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E sco la secundária campos Melo 2009/2010 Trabalho elaborado por: Andreia Pereira11ºE n3º Daniela Abreu 11ºE nº Laura Pereira 11ºE nº13 Luís Oliveira 11ºE nº

Trabalho empirismo completo

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Escola secundária campos Melo

2009/2010

Trabalho elaborado por:

Andreia Pereira11ºE n3º

Daniela Abreu 11ºE nº

Laura Pereira 11ºE nº13

Luís Oliveira 11ºE nº

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Índice:

1-Índice…………………………………………………………………………….pag1

2-Introdução………………………………………………………………………pag2

3-Quem foi David Hume?...........................................................................pag3

4-O Empirismo na História……………………………………………………….pag4

5-O que é o Empirismo?.............................................................................pag7

6-O Empirismo limita o conhecimento…………………………………………..pag9

7-Coclusão………………………………………………………………………..pag10

8-Bibliografia……………………………………………………………………pag11

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Introdução:

Neste trabalho vai-se abordar o empirismo, defendido por David Hume, que é o principal filósofo da corrente do pensamento empirista moderna. Vamos explicar o porquê de David dizer que o conhecimento deriva dos sentidos e assim, opondo-se á razão, racionalismo.

Vamos também falar um pouco da vida do filósofo, o que é o empirismo numa pequena definição, a história do empirismo e os vários tipos de empirismo.

Na nossa conclusão, vamos tentar transmitir que o empirismo é uma óptima forma e obter o conhecimento, ou seja, vamos tentar, ao longo do trabalho, defender David Hume e a sua teoria em relação ao conhecimento.

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Biografia de David Hume

David Hume ( Edimburgo, 7 de Maio de 1711 – Edimburgo, 25 de Agosto de 1776) filho de Joseph Home de Chirnside e de Katetherine Lady Falconer. Foi um filósofo e historiador escocês, é considerado frequentemente como um dos maiores escritores e filósofos de língua inglesa. Frequentou a Universidade de Edimburgo, inicialmente pensou seguir a carreira jurídica mas acabou por seguir filosofia.

David Hume foi o fundador do empirismo moderno (com Locke e Berkeley) e, por seu cepticismo o mais radical entre os empiristas, opôs-se a Decartes e ás filosofias que consideravam o espírito humano desde um ponto de vista teológico-metafísico. Assim Hume abriu caminho á aplicação do método experimental aos fenómenos mentais. Teve grande importância no desenvolvimento do pensamento contemporâneo.

Hume foi um eleitor voraz. Entre suas fontes, incluem-se tanto a Filosofia Antiga como o pensamento científico da sua época, ilustrado pela física e pela filosofia empirista.

Foi influenciado por Cícero, Vírgilio, Horácio, John Milton, Berkeley, John Locke.

Cronologia

Em 1722, com 11 anos, entrou na Universidade de Edimburgo. Entre 1729 e 1734 sofreu um sério esgotamento nervoso 1739 - 1740 - Publicou em duas etapas o "Tratado da Natureza

Humana". Em 1741 - 1742 publicou em Edimburgo seus dois volumes do "Ensaios

Morais, Políticos e Literários" 1751 - Publicou "Investigação sobre os Princípios da Moral" 1754 - 1795 - Publicou em seis volumes "A história de Inglaterra" 1757 - Publicou "História Natural da Religião" 1761 - Roma colocou todos os seus escritos no Índex, a lista dos livros

proibidos na Igreja Católica Romana 1776 - Escreveu sua autobiografia, data de 18 de Abril de 1776, mas já

se encontrava doente desde o ano anterior. 1776 - David Hume morreu em Edimburgo em 25 de Agosto, com 65

anos, e foi enterrado em Waterloo Place. 1777 - Foi lançada sua autobiografia, "Vida de David Hume escrita por

ele mesmo", cujo título original é My Own Life (Minha Própria Vida).

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O empirismo na História

Aristóteles deu grande importância à indução baseada na experiência sensível.

A ideia de que todos os conhecimentos são provenientes das experiências aparece pela primeira vez, embora muito pouco definida, nos filósofos sofistas, que acreditavam na visão relativa do mundo, como diz a frase de Protágoras: O homem é a medida de todas as coisas. Essa frase demonstra que o mundo é conhecido de uma forma particular e muito pessoal por cada indivíduo, sendo a experiência, um factor importante para esse conhecimento.

