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trabalho de biologia sobre o perigo que tem atualmente a biodiversidade
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Tema
Biodiversidade em perigo
Problema
Como podemos atenuar a acentuada extinção verificada na Natureza?
Objetivos
Este projeto visa alertar a população local da dramática redução da biodiversidade e as
suas respetivas causas, que por sua vez são essencialmente antropogénicas; procurar soluções
para atenuar este problema; promover a consciencialização das gerações futuras através da
realização de atividades educativas, para que eles comecem, pouco a pouco, a lidar com os
problemas ambientais, de modo que se apercebam que sem a biodiversidade não seria
possível habitar o planeta Terra.
Com isto a nossa sensibilização tem a possibilidade de alcançar várias famílias,
adotando estas últimas, novos hábitos de viver de forma sustentável sem prejudicar ou
comprometer as gerações futuras, desenvolvimento sustentável.
Introdução Teórica
Segundo a Convenção sobre a Biodiversidade, a palavra biodiversidade tem como
significado "variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre
outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e de ecossistemas", ou seja, é a variabilidade de vida que o planeta Terra abrange.
Não é possível determinar o número de espécies que existe atualmente, porque de
acordo com pesquisas feitas, a maior parte das espécies não foi ainda identificada e como
prova disto temos a contínua descoberta das mesmas. De acordo com a Conservação sobre a
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Biodiversidade, existem cerca de 14 milhões de espécies, já os taxonomistas admitem até 100
milhões.
Na perspetiva do tempo geológico, é possível verificar que a biodiversidade não é
estática estando em permanente evolução, apesar das grandes extinções provocadas tanto
catastroficamente como antropogenicamente. No entanto, o processo de aparecimento de
novas espécies ultrapassou o ritmo das extinções, tendo hoje o mundo uma variabilidade de
seres vivos ao que parece inédita na história do planeta.
A partir dos registos fósseis, acredita-se que na história da vida na Terra a maior parte
das extinções ocorreu a um ritmo mais ou menos constante, permitindo definir uma média
aproximada do tempo de vida de uma espécie, mas aparentemente cinco grandes eventos
levaram a imensas e rápidas perdas de biodiversidade, como a extinção no Ordovícico que
ocorreu há 450 milhões de anos em que mais de 60% dos invertebrados marinhos foram
extintos, devido à deriva continental que por sua vez provocou diminuição da temperatura e
descida do nível médio das águas do mar; a extinção ocorrida no Devónico há 360 milhões de
anos, tendo vitimizado cerca de 70% da vida marinha, provocada pela queda de meteoros que
teve inúmeras consequências na Terra como a diminuição de temperatura; a extinção Permo-
Triássica que ocorreu no final do Paleozoico há cerca de 251 milhões de anos, resultando na
morte de aproximadamente 95% de todas as espécies marinhas e de 70% das espécies
continentais devido às erupções vulcânicas que aumentaram a temperatura da Terra de forma
agressiva; a extinção do Triássico-Jurássico que ocorreu há 200 milhões de anos em que 20%
de todas as famílias marinhas e anfíbios foram extintos devido à atividade vulcânica, e por
último temos a extinção no Cretáceo-Terciário ocorrida há cerca de 65,5 milhões de anos que
extinguiu grandes répteis incluindo os dinossauros, devido à colisão de um asteroide com a
Terra.
A biodiversidade é uma fonte vital para a sociedade humana, pois fornece energia e
uma grande variedade de materiais e substâncias úteis sem os quais a vida humana seria
impossível. Quanto mais rica é a diversidade biológica, maior é a oportunidade para
descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico, e de
serem encontradas respostas adaptativas a alterações ambientais.
Devido à utilização abusiva das fontes naturais, a biodiversidade iniciou o seu
declínio, sofrendo grandes ameaças ambientais, comprometendo também o futuro das novas
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gerações. Tudo começou nos finais do século XIX, quando a industrialização se intensificou
e a população do mundo começou a expandir-se de forma exponencial.
