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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 Prepare-se, está quase na hora H Pág. 4 e 5 Os perigos de ser ‘atleta de verão’ Q uem não quer estar em forma para a chegada do verão? Nesta épo- ca do ano, homens e mulheres começam uma busca desenfreada pelo corpo perfeito para poder exibir suas curvas com segurança em biquínis e sungas, em praias e piscinas. Mas até que ponto é saudável praticar atividade física apenas quando o calor se aproxima? Segundo Mário Cesar Martins, especialista em reabilitação e tratamento preventivo de pa- tologias osteomioarticulares, começar a praticar exercícios de repente, sem uma preparação prévia, pode acabar trazendo mais problemas do que bene- fícios. “O corpo que não está acostumado leva um tempo para se adaptar a uma grande carga de atividades. Por isso, é fun- damental uma preparação que faça com que a pessoa tenha o equilíbrio muscular adequado para suportar os treinos sem que eles provoquem nenhuma lesão”, explica. Martins ressalta que é neces- sário que o corpo passe por adaptações cardíacas, metabóli- cas e ortopédicas. Além disso, é importante que se ache o ponto de equilíbrio em relação ao vo- lume e à intensidade do treino. Ou seja, as atividades devem ser graduais, nunca começando com um ritmo muito exagerado. Quem quer preparar o corpo para o verão, mas está pensando também na saúde, além da es- tética, deve iniciar as atividades físicas pelo menos seis meses antes do tempo em que espe- ra atingir seus objetivos. “Vale lembrar, ainda, que os exercícios devem estar ligados também a um equilíbrio nutricional”, afirma o especialista. O especialista lembra, tam- bém, das pessoas que não prati- cam atividades físicas no seu dia a dia, mas que, quando entram de férias, programam uma série de exercícios considerados ino- fensivos. “São muitos os exem- plos de atividades relacionadas a lazer que podem, sim, prejudicar a saúde de quem não está acos- tumado a praticá-las. A crença de que andar a cavalo, caminhar e correr na praia, fazer trilha, jo- gar vôlei, futebol e frescobol na areia não podem gerar lesões ou problemas mais sérios está com- pletamente errada. Nada que é feito sem preparo é totalmente benéfico para quem não está habituado”, diz. Os principais riscos a que se submetem os “atletas de verão” são lesões de coluna, joelho e ombro, destaca Mário Ce- sar Martins. “Para fugir destes problemas basta se preparar corretamente, com antecedên- cia e com a ajuda de um pro- fissional que saiba, inclusive, a dosagem de exercícios indicada para você. Determinadas lesões são um preço muito alto a se pagar por conta da busca pela estética perfeita”, conclui. Dicas para treinar e se preparar para o verão O final de ano chegou, verão, e corpos à mostra: a combinação perfeita para corrida contra o tempo, em busca de uma silhueta mais enxuta. No entanto, para alcançar suas metas, não dá para exagerar. As educadoras físicas Carina Rosin e Flavia Picolo, só- cias da Noiva em Forma, dão importantes dicas: - Programe-se! Não tente ema- grecer em um mês o que acumu- lou em um ano. - Sempre procure um profis- sional de educação física antes de se aventurar a treinar, pois só ele poderá dar importantes dicas e cuidar para que você alcance seu objetivo. - Não aumente o volume de treino em mais de 10% por sema- na. Procure não fazer exercícios livres, opte pelos aparelhos para fazer sua readaptação. - Faça séries mais curtas para iniciar (8 a 10 repeti- ções). Use pesos leves a mo- derados, e vá aumentando a carga gradativamente. - Beba muita água, as cãibras geralmente estão ligadas à de- sidratação. Também não treine sem comer, as chances de fadiga poderão aumentar, e as lesões decorrem desse hábito. Praticar exercícios apenas em um curto período do ano pode causar lesões sérias MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

Saúde - 11 de janeiro de 2015

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Saúde - Caderno de saúde e bem-estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Saúde - 11 de janeiro de 2015

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e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

Prepare-se, está quase na hora H

Pág. 4 e 5

Os perigos de ser Os perigos de ser ‘atleta de verão’

Quem não quer estar em forma para a chegada do verão? Nesta épo-ca do ano, homens e

mulheres começam uma busca desenfreada pelo corpo perfeito para poder exibir suas curvas com segurança em biquínis e sungas, em praias e piscinas. Mas até que ponto é saudável praticar atividade física apenas quando o calor se aproxima?

Segundo Mário Cesar Martins, especialista em reabilitação e tratamento preventivo de pa-

tologias osteomioarticulares, começar a praticar exercícios de repente, sem uma preparação prévia, pode acabar trazendo mais problemas do que bene-fícios. “O corpo que não está acostumado leva um tempo para se adaptar a uma grande carga de atividades. Por isso, é fun-damental uma preparação que faça com que a pessoa tenha o equilíbrio muscular adequado para suportar os treinos sem que eles provoquem nenhuma lesão”, explica.

Martins ressalta que é neces-sário que o corpo passe por adaptações cardíacas, metabóli-cas e ortopédicas. Além disso, é importante que se ache o ponto de equilíbrio em relação ao vo-lume e à intensidade do treino. Ou seja, as atividades devem ser graduais, nunca começando com um ritmo muito exagerado.

Quem quer preparar o corpo para o verão, mas está pensando

também na saúde, além da es-tética, deve iniciar as atividades físicas pelo menos seis meses antes do tempo em que espe-ra atingir seus objetivos. “Vale lembrar, ainda, que os exercícios devem estar ligados também a um equilíbrio nutricional”, afi rma o especialista.

