55
SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves.

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA

Profª. Maria Joselita Alves.

Page 2: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO De acordo com a Organização Mundial de

Saúde: Prematuros ou pré-termo: àqueles com idade

gestacional inferior a 37 semanas. A termo: àquele que apresenta idade

gestacional de 37 a 41 semanas. Pós-termo: àquele que apresenta idade

gestacional acima de 42 semanas.

Page 3: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA ADAPTAÇÃO Período de transição: vida intra-

uterina/ vida extra-uterina Papel da placenta Nascimento: alterações em todos os

sistemas corporais e exposição do RN a uma ampla variedade de estímulos externos.

Enfermeiro: reconhecer sinais de uma adaptação ineficiente e intervir prontamente quando eles ocorrerem.

Page 4: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA CARDIOVASCULARCaracterísticas anatômicas: Placenta – órgão de troca (O2,

nutrientes e outras substâncias e excreção de resíduos)

Ducto venoso (liga a veia cava inferior à veia umbilical)

Ducto arterioso (dirige, junto com o forame oval, a maior parte do sangue para fora do circuito pulmonar).

Forame oval

Page 5: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÓRIO 1. Circulação fetal:

A placenta onde se processam as trocas nutritivas materno fetais, está ligada ao feto por uma veia umbilical e duas artérias umbilicais que fazem parte do cordão umbilical.

Pela veia umbilical provém da placenta sangue arterializado que é lançado na v. cava inferior, quer indiretamente através do fígado, quer diretamente através do ducto venoso (v. porta+ v. cava inf.)

Page 6: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

Pela aorta, o sangue é distribuído à circulação geral; retorna à placenta pelas artérias umbilicais.

OBS: durante a vida fetal a oxigenação do sangue é feita na placenta, função que é transferida aos pulmões, por ocasião do nascimento, quando se processam os primeiros movimentos respiratórios. Consequentemente, os canais de comunicação – ducto venoso, ducto arterial (tronco pulmonar + aorta), v. umbilical, aa. Umbilicais – e o amplo forame oval, deixam então de ter suas funções e sofrem um processo de oclusão lenta e gradual que termina meses após o nascimento.

Page 7: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves
Page 8: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves
Page 9: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA CARDIOVASCULAR VOLUME SANGUÍNEO RN a termo: 80 a 90 ml/Kg de peso corporal Prematuro: 90 a 105ml/Kg de peso corporal Varia conforme o vol. de sangue transferido pela

placenta após o parto.

O Clampeamento tardio do cordão umbilical.

Page 10: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIOEntre 24 e 30 semanas de gestação

Produção de surfactante (pneumócitos do tipo II – células alveolares)

Fosfolipídeos que diminuem a tensão superficial dos fluídos pulmonares e evita o colapso alveolar ao final da expiração.

Facilita as trocas gasosasDiminui as pressões de

insuflaçãoMelhora a complacência

pulmonar e diminui o trabalho respiratório

Page 11: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIOPulmões fetais Líquido secretado pelos pulmões, pela cavidade

amniótica e pela traquéiaParto vaginalCompressão torácica

1/3 do líquido pulmonar é forçado para 2/3 são absorvidos pelo fora através do nariz e da boca sistema linfático e circulação pulmonar Retração elástica puxa o ar para dentro dos pulmões p/ substituir o líquido expelido

Tempo necessário para limpar os pulmões: de 6 a 24 horas após o parto vaginal de um RN a termo. A remoção inadequada pode causar taquipnéia transitória.

Page 12: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIO Estímulo respiratório

Asfixia

Estimula os quimioreceptoresNos corpos carotídeos e aorta

Impulsos eferentes para o diafragma, contraindo-o

Pressão negativa intratorácica

Suga o ar para dentro dos pulmões, aumento do volume intraorácico

Hipoxemia: saturação de O2 arterial

Hipercapnia: da P.A. parcial de dióxido de carbono (PaCO2)

Acidose: Ph arterial

Page 13: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIOOutros estímulos: Oclusão do cordão umbilical Alterações térmicas (rápida perda de

calor causada por um aumento do gasto energético)

Estímulos táteis e outras alterações ambientais (como luz forte e barulho)

Page 14: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIOInício da respiração e Efeito do O2 e do CO2 sobre os vasosexpansão pulmonar

Resistência vascular pulmonar

Fluxo sanguíneo pulmonar

Saturação de O2

Frequência respiratória estabiliza-se após 24 horas

Page 15: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RESPIRATÓRIO FR mantida pelos efeitos da

estimulação bioquímica e ambiental, a função respiratória neonatal requer:Vias respiratórias patentesComunicação intacta dos nervos do

cerébro aos mms. torácicosQuantidade adequada de calorias

para suprir energia para o trabalho respiratório

Centro respiratório funcionante.

