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Revista de variedades Edição nº 1 – Novembro/2010 Perfil Céu e inferno traduzem a obra de Zé Ramalho Direito Animal Saiba como você pode adotar um bicho de estimação e ajudar a proteger os animais Cinema Centenário de Chico Xavier inspira superprodução nacional E mais: O futuro da literatura na era digital Viaje pela Bahia de todos os santos u n i c u l t

Revista Unicult

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Revista de cultura e variedades, idealizada e produzida por estudantes do 2º semestre de Jornalismo do Ceunsp-Salto/SP, em dezembro de 2010.

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Revista de variedadesEdição nº 1 – Novembro/2010

PerfilCéu e inferno traduzem a obra de

Zé Ramalho

Direito AnimalSaiba como você pode adotar um bicho de estimação e ajudar a proteger os animais

CinemaCentenário de Chico Xavier

inspira superprodução nacional

E mais:O futuro da literatura na era digitalViaje pela Bahia de todos os santos

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O doador deve...

- trazer documento oficial com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou CNH);- estar bem de saúde;

- ter entre 18 e 65 anos;- pesar mais de 50Kg;

- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação.

Impedimentos temporários

- Febre- Gripe ou resfriado

- Gravidez- Puerpério: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias

- Uso de alguns medicamentos- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis

Cirurgias e prazos de impedimentos

- Extração dentária: 72 horas- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses

- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação

- Transfusão de sangue: 1 ano- Tatuagem: 1 ano

- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Impedimentos definitivos

- Hepatite após os 10 anos de idade- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II

- Doença de Chagas- Uso de drogas ilícitas injetáveis

- Malária

Intervalos para doação

- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Cuidados pós-doação

- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas- Aumentar a ingestão de líquidos- Não fumar por cerca de 2 horas

- Evitar bebidas alcoólicas por 12 horas- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas

- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

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Unicult

Reportagem Especial

Arte e Cultura

Viagem

Perfil

Direiro Animal--------------02

*A fronteira entre habitação e habitat*Posse responsável*Adote essa idéia*Eu, o melhor amigo

O Futuro da Leitura-------05

*A Folha pela Tela?

Cinema-----------------------08

*A Vida Depois da Vida na Dimensão da Tecnologia

Salve a Bahia----------------06

*Salve, Salvador!

Zé Ramalho-----------------07

*O Céu e o Inferno Traduzem a sua História

Sabemos que muitos vão dizer, “Novas publicações nascem todos os dias.” Pois Unicult acaba de vir à luz, berrando a plenos pulmões que o futuro é nosso e no que depender de nossa criatividade, viemos para ficar!

Liberdade de escrita e um ambiente universitário fecundo é que alimentam nos-sas idéias. Deixemos as grandes coberturas para as bam bam bans semanais, ao menos por hora! As páginas de Unicult trazem informações interessantes com textos fáceis e agradáveis. Não queremos influenciar o seu voto, mas se você ler a reportagem especial feita por Adriana Brumer sobre os diretos dos animais, ficará antenado nos candidatos que defendem esta idéia.

Arte e cultura também permeiam nossas páginas, mas não vamos tentar te ven-der uma bolsa Louis Viton no anúncio ao lado. A repórter Francisca Soares traz um perfil do cantor Zé Ramalho, o profeta nordestino do apocalipse, numa re-portagem sensível que traduz a trajetória deste ídolo.

Você acha que a forma de leitura esta mudando? Se pertencer à geração “y” certamente vai dizer que sim. No papel ou em uma tela, as novas publicações seguem as novas tendências da tecnologia e do mercado. Entenda melhor este assunto com o artigo: A folha pela tela?

Cinema também está entre nossos assuntos. Grandes produções com temática espírita invadem as telonas, e como não podia deixar de ser, Unicult foi conferir. O resultado é um belo artigo de Adriana Brumer que fala sobre o filme Nosso Lar, um grande sucesso do cinema nacional.

E como viajar é preciso e maravilhoso, esta repórter que vos fala conta como foi a sua passagem pela terra de Caymmi. Salvador é beleza, história e alegria. Terra de gente que canta quando fala e batalha muito, mas não estressa a toa não!

Estes são bons motivos para abrir Unicult e correr para a rede, sofá ou a sombra da árvore mais próxima, relaxar e ter uma ótima leitura.

Sandra Ribeiro

Expediente UNICULT

Reportagens: Adriana Brumer Lourencini n° 2 Francisca Soares n° 11 Sandra Ribeiro n° 27

Fotos: Adriana Brumer Sandra Ribeiro

Diagramação: Sandra Ribeiro

Unicult foi um projeto idealizado por estudantes do 2° semestre de Jornalismo do Ceunsp-Salto - Dezembro/2010.

