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Revista Pensar Gestão e Administração, v.6, n.1, jul. 2017 Uma Ferramenta Legal Para O Planejamento Tributário: Uma Análise da Elisão Fiscal A Legal Tool For Tax Planning: AnAnalysisOf Fiscal Elision Aelander de Aelanco Luiz Rosa Farias¹ Marina Ramos de Oliveira² Ronaldo Teixeira³ Resumo:O principal objetivo que levou a elaboração desse trabalho é apresentar um comparativo entre as opções de apuração dos tributos sobre lucro pelos regimes de tributação, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O desenvolvimento desse estudo foi baseado em pesquisas bibliográficas em livros, legislação e artigos, também foi elaborado um estudo de caso elaborado em uma empresa localizada na cidade de Belo Horizonte - MG, onde foi aplicado um planejamento tributário baseado em informações reais. Para que se torne competitiva, a empresa procura formas para reduzir seus custos e obter lucro. Realizou-se cálculos nos regimes de tributação apontados acima e pode-se constatar que a empresa tem adotado o regime mais vantajoso de acordo com suas peculiaridades. Palavra-chave: Tributos. Planejamento tributário. Custos. Abstract:The mainobjectivethatledtotheelaborationofthisworkistopresent a comparisonbetweentheoptions for calculatingtaxonprofitbytaxation regimes, NationalSimple, PresumedIncomeand Real Profit. The developmentofthisstudywasbasedonbibliographicalresearch in books, legislationandarticles, and a case studywaselaborated in a companylocated in thecityof Belo Horizonte, MG, where a taxplanningbasedon real informationwasapplied. Tobecomecompetitive, thecompany looks for waystoreduce its costsandmake a profit. Calculationshavebeenmade in thetaxation regimes mentionedaboveand it canbeseenthatthecompanyhasadoptedthemostadvantageous regime accordingto its peculiarities. Keyword: Taxes. Taxplanning. Costs. ¹ Estudante do 8º período de Administração de Empresas das Faculdades Promove. E-mail: [email protected] ² Estudante do 8º período de Administração de Empresas das Faculdades Promove. E-mail: [email protected]

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Revista Pensar Gestão e Administração, v.6, n.1, jul. 2017

Uma Ferramenta Legal Para O Planejamento Tributário: Uma Análise da Elisão Fiscal

A Legal Tool For Tax Planning: AnAnalysisOf Fiscal Elision

Aelander de Aelanco Luiz Rosa Farias¹

Marina Ramos de Oliveira²

Ronaldo Teixeira³

Resumo:O principal objetivo que levou a elaboração desse trabalho é apresentar um comparativo entre as opções de apuração dos tributos sobre lucro pelos regimes de tributação, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O desenvolvimento desse estudo foi baseado em pesquisas bibliográficas em livros, legislação e artigos, também foi elaborado um estudo de caso elaborado em uma empresa localizada na cidade de Belo Horizonte - MG, onde foi aplicado um planejamento tributário baseado em informações reais. Para que se torne competitiva, a empresa procura formas para reduzir seus custos e obter lucro. Realizou-se cálculos nos regimes de tributação apontados acima e pode-se constatar que a empresa tem adotado o regime mais vantajoso de acordo com suas peculiaridades. Palavra-chave: Tributos. Planejamento tributário. Custos.

Abstract:The mainobjectivethatledtotheelaborationofthisworkistopresent a comparisonbetweentheoptions for calculatingtaxonprofitbytaxation regimes, NationalSimple, PresumedIncomeand Real Profit. The developmentofthisstudywasbasedonbibliographicalresearch in books, legislationandarticles, and a case studywaselaborated in a companylocated in thecityof Belo Horizonte, MG, where a taxplanningbasedon real informationwasapplied. Tobecomecompetitive, thecompany looks for waystoreduce its costsandmake a profit. Calculationshavebeenmade in thetaxation regimes mentionedaboveand it canbeseenthatthecompanyhasadoptedthemostadvantageous regime accordingto its peculiarities. Keyword: Taxes. Taxplanning. Costs.

