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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL E O ACORDO DE RESULTADOS DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Por: Cezar Baptista de Lyra Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · evolução da administração pública no Brasil, passando do modelo burocrático ... Dentro desse contexto gerencial da gestão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL E O ACORDO DE

RESULTADOS DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE

JANEIRO

Por: Cezar Baptista de Lyra

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL E O ACORDO DE

RESULTADOS DA PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE

JANEIRO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Pública.

Por: Cezar Baptista de Lyra

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por me dar

saúde, inspiração e transpiração na

execução deste trabalho, aos meus

pais, a minha mulher Alessandra e aos

professores da AVM que me

proporcionaram grande aprendizado e

colaboração nessa caminhada.

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DEDICATÓRIA

Ao meu sogro e grande incentivador

Aroldo Xavier (in memorian).

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RESUMO

Pretende-se neste trabalho apresentar parte do processo de

evolução da administração pública no Brasil, passando do modelo burocrático

ao gerencial, com as tentativas feitas para tornar o aparelho estatal mais

moderno, menos burocrático e mais eficiente.

Mostraremos também as práticas comuns ao modelo gerencial de

gestão pública e um exemplo recente que foi implementado pela Prefeitura do

Rio de Janeiro, o Acordo de Resultados, instrumento pelo qual foram avaliados

os desempenhos das secretarias através de metas pré-estabelecidas.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica com base nas

obras dos autores Bresser Pereira e Matias-Pereira, além de pesquisas em

sites da internet e artigos da Escola Nacional de Administração Pública

(ENAP). O estudo de caso sobre o Acordo de Resultados 2010 foi feito com

auxílio do site da Prefeitura e decretos municipais contidos no Diário Oficial do

Município do Rio de Janeiro.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - A Transição do Modelo Burocrático para o Modelo

Gerencial de Gestão Pública 10

1.1 – Anos 1930: O Modelo Burocrático Brasileiro 10 1.2 – Primeiras Tentativas de Desburocratização 12 1.3 – A Reforma de 1967 13 1.4 – A Crise do Modelo Burocrático 14

CAPÍTULO II - A Implantação da Administração Pública Gerencial

no Brasil 17

2.1 – O Conceito de Administração Pública Gerencial 17 2.2 – O Modelo Gerencial Brasileiro 21 2.3 – Contratos de Gestão 22

CAPÍTULO III – O Acordo de Resultados da Prefeitura do Rio 23

3.1 – A Gestão Pública por Resultados 24 3.2 – O Plano Estratégico 2009-2012 26 3.3 – O Acordo de Resultados 2010 28 3.4 – As Secretarias Nota 10: Fazenda e Procuradoria 29 3.4.1 – As Metas da Fazenda 31 3.4.2 – As Metas da Procuradoria 33

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ÍNDICE 40

FOLHA DE AVALIAÇÃO 42

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INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos a administração pública brasileira foi evoluindo

até chegar ao modelo gerencial de gestão vivido atualmente. A necessidade de

modernização e a crise do modelo burocrático foram determinantes nesse

processo de mudança.

Desde 1930 várias tentativas foram feitas a fim de tornar a máquina

pública mais eficiente: ainda no governo de Vargas em 1937, durante o regime

militar, em 1967, e após a redemocratização do Brasil na segunda metade da

década de 1980.

No cenário mundial, países como Inglaterra, Estados Unidos,

França, Suécia e Nova Zelândia viveram uma experiência de administração

pública gerencial em seus governos a partir do final da década de 1970.

Conseguiram excelente desempenho da máquina pública, mostrando ser

possível um Estado menos burocrático e intervencionista.

O Brasil, através da Constituição de 1988, dava um grande passo

rumo ao modelo gerencial no setor público. Porém ainda se encontrava alguns

resquícios do patrimonialismo e do modelo burocrático que precisavam ser

combatidos.

Por isso, apenas em 1995, através do Ministro Bresser Pereira, o

Estado passa a adotar a Administração Pública Gerencial, introduzindo no

serviço público algumas práticas da iniciativa privada e com a proposta de

acabar com o excesso de burocracia que tanto dificultava a prestação de

serviços que atendessem aos anseios da sociedade.

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Dentro desse contexto gerencial da gestão pública, a Prefeitura do

Rio de Janeiro cria o Acordo de Resultados, que começa a ser implantado em

2010. Uma série de metas foi estabelecida entre os seus diversos órgãos e

aqueles que alcançassem os objetivos desejados pela Administração Municipal

seriam premiados.

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CAPÍTULO I

A TRANSIÇÃO DO MODELO BUROCRÁTICO PARA O

MODELO GERENCIAL DE GESTÃO PÚBLICA

Abordaremos neste capítulo as tentativas de reformas

administrativas no Brasil, anteriores ao modelo gerencial proposto em 1995.

Nos anos 1930, tivemos a transição do modelo patrimonialista para o

burocrático, que se concretizou na Constituição de 1937, com a criação do

DASP (Departamento Administrativo do Serviço Público), o que representou o

auge do modelo burocrático no país.

Nos anos 1960, percebia-se a necessidade de mudança através da

reforma de 1967, proposta pelo regime militar, que institucionalizou práticas de

planejamento estratégico, orçamento, delegação e coordenação, que visava

alterar totalmente os princípios de organização da administração pública

federal, porém não conseguiu obter êxito, já que o modelo burocrático ainda

predominava na prática.

E finalmente, com a redemocratização e a criação da Constituição

de 1988, uma nova esperança surgia, porém mais uma vez esbarrava na

resistência que as mudanças propostas causariam, mesmo com a crise do

Estado e com o modelo burocrático defasado. Somente nos anos 1990, como

veremos no capítulo seguinte, será discutida uma profunda mudança

administrativa na estrutura do Estado brasileiro.

