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Texto sobre Justiça e Direito Desportivo

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O referido texto aborda, em forma de artigo, um nova visão sobre a justiça e o direito desportivo no Brasil. Uma narrativa que provoca uma visão diferente do tanto do acadêmico, quanto do jurisconsulto.

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  • PAULO MARCOS SCHMITT

    CDIGO BRASILEIRO DE

    JUSTIA DESPORTIVA Notas & Legislao Complementar

    2015

  • Cdigo Brasileiro de Justia Desportiva [Notas & Legislao Complementar ] - Edio 2015

    Copyright 2015. Paulo Marcos Schmitt

    Email: [email protected]

    Todos os direitos reservados

    Capa: Natasha Sostag Meruvia

    Paulo Marcos Schmitt. Cdigo Brasileiro de Justia Desportiva. Notas e Legislao Complementar. iBooks.

    Publicado originariamente na iBookstore em 04/2013. Atualizado em 04/2015. Disponvel em:

    https://itunes.apple.com/br/book/codigo-brasileiro-justica/id628122074?mt=11

    Edio impressa para distribuio exclusiva pela CBF

  • SOBRE O AUTOR PAULO MARCOS SCHMITT1

    Membro Comisso Estudos Jurdicos Ministrio do Esporte Procurador-Geral STJD do Futebol Assessor Jurdico da Confederao Brasileira de Basketball Assessor Jurdico Confederao Brasileira de Ciclismo Assessor Jurdico da Confederao Brasileira de Ginstica Consultor da Confederao Brasileira de Handebol Scio-administrador da Prxis Consultoria 1 PAULO MARCOS SCHMITT Autor do Ibook Legislao Desportiva Essencial Publicado originariamente na iBookstore em 16.04.2013. Disponvel em: https://itunes.apple.com/br/book/legislacao-desportiva-essencial/id635733771?mt=11; Autor do Ibook Cdigo Brasileiro de Justia Desportiva. CBJD Notas e Legislao Complementar." Publicado em 01/04/2013. iBookstore: https://itunes.apple.com/br/book/codigo-brasileiro-justica/id628122074?mt=11; Autor do Ibook Direito & Justia Desportiva". Publicado em 10/04/2013. iBookstore: https://itunes.apple.com/br/book/direito-justica-desportiva/id634251949?mt=11; Autor da obra NOVO CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA Legislao Complementar e Notas Remissivas, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2010; Coordenador da obra LEGISLAO DE DIREITO DESPORTIVO (material de apoio ao I Frum Brasileiro de Direito Desportivo), ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2008; Autor da obra CURSO DE JUSTIA DESPORTIVA, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2007; Co-autor da obra CURSO DE DIREITO DESPORTIVO SISTMICO, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2007; Coordenador e autor da obra CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA COMENTADO, ed. Quartier Latin, So Paulo/Sp, 2006; Co-autor do CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA - COMENTRIOS E LEGISLAO, Ass. Comunicao Social do Ministrio do Esporte, Braslia/DF, 2004; Co-autor do livro ENTENDENDO O PROJETO PEL - Londrina/Pr - ed.Lido, 1997; Co-autor do CDIGO DE JUSTIA DESPORTIVA COMENTADO - Cascavel/Pr - 1996/1997 - ed.Unioeste.

  • SUMRIO CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA 3 SOBRE O AUTOR 4 CBJD - CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA 8

    LIVRO I - DA JUSTIA DESPORTIVA 8 TTULO I DA ORGANIZAO DA JUSTIA E DO PROCESSO DESPORTIVO 8 Captulo I DA ORGANIZAO DA JUSTIA DESPORTIVA 8 Captulo II DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DO STJD, DOS TRIBUNAIS E DAS COMISSES DISCIPLINARES 21 Captulo III DOS AUDITORES 25 Captulo IV DA PROCURADORIA DA JUSTIA DESPORTIVA 31 Captulo V DA SECRETARIA 32 TTULO II DA JURISDIO E DA COMPETNCIA 33 Captulo I DISPOSIES GERAIS 33 Captulo II DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA DESPORTIVA33 Captulo IV DOS TRIBUNAIS DE JUSTIA DESPORTIVA 36 Captulo V DOS DEFENSORES 37 TTULO III DO PROCESSO DESPORTIVO 39 Captulo I DAS DISPOSIES GERAIS 39 Captulo II DA SUSPENSO PREVENTIVA 40 Captulo III DOS ATOS PROCESSUAIS 41 Captulo IV DOS PRAZOS 42 Captulo V DA COMUNICAO DOS ATOS 43 Captulo VI DAS NULIDADES 45 Captulo VII DA INTERVENO DE TERCEIRO 46 Captulo VIII DAS PROVAS 46 Seo I Das Disposies Gerais 46 Seo III Da Prova Documental 51 Seo IV Da Exibio de Documento ou Coisa 51 Seo V Da Prova Testemunhal 51 Seo VI Dos Meios Audiovisuais 52 Seo VII Da Prova Pericial 53 Seo VIII Da Inspeo 54 Captulo IX DO REGISTRO E DA DISTRIBUIO 54 TTULO IV DAS ESPCIES DO PROCESSO DESPORTIVO 54 Captulo I DO PROCEDIMENTO SUMRIO 54

  • Captulo II DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 58 Seo I Das Disposies Gerais 58 Seo I-A DA TRANSAO DISCIPLINAR DESPORTIVA 58 Seo II Do Inqurito 60 Seo III Da Impugnao de Partida, Prova ou Equivalente 61 Seo IV Do Mandado de Garantia 63 Seo V Da Reabilitao 65 Seo VI Da Dopagem 66 Seo VIII Da Suspenso, Desfiliao ou Desvinculao Impostas pelas Entidades de Administrao ou de Prtica Desportiva 69 Seo IX Da Reviso 70 Seo X Das Medidas Inominadas 71 Seo XI Do Enunciado de Smula 72 Captulo III DA SESSO DE INSTRUO E JULGAMENTO 73 TTULO V DOS RECURSOS 78 Captulo I DAS DISPOSIES GERAIS 78 Captulo III DO RECURSO VOLUNTRIO 82 Captulo IV DOS EMBARGOS DE DECLARAO 85 LIVRO II DAS MEDIDAS DISCIPLINARES 86 TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS 86 TTULO II DA INFRAO 86 TTULO III DA RESPONSABILIZAO PELA ATITUDE ANTIDESPORTIVA PRATICADA POR MENORES DE QUATORZE ANOS 88 TTULO IV DO CONCURSO DE PESSOAS 89 TTULO V DA EXTINO DA PUNIBILIDADE 89 TTULO VI DAS PENALIDADES 92 Captulo I DAS ESPCIES DE PENALIDADES 92 Captulo II DA APLICAO DA PENALIDADE 102 LIVRO III DAS INFRAES EM ESPCIE 107 Captulo I DAS INFRAES RELATIVAS ADMINISTRAO DESPORTIVA, S COMPETIES E JUSTIA DESPORTIVA107 Captulo II DAS INFRAES REFERENTES JUSTIA DESPORTIVA 137 Captulo V DAS INFRAES CONTRA A TICA DESPORTIVA145 Captulo VI DAS INFRAES RELATIVAS DISPUTA DAS PARTIDAS, PROVAS OU EQUIVALENTES 161 Captulo VII DAS INFRAES RELATIVAS ARBITRAGEM 168

  • LIVRO COMPLEMENTAR - DAS DISPOSIES GERAIS, TRANSITRIAS E FINAIS 178 Captulo I DAS DISPOSIES GERAIS 178 Captulo II DAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS 182

    LEGISLAO BSICA COMPLEMENTAR 184 1. CONSTITUIO FEDERAL 184 2. LEI NO 9.615/98 (LEI GERAL SOBRE DESPORTO - LEI PEL) 192 3. LEI 10.671/2003 (ESTATUTO DO TORCEDOR) 234 4. CBF RGC - REGULAMENTO GERAL DAS COMPETIES - 2015250 5. REGULAMENTO NACIONAL DE TRANSFERNCIA DE ATLETAS DE FUTEBOL CBF 2015 282 6. CDIGO DISCIPLINAR DA FIFA [CDF-FIFA] 300 7. REGULAMENTO ANTIDOPING DA FIFA 338

  • CBJD Notas

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    CBJD - CDIGO BRASILEIRO DE JUSTIA DESPORTIVA RESOLUO Conselho Nacional do Esporte (CNE) n 01/2003 (ALTERADO PELAS RESOLUES CNE 06/2006, 29/2009 e 37/2013)

    Texto Consolidado

    LIVRO I - DA JUSTIA DESPORTIVA

    TTULO I DA ORGANIZAO DA JUSTIA E DO PROCESSO DESPORTIVO

    Captulo I DA ORGANIZAO DA JUSTIA DESPORTIVA

    Art. 1 A organizao, o funcionamento, as atribuies da Justia Desportiva brasileira e o processo desportivo, bem como a previso das infraes disciplinares desportivas e de suas respectivas sanes, no que se referem ao desporto de prtica formal, regulam-se por lei e por este Cdigo.2 (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    2 Lei 9.615/98 Art. 1. O desporto brasileiro abrange prticas formais e no-formais e obedece s normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos constitucionais do Estado Democrtico de Direito. 1. A prtica desportiva formal regulada por normas nacionais e internacionais e pelas regras de prtica desportiva de cada modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de administrao do desporto. ... Art. 50. A organizao, o funcionamento e as atribuies da Justia Desportiva, limitadas ao processo e julgamento das infraes disciplinares e s competies desportivas, sero definidas em cdigos desportivos, facultando-se s ligas constituir seus prprios rgos judicantes desportivos, com atuao restrita s suas competies. (Redao dada pela Lei n 10.672, de 2003) Art. 51. O disposto nesta Lei sobre Justia Desportiva no se aplica aos Comits Olmpico e Paraolmpico Brasileiros. Decreto 7.984/2013

  • CBJD Notas

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    Pargrafo nico (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Submetem-se a este Cdigo, em todo o territrio nacional: (AC).

