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José Carlos do Carmo (Kal)
TRIPALIUM
ou
TREPALIUM
Um instrumento romano de tortura:
espécie de tripé formado por três estacas cravadas
no chão, onde eram supliciados os escravos.
José Carlos do Carmo (Kal)
17 E ao homem disse: ...
maldita é a terra
por tua causa; em
fadiga comerás
dela todos os
dias da tua vida.
José Carlos do Carmo (Kal)
16 E à mulher disse:
multiplicarei grande-
mente a dor da tua
conceição; em dor
darás à luz filhos ...TRABALHO
DE
PARTO
“Um homem se humilha/ Se
castram seu sonho/ Seu sonho
é sua vida/ E a vida é o
trabalho/ Sem o seu trabalho/
Um homem não tem honra/
Sem a sua honra/ Se morre, se
mata/ Não dá pra ser feliz.”
José Carlos do Carmo (Kal)
A definição de saúde possui implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde e doença.
A definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde.
Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
... A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas, é um conceito positivo.
Estudada desde o Antigo Egito e no mundo greco-romano.
Ganha maior ênfase com o impacto da Revolução Industrial ocorrida no século XVIII.
Robert Dernham (empresário do ramo têxtil) ao Dr. Robert Baker – O que faço nesta situação?
Mendes e Costa Dias.
Da medicina do trabalho à saúde
do trabalhador.
Revista Saúde Pública, 1991- 25(5) – 341-9
“Coloque no interior de sua fábrica o seu
próprio médico, que servirá de
intermediário entre você, os seus
trabalhadores e o público. Deixe-o visitar a
fábrica, sala por sala, sempre que existam
pessoas trabalhando, de maneira que ele
possa verificar o efeito do trabalho sobre
as pessoas. E se ele verificar que qualquer
dos trabalhadores está sofrendo a
influência de causas que possam ser
prevenidas, a ele competirá fazer tal
prevenção.
Dessa forma você poderá dizer: meu
médico é a minha defesa, pois a ele dei
toda a minha autoridade no que respeito à
proteção da saúde e das condições físicas
dos meus operários; se algum deles vier a
sofrer qualquer alteração da saúde, o
médico unicamente é que deve ser
responsabilizado.”
Atribuições:
Assegurar a proteção e a saúde aos
trabalhadores.
Contribuir para a adaptação física e mental dos trabalhadores, particularmente no
tocante a posto/ atividade/ aptidão.
Fundamentação da contribuição médica nosserviços de medicina do trabalho
- onipotência médica
- seleção de trabalhadores
- saúde/ controle/ disciplina
- trabalhador saudável para aumento da produtividade e saúde da empresa
Mendes e Costa Dias. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, 1991- 25(5) – 341-9
“O corpo médico é a seção de minha fábrica que me dá mais lucro”.
(Henry Ford)
- Seleção de pessoal menos geradores de problemas futuros, como absenteísmo.
- Controle do absenteísmo análise de casos de doenças, faltas, licenças.
- Retorno mais rápido da força de trabalho à produção morosidade das redes de saúde e da Previdência Social, ou mesmo da prática liberal sem articulação com a empresa.”
Oliveira e Teixeira – In: Previdência Social : 60 anos de história da
previdência no Brasil. Petrópolis, Vozes, 1986 apud Mendes e Costa Dias.
Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública,
1991- 25(5) – 341-9
Pós- II Guerra Mundial – 1939 –1945
Avanço da tecnologia
Rearranjo da divisão internacional do trabalho
Intensificação do trabalho
Interesses das companhias de seguro em controlar a situação
Insatisfação dos trabalhadores
Saúde ocupacional: racionalidade “científica” de atuação multiprofissional intervenção nos ambientes de trabalho e controle de riscos.
- Conceito de limites de tolerância e de níveis seguros.
- Intensificação dos estudos e pesquisas sobre saúde
ocupacional nas escolas de saúde pública, com forte
matriz ambiental.
- Trabalhador suporta mais substâncias químicas que o
não trabalhador?
