone, que só existe na Ingla-terra (pelo menos, é o que os ingleses praticantes dizem). Este complexo forma uma coluna verte-bral, bem no centro do país, com alguns intervalos que ditam os setores.

www.abrigodoelefante.com

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As vias consideradas de hard grit, pelo que repa-rei, são de grau normalmente acima de E6 (UK), que unindo a exposição com o grau técnico, dá o grau geral, que depende muito da distância e da segurança das proteções (colocações) e dos lances técnicos de escalada que fecham um ciclo que não pode ser quebrado.

A melhor explicação foi do Neil Gresham, escala-dor tradicional de hard grit, uma vez me explican-do por exemplo que: “um E7 inglês pode ser um 9b com proteções boas, mas um pouco longe e mes-mo assim tranqüila em caso de queda. Ou um 8c com proteções mais ou menos e uma queda mais esquisita. Ou ainda um 8b quase que mortal!”.

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O certo mesmo pra quem for escalar no “grit”, é correr atrás de uma tabela de conversão. Existem várias por aí.

É legal fortalecer que o hard grit é um estilo não existente aqui no Brasil, por questões óbvias.

No Brasil, uma tradução boa depois de alguns de-bates, ficou definida como esportiva móvel, e em outros países como esportiva tradicional. Na esportiva móvel brasileira, não necessariamen-te o escalador vai encontrar uma fenda óbvia para boas proteções, mas é muito comum se utilizar buracos, lacas, rachaduras, e algo mais para se proteger. Isso sim, como o hard grit. O que preva-lece nesse estilo é a criatividade nas colocações móveis.

O potencial de proteção não é tão alto, tendo vias com trechos em que o escalador por algum cen-tímetro ou milésimo de segundo estaria em solo, até chegar a uma próxima proteção, boa ou não. A graduação é relativa e subjetiva como sempre.

Os praticantes no Brasil, que são pouquíssimos, entraram em um entendimento natural, simples-mente por praticar, que um E6 brasileiro já pressu-põe que se trata de uma esportiva móvel, ou seja, vias em falésias com proteção móvel (somente!) variada, e nível técnico e exposição altos.

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Todos que gostam de usar essas pecinhas móveis, deveriam um dia visitar o verdadeiro gritstone, porque simplesmente aguça a criatividade.

A melhor época é o início do inverno inglês. O grit funciona melhor no frio, por causa de seus maravi-lhosos e típicos abaolados, e a aderência fica bem melhor. Mas lembre-se... se exponha com cons-ciência!

Após a 7a tentativa da “Se segura malandro” 9c E7 - Urca-RJ (5 pontos na perna)Foto: Marcela Chaves

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Yosemite Shortest Straw – tentativa em solitário no El CapitanFoto: arquivo pessoal

EntrevistacomEliseu Frechou

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Como e quando começou a escalar?Comecei a escalar quando tinha 15 anos e morava em São Paulo. Naquela época (83), havia pouco material disponí-vel e informações também eram difíceis de obter. Foram tempos heróicos, só continuava escalando quem queria muito, senão desistia por falta de equipamentos, informa-ções e parceria.

Qual o estilo de escalada que mais gosta? Por quê?Gosto de escalar paredes, seja tradicional ou artificial, as grandes paredes me fascinam mas destroem o corpo, então as escolho bem e escalo com moderação para que possa curtir por muito mais tempo. Já há algum tempo que tenho dispensado tempo para viajar por esse Brasilzão e conhe-cer as várias faces do montanhismo brasileiro, então aca-bo escalando de tudo, e isso é bom. Quando eu comecei a escalar, todos escalavam de tudo, e essa idéia ainda se mantém na minha cabeça, portando, acabei me apaixonan-do pela escalada em rocha, em todas as suas modalidades. Curto muito a escalada esportiva, que é uma ótima maneira para me divertir e ficar forte para as paredes, onde muitas vezes não se pode errar nem cair.

Qual foi a sua escalada mais marcante?Fiz muitas escaladas inesquecíveis, quer seja pela beleza, pela dificuldade ou pelo perigo que passei. É difícil esco-lher uma, mas a última grande, do Monte Roraima, está entre as especiais, foi um marco na minha carreira e na história do montanhismo brasileiro, nunca uma conquis-ta brasileira havia repercutido tanto no exterior, e isso foi um motivo de muito orgulho. As conquistas na África, as escaladas em Yosemite da Terra da Gigantes também mar-caram. Mas também houveram muitas conquistas aqui na Pedra do Baú que foram marcantes, logo que eu mudei para cá e ainda havia muitas linhas lindas esperando para serem escaladas.