    I - as entidades nacionais e regionais de administrao do desporto;3(AC).

    II - as ligas nacionais e regionais;4(AC).

    Art. 40. A Justia Desportiva regula-se pela Lei n 9.615, de 1998, por este Decreto e pelo disposto no CBJD ou CBJDE, respectivamente observados os seguintes princpios: Cdigo Disciplinar da FIFA [CDF-FIFA] Art. 2o. mbito de aplicao material A aplicao deste cdigo abrange todos os jogos e competies organizadas pela FIFA. Aplica-se tambm nos casos de atos atentatrios contra oficiais de partida, e quando gravemente prejudicial contra os objetivos estatutrios da FIFA, especialmente em casos de falsidades em ttulos, corrupo e doping. igualmente aplicvel em casos de violao contra a regulamentao da FIFA, desde que a competncia no recaia em outra instncia. 3 Lei 9.615/98 Art. 16. As entidades de prtica desportiva e as entidades nacionais de administrao do desporto, bem como as ligas de que trata o art. 20, so pessoas jurdicas de direito privado, com organizao e funcionamento autnomo, e tero as competncias definidas em seus estatutos. 1. As entidades nacionais de administrao do desporto podero filiar, nos termos de seus estatutos, entidades regionais de administrao e entidades de prtica desportiva. 2. As ligas podero, a seu critrio, filiar-se ou vincular-se a entidades nacionais de administrao do desporto, vedado a estas, sob qualquer pretexto, exigir tal filiao ou vinculao. 3. facultada a filiao direta de atletas nos termos previstos nos estatutos das respectivas entidades de administrao do desporto. 4 Lei 9.615/98 Art. 20. As entidades de prtica desportiva participantes de competies do Sistema Nacional do Desporto podero organizar ligas regionais ou nacionais. (Regulamento) 1. (VETADO) 2. As entidades de prtica desportiva que organizarem ligas, na forma do caput deste artigo, comunicaro a criao destas s entidades nacionais de administrao do desporto das respectivas modalidades. 3. As ligas integraro os sistemas das entidades nacionais de administrao do desporto que inclurem suas competies nos respectivos calendrios anuais de eventos oficiais.

  • CBJD Notas

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    4. Na hiptese prevista no caput deste artigo, facultado s entidades de prtica desportiva participarem, tambm, de campeonatos nas entidades de administrao do desporto a que estiverem filiadas. 5. vedada qualquer interveno das entidades de administrao do desporto nas ligas que se mantiverem independentes. 6. As ligas formadas por entidades de prtica desportiva envolvidas em competies de atletas profissionais equiparam-se, para fins do cumprimento do disposto nesta Lei, s entidades de administrao do desporto. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) 7. As entidades nacionais de administrao de desporto sero responsveis pela organizao dos calendrios anuais de eventos oficiais das respectivas modalidades. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) Decreto 7.984/2013 Art. 12. As ligas desportivas nacionais e regionais de que trata o art. 20 da Lei n 9.615, de 1998, so pessoas jurdicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, dotadas de autonomia de organizao e funcionamento, com competncias definidas em estatutos. Pargrafo nico. As ligas desportivas constitudas na forma da lei integram o Sistema Nacional do Desporto. Art. 13. As ligas constitudas com finalidade de organizar, promover ou regulamentar competies nacionais ou regionais, envolvendo atletas profissionais, equiparam-se, nos termos do 6 do art. 20 da Lei n 9.615, de 1998, s entidades de administrao do desporto, devendo em seus estatutos observar as mesmas exigncias a estas previstas. 1 Os estatutos das ligas, independente da circunstncia de equiparao s entidades de administrao do desporto, devero prever a inelegibilidade de seus dirigentes para o desempenho de cargos ou funes eletivas de livre nomeao, conforme o art. 23, caput, inciso II, da Lei n 9.615, de 1998. 2 As ligas, as entidades a elas filiadas ou vinculadas, independente da equiparao s entidades de administrao do desporto, e os atletas que participam das competies por elas organizadas subordinam-se s regras de proteo sade e segurana dos praticantes, inclusive as estabelecidas pelos organismos intergovernamentais e entidades internacionais de administrao do desporto. Art. 14. So requisitos mnimos para a admisso e a permanncia de entidade de prtica desportiva como filiada liga desportiva: I - fornecer cpia atualizada de seus estatutos com certido do Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas; II - apresentar ata da eleio dos dirigentes e dos integrantes da Diretoria ou do Conselho de Administrao, comunicando imediatamente liga qualquer alterao promovida nas suas instncias diretivas; III - comunicar imediatamente liga quaisquer modificaes estatutrias ou sociais; IV - fornecer liga as informaes por ela solicitadas, conforme prazo estabelecido; V - depositar, se exigido pela liga, aval ou fiana bancria no prazo e na forma estabelecidos, para assegurar o cumprimento das resolues e dos acordos econmicos da liga; VI - permitir auditorias externas determinadas pela liga, realizadas por pessoas fsicas ou jurdicas; VII - remeter para cincia da liga cpias dos contratos com repercusso econmico-desportiva no relacionamento com a liga, informando os direitos cedidos, transferidos ou dados em garantia; e

  • CBJD Notas

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    III - as entidades de prtica desportiva, filiadas ou no s entidades de administrao mencionadas nos incisos anteriores; (AC).

    IV - os atletas, profissionais e no-profissionais;5(AC).

    V - os rbitros, assistentes e demais membros de equipe de arbitragem;6(AC).

    VI - as pessoas naturais que exeram quaisquer empregos, cargos ou funes, diretivos ou no, diretamente relacionados a alguma modalidade esportiva, em entidades mencionadas neste pargrafo, como, entre outros, dirigentes, administradores, treinadores, mdicos ou membros de comisso tcnica;7(AC).

    VIII - manter seu estatuto atualizado, na forma registrada em Cartrio, disponvel para conhecimento pblico em stio eletrnico, atualizado. 5 Decreto 7.984/2013 Art. 44. A atividade do atleta profissional caracterizada por remunerao pactuada em contrato especial de trabalho desportivo, firmado com entidade de prtica desportiva, na forma da Lei n 9.615, de 1998, e, de forma complementar e no que for compatvel, pelas das normas gerais da legislao trabalhista e da seguridade social. 1 O contrato especial de trabalho desportivo fixar as condies e os valores para as hipteses de aplicao da clusula indenizatria desportiva ou da clusula compensatria desportiva, previstas no art. 28 da Lei n 9.615, de 1998. 2 O vnculo desportivo do atleta com a entidade de prtica desportiva previsto no 5 do art. 28 da Lei n 9.615, de 1998, no se confunde com o vnculo empregatcio e no condio para a caracterizao da atividade de atleta profissional. 6 Lei 9.615/98 Art. 88. Os rbitros e auxiliares de arbitragem podero constituir entidades nacionais, estaduais e do Distrito Federal, por modalidade desportiva ou grupo de modalidades, objetivando o recrutamento, a formao e a prestao de servios s entidades de administrao do desporto. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011). Pargrafo nico. Independentemente da constituio de sociedade ou entidades, os rbitros e seus auxiliares no tero qualquer vnculo empregatcio com as entidades desportivas diretivas onde atuarem, e sua remunerao como autnomos exonera tais entidades de quaisquer outras responsabilidades trabalhistas, securitrias e previdencirias. Decreto 7.984/2013 Art. 62. A participao de rbitros e auxiliares de arbitragem em competies, partidas, provas ou equivalente, de qualquer modalidade desportiva, obedecer s regras e aos regulamentos da entidade de administrao, a qual, no exerccio de sua autonomia, far incluso ou excluso de nomes nas relaes regionais, nacionais ou internacionais. 7 Cdigo Disciplinar da Fifa [CDF-FIFA]

  • CBJD Notas

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    VII - todas as demais entidades compreendidas pelo Sistema Nacional do Desporto 8 que no tenham sido mencionadas nos incisos anteriores, bem como as pessoas naturais e jurdicas que lhes forem direta ou indiretamente vinculadas, filiadas, controladas ou coligadas. (AC).

    2 Na aplicao do presente Cdigo, ser considerado o tratamento diferenciado ao desporto de prtica profissional e ao de prtica no-profissional 9 , previsto no inciso III do art. 217 da Constituio Federal.(AC).

    Artigo 3. mbito de aplicao a pessoas naturais e jurdicas Esto sujeitos a este cdigo: a) associaes; b) os seus membros, especialmente os clubes; c) os oficiais; d) jogadores; e) os oficiais de partida (rbitros); f) os agentes organizadores de partidas e agentes licenciados dos jogadores; g) as pessoas que a FIFA tenha concedido algum tipo de autorizao para o exerccio especialmente por ocasio de uma partida, ou outro evento organizado por ela; h) os telespectadores. 8 Lei 9.615/98 Art. 13. O Sistema Nacional do Desporto tem por finalidade promover e aprimorar as prticas desportivas de rendimento. Pargrafo nico. O Sistema Nacional do Desporto congrega as pessoas fsicas e jurdicas de direito privado, com ou sem fins lucrativos, encarregadas da coordenao, administrao, normalizao, apoio e prtica do desporto, bem como as incumbidas da Justia Desportiva e, especialmente: I - o Comit Olmpico Brasileiro-COB; II - o Comit Paraolmpico Brasileiro; III - as entidades nacionais de administrao do desporto; IV - as entidades regionais de administrao do desporto; V - as ligas regionais e nacionais; VI - as entidades de prtica desportiva filiadas ou no quelas referidas nos incisos anteriores. 9 Lei 9.615/98 Art. 26. Atletas e entidades de prtica desportiva so livres para organizar a atividade profissional, qualquer que seja sua modalidade, respeitados os termos desta Lei. Pargrafo nico. Considera-se competio profissional para os efeitos desta Lei aquela promovida para obter renda e disputada por atletas profissionais cuja remunerao decorra de contrato de trabalho desportivo. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003)