1.1 – Anos 1930: O Modelo Burocrático Brasileiro

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Com objetivo de atacar o patrimonialismo, herança do período

colonial que remete a corrupção, nepotismo e interesse pessoal prevalecendo

sobre o interesse público, o modelo de administração burocrática é adotado

pelo governo de Getúlio Vargas a partir dos anos 30, paralelamente ao

crescimento da industrialização do país e com forte intervenção estatal no

setor de bens e serviços.

Com isso, a administração pública sofre um processo de

racionalização que se traduziu no surgimento das primeiras carreiras

burocráticas e na tentativa de adoção da meritocracia, promovendo concursos

públicos como forma de acesso ao serviço público. Segundo Almeida (2010), a

implantação da administração pública burocrática é uma consequência natural

de um capitalismo moderno que surgia com força no país.

No ano de 1936, com o objetivo de realizar a modernização

administrativa, foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público –

DASP, que representou, segundo Almeida (2010), a tentativa de formação da

burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional

e influenciado pela teoria da administração científica de Taylor, tendendo à

racionalização através da simplificação, padronização e aquisição racional de

materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de

procedimentos.

Com o fim do Estado-Novo em 1945, que representou a volta ao

regime democrático, o DASP perde seu papel estratégico no processo de

modernização administrativa, apesar de não ser interrompido o processo de

construção institucional iniciado nos anos 30. Em 1946, tendo em vista o

clientelismo que tomava conta do Congresso Nacional e sua dificuldade em

fazer as negociações políticas com o poder Executivo, surgia a ideia da

reforma administrativa.

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1.2 – Primeiras Tentativas de Desburocratização

Com a chegada do governo de JK, apesar do país seguir avançando

no setor industrial, de acordo com Ribeiro (2002) buscou-se estratégias para

enfrentar os problemas do modelo burocrático. Houve a criação dos Grupos

Executivos e do Conselho de Desenvolvimento, que dentro da formulação

política, realizou estudos e projetos de reforma, que culminou no anteprojeto

de Reforma Geral da Administração Federal, onde aparecia com destaque a

descentralização administrativa.

Mais tarde, em 1956, com a criação da COSB (Comissão de

Simplificação Burocrática), buscava-se a descentralização através da

delegação de competências, da definição de responsabilidades, além da

prestação de contas ás autoridades. Segundo Ribeiro (2002) deixou como

legado conceitos e diretrizes que serviram de apoio às reformas subsequentes.

No mesmo ano, também foi criada a CEPA (Comissão de Estudos e

Projetos Administrativos) que tinha como proposta mudanças tanto na

estrutura organizacional do Estado como também nos seus processos

administrativos.

Apesar dos esforços do governo de JK, que criou estas comissões

paralelas à estrutura do Estado a fim de amenizar o impacto gerado pelas

mudanças que se faziam necessárias, o que aconteceu, segundo Ribeiro

(2002) foi um crescimento absurdo da estrutura estatal, aliado ao pragmatismo

dos políticos, que estavam reticentes às reformas propostas. Com isso, o

processo de desburocratização não alcançou seus objetivos, sendo a próxima

tentativa feita apenas no regime militar do Presidente Costa e Silva, através do

Decreto-Lei 200, de 1967.

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1.3 – A Reforma de 1967

Ainda nos anos 1930, mais precisamente no ano de 1938, surgia

um primeiro sinal de administração pública gerencial no Brasil, com a criação

da primeira autarquia do Brasil, o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos

Industriários (IAPI), com a ideia de se descentralizar os serviços públicos,

desvinculando-os da administração central (PEREIRA, 1996).

Porém apenas no final dos anos 1960, essa proposta de

descentralização e desburocratização começa a tomar forma através do

Decreto-Lei 200, de 1967, a primeira tentativa de reforma gerencial da

administração pública brasileira e a segunda reforma administrativa do país.

Através da descentralização dos serviços públicos, buscava-se dar

uma maior autonomia e eficiência aos entes da administração indireta.

Segundo Pereira (1996), o decreto-lei promoveu a transferência das atividades

de bens e serviços para as autarquias, fundações, empresas públicas e

sociedades de economia mista, e instituiu como princípios norteadores da

racionalidade administrativa o planejamento, o orçamento, a descentralização

e o controle dos resultados.

Segundo Pereira (1996), buscava-se através flexibilização da

administração uma maior eficiência nas atividades econômicas do Estado.

Houve inclusive a utilização de empregados celetistas no serviço público,

porém submetidos ao regime privado de contratação, o que fortaleceu,

segundo Pereira (1996), a aliança política entre a alta tecnoburocracia estatal,

civil e militar e a classe empresarial.

Duas consequências indesejáveis e inesperadas, segundo Pereira

(1996) fizeram com que a reforma administrativa proposta pelo Decreto-Lei de

1967 fracassasse. A contratação de empregados sem concurso público, que

remetia a práticas patrimonialistas, além do governo deixar de realizar

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concursos, abrindo mão de selecionar e formar administradores públicos de

alto nível. A opção foi de contratar executivos das empresas estatais para

ocupar os cargos do alto escalão do Estado.

Dessa forma, a reforma administrativa mais uma vez não obteve

êxito. Aliado a isso, a crise política do regime militar, que iniciou em meados da

década de 1970, piora ainda mais a situação da administração pública,

fazendo com que a burocracia estivesse identificada ao regime autoritário.

