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1 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ ESCOLA DE CONTAS ALBERTO VELOSO ECAV PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIOS À LUZ DOS DECRETOS: 733/2013; 768/2013; 870/2013; e ATO Nº 63 – Regimento do TCEPA de 17/12/12, com as alterações dos Atos nº 64 de 10/01/13 e Ato nº66 de 08/04/14. RESOLUÇÃO Nº 18.589 de 27/05/14 DO TCE/PA FACILITADORA ANDREA MARTINS CAVALCANTE AUDITORA DE CONTROLE EXTERNO AGOSTO / 2014

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ ESCOLA DE … · Termo Aditivo: instrumento que tem por objetivo a modificação de cláusulas de ... conjunto de elementos necessários e suficientes

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁESCOLA DE CONTAS ALBERTO VELOSO

ECAV

PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIOS À LUZ DOS DECRETOS:� 733/2013;� 768/2013;� 870/2013; e

ATO Nº 63 – Regimento do TCEPA de 17/12/12, com as alteraçõesdos Atos nº 64 de 10/01/13 e Ato nº66 de 08/04/14.

RESOLUÇÃO Nº 18.589 de 27/05/14 DO TCE/PA

FACILITADORAANDREA MARTINS CAVALCANTE

AUDITORA DE CONTROLE EXTERNOAGOSTO / 2014

CONTEÚDO PROPOSTO� Conceitos Gerais;

� Legislação Aplicável;

� Obrigações Básicas do Convenente;

� Comprovação da Correta Aplicação do

Recurso do Convênio;

� Prestação de Contas – Análise;

� Tomada de Contas Especial;

� Principais Irregularidades.

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CONVÊNIOS

CONCEITOS GERAIS

Segundo a Resolução nº18.589 do TCE/PA - Convênioé:” acordo, ajuste ou outro instrumento que discipline atransferência de recursos financeiros de dotaçõesconsignadas nos Orçamentos Fiscal e da SeguridadeSocial do Estado e tenha como partícipe, de um lado,órgão ou entidade da Administração Pública federal,municipal ou entidades privadas sem fins lucrativos,visando à execução de programa de governo,envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço,aquisição de bens ou evento de interesse recíproco,em regime de mútua cooperação”.

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CONVÊNIOS

CONCEITOS GERAIS DECRETO 768 de 20/06/13

� Concedente : órgão ou entidade da Administração Pública Estadual,responsável pela transferência dos recursos destinados à execuçãodestinados à execução do objeto do convênio.

� Convenente: entidade privada sem fins econômicos ou consórciopúblico, na forma estabelecida na Lei de diretrizes Orçamentárias –LDO vigente, com a qual a Administração Estadual pactua a execuçãode programas e/ou ações mediante a celebração de convênio;

� Partícipes: São as partes envolvidas no convênio, que possueminteresses comuns e coincidentes;

� Interveniente: órgão ou entidade da Administração Pública dequalquer esfera de governo ou entidade privada sem fins econômicos,na forma da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO vigente, queparticipa do convênio para manifestar consentimento ou assumirobrigações em nome próprio;

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� Termo Aditivo: instrumento que tem por objetivo a modificação de cláusulas deconvênio já celebrado, formalizado durante sua vigência, vedada a alteração danatureza do objeto aprovado;

� Objeto : produto final do convênio, observados o programa de trabalho e as suasfinalidades;

� Meta: parcela quantificável do objeto descrita no plano de trabalho;

� Projeto Básico : conjunto de elementos necessários e suficientes paracaracterizar, de modo preciso, a obra, instalação ou serviço, objeto do convênioou nele envolvida, sua viabilidade técnica e o adequado tratamento do impactoambiental, custos, fases ou etapas e prazos de execução;

� Consórcios Públicos : pessoa jurídica formada exclusivamente por entes daFederação, na forma da Lei nº 11.107 de 2005;

� Órgãos de Controle: instituições vinculadas aos Poderes Executivo e Legislativoda União dos Estados e dos Municípios, que possuem designação constitucionalpara orientar, auditar, fiscalizar a legalidade, economicidade e eficiência;

� Executor/fornecedor: pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,responsável pela execução de obra ou fornecimento de bem ou serviço, nostermos da Lei nº 8.666/93, e/ou nas demais normas pertinentes à matéria, a partirde acordo ou contrato de execução ou fornecimento firmado com consórciopúblico ou entidade privada sem fins econômicos, na forma estabelecida na Lei dediretrizes Orçamentárias – LDO vigente;

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� Empresa estatal dependente : empresa que receba do ente controladorrecursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou decusteio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aquelesprovenientes de aumento de participação acionária;

� Contrato de prestação de serviços: instrumento que regula a prestaçãode serviços realizados pela mandatária do estado a favor do concedente,que deve conter as atribuições delegadas, as limitações do mandato e aforma de remuneração pelos serviços;

� Contrato administrativo de execução ou fornecimento: instrumentojurídico que disciplina a execução de obra, fornecimento de bem ouserviço, regulado pela Lei nº8.666/93, e/ou nas demais normaspertinentes à matéria, tendo como contratante o ente que figura comoconvenente;

� Etapa ou fase: divisão existente na execução de uma meta;

� Proponente: consórcio público ou entidade privada sem fins econômicos,credenciada para manifestação, por meio de proposta de trabalho, deinteresse em firmar instrumento regulado pelo Decreto;

� Termo de Referência: documento apresentado quando o objeto doconvênio envolver aquisição de bens ou prestação de serviços, que deveráconter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo daAdministração Pública Estadual , diante de orçamento detalhado,considerando os preços praticados no mercado da região onde seráexecutado o objeto, a definição dos métodos e o prazo de execução doobjeto. 6

LEGISLAÇÃO APLICADA

Lei 8.666/93 – Regulamenta o art.37, inciso XXI, da Constituição Federa, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. (art.116)

Lei 101/00 – L ei de Responsabilidade Fiscal (art.25)

Lei Complementar nº081, de 26/04/12 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Pará.

Ato nº 63, de 17/12/12 – Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Pará.

Decreto nº 733 de 13/05/13- Estabelece normas para as transferências voluntárias de recursos do Estado para os Municípios, por meio de convênios celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual.

Decreto nº768 de 20/06/13 – Estabelece normas relativas às transferências do estado mediante convênios para entidades privadas sem fins econômicos e consórcios públicos, e dá outras providências.