O especialista lembra, tam-bém, das pessoas que não prati-cam atividades físicas no seu dia a dia, mas que, quando entram de férias, programam uma série de exercícios considerados ino-fensivos. “São muitos os exem-plos de atividades relacionadas a lazer que podem, sim, prejudicar a saúde de quem não está acos-tumado a praticá-las. A crença de que andar a cavalo, caminhar e correr na praia, fazer trilha, jo-gar vôlei, futebol e frescobol na areia não podem gerar lesões ou problemas mais sérios está com-pletamente errada. Nada que é feito sem preparo é totalmente

benéfi co para quem não está habituado”, diz.

Os principais riscos a que se submetem os “atletas de verão” são lesões de coluna, joelho e ombro, destaca Mário Ce-sar Martins. “Para fugir destes problemas basta se preparar corretamente, com antecedên-cia e com a ajuda de um pro-fi ssional que saiba, inclusive, a dosagem de exercícios indicada para você. Determinadas lesões são um preço muito alto a se pagar por conta da busca pela estética perfeita”, conclui.

Dicas para treinar e se preparar para o verãoO fi nal de ano chegou, verão, e

corpos à mostra: a combinação perfeita para corrida contra o tempo, em busca de uma silhueta mais enxuta. No entanto, para alcançar suas metas, não dá para exagerar. As educadoras físicas Carina Rosin e Flavia Picolo, só-

cias da Noiva em Forma, dão importantes dicas:

- Programe-se! Não tente ema-grecer em um mês o que acumu-lou em um ano.

- Sempre procure um profi s-sional de educação física antes de se aventurar a treinar, pois só ele poderá dar importantes dicas e cuidar para que você alcance seu objetivo.

- Não aumente o volume de treino em mais de 10% por sema-na. Procure não fazer exercícios livres, opte pelos aparelhos para fazer sua readaptação.

- Faça séries mais curtas para iniciar (8 a 10 repeti-ções). Use pesos leves a mo-derados, e vá aumentando a carga gradativamente.

- Beba muita água, as cãibras geralmente estão ligadas à de-sidratação. Também não treine sem comer, as chances de fadiga poderão aumentar, e as lesões decorrem desse hábito.

Praticar exercícios apenas em um curto período do ano pode causar lesões sérias

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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Page 2: Saúde - 11 de janeiro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

Muitos aproveitam a folga para viajar ou para festejar com os amigos. Para não estragar esse momento de descontra-ção, é sempre melhor evitar ressaca. O melhor remédio para fi car longe da ressaca é não abusar de bebidas alcoólicas. No entanto, se você exagerar na dose, há medidas que podem amenizar os sintomas da bebedeira. Como reforço, você pode tomar as nossas vitaminas antirressaca. Faça essa vitamina de alecrim e pera. Use um copo de chá de alecrim, uma pera picada em pedaços pequenos, um copo de suco de acerola ou de água de coco. Bata tudo no liquidifi cador até fi car homogêneo. Beba três vezes por dia.

Combata a ressaca com chá de pera e suco de alecrim

A fama da camomila como erva com poderes calmantes é antiga e muito forte. Quase todos sabem que essa planta tem a capacidade de acalmar e de controlar a ansiedade. É por isso que o chazinho de camomila é encontrado fa-cilmente e amplamente consumido. O xarope calmante de camomila é outra opção de remédio caseiro para combater problemas nervosos. O consumo regular de três colheres deste xarope normalmente resulta em um sono calmo e num dia a dia de maior serenidade e resistência ao estresse da vida. O xarope de camomila também ajuda a resolver problemas no aparelho digestivo, como infl amações na mucosa gastrintestinal, azia, gases e alivia tanto a prisão de ventre quanto a diarreia, pois regula o intestino.

Xarope de camomila ajuda a combater o estresse

DiagramaçãoAdyel Vieira

RevisãoGracycleide Drumond

Os papiros médicos

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Cuidado com a disenteria

Humberto Figliuolo

Papiro Smith: encontrado numa tumba em Tebes e comprado por Edwin Smith, em 1862, um jovem egip-tólogo ameri-cano”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

farmacêutico

O índice de mortalidade por diarreia e gastroenteri-tes de origem infecciosa é muito alto, principalmen-te no nordes-te”.

A diarreia, aumento do número de evacuações associado à perda da consistência das fezes, é um problema que mata 15 pessoas por dia no Brasil.

A diarreia tanto pode ser cau-sada por uma infecção como por alergias. É claro que, na maior parte dos casos, é uma condição passageira, que, além de contra-tempos, não traz maiores conse-quências. Complicações ocorrem quando a diarreia se agrava ou se prolonga, causando desidratação pela perda de água e de minerais importantes, como sódio e potás-sio. Crianças e idosos fazem parte do grupo que mais corre risco de vida, por conta da desidratação produzida pela diarreia.

O índice de mortalidade por diar-reia e gastroenterites de origem infecciosa é muito alto, principal-mente no Nordeste. Isso representa 5,5 mil óbitos por ano.

Mas por que ocorre a diarreia? O intestino funciona, basicamente, observando e eliminando líquidos e substâncias. Quando sua função sofre alteração, pela ação de uma infecção por exemplo, desenvolve-se um desequilíbrio entre elimina-ção e absorção, podendo gerar um quadro de diarreia. O importante para o profi ssional médico é des-

cobrir o provável local do distúrbio, se intestino delgado ou grosso para auxiliar no diagnostico.

Existem dois tipos de diarreia: a aguda, que dura de uma a três semanas e na maioria dos casos não necessita de intervenção mé-dica. E a diarreia crônica, que dura mais que três semanas e é dividida em dois tipos: o primeiro é o da diarreia que pode ser controlada com a realização de um jejum; o segundo é o que não responde a dietas e as fezes podem apresentar muco ou sangue.

