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ANO 15 – Nº 160 – Março 2009 AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL. AGRONEGÓCIO ATRAI JOVENS EMPRESÁRIOS AGRINHO REÚNE COORDENADORES MUNICIPAIS Trinta e um coorde- nadores municipais do Programa Agri- nho reuniram-se no dia 12 e março, no Auditório da Fe- deração da Agri- cultura e Pecuária do Estado do Ceará FAEC, em Fortaleza. Detalhes - Pág. 4 Pág. 4 Pág. 2 Pág. 7 Pág. 5 Pág. 6 Pág. 8 Grupo holandes traz novas perspectivas para o controle biológico no Ceará Alci Porto (Sebrae), Dr. Torres de Melo (Faec), João Rafael Furtado (Coordenador Geral da AJE Fortaleza), Camila Bitar (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Gisela Telles (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Daniel Borges (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Felipe Melo (Coordenador de Desenvolvimento Sustentável da AJE Fortaleza), Allan Sankey (Representante da AJE junto à FAJECE), Flávio Saboya(SENAR) e Rodrigo Bitar (Diretor de Agronegócio da Confederação dos Jovens Empresários – CONAJE). - PECNORDESTE ANUNCIA SEIS EVENTOS PARALELOS - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE PRODUÇÃO RURAL - PALESTRA DISCUTE ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS - AGROPACTO DISCUTE PLANO DE AÇÃO DA CAPRINOVONOCULTURA DA EMBRAPA Elas vêm gan- hando espaço no mercado de trab- alho. Exemplo dis- so, a presidente do Sindicato de Produ- tor Rural de Jagua- ribe, Maria Zimar Pinheiro Diógenes, que no momento é a única mulher presidente filiada à lista da FAEC. Ela revela a equipe do União Rural as suas metas e fala ainda sobre preconceito. Entrevista com a única mul- her a presidir um sindicato de produtor rural. A Associação dos Jovens Empresários (AJE), durante reunião do Pacto de Cooperação Agropecuária Cearense-Agropacto, no mês de março ultimo, na sede do Banco do Brasil, celebrou um convênio de cooperação para participação no Programa Empreendedor Rural. Este projeto foi gestado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-Faec, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar) e Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa-Sebrae-CE, também signatários do acordo. Paul Koppert (o segundo à esquerda) - Diretor do grupo holandes durante o fórum semanal do Agropacto. A Koppert - grupo holandes que trabalha com controle biológico de culturas e polin- ização natural vai se instalar no Ceará. Eles fizeram uma exposição no encontro semanal do AGROPACTO.

União Rural - 160

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House Organ da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará

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ANO 15 – Nº 160 – Março 2009

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL.

AGRONEGÓCIO ATRAI JOVENS EMPRESÁRIOS

AGRINHO REÚNE COORDENADORES MUNICIPAIS

Trinta e um coorde-

nadores municipais

do Programa Agri-

nho reuniram-se

no dia 12 e março,

no Auditório da Fe-

deração da Agri-

cultura e Pecuária

do Estado do Ceará

FAEC, em Fortaleza. Detalhes - Pág. 4

Pág. 4

Pág. 2

Pág. 7

Pág. 5

Pág. 6Pág. 8

Grupo holandes traz novas perspectivas para o controle biológico no Ceará

Alci Porto (Sebrae), Dr. Torres de Melo (Faec), João Rafael Furtado (Coordenador Geral da AJE Fortaleza), Camila Bitar (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Gisela Telles (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Daniel Borges (Comissão de Agronegócio da AJE Fortaleza), Felipe Melo (Coordenador de Desenvolvimento Sustentável da AJE Fortaleza), Allan Sankey (Representante da AJE junto à FAJECE), Flávio Saboya(SENAR) e Rodrigo Bitar (Diretor de Agronegócio da Confederação dos Jovens Empresários – CONAJE).

- PECNORDESTE ANUNCIA SEIS EVENTOS PARALELOS

- CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE PRODUÇÃO RURAL

- PALESTRA DISCUTE ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

- AGROPACTO DISCUTE PLANO DE AÇÃO DA CAPRINOVONOCULTURADA EMBRAPA

Elas vêm gan-hando espaço no mercado de trab-alho. Exemplo dis-so, a presidente do Sindicato de Produ-tor Rural de Jagua-ribe, Maria Zimar Pinheiro Diógenes, que no momento é a única mulher presidente fi liada à lista da FAEC. Ela revela a equipe do União Rural as suas metas e fala ainda sobre preconceito.

Entrevista com a única mul-her a presidir um sindicato de produtor rural.

A Associação dos Jovens Empresários (AJE), durante reunião do Pacto de Cooperação Agropecuária Cearense-Agropacto, no mês de março ultimo, na sede do Banco do Brasil, celebrou um convênio de cooperação para participação no Programa Empreendedor Rural. Este projeto foi gestado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-Faec, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar) e Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa-Sebrae-CE, também signatários do acordo.

Paul Koppert (o segundo à esquerda) - Diretor do grupo holandes durante o fórum semanal do Agropacto.

A Koppert - grupo holandes que trabalha com controle biológico de culturas e polin-ização natural vai se instalar no Ceará. Eles fizeram uma exposição no encontro semanal do AGROPACTO.

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E d i t o r i a l

União Rural ‒ Informativo FAEC/SENARAno 15 ‒ Nº 159 ‒ Fevereiro de 2009Publicação Mensal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR‒CE)

COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA

PresidenteJosé Ramos Torres de Melo Filho;

1º Vice‒PresidenteFlávio Viriato de Saboya Neto,

Vice‒Presidente de Administração e Finanças Sebastião Almeida Araújo;

Vice‒PresidentesCarlos Bezerra Filho, Expedito Dió-genes Filho, Francisco de Assis Vieira Filho, João Ossian Dias, Moacir Gomes de Sousa.

Conselho Fiscal ‒ EfetivosInácio de Carvalho Parente, Norman-do da Silva Soares, Paulo Helder de Alencar Braga.