¹ Estudante do 8º período de Administração de Empresas das Faculdades Promove. E-mail: [email protected] ² Estudante do 8º período de Administração de Empresas das Faculdades Promove. E-mail: [email protected]

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³ Mestrando em Educação pela FUNIBER-Fundação Universitária Iberoamericana. Pós-Graduado em

Controladoria e Finanças -UFMG Universidade Federal de Minas Gerais. Pós-Graduado em Finanças -

Faculdade FAVEMI-ES, Pós-Graduado Consultoria Empresarial UNB -Universidade de Brasília. Graduado

em Ciências Contábeis PUC Minas.

1. INTRODUÇÃO

A necessidade de realizar uma análise na carga tributária das empresas pode revelar o

percentual de sucesso financeiro da empresa. Sousa (2014), aborda que, Elisão Fiscal

é o mesmo planejamento tributário, é a execução de procedimentos, antes do fato

gerador (ocorrência, em si, que traz à tona a exigência do respectivo ônus para o

contribuinte), para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da obrigação tributária,

caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário.

O surgimento dos tributos na sociedade vem de longa data. Costa (2014), diz

resumidamente a história do tributo:

” O surgimento do tributo confunde-se com o da sociedade organizada, porquanto registra-se sua existência desde os primórdios da História da humanidade, como no Egito e nos povos do Oriente. Originalmente, os tributos não constituíam exigências de caráter permanente, mas eram instituídos com o intuito de gerar arrecadação para financiar determinados propósitos, especialmente as guerras. Supõe-se, mesmo, que as primeiras manifestações tributarias foram voluntarias e feitas em forma de presentes aos líderes tribais por seus serviços prestados à comunidade.”

Costa complementa dizendo que, “Os tributos passaram a ser compulsórios quando os

vencidos nas guerras foram forçados a entregar seus bens aos vencedores. Após essa

época, começou a cobrança, pelos chefes de Estado, de parte da produção dos

súditos.” (Costa, 2014 p. 31)

É importante que as empresas tenham ciência de como fazer um bom planejamento

tributário, de maneira a enquadrar às suas necessidades para lhe trazer um resultado

econômico favorável. Com um planejamento tributário bem elaborado, de maneira a

definir suas despesas e receitas, seus gastos e ganhos, e os meios de tributações

adequados ao seu ramo de atuação. Utilizando o lucro real, lucro presumido ou o

simples nacional - o empresário usa dos métodos legais para pagar somente os tributos

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que lhe compete, deixando de pagar outros que não são da natureza de seu negócio,

assim, aliviando a carga tributária de sua organização (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2016). A

resposta de minimizar o impacto fiscal (impostos que a empresa precisa arcar) sobre a

empresa será refletida diretamente nas receitas.

Denomina-se Planejamento fiscal ou tributário lato senso a análise do conjunto de atividades atuais ou dos projetos de atividades econômico-financeiras do contribuinte em relação ao seu conjunto de obrigações fiscais, com o escopo de organizar suas finanças, seus bens, negócios, rendas e demais atividades com repercussões tributárias, de modo que venha a sofrer o menor ônus fiscal possível (MARION, 2002, p. 33).

O processo de decisão da melhor escolha de uma elisão fiscal deverá ser analisado

antes da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. Assim, essa redução

acontecerá por meio da escolha de uma alternativa legal menos onerosa. Todavia, é

necessário que o planejador tenha atenção, pois há alternativas válidas para uma

empresa que não são válidas para outra, sendo assim, é necessário fazer estudos

antes de implantar certo planejamento, verificando os efeitos jurídicos e econômicos

(SOUSA, 2014).

Dessa maneira a avaliação dos regimes de tributação das micro e pequenas empresas,

resultam na identificação da melhor opção de enquadramento tributário, de maneira

legal. Com o planejamento tributário é possível obter uma visão desse fato gerador

antes que aconteça e assim escolher ações menos onerosas.

