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ANTONIO CASTRO RAYMUNDO MAGLIANO FILHO EDISON ARISA EDUARDA DE LA ROCQUE GERALDO SOARES HELIO GARCIA JURANDIR MACEDO LUIZ FERNANDO ROLLA LUIZ LEONARDO CANTIDIANO MARCELO MESQUITA PAULO FAUSTINO DA COSTA RICARDO AMORIM RONNIE NOGUEIRA NUNO DA SILVA 70 REVISTA RI 70 REVISTA RI Agosto 2012 CONSELHO EDITORIAL

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ANTONIO CASTRO

RAYMUNDO MAGLIANO FILHO

EDISON ARISA EDUARDA DE LA ROCQUE

GERALDO SOARES HELIO GARCIA JURANDIR MACEDO LUIZ FERNANDO ROLLA

LUIZ LEONARDO CANTIDIANO MARCELO MESQUITA PAULO FAUSTINO DA COSTA

RICARDO AMORIM RONNIE NOGUEIRA

NUNO DA SILVA

70 REVISTA RI70 REVISTA RI Agosto 2012

CONSELHO EDITORIAL

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por LÚCIA REBOUÇAS

A Revista RI - Relações com Investidores, publicada mensalmente há mais de 14 anos “ininterruptos”, e chegando a sua edição nº 165, passa agora a contar com um Conselho Editorial formado por destacados profi ssionais do mercado fi nanceiro e de capitais, que prontamente aceitaram o convite da revista para se juntar ao time.

DREAMTEAMREVISTA RI FORMA CONSELHO

EDITORIALCOM NOMES DE DESTAQUE DO MERCADOFINANCEIRO E DE CAPITAIS BRASILEIRO

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TRAJETÓRIAAo longo de sua trajetória, a Revista RI vem contribuindo para a disseminação das melhores práticas de informação e comunicação no mercado de capitais, através da divul-gação de conteúdo de alto nível; cobrindo e promovendo eventos realizados pelas principais entidades do merca-do como: Abrasca, Abvcap, Amec, Apimec, IBGC, IBRI e Codim, entre outras, além de parcerias com “players” como The Media Group, Expo Money e IR Magazine. Neste senti-do, em 2005, a Revista RI trouxe para o Brasil, em parce-ria com a IR Magazine, e apoio do IBRI, a mais importante premiação internacional de relações com investidores, o IR Magazine Awards.

Atualmente, a Revista RI conta com uma tiragem média mensal de 8.000/10.000 exemplares, distribuídos para to-dos os diretores e executivos de finanças e de relações com investidores das cerca de 450 empresas abertas bra-sileiras, além de investidores institucionais e individuais, analistas financeiros e profissionais de investimentos das principais instituições do mercado de capitais brasileiro. Da tiragem total, cerca de 2.000 exemplares são distribu-ídos em bancas segmentadas e revistarias nos principais centros financeiros do país.

Além da edição impressa, a Revista RI pode também ser in-tegralmente acessada, a qualquer momento e em qualquer parte do mundo, através da aquisição de sua edição digital, disponível nos formatos para iPad, PC, Mac, e Android, po-dendo o download ser feito a partir de link disponível no website: www.revistaRI.com.br .

A seguir apresentamos um perfil dos 14 conselheiros-membros, do recém-empossado Conselho Editorial, e uma entrevista “coletiva” onde eles avaliam o papel que a Revista RI vem desempenhando no mercado desde o seu lançamento em Março de 1998; bem como eles podem co-laborar para ampliar a abrangência da revista, através de sugestões de artigos e pautas para disseminação de infor-mações relevantes aos leitores; e como avaliam os desafios do mercado de capitais, a comunicação com o mercado de nossas companhias abertas e a atuação dos profissionais de Relações com Investidores.

MEMBROS DO CONSELHO EDITORIAL

ANTONIO CASTRO - presidente da ABRASCA (Associa-ção Brasileira das Companhias Abertas) desde 2007. Atual-mente é presidente do Conselho Fiscal da Souza Cruz S/A (desde 2008); membro do Conselho de Administração do IBMEC; e do Conselho de Supervisão dos Analistas de Valores Mobiliários da Apimec; integra também a Câma-ra Consultiva de Listagem da BM&FBovespa. Formado em Ciências Econômicas pela UFRJ, é pós-graduado em Econo-mia pela Universidade da Califórnia - Los Angeles.

EDISON ARISA - sócio da PwC - PricewaterhouseCoopers na área de auditoria, especializado em Instituições Financeiras, Seguradoras e Fundos de Pensão; membro do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), coordenador do Grupo Técnico de Instituições Financeiras e representa o Instituto no Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC); diretor presidente da Fundação de Apoio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (FACPC).

O Conselho Editorial atuará auxiliando no desenvolvimento de pautas, matérias e artigos, avaliando e aconselhando sobre a oportunidade e pertinência da publicação de determinadas matérias e atuará em consonância com a diretoria editorial da revista, conforme o regulamento aprovado, em sua primeira reunião, realizada no último dia 2 de julho, durante o 14º. Encontro Nacional de Relações com Investidores (promovido pelo IBRI e ABRASCA). Ainda segundo o regulamento, as reuniões serão presenciais e realizadas a cada dois meses, e o Conselho poderá ser composto por até 15 membros. No momento é integrado por 14 conselheiros.

