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HABITAÇÃO SOCIAL NO CENTRO UM PROJETO DE QUALIFICAÇÃO URBANA

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Trabalho Final de Graduação FAUUSP Natália Harumi Tanaka

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HABITAÇÃO SOCIAL NO CENTROUM PROJETO DE QUALIFICAÇÃO URBANA

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Trabalho Final de Graduação FAUUSP

Natália Harumi Tanaka

Prof. Orientador: Antonio Carlos Barossi

Novembro, 2012

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AGRADECIMENTOS

Devo esse trabalho a todos os colegas e professores que me acompanharam durante esses seis anos na FAUUSP e me ensinaram sobre arquitetura, cidade, humanismo e compa-nheirismo. Sou especialmente grata a Luisa Fecchio, Giselle Mendonça, Marcela Ferreira, Mariana Strassacapa e Stela Da Dalt que estiveram sempre presentes e foram essenciais em cada momento da minha formação.

Agradeço ao professor orientador Antonio Carlos Barossi, por toda a dedicação e incentivo no desenvolvimento desse tra-balho. Ao professor Eduardo Ferroni, por todas as conversas e ensinamentos. Aos colegas da Rua Lira e a todos os amigos que me ajudaram na produção desse material, com seus comentários, referências, desenho e apoio.

Também agradeço a minha família por todo o suporte em todos os aspectos da minha vida. Sem ela, nada disso seria possível.

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ÍNDICE

introdução

estrutura do pensamento

o terreno e primeiros ensaios

o projeto

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introdução Eu via o Trabalho Final de Graduação como desafio de resumir em um produto o

conhecimento adquirido durante todo o curso de Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP.

Logo percebi que seria impossível, tanto pelo tempo hábil quanto pela quantidade

conhecimentos que me foram introduzidos durante meu curso nessa faculdade.

Entendi que o mais importante era colocar no trabalho a forma crítica de pensar e

projetar que aprendi com meus colegas e professores. Decidi então escolher um tema

de meu interesse a partir dele, desenvolver um projeto que de alguma forma revelasse

questões urbanas que acredito que o arquiteto hoje deve enfrentar.

O tema escolhido para esse trabalho foi a habitação social. Trato o tema da

habitação não como um estudo encerrado no desenho da unidade ou do prédio,

mas como um elementoda cidade. Assim, a partir de um projeto de habitação em um

terreno específico, busco discutir a qualificação da habitação como uma forma de

qualificação da cidade. Falo da qualificação no sentido de mostrar a ‘qualidade a que

pertence’, de caracterizar e destinar o desenvolvimento da habitação e da cidade a

um ‘morar ideal’.

A cidade hoje é regida pela política econômica de lucro de mercado, e sua produção

e evolução se tornam processos mercantis. O grande mal desse modo de produção

é a fragmentação da cidade em mercadorias a serem fabricadas e consumidas,

sem uma preocupação de planejamento urbano e melhoria da qualidade de vida.

Surgem então arquiteturas-objetos, encerradas em si mesmo como uma escultura; ou

arquiteturas publicitárias e de espetáculo, que vendem uma imagem de modernização.

Nessa produção, a cidade perde sua unidade e sua qualidade de espaço comum. O

“morar” já não é mais a ação protagonista da cidade, mas o “lucrar”. Setores urbanos

que não são capazes de trazer um retorno financeiro são simplesmente abandonados

pelo mercado, e os problemas gerados por essa exclusão são mascarados ou

ofuscados por soluções pontuais que dificilmente tem capacidade de uma mudança

concreta.

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Em sã consciência ninguém se furtaria do dever de tornar as nossas cidades mais convidaticas

no que diz respeito não só ao prazer estético do viver bem (como diriam os Antigos), mas

sobretudo do imperativo social de utilizar os meios técnicos ao nosso alcance em função da

melhoria material das condições de vida dos habitantes dos grandes centros metropolitanos

(aliás, não tem mais cabimento falar em centros pois o que existe, na verdade, é uma grande

rede urbana interligada): Mesmo assim, tenho minhas dúvida quanto às chances de o desenho

urbano se converte se converter num instrumento eficiente de desenvolvimento da vida na

cidade. A própria expressão “desenho urbano” (no lugar de planejamento), pelo que encerra

de restrições, parece anunciar esse estreitamento das possibilidades de mudança real, que no

plano ideológico, como lembrei a pouco, reflete a espécie de renúncia a que obrigou o debâcle

irreversível do Movimento Moderno. Encolhimento que não se deve apenas à interferência

direta dos interesses em jogo, dos verdadeitos agentes urbanos ou promotores do espaço

público: governos — no mais das vezes preocupados em transformar a cidade em imagem publicitária — ou os especuladores imobiliários de sempre (proprietários, construtoras etc.); à qual se somam os limites naturais da profissão, obrigando a dividir

a responsabilidade de qualquer intervenção com outros profissionais; mas, basicamente,

imposto pelo rumo atual do capitalismo, cuja mundialização é responsável em grande parte

por uma urbanização tanto intensa e extensa quanto maios o contigente dos “náufragos da

competitividade” mundiam (só no Brasil, mais de 70% da população pobre reside nas cidades).

Arantes, Otilia. Urbanismo Fim de Linha

Nesse urbanismo limitado, a habitação é apenas mais uma mercadoria. Porém ela

tem características especiais: é territorialmente fixa, de alto custo de produção

e longo período de consumo, e teoricamente é um direito humano de todos. A

maneira que o mercado encontrou para explora seu lucro na habitacão foi através

da especulação e da venda de uma imagem — da casa como símbolo do status de

morador dentro da sociedade. A habitação social por sua vez não é um atrativo para

o mercado privado, já que exige um investimento inicial grande e o seu consumidor

não têm o poder financeiro de proporcionar um lucro rentável. Resta ao Estado suprir

essa demanda de moradias para a população de baixa renda. Mas o pensamento

mercantilista prevalecer sobre a produção de habitação, o problema não será

resolvido.