Ainda foi feita mais uma tentativa de reforma em 1979, através do

Programa Nacional de Desburocratização, que segundo o Ministro Hélio

Beltrão citado por Pereira (1996) iria “retirar o cidadão da condição colonial de

súdito para investi-lo na de cidadão, destinatário de toda a atividade do

Estado”.

Porém a crise econômica que se desencadeava, causada pela alta

do petróleo, foi crucial para o insucesso do Programa e fez com que o Estado,

segundo Pereira (1996), perdesse a capacidade de coordenar seu sistema

econômico e mergulhasse em uma crise fiscal.

1.4 – A Crise do Modelo Burocrático

Embora tenham sido valorizados instrumentos importantes à época,

tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não se chegou a

adotar consistentemente uma política de recursos humanos que respondesse

às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a administração

pública burocrática se instalara), embora em processo de transformação,

mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro.

Segundo Pereira (1996), a crise da administração pública

burocrática começou ainda no regime militar não apenas porque não foi capaz

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de extirpar o patrimonialismo que sempre a vitimou, mas também porque esse

regime, ao invés de consolidar uma burocracia profissional no país, através da

redefinição das carreiras e de um processo sistemático de abertura de

concursos públicos para a alta administração, preferiu o caminho mais curto do

recrutamento de administradores através das empresas estatais.

Passado o período da ditadura e com a transição para o regime

democrático a partir da segunda metade da década de 1980, criava-se uma

nova expectativa quanto à reforma do aparelho estatal. Porém, o que acontece

é um retrocesso aos ideais burocráticos dos anos 1930 no âmbito

administrativo, e no plano político uma volta ao populismo dos anos 1950.

Para Almeida (2010) é justamente nessa época que a crise do

Estado fica mais evidente através dos seguintes fatores: uma crise fiscal,

caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do Estado e pela

poupança pública que se torna negativa, além do esgotamento da estratégia

de substituição de importações, que se inserem num contexto mais amplo de

superação das formas de intervenção econômica e social do Estado.

Ainda segundo Almeida (2010), a reação imediata à crise – ainda

nos anos 1980, logo após a transição democrática, foi ignorá-la. Sem que

houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um

surpreendente engessamento do aparelho estatal, ao estender para os

serviços do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as

mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado.

A Constituição de 1988 determinou a perda da autonomia do Poder Executivo

para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de

regime jurídico único para os servidores civis da União, Estados, Distrito

Federal e Municípios, determinou o concurso público como forma de ingresso

no serviço público e retirou da administração indireta a sua flexibilidade

operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas, normas de

funcionamento idênticas às que regem a administração direta.

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Só em meados dos anos 1990 uma resposta consistente surge, com

o desafio de superar a crise, a ideia da reforma ou reconstrução do Estado, a

fim de recuperar a autonomia financeira e capacidade de implementação de

políticas públicas.

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CAPITULO II

A IMPLANTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

GERENCIAL NO BRASIL

Pretende-se nesse capítulo apresentar o conceito de Administração

Pública Gerencial, além de mostrar como se deu a implantação do novo

modelo de gestão no Brasil na segunda metade dos anos 1990, através do

Plano Diretor da Reforma do Estado, coordenado pelo Ministério de

Administração e Reforma do Estado (MARE) na gestão do Ministro e

economista Luiz Carlos Bresser Pereira. Além disso, uma abordagem sobre os

contratos de gestão, importante instrumento da Gestão Pública por

Resultados.

2.1 – O Conceito de Administração Pública Gerencial

Segundo Santos (2003), o conceito de Administração Pública

Gerencial surgiu na segunda metade do século XX, motivada pela busca de

meios capazes de enfrentar a crise fiscal do Estado, além de ser uma

estratégia para reduzir custos e tornar mais eficiente a administração dos

serviços que cabiam ao Estado e ser também um instrumento de proteção ao

patrimônio público e de insatisfação contra a administração pública burocrática.

Para Matias-Pereira (2008), o Estado-nação no mundo

contemporâneo tem a mesma necessidade de se atualizar que as demais

instituições, para que possa cumprir adequadamente seu papel de ampliar as

oportunidades individuais, institucionais e regionais e para isso precisa

estruturar-se nos seus diferentes níveis, federal, estadual e municipal.

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Ainda segundo Matias-Pereira (2008), o modelo de Administração

Pública Gerencial surgiu como tentativa de reduzir o abismo que existe entre

os países ricos e pobres, exigindo que os governos se esforcem para evitar a

marginalização de determinados setores da sociedade, causado pelo

crescimento econômico e pelo capitalismo vigente.

O enfoque gerencial, também chamado de Nova Gestão Pública

(NGP), segundo Abrúcio (1997) apud Santos (2003), manifestou-se com força

na Grã-Bretanha no governo da Primeira Ministra Margareth Thatcher (1979) e

nos Estados Unidos na gestão do Presidente Ronald Reagan (1980). Este

modelo consiste na administração voltada para resultados, orientada para os

anseios do cidadão/usuário. Em ambos os países encontraram-se dificuldades

na implementação do modelo.

Na Grã-Bretanha, o gerencialismo foi aplicado ao serviço público

com uma reforma administrativa profunda e bem sucedida, implementando-se

os Programas: Unidades de Eficiência, com relatórios de pesquisa e avaliação;

Próximo Passo, com agências autônomas; e o Direito do Cidadão. Essas

ações tornaram o serviço público mais flexível, descentralizado, eficiente,

adquirindo características gerenciais, baseado no conceito de produtividade.

