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RUÍDO EMITIDO POR ÔNIBUS: ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO E MEDIÇÕES Alexandra Chung Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica, COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Engenharia Mecânica. Orientador: Ricardo Eduardo Musafir Rio de Janeiro Outubro de 2015

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RUÍDO EMITIDO POR ÔNIBUS: ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO E MEDIÇÕES

Alexandra Chung

Dissertação de Mestrado apresentada ao

Programa de Pós-graduação em Engenharia

Mecânica, COPPE, da Universidade Federal do

Rio de Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de Mestre em

Engenharia Mecânica.

Orientador: Ricardo Eduardo Musafir

Rio de Janeiro

Outubro de 2015

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RUÍDO EMITIDO POR ÔNIBUS: ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO E MEDIÇÕES

Alexandra Chung

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO ALBERTO

LUIZ COIMBRA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DE ENGENHARIA

(COPPE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE

DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE

EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA MECÂNICA.

Examinada por:

________________________________________________

Prof. Ricardo Eduardo Musafir, D.Sc.

________________________________________________

Prof. Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto, Dr.-Ing.

________________________________________________

Prof. Ronaldo Balassiano, Ph.D.

________________________________________________

Eng. Paulo Medeiros Massarani, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

OUTUBRO DE 2015

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Chung, Alexandra

Ruído Emitido por Ônibus: Análise da Legislação e

Medições/ Alexandra Chung. – Rio de Janeiro:

UFRJ/COPPE, 2015.

X, 120 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Ricardo Eduardo Musafir

Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de

Engenharia Mecânica, 2015.

Referências Bibliográficas: p. 68-77.

1. Ruído de ônibus. 2. Legislação. 3. Métodos de

medições. I. Musafir, Ricardo Eduardo. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa de

Engenharia Mecânica. III. Título.

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“Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las e recriá-las.”

FREIRE P.. (1982) Ação cultural para a liberdade

e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra (6ª edição), pp. 09-12.

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Agradecimentos

Aos meus pais e às minhas irmãs que sempre me deram incondicionalmente apoio

aos meus estudos e à minha formação.

Ao professor e orientador Ricardo Musafir, pela paciência, dedicação e orientação à

elaboração deste trabalho. Pelas conversas e desabafos nas horas vagas e pelas duras,

mas formidáveis lições.

Aos professores Fernando Castro Pinto e Jules Ghislain Slama pelos ensinamentos

transmitidos e pelas diversas conversas no LAVI.

A todos os companheiros durante o mestrado, em especial à Tarcilene Heleno ,

Filippe Lemos, Ana Paula, Jorge Aníbal Lajo Yáñez, Guilherme Pedroto Magalhães,

Eduardo Gayer, Paulo Büchner, Anderson Pessoa e demais integrantes do LAVI.

Ao Victor Henrique Cabral Pinheiro, pelo auxílio nas medições realizadas, pela troca

de ideias e conversas e pela ajuda nas correções do texto.

Aos pesquisadores do Inmetro que me apoiaram este trabalho, especialmente ao

Marco Antonio Nabuco de Araujo, Zemar M. Defilippo Soares, Thiago Antônio Bacelar

Milhomem, Ricardo Luis d'Avila Villela, Daniel Ferreira de Panta Pazos e Paulo

Medeiros Massarani.

À Coordenação de Operações e do Ambiente/PU-UFRJ, Carmem Odete Antinarelli e

Edson por possibilitara realização a realização das medições nos ônibus e nas

dependências da UFRJ.

Ao Júlio, Coelho, Rufino e demais motoristas dos ônibus que ajudaram nas medições

dos ônibus circulares da UFRJ.

À Petrobrás, especialmente a Ednei Carlos Tavares dos Santos e Alexandre

Amancio, que disponibilizaram o espaço do CENPES para as medições realizadas.

Ao Rui de Abrantes da Cetesb, pelos esclarecimentos sobre o ruído veicular.

Ao professor Mikiya Muramatsu, em seu papel de educador/transformador, seu

incentivo e apoio aos meus estudos e formação acadêmica, desde o início da minha

graduação.

Aos pesquisadores Fúlvio Vittorino, Maria Akutsu e Marcelo de Mello Aquilino do

Centro Tecnológico do Ambiente Construído (CETAC) do Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT), que tornaram possível conhecer a área de Térmica e Acústica.

Aos meus queridos amigos, que tive a felicidade em tê-los em minha companhia

quando trabalhávamos juntos no IPT: Elaine Lemos, Beto Araújo, Marcelo Kato,

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Marjorie Takai, Cristina Kanaciro e especialmente ao Mitsuo Yoshimoto por tudo e

principalmente por ter feito me interessar pela acústica.

A todos os amigos, de longa data, que sempre me apoiaram: Rhudney Nasario,

Renato Pugliese, Guilherme Leite Cunha, Guilherme De Franco, Bruno Gonzaga e

Bruno Serminaro.

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Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)

RUÍDO EMITIDO POR ÔNIBUS: ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO E MEDIÇÕES

Alexandra Chung

Outubro/2015

Orientador: Ricardo Eduardo Musafir

Programa: Engenharia Mecânica

Este trabalho discute a legislação brasileira e as normas que controlam os níveis de

ruído emitido pelos veículos rodoviários, com enfoque principal nos ônibus. Foi feita a

análise comparativa dos valores máximos permitidos segundo a legislação brasileira e a

legislação europeia. Das resoluções brasileiras, são avaliados os métodos de medições

exigidos, baseados nas normas NBR 9714: 2000 e NBR 15145: 2004. Foram realizadas

medições dos níveis de ruído dos ônibus de acordo com as normas e os valores obtidos

foram comparados com os limites máximos permitidos na legislação. Da análise

realizada e dos valores medidos conclui-se que pouco foi feito para reduzir os níveis de

ruído nos ônibus, sendo necessário implementar medidas mais severas e rever as

normas. Também foram realizadas medições para determinar o nível de potência sonora

de ônibus, na condição parado e motor em aceleração livre, com diferentes

configurações de medição, segundo a norma ISO 3744:2010. Verificou-se que é

possível obter resultados satisfatórios utilizando procedimentos simplificados, que

permitem reduzir o tempo de medição.

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Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)

NOISE ISSUED BY BUS: ANALYSIS OF LAW AND MEASUREMENTS

Alexandra Chung

October/2015

Advisor: Ricardo Eduardo Musafir

Department: Mechanical Engineering

This study discusses the Brazilian legislation and the standards that control the

noise levels emitted by road vehicles, focusing in noise of buses. Analyses of the

maximum allowed values of noise have been made, comparing Brazilian and European

legislation. From Brazilian law, the measuring methods, based on the NBR 9714:2000

and NBR 15145:2004, have been evaluated. Measurements of the noise levels in buses

have been made according to these standards, comparing them to the maximum noise

levels permitted. From the analysis and measurements, it can be concluded that little has

been made to reduce the noise of bus traffic, making it necessary to implement more

strict measures and review the current standards. Measurements have also been made in

order to evaluate the noise power level of buses according to ISO 3744:2010,

considering different measurement configurations. It was verified that satisfactory

results can be obtained by considering simplified procedures, which permit reducing the

measurement time.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

2. RUÍDO VEICULAR .......................................................................................... 6

2.1.1. Ruído do motor ........................................................................................ 7

2.1.2. Ruído aerodinâmico ................................................................................. 9

2.1.3. Ruído do atrito do pneu com a superfície ................................................. 9

3. LEGISLAÇÃO E LIMITES MÁXIMOS DE RUÍDO ...................................... 12

3.1. Resoluções CONAMA .................................................................................. 12

3.1.1. Resolução nº 1/1993 .............................................................................. 13

3.1.2. Resolução nº 17/1995 ............................................................................ 15

3.1.3. Resolução nº 252/1999........................................................................... 15

3.1.4. Resolução nº 272/2000........................................................................... 17

3.1.5. Resolução nº 418/2009 ...................................................................... 17

3.2. Diretivas da União Europeia ......................................................................... 19

3.2.1. Diretiva 70/157/CEE .............................................................................. 19

3.2.2. Regulamento № 540/2014...................................................................... 22

3.3. Evolução da legislação sobre limites máximos de ruído para veículos

rodoviários ............................................................................................................... 25

3.4. Limites máximos para ruído emitidos por veículos em uso na condição parado:

análise dos valores certificados e divulgados pelo fabricante. ................................... 28

4. MEDIÇÕES: CONCEITOS E MÉTODOS ....................................................... 37

4.1. Método de medição ....................................................................................... 37

4.1.1. NBR 9714:2000 ..................................................................................... 37

4.1.2. NBR 15145: 2004 .................................................................................. 40

4.1.3. Potência sonora ...................................................................................... 41

4.1.4. ISO 3744:2010....................................................................................... 43

5. MEDIÇÕES REALIZADAS ............................................................................ 48

5.1. Equipamentos ............................................................................................... 48

5.2. Local das medições ....................................................................................... 50

5.3. Medições nas proximidades do motor e escapamento .................................... 51

5.4. Medições do ruído de veículos em aceleração ............................................... 53

5.5. Medições da potência sonora ........................................................................ 53

6. DISCUSSÃO ................................................................................................... 62

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7. CONCLUSÃO ................................................................................................. 67

8. REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS ............................................................. 70

APÊNDICE ................................................................................................................ 80

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1. INTRODUÇÃO

O crescimento populacional e o aumento de áreas urbanas sem um planejamento

adequado trazem para a sociedade além de avanços tecnológicos e industriais, diversos

problemas ambientais exigindo também um aumento na busca pelo bem-estar. A

Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como princípio, em sua constituição, o

bem-estar inserido na definição de saúde como “um estado de completo bem-estar

físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade" [1].

Desta forma, problemas relacionados ao ruído, não somente a perda auditiva, mas

também os efeitos psicofisiológicos – tais como irritação, interferência na comunicação

e distúrbios do sono – que comprometem o desempenho, produtividade e o

comportamento social da população, são tratados como questões de saúde.

Estudos realizados pela OMS nos países da Europa Ocidental reúnem informações da

carga de doença causada pelo ruído ambiental tais como doenças cardiovasculares,

déficit cognitivo, distúrbios do sono, zumbido e incômodo [2]. Desta forma, os anos de

vida perdidos devido à perda de qualidade de vida causados pelo ruído ambiental,

estimados pela métrica DALYs (disability-adjusted life years), são 61.000 anos para a

doença isquêmica do coração, 45.000 anos para o déficit cognitivo nas crianças,

903.000 anos para distúrbios do sono, 22.000 anos para o zumbido e 654.000 anos para

aborrecimento.

Esse estudo também revela [2], através de pesquisas feitas em seis países da Europa,

que o ruído do tráfego está entre os que mais causam estresse e é um dos maiores

causadores de distúrbio do sono e irritação, em termos de impactos ambientais na saúde

pública, e a tendência é que a exposição ao ruído aumente em comparação com outros

causadores. Assim temos que pelo menos um milhão de anos de vida saudável são

perdidos a cada ano, devido ao ruído relacionado com o tráfego, e que o ruído

rodoviário é uma das causas para o aumento no risco de doença isquêmica do coração,

incluindo enfarto do miocárdio, e aumento no risco de se desenvolver quadro de pressão

arterial elevada.

Nesse sentido, o estudo do ruído rodoviário no Brasil se torna extremamente

importante, principalmente devido ao expressivo aumento nas taxas de motorização. A

partir de valores obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

[3, 4] e do Sistema de Registro Nacional de Veículos Automotores -

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RENAVAN/DENATRAN [5], atualmente a razão entre a frota de veículos emplacados

e a população geral é de, em média, 2,3 habitantes por veículo; em 2000 era de 5,8

habitantes por veículo. No estado do Rio de Janeiro, esse quadro não muda, seguindo

crescimentos similares, de 6 habitantes por veículo em 2000 para 3 habitantes por

veículo em 2014. O rápido aumento do número de veículos tem causado um sensível

acréscimo no número de reclamações da população em relação ao ruído gerado nas

cidades, tanto no Brasil como no resto do mundo [6]. Estudos realizados em várias

cidades do Brasil têm revelado que o ruído de tráfego é o maior contribuinte para os

níveis sonoros medidos e a maior causa de incômodo em áreas urbanas [1, 6, 7, 8, 9,

10], sendo os ônibus os que mais contribuem para a geração desse tipo de ruído [11, 12]

e causam o maior incômodo [13].

O ruído de tráfego pode ser representado pela emissão coletiva de fontes individuais

compostas por veículos leves, pesados e motociclos, e as variáveis consideradas mais

importantes na constituição deste ruído são: a quantidade de veículos presentes, a

composição da frota e a velocidade do trânsito. Em vista disso, o controle do ruído de

tráfego em centros urbanos é extremamente complexo, pois além da quantidade e tipo

de veículo presentes numa via, temos que considerar suas velocidades. Atualmente a

LEI Nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, do Código de Trânsito Brasileiro [14],

permite somente baixas velocidades nos grandes centros (entre 30 a 80 km/h nas vias

urbanas). A Figura 1.1 mostra os valores de níveis de ruídos máximos (Lmáx), para

diferentes tipos de veículos, em diferentes velocidades no tráfego de fluxo livre,

percebe-se que os veículos pesados são desproporcionalmente mais barulhentos nas

velocidades mais baixas, onde os veículos pesados podem gerar, em níveis de pressão

sonora, de 10 a 15 dBA a mais que um veículo leve a 30 km/h, por exemplo [15].

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Figura 1.1 – Média dos valores de emissão de ruído máximo para os diferentes tipos de

veículos em tráfego de fluxo livre [15].

O controle do ruído nos centros urbanos pode ser realizado de duas formas:

restringindo a circulação desses veículos ou diminuindo o ruído dessas fontes sonoras.

Com a implementação de programas de reduções de velocidade [16, 17, 18] e restrições

ao trânsito de caminhões em diversas cidades brasileiras [19], o ruído dos ônibus se

tornam cada vez mais importante. Como os ônibus são necessários para o transporte da

população, há a necessidade de criar meios que diminua sua emissão de ruído. E

sabendo-se que a maior intensidade de tráfego dá-se nos cruzamentos sinalizados,

fazendo com que os movimentos dos veículos contenham uma série de acelerações e

desacelerações, com pequenos períodos de movimentos livre e outros períodos

completamente parados [8] tem-se a necessidade de analisar o ruído tanto em

movimento como em marcha lenta.

Atualmente o controle de ruído através de reduções no ruído do veículo é dada por

resoluções deliberadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que

limitam os níveis de ruído que um veículo possa emitir. Embora essas resoluções

tenham sido publicadas inicialmente em 1993 e; ao contrário das diversas legislações

impostas e estudos existentes em outros países, no Brasil ainda são escassos os estudos

nessa área. Na Europa, o Livro Verde de 1996 [20], já apresentava a importância em

desenvolver um programa unificado de redução de ruído e as ações destinadas para o

seu cumprimento. Apesar de apresentada no texto a preocupação com o crescimento do

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tráfego rodoviário, havia dificuldades em elaborar estratégias que estabelecessem

medidas de redução do ruído de tráfego. Uma das principais dificuldades era a falta de

estudos nessa área. Os dados desses estudos disponíveis sobre a exposição ao ruído

eram muito pobres, em 1996, quando comparados com os dados recolhidos para

avaliação de outros problemas ambientais, e havia a dificuldade de comparar esses

dados devido aos diferentes métodos de medição e de avaliação, identificando assim

uma deficiência na análise com a legislação existente. Estas análises se mostravam

ineficientes, pois apesar de indicarem reduções nos valores que limitam o ruído dos

veículos, não apresentavam progressos significativos na redução de ruídos dos quais as

pessoas eram expostas, especialmente ao ruído de tráfego rodoviário, devido ao

descontrole no crescimento dos veículos em circulação, ineficiência do procedimento de

ensaio e ausência de procedimentos regulares de inspeção e manutenção no que diz

respeito à emissão de ruídos.

No Brasil, apesar de existirem leis que estabelecem controles na emissão dos níveis

de ruído de veículos rodoviários, atualmente passamos pelos mesmos problemas da

Europa, em 1996. Diferentemente dos estudos existentes que avaliam a evolução no

controle para a emissão de gases, pouco se fez para estabelecer um controle ou

diminuição desses ruídos, existindo pouquíssimos estudos tratando dos seus impactos e

de sua medição.

Desta forma este trabalho avalia a legislação brasileira e as normas vigentes que

controlam os níveis de ruído emitido pelos veículos rodoviários com enfoque principal

nos ônibus, apresentando as dificuldades encontradas e demonstrando a necessidade de

uma maior compreensão nesses estudos.

Primeiramente são apresentados os principais componentes do ruído de um veículo:

ruído do motor, ruído aerodinâmico e ruído do atrito do pneu com a superfície. Em

seguida, tem-se um breve histórico da legislação brasileira e da legislação europeia, a

fim de compreendermos as políticas governamentais para o meio ambiente e suas ações

no controle do ruído excessivo que interfere na saúde e bem-estar da população. São

analisados os valores máximos de ruído, comparando-os com os valores estabelecidos

na Europa e com veículos em uso.

Abordam-se os métodos de medição pelas normas vigentes que estabelecem os

métodos de medição para o ruído veicular: a NBR 9714:2000 e a NBR 15145:2004,

ambas citadas nas Resoluções CONAMA. São realizadas medições de acordo com as

especificações de cada norma e os valores medidos são comparados com os limites de

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ruído estabelecido na legislação. Também são realizadas medições dos níveis de

potência sonora e discutido o método de medição no intuito de obter formas

simplificadas.

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2. RUÍDO VEICULAR

O ruído causado por um veículo individualmente é constituído por três categorias:

ruído de propulsão (componentes associados à propulsão do veículo, tais como motor,

entrada de ar, sistema de arrefecimento, sistemas de exaustão, transmissões e frenagem),

ruído de rolamento (pela interação do pneu com o solo) e o ruído aerodinâmico [21]. O

ruído do motor varia de acordo com tamanho do motor, potência e carga e o ruído de

rolamento aumenta linearmente com a velocidade, mas a relação varia de acordo com a

largura do pneu e a superfície do solo. A Figura 2.1 apresenta uma relação entre os

ruídos de propulsão e de rolamento com a velocidade.

Figura 2.1 – Relação entre os ruídos de propulsão e rolamento com a velocidade para

velocidades estabilizadas e mudanças de marchas a 1800 rpm [15].

O ruído total emitido por um veículo é a soma de todos os ruídos proveniente dos

componentes do veículo. Exceto pelo ruído de rolamento, que depende da velocidade do

veículo, as demais contribuições do ruído dependem da velocidade do motor. A relação

entre a velocidade do veículo e a velocidade do motor é determinado pela relação das

engrenagens que se encontra em funcionamento e, no caso do câmbio de 4 marchas, a

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variação do nível de ruído com a velocidade na estrada para diferentes relações de

transmissão de marchas tende a ser como mostrado na Figura 2.2. O gráfico mostra

também o efeito global da aceleração, que não é muito grande quando se inicia a partir

do repouso e quando se engata a primeira e segunda marcha, mas quando se está

rodando na quarta marcha, o ruído é principalmente devido ao contato do pneu com a

pista [22].

Figura 2.2 – Ruído de um carro Renault R16, emitido para diferentes velocidades e

acelerações correndo na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª marcha [22].

De modo geral o ruído de propulsão é predominante para baixas velocidades

enquanto para velocidades mais altas predomina o ruído de rolamento. A dependência

da velocidade na contribuição dos ruídos de propulsão e rolamento para os níveis

globais é fundamental para a eficácia de diferentes medidas de redução de ruído em

diferentes contextos [15].

2.1.1. Ruído do motor

O ruído dos motores pode ser dividido em duas partes principais: ruído de combustão

e ruído mecânico. O ruído de combustão é provocado principalmente pelo rápido

aumento da pressão causado pela ignição e o ruído mecânico é causado pelo conjunto

de mecanismos. Mas existe certa interação entre eles, pois os movimentos do pistão não

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são processos mecânicos independentes uma vez que são influenciados pelas forças

geradas no processo de combustão [23]. As explosões no interior dos cilindros e o

impacto dos pistões contra as paredes do cilindro excitam todo o sistema e os diversos

acessórios do motor, incluindo em particular os acoplamentos como o reservatório de

óleo e a tampa do balancim, que muitas vezes são responsáveis por proporções

significativas do ruído total. Essa quantidade de ruído irradiado pelo motor depende da

velocidade e da carga a que está sendo submetida [22].

Os motores de combustão mais utilizados são os motores conhecidos como Ciclo

Otto (princípio de 4 tempos com ignição por centelha) e os Ciclo Diesel (ignição do

combustível por compressão). O ruído de combustão é, usualmente, mais relevante nos

motores do Ciclo Diesel do que para o Ciclo Otto, devido à quantidade de gases, que

por ter taxa de compressão do motor mais elevada [24] e o aumento da pressão mais

abrupto [23], gera mais ruído.

A Figura 2.3 mostra a variação do nível de pressão sonora com a velocidade do

motor para diferentes tipos de motores. Nota-se que os motores de veículos pesados são

desproporcionalmente mais ruidosos que os de veículos leves, com diferenças de até

30 dB. É interessante notar também que a maioria dos motores emite quase os mesmos

valores de ruído quando trabalham na sua potência máxima, isso ocorre devido aos

veículos pesados terem uma máxima rotação do motor muito menor que os veículos

leves [25].

Figura 2.3 – Níveis de pressão sonora de potência máxima dos motores, a 1 m do motor

[25].

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2.1.2. Ruído aerodinâmico

O ruído aerodinâmico é causado devido à turbulência do fluxo de ar em torno dos

componentes externos da carroçaria do veículo [26]. Torna-se um importante

componente do ruído veicular quando o veículo encontra-se em alta velocidade (acima

de 130 km/h). Vários tipos de fontes de ruído aerodinâmico estão envolvidos na geração

desse ruído, mas devido aos limites de velocidade permitidos aos veículos leves e

pesados, o ruído aerodinâmico dificilmente supera o ruído produzido pelo atrito do pneu

com a superfície. Os principais componentes dos veículos que contribuem para o ruído

aerodinâmico são: frente do veículo, para-lamas, calhas de coluna, limpadores de para-

brisa, antenas e espelhos retrovisores.

2.1.3. Ruído do atrito do pneu com a superfície

O ruído produzido por pneus depende de dos parâmetros fundamentais: a velocidade

do veículo, a rugosidade da pista de rolamento [24] e o perfil do pneu. A Figura 2.4

mostra o ruído do pneu de um veículo pesado, na velocidade de 96 km/h, com a pista

seca e com a pista molhada em função da frequência, sendo os valores maiores para a

pista molhada para frequências a partir de 2000 Hz.

Figura 2.4 – Espectro do ruído produzido pelo pneu de caminhão em pista seca e pista

molhada na velocidade de 96 Km/h [24].

