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Publicação institucional da ESAB Brasil Setembro / 2004 Publicação institucional da ESAB Brasil Setembro / 2004 Seu parceiro em soldagem e corte. Vagões Ferroviários Destaque para Amsted Maxion e Usiminas Mecânica. Vagões Ferroviários Destaque para Amsted Maxion e Usiminas Mecânica. Feimafe ESAB lança Sistema Aristo, uma fonte de energia de última geração. Feimafe ESAB lança Sistema Aristo, uma fonte de energia de última geração.

Setembro de 2004

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Publicação institucional da ESAB Brasil Setembro / 2004

Publicação institucional da ESAB Brasil Setembro / 2004

Seu parceiro em soldagem e corte.

Vagões FerroviáriosDestaque para Amsted Maxion eUsiminas Mecânica.

Vagões FerroviáriosDestaque para Amsted Maxion eUsiminas Mecânica.

FeimafeESAB lança Sistema Aristo, uma fonte de energia de última geração.

FeimafeESAB lança Sistema Aristo, uma fonte de energia de última geração.

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ÍNDICE

Publicação institucional da ESAB BrasilRua Zezé Camargos, 117 – Cidade IndustrialCep. 32210-080 – Contagem – [email protected] - www.esab.com.br

Diretor Presidente – Dante de MatosDiretor de Vendas – Newton de Andrade e SilvaDiretor Industrial – Luís Cláudio Assis de MattosDiretor Financeiro – Ernesto Eduardo Aciar Gerente de Marketing – Antonio Plais

Produção: Prefácio Comunicação – 31-3372-4027Editora – Celuta Utsch - MTr. 4667 • Projeto gráficoe editoração – Tércio Lemos • Fotografias – arquivoda ESAB • Revisão técnica – Antonio Plais

Iniciamos agora em Setembro as comemorações dos100 anos de fundação da ESAB e 50 anos da presençada ESAB no Brasil. Estes dois fatos são, para nós, motivode duplo orgulho: primeiro, porque a fundação da ESAB,por Oscar Kjellberg, em 1904, na Suécia, foi decorrentedo seu desenvolvimento pioneiro do processo de solda-gem por eletrodo revestido, uma invenção sua que alteroude forma fundamental e definitiva toda a indústria metal-mecânica e permitiu que o mundo industrial, como hoje oconhecemos, pudesse florescer; segundo, porque a pre-sença da ESAB no Brasil, com fábrica própria desde 1955- nos primórdios do processo de industrialização do País- é prova do nosso compromisso para com os nossos cli-entes, e uma demonstração do acerto da visão e da con-fiança dos nossos fundadores na importância que o nossoPaís viria a ter no cenário mundial.

Este número da Revista ESAB SOLUÇÃO é dedicado adois temas principais: o primeiro, os lançamentos da ESAB naúltima Feira Internacional da Mecânica, com destaque para oSistema Aristo, uma fonte de energia sinérgica de última gera-ção, cuja fabricação no Brasil nos coloca em linha com o quehá de mais moderno no mundo, em matéria de fontes inver-soras micro-processadas. O segundo tema é o crescimento nomercado de fabricação de material ferroviário, com destaquepara nossos clientes Usiminas Mecânica e Amsted Maxion.

O que une estes dois temas é a percepção, agora con-solidada entre os diversos economistas, de que o Brasil estáno limiar de um novo ciclo de desenvolvimento econômico.Alicerçado principalmente no setor exportador agro-indus-trial e de mineração, este crescimento na economia começaa dar sinais de expansão para todos os demais setores,com reflexos no aumento geral da produção e dos níveis deemprego. A ESAB, como já comentado nesta coluna, vemhá tempos se preparando para esta realidade, com a reno-vação de toda a sua linha de equipamentos, o lançamentode uma completa linha de automatização de soldagem e odesenvolvimento de diversos consumíveis para soldagem apartir das necessidades de nossos clientes. Nesta hora,quando o cenário econômico exige das empresas a moder-nização de seus equipamentos e o crescimento no con-sumo de material para soldagem, a ESAB e seus clientesestão tranqüilos e preparados para o futuro.

Esperamos que as matérias deste número contribuampara a discussão dos rumos do mercado de soldagem noBrasil, e antecipamos que já estamos trabalhando em umnúmero especial, totalmente voltado para a história dasoldagem e da ESAB nos últimos 100 anos. Não deixe dese cadastrar no nosso site www.esab.com.br para receberos próximos números.

EDITORIAL

Marcando Presença

• Com o lançamento do sistema digitalizado

Aristo Power 460, a ESAB comemora

100 anos de fundação e 50 anos de Brasil

• Amyr Klink fala sobre soldagem e aventura

• Destaque na Feira Internacional da

Mecânica 2004 – Sistema Aristo

Naval

• Indústria naval: uma trajetória de queda

e ascensão

Especial

• Usiminas Mecânica: bons ventos, bons

negócios

Vagões Ferroviários

• Amsted Maxion comanda a retomada da

produção brasileira de vagões de carga

Ao lado do cliente

• Pense certo: peça tem de ser original

• De volta aos bancos escolares

• Programa ESAB de melhoria contínua

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Com o lançamento do sistema digitalizado Aristo

Power 460, a ESAB comemora 100 anos de fundação e

50 anos de Brasil

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Durante a Feira Internacional da Mecânica,realizada de 18 a 22 de maio de 2004, noAnhembi, em São Paulo, a ESAB apresentou para um

público técnico especializado o seu avançado sistema de solda-gem, de plataforma mundial, totalmente digitalizado, Aristo Power 460.

“Com este lançamento, comemoramos um século de fundação da ESAB e50 anos de presença no mercado brasileiro”, afirmou Newton de Andrade e Silva,diretor de Vendas e Marketing, assinalando que a ESAB tem como lastro sua tradição esua história, mas é, essencialmente, uma empresa voltada para o futuro.

Com 180m2, situado num ponto privilegiado do imenso pavilhão de exposições do ParqueAnhembi, o estande da ESAB conseguiu se destacar na floresta de símbolos e marcas que caracterizama Feira Internacional da Mecânica. O estande ostentava um projeto arquitetônico novo, de muito bom gosto,marcado por linhas orgânicas, estrutura metálica aparente, e painéis redondos e retangulares, que garantiram exce-lente visibilidade para a marca da empresa.

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Alexandre Asquini

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LinhanacionalizadaNo interior do estande

da ESAB, entre exemplosdas diversas famílias deequipamentos e consumí-veis, além do Aristo Power460, uma outra novidade: alinha de equipamentos deautomatização fabricada noBrasil, projetada para ascondições nacionais, comassistência técnica e preçoslocais.

O diretor Newton de An-drade e Silva salienta a im-portância da tropicalização,argumentando que, no Bra-sil, os equipamentos sãosubmetidos a condiçõesmuito diferentes daquelasencontradas na Europa e namaior parte dos EstadosUnidos. “Somos um paístropical, com muita umidadee temperaturas elevadas.Temos também variaçõesno fornecimento de energia,de modo que as máquinasprojetadas no exterior real-mente precisam ser adapta-das a todas essas condi-ções específicas do Brasil”,disse.

E há ainda um outro as-pecto a ser ressaltado: a re-sistência, tendo em vista ascaracterísticas das instala-

ções onde serão emprega-dos, e mesmo os hábitos detrabalho. Segundo o diretorda ESAB, de modo geral, oparque industrial brasileirocaracteriza-se por abrigarum número maior de indús-trias entre médias e pesadase um número menor de in-dústrias finas, com o que arobustez passa a ser umapropriedade importante paragarantir maior vida útil aosequipamentos e, portanto,melhor relação custo-benefí-cio ao longo do tempo.

Confiança e credibilidadeNewton de Andrade e

Silva assinalou ainda quenacionalizar a produçãode equipamentos automa-tizados e lançar aqui, si-multaneamente a todosos outros principais mer-cados do mundo, um sis-tema com plataformamundial, significa maisuma prova da crença daESAB no processo de de-senvolvimento do país.

Ele frisa também que,

com sua fábrica em BeloHorizonte, a ESAB do Bra-sil é hoje uma das gran-des fornecedoras dogrupo em nível mundial.“Considero esse fato muitoimportante para nós, bra-sileiros, porque realmenteconquistamos essa credi-bilidade: o grupo tem umaconfiança maior nos pro-dutos que saem daqui. AESAB do Brasil está nomesmo patamar das uni-dades da Europa e dosEstados Unidos”, concluiu.

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O diretor Newton de Andrade e Silva: ESAB crê no desenvolvimento da país

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Num evento como aFeira Nacional da Me-cânica, sempre

atraem a atenção estandes degrandes companhias de atua-ção mundial, que apresentamequipamentos e processos deponta ao lado de produtos tra-dicionais, de confiabilidadecomprovada.