Sócrates e Platão não eram apoiantes de que os sentidos fossem capazes de apreender a realidade e tentaram captar os conceitos absolutos de cada coisa, o que deu origem a teoria platónica do mundo das ideias. Aristóteles retomará o empirismo, ao considerar a observação do mundo como base para a indução através da observação empírica, se poderia tirar conclusões (ou conhecimentos) de verdades mais absolutas.

Após Aristóteles, os filósofos estóicos e epicuristas formularam teorias empiristas mais explícitas acerca da formação das idéias e dos conceitos. Os estóicos, antecipando Locke, acreditavam que a mente humana era uma tabula rasa que seria marcada pelas ideias advindas da experiência sensível, entretanto, admitiram a existência de ideias a-priori, ou seja, ideias inatas, na mente humana. Os epicuristas tiveram uma visão empiristas mais forte, afirmando que a verdade provinha apenas da sensação

A última grande escola empirista da Antiguidade foi o ceticismo, cujo maior representante foi Sexto, conhecido como O Empírico. Esse filósofo serviu-se da epistemologia fundamentada nos sentidos.

Idade Média Durante quase toda a Idade Média, o pensamento cristão subordinava a

filosofia à religião, em que a experiência sensível darem lugar a "ideias" como Deus e a trindade, que não poderiam ser comprovadas, nem refutadas, experimentalmente como por exemplo o pensamento Agostinho.

Opondo-se à doutrina agostiniana, a escolástica acreditava que fé e empirismo completavam-se. O maior filósofo escolástico, Tomás de Aquino, que separava o conhecimento em duas fases: sensível e intelectual, propondo a chamada “cinco provas da existência de deus”.

O nominalismo, corrente proveniente da Escolástica, foi outra notável escola empirista medieval. No século XIV as ideias nominalistas foram levadas a cabo por William de Ockham, filosofo inglês que separou filosofia e religião.

Idade Moderna Francis Bacon, foi sendo elaborado um método que sistematizasse as

impressões dos sentidos Francis Bacon contribuiu muito para o empirismo que conhecemos hoje,

este criticava os conhecimentos que não fossem provenientes dos sentidos tal como os antigos empiristas.

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A partir das sensações, a inteligência, seguindo o método da indução, elaboraria o conhecimento científico. Dessa maneira, se relacionaria o conhecimento sensível, que forneceria material para a inteligência, e a racionalidade, que manipularia e daria sentido aos dados dos sentidos.

Thomas hobbes outro filosofo inglês, aplicou as ideias de Bacon ao estudo da sociedade e da politica através de raciocínios. Dessa forma, se distanciava de Francis Bacon, que se preocupou basicamente das ciências que estudam o mundo físico.

Para Hobbes, o homem só poderia atingir a verdade através de raciocínios corretos, fundamentados pelas sensações com um método rigoroso. Processo semelhante de análise da História e da situação política do momento pode ser encontrado em outros pensamendores anteriores a Thomas Hobbes, como Nicolau Maquiavel.

Empirismo britânico John Locke é considerado o fundador do empirismo britânico O método empírico de Francis Bacon e de Thomas Hobbes influenciou

toda uma geração de filósofos no Reino Unido a partir do século XVII. John Locke é considerado o fundador dessa tradição, que ficou conhecida como empirismo britânico, em oposição ao racionalismo que predominava na maior parte da Europa continental.

Em seu livro Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke descreve a mente humana como uma tabula rasa, onde por meio da experiência, vão sendo gravadas as ideias. A partir dessa análise empirista da epistemologia, Locke diferencia dois tipos de ideias: as ideias simples, sobre as quais não se poderia estabelecer distinções, e as ideias complexas, que seriam associações de ideias simples.

No século XVIII, George Berkeley desenvolve o empirismo de John Locke, mas não admite a passagem dos conhecimentos fornecidos pelos dados da experiência para o conceito abstrato de substância material. Por isso, Berkeley afirma que uma substância material não pode ser conhecida em si mesma. O que se conhece, na verdade, resume-se às qualidades reveladas durante o processo perceptivo. Daí sua famosa frase: ser é ser percebido.

