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Sistemas de Apoio à Decisao para Problemas de Layout: uma abordagem através de Inteligência Computacional Francisco José Negreiros Comes" Departamento de Informática Centro Tecnológico Univers idade Federal do Espírito Santo E -mail : ne gr eir ol hnf . uf e s . br Resumo Propomos o uso de princípios de mode lagem visual interativa para desenvolvimento de geradores de Sistemas de Apoio à Dec isão na solução de problemas de layout. Es tes sistemas são centrados no usuário e fornecem um suporte ativo de decisão da integração de técnicas de Inteligência Art ificial e de Otimização .O ponto cent ral é a inte ração homem-máq uina para so lução do prob lema e tomada de dec isão, considerando o conheci mento do us uár io, em vez da definição a priori de modelos matemáticos . PALAVRAS-CHAVES: Suporte Inteligente à Decisão, GIM, Otimização Combinatária •. Modelagem Visual Interativa, Layout 1 Int rodu ção A classe de prob lemas de layout rep resenta uma série de prob lemas presentes na manufatura integrada por compu tador - CIM. Estes problemas são do tipo NP -comp leto e são caracter izados por restrições es- pecíficas. Como tal, abo rdagens por soluções exatas para tais problemas em geral não são adequadas. Por out ro la do, abordagens heurísticas podem inco rporar con hec imento para direc ionar o processo de busca de soluções. Esta classe de problemas tem sido ob jeto de estudo do Gru po de Otimização do Departamento de Informática da UFES, tendo produzido diversas pesquisas em al- go ritmos baseados em heurísticas e metaheurísticas . Provedel[13] a nalisa duas subclasses de prolemas de layout: corte de peças irregulares e cortes de peças regulares com padrão não-guilhot ina. Nesse trabalho, ap resen ta-se uma a bordagem baseada no algoritmo A' e outra abordagem baseada em Simulated Annealing. Também é ap resentada uma fo rma de integração no contexto de CIM. Alvarenga, Negreiros-Gomes e Mestr ia[5] discutem' os proble mas de layout de chão-de-fábrica de linha única e multili nha e apresentam uma abordagem de meta- heurística baseada em S imulated An nealing e Busca Tabu. Oliveirajl l] descreve o proble ma de carregamento de pallets, apresenta uma abordagem via algoritmos genéticos e faz um estudo comparativo com os algori- mos heurísticos da literatura. "Esta pesquisa foi desenvolvida com o apoio do CNPq processo No.3üü338/86-4 e projeto PROMET do ProTeM- CC/CNPq Alvarenga et alli [2], apresentaram um planejador de layout mu ltipropósito baseado na observação de que , não obstante os diferentes contextos, o sistema pro- posto pode ser aplicado aq ualquer prob lema da classe. Alvarenga et alli [4], descrevem um sist ema mu lti- propósito para problemas de corte baseado numa ar- quitetura multi-agente consistindo de uma máquina de visalização, um sistema baseado em conhec imento , um catálogo de algoritmos e um planejador de despacho para seleção de algor itmos e controle geral dei sistema. Lorenzoni e Negreiros-Gomes[9] apresentam o projeto e o desenvo lvimento de uma máqu ina de vis ualização para modelagem visual de problemas de cortes indus- triais que interfaceia com os algor itmos propostos por Provede l[13]. Este trabalho visa o apresentar uma arquitetura de Sis- temas de Apoio à Decisão - SAD para problemas de layout, baseados em modelos de Otimização e técnicas de Inteligência Artificial, considerando que o usuário é um especia lista na área de aplicação e cujo conh e- cimento é usado para a construção e solução do pro- blema, através de modelagem visual interativa, objetos com comportamento dinâmi co e modelaqem por exem- plos. Pretende-se obter um sistema com características de um p rograma com interface confortável e facilidades de diálogo com o usuário, at ravés de uma linguagem visual orientada por objetos , Chang [8]. O sistema pode ser visto como uma aplicação de in- teligência computacional capaz de orientar o processo de tomada de decisão em amb ient e de manufatura para a esco lha de soluções por parte dos ger entes dos recur - sos, levando em conta o conhecimento cio esp ec ialista. 142