Assim, foi feito uma análise a partir de uma pesquisa exploratória em cima dos

resultados de uma pequena empresa para ressaltar a importância de um bom

planejamento tributário.

2. PROBLEMA

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Através de estudos, pôde-se observar a importância de um bom planejamento tributário.

Pode-se notar que o sucesso da empresa está, muitas vezes, ligado diretamente a essa

questão, pois nessa fase, a má opção tributária escolhida, pode gerar o pagamento de

impostos indevidamente, acarretando prejuízos suficientemente grandes para extinção

da instituição. Podendo também gerar problemas juntamente com a receita federal.

Há três tipos de regime de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

O Simples Nacional: diz respeito aos valores de alíquotas que são menores e que é de

fácil controle.

Lucro Real: É um regime obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78

milhões. São calculadas com base no lucro real, que é: receita menos despesas. Lucro

presumido: Qualquer empresa pode se cadastrar. No entanto, seu faturamento anual

não pode ser superior a R$ 78 milhões de reais.

Sendo assim, fica a questão: Como realizar de modo adequado uma elisão fiscal em

uma micro e pequena empresa?

Diante disso, pretende-se abordar e esclarecer os desafios e as dificuldades

encontradas pelos micros empresários no âmbito tributário.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Utilizar de modo adequado as melhores formas de elisão fiscal em uma micro ou

pequena empresa.

3.2 Objetivos Específicos

• Identificar métodos de elisão fiscal para micro e pequenas empresas;

• Identificar os pontos positivos e negativos de cada regime tributário;

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• Comparar os regimes tributários afim de encontrar o melhor método para micro e

pequenas empresas;

4. JUSTIFICATIVA

O planejamento tributário está sob constantes mudanças, como: na apuração dos

tributos para os regimes de tributação do lucro real, lucro presumido e simples nacional;

regras para opção dos regimes; base de cálculo e alíquotas. E observa-se muitas vezes

desconhecimento por parte das organizações. Devido a essa falta de conhecimento

frente a legislação tributária, acontecem erros na definição de sua modalidade, por

exemplo, - não adequar, por vezes, suas operações e metas

às mudanças na legislação tributária; não utilizar, de forma mais efetiva, as informações

geradas pela sua contabilidade; desconhecer sua real carga tributária, - gerando custos

desnecessários para a empresa (NASCIMENTO, 2013).

A necessidade de informação dos responsáveis para realizar esse tipo de

procedimento, de adequação nas empresas, muito importante. Pois, assim irá livrar a

empresa de eventuais prejuízos e sanções, que podem sofrer caso a empresa esteja

deixando de pagar os impostos, pagando errado ou pagando impostos a mais. Por isso,

a necessidade de saber qual modelo tributário mais adequado para as empresas.

Devido a isso, justifica-se o estudo sobre a diferença entre elisão fiscal e evasão fiscal à

medida que promove a difusão de procedimentos firmados em lei que auxiliam os

empresários a observar as possibilidades de redução no recolhimento dos impostos,

através de informações obtidas em embasamento teórico, além de demonstrar a

diferença de elisão e evasão fiscal.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

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A Elisão fiscal trata-se de atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma

estritamente preventiva projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de

demonstrar os ônus tributários referentes a cada opção legal (LATORRACA, 2001).

Evasão é a ação consciente do indivíduo que através de meios ilícitos, eliminar ou

reduzir o pagamento de tributos devidos por lei. Evasão, nada mais é que a fuga ardilosa

e ilícita de um dever ou obrigação (MELO, 2001).

Inicialmente os tributos não eram impostos. Ferreira (2016), confirma a história dizendo

que, ele começou de forma voluntária a manifestação tributária em forma de presentes

ou ofertas para os chefes e líderes da sociedade para agradecimento pelos serviços

prestados para a comunidade, depois passou a ser obrigatório quando em época de

guerra os vencidos eram obrigados a dar parte de sua produção para os vencedores.