Berkeley requer a existência de uma mente cósmica, que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Deus é essa mente e tudo o mais seria percebido por Ele, de modo que a existência do mundo exterior à mente individual estaria garantida. No entanto, apesar de existir, o mundo seria impossível de ser conhecido verdadeiramente pelo homem, pois esse conhecimento só é acessível a Deus. Ao assumir esse empirismo radical, George Berkeley cria a corrente conhecida como idealismo subjetivo.

Levando ainda mais adiante o pensamento de Berkeley, o escocês David Hume identifica dois tipos de conhecimento: matérias de fato e relação de idéias.

Ao observarmos, por exemplo, um pedaço de metal, podemos chegar a um conceito de metal, que corresponde à realidade concreta, perceptível. Se aproximamos nossas mãos do fogo, temos uma idéia de calor, que também corresponde à realidade. Mas quando aproximamos um metal do fogo e observamos que ele se dilata com o calor, não podemos concluir que "o corpo se dilata porque esquenta". As idéias "o corpo

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esquenta" e "o corpo se dilata" teriam como origem duas impressões dos sentidos, provenientes, respectivamente, do tato e da visão. O problema está na expressão porque. Que impressão sensível origina a idéia de porquê? Como concluímos que um fenômeno é a causa de outro?

A noção de causalidade seria, portanto, uma "criação" humana, uma acumulação de hábitos desenvolvidos em resposta às sensações. No entanto, a crença nessas "verdades" alegadamente seguras, que dariam ao mundo uma aparência de segurança, seria ilusão. Dessa forma, muitas verdades científicas seriam apenas relações de idéias que não existiriam na realidade, e, portanto, impossíveis de se confirmar.

Muitos cientistas e filósofos consideram exagerado o empirismo de David Hume, que nega as verdades racionais obtidas a partir da observação.

Século XIX No século XIX, várias escolas filósoficas foram influenciadas pelo

empirismo, destacando-se principalmente o positivismo e o fenomenalismo. Igualmente numerosas foram as tentativas de relacionar empirismo e racionalismo.

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O que é o Empirismo?

O empirismo é uma corrente filosofia que influência alguns pensadores de séculos anteriores e contemporâneos, levando-os por um sentido experimentalista. Ou seja estes pensadores acreditam que o conhecimento tem origem na experiência e não em elementos racionais, rejeitando-os às priori. Sendo assim não existem ideias inatas. David Hume é o filósofo cuja concepção empirista mais influência o nosso pensamento.

A distinção entre impressão e ideia

David Hume faz uma clara distinção entre impressões e ideias. Para ele as impressões são evidências fortes e vivas que vêm do conhecimento de uma realidade exterior ou interior, são a percepções que desencadeiam as impressões estas derivam de sensações e sentimentos, enquanto as ideias são representações enfraquecidas e menos vivas das impressões, como se estas por sua vez fossem impressões mais fracas guardadas na memória. Muitas vezes estas são guardadas sobre a forma de imagens. Por outras palavras as ideias resultam das impressões e do trabalho do nosso pensamento sobre elas. Mas Hume também acredita que existem ideias complexas, sendo estas compostas por associação das ideias simples, seja isto feito por: semelhança, proximidade no tempo e no espaço ou ainda causa efeito. Exemplificado, uma ideia simples é a ideia de “azul” e uma ideia complexa a ideia de “bola azul” que associa os conceitos de “bola” e “azul”.

Na sua teoria David Hume também diferencia o conhecimento em dois tipos: o conhecimento das relações entre ideias e o conhecimento de factos. Começando pelas relações de ideias, estas têm um carácter indutivo e correspondem à parte do conhecimento em que a mente trabalha sobre si própria, sobre as ideias que possuí. Embora estas estejam relacionadas com a experiência mas não provém dela directamente. Relativamente às questões de facto correspondem às nossas impressões actuais e as ideias passadas. Portanto as relações de facto são as relações que se fazem entre os fenómenos que conhecemos separadamente criando assim conexões entre as impressões e as ideias, pois estas resultam da experiência. Por exemplo quando vemos o “sol” a “nascer”, não há nada que nos indique quê este vai nascer, mas mesmo assim temos a impressão disso, existe uma associação entre os fenómenos “sol” e “nascer”.