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A Figura 2.5 mostra como o ruído varia com a velocidade em diferentes tipos de

pneus, para um único veículo. Podemos observar que em função do modelo do pneu

pode haver diferenças consideráveis no ruído. Há também que ser considerado o

número de eixos que o veículo possui, pois quanto maior o número de eixos, maior o

número de pneus, aumentando a área de contato com a superfície do pavimento e

gerando, assim, maior ruído [27].

(a)

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(b)

Figura 2.5 – Ruído do atrito entre diferentes tipos de pneu e uma superfície de concreto,

em dBA medido a uma distância de 7,5 m. (a) Desenho dos diferentes tipos de pneu de

caminhão. (b) Valores dos níveis de ruído máximos na ponderação “A” em função da

velocidade, de um mesmo chassi, para os tipos de pneus mostrados [22].

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3. LEGISLAÇÃO E LIMITES

MÁXIMOS DE RUÍDO

3.1. Resoluções CONAMA

O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é um dos órgãos responsáveis

pela proteção e melhoria da qualidade ambiental estabelecido na lei № 6938/1981 [28],

sendo consultivo e deliberativo. Tem a finalidade de assessorar, estudar e propor ao

Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os

recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões

compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia

qualidade de vida (art. 6º, II da lei № 6938/1981) na qual uma de suas competências é

estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por

veículos automotores (art. 8º, VI da lei № 6938/1981).

O CONAMA refletindo os problemas que os níveis de ruído excessivo podem causar

no sistema de audição, prejudicando a saúde física e mental das pessoas e considerando

que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, está cada vez mais

agravada nos centros urbanos, institui uma série de resoluções, para o controle da

poluição do meio ambiente, com o objetivo de reduzir a poluição sonora nos centros

urbanos.

A Resolução CONAMA nº 1, de 8 de março de 1990 [29] e a RESOLUÇÃO

CONAMA nº 2, de 8 de março de 1990 [30] são as primeiras resoluções a dispor

critérios sobre poluição sonora e estabelecem que:

Os níveis de ruído não devem ser superiores ao considerados aceitáveis pela

norma NBR 10.151 - “Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o

Conforto da Comunidade” para quaisquer atividades (industriais, comerciais,

sociais ou recreativas, inclusive de propaganda política);

Os níveis sonoros produzidos tanto na execução dos projetos de construção ou

nas de reformas de edificações para atividades heterogêneas, não poderão

ultrapassar os níveis estabelecidos pela NBR-10.152 – “Níveis de Ruído para

conforto acústico”.

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O Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – SILÊNCIO

é instituído com o objetivo de estabelecer normas, métodos e ações para

controlar o ruído excessivo que possa interferir na saúde e bem-estar da

população.

Apesar dessas medidas não estarem diretamente ligadas com o ruído veicular, elas

serão a base para as resoluções relacionadas às emissões de ruídos produzidos por

veículos automotores pelos órgãos responsáveis, tanto pelo Conselho Nacional de

Trânsito – CONTRAN, responsável pela emissão das normas de ruídos produzidos por

veículos automotores (Resolução CONAMA nº 1/1990, inciso IV) quanto pelo Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA,

responsável pela coordenação do Programa SILÊNCIO (Resolução CONAMA

nº 2/1990, art. 2º e 3º).

A seguir será apresentado um breve histórico das séries de resoluções estabelecidas,

voltadas para o ruído de veículos rodoviários automotores, com enfoque nos ruídos

provenientes dos ônibus, considerados umas das principais fontes de ruído.

3.1.1. Resolução nº 1/1993

A Resolução CONAMA nº 1, de 11 de fevereiro de 1993 [31] estabelece, para os

veículos automotores nacionais e importados, os limites máximos de ruído com o

veículo em aceleração e na condição parado, durante todo o período de garantia

concedido e sob as condições especificadas pelo fabricante e/ou importador.

Nessa resolução foram estabelecidos os valores de limites máximos de ruído, com o

veículo em aceleração, mostrado na Tabela 3.1, para todos os veículos produzidos a

partir de 1o de janeiro de 1997. Inicialmente esta Resolução estabeleceu um cronograma

para sua implementação com datas gradativas para o cumprimento das exigências, mas

essas datas foram alteradas pela Resolução n° 8/93 [32], tendo seu prazo prorrogado,

com data final para todos os veículos produzidos a partir de 1o de janeiro de 1998.

Apesar de não conter uma tabela com valores limites, dos níveis de ruído do veículo

na condição parado, a Resolução CONAMA nº 1/1993 estabelece que o valor do nível

de pressão sonora obtido de um veículo novo será considerado o valor de limite máximo

de ruído, tido como o valor de referência no processo de verificação. E este valor de

referência, acrescido em 3 dBA, será o valor utilizado para a fiscalização dos veículos

que estiverem em circulação (art. 1o e § 5

o).

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Tanto para os veículos novos quanto para os veículos que estejam em circulação, as

medições realizadas para a obtenção dos níveis de ruído devem ser de acordo com as

normas brasileiras NBR-9714 (1999) – “Veículos rodoviários automotores – Ruído

emitido na condição parado” [33] e NBR-8433 (1995) – “Veículos rodoviários

automotores em aceleração – Determinação do nível de ruído” [34]. Ambas as normas

possuem versões atualizadas: a NBR 9714:2000, publicada em 30/01/2000; e a NBR-

8433 (1995), cancelada e substituída pela NBR 15145:2004 – “Acústica - Medição de

ruído emitido por veículos rodoviários automotores em aceleração - Método de

engenharia” [35].

Os equipamentos utilizados para realizar os ensaios de medição de níveis de ruído

devem ser calibrados pelo INMETRO ou laboratório acreditados pertencente à Rede

Brasileira de Calibração-RBC e o local do ensaio deve ser verificado pelo IBAMA para

a obtenção da Declaração de Verificação de Conformidade (art. 2o, com nova redação

dada pela Resolução n° 272/00) [36].

Tabela 3.1 - Limites máximos de ruído emitidos por veículo em aceleração, conforme

Resolução CONAMA nº 1/1993 [31].

Categoria Nível de ruído dBA

Descrição

OTTO DIESEL

Injeção

direta

Injeção

indireta

A Veículos de passageiros até

nove lugares e veículo de uso

misto derivado de automóvel

77 78 77

B

Veículo de passageiros com

mais de nove lugares, veículo de carga ou de tração, veículo

de uso misto não derivado de

automóvel

PBT até 2.000 kg 78 79 78

PBT acima de 2.000 kg

e até 3.500 kg 79 80 79

C Veículo de passageiro ou de

uso misto com PBT maior que

3.500 kg

Potência máxima

abaixo de 150 kW

(204 cv)

80 80 80

Potência máxima igual ou superior a 150 kW

(204 cv)

83 83 83

D Veículo de carga ou de tração

com PBT acima de 3.500 kg

Potência máxima

abaixo de 75 kW (102 cv)

81 81 81

Potência máxima entre

75 e 150 kW (102 a 204 cv)

83 83 83

Potência máxima igual

ou superior a 150 kW

(204 cv)

84 84 84

PBT: Peso bruto total

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Para a determinação dos níveis de ruídos de veículos pertencentes a uma mesma

família, os ensaios poderão ser realizados em apenas um veículo, considerado como

configuração mestre de família. Esta configuração é estabelecida nesta resolução, de

acordo com os critérios técnicos, como consta no Apêndice A. O posicionamento do

microfone para medição do ruído nas proximidades do escapamento, de acordo com

NBR-9714, também deve ser realizado a partir da utilização de um gabarito, conforme

descrito no Apêndice B.

3.1.2. Resolução nº 17/1995

A Resolução CONAMA nº 17, de 13 de dezembro de 1995 [37] considera, no art. 3o,

os responsáveis pelo encarroçamento dos ônibus como fabricantes finais do veículo, os

quais são os responsáveis pelo atendimento às exigências estabelecidas pelo CONAMA

na Resolução nº 1/93. Estabelecem também, para o caso dos ônibus, os critérios

técnicos para a identificação e configuração dos ensaios que poderão ser realizados em

apenas um veículo, considerado como mestre de família, para a determinação dos níveis

de ruídos ( Os critérios técnicos exigidos pela resolução encontram-se no Apêndice C).

3.1.3. Resolução nº 252/1999

A Resolução CONAMA nº 252, de 29 de janeiro de 1999 [38] complementa a

Resolução nº 17/95 e estabelece para os veículos rodoviários automotores, inclusive

veículos encarroçados, os limites máximos de ruído nas proximidades do escapamento,

para fins de inspeção obrigatória e fiscalização de veículos em uso na fase inicial dos

programas. Os valores de limites máximos de ruído emitidos por veículos automotores

na condição parado, dados na Tabela 3.2, são válidos para os modelos de veículos do

ciclo Otto, que não atendam aos limites máximos de ruído em aceleração estabelecidos

nas Resoluções CONAMA nos 2 e 8, de 1993, e para os modelos de veículos do ciclo

Diesel produzidos até 31 de dezembro de 1998 (art. 1o, § 3

o). Para veículos nacionais ou

importados, do ciclo Otto, que atendam aos limites máximos de ruído em aceleração,

estabelecidos nas Resoluções nos 2/93 e 8/93 do CONAMA e para veículos nacionais ou

importados, do ciclo Diesel, produzidos a partir de 1o de janeiro de 1999, os limites

máximos de ruído emitidos por veículos automotores na condição parado continuam

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sendo os valores declarados pelos fabricantes conforme art. 20, § 6o da Resolução

CONAMA no 8/93 ou art. 1

o, § 6

o da Resolução CONAMA n

o 2/93, dependendo da

categoria de veículo.

Tabela 3.2: Limites máximos de ruído emitidos por veículos automotores na condição

parado para fins de inspeção e fiscalização de veículos automotores em uso [38].

CATEGORIA Posição do

Motor

Nível de

ruído dBA

Veículo de passageiros até nove lugares e Veículos de uso

misto derivado de automóvel

Dianteiro 95

Traseiro 103

Veículo de passageiros com mais de nove lugares

Veículo de carga ou de tração

Veículo de uso misto não derivado de automóvel

PBT até 2.000 kg Dianteiro 95

Traseiro 103

PBT acima de 2.000 kg

e até 3.500 kg

Dianteiro 95

Traseiro 103

Veículo de passageiros ou de uso

misto com mais de 9 lugares e PBT

acima de 3.500 kg

Potência máxima abaixo de 150 kW (204 CV)

Dianteiro 92

Traseiro e

entre eixos 98

Potência máxima igual

ou superior a 150 kW

(204 CV)

Dianteiro 92

Traseiro e

entre eixos 98

Veículo de carga ou de tração com

PBT acima de 3.500 kg

Potência máxima abaixo de 75 kW (102 CV)

Todas 101

Potência máxima entre

75 e 150 kW

(102 a 204 CV)

Potência máxima igual

ou superior a 150 kW

(204CV)

Motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veículos assemelhados

Todas 99

As medições continuam sendo feitas de acordo com a norma brasileira NBR-9714 –

“Ruído Emitido por Veículos Automotores na Condição Parado - Método de Ensaio”,

no que se refere às medições de ruído nas proximidades do escapamento, porém foram

alteradas as exigências quanto à velocidade angular de potência máxima do motor (N),

que deverá ser estabilizada em ¾ N (± 100 rpm), para todos os veículos automotores

(diferentemente da NBR-9714 que estabelece diferentes velocidades para cada categoria

de veículo), exceto para aqueles que, por projeto, não permitam a estabilidade a ¾ N,

devendo então ser utilizada na rotação máxima que possa ser estabilizada (art. 1o, § 4

o e

art. 7o).

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3.1.4. Resolução nº 272/2000

A Resolução CONAMA nº 272, de 14 de setembro de 2000 [36] além de alterar a

Resolução CONAMA n° 1/93 (art. 2o e os §§ 2

o e 3

o do art. 7

o) estabelece novos limites

para os veículos construídos a partir janeiro de 2001 de acordo com a Tabela 3.3. São

considerados aprovados os veículos cujos níveis de ruído não excedam em mais de

1 dBA nos valores limites estabelecidos. Caso o valor seja excedido, há a necessidade de

realizar o ensaio em mais dois veículos do mesmo modelo. Se excedido o valor em

algum desses veículos, é considerado em desconformidade com as prescrições desta

Resolução.

Tabela 3.3 – Limites máximos de emissão de ruído para veículos automotores,

conforme Resolução CONAMA nº 272/2000 [36]

3.1.5. Resolução nº 418/2009

Criada pela necessidade de desenvolver estratégias para a redução da poluição

veicular, especialmente nas áreas urbanas com problemas de poluição sonora, devido ao

aumento da emissão de poluentes pela falta de manutenção ou pela manutenção

incorreta dos veículos. A Resolução CONAMA nº 418, de 25 de novembro de 2009

Categoria Nível de ruído dBA

Descrição OTTO

DIESEL

Injeção

direta indireta

A Veículos de passageiros até

nove lugares 74 75 74

B

Veículo de passageiros com

mais de nove lugares PBT até 2.000 kg 76 77 76

Veículo de carga ou de tração e veículo de uso misto

PBT entre 2.000 kg e 3.500 kg

77 78 77

C

Veículo de passageiro ou de

uso misto com PBT maior que 3.500 kg

Potência máxima menor

que 150 kW (204 cv) 78 78 78

Potência máxima igual ou superior a 150 kW

(204 cv)

80 80 80

D Veículo de carga ou de tração

com PBT maior que 3.500 kg

Potência máxima menor

que 75 kW (102 cv) 77 77 77

Potência máxima entre

75 (102 cv) e 150 kW

(204 cv)

78 78 78

Potência máxima igual ou superior a 150 kW

(204 cv)

80 80 80

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[39], com o intuito de sistematizar a legislação referente à inspeção veicular ambiental;

determina novos limites de emissão de ruído e estabelece procedimentos para a

avaliação do estado de manutenção de veículos em uso através de critérios para a

elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPV) e critérios para a

implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso (I/M) pelos

órgãos estaduais e municipais de meio ambiente. Os prazos para a elaboração do PCPV

e do Programa I/M, pelos órgãos ambientais dos Estados e do Distrito Federal, eram

inicialmente de 12 meses a partir da data de publicação dessa Resolução, para o PCPV

(art. 5º) e o Programa I/M, 18 meses após a publicação do PCPV (§ 1o do art. 12),

porém as datas foram prorrogadas, pela Resolução CONAMA № 426/2010 [40], para

30 de junho de 2011 e 25 de abril de 2012 respectivamente.

A verificação do estado de manutenção dos veículos em uso pelo Programa I/M foi

definida pelo IBAMA através de um procedimento para a avaliação do nível de ruído de

escapamento nos veículos (art. 30o, § 1

o e inciso III). Para a avaliação do estado dos

veículos, os valores de limites máximos de ruído na condição parado utilizados em

todos os veículos automotores, nacionais ou importados, são os valores certificados e

divulgados pelo fabricante. Na inexistência desta informação, são estabelecidos os

limites máximos de ruído na condição parado de acordo com a Tabela 3.4.

Tabela 3.4 - Limites máximos de ruído emitidos por veículos automotores na condição

parado para veículos em uso, segundo Resolução CONAMA nº 418/2009 [39].

CATEGORIA Posição do

Motor

Nível de

ruído dBA

Veículo de passageiros até nove lugares e Veículos de uso misto derivado de automóvel

Dianteiro 95

Traseiro 103

Veículo de passageiros com mais de nove lugares,

veículo de carga ou de tração, veículo de uso misto não

derivado de automóvel e PBT acima até 3.500 kg

Dianteiro 95

Traseiro 103

Veículo de passageiros ou de uso misto com mais de 9 lugares e PBT acima de 3.500 kg

Dianteiro 92

Traseiro e

entre eixos 98

Veículo de carga ou de tração com PBT acima de 3.500 kg Todas 101

Motocicletas, motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor

auxiliar e veículos assemelhados Todas 99

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3.2. Diretivas da União Europeia

As diretivas da União Europeia (UE) estabelecem objetivos específicos a serem

seguidos por todos os Estados-Membros1 [41] com o intuito de harmonizar os diferentes

direitos nacionais, especialmente em questões relacionadas com o funcionamento do

mercado único [42].

As leis europeias, que estabelecem critérios para a emissão de ruído dos veículos

motorizados, foram introduzidas através de diretivas técnicas relativas ao processo de

homologação. Inicialmente tem-se a Diretiva 70/157/CEE [43], que estabelece os

limites de níveis sonoros admissíveis dos veículos a motor e seus reboques.

Posteriormente essa diretiva é alterada pela Diretiva 2007/46/CE [44] e após, sendo

substituída pelo o Regulamento (EU) № 540/2014 [45] Apesar de existirem diversas

medidas estabelecidas para o controle do ruído veicular pela Comunidade Europeia

(CE), como o Regulamento no 117 da Comissão Económica das Nações Unidas para a

Europa (UNECE) [46], referente à homologação de pneus e estabelece critérios ao ruído

de rolamento e à aderência em pavimento molhado e/ou à resistência ao rolamento.

Neste trabalho será discutida somente a 70/157/CEE, pois pode-se dizer que é

equivalente as Resoluções CONAMA mencionadas anteriormente.

3.2.1. Diretiva 70/157/CEE

A Diretiva 70/157/CEE de 6 de fevereiro de 1970 sofreu 12 alterações entre os

períodos de 1970 até 2007. Esta diretiva estabelece os limites do nível sonoro para

qualquer veículo a motor destinado a transitar em vias de tráfego, com ou sem

carroçaria, tendo pelo menos quatro rodas e uma velocidade máxima, superior a 25

km/h, com exceção dos veículos que se deslocam sobre trilhos, tratores ou qualquer

máquina móvel. Estabelece também os procedimentos para homologação do veículo,

procedimentos para homologação de dispositivos silenciosos, método de medição na

1 A UE é uma parceria econômica e política com características unificadas entre os Estados –

Membros e atualmente é constituída de 28 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária,

Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França,

Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia,

Portugal, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia.

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condição parado e na condição em aceleração, especificações da pista de medição,

método de medição devido ao ar comprimido e método de medição devido ao ruído de

rolamento.

Em 2007 é alterada pela Diretiva 2007/46/CE [44] com 16 alterações até o ano de

2013. Estabelece um quadro para a homologação dos veículos a motor e seus reboques

com o intuito de harmonizar os requisitos técnicos aplicáveis a sistemas, componentes,

unidades técnicas e veículos. Tem como principal objetivo assegurar elevado nível de

segurança rodoviária, proteção da saúde e do ambiente, de eficiência energética e

proteção contra a utilização não autorizada.

Na Diretiva 2007/46/CE, os limites de ruído são os valores estabelecidos da Diretiva

70/157/CEE e que teve as devidas alterações de acordo com as Tabelas 3.5, 3.6, 3.7 e

3.8. As medições adotadas são de acordo com anexo C do Regulamento no 51 da

Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa – UNECE [47] e os métodos

das medições para os ruído emitidos por veículo em aceleração e para os ruídos

emitidos na condição parado são relativamente próximos aos métodos adotados nas

Resoluções CONAMA, porém mais detalhados.

Tabela 3.5 – Limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração estabelecidos

segundo Diretiva 70/157/CEE publicada em 23/02/1970 [48].

Categorias de veículos

Valores

Expressos em

dBA

I. Veículos destinados ao transporte de passageiros, podendo comportar

no máximo nove lugares sentados, incluindo o do condutor 82

II. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais

de nove lugares, incluindo o do condutor, e com um peso máximo autorizado que não exceda 3,5 toneladas

84

III. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com um peso

máximo autorizado que não exceda 3,5 toneladas 84

IV. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais de nove lugares, incluindo o do condutor, com um peso máximo

autorizado que exceda 3,5 toneladas

89

V. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com um peso

máximo autorizado que exceda 3,5 toneladas 89

VI. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais de nove lugares, incluindo o do condutor, e cujo motor tenha uma

potência igual ou superior a 200 CV DIN.

91

VII. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, cujo motor

tenha uma potência igual ou superior a 200 CV DIN e cujo peso máximo autorizado exceda 12 toneladas

91

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Tabela 3.6 – Limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração estabelecidos

segundo Diretiva 70/157/CEE publicada em 12/03/1977 [49].

Categorias de veículos

Valores

Expressos em

dBA

I. Veículos destinados ao transporte de passageiros, podendo comportar

no máximo nove lugares sentados, incluindo o do condutor 80

II. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais

de nove lugares, incluindo o do condutor e com um peso máximo autorizado que não excede 3,5 toneladas

81

III. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com um peso

máximo autorizado que não exceda 3,5 toneladas 81

IV. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais de nove lugares, incluindo o do condutor, com um peso máximo

autorizado que exceda 3,5 toneladas

82

V. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com um peso

máximo autorizado que exceda 3,5 toneladas 86

VI. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais de nove lugares, incluindo o do condutor, e cujo motor tenha uma

potência igual ou superior a 200 CV DIN.

85

VII. Veículos destinados ao transporte de mercadorias, cujo motor tenha uma potência igual ou superior a 200 CV DIN e cujo peso máximo

autorizado exceda 12 toneladas

88

Tabela 3.7 – Limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração estabelecidos

segundo Diretiva 70/157/CEE publicada em 06/09/1984 [50].

Categorias de veículos

Valores

Expressos em

dBA* 1. Veículos destinados ao transporte de passageiros, podendo comportar

no máximo nove lugares sentados, incluindo o do condutor 77

2. Veículos destinados ao transporte de passageiros, comportando mais de nove lugares sentados, incluindo o do condutor, e com uma massa

máxima autorizada superior a 3,5 t:

a. com um motor de potência inferior a 150 kW 80 b. com um motor de potência igual ou superior a 150 kW 83

3. Veículos destinados ao transporte de passageiros comportando mais de

nove lugares sentados, incluindo o do condutor; veículos destinados ao

transporte de mercadorias:

a. com uma massa máxima autorizada que não exceda 2 t 78

b. com uma massa máxima autorizada superior a 2 t mas que não

exceda 3,5 t 79

4. Veículos destinados ao transporte de mercadorias com uma massa máxima autorizada superior a 3,5 t:

a. com um motor de potência inferior a 75 kW 81

b. com um motor de potência igual ou superior a 75 kW mas inferior a 150 kW

83

c. com um motor de potência igual ou superior a 150 kW 84

* Para os veículos das categorias 1 e 3, os valores limites serão aumentados de 1 dBA se

estiverem equipados com um motor Diesel de injeção direta

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22

Tabela 3.8 – Limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração estabelecidos

segundo Diretiva 70/157/CEE publicada em 19/12/1992 [51] e que permanece até a

Diretiva 70/157/CEE publicada em 15/06/2007 [43].