Assim, não foi surpresa queum grande número de técni-cos, especialistas e empresá-rios do setor, além de estudan-tes, tenha visitado o estandeda ESAB, buscando informa-ções sobre os equipamentos econsumíveis expostos ou parareforçar os laços de relaciona-mento. Desse contingente, umgrupo especialmente impor-tante era composto por clien-tes tradicionais.

CotaçãoJosé Francisco Gonçalves,

da Máquinas Piratininga S/A,empresa de caldeiraria comsede em Recife, interessou-sepor dois dos novos equipa-mentos de automação de sol-dagem que a ESAB está pro-duzindo no país. “Solicitamos acotação, que já recebemos, eagora estamos esperando apresença de um representantetécnico para informações maisdetalhadas”, disse, no início domês de junho.

A Máquinas Piratiningatem uma participação muitoforte na fabricação de equi-pamento para as indústriasdos setores químico, de ci-mento, de geração de ener-

gia e do açúcar, mas apro-veita-se também da proximi-dade entre o Nordeste e osmercados do HemisférioNorte para exportar. “Atual-mente, metade da nossa car-teira é para exportação”, in-forma Gonçalves.

Ele explica que é crucial aparticipação de equipamentosde soldagem e corte na produ-ção de uma caldeiraria, que,essencialmente, executa ope-rações de corte de chapas, do-bra e soldagem. E não es-conde que o objetivo da Em-presa é melhorar as condiçõesde competitividade. “Temoscomprado alguns equipamen-tos da ESAB, porque estamosbuscando melhorar nossosprocessos de automação, jus-tamente para ganhar produtivi-dade.”

Sobre a Feira da Mecânica,frisa ser essencial para queuma indústria do seu setor te-nha uma boa noção de comoestão tanto os fornecedorescomo a concorrência e para

avaliar o estado da arte da tec-nologia em oferta.

O coordenador de Quali-dade da empresa do setor deconstrução Techint S/A, LuizMiguel Câmara, esteve no es-tande da ESAB para reuniõessobre assuntos técnicos. Disseter apreciado o novo layoutadotado para o estande e elo-giou a apresentação do novosistema Aristo Power 460.Também parabenizou a ESABpelos seus 100 anos de ativi-dade em nível mundial e pelos50 anos de presença no Brasil

Ver de pertoCarlos Nonato Ferreira Gui-

marães é o gerente operacio-nal de oficina mecânica damaior produtora de alumínioprimário do país e a quintamaior produtora mundial, a Al-brás – Alumínio Brasileiro S/A.Com ele, aprende-se que o alu-mínio primário tem, em sua ca-deia produtiva, inicialmente,uma mineradora de bauxita,que fornece essa matéria-

prima a uma produtora de alu-mina. Junto com a energia elé-trica e o coque, a alumina é umdos insumos na produção doalumínio primário.

Guimarães explica que via-jou da sede da empresa, emBacarena, a 40 quilômetros deBelém, no Pará, até São Paulo,para conhecer o sistema AristoPower 460, do qual havia re-cebido informações prelimina-res. “A viagem, com certeza, foiproveitosa. Vimos o equipa-mento, tivemos uma demons-tração e estamos com todasas informações para analisar.”

A Albrás há muito tempoutiliza produtos da ESAB. “Amaioria dos nossos equipa-mentos de soldagem é daESAB. Recentemente, adquiri-mos equipamentos de solda-gem por arco submerso”, in-forma o gerente, aproveitandopara ressaltar a presteza e efi-ciência do atendimento nor-malmente recebido do repre-sentante da ESAB na RegiãoNorte.

As múltiplas motivações para visitaro estande da ESAB

Estande esteve sempre movimentado

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“Família ESAB”Luiz Antônio Miranda, só-

cio-diretor da empresa comer-cial varejista Dismafe, que temsede em Cuiabá, lojas em trêsEstados – Mato Grosso, Goiáse Rondônia – e televendas ouos serviços de vendedores ex-ternos em 22 unidades da fe-deração, atribui grande impor-tância ao fato de a ESABmanter um estande grande eacolhedor na Feira da Mecâ-nica. “Considero muito opor-tuno, porque somente numafeira com essas proporções éque temos oportunidade deencontrar todos que com-põem a família ESAB”. Eleaplaudiu a localização do es-tande – um ponto estratégico,com grande visibilidade, edisse gostar muito da combi-

nação de cores da ESAB –amarelo e preto —, que con-sidera especialmente atrativa.

A Dismafe foi fundada há21 anos e, desde o início, tema ESAB entre os cerca de300 fabricantes cujos produ-tos distribui. Por isso, Mirandase sente à vontade para fazersugestões, como, por exem-plo, uma separação mais defi-nida, no estande, entre equi-pamentos mais avançados eequipamentos e produtosconvencionais. Ele argumentaque a parcela dos clientes in-teressados em equipamentosmais simples sente-se inibidadiante de equipamentos maisavançados. Outra sugestão éno sentido de que se favoreçaainda mais a reunião de pes-soas: “Seria bem proveitoso

que houvesse uma ‘conven-çãozinha’ comercial para,por exemplo, discutir dificul-dades e oportunidades domercado ou, eventualmente,aspectos técnicos de produ-tos e processo”.

Contato é essencial

Numa linha de raciocínioparecida com a do represen-tante da Dismafe, José B.Fróes Bernardi, da locadorade equipamentos Argon Sol-das, de São Paulo, diz que vi-sitou o estande com o obje-tivo de travar contato com opessoal da ESAB e para seencontrar com outros forne-cedores e até concorrentes.Ele entende que as feiras téc-nicas sejam acontecimentos

que permitem um maior con-tato e aproximação entre pro-fissionais que exercem omesmo tipo de atividade.

Ele disse acreditar que, demodo geral, toda a Feira Inter-nacional da Mecânica estevemelhor do que em anos ante-riores. “Senti um clima de oti-mismo, tanto da parte dos visi-tantes como entre os exposito-res, e eu mesmo me contami-nei um pouco com esse clima.”

Bernardi faz questão deassinalar que não vai à feirapara ver novidades da ESAB,porque ele tem tido atendi-mento muito bom da equipede vendas, que comunica to-das as novidades e passa to-das as informações. E reite-rou: “Fui mesmo para encon-trar pessoas’’.

Equipe ESAB: um time unido e preparado para receber os visitantes da Feimafe

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Um dia antes do iní-cio da Feira Inter-nacional da Mecâ-

nica, a ESAB promoveu, noClube Transatlântico, nazona sul da cidade de SãoPaulo, uma apresentaçãotécnica detalhada do AristoPower 460, seguida de umapalestra de Amyr Klink sobresua mais recente viagem:uma verdadeira volta aomundo a bordo do seubarco, Paratii2, em torno dagelada região da Antártida.

Klink agradeceu o apoioinicial que recebeu da ESAB,quando, há exatos dez anos,decidiu utilizar na fabricaçãodo Paratii2 um novo sistemaconstrutivo, que dependiaem forte medida de umaelaborada solução para sol-dagem de partes de alumí-nio constitutivas do barco.Ele destacou que, na época,a decisão foi por treinar sol-dadores para o seu estaleiro,em vez de contratar fora osserviços e que essa soluçãofoi demorada, mas acertada.“A demora, o caminho maislongo, muitas vezes, ajuda aagregar qualidade ao que sefaz”, disse.

Mais tarde ele tambémutilizaria equipamentos daESAB na reforma de umbarco – com uma dificul-dade adicional: normal-mente, num barco novo, oprocesso de soldagem éfeito com a estrutura dis-posta de uma tal forma que,de início, o fundo fica para

cima; porém, com um barcousado, isso não foi possível,levando a equipe a um novoaprendizado.

O estaleiro de Amyr Klinkse beneficiou com todas es-sas experiências, já que pas-sou a dominar a tecnologiade soldagem do alumínioem estruturas navais e aaplicá-la na produção dosbarcos encomendados porterceiros. O próximo projetoé uma embarcação de 150toneladas, que, no entenderdo aventureiro e empresário,trará novas dificuldades edesafios, para os quais, se-gundo disse, sabe que po-derá contar com o apoio daESAB.

Para Klink, a experiênciade fazer um barco “é alta-mente educativa, pois en-volve quase todas as áreasdo conhecimento”. Ele dizque gosta de viajar, sobre-tudo para as regiões gela-das, como a Antártida e oÁrtico, mas faz questão deassinalar: “O que eu gostomesmo é da parte do pro-jeto, de procurar parceiros,soluções, quem é o especia-lista em determinados pro-cessos (...). A gente acabavirando uma espécie de ca-çador de tecnologias”.

