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09 Jornal da UFOP 2º semestre 2011 sil. Ligado a 36 filmes num período de 30 anos eixar-se guiar pelo som das – como ator, diretor, produtor, ele é membro risadas era a fórmula para en- D de uma das trupes mais célebres e conhecidas contrar os espetáculos do Cir- do País. Quem não se lembra d'Os Trapa- covolante – 3º Encontro de Palhaços. Isso por- lhões? Mesmo quem nasceu após o fim do gru- que as ruas de Mariana estavam tomadas de po sabe quem são Didi Mocó, Mussum, Zaca- pessoas e os eventos do Encontro sempre rias e, claro, Dedé Santana. Parceiros há anos, cheios. Narizes vermelhos se espalhavam pe- o encontro de Manfried e Renato Aragão não los picadeiros e palcos montados nas praças poderia ser senão engraçado. Manfried diz da cidade. Divertiam todos os que dedicaram que a época era a do começo da TV no Brasil e seu tempo a prestigiar as apresentações lúdi- que fora convidado a trabalhar lá. Ao chegar, cas dos artistas da gargalhada. foi apresentado a Renato. “'Como é seu no- “Eu gostei mais da risadinha dele”. Com me?' 'Didi, e o seu?' 'Dedé.' Parecia que tinha essa frase simples e inocente, Maísa da Mata, até combinado”. três anos, confirma a primeira impressão de Em 2011, Dedé aceitou, pela primeira que o evento é destinado a crianças. Porém, ço: Manfried Santana, que faz graça desde vez, comemorar seu aniversário fora de casa. um olhar mais atento revela que o público é que se entende por gente. Nasceu no circo da Isso porque o 3º Encontro de Palhaços se reali- composto por gente de todas as idades. Mui- família e viajou o País fazendo piada da vida, zou entre 28 de abril e 1º de maio. Dedé come- to além da palhaçada pura, para Flávio Viana mas parecia não dar certo. Ninguém ria. Pinta- morou 75 anos no dia 29 de abril em uma noi- Gomide, 27 anos, o Encontro de Palhaços é va o rosto antes de entrar no picadeiro e lá se te de homenagens, no palco montado na Pra- fundamental para a cultura marianense. “É im- jogava no chão, virava cambalhota, fazia care- ça da Sé – lotada – de Mariana. Ele conta que prescindível. As pessoas têm que conhecer ou- ta e nada. Cresceu e teve de conciliar a escola nunca antes tinha aberto mão de passar o ani- tras artes e maneiras de expressão. Isso faz com o circo. Um dia chegou da rua atrasado versário com a família, e só o fez em razão da com que elas vivam melhor.” para o espetáculo, se preparou e entrou no pi- homenagem. “Entre as dez maiores bilheteri- Xisto Siman, um dos idealizadores do Cir- cadeiro. Surpreendentemente tudo o que ele as do País, seis são filmes dos Trapalhões. Tem covolante, que existe há 11 anos, diz que o fez foi motivo de gargalhada. Esquecera de festival de cinema no Brasil inteiro. O Dedé Encontro deste ano superou as expectativas: uma coisa: a maquiagem e o nariz vermelho. nunca foi chamado para receber uma home- “A pessoas invadiram as ruas, lotaram todos Mas, afinal, quem é Manfried? Ah, sim, nagem. Depois que eu morrer, eu não quero os espetáculos. A cidade inteira se envolveu. verdade! Manfried é ninguém menos que De- mais. Por isso, estou me sentindo honrado Foi tudo muito positivo.” Neste ano, como de dé Santana, mestre da comédia pastelã no Bra- aqui com vocês.” costume, o Encontro homenageou um palha- Trinta e cinco horas de pura gargalhada em Mariana Por Simião Castro FOTOS: SIMIÃO CASTRO

Trinta e cinco horas de pura gargalhada em Mariana

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Matéria para o Jornal da Ufop, Edição 2º semestre de 2011

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Page 1: Trinta e cinco horas de pura gargalhada em Mariana

