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CCA UFV / XVII SIC / NOVEMBRO DE 2007 / ENGENHARIA AGRÍCOLA AJUSTE DO IRRIGÂMETRO ® PARA ESTIMAR A EVAPOTRANSPIRAÇÃO DAS CULTURAS, POR MEIO DE VARIAÇÃO DA ÁREA DO EVAPORATÓRIO Ednaldo Miranda de Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq); Rubens Alves de Oliveira (Orientador); Júlio Cezar Machado Baptestini (Estagiário Voluntário) Neste trabalho teve-se por objetivo determinar as alturas dos níveis de água no evaporatório do Irrigâmetro a fim de obter os seus coeficientes para estimar diretamente a evapotranspiração de referência (ET 0 ) e a evapotranspiração da cultura (ETc) nos seus diversos estádios de desenvolvimento. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado, com dez tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram de Irrigâmetros operando com onze níveis de água (N1=1, N2=2, N3=3, N4=4, N5=5, N6=6, N7=7, N8=8, N9=9, N10=10 e N11=11 cm, tomadas a partir de um nível de referência próprio do equipamento). A medição do nível da água no tubo de alimentação do Irrigâmetro foi feita diariamente às 9:00 horas da manhã, durante o período de setembro de 2006 até maio de 2007. Para cada tratamento foi determinado um coeficiente médio para o Irrigâmetro, denominado K I , calculado pela relação entre a evapotranspiração estimada no Irrigâmetro (ETc I ) e a evapotranspiração de referência (ET 0 ), obtida pelo método de Penman-Monteith - FAO 56. Os dados de ETc I obtidos no Irrigâmetro em cada nível da água dentro do evaporatório foram submetidos à análise de variância e de regressão. De acordo com os resultados obtidos pode-se então concluir que: (a) o Irrigâmetro pode ser usado para estimar a evapotranspiração de qualquer cultura, em qualquer estádio de desenvolvimento, para um valor de Kc desejado; (b) os coeficientes do Irrigâmetro aumentaram exponencialmente com o nível da água dentro do evaporatório; (c) para culturas em períodos quentes, recomendam-se as profundidades dos níveis da água no evaporatório de 3,0, 4,0 e 5,0 cm para os estágios I, II e III, respectivamente e; (d) para culturas em períodos 24

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AJUSTE DO IRRIGÂMETRO® PARA ESTIMAR A EVAPOTRANSPIRAÇÃO DAS CULTURAS, POR MEIO DE VARIAÇÃO DA ÁREA DO EVAPORATÓRIO

Ednaldo Miranda de Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq); Rubens Alves de Oliveira (Orientador); Júlio Cezar Machado Baptestini (Estagiário Voluntário)

Neste trabalho teve-se por objetivo determinar as alturas dos níveis de água no evaporatório do Irrigâmetro a fim de obter os seus coeficientes para estimar diretamente a evapotranspiração de referência (ET0) e a evapotranspiração da cultura (ETc) nos seus diversos estádios de  desenvolvimento. O experimento foi montado num delineamento inteiramente casualizado, com dez tratamentos e três repetições. Os tratamentos consistiram de Irrigâmetros operando com onze níveis de água (N1=1, N2=2, N3=3, N4=4, N5=5, N6=6, N7=7, N8=8, N9=9, N10=10 e N11=11 cm, tomadas a partir de um nível de referência próprio do equipamento). A medição do nível da água no tubo de alimentação do Irrigâmetro foi feita diariamente às 9:00 horas da manhã, durante o período de setembro de 2006 até maio de 2007. Para cada tratamento foi determinado um coeficiente médio para o Irrigâmetro, denominado KI, calculado pela relação entre a evapotranspiração estimada no Irrigâmetro (ETcI) e a evapotranspiração de referência (ET0), obtida pelo método de Penman-Monteith - FAO 56. Os dados de ETcI obtidos no Irrigâmetro em cada nível da água dentro do evaporatório foram submetidos à análise de variância e de regressão. De acordo com os resultados obtidos pode-se então concluir que: (a) o Irrigâmetro pode ser usado para estimar a evapotranspiração de qualquer cultura, em qualquer estádio de desenvolvimento, para um valor de Kc desejado; (b) os coeficientes do Irrigâmetro aumentaram exponencialmente com o nível da água dentro do evaporatório; (c) para culturas em períodos quentes, recomendam-se as profundidades dos níveis da água no evaporatório de 3,0, 4,0 e 5,0 cm para os estágios I, II e III, respectivamente e; (d) para culturas em períodos frios, recomendam-se as profundidades dos níveis da água no evaporatório de 2,0, 3,0 e 4,0 cm para os estágios de desenvolvimento I, II e III, respectivamente. (CNPq)

 

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ANÁLISE DO CUSTO DE SISTEMAS DE TERRACEAMENTO BASEADA NA RELAÇÃO ENTRE COMPRIMENTO DO TERRAÇO, ÁREA E DECLIVIDADE

Gláucia Machado Ferreira (Bolsista FUNARBE); Juliana Carvalho Figueiredo (Bolsista FUNARBE); Cleuber Lúcio da Silva Rodrigues (Estagiário Voluntário); Fernando Falco Pruski (Orientador). 

O terraceamento de áreas agrícolas é uma das práticas mecânicas de controle da erosão hídrica mais difundida entre os agricultores. Consiste na construção de estruturas compostas de um dique e um canal no sentido transversal à declividade do terreno, formando obstáculos físicos capazes de reduzir a velocidade do escoamento e disciplinar o escoamento da água sobre a superfície do solo. Neste trabalho buscou-se analisar a influência  da declividade do terreno no custo de implantação de um sistema de terraceamento, utilizando-se, para tanto, a razão entre o comprimento necessário dos terraços e a área terraceada. O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, em parceria com a RURALMINAS e a ANA, já realizou, no âmbito do Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco, o projeto de sistemas de terraceamento em áreas localizadas em 44 municípios mineiros da Bacia do São Francisco, abrangendo mais 7.000 hectares. As informações de área, comprimento dos terraços e declividade média foram dispostas em uma planilha, a partir da qual obteve-se as razões entre o comprimento dos terraços e a área, os quais foram plotados em um gráfico de dispersão em função da declividade média. O gráfico gerado contempla a relação comprimento do terraço/área versus declividade média, apresentando uma linha de tendência com r2 = 0,92. Neste gráfico observou-se uma relação diretamente proporcional entre as variáveis, ou seja, o aumento da declividade média acarretou um aumento na relação do comprimento dos terraços por unidade de área. (RURALMINAS/ANA)

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APTIDÃO AGRÍCOLA DO CAFÉ ARÁBICA PARA CENÁRIOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (A2) 

Robson Alves de Oliveira (Bolsista FAPEMIG); Aristides Ribeiro (Orientador)

Um zoneamento agroclimático é utilizado na delimitação de áreas em que uma cultura possa expressar o seu máximo rendimento, permitindo determinar a melhor época de semeadura. Na sua elaboração são utilizadas as exigências edafoclimáticas da cultura e as características climáticas da região, sendo consideradas três classes de aptidão: apta, restrita e inapta. As mudanças climáticas são, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), significativas variações estatísticas no estado do clima, persistentes por um longo período de tempo, resultantes da ação antrópica, sendo os cenários representações de forçamento climático (gases do efeito estufa e aerossóis). Este trabalho tem como objetivo apresentar um zoneamento agroclimático para a cultura do café arábica na bacia do São Francisco, utilizando o modelo gerado pelo Center for Climate Studies and Research /National Institute for Environmental Studies, (CCSR/NIES) do Japão. Foram utilizados dados regionalizados (downscaling), para o cenário A2 (pessimista, altas emissões), separados em três séries: 2011-2040; 2041-2070, 2071-2100, sendo analisadas a temperatura média e o déficit hídrico de acordo com as necessidades da cultura. Foi utilizado o software ArcGIS para realizar a interpolação dos dados (IDW), em função da latitude e longitude. Para se obter as anomalias dos dados foi utilizado como período base os dados climáticos médios de 1961-1990 do Climatic Research Unit (CRU), fazendo a diferença entre a climatologia e os dados modelados para o futuro. Para o período de 2011-2040 a única área apta esta situada numa pequena faixa no sul da bacia. Para 2041-2070 a área apta praticamente desaparece e para 2071-2100 toda a bacia apresenta-se, segundo o modelo, inapta para o cultivo do café arábica. O fator determinante para que isso ocorra são os maiores valores da temperatura média anual apresentados pelo modelo. FAPEMIG

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APTIDÃO AGRÍCOLA DO CAFÉ ARÁBICA PARA CENÁRIOS DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (B2)

 Robson Alves de Oliveira (Bolsista FAPEMIG); Aristides Ribeiro (Orientador)

Um zoneamento agroclimático é utilizado na delimitação de áreas em que uma cultura possa expressar o seu máximo rendimento, permitindo determinar a melhor época de semeadura. Na sua elaboração são utilizadas as exigências edafoclimáticas da cultura e as características climáticas da região, sendo consideradas três classes de aptidão: apta, restrita e inapta. As mudanças climáticas são, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), significativas variações estatísticas no estado do clima, persistentes por um longo período de tempo, resultantes da ação antropica, sendo os cenários representações de forçamento climático (gases do efeito estufa e aerossóis). Este trabalho tem como objetivo apresentar um zoneamento agroclimático para a cultura do café arábica na bacia do São Francisco, utilizando o modelo gerado pelo Center for Climate Studies and Research /National Institute for Environmental Studies, (CCSR/NIES) do Japão. Foram utilizados dados regionalizados (downscaling), para o cenário B2 (otimista, baixas emissões), separados em três séries: 2011-2040; 2041-2070, 2071-2100, sendo analisadas a temperatura média e o déficit hídrico de acordo com as necessidades da cultura. Foi utilizado o software ArcGIS para realizar a interpolação dos dados (IDW), em função da latitude e longitude. Para se obter as anomalias dos dados foi utilizado como período base os dados climáticos médios de 1961-1990 do Climatic Research Unit (CRU), fazendo a diferença entre a climatologia e os dados modelados para o futuro. Para o período de 2011-2040 a área apta esta situada numa pequena faixa no sul da bacia, reduzindo-se a metade para o período de 2041-2070. Para 2071-2100 praticamente toda a bacia apresenta-se, segundo o modelo, inapta para o cultivo do café arábica. O fator determinante para que isso ocorra são os maiores valores da temperatura média anual apresentados pelo modelo. FAPEMIG

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AVALIAÇÃO DA PERDA DE MASSA EM GRÃOS DE MILHO ARMAZENADOS HERMETICAMENTE EM SILOS BOLSA

Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); Lêda Rita D’antonino Faroni (Orientadora); André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Rafaela Carolina Constantino Roma (Bolsista PIBIC/CNPq)

A massa específica aparente de grãos é definida como a relação entre a sua massa e o volume ocupado pela mesma (kg m-3). Esse parâmetro aumenta, geralmente, com a diminuição do teor de água do produto, sendo este comportamento dependente da percentagem de grãos danificados, do teor inicial de água, da temperatura alcançada durante a secagem, do teor de água final e da variedade do grão. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar as alterações da massa específica aparente de grãos de milho com diferentes teores de água armazenados hermeticamente em silos tipo bolsa. Os grãos de milho foram colhidos com aproximadamente 20,0% b.u. de teor de água e secos até 14,0 e 18,0% b.u. O produto foi armazenado, a 30 ºC, em mini-bolsas com capacidade de 3 kg, confeccionadas com o mesmo material do silo tipo bolsa, devidamente seladas, a fim de se estabelecer condição hermética. Foram obtidos os valores de teor de água e de massa específica aparente no início do período de armazenamento e após 30, 60, 90 e 135 dias. Os valores de teor de água permaneceram praticamente constantes ao longo dos 135 dias de armazenamento independentemente do teor de água. Com relação à massa específica aparente, observou-se decréscimo significativo tanto nos grãos armazenados com 14% de teor de água quantos nos armazenados com 18%. Todavia, esse comportamento foi mais acentuado nos grãos armazenados com 18% de teor de água. A redução da massa foi da ordem de 2,1 e 5,2% para os grãos com 14 e 18% de teor de água, respectivamente, após 135 dias. Conclui-se, com os resultados, que grãos armazenados de forma hermética também reduzem a sua massa.

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AVALIAÇÃO DA RE-ANÁLISE DO ECMWF NA ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA EM VIÇOSA (MG) 

Marine Cirino Grossi (Estagiária Voluntária); Luiz Cláudio Costa (Orientador); Flávio Justino (Docente colaborador); Gilberto Sediyama (Docente Colaborador); Marcelo Cid de Amorim (Pós-Graduando MS). 