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E o maior perrengue?No quesito sofrimento, foi a tempestade que pegamos no meio da parede do Monte Roraima e tivemos (Marcio Bru-no e Fernando Leal) que esperar por quase 5 dias para que ela passasse, tentando avançar no frio e umidade.

No quesito perigo quando estávamos (Marcio Bruno e eu) fazendo a repetição da Plastic Surgery Disaster um A5 muito difícil do El Capitan em Yosemite, peguei uma chu-va torrencial logo após finalizar um trecho de A4. O croqui estava errado e acabei seguindo em sentido oposto à base, escalando de bota, mais de 20 metros sem proteção, e mais um A4 até a base! Se tivesse caído, teria passado batido pela base e me espatifado, num fator 2 de 120m. Foi um pesadelo.

Fernando Leal e Eliseu Frechou na quarta enfiada da via Guerra de luz e trevas no Monte Roraima Foto: Marcio Bruno

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Você é um dos poucos brasileiros que vive do monta-nhismo e para o montanhismo. Quais são os desafios?Cheguei em São Bento do Sapucaí em 89 com 20 mos-quetões e uma corda. O que tenho, veio do meu trabalho no montanhismo. Se você trabalha forte em qualquer ati-vidade, vai obter resultados. Eu gosto do que faço. Gosto dos cursos, de produzir matérias para a ESPN sobre meu esporte e com pessoas que eu respeito. Acho que o grande desafio é conseguir se manter correto eticamente. Quan-do entramos no jogo das grandes escaladas, da mídia, dos patrocínios é difícil se manter fiel ao que é certo. Muitos grandes escaladores caem na tentação e fazem presepadas, aumentam os feitos, aceitam fazer coisas erradas para apa-recer. Infelizmente este é o caminho mais fácil para conse-guir ficar conhecido, porém é uma estrada sem saída, com um fosso ao final. O reconhecimento e a vida duradoura no esporte só acontece quando se age certo. O que é mais di-fícil: enganar uma grande empresa com um projeto fajuto, ou conseguir apoio de uma empresa ligada ao montanhis-mo que saberá avaliar seu projeto?No meu caso, já sabendo a resposta para a pergunta acima, resolvi que além de escalar e me relacionar de maneira cor-reta com a montanha e sua tribo, iria trabalhar de modo a deixar algo de bom para o esporte que paga minhas contas e me fez ser uma pessoa realizada. Então, criei a Monta-nhismus, que é uma escola de escalada e o jornal Mountain Voices, que desde 1990 circula por todo o Brasil, difundin-do e registrando o montanhismo brasileiro. Faço muitas palestras e oficinas em encontros de escalada pelo Brasil como uma forma de ajudar no crescimento do nível técni-co do escalador brasileiro e fazê-lo sonhar com objetivos cada vez maiores.

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Onde você gostaria de levar seus filhos para escalar?Neste ano, vamos à Argentina caminhar e pedalar. Meu pai queria que eu fosse pianista, e me forçou durante cinco anos a estudar piano, então eu aprendi a lição de que não devemos forçar as pessoas a fazerem nossos gostos. Os meninos não são muito de escalar, então eu não forço. Mas curtem caminhadas, acampar no agreste, pedalar... estamos planejando uma visita ao Frey no final deste ano, para que eu possa escalar um pouco também.

Você já escala há um bom tempo... como você vê o mon-tanhismo hoje? O que mudou desde que começou a es-calar?Eu vejo que estamos no caminho certo, crescendo em pas-sos firmes. Percalços sempre houveram e haverão. Acho que o que se vê hoje de maneira clara, e que não aconte-cia nos anos 80, é que há muita competição entre os esca-ladores. Há também muito pouco respeito com os points. Há escaladores deixando lixo, bitucas de cigarro e fazendo algazarra nos picos, o que não acontecia antes, e o reflexo destas atitudes, são os fechamentos de locais para a prática da escalada.