Page 16: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEMATOPOIÉTICOHEMÁCIAS Fetais: vida útil – 90 dias Adultos: vida útil – 120 dias Rn a termo: vida útil de 60 a 70 dias Rn prematuro: vida útil de 35 a 50 dias

Feto: saturação de O2 ------------- da liberação de eritropoietina necessidade: garantir a oxigenação tissular adequada, a partir do aumento da produção de hemáciasNascimento: saturação de O2 ------------ Inibe a liberação de eritropoietina

Produção de hemácias

Page 17: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEMATOPOIÉTICO Em 2 a 3 meses a contagem de hemácias se

eleva dentro de limites neonatais aceitáveis.

HEMOGLOBINAHemoglobina ---------- produzido pelas hemácias em desenvolvimento

( transporta O2)

Hemácias Hemoglobina

Hemácias fetais: possuem Hemoglobina F(fetal) que tem mais afinidade com o O2 do que a hemoglobina A(adulto). Mecanismo compensatório ajuda a garantir uma oxigenação adequada intra-útero.

Deteriorização das hemácias contagem de hemácias no neonatofetais

Anemia fisiológica antes da estabilização

Page 18: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEMATOPOIÉTICO LEUCÓCITOS Servem como a maior defesa do neonato

contra infecções. Tipos: neutrófilos (40 a 80% ao nascer),

eosinófilos, basófilos, linfócitos (30% ao nascer) e monócitos.

Neutrófilos e monócitos – são fagócitos, compõe o sistema fagocítico mononuclear, que defende o corpo contra infecções e eliminam produtos de degradação celular.

TROMBÓCITOS (Plaquetas) – decisivos para a coagulação sanguínea.

Page 19: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICOFunção: liberação de bilirrubina, coagulação sanguínea,

metabolismo dos carboidratos, armazenamento do ferro.

Bilirrubina: Subproduto da degradação das hemácias (pigmento

biliar amarelo)

Page 20: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICO

Icterícia: decorrente de um aumento de bilirrubina não-conjugada, que o fígado não consegue eliminar.

O RN fica com uma cor amarela. (Eliminação lenta ou ineficaz da bilirrubina) – 90% dos prematuros e 50% do RN a termo).

Page 21: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICOFatores de risco para

Hiperbilirrubinemia: asfixia, estresse por frio (manutenção ineficaz do calor), hipoglicemia e ingestão materna de salicilatos.

Tipos de icterícia: Icterícia fisiológica Icterícia patológica Icterícia do leite materno Icterícia associada à

amamentação

Page 22: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ICTERÍCIA FISIOLÓGICA 48 a 72 horas após o nascimentoNível sérico de bilirrubina: 4 a 12 mg/dl

em torno do 3° ao 5° dia após o nascimento

Desaparece em torno do sétimo dia de vida

Condições que podem provocar a icterícia fisiológica: circulação hepática diminuída, aumento na carga de bilirrubina, captação hepática de bilirrubina plasmática reduzida, conjugação da bilirrubina diminuída e excreção de bilirrubina diminuída.

Page 23: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ICTERÍCIA PATOLÓGICA Ocorre dentro das primeiras 24 horas Nível sérico de bilirrubina: acima de

13mg/dlCondições como: incompatibilidade

sanguínea ABO ou Rh; anormalidade hepáticas, biliares ou metabólicas; ou infecções.

Page 24: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ICTERÍCIA DO LEITE MATERNOTeoria: está relacionada a níveis elevados

da enzima beta-glicuronidase no leite materno – o que provoca um aumento da absorção de bilirrubina intestinal no neonato, bloqueando a excreção de bilirrubina.

Aparece quando a icterícia fisiológica cede. Nível sérico de bilirrubina: 15 a 25mg/dl

entre o 10° e o 15° dia. Pode persistir por vários dias ou meses Um nível de bilirrubina que diminue de 24

a 48 horas após a descontinuação da amamentação confirma o diagnóstico.