  • CBJD Notas

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    Art. 2 A interpretao e aplicao deste Cdigo observar os seguintes princpios, sem prejuzo de outros: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - ampla defesa;

    II - celeridade;

    III - contraditrio;

    IV - economia processual;

    V - impessoalidade;

    VI - independncia;

    VII - legalidade;

    VIII - moralidade;

    IX - motivao;

    X - oficialidade; Decreto 7.984/2013 Art. 4 O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado: I - de modo profissional, caracterizado pela remunerao pactuada em contrato especial de trabalho desportivo entre o atleta e a entidade de prtica desportiva empregadora; e II - de modo no profissional, identificado pela liberdade de prtica e pela inexistncia de contrato especial de trabalho desportivo, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocnio. Pargrafo nico. Consideram-se incentivos materiais, na forma disposta no inciso II do caput, entre outros: I - benefcios ou auxlios financeiros concedidos a atletas na forma de bolsa de aprendizagem, prevista no 4 do art. 29 da Lei n 9.615, de 1998; II - Bolsa-Atleta, prevista na Lei n 10.891, de 9 de julho de 2004; III - bolsa paga a atleta por meio de recursos dos incentivos previstos na Lei n 11.438, de 29 de dezembro de 2006, ressalvado o disposto em seu art. 2, 2; e IV - benefcios ou auxlios financeiros similares previstos em normas editadas pelos demais entes federativos. ... Art. 43.Considera-se competio profissional aquela promovida para obter renda e disputada por atletas profissionais cuja remunerao decorra de contrato especial de trabalho desportivo. Pargrafo nico. Entende-se como renda a receita auferida pelas entidades previstas no 10 do art. 27 da Lei n 9.615, de 1998, na organizao e realizao de competio desportiva com a venda de ingressos, patrocnio e negociao dos direitos audiovisuais do evento desportivo, entre outros.

  • CBJD Notas

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    XI - oralidade;

    XII - proporcionalidade;

    XIII - publicidade;

    XIV - razoabilidade;

    XV - devido processo legal; (AC).

    XVI - tipicidade desportiva; (AC).

    XVII prevalncia, continuidade e estabilidade das competies (pro competitione); (AC).

    XVIII esprito desportivo (fair play). (AC).10

    10 Lei 10.671/03 Art. 34. direito do torcedor que os rgos da Justia Desportiva, no exerccio de suas funes, observem os princpios da impessoalidade, da moralidade, da celeridade, da publicidade e da independncia. Lei 9.615/98 Art. 2. O desporto, como direito individual, tem como base os princpios: I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na organizao da prtica desportiva; II - da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas fsicas e jurdicas organizarem-se para a prtica desportiva; III - da democratizao, garantido em condies de acesso s atividades desportivas sem quaisquer distines ou formas de discriminao; IV - da liberdade, expresso pela livre prtica do desporto, de acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou no a entidade do setor; V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em fomentar as prticas desportivas formais e no-formais; VI - da diferenciao, consubstanciado no tratamento especfico dado ao desporto profissional e no-profissional; VII - da identidade nacional, refletido na proteo e incentivo s manifestaes desportivas de criao nacional; VIII - da educao, voltado para o desenvolvimento integral do homem como ser autnomo e participante, e fomentado por meio da prioridade dos recursos pblicos ao desporto educacional; IX - da qualidade, assegurado pela valorizao dos resultados desportivos, educativos e dos relacionados cidadania e ao desenvolvimento fsico e moral; X - da descentralizao, consubstanciado na organizao e funcionamento harmnicos de sistemas desportivos diferenciados e autnomos para os nveis federal, estadual, distrital e municipal; XI - da segurana, propiciado ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto a sua integridade fsica, mental ou sensorial; XII - da eficincia, obtido por meio do estmulo competncia desportiva e administrativa.

  • CBJD Notas

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    Art. 3 So rgos da Justia Desportiva 11 , autnomos 12 e independentes das entidades de administrao do desporto, com o custeio13 de seu funcionamento promovido na forma da lei:

    Pargrafo nico. A explorao e a gesto do desporto profissional constituem exerccio de atividade econmica sujeitando-se, especificamente, observncia dos princpios: (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) I - da transparncia financeira e administrativa; (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) II - da moralidade na gesto desportiva; (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) III - da responsabilidade social de seus dirigentes; (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) IV - do tratamento diferenciado em relao ao desporto no profissional; e (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) V - da participao na organizao desportiva do Pas. (Includo pela Lei n 10.672, de 2003) Decreto 7.984/2013 Art. 40. A Justia Desportiva regula-se pela Lei n 9.615, de 1998, por este Decreto e pelo disposto no CBJD ou CBJDE, respectivamente observados os seguintes princpios: I - ampla defesa; II - celeridade; III - contraditrio; IV - economia processual; V - impessoalidade; VI - independncia; VII - legalidade; VIII - moralidade; IX - motivao; X - oficialidade; XI - oralidade; XII - proporcionalidade; XIII - publicidade; XIV - razoabilidade; XV - devido processo legal; XVI - tipicidade desportiva; XVII - prevalncia, continuidade e estabilidade das competies; e XVIII - esprito desportivo. 11 Decreto 7.984/2013 Art. 41. Os rgos integrantes da Justia Desportiva, autnomos e independentes das entidades de administrao do desporto de cada sistema, so os Superiores Tribunais de Justia Desportiva - STJD, perante as entidades nacionais de administrao do desporto; os Tribunais de Justia Desportiva - TJD, perante as entidades regionais da administrao do desporto, e as Comisses Disciplinares, com competncia para processar e julgar questes previstas nos Cdigos de Justia Desportiva, assegurados a ampla defesa e o contraditrio.

  • CBJD Notas

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    I - o Superior Tribunal de Justia Desportiva (STJD), com jurisdio desportiva correspondente abrangncia territorial da entidade nacional de administrao do desporto; (NR).

    II - os Tribunais de Justia Desportiva (TJD), com jurisdio desportiva correspondente abrangncia territorial da entidade regional de administrao do desporto; (NR).

    III - as Comisses Disciplinares constitudas perante os rgos judicantes mencionados nos incisos I e II deste artigo. (NR).

    12 Cdigo Disciplinar da Fifa [CDF-FIFA] Art. 85 Autonomia 1. Os tribunais e rgos judicantes da FIFA desfrutam de absoluta independncia para tomar decises, em particular, no recebero instrues de outras instncias. 2. Nenhum membro de outro rgo da FIFA pode estar presente na sala onde as sesses so realizadas nos tribunais, a menos que tenham sido expressamente convocados a tal finalidade. Lei 9.615/98 Art. 52. Os rgos integrantes da Justia Desportiva so autnomos e independentes das entidades de administrao do desporto de cada sistema, compondo-se do Superior Tribunal de Justia Desportiva, funcionando junto s entidades nacionais de administrao do desporto; dos Tribunais de Justia Desportiva, funcionando junto s entidades regionais da administrao do desporto, e das Comisses Disciplinares, com competncia para processar e julgar as questes previstas nos Cdigos de Justia Desportiva, sempre assegurados a ampla defesa e o contraditrio. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) Decreto 7.984/2013 Art. 32. Para a celebrao do contrato de desempenho ser exigido das entidades que sejam regidas por estatutos que disponham expressamente sobre: ... IV - funcionamento autnomo e regular dos rgos de Justia Desportiva referentes respectiva modalidade, inclusive quanto a no existncia de aplicao de sanes disciplinares atravs de mecanismos estranhos a esses rgos, ressalvado o disposto no art. 51 da Lei n 9.615, de 1998; 13 Lei 9.615/98 Art. 50. (...) ... 4. Compete s entidades de administrao do desporto promover o custeio do funcionamento dos rgos da Justia Desportiva que funcionem junto a si. (Includo pela Lei n 9.981, de 2000)

  • CBJD Notas

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    Art. 3-A. So rgos do STJD o Tribunal Pleno e as Comisses Disciplinares. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 4 O Tribunal Pleno do STJD compe-se de nove membros14, denominados auditores, de reconhecido saber jurdico desportivo e de reputao ilibada, sendo: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    14 Lei 9.615/98 Art. 54. O membro do Tribunal de Justia Desportiva exerce funo considerada de relevante interesse pblico e, sendo servidor pblico, ter abonadas suas faltas, computando-se como de efetivo exerccio a participao nas respectivas sesses. Art. 55. O Superior Tribunal de Justia Desportiva e os Tribunais de Justia Desportiva sero compostos por nove membros, sendo: (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) I - dois indicados pela entidade de administrao do desporto; (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) II - dois indicados pelas entidades de prtica desportiva que participem de competies oficiais da diviso principal; (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) III - dois advogados com notrio saber jurdico desportivo, indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil; (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) IV - 1 (um) representante dos rbitros, indicado pela respectiva entidade de classe; (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011). V - 2 (dois) representantes dos atletas, indicados pelas respectivas entidades sindicais. (Redao dada pela Lei n 12.395, de 2011). ... 4. Os membros dos Tribunais de Justia Desportiva podero ser bacharis em Direito ou pessoas de notrio saber jurdico, e de conduta ilibada. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) Decreto 7.984/2013 Art. 41. (...) 1 Os tribunais plenos dos STJD e dos TJD sero compostos por nove membros: I - dois indicados pela entidade de administrao do desporto; II - dois indicados pelas entidades de prtica desportiva que participem de competies oficiais da diviso principal, por deciso em reunio convocada pela entidade de administrao do desporto para esse fim; III - dois advogados com notrio saber jurdico desportivo, indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil; IV - um representante dos rbitros, indicado pela entidade de classe; V - dois representantes dos atletas, indicados pelas entidades sindicais. 2 Para os fins dispostos nos incisos IV e V do 1 na hiptese de inexistncia de entidade regional, caber entidade nacional a indicao.

