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Tema Biodiversidade em perigo Problema Como podemos atenuar a acentuada extinção verificada na Natureza? Objetivos Este projeto visa alertar a população local da dramática redução da biodiversidade e as suas respetivas causas, que por sua vez são essencialmente antropogénicas; procurar soluções para atenuar este problema; promover a consciencialização das gerações futuras através da realização de atividades educativas, para que eles comecem, pouco a pouco, a lidar com os problemas ambientais, de modo que se apercebam que sem a biodiversidade não seria possível habitar o planeta Terra. Com isto a nossa sensibilização tem a possibilidade de alcançar várias famílias, adotando estas últimas, novos hábitos de viver de forma sustentável sem prejudicar ou comprometer as gerações futuras, desenvolvimento sustentável. Introdução Teórica 1

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trabalho de biologia sobre o perigo que tem atualmente a biodiversidade

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Page 1: Trabalho de BG Draft

Tema

Biodiversidade em perigo

Problema

Como podemos atenuar a acentuada extinção verificada na Natureza?

Objetivos

Este projeto visa alertar a população local da dramática redução da biodiversidade e as

suas respetivas causas, que por sua vez são essencialmente antropogénicas; procurar soluções

para atenuar este problema; promover a consciencialização das gerações futuras através da

realização de atividades educativas, para que eles comecem, pouco a pouco, a lidar com os

problemas ambientais, de modo que se apercebam que sem a biodiversidade não seria

possível habitar o planeta Terra.

Com isto a nossa sensibilização tem a possibilidade de alcançar várias famílias,

adotando estas últimas, novos hábitos de viver de forma sustentável sem prejudicar ou

comprometer as gerações futuras, desenvolvimento sustentável.

Introdução Teórica

Segundo a Convenção sobre a Biodiversidade, a palavra biodiversidade tem como

significado "variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre

outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos

ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre

espécies e de ecossistemas", ou seja, é a variabilidade de vida que o planeta Terra abrange.

Não é possível determinar o número de espécies que existe atualmente, porque de

acordo com pesquisas feitas, a maior parte das espécies não foi ainda identificada e como

prova disto temos a contínua descoberta das mesmas. De acordo com a Conservação sobre a

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Biodiversidade, existem cerca de 14 milhões de espécies, já os taxonomistas admitem até 100

milhões.

Na perspetiva do tempo geológico, é possível verificar que a biodiversidade não é

estática estando em permanente evolução, apesar das grandes extinções provocadas tanto

catastroficamente como antropogenicamente. No entanto, o processo de aparecimento de

novas espécies ultrapassou o ritmo das extinções, tendo hoje o mundo uma variabilidade de

seres vivos ao que parece inédita na história do planeta.

A partir dos registos fósseis, acredita-se que na história da vida na Terra a maior parte

das extinções ocorreu a um ritmo mais ou menos constante, permitindo definir uma média

aproximada do tempo de vida de uma espécie, mas aparentemente cinco grandes eventos

levaram a imensas e rápidas perdas de biodiversidade, como a extinção no Ordovícico que

ocorreu há 450 milhões de anos em que mais de 60% dos invertebrados marinhos foram

extintos, devido à deriva continental que por sua vez provocou diminuição da temperatura e

descida do nível médio das águas do mar; a extinção ocorrida no Devónico há 360 milhões de

anos, tendo vitimizado cerca de 70% da vida marinha, provocada pela queda de meteoros que

teve inúmeras consequências na Terra como a diminuição de temperatura; a extinção Permo-

Triássica que ocorreu no final do Paleozoico há cerca de 251 milhões de anos, resultando na

morte de aproximadamente 95% de todas as espécies marinhas e de 70% das espécies

continentais devido às erupções vulcânicas que aumentaram a temperatura da Terra de forma

agressiva; a extinção do Triássico-Jurássico que ocorreu há 200 milhões de anos em que 20%

de todas as famílias marinhas e anfíbios foram extintos devido à atividade vulcânica, e por

último temos a extinção no Cretáceo-Terciário ocorrida há cerca de 65,5 milhões de anos que

extinguiu grandes répteis incluindo os dinossauros, devido à colisão de um asteroide com a

Terra.