Com a expectativa do crescimento agrícola no Brasil para os próximos anos, em função da expansão de novas áreas e tecnologias no campo, o uso eficiente da água no ambiente agrícola será de suma importância tanto para a economia quanto para o meio-ambiente. A evapotranspiração (ETo) é a variável ambiental mais importante para quantificar as perdas de água de uma área vegetada para atmosfera. Assim, o conhecimento dos processos de ETo

é a forma mais coerente de estimar as necessidades hídricas dos cultivos agrícolas. No entanto, no Brasil, o número insuficiente de estações meteorológicas inviabiliza a obtenção de estimativas confiáveis para evapotranspiração numa escala local ou regional. Deste modo, uma alternativa seria a adoção de grades globais climáticas na forma de re-análises. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o uso de re-análises do Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF/ERA-40) na estimativa diária da ETo, adotando o modelo de Penman-Monteith (FAO). Para confrontar os resultados calculou-se a ETo com registros da estação agroclimática de Viçosa – 1970/2002. O uso de re-análise ERA-40, para Viçosa, no geral, apontou imprecisões no cálculo da ETo através dos valores do coeficiente de determinação (r2) e o erro absoluto médio (EAM), em torno de 0,52 e de 0,85 mm d–1, respectivamente. Análise de performance através do erro quadrático médio (REQM) confirma a imprecisão com valores em torno de 30%. Todavia, o coeficiente de concordância (d) na ordem de 0,70 indica um resultado satisfatório. Observou-se, também, que a re-análise subestimou a ETo entre 1 a 7%, nos meses frios e secos e de 9 a 15% nos meses quentes e chuvosos. Associou-se a essa tendência à alta resolução do campo de grade que não possibilita caracterizar fatores locais. Entretanto, o uso da re-análise do ECMWF mostrou-se como uma alternativa para locais e regiões com pouco, ou nenhum, registro meteorológico. 

 

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AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO CAFÉ

Marcelo de Abreu Costa (Bolsista IC); Everardo Chartuni Mantovani (Orientador); Breno Pereira Lopes (Bolsista IC); Eugênio Nunes Teixeira (Bolsista Outra Instituição); Marcelo Rossi Vicente (Bolsista Outra Instituição)

A irrigação é uma importante técnica que resulta em ganhos de produtividade, diminuição dos riscos e aumento de lucratividade em diversas culturas. Na cafeicultura, destacam-se a irrigação por aspersão em malha, o gotejamento e pivô central localizado. Para o manejo da irrigação não basta apenas o conhecimento das características técnicas do equipamento, mas sim do estado de conservação, eficiência e principalmente uniformidade de distribuição de água. No presente trabalho procedeu-se a avaliação em três sistemas de irrigação (gotejamento, pivô central com aplicação localizada e aspersão em malha) implantados na área de Observação e Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, Sítio Jatobá, localizado no trecho da rodovia MG280 km 15, pertencente ao Município de Paula Cândido, Minas Gerais. O pivô central com aplicação localizada e o gotejamento irrigam uma lavoura da variedade Topázio com cerca de cinco anos e a aspersão convencional em malha está implantada em uma área de café com um ano de plantio. Para a avaliação, foram utilizados os equipamentos necessários como manômetros, kit de avaliação com copos coletores, hastes e provetas graduadas, baldes graduados, mangueiras, cronômetros entre outros. Na aspersão em malha, avaliou-se um aspersor em quatro posições diferentes e considerando posteriormente a sobreposição real. No gotejamento avaliaram-se dois setores e a média do sistema e no pivô com aplicação localizada avaliou-se todos os emissores. Os dados coletados foram inseridos no módulo Avalia do software Irriplus. Os valores de Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) foram 76.5, 76.6, 76.3, 81.4 e 74.0% para aspersão em quatro posições e sobreposição. No gotejamento os CUC’s foram 94.3, 87.0 e 93.0% para setores um e dois e média do sistema. O pivô localizado apresentou CUC de 91.0%. Conclui-se que os valores de CUC foram bons para a maioria das avaliações, entretanto, é possível trabalhar em faixas mais adequadas.

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AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO NA PRODUÇÃO DE TOMATE NOS MOLDES DA AGRICULTURA FAMILIAR

Eduardo Caldas Soares (Bolsista CNPq); Everardo Chartuni Mantovani (Orientador); Ricardo Carreiro Neto (Estagiário Voluntário); Davi Pereira Caixeta de Castro (Bolsista CNPq); Nara Cristina de Lima Silva (Pós-graduando MS); Eugênio Nunes Teixeira (Pós-graduando MS)

O modelo de produção de tomate dentro na agricultura familiar é prática característica da região da Zona da Mata de Minas Gerais. Por isso é importante a realização de trabalhos técnicos que possam dar suporte às atividades de produção realizadas nessas propriedades principalmente naquelas onde se pratica a agricultura irrigada, onde o investimento é maior. Entretanto, a consciência geral dos agricultores familiares dessa região sobre a irrigação do tomateiro e manejo do mesmo, possui características de insegurança, provenientes da dificuldade de gerenciamento, que impedem a sustentabilidade desta atividade. Assim, o presente trabalho teve como objetivo diagnosticar duas áreas produtoras de tomate, representativas da região, quanto à eficiência de aplicação de água no solo pelo sistema de irrigação por gotejamento e ainda, verificar as características do solo quanto à capacidade armazenamento de água. As duas propriedades selecionadas para a realização do estudo, localizam-se nas cidades de Coimbra e de Paula Cândido, onde foram coletadas amostras de solo à duas profundidades e em seguida analisadas no Laboratório de Análise Físico-Hídrica do DEA-UFV e determinado a Capacidade de Campo (CC) e Ponto de Murchamento (PM). As avaliações de uniformidade foram realizadas segundo metodologia proposta por DENÍCULI et al. (1980), utilizando o programa IRRIPLUS 2.11 para cálculo do Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) e do coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD). Foram encontrados os seguintes valores para a propriedade em Coimbra:  Solo - CC = 34,7%, PM = 21,8% e da = 1,15 g cm-3; Uniformidade - CUC = 96% e CUD = 94%. Os valores para propriedade de Paula Cândido foram: solo - CC = 24,3%, PM = 18,2% e da = 1,20 g cm-3; Uniformidade - CUC = 91% e CUD  = 84%.  Os resultados da CC, PM e da dos solo foram utilizados para cálculo do turno de rega, para cada localidade e fase de desenvolvimento da cultura visando a máxima produção. As uniformidades obtidas para as localidades foram classificadas de excelentes para o primeiro caso e boa para o segundo caso. Esse diagnóstico é de fundamental importância para o gerenciamento da irrigação, garantindo maior produtividade e rentabilidade ao produtor com eficiência no uso da água. (CNPq)

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AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO POR MICROASPERSÃO NA PRODUÇÃO DE GOIABA NOS MOLDES DE AGRICULTURA FAMILIAR

Davi Pereira Caixeta de Castro (Bolsista CNPq); Everardo Chartuni Mantovani (Orientador); Eduardo Caldas Soares (Bolsista CNPq); Nara Cristina de Lima Silva (Pós-graduando MS); Ricardo Carreiro Neto (Estagiário voluntário); Marília Aparecida de Oliveira Tavares (Bolsista CNPq)          

 A Zona da Mata de Minas Gerais é formada na maior parte pela Agricultura Familiar, e o desenvolvimento sustentado dos municípios passa, necessariamente, pelo fortalecimento deste modelo de agricultura. Dentre as várias opções de plantio, destaca-se a fruticultura, destacando-se a cultura da goiaba (Psidium guayava), que é comumente irrigada na maioria das propriedades da região. Apesar dos produtores utilizarem irrigação localizada do tipo microaspersão, observa-se uma falta de conhecimento básico sobre o sistema, que dificultam a sustentabilidade desta atividade. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo orientar, de forma integrada e simplificada, três produtores de goiaba irrigada nos moldes da agricultura familiar a cerca dos sistemas e manejo da irrigação. Foram realizadas avaliações sobre a uniformidade de distribuição da água, que são fundamentais para otimização do uso da água e da produtividade. Os resultados encontrados indicam sérios problemas de desuniformidade de aplicação da água, com valores médios de CUC iguais a 81, 14, e 77% e os respectivos valores médios de CUD de 78, 0 e 62% para sistemas de microaspersão instalados nas propriedades estudadas. Os dados obtidos em campo foram de importantes para um adequado redimensionamento dos sistemas de microaspersão e posterior manejo da irrigação, a fim de maximizar a produtividade, e minimizar a utilização de insumos na produção da goiaba irrigada, acarretando em aumento de lucro para os produtores. (CNPq)

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AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE GRÃOS DE SOJA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE ARMAZENAMENTO

Rafaela Carolina Constantino Roma (Bolsista PIBIC/CNPq); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG)

Extensas áreas são cultivadas com soja no país, o que proporciona grande produção. Entretanto, deve-se atentar quanto à pós-colheita dos grãos, em especial, com o armazenamento. Este trabalho tem como objetivo avaliar qualitativamente grãos de soja em diferentes condições de armazenamento. Os grãos foram colhidos com aproximadamente 18,0% b.u. de teor de água e secos até 10,9, 12,8 e 14,5% b.u. Posteriormente, os grãos foram armazenados em câmaras tipo B.O.D. com umidade relativa e temperaturas controladas. As temperaturas utilizadas foram 25 e 35 ºC. Foram realizadas análises de teor de água, de classificação, de condutividade elétrica e de massa específica aparente. Os grãos armazenados com 14,5% de teor de água a 35 ºC apresentaram alterações qualitativas em comparação aos armazenados com menores teores de água. Verificou-se, além da elevação do teor de água, chegando a 19,2% aos 180 dias, redução na massa específica aparente, deterioração da membrana destes grãos medida pela condutividade elétrica e desclassificação do produto por apresentar mais que 8% de grãos avariados. Os grãos armazenados nas demais condições mantiveram a qualidade praticamente inalterada. Assim, conclui-se que não se deve armazenar grãos de soja com teor de água de 14,5% em temperaturas de 35 ºC, sob o riso de aceleração do processo de deterioração do produto.

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AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS GRÃOS DE MILHO APÓS O PERÍODO DE SATURAÇÃO COM OZÔNIO

Marta Cristina Silva Carvalho (Bolsista PIBIC/CNPq); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Joseane Erbice dos Santos (Bolsista CNPq)

Grãos armazenados e seus subprodutos estão sujeitos ao ataque de pragas que causam perdas qualitativas e quantitativas. As perdas podem atingir até 30% em alguns casos, sendo 10% delas causadas diretamente pelo ataque de insetos-praga, durante o armazenamento. Diante desta realidade, faz-se necessário o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de novas tecnologias de manejo de grãos durante o armazenamento. Uma dessas tecnologias é a utilização da atmosfera modificada empregando o gás ozônio (O3) como agente controlador. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar as características fisiológicas dos grãos de milho após a saturação com gás ozônio. Foram utilizados no experimento três lotes de 1 kg de grãos de milho, com teor de umidade de 12,8% b.u. Cada lote foi acondicionado em um recipiente de vidro de 3,25 L e submetido à atmosfera modificada com 100 ppm de ozônio, vazão de 4,6 L min-1 por um período de saturação do sistema O3-milho de 70 min. Para avaliar o efeito residual do ozônio, sobre as características fisiológicas dos grãos de milho, foram realizados testes de teor de água, potencial de germinação e condutividade elétrica da solução que contém os grãos. A análise dos dados e a interpretação dos resultados obtidos permitiram concluir que não ocorreram alterações significativas nas características fisiológicas dos grãos após a saturação com o gás ozônio.