  • CBJD Notas

    18

    I - dois indicados pela entidade nacional de administrao do desporto;

    II - dois indicados pelas entidades de prtica desportiva que participem da principal competio da entidade nacional de administrao do desporto;

    III - dois advogados indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    IV um representante dos rbitros, indicado por entidade representativa; e (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    V dois representantes dos atletas, indicados por entidade representativa. (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    Art. 4-A. Para apreciao de matrias relativas a competies interestaduais ou nacionais, funcionaro perante o STJD, como primeiro grau de jurisdio, tantas Comisses Disciplinares Nacionais quantas se fizerem necessrias 15 , compostas, cada uma, por cinco auditores, de reconhecido saber jurdico desportivo e de reputao ilibada, que no pertenam ao Tribunal Pleno do STJD. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Os auditores das Comisses Disciplinares sero indicados pela maioria dos membros do Tribunal Pleno do STJD, a partir de sugestes de nomes apresentadas por qualquer auditor do Tribunal Pleno do STJD, devendo o Presidente do Tribunal Pleno do STJD preparar lista com todos os nomes sugeridos, em ordem alfabtica. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    15 Lei 9.615/98 Art. 53. Junto ao Superior Tribunal de Justia Desportiva, para julgamento envolvendo competies interestaduais ou nacionais, e aos Tribunais de Justia Desportiva, funcionaro tantas Comisses Disciplinares quantas se fizerem necessrias, compostas cada qual de cinco membros que no pertenam aos referidos rgos judicantes e que por estes sero indicados. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) ... 2. A Comisso Disciplinar aplicar sanes em procedimento sumrio, assegurados a ampla defesa e o contraditrio.

  • CBJD Notas

    19

    2 Cada auditor do Tribunal Pleno do STJD dever, a partir da lista mencionada no 1, escolher um nome por vaga a ser preenchida, e os indicados para compor a Comisso Disciplinar sero aqueles que obtiverem o maior nmero de votos, prevalecendo o mais idoso, em caso de empate. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    3 Caso haja mais de uma vaga a ser preenchida em uma ou mais Comisses Disciplinares, a votao ser nica e a distribuio dos auditores nas diferentes vagas e Comisses Disciplinares far-se- de modo sucessivo, preenchendo-se primeiro as vagas da primeira Comisso Disciplinar, e posteriormente as vagas das Comisses Disciplinares de numerao subsequente, caso existentes, conforme a ordem decrescente dos indicados mais votados. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 4-B. So rgos de cada TJD o Tribunal Pleno e as Comisses Disciplinares. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 5 Cada TJD compe-se de nove membros 16 , denominados auditores, de reconhecido saber jurdico desportivo e de reputao ilibada, sendo: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - dois indicados pela entidade regional de administrao de desporto;

    II - dois indicados pelas entidades de prtica desportiva que participem da principal competio da entidade regional de administrao do desporto;

    III - dois advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil, por intermdio da seo correspondente territorialidade;

    IV - um representante dos rbitros, indicado por entidade representativa; e (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    V - dois representantes dos atletas, indicados por entidade representativa. (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    16 V.Nota 14

  • CBJD Notas

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    Art. 5-A. Para apreciao de matrias relativas a competies regionais e municipais, funcionaro perante cada TJD, como primeiro grau de jurisdio, tantas Comisses Disciplinares Regionais quantas se fizerem necessrias17, conforme disposto no regimento interno do TJD, compostas, cada uma, por cinco auditores, de reconhecido saber jurdico desportivo e de reputao ilibada, que no pertenam ao Tribunal Pleno do respectivo TJD. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Os auditores das Comisses Disciplinares sero indicados pela maioria dos membros do Tribunal Pleno do TJD, a partir de sugestes de nomes apresentados por qualquer auditor do Tribunal Pleno do TJD, devendo o Presidente do Tribunal Pleno do TJD preparar lista, com todos os nomes sugeridos, em ordem alfabtica. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    2 Cada auditor do Tribunal Pleno do TJD dever, a partir da lista mencionada no 1, escolher um nome por vaga a ser preenchida, e os indicados para compor a Comisso Disciplinar sero aqueles que obtiverem o maior nmero de votos, prevalecendo o mais idoso, em caso de empate. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    3 Caso haja mais de uma vaga a ser preenchida em uma ou mais Comisses Disciplinares, a distribuio dos auditores nas diferentes vagas e Comisses Disciplinares far-se- de modo sucessivo, preenchendo-se primeiro as vagas da primeira Comisso Disciplinar, e posteriormente as vagas das Comisses Disciplinares de numerao subsequente, caso existentes. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 6 (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 7 Os rgos judicantes s podero deliberar e julgar com a presena da maioria de seus auditores, excetuadas as hipteses de julgamento monocrtico admitidas por este Cdigo. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    17 V.Nota 15

  • CBJD Notas

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    Art. 8 Os rgos enumerados no art. 3 sero dirigidos por um Presidente e um Vice-Presidente, eleitos pela maioria de seus membros. (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    Pargrafo nico. A Presidncia e a Vice-Presidncia do STJD e do TJD sero exercidas pelos respectivos Presidentes e Vice-Presidentes de seus Tribunais Plenos. (NR).

    Art. 8-A. Em caso de vacncia na Presidncia do rgo judicante, o Vice-Presidente assumir imediatamente o cargo vago, que ser exercido at o trmino do mandato a que se encontrava vinculado o Presidente substitudo. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Ao assumir a Presidncia do rgo judicante, o Vice-Presidente ter a incumbncia de convocar sesso, a ser realizada no prazo mximo de trinta dias, com o fim de preencher a Vice-Presidncia, que ser exercida at o trmino do mandato a que se encontrava vinculado o at ento Vice-Presidente. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 8-B. No caso de vacncia concomitante na Presidncia e na Vice-Presidncia do rgo judicante, a Presidncia ser temporariamente exercida pelo auditor mais antigo, e a Vice-Presidncia, pelo segundo auditor mais antigo. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 O auditor que assumir temporariamente a Presidncia ter a incumbncia de convocar sesso, a ser realizada no prazo mximo de trinta dias, com o fim de preencher os cargos vagos. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    2 Os auditores eleitos ocuparo os cargos a que se refere o caput at o trmino dos mandatos a que se encontravam vinculados os auditores substitudos. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo II DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DO STJD, DOS TRIBUNAIS E DAS COMISSES

    DISCIPLINARES

  • CBJD Notas

    22

    Art. 9 So atribuies do Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), alm das que lhe forem conferidas pela lei, por este Cdigo ou regimento interno: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - zelar pelo perfeito funcionamento do Tribunal e fazer cumprir suas decises;

    II - ordenar a restaurao de autos;

    III - dar imediata cincia, por escrito, das vagas verificadas no Tribunal ao Presidente da entidade indicante;

    IV - determinar sindicncias e aplicar sanes aos funcionrios do Tribunal, conforme disposto no regimento interno; (NR).

    V - sortear os relatores dos processos de competncia do Tribunal Pleno; (NR).

    VI - dar publicidade s decises prolatadas;

    VII - representar o Tribunal nas solenidades e atos oficiais, podendo delegar essa funo a qualquer dos auditores; (NR).

    VIII - designar dia e hora para as sesses ordinrias e extraordinrias e dirigir os trabalhos;

    IX - dar posse aos auditores do Tribunal Pleno e das Comisses Disciplinares, bem como aos secretrios; (NR).

    X - exigir da entidade de administrao o ressarcimento das despesas correntes e dos custos de funcionamento do Tribunal e prestar-lhe contas;

    XI - receber, processar e examinar os requisitos de admissibilidade dos recursos provenientes da instncia imediatamente inferior; (NR).

    XII (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    XIII - conceder licena do exerccio de suas funes aos auditores, inclusive aos das Comisses Disciplinares, secretrios e demais auxiliares; (NR).

    XIV - exercer outras atribuies quando delegadas pelo Tribunal; (NR).

    XV - determinar perodos de recesso do Tribunal; (AC).

    XVI - criar comisses especiais e designar auditores para o cumprimento de funes especficas de interesse do Tribunal. (AC).

  • CBJD Notas

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    1 (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    2 (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    3 (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD18 dever ser intimada das decises prolatadas nos casos alusivos dopagem. (Includo pela Resoluo CNE n 37 de 2013).

    18 DECRETO No- 7.630, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011 Altera o Decreto no 7.529, de 21 de julho de 2011, para prever a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem na Estrutura Regimental do Ministrio do Esporte. A PRESIDENTA DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso VI, alnea "a", da Constituio, DECRETA: Art. 1o O Anexo I ao Decreto no 7.529, de 21 de julho de 2011, passa a vigorar com as seguintes alteraes: "Art. 2o ..................................................................................... I - .............................................................................................. c) Consultoria Jurdica; e d) Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem; II - ............................................................................................." (NR) "Art. 9o-A. Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem compete: I - assessorar o Ministro de Estado do Esporte na imple- mentao da poltica nacional de preveno e combate do- pagem, respeitadas as recomendaes do CNE e o contedo do Plano Nacional do Esporte; II - subsidiar o CNE na elaborao, na modificao e na divulgao das diretrizes sobre substncias e mtodos proibidos na prtica esportiva; III - promover e coordenar o combate dopagem no esporte de forma independente e organizada, dentro e fora das com- peties, de acordo com as regras estabelecidas pela Agncia Mundial Antidoping, e os protocolos e compromissos assumidos pelo Brasil; IV - zelar pelo cumprimento da legislao, em especial da Conveno Internacional contra o Doping nos Esportes, promul- gada pelo Decreto no 6.653, de 18 de novembro de 2008, e das normas tcnicas de controle de dopagem; V - representar internacionalmente o Brasil em matrias re- lacionadas ao controle de dopagem, na qualidade de organizao nacional de controle de dopagem, inclusive perante a Agncia Mundial Antidoping e a Corte Arbitral do Esporte; VI - dar transparncia s aes e garantir a divulgao do programa de controle da dopagem; VII - desenvolver programas de controle, preveno, rea- bilitao e educao, de forma a criar a cultura do jogo limpo na sociedade; VIII - gerar base de dados e conhecimentos sobre os casos de dopagem; IX - promover, coordenar e estabelecer programas de es- tmulo ao desenvolvimento de pesquisas com relao ao combate e deteco da dopagem, junto s entidades componentes do Sis- tema Nacional do Desporto, ao Comit Olmpico Internacional, ao Comit Paraolmpico Internacional e s demais entidades en- volvidas com o esporte;

  • CBJD Notas

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    Art. 10. Compete ao Vice-Presidente: I - substituir o Presidente nas ausncias ou impedimentos eventuais e definitivamente quando da vacncia da Presidncia; (NR).