Atualmente a Terra está a viver a sexta grande extinção sendo as principais causas, a
perda e degradação dos habitats que são os maiores fatores de risco para as espécies, que por
sua vez têm-se intensificado, principalmente, devido à crescente erosão e desertificação dos
solos; as florestas, que abrigam mais de 80% da biodiversidade de todos os ecossistemas
terrestres, estão a ser degradadas diariamente, com perdas mais acentuadas nos trópicos,
exatamente onde a biodiversidade é mais rica, registando-se uma perda de 400 mil km² de
floresta entre 2000 e 2010; as alterações climáticas, que já afetam a biodiversidade, visto que
os seres vivos precisam de condições climáticas estáveis para poderem sobreviver; a
drenagem das águas para uso industrial e doméstico que por sua vez contaminam a natureza
através de componentes químicos (azoto e fósforo promovem a proliferação de algas e outros
microrganismos, eutrofização) existindo também outras formas de poluição da natureza
através de derrames de petróleo, da chuva ácida, de resíduos, e da acidificação oceânica
causadas pelas emissões de carbono; a sobre-exploração e uso não sustentável que ameaçam,
cada vez mais, a biodiversidade e os ecossistemas; as espécies exóticas invasoras continuam a
ser uma ameaça, pois expulsam as espécies nativas, sendo estas invasões causadas pelo
Homem que leva espécies de valor económico, social, afetivo ou cultural por toda a parte.
Outros fatores destacados são a caça e a pesca furtiva, afetando especialmente mamíferos e
peixes; o contrabando de espécies vivas, como plantas ornamentais e animais de estimação;
hábitos sociais, preconceitos culturais e religiosos e ideologias políticas que contribuem para
a exploração da natureza de maneira destrutiva.
É preciso assinalar que espécies surgem, florescem e se extinguem naturalmente mas
a presente taxa de extinções é de 100 a 200 vezes superior ao que seria esperado sem a
interferência humana, de acordo com a Conservação sobre a Biodiversidade. Já foram
perdidos 75% da variabilidade genética das plantas cultiváveis, 90% de todos os grandes
peixes oceânicos desapareceram nos últimos 50 anos, desde 1970 as populações mundiais de
vertebrados declinaram em 31% e 40% e todas as espécies de aves estão a desaparecer.
Em 2009 a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) avaliou
47.677 espécies, sendo que 36% foram consideradas ameaçadas de extinção. Os grupos em
maior risco são os anfíbios e os corais tropicais. Anualmente, há cerca de 100 mil extinções.
Um vasto número de espécies, devido à sua extinção populacional, já experimenta uma
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acentuada redução na sua variabilidade genética, tornando-as mais vulneráveis a doenças e
pragas, e prejudicando a sua capacidade de se adaptar às mudanças ambientais e climáticas.
Uma biodiversidade rica e saudável é essencial para a manutenção do equilíbrio
ecológico. A vida mantém-se através de uma cadeia de inter-relações que atendem a uma
necessidade vital, como por exemplo o comensalismo, as estruturas calcárias criadas pelos
corais a partir do seu próprio metabolismo atraem outros seres à procura de abrigo ou
alimento, e que transformam mais tarde em paisagens submarinas, e a predação, por exemplo,
em que o leão se alimenta dos antílopes, que por sua vez vão constituir uma cadeia alimentar,
já que os antílopes comem ervas, e estas tiram seu sustento do solo fértil criado por
decompositores, que por sua vez decompõem os corpos de animais e plantas mortas.
O problema ecológico e social da perda da biodiversidade dá-se quando uma espécie
desaparece, ou reduz-se dramaticamente de modo a deixar de cumprir sua função na natureza.
Existem naturalmente consequências para outras espécies que dela dependiam. Muitas
espécies são prejudicadas, entre as quais se inclui o homem, e se estas não conseguem se
adaptar à falta do alimento extinto, acabam por desaparecer também. Com isto é possível
verificar que a cadeia relacional da natureza é tão interdependente, que a perda de um único
conjunto de seres vivos pode provocar o desarranjo e o empobrecimento da vida de uma
região.