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Sistemas de Apoio à Decisao para Problemas de Layout: umaabordagem através de Inteligência Computacional

Francisco José Negreiros Comes"Departamento de Informática

Centro TecnológicoUniversidade Federal do Espírito Santo

E-mail : negreirolhnf . uf es . br

ResumoPropomos o uso de princípios de modelagem visual interativa para desenvolvimento de geradores de Sistemas de Apoio à Decisãona solução de problemas de layout. Es tes sistemas são centrados no usuário e fornecem um suporte ativo de decisão daintegração de t écn ica s de Inteligência Art ificial e de Otimização . O ponto cent ral é a interação homem-máquina para so lução doproblema e tomada de decisão, considerando o conhecimento do us uário, em vez da definição a priori de modelos matemáticos .

PALAVRAS-CHAVES: Suporte Inteligente à Decisão, GIM, Otimização Combinatária•. Modelagem Visual Interativa, Layout

1 Introdução

A classe de problemas de layout representa uma sériede problemas presentes na manufatura integrada porcomputador - CIM. Estes problemas são do tipoNP-completo e são caracterizados por restrições es-pecíficas . Como tal, abordagens por soluções exataspara tais problemas em geral não são adequadas. Porout ro lado, abordagens heurísticas podem incorporarcon hec imento para direcionar o processo de busca desoluções.

Esta classe de problemas tem sido ob jeto de estudo doGrupo de Otimização do Departamento de Informáticada UFES, tendo produzido diversas pesquisas em al-goritmos baseados em heurísticas e metaheurísticas .

P rovedel[13] analisa duas subclasses de pr olem as delayout : corte de peças irr egulares e cortes de peçasreg ulares com padrão não-guilhotina. Nesse trabalho,ap resen ta-se uma abordagem baseada no algoritmo A'e outra abordagem baseada em Simulated Annealing.Também é apresentada uma forma de integração nocontexto de CIM.

Alvarenga, Negreiros-Gomes e Mestria[5] discutem' osproblemas de layout de chão-de-fábrica de linha únicae multilinha e apresentam uma abordagem de meta-heurística baseada em Simulated Annealing e BuscaTabu .

Oliveiraj l l ] descreve o problem a de carregamentode pallets , apresenta uma abordagem via algoritmosgenéticos e faz um estudo comparativo com os algori-mos heurísticos da lit era t ur a .

"Esta pesquisa foi desenvolvida com o apoio do CNPqprocesso No.3üü338/86-4 e projeto PROMET do ProTeM-CC/CNPq

Alvarenga et alli [2], apresentaram um planejador delayout multipropósito baseado na observação de que ,não obstante os diferentes contextos, o sistema pro-posto pode ser aplicado a qualquer prob lema da classe.

Alvarenga et alli [4], descrevem um sistema mu lti-propósito para problemas de corte baseado numa ar-quitetura multi-agente consistindo de uma máquina devisa lização , um sistema baseado em conhecimento , umcatálogo de algoritmos e um planejador de despachopara seleção de algoritmos e controle geral dei sistema.

Lorenzoni e Negreiros-Gomes[9] apresentam o projetoe o desenvolvimento de uma máquina de visualizaçãopara modelagem visual de problemas de cortes indus-triais que interfaceia com os algoritmos propostos porProvedel[13].

Este trabalho visa o apresentar uma arquitetura de Sis-temas de Apoio à Decisão - SAD para problemas delayout, baseados em modelos de Otimização e técnicasde Inteligência Artificial, considerando que o usuárioé um especialista na área de aplicação e cujo conhe-cimento é usado para a construção e solução do pro-blema, através de modelagem visual interativa, objetoscom comportamento dinâmico e modelaqem por exem-plos.

Pretende-se obter um sistema com características deum programa com interface confortável e facilidadesde d iálogo com o usuário, através de uma linguagemvisual orientada por objetos, Chang[8].