Decreto nº 870 de 04/10/13 – Dispõe sobre a supervisão, fiscalização e acompanhamento da execução dos contratos, convênios e termo de cooperação firmados pelos Órgãos e Entidades do Poder Executivo do Estado do Pará.

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ASSINATURA DO CONVÊNIO

DECRETO Nº768/2013 – Entidades sem fins econômicos

Art. 6º A celebração do convênio será precedida de análise emanifestação pelo setor técnico e jurídico do órgão ou da entidadeconcedente, segundo suas respectivas competências, quanto aoatendimento das exigências formais, legais e constantes desteDECRETO.

Art.7º. Assinarão, obrigatoriamente, o convênio os partícipes, duastestemunhas e o interveniente, se houver.

§ 1º Os convênios deverão ser assinados, no mínimo, pelo titular doórgão ou entidade da Administração Pública Estadual concedente epelo titular do convenente.

§ 2º Os titulares dos órgãos ou entidades da Administração PúblicaEstadualNão poderão delegar a competência prevista no parágrafo anterior.

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OBRIGAÇÕES BÁSICAS DAS ENTIDADES CONVENENTES

Decreto nº 733/13 (Municípios)

Art.4º Ao Convenente compete:I – a comprovação de existência de dotação orçamentária específica;II- a comprovação de previsão de contrapartida, em conformidade à Lei de Diretrizes Orçamentárias vigente;III – a comprovação de que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao estado, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;IV– a comprovação do cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;V – a comprovação do cumprimento dos limites constitucionais relativos ;VI- encaminhar ao concedente as suas propostas, na forma e prazos estabelecidos, definidos por etapa/fase a forma de execução, direta ou indireta, do objeto a ser conveniado;VII – prestar contas dos recursos transferidos pelo Concedente, destinados à concessão do objeto do convênio;IX – fornecer ao Concedente, a qualquer tempo, informações sobre as ações desenvolvidas para viabilizar o acompanhamento e a avaliação do processo.

Art.5º O Convênio será proposto pelo Município ao titular do órgão ou entidade da Administração Pública Estadual responsável pelo programa e/ou ação do governo, mediante apresentação de plano de trabalho.

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OBRIGAÇÕES BÁSICAS DAS ENTIDADES CONVENENTES

Decreto 768/13 (Entidades sem fins econômicos)Art.3º Ao convenente compete:

I-comprovar que preenche os requisitos mínimos para o seu enquadramento como beneficiário exigidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO vigente;

II - encaminhar à concedente suas propostas, na forma e prazos estabelecidos, definido por etapa/fase a forma de execução, direta ou indireta, do objeto conveniado;

III- comprovar a quitação quanto à prestação de contas de recursos anteriormente e recebidos da Administração Pública Estadual;

IV- elaborar os projetos técnicos relacionados ao objeto pactuado, reunindo toda documentação jurídica e institucional necessária à celebração do convênio, de acordo com os normativos do programa, bem como apresentar, quando se tratar de obras e serviços de engenharia, documentos de titularidade dominial da área de intervenção, licenças e aprovações de projetos emitidos pelo órgão ambiental competente e por concessionárias de serviços público, conforme o caso, e nos termos da legislação aplicável;

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V- executar e fiscalizar os trabalhos necessários à consecução do objeto pactuado no convênio observando os prazos e custos, designando profissional habilitado no local da intervenção com a respectiva ART, quando for o caso;

VI- assegurar, na sua integridade, a qualidade técnica dos projetos e da execução dos produtos e serviços conveniados, em conformidade com a legislação vigente e com normativos dos programas, ações e atividades, determinando a correção de vícios que possam comprometer a fruição do benefício pela população beneficiária;

VII – assegurar a disponibilidade de contrapartida do convênio, de acordo com o estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO vigente e em Instrução Normativa conjunta a ser expedida pela Auditoria Geral do estado e secretaria de estado de Planejamento, Orçamento e Finanças;

VIII- selecionar as áreas de intervenção e os beneficiários finais em conformidade com a diretrizes estabelecidas pelo concedente, podendo estabelecer outras que busquem refletir situações de vulnerabilidades econômica e social, informando ao concedente para deliberação prévia sempre que houver necessidade de alterações;

IX – realizar, sob sua inteira responsabilidade, o processo de compra ou contratação de serviço de acordo com a legislação vigente a que estiver submetida, observando as normas de Administração Pública Estadual, assegurando a correção dos procedimentos legais, a suficiência do projeto básico, da planilha orçamentária, discriminando o percentual de Bonificação e Despesas Indiretas – BDI utilizado, quando for o caso, e o respectivo detalhamento de sua composição, por item de orçamento ou conjunto deles, sempre que optar pela execução indireta de obras e serviços, observado o previsto no art.24 deste DECRETO;

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X- exercer a fiscalização sobre o contrato ou acordo administrativo de execução ou fornecimento;

XI – estimular a participação dos beneficiários finais na elaboração e implementação do objeto do convênio;

XII – operar, manter e conservar adequadamente o patrimônio público gerado pelos investimentos decorrentes do convênio, após a sua execução;

XIII – prestar contas dos recursos transferidos pelo concedente destinados à consecução do objeto do convênio;

XIV – fornecer ao concedente, a qualquer tempo, informações sobre as ações desenvolvidas para viabilizar o acompanhamento e a avaliação do processo;

XV – prever, no processo de compras ou serviços e no contrato de execução ou fornecimento, que a responsabilidade pela qualidade das obras, materiais e serviços executados/fornecidos é da empresa contratada para esta finalidade, inclusive a promoção de readequação, sempre que detectadas impropriedades que possam comprometer a consecução do objeto ao conveniado;

XVI – tomar medidas legais necessárias, quando constatado o desvio ou malversação de recursos públicos, irregularidades na execução do contrato ou gestão financeira do convênio, comunicando tal fato ao concedente;

§1º O descumprimento de quaisquer das obrigações dispostas nos incisos anteriores acarretará ao convenente a prestação de esclarecimentos perante o concedente;

§ 2º Prestados todos os esclarecimento de que trata o parágrafo anterior, o concedente, aceitando –os fará constar nos autos do processo a justificativa prestada.

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§ 3º Ao tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, deladará ciência aos órgãos de controle interno, para as medidas cabíveis, e,havendo fundada suspeita de crime ou de improbidade administrativa,cientificará o Ministério Público do Estado e o órgão de Controle Externo.