16Jornal da UFOP

2º se

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tre

2011

09Jornal da UFOP

2º semestre 2011

PROEX lança modelo para facilitar apoio a projetos de extensão

“Fluxo Contínuo” possibilita entrada de projetos mensalmente; a iniciativa modifica termos do edital para propiciar a inclusão de novos trabalhos

niciativa da Pró-Reitoria de Exten- editais para programas, projetos, cursos e xo Contínuo', os projetos passaram a ser são (PROEX), o “Fluxo Contínuo” ob- eventos eram muito extensos e não havia en- apresentados mensalmente e não de forma I jetiva a entrada contínua de progra- tendimento efetivo desse documento. Além anual, como era feito anteriormente”, expli-

cou Gameiro. mas e projetos de extensão durante todo o disso, os projetos eram enviados somente ano. Implantado no segundo semestre de uma vez por ano e com um prazo curto de Para entender melhor o funcionamen-2010, o Programa já obteve resultados posi- inscrição”, diz o prof. Danton Heleno Gamei- to do Fluxo Contínuo, as pessoas interessa-tivos. ro, pró-reitor adjunto da PROEX. Ele ressal- das devem enviar projetos em um determi-

tou ainda que “a Pró-Reitoria não trabalha nado dia de cada mês. Esse dia é estabeleci-O número de propostas passou de 116 com número de projetos e bolsas e, sim, do a partir das reuniões do Comitê de Exten-para 132 e o número de bolsas pulou de 348 com a questão orçamentária.” são. Nesse Comitê, os projetos são avaliados para 369 no primeiro semestre de funciona-

e, se aprovados, o início é imediato. O grupo mento. Partindo dessa ideia, de acordo com o é composto por membros de quase todas as professor, a PROEX começou a pensar uma Além de possibilitar a entrada de proje-unidades acadêmicas da Universidade e foi maneira de investir o dinheiro recebido em tos mensalmente, o “Fluxo Contínuo” teve criado a fim de agilizar e facilitar o envio e o outros projetos. “Primeiramente, foi feita modificado alguns termos do edital e isso fa-início dos projetos. Com essa nova organiza-uma melhoria do edital pelo Comitê de cilitou o ingresso de novos programas. Des-ção, a comunidade passa a ter mais oportu-Extensão, que o deixou mais enxuto e de fá-sa forma, é possível oferecer mais chance pa-nidades.cil entendimento. A partir do segundo se-ra a entrada de novos projetos. “Antes da im-

mestre de 2010, com a implantação do 'Flu-plantação do modelo de fluxo contínuo, os

Comitê de Extensão define existente.Programa como "conjuntos As atividades de extensão são dividi-Oarticulados de projetos de ex- das em oito temáticas diferentes, como Co-

tensão e de outras iniciativas científicas e di- municação, Cultura, Direito, Educação, dático-pedagógicas, marcados pela indis- Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Tra-sociabilidade entre ensino, pesquisa e ex- balho. As temáticas que mais possuem pro-tensão”. E os projetos podem ser vincula- jetos de apoio à comunidade hoje são Edu-dos a esses programas, ou podem ser pro- cação e Saúde. postas isoladas. O fluxo contínuo tem favo- Todo ano, essas ações de extensão recido os programas. “Esses programas são premiadas no Encontro de Saberes, têm prioridade porque forçam a formação que reúne mostras de trabalhos das Pró-de equipes em um mesmo tema”, afirmou Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação o professor Danton. A Pró-Reitoria incenti- (PROPP), Extensão (PROEX) e Graduação va os projetos isolados para que se unam e (PROGRAD). No Encontro de 2010, foram montem um programa ou que algum pro- apresentados 1.200 trabalhos de iniciação jeto possa ser incluído em um programa já científica, 200 na área de extensão.