Categorias de veículos

Valores

Expressos em

dBA*

1. Veículos destinados ao transporte de passageiros, podendo comportar

no máximo nove lugares sentados, incluindo o condutor 74

2. Veículos destinados ao transporte de passageiros comportando mais de nove lugares sentados, incluindo o do condutor; e de massa máxima

admissível superior a 3,5 t e:

a. com motor de potência inferior a 150 kW 78

b. com motor de potência igual ou superior a 150 kW 80

3. Veículos destinados ao transporte de passageiros comportando mais de

nove lugares sentados, incluindo o do condutor; veículos destinados ao

transporte de mercadorias:

a. de massa máxima admissível igual ou inferior a 2 t 76

b. de massa máxima admissível superior a 2 t mas igual ou inferior a

3,5 t 77

4. Veículos destinados ao transporte de mercadorias com uma massa máxima autorizada superior a 3,5 t:

a. com um motor de potência inferior a 75 kW 77

b. com um motor de potência igual ou superior a 75 kW mas inferior

a 150 kW 78

c. com motor de potência igual ou superior a 150 kW 80

* Valores em condições estabelecidas de acordo com Diretiva 70/157/CEE:

- Para os veículos das categorias 1 e 3, devem ser aumentados de 1 dBA se equipados com um motor Diesel de injeção direta.

- Para os veículos da categoria 1, com uma caixa de velocidades manual com

mais de quatro velocidades e um motor que desenvolva uma potência máxima

superior a 140kW e cuja relação entre a potência máxima e a massa máxima seja super ior a 75 kW/t, devem ser aumentados em 1 dBA, se a velocidade for superior

a 61 km/h.

- Para os veículos de massa máxima admissível super ior a 2 toneladas e se utilizados fora da estrada, devem ser aumentados de 1 dBA para motor de potência

infer ior a 150 kW e aumentados de 2 dBA para motor de potência igual ou

super ior a 150 kW.

3.2.2. Regulamento № 540/2014

A partir de 2014, dado a necessidade de harmonizar os requisitos técnicos para a

homologação de veículos a motor e os respectivos sistemas silenciosos em toda a União

Europeia e levando a consideração que os veículos rodoviários são as principais fontes

de ruído no setor de transportes, foi estabelecido o Regulamento (EU) № 540/2014 de

16 de abril de 2014 [45] que altera a Diretiva 2007/46/CE e revoga a Diretiva

70/157/CEE. O presente regulamento estabelece as prescrições administrativas e

técnicas relativas à homologação EU de todos os veículos novos das categorias M1, M2,

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23

M3, N1, N2 e N3, descritas no Apêndice D, referente aos respectivos níveis sonoros,

sistemas silenciosos de substituição e seus componentes.

Quanto ao nível sonoro admissível dos veículos a motor e seus dispositivos de

escape, apesar de terem sido realizadas diversas alterações a fim de estabelecer uma

harmonização aos requisitos técnicos através da diretiva 70/157/CEE, estudos

mostraram que o método de ensaio utilizado nessa diretiva não refletia mais as

condições reais do tráfego urbano e que os valores-limites do nível sonoro dos veículos

a motor estabelecidos não surtiram os efeitos esperados [45, 20]. Foi proposto então, um

novo método de ensaio, baseado no método publicado pelo Grupo de Trabalho «Ruído»

da UNECE (GRB) em 2007, que inclui uma versão de 2007 da norma ISO 362. Este

novo método de ensaio é considerado representativo para o nível sonoro em condições

de tráfego normal, mas não para as condições mais desfavoráveis, sendo necessário

estabelecer disposições adicionais para as emissões sonoras que envolvam condições

reais do veículo.

Os métodos de medição de ruído (descritas no Apêndice E), desse regulamento, são

para o veículo em marcha e para o veículo parado e dependem da categoria dos veículos

(ver Apêndice D). Para os veículos de massa máxima em carga superior a 2.800 kg

também estão sujeitos a uma medição adicional do ruído devido ao ar comprimido com

o veículo parado.

O regulamento também propõem reduzir ainda mais os valores limites para o nível

sonoro, apresentada na Tabela 3.9, no que diz respeito a todas as fontes de ruído dos

veículos a motor, incluindo a admissão de ar gerado pelo motor propulsor e dispositivo

de escape e levando em conta prescrições mais rigorosas no ruído geradas pelos pneus

dos veículos a motor estabelecidas pelo Regulamento (CE) № 611/2009 [52].

Pelo Regulamento (CE) № 611/2009, os ônibus de categoria M2 ou M3 pertencem a

classes de pneus C2 e C3, cujos valores de emissões de ruído de rolamento são

estabelecidos de acordo com a Tabela 3.10. As categorias M2 e M3 são descritas no

Apêndice D e as classificações dos pneus, C2 e C3 estão descritas no Apêndice F.

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Tabela 3.9 – Valores limite estabelecidos no ANEXO III do regulamento no 540/2014

Categoria

do

veículo

Descrição da categoria do veículo Valores-limite expressos

em dBA

M Veículos de transporte de passageiros Fase 1 Fase 2 Fase 3

M1 relação potência massa ≤ 120 kW/1.000kg 72 (1) 70 (

1) 68 (

1)

M1 120 kW/1.000 kg <relação potência massa≤

160 kW/1.000 kg 73 71 69

M1 160 kW/1.000kg <relação potência massa 75 73 71

M1

relação potência massa > 200 kW/1.000 kg

Número de lugares sentados ≤ 4 Ponto R do

lugar sentado do condutor ≤ 450 mm acima do

solo

75 74 72

M2 massa ≤ 2.500 kg 72 70 69

M2 2.500 kg < massa ≤ 3.500 kg 74 72 71

M2 3.500 kg < massa ≤ 5.000 kg; potência nominal

do motor ≤ 135 kW 75 73 72

M2 3.500 kg < massa ≤ 5.000 kg; potência nominal

do motor > 135 kW 75 74 72

M3 potência nominal do motor ≤ 150 kW 76 74 73 (2)

M3 150 kW < potência nominal do motor ≤ 250 kW 78 77 76 (2)

M3 potência nominal do motor > 250 kW 80 78 77 (2)

N Veículos de transporte de mercadorias

N1 Massa ≤ 2.500 kg 72 71 69

N1 2.500 kg < massa ≤ 3.500 kg 74 73 71

N2 potência nominal do motor ≤ 135 kW 77 75 (2) 74 (

2)

N2 potência nominal do motor > 135 kW 78 76 (2) 75 (

2)

N3 potência nominal do motor ≤ 150 kW 79 77 76 (2)

N3 150 kW < potência nominal do motor ≤ 250 kW 81 79 77 (2)

N3 potência nominal do motor > 250 kW 82 81 79 (2)

Fase 1 aplicável a partir de 1 de julho de 2016 Fase 2 aplicável a novos modelos de veículos a partir de 1 de julho de 2020 e a primeira

matrícula a partir de 1 de julho de 2022

Fase 3 aplicável a novos modelos de veículos a partir de 1 de julho de 2024 e a primeira matrícula a partir de 1 de julho de 2026

Os valores-limite são aumentados de 1 dB (2 dBA para as categorias N3 e M3) para os veículos

que satisfaçam a definição pertinente de veículos todo-o-terreno estabelecida no Anexo II, Parte

A, ponto 4, da Diretiva 2007/46/CE.

No caso de veículos da categoria M1, os valores-limite aumentados para veículos todo-o-terreno

só são válidos se a massa máxima em carga tecnicamente admissível for superior a 2 toneladas.

Os valores-limite são aumentados de 2 dBA para os veículos acessíveis em cadeira de rodas e os

veículos blindados, tal como definidos no Anexo II da Diretiva 2007/46/CE.

(1) Veículos M1 derivados de veículos N1: os veículos M1 com um ponto R > 850 mm acima

do solo e uma massa total em carga admissível superior a 2.500 kg têm de respeitar os valores-

limite dos N1 (2.500 kg < massa ≤ 3.500 kg).

(2) + 2 anos para o novo modelo de veículo e + 1 ano para a matrícula de veículos novos.

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Tabela 3.10 – Limites dos níveis de ruído determinados segundo o Regulamento

(CE) № 611/2009, Parte C – Requisitos de ruído de rolamento, para pneus da classe C2

e C3, em relação à categoria de utilização da gama de pneus.

Classe de pneu Categoria de utilização Valores limite

dBA

C2 Pneus normais 72

Pneus de tração 73

C3 Pneus normais 73

Pneus de tração 75

Para os pneus especiais, os valores-limite acima indicados são aumentados

em 2 dBA.

Os valores exibidos representam os medidos e corrigidos quanto à temperatura, exceto no caso C3, à tolerância do instrumento de medição e

devido aos valores arredondados pelo valor inteiro mais próximo.

3.3. Evolução da legislação sobre limites máximos de ruído para veículos

rodoviários

Analisando as Tabelas 3.1, 3.2, 3.3 e 3.4, que estabelecem os valores de limites

máximos de ruído permitidos, respectivamente, pelas resoluções CONAMA 01/1993,

252/1999, 272/2000 e 418/2009, percebe-se que houve uma redução de 2 a 5 dBA, entre

1993 e 2000, para os limites de ruído emitidos segundo Resoluções CONAMA, como

mostra a Tabela 3.11. Porém, para os valores máximos de ruído emitidos por veículos

automotores na condição parado, não houve nenhuma alteração em 10 anos (entre 1999

e 2009).

Já as Tabelas 3.5, 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9 mostram que houve consideradas mudanças nos

valores limites para as categorias estabelecidas pela legislação europeias. A Tabela 3.12

mostra os valores limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração estabelecidos

segundo a Diretiva 70/157/CEE e o Regulamento № 540/2014; e as diferenças entre

esses valores são apresentadas na Tabela 3.13. As diminuições dos valores limites

foram de 7 a 12 dBA, entre 1970 e 1992, dependendo da categoria. A partir de 2016 as

categorias foram desmembradas em outras, com características mais específicas e, para

algumas, houve aumento de 1 dBA nos valores limites, de 1992 para 2016.

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Tabela 3.11 – Diferença entre os limites máximos de emissão de ruído para veículos

automotores exigidos nas Resoluções CONAMA 01/1993 e 272/2000.

Categoria Diferença do nível de ruído (dBA)

Descrição OTTO

DIESEL

Injeção

direta

Injeção

indireta

A

-3 -3 -3

B PBT até 2.000 kg -2 -2 -2

PBT entre 2.000 kg e 3.500 kg -2 -2 -2

C

Potência máxima menor que 150 kW

(204 cv) -2 -2 -2

Potência máxima igual ou superior a

150 kW (204 cv) -3 -3 -3

D

Potência máxima menor que 75 kW

(102 cv) -4 -4 -4

Potência máxima entre 75 kW (102 cv) e

150 kW (204 cv) -5 -5 -5

Potência máxima igual ou superior a 150

kW (204 cv) -4 -4 -4

Tabela 3.12 – Valores limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração segundo

Diretiva 70/157/CEE e Regulamento № 540/2014, entre 1970 e 2026. Categorias de veículos Valores Expressos em dBA

1970 -

1977

1984 -

1992

2016 -

2026 1970 1977 1984 1992

a partir

2016

a partir

2022

a partir

2026

I. 1.

M1.1

82 80 77 74

72 70 68

M1.2 73 71 69

M1.3 75 73 71

M1.4 75 74 72

II. 3.a. M2.1

84 81 78 76 72 70 69

3.b. M2.2 79 77 74 72 71

IV.

2.a. M2.3

89 82

80 78 75 73 72

2b M2.4 83 80 75 74 72

2.a. M3.1 80 78 76 74 73

VI. 2.b. M3.2

91 85 83 80 78 77 76

M3.3 80 78 77

III. 3.a. N1.1

84 81 78 76 72 71 69

3.b. N1.2 79 77 74 73 71

V.

4.a. N2.1

89 86

81 77 77 75 74

4.b. N2.2

83 78 78 76 75

N3.1 79 77 76

VII. 4.c. N3.2 91 88 84 80 81 79 77

N3.3

82 81 79

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Tabela 3.13 – Diferença entre os valores limites dos veículos em aceleração, segundo

Diretiva 70/157/CEE e Regulamento № 540/2014. Categorias de veículos Diferença do nível de ruído (dBA)

1970-

1977

1984-

1992

2016-

2026

1970-

1977

1977-

1984

1984-

1992

1992-

2016

2016-

2022

2022-

2026

1970-

1992

1992-

2026

I. 1.

M1.1

-2 -3 -3

-2 -2 -2

-8

-6

M1.2 -1 -2 -2 -5

M1.3 1 -2 -2 -3

M1.4 1 -1 -2 -2

II. 3.a. M2.1

-3 -3 -2 -4 -2 -1 -8 -7

3.b. M2.2 -2 -2 -3 -2 -1 -7 -6

IV.

2.a. M2.3

-7

-2 -2 -3 -2 -1 -11 -6

2b M2.4 1 -3 -5 -1 -2 -9 -8

2.a. M3.1 -2 -2 -2 -2 -1 -11 -5

VI. 2.b. M3.2

-6 -2 -3 -2 -1 -1

-11 -4

M3.3 0 -2 -1 -3

III. 3.a. N1.1

-3 -3 -2 -4 -1 -2 -8 -7

3.b. N1.2 -2 -2 -3 -1 -2 -7 -6

V.

4.a. N2.1

-3

-5 -4 0 -2 -1 -12 -3

4.b. N2.2

-3 -5 0 -2 -1

-11 -3

N3.1 1 -2 -1 -2

VII. 4.c. N3.2

-3 -4 -4 1 -2 -2

-11 -3

N3.3 2 -1 -2 -1

Comparando os valores limites estabelecidos até 2015 entre a legislação europeias

(Diretiva 70/157/CEE de 2007 e Regulamento № 540/2014 – Tabelas 3.8 e 3.9) e

Resolução CONAMA 272/2000 (Tabela 3.3), verifica-se que os valores são os mesmos,

conforme mostradas na Tabela 3.14. As diferenças entre os valores se tornam

significativas, se comparados com os valores estabelecidos a partir de 2016,

principalmente para a categoria C.2 – 2.b. – M2.4 (veículos de transporte de

passageiros, de massa entre 3.500 e 5.000 kg e potência nominal do motor > 135 kW)

com redução de 5 dBA entre 1992 a 2016, e mais 3 dBA até 2026.

Para a categoria dos ônibus (C.2 – 2.b. – M3.3) a redução nos limites de ruído, pela

legislação brasileira, foi de apenas 3 dBA em 7 anos (entre 1993 a 2000 – ver

Tabela 3.12). Tanto a legislação brasileira como a europeia tem-se como valor limite

vigente de 80 dBA para o ruído dos ônibus emitidos na condição “em aceleração”. Isso

significa que permanece o mesmo limite do ruído de ônibus há mais de 15 anos pela

legislação brasileira e 23 anos pela legislação europeia (entre 1992 e 2015). Apesar do

longo período sem alterações no limite de ruído na União Europeia, a implementação do

Regulamento 540/2014 prevê reduzir o limite de ruído dos ônibus em 3 dBA até 2026.

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Tabela 3.14 – Valores limites dos níveis sonoros dos veículos em aceleração,

estabelecidos pela Resolução CONAMA 272/2000, Diretiva 70/157/CEE/2007 e

Regulamento № 540/2014. Categoria do

veículo

Valores-limite dBA

Resolução CONAMA (1) Diretiva UE (2) Regulamento UE (3)

(1) (2) (3) OTTO

DIESEL

74

a partir

2016

a partir

2022

a partir

2026 Injeção

direta

Injeção

indireta

A 1.

M1.1

74 75 74

72 70 68

M1.2 73 71 69

M1.3 75 73 71

M1.4 75 74 72

B.1 3.a. M2.1 76 77 76 76 72 70 69

B.2 3.b. M2.2 77 78 77 77 74 72 71

C.1 2.a. M2.3 78 78 75 73 72

C.2 2.b M2.4 80 80 75 74 72

C.1 2.a. M3.1 78 78 76 74 73

C.2 2.b. M3.2

80 80 78 77 76

M3.3 80 78 77

B.1 3.a. N1.1 76 77 76 76 72 71 69

B.2 3.b. N1.2 77 78 77 77 74 73 71

D.1 4.a. N2.1 77 77 77 75 74

D.2 4.b. N2.2

78 78 78 76 75

N3.1 79 77 76

D.3 4.c. N3.2

80 80 81 79 77

N3.3 82 81 79

3.4. Limites máximos para ruído emitidos por veículos em uso na condição

parado: análise dos valores certificados e divulgados pelo fabricante.

Como visto no item 3.1.1, a Resolução CONAMA no 418/2009 estabelece que para

avaliações do ruído emitido dos veículos automotores em uso na condição parado

devem ser comparados com os valores certificados e divulgados pelos fabricantes.

Com o intuito de verificar se houve uma redução do ruído dos ônibus conforme os

novos modelos fossem surgindo ao longo dos anos, foram analisados todos os valores

disponibilizados pelos fabricantes em seus respectivos sites [53, 54, 55, 56, 57]. Os

valores disponibilizados pelos fabricantes são apresentados no Apêndice G.

A partir desses dados, os valores foram agrupados pelas posições do motor

(dianteiro, entre-eixos ou traseiro) e pelos anos de fabricação estimados. Como os

fabricantes não disponibilizaram o ano de fabricação dos modelos de ônibus foi

realizada uma estimativa baseada nas informações fornecidas por cada empresa. Para a

empresa Comil é considerado como ano de fabricação o ano em que o processo de

Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor (LCVM) foi atualizado junto

ao IBAMA, através da realização de novos ensaios de ruído. Já para as empresas

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Marcopolo, Mascarello e Neobus as informações apresentadas se referem somente às

Fases “P” do PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos

Automotores), ou seja, se referem aos períodos de implantação dos limites de emissão

para veículos pesados que contribui para o atendimento aos padrões de qualidade do ar

instituídos pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR) [58]. O

controle das emissões gasosas pelo escapamento de veículos pesados teve seu início em

1993, com a introdução gradativa dos limites, sendo a Fase P-3 em 1994, a Fase P-4 em

1998, a Fase P-5 em 2004 e a Fase P-6, adiada para a Fase P7, em 2012 [59]. Desta

forma, os anos que iniciam a implementação de cada fase, serão considerados como

sendo os anos de fabricação. Para o fabricante Caio, os dados disponibilizados não

foram suficientes para a análise e, portanto não foram incluídos nessa análise.

Inicialmente, optou-se por examinar a evolução da mediana dos níveis de pressão

sonora, ou seja, o valor que está na posição central de cada conjunto de valores obtidos.

As Figuras 3.1, 3.2 e 3.3 mostram as medianas dos níveis de pressão sonora para os

anos de fabricação estimados. Para uma análise mais detalhada, foram realizados

histogramas dos níveis de pressão sonora para intervalos do ano de fabricação

estimados. As Figuras 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7 apresentam respectivamente os histogramas

referentes aos fabricantes Comil, Marcopolo, Mascarello e Neobus.

Figura 3.1 – Evolução das medianas dos níveis de pressão sonora dos ônibus de motor

dianteiro no período entre 1998 e 2014.

75

77

79

81

83

85

87

89

1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Lp [dBA]

tempo [anos]

Mascarello

Neobus

Marcopolo

Comil

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Figura 3.2 – Evolução das medianas dos níveis de pressão sonora dos ônibus com motor

traseiro no período entre 1998 e 2014.

Figura 3.3 – Evolução das medianas dos níveis de pressão sonora dos ônibus com motor

entre-eixos no período entre 1998 e 2014.

As Figuras 3.1, 3.2 e 3.3 evidenciam que as reduções dos níveis de pressão sonora

foram pouco significativas ou inexistentes: para veículos com motor dianteiro, entre 1 e

3 dBA num período próximo a 10 anos (redução de 3 dBA em 14 anos da Marcopolo,

3 dBA em 8 anos da Neobus e 1 dBA em 8 anos da Mascarello); para veículos com

motores traseiros ou entre-eixos as reduções são menores ou são verificados aumentos

nos níveis de ruído.

As Figuras 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7 mostram que, apesar da diminuição, mesmo que

pequena, nos níveis de ruído com o tempo, verifica-se que há uma grande variação nos

níveis de ruído para um mesmo ano em quase todos os histogramas. Na Figura 3.4a,

observa-se, por exemplo, que entre 2011 e 2012 foram lançados modelos de ônibus

cujos níveis de ruído variam em 18 dBA.

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Lp [dBA]

tempo [anos]

Mascarello

Neobus

Marcopolo

Comil

92

93

94

95

96

97

98

99

1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Lp [dBA]

tempo [anos]

Marcopolo

Neobus

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31

(a)

(b)

Figura 3.4 – Histograma dos níveis de ruído dos ônibus fabricados pela Comil no

período de 2006 a 2014. (a) Ônibus com motor dianteiro e (b) Ônibus com motor

traseiro.

0

2

4

6

8

10

12

14

75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2006-2008

2009-2010

2011-2012

2013-2014

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

anterior 2009

2011

2012

2013

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32

(a)

(b)

(c)

Figura 3.5 – Histograma dos níveis de ruído dos ônibus fabricados pela Marcopolo no

período de 1998 a 2012. (a) Ônibus com motor dianteiro, (b) Ônibus com motor traseiro

e (c) Ônibus com motor entre-eixos.

0

5

10

15

20

25

76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

1998

2004

2012

0

5

10

15

20

25

0

5

10

15

20

25

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

1998

2004

2012

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

92 93 94 95 96 97 98

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

1998

2004

2012

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33

(a)

(b)

Figura 3.6 – Histograma dos níveis de ruído dos ônibus fabricados pela Mascarello no

período de 2004 a 2012. (a) Ônibus com motor dianteiro e (b) Ônibus com motor

traseiro.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0

5

10

15

20

25

30

35

40

79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2004

2012

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2004

2012

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34

(a)

(b)

(c)

Figura 3.7 – Histograma dos níveis de ruído dos ônibus fabricados pela Neobus no

período de 2004 a 2012. (a) Ônibus com motor dianteiro, (b) Ônibus com motor traseiro

e (c) Ônibus com motor entre-eixos.

0

1

2

3

4

5

6

7

0

1

2

3

4

5

6

7

73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2004

2012

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2004

2012

0

1

2

3

4

0

1

2

3

4

92 93 94 95 96

mero d

e ô

nib

us

Níveis de ruído [dBA]

Total

2004

2012

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35

As variações nos níveis de ruído, não se restringem somente a modelos diferentes:

por exemplo para um mesmo modelo, o SVELTO U da fabricante Comil, ônibus do tipo

urbano, de motor dianteiro, com possíveis chassis encaroçáveis (Agrale, Mercedes-

Benz, Scania, Volvo e Volkswagen), cujas informações constam da Tabela G.2 e da

Figura 3.8, temos que a diferença entre o menor e maior valor de nível de pressão

sonora é de 15,7 dBA. Considerando o mesmo chassi, para o modelo VW/COMIL

SVELTO U, a diferença é de 12,6 dBA. A Figura 3.9 mostra os valores de níveis de

pressão sonora em função do ano estimado e verifica-se que a maior diferença se

encontra nos ônibus fabricados entre 2012 e 2013.

