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Porto Alegre, 1 o a 15 de agosto de 2011 Ano XVII - Edição N o 591 - R$ 2,00 Nosso jornal está na web. Acesse www.jornalsolidario.com.br www.jornalsolidario.com.br IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO N o 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS Os pais e a geração digital “Se você diz que Deus não existe, e Ele de fato não existe, nada tem a perder; se você aposta que Ele existe e Ele existe mesmo, só tem a ganhar; agora, se você diz que Ele não existe e Ele existe, você perde tudo”. Blaise Pascal Já não é mais só o consumo exacerbado e inconse- quente, a busca ilusória da felicidade no ter, em vez da certeza do ser. Agora, os pais, conscientes de sua vocação, também devem estar vigilantes com seus filhos contra a dependência alienante das no- vas tecnologias de informação. Páginas centrais Dia do Padre O Jornal Solidário cumprimenta todos os sacerdotes pelo seu dia, 4 de agosto, em que se lembra seu padroeiro universal, S. João Maria Batista Vianney, o Cura D’Ars. Ser padre na cultura atual, que privilegia o supérfluo e transitório, cada vez exige mais sacrifício, abnegação e desprendimento. O padre atende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um pai – padre – à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida a toda a humanidade. O verdadeiro sacerdote nunca hesita. Ser pai “Só uma vez nosso filho terá três anos e estará doido para sentar no nosso colo. Só uma vez ele terá cinco anos e quererá brincar conosco. Só uma vez ele terá 10 anos e desejará estar conosco em nosso trabalho. Só uma vez ele será adolescente e verá em nós um amigo com quem conversar. Só uma vez ele estará em universidade e quererá trocar idéias conosco. Se nós perdermos estas oportunidades, nós perderemos o nosso filho e ele não terá pai”. (Paul-Eugène Charbonneau, Pe. Charboneau , CSC, 1925-1987) . O Jornal Solidário também cumprimenta a todos os pais pelo seu dia, no segundo domingo de agosto.

Solidario - 1ªquinzena/agosto11

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Jornal Solidário

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Porto Alegre, 1o a 15 de agosto de 2011 Ano XVII - Edição No 591 - R$ 2,00

Nosso jornal está na web. Acesse

www.jornalsolidario.com.br

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IMPRESSO ESPECIALCONTRATO No 9912233178

ECT/DR/RSFUNDAÇÃO PRODEODE COMUNICAÇÃO

CORREIOS

Os pais e ageração digital

“Se você diz que Deus não existe, e Ele de fato não existe, nada tem a perder; se você aposta que Ele existe e Ele existe mesmo, só tem a ganhar; agora, se você diz que Ele não existe e Ele existe, você perde tudo”.

Blaise Pascal

Já não é mais só o consumo exacerbado e inconse-quente, a busca ilusória da felicidade no ter, em vez da certeza do ser. Agora, os pais, conscientes de sua vocação, também devem estar vigilantes com seus filhos contra a dependência alienante das no-vas tecnologias de informação.

Páginas centrais

Dia do Padre O Jornal Solidário cumprimenta todos os sacerdotes pelo seu

dia, 4 de agosto, em que se lembra seu padroeiro universal, S. João Maria Batista Vianney, o Cura D’Ars. Ser padre na cultura atual, que privilegia o supérfluo e transitório, cada vez exige mais sacrifício, abnegação e desprendimento. O padre atende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um pai – padre – à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida a toda a humanidade. O verdadeiro sacerdote nunca hesita.

Ser pai “Só uma vez nosso filho terá três anos e estará doido para sentar no nosso

colo. Só uma vez ele terá cinco anos e quererá brincar conosco. Só uma vez ele terá 10 anos e desejará estar conosco em nosso trabalho. Só uma vez ele será adolescente e verá em nós um amigo com quem conversar. Só uma vez ele estará em universidade e quererá trocar idéias conosco. Se nós perdermos estas oportunidades, nós perderemos o nosso filho e ele não terá pai”. (Paul-Eugène Charbonneau, Pe. Charboneau , CSC, 1925-1987) .

O Jornal Solidário também cumprimenta a todos os pais pelo seu dia, no segundo domingo de agosto.

1o a 15 de agosto de 2011A RTIGOS 2

Fundação Pro Deo de Comunicação

Conselho DeliberativoPresidente: José Ernesto

Flesch ChavesVice-presidente: Agenor Casaril

CNPJ: 74871807/0001-36

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo

Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e

Ir. Erinida GhellerSecretário: Elói Luiz ClaroTesoureiro: Décio Abruzzi

Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

RedaçãoJorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS

Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RSRevisão

Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários)

Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes

Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282

Porto Alegre/RSFone: (51) 3221.5041 – E-mail:

[email protected]

Conceitos emitidos por nossos colabora-dores são de sua inteira responsabilidade,

não expressando necessariamente a opinião deste jornal.

Conselho Editorial Presidente: Carlos AdamattiMembros: Paulo Vellinho,

Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS

Editora Adjunta Martha d’Azevedo

EditorialVoz do Pastor

Dom Dadeus GringsArcebispo Metropolitano de P. Alegre

Aristóteles garantiu que nada há no intelecto que não tenha passado pelos sentidos. Como chegar à ideia de Deus? Terá sido infundida nele, em seus primórdios, pelo Criador? Será uma extrapolação de suas experiências limitadas? Afinal, quem é Deus?

Na visão cristã diríamos que a pergunta está mal formulada. Deus não é objeto que se possa agarrar. Nem cabe numa ideia abstrata. A pergunta cristã leva à perso-nificação: quem é Deus? Então percebemos o interlocutor. Foi a esta pergunta que Abraão respondeu. Relacionou-se com Ele. Vivenciou uma Aliança com Ele. Não se contentou com um pensamento dele. Avançou para uma convivência com Ele.

A religiosidade brota do íntimo do ser humano, pro-curando expressar-se de mil maneiras. Sabe que não pode ser expressa totalmente por imagens, sejam elas conceitos ou impressas em matéria. Projeta o ideal da Divindade. Situa-a na culminância do pensamento. Divindade, nesta perspectiva, representa aquilo que mais alto e mais sublime não se pode pensar. Em outras palavras: é o polo supremo na perspectiva da mente.

A natureza surpreende o homem com seus segredos. Tem exercido sobre ele grande fascínio. Muito mais do que imagens esculpidas pelos homens, sempre de mo-destas proporções – à semelhança do próprio homem – a natureza apresenta obras gigantescas. Tem-se destacado na psicologia não só dos alpinistas, mas de todos os fãs da

As montAnhAs sAgrAdAs

Até hoje não se encontrou, em toda a diver-sidade de raças e culturas da humanidade, uma que não tivesse religião, crenças, ora-

ções. O ser humano tem uma ideia de Deus, sem a qual não consegue viver nem pensar. É seu ponto de referência para entender a si e o universo. Sem esta ideia tudo se afigura vão, caótico, impessoal.

natureza, as montanhas. Desde tempos remotos algumas sobressaíram mais pelo significado que pela imponência. Atribuiu-se-lhes algo numinoso. É o que as diferenciam das demais: sua marca religiosa. Tem algo divino.

Lembremos, entre os gregos, o Olimpo, onde se situava mentalmente a residência dos deuses. Os judeus tiveram especial referência ao Sinai,

onde Deus se lhes manifestou, de onde brotaram os manda-mentos e se firmou a Aliança; o monte Carmelo, onde Deus aparece a Elias; e, acima de tudo, Sião, onde se edifica a cidade santa de Jerusalém. Nem precisamos dizer que pra-ticamente todos os povos tinham suas montanhas sagradas, que marcavam sua religiosidade e atraiam seus peregrinos.

Pode-se, evidentemente, explicar a qualificação numi-nosa de alguma montanha pelo fascínio que ela exerce sobre a vida humana: Exige uma subida e, consequentemente, muito esforço e sacrifício. Retrata muito bem o caminho áspero da religião. Faz descortinar, do alto, uma belíssima paisagem, que encanta os sentidos. Vale a pena subir para ver esta beleza. Relativiza toda a realidade que nos cerca: visto do alto tudo aparece pequeno e insignificante. Nesta perspectiva, até nossas alegrias e tristezas, nossos proble-mas e angústias, deixam de ser importantes e exclusivos. Do alto da montanha se pode ver como o mundo é grande e como são amplos os horizontes. Ali sentimos a presença de Deus.

Se alguém chegasse para dessacralizar este ambiente de fé, reduzindo-o à realidade física e à consistência de suas rochas, dir-se-ia não ter entendido nada do seu sentido humano. Talvez tivesse razão quanto à análise objetiva. Não teria, porém, atingido a beleza nem o sentido profundo que se lhe atribui. A tendência religiosa aponta para outra dimensão. Ali algo mexe com a alma.