Quando as fezes apresentam essas características, o paciente deve procurar um especialista para que possa ser feito um diagnóstico diferenciado, pelo qual podem ser identifi cadas doenças infl amató-rias no intestino, tumores ou al-guma outra infecção.

O importante é beber bastante água, mas apenas isso não vai re-compor a perda de sódio e potássio. Por isso deve-se também tomar soro caseiro e alguns isotônicos que existem no mercado. Mante-nha sua alimentação, não deixe de comer. Medicamentos? Alguns medicamentos podem causar uma sensação de alívio aos sintomas da diarreia, mas estes não devem ser consumidos, pois a diarreia é uma

manifestação de defesa natural do nosso organismo.

Existe também a necessidade de uma boa higiene para evitar a infecção ou contaminação pela diarreia. Lave sempre muito bem as mãos e, sempre que for ao ba-nheiro, dê a descarga com a tampa do vaso fechada.

A diarreia é a doença do sol que produz a combinação perfeita para proliferação de doenças comuns em dias quentes. A disseminação do vírus causador da diarreia é um dos fatores dos efeitos do calor, sobretudo por meio de ali-mentos contaminados e contatos corporais. Procure sempre tomar o soro caseiro, e o consumo deve ser diretamente proporcional aos números de evacuações.

Disenteria, segurando a onda, a higiene é a chave da prevenção no controle da diarreia, principal-mente a lavagem das mãos, e, sobretudo ao manusear alimen-tos. Não coma qualquer alimento, a validade e o acondicionamento de alimentos ingeridos merecem atenção. Sua opção deve ser sem-pre por produtos menos perecí-veis. Evite sempre alimentos ou produtos vendidos por ambulan-tes sem as condições ideais de armazenamento e refrigeração.

As fontes históricas das prá-ticas médicas, no Egito antigo, são compostas por documentos de diferentes naturezas reveladores de como os egípcios, pelos menos os ricos e próximos do poder po-lítico, em determinados períodos, se relacionavam com a saúde e a doença, a vida e a morte.

Os papiros contendo regis-tros médicos estão entre os mais importantes:

- Papiro Ebers: o nome correspon-de ao primeiro comprador, George Ebers, que o adquiriu, em 1872, de um desconhecido egípcio. Os registros são possivelmente fruto de muitos autores, em torno de 1550 a.C., durante o reinado de Amenophis I. Alguns especialistas acreditam que é a cópia de outro papiro mais antigo: conjunto de textos contendo 875 receitas, nem sempre inter-relacionados, com 20 metros de cumprimento, em perfeito estado de conservação, encontra-se na universidade de Leipzig, na Alemanha. Além de incomensurável valor histórico, por conter importantes diagnósticos e prescrições específi cas para as do-enças do coração, como o quadro clínico do infarto do miocárdio: “Se examinares um homem que sofre do estômago, que se queixa de dores no braço e no peito, mais precisamente na parte lateral... Diz-

se então que se trata da doença wid... Deves dizer: é a morte que se aproxima dele”. As outras receitas orientam sobre função intestinal, digestão, dores reumáticas, parali-sia dos membros, estados gripais, doenças pulmonares, olhos, ouvido, estômago e fígado, obstruções in-testinais, mordeduras de animais, queimaduras, cuidados com a pele e o cabelo, dentes e a língua.

- Papiro Smith: encontrado numa tumba em Tebes e comprado por Edwin Smith, em 1862, um jovem egiptólogo americano. Apesar de ter sido escrito em torno de 1540 a 1600 a.C., na décima oitava dinastia, do mesmo modo que o anterior parece ser compilação de documentos mais antigos, do Antigo Império. Trata-se de muito bem ordenado conjunto de infor-mações de anatomia e doenças cirúrgicas é dedicada ao diag-nóstico, tratamento e prognóstico dos traumatismos, que incluem os traumas faciais, pescoço, clavícu-la, úmero, esterno, tórax, costelas, ombro, coluna lombar.

Esse papiro contém trinta e cinco tratamentos com incrível atualidade, como o da fratura bilateral da clavícula: “Se você estiver examinando um homem com fratura hsb em ambas as clavículas, encontrando ambas as clavículas, uma mais curta e em

posição que difere em relação à segunda, então você tem que dizer: trata-se de uma fratura em ambas as clavículas, uma enfermidade de que eu cuido. Você deve dei-tá-lo então de costas, dobrando algum objeto para colocá-lo entre suas omoplatas. Depois deverá afastar as omoplatas para que as duas clavículas se estiquem, de modo que aquela fratura hsb retorne ao lugar certo”.

- Papiro Berlin: escrito em 1540 a.C., na décima oitava dinastia, contém prescrições em forma de encantamentos para proteger as mães e seus fi lhos;

- Papiro Londres: descreve ritos mágicos para curar as doenças dos olhos e das mulheres;

- Papiro Kahoun: é o mais antigo dos papiros. Escrito em torno de 2.000 a. C., abrangendo as doenças ginecológicas e obstétricas;

- Papiro Cheaster Beatty: data da décima nona dinastia, em torno de 1.300 a. C., descreve as doenças e os tratamentos das doenças do ânus.

O conjunto dos papiros médi-cos do Egito antigo demonstra o quanto a medicina estava presente e buscando solução para as do-enças mais comuns. Realmente, é impressionante a precisão dos diagnósticos e existência de médi-cos que construíam saberes.

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

A preocupação com a saúde bucal tem se tornado cada vez maior ao longo dos anos

Como cuidar dos dentes de leite das crianças

E para que na fase adulta os dentes sejam saudá-veis e livres dos mais variados problemas, os

cuidados devem começar na infância, logo nas primeiras aparições dos dentes decídu-os, popularmente conhecidos como dentes de leite.