    II - exercer as funes de Corregedor, na forma do regimento interno. (NR).

    III (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 10-A. No caso de ausncia ou impedimento eventuais concomitantes do Presidente e do Vice-Presidente do rgo judicante, a Presidncia ser temporariamente exercida pelo auditor mais antigo, ao passo que a Vice-Presidncia ser temporariamente ocupada pelo segundo auditor mais antigo, salvo disposio diversa do regimento interno do Tribunal (STJD ou TJD). (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 10-B. No caso de impetrao de mandado de garantia em que o Presidente do STJD figure como autoridade coatora, competir ao Vice-Presidente do STJD praticar todos os atos processuais de atribuio do Presidente do STJD. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Quando o Vice-Presidente do STJD estiver afastado, impedido ou der-se por suspeito para a prtica dos atos a que se refere este artigo, o auditor mais antigo do Tribunal Pleno do STJD cumprir

    X - estabelecer padro de procedimento para o controle dos exames antidopagem, respeitadas as normas previstas no Cdigo Mundial Antidoping; e XI - cooperar com as entidades esportivas nacionais e in- ternacionais, pblicas e privadas, no combate dopagem, bus- cando a obteno de um pacto de apoio cultural e poltico para o cumprimento das normas referidas no inciso IV do caput. Pargrafo nico. As competncias da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem so independentes das competncias dos rgos de vigilncia sanitria." (NR) Art. 2o O Ministro de Estado do Esporte dever designar ocupantes de cargos em comisso do rgo para exercer as atividades de direo, chefia e assessoramento necessrias para os fins do art. 9o-A do Decreto no 7.529, de 2011, sem prejuzo de suas atribuies habituais, at que sejam incorporados cargos Estrutura Regimental do Ministrio do Esporte para a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

  • CBJD Notas

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    as atribuies ali mencionadas. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 10-C. Os Presidentes das Comisses Disciplinares tero, no que for compatvel, as mesmas atribuies dos art. 9, I, V, VI, VII, VIII e XIV, e os Vice-Presidentes, a mesma atribuio do art. 10, I. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 10-D. Salvo disposio diversa do regimento interno do Tribunal (STJD ou TJD), os mandatos dos Presidentes e Vice-Presidentes do Tribunal Pleno e das Comisses Disciplinares sero de dois anos, autorizadas reeleies. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo III DOS AUDITORES

    Art. 11. O Presidente do Tribunal (STJD ou TJD) dar posse aos auditores do Tribunal Pleno e das Comisses Disciplinares. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 A posse dos auditores do Tribunal Pleno dar-se- na primeira sesso subsequente ao recebimento, pelo Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), da indicao pela entidade a quem competir o preenchimento do cargo. (AC).

    2 A posse dos auditores das Comisses Disciplinares dar-se- na primeira sesso subsequente aceitao, pelo contemplado, da indicao feita pelo Tribunal Pleno do Tribunal (STJD ou TJD). (AC).

    3 No caso de o auditor indicado, ao Tribunal Pleno ou a Comisso Disciplinar, mesmo que no empossado, deixar de comparecer ao nmero de sesses necessrio declarao de vacncia do cargo, haver nova indicao pela mesma entidade, salvo justo motivo para as ausncias, assim considerado pelo Tribunal Pleno (STJD ou TJD). (AC).

  • CBJD Notas

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    Art. 12. O mandato dos auditores ter a durao mxima permitida pela legislao brasileira 19, assim como poder haver tantas recondues quantas forem legalmente admitidas. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 13. A antiguidade dos auditores conta-se da data da posse. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Quando a posse houver ocorrido na mesma data, considerar-se- mais antigo o auditor que tiver maior nmero de mandatos; se persistir o empate, considerar-se- mais antigo o auditor mais idoso. (AC).

    Art. 14. Ocorre vacncia do cargo de auditor: I - pela morte ou renncia;

    II - pelo no-comparecimento a cinco sesses consecutivas, salvo se devidamente justificado; (NR).

    III - pela incompatibilidade. (NR).

    IV (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Ocorre incompatibilidade para o exerccio do cargo de auditor: (AC).

    I - a partir da condenao criminal, passada em julgado na Justia Comum, ou disciplinar, passada em julgado na Justia Desportiva, quando, a critrio do Tribunal (STJD ou TJD), conforme decidido por dois teros dos membros de seu Tribunal Pleno, o resultado comprometer a probidade necessria ao desempenho do mandato; (AC).

    19 Lei 9.615/98 Art. 55. (...) 2. O mandato dos membros dos Tribunais de Justia Desportiva ter durao mxima de quatro anos, permitida apenas uma reconduo. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000) Regimento Interno STJD do Futebol Art. 17. Os mandatos dos Presidentes e Vice-Presidentes do Tribunal Pleno e das Comisses Disciplinares sero de dois anos, autorizadas reeleies.

  • CBJD Notas

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    II - quando o auditor, durante o mandato, incorrer nas hipteses do art. 16. (AC).

    Art. 15. Ocorrendo a vacncia do cargo de auditor no Tribunal Pleno, o Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), no prazo de cinco dias, comunicar a ocorrncia ao rgo indicante competente para preench-la. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Decorridos trinta dias do recebimento da comunicao, se o rgo indicante competente no houver preenchido a vaga, o respectivo Tribunal (STJD ou TJD) designar substituto para ocupar, interinamente, o cargo at a efetiva indicao. (AC).

    2 A comunicao a que se refere este artigo far-se- pela mesma forma das citaes e intimaes. (AC).

    3 O descumprimento deste artigo pelo Presidente do Tribunal (STJD ou TJD) ensejar a aplicao da penalidade prevista no art. 239. (AC).

    Art. 15-A. Ocorrendo a vacncia do cargo de auditor em Comisso Disciplinar, o Presidente da respectiva Comisso Disciplinar comunicar, no prazo de cinco dias, a ocorrncia ao Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), e o Tribunal Pleno proceder na forma dos arts. 4-A e 5-A, conforme o caso, na primeira sesso subsequente vacncia. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. O descumprimento deste artigo pelo Presidente da Comisso Disciplinar ensejar a aplicao da penalidade prevista no art. 239. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 15-B. Os auditores podero afastar-se temporariamente de suas funes, pelo tempo que se fizer necessrio, conforme licena a ser concedida pelo Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), o que no interrompe nem suspende o transcurso do prazo de exerccio do mandato. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Durante a licena dos auditores de Comisses Disciplinares, os respectivos rgos judicantes devero indicar auditor substituto para a

  • CBJD Notas

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    composio temporria do colegiado, conforme o procedimento previsto nos arts. 4-A e 5-A, conforme o caso. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    2 Durante a licena de auditor de Tribunal Pleno, o auditor substituto ser indicado pela mesma entidade elencada nos arts. 4 e 5, conforme o caso, que tiver indicado o auditor licenciado. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 16. Respeitadas as excees da lei20, vedado o exerccio de funo na Justia Desportiva:

    a) (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    b) (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    c) (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - aos dirigentes das entidades de administrao do desporto; (AC).

    II - aos dirigentes das entidades de prtica desportiva. (AC).

    Art. 17. No podem integrar concomitantemente o Tribunal Pleno, ou uma mesma Comisso Disciplinar, auditores que tenham parentesco na linha ascendente ou descendente, nem auditor que seja cnjuge, companheiro, irmo, tio, sobrinho, sogro, padrasto, enteado ou cunhado, durante o cunhadio, de outro auditor. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 18. O auditor fica impedido de atuar no processo: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - quando for credor, devedor, avalista, fiador, patrono, scio, acionista, empregador ou empregado, direta ou indiretamente, de qualquer das partes; (NR). 20 Lei 9.615/98 Art. 55. (...) 3. vedado aos dirigentes desportivos das entidades de administrao e das entidades de prtica o exerccio de cargo ou funo na Justia Desportiva, exceo feita aos membros dos conselhos deliberativos das entidades de prtica desportiva. (Redao dada pela Lei n 9.981, de 2000)

  • CBJD Notas

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    II - quando se manifestar, especfica e publicamente, sobre objeto de causa a ser processada ou ainda no julgada pelo rgo judicante; (NR).

    III - quando for parte. (AC).

    1 Os impedimentos a que se refere este artigo devem ser declarados pelo prprio auditor to logo tome conhecimento do processo; se no o fizer, podem as partes ou a Procuradoria argui-los na primeira oportunidade em que se manifestarem no processo.

    2 Arguido o impedimento, decidir o respectivo rgo judicante, por maioria. (NR).

    3 Caso, em decorrncia da declarao de impedimento, no se verifique maioria dos auditores do rgo judicante apta a julgar o processo, este ter seu julgamento adiado para a sesso subsequente do rgo judicante. (NR).

    4 Uma vez declarado o impedimento, o auditor impedido no poder a partir de ento praticar qualquer outro ato no processo em referncia. (AC).

    5 O impedimento a que se refere este artigo no se aplica na hiptese de o auditor ser associado ou conselheiro de entidade de prtica desportiva. (AC).