Como é possível um ministro da Educação aceitar a ideia de que é certo falar errado e que corrigir o erro pode ser um preconceito linguístico e gerar um problema para quem falar errado?

Em um dos livros didáticos da língua portuguesa “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, adotado pelo MEC, “Nós pega o peixe” virou frase correta, pois está de acordo com a “língua popular”. Para onde exatamente querem levar este país? “Os ministro mete os pé pelas mão”. Essa frase está correta? De acordo com o Ministério da Educação deve estar, pois reflete a “língua popular”.

A saída deste país é pela porta da educação e do conheci-mento, e de repente assistimos a este debate grotesco por causa de livros errados na rede de ensino e, pior, o próprio ministro da Educação vem em defesa do erro. Temos que dar início a um movimento de repulsa total a este tipo de livro para mos-trarmos que existe brasileiro com vergonha na cara. O que está

A novA “línguA populAr brAsileirA”Célio Pezza

Escritor

Rui Barbosa um dia falou: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma

ciência”. O que me surpreende é que na época ele não conhecia o MEC e nem sabia das baboseiras da “língua popular”, como é chamada a língua es-crita errada e adotada agora em livros oficiais de ensino pelo nosso Ministério da Educação e Cultura.

acontecendo no Ministério da Educação é um descaso nacional com todos nós, que estudamos e procuramos sair da ignorân-cia. É uma afronta à nossa inteligência. E não venham falar em preconceito linguís-tico, outro termo sem sentido criado para justificar os desmandos de quem está no comando de nossa falida educação.

Há anos atrás, o professor era uma figura respeitada e não existia a possi-bilidade de um aluno desacatá-lo e ficar por isso mesmo. Os pais entendiam a importância de um professor e a escola pública era um exemplo a ser seguido. Os tempos foram mudando, a educação foi

acabando, as escolas foram sendo sucateadas, e agora, vem mais este tapa na cara dos professores, pais e homens de bem. É a falência decretada pelo Estado! Vamos aprender errado, vamos falar errado a nossa língua, vamos escrever errado, vale tudo.

Quem sabe, no próximo ano, teremos uma nova revisão ortográfica e a oficialização da “língua popular brasileira”. Exames de português não serão mais necessários na escola do futuro e bastará escrever qualquer coisa da forma como se fala, errado ou certo, tanto faz, para ser um culto cidadão. Mais adiante talvez a escrita seja abolida e passaremos a ser uma nação de “burros falantes”. Analisando friamente o que vem acontecendo, chegamos a pensar que deve realmente existir um plano macabro para deixar o brasileiro mais ignorante e despreparado a cada dia, e Rui Barbosa é quem estava com a razão quando disse achar que a burrice é uma ciência! Nós é que ainda não acordamos para ela. (www.celiopezza.com).

O fascíniO pelas

tecnOlOgias

Na contramão de uma crescente humanização da pessoa, a nova época sinaliza uma sempre maior robotização. Frase de efeito ou constatação veri-

ficável? Deixamos aos nossos leitores a resposta. Apenas queremos ajudar com algumas ponderações.

Vivemos sob o signo das tecnologias da informação e comunicação (TICs). O dilema é: usar ou ser usado... dominar as tecnologias ou ser por elas dominado? Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesu-ítas), tinha um modo muito sábio para discernir e definir o que é melhor no uso das “criaturas” (para Inácio, as tec-nologias seriam criaturas): o tanto/quanto. Se perguntado fosse hoje, ele certamente diria: usem as tecnologias tanto quanto ajudam para atingir o fim ao qual vocês se propõem.

Não é difícil perceber que, diante das modernas e ma-ravilhosas conquistas na área das comunicações, boa parte das pessoas ainda está no estágio do fascínio. Se comparado à evolução do ser humano, este é um estágio infantil. Uma das características deste estágio é querer as tecnologias da comunicação, não como meio, que devem ser, mas como um fim, uma espécie de tótem, de mito, de “deus”. Todo o mito/deus exige submissão de seus súditos. E temos a escravização de muitas pessoas a uma “criatura”, elevada à condição de “divindade”. Só para completar: o segundo estágio é o estágio da crítica, muitas vezes da rejeição amar-ga e inconsequente, mas, ao mesmo tempo, um estágio de passagem para o terceiro estágio, o da maturação, o estágio adulto. No caso das TICs, seria o estágio que Santo Inácio definiria como o uso das tecnologias tanto quanto ajudam as pessoas a serem mais gente, mais intercomunicadas, mais fraternas e solidárias, mais espiritualizadas, mais humanas, mais “família dos homens e família de Deus”. Aqui cabe a frase de um conhecido teólogo: Jesus era tão humano, tão humano que só podia ser Deus!

No Rio de Janeiro está acontecendo, nestes dias, o VII Mutirão Brasileiro de Comunicação. Em grande parte, os temas do encontro refletem sobre o melhor uso das moder-nas tecnologias de comunicação para a evangelização. A pergunta central que se coloca não é se a igreja deve dispor dos melhores e mais sofisticados meios de comunicação, mas quais os conteúdos que seus comunicadores devem passar através destes meios. Menos aplauso e mais ação, menos euforia diante das possibilidades que as TICs ofe-recem e mais presença libertadora e reveladora do Projeto de Jesus.

A hora vai adiantada. Já é tempo de muitas pessoas da igreja sair do estágio do fascínio pelos meios em si e passar para seu uso tanto quanto realmente contribuem para que o Reino do Senhor Jesus, o mundo fraterno e solidário sonhado pelo Mestre Comunicador há dois mil anos, se torne realidade (mais, nas páginas centrais desta edição).

Leia também o Cardápio Diferente que o Pe. Roque Schneider oferece na contracapa. Ainda: a direção da Fun-dação Pro Deo de Comunicação/Jornal Solidário se alegra e parabeniza o querido casal amigo Adelhardt e Sidola Muller pela passagem de suas Bodas de Ouro matrimonial. Ad multos annos.([email protected])

1o a 15 de agosto de 2011 FAMÍLIA &SOCIEDADE 3

Crianças e idosos são os seres que mais ne-cessitam de cuidado. Observamos cotidianamente como são grandes os sofrimentos e que desastro-sas são as consequências da falta de cuidado com eles. Entretanto, não apenas estes sofrem, mas os próprios cuidadores muitas vezes são achacados pelo sofrimento. Para cuidar do outro é preciso cuidar de si mesmo e da própria maneira de cuidar. Quem cuida o cuidador?

Cuidar dos pais idososDesumanas são as famílias que se preocupam

cada vez mais com a economia, os juros, o consu-mo, o trabalho e o lazer, esquecendo-se do mais importante, o sentimento, o qual - segundo Boff - se traduz por capacidade de afetar e ser afetado, de envolver-se, de emocionar-se, de cuidar.

Famílias desumanizadas tendem a colocar o idoso de lado, como um objeto que não tem ser-ventia, ainda que este seja o pai, ou a mãe.

Vivemos numa sociedade na qual tempo é dinheiro. Ninguém quer perder tempo, é preciso correr, é preciso ganhar mais e descartar o que não gera lucro.

Esta sociedade pouco proclama que abandonar pais idosos é crime. E abandonar não significa apenas atirá-los num abrigo e nunca mais visitá-los. Abandonar também é deixar de ouvi-los, de conversar e acarinhar, de atender suas necessi-dades básicas. É maltratá-los com palavras e/ou atos. É mostrar-lhes que são um grande peso para a família.

Como nossa família está exercendo o cuidado?

Só o ser humano tem o dom da palavra e só ele é capaz de usá-la para levar conforto, só ele é capaz de cuidar da higiene do idoso, de alcançar-lhe os remédios, de ouvi-lo, de colocar a mão em seu ombro e mostrar-lhe o quanto está decidido a cuidar dele. E é o amor que torna o cuidado pos-sível. Sem carícia, dedicação, ternura, cuidado, não há amor.

Urge que os familiares se voltem sobre si mesmos e analisem como exercem o cuidado com os pais idosos, trazendo à luz quais e como são suas práticas. Este tema não pode ficar na surdina.

Além da família, a questão do cuidado dos idosos deve ser levantada pela sociedade, por gru-pos de terapeutas, assistentes sociais, enfim, por todos os que desejam encontrar melhores formas para bem exercê-lo. O abandono é inaceitável.

A família pós-moderna estará abandonando os pais idosos?

Deonira L. Viganó La RosaTerapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia

CUIDAR, palavra cujo profundo significado talvez não tenhamos introjetado o suficiente. Cuidar do corpo, da natureza, das crianças, dos idosos, do próprio casamento... Onde há vida, necessariamente deve haver cuidado. E quanto mais frágil a vida, mais pede cuidado. O sentimento que torna pessoas e coisas importantes para nós se chama CUIDADO.