O sistema pode ser visto como uma aplicação de in-teligência computacional capaz de orientar o processode tomada de decisão em ambiente de manufatura paraa esco lha de soluções por parte dos ger entes dos recur-sos, levando em conta o conhecimento cio esp ecialista.

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2 Sistemas de Suporte à Decisão

Conceit ualmente um SAD consiste em tres compo-nentes pr incipais: um subsistema de linguagem (SL) ,um subsistema de conhecimento (SC) e um subsistemade processamento de problemas (SPP), conforme Bon-czek, Holsapple e Whinston[7] . O SPP resid e no núcl eode um SAD e sua fun ção pr imária é tom ar problemasrepresentados com o SL e util izar conhecime nto es-pecífico da aplicação repr esent ado no SC par a gerarinformação de apoio à dec isão através do SL . O SL eo SC são sistemas de represent ação enquanto o SPP éa component e d inâm ica do SAD . A figura 1 apresentauma decr ição de uma est rutura de SAD .

Dada a natureza do ambiente de manufatura e a hie-ra rquia de planejamento multinível, as ca rac te ríst icasque são críticas pa ra os asp ectos de cont role de umaSAD são :

• O SAD pode te r qu e supor tar vár ios usuários emvá rios níveis de um a organização;

• Os obj etivos e fun ções de utilidade dos vários de-cisor es podem ser diferentes. Mas somente uma esom ente um a decis ão deverá ser implementada ecoordenada pelo sistem a.

Um SAD par a cont ro le de manufatura no nível op era-cional deve apresentar as segu intes funções primár ias :gerenc iamento de dados , gerenciame nt o de modelos ,inte rfaceamento com usu ários e dispositi vos .

visões selet ivas que ajude-o a melhor ente nder o pro:blema e a relação entre seus componentes : por exem-plo , o lay-out pode ser apresentado mostrando ape-nas as máquinas e seus fluxos básicos ou omitindo osfluxos mas visualizando as células de manufatura comocírculos e as conexões entre elas .

O usuário pode incrementalmente const ruir, comple-tar e testar modelos . Isto faz com que a inte raçãohomem-máquina seja fácil e concreta , e o processo demodelagem est imula o aprend izado do usuári o sobre asi tu ação não est ru tur ada.

A efet iva cooperaç ão ent re um usuário e um SAD recaina capacid ade do sistema de complement a r a atividadedo usuário com retroalimentação apropriada.

Para um SAD inteligente, Agehrn et alli[6] apresen-taram tres tipos de retroalimentação:

(i) um mecanismo de recá'lculo qu e opera sobre asrelações fun cionais (fórmulas) que o usuário in-troduz dinâmicamente entre as componenters domodelo. Isto garante a consistência do modeloem qualquer estágio, promove o desenvolvimentoincr ementai do modelo e perm it e que o usuárioexecute análises do tipo "o que se" .

(ii) suporte à introdução de informações semânticasem um modelo pelo uso de restrições paraespecificar/ expressar dinam icamente preferências(met as).

3 Paradigmas de Modelagem

(iii) cont role de consistência estru tural qu ando ousuári o usa as primitivas de modelag em para es-pecificar relacionamentos ent re as componentes domodelo .

3.1 Modelagem Visual Interativa

A visualização é um a impor t an te caract eríst ica no am-biente de modelagem . Ela pode chega r a ser cruc ia lpar a suportar usuários de um SAD em :

• adquirir novos dicernimentos na est ru tur a de seusproblemas pela geração de diferentes visões dasit uação de decisão ;

• explorar suas próprias habilidades visuais demaneira que eles possam reconhecer alternat ivase est ratégias signifi ca tiv as duran te o processo deresolução do problem a .

O ideal é que o quadro de repr esentação dos obje-tos seja usado para gera r diferentes visões do modelo.Por exemplo, máquinas poss am ser repr esentadas porum histograma cujos tamanhos depend em d a sua pro-pri edade "capacidade" . O usu ário pode também cria r

Afora o comportamento rea tivo descrito , o sistemapermanece bastante pas sivo (a reação não é .igual aação) . Par a suprir o suporte at ivo, Radhvan[14], o sis-tema deve ser extendido para como um consultorde forma a :

(1) entender e interpret ar as situações de decisão de-critas pelo usuário ;

(2) formular sugestões din amicamente;

(3) suportar a aplicação ad hoc de diferen tes técnicas .

