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Sinduscon Notícias Ano 4 | Edição 37 Dom Seg Qua Ter Qui Sex Sáb Uniconstruir tem nova parceria 9 Construção civil e o crescimento de Juazeiro 12 10 Acordo da convenção coletiva da construção civil LEI FEDERAL TENTA PROIBIR PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE ENTREGA DE IMÓVEIS Págs. 6 e 7 3 10 18 25 5 13 20 27 7 15 22 29 4 12 19 26 6 14 21 28 1 8 16 23 30 2 9 17 24

Sinduscon Notícias Edição nº 37

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Sinduscon Notícias

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Sinduscon Notícias

Ano 4 | Edição 37

Dom Seg QuaTer Qui Sex Sáb

Uniconstruir tem nova parceria 9

Construção civil e o crescimento de Juazeiro12 10

Acordo da convenção coletiva da construção civil

LEI FEDERAL TENTA PROIBIR PRORROGAÇÃO DO PRAZO

DE ENTREGA DE IMÓVEISPágs. 6 e 7

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EDITORIAL ÚLTIMAS

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Quando a força vem da união

Queda nos juros

Índice da construção civil sobe 0,66%

Este ano, enfrentamos uma das mais longas greves da construção ci-vil, com 33 dias de paralisação nos canteiros. A experiência em 21 anos participando da mesa de negociação da nossa categoria me permite afir-mar: nunca ganhamos tanto. Saímos mais unidos e fortalecidos no espíri-to de coletividade.

Tivemos índices de presença nunca antes registrados em reuniões

de nosso sindicato, em deliberações de assembleias que nos deram força e fôlego durante 14 rodadas desgastan-tes de negociações, muitas vezes rom-pidas diante das constantes agres-sões sofridas pelos operários, profis-sionais da impren-sa e até mesmo ao nosso companhei-

ro Ricardo Miranda, que ensejou o nobre sentimento de solidariedade de nossos associados. Ao todo foram

A Caixa Econômica Federal am-pliou prazos e voltou a cortar juros de financiamentos habitacionais para pessoas físicas e empresas. Agora, os parcelamentos poderão ser feitos em até 35 anos, o prazo mais longo da história do banco. O limite era de 30 anos, o mesmo usado atualmente pe-los concorrentes. Bradesco, Santan-der, Banco do Brasil e HSBC informa-ram que estudam possíveis revisões nas condições do crédito imobiliário. De acordo com a Caixa, a principal vantagem do prazo alongado e dos juros mais baixos é que o mutuário poderá comprar um imóvel de valor mais elevado. O tamanho da presta-ção não pode ultrapassar 30% da ren-da. O banco reduziu também taxas nos financiamentos de empresas que constroem unidades residenciais, que passou de 11,5% ao ano para 10,3%, podendo cair para 9% para clientes do banco. O prazo foi ampliado de 24 meses para 36 meses.

Fonte: CBIC

O Índice Nacional da Constru-ção Civil (INCC/Sinapi), divulgado nesta quarta-feira (06.06) pelo Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), subiu 0,66% em maio, após uma alta de 0,64% em abril. O índice acumula altas de 2,55% em 2012 e de 4,98% em 12 meses. Se-gundo o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 830 28 por metro quadrado em maio, acima dos R$ 824,81 por metro quadra-do de abril. A parcela dos materiais subiu 0,07%, enquanto o custo da mão de obra ficou em 1,36% em maio, ante 1,46% em abril.

Fonte: IBGE

Tivemos índices de presença nunca antes registrados em reuniões de nosso sindicato, em deliberações de assembleias que nos deram força e fôlego durante 14 rodadas desgastantes de negociações

registrados 138 Boletins de Ocor-rência, relatando invasões, depre-dações, saques, ameaças verbais e agressões físicas, promovidos pelo STICCRMF.

Não podemos deixar de registrar o empenho da nossa equipe, que aguer-rida, estava presente nas primeiras horas do dia, montando estratégias, e ficando até a noite nos dando apoio durante todos os percalços que tive-mos que enfrentar durante esse perío-do que não só nós sofremos, mas toda a população da cidade, com trânsito obstruído em um movimento marcado pela violência e a impunidade.

Ao fim da greve, estamos con-vencidos de que foi essa união, essa pluralidade de ideias, mas com a co-munhão de ideais que proporcionou a convergência de interesses que tor-nou possível o acordo coletivo e a nossa vitória para que prevalecesse a negociação mais racional, visando o benefício maior de nossos colabora-dores e não os interesses particulares do sindicalismo partidário.

Roberto Sérgio FerreiraPresidente do Sinduscon-CE

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ANIVERSARIANTES

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Cenário positivoA construção civil cearense se-

gue em destaque, impulsionando o crescimento da economia local. Em recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Estra-tégia Econômica do Ceará (Ipece), no primeiro trimestre de 2012, o setor cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado e fez com que o total de crescimen-to do segmento industrial cearen-se ficasse em 1,6%. A grande que-da do período deve-se à indústria de transformação, que apresentou queda de 2,3%. O Produto Interno Bruto cearense cresceu 3,4% quan-do comparado ao primeiro trimes-tre de 2011.