O que frequentemente vemos na produção de habitação social brasileira é a falta de

cuidado com o projeto, mal justificado pela urgência de demanda e falta de recursos.

Porém, é através do projeto que nos tornamos capazes de encontrar soluções

econômicas e de qualidade.

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O “déficit habitacional” percebemos que o que falta não é moradia para a população,

pois as pessoas vivem em algum lugar. O que falta é acesso a moradia de qualidade.

Estudos encomendados pela SEDU (Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano)

a Fundação João Pinheiro evidenciam que a maior parte dos problemas de habitação

está na inadequação do domicílio. Nesses estudos a inadequação é caracterizada

pelo pela carência de infraestrutura, pelo adensamento excessivo, pela inadequação

fundiária e pela inexistência de unidade sanitária exclusiva. Dentre esses critérios, o

mais recorrente é o de carência de infraestrutura — o relatório emitido pela Fundação

João Pinheiro, em 2000, no Brasil 11.992.535 sofriam de carência de infraestrutura;

3.215.997 não possuíam banheiro; 2.839.170 apresentavam adensamento excessivo;

2.173.068 apresentavam inadequação fundiária. Além da inadequação, o estudo

quantifica também o déficit, que é caracterizado pela necessidade de incremento/

reposição do estoque pela precariedade da construção, pela coabitação familiar ou

pela localização da moradia para lugar impróprio ao uso residencial — em 2000 esse

déficit era de 7.222.645. Esses dados mostram que o problema da habitação muitas

vezes não está ligada ao desenho da unidade em si, mas envolvem outras questões

urbanas como disponibilidade de infraestrutura, localização e adensamento, as quais

exigem uma planejamento urbano. A habitação só será adequada quando estiver bem

inserida na cidade. O que acontece hoje é que a população mais pobre está excluída

do mercado, e assim excluída da cidade.

Incluir a habitação social na cidade não deve ser visto como um problema mas uma

solução. Habitações bem inseridas são capazes de melhorar o trânsito da cidade ao

exigir menos deslocamento, evitar a poluições clandestina de rios e mananciais ao

oferecer saneamento básico, diminuir o desmatamento e deslizamentos ao planejar

os locais próprios para habitação e qualificar o lugar ao desenhar o espaço urbano e

trazer habitantes para animá-lo.

Nesse trabalho não procuro montar um plano urbano, apesar de acreditar que ele seja

essencial. O que proponho desenvolver um projeto de habitação que traga algumas

questões que devem estar em pauta nesse urbanismo ideal. Tento trabalhar o projeto

da habitação como um processo de qualificação da moradia e da cidade, os dois

ao mesmo tempo e de modo indissociável. Parto de uma construção de análise de

qualidade da habitação para retirar dela requisitos de projeto que ajudem a qualificar

a cidade. Após esse estudo, escolho um terreno e desenvolvo um projeto de habitação

social que tente sintetizar e exemplificar as questões levantadas pelo estudo.

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Como metodologia de projeto parti de um estudo sobre a análise da produção de

habitação social no Brasil. Diversos trabalhos já foram realizados para estudar

o tema, desde sua história, seus parâmetros de qualidade até seus requisitos de

projeto. Aqui destaco alguns conceitos de análise que elegi importantes para pensar o

planejamtendo de habitação urbana.

Não pretendo apresentar uma análise de projetos nem montar uma lista de critérios

de projeto rígidos, mas levantar uma discussão sobre nosso modelo urbano para

pensar propostas futuras e indicar rumos para um urbanismo mais humano. Esse foi o

método de abordagem adotado para iniciar o projeto de forma mais consciente.

Destaco três escalas de análise: a da inserção urbana, a da implantação e da unidade

habitacional. Acredito que só uma solução que englobe essas três escalas é capaz

de garantir a habitabilidade ideal, que seria aquela que permite o desenvolvimento da

vida domiciliar e da vida urbana. Essa estrutura de análise da habitação é baseada

principalmente em de dois trabalhos anteriores: na tese de doutorado Projeto de

habitação em Favela: Especificidades e Parâmetros de Qualidade, de Patrícia Samora

pela Universidade de São Paulo, 2009; e no trabalho do LABHAB Produzir Casas ou

Construir Cidades?, coordenado por João Sette Whitaker Fereira, 2012.

A inserção urbana diz respeito a escala da metrópole e leva em consideração a

localização em relação as infraestruturas e serviços urbanos. A implantação diz

respeito a escala da vizinhança próxima e fluidez do projeto. A unidade remete ao

espaço familiar restrito e suas relações entre os cômodos e usuários.

estrutura do pensamento

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i) inserção urbana

O que seria uma boa inserção urbana? Acredito que seria aquela que garantisse prin-

cipalmente dois quesitos: mobilidade e acesso a infraestrutura e serviços urbanos, de

modo geral seria aquela que incluísse a habitação dentro da cidade.

Parece óbvio que uma residência urbana esteja inserida na cidade, porém, se

consideramos a cidade sobre o perímetro de expansão de serviços, infraestrutura e

dinâmicas urbanas de qualidade, vemos que esse não é o padrão de construção que

estamos realizando.

O que observamos no crescimento de São Paulo hoje é o espraiamento urbano com

uma segregação socio-espacial promovido pela especulação imobiliária. A super-

valorização de terrenos nas áreas centrais expulsa a população carente cada vez

mais para a periferia onde não existe urbanidade, exigindo do governo gastos com

a ampliação das infraestruturas e serviços urbanos. Enquanto isso, o polo econô-

mico, e consequentemente o local de trabalho e a renda, se concentram próximos

as habitações de alto padrão. Ao mesmo tempo os centros históricos foram sofrem

um abandono do mercado imobiliário, resultando em um esvaziamento residencial e

degradação física.