Os pais devem estar atentos aos cuidados com os denti-nhos, desde o tipo de creme dental utilizado, até os movi-mentos de escovação, diz o odontologista doutor José Ri-cardo Muniz. “O incentivo para uma boa escovação e bons cuidados deve vir dos pais. Nos primeiros anos de vida, sempre acompanhar e ensinar o jeito correto de escovar os dentes, explicando os benefícios e as vantagens para que a criança já tenha em mente a impor-tância disso”, afirma.

Com isso, o profissional listou cinco dicas importantes para cuidar dos dentes de leite das crianças, explicando os benefí-cios futuros à saúde bucal.

1 - Uma boa escovação do dente de leite: o que ela pode evitar?

O hábito de escovar os dentes regularmente e corretamente é fundamental para preservação da saúde bucal e sistêmica (em todo corpo) da criança. As doenças mais comuns ligadas à cavidade oral são a cárie e a doença gengival (periodontal). Ambas estão relacionadas à presença de bactérias sobre a superfície dos dentes com uma condição favorável para sua proliferação (má higiene). “Existem pesquisas compro-vando que algumas lesões re-petitivas em atletas, doenças cardíacas entre outras, podem ser provocadas por bactérias presentes na doença dentária, que acabam caindo na corren-te sanguínea causando outros problemas fora da boca”, ex-plica Muniz.

Outro ponto importante des-tacado pelo odontologista é o incentivo e a vigilância dos pais, para analisar se a higiene foi feita corretamente. “Os pais devem, sim, colocar a criança para escovar os dentes sozi-nha, para criar independência desse hábito, mas sempre com supervisão. Após a criança dizer que terminou, sempre verificar se está tudo bem e finalizar a escovação de maneira correta, explicando aos pequenos os benefícios desses cuidados”.

2 - Evitar produtos com

álcool: é correto?O profissional explica que

é muito importante não só

a criança, mas o adulto também, evitar ao máximo contato do álcool com a mucosa (gengiva e tecidos moles da boca), quer seja pelo consumo de bebidas ou pelo uso de soluções de bochecho. “O álcool age como um irritante local, po-dendo levar ao surgimento de lesões locais repetitivas nessa mucosa (como astas). Essas lesões recorrentes aumentam significativa-mente o risco ao câncer para esses indivíduos”.

3 - Fio dental já pode

ser utilizado nos dentes de leite?

“Não só pode, como deve ser feito”, exclama o odon-tologista. “Além de ser um instrumento para remover resíduos que se depositam entre os dentes, o fio dental, quando corretamente e sis-tematicamente usado, ajuda a desorganizar as bactérias presentes entre os dentes, de modo que elas não consigam provocar doenças”. Muniz ex-plica que o hábito de usar fio dental na limpeza bucal deve ser iniciado logo na aparição dos pri-meiros dentes, para incentivar a crian-ça a colocar essa prática na rotina durante a infân-cia e por toda a vida adulta.

A higiene bucal deve começar cedo, com os primei-ros dentes

DIVULGAÇ

ÃO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 F5

Especialista esclarece 12

curiosidades que a mulher tem

sobre um dos momentos mais

importantes de sua vida

Especialista esclarece 12

Ao longo dos nove meses de gestação, a mulher tem inúme-ras dúvidas. Se for

mamãe de primeira viagem então, as incertezas aumen-tam. À medida que a barriga cresce, a conexão entre mãe e fi lho aumenta, assim como a ansiedade de fi nalmente tê-lo nos braços. E a hora do parto, que é o momento mais aguardado do processo, chega carregada de mitos, indepen-dentemente se será realizado de forma natural ou por meio de uma cesárea.

Segundo o ginecologista Dr. Renato de Oliveira, o início do trabalho de parto é diferente para cada mulher, isto porque, algumas conseguem identifi -car os sinais de quando está chegando a hora, outras, no entanto, confundem o estágio inicial como sendo azia, dor lombar, gazes ou indigestão. “Esta é uma das questões que mais preocupam as futuras mamães. No entanto, elas po-dem fi car tranquilas, pois exis-tem alguns sinais distintos que indicam se chegou ou não o momento de dar à luz ao tão sonhado bebê”, afi rma.

Principais questionamentos pertinentes ao assunto.

- Quais são os sinais de trabalho de parto?

Eles variam de mulher para mulher. Podem iniciar com do-res na região lombar, irradian-

do para o abdômen e deixando a barriga dura por, aproxima-damente 30 segundos a cada dez minutos, caracterizando assim, as famosas contra-ções. É importante atentar que o simples surgimento de contrações não signifi ca que chegou a hora. Há também trabalhos de parto que se anunciam com um discreto sangramento genital ou ain-da com a rotura da bolsa, derramando o líquido de seu interior o qual se assemelha à água sanitária. Outro sinal, mas que somente o médico pode observar, é a dilatação do colo uterino acima de dois centímetros com um “prepa-ro” do mesmo denominado esvaecimento.

- O que fazer após o rom-pimento da bolsa?

Se a bolsa rompeu, deve-se avisar ao médico e procurar um hospital.

- Quando se recomenda fazer uma indução do par-to?

A indução pode ser indicada em várias situações. Além de diversas situações nas quais há alguma complicação obs-

tétrica, como o diabetes e a hipertensão, pode-se citar a indução quando uma gesta-ção completa uma semana de pós datismo, ou seja, 41 semanas. Deve-se induzir, desde que exista indicação para se aguardar até este período, pois há um aumento signifi cante de complicações ao se passar desta idade ges-tacional. Independente do mo-tivo, o médico utiliza algumas técnicas como medicamentos ou dilatações por balões ou uma alga com efeito mecânico para a abertura do colo e o desencadeamento de contra-ções. Isto deve ser monitorado por um médico capacitado.