3.2 Modelagem por Exemplos

A principal idéia que sustenta a atividade de consult ainterativa é deixar que o sistema comunique seu con-hecimento pela troca de exemplos concretos.

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A Modelagem po r Exemplos (MpE) , di ferent e dos sis-temas especialistas (ond e o ob j et ivo pri ncipal é enal-tecer as capac idades autônomas do sistema de reso lverproblemas), explora técni cas de Int eligên cia Artifi cialpara melhorar as capacid ades do sistema na comu-nicação com o usuário num alto nível. O objet ivo daMpE é dar suporte a cria t ividade e intu ição do decisorsem tentar substituir seu julgamen to .

A MpE no SADIt apoia os usuários em empregarmétodos complexos (ferramentas matemáticas e ou-tras técnicas de processamento de in formação) fle-xivelmente dentro de ambientes de modelagem visualinter a t iva . Com isso, os usuários não precisam inter-rom per os seus processos de decisão ou reformular seusmodelos pe la mudança de um modo descrit ivo para umnormat ivo. As alt ernat ivas de decisão qu e o usu áriomodela e an alisa m anua lmente num modo "o qu e se"serve d iretament e como exe mplos para a componentede conhec ime nto do sis tem a .

mente visual e orientado por obj etos , permitindo aosusuá rios descreverem seus problemas d e maneira in-crementai e com uma componente baseada em conhe-cimento , qu e interage com os usu ários pela t roca de"exemplos" e est imulando-os na geração e exploraçãode a lte rn at ivas durante o processo de d ecisão .

Com o objetivo de considerar uma reavalição da pers-pect iva hum ana , Angehrn et alli [6] sugerem que o su-po rte com putac iona l para decisões gerenciais necessitaevo luir :

• Do processamento de dados t rad icional par a oprocessamento visu al da informação ;

• Da manipu lação algor itmica para a manipulaçãod ireta;

• Dos "resolvedo res" de problem as par a am bient esde modelagem sensíveis ao contexto e

3 .3 Objetos comDinâmico

Comportamento

• De sistemas de suporte passi vos para sistemas co-operativos inte ligentes.

Fun cionalmen te, o SAD é com pos to de tr ês partes :

Considerando qu e um ambient e de manufatura é umaorgan ização multin ível, um mesmo objeto de um SADpode ter visões di stintas em contextos difer entes. Alémdisso , para problemas d istintos a interface do SAD como usuário poderá se apresentar de maneir a diferen te,embora intrinsicamente os objetos sejam da mesma na-tureza. Dest a forma , vimos qu e um mesmo obj etopode ter papeis diferentes dependendo do seu inter-locu tor.

Portanto , o SAD qu e pr opomos uti liza o conceito deObjetos com Comportamento Dinâmico - OCD, Ne-greiros et alli[lO] para implemen t ar as diferentes visõesqu e um mesm o obj et o pode ter em fun ção do ambientecorre nte da interface com o usu ário .

4 SAD's Inteligentes

A idé ia básica é usa r princípios de Modelagem VisualIn terativa - MVI, Modelagem por Exemplos - MpE eObj etos com Comportamento Dinâmico - OCD paradesenvolver um Sistemas de Apoio à Decisão - SA Dcentrado no usuário , qu e explore as vantagens da mo-de lagem visual ao mesmo tempo que fornece um su-porte ativo de decisão através da integração apropri-ada de técnicas de Inteligência Artificial - IA com ferra-mentas de Ot im ização . A int er ação Homem -Máquinaé o po nto cent ral na coope ração para so lução de prob-lem as e tom ada de decisão .