§ 4º A fiscalização pelo convenente consiste na atividade administrativarealizada de modo sistemático, nos termos da lei nº8.666/93, e/ou nas demaisnormas pertinentes à matéria, administrativas em todos os seus aspectos,especialmente no que tange a:

I – Atestar a aquisição de bens e/ou a execução dos serviços realizados noâmbito do convênio, a cada medição, por meio da verificação dacompatibilidade dos quantitativos apresentados nas medições com osquantitativos efetivamente executados;

II- manter profissional ou equipe de fiscalização constituída por profissionaishabilitados e com experiência necessária ao acompanhamento e controle dasobras e serviços;

III – apresentar ao concedente a Anotação de Responsabilidade Técnica – ARTda prestação de serviço de fiscalização a serem realizados quando se tratar deobras e serviços de engenharia;

IV – verificar se os materiais adquiridos e/ou os serviços realizados atendemaos requisitos de qualidade restabelecidos pelas especificações técnicas.

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COMPROVAÇÃO DA CORRETA APLICAÇÃO DOS RECURSOS

PARA COMPROVAR A BOA APLICAÇÃO DO RECURSOS É NECESSÁRIA A EXISTÊNCIA DE UMASÉRIE DE NEXOS: OS DÉBITOS DO EXTRATO BANCÁRIO DEVEM COINCIDIR COM A RELAÇAO DEPAGAMENTOS EFETUADOS, QUE DEVE REFLETIR AS NOTAS FISCAIS DEVIDAMENTEIDENTIFICADAS COM O NÚMERO DO CONVÊNIO, QUE ESPELHAM OS CHEQUE NOMINAISEMITIDOS, E SER COINCIDENTES COM A VIGÊNCIA DO CONVÊNIO E COM AS DATAS DOSDESEMBOLSOS OCORRIDOS NA CONTA ESPECÍFICA.

AS DETERMINAÇÕES DO DECRETO Nº 768, 20/06/13, SÃO SEMELHANT ES AS DODECRETO 733 DE 13/05/13, as quais transcrevemos abaixo:Art.13º O convenente ficará obrigado à apresentação de prestação de contas final ao concedente, do total dos recursos recebidos, assinada pelos responsáveis, providência que também deverá ser adotada para os documentos que couber, no prazo de até 60(sessenta) dias após o término da vigência, ou antes de seu término, se o objeto já tiver sido executado, sem prejuízo do prazo regulamentado pelo Tribunal de Contas, acompanhada de:

I – balancete financeiro;

II- relação dos documentos despesa, incluindo notas fiscais, recibos, faturas, boletim de medições e outros, por categoria de programação e por elemento de despesa, devidamente totalizados, ordenados cronologicamente e numerados, mencionando o número de ordem e o tipo de documento de pagamento, relação essa devidamente assinada pelo responsável e pelo contador;

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III – documentos comprovando o ingresso e a respectiva contabilização dos recursos no caixa do Órgão ou Entidade, tudo devidamente assinado pelo responsável e pelo tesoureiro, se for o caso;IV- documento comprobatório das despesas e relatório de cumprimento do objeto;

V – cópia integral dos processos licitatórios ou documentação hábil comprovando as razões em que se baseou o responsável para dispensá-la ou não exigi-la;VI – cópia da documentação comprobatória dos recolhimentos correspondentes aos valores descontados dos beneficiários dos pagamentos;

VII – conciliação bancária, devidamente assinada pelo responsável e pelo contador;

VIII – cópia do comprovante da devolução do saldo financeiro remanescente, se houver;

IX- relatório de execução físico financeira;

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X- demonstrativo da execução da receita e despesa, evidenciando os recursos recebidos em transferências, a contrapartida, os rendimentos auferidos da aplicação dos recursos no mercado financeiro e os saldos, quando for o caso;

XI – relação de bens, se for o caso;

XII – relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;

XIII – relação dos serviços prestados, quando for o caso;

XIV – extrato(s) da conta bancária específica do convênio, referente(s) ao período do recebimento da 1ª parcela até o último pagamento, apresentando o saldo zero;

XV – cópia do termo de aceitação definitiva da obra, quando o instrumento objetivar a execução de obra ou serviço de engenharia;

XVI – termo de compromisso pelo qual o Convenente se obriga a manter os documentos relacionados ao convênio em arquivo pelo prazo de, no mínimo, 10 (dez) anos após a aprovação da prestação de contas pelo Tribunal de Contas Competente.

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ANALISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIOPara se proceder uma boa análise na prestação de contas de convênios, é imprescindível:

� Conhecimento das normas que regem os acordos;� Aplicação das normas que regem os acordos;� Cumprimento das normas que regem os acordos;� Que a análise seja feita por profissionais habilitados;

Segundo o Decreto nº733 de 13/05/13, a comprovação das despesas serão feitasmediante apresentação de:� cópia autenticada das ordens bancárias e/ou cheques (verso e anverso);� documentos fiscais ou equivalentes;� faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatórios em nome do

CONVENENTE, IDENTIFICANDO O NÚMERO E O TÍTULO DO CONVÊNIO.

A análise parcial ou final da prestação de contas será feita na(s) unidade(s)técnicas do Concedente, entre elas o controle interno que emitirá parecer que subsidiará aopinião do Ordenador de Despesas.

A análise abordará os seguintes aspectos:

� Técnico: verificará a execução física e o atingimento dos objetivos e metas, a avaliaçãoterá como amparo os Laudos de Vistoria ou de informações obtidas junto às autoridadespúblicas do local de execução do Convênio;

� Financeiro: a correta aplicação dos recursos repassados ao convenente

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PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL

Consiste em cada uma das parcelas de recursos liberados, que deverá estardevidamente autuada, numerada, assinada pelo responsável do Convenente ecomposta dos seguintes:

� Documento que comprove o ingresso e a respectiva contabilização no caixada entidade , tudo devidamente assinado pelo responsável e pelo tesoureiro,se for o caso;(decreto 733 de 13/05/13);

� Documento comprobatório das despesas e relatório de cumprimento doobjeto;

� Cópia integral dos processos licitatórios ou documentação hábil comprovandoas razões em que se baseou o responsável para dispensá-la ou não exigi-la.

Se a liberação dos recursos ocorrer em 3 (três) ou mais parcelas, a terceiraficará condicionada à apresentação de prestação de contas parcial referente àprimeira parcela liberada e assim sucessivamente.