Os gregos por criarem o conceito de cidades-estado e sua posição territorial no mediterrâneo (entre Europa, Ásia, Oriente Médio e África) não arrecadavam exclusivamente dos seus cidadãos, mas impunha o recolhimento dos comerciantes, muitas vezes estrangeiros, que faziam circular produtos na região. Roma por sua vez, e por influência grega, também tributava dos estrangeiros – e somente destes. Os povos dominados eram os sujeitos passivos nessa relação contributiva compulsória e arcavam com o ônus de sustentar Roma. (Monteiro, 2014)

Gonçalves (2013), relata que encontraram registros em tabletes de barro datadas de

4000 a.C, que documentam pagamentos de tributos.

5.1 Impostos existentes no Brasil

Conformando-se ao regime constitucional, a definição legal de imposto estampada no

art. 16 do CTN (Código Tributário Nacional):

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação estatal

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

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Com a tabela abaixo, pode-se ver a quantidade de impostos que o brasileiro tem de

arcar, relacionando com quem tem a competência de arrecadar esses impostos (União,

Estado, Município e Distrito Federal).

Segue um quadro referente aos impostos federais, o fato gerador e o contribuinte de tal imposto.

Impostos Federais Fato Gerador Contribuinte

II – Imposto sobre Importação. é a entrada destes produtos e bagagens

no território nacional. O contribuinte do imposto é o viajante ou

o importador. IE - Imposto de Exportação é a saída desses do território nacional. O contribuinte do imposto é o exportador.

IOF – Imposto sobre Operações Financeiras

Imposto que recai sobre operações de

crédito, câmbio e seguro, e sobre

operações relativas a títulos e valores mobiliários

são as partes envolvidas em cada uma das operações descritas

IPI – Imposto sobre Produto

Industrializado

Imposto que recai sobre o produto

importado quando do seu desembaraço

aduaneiro, assim como na saída (do estabelecimento) de produto nacional industrializado

pode ser o importador, o industrial, o

comerciante ou o arrematador.

IRPF – Imposto de Renda

Pessoa Física

acúmulo de renda (ou rendimento) que supere R$1.903,98 (atualizado em

28.03.2015)

Seu contribuinte é qualquer pessoa física que acumule renda que supere o valor

acima descrito. IRPJ – Imposto de Renda Pessoa

ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel (como definido na lei civil) localizado fora da zona urbana do município

podem ser o proprietário do imóvel (tanto pessoa física quanto jurídica), o titular do seu domínio útil ou ainda o seu possuidor a qualquer título

Impostos Estaduais

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias

operações relativasà circulação de mercadorias

pode ser qualquer pessoa, física ou

jurídica, que realize, com habitualidade ou

em volume

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transação de mercadorias

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos

incide sobre a propriedade de veículos

automotores terrestres somente é o proprietário do veículo em questão

ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação

transmissão de qualquer bem ou direito havido por sucessão legítima ou

sucessão testamentária

podem ser o herdeiro ou o legatário na

transmissão causa mortis; o donatário, na

doação e o fiduciário quando este for

encarregado de transmitir a herança ou o legado ao seu sucessor

Impostos Municipais

IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana.

a propriedade, o domínio útil ou a posse

de propriedade imóvel localizada em zona urbana ou extensão urbana

são as pessoas físicas ou jurídicas que mantém a posse do imóvel por justo título

ISS – Imposto Sobre Serviços

a prestação de serviço (por empresa ou

profissional autônomo) de serviços

descritos na lista de serviços da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003

são as empresas ou profissionais autônomos que prestam o serviço tributável. Porém, em alguns casos, os

municípios podem atribuir às empresas ou aos indivíduos que tomam os serviços a responsabilidade pelo recolhimento do imposto

ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos

é a transmissão, inter vivos, a qualquer

título, por ato oneroso de propriedade ou domínio útil de bens imóveis; a transmissão a qualquer título de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos de garantia; a cessão de direitos relativos às

transmissões acima mencionadas

pode ser qualquer uma das partes envolvidas na operação tributada, como dispuser a lei

Fonte: Elaborado Pelos autores

5.2 Utilização do imposto

O art. 3º do CTN (Código Tributário Nacional) define que tributo, “é toda prestação

pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não

constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada” (SEGUNDO, 2000).