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Lopes Immobilis, a maior imobiliária do Ceará, e uma das maiores em Natal,

adquiriu 100% das cotas da LPS Pernambuco, tornando-se uma das maiores

forças de vendas do Brasil. Recife agora conta com toda a dinâmica,

seriedade, ética e respeito aos clientes e colegas do mercado. Lopes

Immobilis, uma força regional a serviço do Nordeste.

CREDIBILIDADE QUEULTRAPASSA FRONTEIRAS.

02/07 Abdias Veras Neto Britacet02/07 Nelson Silva Montenegro Sumaré02/07 Orlando Gerardo Rangel Neto Gertece03/07 Francisco Robério Freitas Damasceno WDA03/07 Juliana de M.Araújo Barrosde Oliveira MGA03/07 Lúcia de Fátima Dias Tomaz CMT04/07 Adson Pontes de Andrade Viana Tríade04/07 Paula Andréa Cavalcante da Frota Conquista06/07 Emílio Ary Filho Ary06/07 Jose Wagner Teixeira Junior Jose Wagner Teixeira06/07 Marizete Cavalcante do Amaral J. Amaral07/07 Eduardo Aragão Albuquerque Filho Supercon07/07 Maria Aurineide Barbosa Lourenço Acopi08/07 Evaristo Madeira Barros Júnior Duplo M.09/07 Clausens Roberto de Almeida Duarte CRD10/07 Francisco Vanderlei Marques CDG10/07 Leonardo R. de Castro e Silva Filho Azevedo Castro11/07 Andréa Ribeiro Romero Memp11/07 Cristiano Cesar Augusto Goncalves Engeplan11/07 Paulo Santos de Borgia Casebras12/07 Aluisio Nogueira do Amaral J. Amaral12/07 Antonio Lamas Anciães Vila das Flores12/07 Germana Mesquita Magalhães Edcon12/07 Roberto Campos Aparecido Bomfim Alves Sanefor14/07 Francisco Ferreira de Azevedo Santa Cecilia14/07 Ivonilde Pinto Gonçalves MPI14/07 Osório Moreira da Justa O&M15/07 Paulo Jorge Barreira Oliveira Cobol15/07 Raimundo Saraiva Coelho CRC

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DICA TRIBUTÁRIA

Isenção de IR sobre ganho de capital na venda de imóvel residencial

A Receita Federal isenta de Imposto de Renda o ganho auferido na venda de imóveis residenciais por pessoa física, desde que o alienante aplique o produto da venda na aquisição de imóveis residenciais em seu nome e localizados no país.

O artigo segundo da Instrução Normativa nº 599/05 da Receita Fe-deral isenta de Imposto de Renda o ganho auferido na venda de imóveis residenciais por pessoa física residen-te no país, desde que o alienante, no prazo de 180 dias contados da cele-bração do contrato, aplique o produ-to da venda na aquisição de imóveis residenciais em seu nome e localiza-dos no país.

ta. Todavia, não se aplica a isenção nas hipóteses de: venda de imóvel residencial com o objetivo de qui-tar, total ou parcialmente, débito re-manescente de aquisição a prazo ou à prestação de imóvel residencial já possuído pelo alienante; venda ou aquisição de terreno; aquisição so-mente de vaga de garagem ou de boxe de estacionamento.

O contribuinte somente poderá usufruir da isenção uma vez a cada cinco anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de venda com o referido be-nefício ou, no caso de venda de mais de um imóvel residencial, à primeira operação de venda com o referido be-nefício (IN RFB nº 599/05, art. 2º, § 5º).

Nesse sentido, mencionamos a seguinte Solução de Consulta RFB nº 73, de 22 de março de 2012: IRPF. Alienação de Imóvel Residencial. Isenção. Está isento do imposto de renda o ganho de capital auferido por pessoa física que alienar imóvel residencial, e no prazo de 180 dias contados da data da celebração do contrato aplicar o produto da alie-nação na aquisição de outro imóvel

residencial. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companhei-ros, aplica-se às relações patrimo-niais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.

Alexandre LinharesSócio de R. Amaral Advogados, Consultor Jurídico do Sinduscon-CE, Membro do Contencioso Tributário da Sefin de Fortaleza, Especialista em Planejamento Tributário Empresarial com MBA em Direito Tributário pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ.

A isenção acima mencionada aplica-se inclusive: aos contratos de permuta de imóveis residenciais; à venda ou aquisição de imóvel resi-dencial em construção ou na plan-

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O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sindus-con-CE) está negociando com a Se-cretaria de Finanças de Fortaleza (Sefin) uma margem de porcenta-gem para a dedução de materiais e subempreitas da base de cálculo do ISS, com a finalidade de incluir o se-tor da construção civil no sistema de Nota Fiscal Eletrônica. O tema foi debatido na última reunião da Câ-mara de Estudos Tributários, que se reúne mensalmente para discutir te-mas de interesse do setor.