As primeiras ações foram voltadas à redução de custos e pessoal e

tiveram mais êxito nas ações do governo britânico em relação ao norte-

americano. O governo inglês adotou 3 mecanismos para definir, com precisão,

as responsabilidades das agências governamentais e dos funcionários

públicos. Dois deles no âmbito organizacional, a Administração por Objetivos

(1), dispondo as atribuições das agências, tornando possível a realização de

uma avaliação de desempenho baseada na comparação entre os resultados

obtidos e os planejados, e a descentralização administrativa (2), buscando

aumentar a autonomia das agências e dos departamentos. O outro mecanismo

foi adotado no contexto gerencial, com a criação de mais gerentes (3) que

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tinham que ser hábeis e criativos para encontrar novas soluções e aumentar a

eficiência governamental, visando transformar a burocracia.

Já o governo de Reagan não conseguiu reduzir os gastos sociais,

nem efetuar os cortes necessários nas despesas com pessoal. O que os

Estados Unidos conseguiram foi atenuar os problemas financeiros do governo

federal, diminuindo as transferências de recursos para os estados e diversos

poderes locais, que tiveram que buscar inovações para suas administrações,

inovações estas que consistiram nas principais tentativas de elaborar um novo

paradigma para a gestão pública americana.

Outros países seguiram modelo gerencial semelhante ao promovido

por britânicos e norte-americanos. Nova Zelândia, Austrália, Suécia e França

(governos social democratas); além dos próprios EUA, no ano de 1992, na

gestão de Bill Clinton, que promoveu a reforma da administração pública

federal por critérios gerenciais, onde reinventar o governo passou a ser

programa de Governo.

Abaixo um quadro com algumas diferenças apontadas entre a

Administração Pública Gerencial e a Administração Pública Burocrática no

artigo de Alba Conceição Marquez dos Santos, de 2003.

Administração Pública Burocrática Administração Pública Gerencial

- Concentra-se no processo - Orienta-se para resultados

- É auto-referente - Orientada para o cidadão

- Definição de procedimentos para

contratação de pessoal, compra de

bens e serviços.

- Combate ao nepotismo e a

corrupção

- Satisfaz as demandas dos cidadãos - Não adota procedimentos rígidos

- Controle de procedimentos - Definição de indicadores de

desempenho com utilização de

contratos de gestão.

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Para Abrúcio (1997) citado por Santos (2003), o debate em torno do

modelo gerencial aponta as seguintes tendências para modificar o modelo

burocrático weberiano:

• Incentivo a adoção de parcerias com o setor privado e com as

organizações não-governamentais.

• Ampla introdução de mecanismos de avaliação de desempenho

individual e de resultados organizacionais, convergentes e baseados em

indicadores de qualidade e produtividade.

• Estabelecimento do conceito de planejamento estratégico (políticas de

médio e longo prazo) adequado às mudanças no mundo

contemporâneo.

• Maior autonomia das agências governamentais.

• Flexibilização das regras que regem a burocracia pública, principalmente

o Direito Administrativo.

• Mesmo com a flexibilização da política de pessoal, a profissionalização

do servidor público deve continuar sendo prioridade de governo, assim

como a manutenção do conceito de carreira no serviço público.

• Descentralização política apoiada no princípio de que quanto mais

próximo o poder de decisão estiver do cidadão melhor será a qualidade

na prestação dos serviços públicos.

• Desenvolvimento e valorização da ética no serviço público.

• Desenvolvimento de habilidades gerenciais dos funcionários, em

especial os de nível médio e os do alto escalão burocrático.

Ainda segundo Abrúcio (1997) apud Santos (2003), o modelo de

administração pública gerencial não é estático, pois vem sofrendo uma série

de mudanças, sendo adaptado aos países em que se solidificou, bem como

substituindo totalmente o burocratismo de Max Weber. Por isso, o modelo

gerencial passou a adotar a flexibilidade de gestão, priorizando a qualidade

dos serviços e as demandas do cidadão/consumidor.

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2.2 – O modelo gerencial brasileiro

A partir de 1994, o discurso da reforma administrativa assume uma

nova dimensão, com a perspectiva de mudança organizacional e cultural da

administração pública no sentido de uma administração gerencial introduzida

durante a campanha presidencial (Almeida, 2010).

Matias-Pereira, em seu livro Manual de Gestão Pública

Contemporânea de 2008, afirma que para substituir o modelo burocrático

vigente buscou-se importar ferramentas de gestão provenientes do setor

privado, bem como a aplicação da lógica de mercado dentro do setor público,

focalizando o aumento da eficiência econômica do Estado. Em harmonia com

as experiências internacionais citadas anteriormente, iniciava-se assim um

amplo processo de revisão das formas de prestação dos serviços públicos no

Brasil.

Em 1995, com a posse de Fernando Henrique Cardoso na

Presidência da República, a reforma do aparelho do Estado começa a ser

colocada em prática através do ajuste fiscal, com objetivo de tornar mais

eficiente e moderna a administração pública, voltando-a para o atendimento

dos cidadãos (Pereira, 1996).

Essa modernização, segundo Bresser Pereira (1996) será “o

resultado a médio prazo de um complexo projeto de reforma, através do qual

se buscará a um só tempo fortalecer a administração pública direta ou o

‘núcleo estratégico do Estado’, e descentralizar a administração pública através

da implantação de ‘agências autônomas’ e de ‘organizações sociais’

controladas por contrato de gestão”.

Ainda segundo Pereira (1996), a proposta de reforma do aparelho

do Estado, o Plano Diretor da Reforma do Estado, aponta a existência de

quatro setores dentro Estado: além do núcleo estratégico, as atividades

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exclusivas de Estado, os serviços não-exclusivos ou competitivos, e a

produção de bens e serviços para o mercado.

