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Revista Reformador de Maio de 2008

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Análise e aprovação das atas das reuniões realizadas nos períodos de 10 a 12 de novembro de 2006 [publicada na Edição Especial da revista Reformador, de maio de 2007], e no dia 12 de abril de 2007 [publicada na Edição Especial da revista Reformador, de julho de 2007].

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Fundada em 21 de janeiro de 1883

Fundador: Augusto Elias da Silva

Revista de Espiritismo CristãoAno 126 / Maio, 2008 / N o 2.150-A

ISSN 1413-1749Propriedade e orientação daFEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRADiretor: NESTOR JOÃO MASOTTI

Editor: ALTIVO FERREIRA

Redatores: AFFONSO BORGES GALLEGO SOARES, ANTONIO

CESAR PERRI DE CARVALHO, EVANDRO

NOLETO BEZERRA E LAURO DE OLIVEIRA SÃO THIAGO

Secretário: PAULO DE TARSO DOS REIS LYRA

Gerente: ILCIO BIANCHI

Gerente de Produção: GILBERTO ANDRADE

Equipe de Diagramação: SARAÍ AYRES TORRES, AGADYR

TORRES E CLAUDIO CARVALHO

Equipe de Revisão: MÔNICA DOS SANTOS E WAGNA

CARVALHO

REFORMADOR: Registro de publicação no 121.P.209/73 (DCDP do Departamento de Polí-cia Federal do Ministério da Justiça),CNPJ 33.644.857/0002-84 • I. E. 81.600.503

Direção e Redação:Av. L-2 Norte • Q. 603 • Conj. F (SGAN) 70830-030 • Brasília (DF)Tel.: (61) 2101-6150FAX: (61) 3322-0523

Departamento Editorial e Gráfico:Rua Souza Valente, 17 • 20941-040Rio de Janeiro (RJ) • BrasilTel.: (21) 2187-8282 • FAX: (21) 2187-8298E-mail: [email protected]

Home page: http://www.febnet.org.brE-mail: [email protected] e

Projeto gráfico da revista: JULIO MOREIRA

Capa:

1. Abertura1.1 Prece inicial

1.2 Palavra do Presidente do CFN

2. Expediente2.1 Análise e aprovação das atas das reuniões realizadas

nos períodos de 10 a 12 de novembro de 2006 [publi-

cada na Edição Especial da revista Reformador, de maio

de 2007], e no dia 12 de abril de 2007 [publicada na

Edição Especial da revista Reformador, de julho de 2007].

3.Ordem do Dia3.1 Apresentação dos relatórios das atividades das Entida-

des que integram o CFN

3.2 Atividades federativas

3.2.1 Comissões Regionais (Norte, Nordeste, Centro e

Sul)

3.3 Atividades Editoriais

3.4 Sesquicentenário de O Livro dos Espíritos (1857 – 18

de abril – 2007)

3.5 Campanhas Família, Vida e Paz

3.6 Movimento Espírita Internacional

3.7 Proposta da Federação Espírita do Paraná

3.8 Assuntos gerais

1. Proposta de comemoração dos 150 anos da Revista

Espírita e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

2. Proposta de realização do 3o Congresso Espírita

Brasileiro

Presença de José Raul Teixeira

Encontro com Divaldo Pereira Franco

3.9 Próxima reunião (data)

4. Encerramento4.1 Palavras finais

4.2 Prece

Anexo I – Reunião do CFN de 2007 – Relatório das Federa-

tivas Estaduais

Região Norte

Região Nordeste

Região Centro

Região Sul

Anexo II –Encontro com Divaldo Franco no CFN

Anexo III – Mensagens

Sem adiamentos – Bezerra de Menezes

Tempos de valorização da vida – Camilo

55577

77

77

1010

1011131414

14

16161616161618

1820232629393941

SumárioExpediente

PARA O BRASILAssinatura anual RR$$ 3399,,0000Número avulso RR$$ 55,,0000

PARA O EXTERIORAssinatura anual UUSS$$ 3355,,0000

AAssssiinnaattuurraa ddee RReeffoorrmmaaddoorr:: Tel.: (21) 2187-8264 • 2187-8274

EE--mmaaiill:: [email protected]

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1. Abertura

1.1 Prece inicialÀs nove horas do dia 9 de novembro de 2007, na

Sede Central da Federação Espírita Brasileira, emBrasília (DF), o Presidente da FEB e do CFN, NestorJoão Masotti, saudou os Representantes das 27 Enti-dades que compõem o Conselho Federativo Nacio-nal – as 26 Federativas Estaduais e a do Distrito Fe-deral – e os representantes das Entidades Especiali-zadas presentes. A seguir, convidou a todos para aprece inicial, que foi por ele proferida.

1.2 Palavra do Presidente do CFNPalavras do presidente Nestor João Masottina Abertura da Reunião Ordinária do Conse-lho Federativo Nacional, em 9/11/2007, na se-de da FEB, em Brasília:

O presidente Masotti manifestou a satisfação deiniciar mais uma Reunião Ordinária do ConselhoFederativo Nacional, contando com a presença derepresentantes das 27 Entidades Federativas Esta-duais e das Entidades Especializadas de Âmbito Na-cional, estas últimas participando da reunião na qua-lidade de convidadas. Disse também da sua alegria

Ata da Reunião Ordinária do

Conselho Federativo Nacionalrealizada, em Brasília,

no período de 9 a 11 de novembro de 2007

Foto panorâmica do Plenário

Maio 2008 • Reformador 5

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pela presença de alguns visitantes do Exterior: Mil-ciades Lezcano Torres, Jorge Segovia e Luis JulianSegovia Jhannsen, integrantes do Movimento Espí-rita do Paraguai, e Elsa Rossi, membro da Diretoriado Bristish Union of Spiritists Societies (União dasSociedades Espíritas Britânicas).

Em suas palavras iniciais, assim se expressou opresidente do CFN:

“Queridos companheiros.Estamos no ano em quese comemora o Sesqui-centenário de O Li-vro dos Espíritos. Real-mente, na metade doséculo XIX, iniciou--se uma era nova como surgimento da Dou-trina Espírita, atravésde O Livro dos Espíritos.A partir desse momen-to, gradativamente, osespíritas e os Espíritos-espíritas vêm desenvolvendotarefas as mais diversas para concretização desse tra-balho de difusão do Espiritismo que visa, realmente,à construção de um mundo novo. Temos observadoe constatado a crescente superação de obstáculos,mas observado também a gradativa construção deetapas dessa grande obra. No Brasil, especificamente,vencemos dificuldades no final do século XIX. O sé-culo passado – século XX – foi marcado por proce-dimentos de união e de unificação, principalmentepela oportunidade da assinatura do “Pacto Áureo”em outubro de 1949. Unidos neste propósito, ampa-rados e inspirados pelos amigos espirituais, váriasetapas de realização dessa união vêm sendo vencidas.Voltou-se a atenção para o centro espírita. Traba-lhou-se intensamente para aprimorar a maneira dese proceder no campo da unificação do MovimentoEspírita, sabendo-se, agora, cada vez mais, conciliaros princípios de liberdade que norteiam a Doutrinacom a união indispensável à realização das nossastarefas.

O Movimento Espírita vem evoluindo, vem avan-çando, vem crescendo e nós observamos que neste

ano um passo a mais foi dado. Com base em expe-riência anterior, de convivência, de relacionamentoentre as Federativas Estaduais – seja nestas reuniõesdo Conselho Federativo Nacional, aqui em Brasília,seja nas reuniões das Comissões Regionais, quandofalamos mais diretamente a respeito do trabalhonecessário à sua execução –, este ano o ConselhoFederativo Nacional aprovou um novo Orientação aoCentro Espírita e um Plano de Trabalho por meio dosquais se norteiam melhor as nossas ações. Mantendoa diretriz e a dinâmica do trabalho, estamos avan-çando mais, aprofundando mais e exercitando-noscada vez mais na tarefa de executar integradamente,de realizar fraternalmente, de construir esse mundonovo assentado na vivência da fraternidade que oEvangelho nos ensina.

Diante dessa etapa nova que se vislumbra e que jáse sente mais de perto, para a qual todos nós estamosconvocados, eu pediria licença aos companheirospara registrar o que já foi apresentado para nós peloestimado Benfeitor Bezerra de Menezes em sua men-sagem ocorrida ao final do 2o Congresso EspíritaBrasileiro, em abril deste ano. Através da psicofoniade Divaldo Pereira Franco, Bezerra de Menezes dissepara todos nós:

‘[...] Inaugura-se a era nova. A revelação espíritaabre o ciclo das realizações grandiosas para o porvir.

Fostes honrados com o convite do Mestre Jesus,para vos constituirdes em alicerce dessa era nova.

Entregai-vos à Sua condução e nunca vos deixeisrecuar, estacionar, ceder o passo na estrada do bem.

Esta é a hora de semear luz.Ide, pois, como aqueles setenta da Galiléia, prepa-

rar os caminhos, porque o Senhor está chegando àTerra para proclamar a glória do Espírito imortal.

Ide, por toda parte, e falai a respeito de AllanKardec, a quem homenageamos neste dia de encer-ramento do 2o Congresso Brasileiro de Espiritismo.

Convidado pelos Espíritos-espíritas do Brasil paraque presidisse este evento, o nobre Codificador, aquipresente com as falanges do Espírito de Verdade, estáconosco e nos acompanhará neste novo ciclo que seabre até o momento quando o mundo de regeneraçãose encontre instaurado e instalado na Terra. [...]’

Palavra do presidenteNestor João Masotti

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Vemos assim, queridos irmãos, que temos umaconvocação muito fraterna, respeitosa, como tudoque vem do plano espiritual, proporcionando-nosa oportunidade de servir nesta obra grandiosa deconstrução de um mundo novo, nesta obra de edi-ficação do mundo de regeneração, como a própriaDoutrina Espírita nos apresenta. Esse é, de certaforma, o nosso trabalho. Naturalmente cada umem sua Federativa, no seu núcleo espírita, em suainstituição especializada. Nós todos temos um es-paço natural para servir, realizar e avançar, mas éimportante que estejamos unidos em torno dafigura exemplar e amorosa do Cristo, unidos emtorno dos princípios da Doutrina codificada naobra de Allan Kardec, para que sejamos fortes emnossas realizações e alcancemos resultados real-mente positivos naquilo que nos cabe realizar.Sejam, pois, bem-vindos, queridos companhei-ros. É uma alegria estarmos todos aqui, trabalhan-do com este propósito de bem difundir a Dou-trina Espírita, sob este amparo espiritual, que to-dos nós sentimos. Sem dúvida, unidos, estaremosconstruindo e realizando, corretamente, a tarefaque está sendo confiada a todos nós. Muito obri-gado.”

2. Expediente

2.1 Análise e aprovação das atas das reu-niões realizadas nos períodos de 10 a12 de novembro de 2006 [publicadana Edição Especial da revista Reforma-dor, de maio de 2007], e no dia 12 deabril de 2007 [publicada na Edição Es-pecial da revista Reformador, de julhode 2007].

Colocadas em votação, as atas em referênciaforam aprovadas sem ressalvas, por unanimidade.

3. Ordem do Dia

3.1 Apresentação dos relatórios das ativi-dades das Entidades que integram oCFN

As Entidades que integram o CFN entregaramà Secretaria os relatórios de suas atividades, cujoresumo consta do Anexo I.

3.2 Atividades federativas3.2.1 Comissões Regionais (Norte, Nordeste, Cen-

tro e Sul)a) Análise sucinta do trabalho, que vem sen-

do realizado, de implementação dos textosaprovados pelo CFN: “Orientação ao CentroEspírita” e “Plano de Trabalho para o Movi-mento Espírita Brasileiro (2007-2012)”;

b) Encontros, seminários e outras atividadesrealizadas pelas Áreas;

c) Definição do tema para as Reuniões dosDirigentes e sugestões para o desenvolvi-mento das atividades das Comissões Re-gionais do CFN no ano de 2008.

Este item da Pauta foi desenvolvido em forma dedinâmica de grupo, sob a coordenação da Secreta-

ria Geral do CFN. Foram organizados quatro gru-pos, cada um deles reunindo representantes das

Comissão Regional Norte

Comissão Regional Nordeste

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Comissões Regionais (Norte, Nordeste, Centro e Sul).Cada grupo foi coordenado pelo Secretário da res-pectiva Região, que escolheu o secretário e o relatorde seu grupo. A tarefa dos grupos – como constadeste tópico, alínea a –, foi a análise sucinta do tra-balho, que vem sendo realizado, de implementaçãodos textos aprovados pelo CFN: “Orientação ao Cen-tro Espírita” e “Plano de Trabalho para o Movimen-to Espírita Brasileiro (2007-2012)”.

Ao final da tarefa, as conclusões dos grupos, apre-sentadas no Plenário do CFN pelos respectivos rela-tores, foram as seguintes: a) definição dos temas dasReuniões dos Dirigentes para as Comissões Regio-nais de 2008, a saber: Comissão Regional Norte – “Opapel do dirigente como multiplicador na Casa Espí-rita”; Comissão Regional Nordeste: – “Gestão Fede-rativa” Comissão Regional Centro – “Principaisnecessidades e dificuldades para a estruturação e im-plantação do Plano de Trabalho pelas Federativas”;Comissão Regional Sul – “Reflexões éticas sobre a in-fluência das atividades de entidades não federadas ea qualidade das produções espíritas”; b) os grupos

apresentaram sugestões para o desenvolvimento dasReuniões das Comissões Regionais do CFN no anode 2008, ficando decidido, em plenário, que os pro-cedimentos sugeridos serão adotados, observadas ascaracterísticas de cada Região.

Em seguida, foi dada a palavra aos Coordenadoresde Áreas das Comissões Regionais para apresenta-rem as informações e os esclarecimentos julgadosimportantes no seu âmbito de atuação.

Cecília Rocha, vice-presidente da FEB e coorde-nadora nacional da Campa-nha do Estudo Sistemati-zado da Doutrina Es-pírita,ressaltou ogran-de evento que estásendo programadopara o período de 25a 27 de julho de 2008:o III Encontro Nacio-nal de Coordenadores

do Estudo Sis-tematizado daDoutrina Espírita, em comemoração aos 25anos da Campanha do ESDE. Disse que foidistribuído a todas as Federativas o antepro-jeto do programa desse Encontro e que es-pera as sugestões dessas entidades para seuenriquecimento. Enfatizou a importância deresponder-se também ao questionário queacompanha o anteprojeto, uma vez que setrata de sondagem a respeito do trabalho do

ESDE no Centro Espírita, o que seafigura essencial para emba-

sar as conclusões do En-contro. Na oportuni-

dade, distribuiu entreos presentes cartazesalusivos ao evento,esclarecendo que, em

princípio, serão ofere-cidas quatro vagas por

Federativa.Miriam Lúcia Herrera

Masotti Dusi, assessora daMiriam Lúcia Herrera

Masotti Dusi

Comissão Regional Centro

Comissão Regional Sul

Cecília Rocha

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Área da Infância e Juventude, referiu-se aos resulta-dos positivos do V Encontro Nacional de Diretoresde DIJ, ocorrido em julho de 2007, que contou com aparticipação de todos os Estados, num clima de mui-ta fraternidade. Disse que foram estabelecidas novasmetas para o próximo qüinqüênio, dentro dos proje-tos Dinamização da Campanha, Capacitação doEvangelizador, Implantação do Currículo, Avaliação eFamília. Ressaltou ainda o lançamento da Coleção dePlanos de Aula no 4 para a Infância.