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CAL HIDRATADA COMO AGENTE COAGULANTE DA ÁGUA RESIDUÁRIA DO DESCASCAMENTO/DESPOLPA DOS FRUTOS DO CAFEEIRO

Benatti Rezende Zaparoli (Bolsista PIBIC/CNPq); Antonio Teixeira de Matos (Orientador); Valdeir Eustáquio Júnior e Mateus Pimentel de Matos (Estudantes de Engenharia Agrícola e Ambiental)

No processo de descascamento/despolpa dos frutos do cafeeiro (DFC), a quantidade de água utilizada pode ser reduzida se ela for recirculada no processo. Porém, essa prática altera significativamente a concentração de sólidos em suspensão (SS) e em solução, à medida que aumenta o tempo de recirculação da água. Com a realização deste trabalho objetivou-se avaliar o efeito da cal hidratada, no tratamento físico-químico da água em recirculação no DFC, monitorando-se o pH, a turbidez, a condutividade elétrica (CE) e as concentrações de DQO e SS na água. Com este intuito, construiu-se um protótipo, em escala reduzida, na Área Experimental de Armazenagem e Processamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, de uma unidade de DFC. A cal foi aplicada, por meio de dosadores, na água em recirculação, sempre respeitando-se a proporção de 3 g de cal para cada litro de água. Na máquina de DFC, a quantidade adicionada de frutos para processamento foi igual, em volume, à adicionada de água para recirculação. Após a estabilização operacional do sistema de processamento, coletaram-se amostras, que foram encaminhadas ao laboratório para análises físicas e químicas e os frutos, após serem secados em terreiro suspenso, foram enviados para análise sensorial e organoléptica, por meio de teste de xícara. O tratamento físico-químico proporcionou considerável remoção de DQO, SS e turbidez e elevação do pH, entretanto, não proporcionou diminuição da CE na água, que foi crescente com tempo de recirculação no sistema. No teste de xícara, os grãos processados proporcionaram bebida mole. Concluiu-se que o tratamento físico-químico da água em recirculação com cal possibilitou a utilização da água por maior período de tempo, sem comprometer a qualidade do produto. (Illy-café, CNPq)

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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DE PONTAS HIDRÁULICAS EMPREGADAS NO CONTROLE DE Brachiaria decumbens

Raphael Magalhães Gomes Moreira (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Mauri Martins Teixeira (Orientador); Renato Adriane Ruas (Pós-graduando DS); Denis Medina Guedes (Estagiário voluntário)

Objetivou-se com este trabalho, avaliar a influencia das características técnicas de pontas hidráulicas na eficácia de controle B. decumbens. Para isso, foi selecionada uma amostra contendo dez pontas hidráulicas XR 110 02. As pontas foram avaliadas considerando-se a vazão nominal, o coeficiente de descarga, a uniformidade de distribuição volumétrica, o ângulo de abertura do jorro de pulverização, o espectro e a população de gotas quando submetidas às pressões de 100, 200, 300, 400 e 500 kPa. Realizou-se também uma aplicação no campo a fim de validar as características avaliadas. Todos os ensaios foram realizados em ambiente com temperaturas entre 19 e 24 °C e umidade relativa do ar entre 72 % e 87 %, condições estas que atendem a norma ISO 5682/1 (ISO, 1986). As vazões proporcionadas pelas pontas foram estatisticamente semelhantes àquelas fornecidas pelo fabricante. O coeficiente de descarga foi de 0,87, estando dentro da faixa esperada para uma ponta de jato tipo leque. O ângulo do jorro das pontas de pulverização aumentou com o aumento das pressões. A uniformidade de distribuição volumétrica variou de acordo com as pressões e com as alturas de pulverizações. A pressão de 300 kPa e a altura de 50 cm proporcionaram o menor coeficiente de variação 6,63 % e, conseqüentemente, melhor distribuição volumétrica. Os parâmetros estabelecidos para a aplicação em nível laboratorial utilizadas na aplicação do herbicida, para o controle de B. decumbens foram eficazes também a nível de campo. A equipe de pesquisa agradece o apoio financeiro da FAPEMIG para a realização do projeto. (FAPEMIG) 

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CINÉTICA DAS MUDANÇAS DE TEXTURA NO AMADURECIMENTO DA BANANA ´PRATA-ANô

Bruna Lourenço Nogueira (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Paulo Cesar Correa (Orientador); Deise Menezes Ribeiro (Bolsista CNPq); Fernando Mendes Botelho (Bolsista CNPq)

A perda da firmeza em bananas é um dos principais indicadores do seu amadurecimento, podendo ser usada como instrumento de avaliação da eficiência do processo de conservação dos frutos. O objetivo do presente trabalho foi estudar a cinética da evolução da textura da banana ‘Prata-anã’ colhida em diferentes estádios de desenvolvimento (18, 19 e 20 semanas) e armazenada durante 10 dias sob diferentes temperaturas (10, 15, 20 e 25 ºC). As mudanças na textura durante o armazenamento foram analisadas em uma máquina universal de testes, por meio de testes de penetração da casca e da polpa, utilizando uma sonda cilíndrica de 4 mm de diâmetro. A partir dos resultados obtidos, pode-se observar que, independente da temperatura, a firmeza da casca e da polpa dos frutos provenientes de cachos com 18 semanas de desenvolvimento não sofreu alteração significativa ao longo dos 10 dias de armazenamento, apresentando forças médias máximas de penetração de 42,89 N e 15,60 N, respectivamente. No entanto, houve significativa mudança na textura dos frutos oriundos de cachos com 19 e 20 semanas de desenvolvimento, mantidos a 20 ºC e 25 ºC. A perda de firmeza dos frutos com 19 semanas ocorreu a partir do 7° e 5° dias de armazenamento, para as temperaturas de 20 ºC e 25 ºC, respectivamente. Para os frutos de cachos com 20 semanas de desenvolvimento, esta perda iniciou-se no 4° dia de armazenamento. Além dos frutos com 20 semanas armazenados a 20 e 25 ºC, a polpa daqueles mantidos a 15 ºC apresentou significativa perda de firmeza a partir do 5° dia de armazenamento, diferentemente do que ocorreu para a casca. O modelo de Gompertz com 4 parâmetros explicou satisfatoriamente as mudanças de firmeza da casca e da polpa dos frutos.(FAPEMIG)

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CONTROLE DE Tribolium Castaneum (HERBST) (COLEOPTERA: TENEBRIONIDAE) COM TERRA DIATOMÁCEA EM DIFERENTES TEMPERATURAS E PERÍODOS DE EXPOSIÇÃO

Maurílio Duarte Batista (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Felipe Humberto da Silva (Estagiário Voluntário); Marco Aurélio Guerra Pimentel (Bolsista CNPq); Fernanda Duarte Monteiro Rezende (Estagiário Voluntário)

O problema da resistência assume particular importância em insetos de produtos armazenados devido à grande dependência do uso de inseticidas para o controle destes. Assim, as formulações de terra diatomáceas (TD) podem tornar-se uma boa alternativa aos inseticidas convencionais utilizados no armazenamento de grãos. Dentre as principais vantagens das formulações de TD frente aos inseticidas convencionais destaca-se sua origem natural que não polui o ambiente e não oferece risco à alimentação humana. Deste modo, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da temperatura e do período de exposição no controle de Tribolium castaneum com TD. As unidades experimentais consistiram de placas de Petri (140x10 mm), contendo 40 g de grãos de trigo, com teor de umidade de 13%, em três repetições. A aplicação de TD foi realizada diretamente aos grãos por mistura na dosagem recomendada de 1,0 kg ton-1 de grão, além do tratamento testemunha, sem adição de TD. Após a distribuição de 20 insetos adultos recém emergidos, as placas foram colocadas em câmaras tipo B.O.D., nas temperaturas de 25, 28, 30, 32 e 35 oC e 70% U.R.  As avaliações do número de insetos mortos foram realizadas aos cinco, 10 e 15 dias após a aplicação.  Observou-se um aumento da mortalidade com o incremento da temperatura e do período de exposição. A mortalidade não ultrapassou 15% para o período de exposição de cinco dias, enquanto que aos 10 e 15 dias ocorreram 80 e 100% de mortalidade, respectivamente. A partir destes resultados, conclui-se que a formulação de TD avaliada apresenta boa perspectiva de uso no controle de insetos de produtos armazenados. (FAPEMIG, CNPq)

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CRESCIMENTO INSTANTÂNEO DE POPULAÇÕES DE Tribolium castaneum (COLEOPTERA: SILVANIDAE) RESISTENTES E SUSCEPTÍVEIS A FOSFINA 

Luana Silva e Souza (Estagiária voluntária); Lêda Rita D´Antonino Faroni (Orientadora); Adalberto Hipólito Sousa (Pós-graduando DS); Marco Aurélio Pimentel (Pós-graduando DS); Fernanda Duarte Monteiro Rezende (Estagiária voluntária)  Desde a década de 80, a fosfina tem se tornado o inseticida fumigante mais utilizado no mundo para controlar insetos-praga de produtos armazenados. Entretanto, o uso indiscriminado dos fumigantes tem apontado a resistência como uma das principais causas do aparecimento de falhas no controle de insetos-praga de produtos armazenados. Para verificar a existência de possíveis custos adaptativos de resistência a fosfina, foi avaliada a taxa instantânea de crescimento de populações de Tribolium castaneum (Herbst) (Coleoptera: Tenebrionidae) resistentes e susceptíveis a fosfina. Foram utilizadas duas populações resistentes a fosfina (Campos de Júlio, MT e Alfenas, MG) e duas susceptíveis (Água Boa, MT e Bragança Paulista, SP). As unidades experimentais consistiram de frascos plásticos (100 x 90 mm), contendo 150 g de grãos de milho semi-triturados, com teor de umidade de 13% b.u. Os grãos foram infestados com 20 insetos adultos não-sexados e os frascos armazenados a 30 oC e 70% de U.R. durante 110 dias em câmara tipo B.O.D. Avaliou-se o número de insetos adultos após este período. O ri foi calculado através da equação ri=Ln(Nf /Ni)/t, em que Nf é o número final de insetos, Ni é o número inicial de insetos e t é o número de dias em que o ensaio foi executado. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os dados do ri foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Verificou-se efeito significativo entre as populações resistentes e susceptíveis a fosfina, onde os valores médios da taxa instantânea das populações de T. castaneum resistentes à fosfina (Campos de Júlio: 0,021±0,0002 e Alfenas: 0,019±0,0006) foram estatisticamente menores que os valores das populações susceptíveis (Água Boa: 0,023±0,0010 e Bragança Paulista: 0,023±0,0004). Com isso, evidencia-se a existência de custo adaptativo nas populações de T. castaneum resistentes à fosfina. (CNPq)

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DESCRIÇÃO ANALÍTICA DA RESISTÊNCIA DO SOLO À PENETRAÇÃO 

Thiago Fonseca (Estagiário Voluntário); Pedro Hurtado de Mendoza Borges (Orientador); Haroldo Carlos Fernandes (Co-orientador)  A mecanização agrícola tem contribuído consideravelmente no aumento da produção agrícola brasileira. No entanto, sua contínua utilização pode elevar o risco de impactos ambientais negativos relacionados à degradação e compactação excessiva dos solos pelo tráfego de máquinas. Apesar das inúmeras pesquisas desenvolvidas nesse tema e da inexistência de um critério uniforme para estimar e classificar a compactação do solo, a maioria dos autores utiliza a resistência do solo à penetração como principal indicativo. Existem diversos equipamentos para estimar a referida resistência, os quais fornecem a variação da pressão exercida por um cone acoplado a uma haste rígida, em função da profundidade. O objetivo do trabalho foi descrever analiticamente a resistência do solo à penetração, baseando-se em dados experimentais. O solo da área foi classificado como latossolo amarelo, submetido ao sistema de preparo convencional durante os últimos cinco anos e onde se implantaram, de forma alternada, as culturas de milho e feijão. Utilizou-se um penetrômetro eletrônico, modelo PNT 2000. As coletas foram realizadas para três teores aproximados de água no solo (20 %, 32 % e 40 %) e a profundidade variou de 0 a 0,50 m. Para a descrição analítica da resistência do solo à penetração, em função da profundidade foram testados vários modelos não-lineares, com auxílio dos Programas STATISTICA 7.0 e CurveExpert 1.3. Os modelos sigmoidais do Programa CurveExpert 1.3 apresentaram os maiores coeficientes de determinação e menores desvios entre os valores observados e estimados. Com base nos resultados concluiu-se que a resistência do solo à penetração, em função da profundidade pode ser representada analiticamente usando-se modelos sigmoidais e que estes modelos podem ser uma útil ferramenta para inferir sobre o comportamento da compactação do solo.      