No núcleo estratégico é onde se definem as leis e políticas públicas,

o centro de decisão do governo. Atividades exclusivas foi o nome dado ao

setor em que a produção de serviços deveria, necessariamente, ser realizada

pelo Estado, tais como serviços de fiscalização e poder de polícia, entre outros.

Nesse sentido, o plano diretor previa a criação das agências executivas, com

maior autonomia de gestão. Os serviços não-exclusivos seriam aqueles em

que, além do Estado, atuariam organizações públicas não-estatais e a iniciativa

privada, com o Estado sendo o responsável pelo fomento e controle dos

resultados, permitindo que a execução direta desses serviços fosse realizada

pelas organizações públicas não-estatais. Por fim, a produção de bens para o

mercado caracterizava-se por atividades voltadas para o mercado, que

deveriam ser transferidas para a iniciativa privada, necessitando de forte

regulação quando se tratarem de monopólios naturais.

Para Matias-Pereira (2008), a reforma administrativa do Estado

brasileiro de 1995 teve como objetivo manter as contas públicas equilibradas e,

ao mesmo tempo, elevar a capacidade estatal. E conseguiu avanços com a

utilização do conceito de governança e dos princípios políticos que orientaram

as propostas: participação, accountability e controle social.

2.3 – Contratos de Gestão

No contexto da Administração Pública Gerencial, os contratos de

gestão são apresentados como o principal instrumento de ligação entre o

núcleo estratégico e os setores de execução das políticas públicas. Tiveram

origem na França e segundo Mendonça (2009), começaram a ser adotados no

Brasil no final da década de 1960. Segundo Correa (2007), os contratos de

gestão estipulam as metas a serem atingidas e os respectivos prazos de

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execução, além dos critérios de avaliação de desempenho que serão utilizados

através de indicadores de qualidade e produtividade, definindo limites e

critérios para despesas com remuneração.

Para Mendonça (2009), é um compromisso de resultados com a

finalidade de incrementar a eficiência e a competitividade da Administração

Pública, semelhante ao que é feito nas empresas privadas, para alcançar o

interesse público, tornando menos burocráticas e mais flexíveis os entes

públicos de uma forma geral.

Tem sua previsão legal no artigo 37, §8º da Constituição Federal,

incluído pela Emenda Constitucional 19 de 1998, dentro do Plano Diretor de

Reforma do Aparelho do Estado, porém segundo Mendonça (2009) não há no

direito brasileiro nenhuma lei regulando especificamente os contratos de

gestão. Segundo Di Pietro (1990), antes da emenda os contratos de gestão

eram previstos apenas em Decretos, e dessa forma, os poucos que eram

celebrados acabavam sendo impugnados pelo Tribunal de Contas, que

alegava que os mesmos só poderiam ocorrer caso tivessem previsão

constitucional ou leis infraconstitucionais.

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CAPÍTULO III

O ACORDO DE RESULTADOS DA PREFEITURA DO RIO

Com a proposta de implantar o modelo gerencial na administração

pública, tinha-se como objetivo importar práticas de empresas privadas para o

serviço público nas esferas federal, estadual e municipal. Entre essas práticas

estão: a gestão por resultados; a definição de objetivos e metas a serem

atingidos; a avaliação de desempenho; e a premiação através de bonificação

salarial.

Alguns estados brasileiros, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul,

já adotaram essas práticas com algum êxito. Porém aqui trataremos mais

detalhadamente como se deu esse processo na Prefeitura da Cidade do Rio

de Janeiro em 2010, através do Acordo de Resultados.

O Acordo de Resultados foi concebido dentro do Planejamento

Estratégico da Prefeitura do Rio, abrangendo praticamente todas as

secretarias municipais, que foram avaliadas e premiadas, no caso de cumprir

suas respectivas metas que foram previamente estipuladas dentro do Acordo.

3.1 – A Gestão Pública por Resultados

A importância de um modelo de gestão baseado na avaliação de

resultados se deu a partir do momento em que instituições como Banco

Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) passaram a

fomentar esse tipo de avaliação tanto no Brasil como em toda a América

Latina, pois consideravam um item fundamental para que se fizessem as

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reformas necessárias dentro do serviço público, tornando-o mais dinâmico e

eficaz.

Segundo Fortis (2009), a América Latina, até a primeira metade dos

anos 1990, vivia um quadro de desconfiança em relação aos países

desenvolvidos e por isso precisava fortalecer e construir instituições

governamentais, além de torna-las confiáveis perante a sociedade.

Dentro desse contexto da necessidade de reformas no aparelho do

estado passam a ser introduzidas no serviço público práticas comuns a

empresas privadas, dentre elas a gestão pública por resultados. Segundo

Markon apud Fortis (2009) a gestão pública por resultados deve ter alguns

requisitos, a saber:

Entre os principais itens da agenda de gestão por resultados destacam-se: -Foco nos resultados; -Políticas públicas formuladas a partir de processo de planejamento governamental; -Caráter descentralizado da tomada de decisões; -Flexibilização de recursos com cobrança de responsabilidade dos gestores; -Utilização de planejamento estratégico nas organizações públicas e otimização dos processos administrativos; -Mudanças metodológicas no processo de formulação do orçamento público; -Sistemas de informação que forneçam subsídios para a tomada de decisão e mensurem os recursos consumidos na obtenção de resultados (sistemas de apuração de custos); -Sistema de monitoramento da gestão, prestação de contas e avaliação; -Desenvolvimento de indicadores que permitam medir o impacto da ação governamental e identificar os desvios para introdução de medidas corretivas.