- Quais exercícios favo-recem a dilatação?

A caminhada durante o pró-prio trabalho de parto, exercí-cios em bolas apropriadas e subir e descer escadas, desde que acompanhadas, podem ser interessantes recursos.

- Porque a gestante deve parar de comer ou beber ao en-trar em trabalho de parto?

Além da possibilidade de náuseas e vômitos, há a pos-sibilidade de risco anestésico, uma vez que se por algum

motivo especial esta paciente necessitar de uma intubação, o estômago cheio aumenta o risco de broncoaspiração com graves consequências como a pneumonite química.

- A lua infl uencia no tra-balho de parto?

Não há comprovação cien-tífi ca. Apesar da especulação de uma atuação no líquido amniótico empurrando o bebê, semelhante a explicação físi-ca da infl uência da lua na ele-vação das marés, não ocorre maior número de partos em dias de lua cheia. Talvez, o que seja mais frequente, sejam os comentários nos hospitais sobre ser dia de lua cheio, o que levaria a impressão que isto interferiria no processo.

- Quais os benefícios do parto natural?

A grande vantagem é que não se trata de uma cirurgia propriamente dita, com cortes e suturas, além de o risco de infecção e hemorragia ser menor. Pelo mesmo motivo, a recuperação também é melhor no pós-parto. Este tipo de parto também favorece a amamen-tação, pois há um disparo de hormônios avisando ao orga-nismo que é hora de começar a produzir leite. Também há a relação entre mãe e fi lho que tende a se estabelecer desde cedo, já que a mulher participa ativamente do nascimento.

A possibilidade de um parto normal está ligada à posição dos bebês. Porém, devido ao grande risco de complicações e o desacon-selhamento de se realizar reposicionamento do bebê, procedimento denominado versão externa, há uma ten-dência em indicar cesárea em partos gemelares.

- Quais a possíveis compli-cações de uma cesárea?

Por se tratar de um proce-dimento cirúrgico, há riscos de lesões de órgãos como

a bexiga e os ureteres, in-fecções e maior risco de sangramento. Isto é mini-mizado quando a operação é realizada por bons profi s-sionais e uso de antibioti-coprofi laxia.

- A barriga fi ca mais fl á-cida após a cesárea?

Ela pode fi car fl ácida em ambos os partos. Isto de-pende muito mais de como a mulher se preparou durante a gravidez para fortalecer a musculatura abdominal. Em geral, dentro de seis

meses a mulher volta a ter a barriga de antes, tanto após a cesárea quanto no parto normal.

- Quais exames devem ser feitos antes do parto?

Além dos exames normais do pré-natal, deve-se fa-zer a cultura de secreção vaginal a fi m de se pesqui-sar a presença da bactéria Streptococo do grupo B, que pode colonizar os tratos in-testinais e genito-urinários, podendo contaminar o bebê na hora do parto normal.

Gravidez é de gêmeos

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 F5

Especialista esclarece 12

curiosidades que a mulher tem

sobre um dos momentos mais

importantes de sua vida

Especialista esclarece 12

Ao longo dos nove meses de gestação, a mulher tem inúme-ras dúvidas. Se for

mamãe de primeira viagem então, as incertezas aumen-tam. À medida que a barriga cresce, a conexão entre mãe e fi lho aumenta, assim como a ansiedade de fi nalmente tê-lo nos braços. E a hora do parto, que é o momento mais aguardado do processo, chega carregada de mitos, indepen-dentemente se será realizado de forma natural ou por meio de uma cesárea.

Segundo o ginecologista Dr. Renato de Oliveira, o início do trabalho de parto é diferente para cada mulher, isto porque, algumas conseguem identifi -car os sinais de quando está chegando a hora, outras, no entanto, confundem o estágio inicial como sendo azia, dor lombar, gazes ou indigestão. “Esta é uma das questões que mais preocupam as futuras mamães. No entanto, elas po-dem fi car tranquilas, pois exis-tem alguns sinais distintos que indicam se chegou ou não o momento de dar à luz ao tão sonhado bebê”, afi rma.

Principais questionamentos pertinentes ao assunto.

- Quais são os sinais de trabalho de parto?

Eles variam de mulher para mulher. Podem iniciar com do-res na região lombar, irradian-

do para o abdômen e deixando a barriga dura por, aproxima-damente 30 segundos a cada dez minutos, caracterizando assim, as famosas contra-ções. É importante atentar que o simples surgimento de contrações não signifi ca que chegou a hora. Há também trabalhos de parto que se anunciam com um discreto sangramento genital ou ain-da com a rotura da bolsa, derramando o líquido de seu interior o qual se assemelha à água sanitária. Outro sinal, mas que somente o médico pode observar, é a dilatação do colo uterino acima de dois centímetros com um “prepa-ro” do mesmo denominado esvaecimento.

- O que fazer após o rom-pimento da bolsa?

Se a bolsa rompeu, deve-se avisar ao médico e procurar um hospital.

- Quando se recomenda fazer uma indução do par-to?

A indução pode ser indicada em várias situações. Além de diversas situações nas quais há alguma complicação obs-

tétrica, como o diabetes e a hipertensão, pode-se citar a indução quando uma gesta-ção completa uma semana de pós datismo, ou seja, 41 semanas. Deve-se induzir, desde que exista indicação para se aguardar até este período, pois há um aumento signifi cante de complicações ao se passar desta idade ges-tacional. Independente do mo-tivo, o médico utiliza algumas técnicas como medicamentos ou dilatações por balões ou uma alga com efeito mecânico para a abertura do colo e o desencadeamento de contra-ções. Isto deve ser monitorado por um médico capacitado.

- Quais exercícios favo-recem a dilatação?