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CONTRAPARTIDA

Decreto 768/13Art.5ºA contrapartida, composta por recursos financeiros, bens e serviços,economicamente mensuráveis e de possível comprovação, seráestabelecida de modo compatível com a capacidade financeira da entidadeprivada sem fins econômicos convenente, observados os limites percentuaise as condições estabelecidas na Lei Estadual de Diretrizes Orçamentárias –LDO vigente.§1º A contrapartida financeira deverá ser depositada na conta bancária doconvenente específica para ao execução do convênio, em conformidadecom os prazos e valores estabelecidos no cronograma de desembolso,sendo vedadas, na aferição da contrapartida financeira, as receitasprovenientes da aplicação financeira do recurso repassado peloconcedente.§2º quando a contrapartida for atendida por meio de bens e serviços,constará no convênio cláusula que indique a forma de sua aferição.§3º A contrapartida de bens e serviços mensuráveis economicamente,quando não executada pelo convenente, deverá ser devolvida com o valorcorrespondente devidamente atualizado ao concedente, proporcionalmenteàs transferências e execuções realizadas do convênio.

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VEDAÇÕES PARA CELEBRAÇÕES DE CONVÊNIOSDECRETO 733/2013Art.7º - É vedado celebrar Convênio:I – com os Municípios que estejam em situação de mora ou inadimplência com o Estado;II- com os municípios que estiverem em atraso com o pagamento do funcionalismo públicomunicipal ou em atraso com prestação de conta junto ao Tribunal de Contas do Estado ouTribunal de Contas dos Municípios, em conformidade à lei 6.286 de 05/04/00;III- para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista dos Municípios;IV- que inclua, tolere ou admita, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente,cláusulas ou condições que prevejam ou permitam:a) A realização de despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar;b) O pagamento, a qualquer título, a servidor ou empregado público, integrante do quadro

de pessoal do Convenente, por serviços de consultoria ou assistência técnica;c) O aditamento com alteração do objeto, exceto no caso de ampliação da execução do

objeto pactuado ou para redução ou exclusão de meta, sem prejuízo da funcionalidadedo objeto contratado;

d) A utilização, mesmo em caráter emergencial, dos recursos em finalidade diversaestabelecida;

e) A realização de despesas em data anterior ou posterior à vigência do convênio;f) A realização de pagamento em data posterior à vigência do convênio, salvo se o fato

gerador da despesa ocorreu durante a vigência do convênio pactuado e desde queexpressamente autorizada pelo Concedente;

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g) A atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos;h) A realização de despesas com taxas bancárias, com multas, juros ou correção

monetária, inclusive, referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dosprazos, exceto no que se refere às multas, se decorrentes d atraso detransferência de recursos pelo Concedente, e desde que os prazos parapagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado;

i) A realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo,informativo ou de orientação social, das quais não constem nomes, símbolosou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidorespúblicos e desde que prevista no Plano de trabalho.

ii) Parágrafo único. Para fins de aplicação das sanções de suspensão detransferências voluntárias, excetuam-se aquelas relativas a ações deeducação, saúde e assistência social, em consonância com o estabelecido no§ 3º, do art.25 da Lei Complementar nº101/00, sem prejuízo daobrigatoriedade de adoção de medidas cabíveis para responsabilização dosagentes que deram causa à mora ou ao inadimplemento e, se for o caso, parareparação dano ao Erário, na forma da legislação vigente.

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PRAZOSATO Nº63 de 17/12/12 – Regimento do Tribunal de Cont a do Estado do ParáArt.141. A prestação de contas de auxílios, contribuições e subvenções, repassados pelos órgãos e entidades daadministração pública estadual, mediante , convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos jurídicos congêneres,será apresentada no prazo fixado no instrumento, não podendo ser superior a 60 dias, ao órgão ou entidadeconcedente dos recursos. (grifamos)

DECRETO 733/2013Art.13. O convenente, na forma estabelecida neste DECRETO, ficará obrigado à apresentação de prestação decontas final ao concedente, do total dos recursos recebidos, assinada pelos responsáveis, providência quetambém deverá ser adotada para os documentos que couber, no prazo de até 60 (sessenta) dias após o términoda vigência ou antes de seu término, se o objeto já tiver sido executado, sem prejuízo do prazo regulamentadopelo Tribunal de Contas do estado, acompanhado de :

Art.15. A partir da data do recebimento da prestação de contas final, o ordenador de despesas do Concedente teráo prazo de até 120(cento e vinte) dias para se pronunciar sobre a regularidade da prestação de contasapresentada, comunicando o resultado ao Convenente, observando –se sempre o prazo máximo estabelecidopelo Tribunal de Contas do Estado do Pará para o mesmo fim.

DECRETO 768/2013Art.33. O convenente, na forma estabelecida neste DECRETO, ficará obrigado à apresentação de prestação decontas final ao concedente, do total dos recursos recebidos, assinada pelos responsáveis, providência quetambém deverá ser adotada para os documentos que couber, no prazo de até 60 (sessenta) dias após o términoda vigência ou antes de seu término, se o objeto já tiver sido executado, sem prejuízo do prazo regulamentadopelo Tribunal de Contas do estado, acompanhado de :

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LAUDOSDecreto 870, de 04/10/13

O Decreto nº 870/13, orienta a supervisão, fiscalização e acompanhamento deconvênios, dentre a orientações destacamos:� Para cada Convênio deverá ser designado um fiscal, a quem caberá supervisionar,

fiscalizar e acompanhar sua execução, bem como apresentar relatórios ao final de cadaetapa ou sempre que solicitado pela Administração ( contratante, concedente ou partícipe);

� A designação do fiscal deverá ser feita através Portaria e posteriormente ser publicada noDOE:

� A designação do servidor que procedera a fiscalização de Acordos deverá ser formal,dando inclusive ciência expressa da comunicação;

� A designação do fiscal só produzirá efeitos após a publicação no DOE:� O servidor ou comissão designados para efetuar a fiscalização dos Convênios deverá

recair sobre profissionais com qualificação técnica condizente com a complexidade eespecialidade do objeto do Acordo;

� Se o órgão/entidade não possuir profissionais com o perfil adequado para fiscalizar oConvênio, este deve mediante Termo de Cooperação Técnica com outrosórgãos/entidades do Poder Executivo Estadual, designar servidor com qualificaçãotécnica necessária para auxiliar o fiscal do Convênio;

� O nome do servidor designado para auxiliar o fiscal do Convênio, deve constar na Portariade nomeação do mesmo;

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� O Convênio será sustado , quando houver a impossibilidade de nomeação doauxiliar de fiscal com perfil técnico adequado, e a presença deste serimprescindível para a fiscalização do acordo;

� A fiscalização dos Convênios cujo valor global exceda R$100.000,00 (cem milreais) será efetuada obrigatoriamente por servidor EFETIVO, EMPREGADOPERMANENTE OU COMISSÃO POR ESTES COMPOSTA.