Quem ama, cuida.

Dificuldades do cuidadorNeste artigo trazemos à tona um fato que

pode chocar o leitor: se os idosos necessitam de cuidado, e nada justifica abandoná-los, também é verdade que é difícil para a família cuidar ido-sos por anos a fio. Cito uma mulher (porque na maioria das vezes são as mulheres que cuidam dos idosos) que, com grande sofrimento, me revelou: “Não aguento mais. Por causa de meus pais idosos e há muitos anos doentes, deixei de casar, não tenho dinheiro, sinto raiva deles e estou ficando doente. Irmãos homens em nada me ajudam”. Procurei mostrar-lhe ser natural que sentisse raiva, o que não significava que não amasse seus pais (e de fato isto não estava afetando o cuidado que dedicava a eles).

E outra mulher: “Nunca critique aquele que cuida idosos por anos e anos, pois quem não vive a situação não sabe o que isto significa”.

Como o aumento da idade média das pessoas é um fato recente, ainda não esta-mos preparados para lidar com a situação dos idosos, sobretudo se estão doentes, e,

em particular, quando o dinheiro não é suficiente para contratar infra-estrutura.

Muitas vezes estas dificuldades inerentes ao cuidado de idosos e doentes são abafadas porque geram nas pessoas um forte sentimento de culpa. Para bem resolvê-las, entretanto, é fundamental analisá-las abertamente e nunca negá-las.

Fica evidente que, embora esta situação fami-liar seja complexa, em nada justifica o abandono ou o descuido com pais idosos. Amar e abandonar são variáveis que jamais podem andar juntas. Ame e cuide de seus pais, sempre.

É dever da sociedade criar infra-estrutura para amparar as famílias, os cuidadores e os próprios idosos.

Imagem

(alterada eletrônicamente):httpdesarrollo-senectud.blogspot.com

1o a 15 de agosto de 2011O PINIÃO 4

Barack Obama, filho de pai negro, senador jovem, egresso da Harvard Law School, obteve impressionante vitória eleitoral numa nação antes infestada pelo Ku-Klux-Klan, em que crianças negras eram impedidas de embarcar em ônibus exclusivo para brancos.

Tal fato, conjugado a mudanças inovadoras num mundo prestes a libertar-se do mito de superioridade racial, do qual foi cópia exacerbada o nazismo, respon-sável pela morte de milhões de judeus e integrantes de outras etnias.

Outra ocorrência auspiciosa, promissora de no-vos tempos foi protagonizada pelo carisma de Oprah Winfrey, que viria tornar-se a apresentadora de maior sucesso na TV dos Estados Unidos da América e quiçá do planeta que habitamos.

Entrevistada pela revista Time, Oprah declarou que sua família fora pobre, muito pobre. E esclareceu que aos doze anos de idade, em véspera de Natal, enquanto contemplava da janela do seu modesto lar as casas vi-zinhas feericamente iluminadas, ouviu a mãe dizer que para eles não haveria festa nesse Natal. Mas eis que na última hora chegaram umas freiras, trazendo alimen-tos e presentes. Tal gesto decididamente humanitário

férias, questãO de escOlha

Andrea Taisa de Moura CamargosComunidade Canção Nova, apresentadora do Bem da Hora

Narra o livro do Gênesis que o Se-nhor trabalhou durante seis dias na criação do mundo e no sétimo

dia Ele descansou. No Eclesiastes, é dito que existe um tempo para cada coisa debaixo do céu. Sendo assim, existe o tempo para estudar, para trabalhar, mas também o merecido tempo para descansar. Nem todos são privilegiados com as férias do meio do ano, mas os es-tudantes podem contar com esse perío-do de descanso e recarregar a bateria.

É tempo de renovar as forças, traçar novos propósitos, retomar alguns que não foram vividos até aqui. Férias também é tempo de curtir a família, já que durante o período de aulas é tudo tão corrido e você acaba passando mais tempo com seus colegas e professores do que com seus pais e irmãos em casa.

Hoje, infelizmente, muitos jovens e ado-lescentes passam suas horas vagas grudados no computador, e, consequentemente, vêm perdendo a capacidade de se comunicarem pessoalmente. Acabam se especializando na comunicação virtual e é tudo o que sabem fazer. Conheço adolescentes que, num dia de festa de família, não são capazes de trocar uma palavra com seus primos, tios ou avós, nem mesmo com seus pais. Quando muito, conseguem responder uma ou duas perguntas e logo dão um jeito de sair de fininho, para voltar para o seu mundo cibernético.

Não estou aqui querendo julgar ninguém, muito menos criticar a tecnologia que tanto ajuda na praticidade do nosso dia a dia. Mas pretendo mostrar que seus dias de férias podem ser mais bem aproveitados do que simplesmente serem gastos navegando na internet. Mas, e daí, se o que eu gosto de fa-zer é dormir e ficar no computador? Nenhum problema, desde que você tenha a consciência de que as suas escolhas de hoje refletirão em quem você será amanhã.

Perceba que você poderia fazer um mon-tão de coisas legais e divertidas, como passear, visitar seus avós, jogar bola, aprender lendo um bom livro, ver um filme junto com sua família, organizar o seu espaço, como arrumar a bagunça do seu quarto, seus armários, tirar de lá um montão de coisas às quais você nem dá mais importância e doar para pessoas que precisam mais do que você.

Com tudo isso, você com certeza daria mais sentido às suas férias, à sua vida e, ao final do dia, não teria aquela terrível sensação de não ter feito nada de bom e o constante pensamento: “Ai que chato, não tem nada pra fazer nas férias!”. Diz a famosa frase: “a vida é uma questão de escolha”. E eu complemen-taria: suas férias também!

Exemplo paradigmático desse divórcio é a atual crise econômi-ca. Quem é o culpado? O mercado? Concordar que sim é o mesmo que atribuir ao computador a responsabilidade por um romance de péssima qualidade literária.

Graças às novas tecnologias, o espaço se contraiu e o tempo se acelerou. O outro lado do mundo está logo ali, e o que lá ocorre é visto aqui em tempo real. Tudo isso impacta nossos paradigmas e nossa escala de valores. Paradigmas e valores soam como contos da carochinha comparados a ensaios de bionanotecnologia.

O mundo real se cindiu e não condiz com o seu duplo virtual. Via internet, qualquer um pode assumir múltiplas identidades e os mais con-traditórios discursos. Agora, todos podem ser simulacros de si mesmos.

Não há mais propostas libertárias que fomentem utopias, nu-trem esperanças e semeiem otimismo. Ao olhar pela janela, não há horizonte. O que se vê reforça o pessimismo: o aquecimento global, a ciranda especulativa, a ausência de ética no jogo político, a lei do mais forte nas relações internacionais, a insustentabilidade do planeta.

Se não há futuro a se construir, vale a regra do prisioneiro confinado à sua cela: aproveitar ao máximo o aqui e agora. Já não interessam os princípios, importam os resultados. O sexo se dissocia do amor como os negócios da atividade produtiva.

A cultura do consumismo desencadeia duas reações contra-ditórias: a pulsão pela aquisição do novo e a frustração de não ter tido tempo suficiente para usufruir do “velho” adquirido ontem... A competitividade rege as relações entre pessoas e instituições. Somos todos acometidos de permanente sensação de insaciabilidade. Nada

vorAcidAde consumistAFrei Betto

Escritor*

Para o filósofo Edgar Morin, a ciência, ao buscar autonomia fora da tutela da religião e da filosofia, extrapolou os próprios limites éticos, como a produção de armas de destruição em

massa. Os cientistas não dispõem de recursos para controlar a pró-pria obra. Há um divórcio entre a cultura científica e a humanista.

preenche o coração humano. E o que poderia fazê-lo já não faz parte de nosso universo teleológico: o sentido da vida como fenômeno, não apenas biológico, mas sobretudo biográfico, histórico.

Agora a voracidade consumista proclama a fé que identifica o infi-nito nos bens finitos. O princípio do limite é encarado como anacrônico. Azar nosso, porque todo sistema

tem seu limite, da vida humana ao mercado. Sabemos, por expe-riência própria, o que acontece quando se tenta ignorar os limites: o sistema entra em pane. Mas, em se tratando de finanças, não se acreditava nisso. A riqueza dos donos do mundo parecia brotar de um poço sem fundo.

Duas dimensões da modernidade foram perdidas nesse pro-cesso: a dignidade do cidadão e o contrato social. Marx sabia que a burguesia, nos seus primórdios, era uma classe revolucionária. O que ignorava é que ela de tal modo revolucionaria o mundo, a ponto de exterminar a própria cultura burguesa. Os valores da moderni-dade evaporam por força da mercantilização de tudo: sentimentos, ideias, produtos e sonhos.