Meyer, Regina maria Prosperi, Dora, Marta Grosrein, e

Biderman, Ciro. São Paulo Metrópole. Edusp, São Paulo, 2004.

O conjunto de bairros denominados denominados bairros centrais, situados ao redor do Centro Histórico, do município de São Paulo, perdeu população. Essa perda se ex-pandiu tanto pela diminuição global do número de domicílios e de domicílios alugados quanto pela degradação ou abandono dos imóveis existentes. Em contraponto, e como parte desse mesmo processo, as periferias metropolitanas continuam a apresentar índices de crescimento populacional elevados. A face visível dessa dinâmica de distri-buição da população na cidade e na metrópole está relacionada com a precariedade e o estado de abandono que pode ser verificado tanto nos bairros centrais quanto nas periferias metropolitanas. A busca permanente de espaços de moradia pelas camadas mais pobre conduz o processo. A sua irracionalidade está produzindo a ocupação urbana devastadora, cujo o traço principal é o desperdício de significativas parcelas de solo urbano plenamente equipado com infraestrutura básicaEssa dinâmica instalou-se em São Paulo de forma intensa e criou um novo paradoxo urbano e econômico: áreas plenamente equipadas em infraestrutura e transporte de massa encontram-se em processo de esvaziamento populacional, enquanto se abre indiscriminadamente novos e distantes setores de expansão urbana. Essa expansão centrípeta ocorre tanto em função do alojamento dos mais pobres nas periferias carentes de infraestrutura urbana e equipamentos sociais quando dos mais ricos, abrigados em condomínios fechados, situados ao longo de rodovias que dão acesso a área central, sobrecarregando ainda mais o insuficiente sistema viário. Fica claro que o elemento mais básico e essencial de uma política urbana metropolitana, isto é, aquele que garante a articulação entre a habitação, o saneamento básico e o trans-porte público de massa, não foi objeto de ação do poder público.

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Mapa da taxa de crescimento anual da população1991-2005

Mapa da expansão urbana1881-2002

Mapa disponíveis em http://smdu.prefeitura.sp.gov.br/panorama/

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Para garantir a qualidade do habitar, é preciso articular a construção de

casas com a oferta de serviços urbanos. No entanto, esse pensamento é

ainda muito recente na política habitacional do Brasil. O que percebemos

na produção brasileira de habitação social é um modelo herdado desde a

época do BNH de um padrão periférico de urbanização com a construção

de grandes conjuntos habitacionais sem um verdadeiro planejamento

urbano. No período do BNH não havia uma preocupação com a inserção

urbana da habitação e foram construídos inúmeros conjuntos habitacio-

nais em cidades-dormitórios da região metropolitana. As zonas periféri-

cas não configuraram novos polos urbanos, já que a atividade econômica

da cidade continuou concentrada territorialmente. A característica dessas

zonas periféricas é o uso mono-funcional de habitação para uma popula-

ção de baixa renda e pela invasão de áreas de mananciais e preservação

ambiental, trazendo riscos para essa população e comprometendo a

qualidade dos recursos da cidade. Além disso, para ter acesso aos polos

de trabalho e de serviços urbanos que caracterizam a cidade, essa popu-

lação excluída territorialmente e socialmente é obrigada a ter um gasto

financeiro/temporal de locomoção excessivo.

Após a falência do BNH, houve uma descentralização das políticas habi-

tacionais. Essas acabaram nas mão da gestão municipal, que tinha maior

capacidade de integrar soluções habitacionais com políticas fundiárias e

de controle e uso do solo. Porém, a descentralização aconteceu pela au-

sência de gestão institucional e não por uma reforma organizada do poder.

Assim, a política habitacional passou por um período de instabilidade até

que os órgãos municipais, estaduais e federais conseguissem repartir as

competências e responsabilidades. Com a criação do Ministério das Cida-

des em 2003, a Secretaria Nacional da Habitação passa a ser articulada

com a Secretaria de Planos Urbanos, a Secretaria de Saneamento Am-

biental e a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana. Nesse modelo

de gestão, o planejamento da habitação é indissociável ao planejamento

da cidade, o que é essencial.

Para resolver o problema da habitação o governo percebe então que é

preciso resolver problemas urbanos e parece demonstrar duas frentes de

ação, uma de reparação e outra de reversão.

A primeira diz respeito a reconhecer a zona periférica e incluí-la na cidade

no sentido de abastecê-la com infraestrutura, serviços, equipamentos

urbanos e atividade econômica capaz de gerar novos polos urbanos e

diminuir o deslocamento da população. Também diz respeito ao reconhe-

cimento das favelas como parte real da cidade e a urbanização das mes-

mas, com remoções apenas em invasão de áreas de risco ou de proteção

ambientam e de áreas com adensamento excessivo.

Urbanização da favelas: esforço do poder

público de garantir a habitabilidade das

regiões periféricas, reconhecendo a

“cidade informal”, levando infraestrutura e

substituindo as habitações precárias.

1. conjunto habitacional do Jardim Olinda,

Jaguaré, São Paulo.

Foto: SAMORA, Patrícia. Tese de Doutorado,

FAUUSP, 2009.

2. recuperação das áreas de mananciais:

urbanização do Cantinho do Céu, Grajaú,

São Paulo.

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A segunda frente de ação, a de reversão, seria a de recuperar as zonas centrais para o

uso habitacional, evitando que a população seja empurrada ainda mais para a periferia e o

centro fique despovoado nos períodos não comerciais, dinamizando assim seu uso. A região

central já possui toda a rede de infraestrutura, transporte, e serviços urbanos, mas está sendo

subutilizada. Além do abandono do uso residencial, o centro também sofreu o abandono de

antigas indústrias e depósitos, por isso há um grande número de terrenos ociosos e edifícios

desocupados que poderiam ser destinados ao uso habitacional. É importante destacar que

segundo as estatísticas demográficas, a quantidade de edifícios vazios nos centros urbanos é

suficientes para suprir a déficit habitacional.

