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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A EFICÁCIA DA CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO QUANTO AS SUAS RESPONSABILIDADES Vinicius Henrique Pereira Niro CIANORTE PARANÁ JULHO 2014

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  • TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    A EFICCIA DA CIPA COMISSO INTERNA

    DE PREVENO DE ACIDENTES DE TRABALHO QUANTO AS SUAS

    RESPONSABILIDADES

    Vinicius Henrique Pereira Niro

    CIANORTE PARAN JULHO 2014

  • ii

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    A EFICCIA DA CIPA COMISSO INTERNA

    DE PREVENO DE ACIDENTES DE TRABALHO QUANTO AS SUAS

    RESPONSABILIDADES

    Vinicius Henrique Pereira Niro

    Trabalho de Concluso de Curso - TCC,

    apresentado para concluso do curso

    Tcnico em Segurana do Trabalho, do

    SENAI de Cianorte Paran.

    Orientador: Meuquizedeque Teixeira

    Gonalves

    CIANORTE PARAN JULHO 2014

  • iii

    AGRADECIMENTOS

    Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter

    me dado a oportunidade de estar concluindo este curso,

    principalmente o presente trabalho. Aos meus familiares que ao

    longo de toda minha jornada me acompanharam e me

    apoiaram em minha vida estudantil. Agradeo tambm ao Sr.

    Meuquizedeque Teixeira, que me orientou em toda a

    elaborao deste trabalho, seja em meus erros ou acertos. No

    esqueo de agradecer todos meus companheiros de classe,

    que nesta jornada estiveram junto comigo. Um agradecimento

    especial a Usina que abriu suas portas para a realizao deste

    trabalho, e a todos os funcionrios que me trataram muito bem.

  • iv

    SUMRIO

    1. INTRODUO .................................................................................................................................5

    2. SITUAO PROBLEMA .................................................................................................................7

    3. OBJETIVOS .....................................................................................................................................7

    3.1. GERAIS ....................................................................................................................................8

    3.2. ESPECFICOS .........................................................................................................................8

    4. JUSTIFICATIVA ...............................................................................................................................9

    5. METODOLOGIA ........................................................................................................................... 10

    6. RESULTADOS .............................................................................................................................. 13

    7. REVISO BIBLIOGRFICA ......................................................................................................... 19

    8. CONCLUSO ............................................................................................................................... 22

    9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................. 23

    ANEXOS ............................................................................................................................................... 24

  • 5

    1. INTRODUO

    Desde os primrdios existe o trabalho, os povos paleolticos, por exemplo, sempre

    trabalhavam para construir seus instrumentos de caa, pesca e utenslios dos mais diversos possveis

    para o bem de todos, e para isso j havia a necessidade de trabalho em equipe. Com base nisto tem-

    se a ideia do que o trabalho, e esta necessidade no mudou no mundo atual, todos os tipos de

    matrias inorgnicas e algumas vezes orgnicas so originados do trabalho, de qualquer forma que

    seja, e esse trabalho sempre deve ser organizado em etapas, processos e hierarquia, porm no se

    deve deixar de lado as pessoas que o fazem, os trabalhadores.

    Com a evoluo do trabalho, das pessoas e o avano da globalizao, surgiram novas formas

    de trabalho, porm a Segurana do Trabalho se aplica a todas as atividades trabalhistas como forma

    de preveno de acidentes.

    Diante do mundo da Segurana do Trabalho existe um meio chamado popularmente de CIPA,

    ou, tecnicamente Comisso Interna de Preveno de Acidentes, esta comisso obrigatria a sua

    constituio para todas empresas com mais de 20 (vinte) funcionrios, sendo suas especificaes

    regulamentada pela Norma Regulamentadora-NR 5, aprovada juntamente com outras NR, atravs da

    Portaria n 3.214 de 8 de junho de 1978.

    Em seus tpicos a NR-5 define tambm as obrigaes do empregador, dos empregados e

    dos cipeiros (nome dado aos funcionrios pertencentes a comisso), onde os mesmos devem cumpri-

    las.

    O presente estudo est dividido em 9 (nove) captulos, onde os mesmos progressivamente

    esclarecero o tema estudado.

    No segundo apresentada a situao problema, onde est descrita a problemtica a ser

    estudada. Com o avano dos processos produtivos houve um aumento significativo no nmero de

    acidentes, e ao longo do tempo surgiram mecanismos para evitar acidentes atravs da preveno,

    um dos principais meios utilizados para evitar acidentes a CIPA.