O pagamento de impostos é obrigatório no Brasil, tanto instituições privadas quanto

pessoas físicas, ele é a imposição de uma taxação financeira ou tributo sobre o

contribuinte.

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Sentindo o impacto desse fardo tributário que reflete diretamente nos resultados da

empresa, o empresário pode recorrer à evasão fiscal ou sonegação fiscal, fugindo da

obrigação após o fato gerador.

Todavia a elisão fiscal é uma ferramenta que alivia o fardo da carga tributária que cai

sobre os empresários por exemplo.

A elisão fiscal por sua vez é buscar alternativas válidas que estão dentro da legislação,

buscando reduzir o valor pago de todos os tributos necessários:

A elisão fiscal é um conjunto de procedimentos previstos em lei ou não vedados por ela que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la (Amaral, 2002, p. 49).

A elisão fiscal é uma ferramenta que vai resultar em uma economia tributária.

Tem como fazer elisão fiscal em decorrência da lei, no qual o próprio sistema legal

permite e até induz a economia dos tributos, com benefícios fiscais. Exemplo de elisão

fiscal no qual a empresa é beneficiada seria quando ela faz doações (ex: cestas

básicas, computadores para escolas públicas) ou também com incentivos à inovação

tecnológica.

Desta maneira o fator crucial para o crescimento da organização, bem como, resultados

financeiros satisfatórios é a escolha do regime tributário correto da empresa, a escolha

do regime correto e/ou que melhor convém pode ser feito anualmente.

Os regimes tributários existentes são:

Simples Nacional: criado em 2006 como o objetivo de simplificar o pagamento de

tributos por Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) além de dar o

tratamento diferenciado para essas empresas.

Ele reúne todos os tributos de uma empresa em uma única guia denominada

Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), nela estão o IRPJ, o CSLL, o

PIS, o COFINS, o IPI, o CPP, o ISS e o ICMS.

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Lucro Real: Algumas empresas são obrigadas a optar pelo regime de Lucro Real por

causa da atividade que exercem (como instituições financeiras, por exemplo) ou por

possuírem receita bruta superior a R$ 78 milhões.

Lucro Presumido: Para as empresas que adotarem o regime do Lucro Presumido, o

Imposto de Renda (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) têm por base

uma margem de lucro pré-fixada pela lei.

6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 6.1. Abordagem geral da pesquisa

A pesquisa qualitativa não se preocupa com a representação numérica, ela se preocupa

com a compreensão de um grupo social.

A pesquisa em questão, classifica-se como qualitativa, pois visa esclarecer a

complexidade do problema com base em estudos conceituais, além da análise de uma

entidade. Segundo os autores Richardson (1999, p.80) e, Raupp e Beuren (2003, p.91)

“os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a

complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis,

compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.

A escolha dessa metodologia se dá pelo fato de que, com a pesquisa qualitativa vai ter

dados suficientes para que se possa realizar um estudo e verificar a possibilidade de

um novo planejamento tributário para a empresa segundo as informações coletadas

pelo Apêndice A.

6.2. Abordagem quanto aos objetivos

A pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração de

uma pesquisa, e tem o objetivo de oferecer informações sobre o objeto desta e orientar

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a elaboração de hipóteses (BERVIAN, CERVO e SILVA, 2002). Uma pesquisa

exploratória tem o objetivo de familiarizar-se com um assunto ainda pouco difundido. Ao

final desse tipo de estudo você conhecerá mais sobre aquece assunto. Como toda

exploração, a pesquisa exploratória depende da intuição do pesquisador, sendo que o

pesquisador inicie um processo de sondagem, com o intuito de aprimorar ideias

(SANTOS, 1991).

Para avaliar as questões pertinentes da elisão fiscal e suas ramificações, dentro de uma

organização, é necessário fazer uma abordagem através da pesquisa exploratória de

leis pertinentes ao assunto e de informações obtida através de documentos.

Segundo Stubbs e Delamont (1978), a natureza dos problemas é o que determina o

método a ser utilizado, ou seja, a escolha do método se faz em função do tipo de

problema estudado.

A pesquisa se realiza mediante um processo no qual se buscam informações para

responder questionamentos. A investigação feita permite pensamentos reflexivos a

respeito do assunto.

Desta maneira, serão utilizadas técnicas para que a pesquisa se torne mais produtiva.

.

6.3. Método de pesquisa

A escolha do método de pesquisa foi a pesquisa documental. Pois a pesquisa

documental tem como característica a busca de informações em documentos que não

receberam nenhum tratamento científico, como reportagem de jornais, filmes, relatórios,

matérias de divulgação em geral (OLIVEIRA, 2007).

“Na pesquisa documental, o trabalho do pesquisador requer uma análise mais

cuidadosa, visto que os documentos não passaram antes por nenhum, tratamento

científico” (OLIVEIRA, 2007, p.70).

Além da pesquisa documental, escolhemos também o método de Pesquisa de campo.

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Devido ao seu enquadramento nos objetivos desse estudo.

Já a pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como

aconteceu no real, os dados adquiridos são referentes aos mesmos e à análise e

interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consiste em

compreender a explicar o problema em questão (FUZZI, 2017).

O trabalho também, foi feito dentro da empresa, coletando informações e

posteriormente podendo haver um planejamento tributário, desde que haja a

constatação da necessidade de alteração no atual estilo da empresa.

No intuito de obter informações sobre a percepção ou gestor responsável pela tomada

de decisão da empresa, foi realizado um questionário estruturado de acordo com o

referencial teórico, sobre os assuntos relacionados ao planejamento, gestão tributária e

contabilidade.

O questionário em questão trata dos temas: tipo de contabilidade, tempo da empresa no

mercado, processo de tomada de decisão da empresa, segmento da empresa, regime

de tributação, motivo pela opção tributária, conhecimento da área tributária.

6.4. População

População é o conjunto de elementos que dispõem das características que será o

objeto de estudo, e a amostra, é uma parte do universo escolhido, selecionado a partir

de um critério de representatividade (Vergara, 1997).

Amostra é, por tanto, uma parte da população selecionada de acordo com uma regra ou plano, o mais importante ao selecioná-la é seguir determinados procedimentos, que nos garanta ser representação adequada da população, donde foi retirada, dando-nos assim confiança de generalizar para o universo o que nela foi observado (RUDIO, 1986, p. 60).

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O estudo será realizado utilizando um questionário a ser aplicado com o sócio

proprietário e diretor de uma empresa de tecnologia da informação, localizada na região

centro oeste de Belo Horizonte - MG. A escolha da pessoa foi definida levando em

conta um maior esclarecimento de questões financeiras que somente uma autoridade

dentro da instituição poderia nos fornecer.

6.5. Instrumento de pesquisa

Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo (SILVA E MENEZES, 2001, p.20).

O estudo prevê um questionário realizado, utilizando o roteiro de entrevista, para obter

uma gama de informações, de modo a filtra-las posteriormente a fim de esclarecê-las e

identificar a exatidão de suas escolhas no âmbito fiscal/tributário.

7 Analise dos Dados

A seção de análise dos dados tem por objetivo organizar e sintetizar os dados coletados

e, obviamente, atingir os objetivos propostos. Essa análise deve ser embasada no

referencial teórico, sustentando, segundo os autores citados, as afirmações ou

negações (Volkweis, 2015).

Dessa maneira será apresentada uma análise qualitativa de todos os dados coletados,

sendo que, foi realizado um questionário com os funcionários do setor administrativo

para que seja feita a análise qualitativa.

Assim, serão utilizadas técnicas que envolve a análise documentária, bem como

estudos dos documentos colhidos para serem analisados.