Atualmente, as empresas da in-dústria da construção civil no Cea-rá estão emitindo nota fiscal manu-almente, com as devidas deduções, apoiada por liminar concedida ao Sinduscon-CE, em agosto de 2011.

Sinduscon-CE negocia com Sefin percentual de deduções da base de cálculo do ISS

TRIBUTOS

O Sindicato almeja que seja in-cluída no GISS Online a possibilida-de de dedução de materiais e subem-preitas, e em um percentual dentro da realidade do setor da construção civil cearense. O consultor jurídico do Sinduscon, Alexandre Linhares, é otimista quanto às negociações. “Te-mos certeza que vamos chegar num percentual justo e aceitável para a arrecadação municipal e para o setor da construção civil”, acredita.

ISS na Construção CivilA Constituição Federal de 1988

autorizou aos municípios a criação de tributo a incidir sobre a prestação de serviços. Entretanto, a Lei Comple-mentar n. 116/2003, que dispôs sobre os aspectos gerais dessa autorização, afirma que apenas as mercadorias que fossem produzidas pelo prestador de serviços fora do canteiro de obras esta-

Assunto foi discutido na última reunião da Câmara de Estudos Tributáriosriam sujeitas à incidência de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), devendo ser excluí-das da base de cálculo do ISS.

Cabe a cada município decidir sobre a incidência de ISS em de-terminados serviços e quanto à de-dutibilidade de materiais. Enquanto alguns municípios possibilitam de-duzir da base de cálculo os materiais adquiridos de terceiros e agregados à obra, outros entendem que o custo desses materiais deve fazer parte do preço do serviço e, portanto, com-por a base do ISS.

Em 2003, no entanto, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendi-mento de que, em se tratando de em-presas do ramo da construção civil, a base de cálculo do ISS é o custo inte-gral do serviço, não sendo admitida a dedução do montante relativo às su-bempreitadas e aos materiais utiliza-dos na obra.

Alexandre Linhares, consultor ju-rídico do Sinduscon-CE, explica que os municípios extrapolam sua com-petência tributária fazendo incidir ISS em face da circulação de merca-dorias, ao adotar esse entendimento. Em seguida, o Superior Tribunal Fe-deral se manifestou. “Diante da in-constitucionalidade clarividente, em agosto de 2009, o STF se manifestou no sentido de permitir às empresas de construção civil a dedução dos ma-teriais utilizados”, informa Alexandre Linhares. Após essa manifestação do STF, o STJ reformou seu entendimen-to, passando a permitir ampla dedu-ção de materiais.

O Sindicato almeja que o GISS Online inclua a possibilidade de dedução de materiais e subempreitas em um percentual dentro da realidade da construção civil

Liminar garantiu dedução de materiais da base de cálculo do ISS.

Em negociação, o sindicato pretende chegar a um percentual de dedução viável.

O impasse entre o setor e a Sefin se dá pela obrigatoriedade impos-ta pela Secretaria quanto ao uso da Nota Fiscal Eletrônica. O software utilizado pelo órgão municipal para arrecadação do ISS, GISS Online, não permite a dedução dos materiais e subempreitas da base de cálculo do imposto municipal.

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Projeto de lei tenta anular prazo de tolerância para entrega de imóveis

Em conjunto com a CBIC, o Sinduscon-CE vem acompanhando o andamento do projeto na Câmara Federal

Construção Civil alerta parlamentares para o impacto negativo da medida no mercado imobiliário brasileiro

Segundo Henrique Cidade, o pra-zo de 180 dias adotado pelo mercado permite que a empresa possa superar dificuldades imprevistas e momentâ-neas no decorrer da obra, decorren-tes de diversos fatores como: greve, escassez de mão de obra, burocracia do poder público, questões arqueoló-gicas e ambientais. “São variáveis in-

LEGISLAÇÃO

O deputado federal Eli Corrêa Fi-lho (DEM – SP) apresentou Projeto de Lei (PL) na Câmara dos Deputados para regulamentar o prazo de entrega de imóveis pelas construtoras. O PL 178/2011 modifica a Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, conhecida como Lei dos Condomínios. A pro-posta do parlamentar visa instituir na lei a proibição de que os contratos de compra e venda de imóveis incluam cláusulas de tolerância ou qualquer outra medida mitigadora para um possível atraso de entrega do imóvel. Além de proibir a extensão do prazo de entrega, o projeto estabelece ain-da a inclusão de pagamento de mul-ta ao consumidor lesado, atualizada monetariamente e acrescida de juros moratórios de 1% ao mês no valor correspondente a 2% do contrato.