Todo o conhecimento para David Hume é baseado na experiência, começando e decorrendo dela. A teoria empirista é utilizada na ciência, visto que no trabalho cientifico gira em volta da experimentos, que só após de realizados e testados, é estabelecida uma teoria.

O cepticismo de Hume

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Na verdade o empirismo do filósofo escocês surge como um cepticismo, a sua finalidade é encontrar argumentos válidos e aceitáveis para explicar psicologicamente a crédito no princípio de causalidade e rejeitar toda a importância desse princípio. Para Hume o princípio de causalidade é explicado por uma ilusão psicológica e sendo assim não tem qualquer valor de verdade. Para ele fenómenos como a expectativa, que não têm fundamento racional, está por trás deste princípio. O princípio de causalidade ainda pode ser visto como a relação que fazemos entre factos parecidos.

A oposição entre o Empirismo de Hume e o Racionalismo de Descartes

Os racionalistas são aqueles que acreditam que é possível chegar ao conhecimento através da razão, desde que ela seja bem orientada através da distinção do verdadeiro e do falso. O grande exemplo é Descartes. Sendo que estes racionalistas acreditavam que as ideias eram inatas. Claro que está concepção filosófica se opõem ao Empirismo e David Hume o seu principal representante. Visto que, por sua vez o Empirismo defende que todo e qualquer conhecimento humano nasce através da experiência dos sentidos humanos. Sendo assim Hume criticou profundamente o Racionalismo e e principalmente a ideia do princípio de causalidade.

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O Empirismo limita o Conhecimento?

Apesar de muitos considerarem que esta concepção filosófica limita o conhecimento, porque ela suporta que o conhecimento parte apenas da experiência, nós não pensamos assim.

Na verdade questões como “Deus” e o “Universo” que não são explicáveis pela teoria ria empirista, mas pelo princípio de causalidade, não as considero verdades absolutas. Não há nada que nos comprove que “Deus” existe e que o “Universo” é infinito por exemplo, e temos que ser verdadeiros, não podemos nos basear em questões que não tivemos experiência ou sentimos, pois podem não ser reais ou verdadeiras.

Aliás a visão empirista na nossa opinião até ajuda no conhecimento, pois distinguimos o real do irreal, daquilo que temos comprovado que é verdadeiro e daquilo que é inventado pela nossa mente ou seja é falso, por isso não existem ideias inatas, pois não há nada que nos garanta a verdade das mesmas.

Por isso Hume é naquilo que devemos acreditar o conhecimento nasce da experiência do factao, e assim podemos ter plena consciência de que aquilo que sabemos é real.

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Conclusão:

Com este trabalho concluímos que adquirimos mais conhecimentos e aprendemos a teoria do empirismo moderno criado por David Hume. Para a filosofia o empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, digamos que por palavras nossas o empirismo diz que o conhecimento é descoberto pelos cinco sentidos (tacto, olfacto, visão, audição, paladar), pois sem isso humano não obteria o conhecimento

Será esta teoria limitada? Talvez um pouco, pois a descoberta de ‘Deus’ não foi por nenhum destes sentidos, estava sim escrito em vários livros, mas como poderia o Homem ler que ele existiu sem a visão? Não podia. O ser humano para saber as coisas, teve de ler, ver, aprender, cheirar, saber distinguir, a textura, o cheiro, o som, o sabor, o objecto que via, pois sem isto não conseguia. Podia ter as informações todas do mundo, todos os livros, mas sem estes cinco sentidos não conseguia. É totalmente impossível uma pessoa distinguir uma maçã de uma laranja se não tiver ‘os sentidos’, mesmo que a pessoa seja cega, pelo sabor ou pela textura consegue descobrir. Basicamente sem ter a experiência.

Concluímos que para obter o conhecimento precisamos dos sentidos, ou seja o empirismo é correcto, e defende algo que é correcto, logo David Hume estava correcto.

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Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hume

http://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo

http://medeiroscsi.blogspot.com/2010/01/o-empirismo-de-david-hume.html

http://pensamentoextemporaneo.wordpress.com/2009/11/07/o-empirismo-de-david-hume/