Marcas de soldaDurante a palestra, Klink

disse apreciar muito do as-pecto do Paratii2, com seufundo de alumínio, em que asmarcas de solda ficam apa-

rentes. “É comum, quandochego a uma marina, acha-rem o barco bonito e interes-sante e perguntarem: masquando você vai pintar?”Klink diz que também acha oParatii2 bonito e que issoacontece em grande partepor causa da ousadia do seudesign, mas também porcausa das soldas aparentesda estrutura. “Não quero es-conder as marcas de soldasob uma pintura.’’

A ausência de pinturareduz os custos de manu-tenção e é ecologicamentemais interessante. “A pin-tura naval é um procedi-mento muito poluente, jáque utiliza tintas veneno-sas, que contêm produtosquímicos que previnem asincrustações na parte sub-mersa. A eliminação da pin-tura, além de deixar o barcomais bonito, evita esse tipode ação poluente.”

Amyr Klink fala sobre soldagem e aventura

Klink falou sobre sua mais recente viagem: Antártida

O navegador domina a tecnologia de soldagem do alumínio em estruturas navais

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Destaque na Feira Internacional da Mecânica2004 – Sistema Aristo

Ogrande destaqueda ESAB na FeiraInternacional da

Mecânica, que se realizouentre os dias 18 e 22 demaio de 2002, no Parque doAnhembi, em São Paulo, foi o

lançamento da linha de equi-pamentos Aristo, produzidosno Brasil, com tecnologia daESAB mundial.

Os primeiros membrosdesta família são a fonte deenergia sinérgica AristoPower

460, destinada a soldagemMIG, MIG pulsado e eletrodorevestido, e o alimentador dearame AristoFeed 30-4W,com painel de controle defunções MA6 integrado. Adi-cionalmente, um dispositivo

de controle e programaçãoremota AristoPendant U8pode ser conectado ao con-junto, fornecendo funçõesavançadas de programaçãode parâmetros e gerencia-mento do sistema.

Por que Aristono Brasil?

Estamos utilizando uma

experiência de mais de 20

anos na geração de tecno-

logia para desenvolvimento

de equipamentos inverso-

res de solda (controle, po-

tência e design), que nos

possibilita sermos os pri-

meiros fabricantes de má-

quinas de solda a produzir

no Brasil equipamento

deste porte, com alta tec-

nologia, alto valor agre-

gado, de forma a atender

aos clientes com uma solu-

ção global. Estamos ofere-

cendo ao mercado, com fa-

bricação nacional, o

mesmo equipamento que

pode ser encontrado tanto

na Europa quanto nos USA.

O Sistema Aristo é o que

existe de mais moderno em

equipamento de solda no

mundo, proporcionando ex-

celente produtividade, altís-

sima qualidade no cor-

dão de solda e, ao

mesmo tempo, uma

operação extrema-

mente simplifi-

cada.

Conheça agora, em detalhes, este importante lançamento da ESAB no Brasil.

• 1981 - Primeiro inverter ESAB • 1986/1988/1997 - Evoluções • 2001 - Lançamento New Aristo System

• 2003 - AristoPower 460 USA• 2004 - AristoPower 460 Brasil

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Filosofia doSistema AristoO sistema Aristo é a pri-

meira fase de um novo pro-grama de modularizaçãodesenvolvido pela ESABmundial para melhorar aeficiência e o desempenhodos equipamentos de sol-dagem e corte globais daempresa. O projeto das fon-tes de potência é baseadoem uma moderna tecnolo-gia de inversor, utilizandoum número reduzido decomponentes. A utilizaçãodo conceito de modulari-zação permite substancialredução do número totalde componentes necessá-rios para a produção deuma família de máquinas(Aristo/Synergic), resul-tando em menor utilizaçãode mão-de-obra na monta-gem dos equipamentos,menor tempo de produção,redução do capital utilizadoem estoques e proporcio-nando redução substancialno custo dos produtos. Osistema Aristo é reconheci-damente um dos equipa-

mentos com melhor relaçãocusto/benefício em sua ca-tegoria.

Tecnologiaembarcada

Sistema de controle e co-municação inteiramente di-gital - todos os circuitos decontrole e comunicação doscomponentes dos sistemasAristo são digitais e, por-tanto, imunes a interferên-cias elétricas. O uso de tec-nologia digital permite a atu-alização, no campo, de to-dos os softwares e a realiza-ção de testes para verifica-ção precoce de falhas. O sis-tema possui um registropermanente de erros, quepermite a avaliação de fa-lhas, mesmo intermitentes,antes mesmo de serem sen-tidas pelo operador ou cau-sarem efeitos na soldagem.

Sistema de comunicaçãoCAN BUS - O padrão de co-municação digital utilizadopara comunicação entre afonte, o alimentador dearame e o painel de controleé o CAN BUS. Este proto-

colo (CAN – Controller AreaNetwork) foi estabelecidohá mais de 10 anos, desen-volvido originalmente pelaIntel e Robert Bosch AGpara a industria automotiva,e o número de componen-tes CAN vendidos no mer-cado vem aumentando con-tinuamente nos últimosanos.

A utilização do sistemaCAN BUS entre as partescontribui para aumentar aperformance do equipa-mento:• Menor número de proble-mas de conexões entre oscomponentes;• Maior confiabilidade natransmissão de dados digi-tais (tolerância: ± 0%);• Melhor funcionalidade (ex:comunicação com PC paraupload de programas e pa-râmetros);• Maior qualidade e mais di-agnósticos próprios de fun-ções - indica se existe al-guma falta no equipamento,tornando possível parar aprodução e resolver o pro-blema antes que a qualidade

da produção seja afetada;• Realimentação dos valoresreais das variáveis de solda-gem durante o processopermite o ajuste automáticodo equipamento às condi-ções de trabalho.

Atualização e comunica-ção avançada por computa-dor - Através do programaESAT – ESAB Software Ad-ministration Tool, o equipa-mento pode ser conectado aum computador através doadaptador CAN, sendo pos-sível fazer a atualização dosoftware na fonte, no ali-mentador de arame e nopainel de controle.

Com este software, to-talmente em português, épossível fazer uma total ad-ministração dos sistemas,tais como: troca e atualiza-ção de linhas de siner-gismo, troca de idioma doalimentador, checagem doregistro de erros do equipa-mento, definição de limitespara o operador, habilitaçãode códigos de bloqueio dopainel de controle e muitasoutras funções.

Dados técnicos do AristoPower 460 Dados técnicos do AristoFeed 30-4W MA6

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MMC (Man/MachineCommunication) - Esta novatecnologia possibilita umpainel de controle mais fácilde operar, fazendo com queoperador se sinta confianteao manusear o equipa-mento desde seus ajustesbásicos até os mais avança-dos. Operados através deconfortáveis e resistentesbotões sensíveis ao toque,os painéis possuem 16 idio-mas diferentes, entre eles oportuguês.

Linhas de sinergismo -Linhas de sinergismo sãoparâmetros desenvolvidospela ESAB especialmentepara um determinado tipode arame, bitola e composi-ção de gás de proteção, deforma a se obterem ótimosresultados na soldagem.Nos painéis de controleMA6 e U8 estão pré-progra-madas dezenas de linhas desinergismo para soldagemMIG/MAG e MMA.

Cada linha de sinergismoé um conjunto de dados in-dividuais para um certo casode solda. Para a soldagem

MIG/MAG, por exemplo, alinha de sinergismo for-nece a relação entre velo-cidade de ali-mentação doarame e ajusteda tensão desoldagem, le-vando em conside-ração o tipo de gás ea bitola do arame.Quando o soldador alteraa velocidade de alimenta-ção do arame, a tensãovai ser automaticamenteajustada de acordo com alinha de sinergismo cor-respondente.

A utilização da regulagemautomática dos parâmetrosde soldagem através das li-nhas de sinergismo não im-pede o ajuste da tensão pelooperador de forma manual.No entanto, a utilização dosparâmetros pré-configurados,devidamente desenvolvidos etestados para proporcionarum desempenho ótimo doequipamento e uma melhorqualidade do trabalho reali-zado, é recomendada para amaioria dos casos.

O número de linhas de si-nergismo disponíveis noMA6 é de 30, e no U8 supe-rior a 200. As linhas de siner-gismo podem ser modifica-das utilizando-se o ESAT ouatravés do AristoPendent U8.

Memorização de parâ-metros de soldagem -Os alimentadores Aristo-Feed possuem um re-curso de armazena-mento de parâmetros desoldagem em posiçõesde memória. Este re-curso permite ao opera-dor armazenar, consul-tar e, posteriormente,recuperar os parâme-tros de soldagem maisutilizados. Estão dispo-níveis 10 posições dememória no controlador

MA6 e 99 no AristoPen-dant U8

C o m u n i c a ç ã ocom robôs e

PLC´s - O sis-tema Aristo

pode ser conec-tado a robôs de to-

dos os fabricantes, nosdiferentes tipos de padrãode comunicações: CanO-pen, DeviceNet e ProfiBus.O sistema Aristo pode serconectado também a dife-rentes PLC´s, utilizandoum kit de comunicaçãoadequado.