A caminhada durante o pró-prio trabalho de parto, exercí-cios em bolas apropriadas e subir e descer escadas, desde que acompanhadas, podem ser interessantes recursos.

- Porque a gestante deve parar de comer ou beber ao en-trar em trabalho de parto?

Além da possibilidade de náuseas e vômitos, há a pos-sibilidade de risco anestésico, uma vez que se por algum

motivo especial esta paciente necessitar de uma intubação, o estômago cheio aumenta o risco de broncoaspiração com graves consequências como a pneumonite química.

- A lua infl uencia no tra-balho de parto?

Não há comprovação cien-tífi ca. Apesar da especulação de uma atuação no líquido amniótico empurrando o bebê, semelhante a explicação físi-ca da infl uência da lua na ele-vação das marés, não ocorre maior número de partos em dias de lua cheia. Talvez, o que seja mais frequente, sejam os comentários nos hospitais sobre ser dia de lua cheio, o que levaria a impressão que isto interferiria no processo.

- Quais os benefícios do parto natural?

A grande vantagem é que não se trata de uma cirurgia propriamente dita, com cortes e suturas, além de o risco de infecção e hemorragia ser menor. Pelo mesmo motivo, a recuperação também é melhor no pós-parto. Este tipo de parto também favorece a amamen-tação, pois há um disparo de hormônios avisando ao orga-nismo que é hora de começar a produzir leite. Também há a relação entre mãe e fi lho que tende a se estabelecer desde cedo, já que a mulher participa ativamente do nascimento.

A possibilidade de um parto normal está ligada à posição dos bebês. Porém, devido ao grande risco de complicações e o desacon-selhamento de se realizar reposicionamento do bebê, procedimento denominado versão externa, há uma ten-dência em indicar cesárea em partos gemelares.

- Quais a possíveis compli-cações de uma cesárea?

Por se tratar de um proce-dimento cirúrgico, há riscos de lesões de órgãos como

a bexiga e os ureteres, in-fecções e maior risco de sangramento. Isto é mini-mizado quando a operação é realizada por bons profi s-sionais e uso de antibioti-coprofi laxia.

- A barriga fi ca mais fl á-cida após a cesárea?

Ela pode fi car fl ácida em ambos os partos. Isto de-pende muito mais de como a mulher se preparou durante a gravidez para fortalecer a musculatura abdominal. Em geral, dentro de seis

meses a mulher volta a ter a barriga de antes, tanto após a cesárea quanto no parto normal.

- Quais exames devem ser feitos antes do parto?

Além dos exames normais do pré-natal, deve-se fa-zer a cultura de secreção vaginal a fi m de se pesqui-sar a presença da bactéria Streptococo do grupo B, que pode colonizar os tratos in-testinais e genito-urinários, podendo contaminar o bebê na hora do parto normal.

Gravidez é de gêmeos

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

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Pilates ajuda durante a gravidez Do controle de peso à me-

lhora da postura, a prática de exercícios físicos durante a gravidez reúne inúmeros benefícios que refl etem di-retamente tanto na saúde da mulher quanto na do bebê. Na dúvida sobre qual atividade física escolher, uma boa opção é o pilates. A atividade contri-bui para o aprimoramento dos movimentos e para a melhora no controle e na percepção do corpo. Tudo isso refl ete dire-tamente no aumento da dis-posição e no desempenho nas atividades físicas, no parto e posteriormente nos cuidados com o bebê.

BenefíciosOs músculos também so-

frem transformações. Duran-te a gestação, os músculos abdominais se distendem para acomodar o crescimen-to do bebê. Por esse motivo,

podem fi car enfraquecidos. O pilates relaxa os músculos tensos, reestimula os fracos, provê suporte para o bebê e ajuda a readquirir uma pos-tura apropriada. Além desses benefícios, o pilates também estimula a efi ciência do as-soalho pélvico e aprimora os músculos usados durante o trabalho de parto, enquan-to promove relaxamento por meio de movimentos precisos e controlados em associação com a respiração.

De acordo com o ACOG (American College of Obste-tricians and Gybecologists), é recomendável que grávi-das pratiquem, pelo menos, trinta minutos de exercício moderado diariamente. Essa frequência pode minimizar náuseas, fadiga, câimbras, constipação, entre outros transtornos.

Adotar a prática de pila-

tes durante a gestação é um excelente recurso para quem deseja continuar se exerci-tando. Nesse caso, ainda que a futura mamãe não tenha tido contato com os exercícios antes da gravidez, ela pode iniciar a prática mediante liberação médica após o se-gundo trimestre de gestação. Ainda que o método seja um dos meios mais seguros e efi cientes para se exercitar, existem contra-indicações que inviabilizam sua prática se a gestante, por exemplo, apresentar indícios de parto prematuro, risco de descola-mento de placenta entre ou-tros, por isso é indispensável a orientação, autorização e acompanhamento médico.

Para gestantes, recomen-dam-se aulas individuais para que seja possível atender cada mulher em suas demandas específi cas. A prática deve

ser realizada sob orientação de um instrutor experiente, capaz de adaptar a técnica e utilizar os equipamentos do método no sentido de oferecer a assistência e a resistência necessária para um prática segura e efi ciente.

O foco da prática de Pi-lates neste momento deixa de ser o fortalecimento da região abdominal e passa a ser a manutenção de um tô-nus sufi ciente para auxiliar no trabalho de parto e prevenir dores lombares. A prática de pilates pode ser uma opção a mais para seu equilíbrio físico e emocional.