    Os objetivos desta pesquisa esto representados no terceiro capitulo, onde so definidos o

    objetivo geral e os especficos, ou seja, comprovar a efetividade da CIPA.

    A justificativa para a elaborao desta pesquisa encontra-se no quarto capitulo. Foi elaborado

    devido ao interesse do pesquisador sobre o tema e tambm pela sua importncia para as empresas,

    professores, profissionais e estudantes da rea de segurana do trabalho.

    No quinto captulo encontra-se a metodologia, ou seja, quais foram os procedimentos

    adotados durante a pesquisa.

    O sexto capitulo, encontra-se os resultados obtidos com a pesquisa e a anlise dos mesmos.

    O stimo capitulo apresenta todos os textos bibliogrficos que serviram de apoio para a

    elaborao da pesquisa e da anlise dos resultados.

  • 6

    O oitavo captulo apresenta a concluso do estudo e a importncia do mesmo para o pesquisador.

    E por ltimo os anexos a este estudo que esto citados ao longo deste trabalho.

  • 7

    2. SITUAO PROBLEMA

    A criao de empresas foi a forma encontrada de organizar o trabalho, e alm de toda a

    questo de produo e lucro, existem preceitos legais aos quais toda e qualquer empresa deve

    obedecer, principalmente o de compromisso com a vida dos trabalhadores. Para isto existem

    mecanismos e programas que possibilitam tais preceitos como:

    TST Tcnico em Segurana do Trabalho;

    SESMT Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do

    Trabalho;

    SIPAT Semana Interna de Preveno de Acidentes de Trabalho;

    CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

    Com certeza a CIPA uma melhor forma de proteger a vida e a sade dos trabalhadores,

    uma vez que a mesma composta pelos prprios trabalhadores, ou seja, eles sabem que risco

    passivo de prejudicar a sade deles, claro que obrigao da empresa tambm treina-los para

    identificar tais riscos.

    Sendo assim, chega-se a seguinte pergunta: a empresa realmente se utiliza de

    mecanismos para promover o melhor funcionamento da CIPA?

  • 8

    3. OBJETIVOS

    3.1. GERAIS

    Comprovar se a CIPA realmente efetiva em uma empresa da regio noroeste do estado do

    Paran e se utiliza de mecanismos para promover o melhor funcionamento da comisso.

    1.2. ESPECFICOS

    - Elaborar um questionrio contendo questes claras e objetivas, para que possam possibilitar

    o levantamento de dados para a elaborao de grficos quantitativos;

    - Analisar normas vigentes relacionadas ao tema proposto;

    - Entrevistar informalmente alguns trabalhadores da usina a ser visitada;

    - Conhecer como o funcionamento da CIPA da empresa a ser visitada;

    - Reviso bibliogrfica;

    - Pesquisas bibliogrficas;

    - Entrevistar Tcnicos em Segurana do Trabalho-TST;

  • 9

    4. JUSTIFICATIVA

    Justifica-se a importncia do presente trabalho em avaliar a eficcia da comisso, focado nas

    responsabilidades perante a lei e aos prprios funcionrios da organizao, pois a CIPA tem um

    papel muito importante nas organizaes.

    O estudo contribuir para uma melhor compreenso de como a situao atual de uma

    empresa do noroeste do estado do Paran, em relao a CIPA, desmembrado entre suas

    representaes.

    A ideia de desenvolver o presente estudo surgiu a partir do apego do pesquisador em relao

    ao contedo desenvolvido e por estar cursando Segurana do Trabalho no SENAI.

    De modo pratico espera-se que o estudo possa proporcionar maiores conhecimentos na rea

    de segurana do trabalho e especificamente na implementao e funcionamento da CIPA que ser

    realizado atravs de levantamentos de dados por meios de questionrios e entrevistas.

  • 10

    5. METODOLOGIA

    Sero realizadas pesquisas bibliogrficas e tambm pesquisas quantitativas em campo (cho

    de fbrica) objetivando obter dados estatsticos para melhor comprovar a tese proposta. Ser

    aplicado um questionrio para os cipeiros e um para os demais colaboradores, seguindo-se a ordem

    de procedimentos abaixo:

    I. Elaborar questionrio objetivo, contendo perguntas aleatrias sobre a Eficcia da

    Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA.

    II. Definir o nmero de funcionrios a ser questionados tendo como base o nmero total

    de funcionrios da empresa e sua disponibilidade.