Aplicações: Urbano/Fretamento

Estrutura: Aço

Entre-Eixos: 5.250mm/5.950mm/6.500mm

Posição do Motor: dianteiro ou traseiro

Comprimento: 11.100 mm a 15.000 mm

Largura: 2.500 mm

Altura Interna: 2.100 mm

Altura Total: 3.200 mm sem ar/3.450 mm

com ar

Nº de Passageiros Sentados: Pode variar de 26 a 50 pessoas sentadas, de acordo com

o modelo do chassi.

Figura 3.8 – Imagem ilustrativa e características do ônibus SVELTO U [60].

Figura 3.9 – Evolução dos níveis de pressão sonora dos ônibus de modelo SVELTO U,

com motor dianteiro no período de 2006 a 2013.

A Resolução CONAMA nº 418/2009, especifica que na inexistência de valores

certificados e divulgados pelo fabricante, os limites máximos de ruído na condição

parado são aqueles apresentados na Tabela 3.4. Para os veículos de passageiros ou de

uso misto com mais de 9 lugares e PBT acima de 3.500 kg os valores limites são de

70

75

80

85

90

95

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Lp [dBA]

tempo [anos]

VW/COMILSVELTO U

M.BENZ/COMILSVELTO U

SCANIA/COMILSVELTO U

AGRALE/COMILSVELTO U

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36

92 dBA (para veículos com motor dianteiro) e 98 dBA (para veículos com motor traseiro

ou entre-eixos). Comparando os valores dos histogramas (Figuras 3.4, 3.5, 3.6 e 3.7)

com os valores limites da Tabela 3.4, observa-se que apenas um modelo ultrapassou o

valor limite (M.BENZ/COMIL CAMPIONE LD, de motor dianteiro, ano 2012,

92,7 dBA) mas diversos modelos estão no limite ou próximos aos valores limites

estabelecidos na Resolução CONAMA.

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37

4. MEDIÇÕES: CONCEITOS E

MÉTODOS

4.1. Método de medição

Os principais métodos de medição para o ruído veicular são os de condição “em

aceleração” (pass-by) ou “parado”. Algumas das normas existentes, para veículos

pesados e/ou ônibus são:

ISO 362-1:2007 – “Measurement of noise emitted by accelerating road vehicles

– Engineering method - Part 1: M and N categories” [61]

SAE J366:2011 – “Exterior Sound Level for Heavy Trucks and Buses” [62]

ISO 5130:2007 – “Acoustics -- Measurements of sound pressure level emitted

by stationary road vehicles” [63]

SAE J1470:2013 – “Measurement of Noise Emitted by Accelerating Highway

Vehicles” [64]

ISO 13325:2003 – “Tyres - Coast-by methods for measurement of tyre-to-road

sound emission” [65]

No Brasil existem duas normas vigentes que estabelecem os métodos de medição

para o ruído veicular: a NBR 9714:2000 – “Veículo rodoviário automotor – Ruído

emitido na condição parado” [33] e a NBR 15145:2004 – “Acústica - Medição de ruído

emitido por veículos rodoviários automotores em aceleração - Método de engenharia”

[35], ambas citadas nas Resoluções CONAMA.

4.1.1. NBR 9714:2000

A NBR 9714:2000, baseada na ISO 5130:1982 [66], estabelece um método de

medição do ruído emitido nas proximidades do sistema de escapamento por veículos

rodoviários automotores na condição parado. Pelas medições são obtidos os valores

máximos de ruído dos veículos para uma determinada velocidade de rotação do motor.

O método também pode, através de resultados de medições de referência, ser utilizado

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38

para veículos em utilização e para determinar variações do ruído causado pelos

componentes do veículo.

Segundo essa norma, são realizadas três medições do veículo. Para as medições, o

veículo é posicionado no centro de uma área, de pelo menos 3 metros de distância das

extremidades do veículo, constituída por uma superfície plana de concreto, asfalto ou

qualquer outra superfície de alta refletividade acústica, e que esteja livre de qualquer

obstáculos que interfira nas medições. Caso essas medições sejam feitas numa rua, o

veículo deve estar posicionado pelo menos a um metro de distância do meio-fio. No

caso dos ônibus, deve ser verificada a quantidade de saídas de escapamentos e os

números de silenciadores para determinar a escolha correta da posição do microfone e

no número de medições. O microfone, através de um medidor de nível sonoro do tipo 1

na condição de resposta “rápida” e na curva de ponderação “A”, deve estar direcionado

para a saída do escapamento e a uma distância de 0,5 m, com uma inclinação de 45º, na

altura do escapamento e paralelo à superfície do solo, conforme mostrado na Figura 4.1.

Com a embreagem do veículo acoplada e a marcha na posição neutra, inicia-se a

medição mantendo a velocidade do motor constante a ¾ da velocidade máxima do

motor (descrita pelo fabricante) e logo em seguida muda-se bruscamente para a posição

“marcha lenta”. São anotados os valores máximos dos níveis de pressão sonora dessas

três medições, desde que não haja diferenças maiores de 2 dBA entre elas, e a média

aritmética desses valores é considerado o valor final.

Também é possível realizar medições do ruído nas proximidades do motor. A

medição deve ser feita localizado do lado oposto à posição do condutor à 0,5 m de

altura em relação ao solo e a uma distância de 0,5 m do veículo, medida

horizontalmente a partir da linha que une as extremidades mais baixas dos aros das

rodas traseira e dianteira, de acordo com a Figura 4.2. O motor deve ser estabilizado em

marcha lenta e depois acelerado até: a metade da velocidade máxima da rotação do

motor, se o motor for de ignição por centelha; ou a velocidade na máxima de rotação, se

o motor for de combustão.

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39

Figura 4.1 – Critérios exigidos, pela NBR 9714, do local de ensaio e das posições do

microfone para a medição do ruído de escapamento [33].

Figura 4.2 – Critérios exigidos, pela NBR 9714, do local de ensaio e posições do

microfone para a medição do ruído do motor [33].

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40

4.1.2. NBR 15145: 2004

A NBR 15145:2004, baseada na ISO 362:1998, especifica um método de engenharia

para a medição do ruído emitido por veículos rodoviários automotores em aceleração.

De forma que busca reproduzir os níveis de ruído que são emitidos durante o uso de

marchas intermediárias com utilização total da potência disponível do motor, da mesma

forma que pode ocorrer em tráfego urbano.

Segundo essa norma, deve ser realizada quatro medições consecutivas com o veículo

em movimento a partir de uma velocidade estabelecida, de modo que proporcione o

mais alto nível de ruído que possa ocorrer durante a direção urbana e que levem a uma

emissão de ruído reprodutível. O local de ensaio deve ter uma superfície

substancialmente plana e revestida por asfalto ou concreto e ser localizado em uma área

livre, sem obstáculos que possam influenciar o campo acústico.

Os microfones, através de um medidor de nível sonoro do tipo 1 na condição de

resposta “rápida” e na curva de ponderação “A”, são posicionados, alinhados à linha

central do percurso do veículo, numa distância de 7,5 m ± 0,05 m e numa altura de

1,20 m ± 0,02 m com o medidor na horizontal, paralelo ao solo, como representado na

Figura 4.3. As medições são feitas entre os instantes que o veículo alcança a linha AA

até a linha BB, percorrendo uma distância de 20 m, inicialmente com velocidade

constante com relações de velocidades e marchas que dependem do modelo do veículo a

ser ensaiado.

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41

Figura 4.3 - Dimensões do local de ensaios em metros [35].

De cada uma das quatro medições é escolhido, para cada lado, o maior nível de

pressão sonora obtido (𝐿𝑝𝑚á𝑥 do intervalo de medição), desde que não haja variações

acima de 2 dBA entre esses valores (caso haja, as medições devem ser refeitas). A média

aritmética, de cada lado, desses valores é considerada como o resultado e o resultado

final será o correspondente ao lado que apresentar o maior valor.

4.1.3. Potência sonora

A potência sonora é uma característica intrínseca da fonte sonora e indica a

capacidade de uma fonte sonora em gerar som [67]. A intensidade sonora expressa a

quantidade de energia acústica que atravessa uma unidade de área por unidade de

tempo. É uma grandeza vetorial, notada por 𝐼. Tem-se então, para um processo

estatisticamente estacionário, que a potência sonora gerada por uma fonte pode ser

determinada pela integral, ao longo de uma superfície fechada 𝑆, que envolva a fonte,

do componente normal à 𝑆 do valor médio (temporal) da intensidade sonora, segundo

𝑊 = ∫ 𝐼 . 𝑑𝑆 𝑆

(4.1)

Para uma fonte de ruído pontual em espaço livre que irradia igualmente em todas as

direções e negligenciando a absorção pelo ar, tem-se que a relação entre os valores

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42

médios de intensidade, potência e pressão sonora quadrática para ondas esféricas em

campo afastado é:

𝐼 = 𝑊

4𝜋𝑟2 = 𝑝2

𝜌𝑐 (4.2)

onde 𝐼 = |𝐼 |, é intensidade sonora média (W/m2); W é a potência sonora (W); r é a

distância (m); e ρc é a impedância característica do meio (ρ = 1,2 kg/m³ e c = 346 m/s,

para densidade e velocidade do som no ar a 25ºC).

Para o caso onde a fonte não irradia uniformemente, a intensidade I pode variar com

a direção na forma geral:

𝐼 = 𝑄𝑊

4𝜋𝑟2 (4.3)

onde 𝑄 é o fator de direcionalidade, definido como a razão entre a intensidade no ponto

e o valor obtido da equação (4.2).

Para uma fonte omnidirecional posicionada sobre um solo refletor, a energia emitida

será irradiada apenas “para cima”, a intensidade Isr sendo dada por:

𝐼𝑠𝑟 = 𝑊

2𝜋𝑟2 (4.4)

correspondendo, neste caso, à equação (4.3) com 𝑄 = 2.

A potência sonora e a pressão sonora podem ser expressas em termos do nível de

potência sonora e níveis de pressão sonora:

𝐿𝑊 = 10 𝑙𝑜𝑔𝑊

𝑊0 (4.5)

onde W0 é a potência sonora de referência, 𝑊0 = 10−12 W.

Utilizando as equações (4.2) e (4.5), o nível de pressão sonora para uma fonte

pontual a uma distancia 𝑟 da fonte pode ser expresso por:

𝐿𝑝 = 𝐿𝑊 − 20 log 𝑟 + 𝐷𝐼 − 11 (𝑑𝐵) (4.6)

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43

onde 𝐷𝐼 = 10 log 𝑄 é o índice de direcionalidade [68]. Para o caso de fonte sobre um

plano refletor tem-se 𝑄 = 2 e 𝐷𝐼 ≈ 3.

A potência sonora de fontes é utilizada como dado de entrada em programas de

simulação acústica. Programas de simulação de ruído de tráfego como CADNAA [69]

ou SoundPLAN [70] por exemplo, utilizam diferentes métodos de cálculo para estimar

o ruído causado por fontes de tráfego rodoviário. Os dados de entrada para o cálculo da

emissão de ruído (nível de ruído, número de veículos, velocidade dos veículos, etc.)

diferem em cada método e podem ser obtidos dos valores pré-determinados do método

adotado ou podem ser inseridos manualmente pelo usuário. Os valores de ruído pré-

determinados ou inseridos, dependendo do método, podem ser o nível de pressão ou o

nível de potência sonora. A Tabela 4.1 mostra os níveis de ruído utilizados para cada

método de cálculo.

Tabela 4.1 – Métodos de cálculo e níveis de ruído aplicado para o cálculo do ruído de

tráfego [12, 26, 71, 72, 73].

Método País Nível de ruído

ISO 9613-2 Internacional LWA'

RLS-90 Alemanha Lm,e

STL86+ Suíça Lr,e

RVS 04.02 Áustria L1A,eq

CRTN Reino Unido L10,18h

Nordic Pred. Meth. Escandinávia Laeq*,10m

NMPB França LWA'

SonRoad Suíça LWA'

Harmonoise Europa LWA'

NORD 2000 Escandinávia LWA'

TNM Estados Unidos Ltraf LWA': Nível de potência sonora, em dBA;

Lm,e: nível equivalente médio de emissão; Lr,e: Nível de pressão sonora contínuo equivalente, em dBA;

L10,18h: Nível estatístico de ruído para 18 horas;

L1A,eq: Nível de pressão sonora equivalente a 1 m de distância, em dBA; Laeq*,10m: Nível de pressão sonora equivalente a 10 m de distância, em dBA;

Ltraf: Nível de ruído de tráfego, podendo ser: LAeq1h, Ldn ou Lden, em dBA.

4.1.4. ISO 3744:2010

A ISO 3744:2010 – “Acústica – Determinação do nível de potência sonora e do nível

de energia de fontes de ruído utilizando a pressão sonora – Método de engenharia para

campo livre sobre um plano refletor” [74] especifica um método para a determinação do

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44

nível de potência sonora ou do nível de energia da fonte de ruído através da medição do

nível de pressão sonora sobre uma superfície que envolve a fonte de ruído (máquina ou

equipamento), num ambiente que se aproxima do campo livre próximo. O método

descrito nesta norma admite o cálculo da potência sonora de diversas fontes de ruído.

Para realizar as medições é estabelecida uma caixa de referência, que depende do

formato da fonte, envolvida por uma superfície de medição (nas formas semiesféricas,

paralelepípedos, cilíndricas ou formatos combinados), situado em um, dois ou três

planos refletores. No caso da medição dos ônibus foi considerada uma caixa de

referência em forma de paralelepípedo sobre um plano refletor, conforme Figura 4.4.

Os microfones são posicionados na superfície de medição, que deve ser subdividida

em áreas retangulares ou triangulares, a uma distância de medição d, entre a caixa de

referência e o microfone, de pelo menos 0,25 m, e preferencialmente maior que 1 m. As

Figuras 4.4 e 4.5 representam algumas das opções para as posições de microfones na

medição, das quais as Figuras 4.5b, c e d apresentam posições de microfones adicionais

para maior precisão.

Figura 4.4 - Exemplo de uma superfície de medição em paralelepípedo com as posições

de microfone [74].

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45

Figura 4.5 – Exemplos de posições de microfones para uma superfície de medição em

paralelepípedo. (a) constituída de áreas parciais retangulares. (b) constituída de áreas

parciais retangulares com posições de microfones adicionais. (c) e (d) constituídos de

áreas parciais triangulares com posições de microfones adicionais [74].

O cálculo do nível de potência sonora é feito através da média logarítmica dos níveis

de pressão sonora medidos em todos os pontos da área de superfície, de acordo com a

equação:

𝐿𝑊 = 𝐿𝑝 + 10 log

𝑆

𝑆0 (4.7)

onde 𝑆 é a área de superfície de medição e 𝑆0 é a área de referência , 𝑆0 = 1 m.

Para um paralelepípedo sobre um plano refletor, a superfície 𝑆 é:

𝑆 = 4(𝑎𝑏 + 𝑏𝑐 + 𝑐𝑎) (4.8)

na qual 𝑎, 𝑏 e 𝑐 (Figura 4.4) são as dimensões de comprimento, largura e altura,

respectivamente, da superfície de medição, dadas por:

𝑎 = 0,5𝑙1 + 𝑑 (4.9)

𝑏 = 0,5𝑙2 + 𝑑 (4.10)

𝑐 = 𝑙3 + 𝑑 (4.11)

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46

onde 𝑙1, 𝑙2 e 𝑙3 são as dimensões de comprimento, largura e altura, respectivamente, da

caixa de referência.

O valor final da média logarítmica dos níveis de pressão sonora medidos 𝐿𝑝

considera as correções feitas quanto ao ruído de fundo K1 e as condições do ambiente de

medição K2, obtido por:

𝐿𝑝 = 𝐿′𝑝(𝑆𝑇)

− 𝐾1 − 𝐾2 (4.12)

sendo 𝐿′𝑝(𝑆𝑇) , a média logarítmica dos níveis de pressão sonora medidos, nas diversas

posições dos microfones e que:

se os microfones forem uniformemente distribuídos nas áreas parciais de

medição (Figura 4.5a), é dado por

𝐿′𝑝(𝑆𝑇) = 10 log [

1

𝑁𝑀∑ 10

𝐿′𝑝𝑖(𝑆𝑇)

10𝑁𝑀𝑖=1 ] (4.13)

e se as posições dos microfones forem constituidos de áreas parciais desiguais

(Figura 4.5b, c e d), por

𝐿′𝑝(𝑆𝑇) = 10 log [

1

𝑆∑ 𝑆𝑖10

𝐿′𝑝𝑖(𝑆𝑇)

10𝑁𝑀𝑖=1 ] (4.14)

com 𝐿′𝑝𝑖(𝑆𝑇) sendo o nível de pressão sonora contínua equivalente ponderado em A ou

em bandas de frequência medido em cada posição de microfone; 𝑁𝑀 é o número de

posições dos microfones; 𝑆 é a área total da superfície de medição em metros e 𝑆𝑖 é a

área parcial da superfície de medição associada ao microfone, em metros.

Posições adicionais dos microfones podem ser avaliadas:

a) quando a diferença entre o nível de pressão sonora mais alto e o mais baixo

excede o número de pontos de medição;

b) quando a fonte sonora for muito grande e o ruído emitido provém somente de

uma pequena parte da fonte;

c) quando o índice de direcionalidade aparente, 𝐷𝐼𝑖∗ , possui diferenças maiores que

5 dB em qualquer direção de acordo com a equação:

𝐷𝐼𝑖∗ = 𝐿′𝑝𝑖(𝑆𝑇) − [𝐿′𝑝(𝑆𝑇)

− 𝐾1] (4.15)

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47

onde 𝐿′𝑝𝑖(𝑆𝑇) é o nível de pressão sonora contínua equivalente ponderado em A ou em

bandas de frequência medido na i-ésima posição de microfone com a correção do ruído

de fundo.

A correção para o ruído de fundo 𝐾1 pode ser calculada pela expressão:

𝐾1 = −10 log (1 − 10− 𝐿′𝑝(𝑆𝑇) −𝐿𝑝(𝐵)

10 ) dB (4.16)

sendo 𝐿𝑝(𝐵) a média logarítmica do ruído de fundo medido em todos os pontos. A

medição para o ruído de fundo é realizada nos mesmos pontos definidos anteriormente e

o cálculo é feito de acordo com as equações (4.13) e (4.14), porém com a fonte sonora

desligada.

As correções devidas às condições do ambiente de medição 𝐾2 dependem do local em

que são feitas as medições. Para o caso de medições em espaços abertos, livres de

reflexões, sobre uma superfície plana e rígida como concreto ou asfalto, 𝐾2 é menor que

0,5 dB e pode ser negligenciado.

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5. MEDIÇÕES REALIZADAS

Foram realizadas medições em nove ônibus, de cinco modelos diferentes, dos quais

três ônibus eram de mesmo modelo, dois ônibus de mesmo modelo e mesmo ano e dois

ônibus não possuíam identificação. Na Tabela 5.1 estão descritas as características dos

ônibus utilizados. Os veículos foram analisados individualmente ao invés de serem

agrupados por modelos. Nota-se que classificar os modelos de ônibus se torna difícil,

pois os fabricantes do chassi e da carroceria são diferentes, ou seja, o mesmo modelo ou

tipo de carroceria pode ser utilizado com diversos modelos de chassi [75].

As medições foram feitas com base nas normas NBR 9714: 2000 e

NBR 15145: 2004 e comparadas com os valores estabelecidos nas resoluções

CONAMA. Também foram feitas medições da potência sonora dos ônibus com base na

ISO 3744: 2010.

Tabela 5.1 – Descrição dos ônibus, método utilizado e locais de medição.

Ônibus Marca Ano

Velocidade

máx. de

rotação do

motor (rpm)

Método

utilizado

Local de

medição

1 VW/ MPolo Torino GVU 2008 2250 9714 Bio-Rio

2 M.Benz/M.Polo Torino U 2011 2200 9714, 15145

e 3744

Cenpes e

Bio-Rio

3 Mascarello - Gran Via 2013 2600 3744 Bio-Rio

4 - - 2700 3744 Bio-Rio

5 Volvo/Mascarello - Gran Via 2013 2600 9714 Bio-Rio

6 M.Benz/M.Polo Torino U 2008 2700 9714 Bio-Rio

7 - - 2400 9714 Bio-Rio

8 M.Benz/M.polo Torino 2010 2500 9714 Bio-Rio

9 M.Benz/M.Polo Torino U 2011 2200 3744 Cenpes

5.1. Equipamentos

Os equipamentos utilizados foram:

Medidor Integrador de Nível Sonoro, fabricante 01dB

Classe 1: Black Solo, número de série 35070

Certificado de calibração №: RBC1-8169-451

Data de calibração: 14/05/2012

Classe 2: Solo, número de série 40341

Certificado de calibração № 1736/13

Data de calibração: 01/07/2013

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Classe 2: Solo, número de série 40469

Certificado de calibração № 08556/11

Data de calibração: 18/10/2011

Calibrador de nível sonoro, 01dB – Cal02, Classe 2

Número de série 84474

Certificado de calibração №: RBC2-8302-468

Data de calibração: 24/09/2012

Termohigrômetro, Minipa – MT-242

Fita métrica

Medidor de ângulo

Tripé

Suporte para microfone

Notebook HP ProBook 4530s

Software dBTRAIT 5.3, fabricante 01dB

Software dBFA Suite 4.9, fabricante 01dB

As medições foram realizadas diretamente com os medidores de nível sonoro ou com

o medidor acoplado no computador para a gravação do sinal. O tratamento dos dados

no pós-processamento foram realizados:

com o software dBTRAIT, versão 5.3.1 para transferência de dados do medidor

de nível sonoro,

com o software dBFA Suite, versão 4.9 para o pós-processamento dos dados de

medição (aquisição e análise de dados em tempo real com o medidor de nível

sonoro).

Os medidores utilizados foram configurados no modo “máximo/rápido”. Essa

escolha foi adotada, pois todos os medidores utilizados registram os valores medidos a

cada 1 s e, de acordo com as normas, são necessários os valores máximos dos níveis de

pressão no modo “rápido” (a cada 125 ms). Dessa forma, os valores registrados são os

máximos no modo “rápido” em cada intervalo de 1 s. Nas medições feitas com o

medidor conectado ao computador, o software dBFA Suite permite que o registro dos

valores medidos seja feito em intervalo de tempo menores que 1 s, assim os valores

foram registrados em intervalos de 125 ms. Nas medições realizadas segundo a norma

ISO 3744, os arquivos foram obtidos no modo “Leq” (nível de pressão sonora contínua

equivalente). Em todas as medições, o ruído de fundo foi medido no modo “Leq”, em

intervalos de aproximadamente 60 s, sem a presença do ruído da fonte sonora.