José Carlos da Silva Silveira, coordenador da Áreade Assistência e Promoção Social Espírita, solicitou

a colaboração das Federativasno sentido de que seja

ampliada a divulgaçãodo Manual do SAPSE.Disse que a FEB pos-sui amplo material pa-ra essa divulgação –cartazes, folders, mar-

cadores –, que se en-contra à disposição detodos. Em seguida, refe-riu-se à necessidade deos dirigentes espíritas se-

rem sensibilizados a participar dos eventos doSAPSE, uma vez que os assuntos dessa Área tocam deperto a administração do Centro Espírita. Ademais, aproposta da promoção social à luz do Espiritismodeve ser bem compreendida pela direção das enti-dades espíritas, a fim de que possa ser implementa-da com sucesso. Referiu-se ainda ao Plano de Açãopara o Movimento Espírita,que será a base de traba-lho do SAPSE nas Co-missões Regionais de2008.

Marta Antunes deOliveira Moura,coor-denadora da Área daAtividade Mediúnica,falou sobre o trabalhoque a Área vem desen-volvendo na reestrutura-

ção dos grupos mediúnicos, com vistas ao aprimora-mento da prática da mediunidade. Foram elaboradosdocumentos específicos no âmbito regional. Esses do-cumentos, aos quais vêm sendo acrescentadas su-gestões pelos representantes das Federativas, ao longodo tempo, serão analisados em 2008 nas ComissõesRegionais, com o propósito de elaboração de umdocumento norteador de caráter nacional.

Maria Euny Herrera Masotti, coordenadora daÁrea do Atendimento Espiri-tual no Centro Espírita,salientou a dinamizaçãoda Área em 2007, oque pôde ser verifi-cado pela solicitaçãode orientações e dematerial específico.Agradeceu aos presi-dentes das Federativas oapoio que vêm dandoaos coordenadores, e en-fatizou a necessidade deinvestir-se no treinamento do trabalhador do Aten-dimento Espiritual.

Na seqüência, o secretá-rio-geral do CFN,AntonioCesar Perri de Carva-lho, teceu considera-ções gerais sobre osresultados da dinâ-mica de grupo, o pla-nejamento das Co-missões Regionais para2008 e os próximos pas-sos para implementaçãodo “Plano de Trabalhopara o Movimento Es-pírita Brasileiro (2007-2012)”, reiterando que a Se-cretaria Geral está à disposição para apoio eventual.

Finalmente, o presidente Masotti manifestou sa-tisfação pelo crescimento do trabalho das ComissõesRegionais no decorrer de todos esses anos, desde asua instalação. Destacou o interesse e o carinho quevêm cercando esse trabalho, buscando fundamentá-lo

Marta Antunes deOliveira Moura

Maria Euny HerreraMasotti

Antonio Cesar Perri de Carvalho

José Carlos da SilvaSilveira

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em orientação doutrinária segura, aprimorando téc-nicas e procedimentos, tudo isso para que seu obje-tivo seja atingido, que é levar ao Centro Espírita oapoio e o amparo necessários a mantê-lo integradono processo de unificação.

3.3 Atividades Editoriaisa) Edição e difusão do livro: atividades da

FEB e das Federativas Estaduais;b) Edição e difusão de Programas de Estudos

Doutrinários (Apostilas): atividade da FEBe das Federativas Estaduais;

c) Reformador.O presidente Masotti justificou a ausência do vice-

-presidente Altivo Ferreira – editor da revista Refor-mador –, que se encontra enfrentando problemasde saúde, embora já esteja se restabelecendo. Apro-veitou ainda a oportunidade para transmitir as sau-dações do companheiro ausente aos membros doCFN, conforme sua própria solicitação.

O vice-presidente Ilcio Bianchi prestou infor-mações sobre as atividades do Departamento Edito-rial da FEB, incluindo a ediçãode livros e da revista Re-formador. Esclareceu arespeito das reediçõesprogramadas dentrodo processo de atua-lização de composi-ção. Referiu-se ao lan-çamento da Edição Es-pecial da Revista Espírita(1858-1869) – em come-moração aos seus 150 anos– e da série de livros de Léon Denis, pelo centenáriodo nascimento do autor. Quanto à comercialização delivros, salientou que a FEB tem buscado estabeleceruma política de atendimento às necessidades de cadaEstado, enfatizando que o interesse maior da Fede-ração Espírita Brasileira é a divulgação do Es-piritismo e não o lucro financeiro. Vários represen-tantes de Entidades Federativas manifestaram-se comperguntas e sugestões sobre a distribuição e a comer-cialização de livros.

O presidente Masotti salientou a necessidade deque as Federativas se estruturem a fim de poderemenfrentar o mercado competitivo do livro e, assim,aprimorar o processo de divulgação da DoutrinaEspírita. Ofereceu toda a colaboração da FEB nestesentido.

A vice-presidente Cecília Rocha afirmou que asdificuldades relacionadas com a comercialização dasapostilas são similares às dos livros, e que a FEB tembuscado também nesta Área colaborar com as Fede-rativas, oferecendo-lhes prazos e descontos diversifi-cados à medida que se vendem mais ou menos apos-tilas. Referiu-se ainda à Livraria Virtual da FEB comofator de aumento de vendas não só de livros comotambém de apostilas.

Ilcio Bianchi ressaltou o aumento de tiragem darevista Reformador e as promoções que têm sidofeitas para ampliação de seu quadro de assinantes,possibilitando que maior número de pessoas tenhaconhecimento do que se passa no Movimento Espí-rita. Insistiu com as Federativas no sentido de queenviem à FEB a relação de centros espíritas de seusrespectivos Estados, a fim de que a remessa gratui-ta de Reformador possa abranger todas as casasespíritas.

3.4 Sesquicentenário de O Livro dosEspíritos (1857 – 18 de abril – 2007)� Apresentação pelas Entidades Federativasde informações sobre a programação das ati-vidades comemorativas que vêm realizando.

3.5 Campanhas Família, Vida e Paz� Relato, pelas Entidades Federativas, sobreo trabalho realizado para o desenvolvimentodas Campanhas, incluindo as informações so-bre as ações relacionadas com o MovimentoEm Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto.

As manifestações sobre os itens 3.4 e 3.5, por pro-posta da Presidência, aceita pelo Plenário, ocorreramsimultaneamente. Quase todos os representantes seinscreveram para apresentar informações sobre a pro-gramação das atividades relacionadas com o Sesqui-centenário e as Campanhas Família, Vida e Paz.

Ilcio Bianchi

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O Sesquicentenário de O Livro dos Espíritos foiassinalado, em todos os Estados, por diversas ativi-dades comemorativas, tais como palestras, seminá-rios, semanas espíritas e congressos estaduais. VáriosEstados promoveram eventos em ambientes públi-cos, e participando de sessões solenes em Assem-bléias Legislativas e Câmaras de Vereadores. Houvetambém edições especiais de diversos jornais e pu-blicações de livros.

Antonio Cesar Perri de Carvalho, secretário-geraldo Conselho Federativo Nacional e coordenador dasatividades do Sesquicentenário, informou ao Plená-rio a respeito do cumprimento da programação geralaprovada pelo CFN, a saber: edição de selo personali-zado pelos Correios; realização do 2o Congresso Es-pírita Brasileiro, em Brasília, no mês de abril de 2007;publicação pela revista Reformador de edição comemo-rativa de O Livro dos Espíritos (em abril), de Suplementosobre o 2o Congresso Espírita Brasileiro (em maio), ede edição especial dedicada às atividades relativas aoSesquicentenário de O Livro dos Espíritos (em julho).Lançamento da nova edição de Orientação ao CentroEspírita, aprovação do “Plano de Trabalho para o Mo-vimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”, e participa-ção da FEB em sessão solene,na Câmara dos Deputados.

As Campanhas Família, Vida e Paz continuaram aser desenvolvidas pelas Entidades Federativas. Porém,neste ano, foram priorizadas as ações relacionadascom o Movimento Em Defesa da Vida – Brasil SemAborto. Em vários Estados, constituíram-se Comitêsinter-religiosos, com intensa participação das Enti-dades Federativas Estaduais, promovendo-se, inclu-sive, atos públicos em defesa da vida. O Suplementode Reformador, intitulado “A Vida e o Aborto na vi-são espírita” (edição de agosto de 2007), foi ampla-mente distribuído pelas Federativas Estaduais e tam-bém por jornais leigos de algumas localidades.

Cesar Perri deu notícias da atuação da FEB não sóno ato público realizado na Praça da Sé, em SãoPaulo, em março deste ano, como também na Mar-cha Nacional da Cidadania Em Defesa da Vida –Brasil Sem Aborto, ocorrida na Esplanada dos Mi-nistérios, em Brasília, no dia 15 de agosto, com fartadistribuição de material sobre o assunto; esclareceu

ainda ao Plenário acerca da oportunidade de for-mação de comitês estaduais do Movimento Em De-fesa da Vida – Brasil Sem Aborto. Para colaborar comas Federativas nesse sentido, apresentou o Sr. JaimeFerreira Lopes, integrante do Movimento NacionalEm Defesa da Vida, que se colocou à disposição dospresentes para os esclarecimentos necessários.

O presidente Masotti ressaltou que o trabalho EmDefesa da Vida, realizado em conjunto com outrossegmentos da sociedade civil, tem, de igual modo,ensejado que a Doutrina Espírita seja apresentadaem sua verdadeira feição.

3.6 Movimento Espírita Internacional� Conselho Espírita Internacional� Informações sobre as atividades espíritasinternacionais

Antonio Cesar Perri de Carvalho, que tambémintegra a Comissão Executiva do Conselho EspíritaInternacional, relacionou as seguintes ações desseórgão, durante o ano de 2007: 1. Revista Espírita, edi-tada em francês, espanhol – com grande sucesso –inglês, esperanto e, virtualmente, em russo; disse quea União Espírita Francesa e Francofônica (UEFF) es-tá cedendo ao Conselho Espírita Internacional (CEI)os direitos de edição de La Revue Spirite, que, desde2000, é por ela editada em conjunto com o CEI. 2.TVCEI virtual, lançada em julho de 2006, e RádioCEI, também virtual; solicitou às Federativas quetêm programas de TV e de rádio que os encaminhemà TVCEI e à Rádio CEI para que possam ser divulga-dos em nível internacional. 3. Boletim Informativotrimestral, que circula, virtualmente, sob a coorde-nação de Elsa Rossi, companheira residente em Lon-dres, presente à reunião. 4. Publicações de livros em2007: O Livro dos Médiuns e Nosso Lar, em inglês;edição especial de O Livro dos Espíritos, em francês; acontinuidade de publicação da série A Vida no Mun-do Espiritual, de André Luiz, e dos romances de Em-manuel, também em francês, e, mais recentemente,Vida Feliz, em espanhol. 5. 5o Congresso EspíritaMundial, ocorrido na cidade de Cartagena de Índias,Colômbia, em outubro deste ano, com 1.412 inscri-tos, sendo 349 do Brasil, e salientou o bom nível

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doutrinário e o ambiente descontraído e fraternal doevento. 6. 12a Reunião Ordinária do CEI, realizadalogo após o Congresso: informou ao Plenário que,com a admissão do Panamá, na reunião em referên-cia, o número de países-membros do CEI se amplioupara 33. Por determinação estatutária renovou-seeste ano a Comissão Executiva do Conselho EspíritaInternacional, tendo sido reeleito, para o cargo de se-cretário-geral, o presidente da FEB Nestor JoãoMasotti. Esclareceu que os demais eleitos foram: ElsaRossi (Inglaterra), Charles Kempf (França), Vander-lei Marques (Estados Unidos), Antonio Cesar Perride Carvalho (Brasil); ressaltou que Altivo Ferreira,que vem representando o Brasil, pela Federação Es-pírita Brasileira, no CEI, não mais integra, a pedido,a sua Comissão Executiva. Decidiu-se também, nareunião, que o 6o Congresso Espírita Mundial serárealizado na Espanha, em outubro de 2010, possivel-mente em Barcelona. 7. 1o Congresso Espírita daAlemanha, promovido pela União Espírita Alemã –em comemoração do Sesquicentenário de O Livrodos Espíritos –, realizado na cidade de Bonn, emfevereiro deste ano, com o tema central “Aliança daReligião e da Ciência”; informou ao CFN que houve150 inscritos, sendo até hoje o maior evento espíritana Alemanha. 8. Salão do livro de Paris, em março de2007, onde o CEI montou um estande com os livrosespíritas de sua publicação; salientou que, na opor-tunidade, foi lançada a Edição Especial de O Livrodos Espíritos em francês, que inclui as notas de Kar-dec constantes na Edição Especial, em português, daFEB, e disse que se realizou, nesse evento, uma mesa--redonda, com a participação do Secretário-geral doCEI, ocasião em que se evocou o Sesquicentenário deO Livro dos Espíritos. 8. Capacitação do trabalhadorespírita: a) Seminários em Boston e Filadélfia, pro-movidos pelo Conselho Espírita dos Estados Unidos;b) Curso em Portugal – promovido pela FederaçãoEspírita Portuguesa – realizado em Leiria, com a par-ticipação de integrantes da FEB. 9. 4o Congresso Na-cional de Dirigentes Espíritas, em maio de 2007, nacidade de Bogotá, Colômbia, promovido pela Con-federação Espírita Colombiana (CONFECOL); des-tacou, finalmente, que se realizou, no fim de sema-

na posterior à Reunião do CFN, um evento emWashington, para comemorar o Sesquicentenáriode O Livro dos Espíritos e os dez anos de fundação doConselho Espírita dos Estados Unidos.

Elsa Rossi, diretora da União das Sociedades Es-píritas Britânicas, que representa o Reino Unido no

Conselho Espírita Internacio-nal, e 2a Secretária do CEI,

fez a sua saudação eexpressou a alegria departicipar mais umavez da Reunião doCFN; salientou que,

sob os auspícios doCEI, realizou-se na In-glaterra o 1o Congres-so Britânico de Medi-cina e Espiritualidade;

disse que a atividade espírita no Reino Unido estácompletando 25 anos, sendo a primeira vez que sereuniram 450 pessoas interessadas na temática doencontro; falou dos eventos que constam da progra-mação da Coordenadoria do CEI para a Europa, osquais têm por objetivo levar o conhecimento espíri-ta aos vários países europeus; ressaltou também ainestimável contribuição do esperanto para a divul-gação do Espiritismo na Europa, referindo-se, final-mente, às Feiras Holísticas que se realizam naEuropa como eventos que proporcionam grandesoportunidades para veiculação de material que con-tém mensagem espírita.