    Art. 19. Compete ao auditor, alm das atribuies conferidas por este Cdigo e pelo respectivo regimento interno:

    I - comparecer, obrigatoriamente, s sesses e audincias com a antecedncia mnima de vinte minutos, quando regularmente convocado;

    II - empenhar-se no sentido da estrita observncia das leis, do contido neste Cdigo e zelar pelo prestgio das instituies desportivas;

    III - manifestar-se rigorosamente dentro dos prazos processuais;

    IV - representar contra qualquer irregularidade, infrao disciplinar ou sobre fatos ocorridos nas competies dos quais tenha tido conhecimento;

    V - apreciar, livremente, a prova dos autos, tendo em vista, sobretudo, o interesse do desporto, fundamentando, obrigatoriamente, a sua deciso.

    VI (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

  • CBJD Notas

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    Art. 20. O auditor, sempre que entender necessrio para o exerccio de suas funes, ter acesso a todas as dependncias do local, seja pblico ou particular, onde estiver sendo realizada qualquer competio da modalidade do rgo judicante a que pertena, exceo do local efetivo da disputa da partida, prova ou equivalente, devendo ser-lhe reservado assento em setor designado para as autoridades desportivas ou no. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. O acesso a que se refere este artigo somente ser garantido se informado pelo respectivo rgo judicante entidade mandante da partida, prova ou equivalente, com antecedncia mnima de quarenta e oito horas.21 (NR).

    21 RESOLUO n 001/2012 - STJD DO FUTEBOL Considerando o disposto no artigo 20 do CBJD (Cdigo Brasileiro de Justia Desportiva, Resoluo CNE n 29, de 10/12/2009), nico; Considerando o disposto nos artigos 89, 1, e 92, em especial o seu 1, do RGC2012 (Regulamento Geral das Competies de 2012); Considerando a necessidade de regulamentao, no mbito nacional, da matria inerente aos dispositivos mencionados; RESOLVE: Art. 1 Somente podero ter acesso s dependncias do local onde estiver sendo realizada competio organizada pela CBF (Confederao Brasileira de Futebol) as autoridades desportivas que comunicarem formalmente o fato ao STJD, com antecedncia mnima de 72 (setenta e duas) horas do horrio previsto para a realizao da partida. 1 Consideram-se autoridades desportivas para fins desta Resoluo somente os membros do STJD do futebol, cuja composio encontra-se no site da CBF (http://www.cbf.com.br/institucional/stjd) e os Procuradores a ele vinculados, vedada a analogia em qualquer mbito. 2 A comunicao formal dirigida ao STJD poder ser feita atravs de e-mail ou por qualquer outro documento comprobatrio do ato. I A comunicao dever ser feita secretaria do rgo judicante nacional, sendo permitido, ainda, em carter residual, ser feita ao Presidente do STJD ou ao seu vice-presidente, observadas as formalidades. 3 Se enviada regularmente a comunicao pela parte interessada, o STJD informar o fato, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, Federao local onde a partida ser realizada, cabendo referida entidade regional realizar a comunicao ao clube mandante. I Na comunicao devero conter nome completo, documentao pertinente, funo da autoridade desportiva e partida na qual ir se utilizar a parte interessada da prerrogativa legal, alm de outras informaes que se fizerem necessrias. Art. 2 Os TJDs (Tribunais de Justia Desportiva) devero expedir normas regulamentadoras das competies organizadas pelas respectivas Federaes a que se vinculam, estritamente no mbito estadual, sendo vedado a qualquer membro de TJD local exigir de entidades de

  • CBJD Notas

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    Captulo IV DA PROCURADORIA DA JUSTIA DESPORTIVA

    Art. 21. A Procuradoria da Justia Desportiva destina-se a promover a responsabilidade das pessoas naturais ou jurdicas que violarem as disposies deste Cdigo, exercida por procuradores nomeados pelo respectivo Tribunal (STJD ou TJD), aos quais compete: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - oferecer denncia, nos casos previstos em lei ou neste Cdigo; (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    II - dar parecer nos processos de competncia do rgo judicante aos quais estejam vinculados, conforme atribuio funcional definida em regimento interno; (NR).

    III - formalizar as providncias legais e processuais e acompanh-las em seus trmites; -(NR).

    IV - requerer vistas dos autos; (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo n 13 de 2006)

    V - interpor recursos nos casos previstos em lei ou neste Cdigo ou propor medidas que visem preservao dos princpios que regem a Justia Desportiva; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    VI - requerer a instaurao de inqurito; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    VII - exercer outras atribuies que lhe forem conferidas por lei, por este Cdigo ou regimento interno. (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    prtica ou administrao do desporto, ou utilizar da prerrogativa de funo, para fins de acesso e comparecimento a partidas de certames promovidos pela CBF. Art. 3 O descumprimento desta Resoluo ensejar a responsabilizao do infrator nos termos do art. 223 do CBJD. Art. 4 A Resoluo entra em vigor na data da sua publicao. Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2012.

  • CBJD Notas

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    VIII - comunicar imediatamente Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem quando oferecer denncia, requerer a instaurao de inqurito e interpor recursos, nos casos alusivos dopagem. (Includo pela Resoluo CNE n 37 de 2013)

    1 A Procuradoria ser dirigida por um Procurador-Geral, escolhido por votao da maioria absoluta do Tribunal Pleno dentre trs nomes de livre indicao da respectiva entidade de administrao do desporto. (AC).

    2 O mandato do Procurador-Geral ser idntico ao estabelecido para o Presidente do Tribunal (STJD ou TJD)22. (AC).

    3 O Procurador-Geral poder ser destitudo de suas funes pelo voto da maioria absoluta do Tribunal Pleno, a partir de manifestao fundamentada e subscrita por pelo menos quatro auditores do Tribunal Pleno. (AC).

    Art. 22. Aplica-se aos procuradores o disposto nos artigos 14, 16, 18 e 20. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo V DA SECRETARIA

    Art. 23. So atribuies da Secretaria, alm das estabelecidas neste Cdigo e no regimento interno do respectivo Tribunal (STJD ou TJD): (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - receber, registrar, protocolar e autuar os termos da denncia e outros documentos enviados aos rgos judicantes, e encaminh-los, imediatamente, ao Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), para determinao procedimental; (NR).

    II - convocar os auditores para as sesses designadas, bem como cumprir os atos de citaes e intimaes das partes, testemunhas e outros,

    22 Ver art. 10-D Regimento Interno STJD do Futebol Art. 17. Os mandatos dos Presidentes e Vice-Presidentes do Tribunal Pleno e das Comisses Disciplinares sero de dois anos, autorizadas reeleies.

  • CBJD Notas

    33

    quando determinados; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    III - atender a todos os expedientes dos rgos judicantes; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    IV - prestar s partes interessadas as informaes relativas ao andamento dos processos; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    V - ter em boa guarda todo o arquivo da Secretaria constante de livros, papis e processos; (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    VI - expedir certides por determinao dos Presidentes dos rgos judicantes; (NR).

    VII - receber, protocolar e registrar os recursos interpostos. (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    TTULO II DA JURISDIO E DA COMPETNCIA

    Captulo I DISPOSIES GERAIS

    Art. 24. Os rgos da Justia Desportiva, nos limites da jurisdio territorial de cada entidade de administrao do desporto e da respectiva modalidade, tm competncia para processar e julgar matrias referentes s competies desportivas disputadas e s infraes disciplinares cometidas pelas pessoas naturais ou jurdicas mencionadas no art. 1, 1. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo II DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA DESPORTIVA

    Art. 25. Compete ao Tribunal Pleno do STJD: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

  • CBJD Notas

    34

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) seus auditores, os das Comisses Disciplinares do STJD e os procuradores que atuam perante o STJD; (NR).

    b) os litgios entre entidades regionais de administrao do desporto;

    c) os membros de poderes e rgos da entidade nacional de administrao do desporto;

    d) os mandados de garantia contra atos ou omisses de dirigentes ou administradores das entidades nacionais de administrao do desporto, de Presidente de TJD e de outras autoridades desportivas; (NR).

    e) a reviso de suas prprias decises e as de suas Comisses Disciplinares;

    f) os pedidos de reabilitao;

    g) os conflitos de competncia entre Tribunais de Justia Desportiva;

    h) os pedidos de impugnao de partida, prova ou equivalente referentes a competies que estejam sob sua jurisdio; (NR).

    i) as medidas inominadas previstas no art. 119, quando a matria for de competncia do STJD; (AC).

    j) as ocorrncias em partidas ou competies internacionais amistosas disputadas pelas selees representantes da entidade nacional de administrao do desporto, exceto se procedimento diverso for previsto em norma internacional aceita pela respectiva modalidade23; (AC).

    II - julgar, em grau de recurso:

    a) as decises de suas Comisses Disciplinares e dos Tribunais de Justia Desportiva;

    b) os atos e despachos do Presidente do STJD; (NR).

    23 Cdigo Disciplinar da Fifa [CDF-FIFA] 71. Amistosos entre duas selees 1. Qualquer ao disciplinar a ser tomada em amistosos entre selees de associaes diferentes responsabilidade da associao na qual os jogadores punidos pertencem. Entretanto, em casos graves, o Comit Disciplinar pode interferir de modo ex ofcio. 2. As associaes informaro a FIFA sobre as punies pronunciadas. 3. A FIFA garante a conformidade com as punies por meio deste cdigo.

  • CBJD Notas

    35

    c) as penalidades aplicadas pela entidade nacional de administrao do desporto, ou pelas entidades de prtica desportiva que lhe sejam filiadas, que imponham sano administrativa de suspenso, desfiliao ou desvinculao; (NR).

    III - declarar os impedimentos e incompatibilidades de seus auditores e dos procuradores que atuam perante o STJD; (NR).

    IV - criar Comisses Disciplinares, indicar seus auditores, destitu-los e declarar sua incompatibilidade; (NR).