    III. Analisar os dados levantados nos questionrios;

    IV. Elaborar grficos contendo as informaes obtidas;

    V. Comprovar real efetividade do funcionamento da CIPA atravs dos resultados

    obtidos.

    Ser realizado tambm entrevistas com TST, visando obter suas opinies.

    Segue anexo os modelos de questionrios utilizados:

  • 11

  • 12

  • 13

    6. RESULTADOS

    Diante da importncia do tema em estudo, buscou-se informaes de profissionais da rea de

    segurana que j trabalharam em empresas como TST, e que participaram do processo de

    implantao e processo de eleio da CIPA e acompanharam o funcionamento de vrias gestes.

    Em entrevista realizada no dia 05 de Maio de 2014 com dois Tcnicos em Segurana do

    Trabalho TST, ambos professores do SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial,

    unidade Cianorte-Paran, obteve-se suas opinies sobre o tema:

    O Sr. Cristiano Ortega relata que as empresas de grande porte, realmente apoiam a CIPA em

    suas atribuies, principalmente em relao aos problemas sugeridos pelos cipeiros nas reunies

    ordinrias, por outro lado, relata que os cipeiros em seu ponto de vista no colaboram efetivamente

    nas aes organizadas pela comisso, diz ainda que a maior parte destas aes inclusive o

    preenchimento da ata de reunio, muitas vezes so feitas pelo prprio TST, ou outro membro do

    SESMT.

    J o Sr. Alessandro Reis relata que considerando-se a nossa regio (noroeste do estado do

    Paran), onde que por meio de seu prprio conhecimento, de colegas de profisso e outras pessoas

    da rea de segurana, o mesmo acredita que as empresas deixam a desejar em relao ao apoio a

    comisso, pois as mesmas, em sua grande maioria somente elaboram a CIPA porque uma

    obrigao legal. Sobre a participao ou no dos cipeiros nas atividades da comisso, diz que os

    mesmos cumprem com suas obrigaes dentro da CIPA, porm ressalta que esta questo depende

    muito da empresa e tambm dos treinamentos que so ministrados aos cipeiros antes de sua posse.

    Outro ponto referido sobre as fiscalizaes, que segundo ele, insuficiente. Continuando, o mesmo

    fez uma comparao da regio noroeste do estado do Paran com a regio metropolitana de So

    Paulo, onde os empregadores so mais preocupados com a segurana do trabalho devido a

    fiscalizao mais ativa.

    Com a entrevista pode-se observar que segundo os mesmos, as empresas importam-se mais

    com os riscos apresentados pelos cipeiros do que para a implementao da comisso, essa atitude

    deve-se principalmente por ser obrigatria a constituio da CIPA, porm com insuficincia de

    fiscalizao, importante ressaltar tambm que a eficcia de uma CIPA depende muito da escolha

    do Presidente por parte do empregador, pois o mesmo quem deve comandar a comisso.

    Com a pesquisa realizada com 27 (vinte e sete) entrevistados, sendo 7 (sete) membros da

    CIPA e 20 outros trabalhadores no pertencentes a comisso pode-se chegar a muitas concluses

    sobre o tema estudado, o resultado da pesquisa est dividido entre membros da CIPA e no

    membros, respectivamente.

    A primeira questo aos membros da CIPA foi se os mesmos gostam de ser cipeiro (grfico 1,

    anexo), onde dos 7 (sete) apenas 1(um) assinalou que no gosta. Esse mesmo cipeiro j participou

    de outras 3 (trs) gestes da CIPA e conta com mais de 6 (seis) anos na empresa, porm, houve

    controvrsia, pois, quando questionado se considera-se um bom cipeiro, respondeu que sim.

  • 14

    Pode-se observar tambm que, todos os entrevistados se consideram bom cipeiro, porm a

    maior parte deles (5) j faltaram em alguma reunio da CIPA sem informar a empresa (grfico 2).

    Observando-se que cinco membros j faltaram na reunio da CIPA sem informar a empresa,

    conclui-se que os mesmos deixaram de cumprir com suas responsabilidades ao no informar o

    SESMT sua falta. Quando se estava aplicando o questionrio ouviu-se relatos que os motivos da falta

    foram por esquecimento e at mesmo por falta de informao.

    Todos assinalaram que sabem suas atribuies e que liberado para participar das reunies

    da CIPA (grfico 3, anexo), ou seja no h justificativa para acusar a empresa por falta de

    treinamento (grfico anexo).