Milciades Lezcano Torres, emnome da delegação do Pa-raguai, demonstrou suasatisfação pela oportu-nidade de participarda Reunião do CFN;salientou os esforçosdesenvolvidos para adifusão do Espiritismoem seu país; destacou ogrande incentivo propor-cionado ao MovimentoEspírita paraguaio pela

Elsa Rossi

Milciades LezcanoTorres

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Reunião Ordinária do CEI, ali realizada em 2006, e,finalmente, agradeceu à FEB e aos irmãos brasileirospor todo o apoio que vem sendo dado ao Paraguai.

O presidente Masotti fez referência às dificuldadesenfrentadas pelos companheiros do Exterior na tare-fa de levar avante a divulgação, o estudo e a práticado Espiritismo, em especial, pela ausência, em mui-tos casos, de obras espíritas traduzidas para seuidioma. Disse do empenho do CEI no sentido da tra-dução de livros espíritas para outras línguas, refe-rindo-se, ainda, à necessidade de conjugarmos nossosesforços para fazer chegar a Doutrina Espírita a to-dos os países, uma vez que, em toda parte, existemcompanheiros preparados para o recebimento damensagem, mas é preciso que a conheçam. É umagrande responsabilidade, em particular nossa, dosbrasileiros, por vivermos na terra que tem a missãode ser o coração do mundo e a pátria do evangelho.Assim, todo o trabalho que vem sendo desenvolvidopelo Movimento Espírita no Brasil tem-nos propi-ciado a experiência necessária para apoiar a divulga-ção do Espiritismo no Exterior. Destacou, a propósi-to, que o Conselho Espírita Internacional está com-pletando quinze anos de existência e que, neste pe-ríodo de gestão que ora se inicia, se empenhará paradar ao CEI a autonomia possível, principalmenteeconômica, a fim de que possa caminhar sem depen-der quase totalmente – como vem ocorrendo – daFederação Espírita Brasileira. Isso será ponto funda-mental para sua auto-afirmação no Movimento Es-pírita mundial.

3.7 Proposta da Federação Espírita doParaná

Deliberação do CFN a respeito de manifestação desolidariedade e gratidão pelo trabalho de FranciscoCândido Xavier e Divaldo Pereira Franco em prol doMovimento Espírita mundial.

Maria Helena Marcon, presidente da FederaçãoEspírita do Paraná, expôs as razões que levaram suaFederativa a fazer a proposta em questão. Ressaltouque o imenso trabalho desses dois irmãos em tornoda divulgação da Doutrina Espírita nem sempre foi e

é reconhecido, ocorrendo mesmo, ao longo dotempo, ataques pessoais aos referidos companheiros.Disse que enviou a proposta a todas as Federativas,pedindo-lhes que a publicassem em seus periódicos.Como só houve apoio de dez Federativas, resolveu,então, pedir à FEB que apresentasse a proposta aoCFN, para exame.

O presidente Masotti ressaltou a delicadeza doassunto, porque o destaque de pontos negativosmuitas vezes prejudica o trabalho de unificação. Sen-do assim, achou por bem apresentar, na esteira dopensamento do Paraná, uma outra proposta, bus-cando valorizar o que há de bom, sem realçar a críti-ca destrutiva. Realçou o fato de que, em sua opinião,a proposta deveria ater-se à figura de Divaldo PereiraFranco, reservando-se a manifestação de reconheci-mento a Francisco Cândido Xavier para momentooportuno, que será tratado no item 3.8.

O Plenário passou a manifestar-se sobre as duaspropostas, chegando-se ao entendimento de que de-veria ser nomeada uma comissão para analisar o as-sunto e consolidar as duas proposições em docu-mento único. Foram então designados os represen-tantes da Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná pa-ra comporem a comissão, que apresentou o seguintetexto, aprovado pelo Plenário:

“Declaração de Reconhecimento Considerando o trabalho que vem sendo realizado

por Divaldo Pereira Franco em 60 anos de atividadesvoltadas à difusão da Doutrina Espírita, completadasneste ano, tendo por referência permanente os ensi-nos contidos nas obras básicas de Allan Kardec, queconstituem a Codificação Espírita;

Considerando que, nesse período, através do seutrabalho de constante visitação a múltiplas localida-des de nosso mundo, o estimado confrade promoveua criação de inúmeros núcleos de estudo e difusão doEspiritismo no Brasil e no Exterior;

Considerando que seu trabalho vem proporcio-nando o fortalecimento da união dos espíritas e deentidades espíritas, tais como o Conselho FederativoNacional da Federação Espírita Brasileira e o Con-selho Espírita Internacional, na execução de suas

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realizações, bem como a Unificação do MovimentoEspírita, dentro dos princípios de liberdade, frater-nidade, solidariedade e responsabilidade que a Dou-trina Espírita preconiza;

Considerando o seu trabalho educacional e depromoção social, através da Mansão do Caminhodesde 1947, que já atendeu a milhares de cidadãosbrasileiros;

Considerando sua extensa e elucidativa produ-ção psicográfica que já ultrapassa duas centenas deobras, todas com direitos autorais cedidos a insti-tuições de benemerência, com traduções para 14idiomas;

Considerando, ainda, o reconhecimento de suaatuação no mundo, que lhe valeu o título de Em-baixador para construção de uma cultura de Paz,pela UNESCO,

O Conselho Federativo Nacional da Federação Es-pírita Brasileira, reunindo nesta data todas as Enti-dades Federativas Estaduais que o constituem, re-solve manifestar o Reconhecimento e a Solidarieda-de de todo o Movimento Espírita brasileiro, aqui re-presentado, ao nobre trabalho que continua a serdesenvolvido pelo estimado companheiro de idealDivaldo Pereira Franco”.

3.8 Assuntos gerais� Outras informações e propostas previamenteregistradas junto à Secretaria da Reunião

O presidente apresentou duas propostas aoPlenário, a seguir transcritas:

1. Proposta de comemoração dos 150 anosda Revista Espírita e da Sociedade Pari-siense de Estudos Espíritas

“Ao Conselho Federativo Nacional da FEBConsiderando que,Durante o ano de 2008 transcorrem os 150 anos deduas importantes efemérides relacionadas com avida e a obra do Codificador: o lançamento da Revis-ta Espírita, ocorrido no dia 1o de janeiro de 1858, e afundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíri-tas, efetivada no dia 1o de abril de 1858,O Conselho Diretor da FEB propõe:

A aprovação da recomendação de que as EntidadesFederativas Estaduais promovam ao longo do ano de2008 comemorações alusivas ao Sesquicentenáriodas duas efemérides citadas. E também que, ao ense-jo das comemorações dos 150 anos de fundação daSociedade Parisiense de Estudos Espíritas, e, con-siderando que esta foi a primeira Casa Espírita domundo, seja estimulada a divulgação e a implemen-tação do Orientação ao Centro Espírita.Esclarece que:A FEB está providenciando a edição comemorativada Coleção da Revista Espírita (1858-1869) e planejaa edição de suplementos especiais de Reformador,nos meses de janeiro e abril de 2008, respectiva-mente, alusivos ao Sesquicentenário da Revista Espí-rita e da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.Brasília, 7 de novembro de 2007. Nestor João Masotti– Presidente da FEB.”

2. Proposta de realização do 3º CongressoEspírita Brasileiro

“Ao Conselho Federativo NacionalConsiderando que:Há sugestões para manter-se a periodicidade doscongressos espíritas brasileiros, e que os mesmos têmrepresentado excelente oportunidade de difusão daDoutrina Espírita e de estímulo ao Movimento Espí-rita brasileiro;Em abril do ano 2010 transcorrerá o centenário denascimento do médium Francisco Cândido Xavier;O Conselho Diretor da FEB propõe:A aprovação da realização do 3o Congresso EspíritaBrasileiro, no mês de abril de 2010, em Brasília, e oinício de estudos com este objetivo, a serem apresen-tados ao CFN, em sua Reunião de novembro de 2008.Brasília, 7 de novembro de 2007. Nestor João Masotti– Presidente da FEB.”

Examinadas as duas proposições, o Conselho Fe-derativo Nacional aprovou-as por unanimidade.

José Raimundo de Lima, presidente da FederaçãoEspírita Paraibana, apresentou proposta relacionadacom a Arte Espírita, nos seguintes termos:

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“Proposta ao Conselho Federativo Nacional da FEBConsiderando a importância da música em nossasvidas;Considerando ser necessário o incentivo da boamúsica nas casas espíritas;Considerando a importância do uso da energia artís-tica no movimento de Divulgação Espírita;Considerando a grande bibliografia que poderá serutilizada no teatro;Considerando o envolvimento de todos na literaturae no jornalismo;Considerando o melhor aproveitamento de todosesses segmentos no momento atual,A Federação Espírita Paraibana propõe:Um encontro nacional de músicas, artes, literatura ejornalismo espírita, com o apoio do CFN e do LarFabiano de Cristo, onde poderemos construir nessasáreas perspectivas para o mundo atual.José Raimundo de Lima (Membro do CFN)”.

Vários representantes apresentaram esclareci-mentos e sugestões a respeito do conteúdo da pro-posta e da Arte Espírita de modo geral, após o que, oPlenário concluiu que devem ser iniciados estudossobre as ações na Área da Arte Espírita. À vista disso,formou-se comissão para aprofundar este assunto eapresentar suas conclusões na próxima Reunião Or-dinária do CFN. A coordenação dessa comissão ficoua cargo de José Raimundo de Lima (Paraíba), sendoseus demais integrantes: Creuza Santos Lage (Bahia),César de Jesus Moutinho (Distrito Federal), MariaLúcia Resende Dias Faria (Espírito Santo), SauloGouveia Carvalho (Mato Grosso), Aloísio Ghiggino(Rio de Janeiro), Sandra Maria Borba Pereira (RioGrande do Norte) e Gladis Pedersen de Oliveira (RioGrande do Sul).

O Presidente trouxe ainda informações a respeitoda questão surgida entre o Ministério Público Fede-ral, no Estado da Bahia, e algumas editoras espíritas– em especial a FEB – em virtude de representaçãodirigida a esse órgão, solicitando-lhe providências nosentido de proibir a circulação de obras de Kardecque conteriam, na visão do requerente, textos dis-criminatórios ou preconceituosos – assunto tratado

na reunião anterior do CFN. Disse que, finalmente,foi assinado, em 28 de setembro de 2007, o Termo deCompromisso de Ajustamento de Conduta (TAC)com a Procuradoria da República no Estado daBahia, pondo-se fim à pendência. Informou ao CFNque nove editoras assinaram o Termo em referência,pelo qual se comprometem a inserir notas explicati-vas nos livros em questionamento, evitando-se assimquaisquer interpretações indevidas a respeito dostextos citados. A seguir, distribuiu em plenário có-pias do referido Termo de Compromisso.

Em seqüência, o Presidente também distribuiu atodos os representantes uma cópia da correspondên-cia que a FEB recebeu do Instituto Chico Xavier, deUberaba, Minas Gerais. Esclareceu que o citado insti-tuto é uma Organização da Sociedade Civil de In-teresse Público (OSCIP) que tem, como uma de suasfinalidades, “resgatar e manter viva a memória, o pen-samento e a obra do médium Francisco CândidoXavier”. Disse que, consoante se vê na aludida corres-pondência, o missivista elaborou um projeto paraconstrução do Memorial Chico Xavier, “com o intuitode abrigar todo o acervo de mensagens, livros, foto-grafias e filmes sobre o escritor”. A solicitação que sefaz é no sentido de obter a colaboração da FEB e dasFederativas nesse projeto. Afirma que o auxílio que aFEB possa dar, ainda está sob exame do seu ConselhoDiretor e que, em relação às Federativas Estaduais,todo tipo de apoio naturalmente fica a critério dointeresse e da disponibilidade de cada uma.

Finalmente, referiu-se o presidente Masotti aoofício que a FEB recebeu do Conselho Nacional daAssistência Social, convidando-a para participar –como delegada nacional – da 6a Conferência da As-sistência Social, a realizar-se no período de 14 a 17de dezembro próximo, em Brasília. Ressaltou o sig-nificado desse convite, uma vez que, a partir da LeiOrgânica da Assistência Social, de 1993, deve haveruma participação efetiva da sociedade civil na de-finição das ações sociais. Em assim sendo, observan-do-se os cuidados necessários, a presença das insti-tuições espíritas nos Conselhos de Assistência Socialafigura-se de grande importância, a fim de que oMovimento Espírita dê a sua contribuição. Enfati-

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zou que, de igual modo, não seria do interesse dasentidades espíritas ficarem alheias à definição des-sas ações, não propriamente tendo em vista a ob-tenção de vantagens, mas com o propósito de levaro pensamento espírita à sociedade em geral. O Pre-sidente solicitou então aos secretários das Comis-sões Regionais que procurem fazer um levantamen-to do número de instituições espíritas que estãoinscritas nos referidos Conselhos, o que dará a visãoda realidade de nossa presença e do quanto neces-sitamos para atuar adequadamente nesse esforçocoletivo.

Presença de José Raul Teixeira – O médium e ora-dor José Raul Teixeira, presente à Reunião, por con-vite da Presidência, recebeu, na oportunidade, amensagem do plano espiritual intitulada “Tempos devalorização da vida”, assinada pelo Espírito Camilo.[Publicada em Reformador de fevereiro de 2008,p. 26-27.](Anexo III – Mensagens.)

Encontro com Divaldo Pereira Franco

Como sucedeu no ano anterior, houve, durante aReunião, na tarde do dia 10, o encontro dos mem-bros do CFN com Divaldo Pereira Franco, que trou-xe a todos sua mensagem de incentivo espiritual.(Anexo II.)

O presidente Masotti expressou gratidão e reco-nhecimento pela presença de Divaldo na Reunião doCFN e pela mensagem que nos trouxe como diretrizde vida em todas as nossas atividades, especialmenteas doutrinárias.

3.9 Próxima reunião (data)A Reunião do CFN de 2008 será realizada nos dias

7 a 9 de novembro de 2008.

4. Encerramento

4.1 Palavras finais4.2 Prece

Em suas palavras finais o presidente Masottiagradeceu a presença e a participação de todos, mos-trando-se jubiloso pelos bons resultados do encontro.

Os momentos finais da Reunião contaram com apresença de José Raul Teixeira e de Divaldo PereiraFranco. Ao final, este último recebeu mensagem psi-cofônica de Bezerra de Menezes, intitulada “Semadiamentos”. [Publicada em Reformador de janeirode 2008, p. 8-9.] (Anexo III – Mensagens.)

Após a mensagem do Espírito Bezerra de Mene-zes, o presidente Nestor João Masotti encerrou aReunião do Conselho Federativo Nacional, às 12h30do dia 11 de novembro de 2007.

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Anexos

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Região Norte

Federação Espírita do Estado do Acre

Implantação de um grupo do ESDE no municípiode Xapuri; Promoção de uma semana dedicada aostemas obsessão e desobsessão; Realização de umarraial espírita, com vistas a angariar recursos para apromoção de eventos; Promoção do V UNEACRE,com o tema “Unificação do Movimento Espírita”;“Campanha contra o aborto”, tentando sensibilizar asautoridades que fazem as leis no sentido de comba-ter a adoção do aborto eugênico, além de palestras emescolas e nos cursos de evangelização de jovens;

Realizados três encon-tros sobre mediunida-

de; Culto do Evange-lho no Lar, com a pro-moção de dois en-contros anuais sobre

o tema; Realização deFeiras do Livro Espírita;

Manutenção de um bazarpermanente de artesana-to; Continuidade das cam-panhas contra as drogas,contra o suicídio e contra

o aborto; Realização do XI Seminário da Família.

