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08/11/2013
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Profª. Blanches de Paula ‐ Fundamentos do Ministério Pastoral
Objetivos
• Oferecer caminhos para a compreensão da
vocação à luz do Evangelho;
• Oportunizar o diálogo sobre a importância dos
ministérios essenciais e prioritários no ministério
pastoral;
• Dialogar sobre espiritualidade e ética no
ministério pastoral.
O ser humano em busca da identidade
“Nossos grandes problemas não resultam da falta de conhecimento, e, sim, de orientação; não somos
ignorantes, estamos confusos.” [BRAKEMEIER. G]
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O ser humano precisa ser definido, ainda que de
forma imperfeita, provisória, aproximativa. As
pessoas não deixam de perguntar por origem, futuro
e valor. Querem saber a “verdade” sobre si próprias.
Sonham com um mundo mais “humano”.
Quatro definições do ser humano ao longo da história
• A primeira teria sido a “cosmológica”, ocorrida
quando Nicolau Copérnico (1473 – 1543) aniquilou a
cosmovisão geocêntrica e a substituiu pela
heliocêntrica.
• A segunda humilhação teria sido a “biológica”,
decorrente da descoberta de Charles Darwin (1809 –
1882) de que as espécies têm sua origem num longo
processo evolutivo.
A terceira humilhação, enfim, teria advindo da
psicanálise, mostrando que o “eu” não é dono nem
mesmo dentro da própria casa.
A quarta humilhação foi a decifração do genoma humano.
Este pôs a descoberto o “material de construção” das
pessoas, desvendando‐lhes em definitivo o mistério.
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Na atualidade, a pessoa é interessante somente sob
o aspecto de seu valor comercial.
O que importa é cuidar da máquina, que é o seu
corpo. Vigor físico, competência profissional e certo
grau de inescrupulosidade moral são os pré‐
requisitos do sucesso nessa “guerra”.
“Quem não sabe competir é condenado aodesemprego, à pobreza, à existência marginal”.
A desumanização tem muitas faces.
Pode esconder‐se no projeto do controle genético doser humano; está presente no ambiente frio eartificial das metrópoles urbanas; expressa‐se nonovo “apartheid social”, ou seja, nas perigosasdivisões que atormentam o mundo globalizado.
Na violência endêmica da sociedade latino‐
americana expressa‐se verdadeiro cinismo com
relação à vida humana. O discurso não o admite.
Mas a prática o confirma. A dignidade humana,
enquanto valor coletivo, sucumbiu no jogo dos
interesses.
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Há profunda sintonia de objetivos entre tais grupos e afé cristã, possibilitando alianças de parte a parte, semque fossem niveladas as diferenças. A causa humanaexige uma ressignificação dos denominados “direitoshumanos” que une as pessoas em defesa do nobreobjetivo. É animador observar que a chama do idealhumanitário não se apagou, apesar das fortestempestades que enfrenta.
Porém, é necessário acrescentar a necessidade do resgate do:
Ser humano como imagem de Deus!
Reações Humanistas
De fato, o fenômeno religioso marca presença em
todas as culturas, não podendo nem mesmo o
secularismo abrir mão de pelo menos alguns
ingredientes do mesmo. Não é temerário, pois,
afirmar ser religiosa a estrutura do ser humano.
Um status e um compromisso
A qualidade da imagem de Deus no ser humano é
atribuída a todas as pessoas indistintamente, sem
consideração de raça, cultura e credo.
A ênfase na igualdade dos gêneros surpreende num texto
(Gn) sabidamente oriundo de ambiente patriarcal.
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A aplicação do conceito da imagem de Deus ao ser
humano é o estatuto da igualdade humana e a
constituição da humanidade em “sociedade”!
INTERVALO
Aproveite este momento para pensaras questões colocadas e enviardúvidas à professora.
Noções do Pastoreio:
Antigo e Novo Testamentos e História da Igreja
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O termo pastor foi atribuído primeiramente ao
“deus”.
Na concepção mesopotâmica, o sucesso da vida de
alguém não depende de sua inteligência ou
sagacidade ou de sua herança, mas do fato de o
“deus” cuidar dele.
Antigo Testamento
Em todo o AT Deus é chamado pastor apenas
quatro vezes.
Por outro lado, a Bíblia não hesita em qualificar de
“pastores”, chefes políticos, militares e religiosos,
tanto de Israel como de outros povos.
Finalmente, nos livros proféticos, pastor é titulo
messiânico;
Quando a instituição da monarquia já estava
irremediavelmente ameaçada em decorrência da
destruição de Jerusalém e da deportação para a
Babilônia, aparece, especialmente em Ezequiel, a
figura do Messias pastor e príncipe (Ez 34,23‐24).
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• Apascentar (ra´ah); Conduzir (nahag); Guiar
(nahal); Dirigir (nahah); Procurar (baqash);
• Procurar, cuidar (darash); Fazer retornar
(shwb);Reunir (qabas)
• Guardar (shamar); Fazer recolher‐se (rabas);
Visitar (paqad);
Ações do Deus‐Pastor
• Inspecionar (baqar);Julgar (shapat); Tirar de, libertar(nasal)
• Fazer sair de (iasa´); Fazer subir (alah); Fazer entrar /fazer vir (bw´); Salvar (iasha´); Conhecer (iada´)
Fazer aliança (karat berit)
Todos esses verbos estão ligados à terminologia explicita do pastor e são usados com referência a
Iahweh.
O verbo técnico da terminologia pastoral é ra´ah,
“apascentar”, do qual vem ro´eh, “pastor”. O primeiro
sentido, que especifica o conteúdo do verbo ra´ah,
“apascentar”, é dado pelos verbos que indicam
caminho, condução, guia.