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DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE PULVERIZAÇÃO PARA A DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS RASTREÁVEIS DA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS

Raphael Magalhães Gomes Moreira (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Mauri Martins Teixeira (Orientador); Renato Adriane Ruas (Pós-graduando DS); Denis Medina Guedes (Estagiário voluntário) 

 Com a crescente preocupação em aumentar a eficácia dos tratamentos fitossanitários, minimizando os impactos ambientais tornou-se necessário conhecer e desenvolver novas tecnologias de aplicação. Equipamentos convencionais de aplicação de agrotóxicos normalmente resultam na produção de gotas desuniformes, o que acarreta o aumento da deriva e de perdas por escorrimento e evaporação. Portanto objetivou-se com este trabalho, desenvolver e avaliar o desempenho de um sistema de pulverização centrífugo, para o estabelecimento de parâmetros passiveis de serem rastreados nas operações de aplicação de agrotóxicos. O sistema experimental de pulverização é constituído por uma estrutura metálica, sob a qual foi adaptado um suporte para acoplamento do pulverizador centrífugo. A estrutura permitia o deslocamento do pulverizador em diferentes velocidades e rotações por meio de um inversor de freqüência. A avaliação do sistema de pulverização consistiu na determinação do perfil e na uniformidade de distribuição volumétrica, além dos espectros e populações de gotas proporcionadas pelo pulverizador, operando nas rotações de 105; 157; 210; 262 e 315 rad s-1 e velocidades de 0,5; 1,0; 1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 km h-1. Maiores rotações proporcionaram maiores uniformidades de distribuição volumétrica e maiores faixas úteis de pulverização. O diâmetro das gotas diminuiu com o aumento das rotações e velocidades do pulverizador. A densidade de gotas e a porcentagem de cobertura apresentaram resposta linear positiva com as rotações e linear negativo com as velocidades de deslocamento do pulverizador. A equipe de pesquisa agradece o apoio financeiro da FAPEMIG para a realização do projeto.(FAPEMIG) Palavras-chaves: pulverizadores, tecnologia de aplicação,rastreabilidade.

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DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE UMA FORNALHA PARA COMBUSTÍVEIS SÓLIDOS FINOS VISANDO A SECAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

Lucas Dutra De Melo (Bolsista PIBIC/CNPq); Jadir Nogueira da Silva (Orientador); Edney Alves Magalhães (Bolsista CNPq)

A necessidade de autonomia energética e o aumento das emissões de gases do efeito-estufa induzem a necessidade de se pesquisar alternativas energéticas eficientes e renováveis para nosso país. Baseado nessa necessidade esse projeto consistiu no desenvolvimento de uma fornalha que utiliza, além de lenha, biomassa de granulometria fina como combustível. Essa biomassa, que geralmente são resíduos de produção agrícola ou de beneficiamento de madeira, pode ajudar na geração de energia térmica, além de solucionar o problema da disposição desses resíduos. A fornalha teve seu protótipo construído na área de Pré-processamento de Produtos Agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola – UFV. Funcionou como sistema de aquecimento direto e ou  indireto de ar, onde o sentido dos gases frio e quente na troca de calor era contra-corrente. Por meio dos testes realizados obteve-se que sua eficiência está acima daquela obtida em fornalhas similares citadas na literatura consultada. O custo da fornalha foi de R$ 2.268,49 estando dentro da realidade das fornalhas comercialmente produzidas. O uso da serragem como combustível mostrou ser viável, devido a alta eficiência obtida com este combustível na fornalha e a possibilidade de sua aquisição a custo reduzido. Desta forma, a fornalha demonstrou ser eficiente no aquecimento de ar para secagem de produtos agrícolas e acessível aos produtores rurais. (CNPq)

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DESENVOVIMENTO DE UM SISTEMA PARA ESTIMAR A UMIDADE DE FRUTOS DE CAFÉ COM BASE NA COR

Bruno Ferreira Maciel (Bolsista PIBIC/CNPq); Francisco de Assis de Carvalho Pinto (Orientador)

Os frutos de café apresentam no momento da colheita desuniformidade de maturação e elevada umidade, o que impossibilita a determinação da umidade em tempo real para elaboração de mapas de produtividade. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de desenvolver um sistema para estimar a umidade de amostras de frutos de café com base na cor. Foram colhidos manualmente frutos de café Coffea arabica L., cultivar Catuaí Vermelho (safra 05/06), e classificados em três estádios de maturação (verde, cereja e passa). Foram adquiridas imagens digitais das amostras de cada estádio de maturação. Os valores numéricos dos pixels foram utilizados para treinamento e teste de uma rede neural artificial (RNA). Para testar os algoritmos propostos, foram colhidos frutos de Catuaí Vermelho (safra 05/06) e Mundo Novo (safra 06/07) e foram adquiridas imagens que continham frutos em diferentes estádios de maturação. Estas imagens foram classificadas pela RNA e processadas por técnicas de morfologia matemática. A partir do número de frutos identificados e da umidade característica das classes, foram estimadas as umidades das amostras e comparadas com o método padrão de estufa. A RNA composta por dois neurônios na camada de entrada e quatro na camada de saída obteve acertos superiores a 88,0% para todas as classes de frutos nos dois cultivares. O sistema foi capaz de estimar a umidade das amostras de café com um erro médio de 0,84% e 5,02% para os cultivares Catuaí Vermelho e Mundo Novo, respectivamente. Esse erro foi considerado aceitável para utilização em um sistema de mapeamento da produtividade da lavoura cafeeira. (CNPq)

 

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EFEITO DA QUALIDADE DA ÁGUA USADA NO DESCASCAMENTO/DESPOLPA DOS FRUTOS NA QUALIDADE DOS GRÃOS DE CAFÉ

Benatti Rezende Zaparoli (Bolsista PIBIC/CNPq); Antonio Teixeira de Matos (Orientador), Valdeir Eustáquio Júnior e Mateus Pimentel de Matos (Estudantes de Engenharia Agrícola e Ambiental).

No descascamento/despolpa de frutos do cafeeiro, operação necessária para proporcionar redução do custo de secagem e para a melhoria da qualidade final do produto, uma média de 3-5 L de água é consumida por cada litro de fruto de cafeeiro processado. Recirculando-se a água no processo, essa proporção pode baixar para cerca de um litro de água por litro de fruto processado. No entanto, a recirculação altera as características físicas e químicas da água, com o tempo de uso, podendo causar prejuízo à qualidade do grão produzido. Objetivou-se com a realização desse trabalho avaliar os efeitos do pH, concentração de ferro na água e da mistura de água limpa com água residuária do processamento (obtida em descascamento/despolpa, sem recirculação, de outro lote de frutos do cafeeiro), quando utilizadas no descascamento/despolpa dos frutos, na qualidade dos grãos de café. O experimento foi realizado no Laboratório de Qualidade da Água do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV. Grãos de café do gênero Coffea arábica L., obtidos logo após o descascamento dos frutos, foram imersos, por 2 minutos, em soluções preparadas a partir de água desionizada, com diferentes concentrações de ferro (0,4; 0,8; 1,6 e 3,2 mg/L) e diferentes valores de pH (4,0; 5,0 e 6,0; 7,0 e 8,0). Como testemunha, utilizou-se, como solução de imersão dos grãos, apenas água desionizada. Terminado o período de imersão, os grãos foram secados sob temperatura de 45-50oC, em estufa com ventilação forçada de ar. Material seco, foram retiradas, com 3 repetições, subamostras de 50 grãos de cada, que novamente imersas, agora por 5 horas, em recipientes contendo 75 mL de água desionizada. Após decorrido o tempo de imersão dos grãos na solução presente nos recipientes, foram medidas a condutividade elétrica e a concentração de potássio. Os resultados indicaram que houve diferença nos valores de condutividade elétrica e concentração de potássio na solução de imersão, dependendo do tratamento prévio impostos aos grãos de café. De forma geral, foram observadas maiores valores de condutividade elétrica e de concentração de potássio, decorrentes da menor permeabilidade das películas dos grãos, nos extratos obtidos nos recipientes em que os grãos haviam sido, previamente, imersos em soluções de maiores valores de pH, concentração de ferro na faixa de 1,5 a 2,5 mg/L e menores proporções de água residuária na água usada para imersão. Conclui-se que a qualidade da água usada no descascamento/despolpa tem influência na qualidade dos grãos, devendo ser fator de interferência na qualidade de bebida do café.(CNPq; Illy-Caffé)

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EFEITO IMEDIATO DO ALIL ISOTIOCIANATO (AITC) SOBRE A QUALIDADE FISIOLÓGICA DOS GRÃOS DE MILHO

Naraisa Moura Esteves Coluna (Estagiário Voluntário); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Juliana Lobo Paes (Bolsista CAPES); Marcio Aredes Martins (Co-orientador); Fabiana Sarracini (Estagiário Voluntário)

Pesquisas vêm sendo desenvolvidas enfatizando a busca de métodos alternativos para o controle de pragas, sem que haja interferência na qualidade do produto. Dentre esses métodos inclui o emprego de inseticidas de origem vegetal. Diante da carência de estudos científicos sobre o composto volátil Alil isotiocianato (AITC), presente no óleo essencial de mostarda, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a qualidade fisiológica dos grãos de milho imediatamente após o tratamento com o AITC. Grãos de milho, à temperatura em torno de 25±1 ºC, distribuídos em frascos de vidro de 0,80 litros, foram submetidos ao AITC, nas concentrações de 1,25 e 1,87 µL L-1, em cinco períodos de exposição (6, 12, 18, 24 e 30 h) e em três repetições. Para a comparação dos resultados, grãos foram submetidos apenas ao ar atmosférico (78% de N2, 0,03% de CO2 e 21% de O2), na ausência de AITC, em todos os períodos de exposição avaliados. O óleo, aplicado em filtro de papel de 2,25 cm², foi colocado em placas de petri e, cada placa, no interior dos frascos de vidro com grãos de milho. Imediatamente após o período de exposição foram realizadas as análises de condutividade elétrica da solução que contém o grão, de potencial de germinação e do teor de água. Observou-se que a qualidade fisiológica dos grãos de milho não foi afetada, independente do período de exposição e das concentrações. Com base nestes resultados, conclui-se que o AITC pode ser considerado como uma alternativa inovadora ao fumigante tradicionalmente utilizado, fosfina.

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EFICÁCIA DO ALIL ISOTIOCIANATO (AITC) NO CONTROLE DO INSETO ADULTO SITOPHILUS ZEAMAIS

Tales Afonso da Silva (Bolsista PIBIC/CNPq); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Juliana Lobo Paes (Bolsista CAPES); Onkar Dev Dhingra (Co-Orientador); Fernanda Machado Baptestini (Estagiário Voluntário)

Os óleos essenciais podem apresentar compostos voláteis com potencial inseticida, permitindo a obtenção de inseticidas naturais para o uso direto no controle de insetos-praga. O propósito deste trabalho foi avaliar a eficácia do Alil isotiocianato (AITC), substância volátil do óleo essencial de mostarda, em diferentes períodos de exposição para matar 50% de insetos adultos de Sitophilus zeamais. Para determinar o tempo letal (TL50%), aplicou-se, em filtro de papel de 2,25 cm², óleo essencial de mostarda nas concentrações de AITC de zero; 1,25 e 1,87 µL L-1. O filtro de papel foi colocado em placas de petri e, cada placa, no interior dos frascos de vidro com capacidade para 0,8 litros. Após a colocação das armadilhas contendo os grãos infestados com adultos do coleóptero S. zeamais, os frascos foram fechados e vedados com borracha de silicone durante cinco períodos de exposição (6, 12, 18, 24 e 30 horas). Ao final de cada período de exposição, as armadilhas foram mantidas em câmara climática sob condições ótimas de desenvolvimento da espécie em estudo (28±1 ºC e 60±5% de umidade relativa). A avaliação da mortalidade dos insetos adultos foi realizada depois de 48 h, contando-se o número de insetos adultos mortos. Verificou-se que os tempos letais para 50% dos insetos adultos de S. zeamais nas concentrações de AITC de 1,25 e 1,87 µL L-1 foram respectivamente de 19,76 e 16,19 h. Conclui-se que, em geral, o aumento da concentração resultou no aumento da eficácia do AITC reduzindo assim o tempo letal para matar 50% dos insetos adultos S. zeamais.