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NAVAL

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Indústria naval:uma trajetória de queda e ascensão

Aindústria naval brasileirasempre teve grande im-portância para a econo-

mia do país. No final da décadade 70, ocupou a segunda posi-ção do segmento em nível mun-dial, abaixo apenas do Japão.Nesta época, era responsávelpor 40 mil empregos diretos e160 mil indiretos, a maior parteno Estado do Rio de Janeiro,onde ainda hoje se concentramos grandes estaleiros do país.No que diz respeito à soldagem,a indústria naval nacional daépoca estava muito focada nautilização do processo manualao arco aberto com eletrodo re-vestido. A ESAB, líder de mer-cado, se preocupava em mantersua posição, oferecendo pronto -atendimento e qualidade asse-gurada.

Nas décadas de 80 e 90,houve uma queda do mercadodevido ao baixo nível de ativida-des e investimentos da econo-mia brasileira no setor. Para ilus-trar a decadência, vale citar que,no final de 2000, a indústria na-val brasileira gerava apenas doismil empregos diretos e oito milindiretos. Ao longo dessas duasdécadas, estaleiros de grandeporte paralisaram suas constru-ções, ficando somente com pe-quenos reparos de embarca-ções e alguns até mesmo foramdesativados. Como exemplo,pode-se citar: Ishibras (hojeSermetal Estaleiros Ltda), situ-ado na zona portuária do Rio deJaneiro; Emaq (hoje Eisa - Esta-leiro Ilha S.A.), situado à beirada baia de Guanabara; Mauá(hoje Mauá Jurong S.A.), em Ni-

terói; e Verolme (hoje BrasfelsS.A.), localizado na baia de An-gra do Reis.

A retomadaEm 1998, foi criada a

Transpetro, empresa responsá-vel por atender à Petrobrás naárea de transportes. A novaempresa vem promovendo aretomada do setor, viabilizandoa construção de navios para di-versas utilizações (transportede gás natural, graneleiros, pe-troleiros) e a transformação denavios petroleiros de grandeporte em plataformas tipoFPSO (Flotation Process Sto-rage Operation), como, porexemplo, a P-48 Barracuda e aP-43 Caratinga.

Outro fato responsável peloaquecimento do segmento é a

abertura do mercado de explo-ração de hidrocarbonetos, atra-vés da lei no 9.478, mais co-nhecida como “lei do petróleo”,que estabelece que as conces-sões para exploração e produ-ção de petróleo sejam forneci-das pela Agência Nacional dePetróleo (ANP), através de lici-tações. Até então, a Petrobrásdetinha o monopólio, atuandoprincipalmente na bacia deCampos.

Com a abertura, surgiramobras diretamente ligadas aosegmento off-shore, comoconstrução de embarcações deapoio a plataformas de petró-leo (PSV-platform supply ves-sel), construção de módulos deplataformas petrolíferas e repa-ros de navios estrangeiros des-tinados ao suporte marítimo.

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NAVAL

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Os investimentosO segmento naval/off-shore

se tornará mais competitivoquanto maior for o seu grau demecanização ou automação.Com o reaquecimento do setor,depois de duas décadas emque estiveram quase desati-

vados, os estaleiros nacionaisse viram forçados a investir nacapacidade instalada de proces-samento de materiais e na reci-clagem de mão-de-obra, agre-gando o máximo de tecnologiacom o menor custo possível.Um estaleiro é reconhecido nomercado, tanto interno comoexterno, pelo seu investimentoem capital físico, em sua capaci-dade instalada de processa-mento de material e pela quali-ficação de seu corpo técnico eoperacional. São aspectos deci-sivos, por exemplo, numa con-corrência internacional.

Somente um esforço de au-tomação e mecanização dosprocessos de soldagem, comconseqüente redução nos cus-tos de mão-de-obra, tornarápossível a competição entre osestaleiros brasileiros e os seuspares instalados em outros paí-ses. Além disso, certamente os

estaleiros precisariam de linhasde créditos e isenções de im-postos como forma de minimi-zar custos dos investimentosiniciais, colocando-os em pé deigualdade com as condiçõesobtidas pelos concorrentes ex-ternos.

Além da modernização doparque industrial, o segmentodepara-se também com umagrande dificuldade, que é a atu-alização dos conhecimentosdos profissionais e a formaçãode novos quadros. É precisoqualificar os profissionais paraque tenham facilidade de mi-grar de um processo manualpara um semi-automático, poisquem opera o equipamento éparte fundamental do processoprodutivo.

Presença e apoioApesar de a defasagem ser

grande com relação ao mer-cado naval externo, o mercadonacional está se especializandoem novos produtos e aprimo-rando os processos de solda-gem, com utilização maior deprocessos automatizados esemi-automáticos. Exemplodisso são os arames tubulares,

que o mercado externo, como aCoréia do Sul e o Japão, já vêmutilizando há algum tempo.

A ESAB, como líder de mer-cado, orgulha-se de participar,direta ou indiretamente, de to-das as obras em andamento naindústria naval/off-shore, sendoo principal parceiro na área desoldagem dos maiores estalei-ros do país. Com uma ampla li-nha de produtos consumíveis,equipamentos para soldagemmanual, semi-automática e au-tomatizada, e uma completa li-nha de máquinas de corte CNC,a ESAB é a única empresa ins-talada no Brasil com estruturacapaz de suportar as exigênciasde qualidade, prazo de entregae assistência técnica impostospor este mercado. Contandocom equipe de vendas e assis-tência técnica e estoque local,em sua Filial no Rio de Janeiro, aESAB tem presença constantenos seus clientes, apoiando ati-vamente suas atividades nasáreas de soldagem e corte.

A empresa procura estar aolado do cliente, proporcionandoinformações e aperfeiçoamentotecnológico. As parcerias comas instituições de pesquisa e

ensino e escolas técnicas emtodo o país são fundamentaispara a realização deste salto deprodutividade.

Uma das parcerias da ESAB,visando à formação e ao aper-feiçoamento de profissionais, écom o Senai Cetec do Rio de Ja-neiro. A empresa tem umacordo com o Centro de Tecno-logia Euvaldo Lodi e forneceequipamentos e consumíveispara uso dos alunos. Os equipa-mentos são cedidos ao Senai,na maioria das vezes, por con-trato de comodato, para cursosespecíficos. Assim, o soldadortem contato com os produtosESAB desde o início de sua for-mação profissional, o que certa-mente repercutirá na qualidadedo seu trabalho.

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Fundada pela Usimi-nas, em 1970, como objetivo de utilizar

o aço fabricado no Brasil,na construção civil e no se-tor de mecânica, a Usimi-nas Mecânica ocupa, hoje,lugar de destaque entre asmelhores empresas brasi-leiras. Localizada em Ipa-tinga, no Vale do Aço, emMinas Gerais, atua na fabri-

cação de equipamentos eestruturas metálicas paraos mais diversos segmen-tos de mercado.

Sua operação é distribuídaem seis unidades de negó-cio específicas aos seus di-ferentes tipos de forneci-mento: equipamentos, es-truturas metálicas, blanks,perfis metálicos, montagemindustrial, pontes e viadu-

tos. Atende as indústrias desiderurgia, mineração, papele celulose, hidroeletrici-dade, petróleo e petroquí-mica, recuperação de pe-ças, recondicionamento derolos e cilindros para a in-dústria pesada, blankspara a indústria em geral,estruturas para a constru-ção civil, perfis metálicos,pontes rodoviárias, ferroviá-

rias e viadutos, além deexecutar montagens indus-triais eletromecânicas. Re-centemente, passou aconstruir vagões ferroviá-rios para o transporte degranéis.

Sendo a soldagem umprocedimento fundamentalem seus processos de fabri-cação e montagem, a Usi-minas Mecânica é um

Usiminas Mecânica:bons ventos, bons negócios

Ocupando lugar dedestaque entre asmelhores do Brasil,

a UsiminasMecânica comemora

bons contratos eaponta para arecuperação de

setores daeconomia nacional.

Usiminas Mecânica:ESPECIAL

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grande consumidor dosprodutos ESAB. Ao longodos imensos corredores doAlmoxarifado da fábrica acu-mulam-se caixas de aramestubulares, além das latas deeletrodos estocadas em es-tufa aquecida 10 graus cen-tígrados acima da tempera-tura ambiente. A empresaconsome principalmente osarames tubulares OK Tu-

brod 81W, utilizados na sol-dagem de estruturas metáli-cas e pontes, OK Tubrod 71Ultra, empregado na fabri-cação de vagões, e o ele-trodo OK 73.03, usado noponteamento das peças fa-bricadas com o aço USIMI-NAS SAC 50 (Cortem), en-tre outros. O emprego doarame tubular na constru-ção de vagões ferroviários

demonstra o grau de preo-cupação da empresa com aprodutividade, qualidade eredução de custos, uma de-cisão que resultou de estu-dos que comprovarammaior produtividade desteconsumível com relação aoarame sólido.