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5.2. Local das medições

As medições, descritas na Tabela 5.1, foram realizadas nas dependências da

Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, em dois locais (Figuras 5.1 e 5.2): nas

vias próximas ao Pólo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (BIO-RIO) e na área de

estacionamento do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez

de Mello (Cenpes II) com dimensões de aproximadamente 40 x 200 metros.

Figura 5.1 – Local de medição próximo ao BIO-RIO, na Cidade Universitária da UFRJ.

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Figura 5.2 – Local de medição – área de estacionamento do Cenpes, na

Cidade Universitária da UFRJ.

5.3. Medições nas proximidades do motor e escapamento

Das 46 medições realizadas nas proximidades do escapamento e motor, com base na

NBR 9414: 2000, 21 delas foram feitas na saída do escapamento e 25 nas proximidades

do motor; os valores das medições são mostrados nas Tabelas H.1 e H.5, no

Apêndice H. Para medições relativas a um mesmo ônibus, executadas em condições

semelhantes (equipamento, operador, etc), o valor de 𝐿pmáx considerado foi o

correspondente à media aritmética dos níveis máximos obtidos em cada uma das

medições. Os valores médios dos níveis máximos, nas proximidades do escapamento e

nas proximidades do motor, em condições de operação especificada pela norma, e o

ruído de fundo (RF) são apresentadas nas Tabelas 5.2 e 5.3.

Com o propósito de verificar o estado dos veículos em uso, discutido nos itens 3.1.5,

3.3 e 3.4, foram comparados os resultados mostrados na Tabela 5.2 com os valores

limites fornecidos pela Marcopolo, para o ruído na condição parado (Tabela G.3).

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Tabela 5.2 – Níveis de pressão sonora obtido nas proximidades do escapamento

medidos segundo NBR 9714.

Identificação

da medição Data Ônibus 𝐿pmáx (dBA) RF (dBA)

E1 07/02/2013 1 83,8 69,9

E2 18/05/2013 2 72,8 52,7

E3 18/11/2013 6 81,5 67,3

E4 19/11/2013 7 82,9 58,4

E5 28/11/2013 8 77,6 63,4

E6 09/12/2013 8 77,2 67,2

Tabela 5.3 – Níveis de pressão sonora obtido nas proximidades do motor medidos

segundo NBR 9714.

Identificação

da medição Data Ônibus 𝐿𝑝𝑚á𝑥 (dBA) RF - dB(A)

M1 13/11/2013 5 92,0 60,6

M2 18/11/2013 6 94,3 67,3

M3 19/11/2013 7 97,0 58,4

M4 28/11/2013 8 87,6 57,8

M5 09/12/2013 8 88,5 62,3

Os valores correspondentes para esta comparação são mostrados na

Tabela 5.4. Devido à falta de informações, discut ida anteriormente, quanto

ao ano de fabricação e dado as dificuldades em designar quais modelos,

dentre os que constam na Tabela G.3, seriam comparados com os ônibus

medidos (Tabelas 5.1 e 5.2), os valores limites adotados na Tabela 5.4

foram aqueles que mais se aproximaram ao ano de implementação de cada

fase (exceto pelo ônibus 8, para o qual adotou-se o menor valor de mesmo

chassi e modelo ; e pelo ônibus 7 que, por não haver ident ificação do

modelo, não foi comparado com os valores estabelecidos da Tabela 3.4).

Tabela 5.4 – Valores dos limites de ruído na condição parado, disponibilizados pelos

encarroçadores e os valores medidos.

Marca/Modelo/Versão Limite de ruído

(dBA)

Fases

PROCONVE Ônibus

𝑳𝐩𝐦á𝐱

(dBA)

VW/MPOLO TORINO

GVU 90,8 P-4 1 83,8

M.BENZ/MPOLO

TORINO U 82,0 P-7 2 72,8

M.BENZ/MPOLO

TORINO U 84,2 P-5 6 81,5

M.BENZ/MPOLO

TORINO U/ESC 82,0 P-7 8 77,2 e 77,6

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Verifica-se que todos os modelos presentados na Tabela 5.4, bem como o ônibus 7,

atendem os critérios de avaliação do Programa I/M.

5.4. Medições do ruído de veículos em aceleração

Os níveis de pressão sonora foram medidos nas condições especificadas pela norma

NBR 15145: 2004, com o microfone a 7,5 m de distância da linha de trajetória do

ônibus e a 1,2 m de altura em relação ao solo. Foram realizadas 10 medições no mesmo

ônibus em dois dias e os resultados encontram-se na Tabela I.1 do Apêndice I.

Dos valores medidos de cada lado foi feita a média aritmética e considerado como

resultado final o maior valor, como mostra a Tabela 5.5.

Tabela 5.5 – Níveis de pressão sonora do ônibus 2, segundo NBR 15145.

Data 𝐿𝑝𝑚á𝑥 (dBA) RF - dB(A) Obs: Resultado

04/05/2013 80,4 54,9 lado do motorista

80,8 80,8 53,5 lado oposto

11/05/2013 79,2 55,2 lado do motorista

82,3 82,3 58,6 lado oposto

Comparando os resultados da Tabela 5.5 com os valores limites estabelecidos na

resolução CONAMA 272/2000 (mostrado na Tabela 3.3), podemos verificar que em

ambas as medições, os níveis de pressão sonora medidos estão acima do valor

permitido, de 80 dBA (para o caso de veículo de passageiro com PBT maior que 3.500

kg e com potência máxima superior a 150 kW). Assim, o modelo 2 não atende esta

especificação.

5.5. Medições da potência sonora

Foram realizadas 8 medições da potência sonora, com base na norma

ISO 3744: 2010, em 4 ônibus diferentes, na condição parado e velocidade constante de

rotação do motor. Para todas as medições, descritas nas Tabelas 5.1 e 5.6, as dimensões

da caixa de referência adotadas foram de 12 m de comprimento, 2,5 m de largura e 3 m

de altura. As medições foram realizadas de duas formas:

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em pontos fixos durante intervalos de aproximadamente 30 segundos (medições

P1, P2 e P6)

percorrendo o entorno do ônibus continuamente, em alturas definidas, durante

aproximadamente 1 minuto para cada altura; o registro dos dados foi realizado a

cada 100 ms para as medições P3 e P4 e a cada 125 ms para as medições P5a,

P5b e P5c.

Tabela 5.6 – Parâmetros utilizados nas medições da potência sonora segundo ISO 3744.

Identificação

da medição Data Ônibus

Velocidade de

rotação do

motor (rpm)

d (m) Medidores

utilizados

P1 15/04/2013 4 2025 1,0 #5070

P2 18/05/2013 2 1650 1,0 #5070 / # 469

P3 20/05/2013 3 1950 1,0 #469

P4 25/05/2013 2 1650 1,5 #469

P5a

07/12/2013 9

1100 1,0

#341 P5b 1650 1,0

P5c 2200 1,0

P6 10/12/2013 2 1650 1,0 #341

As Figuras 5.3 e 5.4 mostram o local de medição, a representação das superfícies, os

valores dos níveis de pressão sonora medidos e a localização dos pontos de medição

para as medições P1 e P2. A Figura 5.5 mostra somente a localização dos pontos da

medição P6, enquanto os valores medidos são apresentados na Tabela 5.7. Nas

Figuras 5.6 e 5.7 são representadas as linhas em que foram feitas as medições e os

valores dos níveis equivalente obtidos em cada linha. Na Figura 5.8 são representadas as

linhas onde foram feitas as medições, e os valores dos níveis equivalente obtidos em

cada linha e são apresentados na Tabela 5.8, para as medições P5a, P5b e P5c.

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Figura 5.3 – Resultados parciais da medição P1 e representação da superfície com seus

respectivos pontos de medição.

Figura 5.4 – Resultados parciais da medição P2 e representação da superfície com seus

respectivos pontos de medição (os pontos 5 a 8 seguem na mesma altura dos pontos 1 a

4, continuam sequencialmente na lateral, em sentido anti-horário e os pontos 14 a 16

seguem na mesma altura dos pontos 9 a 13, continuam sequencialmente na parte

superior, em sentido anti-horário).

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Figura 5.5 – Representação da superfície utilizada na medição P6 e representação dos

pontos de medição (os pontos 8 a 15 continuam sequencialmente na lateral inferior, em

sentido horário e os pontos de 24 a 31 continuam sequencialmente na lateral superior,

em sentido horário)

Tabela 5.7 – Valores dos níveis de pressão sonora obtidos na medição P6.

Posições dos

microfones (i) 𝑳′𝒑𝒊 (dBA)

Posições dos

microfones (i) 𝑳′𝒑𝒊 (dBA)

1 85,0 17 76,6

2 84,6 18 77,0

3 78,5 19 74,8

4 75,6 20 71,8

5 73,3 21 69,3

6 70,5 22 67,6

7 70,0 23 65,8

8 70,7 24 65,4

9 71,1 25 67,4

10 72,8 26 68,7

11 75,6 27 71,1

12 78,4 28 74,2

13 83,1 29 75,7

14 83,1 30 77,1

15 85,5 31 78,4

16 86,2 32 79,2

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57

Figura 5.6 – Resultados parciais da medição P3 e representação da superfície com as

linhas no entorno do ônibus utilizadas na medição.

Figura 5.7 – Resultados parciais da medição P4 e representação da superfície com as

linhas no entorno do ônibus utilizadas na medição.

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Figura 5.8 – Representação da superfície com as linhas no entorno do ônibus utilizadas

na medição P5.

Tabela 5.8 – Nível equivalente obtido em alturas definidas para diferentes velocidades

de rotação do motor nas medições P5a, P5b e P5c.

Altura da linha de medição (m) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 s 3,5

Medição P5a – 1100 rpm 𝑳′𝒑(dBA) 76,5 73,9 73,3 70,8 68,6 68,9 66,5 65,4

Medição P5b – 1650 rpm 𝑳′𝒑(dBA) 78,8 78,1 75,6 73,3 71,8 71,1 69,5 66,3

Medição P5c – 2200 rpm 𝑳′𝒑(dBA) 82,6 81,5 80,0 78,1 76,0 - 74,5 71,5

Com o intuito de verificar a possibilidade de simplificar as medições,

foram ut ilizados dois procedimentos para o cálculo do nível de potência

sonora, dada pela equação (4.7):

considerando a área total da superfície de medição, conforme a equação (4.8);

considerando as áreas laterais, com 𝑆 = 4(𝑎𝑐 + 𝑏𝑐). Sendo, nesse caso,

desconsiderado os valores da superfície superior (os pontos 9 a 16 na medição

P2, o valor de 𝐿′𝑝𝑠4,5𝑚 na medição P4 e o valor de 𝐿′

𝑝𝑠3,5𝑚 nas medições P5a,

P5b e P5c — ver Figuras 5.4, 5.7 e 5.8);

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Os dois procedimentos utilizados foram utilizados nas medições que foram

realizadas em todo o entorno dos ônibus, ou seja, nas medições P4, P5a, P5b e P5c. Os

valores obtidos, considerando tanto a área total da superfície de medição como

considerando apenas os valores obtidos nas áreas laterais (identificação com asterisco),

são apresentados na Tabela 5.9.

Tabela 5.9 – Níveis de potência sonora dos ônibus na condição parado.

Identificação

da Medição 𝑳𝑾 (dBA) 𝑳𝒑

(dBA) 𝑺 (m2) 𝑳𝒑(𝑩)

(dBA)

P4 100,2 75,9 267 54,9

P4* 99,0 76,3 185 54,9

P5a 95,2 72,0 211 48,5

P5a* 94,1 72,4 148 48,5

P5b 98,0 74,8 211 48,5

P5b* 97,0 75,3 148 48,5

P5c 102,3 79,1 211 48,5

P5c* 101,4 79,7 148 48,5

Observa-se que a diferença entre os valores de potência sonora calculados é pequena

(entre 0,9 a 1,2 dBA). Constata-se que os valores de 𝑳𝒑 (76, 72, 75 e 79 dBA para P4,

P5a, P5b e P5, respectivamente) são próximos ao valores do nível de pressão localizado

à altura média do ônibus (77, 71, 73 e 78 dBA para P4, P5a, P5b e P5 a 2 m,

respectivamente). O emprego do procedimento simplificado se justifica porque os níveis

de pressão sonora obtidos na parte superior da superfície de referência são sempre

inferiores (ver Figuras 5.7 e 5.8) aos medidos na altura do motor (1 m) e do

escapamento (0,5 m). Exceto pela medição P1, que possui valores de medição em

apenas um dos lados do ônibus, a Tabela 5.10 mostra os níveis de potência sonora,

calculados de modo simplificado, considerando somente valores de uma linha contínua,

ou os valores medidos em pontos fixos de mesma altura.

Assim, o cálculo do nível de potência para essas medições poderiam ser realizadas

utilizando-se apenas o valor de 𝐿′𝑝2𝑚 ou em combinações de 𝐿′𝑝1𝑚 e 𝐿′𝑝3𝑚. Isso indica

que realizar a medição em apenas uma linha contínua, ou mesmo em pontos fixos

discretos, próximo à altura média do ônibus leva a resultados satisfatórios.

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60

Tabela 5.10 – Valores dos níveis de potência sonora dos ônibus obtidos pelo modo

simplificado.

Identificação

da Medição 𝑳𝑾 (dBA) 𝑳′𝒑𝒊

(dBA) Posição (𝒊) 𝑺 (m2) 𝑳𝒑(𝑩)

(dBA)

P2 97,9 76,2 Pontos 1 à 8 148 51,0

P3 97,4 75,7 2 m 148 59,7

P4 99,1 76,5 2 m 185 54,9

P5a 92,5 70,8 2 m 148 48,5

P5b 95,0 73,3 2 m 148 48,5

P5c 99,8 78,1 2 m 148 48,5

P6 103,8 81,2 Pontos 1 à 16 148 56,4

Foram também calculados, para as medições P2 e P6, os valores do índice de

direcionalidade aparente para cada ponto, 𝐷𝐼𝑖∗ , conforme equação (4.15). Os valores

obtidos para os pontos em que o índice de direcionalidade aparente excede 5 dBA,

mostrados nas Tabelas 5.11 e 5.12 e apresentados em vermelho, são aqueles localizados

próximos aos locais de maior ruído do ônibus (escapamento e motor dianteiro), como já

era esperado.

Tabela 5.11 – Índice de direcionalidade aparente da medição P2.

Posições dos

microfones (i) 𝑫𝒊

1 -5,0

2 -1,5

3 4,2

4 6,2

5 3,3

6 -1,2

7 -5,4

8 -10,3

9 -7,5

10 -4,4

11 -1,4

12 1,4

13 1,1

14 -2,0

15 -6,5

16 -9,6

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Tabela 5.12 – Índice de direcionalidade aparente da medição P6.

Posições dos

microfones (i) 𝑫𝒊

Posições dos

microfones (i) 𝑫𝒊

1 5,9 17 3,3

2 5,6 18 -2,4

3 2,4 19 -3,3

4 -2,4 20 -5,7

5 -5,0 21 -8,7

6 -7,0 22 -11,0

7 -9,1 23 -12,8

8 -8,9 24 -14,1

9 -8,3 25 -13,1

10 -6,7 26 -11,3

11 -4,3 27 -8,9

12 -1,6 28 -7,3

13 3,1 29 -4,0

14 4,0 30 -2,6

15 5,7 31 -1,1

16 6,9 32 -0,2

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6. DISCUSSÃO

Dos limites máximos de ruído emit ido por veículos rodoviários

automotores estabelecidos pelo CONAMA, apresentados no item 3.1,

verifica-se que pouco foi feito para que houvesse uma diminuição desses

valores. Essa pequena diminuição fica mais evidente na análise feita no item

3.3. As reduções nos limites de ruído emit idos por veículos “em aceleração”

foi de 2 a 5 dBA (ver Tabela 3.11), e especificamente para os ônibus, essas

reduções foram de apenas 3 dBA em 22 anos (entre 1993 e 2015).

Comparando esses valores com os valores limites da legislação europeia,

verifica-se que atualmente temos os mesmos limites vigentes (80 dBA para o

limite de ruído dos ônibus na condição “em aceleração”) . A implementação

do Regulamento № 540/2014 da legislação europeia, a part ir de 2016, prevê

reduções entre 1 e 8 dBA, porém a redução do ruído dos ônibus será somente

de 3 dBA (de 80 dBA para 77 dBA).

Da análise sobre as Diret ivas da EU (apresentada no item 3.2), verifica-se

que essas diret ivas foram alteradas substancialmente por diversas vezes e

que essas alterações foram evoluindo durante os anos, inclu indo condições e

procedimentos oriundos das novas tecnologias do veículo. Isto indica a

propensão para que se obtenha uma redução de ruído efet iva. A mudança de

“diret iva” para “regulamento” , em 2014, é de extrema importância, pois

altera o caráter de exigência a ser cumprida. Enquanto a "diret iva" é um ato

legislat ivo que fixa um objet ivo geral que todos os países da UE devem

alcançar; o “regulamento” é um a to legislativo obrigatório para todos os

países da UE, não podendo ser aplicado de modo incompleto, selet ivo ou

parcial [76, 77]. Assim o Regulamento 540/2014 além de exigir reduções nos

valores limites das fontes de ruído de veículos a motor, insere os critérios

de ruído nos requisitos técnicos para a homologação de modo que harmoniza

os requisitos técnicos exigidos.

Quanto aos valores limites de ruído emit idos por veículos automotores na

condição “parado”, estabelecidos nas resoluções CONAMA , como visto nos

itens 3.1.1, 3.1.3 e 3.1.5, temos que o valor limite é o valor declarado pelo

fabricante (valor do nível de pressão sonora obt idos através de medição de

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um veículo novo), com acréscimo de 3 dBA para o valor de referência no

processo de verificação do veículo em uso;

Na inexistência do valor declarado pelo fabricante, deve-se considerar o

limite de ruído emit ido por veículos automotores na condição parado dado

nas Tabelas 3.2 e 3.4

Dos valores apresentados nas Tabelas 3.2 e 3.4, verifica-se que para os

valores máximos de ruído emit idos por veículos automotores na condição

parado não houve nenhuma alteração com propostas de redução num período

de 15 anos.

Através dos valores declarados pelos fabricantes, descrit os no item 3.4,

verificam-se que as reduções dos níveis de pressão sonora foram pouco significativas

para veículos com motor dianteiro (entre 1 e 3 dBA num período próximo a 10 anos) e

inexistentes para veículos com motores traseiros ou entre-eixos (para os quais foram

verificados aumentos nos níveis de ruído).

Os valores declarados pelos fabricantes foram comparados com os valores

limites da Tabela 3.4 e, apesar de que apenas um modelo tenha ultrapassado os valores

da Tabela (92 dBA para veículos com motor dianteiro e 98 dBA para veículos com motor

traseiro ou entre-eixos), diversos modelos estão no limite ou próximos aos valores

limites estabelecidos pela Resolução CONAMA. Isso mostra que os limites

estabelecidos não tem feito com que os fabricantes reduzam o nível de ruído, apenas se

limitando a não aumentá-lo, caso sejam alteradas as funcionalidades ou desempenho do

veículo.

Da análise dos histogramas dos valores declarados pelos fabricantes,

verifica-se que há uma grande variação entre os níveis de ruído para os modelos de

ônibus em um mesmo ano (diferenças acima de 10 dBA nos ônibus com motor dianteiro

para todos fabricantes analisados). Apesar de não ter sido possível verificar as

diferenças nos ruídos dos ônibus para cada tipo de carroçaria (Urbano,

Intermunicipal, Rodoviário, Micro, Midi e Mini [ 78]), devido à falta de

informações e dificuldade em ident ificá-las, tem-se que a diferença é

bastante significat iva.

Desta forma percebe-se que pouco se fez para que houvesse redução

efet iva nos níveis de ruído nos ônibus. Essa conclusão torna-se mais

evidente com os exemplos apresentados na Figura 3.9, pela grande variação

dos níveis de pressão sonora dos ônibus de mesmo modelo e mesmo chassi.

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Do mesmo modo que foi percebida uma grande variação nos níveis de pressão

sonora divulgado pelos fabricantes, temos que os valores obtidos nos ônibus medidos,

apresentados na Tabela 5.2, também tiveram variações consideráveis (diferença de

11 dBA). Ao avaliar os níveis de ruído dos veículos em uso (conforme

Resolução CONAMA 418/2009), comparando os valores medidos com os

valores cert ificado pelos fabricantes (apresentados na Tabela 5.4),

verificou-se que todos os veículos estão abaixo dos valores limites

divulgados pelos fabricantes e atendem os critérios de avaliação do

Programa I/M.

Apesar desses valores estarem abaixo do valor limite, essa comparação

pode ser quest ionada, pois não pôde ser verificado se ambas as medições de

ruído (do veículo em uso e do fabricante) foram realizadas na mesma

velocidade de rotação do motor. Pelas medições realizadas, cujos valores

são mostrados no Apêndice H, verificou-se que, para o mesmo veículo , há

uma diferença de aproximadamente 6 dBA entre os ruídos medidos com

velocidades do motor em 75% e 100% da velocidade máxima ( velocidades

de rotação do motor a 3/4N e N). A informação da velocidade de rotação do

motor é de extrema importância, pois o ruído próximo ao escapamento é

muito dependente da velocidade do motor [79] e, sendo assim, é importante

que a medição do ruído seja feita na mesma velocidade de rotação declarada

pelo fabricante.

Na cidade de São Paulo – uma das poucas cidades que implementou as

medições de ruído no Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em

Uso I/M (conhecida como Inspeção Veicular e que atualmente está

desat ivada) – essa questão é contornada com legislação municipal, com

métodos de medição adaptados da NBR 9714 e com exigência sobre a

velocidade de rotação do motor, pela Portaria 009/SVMA.G/2013, que

especifica: “Para todos os veículos automotores, a rotação de ensaio é a

especificada pelo fabricante” [80]. Apesar disso não foram encontradas

informações sobre a velocidade de rotação utilizada para o caso dos ônibus.

Uma das causas prováveis para essa falta de informações se deve à

Instrução Normativa Nº 127/2006 [81], que exige somente dados como

“marca/modelo” e “nível de ruído” , conforme Tabela 6.1. Exigir que sejam

publicados os valores limites é necessário para o conhecimento e

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transparência à população, mas existem falhas a serem corrigidas. Na

cidade de São Paulo, a falta em estabelecer ou conciliar uma tabela geral

que contenha os valores limites gerou diversas reclamações e erros relatados

nas medições em veículos leves, devido às divergências nos valores limites

a partir dos quais os veículos eram reprovados [82, 83].