Tão importante quanto a prática de pilates durante a gestação é sua prática no pós-parto. Lembre-se de res-peitar seu corpo e retomar aos poucos a atividade após o nascimento do bebê. Consulte seu médico a respeito.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

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Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

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Não faça exercícios sem orientação de um bom profi ssional

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AÇÃO

glútenforma sem

O caminho da boa

O aliado da dieta está cada vez mais em evidência para quem quer recuperar a boa forma

Para quem está na briga contra a ba-lança, a simples ideia de encontrar

uma fórmula que possibilite perder em média até cinco quilos em apenas uma se-mana sem passar fome já é um ganho. Pois essa é a promessa de mais uma dieta de sucesso que está fazendo a cabeça da mu-lherada em vários cantos do mundo. O Brasil não fi ca atrás e também já aderiu à dieta sem glúten, que pro-mete resultados fantásticos em poucos meses. A apre-sentadora Luciana Gimenez é uma defensora ardente da dieta e conta para quem quiser que perdeu mais de 30 quilos retirando o glúten de sua alimentação. Vale salientar que tal perda de peso não pode ser total-mente atribuída somente à dieta alimentar, Luciana também se submeteu a um intenso programa de exercí-cios, mas ela anunciou que seu metabolismo fi cou mais acelerado e ela percebeu redução de inchaço e menos desconforto abdominal.

De qualquer forma, a die-ta tem feito sucesso entre famosas do mundo inteiro

como as atrizes Halle Berry, Rachel Weisz e Miley Cyrus. O número de adeptos é im-pressionante, somente nos Estados Unidos chega a 1,6 milhão de pessoas, segun-do levantamento realizado pela Clínica Mayo, renoma-da instituição de pesquisa daquele país. Pelas ban-das de cá, além da Luciana Gimenez, outras famosas como Angélica, Grazi Mas-safera, Giovana Antonelli e Luiza Possi também sen-tiram profundas transfor-mações após aderirem à dieta. Luiza confessou que perdeu 12 quilos e passou do manequim 40 para o 34 após abolir glúten e lactose de sua alimentação.

A dieta, como a maio-ria, tem seus defensores e quem não aprove por con-siderar que ela é radical e que muitas vezes fi ca complicado substituir os alimentos contando com os mesmos nutrientes. De maneira geral, os nutri-cionistas concordam que quem emagreceu após ti-rar o glúten do cardápio perdeu peso também em decorrência de fatores as-sociados como intensidade de atividades físicas.

Sobre a proteínaEla está presente no trigo, na cevada, no

centeio e no malte. É uma proteína sem valor nutricional e sem calorias. Quem adota a dieta fi ca sem comer a maioria dos carboi-dratos e deve se manter longe da cerveja e do uísque. No Brasil é obrigatória a indi-cação, no rótulo dos produtos, da ausência

ou da presença da substância. O motivo é simples, algumas pessoas têm intolerância à proteína e podem apresentar um quadro conhecido como doença celíaca, que pode, entre outras coisas, provocar diarreia crô-nica, desnutrição, fadiga e até distúrbios do crescimento em crianças.

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AÇÃO

Tirar o glúten da dieta pode

ajudar na hora de perder os

quilinhos a mais

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Não é fácil lidar com um problema desse tipo durante um relacionamento afetivo, mas e possível com ajuda especializada

Meu parceiro usa

e agora?Meu parceiro usaMeu parceiro usaMeu parceiro usa

agora?

O relacionamento vai

bem, você sente-se ama-da e acredita que, realmen-

te, encontrou sua alma gê-mea. No entanto, uma notícia

pode abalar a estrutura deste conto de fadas, a descoberta

de que seu parceiro envolveu-se com drogas. “Essa é uma situação

difícil de ser enfrentada, porém que pode acontecer com qualquer casal”, comenta a terapeuta e Coach Erica Aidar. Para ela, mais complexo ainda é lidar com o problema que, muitas vezes, não é passageiro e exige uma solução.

Tal descoberta não precisa ne-cessariamente provocar um rom-pimento na relação. No entanto, é preciso enfrentar o proble-ma com discernimento para,

primeiro compreender se o parceiro quer ser ajudado,

depois avaliar se você tem estrutura emocional

para contribuir nessa fase de recupera-

ção e, por fi m, ter maturida-

de para

abrir mão de uma relação problemática se preciso for. “É muito comum que o usuário de droga negue o vício, por isso a parceira precisa ter uma conversa franca e dobrar sua atenção. Além disso, oferecer ajuda não signifi ca que ele irá aceitar prontamente, isso pode levar tempo, o que pode provar certo desgaste”, alerta Erica.

Para facilitar a compreensão de um tema tão delicado, Erica enumera algumas atitudes essenciais para quem enfrenta um problema como este. Confi ra!

Não queira enfrentar isso sozinhaInicialmente, você pode até prefe-

rir esconder isso de seus familiares e amigos, porém após o impacto da descoberta, é importante contar com a ajuda de entes queridos, inclusive, da família dele. “O apoio da família é muito importante para o sucesso da recuperação”, defende a especialista. Ele passará por uma fase complexa e sentir-se acolhido pode fazer a diferença.

Busque ajuda especializadaEste é um problema sério que exige

acompanhamento médico e psicoló-gico. Em alguns casos, medicamen-tos e até internação são necessários para vencer o vício. E tudo isso só pode ser realizado por uma equipe apta para atender o caso.

Ofereça seu apoio

P e r c e -ber que seu parceiro está

disposto a buscar tratamento é decisivo para manter-se ao seu lado, oferecendo apoio e ca-rinho. Em casos assim, vale a pena investir no relacionamen-to. “Aliás, essa presença pode ser um estímulo para que ele enfrente e vença o problema”, diz Erica.