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O hebraico tem dois verbos para indicar a ação do
pastor que procura seu rebanho: baqash e darash. O
primeiro significa procurar alguém que está para se
perder; o segundo acrescenta a este significado o
sentido de envolvimento pessoal, de cuidar.
Com o emprego do vocabulário da aliança, o tema do
pastor atinge seu desenvolvimento mais alto. É o
âmbito da pura gratuidade, da paciência
incondicionada, da ternura e amizade.
O Salmo 23 é um metáfora do Pastoreio no AT
A palavra “pastor” advém do grego “poimén” Os
chefes das comunidades cristãs são chamados de
poimén (Ef 4.11) e Cristo archipoimén (I Pd 5.4).
O pastoreio na perspectiva do Novo Testamento utiliza
metaforicamente a relação entre “pastor”, “rebanho e
ovelha”.
Novo Testamento
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As designações pastorais ligam‐se aos seguintes termos:
Ser guia (Mt 9.36; Mc 6.34)
Ter compaixão: “Jesus tinha diante de si um povo traído
em sua vocação mais profunda, um povo despojado de
sua identidade pelos chefes. Não eram mais um
“rebanho”, mas ovelhas dispersas...”
• Pastoreio e o tema do caminho;
• Pastoreio e o tema da confiança;
• Pastoreio e o tema da conversão;
• Pastoreio e o tema do perdão e da reabilitação;
• Pastoreio e a conjuntura de vida das pessoas.
• de um lado, “presbítero” é título tradicionalprocedente do judaísmo e equivale ao de “ancião”,enquanto “epískopos” designa uma função, a devigiar; de outro lado, ainda que as palavras possamdesignar as mesmas pessoas (cf. Tt 1,5‐7; At 20, 17‐38;1 Pd 5, 1‐2), nas Pastorais, o termo “epískopos”aparece no singular; nas Pastorais, o título“presbítero” continua sendo tradicional, e o de“epískopos” vai se impondo para designar opresidente da comunidade
Presbíteros/ Epískopos
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Configuração do grupo de “presbíteros‐epíscopos”
São estabelecidos em cada cidade (cf. Tt 1,5) e
formam o conselho da comunidade local, conforme o
modelo das comunidades judaicas; Representam uma
autoridade moral na comunidade; e por isso, não
devem ser recém‐convertidos, devem ser
“irrepreensíveis” em sua vida pessoal e familiar (Tt 1,6
ss; 1 Tm 3,2) e respeitados pelos de fora (cf. 1 Tm 3,7;
Rm 12,17; 2 Co 8,21);
Os “presbíteros‐epíscopos” devem velar (episkopêin=
vigiar, velar) pelo bom andamento da comunidade,
como bom “chefe” de família (cf. 1 Tm 3,4‐5); por isso, o
“epíkopos” é chamado de “ecônomo de Deus” (Tt 1,7);
Os “presbíteros‐epíkopos” desempenham também o
ministério da palavra, particularmente o ensino (cf. 1 Tm
3,2; Tt 1,9);
São objeto de algumas regras particulares,
provavelmente recolhidas da tradição: remuneração (cf
1 Tm 5, 17‐18), tratamento correto no caso de acusações
(cf 1 Tm 5, 19‐20), prudência na seleção dos candidatos
à investidura (cf. 1 Tm 5,22).
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Configuração dos/as “servidores‐diákonos”
...devem ter quase as mesmas qualidades exigidas dos
“presbíteros‐epíscopos” (cf. Tm 3, 8‐9.12);
...suas funções são extremamente indeterminadas:
parecem uma espécie de “auxiliares” aos quais se
confiavam missões e tarefas diversas de acordo com as
necessidades, sobretudo a comunicação entre as igrejas
(cf. 1 Co 16,3; 2 Co 8,22; Fl 2, 19‐22);
Configuração dos/as “servidores‐diákonos”
• nada se fala a respeito da sua remuneração (cf. 1 Tm3,13);
• certamente houve “mulheres‐diákonos” “as mulheresigualmente devem ser dignas, não maldizentes,sóbrias, fiéis em tudo” (1 Tm 3, 11; cf. também Rm16,1) o que se conclui seja, pelo contexto ministerial detodo o parágrafo, seja pelo paralelismo entre osdiversos grupos: “epískopos” (1Tm 3, 17), “igualmenteos diákonos” (1 Tm 3, 8‐10. 12‐13) “igualmente asmulheres” ( 1 Tm 3,11).
INTERVALO
Aproveite este momento para pensaras questões colocadas e enviardúvidas à professora.
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A imagem do pastoreio indica a autoridade do que tem
a tarefa de reunir o rebanho, assegurar sua coesão e
assim protegê‐los dos perigos. Para a primeira carta de
Pedro, Cristo é o príncipe dos pastores (archipoimem:
5:4): a autoridade dos “presbíteros” só pode ser
exercida em dependência e por delegação do “pastor”
do rebanho de Cristo.
Imagem do pastoreio
Sua função é velar (episkopountes) pelo rebanho
como lembra o livro de Atos: Cuidai de vós mesmos
e de todo o rebanho de cuja guarda o Espírito
Santo vos constituiu epískopos; apascentai
(poimaínein) a Igreja de Deus que ele adquiriu com
o próprio sangue (At 20,28).
Imagem do pastoreio
Como consigo um Deus misericordioso: Pastoreio e
Reformas
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• Justiça de Deus
• Lei e Evangelho
• Teologia da Cruz
• Bíblia
• Eclesiologia
• Ética
Pastoreio e Reformas
Boa Aula!
Profª. Blanches de Paula
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