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CONSELHO EDITORIAL

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RIO DE JANEIROAv. Almirante Barroso, 52 - 5º andar Centro CEP 20031-000

Rio de Janeiro RJ Brasil Tel +55 (21) 2533 2200 | 3257 2200 | Fax +55 (21) 2262 2459

SÃO PAULOAlameda Santos, 2335 - 10º, 11º e 12º andares Cerqueira César CEP 01419-002

São Paulo SP Brasil Tel +55 (11) 3082 9398 | 2192 9300 | Fax +55 (11) 3082 3272

Administrativo

Aeronáutico

Arbitragem

Bancário

Concorrencial

Constitucional

Contencioso

Contratos

Energia, Óleo e Gás

Família e Sucessões

Financiamentos, Operações Financeiras

Estruturadas e Fundos de Investimento

Fusões e Aquisições

Imobiliário

Infraestrutura e Financiamento de Projetos

Mercado de Capitais

Previdenciário

Private Equity

Propriedade Intelectual

Reestruturação e Recuperação de Empresas

Regulatório

Seguros

Societário

Telecomunicações

Trabalhista

Tributário e Planejamento Fiscal

Áreas de Atuação

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EDUARDA DE LA ROCQUE - Doutora em Economia pela PUC/RJ - presidente do Instituto Pereira Passos. Foi assessora financeira do BNDES (Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social) em 1995. No período de 1996 a 2008 trabalhou no grupo BBM, tendo sido sócia do banco de 1999 a 2002. Em 2002 fundou a empresa de tecnologia “RiskControl”, de onde saiu, ao final de 2008, para assumir a Secretaria Municipal de Fazenda do Mu-nicípio do Rio de Janeiro.

GERALDO SOARES - Superintendente de Relações com Investidores do Itaú Unibanco Holding S.A.; coorde-nador do Codim (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado), vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI e autor dos livros: Casos de Suce$$o no Mercado de Ações e Comunicação no Mercado Financei-ro. Foi presidente executivo do IBRI (Instituo Brasileiro de Relações com Investidores) durante quatro anos.

HELIO GARCIA - fundador e CEO da Business News Brasil e da PC Magazine Brasil, publicação digital de tecno-logia. Advogado e administrador de empresas. Nos últimos 12 anos foi presidente da multinacional PR Newswire, em-presa do setor de comunicação e distribuição de informa-ções corporativas. Tem participação ativa no mercado de comunicação e de relações com investidores no Brasil. Fez parte do Conselho de Administração do INI (Instituto Na-cional de Investidores); membro Participante do CODIM (Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado), desde 2005.

JURANDIR MACEDO - Doutor em Finanças Compor-tamentais com pós-doutorado em Psicologia Cognitiva pela Université Libre de Bruxelles (ULB). É professor da Univer-sidade Federal de Santa Catarina e consultor do programa Uso Consciente do Dinheiro do Itaú. Possui certificação CNPI e CFP; atua há 28 anos no mercado financeiro. É autor de diversos livros voltado à área financeira.

LUIZ FERNANDO ROLLA - Diretor Financeiro e de Relações com investidores da Cemig. Conselheiro de Administração em diversas empresas do grupo, inclusive, internacionais. Executivo da área financeira envolvido na gestão orçamentária, captação de recursos, controle de cus-tos e planejamento econômico-financeiro de longo prazo; executivo de RI envolvido na preparação de lançamento de transações de vendas de ações tanto no mercado interno como no externo, listagem de ações em bolsas internacio-nais e desenvolvimento de programas de RI voltados para o mercado nacional e internacional.

LUIZ LEONARDO CANTIDIANO – Advogado, do es-critório Motta, Fernandes Rocha - ex-presidente da CVM - Co-missão de Valores Mobiliários, onde por duas vezes partici-pou da diretoria. Participa nos conselhos da Bolsa de Valores e do BndesPar (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social e Participações); tem participação no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional

MARCELO MESQUITA - Sócio-diretor da gestora Le-blon Equities, onde atua na criação de negócios. Trabalhou em instituições que foram líderes em seus mercados como os bancos de investimento Garantia e UBS Pactual. Teve participação reconhecida na condução de pesquisas, reali-zadas pela revista Institutional Investor.

NUNO DA SILVA - Diretor e chefe para a região da América Latina da divisão de Depositary Receipts do The Bank of New York Mellon. Assumiu a responsabilidade da América Latina em dezembro de 2006 e, nesse papel, é responsável pela Relação Gestão e Desenvolvimento de Novos Negócios em toda a região. Participa da América Latina - Comitê de Gestão, Brasil - Comitê Gestor e do Comitê Executivo Depositary Receipts.

PAULO FAUSTINO DA COSTA - Diretor Departa-mental do Bradesco, responsável pelo Departamento de Relações com o Mercado. É também membro do Conselho de Administração da Bradesco Securities UK Limited, de Londres, desde novembro de 2007, tendo exercido, cumula-tivamente, até abril de 2010, o cargo de Diretor-Presidente. Desde fevereiro de 2001, é membro do Conselho de Admi-nistração da Bradesco Securities, Inc., em Nova York.

RAYMUNDO MAGLIANO FILHO - presidente do Instituto Norberto Bobbio, do Conselho de Administração da Magliano Corretora; e ex-presidente da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Sua gestão, foi responsável pela grande popularização da bolsa junto ao público em geral, com um expressivo aumento das aplicações em ações feitas por pessoas físicas, e ainda pela inclusão social de mulhe-res e sindicatos na bolsa. Contribuiu para o grande salto em profissionalização e transparência dado pelo mercado de capitais brasileiro, sobretudo a partir de 2004.

RICARDO AMORIM - Presidente da Ricam Consul-toria Empresarial, desde 2009, assessorando clientes no Brasil e no exterior em decisões de investimento, captações de recursos e planejamento estratégico. Apresentador do programa Manhattan Connection do canal à cabo Globo News; e colunista de economia e finanças da revista IstoÉ.

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CONSELHO EDITORIAL

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Economista mais influente do Brasil e um dos dez mais in-fluentes do mundo de acordo com o site americano Klout.com. Único brasileiro incluído na lista do Speakers Corner dos melhores e mais importantes palestrantes mundiais

RONNIE NOGUEIRA - Com formação em Economia e Comunicação, é diretor editorial e idealizador da Revista RI - Relações com Investidores. Sócio-fundador da IMF Editora, foi responsável pelo lançamento de diversas publicações com o ob-jetivo de disseminar as melhores práticas de relações com inves-tidores e divulgar o mercado de capitais brasileiro no Brasil e no mundo, através dos anuários Guia IMF - Companhias Abertas e Brazil Company Handbook. Também, através dos “Company Handbooks” atuou na divulgação do mercado de outros países da América Latina, como: México, Venezuela e Argentina.

A seguir, acompanhe a entrevista “coletiva” com os membros do Conselho Editorial da Revista RI:

RI: Qual a sua avaliação do papel que a Revista RI

vem desempenhando nos últimos 14 anos - de edições

mensais “ininterruptas” - em prol da disseminação

das melhores práticas em nosso mercado de capitais?