Subsistema de Linguagem: Através dele o usu ár iocom unica seus problemas ao sistema usando um alingu agem expressiva (semântica e sintaxe] con-tendo representações , op erações e formas de in-quirir sobre os objetos, al ém de uma capac idadereativa (retroalimentação) ;

Sub si stema de Conhecime n t o: Nesta parte estãocont idos os modelos de programação matem ática ,os dados necessários aos modelos , os métodos (al-goritmos) para resolver os problem as , o conheci-mento específico do contexto do usu ári o e o con-hecimen to de mod elagem (meta-conhecimen to) :

Sub s is t em a Processamento d e P r o blem a s:Aqui se reali za o ger en ciam ento de dad os,métodos , modelos e conhecimento através depr imitivas de modelagem e consis tê ncia dos mo-delos . A funcionalidade é tal qual a de um aplani lha de cá lculo com o uso de uma componentede consulta .

Em particu lar, usamos dois princípios básicos paraproj etar um SAD int eligente visu al interativo para su-portar uma grande variedade de processo s de tomad ade decisão . O primeiro é usabilidade antes da fun-cionalidade.

O SAD é baseado em tr ês const r uções bási cas ,chamadas primitivos de modelagem :

O SAD proposto é um ambiente de modelagem alta-144

• Obje t o s , isto é, ent idades concretas ou abs t ra-tas (recursos de produção , m áquinas , pro cessos ,

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LINGUAGEM - SL

MODELAGEM V ISUAL

DO P ROB L EM A

CONST R U ÇÃO DE C L ASSES,

I / PEAR GEO M ETRIA D E M OLDES

E X IBiÇÃO D A 1 IN T E R P R E T A D O RSOLUÇÃO

I <, CONSULTA :

CAPACIDADE REATIVA

I M AGE DA ÁREA

(RESTAURAR)

PROCESSAMENTODE PROBLEMAS - SPP

OBTER POLíGONOS PRIMITIVAS DE

C I RCUN SC R I T OS MODELAGEM

<, /I GERENCIAMENTO

-: <.I C O N SU LT A I AVALIAÇÃO

DE SO L UÇÃ O

CONHECIMENTO - SC

BASE DE CATÁLOGO DE REPRESENT AÇÃO DE PROBLEMAS,..- -.D ADOS A L GORITMOS . CONSTRUTOR DE I N ST ÃNCI A S

. F igura 1: Arquitetura do SADLIt

B

I

1

Diálogo

JAlgoritmos

lSolução

7

6 r'----=---,-----'

3

4

A._+- -+_... Exemplos Jr - L ativam a Base

1 de COnhecimento

t

t

Novo SOluçõodos/stama

Interação commodelo dousuáno

2

3

F igura 2: Suporte Ativo a Decisão no SADL lt

145

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moldes.) com um conj unto de atributos (t ipo , ca-pacidade , duração , quantidade. ) ;

• Relações , isto é, ob jetos qu e descrevem de-pendências funcion ais ou est rut urais ent re ou-tr os obj etos (conexõ es, sequenciamento, lay-out ,regiões) ;

• Restrições sobre va lor es de atributos (a capaci-dad e máxima é de 10 peças po r minu to , o tempode "set up" é de 20 minutos , o estoque é de 15peças) ;

Estas pri mitivas genéricas de mode lagem são colocadasà disposição do usu ári o num ambiente visual intera-tivo. O usu ári o pode, de man eira increm entai , des-crever diferen tes sit uaç ões a lte rn at ivas pela int roduçãoe manipulação na tela de objetos concretos associadosa diferentes ent idades do problema.

O segundo princípio é a cooperação ativa: O sist emaassume o pap el de ori en tador e facili t ad or . Duran te oprocesso de decisão , o sistema simula , apoia e sugere aaplicação de mét odos analít icos e outras técnicas par adeduzir informações im portan tes .

Essencialmente , os usu ários pod em realiz ar asseguintes fun ções:

um processo de produção como principal meio de co-municação .

. Exemplos tí picos de t ais ' problemas de decisão são :seleção de equipamentos, formação de células de ma-nufatura , layout de chão de fábrica , cort es industriais,carregamento de pa J1ets e containers e no aux ilio out-ras tarefas mais complexas como na análise das con-sequências de mudar o lay-out de máquin as.