O que se procura é então levar a cidade para a habitação e habitação para a cidade, criando

um território mais homogêneo e garantindo a boa inserção urbana de todos os pontos da

cidade.

1. Projeto Habitação Social Assembléia do escritório UNA. 2o colocado no concurso Habita-

Sampa promovido em 2004 pela Sehab para a construção de 150 unidades habitacionais de

locação no centro. O projeto ganhador, do escritório Andrade&Morettin, não foi construído,

porém o concurso revela uma preocupação em retomar o uso residencial na região central, e

em oferecer acesso a habitação por meio da locação social, pelo qual o governo constrói ou

reforma imóveis e depois os aluga por um preço subisidiado. A opção do alugal é uma grande

alternativa para o problema de renda na oferta da habitação, pois não exige um grande inves-

timento inicial pela parte do morador.

2- Inserção da Vida dos Idosos, projeto do escritório Viglecca&Associados, 2003-2007. O

conjunto habitacional se insere no programa ProCentro e é destinado ao idoso de baixa renda.

O projeto é um exemplo de habitação social de qualidade e bem inserida na cidade e hoje já

é referência urbana para os moradores da região. Além das 145 unidades, o conjunto também

conta com salas de uso múltiplo, onde frequentemente são realizadas atividades com agen-

tes sociais, complementando a ação de inclusão social.

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ii) implantação

A análise da implantação leva em consideração a integração do projeto com o

entorno e o espaço configurado pelas suas construções. Não existe uma implan-

tação correta ou errada, as opções de ocupação de um terreno são infinitas.

Porém ao observar a produção atual e seus resultados, podemos eleger situações

desejáveis e indesejáveis e a partir disso elencar alguns parâmetros de projeto.

Na nossa política habitacional vemos um empobrecimento da cultura de projeto.

Frequentemente sobre a desculpa da falta de recursos e a urgência de suprir a

demanda de habitação opta-se por soluções padrões que dispensam um verdadei-

ro projeto de arquitetura. Na década de 90 por exemplo, a CDHU aderiu a política

da padronização, da “arquitetura de catálogo”, e construiu milhares de edifícios

carimbos na região metropolitana de São Paulo: são os famosos “edifícios H”, de

5 pavimentos (térreo mais 4), sem elevador; e na no interior do Estado optou se

pelos conjuntos de casa embrião térea, de 26,71m2. .

A repetição desmedida de uma mesma solução empobrece a paisagem e, sem

marcos urbanos, as habitações perdem a identidade e o “endereço”. O descaso

com o espaço comum, gera locais vazios, sem uso específico que constantemente

se tornam locais de violência e vandalismo.O uso exclusivamente residencial e de

um único grupo social também reduzem as trocas e vivências urbanas, refletindo

a monotomia estética no viver cotidiano. Pela baixa qualidade de espacial e social

desses conjuntos, criou-se um estigma de morar em uma habitação social.

O que se pode observar, a partir daí, é o empobrecimento das preocupações projetuais: escolhe-se uma das tipologias do catálago, utilizando num projeto de aprcelamento homogêneo – com lotes variando de 240m2 a 435m2 – constituindo tramas regulares, sem nenhuma proposta de forma urbana que não a justaposição lado a lado de lotes e casas num território, em geral afastados da trama urbana existente. Muitos dos projetos de parcelamento com unidades unifamiliares de-senvolvidas e implantdas pela CDHU – anos 80 e 90 – são ‘ilhas’ no meio de áreas não urbanizadas. A idéia da casa isolada no lote, ou geminada suas a duas, não coloca nenhuma questão nova, nem mesmo do ponto de vista plástico-construtivo. A arquitetura é pouco propositiva e não há experimentação de arranjos urbanos diferenciados, com novas dimensões ou outras relações entre os espaços coleti-vos e públicos, que repensasse as dimensões da quadra, do lote, do viário.

Rubano, Lizete Maria. Cultura de projeto: um estudo das idéias e propostas para habitação coletiva. 2001 , p.97.

1. Manaus

2.Campinas

3.São Paulo

4.São Paulo

1,2 e 3 : LABHAB Produzir Casas ou Construir Cidades?, 2012.4: territoriopoeticocidadetiradentes.wordpress.com

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1. Área de Portais

2. Celso Garcia

3. Pedregulho

Sem o estudo do projeto também se perde a preocupação com a escala nos novos

emprendimentos residencias. As vezes, o potencial construtivo de um terreno é

desperdiçado com uma ocupação horizontal sobre a desculpa do alto custo de

manutenção de elevadores, sendo que esse poderia ser compensado pela multi-

plicação da área cosntruída. Outras vezes, a verticalização excessiva descaracte-

riza o local e sobrecarrega o sistema de infraestrutura existente.

Em meio a essa produção falida de habitação, acredito que deveríamos valorizar

os bons projetos, não como modelos, mas como referências que nos dêem parâ-

metros de qualidade e que constituam um repertório de projeto. Nessa análise,

para questões didáticas, podemos destacar alguns parâmetros de implantação

como a : Integração com a malha urbana e o sistema viário existente; fluidez ur-

bana; ventilação e insolação de todas suas unidades e dos vizinhos; estruturação

das área de uso comum de fácil apreensão e apropriação do usuário; adequação

a topografia. Podemos assim retirar de experiências passadas lições para propo-

sições futuras.

Para exempleficar algumas estratégas de implantação podemos citar o projeto

de urbanização da favela de Osasco do escritório Viglecca&Associados (foto1).

Nele há uma preocupação de distribuição dos edifícios para criar espaços de

apropriação social no interior da quadra. Junto as habitações são inclusas áreas

de lazer e comércio, que com seu uso criam um sentido de lugar para o bairro.