� É proibido nomear para fiscalizar convênio, o servidor que exerça atividadeincompatível com a própria fiscalização ou possua parentesco até o terceiro graucom o Convenente;

� É facultada a nomeação de um mesmo servidor para até 3 (três) Convênios, emsituações excepcionais, devidamente justificadas pelo dirigente máximo doÓrgão/ Entidade, não sendo vedada a nomeação de mais de um fiscal para omesmo Acordo;

� Quando o mesmo servidor for nomeado para fiscalizar mais de um Convênio, e asomatória destes ultrapassar R$100.00,00 (cem mil reais) o fiscal deverá serobrigatoriamente efetivo ou empregado permanente ;

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COMPETÊNCIAS DOS FISCAIS

Dentre as competências e responsabilidades dos fiscais, destacamos:

1- Verificação do atendimento dos Termos do Convênio às normas legais;

2- Verificação da adequação do Convênio ao estabelecido no cronograma físico-financeiro das obras e serviços ouaquisição de materiais e equipamentos bem como com as Ordens de Serviços, Notas de Empenho ou oestabelecido no Acordo;

3- Prestação ao Ordenador de Despesas de informações necessárias ao cálculo de reajustamento de preços,quando previstos em normas próprias;

4- A cientificação ao concedente ou partícipe, quanto:a) A ocorrência que possam ensejar aplicação de penalidades ao convenente ou partícipe;b) Alterações necessárias ao projeto e suas consequências no custo previsto;

5- Atestar a conclusão de etapas ajustadas;

6- informar o andamento das etapas, ao setor do órgão/Entidade ao qual o Convênio ou Termo de Cooperaçãoesteja vinculado para que se efetive as atualizações nos diversos sistemas corporativos utilizados pelo Estado;

7-Verificar a coerência entre as etapas, de modo a garantir o atingimento dos objetivos estabelecidos;

8-Enviar ao Órgão/Entidade ao qual o Convênio está vinculado até o 5º dia útil do bimestre subsequente,Relatório de Acompanhamento, das obras ou serviços executados;

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9- Emitir certificação da execução de etapa de obras e serviços e o recebimento de aquisições de equipamentos,mediante emissão de Atestado de Execução e de Termo Circunstanciado, conforme art.73 da Lei 8.666/93;

10- O recebimento de obras e serviços;

O fiscal de Convênios tem o dever de Comunicar ao Controle Interno, ao Setor Jurídico e ao Dirigentemáximo do Órgão/Entidade a ocorrência de IRREGULARIDADES que não tenham sido sanadastempestivamente ou a contento;

11- O órgão/entidade concedente deverá disponibilizar no que couber, ao fiscal do Convênio documentos einformações necessárias a sua atuação, conforme especifica-se :� Quando for celebrado Contrato:1- cópia do Contrato;2- cronograma físico-financeiro;3- plano de trabalho;4- projeto básico e executivo das obras e serviços;5- edital;6-proposta.

12-Para melhor executar suas atividades, o fiscal do Convênio pode solicitar ao setor responsável, senha dossistemas corporativos. A senha concedida é de uso pessoal, ficando o servidor responsável por qualquer acessoexecutado.

13-os casos não previsto no Decreto deverão ser, excepcionalmente, submetidas à análise do órgão central deControle Interno do Poder Executivo Estadual- AGE.

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ATO Nº 63 de 17/12/12REGIMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ

SEÇÃO IIIPrestação de Contas de Auxílios, Contribuições e Subvenções

Art.141. A prestação de contas de auxílios, contribuições e subvenções, repassadospelos órgãos e entidades da administração pública estadual, mediante, convênio,acordo, ajuste ou outros instrumentos jurídicos congêneres, será apresentada aoórgãos ou entidade concedente dos recursos, no prazo máximo de 60 dias a contardo encerramento da vigência do respectivo instrumento, devidamente publicado noDiário Oficial do Estado do Pará.

Art.142. O órgão ou entidade concedente dos recursos fará remessa de contas deque trata o artigo anterior ao Tribunal, no prazo de 90(noventa) dias a contar doencerramento da vigência do respectivo instrumento, acompanhada do parecer docontrole interno e da homologação da autoridade administrativa competente.§1º Havendo necessidade, devidamente justificada, da adoção de medidasadministrativas internas previstas no art.149, §1º, o prazo referido no caput desteartigo será acrescido do 30(trinta) dias.§2º Esgotadas as medidas administrativas e instaurada a tomada de contasespecial o prazo referido no caput deste artigo será acrescido de 150 (cento ecinquenta) dias.

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TOMADA DE CONTAS ESPECIALA Lei Complementar nº 081, de 26/04/12 – Lei Orgânica do Tribu nal de Contas doEstado do Pará , assim trata a tomada de contas especial:Art. 50. Tomada de Contas é o procedimento adotado pela autoridade administrativa doórgão jurisdicionado para apuração dos fatos e identificação dos responsáveis quandoverificada:I – omissão no dever de prestar contas;

II – ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos;III – não comprovação da aplicação dos recursos repassados pelo Estado na formaprevista no art. 6º, inciso VII;IV – prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano aoErário Estadual.§ 1º A autoridade administrativa competente, sob pena de responsabilidade solidária,deverá, imediatamente, adotar providências com vistas à instauração de Tomada deContas Especial com a finalidade de apurar os fatos, identificar os responsáveis equantificar os danos ao Erário.§ 2º Concluído o processo e adotadas as medidas administrativas cabíveis, a Tomadade Contas Especial será encaminhada ao Tribunal de Contas para julgamento,observado o disposto no art. 52.§ 3º O Tribunal determinará a instauração da Tomada de Contas Especial, fixandoprazo para cumprimento dessa decisão, caso não seja atendido o disposto no § 1º.(grifamos)

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TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

ART. 6º a jurisdição do Tribunal abrange:VII – os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos r epassados pelo estadomediante contrato, convênio, acordo, ajuste ou outros inst rumentos congêneres;_______________________________________________________________________________

ART. 52. A Tomada de Contas Especial prevista no art.50 será e ncaminhada ao Tribunal parajulgamento, se o dano ao erário for de valor igual ou superior à quantia fixada em atosnormativos do tribunal, em cada ano civil.§§§§ 1º Cabe ao Presidente a iniciativa de apresentar proposta de fixação da quantia a que serefere o caput§§§§ 2º Se o dano for de valor inferior à quantia a que alude o caput d este artigo, a Tomada deContas Especial será anexada ao processo da respectiva pres tação de contas doadministrador ou ordenador de despesa, para julgamento em c onjunto.§§§§ 3º No julgamento da Tomada de Contas Especial, o Tribunal pod erá determinar arepercussão da matéria nas contas do administrador, além de outras providências queentender cabíveis.