    V - instaurar inquritos;

    VI - uniformizar a interpretao deste Cdigo e da legislao desportiva a ele correlata, mediante o estabelecimento de smulas de jurisprudncia predominante, vinculantes ou no, editadas na forma do art. 119-A; (NR).

    VII - requisitar ou solicitar informaes para esclarecimento de matria submetida sua apreciao;

    VIII - expedir instrues s Comisses Disciplinares do STJD e aos Tribunais de Justia Desportiva; (NR).

    IX - elaborar e aprovar o seu regimento interno;

    X - declarar a vacncia do cargo de seus auditores e procuradores;

    XI - deliberar sobre casos omissos;

    XII - avocar, processar e julgar, de ofcio ou a requerimento da Procuradoria, em situaes excepcionais de morosidade injustificada, quaisquer medidas que tramitem nas instncias da Justia Desportiva, para evitar negativa ou descontinuidade de prestao jurisdicional desportiva. (AC).

    Pargrafo nico (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo III DAS COMISSES DISCIPLINARES DO STJD

    Art. 26. Compete s Comisses Disciplinares do STJD: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - processar e julgar as ocorrncias em competies interestaduais e nacionais promovidas, organizadas ou autorizadas por entidade nacional de

  • CBJD Notas

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    administrao do desporto, e em partidas ou competies internacionais amistosas disputadas por entidades de prtica desportiva; (NR).

    II - processar e julgar o descumprimento de resolues, decises ou deliberaes do STJD ou infraes praticadas contra seus membros, por parte de pessoas naturais ou jurdicas mencionadas no art. 1, 1, deste Cdigo; (NR).

    III - declarar os impedimentos de seus auditores. (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    Captulo IV DOS TRIBUNAIS DE JUSTIA DESPORTIVA

    Art. 27. Compete ao Tribunal Pleno de cada TJD: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) os seus auditores, os das Comisses Disciplinares do TJD e os procuradores que atuam perante o TJD; (NR).

    b) os mandados de garantia contra atos ou omisses de dirigentes ou administradores dos poderes das entidades regionais de administrao do desporto; (NR).

    c) os dirigentes da entidade regional de administrao do desporto; (NR).

    d) a reviso de suas prprias decises e as de suas Comisses Disciplinares;

    e) os pedidos de reabilitao;

    f) os pedidos de impugnao de partida, prova ou equivalente referentes a competies que estejam sob sua jurisdio; (NR).

    g) as medidas inominadas previstas no art. 119, quando a matria for de competncia do TJD; (AC).

    II julgar, em grau de recurso:

    a) as decises de suas Comisses Disciplinares;

    b) os atos e despachos do Presidente do TJD; (NR).

  • CBJD Notas

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    c) as penalidades aplicadas pela entidade regional de administrao do desporto, ou pelas entidades de prtica desportiva que lhe sejam filiadas, que imponham sano administrativa de suspenso, desfiliao ou desvinculao; (NR).

    III - declarar os impedimentos e incompatibilidades de seus auditores e dos procuradores que atuam perante o TJD; (NR).

    IV - criar Comisses Disciplinares e indicar os auditores, podendo institu-las para que funcionem junto s ligas constitudas na forma da legislao em vigor; (NR).

    V - destituir e declarar a incompatibilidade dos auditores das Comisses Disciplinares; (NR).

    VI - instaurar inquritos;

    VII - requisitar ou solicitar informaes para esclarecimento de matria submetida a sua apreciao;

    VIII - elaborar e aprovar o seu Regimento Interno;

    IX declarar vacncia do cargo de seus auditores e procuradores; (NR).

    X - deliberar sobre casos omissos. (AC).

    Art. 28. Compete s Comisses Disciplinares de cada TJD: (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    I - processar e julgar as infraes disciplinares e demais ocorrncias havidas em competies promovidas, organizadas ou autorizadas pela respectiva entidade regional de administrao do desporto; (AC).

    II - processar e julgar o descumprimento de resolues, decises ou deliberaes do TJD ou infraes praticadas contra seus membros, por parte de pessoas naturais ou jurdicas mencionadas no art. 1, 1, deste Cdigo. (AC).

    III - declarar os impedimentos de seus auditores. (AC).

    Captulo V DOS DEFENSORES

  • CBJD Notas

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    Art. 29. Qualquer pessoa maior e capaz livre para postular em causa prpria ou fazer-se representar por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, observados os impedimentos legais. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 O estagirio de advocacia regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil poder sustentar oralmente, desde que instrudo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.24 (AC).

    2 A instruo a que se refere o 1 dever ser comprovada mediante declarao por escrito do advogado, que assumir a responsabilidade pela sustentao oral do estagirio. (AC).

    Art. 30. A representao de que trata o art. 29 caput habilita o defensor a intervir no processo, at o final e em qualquer grau de jurisdio, podendo as entidades de administrao do desporto e de prtica desportiva credenciar defensores para atuar em seu favor, de seus dirigentes, atletas e

    24 LEI N 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994. Dispe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Art. 1 So atividades privativas de advocacia: I - a postulao a rgo do Poder Judicirio e aos juizados especiais; (Vide ADIN 1.127-8) II - as atividades de consultoria, assessoria e direo jurdicas. 1 No se inclui na atividade privativa de advocacia a impetrao de habeas corpus em qualquer instncia ou tribunal. 2 Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurdicas, sob pena de nulidade, s podem ser admitidos a registro, nos rgos competentes, quando visados por advogados. 3 vedada a divulgao de advocacia em conjunto com outra atividade. Art. 2 O advogado indispensvel administrao da justia. 1 No seu ministrio privado, o advogado presta servio pblico e exerce funo social. 2 No processo judicial, o advogado contribui, na postulao de deciso favorvel ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem mnus pblico. 3 No exerccio da profisso, o advogado inviolvel por seus atos e manifestaes, nos limites desta lei. Art. 3 O exerccio da atividade de advocacia no territrio brasileiro e a denominao de advogado so privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 1 Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao regime desta lei, alm do regime prprio a que se subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da Unio, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pblica e das Procuradorias e Consultorias Jurdicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municpios e das respectivas entidades de administrao indireta e fundacional. 2 O estagirio de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.

  • CBJD Notas

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    outras pessoas que lhes forem subordinadas, salvo quando colidentes os interesses. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Ainda que no colidentes os interesses, lcita a qualquer das pessoas mencionadas neste artigo a nomeao de outro defensor.

    Art. 31. O STJD e o TJD, por meio das suas Presidncias, devero nomear defensores dativos para exercer a defesa tcnica de qualquer pessoa natural ou jurdica que assim o requeira expressamente, bem como de qualquer atleta menor de dezoito anos de idade, independentemente de requerimento. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 32.(Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    TTULO III DO PROCESSO DESPORTIVO

    Captulo I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 33. O processo desportivo, instrumento pelo qual os rgos judicantes aplicam o direito desportivo aos casos concretos, ser iniciado na forma prevista neste Cdigo e ser desenvolvido por impulso oficial.

    Pargrafo nico. O rgo judicante poder declarar extinto o processo, de ofcio ou a requerimento de qualquer interessado, quando exaurida sua finalidade ou quando houver a perda do objeto. (NR).

    Art. 34. O processo desportivo observar os procedimentos sumrio ou especial, regendo-se ambos pelas disposies que lhes so prprias e aplicando-se-lhes, obrigatoriamente, os princpios gerais de direito.

    1 O procedimento sumrio aplica-se aos processos disciplinares. 2 O procedimento especial aplica-se: (NR). I - ao inqurito;

    II - impugnao de partida, prova ou equivalente; (NR).

  • CBJD Notas

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    III - ao mandado de garantia;

    IV - reabilitao;

    V - dopagem, caso inexista legislao procedimental aplicvel modalidade25; (NR).

    VI (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    VII - suspenso, desfiliao ou desvinculao imposta pelas entidades de administrao ou de prtica desportiva;

    VIII - reviso;

    IX - s medidas inominadas do art. 119; (NR).

    X - transao disciplinar desportiva. (Incluso dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo II DA SUSPENSO PREVENTIVA

    Art. 35. Poder haver suspenso preventiva quando a gravidade do ato ou fato infracional a justifique, ou em hipteses de excepcional e fundada necessidade, desde que requerida pela Procuradoria, mediante despacho fundamentado do Presidente do Tribunal (STJD ou TJD), ou

    25 Cdigo Mundial Antidoping [CMA-AMA] ARTIGO 1 DEFINIO DE DOPAGEM Dopagem definida como a ocorrncia de uma ou mais violaes das normas antidopagem estabelecidas no Artigo 2.1 at o Artigo 2.10 do Cdigo. Regulamento Antidoping da FIFA Artigo 5 Definio de doping// 1. O presente regulamento probe estritamente o doping.// 2. O doping se define como a concorrncia de uma ou mais infraes de normas antidoping segundo se especificam no presente regulamento.// 3. Tanto os jogadores quanto outras pessoas sero responsveis por conhecer os casos que constituem uma infrao das normas antidoping e das substncias e mtodos includos na lista de substncias e mtodos proibidos.//

  • CBJD Notas

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    quando expressamente determinado por lei ou por este Cdigo. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 O prazo da suspenso preventiva, limitado a trinta dias, dever ser compensado no caso de punio. (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    2 A suspenso preventiva no poder ser restabelecida em grau de recurso. (Includo pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    Captulo III DOS ATOS PROCESSUAIS

    Art. 36. Os atos do processo desportivo no dependem de forma determinada seno quando este Cdigo expressamente o exigir, reputando-se vlidos os que, realizados de outro modo, atendam sua finalidade essencial. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Os rgos judicantes podero utilizar meios eletrnicos e procedimentos de tecnologia de informao para dar cumprimento ao princpio da celeridade, respeitados os prazos legais. (AC).

    Art. 37. No correm em segredo os processos em curso perante a Justia Desportiva26, salvo as excees previstas em lei.