No Conjunto Celso Garcia (foto 2), os edifícios se acomodaram no relevo e cria-se

uma rua interna ao prédio, na cota de acesso superios. No consagrado projeto de

Pedregulho (foto3), a lâmina habitacional de acomoda na cota alta do terreno, e

na cota baixa o programa é complementado por equipamentos sociais, criando-se

assim uma vizinhança.

Podemos dizer que somente pela valorização da etapa de projeto podemos pode-

mos chegar a soluções de implantação capazes de potencializar as qualidade lo-

cais e estruturar o espaço urbano. A implantação deve ser pensada não no âmbito

do edifício isolado, mas como uma parte constituinte da do desenho da cidade.

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iii) unidade habitacional

A escala da unidade habitacional é a que configura a vida doméstica, por isso é im-

portante conhecer o perfil da família moderna brasileira para propor uma organização

espacial condizente com as suas necessidades.

A casa tradicional brasileira apresenta a divisão da área social e de serviços. Essa

configuração é uma herança da histórica de separação espacial entre patrões e

empregados, onde todo o serviço era realizado pelos empregados e comandados pela

mulher, distante dos olhos dos patrões. Hoje em dia já não existe mais essa divisão do

trabalho. É comum que todas os deveres doméstico sejam dividido entre os membros

da família, e a mulher que antes era a “dona de casa”, hoje está inserida no mercado

de trabalho. Assim a divisão social/serviços já não faz sentido.

Além disso, a composição da família moderna é muito diversificada. Não podemos

adotar como base o conceito de família de pai, mãe e filhos. Dados do IBGE mostram

o crescente número de famílias compostas por pai ou mãe solteira, núcleos familiares

sem vínculos de sangue, e residências com mais de um núcleo familiar. Essas diferen-

tes composições exigem formas diferentes de se relacionar.

Cada família circula num modo particular de emocionar-se, criando uma “cultura”

familiar própria, com seus códigos, com uma sintaxe própria para comunicar-se e

interpretar a comunicação, com suas regras, ritos e jogos.

SZYMANSKI, Heloísa. Teorias e “teorias” de famílias, em A família contemporânea em

Debate. Ed. PUC-SP, São Paulo, 1995.

O desenho da unidade então trás o desafio de organizar o espaço que permita o

desenvolvimento de diferentes famílias e culturas familiares, sem limitar sua evolução.

Deve então proporcionar uma flexibilidade para que cada família possa se apropriar

do espaço imprimindo lhe sua identidade própria.

As mudanças no perfil da família brasileira também revelam que os membros que

a compões desejam cada vez mais independência. Assim, o desenho da unidade

precisa garantir que as diferentes atividades realizadas dentro da casa não interfiram

umas nas outras.

Para organizar essa habitação é preciso então entender as funções do morar. Hoje

no Brasil são consideradas cinco funções básicas: repousar, estar, cozinhar, comer

e higienizar. Somente essas funções não são suficientes para contemplar todas as

atividades doméstica. Em Portugal por exemplo além de contemplar essas funções

básicas, a habitação social também deve incluir as funções complementares: lazer

e trabalho dos adultos, lazer e estudo dos jovens e crianças, contato com o exterior,

lavar e cuidar das roupas. O projeto da unidade deve estudar os cômodos necessários

para realização de todas essas funções e a relação de um cômodo com o outro.

Outro requisito de projeto importante para essa escala é a circulação e a privacidade

entre os ambientes e entre as unidades. Só assim a independência do morador será

garantida.

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No estudo da unidade também deve se ter em mente

o conforto ambiental de todos os cômodos, buscando

iluminação e ventilação natural. Também devemos

rever o dimensionamento ideal para a habitação social.

O que vemos na produção atual é que para diminuir o

custo, a habitação tem a área e o pé direito reduzidos,

o que interfere na qualidade dessa moradia. A questão

da habitação sempre volta para o problema da renda,

mas o arquiteto, dentro de sua área, deve propor solu-

ções que atendam as condições mínimas de habitabi-

lidade. Devemos levar em conta o dimensionamento

dos móveis e áreas de circulação para não restringir a

qualidade de vida da casa.

Ensaios de projeto

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Após estudar alguma hipóteses de local de intervenção, optei por um terreno na área

central pelo desafio de trabalhar sobre a cidade consolidada e por todas as facilida-

des urbanas que acredito que o morador do centro possui. A área por sua localização

estratégica é tema de discussões de projetos dentro da própria prefeitura e por isso

julguei enriquecedor discutir uma possibilidade de projeto no meio acadêmico onde

existem ações concretas do governo, um projeto que já se enquadra no plano urbanís-

tico existentw.

A área de projeto faz parte da Operação Urbana Centro, a qual engloba o “centro

velho” e o “centro novo”. Essa Operação Urbana procura recuperar a área central

tornando a mais atrativa para investimentos imobiliários, comerciais, culturais e co-

merciais. É uma política de dinamizar o centro metropolitano tornando o atrativo para

empreendimentos imobiliários. Para isso a prefeitura dá incentivos construtivos como

o aumento do potencial de construção, regularização de edificações, etc. Pretende

assim tornar mais rentável os empreendimentos nessa área, apesar do alto custo da

terra.

O ProCentro é outro programa pretende desenvolver e dinamizar a região central, mas

pela reabilitação urbanística e inclusão social. Entre suas metas está a recuperação

da função social da terra e a qualificação do ambiente urbano. Nele, a habitação é

pensada juntamente com questões sociais, administrativas, de transporte e de segu-

rança. Esse programa já vem gerando resultados positivos.

Em uma escala mais local há inclusive para a área um projeto da COHAB de reade-

quacão de 2 edifícios abandonados para o uso residencial, um já concluído e o o outro

em reforma. A própria COHAB também fez um estudo de projeto para a quadra e des-

taca seu potencial para o uso residencial e adensamento, revelando a necessidade de

pensar a área como um todo, e não como a soma de pequenas intervenções.