A biodiversidade é uma fonte vital para a sociedade humana, pois fornece energia e

uma grande variedade de materiais e substâncias úteis sem os quais a vida humana seria

impossível. Quanto mais rica é a diversidade biológica, maior é a oportunidade para

descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento económico, e de

serem encontradas respostas adaptativas a alterações ambientais.

Devido à utilização abusiva das fontes naturais, a biodiversidade iniciou o seu

declínio, sofrendo grandes ameaças ambientais, comprometendo também o futuro das novas

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gerações. Tudo começou nos finais do século XIX, quando a industrialização se intensificou

e a população do mundo começou a expandir-se de forma exponencial.

Atualmente a Terra está a viver a sexta grande extinção sendo as principais causas, a

perda e degradação dos habitats que são os maiores fatores de risco para as espécies, que por

sua vez têm-se intensificado, principalmente, devido à crescente erosão e desertificação dos

solos; as florestas, que abrigam mais de 80% da biodiversidade de todos os ecossistemas

terrestres, estão a ser degradadas diariamente, com perdas mais acentuadas nos trópicos,

exatamente onde a biodiversidade é mais rica, registando-se uma perda de 400 mil km² de

floresta entre 2000 e 2010; as alterações climáticas, que já afetam a biodiversidade, visto que

os seres vivos precisam de condições climáticas estáveis para poderem sobreviver; a

drenagem das águas para uso industrial e doméstico que por sua vez contaminam a natureza

através de componentes químicos (azoto e fósforo promovem a proliferação de algas e outros

microrganismos, eutrofização) existindo também outras formas de poluição da natureza

através de derrames de petróleo, da chuva ácida, de resíduos, e da acidificação oceânica

causadas pelas emissões de carbono; a sobre-exploração e uso não sustentável que ameaçam,

cada vez mais, a biodiversidade e os ecossistemas; as espécies exóticas invasoras continuam a

ser uma ameaça, pois expulsam as espécies nativas, sendo estas invasões causadas pelo

Homem que leva espécies de valor económico, social, afetivo ou cultural por toda a parte.

Outros fatores destacados são a caça e a pesca furtiva, afetando especialmente mamíferos e

peixes; o contrabando de espécies vivas, como plantas ornamentais e animais de estimação;

hábitos sociais, preconceitos culturais e religiosos e ideologias políticas que contribuem para

a exploração da natureza de maneira destrutiva.

É preciso assinalar que espécies surgem, florescem e se extinguem naturalmente mas

a presente taxa de extinções é de 100 a 200 vezes superior ao que seria esperado sem a

interferência humana, de acordo com a Conservação sobre a Biodiversidade. Já foram

perdidos 75% da variabilidade genética das plantas cultiváveis, 90% de todos os grandes

peixes oceânicos desapareceram nos últimos 50 anos, desde 1970 as populações mundiais de

vertebrados declinaram em 31% e 40% e todas as espécies de aves estão a desaparecer.

Em 2009 a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) avaliou

47.677 espécies, sendo que 36% foram consideradas ameaçadas de extinção. Os grupos em

maior risco são os anfíbios e os corais tropicais. Anualmente, há cerca de 100 mil extinções.

Um vasto número de espécies, devido à sua extinção populacional, já experimenta uma

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acentuada redução na sua variabilidade genética, tornando-as mais vulneráveis a doenças e

pragas, e prejudicando a sua capacidade de se adaptar às mudanças ambientais e climáticas.

Uma biodiversidade rica e saudável é essencial para a manutenção do equilíbrio

ecológico. A vida mantém-se através de uma cadeia de inter-relações que atendem a uma

necessidade vital, como por exemplo o comensalismo, as estruturas calcárias criadas pelos

corais a partir do seu próprio metabolismo atraem outros seres à procura de abrigo ou

alimento, e que transformam mais tarde em paisagens submarinas, e a predação, por exemplo,

em que o leão se alimenta dos antílopes, que por sua vez vão constituir uma cadeia alimentar,

já que os antílopes comem ervas, e estas tiram seu sustento do solo fértil criado por

decompositores, que por sua vez decompõem os corpos de animais e plantas mortas.

O problema ecológico e social da perda da biodiversidade dá-se quando uma espécie

desaparece, ou reduz-se dramaticamente de modo a deixar de cumprir sua função na natureza.