Mendes e Costa Dias. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, 1991- 25(5) – 341-9.
Maeno e Carmo. Saúde do Trabalhador no SUS. Aprender com o passado, trabalhar o presente, construir o futuro. Editora Hucitec. 2005. 23-58.
- Faculdade de Saúde Pública da USP – mestrados e doutorados. Criação da área de Saúde Ocupacional no Departamento de Saúde Ambiental.
- Repercussões nas legislações trabalhista (Capítulo V da CLT de 01/05/43 – atualizações) e previdenciária do Brasil.
- Instituições de pesquisas em Saúde Ocupacional em vários países. Fundacentro no Brasil – 1966.
Mendes e Costa Dias. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador. Revista Saúde Pública, 1991- 25(5) – 341-9
Maeno e Carmo. Saúde do Trabalhador no SUS. Aprender com o passado, trabalhar o presente, construir o futuro. Editora Hucitec. 2005. 23-58.
- O modelo mantinha o referencial da medicina do trabalho –mecanicismo.
- Não se obteve a multidisciplinaridade e tampouco a interdisciplinaridade.
- Capacitação de recursos humanos não acompanhou o ritmo de transformação dos processos de trabalho.
- O modelo continuava abordando o trabalhador como objeto.
- O modelo mantinha a saúde ocupacional no âmbito do trabalho, sem articulação com a saúde.
Mendes e Costa Dias. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador.
Revista Saúde Pública, 1991- 25(5) – 341-9
- Década 1960: mudanças no mundo, questionamentos sobre
valores da vida, liberdades, uso do corpo, efervescência
político-cultural.
- Década 1970: mudanças no processo de trabalho.
Transnacionalização. Transferência das indústrias e da
poluição ambiental ou risco para a saúde para o terceiro
mundo.
- Décadas 1970/1980: Automação/ informatização/ eficiência /
taylorismo-fordismo travestido/ controle do trabalho.
- Fortalecimento dos movimentos sociais e sindical.
Itália: Estatuto dos Trabalhadores – 20/05/1970 – Lei 300
“Não delegação”
Não monetização dos riscos
Validação do saber dos trabalhadores
Melhoria das condições e dos ambientes de trabalho
Direito à informação
Direito à recusa ao trabalho em condições de risco grave
Direito à discussão de mudanças tecnológicas pelos trabalhadores
Mecanismos de participação dos trabalhadores nas empresas e nos órgãos do Estado
Saúde é direito de TODOS e dever do ESTADO.
Políticas sociais, econômicas e ambientais que visem o bem estar físico, mental e social do indivíduo e da
coletividade e a redução do risco de doenças e outros agravos.
Acesso universal e igualitário às ações e ao serviço de saúde.
Direito à informação.
Atendimento integral do indivíduo: promoção, prevenção de danos e recuperação da saúde.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
...
III - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador.
...
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Art. 6º
3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins
desta lei, um conjunto de atividades que se destina,
através das ações de vigilância epidemiológica e
vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos
riscos e agravos advindos das condições de trabalho,
abrangendo:
Art. 6º 3º
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho;
II - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas,
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à
saúde existentes no processo de trabalho;
Art. 6º 3º
III - participação, no âmbito de competência do Sistema
Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e
controle das condições de produção, extração,
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de
substâncias, de produtos, de máquinas e de
equipamentos que apresentam riscos à saúde do
trabalhador;
IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam
à saúde;
Art. 6º 3º
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva
entidade sindical e às empresas sobre os riscos de
acidentes de trabalho, doença profissional e do
trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,
avaliações ambientais e exames de saúde, de
admissão, periódicos e de demissão, respeitados os
preceitos da ética profissional;
VI - participação na normatização, fiscalização e
controle dos serviços de saúde do trabalhador nas
instituições e empresas públicas e privadas;
Art. 6º 3º
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças
originadas no processo de trabalho, tendo na sua
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de
requerer ao órgão competente a interdição de máquina,
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho,
quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores.