A ESAB está presentetambém na área de blanksda Usiminas Mecânica,

onde são usadas máquinasde corte a plasma e a laserprocedentes das fábricasda ESAB na Carolina doSul, Estados Unidos e Kar-ben, Alemanha. É uma par-ceria antiga, desde 1991,alicerçada na boa perfor-mance dos equipamentos ena eficiência e presteza daassistência técnica daequipe brasileira.

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Pontes eviadutos:

a soldagem éfundamental

Classificada como lídernacional e uma das pri-meiras do mundo no seg-mento de estruturas epontes metálicas, a Usimi-nas Mecânica comemoraos prêmios recebidos am-pliando cada vez mais asua carteira de grandesobras. Exemplo de arrojoe tecnologia, a ponte JK,estendida sobre o lagoParanoá, em Brasíl ia(DF), foi escolhida pelaSociedade de Engenhei-ros da Pensilvânia (EUA)como a ponte mais bonitado mundo construída em2002. O projeto da ponteé de autoria do arquitetoAlexandre Chan e a Usimi-nas Mecânica foi respon-sável pela fabricação,transporte, pré-monta-gem, montagem e lança-mento das estruturas me-tálicas, inclusive dos ar-cos centrais. Os arcos fo-ram projetados na diago-

nal de cada tabuleiro, emaço de alta resistência es-trutural e à corrosão. Aponte tem seis pistas derolamento para veículos eduas para pedestres e ci-clistas nos dois sentidos,com largura total de 24metros e comprimento de1,2 Km.

É, certamente, a “me-nina dos olhos” do espe-cialista em solda e coor-denador da qualidade daUnidade de Negócio Pon-tes e Viadutos, José Edu-ardo Fernandes Salles. Há19 anos na empresa, JoséEduardo não esconde oorgulho de fazer parte daequipe que tocou o pro-jeto. “A solda é a grandevedete da engenharia depontes”, diz.

A unidade está envol-vida, atualmente, em di-versos projetos, como aponte rodoferroviária so-bre o rio Orenoco, em Pu-erto Ordaz, na Venezuela.Com extensão de 3.120metros, 24 metros de lar-gura, 60 metros de alturano vão central, três vãosde 300 metros e quatro

torres, a ponte vai consu-mir 25 mil toneladas deaço. Se os números im-

pressionam, também o fa-zem o tamanho das partespré-fabricadas do tabuleiro,

Adequação à Norma AWS

Quando iniciou a in-vestida nos EstadosUnidos, a empresa

solicitou a ESAB que se ade-quasse às exigências de espe-cificação e classificação deconsumíveis da norma AWS,

que rege a fabricação de pon-tes daquele mercado. A ESAB,então, desenvolveu o eletrodoOK 7303 (especificação AWSE7018-W1), usado para pon-teamento das peças a seremsoldadas. “Trabalhamos, hoje,

com um tipo de aço que eli-mina a pintura, portanto a tec-nologia da soldagem tem deacompanhar este avanço”, dizo engenheiro José Eduardo. Oconsumo maior na soldagem édo arame tubular OK Tubrod

81W (classificação AWSE81T1-W2), com base quí-mica de cromo, níquel e cobre,com alta resistência à corrosão,altíssima produtividade e exce-lente acabamento do cordãode solda.

José Eduardo Fernandes Salles: boas perspectivas para a Unidade de Pontes

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que são escoadas por viaférrea até Vitória (ES) edespachadas de naviopara a Venezuela. A fasede fabricação terminouem junho e a montagemvai até o final de 2005. Aempresa trabalha, ainda,em cinco pontes menorespara o mercado interno.

E as perspectivas defuturo para a Unidade dePontes são muito boas. AUsiminas Mecânica tem onome já consolidado nomercado americano, ondeentrou em 2000, com oprojeto que José Eduardochama de “nosso cartãode visitas nos EstadosUnidos”: a Bay Bridge, emSão Francisco, na Califór-nia, onde foi responsávelpelo fornecimento detoda a estrutura metálicautilizada na reforma daspistas de rolamento.Desde então, forneceu 11pontes para o Estado daVirgínia e agora trabalhaem Nova Iorque.

Em maio, a equipe deuinício à execução do pro-jeto americano de re-

forma da movimentadaponte sobre o East River,que liga o Bronx aoQueens. A Usiminas Me-cânica fornecerá o tabu-leiro metálico, os contra-ventamentos e o reforçodas torres, num total de9,5 mil toneladas de aço.A instalação será feita pe-los americanos. O enge-nheiro Fabrício CardosoRodrigues mostra o pro-jeto e afirma: “A reforma émais complicada que aexecução do projeto origi-nal. Com o desgaste natu-ral, as medidas não sãomais as mesmas, é pre-ciso achar os pontos cer-tos de forma a garantirque as novas peças te-nham encaixe perfeito so-bre a estrutura existente”.Segundo ele, a complexi-dade da reforma da pontenova-iorquina é tal que osamericanos se mudarampara o canteiro de obrascom previsão de lá ficarpelos próximos cincoanos. A fabricação da Usi-minas Mecânica terá du-ração de 10 meses.

Atendimento diferenciado

AESAB é parceirafreqüente nos pro-jetos da Unidade

de Pontes e Viadutos daUsiminas Mecânica. Se-gundo o engenheiro JoséEduardo Fernandes Salles,

a opção pelos consumíveisESAB se dá em função deela ser uma empresa “nacio-nalizada”, capaz de desen-volver consumíveis deacordo com a necessidadedo cliente e de prestar uma

assistência técnica efici-ente. Ele citou também aresponsabilidade no cum-primento de prazos, a dis-ponibilidade e o fácil relacio-namento com a equipeESAB.

A Usiminas Mecânica éatendida há 13 anos pelovendedor Marco AntônioMartins Gonçalves. Ele passaduas semanas por mês noVale do Aço, especialmentepor conta deste cliente.

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Vagões: nostrilhos da

CVRD

No ano passado, a Usi-minas Mecânica estreou emum novo e promissor mer-cado: a fabricação de va-gões ferroviários de carga.Vinculada à Superintendên-cia de Equipamentos, a Uni-dade de Fabricação de Va-gões já forneceu para aAmérica Latina Logística,do Paraná, e, em novembrode 2003 comemorou a en-comenda de 100 vagõespela Cia. Vale do Rio Doce(CVRD). Em junho, en-tregou os últimos vagõesdeste pedido e já se pre-para para iniciar a fabrica-ção de outro lote de 120.

São vagões tipo HFE,Hoper Fechado, para

transporte de grãos. Ostrucks para este forneci-mento são do tipo Barber,com tecnologia da Stan-dard Car Truck e importa-dos da China. Cada vagãomede 16,20 metros decomprimento, 2,70 me-tros de largura e 3,87metros de a l tura, pe-sando 22,07 toneladas.Em sua construção, sãoutil izadas 12,60 tonela-das de chapas SAC 350.

E a idéia, para o futuro,é fornecer o vagão com-pleto: a caixa com eixos,truques e parte rodante.Quem afirma é João dosSantos Costa, responsávelpor métodos e processos,da Gerência de Serviços deOficinas. “Em breve, nos-sos vagões vão sair daquijá nos trilhos”, diz.

Mudando para melhor

Ogrande “pulo dogato” na fabricaçãodos vagões da Vale

foi a mudança do consumívelde soldagem, passando doarame sólido para o arame tu-bular (OK Tubrod 71 Ultra). Adecisão da Usiminas Mecâ-nica foi comunicada à ESABatravés de uma ligação doengenheiro João dos Santospara o telefone celular do ven-dedor Marco Antônio Gonçal-ves, exatamente durante afesta de Natal dos funcioná-rios, em dezembro. Resultado:as férias coletivas do pessoal

de produção da ESAB, marca-das para depois das festas defim de ano, foi cancelada. Po-rém, com muita satisfação,pois o compromisso com oatendimento às necessidadesdo cliente sempre foi pontode honra para todos na em-presa.

O especialista de solda daUsiminas Mecânica, José Edu-ardo Fernandes Salles, fiel de-fensor da eficiência do tubular,afirma que a decisão gerouvários benefícios na fabrica-ção de vagões. “Há 20 anos,tínhamos o eletrodo, depois o

sólido, e hoje temos o tubular,que é a evolução do processode soldagem”, explica.