Para o neoliberalismo, a sociedade não existe, existem os indivíduos. E eles, cada vez mais, trocam a liberdade pela segu-rança. O que abastece este exemplo singular de mercantilização pós-moderna: a acirrada disputa pelo controle do mercado das almas. As religiões tradicionais perdem seus espaços territoriais e o número de fiéis. Agora, no bazar das crendices, a religião não promete o céu, e sim a prosperidade; não promete salvação, e sim segurança; não promete o amor de Deus, e sim o fim da dor; não suscita compromisso, e sim consolo.

Assim, o amor e o idealismo ficam relegados ao reino das palavras inócuas. Lucro e proveito pessoal são o que importam.

*Autor de “Cartas da Prisão” (Agir), entre outros livros

Antônio AllgayerAdvogado

O sonho de Martin Luther King Jr de um mun-do justo e fraterno (I have a dream...), tornou-se rea l idade a lv issare i ra décadas após o

seu martírio, afetando a humanidade como um todo.Ao pugnaz combatente em favor de minorias étni-cas ultrajadas, não sobrou vida para ver um afrodes-cendente ser guindado à suprema magistratura nos Estados Unidos, país mais poderoso do mundo.

umA morte, duAs vidAs e o despontAr de um mundo novo

despertou em Oprah veemente desejo de fazer algo semelhante para crianças feridas de abando-no ou maltratadas.

E não se diga que de uma centelha não possa nascer uma labareda. A atitude daquelas religiosas avivou em Oprah a sensação de que somente me-rece viver quem sabe amar. Foi o despertar de potencialidades latentes que nela se revelariam na explosão de uma caudal de

solidariedade geradora de incontáveis adesões ao seu projeto.

Coincidências favoráveis às aspirações de Oprah acumpliciaram-se num feliz desenrolar dos aconteci-mentos, incluindo o aporte de recursos necessários para uma obra de larga expansão.

Inicialmente, Oprah voltou a sua atenção à África do Sul, no continente de origem de seus antepassados. Ali construiu uma escola e visitou hospitais e orfanatos, com forte apoio de Nélson Mandela, seu novo amigo. Retornando aos Estados Unidos, agendou programa de cunho profilático de êxito espetacular, que se prolonga-ria por 25 anos de dedicação. Seres humanos golpeados de infortúnio tiveram nela uma espécie de anjo tutelar, que jamais perdera a fé na perene novidade do vaticínio bíblico de um novo mundo, uma nova criação, uma nova terra.

Para finalizar, registre-se que Oprah, ao despedir-se das multidões por ela levadas a acreditar na vida, men-cionasse o nome de Jesus, com fé adulta num Deus que é amor, ao qual, segundo ela, pertence todo o mérito de fazer com que acontecesse o que de bom aconteceu.

1o a 15 de agosto de 2011 EDUCAÇÃO &PSICOLOGIA 5

Igreja Católica Rumo à Prevenção Alcoólica

E ste ‘dito’ de Fernando Pessoa, bem como aquele que é mais conhecido e popular, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, requer interpretação con-textualizada, de conformidade com as

circunstâncias em que eles são invocados. Assim, poderíamos dizer que ir à aula, ter boa frequência e comportamento apropriado não é suficiente, pois sem motivação e criatividade a aprendizagem, que é o nó da questão, não se efetiva nos níveis indis-pensáveis para que ela seja duradoura e eficaz. Nós, bem como o mundo, estamos em contínuo fluxo, a vida é dinâmica, em contínua ebulição e mudança, por isso requer criatividade para reinventá-la todos os dias, numa flecha de tempo que aponta para a con-secução de nossos objetivos maiores: auto-realização e desenvolvimento de nossas potencialidades. Isto não depende só do professor, nem apenas do aluno e da qualidade do ensino, está ligado a outras variá-veis, como o entusiasmo, a auto-estima e paixão por aquilo que se faz. Ir em frente, apesar de eventuais contrariedades e obstáculos, nos torna mais fortes e capazes de criar um ambiente propício a conseguir chegar onde queremos. Por isso, é necessário ter obje-tivos, planejamento e estratégias bem delineadas, que possam facilitar a caminhada na consecução daquilo que desejamos para nós mesmos.

Desânimo da professoraA professora Marisa – 37 anos, 15 anos de expe-

riência no Ensino Fundamental, professora de Língua Portuguesa – recentemente sentiu-se decepcionada e sem ânimo para planejar suas aulas com novas ideias e recur-sos de aprendizagem para sua turma de 7a série. Resol-veu solicitar supervisão da orientadora pedagógica para clarear os motivos de seu desânimo. Então, deu-se conta de que estava ‘batendo na mesma tecla’, e que isso não mais encontrava ressonância nos seus alunos de 12 e 13 anos. A orientadora pedagógica, numa conversa franca e amiga, mostrou que ela, a despeito de seu amplo domínio de conteúdo, precisava criar novas estratégias de aprendi-zagem que envolvesse os alunos, dando-lhes a sensação de que eles, não ela, estavam construindo as possíveis avenidas de suas aprendizagens. Criou uma série de oficinas temáticas – con-sumismo, uso da Internet, globaliza-ção, cidadania, deixando, entretanto, abertos outros possíveis temas que o grupo de alunos pudesse vir a suge-rir. O ensino da Língua – ortografia, gramática, sintaxe, semântica – seria trabalhado em conexão com o tema que culminaria numa redação indivi-dual que seria corrigida e comentada, através de sorteio, por outro colega. A aprendizagem participativa produziu resultados excelentes, a professora recuperou sua motivação, imersa no entusiasmo dos alunos que não só compareciam à sala de aula, mas se envolviam com interesse e alegria no que estavam fazendo.

Motivação e criatividade na sala de aula

Juracy C. MarquesProfessora universitária, doutora em Psicologia

“Viver não é necessário, o que é necessário é criar”.

Fernando Pessoa (1888-1935)

Aluno com problemaMarlou, 15 anos, 1ª. Série do Ensino Médio, per-

deu seu avô muito querido que morreu de súbito por problemas cardíaco-respiratórios. Sua família se deses-truturou, pois ele era o alicerce que mantinha a família unida e forte, provedor não só de elementos materiais, mas também, de ambiente afetivo, pleno de valores e princípios que se renovavam na missa dominical, para onde conseguia levar seus netos. Apesar dos esforços da professora e da amizade dos colegas, Marlou entrou em depressão e, nas aulas, ao invés de prestar atenção, passava o tempo desenhando caricaturas, em meio a um silêncio constrangedor, não respondendo a quaisquer

Terri Heisele/sxc.hu

buscas de conversa dos colegas. A professora, atenden-do à reclamação da turma, convidou-o a comparecer ao SOE (Serviço de Orientação Educacional). Ele negou-se a responder tal convite, conversou com seus pais e iniciou uma psicoterapia de família, em que sua mãe já estava envolvida. Depois de dois meses, retor-nou às aulas, mudou seu comportamento e recuperou a matéria, com atendimento especial de sua Escola, através do SOE em combinação com a orientadora pedagógica.

Viver é preciso, mas com criatividade e engajamen-to, assumindo conscientemente não só deveres e res-ponsabilidades, mas também a alegria da convivência que robustece nossa paixão por aquilo que fazemos.

Criatividade e engajamento

1o a 15 de agosto de 2011 6

Ausência de sentido de vidaAo que parece, a vida depois desta é algo muito distante. A preocu-

pação pelo fim da jornada com a prestação de contas do que fizemos ou deixamos de fazer, a que todos somos obrigados, já não mais nos tira o sono! A erudição, a ciência e as facilidades da vida atual tomaram completamente o lugar do sagrado. Já não existe a barreira do tempo para nos comunicar: tudo é instantâneo para qualquer lugar da Terra. Já não existem distâncias que não possamos alcançar pelas facilidades da mobilidade para nos locomover.

Inversamente, à medida em que a humanidade progride nas ci-ências, mais superficial se torna e mais se afasta de sua dimensão espiritual. Suas ‘certezas’ o tornam soberbo. Acha que a ciência e a tecnologia são razões bastantes e suficientes. Parece que o homem pensa que já não mais precisa de Deus! Será?

Ter ou ser? Só houve um homem em toda a história da humanidade em que o

ser (verbo) esteve integralmente coerente com sua vida. Um homem extraordinário que, muito mais que inscrever seu nome na memória da história, dividiu a história em antes e depois dele: Jesus Cristo. E que, no Horto do Getsêmani, quando os centuriões perguntaram quem era Jesus, disse, sou eu. Seu único bem era ser, pois nada possuía de seu.