A gestão pública por resultados foi, assim, desenvolvida como uma

estratégia que tem início no momento do planejamento estratégico e vai até o

processo de feedback das políticas públicas, podendo ser considerada uma

prática de boa governança e desenvolvimento institucional.

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A importância da gestão pública por resultados segundo Correa

(2007) “reside na importante distinção entre produtos e resultados, ou seja,

inputs e outputs. Os órgãos e entidades públicas utilizam insumos financeiros,

humanos e materiais para a produção de bens e serviços (produtos)

destinados à consecução dos objetivos de políticas públicas (resultados)”. Os

resultados obtidos, além de agregar valor às organizações, apresentam

também consequências no ambiente externo, com a melhora da qualidade de

vida da população e prestação de serviços mais qualificados.

3.2 – O Plano Estratégico 2009-2012

Dentro do contexto que envolve a realização de grandes eventos na

cidade do Rio de Janeiro como a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as

Olimpíadas de 2016, a Prefeitura do Rio apresentou seu Plano Estratégico

2009-2012, com objetivo, segundo o prefeito Eduardo Paes, de construir uma

visão de futuro para a cidade, pensando no longo prazo para agir no curto

prazo.

Para desenvolver esse projeto, a Prefeitura precisava agir em

parceria com a sociedade. Por isso, vários segmentos sociais foram ouvidos

tais como empresários, jornalistas, artistas, intelectuais e cidadãos comuns.

Foram feitas mais de 50 entrevistas individuais, discussões com grupos focais

além de realizar diversos workshops através de seus técnicos e gestores

municipais.

O primeiro passo foi elaborar o diagnóstico baseado em quatro

pilares de sustentação, que seriam necessidades do ponto de vista: social,

econômico, ambiental e político. Através desse diagnóstico foram articulados

os objetivos e as diretrizes nos quais o governo deveria focar.

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Em seguida, foram traçadas as metas específicas que o governo

municipal, através de suas secretarias, deveria alcançar. E por fim as

iniciativas estratégicas que irão revelar como se pretende cumprir os

compromissos firmados com a população.

As 10 áreas de atuação do Plano Estratégico são as seguintes:

Saúde, Educação, Ordem Pública, Emprego e Renda, Infraestrutura Urbana,

Meio Ambiente, Transportes, Cultura, Esporte e Lazer, Assistência Social e

Gestão e Finanças Públicas.

Na fase da institucionalização do Plano Estratégico, o objetivo

principal é garantir a sua correta e eficiente execução, o que vai exigir um

esforço conjunto de toda administração municipal. O órgão responsável pelo

monitoramento do funcionamento de todo esse processo é a Subsecretaria da

Casa Civil.

Como mecanismo de monitoramento das metas setoriais, foi

adotado o Modelo de Gestão de Desempenho desenvolvido e acompanhado

pelo EGP (Escritório de Gerenciamento de Projetos), órgão vinculado a

Secretaria Municipal da Casa Civil, que será também um facilitador na

implantação das iniciativas estratégicas contidas no plano.

E é justamente dentro do Modelo de Gestão de Desempenho que

foram estabelecidos os Acordos de Resultados, instrumento através do qual as

metas anuais dos órgãos serão pactuadas e com os devidos mecanismos que

visam garantir o cumprimento das mesmas.

Uma concepção geral sobre acordo de resultados é apresentada

através da definição dada por Pacheco (2006b) apud Suzuki e Gabbi (2009):

O acordo de resultados (ou acordo quadro, contrato de gestão) é um instrumento de gestão que relaciona ministérios ou secretarias responsáveis pela formulação de políticas públicas e entidades prestadoras de serviços públicos (genericamente

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denominadas agências) vinculadas aos órgãos formuladores da política. Tem por objetivos promover mais flexibilidade, transparência de custos, melhor desempenho, aumento da qualidade, produtividade, eficiência e efetividade na prestação de serviços públicos. Promove um par de atributos inseparáveis, á luz das reformas gerenciais: autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados.

3.3 – O Acordo de Resultados 2010

Criado através do Decreto-Lei 32214/2010 com o objetivo de

privilegiar o planejamento e meritocracia dentro serviço público municipal foram

instituídos os Acordos de Resultados pela Prefeitura da Cidade do Rio de

Janeiro, que estavam previstos no planejamento estratégico da Administração.

O referido decreto dispõe o seguinte no seu caput:

Fixa metas e indicadores de desempenho para os Órgãos da Administração Direta do Município de Rio de Janeiro, a serem objeto de Acordo de Resultados e disciplina, para fins de premiação, a forma de aplicação da gratificação prevista no artigo 119, inciso IV, da Lei Municipal 94/1979 especificamente para tal desiderato. (Decreto 32214/2010, D.O. RJ).

Através dessa ferramenta de gestão, pretende-se garantir um maior

comprometimento de toda a máquina pública municipal com os resultados da

Prefeitura, institucionalizar uma prática que privilegie o planejamento com

metas claras, mobilizar os servidores e incentivá-los a participar de um modelo

que privilegia o mérito através de avaliações e premiações quando se

atingirem as metas esperadas. Dessa forma, espera-se agir preventivamente

frente aos problemas e apontar soluções com o acompanhamento formal dos

resultados.

Com um custo total estimado em 100 milhões, o Acordo contemplou

19 órgãos, cada qual com suas respectivas metas e indicadores de

desempenho, devendo apresentar um relatório mensal de progresso e um

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relatório anual de avaliação. O órgão responsável pelo monitoramento dos

relatórios é a Subsecretaria de Monitoramento de Resultados da Secretaria da

Casa Civil.