O arame tubular gera efe-tivo ganho no tempo de mão-de-obra. Feitos todos os cál-culos, a empresa concluiuque, embora tenha preço porquilo superior ao arame só-lido, o arame tubular é muitomais produtivo. “Provamosque a economia gerada emfunção do preço do arame só-lido – aproximadamente me-tade do preço do arame tubu-lar – não existia porque ogasto com mão-de-obra era

três vezes maior. Com a mu-dança, passamos da fabrica-ção de dois vagões/dia para3,5 vagões/dia. Com a parce-ria com o nosso fornecedor,pudemos cumprir com folga oprazo solicitado pelo cliente.”

O engenheiro João dosSantos, da Gerência de Servi-ços de Oficinas, lembra que oarame tubular exige menosdo soldador, que não perdetempo limpando respingos,pois este tipo de consumíveldispensa acabamento. “O ma-terial não é barato, mas é mui-to mais eficiente.”

João dos Santos Costa: em breve, vagões sairão da fábrica já sobre os trilhos

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Blanks: orenascimento daindústria naval

brasileira

A Unidade de Negócio deBlanks da Usiminas Mecânicatem a ESAB como parte da suahistória. Parceiros de longadata, das 12 máquinas decorte a laser e a plasma insta-ladas em Ipatinga, 10 são fabri-cadas pela ESAB. “É a melhormáquina em relação à concor-rência, mas, principalmente,nossa opção pela ESAB é de-corrência da assistência técnicasempre presente e eficiente”.Quem afirma isto é o enge-nheiro de fabricação de blankse estampagem, especialista emmontagem de máquinas e vozativa na compra de todos osequipamentos de corte, Edu-ardo Valladares Guimarães.

Preparando-se para ampliarsua capacidade de produção, a

Usiminas Mecânica recebeu, emjulho, mais duas novas máquinasde fabricação da ESAB ameri-cana e assistência técnica brasi-leira: trata-se de duas máquinasde corte plasma CNC Avenger 2,com pórtico de 7 metros, especi-ficamente desenvolvidas pelaESAB para trabalhos de corte dealta produtividade e grande fatorde trabalho.

A primeira máquina adquiridada ESAB foi instalada em 1991,

ocasião em que Eduardo Valla-dares ingressou na UsiminasMecânica exatamente para fazera montagem e dar acompanha-mento à fabricação de blanks.Hoje, 13 anos e 14 máquinasdepois, o especialista vê o mer-cado se aquecer em função dorenascimento da indústria navalbrasileira, segmento destino de50% da fabricação da unidade.

O Brasil tem um déficit deaproximadamente 84 navios, in-cluindo petroleiros. Um mercadobastante promissor. “Há muito

tempo parado, o parque indus-trial ficou obsoleto e, agora, como reaquecimento, os estaleirosestão terceirizando o corte. AUsiminas Mecânica – que é hojetalvez a segunda maior clienteda Usiminas - surge como opçãode peso porque tem fácil acessoà matéria-prima”, explica Edu-ardo. O restante do fornecimentoda empresa é distribuído, grossomodo, entre: carrocerias, 20%,máquinas agrícolas, 10%, cons-trução civil, 10%, e o resto dilu-ído nos demais segmentos.

• 1ª máquina – 1991Modelo GXM 2200CNC - Autopath GX3050

• 2ª máquina – 1993Modelo CM 3600CNC - S2000

• 3ª máquina – 1993Modelo CM 3600CNC - S2000

• 4ª máquina – 1997Modelo Avenger 2CNC - Vision 2000

• 5ª máquina – 1998Modelo Sabre 3600

CNC - Vision PC• 6ª máquina – 1999

Modelo Shadow 2CNC - Vision PC

• 7ª máquina – 2002Modelo Alpharex XC Laser TLF 4000CNC - Vision NT

• 8ª máquina – 2003Modelo Alpharex XC Laser TLF 4000CNC - Vision NT

• 9ª máquina – 2002Modelo Sabre 4200CNC - Vision PC

• 10ª máquina – 2002

Modelo Sabre 4200CNC - Vision PC

• 11ª máquina – 2003Modelo Sabre 4200CNC - Vision PC

• 12ª máquina – 2003Modelo Sabre 4200CNC - Vision PC

• 13ª máquina – 2004Modelo Avenger 2CNC - Vision PC

• 14ª máquina – 2004Modelo Avenger 2CNC - Vision PC

Máquinas ESAB instaladas na Usiminas Mecânica

Eduardo Valladares Guimarães:parceria de longa data entre Usimece ESAB

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Uma joint-venture instituídahá quatro anos, resul-tante da associação

metade-metade entre a brasi-leira Iochpe-Maxion e a norte-americana Amsted Industries,está comandando o processode retomada da produção brasi-leira de vagões ferroviários decarga. Trata-se da Amsted Ma-xion – Fundição e Equipamen-tos Ferroviários S/A, que detém80% do mercado brasileiro dosegmento, operando em suasede na cidade em Cruzeiro-SP,onde há fundição de peças emontagem de vagões, e emduas outras unidades produti-vas, em Osasco-SP, uma fundi-ção, e Hortolândia-SP, onde sefaz a montagem de vagões.

A empresa também mantémcontratos de fornecimento deserviços de montagem de va-gões com duas outras empre-sas, a Companhia Comércio eConstruções (CCC), que possuiuma unidade em Cruzeiro e ou-tra em Deodoro-RJ, e a Compa-nhia Mineira de EquipamentosFerroviários (Comefer), insta-lada em Conselheiro Lafayete-MG. Ao todo, são seis plantasprodutivas e cerca de trinta ou-tras empresas de apoio, deno-minadas “satélites”, contratadaspara executar serviços auxiliaresna produção de partes dos va-gões, além dos fornecedores depeças e componentes.

Amsted Maxionprodução brasileira de

Amsted Maxionprodução brasileira de

VAGÕES FERROVIÁRIOS

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Alexandre Asquine

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comanda a retomada da vagões de cargacomanda a retomada da vagões de carga

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VAGÕES FERROVIÁRIOS

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Depois de amargar,na primeira metadedos anos 90, um

largo período em que os pe-didos mal chegavam a 300vagões por ano, a AmstedMaxion comemorou, no mêsde maio de 2004, a marcahistórica de 400 vagões pormês, sendo possível queproduza, até dezembro pró-ximo, 4,5 mil vagões. Tudoisso está sendo conseguidoapós uma sucessão de deci-sões que vêm se revelandoacertadas, tomadas a partirde um profundo conheci-mento do setor, da avaliaçãoprecisa de cada momentodo mercado, de muita paci-ência e de escolhas estraté-gicas firmes.

No início da última dé-cada, o volume de fabricaçãode vagões era muito baixo.Naquela ocasião, a Iochpe-Maxion decidiu preservar suaestrutura ferroviária, inclu-indo engenharia e produção.A idéia era manter na em-presa um pessoal qualifi-cado, experiente, para

quando ressurgissem asoportunidades de fabricarvagões. O cerne dessa deci-são estava na compreensãode que uma empresa quepor tanto tempo havia exer-cido a liderança no setor nãopoderia abrir mão de sua ex-pertise, pois, quando o pano-rama melhorasse, correria orisco de não ter capacidadepara responder com agili-dade às exigências dos cli-

entes, ou, o que seria pior,poderia ficar fora do mer-cado.

Mas os tempos eram, defato, bicudos. Colocado nohorizonte logo no começo dadécada, o processo de priva-tização do setor ferroviário sóiria se efetivar em 1996 ou1997, e antes disso, as en-comendas eram escassas. Aempresa buscou alternativaspara manter-se ativa no seg-

mento: executou reformas devagões, construiu três vagõesde serviço para o Metrô-SP eatendeu à Companhia Valedo Rio Doce, que comprouuma média de 50 vagões porano entre1994 e 1998. Atu-ava também no segmento dereposição, com o forneci-mento de rodas, truques, en-gates, e seguia na prestaçãode serviços de fundição parabens industriais.

Marca histórica

Havia, na época, acrença de que, coma privatização, to-

dos os problemas do setorterminariam e que, de ime-diato, haveria um grande vo-lume de pedidos de vagões.Mas isso de fato não acon-teceu. As concessionárias

optaram por reformar os va-gões. Um dos contratos daIochpe-Maxion nesse períodoreferiu-se à reforma de milvagões para a MRF.

É bem verdade que tam-bém houve pedidos de va-gões não decorrentes daprivatização, como, por

exemplo, os referentes àimplementação da Ferro-norte, entre 1998 1999;ou em razão de a Vale doRio Doce ter incrementadosua exportação.

Nesse período pós-pri-vatização, a Iochpe-Maxionchegou a fazer entre 700 e

1.200 vagões por ano, oque representava um nívelde atividade consideravel-mente maior do que o re-gistrado em anos anterio-res, mas, mesmo assim,ainda muito aquém do vo-lume que a empresa acredi-tava ser possível realizar.