Tabela 6.1 – Modelo de tabela apresentado no anexo B da Instrução Normativa

Nº 127/2006, para os valores a serem publicados pelos fabricantes/importadores de

veículos [81].

MARCA/MODELO

LIMITE DE RUÍDO

NA CONDIÇÃO PARADO dB(A)

ÍNDIDE DE FUMAÇA EM ACELERAÇÃO

(m-1)

ALTITUDES ATÉ

350 m

ALTITUDES ACIMA

DE 350 m

Das medições feitas com o ônibus 1 é importante ressaltar a importância do

posicionamento dos microfones, principalmente se há mais de uma saída de

escapamento (como mostra a Figura H.1). Como citado no item 6.3.1.3 da NBR 9714, a

posição do microfone deve ser referida ao orifício de saída mais próximo do lado

externo do veículo. Porém pode haver dificuldades para estabelecer uma posição do

microfone caso a saída de escapamento não esteja entre as descritas na norma (a norma

estabelece somente que seja feito um croqui da posição escolhida para o microfone). Ao

contrário da NBR 9714, a ISO 5130 estabelece várias alternativas para as posições do

microfone podendo, em alguns casos, ser necessário medir em mais de uma posição.

Vale ressaltar a importância de definir o intervalo de duração dos registros de medição,

principalmente se o medidor de nível de pressão sonora registrar somente um único

valor máximo no período de medição. Pelos dados de medição apresentados nas Figuras

H.2 e H.3 e pelos valores de 𝐿𝑝𝑚á𝑥 das Tabelas H.3 e H.4 verifica-se que, apesar das

variações dos níveis de pressão medidos durante o período de aceleração em velocidade

constante do motor serem acima do recomendado pela norma (ultrapassam 2 dBA), a

variação entre os valores máximos registrados não ultrapassam os 2 dBA, tendo variação

extremamente baixa (0,4 dBA).

Em determinadas medições também houve a ocorrência de picos acima dos níveis

verificados para a velocidade constante de rotação do motor nas medições, como nos

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ônibus 6 e 8. Isso demonstra a importância de redefinir o procedimento descrito na

NBR 9714, como é feito com a ISO 5130, em que o intervalo de medição se inicia

durante a marcha lenta, havendo aumento gradual da aceleração até atingir a velocidade

constante e depois retornar à marcha lenta, e não incluindo, portanto, somente os trecho

de velocidade constante e de desaceleração.

Das medições de ruído de veículos em aceleração (ver Tabela 5.5), verificou-se que

os níveis de pressão sonora medidos estão acima do valor permitido (de 80 dBA).

Apesar dos valores medidos nas proximidades do escapamento do ônibus 2 atenderem

aos valores limites estabelecidos, eles não atenderam aos valores limites para veículos

em aceleração, ou seja, caso a vistoria também implementasse as medições segundo a

NBR 15145, o ônibus 2 seria rejeitado.

Também não foi encontrado, nos inventários publicados [58, 84, 85, 86, 87],

qualquer estudo relacionado às emissões de ruído rodoviário. Assim, estão disponíveis

somente estudos que avaliam a evolução da implementação do programa de controle

para a emissão de gases, não existindo nenhum estudo do impacto da avaliação do

ruído.

Além de existirem poucos estudos que avaliem o ruído dos ônibus no Brasil, pouco

se tem sobre os valores da potência sonora muitas vezes utilizada como dados de

entrada em programas de simulação acústica. Através das medições realizadas foi

possível estabelecer um procedimento de modo simplificado (considerando somente

valores em uma linha contínua, ou valores medidos em pontos fixos de mesma altura),

para a determinação do nível de potência sonora de ônibus, embora seja um estudo

introdutório.

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67

7. CONCLUSÃO

Apesar da importância do ruído de tráfego nas áreas urbanas, no Brasil, a

implementação de polít icas públicas para o controle desse ruído ainda é

precária e defasada. Atualmente enfrentamos os mesmos problemas que a

Europa possuía há 10 anos, como: dificuldades em elaborar estratégias que

estabelecessem medidas de redução do ruído de tráfego, estudos muito

pobres quando comparados com os concernentes a outros problemas

ambientais e dificuldade em compat ibilizar os diferentes métodos de

medição existentes na legislação, necessitando uma harmonização desses

métodos.

Para as medições realizadas nos ônibus (segundo as normas brasileiras), alguns

aspectos são importantes, como o posicionamento dos microfones, o intervalo de

duração dos registros de medição e a velocidade de rotação do motor, devendo ser mais

bem descritos nos procedimentos. A comparação com os limites máximos de ruído

existentes indicou que os níveis de pressão sonora medidos estão acima do valor

permitido, para o ruído de veículos em aceleração e estão dentro dos valores limites,

para o ruído de escapamento. Atualmente temos nos programas de fiscalização do ruído

de veículos, somente a verificação do ruído de escapamento de forma que, pela

exigência que existe no Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em

Uso (I/M), o veículo atenderia aos valores limites estabelecidos. Considera-se que é

necessário não só reavaliar as exigências de fiscalização do ruído como implementar

efetivamente a fiscalização quanto ao ruído, ao menos nos grandes centros urbanos.

Das medições realizadas para a determinação do nível de potência sonora temos que

foi possível chegar a valores satisfatórios realizando medições de modo simplificado,

considerando somente valores de uma linha contínua, ou os valores medidos em pontos

fixos de mesma altura. Os métodos de medição da potência sonora são, de modo geral,

muito trabalhosos e a presente investigação, apesar de incluir apenas medições com o

veículo na condição parado e velocidade constante de rotação do motor, abre caminhos

para outros estudos, com medições em outras condições do veículo.

Da análise realizada sobre as leis brasileiras que estabelecem co ntroles na

emissão dos níveis de ruído de veículos rodoviários, percebe -se que há

muito ainda para ser feito, pois além de verificarmos que prat icamente não

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houve diminuição dos níveis de ruído exigidos, tem-se que o número de

veículos aumenta cada vez mais a cada ano: enquanto houve somente uma redução de

3 dBA nos limites de ruído para os ônibus em 20 anos (de 1993 à 2015), o número de

veículos foi triplicado num período de 15 anos (de aproximadamente 3.107 veículos em

2000 para 9.107 em 2014).

Ao comparar a legislação sobre ruído de veículos da União Europeia com as do

Brasil, constata-se que na UE há mais de 40 anos de estudos referentes ao controle de

emissão de ruído em veículos automotores e 28 alterações nas diretivas (datas da

publicação da diretiva 70/157/CEE, em 1970 e última versão da 2007/46/CE, em 2014),

ao passo que tem-se 20 anos de estudos brasileiros e 14 alterações das resoluções

CONAMA. Além disso, apesar dos valores limites de ruído veicular vigentes em ambos

os casos serem os mesmos, devemos considerar que os níveis e as características do

ruído de tráfego gerados na UE são completamente diferentes do ruído de tráfego

brasileiro. Ademais, a UE possui procedimentos e exigências para homologação que

englobam outros critérios para o ruído de veículos rodoviários, incluindo o ruído de

dispositivos silenciosos, ruído devido ao ar comprimido, ruído de pneus, entre outros

que o Brasil ainda não possui.

Assim, os principais problemas destacados e as ações necessárias para que haja

algum progresso para a redução do ruído de tráfego são:

Rever as resoluções que estabelecem os valores limite para o ruído de veículos,

uma vez que em 15 anos que não houve alteração desses valores.

Revisar as normas de medição, pois estas já se encontram defasadas. A

NBR 9714 conta com mais de 15 anos desde a sua última publicação e existem

procedimentos adaptados desta norma como a Instrução Normativa 127/2006,

que adapta a NBR 9714 às condições de trabalho existentes nos Centros de

Inspeção de Veículo, e ao fato de a cidade de São Paulo utilizar métodos de

medição próprios denotam a necessidade da norma ser revisada.

Criar mecanismos para que os Estados e Municípios implementem, de

fato, o Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV) e o Programa

de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso (I/M)

Realizar um estudo mais amplo sobre o ruído gerado pelos veículos

automotores. Desde a implementação dos limites de poluição do ar e de emissão

de ruído pelas resoluções CONAMA, foram realizados estudos que avaliam a

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evolução do controle da emissão de gases, porém não existe nenhum estudo do

impacto para a avaliação do ruído.

Exigir a especificação de maiores informações nas tabelas de valores de

referência do ruído emitido pelos ônibus, fornecidas pelos fabricantes, como a

velocidade de rotação do motor que é utilizada durante a realização das

medições divulgadas, e centralizar a publicação dos resultados, para a fácil

consulta dos valores limites.

Incluir nos procedimentos exigidos para a certificação a medição de outros

componentes que integram o ruído veicular, tais como o ruído de dispositivos

silenciosos, o devido ao ar comprimido e o ruído de rolamento.

Desta forma, temos que o Brasil, apesar de reconhecer a importância do ruído de

tráfego e seus malefícios à saúde, ainda está muito longe de conseguir

amenizar esses danos, necessitando de medidas mais severas e efet ivas para

que haja uma melhoria das condições de ruído nos centros urbanos, com

efeitos na saúde e bem estar social.

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8. REFERÊNCIAS

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[29] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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[30] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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Acesso em: 28 fev. 2014.

[31] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Resolução CONAMA nº 1, de 11 de fevereiro de 1993 – “Dispõe sobre os limites

máximos de ruídos, com o veículo em aceleração e na condição parado, para

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motonetas, triciclos, ciclomotores e bicicletas com motor auxiliar e veículos

assemelhados.” Disponível em:

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[32] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Resolução CONAMA nº 8, de 31 de agosto de 1993 – "Complementa a Resolução

nº 018/86, que institui, em caráter nacional, o Programa de Controle da Poluição

do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE, estabelecendo limites máximos de

emissão de poluentes para os motores destinados a veículos pesados novos,

nacionais e importados". Disponível em:

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Acesso em: 12 fev. 2014.

[33] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9714:

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[34] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8433:

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[35] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15145:

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[36] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Resolução CONAMA nº 272, de 14 de setembro de 2000 – “Dispõe sobre os limites

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[37] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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<http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_1995_017.p

df>. Acesso em: 17 set. 2013.

[38] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Resolução CONAMA nº 252, de 29 de janeiro de 1999 – “Dispõe sobre os limites

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Acesso em: 12 fev. 2014.

[39] BRASIL, Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

Resolução CONAMA nº 418, de 25 de novembro de 2009 – “Dispõe sobre critérios

para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular - PCPV e para a

implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso - I/M

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emissão e procedimentos para a avaliação do estado de manutenção de veículos em

uso”. Disponível em:

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[40] BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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5º, caput e §1º da Resolução CONAMA nº 418, de 2009, estabelecendo novos

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APÊNDICE

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APÊNDICE A - Critérios técnicos detalhados a serem enviados ao IBAMA, antes

da data de início de produção e/ou vigência dos respectivos limites máximos de

ruído.

Critérios contidos no Anexo A da Resolução CONAMA № 1/1993, que determina os

critérios para a determinação dos níveis de ruídos de veículos para que sejam

pertencentes a uma mesma família [31].

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APÊNDICE B – Critérios técnicos detalhados a serem enviados ao IBAMA,

respectivos aos limites máximos de ruído.

Critérios contidos no Anexo D da Resolução CONAMA № 1/1993, que disponibiliza

gabarito e determina o posicionamento do microfone para medição do ruído nas

proximidades do escapamento, de acordo com NBR-9714 [31].

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APÊNDICE C – Critérios técnicos detalhados a serem enviados ao IBAMA para o

caso de veículos produzidos a partir de chassi ou plataforma rodante para ônibus.

Critérios contidos no Anexo A1 da Resolução CONAMA № 17/95, que determina os

critérios para a determinação dos níveis de ruídos de ônibus para que sejam pertencentes

a uma mesma família [37].

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87

APÊNDICE D – Categoria dos veículos M1, M2, M3, N1, N2 e N3.

Classificação estabelecida segundo ANEXO II, PARTE A, da Diretiva 2007/46/CE

DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 5 de Setembro de 2007 [44]

Categoria M: Veículos a motor concebidos e construídos principalmente para o

transporte de pessoas e respectiva bagagem.

Categoria M1

Veículos da categoria M com oito lugares sentados no máximo, além

do lugar sentado do condutor.

Os veículos pertencentes à categoria M1 não devem possuir espaço

para passageiros de pé.

O número de lugares sentados pode limitar-se a um (ou seja, o lugar

sentado do condutor).

Categoria M2

Veículos da categoria M com mais de oito lugares sentados para além

do lugar sentado do condutor e com uma carga máxima não superior a

cinco toneladas.

Os veículos pertencentes à categoria M2 podem ter espaço para

passageiros de pé para além dos lugares sentados.

Categoria M3

Veículos da categoria M com mais de oito lugares sentados para além

do lugar sentado do condutor e com uma carga máxima superior a

cinco toneladas. Os veículos pertencentes à categoria M3 podem ter

espaço para passageiros de pé.

Categoria N: Veículos a motor concebidos e construídos principalmente para o

transporte de mercadorias.

Categoria N1 Veículos da categoria N com uma massa máxima não superior a

3,5 toneladas.

Categoria N2 Veículos da categoria N com uma massa máxima superior a

3,5 toneladas mas não superior a 12 toneladas.

Categoria N3 Veículos da categoria N com uma massa máxima superior a

12 toneladas.

Categoria O: Reboques concebidos e construídos para o transporte de mercadorias ou

de pessoas e para acomodar pessoas.

Categoria O1 Veículos da categoria O com uma massa máxima não superior a

0,75 toneladas.

Categoria O2 Veículos da categoria O com uma massa máxima superior a

0,75 toneladas, mas não superior a 3,5 toneladas.

Categoria O3 Veículos da categoria O com uma massa máxima superior a

3,5 toneladas, mas não superior a 10 toneladas.

Categoria O4 Veículos da categoria O com uma massa máxima superior a

10 toneladas.

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Apêndice E – Método de medição estabelecidos no ANEXO II do Regulamento

(UE) No 540/2014.

Para o processo de homologação UE [45], o ruído produzido pelo modelo de veículo

deve ser medido por dois métodos: com o veículo em marcha e com o veículo parado.

No caso de um veículo híbrido elétrico, como o motor de combustão interna não pode

funcionar quando o veículo está parado, o ruído emitido será medido somente em

marcha.

As medições devem ser feitas através de um medidor de nível sonoro de classe 1 na

condição de resposta “rápida” e na curva de ponderação “A”. Caso seja utilizado um

sistema de monitoração periódica do nível de pressão sonora, devem ser efetuadas

leituras a intervalos não superiores a 30 ms. Durante as medições, qualquer pico sonoro

que não esteja relacionado com as características do nível geral de ruído do veículo

devem ser ignorado nas leituras.

O pavimento da pista de ensaio e as dimensões do terreno de ensaio devem estar em

conformidade com a norma ISO 10844:2011 e não deve haver nenhum obstáculo que

influencie o campo acústico nas proximidades do microfone e da fonte sonora. As

emissões sonoras de rolamento dos pneus estão estabelecidas no Regulamento (CE)

no 661/2009 [52]. Os pneus utilizados para o ensaio devem ser representativos do

veículo e são, ou deverão ser, comercializados ao mesmo tempo que o veículo, dado que

a contribuição dos pneus para a emissão sonora total é significativa. Os pneus devem ser

insuflados à pressão recomendada pelo fabricante do veículo, para a massa de ensaio do

veículo, e deve ter pelo menos 1,6 mm de profundidade em relação ao piso.

O ruído de fundo (incluindo qualquer ruído devido ao vento) deve ser medido

durante 10 s imediatamente antes e depois das medições nos veículos, utilizando os

mesmos microfones e nas mesmas posições. Os valores devem ser inferior em pelo

menos 10 dBA do nível de pressão sonora produzido pelo veículo submetido ao ensaio.

Caso a diferença entre o ruído de fundo e o ruído produzido pelo veículo se situar entre

10 e 15 dBA, devem ser feitas as devidas correções de acordo com a Tabela E.1.

Tabela E.1 – Correções para o ruído de fundo, conforme descrita no item 3.1.2 do

Regulamento no 540/2014 [45]

Diferença entre o ruído

ambiente e o ruído medido dBA 10 11 12 13 14 15

Correção dBA 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0

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A massa do veículo mt, submetida ao ensaio, devem ser conforme especificada na

tabela abaixo:

Tabela E.2 – Características necessárias quanto à massa do veículo mt, conforme

descrita no item 3.2.1 do Regulamento no 540/2014 [45]

Categoria do

veículo Massa de ensaio do veículo (mt)

M1 mt = mro

N1 mt = mro

N2, N3

mt = 50 kg por kW de potência nominal do motor

Qualquer carga extra para alcançar a massa de ensaio do veículo

deve ser colocada sobre o(s) eixo(s) motor(es) traseiro(s). A carga

extra está limitada a 75 % da massa máxima em carga

tecnicamente admissível para o eixo traseiro. A massa de ensaio

deve ser alcançada com uma tolerância de ± 5 %.

Se o centro de gravidade da carga extra não puder ser alinhado

com o centro do eixo traseiro, a massa de ensaio do veículo não

deve ser superior à soma das cargas no eixo dianteiro e no eixo

traseiro em vazio mais a carga extra.

A massa de ensaio para veículos com mais de dois eixos é

idêntica à de um veículo com dois eixos.

M2, M3

mt = mro — massa do tripulante (se aplicável)

ou, se os ensaios forem efetuados num veículo incompleto que

não tenha carroçaria,

mt = 50 kg por kW de potência nominal do motor,

respetivamente, em conformidade com as condições supra (ver

categoria N2, N3).

mro: Massa do veículo em marcha, para veículos a motor, constituído da massa do

veículo, com os depósitos de combustível cheios (até pelo menos 90 % da capacidade),

incluindo a massa do condutor, do combustível e dos fluidos, equipado com o

equipamento de série, em conformidade com as especificações do fabricante e, quando

instalados, a massa da carroçaria, da cabina, do engate, das rodas sobresselentes e das

ferramentas.

Os microfones devem ser colocados a 7,5 m ± 0,05 m da linha de referência CC' da

pista e a 1,2 m ± 0,02 m acima do nível do solo, conforme Figura E.1, devem estar na

horizontal e orientado perpendicularmente ao trajeto CC' do veículo.

Para os veículos das categorias M2 > 3500 kg, M3, N2 e N3,

Durante todo o ensaio o veículo deve, tanto quanto possível, seguir a linha CC',

desde a aproximação à linha AA' até a traseira do veículo passar a linha BB'.

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Devem ser efetuadas, pelo menos, quatro medições de cada lado do veículo e para

cada relação de transmissão. Os lados, esquerdo e direito, podem ser medidos de forma

simultânea ou sequencia e podem ser realizadas medições preliminares para efeitos de

regulação, mas não devem ser tomadas em consideração.

Regista-se o nível de pressão sonora mais elevado durante cada passagem do veículo

entre as duas linhas AA' e BB', descartando caso haja um pico sonoro que destoe

claramente do nível geral do veículo. Para o cálculo do resultado final de um lado do

veículo, utilizam-se os resultados das quatro primeiras medições válidas consecutivas,

com uma margem de 2 dBA. A média dos resultados de cada lado é calculada

separadamente. O resultado intermédio é o valor mais elevado das duas médias

arredondadas matematicamente à primeira casa decimal.

Entre a linha AA' e a linha BB' deve garantir-se uma aceleração estável quando o

ponto de referência do veículo alcançar a linha AA'. Pressiona-se a fundo o acelerador

(sem acionar a redução automática para uma relação de transmissão inferior à

normalmente utilizada na condução em meio urbano) e mantém-se o acelerador a fundo

até a traseira do veículo passar pela linha BB', mas o ponto de referência deve situar-se,

pelo menos, 5 m atrás de BB' onde desacelera. A velocidade do veículo deve ser de

35 km/h ± 5 km/h. Quando o ponto de referência passar a linha BB', a velocidade do

motor deve situar-se entre 70 % e 74 % (para as categorias M2 > 3500 kg e N2) e entre

85 % e 89 % da velocidade S (para as categorias M3 e N3) da velocidade S, a que o

motor desenvolve a sua potência máxima nominal.

A seleção da relação de transmissão é na posicionada na transmissão automática ou

determinada pelas condições previstas, mas se a diferença de velocidade ultrapassar a

tolerância indicada deve ser ensaiada duas relações de transmissão, uma superior e outra

inferior à velocidade-alvo.

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Figura E.1 – Posições de medição para veículos em marcha

Medição do ruído emitido pelos veículos parado

O veículo deve estar localizado na parte central da área de ensaio, em ponto morto e

o motor embraiado. Antes de cada série de medições, o veículo deve ser colocado em

condições normais de funcionamento, tal como especificado pelo fabricante. Se o

veículo estiver equipado com um ou mais ventiladores de comando automático, não se

deve interferir no funcionamento deste sistema durante a medição. A tampa ou capota

do motor, se montados, devem estar fechados.

O microfone deve ser colocado a uma distância de 0,5 m ± 0,01 m e na altura do

ponto de referência do tubo de escape, num ângulo de 45° (± 5°) em relação ao eixo de

fluxo da extremidade do tubo como mostra nas Figuras E.1 e E.3. Se for possível

colocar o microfone em duas posições, deve escolher-se a mais afastada lateralmente do

eixo longitudinal do veículo. Se o eixo de fluxo do tubo de escape estiver a 90° do eixo

longitudinal do veículo, coloca-se o microfone no ponto mais afastado do motor.

Para os veículos cujo dispositivo de escape tenha duas ou mais saídas separadas por

mais de 0,3 m, são feitas medições para cada saída e registar-se o nível mais elevado. Se

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separadas por menos de 0,3 m de distância e ligadas ao mesmo silencioso, deve ser

efetuada apenas uma medição na posição do microfone à saída mais próxima de uma

extremidade do veículo ou, quando tal saída não existir, à saída mais alta em relação à

superfície do solo. Para os veículos com uma saída de escape vertical, a medição é feita

na altura do orifício de escape, seu eixo deve ser vertical e estar orientado para cima. A

distância do microfone também de 0,5 m ± 0,01 m do ponto de referência de tubo de

escape, mas nunca a menos de 0,2 m do lado do veículo mais próximo do dispositivo de

escape. Para orifícios de saída dos gases de escape situados sob a carroçaria de veículo,

o microfone deve ser colocado a uma distância mínima de 0,2 m da parte mais próxima

do veículo, no ponto mais próximo, mas nunca a menos de 0,5 m do ponto de referência

do tubo de escape, e a uma altura de 0,2 m acima da superfície do solo, e sem estar

alinhado com o fluxo de escape.