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EFICIÊNCIA DOS SILOS TIPO BOLSA NO CONTROLE DE INSETOS-PRAGA DE GRÃOS DE MILHO

André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); Rafaela Carolina Constantino Roma (Bolsista PIBIC/CNPq)

A utilização de silos tipo bolsa seladas hermeticamente para o armazenamento de grãos tem merecido estudos como alternativa aos métodos tradicionais de armazenagem em fazenda. Essa nova técnica consiste no armazenamento de grãos em bolsas plásticas seladas hermeticamente, em que o processo respiratório dos componentes bióticos do ecossistema (fungos, insetos, etc.) consome o oxigênio (O2) gerando dióxido de carbono (CO2). Os insetos são suprimidos quando o ar intergranular apresenta concentração de oxigênio de 2% ou menos. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a eficiência da armazenagem hermética em silos tipo bolsa no controle de insetos-praga em milho. Os grãos foram colhidos com aproximadamente 20,0% b.u. de teor de água e secos até 14,0%. Grãos de milho não-tratados foram armazenados, a 25 ºC, em mini-bolsas com capacidade de 3 kg, confeccionadas com o mesmo material do silo tipo bolsa, devidamente seladas, a fim de se estabelecer uma condição hermética. Como testemunha, grãos de milho não-tratados  foram armazenados em recipientes de vidro com capacidade de 3,2 L, sem hermeticidade. Foram determinados o teor de água e o índice de infestação no início do período de armazenamento e aos 30, 60, 90 e 135 dias. O teor de água dos grãos armazenados hermeticamente em silos tipo bolsa permaneceu próximo ao valor inicial, ao contrário dos grãos armazenados sem hermeticidade. Com relação ao índice de infestação, não foi observada alteração na armazenagem hermética. Todavia, nos grãos armazenados em condições não herméticas o índice de infestação foi de 100% após 90 dias, quando observou-se a presença dos insetos Sitophilus zeamais, Sitotroga cerealella e Cryptolestes ferrugineus. Conclui-se que a armazenagem hermética em silos tipo bolsa é eficiente no controle de insetos-praga de grãos de milho.

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EROSIVIDADE DA CHUVA A PARTIR DE SÉRIES SINTÉTICAS DE PRECIPITAÇÃO

Mauro Lucio de Paiva Freitas (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Thiago Emanuel Cunha de Oliveira (Bolsista IC); Michel Castro Moreira (Bolsista CNPq); Fernando Falco Pruski (Orientador)

Os geradores climáticos são modelos de simulação matemática que estimam a ocorrência de variáveis climáticas e tem por objetivo a geração de um conjunto de valores numéricos, denominado série sintética, com as mesmas características estatísticas da série histórica. A utilização de geradores climáticos apresenta um grande potencial de uso no Brasil, tendo em vista o reduzido número de localidades que possuem séries de dados climáticos observados de grande extensão e confiáveis. O ClimaBR 2.0 é um gerador climático desenvolvido considerando as condições edafoclimáticas brasileiras. Neste estudo, objetivou-se desenvolver metodologia que permita obter a erosividade da chuva a partir de séries sintéticas de precipitação geradas pelo ClimaBR 2.0, dada a escassez dessa informação no país. Foram geradas séries sintéticas (em uma base diária), com 100 anos de duração, para diferentes localidades dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A erosividade da chuva foi determinada pelo somatório dos valores dos índices EI30 e KE>25, considerando duas metodologias de obtenção da energia cinética. Tendo em vista o grande número de operações necessárias para a análise das séries sintéticas foi desenvolvida uma rotina computacional. Os resultados obtidos apontaram para a possibilidade de utilização de séries sintéticas como uma alternativa para a obtenção da erosividade da chuva.

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ESTUDO DE CASO VISANDO AVALIAR A UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO DA LÂMINIA DE IRRIGAÇÃO EM UM SISTEMA DE ASPERSÃO LOCALIZADA

Eduardo Caldas Soares (Bolsista CNPq);  Everardo Chartuni Mantovani (Orientador); Davi Pereira Caixeta de Castro (Bolsista CNPq); Nara Cristina de Lima Silva (Pós-graduando MS); Ricardo Carreiro Neto (Estagiário voluntário); Marcelo Rossi Vicente (Pós-graduando DS)   A uniformidade de aplicação da lâmina de água na irrigação acarreta maior eficiência de irrigação, menores custos de energia além de outros fatores que contribuem para um satisfatório rendimento da lavoura irrigada. No entanto, a maioria dos pequenos produtores da região da Zona da Mata de Minas Gerais desconhece esse fato devido à falta de uma assistência técnica especializada. Conseqüentemente, a falta de conhecimento a cerca de um manejo adequado da irrigação aliada a um projeto inadequado sob o ponto de vista técnico, contribuí para que haja uma baixa eficiência de irrigação, principalmente pela alta desuniformidade na distribuição de água durante a irrigação. Considerando o exposto esse trabalho teve como objetivo avaliar um sistema de microaspersão em uma área representativa dos produção de goiaba irrigada e propor medidas para melhorar a eficiência da distribuição de água. Depois de realizadas as avaliações de uniformidade de aplicação de água usando metodologia proposta por DENÍCULI et al. (1980) e utilizando o programa IRRIPLUS 2.11 para cálculo do Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC) e do Coeficiente de Uniformidade de Distribuição (CUD), foram encontrados valores respectivos de 77 e 62%, considerados inaceitáveis. Uma vez identificado o problema, a área irrigada em dois setores, de modo que houvesse uma adequação da vazão e da pressão disponível. A adequação da pressão no sistema permitiu que o funcionamento do microaspersor fosse adequado, e os resultados da nova avaliação, indicaram CUC e CUD de 94 e 79%, respectivamente. Tais valores são compatíveis com o sistema de irrigação localizada por microaspersão e são condições fundamentais para a melhoria da produtividade e por ocasionar menores perdas da aplicação de insumos na cultura da goiaba. (CNPq)

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ESTUDO DO PROCESSO DE TRANSESTERIFICAÇÃO ALCALINA DOS ÓLEOS DE SOJA REFINADO E OXIDADO PARA A OBTENÇÃO DE BIODIESEL 

Karine Tennis dos Santos (Estagiário voluntário); Marcio Arêdes Martins (Orientador); Angélica de Cássia Oliveira Carneiro (Docente colaborador)

A preocupação com os impactos ambientais pelo uso de combustíveis fósseis tem levado muitos pesquisadores a buscarem substituintes para os derivados do petróleo. Uma das alternativas é a produção de biocombustíveis de fontes renováveis, a partir do processo de transesterificação de óleos vegetais e óleos residuais, oriundos de fritura e oleoginosas impróprias para consumo devido a deterioração fúngica (óleos oxidados e hidrolizados). O óleo oxidado destaca-se como promissor devido ao baixo custo e à alta disponibilidade, visto que sua disposição em efluentes não é recomendada. Neste trabalho foram realizados experimentos de transesterificação do óleo de soja refinado e do óleo de soja oxidado, usando etanol e catálise alcalina homogênea. A razão molar de etanol/óleo foi de 6:1, a concentração de NaOH foi 1,0% (m/m) em relação à massa de óleo, o tempo de reação foi de uma hora e a temperatura de reação foi 60°C para ambos os tipos de óleo. A separação das fases foi efetuada por decantação durante 24 horas. A partir dos resultados obtidos, constatou-se que o óleo de soja oxidado apresenta menor rendimento na produção de biodiesel do que o óleo refinado. A separação da fração de ésteres (biodiesel) da glicerina foi mais lenta no óleo oxidado, devido à emulsão formada pela saponificação dos ácidos graxos livres, que se encontram em maior proporção no óleo oxidado. Desta forma o estudo das condições reacionais visando a não formação de sabão é de fundamental importância para a obtenção de um produto que atenda as especificações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), visto que facilitaria em muito o processo de separação e purificação do biodiesel.

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IMPLEMENTAÇÃO EM CFD DE UM MODELO PARA TRANSPORTE DE CONTAMINANTES EM SOLOS

Ricardo Gomes Passos (Bolsista IC/Projeto); Marcio Arêdes Martins (Orientador)  O crescimento significativo das atividades urbanas, agrícolas e industriais tem tido como conseqüência o aumento no número de casos de contaminação do solo e da água subterrânea. Os contaminantes são provenientes de descargas de poluentes no solo ou deposição não controlada de resíduos. Com a atual necessidade de se lidar com problemas de contaminação, torna-se necessário o estudo analítico dos parâmetros físicos e dos mecanismos de transporte dos compostos dissolvidos e submetidos a um fluxo de água no solo. Estudos de simulação computacional do transporte dos contaminantes em solos podem ser efetuados, fazendo-se uso de modelos matemáticos capazes de informar, com uma determinada segurança, valores da concentração de contaminantes em função da posição e do tempo. No presente trabalho foi implementado um modelo para transporte tridimensional de contaminantes em solos, em CFD (Fluidodinâmica Computacional), comparando os resultados obtidos com a solução analítica do problema. A simulação do movimento de contaminantes no solo consiste na solução de uma equação diferencial parcial que descreve o transporte de espécies químicas. O modelo adotado é o ADE, que leva em consideração os efeitos combinados de convecção e difusão de massa, em um solo de características homogêneas. A validação do modelo foi feita por meio da comparação entre os valores obtidos da simulação e da solução analítica, utilizando um erro médio quadrático relativo. O erro calculado foi de 2,9 %, que é aceitável para esses estudos. Conclui-se, portanto, que a técnica de CFD é válida em estudos de transporte de contaminantes em solos, possibilitando a realização de diagnósticos precisos e rápidos em situações de contaminação. (FAPEMIG)

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IMPORTÂNCIA DO MANEJO DE IRRIGAÇÃO: ESTUDO DE CASO NA CULTURA DO TOMATE 

Ricardo Carreiro Neto (Estagiário voluntário); Everardo Chartuni Mantovani (Orientador); Eduardo Caldas Soares (Bolsista CNPq); Davi Pereira Caixeta de Castro (Bolsista CNPq); Nara Cristina de Lima Silva (Pós-graduando MS)        

O manejo de irrigação busca suprir as necessidades hídricas da cultura, no que diz respeito de quando e quanto irrigar. Tendo em vista que a tomaticultura irrigada na região da Zona da Mata Minas Gerais é praticada no âmbito da agricultura familiar, e que é pratica comum a aplicação de água de forma inadequada devido a ausência de processo técnico de manejo de irrigação. Nestes casos, as decisões de irrigar e a quantidade de água a ser aplicada, são realizadas com base em critérios sensoriais, cópias de ações realizadas em propriedades vizinhas ou de conhecidos, criando-se um círculo vicioso de erros. Em função do exposto, esse trabalho teve como objetivo implantar uma unidade piloto de gerenciamento da irrigação, gerando informações básicas para orientar os produtores de tomate na realização do manejo de irrigação. Para tanto, foi implantado um sistema de irrigação por gotejamento, por ser um sistema que tem como característica a alta eficiência de utilização da água e se adaptar adequadamente as condições da cultura em diferentes topografias, e foi comparado com o sistema de irrigação por mangueira, que é o mais utilizado na região, e que apresenta baixa eficiência de uso da água. Implantado o sistema de irrigação, o manejo se fez com base em dados climáticos, utilizando-se para tanto, um termômetro de máximo e mínimo instalado em um abrigo metereológico e um pluviômetro. Com base em séries históricas de dados climáticos, ajustou-se a equação de Hargreaves em função da equação padrão de Penman-Monteith com o auxilio do software Irriplus, gerando-se tabelas de recomendação de irrigação, em função das temperaturas máxima e mínima registrado no dia, para as condições de campo e de acordo com as fases da cultura. Utilizou-se o intervalo de irrigação de máximo dois dias e o manejo adotado permitiu decisões adequadas, diminuindo gastos com energia, danos ao meio ambiente e ausência de escoamento superficial, e com boa expectativa de produtividade elevadas em função do bom estado atual de desenvolvimento da cultura. (CNPq)

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MAGNITUDE DE RESISTÊNCIA A FOSFINA EM POPULAÇÔES DE Sitophilus Zeamais (MOTSCH.) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) 

Felipe Humberto da Silva (Estagiário voluntário); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientador); Maurílio Duarte Batista (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Marco Aurélio Guerra Pimentel (Pós-graduando DS) e Fernanda Rezende ( Estagiária voluntária)

 Os inseticidas fumigantes são amplamente utilizados para a proteção dos produtos armazenados através da fumigação ou expurgo. A fosfina (PH3) é utilizada há mais de 35 anos no combate de insetos-praga de produtos armazenados em todo mundo. Porém, a aplicação contínua de um único princípio ativo, somado ao uso indiscriminado deste fumigante, tem levado a seleção de indivíduos resistentes. Com isso, torna-se fundamental o monitoramento para verificação de alterações na suscetibilidade destes organismos visando retardar a evolução da resistência. Para tal, foram avaliadas doze populações de Sitophilus zeamais coletadas em localidades geograficamente distintas estimando as concentrações letais (CL) de fosfina para controlar 50 e 95% da população, identificando as linhagens mais resistentes. Os bioensaios de magnitude de resistência a fosfina foram realizados de acordo com o método recomendado pela FAO, com 50 insetos adultos expostos por 20 horas a diferentes concentrações do gás fumigante. Após o período de exposição os insetos foram acondicionados em placas de Petri, com alimento por 14 dias, quando foram realizadas as avaliações de mortalidade para obtenção das curvas de concentração-resposta. Como câmaras de fumigação foram utilizados dessecadores de vidro, mantidos a 25 ºC e 70% UR. A concentração discriminatória (CL50) para a população suscetível foi utilizada para detecção das populações resistentes. Dentre as populações estudadas, foram detectadas 11 populações suscetíveis e apenas uma população resistente. As CL50 estimadas foram de: 0,0026; 0,0040; 0,0041; 0,0043; 0,0044; 0,0046; 0,0049; 0,0061; 0,0065; 0,0072 e 0,0101 mg l-1, para as populações de: Guaxupé (padrão de suscetibilidade), Jacuí, Piracicaba, Tunápolis, Sacramento, Rio Verde, Nova Era, Abre Campo e Iporá, Canarana, Viçosa e Cristalina. A partir destes resultados conclui-se que as populações de S. zeamais avaliadas apresentaram uniformidade de resposta ao fumigante, com baixos níveis de resistência a fosfina em relação a outras espécies-praga, cujos níveis de resposta já foram avaliados. (CNPq)

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MÉTODO DE CONSERVAÇÃO DE MASSAS

José Rui Castro de Sousa (bolsista); Fernando Falco Pruski (orientador).