Antonio Castro: A Revista RI, ao longo dos últimos 14 anos, se constituiu no principal canal de comunicação das melhores práticas no nosso mercado de capitais, sempre privilegiando a ótica das Relações com Investidores (RI), cujos profissionais vem sendo os agentes promotores das melhorias e mudanças de governança mais significativas no âmbito das empresas brasileiras de capital aberto, com destaque para a cobertura dada ao crescente e expressivo nível de transparência com que elas atuam e a permanente contribuição dos profissionais de nossa comunidade de RI.

Edison Arisa: O mercado de capitais tem se desenvolvi-do enormemente nos últimos 14 anos, entendo que um veículo de comunicação que conseguiu acompanhar todo esse desenvolvimento muito contribuiu e, principalmente, muito tem a contribuir para o fortalecimento desse mer-cado prestando informações de qualidade ao público, com independência e credibilidade.

Eduarda de La Rocque: A disseminação de informação é essencial para o funcionamento e estruturação de um mercado de capitais dinâmico, baseado nas práticas mais modernas e eficientes do setor, no Brasil. A Revista RI, ao se dedicar às relações com investidores, apresentando ma-térias de conteúdo relevante, sobre temas atuais, dá uma contribuição importante para este objetivo.

Geraldo Soares: A história da Revista RI está alicerçada em postura ética e independente, onde vem abordando os prin-cipais temas do mercado de capitais, bem como as melhores práticas de divulgação de informações. Nesse contexto contri-bui para o aperfeiçoamento das entidades, companhias aber-tas e profissionais do mercado de capitais, principalmente o de relações com investidores. Trouxe para o Brasil, em conjun-to com o IBRI e a IR Magazine, o importante e independente IR Magazine Awards. São iniciativas e posturas fundamentais para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Em suma, a história a “condena” a prosseguir como impor-tante ator do mercado de capitais. .

Helio Garcia: Ao defender seus pontos de vista com a propriedade e severidade, características que lhes são pró-prias, a Revista RI tornou-se leitura obrigatória para aque-les que militam no mercado a que ela se dedica: as Relações com Investidores. Suas matérias, sejam estas informativas, sobre melhores práticas ou de análise conjuntural têm, ao longo destes mais de 14 anos, possibilitado aos seus leito-res a compreensão não só daquilo que é fundamental para sua boa atuação profissional, mas também o indispensável para o fortalecimento do mercado de capitais no país.

Jurandir Macedo: A Revista RI é um dos espaços mais quali-ficados de discussão dos rumos do mercado de capitais brasi-leiro. Destaca-se pala seriedade e pela profundidade com que aborda o mercado e as pessoas que dele fazem parte.

Luiz Fernando Rolla: A Revista RI tem um papel de ex-trema relevância não só para os profissionais de RI, mas também para o mercado financeiro em geral, por trazer à luz das discussões de temas que orientaram gerações de profissionais em suas atividades cotidianas. A introdução de temas ainda em ebulição nos mercados internacionais propiciou a modernização das práticas de relações com investidores no nosso mercado, abrindo horizontes mais amplos para as empresas brasileiras, garantindo acesso ao sofisticado mercado internacional.

Luiz Leonardo Cantidiano: Minha avaliação é muito po-sitiva. A Revista RI, além de conter matérias interessantes, dissemina as melhores práticas do mercado.

Marcelo Mesquita: Sem dúvida, a Revista RI é um veículo único em sua especialização e com qualidade, independência e relevância ímpar num tema de vital importância para a evo-lução institucional brasileira. Sem instituições fortes e moder-nas, principalmente no mercado de capitais, será impossível termos um Brasil desenvolvido economicamente.

75REVISTA RI 75REVISTA RIAgosto 2012

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Nuno da Silva: Excelente trabalho executado pela Revista RI nos últimos 14 anos, contribuindo profundamente para o desenvolvimento da área de Relações com Investidores no mercado brasileiro e para a educação de profissionais de RI no Brasil. Tendo em consideração que a profissão de RI já evoluiu muito no Brasil, e que existem publicações/meios de comu-nicação concorrentes, vale à pena pensar em formas de dife-renciação no futuro para manter a abordagem e mensagem “fresh”. Este tipo de criatividade e constante introspecção foram fatores críticos para o lançamento da revista e sua evo-lução nos últimos 14 anos, mas tem de continuar evoluindo para garantir o sucesso no longo prazo.

Paulo Faustino da Costa: Considero a Revista RI extrema-mente importante para os profissionais de Relações com In-vestidores e para o mercado de capitais como um todo. Nestes 14 anos o mercado brasileiro evoluiu muito. Com uma maior previsibilidade econômica os investidores sentiram mais se-gurança para investir e neste sentido a revista presta papel importante, pois divulga matérias relevantes e possibilita aos profissionais de RI a evolução de seus conhecimentos e técnicas, garantindo que estes estejam sempre em sintonia com as novas exigências do mercado. Além disso, o levan-tamento de temas cruciais para o desenvolvimento do mer-cado de capitais, feito de forma constante pela publicação,

permite que as empresas troquem experiências e incorpo-rem as melhores práticas na gestão dos seus negócios.

Ricardo Amorim: Boas decisões separam as empresas e in-vestidores de sucesso dos demais ao longo do tempo. É impos-sível tomar boas decisões sem informação e análise de quali-dade. Ao disseminar informações e análises aprofundadas, a Revista RI tem colaborado para o desenvolvimento do setor e ajudado seus leitores a tomar decisões mais embasadas.

Ronnie Nogueira: Ao longo de sua trajetória, a Revista RI vem contribuindo para a disseminação das melhores práticas de infor-mação e comunicação no mercado de capitais brasileiro, através da divulgação de conteúdo de alto nível; cobrindo e promovendo eventos realizados pelas principais entidades do mercado como: Abrasca, Abvcap, Amec, Apimec, IBGC, IBRI e Codim, entre ou-tras, além de parcerias com “players” como The Media Group, Expo Money e IR Magazine. Neste sentido, em 2005, a Revista RI trouxe para o Brasil, em parceria com a IR Magazine, e apoio do IBRI, a mais importante premiação internacional de relações com investidores, o IR Magazine Awards, que anualmente, atra-vés de Estudos de Percepção realizados pela Fundação Getúlio Vargas, identifica, e premia, as melhores práticas de empresas e profissionais, que servem de modelo para o desenvolvimento das relações com investidores em nosso país.