Eliseu com o caçula Jorge em Agulhas NegrasFoto: Vitor Frechou

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O que você acha que precisa melhorar na escalada atu-almente no Brasil?O envolvimento de pessoas e empresas com o projeto de fazer o esporte crescer no Brasil. Eu não compro nada de empresas que não incentivam o esporte. Não importa se um item de uma marca que está engajada é mais caro, eu com-pro pois a diferença de preço vai me retornar depois, quer seja num evento, apoiando publicações ou no patrocínio de um atleta que nos representa ou abre vias para todos. De alguma forma, quem ganha dinheiro com um esporte, tem que retornar algo para ele, senão, nós, esportistas, temos que lhe mandar um recado.E esse pensamento deve ser o mesmo do esportista. Todos podem fazer algo para melhorar um point, nossa organiza-ção.

Tem algum projeto para o futuro?O que interessa hoje, o que abre meus olhos, são as gran-des paredes em ambientes exóticos. Há um montanhismo no qual os brasileiros se dão muito bem, que é a escalada em paredes tropicais e em desertos. Escalar no calor, no meio do mato, com bichos peçonhentos é uma espécie de anti-alpinismo, que os europeus e americanos não conhe-cem tão bem como nós.Quero voltar à áfrica em breve, talvez ao Mali, ou Ma-dagascar. Estou tentando convencer os guerreiros pra se-guirem para mais essa roubada, mas ainda estou levan-tando o dinheiro. Vamos ver que onde terei grana pra ir, ahahahahaha!

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Deixe um recado pra galera.Retribua o que a escalada lhe faz de bem. Reserve uma parte do seu tempo para cuidar das montanhas e ajudar seu esporte crescer de maneira sadia. Faça isso e você será um escalador muito mais feliz.

www.montanhismus.com.br

Eliseu FrechouFoto: arquivo pessoal

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www.montanhismus.com.br

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M e s s n e r R e i n h o l d

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Messner é uma figura polêmica do cenário do mon-tanhismo, seus relatos e histórias beiram o limite do fantástico e do real.

Considerado um dos montanhistas mais famosos no mundo, Reinhold Messner tem escalado desde que ti-nha cinco anos de idade. Aos 20 já tinha escalado a maioria das rotas no Dolomites e nos Alpes ociden-tais ao lado de seu irmão Gunter (que foi morto mais tarde por uma avalanche em Nanga Parbat durante sua primeira expedição ao Himalaia).

O primeiro encontro com as altas montanhas do Hi-malaia foi em 1970. Oito anos depois, fez a primeira escalada em uma montanha de 8 mil metros, sem oxi-gênio suplementar.

“Queria ver se com minhas forças, minhas dúvidas, meus medos, era capaz de chegar a esse possível/impossível. Como homem, não como robô”.

Após essa declaração, Messner chegou, também sem oxigênio suplementar, ao cume de todos os 14 picos do planeta com mais de 8 mil metros de altitude. Es-tava lançada a era de uma das maiores polêmicas do montanhismo: Usar ou não O2 engarrafado nas altas montanhas?

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Depois que realizou a primeira escalada sem oxigênio do Everest, fez as ascensões em solo do Nanga Parbat e do Everest, tornando-se posteriormente o primeiro homem a escalar todos os cumes com mais de oito mil e terceiro terminando os ‘sete cumes’ .

Algo a se recordar sobre suas escaladas é que até hoje, ele é única pessoa que verdadeiramente esca-lou o Everest sozinho, sem ajuda de outra pessoa do acampamento ao cume e sem O2 suplementar.

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‘Eu nunca pus uma chapeleta (bolt) em toda a mi-nha vida e nunca irei pôr uma proteção fixa numa rocha. Se eu não puder escalar sem uma destas pro-teções, eu não escalo. Nunca usei garrafas de oxi-gênio. Se eu não puder escalar sem oxigênio extra eu não escalo mais alto. Isso não é uma decisão di-fícil.

Uma de suas maiores polêmicas é a aparição do Yeti em suas escaladas solitárias, ele jura ter visto por duas vezes o abominável homens das neves, inclusive na segunda vez conseguiu fotografá-lo, publicando em um dos seu livros.

Mais do que recordes ou heroísmo, seu maior lega-do são os ensinamentos tirados de cada escalada, que continuam inspirando as próximas gerações de mon-tanhistas.“O montanhismo não pode se expressar em recor-des ou números. Eu tive sorte. Os deuses foram mi-sericordiosos comigo”.