    Chega-se concluso de que, apesar de todos os membros gostarem e se considerarem

    bons cipeiros, em algum momento deixaram a desejar, pois a maioria j faltou em uma ou mais

    reunies da CIPA, e que a empresa realizou o treinamento adequado para os membros da CIPA

    conforme informaes prestadas pelo responsvel da rea de segurana.

    Das entrevistas sobre a contribuio dos cipeiros nas reunies da CIPA, houve um resultado

    muito significativo. Todos responderam que contribuem com informaes importantes nas reunies,

    como exemplo: 4 (quatro) responderam que j relatou alguma situao de risco ao SESMT para a

    paralizao de uma mquina ou atividade (grfico 4, anexo). Os demais (3) estavam em sua primeira

    gesto da CIPA, a pouco mais de 5 (cinco) meses.

    Pode-se observar que o sistema de gesto da CIPA funciona bem, pois, durante a aplicao

    dos questionrios, o acompanhante do entrevistador, Engenheiro de Segurana, Sr. Fernando,

    relatou que h critrio da gesto da segurana em que haja representantes de todos os setores da

    empresa.

    Sobre o mapa de riscos, que uma das atribuies da CIPA em colaborar com o SESMT em

    sua elaborao obteve-se um resultado muito interessante, observa-se o grfico a seguir (grfico 5).

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    Voc gosta de ser cipeiro?

    Voc j faltou a alguma reunio da CIPA seminformar a empresa?

    Voc se considera um bom cipeiro?

    Grfico 2

    NO RESPONDERAM NO SIM

  • 15

    Este resultado muito animador, pois, muitos profissionais da rea de segurana do trabalho

    relatam que muitas vezes o SESMT elabora o mapa de risco sem colaborao dos cipeiros.

    O membro que respondeu que no participou na elaborao do mapa de risco, est no grupo

    de trabalhadores de 01 (um) a 5 (cinco) anos na empresa e, esta sua primeira gesto, apesar de

    no ter sido possvel obter a informao de quando foi feito o ultimo mapa de riscos ou a reviso do

    mesmo, possvel que este membro, no tenha participado da reunio que se tratou da reviso do

    mapa de riscos, com uma ressalva de que o membro com menor tempo de empresa.

    Finalmente chega-se a realizao da SIPAT, que conforme a NR-5 atribuio da CIPA

    elabora-la.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8

    Voc colaborou na elaborao da ltimaSIPAT?

    O empregador fornece os meios necessriospara o funcionamento da CIPA?

    Grfico 6

    NO SIM

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    SIM NO

    Grfico 5

  • 16

    Analisando-se o grfico observa-se que o empregador fornece os meios necessrios para a

    CIPA e tambm para a SIPAT. Portanto, sobre a contribuio dos membros para a realizao da

    ltima SIPAT chegou-se ao resultado que 3 (trs) membros no colaboraram na elaborao da

    mesma e tambm observou-se que os 4 (quatro) membros que colaboraram so novos na CIPA. Os

    outros 3 (trs) j contam com mais de 2 (duas) gestes, sendo assim, conclui-se que os membros

    novos esto mais comprometidos com suas responsabilidades dentro da CIPA.

    Ainda sobre a SIPAT, os entrevistados no pertencentes a comisso, quando entrevistados

    se os treinamentos recebidos no evento para promover a Sade e Segurana do Trabalho SST so

    eficazes, todos responderam que sim e, se o desempenho dos membros da CIPA eficaz, apenas

    um respondeu que no (grfico 7, anexo), e este trabalha a mais de 1 (um) ano na empresa com

    idade entre 18 e 29 anos.

    Durante a aplicao dos questionrios dentro do ambiente industrial, observou-se que a placa

    de indicao de dias sem acidentes (elaborada pela CIPA) estava com 362 dias sem acidentes, tima

    situao.

    Outra observao importante de que a maior parte dos membros pertencentes a CIPA de

    idade de 30 a 49 anos, que teoricamente so mais experientes na atividade consequentemente

    apresentam um perfil de maior responsabilidade. E dos sete entrevistados apenas 2 (dois) tem mais 6

    (seis) anos na empresa.

    Aplicou-se tambm um questionrio sobre a CIPA com o objetivo de estudar o conhecimento

    e a repercusso da mesma aos trabalhadores no cipeiros. Sendo assim apresenta-se os resultados

    obtidos com a sua aplicao.