São efetuadas, no mínimo, três medições em cada ponto de medição das quais são

registrados seus valores máximos. A velocidade do motor deve ser gradualmente

aumentada da marcha lenta até à velocidade-alvo, mantendo-se então constante, sem

ultrapassar uma margem de tolerância de ± 3 % da velocidade-alvo do motor. A

velocidade-alvo do motor depende da rotação do motor denominada velocidade nominal

do motor, S (velocidade declarada do motor, em rpm, à qual o motor desenvolve a sua

potência útil máxima nominal, nos termos do Regulamento no 85 da UNECE ou, se a

potência útil máxima nominal for alcançada a diversas velocidades do motor, a

velocidade mais elevada do motor), podendo ser:

— 75 % de S, para veículos com S ≤ 5000 rpm;

— 3750 rpm, para veículos com velocidades entre 5000 rpm < S < 7500 rpm;

— 50 % de S, para veículos com S ≥ 7500 rpm.

— 5 % abaixo da velocidade máxima possível, se o veículo não puder alcançar

nenhuma das velocidades do motor acima indicada.

Os resultados finais são os valores dos níveis sonoro mais elevado indicado em cada

uma das três primeiras medições consecutivas válidas (cujas da velocidade-alvo não

variem em ± 3 % durante, pelo menos, 1 s), com uma margem de 2 dBA.

Para os veículos híbridos elétricos em que o motor de combustão interna não

funcionam quando o veículo está parado, são válidas as medições dos veículos a motor

em marcha como dados de referência para a conformidade em circulação.

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Figura E.2 – Ponto de referência

Figura E.3 – Distâncias e posições dos microfones

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Apêndice F – Classificação dos pneus segundo Artigo 8o do Regulamento (CE)

№ 661/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de julho de 2009.

Os pneus são classificados do seguinte modo [52]:

a) Pneus da classe C1 — concebidos principalmente para veículos das categorias M1,

N1, O1 e O2;

b) Pneus da classe C2 — concebidos principalmente para veículos das categorias M2,

M3, N, O3 e O4 com um índice de capacidade, em montagem simples, de ≤ 121 e

com símbolo de categoria ≥ «N»;

c) Pneus da classe C3 — concebidos principalmente para veículos das categorias M2,

M3, N, O3 e O4 com um dos índices de capacidade de carga seguintes:

i) índice de capacidade em montagem simples ≤ 121 e símbolo de categoria de

velocidade ≤ «M»;

ii) índice de capacidade de carga em montagem simples ≥ 122.

Os pneus podem ser classificados em mais de uma classe, desde que cumpra todos os

requisitos aplicáveis a cada uma das classes.

Os índices de capacidade de carga e das massas correspondentes estão estabelecidos

nos Regulamentos no 30 (Anexo IV) [88] e n

o 54 (Anexo IV) [89] da UNECE,

conforme valores da tabela abaixo:

Tabela F.1 – índices de capacidade de carga e massas correspondentes.

Li kg Li kg Li kg Li kg

0 45 51 195 101 825 151 3 450

1 46,2 52 200 102 850 152 3 550

2 47,5 53 206 103 875 153 3 650

3 48,7 54 212 104 900 154 3 750

4 50 55 218 105 925 155 3 875

5 51,5 56 224 106 950 156 4 000

6 53 57 230 107 975 157 4 125

7 54,5 58 236 108 1 000 158 4 250

8 56 59 243 109 1 030 159 4 375

9 58 60 250 110 1 060 160 4 500

10 60 61 257 111 1 090 161 4 625

11 61,5 62 265 112 1 120 162 4 750

12 63 63 272 113 1 150 163 4 875

13 65 64 280 114 1 180 164 5 000

14 67 65 290 115 1 215 165 5 150

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Li kg Li kg Li kg Li kg

15 69 66 300 116 1 250 166 5 300

16 71 67 307 117 1 285 167 5 450

17 73 68 315 118 1 320 168 5 600

18 75 69 325 119 1 360 169 5 800

19 77,5 70 335 120 1 400 170 6 000

20 80 71 345 121 1 450 171 6 150

21 82,5 72 355 122 1 500 172 6 300

22 85 73 365 123 1 550 173 6 500

23 87,5 74 375 124 1 600 174 6 700

24 90 75 387 125 1 650 175 6 900

25 92,5 76 400 126 1 700 176 7 100

26 95 77 412 127 1 750 177 7 300

27 97,5 78 425 128 1 800 178 7 500

28 100 79 437 129 1 850 179 7 750

29 103 80 450 130 1 900 180 8 000

30 106 81 462 131 1 950 181 8 250

31 109 82 475 132 2 000 182 8 500

32 112 83 487 133 2 060 183 8 750

33 115 84 500 134 2 120 184 9 000

34 118 85 515 135 2 180 185 9 250

35 121 86 530 136 2 240 186 9 500

36 125 87 545 137 2 300 187 9 750

37 128 88 560 138 2 360 188 10 000

38 132 89 580 139 2 430 189 10 300

39 136 90 600 140 2 500 190 10 600

40 140 91 615 141 2 575 191 10 900

41 145 92 630 142 2 650 192 11 200

42 150 93 650 143 2 725 193 11 500

43 155 94 670 144 2 800 194 11 800

44 160 95 690 145 2 900 195 12 150

45 165 96 710 146 3 000 196 12 500

46 170 97 730 147 3 075 197 12 850

47 175 98 750 148 3 150 198 13 200

48 180 99 775 149 3 250 199 13 600

49 185 100 800 141 2 575 200 14 000

50 190

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Apêndice G – Valores dos limites de ruído na condição parado disponibilizados

pelos fabricantes dos ônibus segundo Instrução Normativa IBAMA No 127 de 24

de outubro de 2006

Os valores apresentados dos limites de ruído na condição parado disponibilizados

pelos fabricantes dos ônibus são apresentados nas Tabelas G.1, G.2, G.3, G.4 e G.5.

Os valores informados estão acrescidos de 3 dBA conforme estabelecido no Art. 1º,

§ 5º e no item 12 do Anexo B da Resolução CONAMA nº 8, de 31 de agosto de 1993

[32].

As designadas normas EURO estabelecem, aos novos veículos a motor para as várias

categorias de veículos, os valores limite das emissões de gases para um conjunto de

poluentes nos veículos. [44]

Períodos de implantação do PROCONVE para veículos pesados (Fases “P”), criado

pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores

(PROCONVE), coordenado pelo IBAMA, o qual define os primeiros limites de emissão

para veículos e contribuir para o atendimento aos padrões de qualidade do ar instituídos

pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar (PRONAR) [58]. O controle

das emissões gasosas pelo escapamento de veículos pesados teve seu início 1993, com a

introdução gradativa dos limites da Fase P-3, em 1994, da Fase P-4, em 1998, da Fase

P-5, em 2004, da Fase P-6, adiada para a Fase P7, prevista em 2012 [59].

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Tabela G.1 – Valores, disponibilizados pela Caio, dos limites de ruído na condição

parado [53].

MARCA/MODELO/VERSÃO LIMITE DE RUÍDO NA

CONDIÇÃO PARADO dB(A)

VW/INDUSCAR APACHE U 89,8

M.BENZ/INDUSCAR APACHE U 80,7

SCANIA/INDUSCAR APACHE U 80,2

VOLVO/INDUSCAR APACHE U 79,9

AGRALE/INDUSCAR APACHE U 85,1

VW/INDUSCAR FOZ U 89,8

M.BENZ/INDUSCAR FOZ U 80,7

SCANIA/INDUSCAR FOZ U 80,2

VOLVO/INDUSCAR FOZ U 79,9

AGRALE/INDUSCAR FOZ U 85,1

VW/INDUSCAR MIL U OT 89,8

VW/INDUSCAR MILLEN U 89,8

M.BENZ/INDUSCAR MILLEN U 80,7

SCANIA/INDUSCAR MILLEN U 80,2

VOLVO/INDUSCAR MILLEN U 79,9

VOLVO/INDUSCAR MILLE H U 79,9

VW/INDUSCAR GIRO R 89,8

M.BENZ/INDUSCAR GIRO R 80,7

SCANIA/INDUSCAR GIRO R 80,2

VOLVO/INDUSCAR GIRO R 79,9

AGRALE/INDUSCAR GIRO R 85,1

VW/INDUSCAR SOLAR R 89,8

M.BENZ/INDUSCAR SOLAR R 80,7

SCANIA/INDUSCAR SOLAR R 80,2

VOLVO/INDUSCAR SOLAR R 79,9

AGRALE/INDUSCAR SOLAR R 85,1

VW/INDUSCAR FOZ O VWOD 70,5

M.BENZ/INDUSCAR FOZ O LO 76,7

AGRALE/INDUSCAR FOZ O MA 79,5

VOLVO/INDUSCAR TOP B B1M 84,6

M.BENZ/INDUSCAR MONDEG U 80,7

SCANIA/INDUSCAR MONDEG U 80,2

VW/INDUSCAR APACHE A 84,2

VW/INDUSCAR MILLEN A 84,2

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98

Tabela G.2 – Valores, disponibilizados pela Comil, dos limites de ruído na condição

parado [54].

Marca/Modelo/Versão Posição do

motor

Limite de ruído na

condição parado

dB (A)

Veículos produzidos

a partir de

AGRALE/COMIL BELLO Dianteiro 85,1 2006

AGRALE/COMIL PIÁ RODOVIÁRIO Dianteiro 78,1 2006

AGRALE/COMIL PIÁ ROD 0 Dianteiro 87,0 2012 - Euro V

Dianteiro 87,6 2013 - Euro V

AGRALE/COMIL PIÁ SAÚDE R Dianteiro 84,0 2011

AGRALE/COMIL PIÁ URBANO Dianteiro 80,4 2006

AGRALE/COMIL PIÁ URB 0 Dianteiro 81,9 2012 - Euro V

AGRALE/COMIL SVELTO U Dianteiro 90,3 2012 - Euro V

AGRALE/COMIL VERSÁTILE R Dianteiro 85,5 2011

Dianteiro 83,5 2012 - Euro V

M.BENZ/COMIL CAMPIONE DD Traseiro 85,0 2011

Traseiro 85,0 2012 - Euro III

M.BENZ/COMIL CAMPIONE LD Dianteiro 92,7 2012 - Euro V

Traseiro 94,5 2013 - Euro V

M.BENZ/COMIL CAMPIONE R

Traseiro 93,8 2006

Dianteiro 83,2 2006

Traseiro 84,4 2011

Traseiro 93,8 2012 - Euro III

Dianteiro 79,8 2012 - Euro III

Traseiro 95,5 2012 - Euro V

Dianteiro 91,0 2012 - Euro V

Dianteiro 82,8 2013 - Euro III

M.BENZ/COMIL DOPPIO A Traseiro 88,9 2012 - Euro V

M.BENZ/COMIL PIÁ ROD 0

Dianteiro 83,0 2012 - Euro III

Dianteiro 87,7 2012 - Euro V

Dianteiro 81,5 2014 - Euro III

M.BENZ/COMIL PIÁ SAÚDE R Dianteiro 83,0 2011

M.BENZ/COMIL PIÁ ROD Dianteiro 78,1 2006

M.BENZ/COMIL PIÁ URB Dianteiro 80,8 2006

Dianteiro 78,4 2012 - Euro V

M.BENZ/COMIL SVELTO U

Dianteiro 83,3 2006

Dianteiro 74,6 2008

Dianteiro 74,6 2009

Dianteiro 74,6 2012 - Euro III

Dianteiro 87,0 2012 - Euro V

Traseiro 92,9 2012 - Euro V

Dianteiro 76,8 2013 - Euro III

Traseiro 83,6 2013 - Euro III

Dianteiro 76,9 2013 - Euro V

M.BENZ/COMIL VERSÁTILE R

Dianteiro 86,0 2010

Traseiro 93,5 2012 - Euro V

Dianteiro 90,0 2012 - Euro V

SCANIA/COMIL CAMPIONE DD

Traseiro 86,0 2011

Traseiro 93,9 2012 - Euro V

Traseiro 92,1 2013 - Euro V

SCANIA/COMIL CAMPIONE LD

Traseiro 85,0 2011

Traseiro 95,4 2012 - Euro V

Traseiro 85,5 2012 - Euro III

Traseiro 94,5 2012 - Euro V

SCANIA/COMIL CAMPIONE R

Traseiro 89,6 2006

Traseiro 87,2 2009

Dianteiro 85,8 2012 - Euro III

Traseiro 85,0 2012 - Euro III

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99

Traseiro 94,5 2012 - Euro V

Dianteiro 85,1 2012 - Euro V

Traseiro 91,8 2013 - Euro V

SCANIA/COMIL DOPPIO A Traseiro 91,9 2012 - Euro V

SCANIA/COMIL SVELTO U Traseiro 92,6 2012 - Euro V

Dianteiro 89,9 2013 - Euro V

SCANIA/COMIL VERSÁTILE R Traseiro 85,0 2011

VOLVO/COMIL CAMPIONE DD Traseiro 85,0 2011

Traseiro 93,0 2012 - Euro V

VOLVO/COMIL CAMPIONE LD

Traseiro 85,0 2011

Traseiro 85,5 2012 - Euro III

Traseiro 91,9 2012 - Euro V

Traseiro 82,6 2013 - Euro III

VOLVO/COMIL DOPPIO A Central 94,7 2013 - Euro V

VOLVO/COMIL VERSÁTILE R Dianteiro 86,0 2011

VOLVO/COMIL CAMPIONE R

Traseiro 82,1 2006

Traseiro 87,9 2008

Dianteiro 85,0 2012 - Euro III

Traseiro 92,7 2012 - Euro V

Dianteiro 86,1 2012 - Euro V

Dianteiro 81,8 2013 - Euro III

Traseiro 92,3 2013 - Euro V

VW/COMIL CAMPIONE R

Dianteiro 81,2 2006

Traseiro 89,9 2006

Dianteiro 88,6 2012 - Euro V

Traseiro 90,5 2012 - Euro V

Dianteiro 83,8 2013 - Euro III

Dianteiro 86,3 2013 - Euro V

VW/COMIL BELLO Dianteiro 85,9 2006

Dianteiro 85,9 2009

VW/COMIL DOPPIO A Traseiro 92,5 2012 - Euro V

VW/COMIL PIÁ RODOVIÁRIO Dianteiro 87,3 2006

VW/COMIL PIÁ RODO

Dianteiro 86,2 2012 - Euro V

Dianteiro 77,2 2013 - Euro III

Dianteiro 82,2 2014 - Euro III

VW/COMIL PIÁ SAÚDE R Dianteiro 84,0 2011

VW/COMIL PIÁ URBANO Dianteiro 78,3 2009

VW/COMIL PIÁ URB 0 Dianteiro 84,0 2012 - Euro III

Dianteiro 83,5 2012 - Euro V

VW/COMIL SVELTO U

Dianteiro 80,8 2006

Dianteiro 79,8 2008

Dianteiro 79,8 2009

Dianteiro 83,4 2010

Dianteiro 86,0 2012 - Euro III

Traseiro 89,9 2012 - Euro III

Dianteiro 88,1 2012 - Euro V

Dianteiro 75,5 2013 - Euro III

VW/COMIL VERSÁTILE R

Dianteiro 86,0 2011

Dianteiro 86,0 2012 - Euro III

Traseiro 89,9 2012 - Euro III

Dianteiro 87,1 2012 - Euro V

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100

Tabela G.3 – Valores, disponibilizados pela Marcopolo, dos limites de ruído na

condição parado [55].

MARCA/MODELO/VERSÃO POSIÇÃO DO

MOTOR

LIMITE DE RUÍDO NA

CONDIÇÃO PARADO dB(A)

P-4 P-5 P-7

MBENZ/MPOLO PARADISO DDR TRASEIRO 95,6 98 95,9

MBENZ/MPOLO PARADISO DD TRASEIRO

98 95,9

SCANIA/MPOLO PARADIS DDR TRASEIRO 93,1 96,1 93,9

SCANIA/MPOLO PARADISO DD TRASEIRO

96,1 93,9

SCANIA/MPOLO PARAD GVDDR TRASEIRO 98

VOLVO/MPOLO PARADISO DDR TRASEIRO 95,5 95,7 93,7

VOLVO/MPOLO PARADISO DD TRASEIRO

95,7 94,8

VOLVO/MPOLO PARAD GVDDR TRASEIRO 97,9

MBENZ/MPOLO PARADISO LDR TRASEIRO 96,4 96 94

MBENZ/MPOLO PARADISO LD TRASEIRO

96 97,4

SCANIA/MPOLO PARADIS LDR TRASEIRO 93,1 94,2 93,6

SCANIA/MPOLO PARADISO LD TRASEIRO 93,1 94,2 93,6

VOLVO/MPOLO PARADISO LDR TRASEIRO

96,8 94,7

VOLVO/MPOLO PARADISO LD TRASEIRO

96,8 94,7

I/IVECO MPOLO PARADISO R TRASEIRO 93

MBENZ/MPOLO PARADISO R TRASEIRO 98 98 97,9

M.BENZ/MPOLO PARAD GVR TRASEIRO 98

I/SCANIA MPOLO PARADIS R TRASEIRO 95,1 95,5 95,6

SCANIA/MPOLO PARADISO R TRASEIRO 95,1 95,5 95,6

SCANIA/MPOLO PARAD GVR TRASEIRO 91,4

VW/MPOLO PARADISO R TRASEIRO 96,2 94,5 94,8

VOLVO/MPOLO PARADISO R TRASEIRO 93,4 97,6 94

VOLVO/MPOLO PARAD GVR TRASEIRO 95,2

MBENZ/MPOLO VIAGGIO R TRASEIRO 98 98 98

MBENZ/MPOLO VIAGGIO R DIANTEIRO 92 88,8 84,6

M.BENZ/MPOLO VIAGGIO GVR TRASEIRO 98

M.BENZ/MPOLO VIAGGIO GVR DIANTEIRO 88,8

SCANIA/MPOLO VIAGGIO R TRASEIRO 95 95,1 93,5

SCANIA/MPOLO VIAGGIO R DIANTEIRO

91,2 86,4

SCANIA/MPOLO VIAGGIO GVR DIANTEIRO 88,7

VW/MPOLO VIAGGIO R TRASEIRO 93,3 95,6 92,5

VW/MPOLO VIAGGIO R DIANTEIRO 85,5 88,6 85,8

VW/MPOLO VIAGGIO GVR DIANTEIRO 92

VOLVO/MPOLO VIAGGIO R TRASEIRO 94,9 98 93,6

VOLVO/MPOLO VIAGGIO R DIANTEIRO

77,5 78,9

VOLVO/MPOLO VIAGIO GVR TRASEIRO 94

AGRALE/MPOLO IDEALE R DIANTEIRO

81,2 89,4

M.BENZ MPOLO IDEALE R TRASEIRO

94,9 92,9

M.BENZ MPOLO IDEALE R DIANTEIRO

84,3 81,4

VW/MPOLO IDEALE R TRASEIRO

98

VW/MPOLO IDEALE R DIANTEIRO

83,4 89,8

VOLVO/MPOLO IDEALE R TRASEIRO

95,6

VOLVO/MPOLO IDEALE R DIANTEIRO

80,3 81,9

M.BENZ/MPOLO ANDARE R TRASEIRO

97,6

M.BENZ/MPOLO ANDARE R DIANTEIRO 90,1 90,2

SCANIA/MPOLO ANDARE R TRASEIRO

93,7

VW/MPOLO ANDARE R TRASEIRO

94,5

VW/MPOLO ANDARE R DIANTEIRO 85,3 84,6

VOLVO/MPOLO ANDARE R TRASEIRO 93,1 97,8

M.BENZ/MPOLO AUDACE R DIANTEIRO

83,3

VW/MPOLO AUDACE R DIANTEIRO

87,6

VOLVO/MPOLO AUDACE R DIANTEIRO

85,1

AGRALE/MPOLO ALLEGRO R DIANTEIRO

87,3

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101

M.BENZ/MPOLO ALLEGRO GVR TRASEIRO 95,9

M.BENZ/MPOLO ALLEGRO GVR DIANTEIRO 92 88,3

VW/MPOLO ALLEGRO R DIANTEIRO 92 87,7

I/IVECO MPOLO VIALE U DIANTEIRO 92 92

IVECO/ MPOLO VIALE U DIANTEIRO

82,9

M.BENZ/MPOLO VIALE ART TRASEIRO

98 96,9

M.BENZ/MPOLO VIALE ART DIANTEIRO

88,4

M.BENZ/MPOLO VIALE A TRASEIRO

98 96,9

M.BENZ/MPOLO VIALE A DIANTEIRO

88,4

M.BENZ/MPOLO VIALE U TRASEIRO 89,1 96,4 98

M.BENZ/MPOLO VIALE U DIANTEIRO 92 91

SCANIA/MPOLO VIALE A TRASEIRO 95,2 96,5 98

SCANIA/MPOLO VIALE U TRASEIRO 98 95,9 94

I/SCANIA MPOLO VIALE U TRASEIRO 98 95,9

VW/MPOLO VIALE A TRASEIRO

92,7

VW/MPOLO VIALE U TRASEIRO

95,4

VW/MPOLO VIALE U DIANTEIRO

82,8

VOLVO/MPOLO VIALE A ENTRE‐EIXOS

98 98

VOLVO/MPOLO VIALE U TRASEIRO

93,9

M.BENZ/MPOLO TORINO U TRASEIRO 94,7

97,3

M.BENZ/MPOLO TORINO U DIANTEIRO

84,2 82

M.BENZ/MPOLO TORINO ESC TRASEIRO 94,7

97,3

M.BENZ/MPOLO TORINO ESC DIANTEIRO

84,2 82

M.BENZ/MPOLO TORINO GVA TRASEIRO 94,2

M.BENZ/MPOLO TORINO GVA DIANTEIRO 86,8

M.BENZ/MPOLO TORINO GVU TRASEIRO 98

M.BENZ/MPOLO TORINO GVU DIANTEIRO 92 89,5

SCANIA/MPOLO TORINO U DIANTEIRO

86 87,5

SCANIA/MPOLO TORINO GVA DIANTEIRO 85

SCANIA/MPOLO TORINO GVU TRASEIRO 96,3

VW/MPOLO TORINO A DIANTEIRO

91,1

VW/MPOLO TORINO U DIANTEIRO

87,6 90,5

VW/MPOLO TORINO ESC DIANTEIRO

87,6 90,5

VW/MPOLO TORINO GVU DIANTEIRO 90,8

VOLVO/MPOLO TORINO U DIANTEIRO

78,8 80,4

VOLVO/MPOLO TORINO GVB ENTRE‐EIXOS 91,5

VOLVO/MPOLO TORINO GVA ENTRE‐EIXOS 94,9

VOLVO/MPOLO TORINO GVU DIANTEIRO 82,4

VOLVO/MPOLO TORINO GVU ENTRE‐EIXOS 95

AGRALE/CIFERAL CITMAX U DIANTEIRO 76,1

M.BENZ/CIFERAL CITMAX U DIANTEIRO 88,1 89,2

VW/CIFERAL CITMAX U DIANTEIRO 90

AGRALE/MPOLO SEN MIDI E DIANTEIRO

82,8 77,2

AGRALE/MPOLO SEN MIDI MO DIANTEIRO

82,8 77,2

AGRALE/MPOLO SEN MIDI ON DIANTEIRO

82,8 77,2

M.BENZ/MPOLO SEN MIDI E DIANTEIRO

87,5 83,3

M.BENZ/MPOLO SEN MIDI MO DIANTEIRO

87,5 83,3

M.BENZ/MPOLO SEN MIDI ON DIANTEIRO

87,5 83,3

VW/MPOLO SEN MIDI E DIANTEIRO

83,1 91,2

VW/MPOLO SEN MIDI MO DIANTEIRO

83,1 91,2

VW/MPOLO SEN MIDI ON DIANTEIRO

83,1 91,2

AGRALE/MPOLO SENIOR ESC DIANTEIRO

92 85,2

AGRALE/MPOLO SENIOR MO DIANTEIRO

92 85,2

AGRALE/MPOLO SENIOR ON DIANTEIRO

92 85,2

AGRALE/MPOLO SENIOR GVU DIANTEIRO 88,3

AGRALE/MPOLO SENIOR GVUO DIANTEIRO 88,3

I/IVECO MPOLO SENIOR GVO DIANTEIRO 78,2

M.BENZ/MPOLO SENIOR ESC DIANTEIRO

88,1 92

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102

M.BENZ/MPOLO SENIOR MO DIANTEIRO

88,1 92

M.BENZ/MPOLO SENIOR ON DIANTEIRO

88,1 92

M.BENZ/MPOLO SENIOR GVM DIANTEIRO 92

M.BENZ/MPOLO SENIOR GVO DIANTEIRO 92

VW/MPOLO SENIOR ESC DIANTEIRO

86,9 89,4

VW/MPOLO SENIOR MO DIANTEIRO

86,9 89,4

VW/MPOLO SENIOR ON DIANTEIRO

86,9 89,4

VW/MPOLO SENIOR GVM DIANTEIRO 87,4

VW/MPOLO SENIOR GVO DIANTEIRO 87,4

IVECO/MPOLO FRATELLO ESC DIANTEIRO 84,3

IVECO/MPOLO FRATELLO MO DIANTEIRO 84,3

IVECO/MPOLO FRATELLO ON DIANTEIRO 84,3

VW/MPOLO FRATELLO ESC DIANTEIRO 83,6

VWMPOLO FRATELLO LOT DIANTEIRO 83,6

VWMPOLO FRATELLO MO DIANTEIRO 83,6

MBENZ/MPOLO VICINO ESC DIANTEIRO 87,5 90,5

MBENZ/MPOLO VICINO MO DIANTEIRO 87,5 90,5

MBENZ/MPOLO VICINO ON DIANTEIRO 87,5 90,5

AGRALE/CIFERAL MINIMAX MO DIANTEIRO

78,3

AGRALE/CIFERAL MINIMAX ON DIANTEIRO

78,3

M.BENZ/CIFERAL MINIMAX MO DIANTEIRO 89,2 86,7

M.BENZ/CIFERAL MINIMAX ON DIANTEIRO 89,2 86,7

VW/CIFERAL MINIMAX MO DIANTEIRO

87,5

VW/CIFERAL MINIMAX ON DIANTEIRO

87,5

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103

Tabela G.4 – Valores, disponibilizados pela Mascarello, dos limites de ruído na

condição parado [56].