Reunião do CFN de 2007Relatório das

Federativas Estaduais

Grupo formado por participantes da Região Norte

Anexo I

Gasparina dos Anjosde Jesus, presidente da F. E. E. do Acre

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Federação Espírita do Amapá

Treinamento na área doatendimento espiri-

tual, abrangendo asáreas de recepção,atendimento frater-no, exposição oral epasses; Realização de

um seminário trans-pessoal, voltado para tra-

balhadores da mediunida-de; Promoção de cursopara monitores do ESDE;Realização de encontrosde mocidades espíritas;

Seminário sobre obsessão e transtornos mentais;Participação na III Caminhada pela Paz e em Defesada Vida; Realização de seminário sobre formação dotrabalhador espírita; Promoção do II Encontro Esta-dual de Evangelizadores; Realização de curso parapalestrantes; Realização de seminários sobre obses-são e mediunidade; Participação da FEAP em au-diência pública sobre o aborto; Promoção do VI En-contro do ESDE; Realização de encontro dos traba-lhadores do SAPSE; Divulgação doutrinária em pro-gramas de rádio; Semana Espírita alusiva aos 150anos da Doutrina Espírita.

Federação Espírita Amazonense

Realização de curso depreparação de Evange-lizadores de infânciae juventude; Come-morações diversassobre o Sesquicente-nário do Espiritismo;Realização do XXVCOMEAM; Realizaçãode encontros de juventu-de espírita e de evangeli-zadores; Promoção decurso de preparação para

coordenadores do ESDE; Promoção de semana daCampanha Permanente de Evangelização Infanto--Juvenil; Realização de semana em homenagem a Be-zerra de Menezes; Promoção de semana sobre aCampanha da Família; Promoção de várias reuniõescom dirigentes espíritas; Participação em congressose seminários, fora do Estado, de interesse do Mo-vimento Espírita.

União Espírita Paraense

Promoção da XVII Fei-ra do Livro Espírita; Par-

ticipação na XI ediçãoda Feira Pan-amazô-nica do Livro; Rea-lização do XXIX En-contro Estadual de Jo-

vens e do XIV Encon-tro Estadual de Trabalha-

dores Espíritas; Exposiçãode cartazes da CampanhaEm Defesa da Vida em esco-las, bancos e praças; Di-vulgação de O Livro dos Es-

píritos em parceria com o maior jornal de circulaçãodo Estado; Lançamento do livro Espiritismo no Pará– 100 anos da União Espírita Paraense; Promoção deatividades alusivas ao Sesquicentenário do Espiritis-mo em diversas casas espíritas; Divulgação doutriná-ria na televisão; Realização de uma jornada sobreunificação; Participação da UEP em outros eventosespíritas.

Federação Espírita de Rondônia

Promoção do INTEGRE – Integração e Estudodos Grupos Espíritas de Rondônia; Realização doXIV Encontro das Mocidades Espíritas de Rondônia;Promoção do XXI Encontro de Trabalhadores Espíri-tas de Rondônia; Promoção de um Encontro de diri-gentes espíritas de Rondônia; Realização de seminá-rios nas UREs, versando cada um deles sobre umaparte diferente de O Livro dos Espíritos; Participação

Najda Maria deOliveira, presidenteda U. E. Paraense

Manuel FelipeMenezes da Silva

Júnior, representanteda F. E. do Amapá

Sandra Farias deMoraes, presidente

da F. E. Amazonense

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em diversas feiras de livrodo Estado; Realizaçãode eventos federativosem diversas cidadesdo Estado; Dinami-zação da CampanhaFamília, Vida e Paz,focada especificamen-te na questão do aborto;Promoção de várias ativi-dades alusivas ao Sesqui-centenário de O Livro dosEspíritos; Realização deEncontro da assistência e promoção social espírita.

Federação Espírita Roraimense

Realização da X Con-fraternização dos Jovens

Espíritas de Roraima;Promoção do IV En-contro Estadual deTrabalhadores Espí-ritas de Roraima; Co-

memoração do Sesqui-centenário da DoutrinaEspírita com palestrasem todos os centros es-píritas sobre O Livrodos Espíritos; Realização

do II Encontro de Evangelizadores; Curso de passe;Palestras em todas as casas espíritas, enfocando aCampanha Em Defesa da Vida; Visita de apoio aoESDE no Interior; Palestras espíritas na Cadeia Pú-blica Feminina de Boa Vista; Participação da Fede-ração na IX Feira do Livro Espírita de Boa Vista.

Região Nordeste

Federação Espírita do Estado deAlagoas

Promoção da XXII Jornada da Mulher Espírita;Realização de seminário sobre atendimento fraterno;

Promoção de encontros com trabalhadores espíritassobre o atendimento espiritual na Casa Espírita; Rea-lização de cursos de passes;Realização de cursos e trei-namentos para evan-gelizadores de infân-cia e juventude; Ela-boração de projetosdiversos sobre evan-gelização espírita; Rea-lização do IV Encontrode Unificação; Comemo-ração dos 150 anos de OLivro dos Espíritos em to-das as casas espíritas; Rea-lização de cursos de ges-tão na Casa Espírita; Realiza-ção de seminário sobre atendimento fraterno; Rea-lização de encontros, treinamentos e palestras, visandoa uma permanente adequação do Centro Espírita aomelhor atendimento de suas finalidades.

Federação Espírita do Estado da Bahia

Comemorações diversasalusivas ao Sesquicen-

tenário da DoutrinaEspírita; Projeto “Ca-ravana baiana da fra-ternidade”, com vistasa fortalecer os víncu-

los de fraternidade eunião da FEEB com as

casas espíritas; Realizaçãode encontros macrorre-gionais, com trabalhado-res dos Conselhos distri-

tais e regionais em atividades de planejamento, forma-ção e troca de experiências voltadas para a união e aorganização do Movimento Espírita baiano; Realiza-ção de um Encontro estadual de dirigentes espíritas,com o tema “O Movimento Espírita em foco”; Projetode revitalização do sábado federativo, como momen-to de encontro mensal de trabalhadores espíritas.

Milton José Ramos,presidente da F. E.

E. de Alagoas

Francisca Vera MoreiraIsrael, presidente da F. E.

Roraimense

Pedro BarbosaNeto, presidente daF. E. de Rondônia

Creuza SantosLage, presidente da

F. E. E. da Bahia

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Federação Espírita do Estado do Ceará

Realização de reuniõesitinerantes do Conselho

Federativo Estadual(CFE), facilitando oconhecimento dasinstituições espíritasa todos os dirigentes;

Início dos trabalhosdo Departamento de

Documentação Históricada FEEC, visando o res-gate e preservação da me-mória histórica das casasespíritas do Estado; Co-

memorações diversas alusivas aos 150 anos do Espi-ritismo; Atualização do cadastro das casas espíritas;Filiação à FEEC de oito casas espíritas; Realização decursos de capacitação nas casas espíritas; Implemen-tação do Projeto Vianna de Carvalho, que visa o ma-peamento das casas espíritas existentes no Estado;Realização do XII ENTRAME, com o tema “Mediuni-dade e compromisso”; Realização de seminário so-bre a unificação; Visitas da Diretoria Executiva da FEECa várias casas espíritas do Interior; Promoção e reali-zação do XI Congresso Espírita do Ceará; Promoção

e realização do VI Congresso da Juventude Espíritado Ceará; Encontros e cursos de capacitação na áreade infância e juventude; Suporte doutrinário às casasespíritas, por intermédio da Coordenação de Aten-dimento Espiritual.

Federação Espírita do Maranhão

Realização de um En-contro de evangelizado-res em São Luís; Pro-moção da XXVII Con-fraternização Espíri-ta do Maranhão, como tema “O Livro dosEspíritos – 150 anos es-clarecendo e consolan-do”; Comemorações emtodo o Estado, alusivasao Sesquicentenário doEspiritismo; Realização decursos para expositor daDoutrina Espírita; Visita federativa a vários centrosespíritas da Capital e do Interior; Participação em diver-sas feiras de livros; Apoio à II Semana Espírita de SantaInês e à X Jornada Espírita de Açailândia; Promoçãodo Encontro de Jovens Espíritas do Maranhão; Parti-

Grupo formado por participantes da Região Nordeste

Alan Arrais Sydriãode Alencar,

presidente da F. E. E. do Ceará

Ana LuizaNazareno Ferreira,presidente da F. E.

do Maranhão

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cipação de ato público em defesa da vida; Promoçãode curso de atendimento espiritual na Casa Espírita;Realização de curso de atualização para evangelizadoresda infância e da juventude; Realização do XX EncontroEspírita da Região Tocantina; Realização de seminá-rios sobre a mediunidade e sobre o “Plano de Trabalhopara o Movimento Espírita Brasileiro (2007-2012)”.

Federação Espírita Paraibana

Realização de cursosprofissionalizantes, vi-sando inserir os alu-nos no mercado detrabalho; Treinamen-to para implantaçãode grupos de apoio afamiliares de depen-dentes químicos; Reali-zação da I Mostra de ArteEspírita de João Pessoa;Realização do XV Encon-tro de Jovens Espíritas doAlto Sertão; Atendimento jurídico às instituições espí-ritas da Capital e Interior; Promoção social: atendi-mento a idosos e gestantes; Atividades voltadas parao atendimento fraterno, educação dos sentimentos,evangelização infanto-juvenil, Evangelho no lar, Es-tudo Sistematizado da Doutrina Espírita e do Evan-gelho; Exibição de vídeos doutrinários; Realização docurso de capacitação de dirigentes espíritas; Ativi-dades alusivas ao Sesquicentenário do Espiritismoem diversas casas espíritas; Campanha “Divulgando aimortalidade” durante o feriado de finados.

Federação Espírita Pernambucana

Área de evangelização: encontros, simpósios e trei-namentos para a infância e juventude; Assistênciaespiritual: atendimento fraterno, realização de sim-pósios, reuniões de desenvolvimento das faculdadesmediúnicas e de desobsessão e fluidoterapia; Divul-gação doutrinária: programas de rádio, simpósios,caravanas no interior do Estado; Programação dou-

trinária: treinamentos eimplantação e manu-tenção de grupos deestudo do ESDE, trei-namento para moni-tores, sensibilizaçãoe implantação de no-vos grupos nas casasespíritas do Estado; Rea-lização do XII EncontroEstadual de Comunica-dores do Espiritismo edo XV Encontro EstadualEspírita sobre a Família eEvangelho no Lar; Promoção e realização do XIXINTECEPE; Atividades alusivas ao Sesquicentenáriodo Espiritismo em diversas casas espíritas; Realiza-ção da XVI Mostra Espírita; Realização do XXV En-contro de Juventudes Espíritas de Pernambuco e doI Encontro Estadual sobre o Atendimento Espiritual;Realização do curso de capacitação administrativapara dirigentes de casas espíritas.

Federação Espírita Piauiense

Promoção da V Jorna-da de Integração da Fa-

mília e XV Seminárioda Família; Promoçãoda XX Jornada Ma-noel Alfredo, realiza-

da em dez cidades dointerior do Estado; Ati-

vidades diversas alusivasàs comemorações do Ses-quicentenário do Espiritis-mo; Palestras, debates, parti-cipação em passeatas e se-minários no âmbito da Cam-

panha Família, Vida e Paz; Realização de oficinas decapacitação de monitores para a Casa Espírita; Cursosobre o Estudo Aprofundado da Doutrina Espíritapara os dirigentes e trabalhadores dos centros espíritas;Orientação aos centros espíritas do Interior sobre o

Waldeck XavierAtademo, presi-dente da F. E.Pernambucana

José Raimundo deLima, presidente da

F. E. Paraibana

Ornálio BezerraMonteiro, represen-

tante da F. E.Piauiense

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estudo e a prática da mediunidade de acordo com onovo Orientação ao Centro Espírita; Realização de cur-sos de passe e de um curso para dirigentes de reuniõesmediúnicas; Realização do Encontro Estadual de Evan-gelizadores Infanto-Juvenis e do 14o EMEPI: Encontrode Mocidades Espíritas do Piauí; Programa de assistên-cia a famílias, através de atendimento fraterno e pales-tras educativas; programa de assistência aos idosos.

Federação Espírita do Rio Grande doNorte

Realização de seminá-rios e oficinas: O passee a casa espírita; Tera-pia pelos passes; Pos-tura do médium pas-sista; O centro espí-rita e a desobsessão;Organização e funcio-namento das reuniõesmediúnicas; Cursos deformação inicial e atuali-zação de evangelizadoresda infância e juventude;I Fórum da Juventude; Encontros motivacionais paraEvangelizadores; Realização de uma semana espíritaem Mossoró; Encontro de Formação de Trabalhado-res do DIJ do Pólo Seridó; Comemorações alusivas aoSesquicentenário do Espiritismo nas diversas casasespíritas do Estado; Formação iniciada e continuadade trabalhadores de todas as áreas de atuação da Ca-sa Espírita; Fortalecimento das Comissões Regio-nais Espíritas e do trabalho de unificação; Realizaçãoda XXX CONFERN – Confraternização dos Espíritasdo Rio Grande do Norte; Divulgação doutrinária pe-los jornais, internet, rádio e televisão; Realização da IConferência Espírita do Rio Grande do Norte.

Federação Espírita do Estado deSergipe

Promoção e realização da Semana de Confraterni-zação Espírita, evento itinerante, de confraternização

entre as casas espíritas daCapital e do Interior;Realização de encon-tros regionais, com aparticipação de to-das as coordenações,objetivando integrara FEES e as institui-ções espíritas; Promo-ção de seminários nasseis Alianças Regionais,realizados quase sempreem colégios, cinemas ououtros espaços fora dos li-mites físicos das casas espíritas, de modo a acelerar adivulgação do Espiritismo no seio da sociedade; Vi-sitas fraternas às casas espíritas; Realização do semi-nário “Fidelidade doutrinária”; Promoção de cursosde passe; Desenvolvimento de projeto de parceriacom a Prefeitura de Aracaju para a assistência e pro-moção social espírita; Realização do VI Simpósio daMediunidade; Realização do III Encontro de Juven-tude Espírita do Estado de Sergipe.