Devido à carência de ferramentas computacionais que auxiliem profissionais que trabalham no planejamento e gestão de recursos hídricos, o Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos (GPRH), do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, desenvolveu o Sistema Computacional Método de Conservação de Massas (MCM), com o objetivo de facilitar a regionalização de vazões, baseado numa metodologia inovadora. O MCM é estruturado em módulos, sendo eles: entrada de dados; cálculo das equações potenciais e exponenciais; escolha das melhores curvas; plotagem dos modelos e seus resultados; exportação dos resultados para outros aplicativos. O método consiste em ajustar modelos de regressão para representação das vazões mínimas em função da área de drenagem, cujas equações são forçadas a passar pela origem, uma vez que quando a área de drenagem é zero a vazão deve ser nula, e pelo último valor da série. Assim, é possível o cálculo da vazão em qualquer seção situada no rio principal e nos seus afluentes a montante das estações utilizadas, necessitando apenas da área de drenagem a montante do ponto de interesse. A seleção das equações estatisticamente apropriadas baseia-se no menor erro relativo médio, no menor erro quadrático médio e no menor erro estimado médio.

 

           

           

 

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MODELAGEM MATEMÁTICA DA SECAGEM DA CENOURA (Daucus Carrota L.) POR INFRAVERMELHO 

Felipe Elia de Almeida Magalhães (Bolsista PIBIC/CNPq); Paulo César Corrêa (Orientador); Fernando Mendes Botelho (Pós-Graduando MS); Fernanda Machado Baptestini (Bolsista CNPq); Odilon Fuscaldi Filho (Estagiário voluntário)

O processo de secagem tem sido apresentado como uma boa alternativa para a utilização na indústria de alimentos. Dentre as técnicas possíveis para esta finalidade, a secagem com infravermelho vem sendo estudada devido ao seu potencial como método para se obter alimentos secos de alta qualidade, como por exemplo, frutas, vegetais e grãos. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo determinar as curvas de secagem da cenoura, variedade Brasília, bem como escolher o melhor modelo matemático que se ajuste aos dados experimentais. Foram utilizadas fatias de cenoura, com teor de água inicial de aproximadamente 10,58 b.s., previamente submetidas a um processo de branqueamento, que consiste na imersão das mesmas em água à temperatura de 95°C por um minuto. As fatias de cenoura foram secas em um determinador de umidade por infravermelho nas temperaturas de 50, 60, 70, 80 e 90°C até a retirada total de água das amostras. Para fins da modelagem considerou-se um teor de água final de aproximadamente 0,06 b.s. Os dados observados foram submetidos à análise de regressão. Para tanto, seis diferentes modelos freqüentemente utilizados para descrever a relação da razão de umidade com o tempo de secagem em produtos agrícolas foram ajustados aos dados experimentais. A seleção do melhor modelo, baseou-se no coeficiente de determinação (R²), nas magnitudes do erro médio relativo (P) e no desvio padrão da estimativa (SE), além do comportamento da distribuição dos resíduos. Com base nesses índices estatísticos, verificou-se que o modelo de Henderson e Pabis modificado foi o que melhor se ajustou aos dados observados, sendo portanto o mais indicado para descrever o fenômeno da secagem de cenoura nas condições em que foi realizado o experimento.

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NETEROSIVIDADE MG: EROSIVIDADE DA CHUVA EM MINAS GERAIS

Thiago Emanuel Cunha de Oliveira (Bolsista IC); Mauro Lucio de Paiva Freitas (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Michel Castro Moreira (Bolsista CNPq); Fernando Falco Pruski (Orientador)

O presente trabalho teve por objetivo implementar computacionalmente redes neurais artificiais (RNAs) para estimativa dos valores da erosividade da chuva no Estado de Minas Gerais. Considerando que o valor mensal da erosividade da chuva é obtido pelo somatório dos valores mensais dos índices de erosividade EI30 ou KE>25, e que para cálculo desses índices existem duas metodologias de obtenção da energia cinética, foram utilizadas 48 RNAs. De posse das RNAs foi necessário conhecer as respectivas arquiteturas, funções de ativação dos neurônios e os parâmetros livres w’s e b’s para então serem geradas as funções matemáticas que representem as RNAs. As RNAs foram implementadas utilizando-se o ambiente de programação Borland Delphi 7.0. Tendo em vista que as RNAs permitem a estimativa dos valores mensais da erosividade da chuva, implementou-se uma rotina que calcula a erosividade da chuva anual a partir dos valores mensais. Uma interface gráfica foi desenvolvida de forma a permitir que o usuário visualize o mapa do Estado de Minas Gerais e obtenha os valores mensal e anual da erosividade da chuva com um simples clicar do botão do mouse sobre o mapa. O programa computacional desenvolvido foi denominado netErosividade MG e permite, de forma fácil e rápida, a obtenção dos valores mensais e anuais da erosividade da chuva para qualquer localidade do Estado de Minas Gerais.

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PROCESSO DE OZONIZAÇÃO: TEMPO NECESSÁRIO PARA SATURAÇÃO DA MASSA DE GRÃOS DE MILHO

Marcel Pereira de Andrade (Estagiário Voluntário); Marcio Aredes Martins (Orientador); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Colaborador); Joseane Erbice dos Santos (Bolsista CNPq)

A crescente necessidade de encontrar alternativas para o controle de insetos em grãos armazenados estimula o desenvolvimento de pesquisas visando à obtenção de novos métodos e técnicas que possibilitem a manutenção e preservação da qualidade dos produtos. Uma das alternativas é a utilização da atmosfera modificada empregando o gás ozônio (O3) como agente controlador. O ozônio é um forte agente oxidante e biocida, que pode ser gerado no próprio local por meio de uma descarga elétrica. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar a concentração residual do gás ozônio após a fumigação de grãos de milho. Foram utilizados no experimento três lotes de 1 kg de grãos de milho, com teor de água de 12,8% b.u. Cada lote foi acondicionado em um recipiente de vidro de 3,25 L e submetido à atmosfera modificada com 100 ppm de ozônio e uma vazão de 4,6 L min-1. A concentração residual de O3 foi medida em intervalos de tempos regulares até que esta se mantivesse constante, o que indica o estado de saturação do sistema O3-milho. O ozônio residual foi absorvido em uma solução acidificada de iodeto de potássio e o iodo liberado foi titulado com tiossulfato de potássio, utilizando suspensão de amido como indicador. A análise estatística dos dados foi efetuada no SAEG e a interpretação dos resultados obtidos permitiu concluir que a partir de 70 minutos o ozônio residual apresentou uma concentração constante, o que indica o ponto de saturação.

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QUALIDADE DE ÓLEO BRUTO EXTRAÍDO DE GRÃOS DE SOJA ARMAZENADOS EM DIFERENTES CONDIÇÕES

Rafaela Carolina Constantino Roma (Bolsista PIBIC/CNPq); Lêda Rita D’antonino Faroni (Orientadora); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG)

Em todas as etapas do processamento de óleos e gorduras, são necessárias diversas análises para o controle de qualidade. Desta forma, este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de óleo bruto extraído de grãos de soja submetidos a diferentes condições de armazenagem. Os grãos foram colhidos com aproximadamente 18,0% b.u. de teor de água e secos até 10,9, 12,8 e 14,5%. Posteriormente, o produto foi armazenado em câmaras tipo B.O.D. com umidade relativa e temperaturas controladas. As temperaturas utilizadas foram 25 e 35 ºC, para cada teor de água. Foram obtidos o índice de peróxido e o teor de ácidos graxos livres do óleo bruto. O óleo extraído dos grãos de soja armazenados a 25 ºC, com teor de água de 10,9% e 12,8%, apresentou pequena elevação do percentual de ácidos graxos livres ao longo do período de armazenamento, embora dentro do limite estabelecido pela legislação para comercialização, que é de 2%. Para os grãos armazenados com teores de água de 12,8 e 14,5 %, a 35 ºC, o percentual de ácidos graxos livres do óleo foi mais acentuado, atingindo valores superiores a 2%, após 135 e 180 dias, respectivamente. Com relação ao índice de peróxido, somente o óleo bruto extraído dos grãos armazenados com 10,9% de teor de água, a 25 ºC, apresentou valores praticamente constantes. Nas demais combinações de teor de água e temperatura, verificaram-se elevação do índice de peróxido, atingindo valores superiores a 10 meq kg-1, limite permitido pela legislação para comercialização de óleo bruto. Conclui-se que não é possível obter óleo bruto, dentro dos padrões de qualidade exigidos para comercialização, de grãos de soja armazenados com teor de água superior a 11,0%, por 180 dias, nas temperaturas de 25 e 35 ºC.

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QUALIDADE DO ÓLEO BRUTO EXTRAÍDO DE GRÃOS DE MILHO ARMAZENADOS HERMETICAMENTE EM SILOS TIPO BOLSA

Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Marta Cristina Silva Carvalho (Bolsista PIBIC/CNPq)

A etapa de armazenagem é de suma importância na cadeia da produção agrícola, pois tem um grande reflexo no custo e afeta diretamente a qualidade do produto que chega à mesa do consumidor. Um dos grandes problemas enfrentados pelo Brasil, em relação à produção de grãos, é o baixo índice de unidades armazenadoras localizadas nas fazendas. O armazenamento hermético em silos tipo bolsa vem sendo apresentado como uma alternativa aos métodos tradicionais utilizados. Em vista do exposto, objetivou-se avaliar a qualidade do óleo bruto extraído de grãos de milho, com diferentes teores de água, armazenados hermeticamente em silos bolsa. Os grãos de milho foram colhidos com aproximadamente 20,0% b.u. de teor de água e secos até 14,0 e 18,0% b.u. O produto foi armazenado, a 25 ºC, em mini-bolsas com capacidade de 3 kg, confeccionadas com o mesmo material do silo tipo bolsa, devidamente seladas, a fim de se estabelecer a condição hermética.  Para analisar a qualidade do óleo bruto, utilizou-se o percentual de ácidos graxos livres e, como referencial, o parâmetro permitido para comercialização de milho no Brasil, 6%. As análises foram realizadas no início do armazenamento, aos 30, 60, 90 e 135 dias. O óleo bruto extraído dos grãos de milho armazenados com 14,0% de teor de água apresentou percentual de ácidos graxos livres inferior ao limite estabelecido pela legislação após 135 dias. Por outro lado, este parâmetro apresentou valor acima do permitido, aos 135 dias, quando os grãos de milho foram armazenados com 18% de teor de água. Conclui-se que a qualidade do óleo bruto de grãos de milho armazenados em silos bolsa é afetada pelo teor inicial de água. 