Eticamente, os Homens têm o dever moral de cuidar e proteger a biodiversidade,
porque nós somos produto dela e como tal não deveríamos alterá-la, mas sim preservá-la. A
preservação da biodiversidade não é só da responsabilidade dos governos, é muito importante
a participação das organizações e comunidades locais, para que haja uma maior
sensibilização do problema, sendo principalmente necessária nas escolas, pois as crianças são
o futuro.
Esteticamente, devemos interagir com a natureza de forma íntegra, protegendo assim
o bem-estar que nos é transmitido por ela, e até mesmo para preservar as qualidades
terapêuticas que esta nos proporciona.
Existem códigos florestais com o intuito de proteger as florestas e a biodiversidade ali
existente, mas as leis deveriam ser mais rigorosas e a fiscalização mais assídua, porque as
pessoas, independentemente da sua posição social, não têm o direito de estragar as paisagens
naturais para, por exemplo, construir as suas habitações de férias. Apesar destes aspetos
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negativos, existe uma grande variedade de reservas naturais que têm como objetivo conservar
as paisagens naturais.
A biodiversidade, ao nos proporcionar bonitas paisagens, aumenta o turismo, o que é
bom para a economia do país, e para além disso a biodiversidade é responsável pela
alimentação e pelas matérias-primas usadas na indústria (madeiras, fibras, lubrificantes, entre
outros), e mais de 25% dos produtos farmacêuticos derivam de compostos de origem vegetal
ou animal.
Por exemplo as plantas, responsáveis pela produção do oxigénio, constituem a base de
todas as cadeias alimentares; a decomposição e reciclagem da matéria orgânica e a
consequente manutenção da fertilidade do solo são feitas por seres vivos; cerca de 1/3 do
alimento dos seres vivos depende da polinização pelas abelhas (asseguram a reprodução das
plantas); os ecossistemas ajudam na limpeza do ar e da água, fornecem proteção contra
catástrofes naturais, podendo ainda influenciar regionalmente o clima.
Portanto cabe-nos agora ajudar e respeitar as iniciativas que estão a ser tomadas para
um futuro melhor, porque não serão apenas as gerações futuras que vão ser afetadas pela
diminuição da biodiversidade, a nossa geração já o está a ser.
Tarefas
Entrevista ao fiscalizador (Celestino Gonçalves) e a um caçador guia (Manuel Rodrigues) da época colonial.
Visita à Reserva de Maputo.
Visita ao Museu de História Natural (atividades/jogos com as crianças).
Conversa com um biólogo da WWF.
Pesquisa sobre os diversos impactos ambientais gerados através da empresa de Mia Couto "IMPACTO".
Estudo sobre a recolha de ostras na ilha da Inhaca.
Ida à Estação de Biologia da Inhaca.
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Sensibilização nas escolas públicas.
Folhetos / Cartazes.
Divulgação da comunidade "Limpa Moçambique".
Incentivo à reciclagem "AMOR".
Observação da descarga de uma traineira de pesca.
Observação e apelo a uma melhor fiscalização em épocas de defeso e no tamanho da malha das redes de pesca usadas pelas traineiras.
Diálogo com o investigador independente na área de malacologia, José Rosado.
Visualização do estado atual do jardim zoológico de Maputo.
Verificação do desequilíbrio causado no ecossistema pelo abate de cobras efetuado pela população (Paulo Pereira).
Diálogo com um investigador na área florestal.
Fontes bibliográficas
http://actividadesonline.blogspot.com/2010/05/biodiversidade-em-perigo.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decl%C3%ADnio_contempor%C3%A2neo_da_biodiversidade_mundial#cite_note-82
http://ambiente.maiadigital.pt/ambiente/biodiversidade-e/mais-informacao-1/sobre-a-importancia-da-biodiversidade
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