RI: Qual a importância para a Revista RI poder

contar com um Conselho Editorial, formado por

destacados e diversificados profissionais do nosso

mercado? E, como membro do Conselho, qual a

colaboração que poderá dar para a revista?

Antonio Castro: Certamente a diversidade que caracteriza o conjunto de profissionais que formam o Conselho Editorial ajudará a ampliar a abrangência com que serão enfocados os temas selecionados, bem como ampliar o universo de escolha destes temas. O mercado de capitais e mais especificamente o mercado de ações operam através da interação de agentes tais como empresas (emissores), investidores (demanda) e os inter-mediários financeiros, cujos interesses e visões não necessaria-mente coincidem. Minha colaboração terá como foco principal o ângulo de visão das empresas de capital aberto, que represen-tam a matéria prima ofertada neste mercado.

Edison Arisa: A existência de um Conselho Editorial for-mado por profissionais das diversas áreas de interesse para a publicação é de extrema relevância para que a revista possa contar com o aconselhamento e opinião ao mesmo tempo independente e também diversificada visando uma adequada abrangência de temas de relevância.

Boas decisões separam as empresas e investidores de sucesso dos demais ao longo do tempo. É impossível tomar boas decisões sem informação e análise de qualidade. Ao disseminar informações e análises aprofundadas, a Revista RI tem colaborado para o desenvolvimento do setor e ajudado seus leitores a tomar decisões mais embasadas.

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CONSELHO EDITORIAL

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Eduarda de La Rocque: O conselho pode contribuir ava-liando periodicamente a linha editorial da revista. Além disso, seus membros como profissionais atuantes no mer-cado, podem contribuir com sugestões de reportagens ou mesmo de edições temáticas da revista. Por isso, é impor-tante que o Conselho inclua profissionais de ponta, que atuam expandindo as fronteiras de suas atividades, para que a produção da revista dedique atenção a projetos e prá-ticas inovadoras, importantes para a evolução constante do mercado brasileiro. Da mesma forma, a composição do conselho deve ser diversificada, traduzindo assim a plurali-dade das visões presentes no setor.

Geraldo Soares: O Conselho Editorial constituído é de qualidade impar, e trará novos assuntos e temas para a re-vista. Acredito que esse grupo de profissionais possibilitará ocorrer um incremento editorial importante para a Revista RI, alcançando novo patamar.

Helio Garcia: Sendo o objetivo da Revista RI atender às ne-cessidades de seus leitores de acesso a informações amplas re-lacionadas com o mercado de capitais, contar com um Conse-lho Editorial composto por profissionais ligados a diferentes ramos de atuação, oriundos de diferentes organizações, mas tendo em comum vivência do mercado financeiro, certamen-te facilitará muito seu trabalho. Dispor desta diversidade de

opiniões, abordagens e perspectivas seguramente trará o ga-nho de qualidade procurado pela Revista RI. De minha parte, por atuar durante muito tempo no setor de ‘disclosure’ de informações corporativas, acredito que minha contribuição será no sentido de mostrar uma visão centrada na perspectiva das áreas de comunicação e melhores práticas.

Jurandir Macedo: Um conselho editorial é um balizador dos rumos de uma publicação. O conselho pode servir tan-to como um fórum consultivo do editor-chefe como even-tualmente pode sugerir alterações nos rumos editoriais da revista. Como membro acadêmico do conselho, acredi-to que posso ser um elo de ligação entre a academia e o mercado financeiro. No Brasil temos ainda pouco espaço para a divulgação científica. A Revista RI pode ser um canal para que pesquisadores da área econômico-financeira di-vulguem seus trabalhos para os participantes do mercado financeiro, sem o formalismo e a profundidade comuns às revistas científicas.

Luiz Fernando Rolla: É a garantia de constante atualização de temas e a renovação de práticas de relações com investido-res, uma vez que a qualificação das pessoas que participam do Conselho é a mais alta possível. A contribuição que posso agregar é a transmissão das percepções dos investidores, dado o constante intercâmbio que mantenho com os mesmos, além do relacionamento que mantenho com profissionais de relações com investidores de outros países.

Luiz Leonardo Cantidiano: Penso que o Conselho Edito-rial formado por profissionais do mercado, com diferentes formações profissionais, pode colaborar sugerindo diferen-tes pautas para a revista.

Marcelo Mesquita: Acho que um conselho editorial diver-sificado como o escolhido permite uma maior velocidade na identificação de temas relevantes e interessantes a se-rem abordados pela Revista, bem como uma maior cone-xão entre a Revista e seus leitores.

Nuno da Silva: O Conselho Editorial pode contribuir, sobre-tudo, em possíveis reavaliações estratégicas da Revista, em ter-mos da sua missão e visão, assim como abordagem temática. Em segundo lugar, o Conselho pode e deve contribuir, a nível tático, apoiando a Revista com idéias e sugestões de matérias, de possíveis colaborações com experts de outras publicações ou organizações. Julgo, pessoalmente, que será importante para a Revista “re-visitar” a sua estratégia, tendo em conta desenvol-vimentos tecnológicos na disseminação de informação (social, internet, concorrência de outras publicações, etc).

O Conselho Editorial constituído é de qualidade impar, e trará novos assuntos e temas para a revista. Acredito que esse grupo de profissionais possibilitará ocorrer um incremento editorial importante para a Revista RI, alcançando novo patamar.