5.1 Arquitetura do SADLIt

A figur a 1 mos tra uma v rsao ger al desse sistema. Osubsiste ma de linguagem tem como elemento princi-pai o in terpretador , o qua l analisa as requisiçôes dousuá rio, t ra nsformando-as em ações pela a t ivação dosout ros mód ulos. O subs ist ema de processamento deproblemas é coorde nado pelo mód ulo de gerenciamentoque ativa os outros módulos para dar suport e às neces-sidades de informação so licitadas pelo 5 L. Além disso ,o SPP ativa o subsist em a de conhecime nto, o qu a l a r-mazena a bas e de dados, a lgoritmos e as regras deprodução como simples informações te xtua is, recu pe-rad as at ravés de casamento de pad rôes .

\

• Analisar situações de dec isão de acordo com seuestilo pessoal e con hecimento ;

5.2 InteraçãoSADLIt

com o Usuário no

• Construi r e comparar vários modelos qua nt ita-ti vos ;

• Ad aptar estes modelos às cond ições de mudança ;

• Avaliar diferentes as pectos de suas at ividades u-sando uma vari ed ade de meios diferent es .

5 Um SAD para Problemas deLayout

Nesta seção ap resentamos uma arqui tet ur a par a umSAD intelig en te no contexto de problemas de !ayou tqu e daqui' por diante chamarem os de SADLI t , segundoa met odologia descri t a em Alvarenga et alli [3 ].

O SADLIt é um exemplo de um sis tem a que suportamodelagem visual inter ativa e t ambém na idéia deMpE como um a form a de aumentar a coo peração ent reo usuário e o sistema. Nossa intenção é que o SADLItseja um sis tema ab er to gerador de SAD 's (t al qu aluma planilha de cá lculo) que possa ser aplicado a umgrande número de si tu ações de decisões qu e poss amser modelad as no contexto pr oblemas de layout . Istopode ser descr it o usando , por exemplo ,' um lay-out de

At ravés das funções de MpE , o 5ADLIt , como mos tr a afig ura 2, apoia os usu á rios em empregar métodos com -plexos (fer ramentas ma temá ticas e outras técnicas deprocessam ento de informação) flexivelmente dentro deambientes de mode lagem visu al inter ativa . Com isso,os usu ários não precisam interromper os seus proc essosde decisão ou reformul ar seus modelos pela mud ançade um modo descrit ivo para um norm at ivo. As a l-ternativas de decisão que o usuár io modela c an alisamanualmente num modo "o que se" serve diretamentecomo exemplos para a componente de conhecimentodo sistema.

Dep end endo do problema de layou t e elo t ipo dousu ári o, at ravés de OCD , a in terface se configura a-dequadament e, apresentando as opções de escolha ine-rentes ao ambiente interativ o.

6 Conclusões

Apresentamos um a arq uit etura de um sistema in-te ligente ele apoio à decisào para problemas de layou t ,basead a nos par adigmas de suporte ativo com uso elemodelagem visu al in tera ti va , mod elagem-por-exempl oe objetos com comportamento d inâmico . At ua lmente

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o sistema está em desenvolvimento com um protótipoem funcion am ento para cada subsistema especificado.

Notadamente o subsistema de linguagem é o mais cru -cial, pois é através dele qu e o usuário dialoga com osistema. Nossa meta é tornar este subsistema muitomais confort áve l do qu e amigável , d ando ao usuário acapacidade de par ti cip ar ativamente do processso demodelag em e de solu ção do problema .

o SADLIt está sendo implementado em ambienteUNIX com X-Window, utilizando-se a ferramentaTK/TCL , Ousterhau t[12], interfaceando com o sub-sistema de conhecimento em C+ + , Stroustrup[15] .

Como implemantações futuras pr et endemos desen-volver um sistema dis tribuido onde cada subsistemase constit ui de um agen te qu e coope ram entre si . Um aarquite t ura natural para representar tal cooperaçãoent re agentes e o compartilhamento de informações éuma rede federativa e distribuida de agentes interrela-cionados, conforme descrito por Afsarrn aneshj l] .

Referências

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