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A Tomada de Contas Especial caracteriza-se por ser um procedimento de controle excepcional que transcorreinternamente na Administração.

Em função dessas características, na TCE a Administração jamais julga , limitando-se a verificar aregularidade ou não na aplicação da verba pública, quando, por intermédio de manifestação formal, declarará omontante da dono causado e os indícios da autoria.

Além da apuração por dano ao erário, os objetivos da TCE ainda alcançam a averiguação quanto àomissão e a irregularidade no dever de prestar contas.

A Tomada de Contas Especial, somente deve ser instaurada depois de esgotadas todas as providênciasadministrativas a cargo do concedente pela ocorrência de algum dos seguintes fatos:� não apresentação da prestação de contas do convênio no prazo legal;� não aprovação da prestação de contas do convênio em decorrência de:a) inexecução total ou parcial do objeto pactuado;b) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;c) impugnação de despesas, se realizadas em desacordo com as disposições do termo celebrado;d) não depósito do valor total ou parcial por parte do convenente, da contrapartida pactuada,e) não aplicação dos recursos do Convênio;f) não devolução dos rendimentos de aplicações financeiras, no caso de sua não utilização;g) não devolução do saldo, se houver, no prazo de até 60(sessenta) dias da conclusão, denúncia rescisão ouextinção do convênio;h) ausência de documentos exigidos na prestação de contas que comprometa a análise da aplicação dos recursos;

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TOMADA DE CONTAS ESPECIAL ATO Nº63 de 17/12/12

Art. Tomada de Contas Especial é o procedimento adotado pela autoridade administrativa do órgão ou entidadejurisdicionado para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação dos danos ao erário,quando verificada:I- omissão no dever de prestar contas;II- ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos;III- não comprovação da aplicação da aplicação dos recursos repassados pelo estado na forma prevista no art. 7º,inciso VII;IV- prática de qualquer ato ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário estadual.§1º A autoridade administrativa competente, sob pena responsabilidade solidária, deverá antes da instauração datomada de contas especial, adotar medidas administrativas internas para caracterização ou não do dano.§2º As providências internas a que se refere o parágrafo anterior não devem ultrapassar o prazo de 60(sessenta)dias para sua conclusão, contados:I- da data fixada para apresentação da prestação de contas, nos casos de omissão no dever de prestar contas eda falta de comprovação da aplicação de recursos repassados pelo Estado:II- da data do evento, quando conhecida, ou da data da ciência do fato, nos demais casos, exceto no caso derecursos provenientes de convênios, acordo, ajuste ou outros instrumentos jurídicos congêneres que são regidospelos prazos do§1º e caput do art.142.§3º esgotadas as providências administrativas sem a apresentação da prestação de contas, da restituição derecurso repassado e não aplicado ou da reparação do dano ao erário, a autoridade administrativa competentedeverá instaurar a tomada de contas especial que não poderá ultrapassar o prazo de 120(cento e vinte) dias parasua conclusão e encaminhamento ao Tribunal.

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TOMADA DE CONTAS ESPECIAL ATO Nº63 de 17/12/12

§4º Não atendidos os dispostos nos § 1º, §2º e §3º, o Tribunal determinará a instauração detomada de contas especial, fixando prazo para o seu cumprimento, sem prejuízo da aplicação dassanções legais cabíveis.

Art.150. O regulamento da tomada de contas especial será especial será definido em instruçãonormativa do Tribunal Pleno.Art.151. A Tomada de Contas Especial não será encaminhada ao Tribunal, caso ocorra o devidoressarcimento integral ao erário no prazo a que se refere o art. 149 §3, e desde que nãocomprovado o dolo dos responsáveis.Art.152. A Tomada de Contas Especial será encaminhada ao Tribunal para julgamento, se o danoao erário for de valor igual ou superior à quantia fixada em ato normativo.Art.153. os processos de fiscalização do Tribunal serão convertidos em Tomadas de ContasEspecial pelo Relator, caso esteja devidamente apurado o fato, quantificado o dano e identificadoo responsável, recebendo numeração própria e tramitação em separado.Art.154.O responsável e o terceiro interessado serão comunicados do início da instrução peloRelator, para efeito de acompanhamento, a fim de prestar apoio necessário à realização dostrabalhos pertinentes, apresentação de defesa ou recolhimento da quantia devida.

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TOMADA DE CONTAS ESPECIAL NÃO INSTAURAÇÃO

O processo de Tomada de Contas Especial não deverá ser instaurado nas seguintes situações:

a) em substituição a procedimentos disciplinares destinados a apurar infrações administrativas;

b) para obter o ressarcimento de valores pagos indevidamente a servidores;

c) nos casos de prejuízos causados por terceiros, por descumprimento de cláusula contratuallegitimamente acordada, exceto quando verificado ato ilícito decorrente de ação ou omissão deagente público;

d) após transcorridos dez anos desde o fato gerador, sem prejuízo de apuração deresponsabilidade daqueles que tiverem dado causa ao atraso;

e)quando houver o recolhimento do débito no âmbito interno ou a apresentação e a aprovação daprestação de contas.

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DENÚNCIA, EXTINÇÃO, RESCISÃO e ANULAÇÃO

� DENÚNCIA: o convênio pode ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partícipesresponsáveis somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em queparticiparam voluntariamente da avença, não sendo admissível cláusula obrigatória depermanência ou sancionadora dos denunciantes;

� EXTINÇÃO: ocorre quando do término do vínculo pactuado no Convênio;

� RESCISÃO: o convênio pode ser rescindido a qualquer tempo, desde de que ocorram assituações a seguir descritas:

1- inadimplemento de qualquer das cláusulas pactuadas;2- constatação, a qualquer tempo, de falsidade ou incorreção de informação, de natureza grave, emqualquer documento apresentado;3- verificação de qualquer circunstância que enseje a instauração da Tomada de Contas Especial;

� ANULAÇÃO: O convênio pode ser anulado quando constatada a ilegalidade em sua celebração.