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QUALIDADE FISIOLÓGICA DE GRÃOS DE MILHO ARMAZENADOS HERMETICAMENTE EM SILOS TIPO BOLSA

André Rodrigues da Costa (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Ernandes Rodrigues de Alencar (Bolsista CAPES); Laine Garcia Ferreira (Bolsista IC); Tales Afonso da Silva (Bolsista PIBIC/CNPq)

A safra de grãos 2007/08 no Brasil foi de 131,2 milhões de toneladas. Desse total, 51 milhões de toneladas de grãos são de milho. Entretanto, a capacidade estática brasileira de armazenagem é cerca de 111 milhões de toneladas. Uma das alternativas que vêm sendo apresentadas é a armazenagem hermética em silos tipo bolsa. Sendo assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade fisiológica de grãos de milho armazenados hermeticamente com diferentes teores de água. Os grãos de milho foram colhidos com aproximadamente 20,0% b.u. de teor de água e secos até 14,0 e 18,0% b.u. O produto foi armazenado, a 25 ºC, em mini-bolsas com capacidade de 3 kg, confeccionadas com o mesmo material do silo tipo bolsa, devidamente seladas, a fim de se estabelecer uma condição hermética.  Foram realizadas análises fisiológicas dos grãos no início do período de armazenamento e após 30, 60, 90 e 135 dias. Os parâmetros qualitativos analisados foram: condutividade elétrica e percentual de germinação. O percentual de germinação dos grãos armazenados com 14% de teor de água permaneceu praticamente constante após 135 dias de armazenamento, 94%. Entretanto, os grãos armazenados com teor de água de 18% apresentaram decréscimo no percentual de germinação durante o armazenamento, não germinando aos 135 dias. Com relação à variável condutividade elétrica, não houve variação significativa para os grãos armazenados com 14,0%. Todavia, a condutividade elétrica da solução que continha os grãos de milho armazenados com 18,0% de teor de água variou significativamente. Conclui-se, a partir dos resultados obtidos, que a qualidade fisiológica de grãos de milho armazenados hermeticamente em silos bolsa é influenciada pelo teor inicial de água.

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REDES NEURAIS ARTIFICIAIS PARA ESTIMATIVA MENSAL DA EROSIVIDADE DA CHUVA NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Thiago Emanuel Cunha de Oliveira (Bolsista IC); Michel Castro Moreira (Bolsista CNPq); Fernando Falco Pruski (Orientador)

Dada a necessidade de se conhecer os valores da erosividade da chuva para qualquer localidade, tendo em vista o planejamento de uso de práticas para controle da erosão, e considerando a escassez dessas informações, o presente trabalho teve por objetivo desenvolver redes neurais artificiais (RNAs) para a estimativa mensal da erosividade da chuva no Estado de Minas Gerais. Utilizaram-se dados de erosividade da chuva, latitude, longitude e altitude de 268 estações pluviométricas situadas no Estado de Minas Gerais e em seu entorno. Os valores de erosividade foram obtidos a partir de séries sintéticas de precipitação geradas pelo programa computacional ClimaBR 2.0. Foram treinadas 48 RNAs para estimativa da erosividade da chuva considerando os índices EI30 e KE>25 e duas metodologias de obtenção da energia cinética. Na avaliação dos resultados obtidos com as RNAs desenvolvidas, utilizaram-se o coeficiente de determinação e o índice de confiança. De acordo com os resultados do índice de confiança, as RNAs são eficientes para estimativa da erosividade da chuva, uma vez que dentre as 48 RNAs desenvolvidas, 23 obtiveram a classificação “Ótimo”, 20 obtiveram classificação “Muito Bom”, duas obtiveram classificação “Bom”, uma obteve classificação “Mau” e duas obtiveram a classificação “Péssimo”. Dessa forma, a análise dos resultados permitiu verificar que as RNAs desenvolvidas são eficientes para estimativa da erosividade da chuva constituindo uma alternativa viável para a interpolação desses valores no Estado de Minas Gerais.

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REGIONALIZAÇÃO DAS VAZÕES MÉDIAS DE LONGA DURAÇÃO PARA A BACIA DO SÃO FRANCISCO 

Adonai Bruneli de Camargos (Estagiário convênio ANA/FINEP/CT-HIDRO/ABIPTI/ UFV); Mírian Cristina Milagres Ferrão (Estagiária voluntária); Renata del Giudice Rodriguez (Pós-graduando DS); Fernando Falco Pruski (Orientador SIC)

A regionalização de vazões é usada para obter informações hidrológicas em regiões com inexistência das mesmas, sendo de suma importância para a gestão dos recursos hídricos. Visando suprir esta escassez o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um modelo de regionalização de vazões com base conceitual, e aplicá-lo para a bacia do São Francisco de modo permitir a estimativa da vazão média de longa duração, Qmld, ao longo de toda a hidrografia. Para tal utilizou-se dois métodos de regionalização: o “método tradicional” e o “método de conservação de massa (MCM)”. Este último consiste em ajustar modelos de regressão para representar a Qmld em função da área de drenagem ou volume precipitado na bacia, e a partir destes modelos obter as vazões na foz de cada rio afluente direto do rio principal. As variáveis independentes utilizadas foram: área de drenagem, o volume precipitado total e volume precipitado utilizando o conceito de “inércia hídrica”, que representa a precipitação mínima necessária para garantir a recarga do lençol freático. Os resultados foram analisados tanto pelo erro relativo como também pelo comportamento dos coeficientes de escoamento superficial ao longo da bacia. A calha do São Francisco foi regionalizada separadamente dos demais afluentes, sendo o melhor ajuste evidenciado para a variável que utiliza o conceito de “inércia hídrica”. Para os afluentes do São Francisco o MCM apresentou em geral menores erros relativos, entretanto teve uma tendência de superestimar o coeficiente de escoamento próximo às suas nascentes, selecionando-se, portanto o método tradicional. Com relação às variáveis independentes utilizadas nas sub-bacias, a que melhor se ajustou foi o volume precipitado utilizando o conceito de “inércia hídrica”, com exceção das sub-bacias dos rios Pará, Urucuia e Paraopeba em que o volume precipitado foi o que melhor se ajustou. (Fonte Financiadora: FAPEMIG; Convênio ANA/ FINEP/ CT-HIDRO/ ABIPTI/ UFV)

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REGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES MÍNIMAS NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO

Bruno Marcel Barros da Silva (Estagiário Voluntário); Isabel Santos Saraiva (Estagiário Voluntário); Renata Del Giudice Rodriguez (Bolsista CNPq); Fernando Falco Pruski (Orientador)

A regionalização de vazões é uma técnica utilizada para suprir a carência de informações hidrológicas em locais com pouca ou nenhuma disponibilidade de dados, sendo considerada uma ferramenta de suma importância no gerenciamento dos recursos hídricos. Visando subsidiar a este gerenciamento, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um modelo de regionalização de vazões com base conceitual, e aplicá-lo para a bacia do São Francisco de modo permitir a estimativa da vazão mínima com sete dias de duração e período de retorno de 10 anos, Q7,10, ao longo de toda a hidrografia. Os métodos de regionalização utilizados foram o “método tradicional” e o “método de conservação de massa (MCM)”, o qual consiste em ajustar modelos de regressão para representar a Q7,10 em função da área de drenagem ou volume precipitado, e a partir destes modelos obter as vazões na foz de cada rio afluente direto do rio principal. As variáveis independentes utilizadas foram: área de drenagem, o volume precipitado total e volume precipitado utilizando o conceito de “inércia hídrica”, que representa a precipitação mínima necessária para garantir a recarga do lençol freático. A análise dos resultados foi baseada não só no erro relativo, mas também no comportamento das vazões específicas mínimas ao longo da bacia. Em virtude do efeito de regularização dos reservatórios de Três Marias e Sobradinho no rio São Francisco, foi realizado para a calha um ajuste a montante de Três Marias e outro entre este reservatório e Sobradinho, sendo o melhor ajuste evidenciado para o volume precipitado. Embora no MCM tenham ocorrido os menores erros relativos este apresentou uma tendência de supertimativa das vazões específicas mínimas próximo às nascentes dos afluentes do São Francisco, selecionando-se, portanto o método tradicional. Para as sub-bacias a variável que melhor se ajustou foi a que considera o efeito da “inércia hídrica”.

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REGULADOR AUTOMÁTICO DE VAZÃO PARA CONDUTOS LIVRES: DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO

Letícia Cibele da Silva Ramos Freitas (Bolsista PIBIC/CNPq); Márcio Mota Ramos (Orientador); Luís Gustavo Henriques do Amaral (Doutorando, Bolsista CNPq)

A utilização de estruturas automáticas para controle de vazão em canais é uma boa alternativa para minimizar o desperdício de água em perímetros irrigados. O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver e avaliar um regulador automático de vazão para canais. Os objetivos específicos foram: desenhar os componentes do regulador de acordo com as normas técnicas vigentes; determinar a área de escoamento de cada orifício do tubo deslizante do regulador; e determinar a variação na vazão fornecida pelo equipamento em toda sua faixa de operação. O regulador automático de vazão possui um tubo dotado de orifícios laterais para o escoamento de água do canal principal para o canal secundário. Esse tubo é preso a um flutuador e desliza dentro de um outro tubo, fixo, acompanhando as flutuações no nível da água no canal principal. Os desenhos dos componentes do regulador foram feitos com o software AutoCad 2004. A área dos orifícios foi obtida determinando-se a altura e largura do orifício com um paquímetro. A variação na vazão fornecida pelo equipamento foi determinada para as áreas de escoamento correspondentes a 1, 2, 4 e 8 orifícios em escoamento simultâneo, nas cargas hidráulicas de 0,100, 0,125, 0,150, 0,175 e 0,200 m sobre o centro dos orifícios, e nas profundidades de 0,30, 0,35, 0,40 e 0,45 m no canal principal, com o nível da água em ascensão e descensão. A maior variação na vazão fornecida pelo regulador foi de 18,5% com 1 orifício em escoamento e carga hidráulica de 0,100m e a menor foi de 2,7% com 4 orifícios e carga de 0,175m. Observou-se variação significativa na vazão do equipamento em diferentes profundidades da água no canal principal, que ocorreu principalmente devido ao atraso na resposta do regulador frente às alterações na profundidade da água e ao vazamento de água entre os tubos.(CNPq) 

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SECAGEM DA MACAÚBA (Acrocomia aculeata (lacq) Lood. ex Mart) EM TERREIROS CONCRETO E SUSPENSO 

Svetlana Fialho S. Galvarro (Bolsista PIBIC/CNPq); Jadir N. Silva (Orientador); Fabio L. Zanatta (Doutorando); Emílio S. Santos (Estagiário voluntário); Lucas D. Melo (Estagiário voluntário); Samuel Martin (Doutorando)  A demanda por combustíveis de origem fóssil é cada vez maior e a dependência deles é fonte de inúmeros conflitos econômicos, políticos e sociais, pois são recursos finitos e sua utilização sabidamente está associada ao aquecimento global. A macaúba (Acrocomia aculeata (lacq) Lood. ex Mart), conhecida popularmente por bocaiúva, é uma palmeira nativa do cerrado brasileiro, cujo fruto apresenta alto poder calorífico e elevado teor de óleo, podendo ser utilizado como fonte de energia para diversos fins. Na Universidade Federal de Viçosa, na área experimental de processamento de produtos agrícolas do Departamento de Engenharia Agrícola, testes foram realizados objetivando alcançar condições adequadas de secagem do coco macaúba que será utilizado, posteriormente, como combustível sólido para geração de ar quente em um gaseificador de biomassa. A macaúba foi distribuída em dois tipos de terreiros, suspenso e de concreto, utilizados comumente na secagem de café. Cada tipo de terreiro continha três amostras separadas para fazer pesagens, que foram realizadas de 26/07/07 a 24//08/07 às 10h e 15h. Ao final desse período, as amostras foram submetidas à análise pelo método da estufa (Brasil, 1992), a fim de obter a umidade final do produto. Após o tempo considerado, concluiu-se que a secagem feita em terreiro comum (concreto) é mais eficiente, chegando ao final do período de observação com umidade média de 23,21% (b.s.) enquanto que no terreiro suspenso o índice foi de 41,05% (b.s.). O período considerado não foi suficiente para finalizar o processo de secagem, uma vez que não foi atingido o equilíbrio higroscópico do produto com o ar ambiente. A significativa discrepância observada na umidade da macaúba presente nos dois tipos de terreiros sinaliza que a secagem completa em terreiro suspenso demanda maior tempo quando comparado com o terreiro de concreto, ou seja, neste último o equilíbrio será alcançado antes.