Page 25: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ICTERÍCIA ASSOCIADA À AMAMENTAÇÃO Causa: ingestão calórica deficiente que leva a um transporte hepático e remoção da bilirrubina corporal reduzida. Manifesta-se de 48 a 72 horas após o nascimento Nível sérico de bilirrubina: 15 a 19mg/dl por 72 horas. Tratamento: medidas que garantam um adequado suprimento de leite materno. Amamentar a cada 2 horas estimula a produção de leite materno e a motilidade intestinal. FOTERAPIA: níveis de bilirrubina de 18 a 20mg/dl KERNICTERUS (encefalopatia bilirrubínica) – depósito de bilirrubina nos gânglios basais do cérebro.

Page 26: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICOCOAGULAÇÃO SANGUÍNEA Vitamina K – catalisa a síntese de protrombina

pelo fígado, ativando os fatores da coagulação Injeção profilática de vit. KMETABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Principal fonte de energia: glicose, acumulada sob

forma de glicogênio no fígado.

Demanda metabólica (trabalho de parto, Demanda metabólica (trabalho de parto, parto e primeiras horas de vida) gera parto e primeiras horas de vida) gera depleção rápida do glicogênio (90% usado depleção rápida do glicogênio (90% usado nas primeiras 3 horas)nas primeiras 3 horas)

Page 27: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICOCaso o RN não receba glicose exógena

Glicogenólise (quebra do glicogênio em uma forma utilizável de glicose)

Liberação na corrente sanguínea para manter o nível de glicose sérica em 60mg/dl.

Hipotermia, hipoxia e alimentação retardada

Exaure rapidamente os depósitos de glicogênio

Hipoglicemia

Page 28: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA HEPÁTICOARMAZENAMENTO DE FERRO Fígado contêm ferro suficiente para

produzir hemácias até a idade de 5 meses (desde que a mãe tenha ingerido ferro suficiente durante a gravidez). Removido das hemácias destruídas, o ferro é armazenado no fígado e depois reciclado em novas hemácias.

O neonato precisa ingerir uma dieta com ferro suficiente para manter a produção adequada de hemácias.

Page 29: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RENALNeonato

Sistema imaturo

Túbulos renais estreitos e curtos

Ineficaz para secretar os íons hidrogênio nos túbulos

Diarréia, vômito

Suscetibilidade a desidratação, acidose e desequilíbrio ácido-básico

Inibem a concentração e acidificação da urina e aumentam a fração de aminoácidos, fosfatos e bicarbonatos excretados.

Essênciais para promover o equilíbrio ácido-básico

Page 30: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RENALEquilíbrio hídrico Rn a termo: 78% de água na composição

corporal Na 32ª semana: 80% de água na

composição corporal Adulto: 58% de água na composição

corporal.

Page 31: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RENAL O neonato urina, em geral, dentro de 24 horas

após o nascimento Primeira urina pode ser vermelho-escura e

nebulosa pela presença de uratos e muco (uma mancha levemente vermelha não tem significado clínico).

Com o aumento da ingesta hídrica, ocorre aumento do débito urinário e a urina torna-se mais clara ou cor-de-palha.

RN amamentado ao peito: 10 a 12 trocas de fraldas por dia

RN alimentado à mamadeira: 6 trocas de fraldas por dia.

Page 32: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA RENALPerda de fluido Urina Fezes Perdas insensíveis Restrição da ingesta relacionada com uma pequena capacidade gástrica Taxa metabólica aumentada

Reduçào de 5 a 15% do peso ao nascer nos primeiros 5 dias de vida extra-uterina.

Em 10 dias o neonato recupera o pesoEm torno do 5 ou 6 mêses – a criança duplica o peso ao nascerNo primeiro ano – triplica o peso.

Page 33: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA DIGESTÓRIO Capacidade gástrica: 40 a 60ml no

primeiro dia após o nascimento, aumentando com alimentações subsequentes.

Tempo de esvaziamento gástrico: 2 a 4 horas (varia com o volume da alimentação e idade do neonato)

Peristalse rápida Regurgitamento: devido a um esfíncter do

cárdio imaturo (um anel muscular que contrai o esôfago). Cerca de 1 a 2ml.

Regurgitação persistente, forçada ou de grandes volumes é anormal e necessita ser investigado.