Região Centro

Federação Espírita do Distrito Federal

Programa de capacita-ção continuada, visan-

do à formação de tra-balhadores para a ta-refa de unificação;Realização de curso

sobre gestão da CasaEspírita, voltado para

dirigentes espíritas; Pro-jeto “treinar regional”, comvistas a capacitar e atuali-zar os trabalhadores com-prometidos com a causa

espírita; Comemorações di-versas, alusivas aos 150 anos do Espiritismo; Rea-lização de oficinas nas áreas de estudo e educação da

Sandra Maria BorbaPereira, presidenteda F. E. do R. G.

do Norte

Júlio César FreitasGóes, presidente daF. E. E. de Sergipe

César de JesusMoutinho,

presidente da F. E.do Distrito Federal

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mediunidade, ESDE, juventude espírita e atendi-mento fraterno; O DAPSE assessora e capacita ostrabalhadores sociais que desenvolvem as atividadesde atendimento e acompanhamento sociofamiliar,relativas às situações de risco e/ou vulnerabilidadesocial; Implementação de grupo de apoio integralaos dependentes químicos e familiares; Participaçãoda FEDF na Marcha Nacional da Cidadania EmDefesa da Vida.

Federação Espírita do Estado doEspírito Santo

Comemorações alusivas ao Sesquicentenário doEspiritismo, com palestras, conferências, colocaçãode outdoors etc.; Projeto “Reler Kardec”, com vistasao estudo e compreensão das obras básicas nas insti-tuições espíritas; Realização do 7o Encontro de Parti-cipantes do ESDE, de um curso relâmpago de prepa-ração de monitores do ESDE e projetos de estrutura-ção, interiorização e capacitação do ESDE; Promo-ção do Encontro Estadual de Trabalhadores do Aten-dimento Espiritual, dos trabalhadores da área me-diúnica e dos trabalhadores de visitas fraternas; Rea-

lização de um semináriosobre família; Atendi-

mento a crianças eadolescentes em si-tuação de vulnerabi-lidade social; Reali-zação do 9o Encontro

de Trabalhadores daAssistência e Promoção

Social; Programa de evan-gelização de presos; Reali-zação do 27o Encontro deMocidades Espíritas do Es-pírito Santo e o 4o Encon-

tro de Coordenadores de Mocidades Espíritas; Pro-moção do 14o Encontro Estadual de Evangelizado-res; Realização de cursos para evangelizadores.

Federação Espírita do Estado de Goiás

Realização de cursos de formação e de atualização deevangelizadores; Realização de curso para formaçãode passistas; Desenvolvimento e manutenção da homepage da FEEGO, com a transmissão via Internet de

Grupo formado por participantes da Região Centro

Maria Lúcia ResendeDias Faria, presidente

da F. E. E. do Espírito Santo

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Capa

eventos, como o CongressoEspírita Estadual, produ-

ção de DVDs etc.; Di-vulgação do Espiritis-mo na TV;Lançamen-to do 2o Clube do Li-vro Espírita; Realização

de cursos de capacita-ção administrativa para

gestão de casas espíritas;Promoção e realização doXXIII Congresso EspíritaEstadual; Realização do 3o

Encontro de Trabalhado-res em Prisões; Realização de atividades comemorati-vas do Sesquicentenário do Espiritismo, com apublicação de um número especial da revista GoiásEspírita, com vários artigos alusivos à efeméride.

Federação Espírita do Estado de MatoGrosso

Realização da Confra-ternização dos JovensEspíritas de Mato Gros-so; Encontro de Presi-dentes e Vice-presi-dentes das casas es-píritas; Realização decursos de capacitaçãoadministrativa, de capa-citação para evangeliza-dores da infância e da ju-ventude, de monitorespara o Estudo da Mediu-nidade, de oratória, de pas-ses, de relacionamento fami-liar saudável, de expositor doutrinário; Presença daCaravana Federativa em todas as regiões do Estado,com o objetivo de formar multiplicadores nas áreasatendidas; Divulgação doutrinária em jornais, rádioe televisão; Orientação e assistência a diversos gru-pos em formação no Estado; Participação na Cam-panha pela vida “Brasil sem aborto”.

Federação Espírita de Mato Grosso do Sul

Realização de Feiras deLivros Espíritas na Ca-pital e em cidades doInterior; Realizaçãoda Semana da Vida2007; Realização da6a Confraternizaçãode Juventude Espíritade Mato Grosso do Sul;Realização de semináriossobre encontro fraterno;Manutenção e dinamiza-ção da Campanha per-manente “A Unificaçãocomeça por nós”, buscando a união dos espíritas;Realização do Encontro de Coordenadores de UniõesRegionais Espíritas; Realização do 1o Congresso Espí-rita de Mato Grosso do Sul; Realização do EncontroEstadual de Trabalhadores da Área da Mediunidade;Realização de cursos da área dos departamentos deatendimento espiritual, atividade mediúnica, assis-tência e promoção social espírita, estudos e pesqui-sas espíritas, infância e juventude, em várias cidadesdo Estado; Realização do Encontro Estadual de Coor-denadores e Monitores do ESDE, e do Encontro Es-tadual de Evangelizadores.

União Espírita Mineira

Realização do V Encontro de Trabalhadores daUnião Espírita Mineira; Participação ativa no cursode capacitação de médiuns, promovido pela Federa-ção Espírita do Estado do Espírito Santo; Engaja-mento da UEM no “Projeto 2010”, que tem por metaa implantação do ESDE em todas as casas espíritasdo Brasil; Implementação de atividades voltadas pa-ra o atendimento espiritual na Casa Espírita, tais co-mo: atendimento fraterno, explanação do Evangelhoà luz do Espiritismo, passe e magnetização da água,evangelho no lar, irradiação mental; Comemoraçõesdo Sesquicentenário do Espiritismo em todas as

Weimar Munizde Oliveira,

presidente daF. E. E. de Goiás

Saulo GouveiaCarvalho,

presidente da F. E. E. de Mato

Grosso

Maria Túlia Bertoni,presidente da F. E. de MatoGrosso do Sul

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regiões do Estado; Reali-zação de cursos de pre-paração de coordena-dores e monitores doESDE; Realização daII Conferência deDirigentes e Coorde-nadores de Casas Espí-ritas; Promoção da IVSemana Espírita Chico Xa-vier; Realização da XXVFeira do Livro Espírita;Realização do II FórumEspírita de Juiz de Fora.

Federação Espírita do Estado doTocantins

Realização de um semi-nário sobre a família;

Realização do Encon-tro de Mocidades Es-píritas do Estado doTocantins; Promoção

da 2a Jornada Federa-tiva nas Regiões Norte,

Sul e Centro do Estado;Realização de um Encontrode monitores do ESDE;Realização do 3o EncontroEspírita de Formoso do Ara-

guaia; Promoção de um Encontro de trabalhadoresespíritas, em Palmas; Realização de um Encontroespírita de evangelizadores, em Araguaína; Realizaçãoda 2a Semana Espírita de Araguaína, com o tema:“Espiritismo – 150 anos esclarecendo e consolando”.

Região Sul

Federação Espírita do Paraná

Promoção e/ou realização dos seguintes eventos: IEncontro Estadual de Evangelizadores; 9a Conferên-cia Estadual Espírita; 7o Encontro de Coordenadores

de Juventudes Espíritas doParaná; Seminários di-versos; Encontros re-gionais e inter-regio-nais; Lançamento doopúsculo Como fa-zer, no 6, e CDs “Mo-mento Espírita”; Admi-nistração da Casa Espíri-ta; Família: desenvolven-do valores morais; O tra-balhador espírita – da pre-paração à persistência;Energia mental e vida saudável; palestras diversas; Se-minários:“A caridade na visão espírita”;“Ética das virtu-des”; Conferências com Raul Teixeira e Divaldo Franco.

Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ)

Realização de diversoscursos e oficinas especí-

ficos, versando sobre agestão da Casa Espíri-ta no século XXI eatividades da área deeducação espírita;

Conclusão do I Cursode Capacitação Adminis-

trativa para Gestão dasCasas Espíritas; Realizaçãodo II Encontro EstadualEspírita de Divulgação; Par-ticipação das comemora-

ções do Sesquicentenário da Doutrina Espírita em di-versos eventos estaduais e nacionais; Implantação eimplementação do ESDE; Realização de mais umEncontro da família e de uma Confraternização democidades espíritas do Estado do Rio de Janeiro, em17 pólos, com a participação de 4.000 interessados;Trabalho de assistência espírita ao presidiário; Partici-pação do CEERJ em atividades inter-religiosas ligadasao movimento inter-religioso; Promoção de Encon-tros regionais espíritas de Unificação.

Maurício Albinode Almeida,representante

da U. E. Mineira

Leila Ramos, representante da

F. E. E. doTocantins

Maria HelenaMarcon, presidenteda F. E. do Paraná

Aloísio Ghiggino,representante do

CEERJ

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Federação Espírita do Rio Grande doSul

Participação da FERGSno Conselho dos Di-

reitos da Criança e doAdolescente, Conse-lho Estadual do En-sino Religioso e Con-

selhos municipal e es-tadual de entorpecen-

tes; Curso de âmbitoestadual de preparação deevangelizadores; Realiza-ção do I Fórum da FamíliaEspírita e de vários cursosno Estado sobre a família;

Cursos em todo o Estado sobre atendimento frater-no, obsessão/desobsessão, educação dos sentimen-tos, expositor espírita; Realização do I Encontro Esta-dual de Diretores do DAPSE; Lançamento dos livros:A formiga e o gafanhoto, Leis morais & saúde mental,O desafio da felicidade num mundo em transforma-

ção; Participação da FERGS na Feira do Livro dePorto Alegre e de outras cidades do Rio Grande doSul; Promoção de várias atividades de assistência epromoção social espírita.

Federação Espírita Catarinense

O representante OlenyrTeixeira prestou infor-

mações das açõesabrangentes realiza-das pela FederaçãoEspírita Catarinense:

Participação da Feirado Livro de Rua, pro-

movida pela Câmara Ca-tarinense de Livros e na 1a

Feira Intermunicipal doLivro de São José; Mostrade banners, com fotos e gra-vuras, histórico do Movi-

mento Espírita “De Kardec aos Nossos Dias”; Partici-pação em Sessão Solene da Assembléia Legislativa do

Grupo formado por participantes da Região Sul

Gladis Pedersen deOliveira, presidente

da F. E. do Rio Grande do Sul

Olenyr Teixeira, representante

da F. E.Catarinense

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Estado de Santa Catarina, pela Comemoração doSesquicentenário de O Livro dos Espíritos; Lançamentode DVD “Histórico do Movimento Espírita Catarinense”;Realização de encontro com dirigentes do MovimentoEspírita de Santa Catarina com o mesmo modelo dasComissões Regionais do Conselho Federativo Nacio-nal da FEB, com a divisão do Estado em macrorregiões.Os vários Departamentos da Federação Espírita Cata-rinense também promoveram eventos específicos.

União das Sociedades Espíritas doEstado de São Paulo

Atividades de manutenção da Campanha Em De-fesa da Vida; Revitalização das campanhas perma-nentes da USE e da FEB; Realização de Encontrosfraternos de Unificação em várias cidades do Estado;Realização de Encontro do ESDE em Ribeirão Preto;Participação no “Ato público Em Defesa da Vida”;

Promoção de Confrater-nizações regionais de

mocidades espíritas;Inauguração da no-va livraria da USE;Realização do XIIICongresso Estadual

de Espiritismo; Pro-moção do Encontro Es-

tadual de Mediunidade;Realização de EncontroEstadual de ComunicaçãoSocial Espírita; Sesquicen-tenário do Espiritismo:realização de megaevento

no dia 21 de abril, em São Paulo, com a participaçãode 15 mil pessoas, para marcar e comemorar os 150anos de Espiritismo; Lançamento de selo comemo-rativo do Sesquicentenário.

José Antônio LuizBalieiro, presidente

da U. S. E. doEstado de São Paulo

28 Reformador • Maio 2008

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“Minhas queridas irmãs, meus queridos irmãos:

ormulamos votos de muita paz, rogando a Jesusque nos abençoe e que nos guarde.

Reflexionando a respeito do nosso encontroaos sábados no Conselho Federativo Nacional, ocor-reu-nos fazer hoje uma abordagem coloquial a res-peito do amor em nossas vidas e da melhor maneirade trabalharmos essa recomendação de Jesus, espe-cialmente em nossas casas espíritas, em nossas ofici-nas de trabalho, onde quer que nos encontremos.

Procurarei inspirar-me em uma obra que se tor-nou célebre na década 1990-2000. O autor tornou-sefamoso após escrever o livro a respeito de MohandasKaramchand Gandhi. O livro: Esta noite a liber-dade. A obra rendeu-lhe uma fortuna, e Do-minique Lapierre – o autor francês – poste-riormente descobriu-se com uma expressivadívida de amor para com a Índia.

Oportunamente, visitando aquelas ci-dades por onde Gandhi passara a men-sagem da paz, ele percebeu a dor

imensa dos párias, assim como a de outros infe-lizes. Merece recordar que, desde Indira Gandhi,não existem párias oficialmente na Índia, mas a rea-lidade é que aquelas víti-mas de quase oito milanos de cultura perma-necem segregadas, aoabandono, carregan-do o seu carma, que,na linguagem do pró-prio pensamento deKrishna, seria a divi-na punição.

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Anexo II

Encontro comDivaldo Franco

Como sucedeu no ano anterior, houve, durante a reunião, na tarde do dia 11, o

encontro dos membros do CFN com Divaldo Pereira Franco, que trouxe a sua

mensagem de incentivo espiritual, intitulada

no CFN

F

Muito além do amor

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Dominique Lapierre teve uma grande surpresa aosaber que um lar de crianças órfãs estava para ser fe-chado, porque o nobre inglês que o ajudava fora víti-ma de circunstâncias políticas e econômicas, preten-dendo deixar que mais de 600 crianças voltassem àsruas.

Em face do seu sentimento de gratidão, Domi-nique Lapierre começou a pensar no que poderia fa-zer para retribuir à Índia o bem-estar, o destaque, osprêmios que ele recebeu pela obra e a fortuna imen-sa acumulada, tendo em vista que somente os direi-tos autorais para a filmagem do livro, que resultouna estupenda película Gandhi, ganhadora do Oscarem várias expressões, foram adquiridos pelos Estú-dios por alguns milhões de dólares.

Certo dia, estando nas escadarias em Benares, ob-servando as crianças que se atiravam às águas sujasdo Ganges para recolher objetos dos cadáveres a fimde serem revendidos, acercou-se do grupo e tomouconhecimento da existência de uma menina que eraconsiderada a mais notável pescadora desses precá-rios recursos que o Ganges jamais havia recebido.Era mesmo chamada ave de rapina do Ganges. Seunome era Ananda, que significa, em sânscrito, ale-gria. Então, Dominique Lapierre acompanhou umaparte da trajetória possível de Ananda por váriosanos e escreveu o livro que se denomina Muito alémdo amor.

A sua interrogação é esta: Pode haver um amormuito além do amor?