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TAXAS DE DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO DE POPULAÇÕES DE Rhyzopertha dominica (COLEOPTERA: BOSTRICHIDAE) RESISTENTES E SUSCEPTÍVEIS À FOSFINA 

Luana Silva e Souza (Estagiária voluntária); Lêda Rita D´Antonino Faroni (Orientadora); Adalberto Hipólito Sousa (Pós-graduando DS); Marco Aurélio Pimentel (Pós-graduando DS); Fernanda Duarte Monteiro Rezende (Estagiária voluntária)  Estudos sobre evolução da resistência a inseticidas geralmente associam esse fenômeno a um custo adaptativo ao indivíduo. Uma maneira de aferir a intensidade do custo adaptativo entre populações de insetos da mesma espécie é avaliar as taxas de desenvolvimento e de crescimento populacional. Desta forma, este trabalho teve por objetivo determinar os padrões reprodutivos de duas populações de R. dominica resistentes à fosfina (Bom Despacho, MG e Palmital, SP) e duas populações susceptíveis (Piracicaba, SP e Nova Era, MG) e prover evidência de custos adaptativos associados à resistência. Nos bioensaios da taxa de desenvolvimento, os grãos íntegros de trigo foram infestados com 20 insetos adultos não-sexados, com uma a três semanas de emergidos. Após 13 dias, os insetos foram removidos. A progênie adulta obtida no substrato de alimentação foi contabilizada e removida em dias alternados, a partir da primeira emergência. Para avaliar a taxa de crescimento populacional, grãos íntegros de trigo foram infestados com 20 insetos adultos não-sexados e armazenados durante 110 dias. A progênie adulta foi contabilizada com 0, 35, 50, 65, 80, 95 e 110 dias do início dos bioensaios. O delineamento utilizado nos dois bioensaios foi o inteiramente casualizado, com seis repetições. Os dados foram submetidos a análises de regressão utilizando-se curvas do programa SigmaPlot, versão 7.0. A população de Palmital, resistente à fosfina, apresentou desvantagem reprodutiva em relação às demais populações, uma vez que esta apresentou menores taxas de desenvolvimento e de crescimento populacional ao longo do armazenamento, indicando a existência de custo adaptativo na ausência do agente seletivo, fosfina. Este fato pode acarretar em implicações práticas para o manejo de resistência a fosfina, uma vez que em desvantagem reprodutiva pode haver redução do número de indivíduos resistentes na população. (CNPq)

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TERRAÇO 4.1: ATUALIZAÇÕES DO TERRAÇO 3.0

Guilherme Tiganá Gonçalves Moreira (Bolsista FUNARBE); Mayron César de Oliveira Moreira (Bolsista FUNARBE); Catharina de Paula Ferreira de Oliveira (Estagiária voluntária); José Márcio Alves da Silva (Co-Orientador); Fernando Falco Pruski (Orientador)

O dimensionamento e locação de terraços, prática mecânica de conservação do solo, tornou-se fácil com a utilização do Terraço 3.0. Contudo, como foi desenvolvido por vários pesquisadores desde 1995, sua estrutura de código seguiu padrões diferentes de projeto, dificultando a sua manutenção. Devido à necessidade da incorporação de novas funcionalidades no Terraço 3.0, este trabalho teve o objetivo de redesenvolvê-lo, estruturar seu código fonte, gerar diagramas de classe usando o padrão UML, acrescentar metodologia para cálculo do espaçamento entre terraços e dimensionamento de barraginhas. Para tanto, foi utilizada a linguagem de programação Delphi. Em cada arquivo do código fonte do Terraço, foi inserido um cabeçalho contendo nome do arquivo, do autor, data de criação e de modificação, autor das modificações e descrição dos objetivos da unidade. Além disso, foram acrescentados comentários nos procedimentos de cálculo e mudança nos nomes de rotinas e variáveis, tornando-as mnemônicas. Utilizou-se a ferramenta Together do Borland Delphi 2006 para gerar as UMLs das unidades do projeto, a fim de representar os atributos, rotinas, heranças e relações entre classes. Foram inseridas também metodologias para cálculo do espaçamento entre terraços baseadas na predefinição da capacidade de armazenamento dos mesmos, utilizando o valor da lâmina máxima de escoamento superficial, e para o dimensionamento de barraginhas, estruturas para contenção do escoamento superficial em posições de uma encosta, em função da lâmina máxima de escoamento superficial e da área de contribuição foi acrescentado. A nova versão foi denominada Terraço 4.1. Foi considerada a situação mais crítica para cobertura vegetal, tornando o dimensionamento mais seguro. Módulos de exportação, importação e visualização de imagens foram melhorados, facilitando a manipulação das representações gráficas que simulam características de terrenos. Estas alterações proporcionaram condições favoráveis para manutenções do software. Finalmente, a interface com o usuário nos módulos de dimensionamento e locação foi alterada, tornando-a interativa. (FUNARBE)

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TOXICIDADE AO OZÔNIO E TAXA RESPIRATÓRIA DE POPULAÇÕES DE Oryzaephilus surinamensis (COLEOPTERA: SILVANIDAE) RESISTENTES E SUSCEPTÍVEIS À FOSFINA

Maurílio Duarte Batista (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientadora); Adalberto Hipolito de Sousa (Bolsista FAPEMIG); Felipe Humberto da Silva (Estagiário Voluntário)

Este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade do ozônio em populações brasileiras de Oryzaephilus surinamensis (Coleoptera: Silvanidae) resistentes e susceptíveis à fosfina e determinar a relação da toxicidade com o metabolismo respiratório dos insetos. Para isso, estimou-se os tempos letais para causar 50 e 95% de mortalidade (TL50 e TL95) em cada população, os quais foram utilizados para calcular as respectivas razões de resistência (RR). A aplicação do ozônio (150 ppm, no fluxo de 2 L min-1) foi realizada em frascos plásticos (13 cm de largura x 20 cm de altura). A mortalidade dos insetos foi avaliada no final de cada período de exposição. Calculou-se a razão de resistência dividindo-se os TL50 e TL95

de cada população pela TL50 e TL95 da população mais susceptível. A taxa respiratória (mol CO2/mg/h) de cada população foi mensurada utilizando-se um respirômetro do tipo CO2 Analiser TR 2. Três grupos (repetições) de 20 insetos adultos de cada população foram acondicionados em câmaras respirométricas com capacidade volumétrica de 25 mL conectadas a um sistema completamente fechado. Os insetos da população de Guaxupé, MG apresentaram a menor TL50 e, portanto, foi usada como padrão de susceptibilidade. Nenhuma das populações de O. surinamensis apresentou resistência ao ozônio. As razões de resistência das TL50 e TL95 variaram, respectivamente, de 1,0-1,58 e 1,07-1,7 vezes da população de maior para a de menor susceptibilidade. Diferentes taxas respiratórias foram observadas entre as populações, sugerindo que a toxicidade ao ozônio não foi influenciada pelo metabolismo respiratório dos insetos, independente de serem resistentes ou susceptíveis à fosfina. Estes resultados indicam que o ozônio poderá ser uma importante alternativa para o manejo de resistência à fosfina, uma vez que não foi observada resistência cruzada entre o ozônio e a fosfina. (CNPQ)

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TOXICIDADE RELATIVA DE FOSFINA SOBRE OS PRINCIPAIS INSETOS-PRAGA DE PRODUTOS ARMAZENADOS 

Felipe Humberto da Silva (Estagiário voluntário); Lêda Rita D’Antonino Faroni (Orientador); Maurílio Duarte Batista (Bolsista PROBIC/FAPEMIG); Marco Aurélio Guerra Pimentel (Pós-graduando DS) e Fernanda Rezende ( Estagiária voluntária)

No Brasil, o principal fumigante disponível no mercado para proteção de produtos armazenados é a fosfina (PH3). A aplicação da fosfina é realizada há mais de 35 anos para controle de insetos-praga de produtos armazenados. Porém, a aplicação contínua de um único princípio ativo, somado ao uso indiscriminado deste fumigante, tem levado ao aumento de falhas de controle e conseqüente aumento de pressão de seleção para a resistência a fosfina. Assim, é fundamental o monitoramento de alterações na suscetibilidade dos principais insetos-praga. Para tal, foram avaliadas seis espécies de insetos-praga: Sitophilus zeamais, Tribolium castaneum, Rhyzopertha dominica, Oryzaephilus surinamensis, Cathartus quadricolis e Acanthoscelides obtectus. A seguir foram estimadas as concentrações letais (CL) de fosfina para controlar 50 e 95% de cada espécie. Os bioensaios de toxicidade a fosfina foram realizados de acordo com o método recomendado pela FAO, com 50 insetos adultos expostos por 20 horas a diferentes concentrações do gás fumigante. Após o período de exposição os insetos foram acondicionados em placas de Petri, com alimento por 14 dias, quando foram realizadas as avaliações de mortalidade para obtenção das curvas de concentração-resposta. Como câmaras de fumigação foram utilizados dessecadores de vidro, mantidos a 25 ºC e 70% UR. Dentre as seis espécies estudadas não foi observada homogeneidade de resposta ao fumigante. As CL50 estimadas foram: 0,0026; 0,0033; 0,0048; 0,02; 0,03 e 0,08 mg l-1, para as espécies de: S. zeamais, A. obtectus, C. quadricolis, T. castaneum, O. surinamensis e R. dominica, respectivamente. A partir destes resultados conclui-se que existem níveis variados de resposta a fosfina entre as espécies avaliadas, sendo R. dominica a espécie mais tolerante ao gás fumigante. (CNPq) 

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UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE AGROQUÍMICOS EM GRÃOS DE MILHO USANDO A TÉCNICA DO ESPECTROFOTÔMETRO

Ricardo Matos de Lopes Torres Barboza (Bolsista); Mauri Martins Teixeira (Orientador)   Os principais fatores responsáveis por perdas de grãos durante o armazenamento são os insetos e os fungos. O método mais utilizado para o controle dessas pragas no armazenamento é o químico, a partir da pulverização de inseticidas na correia transportadora. Entretanto este método de pulverização apresenta uma série de dificuldades, principalmente devido à baixa eficiência de distribuição da calda inseticida na massa de grãos. Esta má distribuição resulta em baixa eficácia de controle, causando a reinfestação dos grãos e a resistência dos insetos aos inseticidas.Neste trabalho foi estudado um método capaz de quantificar a uniformidade de distribuição de inseticidas aplicados sobre a massa de grãos para permitir aprimorar a técnica de pulverização de agrotóxicos em grãos armazenados.Nos ensaios foram utilizadas cinco amostras de milho, contendo cada uma 5g. Estas amostras foram previamente peneiradas para a retirada de impurezas, e foram acrescentadas as doses de corante, em diferentes concentrações, para cada amostra. Posteriormente fez-se a lavagem para a retirada do corante aplicado nos grãos de cada amostra, para em seguida quantificar o mesmo, utilizando a técnica do espectrofotômetro. A partir dos dados obtidos foi possível ajustar a curva de regressão linear e correlacionar os dados de concentração real com os obtidos no aparelho. A analise dos resultados demonstrou que há relação direta entre a concentração da amostra obtida pelo espectrofotômetro e a concentração real do corante, apresentando um coeficiente de determinação acima de 93%, demonstrando que é viável a utilização do método para a quantificação da uniformidade de distribuição de calda sobre a massa de grãos.

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UTILIZAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA REFINADO EM MOTORES DIESEL DE BAIXA POTÊNCIA                                                          

Guilherme Ladeira dos Santos (Bolsista PIBIC/CNPq); Haroldo Carlos Fernandes (Orientador SIC); Luciano Baião Vieira (Co-orientador); Gerson Inoue haruo (Pós-graduando DS)

O petróleo é a principal fonte de energia utilizada em motores de combustão interna, e devido as especulações de que em um futuro próximo este poderá se exaurir, e a constante preocupação com o meio ambiente, fazem com que o homem procure por possíveis substituintes de origem renovável que  ocasione em um balanço da emissão de carbono. Segundo o Ministério de Minas e Energia (2004), no Brasil, cerca de 41% da Oferta Interna de Energia (OIE) tem origem em fontes renováveis, enquanto no mundo a taxa é de 14% e, nos países desenvolvidos, de apenas 6%. Este trabalho verificou a viabilidade da utilização do Óleo Refinado de Soja (ORS) em motores de ciclo diesel de baixa potência. Determinou-se a viscosidade cinemática das misturas em diferentes proporções de ORS e óleo diesel com um viscosímetro Saybolt Universal. Os ensaios de rendimento foram realizados em um motor Yanmar modelo NSB75, com potência nominal de 5.5 cv a 1800 rpm, monocilíndrico e injeção direta, o combustível utilizado para os ensaios foram as misturas de ORS e óleo diesel nas proporções de 0, 2, 10, 20, 30, 40, e 50%. O enquadramento da viscosidade na Portaria da ANP 310, só foi possível com o aquecimento da mistura e as proporções deverão ser pequenas. Contudo o aquecimento é indispensável, sendo mais eficiente em proporções maiores de ORS. Foi verificado aumento da potência e do torque em função do aumento da proporção de ORS, com relação ao consumo específico não foram encontras diferenças significativas. Em relação ao custo, em R$ kWh-1, observou-se que não ocorreram diferenças significativas. De uma forma geral, a utilização do óleo vegetal se mostrou viável tecnicamente, e outros trabalhos deverão ser realizados para avaliar o motor em condições de trabalho por longo período, para avaliar as condições de desgaste e de manutenção.

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