Page 34: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA DIGESTÓRIORevestimento do estômago Células principais: produz pepsinogênio –

Gls. Salivares

Deficiências enzimáticas:Amilase (produzida pelas gls. Salivares e pâncreas) – persiste até a idade de 3 a 6 meses

Lipase (secretada pelo pâncreas) – aumenta nas primeiras semanas após o parto.

digestão de proteínasCélulas parietais – produz ácido clorídrico – mantêm a acidez gástricaPequenas quantidades de saliva até os 2 ou 3 meses

Restringe a conversão de amido

Impede a digestão de gorduras

Page 35: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA DIGESTÓRIO Síntese de vitamina K – dá-se por meio da

atividade bacteriana

Iniciação da alimentaçãoDeve-se iniciar logo que o RN esteja

fisicamente estável e exiba coordenação adequada dos reflexos de sucção e deglutição.

Início estéril ----------- Primeira semana após o nascimento Estabelece uma colônia bacteriana

normal Permite a síntese de vitamina K

Page 36: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA DIGESTÓRIODemora para iniciar a alimentação

Pode esgotar as reservas de glicogênio

Hipoglicemia

Coloca em risco o cérebro (altamente dependente de glicose)

Page 37: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA DIGESTÓRIO FEZES NEONATAISIntestinos contêm mecônio

Fezes transicionais

Neonato alimentado por fórmulas lácteas

Neonato alimentado por leite materno

Subst. fecal espessa, verde-escura e inodora. Consiste em líquido amniótico, sangue, células epiteliais e secreções intestinais. Eliminado nas primeiras 24 horas.Aparecem no 2 ou 3 dia após o início da alimentação. Tem um teor de água maior que o mecônio e de cor marron esverdeada.

Fezes pastosas, amareladas e de odor forte.

Fezes amarelo-vivo, pastosas e de odor azedo.

Page 38: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA IMUNOLÓGICO

Parto

Exposição a subst. que normalmente não estão presentes no útero

Ativação da resposta imunológica

Primeiro ano de muita vulnerabilidade a infecções graves como Haemophilus influenzae.

Infecções bacterianas (estafilococos e estreptococos) – 2% dos neonatos.Infecções virais: varicela e citomegalovírus – 8% das infecções.

Sistema imunológico: reconhecem, lembram, respondem e eliminam substâncias estranhas chamadas antígenos.Resposta humoral ou celular --------- sistema fagocítico mononuclear (células do timo, do tecido linfóide, do fígado, do baço e da medula óssea)Células envolvidas: linfócitos (T e B), granulócitos, monócitos, hemácias e plaquetas.

Page 39: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA IMUNOLÓGICO

IMUNIDADE HUMORAL

Imunoglobulinas – revestimento das células B

Imunoglobulina IgG (gamaglobulina) – imunidade passiva adquirida – contra gram-positivos, meningocócico e H. influenzae. Pode interferir na imunização – vacinas.

Imunoglobulina IgM – Produzida pela estimulação antigênica. Produção fetal em torno da 20ª semana. Imunidade ativa. Níveis elevados podem indicar infecção perinatal.

Imunoglobulina IgA – principal anticorpo no revestimento dos intestinos e brônquios. Não atravessa a placenta e comumente está ausente no recém-nascido. Imunidade passiva – através do leite materno. Responsável por limitar o crescimento bacteriano no trato gastrointestinal.

Page 40: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA NEUROLÓGICOConsiste em cérebro, medula espinhal, 12 nervos cranianos e inúmeros nervos espinhais que saem da medula espinhal.O desenvolvimento neurológico segue padrões cefalo caudal e próximo-distal.

As capacidades sensoriais do RN incluem:• Audição: Bem desenvolvida ao nascimento, responde a ruído virando-se para o som;• Paladar: capacidade de destinguir entre doce e azedo com 72h de vida;• Olfato: capacidade de destinguir entre o leite da mãe e o leite de outras mulheres;• Toque: sensibilidade a dor, responde a estímulos táteis;• Visão: capacidade de focalizar um objeto próximo ( 25 a 30cm), acompanhar objetos na linha média ou além.

Page 41: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

REFLEXOSO modo como os neonatos

piscam, movimentam os membros, focalizam o rosto de um cuidador, viram-se em direção ao som, sugam, deglutem e respondem ao ambiente são indicações de suas habilidades neurológicas.

Page 42: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ALTERAÇÕES METABÓLICASTermorregulação: é regulada por interações complexas entre a temperatura ambiental, a perda e produção de calor corporal.Neonato: capacidade termorreguladora limitada.Ambiente térmico neutro – entre 32 e 34°C

Características do neonato:- Grande superfície corporal em relação a massa- Deposição limitada de gordura subcutânea para prover isolamento- Instabilidade vasomotora- Capacidade metabólica limitada.