Atualmente, os contratos de com-pra e venda de imóveis são feitos a partir de acordo entre o contratante e a contratada e preveem prazo máximo de até 180 dias de tolerância para a entrega do bem. “Não achamos que seja coerente tentar proibir por lei uma prática que vem sendo regulada entre as partes interessadas. Essa in-terferência externa ao livre mercado pode trazer desequilíbrio econômico”, avalia o assessor legislativo da Câmara

controláveis para as quais é preciso atentar, porque podem atrasar uma obra, mas não dependem diretamen-te da gestão da construtora e/ou in-corporadora. É prudente, portanto, estabelecer-se em contrato uma mar-gem de tempo para administrar esse tipo de dificuldade sem prejuízo de prazo”, pondera o assessor da CBIC.

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Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Luis Henrique Cidade.

Em conjunto com a CBIC, o Sin-dicato da Indústria da Construção do Estado do Ceará (Sinduscon-CE) tem alertado aos parlamentares fe-derais para as consequências nefas-tas que podem ser geradas à eco-nomia brasileira pela aprovação do projeto, uma vez que este põe em risco a frágil recuperação do merca-do imobiliário brasileiro, conquista-da nos últimos anos após décadas de depressão devido a economia in-flacionária que prejudicou o poder de compra dos brasileiros.

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Entre as variáveis incontroláveis destacadas por Henrique Cidade a mais recorrente é a morosidade do poder público na emissão de licen-ças e autorizações necessárias para o início e pleno andamento de uma obra. Ele avalia que o poder público não está preparado para essa nova re-alidade de mercado, quando o País está mergulhado em grandes obras de infraestrutura e prepara-se para even-tos esportivos mundiais. “Para extin-guir essa tolerância quanto ao prazo de entrega, é preciso disciplinar tam-bém o poder público quanto às licen-ças que entravam obras e atrasam o processo. Do contrário, o empresário será penalizado”, defende.

Como justificativa para a medi-da, o deputado Eli Corrêa argumenta que, embora preveja obrigações de ambas as partes, o contrato adota-do pela empresa fixa prazos e prevê multa moratória para o consumidor, mas não para o fornecedor, tornan-do a relação desigual entre as partes. Henrique Cidade replica explicando que atraso em obra não beneficia em nenhum aspecto as construtoras e/ou incorporadoras. “O mais viável é entregar o mais rápido possível um empreendimento, mesmo porque an-tes da entrega, é recebido até 20% do valor do imóvel, sendo o restante pago apenas com a entrega. O atraso também gera um custo significativo em manutenção do canteiro de obras, como gastos com engenheiros, segu-ranças e mestre de obras”.

O Assessor da CBIC defende que “é possível tomar medidas para sanar

possíveis problemas entre consumi-dor e empresas sem ter que interfe-rir no livre andamento do mercado. É possível melhorar a comunicação entre incorporador e adquirente no caso de atraso de obras. Estamos tra-balhando para isso, mas não é a hora de interferir no modo como são ela-borados os contratos”.

Tramitação do projeto na CâmaraO PL 178/2011 está tramitando

na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. O presidente da Comissão, deputado Domingos Neto, considera que são necessários ajustes no PL para que se chegue a um meio termo. “A intenção do Projeto de Lei é boa porque tem a perspectiva de defesa do consumi-dor e de defesa dos direitos do con-tratante, mas as condições apresenta-das pelo autor para isso, no entanto, tornam inviável o setor da construção civil”, pondera.

O relator, deputado Heuler Cruvi-nel (PSD – GO), adicionou um subs-titutivo ao texto original, que aguar-da votação. O substitutivo prevê um prazo máximo de 90 dias de atraso a contar da data pactuada em contra-to para a entrega do imóvel. No caso do não cumprimento, o substitutivo prevê pagamento de multa de valor correspondente a 1% do valor total já pago pelo adquirente por mês de atraso, até a entrega do imóvel, po-dendo ser deduzido das parcelas a vencer após o prazo previsto para a entrega do imóvel. Ainda segundo o

texto do relator, as incorporadoras fi-cam obrigadas a avisar o adquirente, com 6 meses de antecedência, a res-peito de possíveis atrasos. No caso de atraso na entrega superior a 6 meses, o adquirente poderá rescindir o con-trato, sem multas.

Na opinião do deputado Domin-gos Neto, o relator tentou chegar a um meio termo que se faz necessário. “O texto do relator ainda não é o ideal. O Termo de Ajuste de Conduta do Minis-tério Público no Estado de São Paulo é um exemplo de texto que pode ser viável. Neste TAC foram observadas as dificuldades do setor da construção ci-vil, respeitando a defesa aos direitos do consumidor”, explica o parlamentar.

O TAC a que se refere o deputa-do foi assinado em setembro de 2011 pelo Sindicato das Empresas de Com-pra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) e Ministério Público Estadual. O texto do TAC pre-vê que as empresas incluam nos con-tratos cláusulas que dêem maior trans-parência e informações mais claras ao consumidor. De acordo com o TAC, as incorporadoras poderão incluir em contrato o prazo de tolerância de até 180 dias. Além disso, o TAC recomen-da que sejam incluídas cláusulas pe-nais para o caso de descumprimento pela incorporadora. No caso de ultra-passar o prazo de tolerância existente no contrato, conforme o Termo, a in-corporadora receberá multa mínima de 2% sobre o valor já pago pelo com-prador à incorporadora da obra, mais 0,5% por mês de atraso.