Privatização

O engenheiro Paulo Cezar Puga Martone e o diretor de Vendas e Marketing, Vicente Abate

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VAGÕES FERROVIÁRIOS

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Omercado ferroviário émarcadamente cíclico,com um patamar de

topo muito pequeno. Normal-mente, a demanda cresce, sus-tenta-se em alta por um curtoperíodo e depois cai, permane-cendo baixa por um períodomais longo. Sabendo disso, aIochpe-Maxion, num processode planejamento estratégico, de-cidiu tornar-se independente dademanda do setor ferroviário etambém do mercado interno.

O caminho foi estabeleceruma linha de ação arquitetadade tal forma que, na hora emque o mercado ferroviário bra-sileiro estivesse forte, a Ams-ted Maxion pudesse atuarnele, respondendo às suas ne-cessidades. Mas, enquanto elenão reagisse, ou quando, nofuturo, não estivesse bom, aempresa pudesse trabalharcom fundidos industriais e vol-

tar seus esforços para a ex-portação.

“Tivemos também a felici-dade de fechar, em março de2000, a associação com Ams-ted Industries, que era nossa li-cenciadora quanto à tecnologiade rodas, truques e engates parao mercado norte-americano”,disse Vicente Abate, diretor deVendas e de Marketing da Ams-ted Maxion, acrescentando que,com isso, o intercâmbio técnicoentre as duas corporações pas-sou a ser muito mais ativo. Eleassinala que era um momentode reação do mercado norte-americano e, com a constituiçãoda joint-venture, vislumbrou-se apossibilidade de serem amplia-das as exportações para aquelepaís, sem deixar de dar continui-dade ao fornecimento de fundi-dos industriais para corporaçõescomo a Caterpillar, Bucyrus, GE,Komtasu, entre outras.

Visão estratégica

Pouco tempo depois, osventos do mercado co-meçaram a mudar. A

Amsted Maxion começou2002 com um volume de fa-turamento relativamente bomem relação ao que se regis-trava no passado, mas as coi-sas tenderiam a melhorar. Nosegundo semestre daqueleano, a Vale do Rio Doce fezum grande pedido: cerca de1.900 vagões, os primeirosdos quais para entrega imedi-ata. Com isso, o patamar deprodução em 2003 subiria

dos anteriores 1.200 vagõesanuais para pouco mais 2 milvagões por ano.

Com essa encomenda e fil-trando outros sinais do mer-cado, a Amsted Maxion perce-beu que seria necessário dupli-car rapidamente a capacidadede produção. Mas que cami-nho seguir?

A escolha foi alugar, emagosto de 2003, duas plantasprodutivas – a fundição emOsasco e a unidade de monta-gem de vagões em Hortolân-dia. As vantagens do aluguel:

permitiu que a ampliação fossefeita rapidamente e sem a ne-cessidade de pesados investi-mentos, os quais seriam inevi-táveis se a decisão fosse porconstruir uma nova planta.

Além disso, a Amsted Ma-xion passou a comprar servi-ços da CCC e da Comefer. Oacordo com essas empresas érelativamente simples: a Ams-ted Maxion fornece o projeto,o material e a logística produ-tiva, além de manter enge-nheiros residentes nas plantasdas contratadas, e as indús-

trias entram com a mão-de-obra e os insumos.

Com esse perfil, a partir dasegunda metade de 2003, aAmsted Maxion reuniu condi-ções para produzir perto de 5mil vagões por ano, adequando-se às perspectivas de demandapara os próximos anos. VicenteAbate avalia que haverá pedi-dos de aproximadamente 6 milvagões por ano até 2006 nomercado brasileiro e que a Ams-ted Maxion se responsabilizarápor aproximadamente 80%desse fornecimento.

Ampliar com flexibilidade

Vicente Abate: mercado ferroviário é cíclico

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“Essencialmente, a pro-dução de vagões podeser definida como a

obtenção de material me-tálico soldado. Então, a sol-dagem entra nesse pro-cesso como um item pri-mordial. Toda a resistênciaque se requer do vagãodepende do modo como sefabricaram suas peças epartes e como estas foramagregadas com solda”,afirma o engenheiro mecâ-nico Paulo Cezar PugaMartone, com 27 anos deatuação na empresa, e res-ponsável pela área de En-genharia Industrial, o que

inclui a estruturação das li-nhas de montagem e aprodução dos vagões daAmsted Maxion.

Ele explica que, paraproduzir vagão, é muito im-portante definir e depoisexecutar os procedimentosde soldagem absoluta-mente dentro das especifi-cações de cada projeto,com funcionários qualifica-dos para a tarefa. Quandonecessário, a Amsted Ma-xion, com apoio do Senai,promove a formação desoldadores, executandocursos em Cruzeiro e Hor-tolândia, abertos à comuni-

dade. Os cursos não agre-gam o compromisso deempregar os concluintes,mas uma boa parcela delesé aproveitada.

De acordo com Mar-tone, numa empresa queproduz vagões, a atençãoquanto ao processo da sol-dagem tem que ser sempremuito grande. “A direção daempresa, eu e todos quetrabalham aqui ficamosmuito atentos a essa ques-tão. O retrabalho pode tra-zer problemas sérios, comoo travamento de uma linhade montagem e, o que é

pior, agravar seriamente oscustos de produção”.

A Amsted Maxion utilizasolda elétrica com ele-trodo revestido; manual eMIG/MIG semi-automática.“Na formação dos painéismaiores, usamos equipa-mentos semi-automáticos,com emprego do processoMAG. Na produção de va-gões, são necessáriostambém testes freqüentes— ultra-sonografia, raios-X e mesmo líquidos pene-trantes, para verificação doperfeito resultado da sol-dagem.’’

O papel da soldagem

Paulo Cezar Puga Martone: soldagem é parte primordial do processo

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VAGÕES FERROVIÁRIOS

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Dada a importânciacentral para o seunegócio, a Amsted

Maxion tem como norma ab-soluta contratar fornecedoresde primeiríssima linha paraequipamentos e consumíveisutilizados nos processos desoldagem. A ESAB, por exem-plo, fornece máquinas desolda, arames de solda tubu-lar e eletrodos revestidos.“Mas, ao lado do forneci-mento de seus produtos, oque considero extremamenteimportante é a forma como aESAB presta os seus serviçose o apoio que nos oferece, in-clusive de desenvolvimentode soluções para os clientes.”

Quanto a esse ponto, apalavra-chave é entrosa-mento. Recentemente, a uni-dade da ESAB em Miami, res-

ponsável pelo atendimentoda América Central e Caribe,recebeu consulta de um cli-ente venezuelano, interes-sado em comprar o projetode um vagão a ser fabricadocom um tipo específico deaço, com um grau de resis-tência maior. Houve entãouma consulta a esse respeitoà ESAB no Brasil, que indicoua Amsted Maxion.

“O produto que estamosdesenvolvendo para esse cli-ente da Venezuela é um tipode vagão que costumamosproduzir, embora o projetorespeite algumas nuances, deexigência dos próprios clien-tes venezuelanos. Estamosadequando o projeto ao queeles querem. O aço a serusado na fabricação é dife-rente daquele normalmente

usado nos vagões produzidosno Brasil, exigindo um aramede soldagem adequado”, dizMartone.

Nesse projeto, a ESABvem efetuando testes paraverificar qual dentre seus pro-dutos melhor responderá àsnecessidades definidas parao produto. Como parte doprojeto, a Amsted Maxion es-pecificará os procedimentosde soldagem e acompanharáo treinamento dos soldadoresvenezuelanos em instalaçõesdo cliente.

Outro projeto em anda-mento na Amsted Maxion re-fere-se à produção de vagõescom o aço semi-inox produ-zido pela Acesita. Trata-se dematéria-prima mais resis-tente, que permitirá reduzir atara do vagão, e que deverá

dispensar pintura protetora eespecial, utilizada para garan-tir a total fluidez e evitar oataque de cargas corrosivas,como fertilizantes.

A Amsted Maxion está fa-zendo testes específicos, so-bretudo de dobra e resistên-cia do aço semi-inox. Abate eMartone explicam que, se ostestes forem positivos, a inici-ativa deverá vencer aindauma nova etapa: a análisepara estabelecer se o customaior do aço será compen-sado pela diminuição do vo-lume de matéria-prima, peladispensa do tratamento desuperfície e outras vantagens.Quanto à soldabilidade, acre-ditam que não haverá proble-mas e uma vez mais contamcom a retaguarda da ESAB.

Entrosamento

Em 2002, a AmstedMaxion contava com800 funcionários, to-

dos na unidade de Cruzeiro.Com as novas encomendasque começaram a ser recebi-das naquele ano, o número de

funcionários foi ampliado, che-gando, no final de abril de2004, a exatos 1.957, aoquais se somam os que traba-lham nas unidades de Osascoe Hortolândia. “Hoje, temosaproximadamente 2.500 fun-

cionários contratados direta-mente, ou seja, em dois anos,triplicamos o número de em-pregos oferecidos”, afirma Vi-cente Abate, assinalandoainda que, com a contrataçãode serviços de montagem de

vagões junto à CCC e à Come-fer e com os pedidos encami-nhados a cerca de 30 empre-sas terceirizadas que dãoapoio às unidades produtivas,foram ativados, no mínimo, ou-tros 1,8 mil novos empregos.