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CONSELHO EDITORIAL

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Paulo Faustino da Costa: O Conselho Editorial tem como objetivo auxiliar na orientação da publicação e manifestar-se periodicamente sobre as questões relativas ao formato e conteúdo da Revista, atuando em consonância com o profissional de jornalismo. Não obstante, a participação de profissionais com vasta experiência em diversas áreas cor-relatas corrobora com a adequação dos temas às expectati-vas do mercado. Acredito que essa iniciativa proporciona-rá a Revista uma melhoria continua em suas publicações, tornando-a cada vez mais atrativa aos seus leitores. A RI poderá contar com a minha colaboração para emitir pare-ceres sobre os artigos de minha competência, recomendar temas e entrevistados.

Ricardo Amorim: O Conselho deve ajudar a revista a es-tar ainda mais antenada em relação a tendências, oportuni-dades e desafios no setor. No meu caso específico, pretendo tentar ajudar a colocar sob uma perspectiva global as mega transformações que tem acontecido na economia brasileira e no nosso mercado de capitais. É impossível entender o que aconteceu e, principalmente, preparar-se para o que vem por aí sem entender as transformações que toda a eco-nomia mundial está passando e as oportunidades e riscos que elas trazem para empresas e investidores no Brasil.

Ronnie Nogueira: Como publisher e editor da Revista RI, desde o seu lançamento em Março de 1998, me sinto extre-mamente honrado, e estimulado, em poder contar com esse verdadeiro “dream team” de personalidades de destaque do nosso mercado de capitais, que prontamente aceitaram o convite para participar do Conselho Editorial. Não tenho dúvidas, que a pluralidade de experiências e o background de cada um dos “tops” Conselheiros muito contribuirá para consolidar a Revista RI como a mais importante publicação mensal do mercado financeiro e de capitais do Brasil.

RI: Quais os desafios que temos no nosso

mercado de capitais? O que precisamos fazer

para desenvolvê-lo nos próximos anos?

Antonio Castro: O desafio mais importante nos próximos anos, no meu ponto de vista, é o de aumentar o número de empresas listadas em nosso mercado. No estágio atual, o nível de governança das empresas brasileiras é bastante superior ao observado nos demais países emergentes, o que certamen-te é motivo de orgulho para todos nós. Por outro lado, algo como apenas 400 empresas negociadas em nossa Bolsa é mui-to pouco diante de um potencial certamente superior a mil empresas, e menos ainda do que as mais de cinco mil empre-sas listadas nas bolsas da China e da Índia.

Edison Arisa: Os desafios do mercado de mercado de capi-tais brasileiro são muitos, mas destacaria a necessidade de torná-lo mais robusto, consistente e em volume que sejam condizentes com a importância de nosso país no cenário mundial. A inserção de novos investidores no nosso merca-do de capitais também é um desafio relevante.

Eduarda de La Rocque: A criação de mecanismos de acesso ao mercado para empresas de menor porte faria com que os volumes negociados se ampliassem e a participação dos in-vestidores não-institucionais aumentasse. Além disso, temos pela frente um desafio: incorporar a educação financeira à formação dos jovens, como já acontece em países asiáticos. Ampliar o conhecimento da população sobre finanças pode ter um grande impacto sobre a nossa economia

Geraldo Soares: Precisamos primeiramente desenvolver um mercado de capitais efetivo no Brasil. Em nosso país há poucas companhias abertas com ações negociadas em Bolsa, e há um número pífio de investidores pessoas físi-cas. Precisamos criar um mercado de capitais com acesso democrático para a população em geral e para as empresas. Há enormes desafios, tais como o custo Brasil, como o da publicidade legal ou a não existência de educação financei-ra do brasileiro.

Precisamos primeiramente desenvolver um mercado de capitais efetivo no Brasil. Em nosso país há poucas companhias abertas com ações negociadas em Bolsa, e há um número pífio de investidores pessoas físicas. Precisamos criar um mercado de capitais com acesso democrático para a população em geral e para as empresas.

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Helio Garcia: Falar sobre desafios do nosso mercado de capitais em termos de perspectivas macroeconômicas no curto ou médio prazo, otimistas ou não, são conversas pro-dutivas, mas pouco oportunas considerando a expectativa de atuação de uma Revista no longo prazo. Dentro de uma perspectiva macro, acredito ser o maior desafio do nosso mercado, encontrar meios no longo prazo de ajudar o cres-cimento da economia com base em uma bem-sucedida es-tratégia que permita privilegiar a diminuição da desigual-dade de renda e construção de bem-estar social. Políticas macroeconômicas são construídas e implementadas por profissionais afeitos ao mercado. Impõe-se fornecer a estes executivos, sejam eles do setor público ou privado, a possi-bilidade de ir além das discussões econômicas, mesclando informações mais amplas de caráter humanitário.

Jurandir Macedo: Acredito que o maior desafio do mercado fi-nanceiro é criar um ambiente favorável para que empresas de mé-dio porte possam abrir seu capital. Também acho extremamente importante criar condições para que se desenvolva efetivamente um mercado de capital de risco (venture capital) no Brasil.

Luiz Fernando Rolla: O maior desafio é a rapidez do ama-durecimento de nosso mercado para que as empresas tenham a sua disposição as alternativas mais sofisticadas para o finan-ciamento de sua expansão. A evolução rápida dos mercados

globais e a agilidade de comunicação entre os mesmos não permitem que o mercado brasileiro não se sofistique na mes-ma proporção de outros mercados mais desenvolvidos, uma vez que isso representará uma limitação insuportável para o crescimento econômico de nosso país.

Luiz Leonardo Cantidiano: Entendo ser necessário buscar o incremento da poupança e a inclusão de maior número de investidores no mercado. Também é importante viabilizar o mercado de acesso, permitindo que mais companhias possam acessar a poupança. Finalmente, acho necessário que seja aperfeiçoada a indústria de intermediação nos lançamentos de novos valores mobiliários, buscando aumentar o volume de papéis ofertados no mercado doméstico.

Marcelo Mesquita: Acho que o desafio que temos é o de con-vencer a sociedade de que o desenvolvimento institucional é um processo contínuo e de fundamental importância na agenda do país. Buscar as melhores práticas globais e os bons exemplos his-tóricos para continuar avançando nas reformas da legislação é fundamental e idealmente “acima dos partidos e ideologias”.