Continue tocando sua vida“É essencial buscar equilíbrio, ofere-

cendo ajuda ao parceiro e, ao mesmo tempo, dando continuidade em sua própria vida”, afi rma Erica. Nada de abandonar trabalho, estudo e amigos para dedicar-se integralmente, enten-da que seu companheiro precisa de cuidados médicos e, cada um, deve cumprir seu papel nessa recuperação. “Para vencer o vício, ele próprio deve seguir as orientações médicas com persistência”, acrescenta. Nessa fase, dividir tarefas é importante e, você deve manter seus com-promissos em dia, cuidando de si, para que após a recu-peração dele esteja em condições de usufruir de uma nova fase mais feliz.

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F8 MANAUS, DOMINGO, 11 DE JANEIRO DE 2015Saúde e bem-estar

Tratamento para engravidar

Fertilização In Vitro (FIV)mailto:[email protected]

Fertilização In Vitro (FIV) LOURIVALDO RODRIGUES DE SOUZA

A Fertilização in Vitro (FIV) é um dos tratamentos mais utilizados, pois atende um grande número de proble-mas de fertilidade.

Este procedimento está in-dicado para as seguintes si-tuações: Na mulher – ligadu-ra tubária, obstrução tubária, endometriose, idade avançada (acima de 38 anos), falhas de implantação embrionária; abor-tamentos de repetição; falhas de tratamentos como insemi-nação artifi cial, etc; no Homem – alteração seminal média a grave, vasectomia, pouca mo-tilidade do espermatozoide, azoospermia, varicocele, etc.

A FIV é um tratamento com-plexo que consiste em várias etapas bem defi nidas, até a transferência dos embriões para o útero materno. Com-preende os seguintes passos:

Estimulação da ovulaçãoNa estimulação da ovulação

para Fertilização in vitro (FIV) são utilizadas medicações hor-monais que atuam nos ová-rios estimulando-os a produzir o maior número possível de óvulos pois, quanto maior o número de óvulos, mais embri-ões irão se formar e, portanto, maiores as chances de termos bons embriões (o que aumenta as possibilidades de gravidez).A estimulação da ovulação dura de 9 a 12 dias e, nesse perío-do, é realizado o controle da ovulação por meio do exame

ultra-som. No momento em que a maioria dos folículos (estru-turas que contêm os óvulos) atingirem o tamanho de 18-20 mm, aplicamos outro hormônio chamado hCG (gonadotrofi na coriônica humana) para fi nalizar a maturação dos óvulos. Após 34 a 36 horas da aplicação do HCG, os óvulos estão prontos para serem colhidos e utilizados na fertilização com os esper-matozoides.

Coleta dos óvulosA coleta dos óvulos no trata-

mento de Fertilização in vitro (FIV) é realizada sob visão ul-trassonográfi ca. Primeiramen-te, realizamos uma limpeza cui-dadosa da vagina. Logo após, a paciente é sedada, impedindo dores no momento da punção dos ovários. A aspiração do conteúdo dos folículos é feita com uma agulha fi na que está ligada ao aparelho de ultrassom através de um guia instalado no transdutor transvaginal do apa-relho. Essa agulha é acoplada a um tubo de ensaio que contém tecnologia adequada para rece-ber os óvulos aspirados. Esse tubo de ensaio, por sua vez, está ligado a um aspirador.

Coleta Geralmente para realização

da Fertilização in vitro (FIV) a coleta dos espermatozoides é feita por masturbação no mes-mo dia em que a mulher é submetida à coleta dos óvulos.

A tranferência dos embriões é realizada com auxílio do exame ultras-som abdomi-nal, que guia a passagem dos embriões para dentro do útero.

LOURIVALDO RODRIGUES DE

SOUZAMD, PhD.

Nos casos de azoospermia os homens devem ser submeti-dos aos procedimentos para obtenção de espermatozoides indicados para cada caso.

O papel do laboratórioAlgumas horas após a ob-

tenção dos gametas é feita a fertilização in vitro (FIV) dos óvulos. Esse procedimento pode ser realizado por duas técnicas: fertilização in vitro (FIV) conven-cional ou ICSI (intra citoplasma-tic sperm injection).

FIV ConvencionalNa Fertilização in vitro con-

vencional os espermatozoides são colocados juntos aos óvulos para que eles o penetrem e pos-sam fertilizá-los. A foto abaixo representa um óvulo com um espermatozoide instantes an-tes de penetrá-lo.

ICSI (intra citoplasmatic sperm injection)

Nesse caso, os espermato-zoides com melhores condições (melhor forma e movimenta-ção) são “escolhidos” pelo em-briologista com a ajuda de um microscópio e cada um deles é injetado dentro de cada óvulo através de micromanipulado-res acoplados ao microscópio.

Transferência dos embriõesApós a fertilização in vitro

(FIV) dos óvulos, formam-se embriões que, por sua vez, co-meçam a se desenvolver. O desenvolvimento é rápido – a cada 24 horas, dobra o número de células de cada embrião.

Normalmente, na fertilização in vitro, a transferência dos embriões é realizada no se-gundo, terceiro e/ou quinto dia

após a coleta dos óvulos (isso será defi nido de acordo com o desenvolvimento embrionário específi co de cada caso).

A transferência dos embri-ões é realizada com auxílio do exame ultrassom abdominal, que guia a passagem dos em-briões para dentro do útero. Trata-se de um procedimento indolor que consiste na inser-ção de um pequeno cateter dentro do útero das pacientes. Esse cateter contém os em-briões que serão injetados na cavidade uterina.

Após 12 dias da transferência dos embriões realizaremos o primeiro teste de gravidez (β-hCG quantitativo). Se positivo, costumamos repeti-lo após 2 ou 3 dias para confi rmar a ges-tação e também para acompa-nhar o desenvolvimento inicial da gravidez.

A Fertilização In Vitro é um dos tratamentos mais utilizados, pois atende inúmeros problemas

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