    A primeira questo foi se os mesmos sabem o que faz a CIPA dentro da empresa, 100%

    responderam que sim (grfico 8, anexo), porm durante a aplicao observou-se que a maior parte

    das respostas eram relacionadas somente a prevenir acidentes, uma vez que a CIPA tem como

    objetivo alm de prevenir acidentes, promover um ambiente mais seguro e agradvel.

    A maior parte dos entrevistados (90%) obedece as recomendaes dos TST e dos cipeiros

    (grfico 9), porm um entrevistado respondeu que no, observou-se que este, tambm, at o

    momento no havia recebido recomendaes de cipeiros ou TST.

    0 5 10 15 20

    Voc j conversou com algum TST sobre aCIPA?

    Voc j recebeu recomendao de algumcipeiro?

    Voc obedece as recomendae dos TST edos cipeiros?

    Grfico 9

    NO SIM

  • 17

    Oportunidade de melhoria: o entrevistado acima que respondeu no, est a menos de 1

    (um) ano na empresa, a constatao deste fato um alerta aos membros da CIPA para realizar um

    estudo para um acompanhamento nas questes de segurana de funcionrios com menos de um ano

    de casa.

    Observou-se tambm que 75% dos entrevistados j receberam recomendaes de algum

    cipeiro, um timo resultado, provando-se assim que os cipeiros esto cumprindo com sua obrigao

    de orientar os trabalhadores.

    O grfico (grfico 10) abaixo indica que 70% dos entrevistados j indicaram alguma situao

    de risco a CIPA.

    Os 30% restante contam com pouco tempo de empresa, podendo ser uma justificativa para a

    falta.

    Em relao a eleio da CIPA, especialmente a votao, 75% dos no cipeiros votaram na

    ltima eleio (grfico 11), 4 dos que no votaram no possvel saber o motivo, porm um deles

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    SIM NO

    Grfico 10

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    SIM NO

    Grfico 11

  • 18

    justificou que no compareceu no dia previsto para a votao.

    Observou-se que conforme o dito pelo Sr. Fernando h sim um rodizio de membros na CIPA,

    pois dos 20 entrevistados 9 j participaram de alguma reunio (grfico 12).

    Com a anlise do grfico acima pode-se observar que dos 70% que nunca participaram da

    comisso, 3 (trs) trabalhadores j participaram de alguma reunio, podendo ser por necessidade

    sua presena devido a reunio se tratar de seu setor especificamente ou por algum incidente.

    0 2 4 6 8 10 12 14 16

    Voc j participou alguma vez da CIPA?

    Voc j participou de alguma reunio daCIPA?

    Grfico 12

    NO SIM

  • 19

    7. REVISO BIBLIOGRFICA

    A CIPA, que segundo Neto (2013) [...] surgiu apartir da Revoluo Industrial, na segunda

    metade do sculo XVIII devido a chegada de maquinas nas empresas e o aumento do nmero de

    leses pag. 41[...]. No ano de 1921 um comit de estudos sobre medicina e segurana do trabalho

    definiu medidas no obrigatrias e dentre elas uma comisso que posteriormente daria origem a

    CIPA.

    Neto (2013):

    A CIPA iniciou no Brasil a partir das empresas estrangeiras que prestavam

    servio no Brasil como as de gerao e destribuio de energia eltrica Ltght and

    Power, em So Paulo e no Rio, ento adotando o mesmo modelo, comeava a CIPA

    no Brasil. pag. 42

    A CIPA foi regulamentada no Brasil, durante o governo de Getlio Vargas, atravs do

    Decreto-lei n 7.036, de 10 de novembro de 1944, porm tornou-se obrigatria somente a partir de

    1953 atravs da Portaria n 155, que obriga empresas com mais de 100 funcionrios a constitui-la.

    A Norma Regulamentadora 5 Comisso Interna de preveno de Acidentes de Trabalho, a

    qual define o dimensionamento da CIPA, foi aprovada em 1978 pela Portaria 3.214 de 8 de junho

    (BRASIL, 1978).