Nuno da Silva: O mercado de capitais brasileiro já está muito desenvolvido e demonstra uma historia de êxito. Este êxito deve-se a boas políticas de mercado e bons players de mercado. Contudo, as circunstâncias também foram favo-ráveis ao Brasil. Nos próximos anos, o acesso ao mercado de capitais vai tornar-se mais difícil e o Brasil terá de ser mais competitivo (e ter um mercado de capitais “world class”) para manter o nível de acesso de que usufruiu nos últimos anos. Em suma, “the bar is being raised on Brazil”.

Paulo Faustino da Costa: Os principais desafios são: atrair mais investidores pessoa física; fazer com que o brasileiro adqui-ra o hábito de comprar ações e de investir no mercado de capi-tais; diminuir o “custo Brasil”; reforçar a confiança do investidor estrangeiro em quesitos como governança corporativa, susten-tabilidade e accountability; entender melhor as novas mídias e as redes sociais, bem como o impacto que esses veículos têm na reputação das empresas, o que pode impactar o preço das ações. Como desenvolver o mercado de capitais nos próximos anos? A queda dos juros deve continuar nos próximos anos, o que pode estimular a procura por investimentos mais rentáveis, entre eles, a compra de ações. A redução da carga tributária com a consequente redução do “custo Brasil”. Ampliar a transpa-rência, a governança corporativa e as práticas sustentáveis das empresas, critérios que estão sendo cada vez mais valorizados pelos investidores estrangeiros. Melhorar o entendimento do funcionamento do mercado de capitais, através de políticas de conscientização, educação financeira, entre outras.

Acredito que o maior desafio do mercado financeiro é criar um ambiente favorável para que empresas de médio porte possam abrir seu capital. Também acho extremamente importante criar condições para que se desenvolva efetivamente um mercado de capital de risco (venture capital) no Brasil.

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Geraldo Soares

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Raymundo Magliano Filho: O grande desafio do nosso mercado de capitais é a educação financeira. Precisamos cada vez mais de educação financeira para um desenvolvimento efetivo do nosso mercado de ca-pitais. O que temos feito nesse sentido ainda é ínfimo em relação ao necessário. Foram feitos alguns movi-mentos de educação em São Paulo, mas e o interior e o restante do Brasil? O país é muito grande e o nível educa-cional muito díspar. Nossa cultura é Ibérica, privilegia a terra, os bens imóveis ao contrário da anglo-saxônica onde o dinheiro, os valores mobiliários, como as ações, tem mais importância. Nos Estados Unidos, o menino já ganha do pai ações da Disneylândia, por exemplo. Precisamos de um a verdadeira revolução na questão financeira. Precisamos levar a educação financeira para as salas de aula, para a TV aberta. É preciso ter em conta que essa educação leva no mínimo uma geração e por isso precisa ser contínua. Ou-tro desafio é aumentar a participação das sociedades cor-retoras levando essa cultura de mercado de capitais para o interior. Hoje existe uma concentração bancária que é um grande inibidor. O negócio do banco é crédito e não o mercado de capitais.

Ricardo Amorim: Mais do que nada, precisamos solidi-ficar ainda mais as regras de governança e transparência, pois são elas que dão conforto ao investidor e, por con-

sequência, ampliam muito a capacidade de captação de recursos e desenvolvimento das empresas.

Ronnie Nogueira: Acredito que avançamos dramatica-mente nos últimos anos, mas o nosso mercado de capi-tais ainda tem um longo caminho a percorrer. Os desafios ainda são muitos. Na minha visão, o principal deles é de-senvolver uma cultura de investimento, através de uma ampla política de “Educação Financeira”, de longo prazo, começando desde o ensino fundamental, passando pelo médio até o ensino superior. Só assim formaremos gera-ções de indivíduos, com plena capacidade de gerir seus investimentos de forma consciente.

RI: Como a Revista RI pode contribuir

com esses desafios?

Antonio Castro: A melhor forma é promover entre os agentes de mercado pesquisas para identificar quais são os fatores inibidores e as principais ações necessárias para aumentar a atratividade de se abrir o capital: des-contos regulatórios?; reduzir o custo de se manter como companhia aberta?; facilitar o caminho de acesso?

Edison Arisa: Creio que a Revista RI pode contribuir for-necendo material de relevância para este mercado, ade-quada divulgação de informações, acompanhamento dos principais temas do mercado de capitais, de sua regulação, como ele está se desenvolvendo, por meio de matérias ela-boradas de maneira profissional e com a independência de pensamento necessária.

Eduarda de La Rocque: O grande papel da RI e da im-prensa em geral será trazer para a esfera pública a dis-cussão sobre este e outros avanços necessários para o desenvolvimento do mercado nacional. Além disso, a re-vista pode analisar experiências semelhantes implantadas no mundo, trazendo assim informações e reflexões que poderão contribuir para planejarmos mudanças no Bra-sil. Acredito que possa contribuir particularmente para disseminar e pulverizar o acesso a informações sobre o mercado de capitais, que pode se tornar um instrumento poderoso para avançarmos na agenda de sustentabilidade e diminuição da desigualdade de oportunidades. Para as-sociar o mercado de capitais ao meio ambiente criamos a BV Rio e estamos pensando em diversas outras ações para a revitalização do setor financeiro no Rio. Eu acredi-to particularmente na idéia de se criar um novo nicho na indústria de asset management, que seriam os fundos de retorno sócio-ambientais.

Acredito que avançamos dramaticamente nos últimos anos, mas o nosso mercado de capitais ainda tem um longo caminho a percorrer. Os desafios ainda são muitos. Na minha visão, o principal deles é desenvolver uma cultura de investimento, através de uma ampla política de “Educação Financeira”, de longo prazo.

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Geraldo Soares: Abordando esses assuntos de forma cla-ra, objetiva e trazendo os pontos de vistas discordantes. Em relação à educação financeira a Revista RI já faz um relevante trabalho, mas pode e deve ser expandido. Gosta-ria de ver a tiragem da Revista na casa de dezenas de mi-lhares de exemplares, contribuindo para a disseminação da cultura de mercado de capitais no Brasil.

Helio Garcia: Tendo por foco uma economia que responda as demandas sociais, a maior contribuição que pode ser dada pela Revista RI será fornecer meios para entendimento das tendências e desempenho do mercado de capitais brasileiro, debatendo rumos que permitirão a ele cumprir papel pre-ponderante no crescimento econômico de longo prazo.