MARCA/MODELO/VERSÃO POSIÇÃO DO

MOTOR

LIMITE DE RUÍDO NA

CONDIÇÃO PARADO dB(A)

P-4 P-5 P-7

AGRALE/MASCA GRANMINI M traseiro ND

dianteiro nd 85,3 84,7

AGRALE/MASCA GRANMINI 0 traseiro ND

dianteiro nd 85,3 84,7

AGRALE/MASCA GR MICRO E 0 traseiro ND

dianteiro nd 82,3 81,5

AGRALE/MASCA GRANMICRO S 0 traseiro ND

dianteiro nd 82,3 81,5

AGRALE/MASCA GRANMIDI 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/MASCA GRAN MIDI U traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/ MASCA GRAN MIDI R traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/MASCA GRMIDI EW 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/MASCA VMIDIMA15 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/MASCA GFLEX MA 15.0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,4

AGRALE/ MASCA ROMA ON traseiro ND

dianteiro nd 81,7 80,9

AGRALE/MASCA GRANVIAMD E traseiro ND

dianteiro nd 82 81,2

AGRALE/MASCA ROMA R traseiro nd 83,2 82,4

dianteiro nd 85,7 91,1

M.BENZ/MASCA GRANMINI M traseiro ND

dianteiro nd 83,1 81,7

M.BENZ/MASCA GRANMINI 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,1 81,7

M.BENZ/MASCA GRANMICRO 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,1 81,7

M.BENZ/MASCA GRANVIA 0 traseiro nd 86,5 86,6

dianteiro nd 82,4 83

M.BENZ/MASCA GRANMIDI 0 traseiro nd 81,7 79,3

dianteiro nd 80,8 80,6

M.BENZ/MASCA GRANMIDI M traseiro nd 81,7 79,3

dianteiro nd 80,8 80,6

M.BENZ/MASCA MDI OF 1218 0 traseiro ND

dianteiro nd 81,7 nd

M.BENZ/MASCA VMIDI1418 O traseiro ND

dianteiro nd 82,3 nd

M.BENZ/MASCA VMIDI 1722 O traseiro ND

dianteiro nd 85,7 nd

M.BENZ/MASCA GRANFLEX O traseiro ND

dianteiro nd 85,7 84,1

M.BENZ/MASCA GRANFLEX E O traseiro ND

dianteiro nd 85,7 84,1

M.BENZ/MASCA GFLEX 1418 ON traseiro ND

dianteiro nd 82,3 nd

M.BENZ/MASCA ROMA 350R 0 traseiro nd 93,1 93,3

dianteiro nd 82,3 83,1

M.BENZ/MASCA ROMA MD 1722 0 traseiro ND

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104

dianteiro nd 85,7 nd

M.BENZ/MASCA LOWENTRY.ON traseiro nd 89,1 85,2

dianteiro ND

M.BENZ/MASCA ROMA R traseiro nd 93,1 94,3

dianteiro nd 82,3 85,1

VW/MASCA GRANMICRO O traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMICRO E 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMINI 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMINI W 120 O traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMINI W 120 M traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMINI M traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANMINI E M traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82,1

VW/MASCA GRANVIA EOD O traseiro nd 85,8 83,8

dianteiro nd 83,7 79,7

VW/MASCA GRANVIA E 0 traseiro nd 85,8 83,8

dianteiro nd 83,7 79,7

VW/MASCA GRANMIDI EOD 0 traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82

VW/MASCA GRAN MIDI ESC traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82

VW/MASCA GRAN MIDI R traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82

VW/MASCA GRAN MIDI U traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82

VW/MASCA VIAMIDI17230 O traseiro ND

dianteiro nd 85,5 83,4

VW/MASCA VIAMIDI 15190 O traseiro ND

dianteiro nd 83,5 82

VW/MASCA GRANVIA MT O traseiro nd 91,4 nd

dianteiro nd 87,1 nd

VW/MASCA GFLEX 17230 ON traseiro ND

dianteiro nd 85,5 83,4

VW/MASCA ROMA 350R O traseiro nd 94,3 94,1

dianteiro nd 88,7 87,5

VW/MASCA ROMA traseiro nd 94,3 94,1

dianteiro nd 88,7 87,5

IVECO/MASCA GRANMINI M traseiro ND

dianteiro nd 81,7 79,3

SCANIA/MASCA ROMA 350R O traseiro nd 89,3 87,4

dianteiro nd 86,3 85,1

SCANIA/MASCA ROMA F230 ON traseiro nd nd nd

dianteiro nd 89,1 87,6

SCANIA/MASCA ROMA R traseiro nd 89,3 87,4

dianteiro nd 86,3 85,1

VOLVO/MASCA ARTIC B12MON traseiro nd 94,7 93,1

dianteiro ND

VOLVO/MASCA LOWENTRY B7RO traseiro nd 81,7 80,8

dianteiro nd nd nd

VOLVO/MASCA ROMA ON traseiro nd 95,3 94,2

dianteiro nd 86,2 84,7

VOLVO/MASCA GRANVIAMD U traseiro nd nd nd

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105

dianteiro nd 86,2 84,7

VOLVO/MASCA GRANVIA traseiro nd 93,8 92,9

dianteiro nd 87,1 86,7

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106

Tabela G.5 – Valores, disponibilizados pela Neobus, dos limites de ruído na condição

parado [57].

MARCA MODELO POSIÇÃO DO

MOTOR

LIMITE DE RUlDO NA

CONDIÇÃO PARADO dB(A)

P-5 P-7

AGRALE/NEOBUS THUNDER DIANTEIRO 87,8 83,6

AGRALE/NEOBUS MEGA TRASEIRO 96,3

DIANTEIRO 83,3 82,7

AGRALE/NEOBUS SPECTRUM DIANTEIRO 83,3 82,7

M,BENZ/NEOBUS THUNDER DIANTEIRO 86,3 80,6

M,BENZ/NEOBUS MEGA TRASEIRO 95,0 93,4

DIANTEIRO 86,5 83,6

M,BENZ/NEOBUS MEGABRT e MEGABRS TRASEIRO 92,4 95,6

M,BENZ/NEOBUS MEGABRT

ARTICULADO TRASEIRO 95,1 94,8

M,BENZ/NEOBUS SPECTRUM TRASEIRO 97,7

DIANTEIRO 86,5 83,6

M,BENZ/NEOBUS NEWROAD TRASEIRO

92,2

VW/NEOBUSTHUNDER DIANTEIRO 85,0 83,7

VW/NEOBUS MEGA TRASEIRO 95,5 90,7

DIANTEIRO 88,9 83,8

VW/NEOBUS SPECTRUM TRASEIRO 95,5 90,7

DIANTEIRO 88,9 83,8

VW/NEOBUS MEGABRT TRASEIRO

90,7

VW/NEOBUS MEGABRT ARTICULADO TRASEIRO

89,4

VW/NEOBUS NEWROAD TRASEIRO

86,4

VOLVO/NEOBUS MEGA TRASEIRO 91,5 91,8

DIANTEIRO 80,7 86,5

VOLVO/NEOBUS MEGABRT E MEGABRS TRASEIRO 91,5 91,8

VOLVO/NEOBUS MEGABRT

ARTICULADO ENTRE EIXOS 93,3 93,1

VOLVO/NEOBUS MEGABRT

BIARTKUIADO ENTRE EIXOS 93,0 95,1

VOLVO/NEOBUS NEWROAD TRASEIRO

91,5

SCAN IA/N EOBUS MEGA TRASEIRO 94,4 92,6

DIANTEIRO 91,8 72,6

SCANIA/NEOBUS SPECTRUM TRASEIRO 94,4 92,6

DIANTEIRO 91,8 72,6

SCAN IA/N EOBUS MEGABRT E

MEGABRS TRASEIRO 94,4 92,6

SCANIA/NEOBUS MEGABRT

ARTICULADO TRASEIRO 97,6

SCANIA/NEOBUS NEWROAD TRASEIRO 95,6 96,6

INTERNATIONAL/N EOBUS THUNDER DIANTEIRO 88,2 86,0

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107

Apêndice H – Dados das medições segundo NBR 9714

Tabela H.1 – Valores das medições segundo NBR 9714, realizadas nas proximidades de

escapamento.

Ôn

ibu

s

Med

ição

Velo

cida

de

de ro

taçã

o d

o

mo

tor

Velo

cida

de

de ro

taçã

o d

o

mo

tor (rp

m)

Lp

x – (d

BA)

Diferen

ça

entre L

pm

áx

(dB

A)

Méd

ia

aritm

ética

Lp

x (dB

A)

RF

(dB

A)

med

ido

r

temp

eratu

ra

(oC

)

um

idad

e (%)

da

ta

1 1 3/4 N 1687,5 83,9

0,3 83,8 69,9 #341 29,4 76 07/02/2013 2 3/4 N 1687,5 83,6

2

3 3/4 N 1650 73,2

1,0 72,8 52,7 #5070 26,0 79 18/05/2013 4 3/4 N 1650 73,1

5 3/4 N 1650 72,2

6

6 3/4 N 1650 81,0

0,7 81,5 67,3 #469 29,0 59 18/11/2013 7 3/4 N 1650 81,8

8 3/4 N 1650 81,6

9 3/4 N 1650 81,6

7

10 3/4 N 1800 83,2

0,6 82,9

58,4 #469

31,9 55

19/11/2013 11 3/4 N 1800 82,6

12 3/4 N 1800 83,0

31,6 58 13 N 2400 87,1 - -

7

14 3/4 N 1800 82,4 - - 58,4 #341

31,9 55 19/11/2013

15 N 2400 87,8 31,6 58

8

16 3/4 N 1650 76,8

1,7 77,6 63,4 #469

34,1 47

28/11/2013 17 3/4 N 1650 77,5 36,1 42

18 3/4 N 1650 78,5

8

19 3/4 N 1650 77,0

0,6 77,2 67,2 #341

35,3 48

09/12/2013 20 3/4 N 1650 77,6 37,0 51

21 3/4 N 1650 77,1

Tabela H.2 – Valores das medições segundo NBR 9714, realizadas nas proximidades de

escapamento desconsiderando os picos acima dos níveis de velocidade constante de

rotação do motor.

Ôn

ibu

s

Med

ição

Velo

cida

de

de ro

taçã

o d

o

mo

tor

Velo

cida

de

de ro

taçã

o d

o

mo

tor (rp

m)

Lp

máx

(dB

A)

Diferen

ça

entre L

pm

áx

(dB

A)

Méd

ia

aritm

ética

Lp

máx

(dB

A)

RF

(dB

A)

Med

ido

r

Tem

pera

tura

(oC

)

Um

ida

de

(%)

Da

ta

6

6a 3/4 N 1650 77,5

1,7 77,9 67,3 #469 29,0 59 18/11/2013 7a 3/4 N 1650 77,2

8a 3/4 N 1650 78,9

9a 3/4 N 1650 77,9

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108

Figura H.1 – Posições do microfone realizada nas medições do ônibus 1 nas

proximidades de escapamento. a) Posição segundo NBR 9714; (b) Posição diferente da

norma.

Figura H.2 – Dados de medição do ônibus 1 realizada nas proximidades de

escapamento, com o microfone posicionado conforme Figura H.1 (a).

70

72

74

76

78

80

82

84

86

0 5 10 15 20 25 30 35

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 1

medição 2

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109

Tabela H.3 – Valores de medição do ônibus 1 realizada nas proximidades de

escapamento, com o microfone posicionado conforme Figura H.1 (a).

Modelo Medição

Diferença de Lp

durante aceleração

(dBA)

Lpmáx (dBA) Diferença entre

Lpmáx (dBA)

Média

aritmética Lpmáx

(dBA)

1 1 0,5 83,9

0,3 83,8 2 0,4 83,6

Figura H.3 – Dados de medição do ônibus 1 realizada nas proximidades de

escapamento, com o microfone posicionado conforme Figura H.1 (b).

Tabela H.4 – Valores de medição do ônibus 1 realizada nas proximidades de

escapamento, com o microfone posicionado conforme Figura H.1 (b).

Modelo Medição

Diferença de Lp

durante aceleração

(dBA)

Lpmáx (dBA) Diferença entre

Lpmáx (dBA)

Média

aritmética Lpmáx

(dBA)

1 1 3,2 88,2

0,4 88,0 2 4,7 87,8

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 1

medição 2

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110

Figura H.4 – Dados de medição do ônibus 2 realizada nas proximidades de

escapamento.

Figura H.5 – Dados de medição do ônibus 6 realizada nas proximidades de

escapamento.

67

68

69

70

71

72

73

74

0 5 10 15 20 25 30 35

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 3

medição 4

medição 5

65

67

69

71

73

75

77

79

81

83

0 10 20 30 40 50 60

Lp [dBA]

tempo [s]

Medição 6

Medição 7

Medição 8

Medição 9

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111

Figura H.6 – Dados de medição do ônibus 7 realizada nas proximidades de

escapamento.

Figura H.7 – Dados de medição do ônibus 7 realizada nas proximidades de

escapamento.

65

70

75

80

85

90

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 10

medição 11

medição 12

medição 13

65

70

75

80

85

90

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 14

medição 15

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112

Figura H.8 – Dados de medição do ônibus 8 realizada nas proximidades de

escapamento.

Figura H.9 – Dados de medição do ônibus 8 realizada nas proximidades de

escapamento.

65

67

69

71

73

75

77

79

81

0 10 20 30 40 50 60

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 16

medição 17

medição 18

65

70

75

80

85

90

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 19

medição 20

medição 21

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113

Tabela H.5 – Valores das medições segundo NBR 9714, realizadas nas proximidades do

motor.

Mo

delo

Med

ição

Velo

cida

de

de ro

taçã

o

do

mo

tor

Velo

cida

de

de ro

taçã

o

do

mo

tor

Lp

x -

(dB

A)

Va

riaçã

o

entre o

s

Lp

x

(dB

A)

RF

(dB

A)

Med

ido

r

Tem

pera

tu

ra (

oC)

Um

ida

de

(%)

Da

ta

1 1 1/2 N 1125 87,7

- 69,9 #341 29,4 76 07/02/2013 2 3/4 N 1687,5 91,9

2

3 1/2 N 1100 76,7

1,1 52,7 #5070

18/05/2013 4 1/2 N 1100 77,8

5 1/2 N 1100 77,6

5 6 N 2600 92,3

0,7 60,6 #341 32,1 41 13/11/2013 7 N 2600 91,6

6 8 3/4 N 1650 91,1

- 67,3 #469 29 59 18/11/2013 9 N 2200 94,3

7 10 3/4 N 1800 91,5

- 58,4 #469 31,9 55 19/11/2013 11 N 2400 97,7

7

12 3/4 N 1800 90,8

1,2 58,4 #341 31,6 58 19/11/2013

13 3/4 N 1800 90,8

14 3/4 N 1800 91,8

15 3/4 N 1800 90,6

16 N 2400 96,4 -

8

17 N 2200 88,3

1 57,8 #469

34,1 47

28/11/2013 18 N 2200 87,3

19 N 2200 87,4 36,1 42

20 N 2200 87,3

8

21 3/4 N 1650 87,2 0,3

62,3 #341

35,3 48

09/12/2013

22 3/4 N 1650 87

23 N 2200 88,3

0,3 37 51 24 N 2200 88,6

25 N 2200 88,5

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114

Figura H.10 – Dados de medição do ônibus 1 realizada nas proximidades do motor.

Figura H.11 – Dados de medição do ônibus 2 realizada nas proximidades do motor.

70

75

80

85

90

95

0 5 10 15 20 25 30 35

Lp [dBA)]

tempo [s]

medição 1

medição 2

66

68

70

72

74

76

78

80

0 10 20 30 40 50 60

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 3

medição 4

medição 5

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115

Figura H.12 – Dados de medição do ônibus 5 realizada nas proximidades do motor.

Figura H.13 – Dados de medição do ônibus 6 realizada nas proximidades do motor.

70

75

80

85

90

95

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 6

medição 7

70

75

80

85

90

95

100

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 8

medição 9

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116

Figura H.14 – Dados de medição do ônibus 7 realizada nas proximidades do motor.

Figura H.15 – Dados de medição do ônibus 7 realizada nas proximidades do motor.

70

75

80

85

90

95

100

0 10 20 30 40 50

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 10

medição 11

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

0 10 20 30 40 50 60

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 12

medição 13

medição 14

medição 15

medição 16

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117

Figura H.16 – Dados de medição do ônibus 8 realizada nas proximidades do motor.

Figura H.17 – Dados de medição do ônibus 8 realizada nas proximidades do motor.

70

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

0 5 10 15 20 25 30

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 17

medição 18

medição 19

medição 20

70

75

80

85

90

95

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Lp [dBA]

tempo [s]

medição 21

medição 22

medição 23

medição 24

medição 25

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118

Apêndice I – Dados das medições segundo NBR 15145

Tabela I.1 – Valores das medições segundo NBR 15145

Data

Númer

o de

mediçõ

es

Lmáx.

(dBA)

Diferença

entre os

Lmáx

RF (dBA) medid

or

temper

atura

(oC)

umid

ade

(%)

calibraçã

o inicial-

final

(dBA)

obs:

04/mai

1 80,8

0,9 54,9 #469

25,9 75

93,6 -

93,6

lado

do

moto

rista

2 80,4

3 80,5

4 79,9

26,9 70 5 80,4

6 79,8 frenagem

04/mai

1 81,5

1,4 53,5

#

5070

25,9 75

94 - 94

lado

opost

o

2 81,0

3 80,8

4 80,5

26,9 70 5 80,1

6 83,8 frenagem

11/mai

7 79,2

0,6

55,2 #

5070 26,4 52

94 - 93,9 lado

do

moto

rista

8 78,9

9 79,5 58,6 #469 93,6 - 94

10 79,2

11/mai

7 82,5

1,4

58,6 #469

26,4 52

93,6 - 94 lado

opost

o

8 82,9

9 81,5 55,2

#

5070 94 - 93,9

10 82,3

Figura I.1 – Dados da medição 1 do ônibus 2.

81,5 80,8

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

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119

Figura I.2 – Dados da medição 2 do ônibus 2.

Figura I.3 – Dados da medição 3 do ônibus 2.

81,0 80,4

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

80,8 80,5

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

80,5 79,9

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

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120

Figura I.4 – Dados da medição 4 do ônibus 2.

Figura I.5 – Dados da medição 5 do ônibus 2.

Figura I.6 – Dados da medição 6 do ônibus 2.

80,1 80,4

50

55

60

65

70

75

80

85

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

83,8

69,6

79,8

76,0

50

55

60

65

70

75

80

85

90

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39

Lp [dBA]

Tempo [s]

lado oposto

lado motorista

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121

Figura I.7 – Dados da medição 7 do ônibus 2.

Figura I.8 – Dados da medição 8 do ônibus 2.

45

50

55

60

65

70

75

80

85

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Lp [dBA]

tempo [s]

lado oposto

lado motorista

45

50

55

60

65

70

75

80

85

0 5 10 15 20 25 30

Lp [dBA]

tempo [s]

lado oposto

ladomotorista

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122

Figura I.9 – Dados da medição 9 do ônibus 2.

Figura I.10 – Dados da medição 10 do ônibus 2.

45

50

55

60

65

70

75

80

85

0 5 10 15 20 25 30

Lp [dBA]

tempo [s]

lado oposto

ladomotorista

45

50

55

60

65

70

75

80

85

0 5 10 15 20 25 30 35

Lp [dBA]

tempo [s]

ladooposto

ladomotorista