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Apeninos e Furlan

aFeto na via Castelo de Grayskoll 7bFoto: Naoki Arima

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Por Caio Salomão Amador “afeto” e Naoki Arima

A falésia de Apeninos começou a ser aberta no início de 2010 com várias investidas na maioria das vezes por Naoki Arima e companhia, munidos de furadeira, chapeletas e muita disposição para concretizar mais um point de escalada esportiva no Estado, pouco mais de 3 meses a falésia se tornou um belo campo-escola com vias longas, curtas, explosivas, negativas, verticais e até tradicional num gnaise com textura fina e macia na me-dida do possível. Foram abertas 20 vias esportivas que variam do 5º ao 9º grau com 20 a 30m de altura, mas ainda tem potencial para mais vias.

A via mais clássica sem dúvida é a Castelo Ra-Tim-Bum (6c), o início é abrasivo e a medida que se vai escalando a rocha vai ficando macia e as agarras vão aumentando tornando os seus 25m de extensão a maior curtição.Os conquistadores acreditam que a falésia oferecerá mais uma via tradicional, variante da primeira linha aberta que chega ao cume do lagartão (totem de 110 metros encostado na falésia).O distrito de Apeninos faz parte da zona rural de Cas-telo-ES e está localizado a 150 km de Vitória. O local foi nomeado pelos imigrantes italianos em homenagem à Cordilheira dos Apeninos (em italiano: Appennini), pois as montanhas verdes e arborizadas lembravam sua terra natal.

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Era preciso ficar o final de semana para intensificar os trabalhos, e o Camping do Furlan acabou se tornando a opção de abrigo, não só por ficar a 30min da falésia de Apeninos, mas por possui a melhor estrutura para receber os escaladores.

Graças a família Furlan que mantém uma excelente es-trutura de agroturismo, os escaladores podem desfrutar de uma ampla área de camping, banheiro, chuveiro quen-te, café da manhã, almoço e janta.

Nessas estadias no Camping do Furlan foi aberto um point bem na propriedade com 8 vias, todas negativas com agarras macias em um granito supercompacto, coisa rara por esses lados.

Vista geral do lazer FurlanFoto: Naoki Arima

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Felipe Sertã trabalhando a via Chá Doce 8abFoto: Naoki Arima

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A graduação varia de 8a/b até um 9a hard, fazendo de Fur-lan o point com a maior concentração de vias de oitavo grau do Estado, além das vias, na propriedade há diversos blocos com potencial para boulder, e tudo isso a menos de 10 min de caminhada. Isso sem falar da famosa cachoeira do Furlan que fica em frente ao camping, um convite irre-cusável para aquele banho de cachu pós-climb.

Em termos de vias, todas são um clássico, mas não deixe de provar a via Chá Verde (8a/b), uma via totalmente nega-tiva só de agarras grandes até o crux, uma outra excelente pedida é a via Café com Leite (8b/c), uma via bem traba-lhosa e com uma movimentação bem variada; e a terceira pedida é a via Capuccino 9a hard! Não sei o que é melhor nessa via, escalar ela ou ver de camarote, pois o visual da via é incrível.

Com o intuito de divulgar e incentivar a escalada na região foi realizado o 4º Encontro Capixaba de Escalada no final de Agosto de 2010, apresentando os dois points abertos Apeninos e Furlan.

Vista geral da falésia do FurlanFoto: Naoki Arima

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Vista geral da falésia do FurlanFoto: Naoki Arima

Felipe Alves na via Café Doce 8bFoto: Naoki Arima

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Diandra Pittella trabalhando a via Tempo de Chuva 7bFoto: Naoki Arima

Calo

gi

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Por Naoki Arima

Conhecido formalmente pelos escaladores como Calo-gi, a Pedra do Itapocuçu é atualmente o destino preferi-do dos capixabas que buscam vias esportivas de exce-lente qualidade, fica a apenas 47Km (1 hora de carro) de Vitória, aproximação de 10min e vias, muitas vias. Em sua grande maioria, vias longas (30m), verticais a negativas! Um paraíso para, como dizem por aqui, “gastar” os dedos.

O desenvolvimento de Calogi é bastante recente, mas já era conhecida pela comunidade escaladora há al-gum tempo. No século passado, alguns escaladores já se aventuravam por essas paredes em busca de novas possibilidades. Mais recentemente, um escalador das antigas, o Zé Márcio, voltou à pedra em busca de uma nova linha que desse acesso ao cume e conquistou, jun-tamente com o Sandro e o Luca, a via Quebra Côco, uma via tradicional que transcorre pela crista nordeste da pedra. Foi durante essa empreitada que a galera vis-lumbrou o potencial do lugar para algumas vias espor-tivas.