SuplentesExpedito José do Nascimento, Fran-cisco Francivaldo Cruz, José Beroaldo Dutra de Oliveira

Chefe de Gabinete: Gerardo Angelim de Albuquerque

Editora e Redatora: Silvana Frota / MTB 432

Estagiário:Jailson Silva

Revisão:Gerardo Angelim de Albuquerque

Editoração Eletrônica: Gilberlânio Melo

Impressão: Expressão Gráfica

Tiragem: 1000 exemplares

Endereço: Rua Edite Braga, 50Jardim América ‒ Fortaleza ‒ CE CEP 60425‒100Fone: (85) 3535 8000Fax: (85) 3535 8001E‒mail: [email protected] Site: www.faec.org.br

O União Rural foi fundado em fevereiro de 1995, pelo Sistema FAEC/SENAR na gestão de José Ramos Torres de Melo Filho.

Contribuição previdenciária sobre produção rural(*)

Mais uma vez, considerando a importância do assunto, contido no presente artigo, estamos cedendo o espaço dedicado à “Palavra do Presidente”, à publicação do destacado artigo técnico a seguir:

A contribuição previdenciária recolhida ao INSS pelo produtor rural empregador-pes-soa física, está defi nida, no art. 25 da Lei

nº 8.212/91 com a redação da Lei n.º 10.256/01. À pessoa jurídica no art. 25 da Lei n.º 8.870/94 com a redação da Lei n.º 10.156/01. Para a agroindústria no art.22ª da Lei nº 8.212/91, acrescentado pela Lei n° 10.256/01, alterado pela Lei nº 1.684/03. Elas incidem sobre receita bruta proveniente da comercialização da produção e dos subprodutos e resíduos, se houver. Ainda sobre o valor do arremate da produção rural; o preço de mercado da produção rural dada em paga-mento, permuta, ressarcimento ou em compensação. Entende-se como preço de mercado, a cotação do pro-duto rural no dia e na localidade em que ocorrer o fato gerador.

São contribuições substitutivas as incidentes so-bre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados e trabalha-dores avulsos, conforme tratam os incisos I e II do art. 22 da Lei n.º 8212/91. Portanto elas não incidem sobre o valor dos salários pagos aos empregados, a não serem as contribuições denominadas de terceiros e destinadas ao INCRA, Salário Educação e Senar.

Não se aplica a substituição para as agroindústrias de piscicul-tura, carcinicultura, suinocultura e avicultura.

O recolhimento das contri-buições é feito pelo sistema de sub-rogação, o que signifi ca que o adquirente, inclusive agroindús-tria, consumidor, consignatário e cooperativa, fazem a retenção da base de cálculo para posterior destinação ao INSS através da rede bancária.

Não se aplica o sistema de sub-rogação na co-mercialização feita pelo produtor rural pessoa jurídica. Também para a pessoa física que comercialize direta-mente com outra pessoa física, ou com destinatário in-certo sem comprovação formal do destino da produção.

Este sistema substitutivo de contribuição já está bem difundido dentro do meio produtivo rural. Entre-tanto dúvidas existem quanto a isenções destas contri-buições sociais.

A primeira delas refere-se à comercialização de produtos destinados ao plantio e refl orestamento, como sementes e mudas; produto animal destinado à reprodução ou à criação pecuária e granjeira e ainda, o utilizado como cobaia para fi ns de pesquisa cientifi ca.

Na comercialização destes produtos pelo produ-tor rural pessoa física, não havia incidência de con-tribuição, conforme dispunha o § 4º do artigo 25, da Lei 8212/91, até que a Lei 11.718, de 20 de junho de 2008, publicada no dia 23 do mesmo mês, data em que entrou em vigor, revogou esta isenção, impondo cobrança na forma como já ocorre com outros produtos agropecuários. Esclareça-se, que a isenção desta base de cálculo já não vigorava para os produtores rurais pessoas jurídicas, desde 1997 conforme determinou a Medida Provisória 1523. Agora, por força da nova lei, foi estendida aos produtores rurais pessoas físicas. Portanto, no caso de comercialização destes produtos entre produtor rural pessoa física e jurídica, antes isen-tos, haverá a incidência da contribuição de 2,3% des-tinadas ao INSS e Senar, fi cando a adquirente pessoa jurídica responsável pelo recolhimento.

No caso de comercialização de produtos para reprodução, entre produtores rurais pessoas físicas, como sementes, mudas e reprodutores, entre outros, a obrigação de recolhimento da contribuição previdenci-ária é do produtor responsável pela venda.

Assim, a revogação dos dispositivos da Lei 8212 passou a onerar o produtor rural pessoa física principal-

mente nas atividades de venda de animais para repro-dução (gado, ovinos, caprinos, cavalos, entre outros), inclusive embriões e sêmem, e na comercialização de sementes e mudas e ovos galados e pinto de um dia.

A respeito vale a pena transcrever trechos da aná-lise da revogação desta isenção, feita pelo técnico do Departamento Econômico da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil – CNA, Dr. Luciano Carvalho.

“A exclusão da base de cálculo é objetivo anti-go do Ministério da Previdência Social, que pretendia uniformizar a cobrança da contribuição entre pessoas físicas e jurídicas. Tal exclusão não fazia parte do tex-to original da MP 410, que originou a Lei 11.718. O entendimento da Previdência Social é o de que, se não fosse substitutiva, a contribuição sobre a folha de salá-rio ocorreria em todas as fases de produção do material genético”.

“Vale destacar, também, que os segmentos da agropecuária prejudicados com a nova contribuição, decorrente da revogação de isenção da base de cál-culo, são setores pouco intensivos em mão de obra, o que torna a contribuição sobre o valor da produção (faturamento) proporcionalmente mais onerosa do que cobrada sobre a folha de salários. No caso da pecuá-

ria, a incidência de 2% sobre a produção de um pecuarista com faturamento anual de R$453 mil correspondente a um rebanho de 500 cabeças geraria um re-colhimento de R$ 9.066,00 pelo INSS, enquanto que uma co-brança de 20% sobre a folha de pagamento de um empregado,

deste mesmo montante totalizaria uma contribuição de R$ 2.340,00.”

Outra isenção é a que trata das receitas originá-rias de exportação de produtos agropecuários, confor-me disposto no inciso I do § 2º do art. 149 da Consti-tuição Federal, alterado pela Emenda Constitucional nº 33, de 11 de dezembro de 2001.