O doador deve...

- trazer documento oficial com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou CNH);- estar bem de saúde;

- ter entre 18 e 65 anos;- pesar mais de 50Kg;

- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação.

Impedimentos temporários

- Febre- Gripe ou resfriado

- Gravidez- Puerpério: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias

- Uso de alguns medicamentos- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis

Cirurgias e prazos de impedimentos

- Extração dentária: 72 horas- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses

- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação

- Transfusão de sangue: 1 ano- Tatuagem: 1 ano

- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Impedimentos definitivos

- Hepatite após os 10 anos de idade- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II

- Doença de Chagas- Uso de drogas ilícitas injetáveis

- Malária

Intervalos para doação

- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Cuidados pós-doação

- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas- Aumentar a ingestão de líquidos- Não fumar por cerca de 2 horas

- Evitar bebidas alcoólicas por 12 horas- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de 4 horas

- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

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Direito AnimalA fronteira entre a habitação e o

habitat

Somos diferentes dos animais que povoam nosso planeta graças à ca-pacidade de agir além de nossos ins-tintos. Entender e distinguir o que é certo do que é errado, e tomar de-cisões baseadas em um raciocínio puramente abstrato, foi o diferencial que permitiu ao Homem dominar o planeta e subjugar as poderosas fe-ras que ousaram cruzar seu caminho evolutivo. No entanto, o humano que pensa, cria, desenvolve proje-tos complexos e faz descobertas re-volucionárias ainda tem muito que aprender sobre os seres menores (em evolução) que habitam a gleba ter-restre. A falta de comprometimento e a indiferença ao direito animal ain-da são muito grandes. Os casos de maus-tratos, abandono e violência praticados pela humanidade contra os bichos continuam nas pautas dos noticiários.

Entre os muitos atos de crueldade, o comércio ilegal de animais silves-tres é o pior deles – ocupa o tercei-ro lugar como a atividade que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para os tráficos de drogas e de armas. O Brasil é o alvo preferido dos criminosos devido à diversidade de sua fauna. Todos os anos cerca de 38 milhões de animais selvagens são retirados de seu habitat no país e 40% são para exportação, de acordo com a Polícia Federal. O destino das espécies é variável – elas são encami-nhadas para pet-shop, colecionado-res particulares e para fins científi-cos (cobaias em testes laboratoriais). Aqui estão inclusos os terríveis mé-todos de retirada de peles e a vivisse-ção, processos extremamente brutais e desumanos, que são realizados com o animal ainda vivo. Para a vergonha da espécie denominada humana, há outras ações que também compõem

o triste elenco: a farra do boi, as carrocinhas, os rituais, os rodeios, o abate indigno e descontrolado, as touradas e os trabalhos forçados (tração e circos).

Os animais que vivem mais próxi-mos de nós, os domesticáveis, por exemplo, também não escapam da truculência de gente que não tem coisa melhor a fazer. As rinhas, ou brigas de galos (e também de ca-chorros), apesar de proibidas por lei, continuam sendo realizadas em muitos locais, causando ferimentos graves e até a morte desses animais. Mais um exemplo da falta de fiscali-zação e de impunidade que grassam por aqui.

O abandono e a negligência igual-mente engrossam a lista de abusos. De acordo com a Sociedade Mun-dial de Proteção Animal (WSPA – World Society for the Protection of Animals), estima-se que 75% dos cães no mundo estejam nas ruas. O gerenciamento dessa população é um problema, e possui sérias im-plicações para a saúde pública e o bem-estar animal. Porém, há outro agravante: cães e gatos que sobrevi-vem a atropelamentos, linchamen-tos, doenças e fome, e que ainda são excluídos do convívio e afetos humanos, começam a se tornar cada

vez mais selvagens.

Privados do contato com as pessoas começam a invadir matas e proprie-dades rurais para caçar, vivendo em uma situação denominada condição feral. Este tipo de comportamento desencadeia conseqüências graves no ecossistema, já que esses bichos se tornam predadores oportunistas, causando o desequilíbrio de a cadeia alimentar e transmitindo doenças. “O grau de civilização de uma so-ciedade pode ser medido pela forma como trata seus animais” (Mahatma Gandhi)

Posse responsável

Há hoje um fenômeno mundial que não parece ser apenas um processo artificial articulado por interesses meramente comerciais – trata-se do “boom” dos animais de estimação. Talvez possamos pensar que esse interesse geral pelos animais seja providencial, facilitando no homem o desenvolvimento de sentimentos

Araras apreendidas em Recife-PE - Créditos - Agência de Notícias de Direitos dos Animais

mais fraternos em relação ao seu próprio semelhante. É curioso no-tar que quando as pessoas tomam interesse pelos bichos, passando a cuidar deles, defendê-los, compre-ender sua razão de existir, esse amor se estende a praticamente todas as espécies.