Privilegiar o ter termina sempre no vazio pelo que faz acelerar cada vez mais a roda do consumo, na ilusão da compra da felicidade. Mas a felicidade não está e nunca esteve à venda. A felicidade perene não passa pelo consumir.

Alguém já disse que o Sermão da Montanha (Mateus, 5 e seguintes) é a mais sábia e sublime plataforma ‘política’ do autêntico cristianismo. Pouco lembradas, as bem-aventuranças são o melhor guia para a busca de sentido da existência em vista da eternidade. São lúcido aceno para uma vida realmente feliz, já aqui na terra. E, não por acaso, a primeira – ‘Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu’ – dá sentido para todas as que se seguem e indica como usar os bens ma-teriais para a nossa felicidade. A felicidade está nas coisas pequenas.

O que é ser pobre de espírito?É contentar-se e estar feliz com o essencial e fazer deste essencial

o suficiente para viver feliz. É descolar-se da onda de consumo incon-sequente que induz ao aprisionamento e vazio, que nos faz trocar de automóvel, de celular, de televisão ou entulhar a casa e o cotidiano com objetos e trecos que amanhã já cairão na obsolescência. O coração hu-mano está onde ama: se ama o dinheiro, o coração está preso no cofre, se ama o automóvel, está preso ao automóvel.

Ser pobre de espírito é reconhecer-se pequeno, fraco, necessitado de Deus. Os humildes ouvem, os orgulhosos falam. Os humildes perguntam, os vaidosos respondem.

Deus quer espíritos ricos de amor e pobres de orgulho. Pobres de paixões, de vícios, de aspirações ao poder e vaidades, desapegados das glórias efêmeras...Amar é acumular tesouros incorruptíveis pelo tempo e inacessíveis aos ladrões. O pobre de espírito é tolerante, cala-se diante de palavras loucas e suporta a injustiça contra ele próprio. Mas não com-pactua com equívocos e se agiganta quando vê seu próximo injustiçado. O pobre de espírito não é sevil, mas está sempre pronto a servir em vez de ser servido. Infelizmente, a expressão ‘pobre de espírito’ recebe sig-nificação equivocada e pejorativa na cultura popular. Pobre de espírito não é ser ignorante: ao contrário, é portador de verdadeira sabedoria.

Deus, o homem e a tecnologiaQue espaço ocupa Deus e o próximo na sociedade tecnológica? Até onde o homem é refém da tecnologia e não o contrário, fazendo dela – a tecnologia – o instrumento para seu crescimento

integral? E que tempo sobra ao tecnodependente para pensar na razão de sua existência? Que tempo o homem ainda reserva para Deus e o próximo numa cultura que privilegia o ter em detri-mento do ser? Que opta pela abstração e a distração com os ‘brinquedinhos’, – seus novos deuses – farta e ostensivamente facilitados por um sistema que precisa acelerar cada vez mais a roda

do consumo?

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1o a 15 de agosto de 2011 7TEMA EM FOCO

Deus, o homem e a tecnologiaQue espaço ocupa Deus e o próximo na sociedade tecnológica? Até onde o homem é refém da tecnologia e não o contrário, fazendo dela – a tecnologia – o instrumento para seu crescimento

integral? E que tempo sobra ao tecnodependente para pensar na razão de sua existência? Que tempo o homem ainda reserva para Deus e o próximo numa cultura que privilegia o ter em detri-mento do ser? Que opta pela abstração e a distração com os ‘brinquedinhos’, – seus novos deuses – farta e ostensivamente facilitados por um sistema que precisa acelerar cada vez mais a roda

do consumo?

Não só jovens e adolescentes – também deno-minados de nativos digitais – também homens e mulheres maduros passam horas e horas, noites e madrugadas a dentro diante do computador, per-dendo a capacidade de se comunicarem presencial-mente. Vivem na virtualidade. Em dias de festa de família são incapazes de trocar uma palavra com seus primos, tios ou avós, nem mesmo com seus pais. Quando muito, conseguem responder uma ou duas perguntas e logo dão um jeito de sair de fininho, para voltar para o seu mundo cibernético. Não se quer que abdiquem da tecnologia que tantas facilidades trouxe no nosso dia-a-dia. Mas que se faça dela, um recurso para o crescimento humano. Seria o mundo da informática e das novas tecno-logias de informação mais uma forma de deus da cultura moderna?

“A tecnologia deve estar a serviço”

É o que pensa o engenheiro Luís Antônio da Silva Machado, 52 anos, pai de João Pedro, três anos. “As ferramentas, especialmente as novas tec-

Tecnologia, deus da cultura moderna?

nologias de informação e comunicação, são neutras. Depende de como as usamos: podem ser usadas para o mal ou para o bem”, diz Luiz, um pai verdadeira-mente presente e que, desde que é pai do João Pedro, dá um jeito de almoçar em casa – embora trabalhe em outro bairro – para encontrar o filho e levá-lo depois para a escolinha. “O uso intenso da internet e de todas as novas tecnologias podem desvirtuar. Conheço pessoas que chegam a um ponto que ficam tão viciadas que perdem a noção do real e vivem só no virtual. E não são poucos, inclusive pessoas de idade, que inverteram suas realidades. São pessoas que perderam a capacidade de se relacionarem com as pessoas que vivem sob o mesmo teto”.

Os pais de João Pedro estão muito conscientes de suas responsabilidades e se preocupam em trans-mitir valores positivos ao seu filho. “Ele é muito jovem ainda. Mas, logo chegará o tempo em que estará apto a manusear e escolher. Aí então será nossa hora de vigiar. Temos que instalar filtros, me-canismos, que não permitam o livre acesso a certos sites que facilmente vendem valores falsos. Todo pai e mãe deveriam ter isso em mente”, assegura a farmacêutica Clarice, mãe do menino.

Luís Antônio João Pedro Clarice

ithirewire.com

crazyseawolf.blogspot.com

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1o a 15 de agosto de 2011SABER VIVER 8

Visa e Mastercard

As universidades de Harvard e de Cambridge, nos EUA, publicaram recentemente um compêndio com 21 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual. Aqui vão eles. Aproveite.

01- Um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C

02- Salpicar canela no café (man-tém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).

03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral . O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco.

04- Mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quanti-dade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se co-zinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.

05- Adotar a regra dos 80%: Servir-se menos 20% da comida que costuma comer evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques

de coração.06- O futuro está na laranja, que

reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.

07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer diariamente uma varieda-de de verme-lho, laranja, a m a r e l o , verde, roxo e branco em frutas e vege-tais, cria uma melhor mis-tura de an-tioxidantes, vitaminas e minerais.

08- Co-mer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate. Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates, pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais, é melhor absorvido pelo corpo quando os to-

mates estão em molhos para massas ou para pizza.

09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomenda-

do lavá-las com água quente pelo m e n o s q u a t r o vezes na semana (aproveite o ba-nho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser manti-das separadas de outras escovas.

10- Realizar atividades que es-timulem a mente e fortaleçam sua memória. Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruza-

das, aprenda um idioma, alguma habili-dade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.

11- Usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arterioscle-rose, pois têm os vasos san-guíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescen-tar seis anos à sua idade biológica por-que remove as bactérias que atacam os den-tes e o corpo.

12- Rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físi-co: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.

13- Não descascar com an-tecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados.

14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando. *Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantêm um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.

15- Desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos

níveis de antioxidantes que o chá Verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doen-ças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá au-menta a sobrevida depois de ataques ao coração.

1 6 - Ter um ani-mal de esti-mação. As pessoas que n ã o t ê m a n i m a i s d o m é s t i -cos sofrem m a i s d e estresse e visitam o médico re-gularmen-te, dizem os cientis-tas da Cam-bridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado, e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.

17- Colocar tomate ou verduras frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical Scho-ol; vantagens outras são conseguidas

atráves de ver-duras frescas.

18- Reor-ganizar a gela-deira. As verdu-ras em qualquer lugar de sua ge-ladeira perdem substâncias nu-tritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavo-nóides que com-batem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á

área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado.

Conselhos saudáveis para uma vida melhor

Pizza com bastante molho de tomate para prevenir tumores

Uma banana por dia quase dispensa as visitas aos médicos

Rir "acorda" células naturais de defesa e anticorpos

19- Comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.

20- Uma ba-nana por dia quase dispensa o médico; vejamos: Pesquisa da Universidade de Bekeley - A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capaci-dade mental, cura ressacas, alivia a azia, acalma o sis-tema nervoso, ali-via a TPM, reduz risco de infarto e tantas outras coisas mais, então, é ou não é um remédio

natural contra várias doenças?21- Por último, um mix de peque-

nas dicas para alongar a vida: comer chocolate. Duas barras

por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio...

pensar positivamente. Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.

ser sociável. Pessoas com for-tes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pes-soas solitárias ou que só têm contato com a família.

conhecer a si mesmo. Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida...

Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos... É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca: "'Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'!

"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".

Foto pessoa rindo: Emiliano Spada/Demais: Divulgação

1o a 15 de agosto de 2011 ESPAÇO LIVRE 9

Dalci Carlos Matiello - 03/08Cláudio Fröhlich - 06/08Heloísa Amodeo - 07/08

Aloísio Jorge Holzmeier - 07/08Mário A. Possebon - 09/08

Olinda T. Costa - 09/08Ernani M. N. Tavares - 14/08

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Leonard

2.000 anos de turbulências - XXX

crescimentO em pauta

Dia 29 de junho último realizou-se em Assunção, Paraguai, mais uma reunião da cúpula do Mercosul. Na ocasião,

foi discutida a entrada como membros-plenos do bloco, da Bolivia e do Equador. A presidente Dilma Rousseff esteve pre-sente na reunião acompanhada pelos mi-nistros Antônio Patriota e Guido Mantega.

A assinatura do Tratado de Assunção, no dia 26 de março de 1991, criou o Mercosul, que visava a constituição de um mercado comum, tendo como objetivo final a livre-circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países-membros, através da eliminação de direitos alfandegários e de restri-ções não-tarifárias, vigentes na época, no comércio recíproco.

São membros-plenos do Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Estados associados são membros que participam de encontros e decisões políticas, mas não tem de seguir regras econômicas comuns, como manter a mesma tarifa de importa-ção a produtos iguais. A Venezuela, um dos estados associados, solicitou seu ingresso no bloco como membro-pleno, e já foi aceita pelos legislativos da Argentina, do Brasil e do Uruguai, o que lhe dá o status de membro-pleno em processo de adesão. De-pende agora do aceite do parlamento paraguaio, que ainda não deu o seu aval para que seja aceita. Além da Venezuela, são “países associados” ao Mercosul, a Bolívia, o Chile, o Peru, a Colômbia e o Equador.

O chanceler Antônio Patriota declarou, em As-sunção, que os países do Mercosul convidarão “em breve”, a Bolívia e o Equador a tornarem-se membros-plenos do bloco do Cone Sul. Segundo o ministro, “existe um sentimento (entre os países do Mercosul), de que chegou o momento de aproximação maior com potenciais candidatos” a entrar de forma plena para o bloco. Outro candidato a tornar-se membro pleno é o Peru, mas, apesar do “interesse recíproco “ para que isto aconteça, segundo Patriota, tratados peruanos já existentes com os Estados Unidos e a União Europa, podem dificultar o processo.

Parece que finalmente chegou o momento do crescimento do Mercosul, que esteve até agora em processo de espera... ([email protected]).

O famOsO séculO das trevas

Se Jesus Cristo não estivesse à frente da Igreja, certamente ela teria acabado no século X, tam-bém chamado de “O Século das Trevas”. De

acordo com os historiadores, ele foi marcado pela corrupção política e pela violência. Vê-se que estas características não são exclusividade do momento histórico em que vivemos no país e no mundo...

Já em 882 apareceram os primeiros sinais dos maus tempos. O Papa João VIII morreu envenenado por políticos, porque os repreendeu por prática de violência. No ano 896, o Papa Bonifácio VI também morreu envenenado, duas semanas após a eleição (Lembram versões sobre a morte de João Pau-lo I, ocorrida em circunstâncias ainda não explicadas?). Mas o caso mais lamentável foi o praticado pelo Papa Estevão VI. Ele deixou-se envolver pela vingança política da rainha Agertrudes, e mandou desenterrar o cadáver do Papa Formoso, morto naquele ano, para julgá-lo e condená-lo. No ano seguinte, também Estevão VI teve um fim muito triste: foi estrangulado na prisão, em 897. Toda a Europa, naquela época, estava mergulhada na cor-rupção e no crime. Coincidiu com os ataques dos normandos, sarracenos, búlgaros, árabes, que assaltavam igrejas e invadiam mosteiros, cometendo toda a espécie de violências. Em 909, o Sínodo de Trosly chegou a decla-rar: “O mundo está cheio de imoralidade e de adultério, de devastação de igrejas e de opressão dos pobres”. A Igreja sofreu muito, pois vários papas vinham de famílias nobres, por isso sofriam a influência nefasta de duques e condes. Ou eram, então, a favor ou contra esses nobres. Neste caso, eram perseguidos e mortos. A Igreja não pereceu, porque é sustentada pela mão de Deus “E sobre esta pedra edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, disse Jesus a Pedro.

Em contrapartida, nesse Século das Trevas, coisas boas foram feitas, como a fundação do Mosteiro de Cluny, em 908, que se tornou grande centro de espiritualidade. De 945 a 986, a cristandade progrediu na Dinamarca, na Suécia e na Noruega, onde foram criadas algumas dioceses. Os povos da Europa continuaram a ser evangelizados. Mas a nobreza romana alimentava em seu seio disputas e intromissões indevidas na vida a Igreja. O conde Tofilato, sua esposa Teodora, e suas duas filhas Marózia e Tedodora, que-riam mandar na Igreja. Depois foi o duque Crescêncio e seus descendentes, sem falar em Otão I e sua família. Por ser Imperador, Otão se achava no direito de se intrometer na administração da Igreja e de interferir na esco-lha dos papas. Vários deles, nessa época, foram assassinados a mando de políticos, muitas vezes às escondidas, como Leão V (903), morto na prisão por envenenamento; Estevão VII (931), também morreu no cárcere; João XI (935) morreu assassinado como sua mãe; João XII (964), foi julgado, condenado e deposto pela política; Bento VI (974) morreu estrangulado no Castelo de Santo Ângelo, por imposição de Bonifácio Franco; e João XIV (984) morreu abandonado no cárcere, talvez de fome e doente, igualmente por determinação de Bonifácio Franco, um antipapa assassino. Tudo isso não deve escandalizar ninguém, muito menos a nós, católicos. Essa página da História da Igreja não dá para esquecê-la, rasgá-la ou deletá-la, mas, isto sim, deve servir de estímulo a aumentar nossa fé, alicerçados na Palavra de Cristo: “E as forças do Inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt. 16,16). (CA/Pesquisa).

TIRADAS INFAMES

1. Para que serve o óculos verde?R -Para verde perto.

2. Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem?R - Porque se a Fanta quebrar, a Coca-Cola!

3. Como se fala top-less em chinês?R - Xem-chu-tian.

4. Você sabe qual a diferença entre a lagoa e a padaria?R - Na lagoa há sapinho, e na padaria assa pão.

5. Você conhece a piada do fotógrafo?R - Ainda não foi revelada.

6. O gago aborda um transeun-te na rua:- O se... senhor sa... sa... sabe, on... on... de fi... fi... ca a esco... cola de ga... ga... gagos?- Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem...

7. A tia vira-se para a Mariazi-nha e pergunta:- O que você vai fazer quando for grandona como a titia?- Um regime!

8. O mendigo chega para uma senhora e pede uma esmola.- Em vez de ficar pedindo es-molas, por que não vai traba-lhar?- Dona, eu estou pedindo esmo-la e não conselhos!

9. Estava O Cebolinha almo-çando com a Mônica quando ela perguntou:- Cebolinha, você gosta de acelga?E ele respondeu:- Gosto da acelga, da sulda e da muda... (Da internet)

1o a 15 de agosto de 2011IGREJA &CCOMUNIDADE 10

Solidário Litúrgico

31 de julho - 18o Domingo do Tempo ComumCor: verde

7 de agosto - 19o Domingo do Tempo ComumCor:verde

identidade da catequese

Elementos característicos da Catequese

1. A comunidade cristã é o sujeito, o am-biente e a meta da catequese. Família, catequese e paróquia assumem, em comunhão, a responsa-bilidade por criar o ambiente, onde a fé de cada um possa crescer com o testemunho dos outros, esclarecer-se com a ajuda dos demais, celebrar-se em comum e manifestar-se a todos. Ninguém cresce sozinho e pelas suas mãos, como nin-guém cresce na fé, sem a fé dos outros e sem a graça de Deus. É no testemunho vivido da fé que a catequese encontra a sua base de apoio!

2. A vida “em grupo” e entre os grupos de catequese, no seio da comunidade, é já uma experiência do ser e do viver em “Igreja”. O ambiente de participação ativa e de responsa-bilidade comum, por parte de todos, quer nas celebrações, quer no compromisso efetivo, nas várias obras, iniciativas e atividades da paróquia, facilitarão a consciência de sermos “discípulos” de Jesus, numa “Igreja”, chamada a ser comunidade e família de irmãos!