Ao final do período que abrangeu o acordo (31/12/2010), verificou-

se que foram cumpridos 83% das metas, fazendo com que mais de 80 mil

servidores fossem contemplados. A premiação teria duas partes: a primeira,

fixa, correspondente a meio salário, caso o órgão atingisse totalmente a meta,

e a segunda, variável, podendo chegar a um salário e meio a mais, que

dependeria da produtividade do servidor. A avaliação da segunda parte ficaria

a cargo das respectivas chefias imediatas.

Apenas os servidores que estão na ativa, ou seja, trabalhando para

contribuir com o cumprimento da meta receberão o bônus. Além disso, será

necessário ter trabalhado pelo menos nove meses no órgão que será avaliado.

3.4 – As Secretarias Nota 10: Fazenda e Procuradoria

Entre os órgãos melhores avaliados no Acordo de Resultados 2010

da Prefeitura do Rio estão a Procuradoria Geral do Município (PGM) e a

Secretaria Municipal de Fazenda (SMF). Ambos tiveram nota máxima no

cumprimento das metas. Cabe ressaltar que, em ambos os casos, o

investimento em infraestrutura para melhoria do ambiente foi decisivo para

alcançar os objetivos pretendidos.

Ambas as secretarias passaram por amplas reformas em seus

escritórios, tornando-os mais confortáveis. Além disso, novos computadores

foram adquiridos, como também houve melhorias na rede de computadores,

fazendo com que todos tivessem uma internet de alta velocidade, facilitando

ainda mais a operacionalização dos mesmos.

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A SMF foi criada em 1975, tendo como atribuições principais a

coordenação da administração econômico-tributária, fiscal, orçamentária e

patrimonial do Município do Rio de Janeiro. Também cabe a esta secretaria

instituir os impostos municipais como IPTU, ISS e ITBI. Possui competência

legislativa plena, ou seja, pode determinar a incidência de impostos, formas de

lançamento e cobrança, assim como o modo de como serão feitas a

arrecadação e a fiscalização desses tributos.

A Fazenda está estruturada em quatro áreas: Negócios, Tributário,

Financeiro e Patrimonial. Sua missão é prover o município de recursos para

melhoria do bem-estar social, além de prestar serviços de excelência à

sociedade com transparência. E tem como visão ser percebida como um órgão

de excelência em gestão pública tanto pelos clientes externos (contribuintes)

como pelos internos (gestores e funcionários da Prefeitura do Rio), enfatizando

o aumento da eficiência e transparência de forma contínua.

A PGM é a responsável pela defesa judicial do Município e pela

manutenção da legalidade dos atos de todos os setores da administração

municipal, além de gerir todo Sistema Jurídico Municipal. A composição da

PGM é formada pelo Centro de Estudos e pelas Procuradorias Especializadas:

Dívida Ativa (PDA), Tributária (PTR), Administrativa (PADM), Trabalhista

(PTA), Urbanismo e Meio Ambiente (PUB), Patrimônio e Desapropriações

(PPD), Serviços Públicos (PSE) e Pessoal (PPE).

Desde a sua criação em 1986, a PGM tem mantido uma atuação

vigorosa e bem sucedida, além de prestar importantes atividades na qualidade

de órgão consultivo jurídico do Município.

Na área de urbanismo e meio ambiente, a PGM atua no campo

administrativo e judicial para a proteção do patrimônio cultural e ambiental,

para o desenvolvimento da política habitacional, da regularização da ocupação

do solo urbano, zoneamento e edificações.

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Na área tributária, a PGM exerce a defesa do Tesouro em face do

contribuinte e do Município enquanto contribuinte em face das demais

entidades tributantes.

As desapropriações, necessárias à condução da política de obras e

serviços públicos no âmbito municipal, são conduzidas pela PGM bem como as

negociações de dissídios coletivos e causas trabalhistas relativas ao pessoal

celetista empregado pelo Município.

3.4.1 - As metas da Fazenda

No caso da SMF, as metas estabelecidas foram as seguintes:

- Aumento da receita tributária real (excluindo o imposto sobre a renda e

proventos).

- Implementar a nota fiscal eletrônica em todos os setores prestadores de

serviços, exceto pedágios, bancos e companhias telefônicas até o final de

2012.

- Aumento da receita patrimonial (exceto a receita com alienação de imóveis

prevista na Lei Complementar 103/2009).

- Aumento da receita patrimonial incluindo a alienação de imóveis prevista na

Lei Complementar 103/2009.

Abaixo, temos a tabela com as metas da SMF de forma detalhada

de acordo com informações do site oficial da Prefeitura do Rio:

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As metas acima foram todas cumpridas como mostraremos no

quadro a seguir:

Analisando os números, pode-se perceber que todas as metas

estipuladas para a SMF foram cumpridas com sobras. Com exceção da meta 1

(aumento da receita tributária), onde a quantia realizada ficou pouco acima da

meta desejada, as demais metas ficaram muito acima do previsto. A meta 2

Fonte: rio.rj.gov.br/smf

Fonte: rio.rj.gov.br/cvl

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(criação da nota fiscal eletrônica) foi a que teve o resultado mais expressivo,

com um resultado quase seis vezes maior do que o esperado. As metas 3 e 4

também foram cumpridas com praticamente o dobro que se pretendia.

Esses resultados mostraram o comprometimento e capacidade dos

funcionários da Fazenda, que fizeram jus ao bônus salarial de até duas vezes

o valor do salário.