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Os processos de certificação de tintas aconteciam apenas em um laboratório na cidade de São Paulo.

Inaugurado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Ceará (Senai-CE), o Laboratório de Tintas do Centro de Formação Profissional Antô-nio Urbano de Almeida, no bairro Jaca-recanga, é voltado à certificação de tin-tas para a construção civil e irá atender a empresas de toda a região Nordeste.

O projeto do laboratório teve iní-cio em 2009, contemplando equi-pamentos únicos no Ceará, com objetivo de acelerar os processos de certificação de tintas, até então rea-lizados apenas em um laboratório na cidade de São Paulo. “O equipamen-to vai auxiliar as empresas de tinta existentes no Ceará, pois ao depen-der de laboratórios em São Paulo, arcam com altos custos de correio e frete para enviar as amostras”, ga-rante o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Pe-tróleo do Estado do Ceará (Sindquí-mica), José Dias de Vasconcelos. Esse processo, segundo ele, demanda um tempo considerável, que acaba inter-ferindo no tempo final de conclusão de uma obra, visto que as tintas são parte do acabamento.

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zindo para o ramo imobiliário.“O laboratório é mais um alia-

do das empresas da construção civil no cumprimento das exigências do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) e também atende as normas da Asso-ciação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati)”, garante Sebastião Feitosa, gerente do Senai Jacarecanga.

Segundo Feitosa, os normativos dos programas oficiais de adequa-ção faz com que cresçam as exigên-cias por parte dos consumidores aos produtos disponíveis no mercado. “Além do PBQP-H, há ainda o Pro-grama Setorial da Qualidade – Tin-tas Imobiliárias (PSQ) e os de alguns órgãos do governo responsáveis por projetos arquitetônicos.

A crescente conscientização de consumidores e revendedores somada ao apoio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), que divulga as marcas não aprovadas nos

Senai inaugura laboratório de certificação de tintasO equipamento irá diminuir custos com certificação do produto e beneficia construção civil do Nordeste

TECNOLOGIA

testes de controle da qualidade, contri-buem para o aumento das exigências dos consumidores, explica Feitosa.

A implantação do laboratório serve como importante instrumen-to para a indústria local e regional e o setor da construção civil em geral obterem informações que permitirão minimizar os efeitos nocivos da assi-metria de informações existente entre fornecedores de produtos e serviços e consumidores. A expectativa do Se-nai é que o equipamento favoreça o equilíbrio das relações de consumo e a concorrência leal no mercado.

O setor de tintas cearense planeja se consolidar perante o país e tem o objetivo de aumentar o consumo de produtos cearenses nos canteiros de obras do estado. Segundo José Dias de Vasconcelos, as tintas fabricadas aqui já representam mais de 70% do estoque de vendas dos depósitos de material de construção cearenses. Na indústria da construção civil, porém, a participação fica entre 40 e 50%. “As construtoras compram de fora porque nossos produtos não possuíam certifi-cação. Hoje, as tintas cearenses evolu-íram em qualidade e têm o certificado do Inmetro”, afirma José Dias.

Além de liderar o Nordeste em nú-mero de fabricantes, o polo de tintas do Ceará é um dos que mais crescem no Brasil em qualidade e tecnologia de ponta. Tintas em pó, látex, acrílicas, seladores, massas, solventes e texturas já são produzidas no Estado.

A obra teve o investimento de R$ 850 mil. Com foco no Nordeste, o equi-pamento irá contemplar um importante polo produtor e consumidor de tintas, com 87 indústrias, sendo que 32 estão localizadas no Ceará, a maioria produ-

Laboratório irá agilizar a certificação de tintas imobiliárias e impulsionar o andamento das obras.

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A Universidade Corporativa do Sinduscon – UniConstruir – fechou mais uma parceria, dessa vez com a Mrh, empresa especializada em ges-tão de pessoas e serviços, para forne-cer cursos destinados à qualificação do mercado de trabalho da constru-ção civil cearense.

A parceria já tem como resulta-do a oferta de dois cursos: Gestão de Compras e Estoque e MSProject, com turmas já em andamento. Além disso, já estão acertados descontos de 5 a 10% em cursos disponibili-zados pela MRH nas áreas adminis-trativa, financeira e comportamental (Oratória, Feedback, etc). Os asso-ciados do Sinduscon-Ce têm descon-to ainda nas turmas de MBA da Fun-dação Getúlio Vargas, em cursos de curta duração e de aperfeiçoamento.