3. Entre os vários modos e momentos de evangelização, a catequese ocupa um lugar de destaque. Ela se preocupa por anunciar a Boa Nova àqueles que, de algum modo, já foram, ao menos, alguma vez sensibilizados, seduzidos, ou tocados pela beleza da pessoa de Cristo. Espera-se que, de um modo organizado, esse primeiro anúncio seja, a seu tempo e com largo tempo, esclarecido de boa mente, acolhido no coração, e que dê frutos de vida nova. E que essa vida nova seja expressa, partilhada e fortalecida no encon-tro fiel da comunidade com Cristo ressuscitado, na celebração dos sacramentos, particularmente da Eucaristia e da Reconciliação.

4. Na verdade, a vida cristã é um fato comu-nitário! E se alguém, por hipotética ocupação, não pudesse dispensar mais que uma hora por semana, para “estar com o Senhor”, deveria reservar esse tempo para a participação na Eucaristia dominical, que é verdadeiramente o ponto de chegada, o ponto de encontro e o ponto de partida da vida e da missão da Igreja. A “catequese” não é “um à parte”, uma “hora” para a educação religiosa ou cívica, como se fizesse algum sentido preocupar-se por não faltar a um encontro de catequese e faltar, sem qualquer justificação, à celebração da Eucaristia e aos compromissos com a vida da comunidade.

5. A catequese não é uma “aula” de religião ou de moral, nem se dirige somente à capacida-de de aprender e de saber bonitas coisas acerca de Deus, acerca dos sete sacramentos, dos dez mandamentos, da Igreja, da vida eterna. A ca-tequese propõe uma pessoa e não uma teoria: “Jesus Cristo é o Evangelho, a Boa Nova de Deus”. Nesse sentido, a catequese é evangeli-zadora, se levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus. Sem essa adesão vital, de coração, à pessoa de Jesus Cris-to, qualquer “Moral” se tornará um peso, em vez de se oferecer como um caminho de libertação. (Publicado pelo blog de catequese de Portugal)

Catequese

1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 56,1.6-7

Salmo: 66(67), 2-3.5.6 e 8 (R/.4)2a leitura: Carta de São Paulo

aos Romanos (Rm) 11,13-15.29-32Evangelho: Mateus (Mt) 15,21-

28Comentário: Os homens criam

leis e, depois, se escravizam a elas. Este pensamento atravessa o texto de Mateus deste domingo. As pri-meiras comunidades cristãs também viviam tensões provenientes das diferentes tendências teológicas e pastorais. Uma delas se referia à questão da integração de judeus e pagãos nas comunidades cristãs, em pé da igualdade.

É esta tensão interna que está subjacente à história relatada pelo texto de hoje. Jesus é confrontado por uma mulher desesperada por causa da doença da sua filha. Numa sociedade machista, aquela mulher, sozinha, pagã, era “impura” e, por isso, desprezível e sem direitos. No diálogo da mulher com Jesus, ela expõe submissão, marginalização, sofrimento profundo, desespero pela doença da filha. E não tem vergonha nem receio em “desafiar” Jesus, que parecia não querer atendê-la: os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos (15,27). Diante de tamanha fé, fé humilde e confiante, Jesus diz a pa-lavra que ela queria ouvir: Mulher, grande é a tua fé; seja feito como tu queres (15,28).

Na fé daquela mulher cananeia aparece, mais uma vez, a verdadeira dimensão da missão de Jesus: ele veio para ser uma Boa Notícia de libertação e vida para todos, sem dis-tinção nem discriminação por causa de leis e normas que escravizam e matam. Que Deus nos ajude para ouvirmos a sua voz, falando-nos no dia-a-dia das nossas vidas e nos dê coragem para mudar as nossas estruturas mentais, tantas vezes con-dicionadas por preconceitos raciais, de gênero ou de religião.

1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 55,1-3Salmo: 144(145), 8-9.16-16.17-18 (R/. cf 16) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 8,35,37-39Evangelho: Mateus (Mt) 14,13-21NB.: Para a compreensão dos comentários litúrgicos leia, antes, os respec-

tivos textos bíblicos.Comentário: A passagem do Evangelho de Mateus deste domingo vem logo

após a história da morte de João Batista, ligada à festa de aniversário de Herodes Antipas, quer dizer: Mateus contrasta o “Banquete da Morte” de Herodes com “O Banquete da Vida”, protagonizado por Jesus!

O texto nos traz uma grande lição de solidariedade humana. Ao não aceitar despedir a multidão com fome, Jesus foi muito claro: Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer (14,16). Mateus nos lembra o compromisso social do seguidor de Cristo, baseado na partilha dos bens necessários para a vida. É claro que diante do enorme sofrimento da maioria da população do mundo, também podemos sentir-nos tão impotentes como os discípulos no Evangelho de hoje: Só temos aqui cinco pães e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente!? (14,17). Jesus ensina que a atitude menos digna é a de lavar as mãos, de omitir-nos diante das necessidades reais e urgentes das pessoas. Para ir construindo um mundo de justiça e fraternidade, precisamos chegar a uma visão cristã da sociedade, que exige que façamos a nossa parte, tudo o que podemos, e, portanto, devemos fazer.

Há dois mil anos, Jesus olhou a multidão, teve compaixão dela e agiu. Ele olha hoje a situação de tantos irmãos e irmãs e pede que os seus seguidores façam algo para mudar a situação. Paira sobre nós cristãos o desafio do texto de hoje: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Na prática, isso significa que não podemos compactuar com uma sociedade organizada conforme os princípios de Herodes e seu banquete de morte, mas lutar para a construção de uma sociedade em favor da vida. Talvez o que cada um de nós tem, é pouco para ajudar a tantos; contudo, nosso pouco, multiplicado por muitos, por milhares, por milhões vai realizando o sonho de um mundo justo, fraterno, solidário (inspirado em texto do P. Bantu Mendonça K. Sayla).

1a leitura: 1o Livro dos Reis (1Rs) 19,9a.11-13aSalmo: 84(85), 9ab-10.11-12.13-14 (R/.8) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 9,1-5Evangelho: Mateus (Mt) 14,22-23Comentário: O medo e a insegurança estão entre as principais preocupações

do nosso povo, especialmente nas cidades. É o medo da violência, do desempre-go, da pobreza, da solidão, da velhice, da morte. O medo toma conta também de boa parte de nossas instituições: medo das autoridades de tomar as medidas necessárias para justas reformas, como a reforma agrária, política e econômica; o medo de líderes religiosos diante dos desafios do mundo da pós-modernidade, pluralista e globalizada, levando até à paralisia e ao fechamento.

No tempo de Jesus, os discípulos também sentiam medo: medo das autori-dades judaicas, medo dos invasores romanos, medo dos fariseus, dos saduceus e até povo judeu fanatizado pela ideologia religiosa. É neste contexto que se entende o texto de Mateus. Não admira que os discípulos, vendo Jesus cami-nhando sobre as águas e vindo ao seu encontro, acharem que ser um fantasma e ficarem apavorados. Diante do medo dos discípulos, Jesus é diz a palavra que eles precisavam ouvir: Coragem! Não tenham medo! Sou eu! (14,27). Jesus não é um fantasma, mas uma presença real, fortalecedora e libertadora no meio da comunidade, especialmente na hora das dificuldades e perseguições. A fé em Deus não tira os nossos sofrimentos e dificuldades, como querem tantos hoje, mas nos dá as forças necessárias para vencê-los. Deus não é um analgésico para as dores e dificuldades da vida, mas uma presença amorosa que nos anima, fortalece e nos estimula, como a Pedro, a acreditar que Jesus não o deixará perecer. Diante de tantos medos reais com os quais nos defrontamos, nossa vocação cristã deve testemunhar pela vida a palavra de Paulo: Se Deus está conosco, quem estará contra nós? (Rm 8, 31) (cf Hughes, Tomas).

14 de agosto - 20o Domingo do Tempo

ComumCor: verde

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1o a 15 de agosto de 2011 ESPAÇO DAARQUIDIOCESECoordenação: Pe. César Leandro Padilha

11Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das

paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199. Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

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de boa vontade.A Direção

Arquidiocese promove formação

de secretáriosNo dia 4 de julho, no Centro de Pastoral Arquidiocesano, reuniram-se

as secretárias, na maioria mulheres, mas alguns homens exercem essas função. O grupo atua nas paróquias do Vicariato de Porto Alegre.

O encontro visa dar suporte ao grupo no uso do sistema PASTORAL, que faz a atualização das ações realizadas em cada comunidade, centra-lizando esses dados na Cúria Metropolitana.