Entretanto esta isenção só se aplica, quando a produção é comercializada diretamente com adquirente domiciliado no exterior. A receita decorrente de comer-cialização em empresa constituída e em funcionamento no País é considerada receita proveniente do comércio interno e não de exportação, independentemente da destinação que se dará ao produto. O que signifi ca a não aplicação da isenção quando a comercialização é realizada por empresa comercial (Trading Company). Estes critérios estão estabelecidos na Instrução Nor-mativa nº 3, de 14 de julho de 2005, da então Secre-taria da Receita Previdenciária do INSS, hoje absorvida pela Receita Federal do Brasil

Sabemos que várias empresas buscam o Poder Judiciário no sentido de se declarar a inconstituciona-lidade da referida Instrução Normativa, considerando que a Constituição Federal não faz qualquer distinção entre as exportações realizadas diretamente e aquelas efetuadas através de empresa comercial exportadora.

Esclareça-se ainda, que a contribuição destinada ao Senar, tanto as incidentes sobre a comercialização da produção rural, quanto a incidente sobre a folha de salários, classifi cam-se como contribuições de in-teresse de categorias profi ssionais ou econômicas, o que impõe concluir que a imunização a que se refere o inciso I, § 2º do artigo 149 da Constituição Federal não lhes alcança.

(*)João Cândido de Oliveira Neto, Consultor de Previdência Social

da Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP

“O entendimento da Previdên-cia Social é o de que, se não fos-se substitutiva, a contribuição sobre a folha de salário ocorre-ria em todas as fases de produção do material genético”.

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A Associação dos Jovens Empresários (AJE), durante reunião do Pacto de Coope-ração Agropecuária Cearense-Agropacto, no mês de março ultimo, na sede do Ban-co do Brasil, celebrou um convênio de co-operação para participação no Programa Empreendedor Rural. Este projeto foi ges-tado pela Federação da Agricultura e Pecu-ária do Estado do Ceará-Faec, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural(Senar) e Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas-Sebrae / CE, também signatários do acordo.

Inspirida numa experiência semelhante do Paraná, estas três instituições já levam a iniciativa para agricultores de 33 municí-pios do Ceará, através da capacitação em técnicas de manejo, inovação , gestão e empreendedorismo, voltados para a espe-cialização e profi ssionalização do setor ru-ral, a nível de segundo grau . Através do projeto Força Jovem Empreendedora da AJE, cerca de 40 alunos devem fazer o cur-so uperior a nível de pós-graduação, em uma turma específi ca para a jovens inte-grantes da Associação. Além de todo o con-teúdo normal repassado pelo Sebrae, Senar e Faec, os membros da AJE vão ter acesso a várias informações,através de seminários e estágios , palestras e trocas de experiências promovidas por nós, afi rma Rafael Furtado, presidente da AJE. Essa turma piloto deve ser prévia de um curso de especialização em Gestão e Liderança no Agronegócio e vai abrir sua primeira turma no mês de agosto, através da Faculdade Farias Brito.

Modernização do campo

O interesse pelo agronegócio é expli-cado pelo salto de 2% para 7,5% de par-ticipação do setor no PIB do Estado. Para o Presidente da Faec, José Ramos Torres de

Melo Torres Filho, a participação de jovens empresários deve dar novo fôlego ao setor, que nos últimos anos “passou a ser ativida-de impulsionadora do crescimento”. Avalia o convênio como positivo por ser uma de-monstração de interesse dos jovens sobre a atividade primária, já que a idade média dos empreendedores de sucesso no setor é de 57 anos.

Torres de Melo ressalta que o desenvol-vimento da atividade não deve desacelerar devido ao crescimento normal da população e porque “ a crise deve gerar difi culdades e de emprego e renda nas áreas urbanas, impulsionando a atividade rural”. Segundo o diretor técnico do SEBRAE Alci Porto , o fu-turo da agropecuária cearense depende de

novas lideranças. Prepará-los agora se faz necessário, temos que construir uma base futura para a agropecuária cearense. Vamos intermediar com o setor produtivo e bancá-rio, realizar ações integrantes como o aces-so ao crédito, por exemplo, explica.

Rafel Furtado afi rma que a entrada de novos empresários no agronegócio é impor-tante para renovar o meio e trazer uma nova mentalidade empresarial. Segundo ele, a grande maioria dos jovens que estão no se-tor dirige negócios que já existiam na fa-mília. “Acreditamos que este é um ramo da economia que ainda tem muito para crescer e os jovens empresários devem ser agentes participantes de uma grande mudança no campo” , afi rma.

AGRINHO REÚNE COORDENADORES MUNICIPAIS

EMPREENDEDEDOR RURAL:FAEC, SENAR ,SEBRAE E AJE ASSINAM ACORDO DE COPERAÇÃO

Coordenadores municipais recebem últimas orientações

Representantes das entidades celebram o convênio

Trinta e um coordenadores municipais do Programa Agrinho reuniram-se no dia 12 de março, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará - FAEC, em Fortaleza. O encontro foi aberto com uma palestra sobre Cidadania a cargo da professora da Secretaria de Educação do Estado, Maria José Barbosa. Logo após foi

feita a distribuição do ma-terial didático entre os co-ordenadores municipais: o livro do professor e as cartilhas do aluno (do 2º ao 5º ano e do 6º ao 9º).

A coordenadora es-tadual do Programa Agri-nho, Ana Kelly Cláudio Gonçalves, espera atingir mais de 210 mil alunos em 2009. Ela explica que o Programa será amplia-do para mais duas regi-ões: Sertão Central, Vale do Curu e Aracatiaçu com o tema: Semi-Árido. Nas regiões do Baixo Jaguari-be e do Maciço de Baturité

continuará com o tema: Cidadania. A Região da Ibiapaba permanece com o tema: Meio Ambiente.

Desde a chegada do Programa, em 2007, o Diretor Pedagógico do município de Jaguaribara – Região do Baixo e Médio Ja-guaribe, Prof. Valdey Carneiro, entende que o Agrinho é uma oportunidade de trabalhar os temas transversais que poucos são abor-

dados em sala de aula. Concorda, o coordenador de gestão da

Secretaria de Educação de Pacoti , Região do Maciço de Baturité, Fernão Sampaio. Se-gundo ele, falta efetivar as ações que tra-balham a consciência dos alunos. E que a chegada do Programa em sua Região vêm mudando esta realidade através da crian-ça que aprende na escola sobre Cidadania e Meio Ambiente e por isso passar a cobrar uma maior responsabilidade de seus pais com as questões ambientais, por exemplo.