Para o vice-presidente Administrati-vo do Sinduscon-CE, Ricardo Teixeira, essa parceira é estratégica por ampliar o acesso a cursos exclusivos de diversas

Uniconstruir fecha parceria com MrhEm dois anos de funcionamento, a universidade corporativa do Sinduscon mantém parcerias importantes para oferecer qualificação ao mercado de trabalho da construção civil cearense

CAPACITAÇÃO

Turma Uniconstruir em aula de campo

áreas, com instrutores capacitados e ex-perientes. Para ele, melhorar e atualizar os conhecimentos dos funcionários são ações cada vez mais importantes para acompanhar os movimentos do merca-do. “É esse o objetivo da UNIConstruir, que forma e desenvolve talentos huma-

Agenda Uniconstruir

Agosto• Curso Gerenciamento Lean de Obras Data: 02, 03, 08, 09 e 10/08/2012

• Curso Patologias das Edificações Data: 14, 16, 21, 23 e 28/08/2012

• Curso Retenção Previdenciária Data: 20, 22, 27, 29 e 31/08/2012

Setembro• Curso Práticas de Negociação Data: 21, 22, 28 e 29/09/2012

nos na operação e administração dos negócios, promovendo a gestão do co-nhecimento organizacional por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua”, afirma.

Atuação setorialLançada em março de 2010, a

universidade corporativa mantém convênios com a Universidade Fe-deral do Ceará (UFC), Faculdade Sete de Setembro (FA7), Associação Técnico-Científica Engenheiro Pau-lo de Frontin (ASTEF), Universidade de Fortaleza (Unifor) e a Fundação Escola Superior da Advocacia do Ceará (FESAC/OAB-CE). “De acordo com as necessidades do mercado e alinhando a cultura organizacional com as competências essenciais ao setor da construção civil, os convê-nios garantem o conteúdo científico e a credibilidade de uma instituição de ensino reconhecida nacional-mente”, garante Teixeira.

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As várias obras existentes em Juazeiro impulsionam a participação da construção civil na economia do município

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A construção civil é responsável pela geração de mais de 9 mil postos de trabalho em Juazeiro do Norte

Com aproximadamente 250 mil habitantes e indústria diversi-ficada, Juazeiro do Norte é um im-portante polo de desenvolvimen-to no Estado do Ceará. As várias obras existentes hoje por toda a cidade impulsionam a participa-ção do setor da construção civil na economia do município.

Localizada na Região do Cariri, Juazeiro do Norte se destaca como uma das economias mais promis-soras do estado, crescendo acima da média nacional. Suas riquezas somam 4,77 bilhões de reais, valor que corresponde a 6,36% do Produ-to Interno Bruto (PIB) cearense. Nes-se cenário, estão localizadas 751 indústrias formais, que geram 12,3 mil empregos diretos, representando 4,26% do número de industriários cearenses, segundo dados levanta-dos pelo Departamento Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Senai-CE.

lançamentos dos empreendimentos que entregamos, percebemos a de-manda da região. Não ficamos com nada que produzimos. Este é um indicativo de que o setor vem cres-cendo de forma impressionante”, acredita. Para o empresário, a cida-de cresce mais em função da ini-ciativa privada. A construtora atu-almente está realizando as obras de ampliação da Faculdade Leão Sampaio, quatro empreendimentos do MCMV, obras de condomínios horizontais e verticais - duas torres residenciais e comerciais.

Especialistas apontam que as universidades implantadas na últi-ma década na cidade são considera-das grandes responsáveis pela nova realidade do município, que busca atender à demanda populacional que cresce em gostos e costumes.

A construção civil mostra-se um reflexo dessa nova realidade. O se-tor está sendo responsável pela ge-ração de mais de 9 mil postos de trabalho, porém empresários do se-tor apontam que a qualificação é o principal entrave do novo momen-to pelo qual atravessa o município. Mesmo com cursos oferecidos pelo Senai, a mão de obra é insuficiente. “Juazeiro do Norte vem sofrendo os mesmos tipos de problemas do resto do País quanto à falta de profissio-nais qualificados”, acredita o em-presário Felipe Coelho.

Construção Civil impulsiona crescimento de Juazeiro do NorteO setor é responsável por cerca de 9 mil empregos, porém a qualificação é um desafio a superar

DESENVOLVIMENTO

Segundo o gerente do Senai de Juazeiro do Norte, José Ribei-ro Lobo, na unidade do município, há cursos de pedreiro e mestre de obras, mas as vagas tornam-se in-suficientes para atender tantas de-mandas. “Formamos 20 alunos no curso de pedreiro a cada 2 meses e a cada 2 meses e meio, formamos uma turma de 20 mestres de obras”, explica o gerente. Atualmente, o Senai oferece também formação de mulheres pedreiras. “A busca por essas profissionais tem aumentado porque elas se mostram criteriosas, zelosas, a mão de obra indicada para acabamentos”, afirma Feitosa.