Jurandir Macedo: A Revista RI pode ser um canalizador das discussões e propostas de todos os envolvidos com o tema. Pode assumir o protagonismo da mudança da le-gislação e ser um importante canal de divulgação e in-centivo às ações que visem facilitar e incentivar o acesso de empresas de médio porte ao mercado de capitais, bem como da criação de um ambiente propício a empresas e a fundos de capital semente e capital de risco, para que prosperem no Brasil.

Luiz Fernando Rolla: Trazendo à discussão os assuntos que agitam o mercado financeiro para que sua avaliação seja percebida pelos profissionais de RI, independentemente da sua exposição ao mercado internacional. A Revista RI será o veículo de acesso de nossos profissionais às práticas mais modernas e sofisticadas em uso pelo mercado internacional.

Luiz Leonardo Cantidiano: Tratando desses assuntos em suas edições.

Marcelo Mesquita: Trazendo a discussão de matérias re-levantes de forma plural, mas ao mesmo tempo com po-sicionamentos e ou sugestões que ajudem a influenciar o consenso da sociedade na direção da modernidade e das melhores práticas.

Nuno da Silva: Nos próximos anos, com novos desafios e dificuldades, todos os players no mercado terão de fazer reavaliações constantes de suas políticas e práticas (gover-no, instituições financeiras, profissionais financeiros de empresas, universidades, mídia, órgãos independentes, investidores estratégicos) para aderirem aos mais altos pa-drões globais. Estas reavaliações irão causar mudanças e desconforto, e terão de ser o “new normal”. A evolução vai se tornar uma condição de sobrevivência e terá de ser

aceita por todos. A Revista pode desempenhar um papel importante no processo não só de educação no contexto desta evolução, como também de facilitar esta evolução de forma didática e criativa (entrando, possivelmente, numa área mais interativa, ex: seminários, “thought leadership papers”, roundtables, etc).

Paulo Faustino da Costa: A Revista RI é a principal re-vista mensal brasileira sobre negócios, finanças, mercado de capitais e relações com investidores. Tendo em vista que a revista é destinada a diretores e executivos de fi-nanças, investidores institucionais e individuais, analis-tas financeiros, profissionais de investimentos, ela poderá contribuir na disseminação da troca de experiência entre os profissionais da área e informações sobre o mercado de capitais. Acreditamos que a existência de uma revista focada no mercado de capitais faz com que o investidor fique mais bem informado e passe a enxergar a baixa da Bolsa como um momento de oportunidade, além de es-timulá-lo a ter um contato mais próximo das empresas, acompanhando os números, perspectivas e estratégias através da área de RI. Outro ponto importante, estaria na oportunidade da revista divulgar matérias sobre o que as empresas brasileiras estão adotando com relação a melho-res práticas de governança corporativa e sustentabilidade, que são temas de extrema relevância.

Nos próximos anos, com novos desafios e dificuldades, todos os players no mercado terão de fazer reavaliações constantes de suas políticas e práticas (governo, instituições financeiras, profissionais de empresas, mídia, investidores estratégicos) para aderirem aos mais altos padrões globais.

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Raymundo Magliano Filho: Acho que a Revista RI deveria criar um espaço com notícias curtas sobre novi-dades do mercado.

Ricardo Amorim: A Revista RI pode colaborar, apontando as falhas do atual sistema e comparando o atual estágio de desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil com o resto do mundo, além de enfatizar melhores práticas adotadas em outros mercados, que podem também ser adotadas no Brasil.

Ronnie Nogueira: Até agora, desde o seu lançamento, a Re-vista RI tem contribuído abordando em suas pautas práticas e experiências positivas do que pode “dar certo”, disseminan-do essas práticas, em todos os seus aspectos, de forma objeti-va e independente, para servirem de exemplo para empresas e investidores. Vejo que daqui para frente, com o suporte do Conselho recém-formado, a nossa responsabilidade aumenta e, além de dar continuidade ao que vimos fazendo, a revis-ta deverá assumir um papel mais crítico, trazendo para suas pautas erros e falhas que vem sendo cometidos pelos diver-sos players do mercado (entidades, empresas, profissionais de investimentos e investidores em geral) - apontando e ava-liando o que tem “dado errado”, e sugerindo soluções para o fortalecimento do nosso mercado como um todo.

RI: Como você vê a comunicação das empresas

abertas brasileiras? É adequada? Peço que avalie

considerando empresas de grande e pequeno porte.

Antonio D.C. Castro: Minha experiência pessoal nos meus anos de RI (até 2005) foi bastante voltada a investidores estran-geiros. De uma maneira geral eles consideram a qualidade de comunicação adequada, reconhecendo que empresas de menor porte e/ou com menor estrutura de RI não atingem o mesmo pa-drão, da mesma forma que empresas similares em outros países. De minha parte compartilho desta visão, destacando a excelente formação técnica de nossos profissionais. Por outro lado, repas-sando comentários de alguns analistas, maior velocidade de res-posta deve ser uma área de melhoria para algumas empresas

Edison Arisa: Entendo que temos ainda uma variação muito grande no nível de informações entre as empresas brasileiras. Há um conjunto de grandes empresas que tem um excelente nível de comunicação e divulgação com o mercado. Por outro lado, existe outro conjunto de empre-sas, na minha percepção mais concentrado nas empresas de pequeno porte e que tem um número mais limitado de acionistas e de outras partes interessadas, que ainda tem um bom caminho a percorrer para atingir o nível de comu-nicação de divulgação desse outro bloco de empresas.

Eduarda de La Rocque: Em qualquer empresa, a comu-nicação é uma ferramenta fundamental de relacionamento com o investidor e com outras instituições. Ainda temos es-paço para melhorar, mas a maioria das empresas brasileiras tem melhorado muito no que diz respeito à transparência e disseminação de informações.