O Programa

O Agrinho é um Programa de Respon-sabilidade Social do Sistema Faec / Senar – CE que leva informações sobre Saúde, ci-dadania, Meio Ambiente às crianças do meio rural por meio de concursos de redação e desenho para cada um dos temas regionais. O Programa tem o objetivo de atender pro-fessores e alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental da rede Pública de Educação, explica o superintendente do SENAR – CE, Flávio Viriato de Saboya.

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Você Sabia Que?... Dos 184 municípios cearenses, 83 têm uma produção mé-dia de castanha de caju, 65 sua produção é baixa; 20 deles com produção alta e 16 sem produção. Existem 91 minifábri-cas, em 36 municipios, sendo os maiores, Barreiras com 19 e Ocara com 11.

... É a seguinte posição das exportações do Brasil e do Ceará, em 2008. comparando com as de 2007, as exportações bra-sileiras cresceram 23,21% e as do Ceará, 11,20%?

... As exportações de 2008 no Brasil, movimentaram US$ 197,9 bilhões e no Ceará, US$ 1,27 bilhão. Em 2007, Brasil US$ 160,6 bilhões e Ceará, US$ 1,14 bilhão, cujos saldos da balança comercial foram: Brasil - US$ 24,7 bilhoes e Ceará – US$ 281,5 milhões?

... O conceito de mercado é o conjunto das relações comer-ciais voltadas, de um lado para a compra, também denomi-nadas de procura ou demanda e, de outro lado, a venda ou oferta de produtos?

... Cultura exportadora é o grau de abertura a tradição e inti-midade que se tem em relação ao mercado externo?

... As águas subterrâneas abastecem 1,5 bilhão de pessoas no mundo e, em 17 países que usam irrigação, utilizam essa

água em 150 milhões de hectares. No Brasil as reservas de águas subterrâneas são estimadas em 112000 km³?

... Segundo a ONU, uma região tem défi cit hídrico quando não con-segue oferecer, no mínimo, 1300 m³ de água por habitante / ano. Segundo a Embrapa, a chuva média no semiárido é de 500 mm, destes 86% evaporam-se, 4% se infi ltram no solo e 9% escorrem?

... Cerca de 61% da população brasileira é abastecida para fi ns domésticos por águas subterrâneas, sendo 6% por poços rasos, 12% por fontes e 43% por poços profundos, sendo que 15,6% dos domicílios utilizam, exclusivamente, água subterrânea?

... O Ceará com área de 148000 km² representa 15% do polígono das secas, tem pluviosidade acima de 70 mm / ano, a maior da Região?

... As águas das chuvas seguem três destinos distintos: evapora-ção, infi ltração e escoamento. A evaporação no semiárido é avas-saladora, chega a mais de 80%. A infi ltração varia de 10% a 15% e o escoamento, que forma os rios e riachos, varia de 10% a 20%? ... Em dez anos, as exportações brasileiras de carne bovina rep-resentarão 61% do mercado mundial. Carnes e ovos abastecerão 90% do comércio mundial e a suína, 21%. Os resultados indi-caram que o País manterá a liderança no mercado internacional de carnes?

O coordenador da Comissão Técnico-Cientifi ca do XIII Seminário Nordestino de Pe-

cuária, Eng. Agrônomo Antônio Bezerra Peixoto, esteve reunido do dia 17, às 15hs, no 1º andar do Sebrae, com os coordenadores de todos os dez seg-mentos econômicos que irão participar do evento que acontecerá no período de 15 a 18 de junho deste ano, no Cen-tro de Convenções, em Fortaleza.

Segundo ele, o PECNORDESTE realizará seis eventos paralelos: XIII Feira de Produtos e de Serviços Agropecuários; II Seminário Nordestino de Revendas Agropecuárias; Galeria de Inovações Tecnológicas; VII ENEL - Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (III Fórum da Caprinocultura Leiteira); Festival Gastronômico e o Encontro da ABASE-Ne que reúne representantes do Sebrae no Nordeste.

De acordo com o coordenador, Antônio Bezerra Peixoto, são esperados 35mil visitantes, 2 mil produtores em caravanas e 4,2 mil em palestras e ofi cinas. A programação atende em boa parte aos interesses da agricultura familiar, no que diz respeito às novas tecnologias e transferência de novos conhecimentos.

PECNORDESTE REÚNE COMISSÃO E ANUNCIA SEIS EVENTOS PARALELOS

Segmentos e Coordenadores Setoriais do PECNORDESTE

Bovinocultura – Eduardo Queiroz de MirandaArtesanato – Maria Edny Silva LemosCoord.da Agricultura e Pesca – Osvaldo Segundo da Costa Filho Estrutiocultura – Raimundo Luiz Furtado de Arruda Avicultura – Bernardo CarneiroCaprinocultura – Jeovah MacielApicultura – José Xavier Leal NetoEquinocultura – João EvangelistaSuinocultura – Paulo Helder de Alencar BragaTurismo no Espaço Rural e Natural – Cel. Garcez

Coordenador da equipe-técnica, Antônio Bezerra Peixoto

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O novo plano de trabalho do Centro Nacional de Pesquisas de Caprinos da Embrapa-CNPC, para o período 2009-2011, foi apresentado no dia 17 de mar-ço, durante a reunião semanal do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearen-se - Agropacto, promovido pela Federa-ção da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará-FAEC e coordenado por José Ramos Torres de Melo Filho. Segundo o novo chefe da Unidade de pesquisa da Embrapa, que fi ca localizado na cidade de Sobral-Ce, Evandro Vasconcelos Ho-landa Júnior, entre os grandes desafi os do setor da caprinovinocultura estão a inserção de novos produtos no mercado haja vista a mudança de perfi l do con-sumidor , mas acredita que o segmento tem um grande potencial para atender a esta demanda de oportunidades de mercado. , com redução de custos e me-lhoria da qualidade dos produtos e ele-vado valor agregado; desenvolvimento de novos produtos, como por exemplo queijos probióticos, pratos pré- prontos para cozimento rápido. Outros desafi os apontados por ele foram: implanta-ção do programa de melhoramento ge-nético, a implanta-ção do Plano Nacio-nal de Sanidade de caprinos e ovinos, oferta regular de produtos, desenvol-vimento de tecnolo-gias viáveis para produção de caprinos e ovinos em diferentes regiões brasileiras, capacitação continuada de técnicos.