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No entanto, ainda vê-se muita in-sensibilidade em tudo quanto se re-fira aos animais. Por diversas vezes, a brutalidade é tal que chegamos a nos questionar quem é superior a quem.

Com alguns conhecimentos bási-cos e a compreensão dos princípios fundamentais de bem-estar animal, as pessoas poderão entender e vir a apreciar o papel que todos pode-mos exercer para melhorar a vida dos bichos em todo o mundo. Tan-to é assim que vem aumentando o número daqueles que demonstram amar os animais, e que já desperta-ram a consciência constatando que eles também sentem dor, fome, frio, adoecem.

Para quem pretende ter em casa um cão, gato ou alguma outra espécie, deve considerar: Estou preparado para ter um animal de estimação? Qual a raça que mais irá se adaptar ao meu ritmo de vida? É o momento certo? Quais os cuidados e os cus-tos para mantê-lo? Para quem tem e cuida de um bichinho pode pare-cer absurdo, mas é cada vez maior o número de pessoas que compram

ou adotam uma mascote e depois a abandonam. O médico veterinário Alex Dirlei de Brum, da clínica Ma-dame Pet, em Indaiatuba, diz que há pessoas que, ao enfrentarem o me-nor contratempo com o bicho, que-rem logo ‘devolvê-lo’. “Os motivos são os mais diversos: muita bagunça, maiores despesas por causa de ra-ções e cuidados veterinários, doença, velhice ou mudança”, informa. “Para evitar a atitude extrema de abandono do animal, a dica é bastante simples: antes da aquisição conheça os hábi-tos dos animais, converse com um veterinário e com amigos que possu-am cachorros e tenha em mente qual raça quer ter em casa”, afirma Alex.

O Brasil possui cinco milhões de animais de estimação. Só na cidade de São Paulo, existem 1,3 milhões de cães, o equivalente a um por oito habitantes. A recomendação da Or-ganização Mundial da Saúde (OMS) para controle do risco de doenças e ataques é a de um cão para cada dez habitantes. É difícil precisar quan-tos animais são abandonados todos os dias. Ainda de acordo com dados do IPAB, 50% dos animais abando-nados são de raça, como poodle, co-

cker spaniel, pastor alemão, rottwei-ler e fila, que estão entre as que têm maior índice de rejeição.

Por isso, paciência é algo fundamen-tal. Segundo Alex, um cão leva cerca de quinze dias para reconhecer que você é o dono dele e a responder aos seus comandos. Em três meses, ele já deve estar adaptado ao ambiente e obedecer às novas regras. Caso a situação fuja do controle, o ideal é procurar a ajuda do veterinário ou de um adestrador.

Adote essa idéia

Depois de escolher a espécie e a raça do novo companheiro, há ainda ou-tra questão: por que devo adotar (e não comprar) um animal? Uma boa resposta pode ser o próprio animal, diz Patrícia Bruscadim, vice-presi-dente da União Protetora dos Ani-mais de Rua (UPAR) de Indaiatuba. “Um bom motivo para se adotar um “sem-teto” canino ou felino é re-almente muito bom, não só para o próprio bicho em questão, mas tam-bém para outro irmão da espécie - e também para quem adota. Ao adqui-rir um cão de um abrigo, abrimos uma vaga no mesmo local para outro cão necessitado. Afinal, a expectativa de vida de um cão abandonado na rua - sujeito a intempéries, aciden-tes, maus-tratos e até sacrifício, caso recolhido por um centro de contro-le de zoonoses e não adotado após certo prazo (até três anos), é bem menor do que a de um cão que vive em companhia de um tutor”, afirma ela. “A companhia canina pode fa-zer bem mental e até físico para os

“Para evitar a atitude extrema de abando-no do animal, a dica é bastante simples: antes da aquisição conheça os hábitos dos animais, converse com um vete-rinário e com amigos que possuam cachorros e tenha em mente qual raça quer ter em casa.” Dr. Alex Dirlei de Brum

humanos, tornando-os mais calmos e menos suscetíveis a doenças como a depressão, entre outras”, completa Patrícia.