Geraldo Soares: Há poucas grandes empresas que se co-municam com o mercado em padrão internacional. Mas a grande maioria das companhias abertas brasileiras tem um perfil de comunicação abaixo da crítica. Por esse motivo é que foi criado o CODIM, que objetiva orientar as compa-nhias na sua comunicação com o mercado. Há muito a ser desenvolvido e discutido. Há desafios, o que nos motiva ain-da mais a superá-los.

Helio Garcia: Apesar dos exaustivos debates sobre cria-ção de valor para as companhias, onde invariavelmente a “informação” toma seu reconhecido papel como principal fator para geração de valor bem como de diferencial com-petitivo, muitas das empresas brasileiras de capital aberto deixam de levar em consideração esta importância. Esta prática acaba, mesmo que informalmente, criando duas famílias de empresas de capital aberto: aquelas que têm boas políticas de transparência, que podem ser colocadas em igualdade de condições com o que há de melhor no mercado de capitais mundial; e, aquelas que infelizmente cumprem as exigências mínimas feitas pelos reguladores. Em uma avaliação geral considero que apenas 25% das companhias se encaixam no primeiro grupo, a maioria cai mesmo no segundo bloco. Portanto o problema da adequa-da comunicação das empresas abertas brasileiras não pode ser encarado com apenas um “sim” ou um “não”. Cabe re-ter que a maior movimentação do mercado de capitais no Brasil advém de transações executadas com as ações daque-las que melhor se comunicam. Nosso desafio é lograr que a porcentagem apresentada se reverta, conseguindo elevar o nível de “disclosure” do mercado de capitais em geral.

Jurandir Macedo: A maioria das grandes empresas abertas tem um bom nível de comunicação com o mercado, entre-tanto entre as empresas menores ainda temos um longo ca-minho a percorrer.

Luiz Fernando Rolla: Já existem no Brasil empresas com sofisticação comparável a empresas de ponta internacionais, cujas práticas são consideradas inovadoras em qualquer mercado. Estas empresas já contam com acionistas que se inserem entre os mais exigentes e que, portanto, induzam a adoção de práticas modernas para a interação com os execu-

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tivos. Entretanto, como nosso mercado, comparativamente com países mais desenvolvidos, ainda é incipiente e deman-da um maior número de empresas participantes, a relação com investidores representa um desafio muito grande para pequenas e médias empresas, empresas familiares ou com acionistas majoritários que não se decidiram utilizar o mer-cado de capitais para financiar sua expansão. Esse desafio só pode ser vencido com a ajuda de profissionais qualificados que se atualizam nas discussões conduzidas pela Revista RI e suas promoções, entre elas, o Encontro Nacional de Relações com Investidores.

Luiz Leonardo Cantidiano: Acho que a comunicação das empresas tem melhorado constantemente, especialmente nas de maior porte.

Marcelo Mesquita: A comunicação vem melhorando ra-pidamente. As novas tecnologias têm ajudado muito, assim como a sofisticação dos investidores, dos reguladores e prin-cipalmente pela competição por capital de baixo custo.

Nuno da Silva: A comunicação tem melhorado muito ao longo dos últimos anos, especialmente das grandes empre-sas (Ibovespa). Contudo, a comunicação e, em alguns casos, considerada uma questão tática (gerenciada a nível de RI e Corporate Communications) em vez de uma questão estraté-gica (ou seja, todo o senior management da empresa comu-nicação, consistentemente, tanto dando informações como recebendo feedback). Nas empresas pequenas, a comunica-ção ainda tem de ser muito desenvolvida.

Paulo Faustino da Costa: As empresas que são negocia-das em bolsa têm por obrigação transmitir informações de forma transparente e democrática para o público, o que irá consequentemente refletir no preço de suas ações. Acredita-mos que as empresas abertas nacionais têm feito um bom trabalho em divulgar seus resultados, comunicar fatos rele-vantes e atender as dúvidas do público. Exemplo disso são eventos como APIMEC e Expo Money, nos quais as empre-sas, tanto as grandes quanto as de menor porte, possibilitam uma maior interação com o público investidor. Outra forma de comunicação eficiente por parte das empresas são jornais periódicos, fact sheets e o site de relações com investidores. Acredito que o desenvolvimento da comunicação de empre-sas abertas com o público reflete, em parte, a maior preo-cupação da administração com transparência, e também, o desenvolvimento do mercado de investidores.

Raymundo Magliano Filho: Acho que o RI, como elo da comunicação entre as empresas e o mercado, deveria ter uma postura mais ativa de aproximação com o mercado. De-veria, por exemplo, ir até as corretoras. Estamos muito longe desse contexto que é importante para o mercado e capitais. O RI deveria ter mais contato com as corretoras. É preciso uma postura mais aberta, mais democrática.

Ricardo Amorim: A preocupação com a qualidade da co-municação das empresas abertas é relativamente recente no Brasil. Devido à instabilidade macroeconômica, nosso merca-do de capitais ficou semi-estagnado por muito tempo e, por consequência, seu marco regulatório e as próprias práticas das empresas evoluíram pouco. Felizmente, esta realidade vem mudando significativamente ao longo dos últimos 10 anos, mas, como todo processo recente, ele ainda requer ajustes. Isto é particularmente verdade no caso das empresas de menor porte que, por terem estruturas mais enxutas, tendem a dedi-car menos recursos para sua comunicação, o que em muitos casos, impacta negativamente a qualidade da comunicação.

Ronnie Nogueira: Como no caso dos investidores “pessoa física”, falta também “educação” no processo de comunica-ção da grande maioria da empresas abertas. Em muitos casos, elas “terceirizam” suas áreas de Relações com Investidores, para consultorias de RI - nem sempre devidamente prepa-radas - que massificam este serviço induzindo-as a divulgar apenas o mínimo necessário, para “cumprir tabela”. A alta administração precisa se conscientizar da importância estra-tégica da boa comunicação com o mercado para a perenidade de seus negócios. O papel da Revista RI continuará sendo o de mostrar o que “pode dar certo”, mas agora também apontará os erros que vem sendo cometidos. RI

Como no caso dos investidores falta também “educação” no processo de comunicação da grande maioria da empresas abertas. Em muitos casos, elas “terceirizam” suas áreas de Relações com Investidores, para consultorias de RI - nem sempre devidamente preparadas.

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