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RESOLUÇÃO – TCE/PA - Nº 18.589 de 27/05/14Aprovou a Instrução Normativa que disciplina a Prestação de Contas de Auxílios, contribuições e subvenções, repassado s pelosórgãos e entidades da Administração Pública Estadual, medi ante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congê neres.

DA COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTASArt.3º As prestações de contas a serem remetidas pelo Concedente ao TCE-PA deverão conter osseguintes elementos básicos: (grifamos)I – cópia do termo de convênio e, se houver, dos termos aditivos, acompanhados das respectivaspublicações;II- plano de Trabalho e o Orçamento Base, se for o caso;III- balancete financeiro, evidenciando os recursos repassados, a contrapartida, os rendimentos deaplicação financeira, as despesas realizadas e o saldo recolhido, se for o caso;IV- relação das Notas de Empenho e das Ordens Bancárias referentes ao repasse ao Convenente,contendo número, data e valor;V- relação dos documentos de despesa, ordenados cronologicamente e devidamente numerados,mencionando o nome do beneficiário, em original;VI-documento comprobatório das despesas, em original;VII- cópia integral dos processos licitatórios ou da cotação de preço quando se tratar de ente dedireito privado sem fins lucrativos, se for o caso, dos processos de dispensa ou inexigibilidade;VIII- cópia da documentação comprobatória dos recolhimentos correspondentes aos valoresdescontados dos beneficiários dos pagamentos;

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RESOLUÇÃO – TCE/PA - Nº 18.589 de 27/05/14Aprovou a Instrução Normativa que disciplina a Prestação de Contas de Auxílios,contribuições e subvenções, repassados pelos órgãos e enti dades da Administração PúblicaEstadual, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros inst rumentos congêneres.

DA COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTASArt.3º As prestações de contas a serem remetidas pelo Concedente ao TCE-PA deverão conter os seguintes elementosbásicos: (grifamos)IX- planilha orçamentária discriminando todos os serviços, quantidades e preços, bem como osboletins de medição utilizados para realizar os pagamentos, se o objeto do Convênio se referir aobras e serviços de engenharia;X- termo de Aceitação Definitiva da obra emitido pelo Convenente, se for o caso;XI – extratos da conta bancária aberta especificamente para movimentação dos recursosconveniados;XII- conciliação bancária;XIII- comprovante da devolução do saldo, se houver;XIV-relatório de cumprimento do objeto do convênio emitido pelaXV- laudo de execução do Convênio, emitido pelo Convenente;XVI-parecer emitido pelo órgão de controle interno da unidade Concedente, acompanhado dahomologação da autoridade administrativa competente

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RESOLUÇÃO – TCE/PA - Nº 18.589 de 27/05/14Aprovou a Instrução Normativa que disciplina a Prestação de Contas de Auxílios, contribuições e subvenções, repassado s pelosórgãos e entidades da Administração Pública Estadual, medi ante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congê neres.

DA COMPOSIÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTASArt.3º As prestações de contas a serem remetidas pelo Concedente ao TCE-PA deverão conter osseguintes elementos básicos: (grifamos)XVII- planilha discriminando os valores dos bens e ou serviços utilizados como contrapartida peloConvenente, se for o caso;XVIII- relatório circunstanciado das medidas administrativas interna dispostas no art.142,§1ºdo Atonº63/2012, assinado pela autoridade competente;XIX- comprovante atualizado de endereço do convenente e do seu responsável.§ 1º Os documentos exigidos no inciso VI deste artigo, são:I – pessoa jurídica: a Nota Fiscal, bem como o respectivo recibo, identificando o assinante e a suafunção, ou documento equivalente que comprove a quitação;II- pessoa física: a Nota fiscal Avulsa e o respectivo recibo de Quitação.§2º O parecer exigido no inciso XVI deve conter informações sobre a gestão dos recursos e osexames procedidos, quantificando os valores repassados e utilizados, bem como o saldo recolhidopelo convenente, se houver, e especificando os achados de auditoria, devidamente caracterizadospela indicação da situação encontrada e do critério adotado, com suporte em papéis de trabalhosmantidos à disposição do TCE/PA.

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DO ENCAMINHAMENTO DA PRESTÇÃO DE CONTAS

Art.4º A prestação de contas será apresentada ao concedente pelo convenente, no prazo máximode 60 dias a contarDo encerramento da vigência do respectivo instrumento, devidamente publicada no Diário Oficial doEstado do Pará, conforme art.141 do Ato nº63/2012.Art.5º O concedente fará remessa da prestação de contas de que trata o artigo anterior ao Tribunal,cujo valor global seja igual ou superior a R$50.000,00 (cinquenta mil reais), no prazo de 90(noventa) dias a contar do encerramento da vigência do respectivo instrumento, acompanhada doparecer do controle interno e da homologação da autoridade administrativa competente, parainstrução e julgamento nos prazos regimentais estabelecidos e na forma desta Resolução.§1º A prestação de contas de valor global inferior ao fixado no caput, ficará arquivada e organizadano concedente, sujeita à fiscalização do Controle Externo, que a seu critério poderá solicitar a suaremessa.§2º A não remessa da prestação de contas ao Tribunal não isenta da regular instrução e doselementos básicos contidos no art.3º, bem como da análise e parecer do controle interno ehomologação da autoridade administrativa competente.§3º O prazo fixado no caput deste artigo será modificado nas hipóteses do art.142, §§1º e 2º, doAto nº63/2012.

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DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.6º Para efeito de acompanhamento do TCE-PA, o Concedente deverá realizar o devido registrodo Convênio no SIAFEM/PA e de todas as suas etapas, bem como de quais quer açõesrelacionadas ao mesmo.

Art.7º Aplicam-se as disposições desta Resolução às prestações de contas de convênios comtérmino de vigência a partir de 25/04/14.

§1º As prestações de contas cujas vigências expiraram entre 1º de janeiro de 2013 até a data dapublicação desta Resolução deverão ser encaminhadas pelos Concedentes ao Tribunal no prazo de180 (cento e oitenta) dias, nos termos do Ato nº63/2012e desta resolução.§2º as prestações de contas referidas no caput que foram encaminhadas pelo Convenente aoTribunal e cuja instrução processual não se encerrou, serão remetidas aos respectivos Concedentespara que, no prazo de 180(cento e oitenta) dias a contar do recebimento, se enquadrem nos termosdo Ato nº63/2012 e desta Resolução.