Essa conversa chegou aos meus ouvidos e já no próxi-mo final de semana, mesmo com chuva, partimos eu e o Diogo Coelho “Rebit” para conferir a tal pedra nega-tiva com regletinhos.

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Chegando lá ficamos maravilhados com as possibilida-des. A pedra que os conquistadores viram era apenas a ponta do iceberg, pois o lugar tinha potencial para mais de 40 vias! Naquele dia tivemos a certeza de que Calogi seria o principal point de escalada esportiva do Estado.

A partir daí, foram dias, semanas e meses de muito tra-balho para abrir as vias. Para ser mais exato foram 9 meses de muito trabalho e dedicação para enfim exaurir o filé da pedra (Setor Totem). Ao final desse período de trabalho, a pedra já contava com mais de 40 vias que vão do 4º grau até um 9c.

Felipe Alves na via Maria Fumaça 9bFoto: Naoki Arima

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Diandra Pittella trabalhando a via Tempo de Chuva 7bFoto: Naoki Arima

Diandra Pittella trabalhando a via Tempo de Chuva 7bFoto: Naoki Arima

Todas as vias são protegidas com chapeletas (exceto a via Quebra Côco), chumbadores 3/8 por 3pol. e as paradas são duplas com argola para facilitar o rapel, além disso foi feito um trabalho de contenção nos pontos mais críticos da trilha para minimizar o impacto e a erosão.Calogi ainda tem muito potencial para novas vias esporti-vas, além disso, possui 3 vias tradicionais em fase de con-clusão o que dará maior diversidade de estilos ao point.Dentre as inúmeras opções de via recomendo:

Quebra Côco:uma via tradicional de 4 enfiadas, bem tranquila para curtir um pouco a paisagem capixaba;Mosquito cotoco (7a): para aquecer os dedos e aclimatar o corpo;Trem Comprido (8b): uma via longa de 30m que dá acesso ao cume do Totem;Transiberiana (9a): provavelmente o 9a mais bonito de Calogi;Avalanche (9c):a via mais difícil e estética do Estado.

Vista geral de CalogiFoto: Naoki Arima

Felipe Alves na via Maria Fumaça 9bFoto: Naoki Arima

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Felipe Belisário e Marcella RomanelliFoto: Eduardo “Barão”

ESCALANDO EM RODELLAR

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Por:Marcella Romanelli e Felipe Belisário / escaladalivre.com.br

Todo escalador já ouviu um dia falar de Rodellar, ainda que não saiba onde fica. Rodellar, província de Aragón, Espanha, Europa. Mas não é que nos últimos anos nos parece bem mais perto? Levando em conta que em junho de 2011 tinham quase 30 brasileiros no pico, acho que dá pra acreditar nis-so...Alguns escaladores, digamos, mais desapegados, juntaram os trapos, uma graninha e se mandaram pra lá. Alguns já vi-vem lá há mais de 4 anos. Acho que por isso começamos a ter mais notícias das escaladas em Rodellar. Ouvíamos sempre notícias das cadenas e aventuras dos nossos amigos brazu-cas, e foi isso que animou mais ainda a equipe a fazer uma trip pra Espanha pra conhecer Rodellar.Formamos um grupo de três pessoas, compramos as passa-gens e dois meses depois já éramos sete. Com esse número ficou fácil alugar um AP confortável por um precinho cama-rada. Tudo ficou muito mais fácil com o contato dos nossos amigos por lá. Caronas, ajuda nas compras de supermercado, betas das vias, etc.. tudo veio junto no pacote que nós com-pramos.Foram 21 dias hospedados em Rodellar e escalando quase todos os dias. Mais de 14 setores visitados, nem sei quan-tas vias escaladas, e muita experiência na bagagem. Foi isso que a gente trouxe de volta. Visitar um país que conhece a escalada, onde o esporte é praticado por pessoas de todas as idades, onde o escalador é tratado com respeito, tudo isso é muito novo pra nós. Vimos famílias inteiras na rocha, pas-sando o fim de semana. Uma mãe dando segurança pro ma-rido com um neném pendurado na mochila, nas costas, um escalador malhando um nono grau com uma perna só, as

Felipe Belisário e Marcella RomanelliFoto: Eduardo “Barão”