Para atender a essas deman-das, o Senai está construindo um espaço exclusivo para a constru-ção civil. A estrutura terá 2 andares com salas de aula e laboratórios. “O prédio ficará pronto em agosto e deve ampliar a oferta de vagas, além de ofertar novos cursos como formação para pintor e aplicador de gesso. No segundo semestre, já estarão disponíveis”, garante José Ribeiro Lobo, que completa: “Esta-mos aparelhados para dar resposta mais efetiva, mais urgente e quan-titativamente maior às demandas por profissionais da construção ci-vil”. Atualmente, a unidade forma 4 mil profissionais por ano, sendo 20% oriundos de cursos de áreas da construção civil.

Empreendimentos públicos e privados estão em andamento no município. De acordo com dados da Prefeitura de Juazeiro, a indús-tria da construção civil cresce aci-ma da média nacional no municí-pio. Ações como implantação da UFCA – Universidade Federal do Cariri – com Reitoria em Juazei-ro, ampliação do Aeroporto Re-gional Orlando Bezerra, obras do Programa Minha Casa Minha Vida, ampliação e construção praças, de shoppings, assim como a constru-ção de condomínios horizontais e verticais, e de estabelecimentos como faculdades e concessioná-rias, vêm colaborando para o cres-cimento da cidade.

O empresário Felipe Coelho, da Construtora Raimundo Coelho – CRC, atesta o crescimento da ci-dade. “Por conta do sucesso dos

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ISO9001

ISO14001

OHSAS18001

www.mercurius.com.br

Esse ano a Mercurius Engenharia comemora o seu primeiro Gigawatt Pioneira no Estado nesse tipo de obra, a Mercurius Engenharia assina 1.3 GW em usinas eólicas por todo o país. O melhor de tudo é que foi construindo a sustentabilidade do nosso futuro que saímos na frente e chegamos tão alto.

A Mercurius Engenharia é a maior do Brasilquando o assunto é construção de parques eólicos.

A número 1 do BrasilEm 2011, o Brasil chegou à marca de 1 Gigawatt produzido através da energia eólica. Na ocasião, nós fomos responsáveis por 56% dessa produção.

Este ano, a Mercurius Engenharia comemora seu 1º Gigawattde potência instalada a partirda energia eólica em usinasespalhadas por todo o país.

De acordo com o levantamento, empregados na construção civil conquistaram os maiores reajustes de 2011, ao lado de sindicatos que atuam no setor de serviços e metalúrgicos.

Levantamento feito pelo Depar-tamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que os setores da construção civil e mobiliário foram os que con-seguiram os melhores aumentos reais médios – de 2,23%. O setor conse-guiu alcançar ganhos reais em 100% dos acordos fechados em 2011.

Em 2012, acordos e convenções coletivas de trabalho vêm ocorrendo

Dieese aponta ganho real de salário dos trabalhadores da construção civilO setor conseguiu alcançar ganhos reais em 100% dos acordos fechados em 2011

ECONOMIA

De acordo com o levantamento, em-pregados na construção civil conquis-taram os maiores reajustes de 2011, ao lado de sindicatos que atuam no setor de serviços e metalúrgicos. Em pelo menos dez Estados, os trabalhadores do setor conquistaram aumento real superior a 2,5% nos últimos três meses de 2011.

Ganhos dos cearensesOs trabalhadores da construção ci-

vil cearense contam com benefícios ex-tras. Além do reajuste salarial (média de 10% em 2012), o setor oferece aos tra-balhadores participação nos resultados, o que representa, na prática, um 14º sa-lário anual. Esta é a única categoria no Estado e o único setor da construção civil no Brasil a receber este benefício.

Também é a única a ter, além de vale-alimentação, café-da-manhã e al-moço gratuitos. Soma-se a isto a redu-ção da jornada de trabalho, que atu-almente é de 42,5 horas semanais e o desconto do Vale Transporte de 1,5%, sendo a única categoria do Ceará com estes benefícios.

O setor ainda ga-rante um adicional de 5%

sobre os salários dos seus emprega-dos que apresentarem certificados de cursos de aperfeiçoamento técnico – profissional e a complementação do auxilio doença/acidente pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), garantindo o valor da remune-ração do empregado.

Em caso de licença médica de-corrente de acidente do trabalho ou doença profissional, a complementa-ção é estendida por até mais 90 dias, a partir do 16º (décimo sexto) dia. Isso garante que o funcionário receba o valor integral de seu salário durante sua recuperação.

em todo o Brasil. Em Brasília, o re-ajuste foi de 9%, seguidos de Bahia e Maranhão com 8%. Minas Gerais vem logo em seguida com 7,78% de reajuste. No Rio de Janeiro, foi 7,5% e em São Paulo, de 7,47%.

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O crescimento apresentado em 2009, apesar da crise mundial, cria boas perspectivas para 2010

Sinduscon Notícias

PQVC em 2009Novo FAP

CONSTRUÇÃO CIVIL COMEMORABONS RESULTADOS EM 2009

Prêmio da Construção

36

7

4 e 5

Ano 1 | Edição 12 | Dez 09

Sinduscon Notícias

Tinta Regula TemperaturaSegurança no Trabalho

Eleição FIEC 3

6

7

Ano 2 | Edição 18 | Junho 10

82º ENIC – Trocando experiências

Representantes do setor em todo país reúnem-se para

discutir temáticas relevantes e trocar vivências.