Todos esses programas voltados para a região contextualizam o projeto de habitação

dentro de um projeto de cidade, não sendo sendo um caso isolado e excepcional, mas

um exemplo de intervenção dentro a política urbana vigênte, e que tenta qualificar a

cidade.

o terreno e primeiros ensaios

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Inserção Urbana

A habitação no centro de São Paulo se beneficia da rede de infraestrutura já consolidada e de todos os equipamen-

tos urbanos existentes no local. A área de projeto está próxima de equipamentos educacionais, culturais, de saúde

e lazer; têm acesso fácil a diversas linhas de ônibus e de metrô; está próximo de grandes centros comerciais e de

serviço. Nesses critérios podemos dizer que o terreno possui uma ótima inserção urbana.

Porém, apesar da localização estratégica dentro da cidade, o terreno está isolado por grandes estruturas metropoli-

tanas, e seu potencial urbano não é aproveitado. Ao norte ele é delimitado pela Avenida Vinte e Três de Maio, a Leste

pelo Viaduto Brigadeiro Luís Antônio, ao sul pela Avenida Maria Paula e a leste pelo Terminal Bandeira. O desenho ur-

bano atual faz com que essas estruturas metropolitanas funcionem como barreiras locais e descaracterizem o local.

Av. 9 de Julho

Rua Maria Paula

Rua da Consolação

Av. 23 de Maio

Rua

Brig

adei

ro L

uís A

ntôn

io

Av. Ipira

nga

Av. Radial Leste-Oeste

Page 25: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Av. do Estado

Av. do Alcântara Machado

Av. Rangel Pestana

Área da O

peração Urbana Centro

Page 26: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Lotes não edificados e ocupados por estacionamento

Rua A

sdrubal do Nascim

ento

Rua Maria Paula

Rua Santo

Amaro

Via

duto

Brig

adei

ro L

uis

Ant

ônio

Av. 23 de Maio

Tv. Noschese

Ru

a Gen

ebra

A Ocupação da quadra

A Rua Maria Paula é densa e homogênea, ocupada por altos edifícios residenciais ou de ser-

viço com comércio no térreo que formam uma massa edificada. Com esse uso, há uma grande

quantidade de pedestres que animam a rua. No entanto, no interior da quadra a ocupação

é muito contrastante: observa se grandes lotes não construídos que hoje são usados como

estacionamento e casarios antigos abandonados ou com uso muito precário. Assim, não

apresenta nenhum atrativo urbano e serve apenas de passagem para o veículo que acessa a

Av. 23 de Maio ou que precisa ser guardado em um dos estacionamentos.

Como premissa de projeto então está o aproveitamento do potencial construtivo da área com

um uso capaz de gerar vida urbana.

Page 27: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

vista travessa noschese

Vista da Avenida Maria Paula

Page 28: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Vista da aproximação pelo Viaduto Brigadeiro Luis Antônio

Vista da aproximação pela passarela do Terminal Bandeira

Vista a partir da Av. 23 de Maio

Page 29: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Leitura Urbana

A ocupação da área hoje não permite uma compreensão urbana imediata pois

não tem uma unidade morfológica. Edifícios altos e lotes vazios se intercalam

e se perde a noção de profundidade e continuidade da quadra. Não é possível

compreender a ocupação da quadra por nenhuma aproximação, apesar do

grande campo de visão gerado pela geografia do vale da Av. 23 de Maio. Além

disso, como a maioria dos prédios não possuem recuos laterais, grandes empe-

nas cegas que empobrecem a paisagem.

Com o projeto pretende se reconstruir o desenho da quadra e dar forma a ma-

lha urbana. Também busca valorizar tanto a visual do vale a partir da quadra e

da quadra a partir do vale.

Page 30: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Os fluxos

Com todo o comércio e serviço da região, a área é muito movimentada. O caminho na Rua Maria

Paula é agradável, com calçadas largas e arborizadas, porém no restante da área a escala do pe-

destre é esquecida.

No Viaduto Brigadeiro Luis Antônio há um ponto de ônibus muito utilizado mas mal dimensionado

para o pedestre. A calçada que o liga a Rua Maria Paula é estreita e limitada por um muro cego.

Na rua Asdrúbal de Nascimento há um grande fluxo de veículos, mas não de pedestre, assim como

as demais ruas.

Como estratégia de projeto pretende se trabalhar com novos percursos para o pedestre, que aju-

dem a animar o interior da quadra e recuperar a escala humana.

Page 31: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Fluxo de pedestres entre a Rua Maria Paula e o ponto de ônibus no Viaduto Brigadeiro Luis Antônio

Page 32: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

302928272324

LOTES EDIFICADOS em cinza edificações que seriam desapropriadas para execução do projeto.

12 3

45

67 8 9 10

11 12

1314

15

16171819

20

21

23

24

2526

27

28

293031

32

33

34

35

Rua Santo Amaroem destaque os edifício que o projeto propõe manterobs.: edifício 28, que hoje se encontra abandonado, é um patrimônio histórico.

Rua Asdrúbal do Nascimentoem destaque os edifício que o projeto propõe manterobs.: edifícios 14 e 15 estavam abandonados e foram reformados pela COHAB para o uso residencial.

Page 33: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

LEVANTAMENTO DO ENTORNO CONSTRUÍDOÁREA DE INTERVENÇÃO 36.270 m2

RUA LOTE USO PAV. PROJ. [m2] C.0. CONST. [m2] C.A.LOTE PROJ. CONST. PROJ. CONST.