As crianças também se beneficiam da presença de um animal no lar. Os cães, além de grandes companheiros, se tornam “filhos” de nossos filhos, perfeitos para dar a estes as primeiras Adri Brumer

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noções de responsabilidade, afinal, posse responsável não tem idade – e nem preconceito. “Vira-latas”, “ge-néricos” ou mestiços (SRD – sem raça definida) também têm todo o direto a casa, comida, água fresca e muito carinho, e acabam saindo mais em conta para quem possui mais amor para dar do que dinheiro para gastar. Os animais adquiridos em abrigo, na maioria dos casos, já vão para a nova morada vacinados, castrados e vermifugados, o que re-presenta uma economia significati-va. Acrescenta-se a isso o fato de os bichos que foram abandonados ou sofreram em mãos infelizes serem extremamente dóceis e afetivos – “é

Filhote disponível para doação na feirinha da UPAR

Eu, o melhor amigo

Não é só participando de campanhas ou colaborando com associações que podemos ajudar os animais; exis-tem muitas maneiras, e, ao contrário do que se imagina, são bastante sim-ples. Atitudes comuns do cotidiano podem fazer a diferença. Quando for viajar, por exemplo, não compre lembranças feitas com produtos de animais (peles, marfim, cascos de tar-taruga etc.); evite alimentos produzi-dos de forma cruel, como o foie gras (patê de fígado de ganso); se presen-ciar crueldade ou maus-tratos contra algum bicho denuncie.

Há ainda muito que educar, que ver transformado no homem, em relação ao seu convívio com os animais. E essa transformação requer o seu enten-

civilidade e progresso moral. Com as mudanças aceleradas que põem em risco a conservação da vida no planeta, as discussões sobre a existên-cia animal se intensificarão, delimitando territórios e mostrando que a nossa casa só pode ir até onde começa o habitat – direito sagrado de todos os seres vivos.

Em maio de 2001, algumas volun-tárias que recolhiam e cuidavam de animais doentes e atropelados deci-diram criar um abrigo em um terreno cedido por uma delas, na cidade de Indaiatuba. O objetivo foi arranjar um lar provisório onde esses animais pudessem ser tratados, recuperados e posteriormente doados. Nascia a União Protetora dos Animais de Rua (UPAR), associação sem fins lu-crativos que presta auxílio a animais de rua atropelados, doentes, fêmeas prenhes e filhotes abandonados, e intervém em alguns casos de animais que sofrem abusos e maus tratos por parte de seus donos. Atualmente, a UPAR abriga cerca de 200 animais e conta com apoio financeiro de sócios que realizam doações mensais. Porém, o trabalho é árduo e as necessidades só aumen-tam. Os gastos vão desde ração, me-dicamentos, produtos de limpeza até a remuneração de serviços veteriná-rios e colaboradores na manutenção e higiene do abrigo.

A atual presidente da UPAR, Ana Maria de Oliveira Mosela reuniu-se no início de novembro com as de-mais integrantes da entidade para

planejar ações para o final de ano. “As doações ainda são muito inferio-res em comparação às despesas que temos. Hoje, por exemplo, não te-mos condição nenhuma de permitir a entrada de novos animais no abri-go. Apoiamos o voluntário que leva o animal para sua casa, através do fornecimento de ração e eventuais medicamentos”, desabafa ela.

Eliane Braga de Carvalho, partici-pante ativa e ex-presidente da UPAR diz que as pessoas ainda não perce-beram a real situação dos bichos, as condições em que vivem. “Tem gen-te que larga ninhada ou atira animais por cima do muro do abrigo, como se fosse um saco de lixo”, revela.

Em todos esses anos de atuação, a UPAR também possui muitos finais felizes registrados. A feirinha de ado-ção, realizada aos sábados das 9h30 às 13h na rua Vinte e Quatro de Maio, recebe muitas pessoas que desejam levar um bichinho para casa, e outras que vão doar seu animal por diversas razões. “Nós prestamos informações de como cuidar e manter um animal, e orientamos como proceder no caso de presenciar maus-tratos”, afirma Maria Aparecida Lindro, trabalhado-ra assídua da associação.

Há diversas formas de ajudar, com-plementa a vice-presidente Patrícia Bruscadim – “As pessoas podem fazer sua parte resgatando e encami-nhando animais feridos ou acidenta-dos para tratamento; doando artigos para nosso bazar, e itens de limpeza para serem utilizados no abrigo.” Entre os vários eventos promovidos para angariar fundos, as campanhas da pizza e as rifas de brindes doados por comerciantes locais fazem mui-to sucesso e dão fôlego para que os ativistas continuem sua luta em favor da vida animal. “Não queremos pe-dir para que o valor da contribuição seja aumentado, e sim que convidem

dimento de que, como ser superior, deve cuidar do inferior. Fato positivo é a ampla participação de organiza-ções não governamentais (ONGs) – voltadas para ações motivadoras do que consideram um dever: tra-tar com respeito e amor os animais, sensibilizando e conscientizando as pessoas.

Tomar posição na defesa animal não é tarefa fácil, mas demonstra sinal de

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ruas e os que pertencem às pessoas de baixa renda.

Para conhecer um pouco mais do trabalho da UPAR e ajudar, entre em contato: (19) 9227 9052 ou pelo e-mail: [email protected]

Depósito: BANCO do BRASIL – Con-ta Poupança - Agência – 6663 X/conta – 20709-8.

Devido ao fato de a UPAR não possuir sede própria, as doações poderão ser entregues na feirinha aos sábados ou na clínica Toca dos Bichos – rua José do Patrocínio, 230 – Cidade Nova – Indaia-tuba SP.

Adri Brumer Lourencini

mais sócios, novos voluntários com outras disponibilidades”, enfatiza Patrícia.

A UPAR já conseguiu realizar: 1647 Doações de cães e gatos, 1539 Castrações, 2025 Consultas (p/ animais de ruas e alguns que também possuem donos), 602 Quimioterapias, 725 outras Cirur-gias (pino em patas quebradas, man-díbulas, amputações, hérnias, etc.). Os animais do abrigo consomem por mês 88 sacos (de 15 kg) de ração para adulto e oito sacos (de 25 kg) de ra-ção para fi lhotes.

Em parceria com a prefeitura, a cam-panha para castração gratuita visa cães e gatos em situação de risco nas

Cães do abrigo da UPAR

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Arte e Cultura A folha pela tela?

Hoje, a forma de ler mudou de roupa-gem: o futuro da impressão já chegou, e é digital. Desde o início dos anos 90, quando se começou a falar do assunto, seu amplo conceito tem se modifi cado.

A indústria gráfi ca defi ne impressão di-gital como “qualquer equipamento que registre sobre papel, ou outro suporte, as informações recebidas de um com-putador na forma de dados digitais sem que haja necessidade de gravar qualquer tipo de matriz para transferência dessas informações”. A digitalização do pro-cesso de pré-impressão criou a possi-bilidade única de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia gráfi ca. Todavia, para implantar a tecno-logia digital em uma empresa é preciso mais do que investimento em tecnolo-gia, sendo imprescindível a criação de novas formas de parceria com fornece-dores e clientes.

Mas, qual será o futuro dos livros, jor-nais e revistas impressos? Eles perma-necerão, apesar do impacto que vem sofrendo com os meios colocados à dis-posição do público através da rede mun-dial de computadores. Os blogs, sites e redes sociais como um todo criaram efetivamente um novo hábito de leitu-ra, que vem ganhando força no mundo inteiro, incluindo o Brasil, onde a busca pelos livros não é um bom costume, em-bora essa tendência tenha se modifi cado nos últimos anos.

Os jornais, por exemplo, resolveram se adiantar às previsões e lançaram seu con-teúdo eletrônico, entretanto, mantive-ram sabiamente o exemplar tradicional diariamente à porta do leitor. Esse não

foi o caso do Jornal do Brasil, que des-de o dia 1º de setembro fornece apenas o conteúdo digital. Fundado em 1891, o JB foi um jornal vibrante, respeitado, e que sempre se notabilizou pelos seus projetos gráfi cos, além da qualidade de sua atuação jornalística, uma referência nos meios de comunicação impressos, com um estilo próprio, admirado e res-peitado até pelos concorrentes. Ultima-mente, uma situação administrativa in-sustentável por conta de uma dívida de aproximadamente R$ 100 milhões, além de uma circulação pequena, contrastan-do com o nome do veículo, provocaram a sua morte.

Os tempos mudam e o mercado edito-rial também. Somente em nosso país, no mês passado, foram vendidos mais livros digitais do que de capa dura. Nos primeiros três meses de ano a venda de títulos foi três vezes maior, mostrando outro aspecto interessante: o hábito da leitura digital não é apenas para os jor-nais. Por conta disso, as editoras brasilei-ras fundaram a Distribuidora de Livros Digitais.

Na Europa, jornais franceses anun-ciaram a criação de uma banca virtual, possivelmente ainda este ano, com o oferecimento de conteúdos a computa-dores e celulares. O projeto conta com a participação de periódicos tradicionais da França, como Le Fígaro. Les Échos, Le Monde, L’Equipe, Libération e Le Parisien.

A despeito dos milhões de obras digi-talizadas disponíveis na internet, a obra impressa em papel continua sendo a pre-ferida tanto para o ensino, como para o lazer, bem como para os diversos tipos de embalagens e documentos não digi-tais. Certamente, o consumo do papel impresso terá uma demanda acima das expectativas. Menores tiragens, porém, com títulos e produtos diversifi cados, sem abrir mão de um mercado econo-micamente sustentável. Não deixa de ser uma releitura, só que do meio ambiente.

A folha pela tela?

Hoje, a forma de ler mudou de roupa-

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Sempre tive uma paixão confessa pela Bahia. Meu primeiro contato com esta terra maravilhosa foi ainda criança, através das gravuras de Jean--Baptiste Debret. Nelas baianas car-regando tabuleiros e escravos com toda sorte de carga nos lombos ca-minham pelo pelourinho.

Em março deste ano fui para Salva-dor, já conhecia o sul do estado, mas nunca tinha ido para a capital. A primeira visão que temos da cidade antes de aterrissar no aeroporto Luiz Eduardo Magalhães é de uma perife-ria feia, de casas de alvenaria amon-toadas e sem reboco. La quase tudo leva o nome do clã, praças, avenidas, hospitais e a plebe se divide entre os que odeiam e os que idolatram painho.

Um longo caminho separa o aero-porto da orla da cidade. O trânsito é caótico, o calor escaldante e não da para imaginar que uma bela pai-sagem vai surgir após uma esquina. Mas é isto mesmo que acontece, de repente pode-se ver o mar cantado por Caymmi. Após percorrer as be-las praias, passo pelo Farol da Bar-ra, a Praça Castro Alves, o elevador Lacerda e enfi m, o Pelourinho, meu destino fi nal.

Mas antes, uma parada na sorveteria do Lacerda para saborear um sorvete de cupuaçu e admirar a Baia de Todos os Santos. Uma visão simplesmente inesquecível, não só pelo sol, mar e céu, mas por uma perfeita combina-

ção destes elementos com a arquite-tura que remete a séculos atrás.

Caminhar pelas ruas de Salvador é como fazer uma viagem no tempo. Devidamente alojada saio para ex-plorar os arredores do Pelô. Vejo por todos os lados moleques ofertando fi tinhas coloridas, baianas em trajes típicos, estrangeiros esbanjando ver-melhidão e muitos gatos de todos os tamanhos e cores, se fartando com os camarões que caem dos acarajés.

Gosto de passar horas no ossuário da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, olhar as inscrições cente-nárias das gavetas e imaginar o co-tidiano daquelas pessoas. As sinhás passeando de sombrinhas abertas, metidas em rendas, frufrus e laça-rotes e os mocinhos em mangas de camisas. Ruborizados, trocando olhares furtivos e com sol escaldante dizendo que aquela terra não perten-cia a eles. Os escravos subindo e des-cendo as ladeiras, confortados com o clima, embora também estrangeiros. Braços fortes, lábios grossos e secos, a pele brilhante e os grilhões ferindo, marcando a carne e a sina desgraça-da.

Volto para nosso século vazio de ma-gia e eu mesma repleta de idiossincra-sias. Desço o Pelô com os pés doloridos pelas pedras, pois estão acostumados a pisar asfalto e na maioria das vezes, nu-vens. Lá tudo é sentido, sempre tem tambores tocando em algum lugar e o cheiro de dendê não sai do ar. Mas o melhor desta terra é o sote-ropolitano, estes têm algo que can-ta, requebra e convida. As meninas são frajolas da baixa do Sapateiro ao Bonfi m e os homens tocam com o olhar. “Compre um colar de Iansã que te dou outro de Oxalá minha lin-da”, tenta me convencer um rapaz de sorriso maroto. Não comprei, Deus me livre da ira de Oxalá ao se ver re-duzido a um brinde. Quero a benção de todos os orixás para voltar mil ve-zes a Salvador.

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco

Salve, Salvador!

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Elevador Lacerda e vista da Baia de Todos os Santos Sandra Ribeiro

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O céu e o inferno traduzem sua história

Paraibano de Brejo do Cruz, ele es-creve e canta o nordestino simples. Faz metáforas e provoca mistérios. Quem procura conhecê-lo se encan-ta. O moço obediente perdeu seu pai, poeta, aos dois anos. Depois o avô, um coletor fiscal. Sob efeito do chá de cogumelo fez a canção Avôhai, uma homenagem ao avô José Alves Ramalho. Segundo o artista, a letra da música Avôhai foi soprada ao seu ouvido quando estava sobre efeito da bebida.

José Ramalho Neto nasceu dia 3 de outubro de 1949. Ainda criança co-meça a se interessar pela literatura de cordel, a bíblia e mitologias gregas. Aos 15 anos vai a João Pessoa e par-ticipa de grupos como “Os quatro loucos”, “Elis e os demônios”, “The genthemen” e “Os Jets”.

A vontade de fazer história o levou à cidade maravilhosa. Longe da terra natal, sofreu junto aos companheiros “sertanejos”. Dormiu em banco da praça, passou fome e até se prosti-tuiu para sobreviver. A situação está explicada na canção de sua composi-ção “Garoto de aluguel”.

Entre o final da década de 1980 e anos 1990 lança o disco “Décimas de um cantador”. Foi uma época muito difícil, pois lutava contra as drogas. Mas havia uma luz no fim do túnel. O cantor lança em 1992 a versão de Aldir Blanc “Entre a Serpente e a Estrela” e começa ganhar o espaço que tinha perdido com os problemas pessoais.

O tempo passou e veio o frevo e as novas perspectivas. Zé Ramalho vai ganhando espaço no Sudeste e trans-formando o preconceito contra o nordestino em admiração.

Foram lançados os CDs Cidades e Lendas, Eu sou todos nós, Nação Nordestina, O Gosto da Criação e Estação Brasil. “O Gosto...” foi lan-çado em 2002 e surpreendeu os fãs, já que a temática aborda sensualida-de, amor e a força do sexo.

Parcerias

Gêneros musicais importantes para a cultura brasileira cantaram com Zé Ramalho. Dos mais “familiares” , como Alceu Valença e Geraldo Azevedo, até os “improváveis” Pitty e a banda Sepultura. Com essa úl-tima, o paraibano se encontrou em 2003. O encontro inusitado foi para a gravação da trilha sonora do filme nacional “Lisbela e o prisioneiro”, e Guel Arraes. A canção “A dança das borboletas” foi composta por Zé Ramalho, em parceria com Alceu Valença, porém ganhou fama no vo-cal de Derick, na guitarra de Andreas Kisser e na bateria de Igor Cavaleiro.

O que pensam os fãs

Pode-se dizer que os fãs do cantor começa pela juventude, adulto e me-lhor idade.

“Ouvir Zé Ramalho é como fechar os olhos e sonhar”, disse Roseane Oliveira, 20 anos.

“Suas músicas apocalípticas apon-

tam um eterno poeta”, comentou Gilson Barbosa, 28 anos .

“Gosto do Zé Ramalho porque suas letras tem metáforas marcantes”, dis-se Mário Moraes, 41 anos.

Acervo Zé Ramalho vida e obra

O fotógrafo – e fã – Aurilio Santos é ganhador de prêmios no Brasil e no exterior e junta tudo a respei-to de Zé. O material deu origem ao Acervo Zé Ramalho vida e obra, que reúne revista, vinis, letras, documen-tários. São mais de quinhentas peças sobre o cantor e compositor. Tudo em Brejo da Cruz. O fotógrafo mos-tra preocupação quando o assunto é um lugar apropriado para conservar as obras do cantor: “Esse material ainda não foi descoberto pelo poder público do município e isso dificulta a disponibilização de um espaço am-plo, onde a população possa visitar e conhecer melhor o artista de sua terra”, explica Aurilio.

Portanto, o artista é aquele que faz história, se torna inesquecível na vida de alguém e principalmente, faz tudo com muito amor e devoção. Com o cantor e compositor Zé Ramalho é assim. Herói para muitos fãs, inex-plicável para outros e eterno para a humanidade.

Sandra Ribeiro Francisca Soares

Zé Ramalho “Ouvir Zé Ramalho é como fechar os olhos e sonhar.” Roseane Oliveira, 20 anos.

“Gosto do Zé Rama-lho porque suas le-tras tem metáforas marcantes.” Mário Moraes, 41 anos.

Crédito - pharophamusical.blogspot.com.br

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Obras como o livro ’Zé Ramalho - o ances-tral da palavra’, do poeta Manoel Monteiro estão à venda naquele acervo. Outras infor-mações, escreva para: auriliosantos@gmail.

com ou ligue (83) 9958-8875.

Curiosidades

* Avôhai é uma palavra inventada pelo próprio Zé Ramalho. Quer dizer “avô Rai-

mundo”.

* A canção eternas ondas foi composta para o cantor Roberto Carlos, mas ganhou fama na voz do também nordestino Fágner.

* Elba Ramalho (sua prima) fez sucesso com letras do Zé ramalho. Exemplo “Chão

de giz”.

A vida depois da vida na dimensão da tecnologia

Baseado no livro homônimo psicografado pelo médium Chico Xavier, o primeiro da série André Luiz, o filme Nosso Lar chegou às telas de cinema

no início de setembro.