Desse modo a repercussão socioeconômica, educacionais e técnico-científico dos

resultados esperados na solução do problema focalizado como: diminuição de prejuízos

econômicos, educacionais e sociais; aumento de produtividade; geração de empregos;

redução de desequilíbrio na organização.

Os resultados expressão em que se espera alcançar os objetivos específicos.

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8 Dados da empresa

8.1 História da empresa

Fundada em 2009 em Belo Horizonte, Minas Gerais, a HMB é uma empresa de

soluções em tecnologia. Foi estruturada pensando nos 4 grandes pilares de TI:

• Cabeamento Estruturado,

• Infraestrutura de Redes e Servidores,

• Telecom e

• Sistemas.

Com executivos de vasta experiência em Gestão de Tecnologia, tem uma visão

diferenciada e inovadora da TI com foco nos processos e necessidades do cliente.

Devido a isto, hoje se tem clientes em todo o país em diferentes segmentos e tem

crescido em média 110% ao ano. Com equipe qualificada e envolvida com os objetivos,

estão focados em acelerar estes resultados e trazer para os clientes e parceiros

resultados cada vez mais relevantes.

8.2 Localização

Empresa mineira localizada na Zona Leste de Belo Horizonte na Avenida Cristiano

Machado 1682, 12° Andar, Cidade Nova.

8.3 Quantidade de funcionários

Atualmente a empresa conta com 25 funcionários. 8.4 Estrutura da empresa

A empresa conta com a sala de Operações e Serviços, onde ficam a equipe de

desenvolvimento e de infraestrutura, bem como seus diretores, uma sala Administrativa,

onde fica a equipe administrativa/financeira e o comercial, a parte contábil e fiscal da

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empresa é realizada por uma empresa terceirizada “Escritório Jsevero -

AssessoriaJurídica e Contábil”.

8.5 Organograma de Hierarquia

Organograma referente aos níveis hierárquicos da empresa.

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Fonte: Elaborado Pelos autores

8.6 Regime tributário 2016

Em 2016 a empresa se encontrava no regime tributário Simples Nacional, dessa maneira pode-se ver a DRE do ano:

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DRE

RBV-Receita Bruta de Serviços Prestados R$ 2.073.977,90

CSP -R$ 847.922,51

Lucro Operacional R$ 1.226.055,39

Despesas Admnistrativas -R$ 1.624,52

Despesas de Pessoal Comercial VARIÁVEL -R$ 41.423,25

Despesa de Pessoal Fixa -R$ 229.663,15

Despesa de Pessoal Administrativo -R$ 21.684,84

Despesas de Propaganda e Publicidade -R$ 180,00

Despesas com Serviços de Terceiros -R$ 38.851,03

Despesas Gerais -R$ 3.780,46

Lucro Líquido R$ 888.848,14

Simples Nacional R$ 285.851,16

Total R$ 602.996,98

Fonte: Elaborado Pelos autores

8.7 Situação financeira em outros regimes tributários

Tabela com os regimes tributários Lucro Presumido e Lucro Real, no caso de ser implantado na empresa em questão:

LUCRO

PRESUMIDO LUCRO REAL

RBV R$

2.073.977,90 RBV R$

2.073.977,90

Presunção 32% sobre RBV R$

663.672,93 Lucro liquido R$

888.848,14

Imposto de renda 15% sobre a presunção R$

99.660,94 Imposto de renda 15% sobre LL R$

133.327,22

Adicional 10% sobre o que exceder

R$20000 R$

42.367,30 Adicional 10% sobre o que exceder R$20000 R$

64.884,81

CSSL 9% sobre a presunção R$

59.730,56 CSSL 9% sobre o LL R$

79.996,33

COFINS 3% sobre RB R$

62.219,38 COFINS 3% sobre RB R$

62.219,38

PIS 0,65% sobre RB R$

13.480,87 PIS 0,65% sobre RB R$

13.480,87

ISS 5% sobre RB R$

103.698,90 ISS 5% sobre RB R$

103.698,90

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CPP 12% sobre a folha de pagamento R$

35.132,54 CPP 12% sobre a folha de pagamento R$

35.132,54

TOTAL DE IMPOSTOS R$

416.290,49 TOTAL DE IMPOSTOS R$

492.740,05 Fonte: Elaborado Pelos autores

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A carga tributária no Brasil, é considerada alta e representa uma parcela significativa

dos custos da empresa, sendo assim, o presente trabalho procurou analisar os custos

de uma empresa para demonstrar se a mesma está seguindo o modelo tributário

correto, levando em conta seus custos e despesas.