Ananda pertencia a uma família de párias. Seupai era um daqueles que vendiam lenha para a cre-mação dos cadáveres, porque, às margens doGanges, de acordo com a posição socioeconômico--política, o indivíduo é posto sobre a madeira, con-forme os seus recursos, para a cremação. O pai deAnanda, por ter vários filhos e ser pobre, mantinhaum bazar onde vendia o que eram chamadas as relí-quias: dentes, ossos, algumas bugigangas que oscadáveres levaram – aqueles miseráveis que não pu-deram ser cremados e foram atirados às águas lodo-sas já em decomposição. Ele era vendedor de ma-deira barata, e Ananda com os irmãos encarrega-vam-se de recolher esses objetos no lodo das águas

escuras. Sua mãe, que é descrita como uma pessoade temperamento muito forte, uma alma insensível,graças às dores suportadas ao longo dos anos, eraencarregada de manipular a família. Ananda, aostreze anos, havia se tornado uma personagem espe-cial. Mas a sua condição de pária dela fazia uma me-nina triste. A epiderme negra, os cabelos tambémnegros e longos, os olhos oblíquos, a agilidade comque mergulhava nas águas e as características deadolescente faziam dessa menina um vulto especialnas escadarias do Ganges.

Naquela idade ela foi negociada para o casamen-to, conforme as tradições do seu povo. Ela contariadepois que notou que homens estranhos entravame saíam de sua casa, enquanto ela permanecia reco-lhida aos fundos e mal conseguia perceber o de quese tratava. Alguns dos irmãos disseram que eram asnegociações para o seu futuro casamento. Estabe-lecido o dote que a família deveria pagar e o doteque o pai do cavalheiro deveria contribuir, Anandafoi preparada para o matrimônio. Faltando poucosdias para as bodas, estando ela diante de um peda-ço de espelho, tirado das águas lodosas, percebeuleve despigmentação na face, e disse-o à mãe. A ge-nitora preocupada chamou um dos curandeirosque andam pelas ruas e, munido de uma lupa e deum alfinete, ele pôde fazer o diagnóstico após ligei-ro exame: era lepra.

A notícia produziu grande sofrimento à família,que, além de pária, tinha agora a marca da puniçãodos deuses. Ananda recordava-se que, a partir da-quele momento, todos se afastaram e, poucos diasdepois, quando ela despertou para a refeição co-mum, a bandeja de alimentos estava no centro da sa-la sobre uma esteira, mas todos estavam distantes. Alise encontravam as suas roupas, empacotadas, e algu-mas moedas, algumas rupias. Ela entendeu que era oúltimo momento de convivência com a família.Aquilo era uma tradição. Após ingerir um pouco dealimento, em silêncio a mãe expulsou-a de casa. Na-quele momento rasgavam-se todos os laços familia-res. Ela estava morta. Não tinha ninguém a quem pe-dir ajuda. Passou uma semana de privações, de por-ta em porta.

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Diante da farândola dos leprosos na cidade e ven-do-os decompor-se, ela recusou-se a misturar-secom eles, porque não havia nenhum outro sinal ex-terior, exceto, por enquanto, aquela despigmentação.

Uma semana depois estava esfaimada. Correu pa-ra a estação ferroviária, para ver se podia ser útil car-regando algum volume e recebendo alguma ajuda,quando a Providência pareceu surgir na pessoa deum homem, que saltou de um riquixá e lhe pergun-tou o nome. Jubilosa, respondeu: – Ananda. Eu sou aalegria. – E tem família? – Não, não tenho família. –É órfã? – Sim, eu sou órfã. – É exatamente o de queeu preciso. Eu tenho filhos. Viajo muito e necessitode uma ama, para que cuide de minhas duas crian-ças. Você aceitaria trabalhar para mim?

E deu-lhe vinte rupias, dinheiro suficiente paraalimentar-se por uma semana. Ananda agradeceuaos deuses. Entrou no riquixá e percebeu que lenta-mente saía do centro da cidade. O veículo seguia nadireção da periferia, até afastar-se bastante da movi-mentação da cidade tumultuada. Chegando aos arre-dores foi levada a uma casa muito grande, ali perce-bendo que estava sendo negociada...

O homem era um aliciador de menores para aprostituição. Ela foi então vendida a um indivíduosem escrúpulos que, para demonstrar a sua força epoder, agarrou-a pelos cabelos, atirou-a no chão,chicoteou-a e jogou-a no meio de outras meninasapavoradas.

Começava, naquele momento, a trajetória dife-rente e quase trágica da sua vida. Ela recebeu algu-mas instruções para a profissão que ia exercer – se sepode a isso chamar de profissão – e começou a aten-der à ralé, ao pior tipo de indivíduos que freqüenta-vam o bordel.

Quando lhe perceberam a despigmentação, elapassou a ser utilizada por outros párias, hansenianostambém. Durante os meses que ali permaneceu aten-dia a uma clientela volumosa e infeliz.

Não tinha o menor desejo de viver, quando teveum sonho interior, um sonho peculiar. Parecia quealguém a alertava para que se evadisse, para que fu-gisse dali, apesar dos riscos que adviriam. Emboratemendo ser castigada e assassinada, Ananda apro-

veitou-se, uma noite, da distração dos guardas e par-tiu, desesperada, de retorno a Benares. Misturou-seaos demais miseráveis e ouviu falar da história deuma mulher estranha, que estava ameaçando a esta-bilidade dos deuses. Narrava-se que aquela estrangei-ra viera com a tarefa de destruir a Índia e os seusdeuses, apresentando um novo deus, um deus bran-co, oriental, que estava contra as tradições ancestrais,contra Krishna e os demais gurus... Ananda, sem sa-ber como, antipatizou com essa estranha, porque,embora pária, amava o seu povo, amava a sua pátria.

Sem saber definir, sentia uma força que a impul-sionava a correr, a correr sempre, até tombar deexaustão e de fome. Foi numa dessas experiências,em que a fome a derreou no meio das ruas, que elapôde ver uma fila imensa de miseráveis que estavamdiante de uma casa modesta para receber sopa. Tam-bém ela adentrou-se com um vasilhame imundo pa-ra receber o alimento, quando uma mulher estranhaque estava à frente e o distribuía, saiu do seu posto deobservação e veio diretamente até ela. Olhou-a, eperguntou-lhe o que fazia ali. Ela só pôde respondercom uma palavra: – fome!

A senhora carregou-a, quase literalmente, desfez afila e olhando bem o seu rosto percebeu que aquelamancha estava envolta por um edema. Levou-a ime-diatamente para o pavilhão dos leprosos. Pavilhão éuma expressão gentil. Era um lugar de piso, chãobatido, um telheiro com esteiras, onde estavam rebo-talhos humanos.

A Índia possuía então alguns milhões de leprososperambulando pelas ruas e Ananda era uma a mais.

A senhora disse-lhe: – Chame-me de irmã Bando-na. Eu vou cuidar de você.

A pobreza da instituição era muito grande. Haviaum crucifixo preso à parede, tendo embaixo escritoTenho sede!.

Fora ele que um dia sensibilizara a religiosa, que,voltando de um seminário de meditação, viu aquelasduas palavras, nessa ocasião, de forma especial: Te-nho sede!. E perguntou-se: – O que é que Lhe dei nes-tes dois mil anos? Quando Ele gritou na cruz que ti-nha sede, ofereceram-lhe uma esponja vinagrosa. Eeu, que Lhe dei nesses dois mil anos?

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Nasceu, naquele momento, a obra humanitária deMadre Teresa de Calcutá. Expandiu-se pela Índia, pe-lo mundo. Quando ela desencarnou, estava atenden-do a 186.000 hansenianos no mundo, afora crianças,idosos, doentes... Mas na Índia, como a hanseníaseera quase normal, não havia terapêutica especializa-da naquela ocasião. Utilizava-se o óleo de chalmu-gra. Eram tentativas inúteis para diminuir a putrefa-ção da carne.

Sob um daqueles telheiros abarrotados de hanse-nianos, Ananda passou a receber o carinho da irmãBandona. Era uma mulher alta, vigorosa, estrangei-ra, porque, embora falasse vários dialetos, o seu nãoera o inglês que se pudesse entender com facilidade.Ananda lhe ficou temerosa. Recebia a alimentação,um pouco de asseio, a medicação, e, sem poderexplicar-se como, um ano depois, as marcas haviamdesaparecido do seu rosto. Os exames posterio-res demonstraram que ela estava clinica-mente curada da hanseníase.

Ananda continuou profundamente sen-sibilizada, agradecendo ao seu deus. Elapensava muito no período de Kaliuga, o pe-ríodo das trevas, que estava na Terra. Nesseínterim, ela se tornou secretária auxiliar dairmã Bandona, e tinha tanto medo dela e dodeus branco que não se atrevia, sequer, aolhá-lO na cruz, conforme lhe recomenda-vam. As marcas da sua condição de páriaeram tão grandes, que ela nunca olhava aspessoas vis-a-vis, sempre evitava passardiante de alguém para que a luz do Sol projetassesombra sobre o indivíduo, porque, segundo a tradi-ção, a pessoa ficava impura a partir daquele momen-to, tendo-se em vista que a sombra de um leproso oude um pária havia caído sobre ela.

Ananda prosseguiu a sua trajetória e pensou emfugir dali, quando, um dia, visitando um daqueleshorrendos pavilhões, um daqueles telheiros, a irmãBandona viu que uma esteira de onde saíra um mor-to estava ocupada por outro doente, sem a sua auto-rização. Ela perguntou: – Quem lhe deu esse direito?A fila é grande, já havia reservado esse lugar para umpaciente mais infeliz do que você.

Isto porque, na filo-sofia de Madre Teresa,o importante não eracurar o corpo. Elapreparava as pes-soas para morrer.“A maior glóriada vida é a morte– a morte honrada–, através da qualo Espírito se

libertava do seu carma”, costumava afirmar. Ela dese-java que os seus pacientes aceitassem a morte comosendo o anjo da libertação.

A religiosa reclamou e exigiu do invasor que ce-desse o lugar àquele que estava aguardando. Acon-teceu, porém, algo inesperado. Aqueles homens e mu-lheres que dependiam tanto dela, revoltados e gri-tando, coléricos, atiraram-lhe vasos noturnos, mule-tas, pedaços de paus, pedras, enquanto ela permane-ceu como se fosse uma estátua, segurando a peque-nina cruz de madeira que tinha sobre o ombro, semmover um músculo da face, até que a onda de fúriapassou e ela começou a orar, o Pai-Nosso.

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Uma brisa refrescante perpassou pelo ambiente.Aqueles pacientes infelizes choraram, começaram apedir perdão aos gritos, mas irmã Bandona expul-sou o invasor, porque a caridade não convive com adesordem. O lugar estava reservado para outro e eledeveria esperar a sua vez. Isso sensibilizou tantoAnanda que, naquela noite, ela pediu para tornar-seirmã de caridade. Desejava dar a vida que não ti-nha, porque não a tinha, apenas respirava. Uma se-mana depois foi mandada para Calcutá, e, pela pri-meira vez, viu Madre Teresa: uma mulher frágil, deum metro e sessenta, mais ou menos, com cinqüen-ta e cinco quilos, a voz doce, suave, modesta. Co-meçou a fazer o noviciado, que era muito simples:a arte e a ciência de amar, ler o Evangelho de Jesuse vivê-lo, aprender a atender os pobres e doentes atéo dia quando, três anos após, deveria ser transfor-mada na monja 2.458 da Ordem que mais cresciano mundo, de todas as raças, de todas as crençasque agora adotavam a doutrina e a experiência doamor.

No dia da consagração estavam familiares de to-das as noviças, menos os dela, que não tinha nin-guém. Ela ainda relanceou o olhar na multidão, mas...de repente, viu irmã Bandona, sorrindo. Ela viera deBenares para a consagração da sua filha espiritual.Estava vestida de noiva, e, logo depois de fazer osvotos de castidade, humildade e renúncia absolutana pobreza, recebeu quatro metros de tecido brancodebruado de azul, fez o sári, cobriu a cabeça, e tor-nou-se irmã da caridade.

Irmã Bandona abraçou-a. Alegria imensa. E a pe-quena ave de rapina do Ganges, agora vestida debranco e ainda discriminada, porque era pária, eraobrigada a fazer os serviços mais abjetos, que a co-munidade cristã gentil se recusava em face das tradi-ções do país.

Façamos uma pausa em a narrativa.1980. Na cidade de Los Angeles, um jovem cabe-

leireiro gay notou, inesperadamente, uma tumefaçãosobre o zigoma direito da face. Correu a um especia-lista, que, depois de examinar a formação tumorosa,teve dificuldade de fazer o diagnóstico. Mas pediu--lhe que voltasse depois para extrair material a fim

de submetê-lo a exame, e, posteriormente, veio oresultado: câncer de Kaposi.

Era estranho, porque o câncer de Kaposi tem umaorigem muito complexa, e é praticamente impossívelprever-se onde vai reaparecer com caráter metastási-co. A verdade é que o jovem disfarçou aquela tumo-ração com maquiagem e dias depois estava com a facecoberta de caroços. Pouco tempo depois do diagnós-tico, teve um problema gástrico, e todo o aparelhodigestivo foi tomado por uma infecção generalizada,como se fossem aftas. Foi vítima de muita febre emorreu apodrecendo ainda em vida. O cadáver foipara a necropsia, e não se pôde constatar a causa mor-tis, ou pelo menos o fator que desencadeara aquelamorte estúpida. Foi colocada num computador aanotação e ficou a incógnita. Mais ou menos na mes-ma época, em Miami, um estilista gay percebeu quetambém lhe apareceu na testa uma pequena tumora-ção. Ele correu ao médico e recebeu o diagnósticoimediato de câncer de Kaposi. Posteriormente teveuma infecção gripal e morreu de pneumonia empouco tempo. O pior é que o cadáver se decompunhade maneira inabitual. O caso foi colocado no compu-tador, para que o Departamento de Saúde dos Esta-dos Unidos averiguasse qual era a causa, quando, emNova Iorque, aconteceu algo semelhante, e, então,os dados foram postos em um sistema de seleção, e osmédicos constataram que aqueles três jovens haviammorrido da mesma infecção. Qual seria?

Logo depois o mesmo fenômeno ocorria em dife-rentes cidades do mundo na população gay.

Começou, naquele momento, a vigorosa caça aovírus responsável pelo que se constatou ser uma epi-demia. Imediatamente foi comunicado o InstitutoPasteur, em Paris, as peças orgânicas foram manda-das para laboratórios em diferentes países no mundoe em vários Estados americanos, principalmente emBetesda, na Virgínia, constatando-se ser de naturezaepidêmica, alarmante – porque as mortes continua-vam, principalmente na população gay.

Constatou-se que se tratava de um vírus já conhe-cido da Medicina, mas que ainda não afetara o orga-nismo humano. Ele vivia inoculado no macaco bar-riga verde, na África, no qual era inócuo. Como teria

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passado para o organismo humano? Era a perguntaque pairava no ar.

Acreditou-se que as mulheres africanas, muitasvezes colocando os macacos sagüis sobre os ombrosdeveriam ter sofrido arranhaduras e o vírus aden-trou-se-lhes na corrente sangüínea, indo alojar-se namedula óssea...

Ele pode ficar inoculado por dez anos sem causarqualquer prejuízo ao organismo, até o momento emque alguma infecção desencadeia a degenerescênciaimunológica e a pessoa morre, especialmente quan-do depois de vitimada por uma doença parasita.

O portador da AIDS não é um perigo para as pes-soas, sendo antes vítima de contágio dos micróbiosque os sadios podem transmitir; considerando queele não tem resistência imunológica, encontra-sesem defesa, contaminando-se facilmente e vindo afalecer.