    Art. 38. Todas as decises devero ser fundamentadas27, mesmo que sucintamente.

    26 Lei 10.671/03 Art. 35. 1. No correm em segredo de justia os processos em curso perante a Justia Desportiva. 27 Lei 10.671/03 Art. 35. As decises proferidas pelos rgos da Justia Desportiva devem ser, em qualquer hiptese, motivadas e ter a mesma publicidade que as decises dos tribunais federais.

  • CBJD Notas

    42

    Art. 39. O acrdo ser redigido quando requerido pela parte ou pela Procuradoria, e dever conter, resumidamente, relatrio, fundamentao, parte dispositiva e, quando houver, a divergncia. - (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. O auditor incumbido de redigir o acrdo ter o prazo de dois dias para faz-lo, devolvendo os autos Secretaria. (NR).

    Art. 40. As decises proferidas pelos rgos da Justia Desportiva devem ser publicadas na forma da legislao desportiva28, podendo, em face do princpio da celeridade, utilizar-se de edital ou qualquer meio eletrnico, especialmente a Internet. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 41. A Secretaria do rgo judicante numerar e rubricar todas as folhas dos autos, e far constar, em notas datadas e rubricadas, os termos de juntada, vista, concluso e outros. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo IV DOS PRAZOS

    Art. 42. Os atos relacionados ao processo desportivo sero realizados nos prazos previstos por este Cdigo.

    1 Quando houver omisso, o Presidente do rgo judicante fixar o prazo, tendo em conta a complexidade da causa e do ato a ser praticado, que no poder exceder a trs dias.

    28 Lei 10.671/03 Art. 35. As decises proferidas pelos rgos da Justia Desportiva devem ser, em qualquer hiptese, motivadas e ter a mesma publicidade que as decises dos tribunais federais. 2. As decises de que trata o caput sero disponibilizadas no stio de que trata o pargrafo nico do art. 5o.

  • CBJD Notas

    43

    2 No havendo preceito normativo nem fixao de prazo pelo Presidente do rgo judicante, ser de trs dias o prazo para a prtica de ato processual a cargo da parte.

    3 Nas hipteses de competies que se realizem ininterruptamente e findem em prazo no superior a vinte dias, o Presidente do rgo judicante fixar o prazo, tendo em conta a complexidade da causa e do ato a ser praticado, que no poder exceder a trs dias. (AC).

    Art. 43. Os prazos correro da intimao ou citao e sero contados excluindo-se o dia do comeo e incluindo-se o dia do vencimento, salvo disposio em contrrio. (Alterado pela Resoluo CNE n 11 de 2006 e Resoluo CNE n 13 de 2006)

    1 Os prazos so contnuos, no se interrompendo ou suspendendo no sbado, domingo e feriado.

    2 Considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til se o incio ou vencimento cair em sbado, domingo, feriado ou em dia em que no houver expediente normal na sede do rgo judicante.

    Art. 44. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte e para a Procuradoria, exceto em caso de oferecimento de denncia, o direito de praticar o ato. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo V DA COMUNICAO DOS ATOS

    Art. 45. Citao o ato processual pelo qual a pessoa natural ou jurdica convocada para, perante os rgos judicantes desportivos, comparecer e defender-se das acusaes que lhe so imputadas. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 46. Intimao o ato processual pelo qual se d cincia pessoa natural ou jurdica dos atos e termos do processo, para que faa ou deixe de fazer alguma coisa. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

  • CBJD Notas

    44

    Art. 47. A citao e a intimao far-se-o por edital instalado em local de fcil acesso localizado na sede do rgo judicante e no stio eletrnico da respectiva entidade de administrao do desporto. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 Alm da publicao do edital, a citao e a intimao devero ser realizada por telegrama, fac-smile ou ofcio, dirigido entidade a que o destinatrio estiver vinculado. (AC).

    2 Podero ser utilizados outros meios eletrnicos para efeito do previsto no 1, desde que possvel a comprovao de entrega. (AC).

    Art. 48. O instrumento de citao indicar o nome do citado a entidade a que estiver vinculado, o dia, a hora e o local de comparecimento e a finalidade de sua convocao. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 49. O instrumento de intimao indicar o nome do intimado, a entidade a que estiver vinculado, o prazo para realizao do ato e finalidade de sua intimao. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 50. Feita a citao, por qualquer das formas estabelecidas, o processo ter seguimento, independentemente do comparecimento do citado. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. (Revogado pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 O comparecimento espontneo da parte supre a falta ou a irregularidade da citao(AC).

    2 Comparecendo a parte apenas para arguir a falta ou a irregularidade da citao e sendo acolhida, considerar-se- feita a citao na data do comparecimento, adiando-se o julgamento para a sesso subsequente. (AC).

    Art. 51. O intimado que deixar de cumprir a ordem expedida pelo rgo judicante fica sujeito s cominaes previstas por este Cdigo.

  • CBJD Notas

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    Art. 51-A. Se a pessoa a ser citada ou intimada no mais estiver vinculada entidade a que o destinatrio estiver vinculado, esta dever tomar as providncias cabveis para que a citao ou intimao seja tempestivamente recebida por aquela. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Sujeitam-se s penas do art. 220-A, III, a entidade que deixar de tomar as providncias mencionadas no caput, salvo se demonstrada a impossibilidade de encontrar a pessoa a ser citada ou intimada. (Includo pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Captulo VI DAS NULIDADES

    Art. 52. Quando prescrita determinada forma, sem cominao de nulidade, o rgo judicante considerar vlido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcanar a finalidade. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 53. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber parte manifestar-se nos autos e s ser declarada se ficar comprovada a inobservncia ou violao dos princpios que orientam o processo desportivo.

    Pargrafo nico. O rgo judicante, ao declarar a nulidade, definir os atos atingidos, ordenando as providncias necessrias, a fim de que sejam repetidos ou retificados.

    Art. 54. A nulidade no ser declarada:

    I - quando se tratar de mera inobservncia de formalidade no essencial;

    II - quando o processo, no mrito, puder ser resolvido a favor da parte a quem a declarao de nulidade aproveitaria;

    III - em favor de quem lhe houver dado causa.

  • CBJD Notas

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    Captulo VII DA INTERVENO DE TERCEIRO

    Art. 55. A interveno de terceiro poder ser admitida quando houver legtimo interesse e vinculao direta com a questo discutida no processo, devendo o pedido ser acompanhado da prova de legitimidade, desde que requerido at o dia anterior sesso de julgamento. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. As entidades de administrao do desporto tm a prerrogativa de intervir no processo no estado em que encontrar, assim como a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem - ABCD29, nos casos alusivos dopagem. (Redao dada pela Resoluo CNE n 37 de 2013).

    Captulo VIII DAS PROVAS

    Seo I Das Disposies Gerais

    Art. 56. Todos os meios legais, ainda que no especificados neste Cdigo, so hbeis para provar a verdade dos fatos alegados no processo desportivo.30 (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    29 Ver Nota 18. 30 Cdigo Disciplinar da FIFA [CDF-FIFA] Art. 96 Meio de prova 1. Qualquer meio de prova pode ser apresentado. 2. Somente devero ser rejeitados os que forem contrrios dignidade da pessoa humana ou carecerem de valor para estabelecer o direito como provado e para estabelecer os fatos relevantes. 3. So admitidos, em especial, as seguintes provas: o relatrio do rbitro, dos rbitros assistentes, do comissrio ou delegado da partida e do inspetor de rbitros; as declaraes das partes e testemunhas; provas materiais; relatrios de peritos; e gravaes de udio ou vdeo.

  • CBJD Notas

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    Art. 57. A prova dos fatos alegados no processo desportivo incumbir parte que a requerer, arcando esta com os eventuais custos de sua produo. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Independem de prova os fatos:

    I - notrios;

    II - alegados por uma parte e confessados pela parte contrria;

    III - que gozarem da presuno de veracidade.

    Art. 58. A smula, o relatrio e as demais informaes prestadas pelos membros da equipe de arbitragem, bem como as informaes prestadas pelos representantes da entidade desportiva, ou por quem lhes faa as vezes, gozaro da presuno relativa de veracidade. (Redao dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    1 A presuno de veracidade contida no caput deste artigo servir de base para a formulao da denncia pela Procuradoria ou como meio de prova, no constituindo verdade absoluta.

    2 Quando houver indcio de infrao praticada pelas pessoas referidas no caput, no se aplica o disposto neste artigo.

    3 Se houver discrepncia entre as informaes prestadas pelos membros da equipe de arbitragem e pelos representantes da entidade desportiva, ausentes demais meios de convencimento, a presuno de veracidade recair sobre as informaes do rbitro, com relao ao local da disputa de partida, prova ou equivalente, ou sobre as informaes dos representantes da entidade desportiva, nas demais hipteses. 31 (Incluso dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    31 Lei 10.671/03 Art. 30. direito do torcedor que a arbitragem das competies desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta de presses. Pargrafo nico. A remunerao do rbitro e de seus auxiliares ser de responsabilidade da entidade de administrao do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo. Cdigo Disciplinar da Fifa [CDF-FIFA] Art. 98 Relatrios dos oficiais de partida 1. Os eventos descritos nos relatrios dos oficiais de partida tem presuno de veracidade. 2. No entanto, h sempre a possibilidade de prova em contrrio.

  • CBJD Notas

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    Art. 58-A. Nos processos disciplinares, o nus da prova da infrao incumbe Procuradoria. (Incluso dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Art. 58-B. As decises disciplinares tomadas pela equipe de arbitragem durante a disputa de partidas, provas ou equivalentes so definitivas, no sendo passveis de modificao pelos rgos judicantes da Justia Desportiva. (Incluso dada pela Resoluo CNE n 29 de 2009).

    Pargrafo nico. Em caso de infraes graves que tenham escapado ateno da equipe de arbitragem, ou em caso de notrio equvoco na aplicao das decises disciplinares, os rgos judicantes podero, excepci