Empregos

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AESAB trabalha,desde 2002, emuma proposta de

melhoria contínua no pro-jeto e fabricação de seusequipamentos de solda-gem e corte, que temcomo objetivo manter seusprodutos atualizados ecompetitivos no mercado.

Promover a melhoriacontínua é um processoque parece simples, mas serevela bem detalhado, poisdiversos conceitos novosdevem ser colocados emprática para que bons re-sultados sejam obtidos.

Padronização de peças e

montagem porplataformas

A padronização de pe-ças para fabricação dosequipamentos e a monta-gem de modelos diferen-tes de equipamentos emuma mesma plataforma di-minuem o tempo de fabri-cação dos produtos e pe-ças, reduzem os custos deestoque e permitem a pro-dução em linha. A ESABpode, assim, atender me-lhor aos seus clientes.

Alguns exemplos demodelos de máquinas queestão sendo produzidas apartir de uma mesma pla-taforma são:• Smashweld 182, 182M

e 252

• Smashweld 250M, 316, 350, 316 Top Flex e 350Top Flex

• LHJ 425 e LHJ 750• SynergicPower 450i e

AristoPower 460

Padronização da imagem dosprodutos ESABEste trabalho tem o ob-

jetivo de padronizar mun-dialmente a imagem dosprodutos ESAB. Um dosexemplos são as chapa-rias de fechamento dasmáquinas que passam,agora, a apresentar so-mente a logomarca ESAB,

sendo que o nome do mo-delo da máquina fica sem-pre no painel frontal. Umaoutra importante mudançanos equipamentos foi otom de preto empregadonos painéis frontais, quepassou a ser metálicodesde 2003.

Novos componentese matérias-primas

O estudo de novoscomponentes e maté-r ias-primas possibi l i tamanter os equipamentossempre atualizados e ob-ter ganhos também naqualidade dos produtos.

A meta é manter os pro-dutos modernos, compe-titivos, com qualidade eque atendam plena-mente às expectativasdos clientes. De formaconstante, a ESAB de-senvolve, junto aos seusfornecedores, esforçospara melhorar a quali-dade dos componentes,a um custo compatível. Aaplicação dos preceitosde certificação de quali-dade oriundos da certifi-cação ISO 9001:2000proporciona um menoríndice de defeitos na fa-bricação dos equipamen-

Programa ESAB de melhoria contínua

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tos e um melhor controledas possíveis causas defalhas.

Agregando valoraos produtos

Em tempos de moder-nização dos processosprodutivos, cada vez maisas empresas precisam denovos recursos e melhordesempenho nos equipa-mentos, para automatizare ou facilitar o trabalho dooperador. A ESAB procuraescutar as necessidadesde seus clientes, transfor-mando-as em característi-cas agregadas aos produ-tos. Diversas característi-cas, que antes eram aten-didas através de itens op-

cionais, foram incorpora-dos aos equipamentoscomo padrão, sem au-mento no preço para o cli-ente. Através da análise desugestões recebidas dosclientes, das AssistênciasTécnicas ESAB (SAE) edos Grupos Internos deMelhoria Contínua, a En-genharia de Desenvolvi-mento da ESAB está per-manentemente preocu-pada em agregar mais va-lor aos equipamentos pro-duzidos.

Facilidade de manutenção

Outro ponto impor-tante para a ESAB é tor-nar a manutenção de

seus produtos cada vezmais fácil e barata. A me-lhoria contínua dos pro-dutos, colocando no mer-cado equipamentos defácil reparo, com uma do-cumentação clara e pre-cisa, se traduz em confi-ança para operadores etécnicos de manutenção.A melhoria no acesso aoscomponentes internos, naconexão e identificaçãodos cabos elétricos, nautilização de componen-tes padronizados maisrobustos e confiáveis setraduz em maior tempoentre falhas e menortempo de reparo, e au-mento do fator útil doequipamento.

Melhoria contínua,um projeto permanente

A ESAB procura, com aaplicação permanente dosconceitos de melhoria con-tínua, atender cada vezmelhor aos seus clientes eparceiros, com as melhoressoluções em equipamentospara solda e corte. Estaevolução constante, muitasvezes invisível aos olhos dooperador, faz parte da ro-tina dos profissionais dedesenvolvimento e produ-ção da ESAB, e garanteque os equipamentosESAB continuarão sendoos preferidos dos melhoresprofissionais e empresasdo Brasil e do exterior.

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Apolítica de vendasde peças e acessó-rios da ESAB vem

sendo incrementada ano aano e o segmento mostra-se cada vez mais ativo e emcrescimento. A Empresavem trabalhando para man-ter a satisfação dos clientesno atendimento pós-vendae para garantir a qualidadedos equipamentos ao longode sua vida útil.

Uma inovação é o aten-dimento ao mercado compeças originais ESAB, isto é,as peças vendidas para re-posição são as mesmas uti-lizadas no processo de fabri-cação das máquinas. Comessa estratégia, a empresagarante a qualidade das pe-ças fornecidas aos SAE’s

(Serviços AutorizadosESAB), às revendas e aosclientes em geral. Por con-seguinte, pode-se ter a con-fiança de que os equipa-mentos reparados manterãoo mesmo desempenho du-rante a sua vida útil.

A Filial Porto Alegre foi apioneira na implantação doselo de peças originais. Aequipe apurou que os clien-tes encontravam dificuldadesna manutenção dos equipa-mentos, relativas à disponibi-lidade de peças em estoquee aos valores excessivos co-brados no mercado paralelo.Com base nisso, vêm bus-cando soluções compatíveisa cada situação. A equipeestá satisfeita com a recipro-cidade por parte dos clientes

a este serviço, refletida nosíndices crescentes devendas da filial.

DivulgaçãoDe 2003 para

cá, foram desen-volvidas duas cam-panhas de marke-ting voltadas paraos clientes. A primeiradelas foi a campanha‘Pense Certo’ – Use apenaspeças originais, para a qualfoi criada uma etiqueta que écolocada nos painéis dasmáquinas. O objetivo é queos clientes criem a cultura deutilização de peças originais.

A outra campanha consis-tiu na utilização de um seloidentificador onde é salien-tada a qualidade da peça

ESAB.Com as divulgações feitas,pretende-se que, na comprade um equipamento, o clienteESAB sinta segurança de quehá uma rede de atendimentoque lhe fornecerá, sempreque necessário, peças comqualidade, prazo de entrega epreço satisfatórios.

Pense certo: peça tem de ser original

Aqualificação docorpo técnico fazparte da filosofia da

ESAB. A capacitação profis-sional não só é um benefí-cio para os empregados,como também fundamentalpara a expansão da Em-presa. Exemplos recentesdo sucesso dessa iniciativasão os consultores técnicosWelerson Reinaldo deAraújo e Cláudio Turani Vaz,que defenderam disserta-ções de mestrado, emmarço deste ano, na Univer-sidade Federal de MinasGerais (UFMG).

A necessidade do treina-mento foi detectada pelosconsultores, há cerca de trêsanos, em virtude da expan-são da área de Desenvolvi-mento de Consumíveis. A es-colha pelo mestrado daUFMG aconteceu devido auma parceria entre a Em-presa e a universidade: aESAB promove doações eempréstimos de materiais eequipamentos, enquantoseus funcionários se mantêminformados sobre as novastecnologias da área, atravésdos contatos com o Grupode Robótica, Soldagem e Si-

mulação (GRSS), formadopela UFMG. “A parceria sótem pontos positivos.Quando precisamos de al-gum material, somos muitobem atendidos”, afirma o co-ordenador do GRSS, Alexan-dre Queiroz Bracarense. Se-gundo ele, a relação é decumplicidade. “Como conhe-cemos bem o trabalho daESAB, estamos sempre pro-movendo uma divulgação so-bre a alta qualidade de seusprodutos”, diz Bracarense.

As pesquisas dos enge-nheiros da ESAB foram de-senvolvidas na área de Pro-

cesso de Fabricação – Sol-dagem, da Engenharia Me-cânica, com os seguintes te-mas: Avaliação da resistên-cia à erosão por cavitaçãodo metal de soldas produzi-das com consumível tipo13% cromo - Cr, 4% níquel- Ni e 0,4% molibidênio -Mo (Cláudio); Comparaçãoentre soldagem robotizadacom arame sólido e “metalcored” – a ocorrência do“finger” (Welerson). Ambosos trabalhos propiciarammelhorias à Empresa, agre-gando novas tecnologias econhecimentos.

De volta aos bancos escolares

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