    Existem trs tipos/ramificaes de comisses internas de preveno de acidentes de

    trabalho, de acordo com a rea de atuao, sendo:

    CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    CIPATR - Comisso Interna de Preveno de Acidentes no Trabalho Rural

    CIPAMIN - Comisso Interna de Preveno de Acidentes na Minerao

    Seus objetivos o mesmo, o de evitar acidentes e promover a sade e segurana dos

    trabalhadores, porm h algumas diferenas, pois suas aes so voltadas para a rea de atuao e

    necessidades.

    importante ressaltar que o estudo baseou-se na CIPA, ou seja, rea industrial, todos os

    entrevistados que participaram da pesquisa pertencem a indstria, seja cipeiro ou no.

    Em 1999 houve uma alterao importante na NR-5:

    O texto ampliou a garantia de emprego (estabilidade) para os suplentes

    eleitos da CIPA, alterou o dimensionamento. Definiu tambm as atribuies dos

    membros, dos funcionrios, do Presidente, do Vice Presidente e do Secretrio.

    (Neto, 2013, pag. 42)

    Esta alterao definiu claramente todas as atribuies da CIPA, sendo elas:

    Observa-se que o presente estudo est baseado em apenas parte das atribuies da CIPA e

    dos cipeiros, no est mencionado as atribuies que no foram estudadas.

  • 20

    5.16 A CIPA ter por atribuies:

    a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de

    riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com assessoria do

    SESMT, onde houver;

    c) participar da implementao e do controle da qualidade das medidas de

    preveno necessrias, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais

    de trabalho;

    d) realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes e condies de

    trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a

    segurana e sade dos trabalhadores;

    f) divulgar aos trabalhadores informaes relativas segurana e sade no

    trabalho;

    h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao

    de mquina ou setor onde considerar haver risco grave e iminente segurana e

    sade dos trabalhadores;

    j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem

    como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas

    segurana e sade no trabalho;

    o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a

    Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho SIPAT;

    A CIPA como se pode observar regada de tarefas e aes que so indispensveis para qualquer

    empresa e o item 5.17 da NR-5 diz que:

    Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios

    necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a

    realizao das tarefas constantes do plano de trabalho.

    Visto as atribuies da CIPA e do empregador, observa-se que os mesmos devem interagir

    entre si, a comisso depende quase inteiramente do superior, pois o mesmo quem deve ceder

    espao para que possam ser exercidas suas funes, um ponto ressaltado por GABRIEL SAAD de

    que a eficincia de uma CIPA ainda depende, em boa parte, de atitude simptica, ou no, do

    empregador, em face das questes cuja soluo no est ao alcance dos empregados, obviamente

    que no deve-se esquecer que cada parte integrante tem a sua funo especifica.

    5.18 Cabe aos empregados:

    a) participar da eleio de seus representantes

    b) colaborar com a gesto da CIPA;

    c) indicar CIPA, ao SESMT e ao empregador situaes de riscos e

    apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho;

  • 21

    d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto

    preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.

    Obviamente que existem dificuldades para cada membro cumprir seu papel exatamente como

    exige a lei em primeiro mandato, deve-se ter o bom senso de que os mesmos no realizam apenas o

    trabalho de cipeiros, mas tambm suas tarefas normais, a CIPA [...] uma forma de promover um

    ambiente de trabalho mais harmonioso e seguro pag. 77[...], conforme Neto, e para atingir esse

    propsito necessrio que cada parte tenha o carter de lutar pelo interesse de todos, porque uma

    vez que o trabalhador se candidata ou indicado a cipeiro, deve saber que est assumindo um papel

    extremamente importante, pois pode salvar a sua vida e a de seus companheiros, mas claro que o

    empregador tambm ir lucrar com isso, todo o dinheiro investido em segurana de maneira geral,

    retornar com um melhor rendimento de seus colaboradores.

    Todas as atividades de um cipeiro so executadas durante a jornada normal de trabalho, ou

    seja, o mesmo executa suas funes de trabalhador juntamente com as de cipeiro, sendo a

    orientao dos demais funcionrios sobre o uso dos EPI, preveno de acidentes e do cumprimento

    das normas de segurana.

    Dentre suas responsabilidades, a CIPA, especialmente o Secretrio (a) a de realizar a Ata

    de Reunio, com as assinaturas de todos os presentes, e deve ser emitida logo aps a reunio, seja

    ela:

    Ordinria: acontece mensalmente de acordo com o calendrio preestabelecido;

    Extraordinria: realizada quando h situao de risco grave, quando ocorrer acidentes de

    trabalho grave ou fatal (item 5.27, alnea b), ou se for solicitado por um dos representantes.