Foi dado o alarme internacional, e passamos a co-nhecer as siglas AIDS ou SIDA – Síndrome de Imu-nodeficiência Adquirida.

Infelizmente, como sempre ocorre em tais oca-siões, começou a caça às bruxas. Acreditava-se que ohomossexual era o portador, portanto responsávelpelo surgimento dessa desgraça que se abatia sobre asociedade, até que apareceram os casos entre os hete-rossexuais e também entre crianças descendentes dossoropositivos.

1982. Em Nova Iorque, eles morrem embaixo dosviadutos, praticamente nas ruas, em casas velhasabandonadas, assim como em outras partes da Terra.Os hospitais do mundo inteiro recusam-se a recebê--los. O medo do contágio faz que essa doença terrí-vel ameace a saúde da Humanidade.

Os prognósticos asseveravam, então, que até 2020,em cada família na Terra haveria um soropositivo.Eram dados aparvalhantes. Mesmo porque os estu-dos realizados com o HIV, na tentativa de conseguir--se uma vacina ou uma terapia curadora, redunda-vam e ainda redundam inúteis, em razão das muta-ções que o mesmo apresenta. Mudando de estrutura,naturalmente dá lugar a um outro tipo, o que difi-culta significativamente os trabalhos dos infectolo-gistas. O alarme mundial foi dado, e muitos homos-

sexuais passaram a ser perseguidos. Em GreenwichVillage, em Nova Iorque – o bairro dos artistas, dosintelectuais –, a questão tornou-se pandêmica, e oprefeito de Nova Iorque, na ocasião, o senhorEdward Cock, teve a idéia de encontrar uma casa pa-ra recolher esses pestosos, para que não morressemnas ruas. A imprensa, de imediato, veio contra ele,dizendo que se tratava de uma jogada política. Ele,percebendo a tragédia, no seu Estado, no país e nomundo, sem nenhum paliativo sequer, procurou ou-tra solução. Sabia que as dores desses pacientes eraminsuportáveis, principalmente quando a virose atin-gia o cérebro.

Recorreu, com sabedoria, ao cardeal O’Connor,considerando a facilidade de aceitação pública quan-do o trabalho é realizado por um religioso, e o mes-mo prontificou-se a oferecer uma Casa que pertenciaa uma das Ordens que ele administrava, naquelebairro...

Casualmente, Madre Teresa de Calcutá, retornan-do de Roma, passou por Nova Iorque e ouviu falarda grande tragédia, da estranha doença, que ela pra-ticamente ignorava. Sabendo que o prefeito se inte-ressava pelos enfermos e solicitara a ajuda do car-deal, prontificou-se a auxiliá-los, informando: – Oportador de AIDS é um presente que Deus está medando para melhor amar Jesus. Amar a um dessesseres é o desafio que me chega em nome do Cru-cificado. Eu aceito a administração da Casa. Mas amesma terá que obedecer às minhas instruções. Nãoaceitarei as imposições americanas, as exigências dosetor de saúde. Já que não se faz nada por eles, eunão me submeterei às imposições que me queiramdeterminar.

Ela foi ver as instalações e propôs as diretrizes quelhe pareceram fundamentais: que tudo fosse muitosimples; as camas de ferro, modestas; que não tivessear refrigerado para o verão – que chega a mais de 40o,em Nova Iorque, de julho a agosto – nem tivessecalefação para o inverno – que chega a alguns grausnegativos, entre dezembro e março. Ela faria tudo. Ecomeçou a manter essas suas exigências, algumas,aliás, descabidas. Queria um médico sim, mas o seutrabalho era de amor, era levar essas almas à presen-

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ça de Jesus, mesmo que se recusassem, preparan-do-as para a morte.

Como não havia outra alternativa, Madre Teresarecebeu a propriedade e, no mês de dezembro de1983, quando nevava em Nova Iorque, chegou aoaeroporto Kennedy um grupo de jovens vestidas debranco, debruado de azul. Eram moçoilas. Não ti-nham bagagem, porque o que possuíam era uma ba-cia, duas peças de roupa íntima, um pedaço de sa-bão, um par de alpercatas, mais um sári, e nada alémdisso, a fim de poderem ir a qualquer lugar na horaem que Jesus as chamasse.

Os fiscais aduaneiros ficaram surpresos ao ver na-quela fila sacos com bacias, pedaços de sabão, enro-lados em um lençol qualquer, nos quais estava escri-to o nome de Madre Teresa de Calcutá. Deixaram--nas passar, e sorriram. Elas também. Um ônibus asaguardava à porta. Mas quando viram a neve caindo,supuseram que era Deus abençoando o seu ministé-rio! Nunca haviam visto neve. Na região em que vi-viam, na Índia, não nevava. Comiam aqueles flocos,sorriam jubilosas...

Entraram no ônibus, sem saber o que as aguarda-va. Entre elas, estava Ananda, que agora contava 19anos. Ananda viera para ser dirigida pela irmã Paul,uma inglesa severa, que iria administrar a Casa dosportadores de AIDS. Logo que estavam instaladas,começaram a receber os pacientes.

Mas a sociedade terrestre é paradoxal. AquelaCasa começou a ser sitiada por alguns residentes emGreenwich Village. Ameaçaram as religiosas, alegan-do que elas estavam trazendo para acolhimento osportadores de AIDS.

A irmã Paul, todavia, era enérgica, e enfrentou amalta, constituída por inúmeros homossexuais igual-mente soropositivos. Tratava-se da perversão dos va-lores. E a filha da caridade defendeu os seus interna-dos com abnegação e coragem.

Começou o grande trabalho, e elas passaram a re-ceber a ajuda de um médico. Elas não conheciam adevassidão reinante no Ocidente. Na sua ingenuidadee fé não tinham a menor idéia do que era a perversãoda cultura, particularmente em Nova Iorque e emGreenwich Village. Eram ainda quase inocentes. É

verdade que Ananda fora violada, vivera num prostí-bulo, mas era interiormente pura... Ela havia sidoexplorada, mas não havia vivenciado a corrupção.Afeiçoou-se por um jovem negro, portador de AIDS,que terminou por lhe contar como se contaminara,como era a sua vida antes da doença. Ele a chamavaDidi: irmãzinha querida. Morreu nos seus braços.

O médico do Departamento de Saúde, pragmáti-co e conhecedor das misérias humanas e suas que-das, procurou explicar-lhes que ali não era a Índia. Otrabalho do seu departamento era em favor da saú-de, da vida e não da morte. Ingenuamente recusa-vam-se a pensar em curar os enfermos, mas em pro-porcionar-lhes uma morte digna, sempre asseveran-do: “A melhor saúde termina na morte. É questão detempo. Desde que se vai morrer de qualquer forma,que cada um se prepare, porque a morte nem sempremanda aviso prévio”.

Então, a morte é inevitável, e Ananda desdobrava--se no serviço aos seus doentes.

Numa das visitas de Madre Teresa a Nova Iorque,ela descobriu que em muitas penitenciárias várioshomens condenados à morte eram portadores daSIDA. Contaminaram-se com agulhas em aplicaçõesde cocaína em rodas de viciados ou através de outrasocorrências... Ela percebeu que estava diante de umgrande desafio: socorrer alguns desses pacientes. Co-meçou o esforço para internar, pelo menos, uns pou-cos, na sua Casa, encontrando os obstáculos naturaisda legislação americana. Mas não desistiu, sempreafirmando que eles iriam morrer legalmente e aSIDA somente lhes antecipava o momento, rouban-do-os à outra morte ou vice-versa.

Resolveu recorrer ao governador de Nova Iorque,solicitando que liberasse alguns daqueles pacientes afim de que pudessem morrer com dignidade na suaCasa. Ele explicou sobre a impossibilidade de violaras leis. Ela redargüiu que ele teria como fazer, pelomenos indultando alguns por ocasião do Natal quese avizinhava, e depois de muita discussão, logrou oseu intento

Aqueles homens eram, no entanto, perversos, in-sensíveis, e foram transferidos alguns do corredor damorte para a Casa da Caridade...

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A obra prosseguia grandiosa. Chegavam agora osprimeiros medicamentos capazes de tornar-lhes a vi-da menos dolorosa e prolongá-la um pouco. Os pri-meiros socorros especializados estavam sendo apli-cados. Só mais tarde viria o coquetel, que preserva,aparentemente, a pessoa num estado de controle,porém, continuando enferma.

O pior da AIDS, merece que se diga, é que já exis-tem no mundo, de hoje, 42 milhões de soroposi-tivos. Somente na África algumas dezenas de mi-lhões. Isto porque alguns governos arbitrários e ig-norantes não acreditam na contaminação e negamautorização para a compra dos produtos farmacêu-ticos, em combate inglório e infeliz contra os avan-ços da ciência médica. O mais grave é que a estatís-tica pode alcançar os 50 milhões, porque muitos in-fectados, ainda não diagnosticados, continuaminfectando.

...E essa é a grande tragédia para a nossa juven-tude frívola dos bailes, das festas, do sexo livre, douso de agulhas infectadas na aplicação de drogas...

Fala-se muito em sexo livre na atualidade. O sexosempre foi livre e assim deve prosseguir, porém comresponsabilidade, deixando de ser libertino, múlti-plo, vulgar. Então, a ameaça é terrível, ao lado deoutras doenças sexualmente transmissíveis, porque aAIDS é somente uma delas. A sífilis voltou com todaa força nos Estados Unidos e no mundo. Na Américados anos 70, encontrava-se quase extinta. Nos anos90 já eram milhões de contaminados, graças ao vili-pendiamento da função sexual.

O mundo estarreceu-se, nos referidos anos 90,quando ministros de saúde de dois países superde-senvolvidos venderam sangue contaminado, prejudi-cando centenas de pacientes que deles se utilizaramnos hospitais. Descobertos, foram processados e pre-sos. Podemos ver a que ponto chega a indignidadehumana: médicos, ministros da saúde e, no entanto,vendendo sangue contaminado, perfeitamente cons-cientes do crime que estavam praticando, atordoa-dos pela ambição de ganhar mais dinheiro...

Um dos bandidos afeiçoou-se por Ananda e elaesquivou-se. Um dia ele disse-lhe que era rejeitadopor ser aidético.

Ela redargüiu, tranqüila, que não se tratava disso,mas porque era casada com Jesus. “Perco a vida, masnão O trairei” – afirmou-lhe então.

O bandido refugiou-se no ódio covarde e, um dia,quando ela está atendendo um paciente, ele aplicou--lhe sangue retirado da própria artéria, no glúteo,numa injeção que iria contaminá-la.

Ela sorriu para ele e reiterou: “Seja feita a vontadedo Senhor”. Continuou no seu trabalho. Ele morreulogo depois. Ananda prosseguiu na sua tarefa.

No ano de 1988, a China comunista abriu espaçopara Madre Teresa de Calcutá. Ela foi convidada a to-mar conta de um lar de crianças deficientes mentais,em Beijing, que é a antiga Pequim, e transferiu daCasa do Sagrado Coração de Greenwich Village airmã Paul, que levou Ananda para ajudá-la no socor-ro às crianças alienadas mentais.

Dominique Lapierre escreve que o poder do amormuito além do amor é tão grande, que somente sepode compreendê-lo através de Jesus. O amor tem aforça ciclópica de mover o mundo – poder-se-ia di-zer com Arquimedes, que pediu um ponto de apoiocomo uma alavanca e levantaria a Terra.

Fazendo-se do amor o ponto de apoio, a alavancada solidariedade mudará o mundo.

A obra de Dominique Lapierre me impressionoumuito, porque ele se refere ao amor muito além doamor, que é o amor de Jesus, que nós aprendemos noEvangelho, que cantamos em nossas emoções, quedivulgamos em nossas palestras, descobrindo que jáchegou o momento de o vivermos em nossa condu-ta. A presença desse amor que modifica o mundo eque hoje saiu das páginas da teologia para ser ques-tão de saúde humana como amorterapia, conforme apalavra autorizada de cardiologistas, oncologistas,psicólogos, estudiosos do comportamento e das neu-rociências, que afirmam: Quem ama não adoece.Quem ama tem doenças, mas não é doente.

A doença é um acidente de percurso na jornadado corpo, que experimenta transformações. Serdoente é perder o contato com o eu profundo e coma Divindade. Quando se é doente não se cura, se não

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vive a experiência sublime do amor. Mas quando setem doença, pode-se viver perfeitamente a existênciasaudável.

Lembrei-me de conversarmos ligeiramente sobre oamor neste encontro anual, porque os nossos benfei-tores queridos nos sugeriram que falássemos aoscompanheiros a respeito da necessidade de voltarmosà essência do Evangelho, ao Evangelho vivido. Quenão abandonemos as nobres conquistas da Ciência eda Tecnologia. A força do Espiritismo – disse Kardec– está na sua filosofia e não nos fenômenos. Os fenô-menos são da Humanidade. Mas é essa filosofia cen-trada no amor, que nós decodificamos como carida-de, que é o amor na sua mais elevada expressão, quedeveremos vivenciar agora, porque este século serádo amor, da beleza, da fé religiosa, da arte, nada obs-tante a tragédia e a violência destas horas.

A Ciência dá-nos a instrumentação para poder-mos colocar esses valores no coração da Humanida-de amargurada na hora da grande transição. É neces-sário chegarmos às massas, ao povo sofrido. É claroque muitos ricos, os endinheirados, também perten-cem a esse grupo de sofredores, as elites, os nobres,porque todos experimentam dores, fazem parte dagrande massa humana para a qual Jesus veio.

O Sermão da Montanha é para ser cantado e vivi-do nos dias de hoje. É necessário que adaptemos anossa linguagem espírita à necessidade do homem

da rua, denominado de maneira cruel: o excluído.Quer dizer que nós o expulsamos do que chamamossociedade. Levar Jesus a esses corações estiolados pe-la miséria, neste mundo onde ainda se morre à fome,é o nosso dever imediato.

Allan Kardec nos informa que deveríamos terconstrangimento de viver nele, num mundo ondeainda se morre à fome...

A nossa linguagem, a nossa mensagem é pão de vi-da, para sustentar os desesperados antes da grandeloucura. Temos de adaptar a nossa linguagem, no lar,aos nossos filhinhos. Não olvidar, em momento al-gum, a evangelização espírita no santuário domésti-co, no Centro Espírita, onde quer que estejamos, pa-ra as crianças, esse ameaçado futuro da sociedade.

A Dra. Maria Montessori, em Estocolmo, num dis-curso em 1937, antes da Segunda Guerra Mundial,disse: “Quando entendermos a criança e a educarmosà luz do Evangelho de Cristo, teremos salvado a Hu-manidade”. Vivemos o momento em que o Evangelhode Cristo deve ser transformado em vivência. Vol-temo-nos para as gerações novas, para as crianças. AEvangelização Espírita Cristã Infanto-Juvenil tem ur-gência. Preparemos essas gerações para o amanhã efalemos às massas sofridas da atualidade.

Para concluir, desejamos expor que estivemos rea-lizando uma palestra sobre a paz num dos bairrosmais violentos do Nordeste do Brasil, em Salvador.