Para mostrar a importância do seg-mento da caprinovinocultura, ele disse que hoje o plantel de caprinos no Ceará é da ordem de 2 milhões e 200 mil ca-beças, dos cerca de 8 milhões existen-tes no Brasil, com percentual de 92% concentrados no Nordeste. Já o plantel de caprinos e ovinos juntos superam a casa dos 21 milhões de cabeça no País. Os ovinos estão concentrados em 55% no Nordeste e 45% no Sul.

AGROPACTO DISCUTE PLANO DE AÇÃO DA CAPRINOVINOCULTURA DA EMBRAPA

Entre as metas de sua gestão, Evandro Jú-nior anunciou a criação da Casa da Cabra, um museu de Ciência e Tec-nologia para fazer parte do conjunto de museus da cidade de Sobral, a criação de um núcleo de Transferência e Difu-são de Conhecimentos e Tecnologias, que deverá englobar um centro tec-nológico do leite e outro centro tecnológico da Carne e a implantação de novos programas de

incubação. Sobre o Museu da Cabra, a Sub-secretária da Secretaria da Ciên-cia e Tecnologia do Estado, Tereza Le-nice Mota explicou que este terá todo o apoio da Secitece, bem como o Parque Tecnológico, um projeto da Prefeitura de Sobral e Governo do Estrado, no qual o CNPC está inserido com o Museu da Ca-bra, o Centro Tecnológico e o Parque de Incumbadoras.

Na ocasião, ele anunciou que a Em-brapa vai participar com outras unida-des do XIII Seminário Nordestino de Pe-cuária-Pecnordeste, no período de 15 a 18 de junho próximo, com uma Feira de Inovações Tecnológicas, que visa fazer a transferência de tecnologia, hoje já do-minadas pela pesquisa aos produtores rurais. Evandro convidou o AGROPACTO para uma reunião no dia 19 de maio , na sede do CNPC ,em Sobral, que marcará sua posse como chefe da Unidade.

Segundo Evandro, hoje o CNPC tem 55 projetos de pesquisa em exe-cução e mais 30 planejados, possuindo um corpo técnico de apenas 26 pes-

quisadores, dos quais 60% com nível de doutorado ou mestrado, e anunciou um concurso para preencher pelo me-nos mais 14 vagas de pesquisadores em diversas áreas do conhecimento científi co

Entre os projetos já em uso pe-los produtores no Ceará, ele apontou o programa de melhoramento gené-tico de caprinos leiteiros no qual está sendo feito o arquivo zootécnico nacio-nal; o programa de teste progene, que está sendo usado principalmente pelos produtores da região sudeste, embora

o CNPC tenha interesse de que outros produtores do Nordeste façam parte; o programa de melhoramento genético de caprinos e ovinos de corte, (Genecoc) que está sendo usado por produtores via internet, cadastrando seus animais e fazendo a seleção dentro do rebanho dos reprodutores que são melhores para cruzar com as fêmeas e matrizes, além disso ele permite acompanhar o desem-penho zootécnico de todo o rebanho, gerando relatórios de produção , per-mitindo ainda a seleção dos melhores reprodutores baseado em performance produtiva.

Na visão do novo chefe do CNPC é preciso aumentar a interação com o segmento produtivo organizado, as-sociações de criadores ,sindicatos de produtores e as instituições de Ciência e Tecnologia do Estado, visando a um, maior aproveitamento das pesquisas já existentes e da estrutura do CNPC. Atualmente, está em desenvolvimento o Projeto Cordeiro do Cariri, Produção In-tegrada de Ovinos nos Inhamuns, Apoio à Produção de Comercialização de Leite de Cabra no Sertão Centra (Quixadá), Projeto de validação e transferência de tecnologia do sistema agrossilvopasto-rial, em parceria com a FETRAECE.

Na ocasião o deputado Hermínio Rezende, que também é produtor rural e o empresário Edmar Vieira, sugeri-ram ao CNPC a inclusão de projetos de pesquisa para aproveitamento da pele de caprinos, como já se faz na área de bovinocultura e de avestruz. Já o pro-

dutor Aníbal Arruda, solicitou maiores pesquisas no aproveitamento da palha da carnaúba e do pedúnculo do caju na alimentação de caprinos e ovinos.

... o programa de melhoramento genético de ca-prinos e ovinos de corte, que está sendo usado por produtores via internet, cadastrando seus ani-mais e fazendo a seleção dentro do rebanho dos reprodutores que são melhores para cruzar

Chefe da Unidade de Pesquisa da Embrapa, Evandro Vasconcelos Júnior

Mesa discute plano de ação da caprinovinocultura, em Fortaleza

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WORKSHOP: PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO 2009/2010

Será ser realizado no dia 6 de abril próximo, no horário de 9:00h às 13:00h, na sede da OCB/CE, sita na Rua Ildefonso Albano nº 1585.O Workshop PAP 2009/2010 é um evento promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e pela Orga-nização das Cooperativas Brasileiras – OCB, com o apoio institucional das Federações Estaduais de Agricultura e das Unidades Estaduais da OCB.O cronograma de realização dos workshops regionais do PAP 2009/2010, contempla os estados de Minas Gerais (dia 19/03); do Paraná (dia 20/03); de Goiás (23/03); do Mato Grosso (24/03); do Mato Grosso do Sul (25/03); do Rio Grande do Sul (26/03); São Paulo (27/03) e Ceará (06/04).

SALGADINHO DE CAJU

A Embrapa Agroindústria Tropical em parceria com o Centro de Pesquisa Francês Centre de Coopération Internacionale em Recherche Agronomique pour le Développement – Cirad, vem desenvolvendo estudos sobre o chips de fruta, especifi camente o de caju. Neste experimento será utilizado a mesma tecnologia para a fabricação da batata frita (chip potato). O objetivo da Embrapa é de proporcionar mais uma fonte de renda alternativa para os pequenos e grandes produtores de caju. As pesquisas apontam que a vitamina C apresenta uma boa resistência térmica. Alcançando a temperaturas de 180° C. A mesma nos processos industriais. Está sendo elaborado ainda o projeto de aceitação sensorial, ou seja, a etapa onde saberemos a aceitação do consumidor em relação ao sabor, o aroma, a aparência e a textura do produto que deve durar um ano.