Page 43: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ALTERAÇÕES METABÓLICASMecanismos da perda de calor:

evaporação, condução, radiação e convecção.

Defesas contra a hipotermia: Aumentando a taxa metabólica, aumentando a atividade muscular por meio de movimento, aumentando a vasoconstricção periférica e adotando a posição fetal para manter o calor e minimizar a superfície corporal exposta.

Page 44: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

MECANISMOS DE PERDA DE CALOR

Transferência de calor de um objeto para outro quando estão em contato direto.

Page 45: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

MECANISMOS DE PERDA DE CALOR

Relacionada com a convecção seria um brisa fresca que sopra sobre o RN.

Page 46: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

MECANISMOS DE PERDA DE CALOR

Envolve a perda de calor quando um líquido é convertido a vapor ( transpiração ).

Page 47: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

MECANISMOS DE PERDA DE CALOR

Ocorre em superfícies sólidas mais frias que estão muito próximas, mas não em contato direto com o RN.

Page 48: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

ESTRATÉGIAS PARA MINIMIZAR OS EFEITOS DO ESTRESSE PELO FRIO E MANTER UM ATN (AMBIENTE TÉRMICO NEUTRO) : Pré-aquecer os cobertores e capuzes para

reduzir a perda de calor por meio de condução;

Manter a incubadora com carga completa e aquecido em todos os momentos;

Secar o neonato completamente após o nascimento para evitar a perda de calor por meio de evaporação;

Estimular o contato pela pele com a mãe se o neonato estiver estável;

Page 49: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

Promover aleitamento materno o mais cedo possível para prover uma fonte de energia para a termogênese sem calafrios;

Usar oxigênio umidificado; Sempre usar aquecedores radiantes e

incubadoras de parede dupla a fim de evitar perda de calor por radiação;

Postergar o banho até o neonato encontrar-se clinicamente estável e usar uma fonte de calor radiante;

Evitar a colocação de termômetro sobre uma área óssea ou uma área de gordura marrom (entre as escápulas, na nuca, no mediastino e em áreas que circundam os rins e as gls supra renais).

Page 50: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA TEGUMENTAR Primeira linha de defesa contra infecções. Rn úmido e quente ao toque.

Normalmente existe lanugem sobre os ombros e costas.

Pode parecer eritematosa na primeira hora. Vernix caseoso (subst. gordurosa branca produzida pelas gls. sebáceas, recobre a pele fetal e o proteje do líquido amniótico)

Pele do prematuro: frágil, transparente, com veias visíveis e sem lanugem. O vernix caseoso também está ausente.

Page 51: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO Ossificação incompleta ao nascer. Ossos cranianos/ suturas/ fontanelas. Músculos anatomicamente completos – com a idade

ocorre o aumento da massa, força e tamanho muscular.

SISTEMA REPRODUTOR Ovários contêm todos os óvulos. Testículos descem para o saco escotral ao nascer,

esperma só aparece na puberdade. Hipertrofia mamária com ou sem leite da bruxa Pseudomenstruação Aderências no prepúcio

Page 52: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS

Capacidades sensoriais: visão, audição, toque, paladar e olfato.

Padrões de sono e atividade Período de reatividade neonatal:

Primeiro período: 30m, rn bem alerta, em intensa atividade e consciência de estímulos externos.

Estágio do sono: 30 a 120 m após o nascimento ( período de atividade diminuída).

Segundo período de reatividade: Resposta exagerada a estímulos externos e internos. Pode durar de 2 a 8 horas. É comum a eliminação de mecônio durante esse período.

Page 53: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DO NEONATO Os comportamentos esperados dos RNs

incluem:Orientação: resposta aos estímulos;Criação de hábito: capacidade adquirida de processar e responder a estímulos visuais e auditivosMaturidade motora: depende da IG e envolve a avaliação da postura, do tônus, da coordenação e dos movimentos;Capacidade de se acalmar: refere-se a habilidade que o RN adquire de se acalmar ou se confortar;Comportamentos sociais: incluem aceitar o carinho aconchegar-se nos braços do genitor quando é pego.

Page 54: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

REFERÊNCIA BILIOGRÁFICA:

RICCI, S. S. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Cap. 16, pág. 377, Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.

Page 55: SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ADAPTAÇÃO DO RECÉM NASCIDO À VIDA EXTRA UTERINA Profª. Maria Joselita Alves

FIM

[email protected]@hotmail.com