É importante salientar que seja qual for o porte da empresa, um bom planejamento

tributário é indispensável para evidenciar resultados mais precisos quanto para

demonstrar uma forma de tributação que a empresa se enquadre, diminuindo impostos.

Os objetivos do presente estudo foram atendidos. Houve análise sobre a legislação,

conceitos do Planejamento tributário e comparativa entre as sistemáticas: Lucro

Presumido, Lucro Real e Simples Nacional.

Conclusivamente, pode-se afirmar que o modelo tributário menos oneroso e adequado

para a empresa do estudo é o Simples Nacional. Visto que é possível observar através

do comparativo diferenças substanciais em relação aos impostos baseados no Lucro

Real e no Lucro Presumido.

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Apêndice A Questionário utilizado para a pesquisa

1. Qual a localização da empresa?

2. Qual o ramo de atuação?

3. Qual a forma de contabilidade realizada pela empresa?

4. Qual o segmento de atuação da empresa?

5. Qual o tempo da empresa no mercado de tecnologia?

6. Qual o regime tributário escolhido para a empresa?

7. Qual o motivo para a opção tributária da empresa?

8. Qual o conhecimento dos proprietários da empresa na área tributária?

9. Quantos funcionários a empresa possui?

10. Como é o organograma hierárquico da empresa, se não possui informe os níveis

de cada um.

11. Qual o faturamento bruto da empresa, suas despeças e encargos.

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Memórias de Cálculo

Memória de Cálculo Lucro Presumido e Lucro Real Lucro

Presumido:

Presunção 32% do faturamento bruto.

Base de cálculo 32% sobre a Receita Bruta de 2.073.977,90 = 663.672,93. Imposto de Renda 15% sobre a base de cálculo. 15% de 663.672,93= 99.660,94

Adicional de Imposto de Renda 10% sobre o que exceder 20.000,00 mensais 663.672,93-240.000,00(20.000,00x12) = 423.672,93 x 10%= 42.367,30

CSSL - 9%¨ base de cálculo 663.672,93 663.672,93 x 9% =59.730,56 COFINS – 3% base de cálculo 2.073.977,90

2.073.977,90 x 3% = 62.219,38 PIS – 0,65% Base de cálculo 2.073.977,90 2.073.977,90 0 x 0,65 = 13.480,87

ISS – 5% base de cálculo 2.073.977,90 2.073.977,90

x 5% = 103.698,90

CPP 12% da folha de pagamento.

41.423,55+229.663,15+21.684,84=292.771,14 basede cálculo. 12% 292.771,14 = 35.132,54

Lucro Real:

Base de cálculo: Lucro Líquido já com adições e subtrações = 888.848,14 Imposto

de Renda 15% sobre a base de cálculo.

15% de 888.848,14 = 133.327,22 Adicional de Imposto de Renda

10% sobre o que exceder 20.000,00 mensais 888.848,14-240.000,00(20.000,00x12) =648.848,14 x 10%=64.884,81 CSSL - 9%¨ base de cálculo 888.848,14

888.848,14 x 9% = 79.996,33 COFINS – 3% base de cálculo 2.073.977,90 2.073.977,90 x 3% = 62.219,38

PIS – 0,65%Base de cálculo 2.073.977,90 2.073.977,90 0 x 0,65 = 13.480,87 ISS – 5% base de cálculo 2.073.977,90 2.073.977,90

x 5% = 103.698,90

CPP 12% da folha de pagamento. 41.423,55+229.663,15+21.684,84=292.771,14 base de cálculo.

12% 292.771,14 = 35.132,54