3.4.2 – As Metas da Procuradoria

Já a PGM teve seis metas a serem atingidas, a saber:

- Garantir maior rapidez na análise de acordos e licitações;

- Garantir maior rapidez na análise das demais consultas jurídicas;

- Aumento da arrecadação em recuperação de dívidas ativas;

- Redução do acervo de processo contencioso existente;

- Criação de relatórios gerenciais com ações relevantes e seus impactos nas

finanças do município;

- Execução de processos de desapropriação relacionados ao projeto da

Transcarioca do ano de 2010 a partir da data de recebimento dos processos

corretos na PGM, com a apuração anual do valor total alcançado.

Veremos através da tabela a seguir o detalhamento das metas a

serem cumpridas pela PGM:

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As metas acima foram atingidas pelos seguintes números como

veremos no quadro abaixo:

Fonte: rio.rj.gov.br/cvl

Fonte: rio.rj.gov.br/pgm

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Podemos perceber que, apesar das metas aparentemente mais

complexas em relação à Fazenda, a Procuradoria cumpriu suas metas com

ótimos resultados. O maior desafio era com relação à arrecadação da dívida

ativa que deveria chegar aos 350 milhões de reais. Apesar das dificuldades, a

meta foi atingida até com certa folga com os 415 milhões de reais arrecadados,

o que mostrou um comprometimento grande do órgão, fazendo que, a exemplo

da Fazenda, os funcionários da PGM recebessem a premiação com

bonificação de até duas vezes salários de cada servidor.

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CONCLUSÃO

Vimos que a implantação do modelo gerencial na administração

pública brasileira trouxe muitos avanços na organização do aparelho estatal do

país. Os gestores passaram a ter uma responsabilidade maior com o interesse

público, priorizando a prestação de serviços com qualidade e rapidez.

Esse processo passa também pelo comprometimento dos

servidores que nesse novo contexto passam a funcionar como colaboradores

da organização que tem como destinatário final o cidadão-cliente.

A adoção de ações da iniciativa privada teve papel fundamental na

modernização das rotinas dentro do serviço público, sem o excesso de

burocracia de antes, o que contribui para o desenvolvimento do país como um

todo no cenário mundial.

Com um ambiente de trabalho favorável e bem estruturado torna-se

possível aumentar a motivação e comprometimento dos funcionários,

propondo a eles desafios através de metas e gratificação financeira no caso de

êxito. Foi com essa ideia que foi concebido o Acordo de Resultados pela

Prefeitura do Rio de Janeiro em 2010.

Após a criação do Acordo de Resultados, podemos perceber que

ele proporcionou benefícios tanto a população quanto aos servidores da

Prefeitura do Rio. A grande maioria das metas propostas foi atingida, órgãos

foram premiados e os funcionários envolvidos ganharam um bônus salarial,

que foi um fator decisivo na conquista dos resultados desejados pela máquina

pública municipal.

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Apesar da maioria do quadro funcional ter participado do Acordo de

Resultados alguns órgãos ficaram fora do processo de avaliação, que

abrangeu 83% dos funcionários. Existe a promessa de atingir a totalidade dos

órgãos nos próximos anos, fazendo com que eles busquem cada vez mais a

excelência no desempenho de suas tarefas, garantindo o cumprimento do

planejamento estratégico da Prefeitura e possibilitando maiores investimentos

na cidade do Rio de Janeiro.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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CORREA, Izabela Moreira. Planejamento Estratégico e Gestão Pública por

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Gerais. Rio de Janeiro: Revista do Serviço Público, 2007. Disponível em:

http://www.scielo.br. Acessado em 13/02/2012.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,

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http://www.enap.gov.br. Acessado em 10/06/2012.

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MENDONÇA, Maria Lírida Calou de Araújo e. O Contrato de Gestão: Sua

Perspectiva de Ação na Administração Pública. Fortaleza: CGP, 2009.

Disponível em: http://congressocgp2009.seplag.ce.gov.br. Acessado em

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RIBEIRO, Sheila Maria Reis. Reforma do Aparelho de Estado no Brasil: uma

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SANTOS, Alba Maria Marquez dos. A Administração Pública Gerencial. Porto

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SUZUKI, Juliana Akiko Noguchi e GABBI, Lígia Villas Boas. Desafios da

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A TRANSIÇÃO DO MODELO BUROCRÁTICO PARA O

MODELO GERENCIAL DE GESTÃO PÚBLICA 10

1.1 – Anos 1930: o modelo burocrático brasileiro 10

1.2 – Primeiras tentativas de desburocratização 12

1.3 – A reforma de 1967 13

1.4 – A crise do modelo burocrático 14

CAPÍTULO II

A IMPLANTAÇÃO DA ADMNISTRAÇÃO PUBLICA GERENCIAL

NO BRASIL 17

2.1 – O conceito de administração pública gerencial 17

2.2 – O modelo gerencial brasileiro 21

2.3 – Contratos de gestão 22

CAPÍTULO III

O ACORDO DE RESULTADOS DA PREFEITURA DO RIO 24

3.1 – A gestão pública por resultados 24

3.2 – O Plano Estratégico 2009-2012 26

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3.3 – O Acordo de Resultados 2010 28

3.4 – As secretarias nota 10: Fazenda e Procuradoria 29

3.4.1 – As metas da Fazenda 31

3.4.2 – As metas da Procuradoria 33

CONCLUSÃO 36

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38

ÍNDICE 40

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes – Pós

Graduação “Lato Sensu” Projeto A Vez do Mestre

Título da Monografia: Administração Pública Gerencial e o Acordo

de Resultados da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Autor: Cezar Baptista de Lyra

Data da Entrega: 12/08/2012

Avaliado por: Conceito: