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Revista Volver - 1ª edição

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Primeira edição da Revista Volver - Provocações verbo-visuais, com a temática "entre-lugar". Lançada em maio de 2014.

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provocaçõesverbovisuais

provocaçõesverbovisuais

#01/04 ENTRE-LUGAR MAIO 2014

IdealIzadores e edItoresFabriano rocha, Fernando ramos e Vitor Mesquita

Produção e execução

tIraGeM700 exemplares

FINaNcIMeNto

por Vitor Mesquita

Truco. reTruco. Quero e Vale 4.Numa época de empréstimos e negociações entre lingua-

gens, entre línguas e imagens, se não observamos as acrobacias das palavras e das ações visuais, o modo como deslizam pelas referências daqueles que leem, daqueles que são espectadores e navegam pelo cotidiano, nem sempre captamos seus significados.

cada pessoa tem uma cidade que é uma paisagem urba-nizada de seus sentimentos, das suas relações, das suas reações. existe, porém, um processo narrativo a ser co-locado em debate para fazer perceber a presença de um eu-coletivo, algo como a soma da atividade e da passivi-dade dos cidadãos.

Quem se identifica com aquilo a que não pertence, ou que não lhe pertence?

No momento em que, como sugere slavoj zizek, as coisas surgem como seu oposto, é preciso postura crítica a fim de construir va-lores sociais de pertencimento e responsabi-lidades individuais e coletivas.

concebido como projeto de edições temáticas a revista Volver promove o eu-coletivo como um exercício de cidadania que estimula o ler, o apreciar e o produzir re-flexões acerca de temas subjetivos tão constitutivos de nossa formação coletiva e cidadã por meio verbo-visual. a edição que você tem em suas mãos é a #1 eNtre-luGar. saiba que teremos mais três edições: #2 FrIo; #3 suPer-FÍcIe; #4 Mutação.

Boa leitura.

a primeira conversa que nós, os editores desta revista, tivemos a respeito da pu-blicação da Volver aconteceu num entre-lugar. era noite e acompanhávamos a instalação de uma obra de arte sob um viaduto de Porto alegre. Isso foi em 2012. Naquele dia eu ainda não tinha escutado nenhuma vez a expressão “entre-lugar”, mas estar, naquele momento inaugural, debaixo de um viaduto – um caminho, uma passagem entre lugares – parece-me, agora, de alguma forma, significativo.

seja lá como for, tempos depois, quando a expressão “entre-lugar” foi sugerida como provocação a ser explorada por nossos convidados na produção – ou por nós, na seleção – de trabalhos a serem publicados aqui nestas páginas, de cara me pa-receu, entre outras, uma das propostas mais provocativas. era, porém, uma ideia que de imediato impunha uma questão.

– o que é mesmo um “entre-lugar”? em resposta a essa pergunta, que por certo seria feita por nossos futuros colabora-

dores, eu pensava em dizer algo mais ou menos assim:um entre-lugar é um espaço, real ou imaginário, onde fragmentos de visões pessoais

ganham materialidade e se tornam legíveis.Bom, acho que, quando surgiram as oportunidades, não foi exatamente isso que eu

respondi, mas bem que poderia ter sido.Na verdade, tentei o máximo possível não ter um conceito fechado para o que pode-

ria definir um “entre-lugar”. a intenção era deixar os escritores e os artistas visuais muito à vontade – ou muito desconfortáveis – para que produzissem respostas pessoais imprevisíveis.

Pessoalmente, imaginei o produto entre-lugar sempre como uma es-pécie de fusão – ou interconexão – de formas e ideias, de espaços e tempos, de memória e imaginação, de identidades e diferenças, de figuração e abstração – do mesmo modo que esta revista quer ser, em seu conjunto, uma fusão provocativa de intervenções verbais-visuais.

a promessa de uma primeira provocação surgira lá mesmo debaixo daquele via-duto: seria uma revista cujo miolo viria essencialmente constituído por imagens (ilustrações, desenhos, pinturas etc.) com textos que seriam impressos na capa e que não teriam (as imagens e os textos) nenhuma relação de dependência entre si. Podemos dizer que esse esboço de projeto editorial produziu, desde o primeiro instante, uma imagem, uma antecipação de um “entre-lugar” que queríamos realizar.

e quanto ao que esperávamos que o nosso tema-provocação pudesse desencadear na produção dos nossos colaboradores?

Isso é o que vai descobrir quem folhear as páginas deste entre-lugar que é a revista Volver.

Esta revista é um entre-lugar de síntesespor Fabriano Rocha

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MarINa caMarGo VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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carlos araÚJo VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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dIeGo FaGuNdes VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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daNIel FerNaNdo VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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JosÉ IrIoN Neto VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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raFael FerNaNdo VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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dIeGo deodato VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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ucHÔa VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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MaNu rauPP VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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Marcelo MoNteIro VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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Walter Pax VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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eduardo MIotto VOLVER#1 ENTRE-LUGAR

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Carlos araújo lila e a lua Digital Ilustrador, atualmente vive e trabalha em Brasília, DF. Seu trabalho pode ser visto em livros, revistas, toys, posters, cadernos, anuários de ilustração e exposições no Brasil e no exterior. Suas ilustrações usam uma mistura de silhuetas e figuras em alto contraste.www.silbachstation.comblog.silbachstation.com@silbachstationpinterest.com/silbachstation

Daniel FernanDo sem título nanquim sobre papel, colorido digitalmenteEstudante de design, desenhista, amante de quadrinhos, música, desenhos animados e qualquer forma de entretenimento que leve o público a sério. [email protected]

Diego DeoDato shity television Pintura sobre madeiraArtista visual, pintor, palhaço. Viveu aproximadamente três anos na Cidade do Panamá. Atualmente vive em Porto Alegre, RS. Nas artes visuais produz em desenho, vídeo e pintura. É sócio no Ateliê Estúdio Casa, espaço dedicado às artes visuais, circo, cinema e teatro.https://diegodeodato.wordpress.com https://www.facebook.com/atelieestudiocasa

Diego FagunDes Compássaro descreve círculos perfeitos no céu técnica mistaIlustrador, arquiteto e urbanista. Nascido em Porto Alegre, RS, atualmente reside em Florianópolis, SC, onde é aluno do programa de pós-graduação em Urbanismo, Histó-ria e Arquitetura da Cidade da UFSC. É um dos fundadores do Tarrafa Hacker Clube e coordenador do estúdio colaborativo Nimbu de arquitetura e design. Como ilustrador, fez em 2009 sua primeira exposição individual chamada “Tragédia misturada ao nada”. Desde então teve seu trabalho publicado em revistas e sites como o Today in Art, Juxtapoz Magazine, Archdaily, Zupi, Alfa. http://www.deusdachuva.com.brhttp://nimbu.com.br

eDuarDo miotto Desenhura_2, Desenhura_5 Óleo sobre telaPintor e artista gráfico. Bacharel em pintura pelo Instituto de Artes Visuais da UFRGS. Atuou em diversas agências de design e publicidade. Suas obras fazem parte de diversos acervos particulares e institucionais.http://www.eduardomiotto.com.brhttp://facebook.com/eduardo.miotto1

eDuarDo uChôa júlia e os anticorpos  acrílica sobre telaCarioca, morador de Porto Alegre, RS, há 30 anos, ilustrador e artista plástico com estilo onírico e visceral, nada apegado às regras do desenho acadêmico, gosta de contar his-tórias através de suas imagens. Na pintura costuma ser autobiográfico, nas ilustrações conta as poesias junto com os autores, acrescenta elementos aos conteúdos textuais, não se limita a descrever situações contadas, aumenta prolonga as narrativas com per-sonagens e cenários de seu universo imaginário, na maioria das vezes, surreal. [email protected] www.eduardouchoa.blogspot.com

hô monteiro intersezione tra due luoghi imagem manipuladaVive e trabalha em Porto Alegre, RS. Artista visual formado pelo Instituto de Artes da UFRGS com trabalhos publicados no Brasil e no [email protected] www.ho.monteiro.com

josé irion neto Databent 11 DigitalNatural de Santa Maria, RS, graduou-se em publicidade e propaganda pela Unisinos e atuou como designer gráfico. Atualmente, reside em Florianópolis, onde desenvolve pes-quisa e trabalho com Glitch Art. Utiliza a técnica Databend, em que editores de áudio, editores de código-fonte, editores de texto e ferramentas alternativas como Processing e Quartz Composer são usados para alterar o código fonte dos arquivos. [email protected]://www.gravuradigital.com

manu rauPP sem título, 2012 acrílica e caneta sobre telaNatural de Porto Alegre, RS, é bacharel em artes visuais pelo Instituto de Artes da UFR-GS (2010). Explora o diálogo entre o desenho e a pintura. Exposição individual: Proje-to A Arte da Boemia – Espaço Cultural 512 (2013). Exposições coletivas: Tendências Contemporâneas – Instituto de Artes/UFRGS (2011); Processos Espontâneos – Instituto Estadual de Artes Visuais (2013); 1º Liquidando com a Arte – Ateliê O Bestiário e Com-parsas (2013); Primeira coletiva do Acervo Independente (2014). [email protected]/photos/manuraupp

marCelo monteiro lugar nenhum Desenho a nanquinSócio artista do Núcleo de Gravura do RS, tem ilustrações publicadas no livro “Dos Ho-mens”, de Louis L. Kodo, pela Editora Zouk (SP), Revista Digital Idea Fixa (SP), Revista Murro em Ponta de Faca (SP), Jornal do Comércio (Porto Alegre), entre outros. Desde 2011, é um dos proprietários do Estúdio Hybrido, um espaço de criação que abriga pro-jetos e ações transdisciplinares nas áreas das artes visuais, moda, dança, performance, tecnologia, vídeo e [email protected]/people/marcelomonteiro

marina Camargo alphabet DesenhoÉ artista visual, trabalha com fotografia, vídeo, entre outras mídias. Estudou na Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Brasil), Universitat de Barcelona (Es-panha), School of Visual Artes (Nova York), Akademie der Bildenden Künste-München (Alemanha), tendo recebido diversas bolsas e prêmios. Seu trabalho foi mostrado em exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior.www.marinacamargo.com

natália BanDeira máquina de costura na floresta do herman hesse Caneta preta sobre papelArtista visual, figurinista, produtora cultural e diretora de cinema documental, traba-lhou durante quatro anos como curadora do projeto Cabaré do Verbo. Em 2013, es-treou o documentário “O Clube” e realizou a produção de figurinos e adereços para o espetáculo “Circo Portátil”. Atualmente, dirige o documentário do Projeto Nega Lú (FAC-RS) e é sócia no Ateliê Estúdio Casa, espaço dedicado às artes visuais, circo, teatro e cinema. Aluna do Instituto de Artes da UFRGS, dedica-se ao desenho como registro, muitas vezes associado aos seus trabalhos de cinema e ví[email protected]

nik neves sem título DesenhoNatural de São Paulo, é desenhista, viajante e trabalha com quadrinhos e ilustração há mais de 12 anos. Graduado em artes visuais (UFRGS) e publicidade (PUC), fez pós--graduação em ilustração na Universidad Autónoma (EINA) em Barcelona, e se especia-lizou em tipografia, lettering e quadrinhos na School of Visual Arts (SVA) em Nova York. Viveu recentemente em Munique e Londres.pinterest.com/nikneveshttp://nikilustrador.com

raFael FernanDo sem título nanquim sobre papel, colorido digitalmente Estuda design gráfico na Universidade Ritter dos Reis, em Porto Alegre. Gosta de ani-mes, mangás, cinema e animaçã[email protected]

ruBen Castillo sem título i, ii e iii lápis e canetaDesenhista uruguayo, trabalha com animação e ilustração. [email protected]

Walter Pax sirena aquarela, grafite e caneta nanquin sobre canson 300gIlustrador, storyboarder e concept designer gaúcho. Conquistou prêmios importan-tes como o 1º lugar na categoria HQ no 1º e 2º Salões Internacionais de Desenho para a Imprensa de Porto Alegre e na 2ª Bienal de Histórias em Quadrinhos do Rio de Janei-ro. Entre suas obras publicadas estão “Leonardinho – memórias do primeiro malandro brasileiro” pela Editora Saraiva e “A lenda do cavaleiro sem cabeça” pela editora Leya/Barba Negra. Ilustra storyboards para comercias de cinema e TV, capas de livros e edi-toriais para revistas. Vive e trabalha em Porto Alegre, RShttp://maquinafantasma.wordpress.com

{01} Jeferson Tenório

{02} Ismael Caneppele

{03} Vitor Mesquita

{04} Leo Felipe

{05} Maria Rezende

{06} Gabriel Pardal

{07} Luís Rubira (RAMIL, V. A estética do Frio: conferência de Genebra.

Porto Alegre: Satolep, p. 28).

{08} Lima Trindade

{09} Clarice Müller

{10} Reginaldo Pujol Filho (Do conto O que é barco, o que é casa, o que é mundo a ser

publicado na coleção Formas Breves).

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