ESCALANDO EM RODELLAR

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meninas apertando “a muerte”... essas foram cenas que nos marcaram muito. Isso sem contar com a organização do pico. Os croquis são feitos sobre fotos da parede, com nomes dos conquistadores, altura das vias e número de proteções, quase todas as vias são sinalizadas com pequenas pedrinhas onde são pintados os nomes, e todos os espanhóis foram muito receptivos.Dicas valiosas:Melhor época: acho que a época que escolhemos pra ir foi boa, junho, é o começo do verão na Europa. Embora estives-se já um pouco quente não pegamos o auge do calor, isso foi um ponto positivo. Bom mesmo deve ser ir na primavera, que é mais fresco. Onde escalar: A Espanha é o país da rocha, então fica difícil falar da escalada de lá e não se lembrar de Siurana, Margalef, Oliana, Montserrat e até Mallorca... mas como o tempo era curto resolvemos ficar só em Rodellar. Conhecemos vários setores. Para se conhecer todos, acho que é preciso se mudar pra lá... Alguns são os mais clássicos como o Gran Bóveda, onde as vias são altas, muito negativas e com chorreiras in-finitas; Pince Sans Rire, Las Ventanas e Surgencia. Outros são menos falados, mas não menos fantásticos, como Café Solo, Egocentrismo, Bouler de Jon e outros. Vimos de perto a Cueva de Ali Babá, onde o Felipe Camargo fez a cade-na da Ali Hulk, 11c. Alguns setores são muito freqüentados, por ter mais vias de fácil acesso, e por isso, além do grande número de pessoas, as agarras são muito polidas. Mas nada que impeça a escalada, vale a visita ao El Camino, lá é pos-sível escalar vias mais curtas, num estilo muito diferente das clássicas, nas quais se escala em chorreiras, mas são muito bacanas também.

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Marcella RomanelliFoto: Eduardo “Barão”

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Não deixe de escalar:Roxy La palmera 6c (7a BRA) no setor Criminal TangoPequeño Pablo 7a+ (8a BRA) no setor EgocentrismoJuan e Fran se nos van 7a+ (8a BRA) no setor Las VentanasMónica 7b (8b BRA) no setor Café SoloPince sans rire 7b+ (8c BRA) no setor do mesmo nomeSayonara Baby 7c (9a BRA) no setor SurgenciaNanuk 7c (9a BRA) no Gran BóvedaEl Delphín 7c+ (9b BRA) no Las VentanasColiseum 8a (9c BRA) no Gran BóvedaSopas de ajo 7b+ (8c BRA) no Gran Bóveda (essa é pra você testar se aprendeu mesmo a escalar as chorreiras...)

Setor VentanasFoto: Marcella Romanelli

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Onde ficar:Casa Javier- apartamentos para 4 ou 8 pessoas, com cozinha, banheiro e outros luxos como lava-louças, máquina de lavar roupas, cozinha completa, etc... Foi onde ficamos e foi muito barato.Refúgio KalandrakaCamping El PuenteCamping MascúnOu se você tiver um amigo que está morando no estaciona-mento das vans você pode “bacterizar” lá com ele...

Onde comer:O ideal é você cozinhar em casa, ou onde quer que você es-teja, porque as comidas nos supermercados são muito ba-ratas. Mas tente fazer estas compras em Barbastro (cidade grande mais próxima) porquê em Rodellar até tem mercadi-nhos, mas já não são tão baratos e nem tem tanta variedade. Mas quando você quiser descansar da cozinha vá comer uma lasanha no Kalandraka. Ela é famosa. Lá, não deixe de be-ber a cerveja Alhambra, é uma garrafinha verde, sem rótulo. Ela é forte e deliciosa... No restaurante do Jorge (La Parada Del Olvido) ele serve um prato feito delicioso, chamado de “Combinado”. Você escolhe uma carne, geralmente frango ou porco (desista da carne de boi...) e vem com batatas fritas, uma saladinha bem feita e peça uma Estrela pra beber. A pizza dele também é deliciosa.

Setor VentanasFoto: Marcella Romanelli

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Atenção:Cuidado com as cabras que caminham no cume , elas costu-mam deslocar algumas pedras que caem nos setores.Fique atento com a ponta da corda. No Gran Bóveda, por exemplo, você só desce da via de uma vez só se tiver corda de 80m.Mesmo se você for no auge do verão, leve um casaco quenti-nho, principalmente se você mora no Brasil, de São Paulo pra cima (pra nós, em algum momento vai fazer um friozinho). Agora, se você for gaúcho, então você está acostumado...Compre o guia. O da capa preta, do Kalandraka, ou o do Mas-cún. Eles não são caros e quebram o galho demais. Nós repa-ramos que houve pouco critério na graduação das vias abaixo de 6c FR (7a BRA). Além disso, os guias estão utilizando o artifício da barra para baixar o grau de algumas vias. Então é comum encontrar uma determinada via, no guia, com dois graus, por exemplo 7b/7b+, mas tenha certeza que você fará força de 7b+. No mais, escale a muerte... ah, e não morra de rir se, quando você estiver no crux da via alguém gritar pra você: “Venga Titan!”