LazerSaúde
Planejamento econômico
Educação
Transporte
Trânsito
AgriculturaMeio Ambiente
Assistência social
Trabalho
Previdência Social
Cultura
Segurança
Saúde do trabalhador Proteção à infância e à
terceira idade
Proteção à mulher
Proteção ao trabalhador
Comunicação
Reforma agrária
Controleagrotóxicos
Controle de produtos químicos
Recursos energéticos
PROJETOS PIONEIROS
ZONA NORTE
PROGRAMA DE COOPERAÇÃO TÉCNICA BRASIL-ITÁLIA
BRASIL-BRASIL
RENAST
PORTARIA 777 (2004)
PACTUAÇÃO
CAPACITAÇÃO
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
PARADIGMA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
NOTIFICAÇÃO DOS AGRAVOS
SISTEMAS FECHADOS
SUBREGISTRO E SUBDIAGNÓSTICO
NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO
FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO
PERÍCIA MÉDICA
INSPEÇÃO DO TRABALHO – AUDITORIA FISCAL DO TRABALHO
DESVALORIZAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE E SEGURANÇA
REDUÇÃO DO CORPO TÉCNICO
IMPORTÂNCIA DA FISCALIZAÇÃO
DIREITO TRABALHISTA
“EXCLUSIVISMO”
TRIPARTISMO
Movimento antigo de profissionais de
saúde, dos sindicatos e
outros setores sociais
III Conferência Nacional de Saúde do
Trabalhador - 2005
(Saúde, Trabalho e Previdência Social)
Política Nacional de Segurança e Saúde
do Trabalhador
Trabalhar sim. Adoecer não.
Intersetorialidade e transversalidade
Desenvolvimento sustentável
Controle social
- Não menciona controle social.
- (iv) Estruturação de rede de informações em ST: empresas fornecerão dados?
- (v) Sistemas de gestão de SST: o que significa? Absenteísmo? Presenteísmo?
- (vi) Estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores: por quem? Para que?
15ª Reunião Ordinária da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho – CT-SST
- Objetivo: Continuidade das atividades da CT-SST
- Período: 14/04/2011
- Local: Confederação Nacional da Indústria –CNI - Brasília/DF
- Endereço: Setor Bancário Norte, Quadra 01 Ed. CNI, Bloco C - 15º Andar salas 01 e 02
- Horário: 10h às 17h
P A U T A Aprovação da ata da 14ª Reunião Ordinária Aprovação do Relatório Executivo da CT-
SST Continuidade da discussão do Plano
Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho Informes dos GTS – Indústria da Construção
e Transporte Rodoviário de Cargas Apresentação do MPS – dados estatísticos
atualizados dos 30 CNAE com maiores frequências de óbitos e incapacidade permanente
Informe MS: documento técnico de Vigilância em Saúde do Trabalhador
Elaborar uma política de formação de recursos humanos voltada às necessidades dos trabalhadores e à PNSST apontada pela III Conferência Nacional de SST.
UNIVERSIDADES
SERVIÇOS (SUS)
MOVIMENTO SINDICAL – GESTORES SOCIAIS
Disseminar e aprofundar conceito de seguridade social.
Divulgar a realidade das mortes e adoecimentos.
Uso de redes de comunicação públicas, sindicais e independentes.
- Disseminar e aprofundar conceito do papel do Estado e do profissional de saúde. Dar sentido ao trabalho da ponta do sistema.
- Ações locais, regionais e nacionais integradas.
- Ações inter e intra setoriais.
- Criar redes regionais de atuação na vigilância a ambientes de trabalho (Saúde e Trabalho) para programas comuns.
- Criar redes regionais de referências de especialidades (Saúde e INSS) para integrar assistência e perícias.
SAÚDE DO TRABALHADOR
É POSSÍVEL E NECESSÁRIO QUE O MODELO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL INCORPORE A SAÚDE DO TRABALHADOR COMO QUESTÃO NUCLEAR.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4154