Durante a manhã, os trabalhos foram conduzidos pela equipe da Cúria, com o Pe. Inácio Ledur, o casal missionário que coordena o trabalho na sede da Igreja Arquidiocesana, Ailton e Sirlene Moreira, e ainda contando com a assessoria da advogada Patrícia Menti, que mostraram a parte fun-cional do sistema, numa formação contínua, já que o programa é utilizado nas paróquias há bastante tempo.

Numa formação mais reflexiva, o Pe. Francisco Ledur conduziu os trabalhos na parte da tarde, chamando-as para compartilhar suas experi-ências e vivências.

O Pe. Cesar Leandro Padilha, junto com parte da equipe apresentou a PASCOM, seu papel e ação na Arquidiocese, convocando a todos a com-partilhar no site da Arquidiocese os eventos e notícias das comunidades, bem como os horários de missas das comunidades aumentando assim o trânsito de informações, aquilo que acontece nas comunidades e precisa ser compartilhado com todos os irmãos.

O dia teve seu auge quando o arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, presidindo a celebração Eucarística, encerrou o dia.

Jubileu de Prata do Santuário de SchoenstattNem a chuva impediu os devotos de Nossa

Senhora de Schoenstatt de comemorar o Jubileu de Prata do Santuário de Schoenstatt Tabor Maria Cor Ecclesiae, localizado no bairro Assunção, zona sul de Porto Alegre, na tarde do domingo dia 17 de julho.

Os 25 anos foram marcados por uma belíssi-ma celebração presidida pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, e concelebrada por muitos padres simpáticos ao movimento mariano. Várias caravanas vieram de outras cidades do es-tado para participar desse momento. Na ocasião, Dom Dadeus descerrou uma placa que marca o jubileu de prata do santuário de Porto Alegre, o terceiro do Rio Grande do Sul.

Colaboração: Karla Caroline Nery de Souza, jornalista

Movimento de Cursilhos

Aproximadamente cem pessoas participaram do encontro de formação do Movimento de Cur-silhos que aconteceu no sábado, dia 9 de julho, na Paróquia Santa Tere-sinha do Menino Jesus. Este encontro contou com participantes de diversas comunidades e municípios da Arquidiocese e teve como objetivo capacitar pessoas para atuarem nos encontros dos Cursilhos que acontecerão de 19 a 21 de agosto (Cursilho de ho-mens) e de 2 a 4 de setem-bro (Cursilho de mulheres) no Centro de Pastoral aqui em Porto Alegre.

Faleceu o Irmão lassalista Alfredo Werlang

O Irmão Alfredo Werlang, las-salista, faleceu no dia 14 de julho. Seu corpo foi velado em Canoas, no Cemitério São Vicente, mesmo local do o sepultamento.

Irmão Alfredo tinha 98 anos, nasceu em 1912, e atualmente residia em Porto Alegre na Casa Nossa Senhora da Estrela, comu-nidade lassalista que cuida irmãos idosos e enfermos. Durante muitos anos, Ir. Alfredo colaborou com a Arquidiocese trabalhando na admi-nistração da Cúria Metropolitana. A Arquidiocese de Porto Alegre solidariza-se em orações com os Irmãos Lassalistas.

Eleito novo coordenador de Pastoral do Vicariato de Guaíba

No dia 7 de julho, na Paróquia Nossa Senhora do Livramento, ocorreu a reunião do Clero do Vicariato de Guaíba (foto acima), na qual foi eleito o novo coordenador de Pastoral do Vicariato, Pe. Bonifácio Zimmer, que assumirá em setembro o cargo exercido pelo Pe. Elemar Griebeler há quatro anos.

Curso de Secretários

Paroquiais no Vicariato de

GuaíbaNo dia 12 de julho

aconteceu, no Vicaria-to de Guaíba, o Curso de Secretárias(os) Paroquiais referente ao Sistema Pasto-ral cuja explanação foi feita pela Célia, representante da Maistre Informática .

A Maistre Informática presta serviços à Igreja na área administrativa com o objetivo de facilitar a admi-nistração e a área Pastoral.

Porto Alegre, 1o a 15 de agosto de 2011

cArdápio diferentePe. Roque Schneider SJ.

Assistente Eclesiástico do Apostolado da Oração

Semana passada, depois de uma celebração eucarís-tica, os líderes da paróquia proporcionaram um animado jantar a todos os participantes da Liturgia. Na parede do salão paroquial, em letras bem grandes, lia-se o cardápio festivo: Sopa de entusiasmo Arroz de ternura Feijão de perseverança Galeto da doação e da amizade Salada da paciência Pimenta do Reino de Deus Maionese da cordialidadeBebidas: Chope da alegria e guaraná da afeição Cafezinho da esperançaSobremesa Pudim da partilha, da entreajuda Creme do perdão generosoN.B: O tempero do carinho e da jovialidade fará a

refeição mais saborosa e comunitária. Bom proveito... e fé em Deus.

Nada mal, se este cardápio original e bem inspirado fosse servido com maior assiduidade nas mesas da vida, em família, nas comunidades. Cardápio bom, de sabor psicológico-espiritual, que o próprio Cristo, por certo, assinaria sorrindo e agradecendo.

Ele insistiu tanto, em seus recados diversos, sobre o valor e a importância do amor e do perdão. A paz no mundo, a compreensão e a harmonia em nossos lares, dependem muito da boa vontade, do sorriso, da paciên-cia, do convívio arejado e fraterno de cada um de nós.

Viver é repartir, partilhar. Só o amor e a solidariedade constroem para a eternidade.

O testemunho de uma cura milagrosa

Quinta Romaria Padre Reus

“Hoje, estou aqui para agradecer e dar também o meu testemunho de que, há 28 anos, vivo em ação de graças por intermédio do Pe. João Batista Reus. Chegaram a preparar um caixão e uma viatura para transladar o meu corpo para a Diocese de Apucarana, Paraná, no ano de 1983”.

Começou assim o depoimento do Pe. Pedro Odair Machado (foto menor) que comoveu os milhares de participantes da Quinta Romaria Padre Reus, em julho último. O religioso contou que ficou durante 50 dias em

estado de coma, decorrente de meningococoencefalite. Eis os principais trechos de seu testemunho:

“Próximo à Festa de Corpus Christi do ano 1983, eu estava no 1º. Ano de Teologia, na PUC de Porto Alegre, comecei a me sentir mal e não se descobria o que era. Como o meu estado se agravava ainda mais, fui trazido às pressas para o Hospital Regina de Novo Hamburgo. E, naquela noite mesmo, caí em estado de coma. Não havia mais chances de sobrevivência. Meus pais foram trazidos

imediatamente para que me vissem antes de morrer. Era questão de dias ou de momentos. Tudo estava preparado: caixão, viatura para levar o corpo para Apucarana....O nosso vigário capitular, Pe. Luiz Soares Vieira, hoje arcebispo de Manaus, veio me visitar. Conversou com dr. Lutero e outros e realmente percebeu que não havia mais esperança. Do Hospital Regina, ele veio até o Túmulo do Pe. Reus, neste santuário, e fez o seu pedido e prometeu que, se eu ficasse bom, ele me traria aqui para agradecer...retor-nou ao Paraná e recebeu ligação daqui (Novo Hamburgo) e já imaginou o pior. Mas não! Estavam ligando para avisá-lo que eu estava são e salvo... Pe. João Batista Reus, muito obrigado pela sua intercessão! Que eu o tenha como modelo em meu ministério....”

Superpopulação ameaça a terra

Somos sete bilhões de habitantes. Um bilhão passa fome, não por falta de alimento, mas pela má distribuição de renda: sobrevivem com menos de um real por dia, no nosso dinheiro. Nos últimos 20 anos, o Planeta ganhou mais um bilhão de moradores. Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Indonésia são os países que mais aumen-taram. Os dados são do Fundo de População das Nações Unidas. A continuar assim, em 2050 poderemos ser 9,3 bilhões de habitantes.

Bodas de Ouro

Casaram em 8 de julho de 1961, em S. Leopoldo. O dia foi escolhido por coin-cidir com o aniversário de Sidola, a Tia

Dolly, esposa de Adelhardt Mueller, que com-pletou também 80 anos no dia de suas bodas de ouro. As datas foram comemoradas com celebra-ção eucarística no Santuário Coração de Jesus, seguida de confraternização familiar na presença das filhas Rosana, Mariana e Adriana e das netas, genro, familiares e amigos. Adelhardt e Sidola atuam há 30 anos como ministros da eucaristia e há 40 anos nos serviços de liturgia.

O Jornal Solidário, de quem o casal é as-sinante, amigo e colaborador de primeira hora, se associa à comemoração, desejando alegria, saúde, paz e muitos anos de vida, com as melho-res bênçãos de Deus.

Foto: arquivo pessoal

Adelhardt e Sidola