Pag. 4

Ceará é pioneiro na aplicação das técnicas que permitem

diminuir gastos e tempo de execução nas obras

Sinduscon Notícias

Espaço Jurídico

Sinduscon no Interior: Cariri

CONSTRUÇÃO ENXUTA

Jogos da Construção

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4 e 5

Ano 1 | Edição 11 | Nov 09

ANUNCIE NO INFORMATIVO DO SINDUSCON-CEE FALE DIRETAMENTE COM QUEM DECIDE NO SETORDA CONSTRUÇÃO CIVIL DO CEARÁSindicato Da Indústria Da Construção Civil Do CearáCel +55 88 9974-1065 | [email protected]

ExpedienteInformativo Sinduscon - Edição 37 - 2012

Este informativo é uma publicação mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará - www.sinduscon-ce.org.br

Concepção editorial: VSM Comunicação - www.vsmcomunicacao.com.br - Direção: Marcos A. BorgesEditor: Sandra Nunes - Redação: Carol Saraiva e Tatiane Santos - Produção: Vânia Feitosa

Concepção visual: Gadioli Cipolla Comunicação - www.gadioli.com - Direção de arte: Cassiano G. Cipolla - Diagramação/Finalização: Samuel Harami

Fotografias: Zé Rosa e Arquivo Fórum Regional do Cariri | Tiragem: 1.000 - Impressão: Expressão Gráfica

Deflagrada em 7 de maio, a greve do Sindicato dos Trabalhadores da Constru-ção Civil da Região (STICCRMF), como em anos anteriores, promoveu novos episódios de violência em um movi-mento que durou 33 dias e deixou um prejuízo, estimado pelo Sinduscon-CE, de R$ 5 milhões por dia não trabalha-do, envolvendo mão de obra, encargos e aluguel de equipamento.

Os prejuízos não se resumiram apenas ao âmbito financeiro para aos construtores e operários, mas a pró-pria população, que viu tolhido seu direito de ir e vir, com a obstrução arbitrária de ruas e praças. Além da depredação em canteiros invasões, saques, ameaças verbais e agressões físicas a operários, construtores e pro-fissionais da imprensa, promovidas pelo STICCRMF, totalizando 138 Bo-letins de Ocorrência relatando esses atos de violência.

Foram muitas as tentativas da Jus-tiça em coibir esses atos arbitrários, no dia 22 de maio, o Tribunal Regio-nal do Trabalho (TRT) determinou que atos públicos e assembleias não fos-sem realizadas a menos de 200 me-tros da entrada de qualquer canteiro de obra. Os acessos a canteiros tam-bém não mais poderiam ser interdita-dos, sob pena de multa diária de 20 mil reais. Porém, o STICCRMF ignorou a decisão e continuou a incentivar a

Selado acordo coletivo de 2012

invasão e violência nos canteiros.No dia 28 de maio, em mais uma

tentativa manter a ordem, o TRT de-terminou a suspensão imediata do movimento e o retorno de todos os trabalhadores a seus postos de traba-lho, sob pena de multa diária no valor de 50 mil reais ao STICCRMF.

Foram muitas as buscas de fecha-mento do acordo, em várias rodadas realizadas na Superintendência Regio-nal do Trabalho e Emprego – SRTE, no TRT – onde foi instaurado o dissídio coletivo – e até mesmo na Assembleia Legislativa, sob a mediação do pre-sidente da Casa, deputado Roberto Claudio e dos parlamentares Tim Go-mes e Lula Morais.

Após 33 dias de greve, sindicatos patronal e laboral chegam a um acordo

ECONOMIA

Com as cláusulas econômicas já fechadas, o impasse maior estava so-bre o reflexo dos dias não trabalha-dos. O STICCRMF tentou pressionar a negociação individual por canteiro, mas, em assembleia geral, os associa-dos do Sinduscon-CE mantiveram a decisão de uma negociação coletiva que concluiu-se vitoriosa e resultou no fechamento do acordo coletivo.

Para resolver o impasse dos dias pa-rados e evitando mais prejuízos finan-ceiros aos seus colaboradores, os empre-sários da construção civil propuseram um adiantamento aos trabalhadores no valor do desconto dos dias não trabalha-dos entre o período de 7 de maio a 8 de junho, com seus respectivos repousos remunerados, que será descontado em folha nos próximos 5 meses. A proposta foi aceita, e o acordo finalmente selado no último dia 6 de maio.

O texto da Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013 está disponível no site do Sinduscon-CE. Confira o texto na íntegra em www.sinduscon-ce.org.

Imprensa noticiou conflito nas obras

Greve foi marcada por violência