A CRISE NÃO CHEGOU AQUI

No Ceará existe dois grandes exportadores de bananas: a Banana do Nordeste S/A (Banesa) do grupo inglês Ffeyers, e a Brasileira Agrícola Famosa, dos irmãos Luiz Roberto e Carlos Porro. É apostando na alta do produto no comércio internacional, a multinacional norte-americana Delmonte, inicia neste mês a plantação do fruto para exportação em área própria de 100 hectares, na Chapada do Apodi. Mesmo com a crise, o mercado internacional voltado para a banana continua seguindo muito bem.

AgroAJE Empreendedora capacita Jovens Produtores

A AJE Fortaleza, em abril, inicia curso para formar lideranças no Agronegócio. A primeira turma do AgroAJE Empreendedora vai capacitar jovens produtores rurais, entre 16 e 34 anos. O melhor plano de negócios, durante o curso de capacitação, terá apoio fi nanceiro para ser executado

Serviço: www.aje.org.br

Difi culdades de acesso ao mercado internacional quer pela falta de informação sobre as potencialidades do mercado externo, estra-tégias de promoção e divulgação inefi cazes, reduzida capacidade de gestão dos produtores,produção irregular foram alguns das in-formações prestadas pelo professor e consultor Álvaro dos Santos Neto, durante palestra que fez na 556ª. reunião semanal do Pacto de Cooperação da Agropecuária-AGROPACTO, no dia 10 de março Na qualidade de especialista em cooperativismo e associativismo, hoje o mercado internacional está voltado para o comércio justo, destacando-se nesta área produtos como o café e a castanha. Já na área do comércio convencional a grande pedida no momento é exportar mel e produtos orgânicos certifi cados.

Em sua explanação sobre “As estratégias de comercialização com o objetivo de inserir produtos agrícolas no mercado internacio-nal”, o professor Álvaro Neto disse que falta ao produtor rural a cultura da exportação, ou seja, ele não se prepara para as exigên-cias do mercado internacional. Há muita exigência nessa área, sem esquecer a burocracia que não alcança o pequeno produtor, daí a necessidade dos mesmos se unirem através de associações ou cooperativas. Ele alertou sobre a necessidade de todo produtor ter em vista primeiro o Mercado para depois pensar no Produto, evitando a falência prematura. Segundo ele, de cada 100 esta-belecimentos abertos diariamente no Brasil cerca de 54% a 80% morrem no primeiro ano e 5% a 12% ultrapassam ao 5º ano de existência., ou seja a taxa mortuária ainda é muito elevada, devido a falta de um planejamento. È preciso levar em conta pelo menos cinco questões básicas: por que exportar, para quem exportar, a que valores exportar, para qual mercado exportar e como realizar a exportação, disse ele.

Com 25 anos de experiência nessa área de exportação, o pro-fessor Álvaro Neto explicou que no caso especifi co da exportação de produtos agrícolas outros componentes muito importante na decisão de exportar é a difi culdade de certifi cação dos produtos agrícolas, a produção irregular , além da baixa qualidade dos pro-dutos. Entre as características necessárias ao exportador ele citou: perceber e aproveitar as oportunidades de negócios ; formular es-tratégias para atingir seus objetivos; assumir responsabilidades e procurar cumpri-las e ter uma visão sistêmica dos empreendimen-tos agrícolas.

CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES EM 2008 No segundo bloco da palestra o professor Álvaro Neto desta-

cou o crescimento das exportações brasileiras de produtos agrícolas em 2008, com aumentos que chegaram a 39,9% para os produtos básicos, a começar pelo arroz em grão que disparou em primeiro lugar no ranking, com um crescimento de mais de 84,0%; seguido da carne salgada: 55,9%, farelo de soja: 47,6%; petróleo bru-to: 52,2%, bovinos vivos: 47%; carne de frango: 38% e algodão bruto: 37,3%. Já o melão participou com 65,1% das exportações, o abacaxi com 10,9% e a melancia sem semente com 9,3%. Fo-ram exportados 12 produtos agropecuários gerando US $ 509,4 milhões. O mel também alcançou um expressivo crescimento em 2008, que já está se refl etindo nas exportações deste ano, com avanços da ordem de 431,3%.

Com relação às exportações do agronegócio em 2008, foi re-corde com a entrada de divisas da ordem de US$71,9 bilhões ge-rando um superávit da ordem de US$ 60 bilhões, representando um aumento de 23% em relação a 2007. Outro dado signifi cativo apontado por Álvaro foi o fato da China ter ocupado a primeira po-sição no ranking dos compradores de produtos agrícolas brasileiros, principalmente de soja, em torno de 77,6%. Em segundo lugar apa-recem os Países Baixos com 9% das exportações brasileiras e os Es-tados Unidos, em terceiro lugar. A China é hoje o grande mercado prospector de negócios em várias áreas, a começar pela produção de alevinos, afi rmou.

Maiores Informações :Professor Álvaro dos Santos Neto Fone: 99897717- www.multiexpressao.com.br

PALESTRA DISCUTE ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL DE PRODUTOS AGRÍCOLAS

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SINDICATOS RURAIS E SEUS RESPECTIVOS PRESIDENTES

MUNICÍPIO PRESIDENTE FONEACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9238.7228

ALTANEIRA RAIMUNDO NOGUEIRA SOARES (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (88) 8813.9837

ARACOIABA GERARDO ALVES DE MELO (85) 9989.4365

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 3543.1438/1063

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965.0181

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE SEBASTIÃO FILGUEIRAS BASTOS (85) 9628.8767

BOA VIAGEM FRANCISCO DE ASSIS LIMA (88) 3427.1080

BREJO SANTO FRANCISCO VALMIR DE LUCENA (88) 9964.1518

CARNAUBAL JOSÉ AUGUSTO TAVARES (88) 3650.1449

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA JOÃO BRANDÃO DE FARIAS (88) 9225.2691

CAUCAIA RICARDO BEZERRA NUNES (85) 3342.1512

CEDRO JOSÉ BEZERRA VIANA (88) 3564.0173

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 3691.3034

CRATO FRANCISCO FERREIRA FERNANDES (85) 9969.6011

GRANJA PEDRO FONTENELE DE SOUSA (88) 9635.8512

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 9958.8430

GUARACIABA DO NORTE GILBERTO BALTAZAR DE MESQUITA (88) 9952.8853

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (88) 9968.1218

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 3581.6178

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 3675.1011

IPU FCO DAS CHAGAS PERES MARTINS (88) 9916.0679

ITAPAJÉ JOSÉ BEROALDO DUTRA DE OLIVEIRA (85) 9188.9505

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (85) 9951.2731

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 8758.8749

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 3341.5575

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9952.5760

MISSÃO VELHA FRANCISCO FRANCIVALDO CRUZ (88) 8833.4008

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (88) 3696.1254

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORAÚJO MARCOS AURÉLIO ARAÚJO (88) 3642.1016