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Trata-se de uma invasão que foi chamada as Mal-vinas, por ter acontecido durante essa guerra entre aInglaterra e a Argentina pela posse das ilhas dessenome. A onda de crimes ali é tão grande que, para seatenuar a tragédia, passa a ser denominado, ironica-mente, Bairro da Paz. Na praça da paz celestial – co-piado de Pequim – se desovavam os cadáveres deassassinados, sempre numerosos.

Eu solicitei a uma autoridade policial ajuda emforma de cobertura técnica, pedindo-lhe o apoio dealguma viatura para impor respeito durante o nossotrabalho. Ele anuiu prazerosamente e fomos com umgrupo de amigos. Na ocasião, falamos a respeito dapaz que nos vem do Cristo. O que mais nos comoveufoi a presença do povo local, umas duzentas pessoasque foram chegando, a princípio desconfiadas, su-pondo tratar-se de algum político, e foram-se acer-cando, permanecendo até o fim.

Falamos sobre Jesus, a necessidade de trazê-lOpara o dia a dia, arrancá-lO do mito, dessa distânciaque medeia entre nós e Ele – distância que nós pró-prios colocamos.

Vimos aqueles indivíduos chorando, e depois fez--se uma fila. Um embriagado me disse: – O senhoracaba de salvar a minha vida. Eu respondi-lhe: – Nãofui eu, mas sim Jesus.

Ele jogou a caneca de cachaça no chão, e disse queestava bebendo para depois dar um tiro na cabeça. Pe-gou o revólver e mo apresentou. Recomendei-lhe queo entregasse na delegacia de polícia no dia seguinte.

Ele me esclareceu, no seu aturdimento: “Eu játinha ouvido falar muito desse Homem, mas não seipor que hoje Ele entrou no meu coração. Eu voumudar”.

Procurou-nos depois, e está trabalhando comovoluntário em nossa Casa, num serviço modesto,dentro da sua habilidade.

Temos que voltar a Jesus. Eu sei que todos estamostentando isso, mas é necessário que tomemos a deci-são segura e avancemos na Sua direção.

Rogo escusas por insistir, porque me sinto impeli-do a fazer esse apelo, para que um amor além doamor, muito além do amor mesmo, daquele que sen-timos, tome conta de nossas vidas e nos torne felizes.

Nada obstante as dores que fazem parte da agendaexistencial de cada um de nós, mesmo com os teste-munhos inevitáveis, o amor torná-los-á menos dolo-rosos, fará que eles se tornem mais brandos, maispacíficos, e nós, dando-nos as mãos, prepararemos aEra porvindoura, a partir desta hora, destes dias dagrande transição para o mundo de regeneração.

Que o Divino Amor não amado tome conta denós, e nos seja possível amar muito além do amor”.

Em seguida, o presidente Masotti expressou grati-dão e reconhecimento pela presença de Divaldo naReunião do CFN, e pela mensagem que nos trouxecomo diretriz de vida em todas as nossas atividades,especialmente as doutrinárias.

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Filhos da alma:Que Jesus nos abençoe!

queles dias, assinalados pe-lo ódio e pela traição, pelodesbordar das paixões as-

selvajadas pelo crime e a hedion-dez, eram as bases sobre as quaisas forças conjugadas do Mal iamerigir o seu quartel de destruiçãodo Bem.

Veio Jesus e gerou uma novaera centrada no amor.

Dezenove séculos depois, apre-sentavam-se as criaturas em con-dições quase equivalentes. É cer-to que, nesse ínterim, houve umgrande desenvolvimento tecno-lógico e científico, e o progressocolocou fronteiras que se abriampara o futuro, mas as lutas eramtirânicas entre o materialismo eo espiritualismo.

Então veio Allan Kardec e, coma caridade exaltando o amor doMestre, proporcionou à Ciênciainvestigar em profundidade o serhumano, identificando-lhe a imor-talidade, a comunicabilidade, a re-encarnação do Espírito, que é in-destrutível.

Cento e cinqüenta anos depois,as paisagens terrestres encontram--se sombreadas por crimes equiva-

lentes aos referidos, que não fica-ram apenas no passado, e o mons-tro da guerra espreita sorrateiro nospontos cardeais do Planeta, aguar-dando o momento para apresen-tar-se destruidor, como se capaz fos-se de eliminar o Bem, de destruir aVida.

Neste momento, a Doutrina Es-pírita, sintetizando o pensamentode Cristo nas informações da suagrandiosa filosofia centrada naexperiência dos fatos, apresentaa Era da Paz, proporcionandoa visão otimista do futuro eoferecendo a alegriade viver a serviço doBem.

Vivemos os mo-mentos difíceis dagrande transição ter-restre.

As dificuldades multi-plicam-se e a cizânia homi-zia-se nos corações, procu-rando gerar divisionismos epartidos que entrem em confla-gração com caráter destruidor. Oódio, disfarçado na indumentáriada hipocrisia, assenhoreia-se dasvidas, enquanto a insensatez esti-mula os instintos não superados,para que atirem a criatura huma-na no charco das paixões dissol-

ventes onde pretendem afogá-la.Mas é neste momento grave queas luzes soberanas da verdade bri-lham no velador das consciências,conclamando-nos a todos, desen-carnados e encarnados, a porfiarno bem até o fim.

Não são fáceis as batalhas tra-vadas no íntimo, mas Jesus nãonos prometeu facilidades. Referiu--se mesmo à espada que deveria

A

Sem adiamentosAnexo III – Mensagens

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separar o bem do mal, destruir ainiqüidade para salvar o iníquo.

Os desafios que se multiplicamconstituem a grande prova atra-vés da qual nos recuperamos dosdelitos graves contra nós mesmos,o nosso próximo, a sociedade,quando pervertemos a mensagemde amor inspirados pelos interes-ses vis a que nos afeiçoávamos.

Agora é o grande instante dadecisão. Não há mais lugar paratitubeios, para postergarmos a rea-lização do ideal.

Já compreendemos, juntos, queos denominados dois mundos sãoapenas um mundo em duas vibra-ções diferentes. Estão perfeitamen-te integrados no objetivo de cons-truir um outro mundo melhor efazer feliz a criatura humana.

Demo-nos as mãos, unidos, pa-ra que demonstremos que as nos-sas pequenas diferenças de opi-nião são insuficientes para supe-rar a identificação dos nossos pro-pósitos nos paradigmas doutriná-rios em que firmamos os ideais.

Demo-nos as mãos, para enfren-tarmos a onda de homicídios legaisnos disfarces do aborto, da eutaná-sia, do suicídio, da pena de morteque sempre buscam a legitimação,porque jamais serão morais.

Empenhemo-nos por viverconforme as diretrizes austeras

exaradas no Evangelho e atuali-zadas pelo Espiritismo.

Jesus, meus filhos, encontra-seconduzindo a nau terrestre e alevará ao porto seguro que lheestá destinado.

Disputemos a honra de fazerparte da sua tripulação, na con-dição de humildes colaboradores.Que o sejamos, porém, fiéis ao co-mando da Sua dúlcida voz.

Não revidar mal por mal, nãodesperdiçar o tempo nas discus-sões infrutíferas das vaidades hu-manas, utilizar esse patrimôniona edificação do reino de Deus emnós mesmos, são as antigas-no-vas diretrizes que nos conduzirãoao destino que buscamos.

Estes são dias tumultuosos!Se, de uma forma, viveis as

alegrias dos avanços do conheci-mento científico e tecnológico,desfrutais das comodidades queproporcionam ao lado de cente-nas de milhões de Espíritos so-fridos e anatematizados pela en-fermidade, pela fome, pela dor,quase esquecidos, também sãoos dias de acender a luz do amorem vossos corações, para que oamor distenda as vossas mãos nadireção deles, os filhos do calvá-rio. Mas não apenas deles, comotambém dos filhos do calvário nopróprio lar, na Casa Espírita, na

oficina de dignificação pelo tra-balho, no grupo social...

Em toda parte Jesus necessitade vós, para falar pela vossa bo-ca, caminhar pelos vossos pés eagir através das vossas mãos.

Exultai, se incompreendidos.Alegrai-vos, se acusados. Buscaisorrir, se caluniados ou esqueci-dos dos aplausos terrestres.

As vossas condecorações serãoas feridas cicatrizadas na alma queconstituirão o passaporte divinopara, depois da grave travessia, en-trardes no grande lar em paz.

Ide, pois, de retorno às vossaslides e amai.

Levai Jesus convosco e vivei-O.Ensinai a todos a doutrina de li-

bertação e dela fazei a vossa bússola.Na ampulheta das horas o tem-

po continua inexoravelmente semtempo para adiamentos.

Vigiai orando e amai servindo.Que o Senhor de bênçãos nos

abençoe, filhos da alma, é a sú-plica que faz o servidor humíli-mo e paternal de sempre,

Bezerra

(Mensagem psicofônica recebida pelo

médium Divaldo Pereira Franco ao final

da Reunião do Conselho Federativo Na-

cional da FEB, no dia 11 de novembro

de 2007, em Brasília, DF. Publicada em

Reformador de janeiro de 2008, p. 8-9.)

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uaisquer que sejam asprovidências tomadas pa-ra elucidar a alma huma-

na, no sentido de se promover oscuidados para com a vida, valori-zando-a como deve ser, esbarrare-mos numa muralha intelectual enum vazio moral instigados pelainfluência das teses materialistas--ateístas que se insurgem no seiodas sociedades.

Não deveremos desconsiderar aforça dos projetos de vida imedia-tistas que se costumam alimentarno anseio tipicamente humano dedesenvolver poucos empenhos, oude usufruir situações mais confor-táveis e de tirar todos os proveitospossíveis dos recursos do Planeta,sem que se tenha muito o que res-sarcir, o que realizar, em prol dessebem-estar anelado. Enfim, é a teo-ria do proveito pleno e sem ônuspara os beneficiários.

Tais posturas são regidas pelo

egoísmo, remanescente do instin-to de conservação, que tem nosreinos inferiores à Humanidade asua fonte geradora. É o egoísmoque faz dilatar essa desenfreada bus-ca do prazer hedonista, do gozoinsaciável e gratuito sem qualquerreflexão relativa às conseqüênciasdesses privilégios.

Não estranhemos que semelhan-tes condutas estejam entranhadase muitas vezes sustentadas porcriaturas que se apresentam comoreligiosas, como crentes em Deus,ou como lideranças nos camposdas instituições de fé ditas cristãs.

O que se passa é que muitos Es-píritos hão chegado ao Planeta,nos dias presentes, trazendo res-ponsabilidades assumidas na Imor-talidade, nos campos do bem, darenovação espiritual e dos progres-sos inerentes à alma eterna. Ao sesentirem bem instalados no con-forto do corpo físico, valendo-se

das possibilidades socioeconômi-cas de realce ou quando se ador-nam com os poderes da políticaterrena, deslustram esses compro-missos – que lhes são recordadosdurante as horas de desdobramen-tos naturais pelo sono – e mergu-lham em atuações ególatras dis-cricionárias, absolutistas, sem qual-quer pensamento que se volte pa-ra o Criador da Vida e Suas leis re-gistradas em nossa consciência.

É indispensável que estejamosatentos para as instruções trazidaspelas Vozes dos Céus, no cerne daCodificação do Espiritismo, con-cernentes ao poder nefário do egoís-mo que se reproduz nas mais vá-rias instituições do mundo, sejano seio da família, da escola, dasigrejas ou das oficinas profissio-nais, fenômeno que só será bati-do, transformado ou superadopor meio do ingente trabalho daeducação.

Tempos de

valorizaçãoda vida

Q

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Impraticável conseguir-se o en-tendimento, por parte das mas-sas terrenas, de questões magnaspara a vida como é a do aborta-mento, da pena de morte, da euta-násia, da fome, dos descalabrosantiéticos, sem que os indivíduostenham, devidamente amadureci-da, a consciência de si mesmoscomo Espíritos imortais e que,por isso mesmo, responsáveis pe-la sementeira que realizam no soloplanetário.

O Espiritismo é chamado ago-ra, por meio do labor dos espíri-tas, a cooperar em todos os movi-mentos sociais que enaltecem avida e todos os elementos a elavinculados, no campo das provi-dências imediatistas, nas respostasque precisam ser dadas às comu-nidades, sem qualquer dúvida.

Entretanto, pela força filosófi-ca da Doutrina Espírita, não po-dem os espiritistas perder de vis-ta o seu caráter educacional, tra-balho que é capaz de modificar asdisposições morais dos seres, mu-dando o modus vivendi do homem,proposta que permitirá lancemosna correnteza social criaturas bemformadas, participantes da aristo-cracia intelecto-moral a que se re-feriu o ínclito Codificador AllanKardec, na esteira das suas for-mosas reflexões acerca dos gru-pos de governança terrestre.

O que presenciamos, por en-quanto, é um formidável embateentre as vozes que projetam luzsobre as mentes, sobre as almas eaquelas que gritam suas alucina-doras propostas de destruição ede morte, testemunhado pelo co-varde silêncio de muitos indiví-duos que, se conseguem cantar eprestigiar as verdades espirituaisem grupo, no conjunto dos con-frades do bem, calam-se e omi-tem-se toda vez que se defrontamcom o ensejo de dar seu testemu-nho da verdade, amedrontadosmuitas vezes pelo temor do achin-calhe ou das desconsiderações deque possam ser alvos.

Estamos convocados pelos Por-ta-Vozes de Jesus Cristo, que atuamnos altos serviços de espiritualiza-ção das idéias no mundo, a darnosso contributo, a nossa pala-vra consistente, calcada nos prin-cípios do venerando Espiritismo,sem arrogância, sem presunçãoe sem medo.

Contudo, somos chamados adar o nosso testemunho de luci-dez, de fortaleza moral e de fra-ternidade, a fim de que o proces-so educacional que o Espiritis-mo apresenta, muito além de re-ceber o reforço na nossa teoria,possa contar com o vigor da vi-venciação dos espíritas no meiosocial.

Estamos nos tempos de exerci-tar a própria coragem e a boa dis-posição, nessa audácia que fez comque os primitivos cristãos desces-sem aos circos tão logo ressoou navoz do Cristo a palavra Amor.

Destemidamente,cabe-nos avan-çar conjugando os possíveis es-forços para que, perante tanto de-sapreço pela vida humana, atue-mos no campo da feliz educação,amparada pela ética do amor aDeus acima de tudo e ao próxi-mo, como a nós mesmos, engol-fados pela moral de prestar osindispensáveis serviços em prolda dissolução gradativa do egoís-mo, da espiritualização das idéiase do aprofundamento das refle-xões em torno da lei de causalida-de, do que nenhum de nós estaráindene.

A valorização da vida do corponão pode prescindir do apoio àcultura da alma, da estima que seviva quanto às realidades do Espí-rito imortal.

Camilo

(Mensagem psicografada pelo médium

José Raul Teixeira, em 10 de novembro de

2007, na Reunião Ordinária do Conselho

Federativo Nacional da Federação Espírita

Brasileira, realizada em Brasília, DF. Publi-

cada em Reformador de fevereiro de 2008,

p. 26-27.)

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