Rua Maria Paula1 hab. 21 779 310 6.510 407 814 717 0,92 7.324 9,402 inst. 7 501 286 2.002 214 214 500 1,00 2.216 4,423 hab. 9 291 163 1.467 111 111 274 0,94 1.578 5,424 relig. 12 1.724 493 5.916 710 2840 1203 0,70 8.756 5,085 inst. 14 963 314 4.396 283 1132 597 0,62 5.528 5,746 hab. 20 992 499 9.980 356 1424 855 0,86 11.404 11,507 hab. 7 285 246 1.722 0 0 246 0,86 1.722 6,048 serv. 11 399 261 2.871 138 552 399 1,00 3.423 8,589 serv. 12 489 227 2.724 0 0 227 0,46 2.724 5,5710 serv. 12 240 161 1.932 0 0 161 0,67 1.932 8,0511 hab. 11 307 175 1.925 0 0 175 0,57 1.925 6,2712 serv. 12 365 344 4.128 0 0 344 0,94 4.128 11,31

Rua Asdrúbal13 hab. 12 261 207 2.484 0 0 207 0,79 2.484 9,5214 hab. 10 286 203 2.030 0 0 203 0,71 2.030 7,1015 comerc. 3 237 197 591 0 0 197 0,83 591 2,4916 hab. 11 731 424 4.664 0 0 424 0,58 4.664 6,3817 hab. 9 318 241 2.169 0 0 241 0,76 2.169 6,8218 serv. 3 285 227 681 0 0 227 0,80 681 2,3919 serv. 2 232 232 464 0 0 232 1,00 464 2,0020 comerc. 2 387 375 750 0 0 375 0,97 750 1,9421 hab. 13 509 303 3.939 0 0 303 0,60 3.939 7,7422 hab. 14 584 150 2.100 584 584 734 1,26 2.684 4,6023 comerc. 20 1.211 108 2.160 0 0 108 0,09 2.160 1,7824 hab. 19 266 258 717 0 0 717 2,70 717 2,7025 hab. 14 165 147 2.058 0 0 147 0,89 2.058 12,47

Rua Santo Amaro26 comerc. 2 116 116 232 0 0 116 1,00 232 2,0027 2 230 216 432 0 0 216 0,94 432 1,8828 serv. 21 531 244 5.124 0 0 244 0,46 5.124 9,6529 serv. 6 270 258 1.548 0 0 258 0,96 1.548 5,73

Rua Genebra30 inst. 6 401 292 1.752 110 110 402 1,00 1.862 4,6431 serv. 30 628 86 1.570 0 0 1570 2,50 1.570 2,5032 serv. 11 402 312 3.432 0 0 312 0,78 3.432 8,54

Tv. Noschesse33 hab. 2 271 271 542 0 0 271 1,00 542 2,0034 hab. 1 71 71 71 0 0 71 1,00 71 1,00

TOTAL EDIFICADO 15.727 14.547 0,92 98.899 6,29TOTAL QUADRA 36.270 14.547 0,40 98.899 2,73

ÁREA [M2] ÁREA ESTAC. [M2]

É importante aproveitar o potencial construtivo dessa região bem inserida na cidade, porém o adensamento precisa

ser controlado para criar um ambiente agradável e salubre para seus habitantes.

A Operação Urbana Centro permite um coeficiente de aproveitamente máximo igual a 6, que é próximo a média do

aproveitamento dos lotes hoje construídos. Mas quando analisamos a área de intervenção como um todo, temos um

coeficiente de aproveitamente de apenas 2,73. A partir dessa análise, optei por desapropriar os lotes de estaciona-

mento e imóveis com baixo aproveitamento do solo para adensar a quadra. Mantenho apenas do casario tombado

da Rua Santo Amaro (28) e o casario da esquina (27) na mesma rua como uma memória de uma ocupação urbana

anterior. Em seguida realizei alguns estudos de ocupação e adensamento para compreender melhor o resultado do

coeficiente estipulado pela operação urbana e chegar a um plano de para a área.

Page 34: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

ÁREA CONSTRUÍDA: 99.000 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 2,73

SITUAÇÃO ATUAL

ÁREA CONSTRUÍDA: 217.620 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 6

SUPER ADENSAMENTO DOS VAZIOS

ÁREA CONSTRUÍDA: 145.000 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 4

PARTIDO DO PROJETO

Page 35: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Adensamento da quadra

Por meio dos estudos percebi que a grande taxa

de aproveitamento do solo permitida pela opera-

ção urbana é mais um incentivo para empreendi-

mentos nessa área do que um ideal de urbaniza-

ção. A cidade precisa de vazios que permitam a

ventilação e insolação dos edifícios e que criem

espaços de convívio mais agradáveis, principal-

mente quando se trata de áreas residenciais.

Para chegar ao aproveitamento 6 da área total,

seria preciso super-adensar todos os vazios e

construir prédios fora da escala do entorno e des-

proporcional para o uso. Porém, se utilizarmos um

coeficiente 4 é possível adensar a quadra, manter

a escala dos prédios existentes e criar uma praça

urbana que garanta a aeração entre os edifícios

e o convívio urbano, por isso adotei para o projeto

essa escala de adensamento.

ÁREA CONSTRUÍDA: 99.000 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 2,73

ÁREA CONSTRUÍDA: 217.620 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 6

ÁREA CONSTRUÍDA: 145.000 m2COEFICIÊNTE DE APROVEITAMENTO DO SOLO: 4

Page 36: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

estudos maquetepartido: praça interna;eixos de conexão entre as ruas

Page 37: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

configurar praça interna a quadra

recuperar continuidade da fachada

respeitar gabarito do entorno

conectar níveis

criar percursos de pedestre

Page 38: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana
Page 39: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

O projeto de habitação da área é composto pela construção de 11 prédios habitacionais, 2 de serviços, 1 creche e 1 de estacionamento. Essas novas construções ocupam os lotes vazios e tentam recuperar o desenho urbano e dar unidade a quadra.