Seguindo no embalo da comemora-ção do centenário de Chico Xavier, o filme “Nosso Lar” chegou às telas de cinema no início de setembro. O longa narra a trajetória do médico André Luiz (Renato Prieto, de “Be-zerra de Menezes: O diário de um es-pírito”), que depois de morto apren-de sobre a vida em outra dimensão. Primeiramente, ele se vê em uma re-gião sombria e assustadora, que mais tarde descobre ser o Umbral. Esta

é a parte mais pesada do filme – o protagonista permanece um período de oito anos nessa região inferior, cercado de lama, trajado em farrapos e perseguido por criaturas horripi-lantes até suplicar pela misericórdia divina e ser resgatado por entidades luminosas. Levado para uma cidade espiritual, a colônia Nosso Lar, ele passa a entender um pouco mais os mecanismos da Vida, e que a morte, ou desencarne para os espíritas, não é o fim. Atuando como um repórter, ele narra toda sua experiência na co-munidade sideral, assim como suas angústias, dúvidas e o constante de-sejo de rever a família na Terra. Ao mesmo tempo, em rápidos flashes, assistimos momentos de sua vida terrena desde a infância e ao lado da mulher e dos filhos pequenos.

Logo após seu resgate, André conhe-ce Lísias (Fernando Alves Pinto, de “Os inquilinos”), que será sua cons-tante companhia e o levará para co-nhecer a cidade de Nosso Lar numa espécie de tour. Ele se maravilha com a organização e administração do lo-cal, onde há ministérios, transportes, vilas e um sofisticado hospital com equipamentos e tratamentos que re-velam conhecimentos da Medicina muito avançados e ainda desconhe-cidos. Um dos destaques vai para a concepção visual da colônia, que lembra a de filmes futuristas, com ar-quitetura repleta de linhas retas, uma espécie de cidade espacial.

Dirigido e roteirizado por Wagner de Assis (“A cartomante”), “Nosso Lar” não tem o objetivo de recrutar novos adeptos; também não é ne-cessário conhecer o Espiritismo ou seguir sua doutrina, pois o filme se preocupa em verbalizar tudo aquilo que é importante. Para o médium e escritor espírita Richard Simonetti, o sucesso do filme está na satisfação dos espíritas em ver a descrição da morada dos mortos feita pelo Espíri-to André Luiz. Em relação ao públi-

co em geral, Simonetti acredita que haja uma curiosidade sobre a ampla e objetiva visão do Além, conforme a proposta da doutrina espírita.

Orçado em R$ 20 milhões - um dos mais caros da História do cinema brasileiro - a produção usou como base um livro de 66 anos de existên-cia e com mais de 60 edições. Assis afirma que conseguiu juntar esse di-nheiro todo exatamente porque tinha uma obra original muito conhecida, com um potencial grande de se ven-der sozinho. Além, é claro, do nome Chico Xavier.

Com a verba em mãos e o compro-misso assumido com a Federação Espírita Brasileira (FEB) de fazer o melhor filme possível, Wagner de Assis, um autodenominado espírita--cristão-ecumênico, foi em busca de profissionais no Brasil e fora daqui. Para a fotografia e os efeitos espe-ciais foram convocados o diretor de fotografia Ueli Steiger (de “10.000 A.C”, e “O dia depois de amanhã”) e o supervisor de efeitos especiais Lev Kolobov, da empresa canadense In-telligent Creatures (“A caçada”, “Ba-bel” e “Watchmen”), a diretora de arte brasileira Lia Renha (“A mura-lha”, “Hoje é dia de Maria”, “Auto da Compadecida”), e o músico Philip Glass (“As horas”, “O ilusionista”, “O sonho de Cassandra”), que teve sua composição tocada pela Orques-tra Sinfônica Brasileira. Possui no elenco: Othon Bastos (governador Anacleto), Ana Rosa (Laura), Wer-ner Schunemann (Emmanuel), Lu Grimaldi (Veneranda), Paulo Gou-lart (Genésio) e Chica Xavier.

Nosso Lar levou 541.853 pessoas às salas de cinema em seu primeiro final de semana e atingiu a marca de um milhão de espectadores em apenas cinco dias de exibição. É a terceira maior abertura da retomada do cine-ma nacional – o melhor desempenho de um filme brasileiro no período.

Adri Brumer Lourencini

Agenda

Dia 28 de novembro de 2010 Zé Rama-lho e banda Z estará se apresentando, na Pousada dos pescadores, São Bernardo do Campo-SP. Outras informações acesse o site do cantor:www.zeramalho.com.br.

Cinema

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