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Eduardo “Barão”Foto: Marcella Romanelli

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A escalada capixaba demonstrou seu potencial no mês de agosto com a realização de dois grandes eventos distintos. Nos dias 13 e 14 foi realizado o V Encontro Capixaba de Escalada em Cachoeiro de Itapemirim com a presença de Patrick Withe, o ”Panela” – conquistador da via Chaminé Cachoeiro (320m 5º VI+ E3 D4) – montanhistas do Rio de Janeiro e Minas Gerais e cerca de 50 membros da Associação Capixaba de Escalada.O V Encontro teve como marca a abundância de vias tradicionais de escalada onde as duplas se dividiram nas diversas vias do Com-plexo do Itabira. Mas o Frade e a Freira, famoso cartão postal do Espírito Santo, também foi visitado durante os dias do evento por escaladores e admiradores do esporte.Porém, o ponto alto, alto mesmo, foi a repetição da via Chaminé Cachoeiro com 10 enfiadas, na pedra do Itabira, pelos escaladores Naoki Arima e Caio Salomão (aFeto) que chegaram ao cume em 12 horas de escalada.Naoki sobre a dificuldade da via disse: “No meio do perrengue da via, achei umas cunhas de madeira da conquista original e fiquei pensando como esses caras passaram por aqui há mais de 50 anos atrás… Eu aqui com uma corda feita com o nylon de última gera-ção, uma sapatilha mega colante, um jogo de friends que gruda em qualquer fenda… E Panela e CIA com um pedaço de sisal e essas cunhas de madeira… É de tirar o chapéu. Aliás, a cada lance difícil da via, a primeira coisa que pensava era: como eles passaram por aqui há 50 anos atrás?” E também, falou sobre as consequências do feito sob sua vida, “com certeza foi uma grande experiência. Uma escalada que lem-

AconteceunoClimb

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braremos pelo resto de nossas vidas. Aprendi a valorizar mais ain-da as coisas simples da vida (a começar pela minha cama e o lençol que não sai voando com o vento à noite), o valor da amizade e do companheirismo. O aFeto foi um grande parceiro de cordada e um guerreiro que se portou digno de um grande escalador.”E dessa forma, eles fecharam com chave de ouro o V Encontro que ficará marcado na história da escalada capixaba.

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No fim de semana seguinte, no dia 21 de agosto, aconteceu o 1º Festival de Boulder do Astolfo marcado pela descontração e diversão dos competidores e dos organizadores. Foram três horas de Festival com muitas risadas, cadenas e betas.

“A energia da galera estava muito legal, muita diversão e descon-tração. A galera é muita unida e realmente queriam curtir um mo-mento de festival para escaladores” foi o resumo feito pelo Felipe Alvares (Kabeça), 1º colocado no Festival de Boulder do Astolfo.Na categoria feminina as escaladoras capixabas Evie Negro (1º lu-gar) e Lucíola Selia (2º lugar) subiram ao pódio acompanhadas da mineira Thalita Barbosa (3º lugar).Já o pódio masculino foi formado pelo mineiro Felipe Alvares, o capixaba Felipe Alves (2º lugar) e o também mineiro, Daniel Tio-dan (3º lugar).Mas esse evento não seria possível sem a colaboração de todos os membros da Associação Capixaba de Escalada – ACE e das empre-sas apoiadoras Destak, Abrigo Cipó, 4Climb, Conquista, Adrena e Resseg. Texto de Luana Rebouças

Naoki Route Setter, foto de Paula Dariva Festival foto de Naoki Arima

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Lançamento do Guia de Escaladas AndradasPor Filippo Croso

Andradas vem se tornando cada vez mais conhecida pela comuni-dade escaladora, devido suas inúmeras rochas e excelentes vias de escalada.Desde 2006, pioneiros da escalada local e conquistadores de inú-meras vias da região - Pedro Zeneti Jr., Daniela Lopes e Filippo Croso, vem trabalhando em um guia de escalada do local, para suprir a demanda de quem viaja à esse destino e busca informações para acessar as vias e realizar as ascensões.O guia tem 104 páginas, sendo 16 delas coloridas com fotos das diversas faces das pedras e os traçados das vias desenhados. O guia compreende 77 vias, 52 croquis detalhados + ilustrações, abran-gendo as pedras do Pântano, Boi e Elefante, além de fatos históri-cos, cuidados, acessos, ética local, entre outras informações.