A implantação proposta adensa a área com 553 unidades habitacionais e ao mesmo tempo configura espaços de respiro e convívio urbano no interior da quadra. Esses espaços tentam se contrapor com o movimento e escala das grandes avenidas do entorno, para assim proporcionar um local de descanso de caráter mais doméstico.

A ocupação do miolo da quadra também tenta criar novos percursos de pedestre que conectem a cota baixa do vale com a cota alta da cidade

o projeto

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Page 41: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

IMPLANTAÇÃO

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RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

residencialcomércio e serviçoscrecheestacionamentoexistentefluxos

planta térreo

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RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

loja loja loja loja loja loja lojaloja

lojaloja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

lojaloja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

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.742

.745

.748

.748

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RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

loja loja loja loja loja loja lojaloja

lojaloja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

lojaloja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

loja

0 5 20

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Page 49: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

planta nível 748

RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

residencialcomércio e serviçoscrecheestacionamentoexistentefluxos

RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

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RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. GRASSI TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

loja lojalojalojalojalojaloja loja

lojaloja

loja

lojaloja

loja

loja

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.742

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.744

.744

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RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. GRASSI TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

loja lojalojalojalojalojaloja loja

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loja

lojaloja

loja

loja

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.744

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planta nível 751

RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

RESIDENCIAL

COMÉRCIO E SERVIÇOS

CRECHE

ESTACIONAMENTO

EXISTENTE

FLUXOS

residencialcomércio e serviçoscrecheestacionamentoexistentefluxos

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RUA MARIA PAULA

RUA GENEBRA

RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. GRASSI TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

VIADUTO BRIGADEIRO LUÍS ANTON

IO

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.751

.753

loja

loja

loja

loja

loja

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RUA MARIA PAULA

RUA GENEBRA

RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. GRASSI TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

TERM. BANDEIRA

VIADUTO BRIGADEIRO LUÍS ANTON

IO

.742

.745

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.748

.739

.740

.737

.742

.739

.751

.744

.741

.751

.751

.753

loja

loja

loja

loja

loja

0 5 20

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hishmpserviços

planta pav tipo

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RUA MARIA PAULA

RUA GENEBRA

RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

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ARO

TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

VIADUTO BRIGADEIRO LUÍS ANTON

IO

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RUA MARIA PAULA

RUA GENEBRA

RUA ASDRÚBAL DO NASCMIENTO

RUA

SANT

O AM

ARO

TV. NOSCHESE

AV. VINTE E TRÊS DE MAIO

VIADUTO BRIGADEIRO LUÍS ANTON

IO

0 5 20

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elevação r. asdrúbal

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corte aa

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elevação r. santo amaro

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corte bb

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corte cc

0 5 20

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UNIDADE HABITACIONAL

o projeto propõe atender a diferentes grupos familiares para garantir a diversidade da popu-lação. Parte-se do princípio que a integração de grupos de diferentes renda e composição familiar trás uma riqueza para o convívio urbano e evita segregação socio-espacial pre-conceituosas. Assim são propostas unidades de HIS (população de até 6 salários mínimos) e de HMP (população de até 16 salários mínimos). Dentro dessas duas categorias o projeto também tipologias de diferentes tama-nhos para atender diferentes composições de família.

HIS x 318 + = x 553

x 2065HMP x 235

x 73 HISx 20 HMP

x 93x 186

=

x 233 HISx 188 HMP

x 421x 1684

=

x 12HISx 27 HMP

x 39x 195

=

TOTAL:

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HMP - 66m2

HIS - 54m2

área seca

área molhada

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variação cômodo independente

variação 2 núcleos familiares

variação cozinha fechadaDuplex3dorm - 83m2 2dorm - 70m2

área seca

área molhada

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A PRAÇA

É o espaço de encontro e lazer público dos novos moradores da quadra e dos trabalhadores da região. Ela serve a cidade e

se abre a ela, porém tem um caráter mais local pela sua dimensão e configuração.

Na Rua Santo Amaro a praça é fechada por uma creche que ocupa o casarão tombado até a esquina da Tv. Noschese. Esse

equipamento vem para suprir a demanda da nova população da área.

Além das habitações e da creche, a praça ainda é ocupada por um comércio local, tornando se também atrativo para quem

frequenta a região.

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Page 78: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

O projeto respeita a morfologia do entorno e se

adequa a ela, tentando assim dar uma conti-

nuidade as fachadas da rua e facilitar a leitura

urbana. O novo “paredão” de prédios que

ocupada a Rua Asdrúbal do Nascimento faz a

transição entre a escala metropolitana da Av. 23

de Maio e a escala local de dentro da quadra.

Aberturas nesse paredão convidam o pedestre

a adentrar a quadra por entre os edifícios e

descobrir esse novo espaço.

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esplanada do viaduto

Sobre o edifício-estacionamento forma-se uma praça no nível do Viaduto Brigadeiro Luís An-

tonio, onde se localiza o ponto de ônibus. Essa esplanada acolhe o pedestre que espera o seu

ônibus e distribui o fluxo para a Rua Maria Paula e para dentro da quadra.

Um edifício de habitação pousa sobre essa nova praça e delimita o espaço, seguindo o gabari-

to do entorno imediato.

Page 81: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

percurso do comércio

Uma sequencia de lojas convida o pedestre a adentrar a quadra pela Rua Santo Amaro. Elas

são protegidas pela marquise do nível 748, tornando o passeio mais agradável. Essa marquise

também é ocupada por lojas de serviço mais especializadas, e pode ser acessada tanto pela

rampa que sai da Rua Santo Amaro, quanto pelas escadas localizadas no interior da praça.

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Page 83: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana
Page 84: TFG | Habitação Social no Centro: um projeto de qualificação urbana

Bibliografia

Livros:

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A+T Research Group. Density is home. Espanha, 2012.

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www.seade.gov.br

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FAUUSP

NOV. 2012

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