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9904.9316

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

NOVA RUSSAS EUGÊNIO MENDES MARTINS (88) 3672.1231

PIQUET CARNEIRO EXPEDITO JOSÉ DO NASCIMENTO (88) 3516.1810

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 3412.1616

QUIXERAMOBIM AIRTON CARNEIRO (88) 3441.0005

QUIXERÉ VALDIR GONÇALVES LIMA (88) 3423.6955

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 3411.1016

SANTANA DO CARIRI JOSÉ CIDADE NUVENS (88) 3545.1456

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (88) 3449.0375

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 3614.5592

TABULEIRO DO NORTE EDNARD FERNANDES DE A. FEITOSA (88) 9913.7270

TAMBORIL FRANCISCO EDMILSON SOARES (88) 3617.1160

TAUÁ JOSÉ LÚCIO DO NASCIMENTO FILHO (88) 3437.1431

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9928.6153

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 3632.1544

SINDICATO PRESIDENTE FONESINDICATO DOS PRODUTORES

DE LEITE - SPL JOSÉ DOS SANTOS SOBRINHO (85) 9997-3506

COORDENADOR REGIONAL

COORDENADOR REGIÃO FONE

INÁCIO DE CARVALHO PARENTE REGIÃO DA IBIAPABA (UBAJARA) (88) 9953-5382

Este espaço esta reservado

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Elas vêm ganhando espaço no mercado de trabalho.Exemplo disso, a presidente do Sindicato de Produtor Rural de Jaguaribe, Maria Zimar Pinheiro Diógenes, que no momento é a única mulher presi-dente fi liada à lista da FAEC. Ela revela a equipe do União Rural as suas metas e fala ainda sobre preconceito.

UR. Quais são suas metas à frente do sindicato rural?R.1.conscientizar os associados quanto à im-portância e à necessidade do pagamento das anuidades, para a efetiva manutenção de nos-sa instituição em defesa dos direitos de nossa classe.2.Equipar e manter a sede do sindicato em condições de proporcionar aos seus associados condições agradáveis e convidativas à realiza-ção de reuniões e palestras.3.Divulgar melhor as obras do sindicato para atrair novos membros.4.Viabilizar a realização de consultorias a grupos produtivos nos mais diversos seto-res.5.Realizar novos cursos de capacitação para o produtor rural.UR. Quantos associados existem atualmen-te?R. Está em fase de recadastramento. Mas fi ca em torno de 230 associados.UR. O que achou da reunião do conselho de representantes?R. Excelente. Onde todos podem manifestar-se e receber apoio. Além de pro-porcionar um maior entrosamento entre os representantes dos sindicatos, viabilizando uma melhor inteiração sobre os temas em evidência, tratados pela FAEC. E, em especial, o contato com o Dr. Torres que é um entusiasta e nos contagia com sua garra, sua capacidade de trabalho, conhecimento e determinação. É um exemplo a ser seguidoUR. Quais são os principais problemas do município de Jaguaribe, quanto ao setor agropecuário?R. A falta de assistência técnica veterinária e zootécnica no setor de bovino-cultura leiteira, que é exatamente o negócio mais forte da região.Precisamos fortalecer a base dando suporte no manejo reprodutivo e alimen-tar através de assistência técnica veterinária junto ao produtor.UR. Qual o segmento da agropecuária que você trabalha e há quanto tempo?R. Bovinocultura leiteira. E em fase de implantação a diversifi cação de produ-ção com iogurte e ovinos de corte. Há sete anos e dez meses.UR. A administração pública do município apóia o setor rural? R. Dentro de suas possibilidades econômicas, a Prefeitura costuma disponi-bilizar máquinas e recursos humanos, entretanto, as necessidades do cam-po, impõem uma maior priorização de recursos, a fi m de possibilitar efetivo crescimento sustentável. Entretanto, diante da crise econômica enfrentada pelo município, informou-nos o Prefeito que se encontra impossibilitado de direcionar maiores recursos para este setor produtivo, não obstante, compro-meteu-se, em 2009, dar maior prioridade a esta atividade, iniciando-se com a disponibilização de mais técnicos veterinários.UR. Como ocorre a parceria entre a FAEC e o sindicato rural? E quais frutos colhidos até aqui?R. A FAEC busca sempre nos proporcionar suporte em nossas ações e com certeza nos propiciará a cada dia colher melhores frutos. Em 2008 , através de ações conjuntas, o apoio da FAEC viabilizou a realização de cursos de ca-pacitação dos associados, como exemplo, o do Empreendedor Rural, o qual não só proporcionou a integração dos membros associados, como uma maior participação destes nas atividades e discussões do sindicato, gerando uma maior credibilidade da instituição junto aos seus membros.UR. Você é a única mulher presidindo um sindicato de produtores rurais, na lista de fi liados à FAEC. O fato, em sua opinião, indica uma nova tendência na liderança do campo?R. Com certeza as mulheres do campo estão ganhando espaço. Como exem-plo temos a Kátia Abreu eleita presidente da CNA, entretanto, ainda falta auto-estima e crédito em si mesmas para conseguirmos de fato enfrentar os preconceitos arraigados na cultura machista do campo.Não temos dúvidas de que com as novas políticas de inclusão da mulher no mercado de trabalho e toda a tendência mundial em valorizar a mulher, como força geradora de trabalho e conquistas levar-nos-á, em breve, a ver muito mais mulheres em posição de liderança. Observa-se que a mulher como líder busca estimular a participação, dividir o poder e a informação, isso é refl exo de todo um processo de conquistas de espaço como cidadã, como mulher e como profi ssional, acreditamos, especialmente, que o diferencial da mulher seja o equilíbrio entre a fi rmeza e a sensibilidade, entre as competências de negociação e técnica, com as competências emocional e interpessoal.UR. Qual o diferencial que a sua liderança pretende implementar?R.Atender bem aos produtores, satisfazendo as solicitações desejadas, dar apoio a renegociação de dividas junto ao BNB e elaboração de projetos para aquisição de novos fi nanciamentos, realização de consultorias e, especial-mente, maiores investimentos em capacitação dos produtores, para que es-tes tenham a oportunidade de se desenvolver, respaldados por tecnologia e profi ssionalismo.