O guia estará à venda em lo-jas especializadas e acade-mias de escalada, ou direta-mente com os autores pelos e-mails:

Pedro Zeneti: [email protected]

Filippo Croso: [email protected]

Foto: Capa do Guia de Escaladas Andradas

Texto de Luana Rebouças

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O lançamento do livro “No Teto do Mundo”Por Ana Lígia Fujiwara

No dia 22/09/2011 em Campinas, aconteceu o lançamento do livro “No Teto do Mundo”, do alpinista brasileiro Rodrigo Rai-neri.

O alpinista mostrou alguns vídeos de projetos que comenta no livro e falou um pouco sobre como foi escrever.

O livro relata os esforços de Rodrigo para chegar ao cume do pico mais alto do planeta, a dor da perda de seu grande amigo e companheiro de expedições, o multiatleta Vitor Negrete, em 2006, a emoção de ver o mundo aos seus pés em 2008, a tentativa de voar do cume com um parapente, em 2011, e o desafio maior em uma escalada em situações extremas: voltar vivo!

“No teto do mundo” é mais do que um livro de memórias, é um relato da capacidade hu-mana de superar metas e obs-táculos, sejam eles físicos ou emocionais.

O livro mostra até onde a re-sistência e a persistência po-dem chegar: literalmente no topo do mundo.

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Por Ana Lígia Fujiwara, (inspirado no texto da Rafa Discaciati doabrigocipo.blogspot.com)

Recentemente em Itaqueri da Serra foram abertas várias vias no Terceiro Setor. Com isso, a frequência de escaladores no local au-mentou muito e alguns problemas começaram a surgir.

O lixo vem se espalhando pelas trilhas e setores. É comum encon-trar bitucas de cigarro, pedaços de esparadrapo e embalagens de alimentos deixadas para trás. Isso sem contar a enorme quantidade de papel higiênico encontrados nas trilhas e arredores.

O número de veículos também aumentou bastante, causando des-conforto aos proprietários das casas por onde passamos para aces-sar o pico.

O barulho também está incomodando.

Esses problemas podem causar o fechamento do pico.

Para que isso não ocorra :

- Procure estacionar seu carro na praça, na frente do bar.

- Leve seu lixo com você, isso inclue: bitucas de cigarros de todos os tipos, pedaços de esparadrapo, escovas de dentes, os restos e cascas de frutas (muitos não sabem mas isso pode contaminar ani-mais silvestres. Isso vale pra mim, que não sabia!) e principalmen-te o papel higiênico que usou,

- Leve seu clip stick ou empreste de algum outro escalador. Evite cortar galhos para improvisar na hora. Em algumas vias, a primeira chapa é um pouco alta.

LIXO em ItaquerI da Serra

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- Lembre-se sempre de duas coisas importantes com relação ao “seu banheiro”: 1. se afastar ao máximo das pedras e das trilhas, nunca usando lo-cais próximos à água, 2. cavar seu “banheiro”, com uma pazinha, pedaço de pau ou lasca de pedra, para fazer um buraco no chão. Depois, enterre suas fe-zes, deixando o local “como se nada tivesse acontecido ali”. Afinal, ninguém precisa saber, não é?

- Procure se manter na trilha.

- Sobre o barulho... lembre-se de respeitar o local, os moradores e outros escaladores.

Cada um faz a sua parte, para que todos possam sempre escalar nesse lugar tão incrível!

Boas escaladas!

Beto na via Quatro Chapeletas e um Funeral 7bTerceiro setor - Itaqueri da Serra

Foto: Rafael Rodrigues

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Rebit mandando a via Tempo de Chuva 7b Foto: Naoki Arima

FOTOS

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Marcella Romanelli escalando em Rodellar Foto: Eduardo “Barão”

FOTOS

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Bruno na via O Joio e o Trigo 8b Foto: Ana Lígia

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Eliseu Frechou na Realidade da coisa/Lapinha Foto: Gustavo Baxter

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