    Outra atribuio da CIPA elaborar juntamente com o Servio Especializado em Engenharia

    de Segurana e em Medicina do Trabalho SESMT o Mapa de Risco que uma representao

    grfica dos riscos presentes no ambiente de trabalho. elaborado de acordo com layout do local

    analisado, demonstrando por meio de crculos com cores e tamanhos diferentes os riscos presentes

    no ambiente.

    E finalmente, chega-se a atribuio mais importante da comisso que a elaborao da

    Semana Interna de Preveno de Acidentes de Trabalho-SIPAT em conjunto com o SESMT, e que

    segundo Neto (2013):

    Busca por meio de palestras, gincanas, sorteios de brindes, teatro e

    atividades motivacionais, desenvolver a conscincia e orientar o trabalhador sobre a

    importncia da preveno de acidentes de trabalho e doenas ocupacionais, criando

    uma atitude vigilante no funcionrio, que lhe permita conhecer e solicitar as

    correes necessrias a fim de tornar o ambiente mais seguro, trazendo tona o

    processo de melhoria continua no ambiente de trabalho pag. 22

  • 22

    8. CONCLUSO

    Aps atingido o objetivo geral do presente estudo, sendo a comprovao de se a CIPA

    realmente efetiva em uma empresa da regio noroeste do estado do Paran e se utiliza de

    mecanismos para promover o melhor funcionamento da comisso, pode-se chegar concluso de

    que a empresa em questo possui uma CIPA organizada corretamente e com um bom

    funcionamento, pois a mesma alm de contar com o apoio do empregador os membros da comisso

    so prestativos.

    Um ponto importante a ser destacado a participao da maior parte dos membros na

    elaborao da ltima SIPAT e reviso do mapeamento de risco, pois segundo os prprios

    trabalhadores este evento tem uma grande efetividade na promoo da SST dentro da empresa.

    Outro ponto a ser destacado a participao da maior parte dos cipeiros na elaborao ou

    modificao do mapa de riscos, uma vez que os mesmos devem ser informados de qualquer

    modificao no ambiente de trabalho.

    Observou-se tambm que h um conhecimento bom sobre a CIPA por parte dos outros

    trabalhadores com mais de um ano de empresa, sendo o sistema de rodzio ou abrangncia

    empregado na instituio para a elaborao da comisso e as orientaes dadas pelos cipeiros os

    principais motivos.

    H tambm uma oportunidade de melhoria, ou seja, um dos entrevistados est a pouco

    menos de 1 (um) ano na empresa, e ainda no conversou com nenhum TST ou cipeiro sobre a CIPA,

    Durante os estudos aprimorou-se os conhecimentos relativos a CIP, e principalmente ao seu

    funcionamento dentro das empresas e possibilitou-se o conhecimento do processo produtivo.

    Conclui-se tambm pela efetividade da CIPA e do sitema de segurana como um todo,

    conforme consta na placa indicativa de dias sem afastamentos por acidentes de trabalho a mais de

    um ano.

    Com todo o estudo realizado chegou-se concluso de que a CIPA funciona e eficaz na

    empresa estudada, e que a mesma utiliza-se de mecanismos para promover o melhor funcionamento.

    Os cipeiros tem uma grande participao nos assuntos relacionados a segurana do trabalho e os

    trabalhadores no pertencentes a comisso relativamente conhece o funcionamento da CIPA e

    recebem orientaes sobre preveno de acidentes e levantamento de riscos.

    Durante a elaborao desse trabalho, encontrei dificuldades somente no comeo, ou seja,

    enquanto eu ainda estava perdido, porm, ao passar dos dias consegui me concentrar e faze-lo

    definitivamente. Com este com certeza, ganhei muito conhecimento, no somente tecnicamente, mas

    tambm para a vida, ondo tive que assumir responsabilidades, cumprir cronogramas e prazos. Com

    todo o estudo principalmente a visita tcnica a usina, onde apliquei o questionrio, pude aprender e

    conhecer melhor como o funcionamento de uma entidade, uma vez que, pretendo seguir na rea.

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    9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    NETO. Waldhelm Nestor. CIPA-Comisso Interna de Preveno de Acidentes de

    Trabalho.

    BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR 5 Comisso Interna de Preveno de

    Acidentes de Trabalho 1978.

    SAAD, Eduardo Gabriel, Consolidao das Leis do Trabalho Comentada, p 152.

    BRASIL, Consolidao das Leis do Trabalho CLT, 1943.

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    ANEXOS

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