Existem naturalmente consequências para outras espécies que dela dependiam. Muitas

espécies são prejudicadas, entre as quais se inclui o homem, e se estas não conseguem se

adaptar à falta do alimento extinto, acabam por desaparecer também. Com isto é possível

verificar que a cadeia relacional da natureza é tão interdependente, que a perda de um único

conjunto de seres vivos pode provocar o desarranjo e o empobrecimento da vida de uma

região.

Eticamente, os Homens têm o dever moral de cuidar e proteger a biodiversidade,

porque nós somos produto dela e como tal não deveríamos alterá-la, mas sim preservá-la. A

preservação da biodiversidade não é só da responsabilidade dos governos, é muito importante

a participação das organizações e comunidades locais, para que haja uma maior

sensibilização do problema, sendo principalmente necessária nas escolas, pois as crianças são

o futuro.

Esteticamente, devemos interagir com a natureza de forma íntegra, protegendo assim

o bem-estar que nos é transmitido por ela, e até mesmo para preservar as qualidades

terapêuticas que esta nos proporciona.

Existem códigos florestais com o intuito de proteger as florestas e a biodiversidade ali

existente, mas as leis deveriam ser mais rigorosas e a fiscalização mais assídua, porque as

pessoas, independentemente da sua posição social, não têm o direito de estragar as paisagens

naturais para, por exemplo, construir as suas habitações de férias. Apesar destes aspetos

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negativos, existe uma grande variedade de reservas naturais que têm como objetivo conservar

as paisagens naturais.

A biodiversidade, ao nos proporcionar bonitas paisagens, aumenta o turismo, o que é

bom para a economia do país, e para além disso a biodiversidade é responsável pela

alimentação e pelas matérias-primas usadas na indústria (madeiras, fibras, lubrificantes, entre

outros), e mais de 25% dos produtos farmacêuticos derivam de compostos de origem vegetal

ou animal.

Por exemplo as plantas, responsáveis pela produção do oxigénio, constituem a base de

todas as cadeias alimentares; a decomposição e reciclagem da matéria orgânica e a

consequente manutenção da fertilidade do solo são feitas por seres vivos; cerca de 1/3 do

alimento dos seres vivos depende da polinização pelas abelhas (asseguram a reprodução das

plantas); os ecossistemas ajudam na limpeza do ar e da água, fornecem proteção contra

catástrofes naturais, podendo ainda influenciar regionalmente o clima.

Portanto cabe-nos agora ajudar e respeitar as iniciativas que estão a ser tomadas para

um futuro melhor, porque não serão apenas as gerações futuras que vão ser afetadas pela

diminuição da biodiversidade, a nossa geração já o está a ser.

Tarefas

Entrevista ao fiscalizador (Celestino Gonçalves) e a um caçador guia (Manuel Rodrigues) da época colonial.

Visita à Reserva de Maputo.

Visita ao Museu de História Natural (atividades/jogos com as crianças).

Conversa com um biólogo da WWF.

Pesquisa sobre os diversos impactos ambientais gerados através da empresa de Mia Couto "IMPACTO".

Estudo sobre a recolha de ostras na ilha da Inhaca.

Ida à Estação de Biologia da Inhaca.

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Sensibilização nas escolas públicas.

Folhetos / Cartazes.

Divulgação da comunidade "Limpa Moçambique".

Incentivo à reciclagem "AMOR".

Observação da descarga de uma traineira de pesca.

Observação e apelo a uma melhor fiscalização em épocas de defeso e no tamanho da malha das redes de pesca usadas pelas traineiras.

Diálogo com o investigador independente na área de malacologia, José Rosado.

Visualização do estado atual do jardim zoológico de Maputo.

Verificação do desequilíbrio causado no ecossistema pelo abate de cobras efetuado pela população (Paulo Pereira).

Diálogo com um investigador na área florestal.

Fontes bibliográficas

http://actividadesonline.blogspot.com/2010/05/biodiversidade-em-perigo.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Decl%C3%ADnio_contempor%C3%A2neo_da_biodiversidade_mundial#cite_note-82

http://ambiente.maiadigital.pt/ambiente/biodiversidade-e/mais-informacao-1/sobre-a-importancia-da-biodiversidade

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