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Entrevista com a presidente do Sindicato Rural de Jaguaribe

Maria Zimar. A única mulher presidente fi liada a FAEC

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no Ceará, com a Embrapa que já desenvolve pesquisas nessa área com a mosca minadora e a mosca branca com sucesso e com as uni-versidades e a Rede Nordeste de Biotecnologia (Renobio), coordenada pelo pesquisador José Nunes, com oito projetos em execução..

Hoje, a Koppert é líder mundial em prote-ção biológica e polinização natural. Sua missão principal, segundo Michael Alene, Diretor Co-mercial da empresa, é aumentar o rendimen-to, melhorar a qualidade da colheita de uma maneira sustentável, visando em primeiro lu-gar, à pessoa, o planeta e por ultimo, o lucro, conforme explicou Michel o controle biológico está nos parasitas, predadores e nos micro-organismos.

A empresa atua em três atividades: con-trole biológico de culturas, polinização natural e conselhos e acompanhamentos técnicos aos produtores. Entre as vantagens de um controle biológico em qualquer produção, o grupo ho-landês apontou que é mais seguro do que usar produtos químicos, sendo ainda melhor para o meio ambiente, pois elimina resíduos de inseticidas.

A chegada da empresa holandesa ao Ce-ará abre novas perspectivas para a pesquisa tecnológica do Estado e do Nordeste, disse o diretor de agronegócio da Agência de Desen-volvimento do Estado do Ceará – ADECE, Fran-cisco Zuza de Oliveira, que sugeriu a ida do grupo holandês ao Agropacto. Tendo escolhido a cidade de Fortaleza para sediar sua represen-tação no Brasil, a holandesa Koppert, que tem um vasto conhecimento científi co , será com certeza, um incentivo importante para animar ainda mais a vida da academia e a de seus pes-quisadores, afi rmou o Presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo Filho.

Grupo holandes traz novas perspectivas para o controle biológico de frutas e fl ores no Ceará

A tendência mundial é que os produ-tos que hoje consumimos estejam isentos de inseticidas e provoquem

uma mínima emissão ao meio ambiente. A Ko-ppert constrói o futuro natural. Esta foi a gran-de mensagem que o grupo holandês Koppert Biological Systems – maior empresa mundial no segmento de controle biológico, passou no dia 24 deste, para os integrantes do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense - Agro-pacto, uma promoção da Federação da Agricul-tura e Pecuária do Estado do Ceará. A palestra versou sobre “As novas Tecnologias de Controle Biológico no Combate e Doenças da Agricultu-ra. A experiência européia e a proposta de apli-cação no Ceará”. A Koppert foi a primeira em-presa do mundo a introduzir o ácaro predatório para controlar pragas de pepinos e a primeira a desenvolver a produção de bombus (abelhas) terrestres para polinização. Em 2005, ela des-

cobriu um novo ácaro predador, o swirski-mite. Esta é a terceira vez que o grupo vem ao

Ceará, desta vez decidido a montar uma fi lial no Estado, graças aos incentivos do governo, através da Agência de Desenvolvimento do Es-tado do Ceará -ADECE, para trabalhar em par-ceria com a Embrapa e universidades, disse o presidente da Empresa Paul Koppert Segundo ele, sua empresa trabalha desde 1967 e já em 1977 instalou a primeira subsidiária na Ingla-terra, estando presente hoje em mais de 60 países, com fi lias em 12 destes, incluindo Esta-dos Unidos, China, Ásia, África e Europa A fi lo-sofi a é trabalhar em cooperação com universi-dades e outros institutos de pesquisas em cada um desses países, o que deverá acontecer aqui

Zuza disse ainda que o Ceará já tem 30 mil hectares de agricultura orgânica, onde já se faz um bom controle, mas tem ainda alguns problemas com doenças no melão O Presiden-te da Câmara Setorial das Frutas, Tom Prado, destacou o trabalho da ADECE em promover a troca de experiências na área de pesquisa com uma empresa européia que goza do maior conceito e credibilidade e que, com certeza, vai ajudar os produtores cearenses a melhorar sua produtividade. Segundo o produtor e ex-portador e também presidente do IBRAF, Car-los Prado, “a cada ano os países importadores aumentam as exigências quanto ao limite de resíduos nas frutas. A chegada dessa empresa é importante porque, além de pesquisas, ela tem os meios para disponibilizar soluções que possibilitem o controle biológico de pragas que afetam a agricultura, por meio do uso de in-setos benéfi cos predadores de pestes como a mosca minadora que tanto tem trazido prejuízo às plantações de melão em nossa região”.

O grupo holandês visitou esta semana cul-tivares de fl ores e de frutas na Serra da Ibia-paba e na cidade de Mossoró (RN). Segundo eles, a Região tem muitos problemas ainda a resolver, enfatizando a mosca do melão. O Presidente da Empresa Paul Koppert reuniu-se, também, com a Diretoria da ADECE, com fruti-cultores, fl oricultores e pesquisadores da UFC, da UECE, e da Rede Nordestina de Biotecnolo-gia (Renobio) para defi nir o projeto de atuação da Koppert do Brasil no Ceará, tendo em vista o conjunto de demandas dos produtores na área de controle biológico.

Paul Koppert (o segundo à esquerda) durante Agropacto anuncia que irá montar fi lial em Fortaleza

Michael Alene (o terceiro) fez a explanação da Koppert

EMBRAPA JÁ FAZ CONTROLE BIOLÓGICO

O CNPAT da Embrapa no Ceará já faz pesquisas de controle biológico com a mosca minadora e com a mosca branca com muito sucesso O pes-quisador Raimundo Braga, disse que atualmente estão liberando parasitóides para 12 empresas do Rio Grande do Norte que trabalham com fru-tas. Essa praga, segundo ele, danifi ca a folha do melão, reduz a fotossíntese e, conseqüente-mente, a produtividade, disse. Na sua visão a vinda da Koppert vem somar esforços nessa linha de pesquisa avançada em controle biológico em outras áreas.

Participe! Maiores informações:Coordenação do Agropacto: 3535 – 8006.

“A Koppert atua em três ati-vidades: controle biológico de culturas, polinização na-tural e conselhos de acompa-nhamentos técnicos aos pro-dutores”.