Como são e o que são os programas e projetos

Por Maressa Nunes

Imagem

ilust

rativ

a

Programa Direito e Sociedade - "Núcleo de Assistência Jurídica" e "Centro de Mediação e Cidadania"Coordenador: prof. Fabiano Cézar Rebuzzi Guzzo – DEDIR

Programa Educação Ambiental da UFOP Coordenadora: profª Maria Rita Silvério Pires – DEBIO/ICEB

Programa Integrado de Extensão para o Ensino e a Divulgação da Ciência – PRO-CIÊNCIACoordenador: prof. Gilson Antônio Nunes – DEMUL

Programa de Educação de Jovens e Adultos – PEJACoordenadora: profª Regina Magna Bonifácio de Araújo – DEEDU/ICHS

Projeto Gestão Estratégica em Entidades Sociais e Culturais sem Fins Lucrativos Coordenadora: profª Tays Torres Ribeiro das Chagas – DEPRO/EM

Comparação entre 2010 e a prévia de 2011

sil. Ligado a 36 filmes num período de 30 anos eixar-se guiar pelo som das – como ator, diretor, produtor, ele é membro risadas era a fórmula para en-D de uma das trupes mais célebres e conhecidas contrar os espetáculos do Cir-do País. Quem não se lembra d'Os Trapa-covolante – 3º Encontro de Palhaços. Isso por-lhões? Mesmo quem nasceu após o fim do gru-que as ruas de Mariana estavam tomadas de po sabe quem são Didi Mocó, Mussum, Zaca-pessoas e os eventos do Encontro sempre rias e, claro, Dedé Santana. Parceiros há anos, cheios. Narizes vermelhos se espalhavam pe-o encontro de Manfried e Renato Aragão não los picadeiros e palcos montados nas praças poderia ser senão engraçado. Manfried diz da cidade. Divertiam todos os que dedicaram que a época era a do começo da TV no Brasil e seu tempo a prestigiar as apresentações lúdi-que fora convidado a trabalhar lá. Ao chegar, cas dos artistas da gargalhada.foi apresentado a Renato. “'Como é seu no-“Eu gostei mais da risadinha dele”. Com me?' 'Didi, e o seu?' 'Dedé.' Parecia que tinha essa frase simples e inocente, Maísa da Mata, até combinado”. três anos, confirma a primeira impressão de

Em 2011, Dedé aceitou, pela primeira que o evento é destinado a crianças. Porém, ço: Manfried Santana, que faz graça desde vez, comemorar seu aniversário fora de casa. um olhar mais atento revela que o público é que se entende por gente. Nasceu no circo da Isso porque o 3º Encontro de Palhaços se reali-composto por gente de todas as idades. Mui-família e viajou o País fazendo piada da vida, zou entre 28 de abril e 1º de maio. Dedé come-to além da palhaçada pura, para Flávio Viana mas parecia não dar certo. Ninguém ria. Pinta- morou 75 anos no dia 29 de abril em uma noi-Gomide, 27 anos, o Encontro de Palhaços é va o rosto antes de entrar no picadeiro e lá se te de homenagens, no palco montado na Pra-fundamental para a cultura marianense. “É im-jogava no chão, virava cambalhota, fazia care- ça da Sé – lotada – de Mariana. Ele conta que prescindível. As pessoas têm que conhecer ou-ta e nada. Cresceu e teve de conciliar a escola nunca antes tinha aberto mão de passar o ani-tras artes e maneiras de expressão. Isso faz com o circo. Um dia chegou da rua atrasado versário com a família, e só o fez em razão da com que elas vivam melhor.”para o espetáculo, se preparou e entrou no pi- homenagem. “Entre as dez maiores bilheteri-Xisto Siman, um dos idealizadores do Cir-cadeiro. Surpreendentemente tudo o que ele as do País, seis são filmes dos Trapalhões. Tem covolante, que existe há 11 anos, diz que o fez foi motivo de gargalhada. Esquecera de festival de cinema no Brasil inteiro. O Dedé Encontro deste ano superou as expectativas: uma coisa: a maquiagem e o nariz vermelho. nunca foi chamado para receber uma home-“A pessoas invadiram as ruas, lotaram todos

Mas, afinal, quem é Manfried? Ah, sim, nagem. Depois que eu morrer, eu não quero os espetáculos. A cidade inteira se envolveu. verdade! Manfried é ninguém menos que De- mais. Por isso, estou me sentindo honrado Foi tudo muito positivo.” Neste ano, como de dé Santana, mestre da comédia pastelã no Bra- aqui com vocês.”costume, o Encontro homenageou um palha-

Trinta e cinco horas de pura gargalhada em Mariana

Por Simião Castro

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