Art.8ºFicam sujeitos às sanções previstas na Lei 81/2012 e no Ato 63/2012, os responsáveis quedescumprirem as normas desta Resolução.

Art.9º O valor estabelecido no caput do art.5º poderá ser revisto anualmente pelo Tribunal Pleno.

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PRESTAÇÃO DE CONTAS IRREGULARIDADES MAIS FREQUENTES

� Infração às normas legais;� Ausência de prestação de contas; � Prestações de contas incompletas;� Desvio de objeto;� Desvio de finalidade;� Objetos vagos/ gerais ou imprecisos;� Não observância as especificações do plano de trabalho;� Não recolhimento de saldo de convênio, quando houver;� Não realização da licitação;� Ausência e/ou fragilidade no controle, acompanhamento e fiscalização por parte do

concedente;� Prestação de contas com documentos inidôneos;� Ausência de recibo;� Não aporte total ou parcial da contrapartida;� Conclusão do objeto do Convênio após a vigência;� Notas fiscais sem data e/ou vencidas.

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BOAS PRÁTICAS�A prestação de contas deverá obedecer a cronologia dos atos praticados pela administração;�A prestação de contas deverá conter todos os documentos comprobatórios das entradas e ou saída de recursos;�A prestação de contas deverá ser constituída de documentos que justifiquem e ou esclareçam aspectos atinentes arealização das receitas e/ou despesas;�A prestação de Contas deverá ser autuada pela UG, com todos os documentos numerados e rubricados peloservidor que efetivou o trabalho;�Cada volume/processo autuado deverá conter, SUMÁRIO e TERMO DE ENCERRAMENTO (com informação donúmero de folhas constantes em cada volume, numeradas de 1 a ....).�E recomendável que se tenha um índice remissivo de modo a facilitar a localização dos processos;�A documentação deverá ser arquivada em lugar salubre;�A documentação deverá ser arquivada preferencialmente em pastas, com códigos (que podem ser adotados pelaUG) que facilitem a localização dos comprovantes;�No caso de extravio, sinistros ou sumiço de documentos, o(s) responsáveis pela guarda dos mesmos deverãocientificar formalmente a autoridade competente para que se apure os fatos ensejadores da situação adversa, sobpena de responsabilidade solidaria.�A documentação comprobatória das contas de gestão deverá ser guardada até 5( cinco) anos, após o julgamentoefetivado pelo Órgão de Controle Externo;�A documentação referente a prestação de contas de convênio celebrado com órgãos ou Entidades daAdministração Publica Estadual com valores até R$ 49.999,99 (quarenta e nove mil novecentos e noventa e novereais e noventa e nove centavos) deverá ser arquivada na UG concedente dos recursos pelo prazo de 10(dez) anos.�A documentação referente a prestação de contas de convênio celebrado com órgãos ou Entidades daAdministração Publica Estadual com valores igual ou acima de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) após análise daUG, deverá ser encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado, no prazo de 90 (dias) após o término da vigência doAcordo.�Todos os protocolos de entrega, encaminhamentos de documentos e ou pedidos de informações inerentes asprestações de contas efetivadas pelo órgão deverão ser arquivados em pastas próprias.

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ORIENTAÇÕES FINAIS

1- É nula a “celebração” de Convênio VERBAL com a Administração PúblicaEstadual;2- Os prazos estabelecidos na legislação vigente serão contados: excluindo-se o diado início e incluindo final ;3- A correção monetária para ressarcimento ou atualização de sanções será aUnidade Padrão de Referência – UPF-PA;4- O órgão /entidade CONCEDENTE, deverá elaborar Termo de Compromisso,através do qual o CONVENENTE se obriga a manter os documentos relacionados aoConvênio pelo prazo de no mínimo 10(dez) anos após a aprovação da prestação decontas pelo Tribunal de Contas Competente;5- A devolução da contrapartida deve ser exigida, pelo órgão repassador, somente emrelação ao valor efetivamente aplicado no objeto conveniado, não cabendo cobrá-lasobre as quantias glosadas ou não aplicadas;6- É de fundamental importância que o gestor guarde o recibo da remessa de suaprestação de contas.7- EX-GESTOR: O gestor deve guardar cópia, em seu arquivo pessoal, do recibo deremessa da prestação de contas ao órgão repassador dos recursos, bem como datransferência de guarda, a seu sucessor, dos documentos comprobatórios dasdespesas realizadas.

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REFERÊNCIAS� Constituição da República Federativa do Brasil, 46. ed. Atual e ampl. – São Paulo :Saraiva,

2014� Convênios e Tomadas de Contas Especiais: Manual Prático/Ubiratan Aguiar et al.3.ed.rev

e amp/.Belo Horizonte: Forum, 2008.� Manual de Convênios Administrativos/Sidney Bittencourt .3.ed.rev.atual.amp:Belo Horizonte:

Forum, 2012.� Lei Complementar nº081, de 26/04/12 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do

Pará;� Ato nº 63 – Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado do Pará de 17/12/12.� Decreto nº 733 de 13/05/13- Estabelece normas para as transferências voluntárias de

recursos do Estado para os Municípios, por meio de convênios celebrados pelos órgãos eentidades da Administração Pública Estadual.

� Decreto nº768 de 20/06/13 – Estabelece normas relativas às transferências do estadomediante convênios para entidades privadas sem fins econômicos e consórcios públicos, edá outras providências.

� Decreto nº 870 de 04/10/13 – Dispõe sobre a supervisão, fiscalização e acompanhamentoda execução dos contratos, convênios e termo de cooperação firmados pelos Órgãos aEntidades do Poder Executivo do Estado do Pará.

� Resolução nº18.589 de 27/05/14 do TCE/PA- Aprova a Instrução Normativa que disciplina aPrestação de Contas de auxílios, contribuições e subvenções, repassados pelos órgãos eentidades da Administração Pública Estadual, mediante convênio, acordo, ajuste ou outrosinstrumentos congêneres.

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CONTATOANDRÉA MARTINS CAVALCANTE

Fone: 32100555 - Tribunal de Contas do Estado do Pa rá32100691 - TCE/DIRETO

E-mail: [email protected]